Por onde passa o trabalho na prática terapêutica

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POR ONDE PASSA A CATEGORIA TRABALHO NA PRÁTICA TERAPÊUTICA? Aluno: Cleverton Duarte Epormucena Prof°: Flávia Diniz Roldão Disc: Saúde Mental

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POR ONDE PASSA A CATEGORIA TRABALHO NA PRÁTICA TERAPÊUTICA?

Aluno: Cleverton Duarte Epormucena Prof°: Flávia Diniz Roldão Disc: Saúde Mental

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INTRODUÇÃOO objetivo deste texto esta focado na vida e no espaço onde o trabalhador atua, aponta para a fundamental importância de prevenção e intervenção na saúde do trabalhador o qual é a peça principal para o funcionamento de uma empresa.O presente texto procura mostrar o interesse que devemos ter pelo bem estar do trabalhador, buscando identifica-lo na situação do trabalho e entendê-lo como dinâmica.O texto apresenta três vertentes que podem ser identificadas quanto a forma de abordagem dessa problemática:1° O estresse 2° A psicopatologia do trabalho3° A epidemiologia do trabalhoO texto também mostra a importância do trabalho na construção da identidade e na sua relação com o mundo e de forma crítica aponta a medicina como mãe abandonada a qual não reconhece a psicologia como sua cria...E por fim o texto mostra a importância da prática clínica em saúde do trabalhador e tal prática permitirá a inclusão da categoria trabalho como categoria de análise, visto que com o levantamento da história clínica, não somente da doença mais do doente como sujeito ‘’bio-psico-social’’ se saberá onde o processo de adoecimento se instala.

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RELAÇÃO SAÚDE –TRABALHO: UM OLHAR HISTÓRICONo inicio saúde física não se separava da saúde mental, a relação saúde-trabalho são reconhecidas desde a antiguidade mais só começaram a ser tratadas de forma objetiva após a revolução industrial no século XIX.Estado e economia passaram a se preocupar com as condições de saúde e higiene da população, motivadas pelo crescimento acelerado dos centros urbanos houve a necessidade de manter um padrão de população.Com o espantoso crescimento, homens, mulheres e crianças passaram a compor a força do trabalho nas fábricas em função da necessidade de sobrevivência pelo poder econômico instituído.Os empregadores pouco se interessavam pela saúde daqueles que compunham a sua força de trabalho que lhe garantiam a produção e lucro, pois não havia regulamentação sobre o trabalho e trabalhador.Haviam longos turnos nos trabalhos de 12 á 16 horas, também inadequação das estruturas físicas e funcionais da fábricas.Estes ambientes aglomerados favoreciam um grande número de doenças, além de mortes e mutilações sem falar do crescimento urbano desordenado que colocava pessoas em ricos.

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RELAÇÃO SAÚDE –TRABALHO: UM OLHAR HISTÓRICOEstes fatores levaram à necessidade de um maior controle social por parte do estado envolvendo planejamento urbano, saúde, higiene, moradia e normatização do trabalho especialmente nas fábricas.Em 1833 foi introduzido a medicina fabril revelando a preocupação com a saúde do empregado através da regulamentação de medidas de segurança e higiene no trabalho e preocupação médica expandindo assim o espaço para o trabalho da medicina social.Agora a saúde do trabalhador esta voltada para a prevenção e pesquisa das causas dos problemas através da identificação de agentes etiológicos relacionados aos acidentes de trabalho, a partir dai se construía o entendimento e o espaço para estudo e entendimento do trabalhador.A visão trazida pela área de higiene do trabalho trouxe a visão de se preocupar com as doenças decorrentes do trabalho e a partir de então as doenças relacionadas ao trabalho passam a ser consideradas como doenças do trabalho e não doenças do trabalhador.Lado positivo: Favorece a prevenção e o controle de alguns destes problemas como segurança e higiene.Lado negativo: Por outro lado ao colocar o problema no trabalho, afasta o sujeito da ação retirando o indivíduo do foco, o problema passa a ser tratado coletivamente, alienando o sujeito do seu processo de adoecimento.

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POR ONDE PASSA A CATEGORIA TRABALHO NA PRÁTICA TERAPÊUTICA?SAÚDE DO TRABALHADOR E O MINISTÉRIO DA SAÚDE

Apesar de esforços das duas últimas décadas de trazer a saúde do trabalhador para o ministério da saúde ainda estão desarticuladas e pouco eficazes talvez porque a saúde do trabalhador comparece em nível federal, em três ministérios.1° Ministério do trabalho: Responsável pela fiscalização e normatização.2° Ministério da previdência: Responsável pelo afastamento, aposentadoria.3° Ministério da saúde: Responsável pela politica de saúde, prevenção e intervenção. ( Sistema Único de Saúde)Tiago 5:4-6: 4 Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos.   5 Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações no dia da matança.   6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resiste.

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O MODELO MÉDICO E A PSICOLOGIAO modelo médico trabalha com a semiologia dos sintomas apresentados pelo paciente e o que sentem são relidos em termos de sinais/signos naturais e índices, de forma que a queixa e o paciente obscurecem, para que permaneça o que pode ser traduzido em termos do saber médico.Os sintomas apresentados pelo paciente são traduzidos para a linguagem médica e vão resultar o seu estado clínico.O doente desaparece para dar lugar a doença e a doença omite o seu ser, o verdadeiro paciente torna-se a doença, a doença passa a ter vida e o paciente perde o nome.A doença agora não é do trabalhador é do trabalho, é este que esta doente, e quem convive com ele também adoece, o trabalhador é afastado do seu contexto ficando desiludido e sentindo-se incapaz e perdendo sua identidade.

