Portfólio Claude Monet - 1 - Vida e Obra

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Vida e obra do Pintor Claude Monet

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍCENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E ARQUITETURAARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIPROFESSORA JULIANA ARAGÃO

EQUIPEHELBER CARVALHO | HILDAYANE DA MACENA | JORDANA SOUZA

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Biograa e Análise de Obra

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Biografia

O sucesso de Claude Monet foi conquistado aos poucos. No início da carreira, seu trabalho

era chamado de papel de parede pelos críticos, que não se cansavam de ridicularizar os impressionistas. Foi só depois dos 45 anos que o pintor obteve o reconhecimento do público e da crítica. Hoje reverenciado como o maior nome do Impressionismo, é um dos artistas plásticos mais populares do mundo – inclusive no Brasil, onde suas obras foram expostas em 1997.

Claude Oscar Monet nasceu em Paris, em novembro de 1840. Cinco anos depois, o garoto mudou-se com o pai para a cidade portuária de Le Havre. Já aos 15 anos, mostrava seu talento desenhando caricaturas de professores e colegas. Um encontro decisivo aconteceu em 1858, quando Monet conheceu o p intor Eugène Boudin , especializado em paisagens.

Em 1862, deu um passo importante em sua carreira, passando a estudar no estúdio de Charles Gleyre, em Paris. Lá, conheceu Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley e Frédéric Bazille. Juntos, os quatro formariam o primeiro núcleo do grupo impressionista. Três anos depois, realizava um de seus sonhos: expor no Salão Oficial de Paris. Mas, em 1867, o quadro Mulheres no Jardim foi recusado pelo Salão. Em junho de 1870, Monet casou-se com Camille Doncieux, com quem já tinha um filho, Jean. A partir de 1871, com a herança que recebeu pela morte do pai, estabeleceu-se em uma casa em Argenteuil, uma vila às beira do rio Sena, próxima a Paris.

Cansados de serem rejeitados pelas galerias, os pintores impressionistas decidiram fundar uma sociedade em 1873. Dela faziam parte Monet, Renoir, Sisley, Pisarro, Cézanne e Degas. Porém, a primeira exibição conjunta, feita uma ano depois, foi um fracasso de público e crítica. As dificuldades financeiras obrigaram Monet a sair de Argenteuil em 1875. Três anos depois, já com dois filhos – alem de Jean, Michel -, adotou uma solução precária: mudou-se para uma casa em Vétheuil com a família do amigo Ernest Hoschedé. Em 1879, Camille morreu, deixando para trás um marido desolado. Em contrapartida, no início da década de 1880, o interesse pelos impressionistas começou a crescer e, graças a exposições bem-sucedidas, foi possível a compra da propriedade em Giverny, a 65 km de Paris, onde passaria a segunda metade de sua vida.

Foi em Giverny que viveu nova e intensa fase produtiva, ao lado de sua nova esposa, Alice Hoschedé. Ali, Monet se dedicou às famosas series: grupos de pinturas que retratavam o mesmo tema sob diferentes condições de luz. Em 1908, surgiram os primeiros sintomas da catarata, que afetaria sua visão por quinze anos. Em 1911, perdeu sua segunda esposa, Alice e, três anos depois, sofreria com a morte do filho mais velho, Jean. Seus problemas de visão só foram curados em 1923, quando se submeteu aduas operações. Estava com 83 anos e, três anos depois, morreu em Giverny. Já era, porém, um mestre cultuado.

Paul Cézanne: “Monet, era apenas um olho. Mas que olho!”

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A luz como protagonista

Monet foi, acima de tudo, o pintor da luz. Em seus quadros, ela sempre foi a personagem principal, refletida nas águas do rio Sena, projetando

sombras sobre a catedral de Rouen, ou iluminando os jardins de Giverny. O artista começou a exercitar seu talento para as artes plásticas aos 15 anos, mas sua verdadeira iniciação aconteceu quando fez amizade com o pintor francês de paisagens Eugène Boudin, aos 18 anos. “Se eu me tornei um pintor, foi graças a Boudin”, dizia Monet.

A pintura ao ar livre também era defendida por Johan Barthold Jongkind, pintor holandês que exerceu grande influência sobre o jovem Monet. Com suas pinceladas leves e paisagens ensolaradas, foi um dos percursores do Impressionismo. A estréia de Monet para o grande público aconteceu com a exibição das pinturas La Pointe de la Héve à Marée Basse e L'Embouchure de la Seine à Hofleur, no Salão Oficial de Paris, em 1865.

Os primeiros elogios da crítica vieram com Mulher com Vestido Verde, retrato de Camille Doncieux, sua mulher, também exibido no Salão. Monet, conseguia finalmente seu maior objetivo como artista: captar um momento único, expresso na pose da personagem e no movimento do seu vestido. Depois de algum tempo, deixaria de lado as figuras humanas para se concentrar nos efeitos de cor e luz sobre as paisagens. Nessas obras, a água ocuparia um papel fundamental, não apenas pelo seu movimento, mas por refletir paisagens de uma maneira quase abstrata, diluindo formas.