Isaías 45:4 Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu eleito, eu te chamei pelo teu nome, pus o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses.

João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. 

semiologia(Medicina) - Meio e modos de se examinar um paciente. (linguistica) - Ciencia que tem como objeto de estudo os signos.

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O MODELO MÉDICO E A PSICOLOGIAO trabalho é um construtor de identidade, não se pode descarta-lo ao diagnosticar doenças e os sofrimentos do trabalho, vemos três pontos que devem ser ressaltados neste item:1° O reconhecimento de que o trabalho pode provocar ou desencadear o adoecimento.2° Ao afastar o sujeito da ação, considerando o agravo como doença do trabalho, ao excluir o trabalhador do centro do problema, este passa a ser tratado coletivamente, numa forma de alienação do sujeito do seu processo de adoecimento.3° O modelo adotado na prática clínica distancia ainda mais o sujeito da doença, desconsiderando o contexto, inclusive do trabalho, e a história, onde se deveria adotar uma análise mais psicossocial do adoecimento e da proposta de cura fica obscura.

Hebreus 4:12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

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DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO: Uma proposta de pratica clínica

A OMS, via a saúde como ‘’estado de completo bem-estar físico e mental’’ mais observou a complexidade do termo quando se refere à área mental.Hoje a OMS atualizou o conceito para ‘’estado de completo bem-estar físico, psíquico e social’’, mais ainda há questões a serem estudadas como: Doenças do trabalho, vemos que a dificuldade de operação continua em vista do conceito do sofrimento psíquico decorrente do trabalho aumentarem a cada ano.É importante saber a ocupação e condição social do paciente para entender o seu adoecimento.Segundo a OMS, transtornos mentais menores ocorrem em 30% dos pacientes é a terceira maior incidência nos casos de auxílio-doença por incapacidade de trabalho, a ler e dor são as maiores causas de afastamento pelo INSS.Gênesis 2:18 E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. Salmos 68:6 Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; Eclesiastes 4:9-10 Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.

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SÍNDROME DE BURNOUTDefinição de Maslach & Jackson: Reação à tenção emocional crônica gerada a partir do contato direto e excessivo com os outros, particularmente quanto estes envolvem cuidado.Serviços que trazem esta categoria de risco: Serviços que tem contato direto com seu usuários ou clientes: profissionais da saúde e educação, policiais e agentes penitenciários, etc...Obs: Sabendo que envolver-se é uma questão inerente ao trabalho, como lidar com a tensão gerada entre envolver-se afetivamente e não completar o circuito afetivo?Provérbios 25:17 Não ponhas muito os pés na casa do teu próximo; para que se não enfade de ti, e passe a te odiar. 

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SÍNDROME DE BURNOUTsintomas

Um trabalhador que entra em Burnout sofre ansiedade, melancolia, baixa auto-estima, sentimento de exaustão física e emocional, isto acaba gerando resultados negativos como:1° Compromete suas relações afetivas e sociais.2° Compromete sua vida no sentido que quando esta em casa pensa no trabalho e quando no trabalho não vê a hora de voltar para casa.Obs: Não devemos tratar uma situação como essa sem considerar os aspectos objetivos e subjetivos desta relação não considerando o trabalho como cerne da questão, (aqui entra a escuta Clínica onde interpreta os sinais e sintomas do paciente segundo o saber médico). Não se busca algo além do diagnóstico.Ramazzini: É importante saber o que esse sujeito faz e como vive, para entender o seu processo de adoecimento e poder projetar o seu processo de cura.No âmbito ministerial o que deve se fazer com líderes que já não suportam mais seu ambiente congregacional?

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SITUAÇÕES CLÍNICASO trabalho como uma atividade social complexa exige do trabalhador ADAPTAÇÃO E ENFRENTAMENTO DE CONFLITOS, diante das quais ele pode sucumbir ao aspecto mais doloroso da dupla possibilidade ” prazer e sofrimento’’ , “saúde e doença”, se as condições do trabalhador forem desfavoráveis existem várias possibilidade entre elas o adoecimento.O texto apresenta uma crítica: Á psicologia foi forjada no modelo médico; segundo, que os profissionais da área de saúde, de maneira geral, não tem o ouvido preparado para a escuta para às dimensões do trabalho presentes na queixa, quer na fase de diagnóstico, quer na fase de intervenção terapêutica ou psicoterapêutica. Tiago 1:19 Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.

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CONCLUSÃO

O texto procura mostra o indivíduo como um construtor de sua identidade através de sua relação diária com sua própria vida, todo ser humano tem a necessidade de estabelecer uma visão positiva de si mesmo para que a partir dai possa construir ou reconstruir sua identidade.Também o texto procura mostrar esta ausência da categoria trabalho como um todo, em particular a psicologia clínica como foco em sua preocupação com a saúde do trabalhador onde tanto a importância da doença do trabalho como a doença do trabalhador devem ser a prioridade para que se busquem melhoras consideráveis com relação a saúde.