Durante sua permanência em Argenteuil, entre 1871 e 1875, realizou uma de suas obras mais famosas. Impressão: Sol Nascente mostrava o amanhecer no porto de Le Havre. Com seus traços livres, que não respeitavam nenhuma regra acadêmica, a tela deu nome ao movimento e provocou escândalo entre os críticos. Para muitos deles, o quadro não passava de um rascunho. A fase mais conhecida da carreira de Monet teve início com a mudança do mestre para sua casa em Giverny, em 1883. Lá, aos 43 anos, ele dedicaria a maior parte do tempo à elaboração de series de quadros sobre um mesmo tema. Seu objetivo era investigar o efeito de diferentes condições de luz e atmosfera sobre a paisagem retratada.

Na série dedicada à Catedral de Rouen, concluída em 1894, Monet realizaria seu estudo mais consistente. O edifício gótico da Idade Média seria retratado pelo pintor em diferentes momentos do dia. Justapostas, as pinturas formavam uma composição harmoniosa. O jardim aquático de Giverny seria a próxima fonte de inspiração. Em um estúdio especial, ele realizava pinturas de enormes dimensões, utilizando milhares de nuances de cor e luz. Para Monet, o espectador deveria ter a ilusão de infinito, que o levaria a um estado de relaxamento e paz.

Gustave Coube�: “Para que Monet dê a primeira pincelada, a luz tem de ser perfeita”

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Busca incansável pela paisagem perfeita

Durante toda a sua vida, Monet buscou a paisagem perfeita. Na infância, passava os dias explorando as dunas e rochedos da cidade portuária de Le

Havre, na França, onde morava. Mais tarde, descobriria as praias do norte e os recantos da Riviera, no sul. Saindo do país natal, se encantaria com a neve da Noruega, os campos de tulipas da Holanda, o fog de Londres e os intermináveis canais da italiana Viena.

A perfeição, porém, só poderia sair das mãos do próprio Monet. Na década de 1890, o pintor finalmente realizou seu sonho maior, criando um jardim paradisíaco de extrema beleza em sua casa em Giverny, na França. Todas as sensações do jardim seriam retratadas em dezenas de telas deslumbrantes. O círculo estava completo.

A paixão de Monet pelas paisagens já era evidente na infância. Muitas vezes, no verão, ele e o pai seguiam para uma casa de campo em Sainte-Adresse. Os jardins da propriedade, repletos de flores, serviriam de tema para o pintor, anos mais tarde. Na juventude, Monet usava seu talento para retratar cidade e campo. Em Paris, trabalhou ao lado de Renoir, pintando Igreja de Saint-Germain-l'Auxerrois e O Jardim da Infanta, em 1867. Nos dois quadros, havia uma tentativa de mostrar a Paris moderna. Também retratou a floresta de Fointanebleau, ao lado do amigo Bazille. “Este é um país de contos de fadas”, diria Monet a Renoir, seu companheiro em uma viagem pela França. “Tudo é extraordinariamente bonito.”

Ele, porém, queria descobrir novos tipos de cenário e vegetação, estranhos para o seu olhar. Assim, por volta de 1900, viajou pela Europa. Antes, a procura do lugar ideal para morar e pintar prosseguiria em Argenteuil, em 1871. Logo, a casa de Monet se transformou em ponto de encontro dos impressionistas, deslumbrados coma quantidade de temas para suas pinturas, nada se compararia, porém, à extrema beleza da casa e dos jardins de Giverny.

Em seu paraíso particular, cada planta ocupava um lugar especifico, respeitando um esquema de formas e cores. Cada canto do jardim deveria ser um tema perfeito para a pintura. Se um carvalho, por exemplo, estava com os galhos quebrados, Monet mandava retirar a árvore. O comum não era suficiente. A maior mudança aconteceu quando Monet comprou um grande terreno no fundo da casa. Aproveitando uma corrente de agua que passava por perto, o pintor transformou o local em um jardim aquático.

Émile Zola: “Suas

pinturas são janelas abertas para a

natureza”

Para poder pintar sem depender do clima, Monet também adquiriu uma ilhota, a Ilha das Urtigas, onde instalou uma cabana e um barco-ateliê. Em pouco tempo, a notícia se espalhou, e todos queriam conhecer os jardins de Monet. Políticos, diplomatas, colecionadores e aristocratas de todo o mundo visitavam a casa do pintor. Os maiores frequentadores do imóvel, porém, eram os netos e bisnetos do mestre impressionista.

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Referências Bibliográficas

COLEÇÃO FOLHA GRANDES MESTRES DA PINTURA, São Paulo: Sol 90, 2007, v. 4 (Claude Monet).

PINACOTECA CARAS, São Paulo: CARAS, 1998, v. 3 (Claude Monet).

Imagens:

IMPRESSÃO: sol nascente, 1873, Claude Monet. Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.images.nga.gov/en/page/show_home_page.html/

PONTE japonesa, Giverny (foto p. 6). www.wikipaintings.org/Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.

ROUEN cathedral, 1894, Claude Monet. www.wikipaintings.org/Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.

ROUEN cathedral; study of the portal, 1892, Claude Monet. Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.www.wikipaintings.org/

ROUEN cathedral; the portal at midday, 1893, Claude Monet. Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.www.wikipaintings.org/

SELF portrait with a beret, 1886, Claude Monet. Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.www.wikipaintings.org/

THE JAPANESE bridge; the water lily pond water irises, 1900, Claude Monet (Capa). Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez. 2013.www.wikipaintings.org/

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