Portifólio

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JORGE GAMBOA BARBOSA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ENGENHARIA DA PRODUÇÃO A EVOLUÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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Trabalho de faculdade.

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Brumado/BA2015

JORGE GAMBOA BARBOSA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOENGENHARIA DA PRODUÇÃO

A EVOLUÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Brumado/BA2015

A EVOLUÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Trabalho de produção textual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, para a disciplina Homem, Cultura e Sociedade, Probabilidade e Estatítisca, Introdução à Engenharia e Ética, Política e Sociedade.

Orientadores:

Prof. Edson Elias de Morais

Prof. Marcelo Caldeira Viegas

Prof. Marcio Ronald Sella

Prof. Tatiane de Campos

Prof. Claudiney José de Souza

JORGE GAMBOA BARBOSA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................3

2 ORIGENS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO............................................4

2.1 ORIGEM MAIS REMOTA.......................................................................4

2.2 ORIGEM MAIS RECENTE......................................................................4

2.1 ORIGENS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL........................4

3 CONCRETISAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO..............................5

3.1 O CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO..............................................5

3.1 SURGIMENTO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PLENA.......................5

4 A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO.....................................6

4.1 FATORES CONTRIBUENTES PARA A EVOLUÇÃO NO PASSADO............6

4.2 CRONOLOGIA DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO..........6

5 GLOBALIZAÇÃO.....................................................................................8

5.1 O CONCEITO DE GLOBALIZAÇÃO.........................................................8

5.2 CONSEQUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO.................................................8

5.3 SOCIEDADE EM REDE.........................................................................9

5.4 CAPITALISMO INFORMACIONAL...........................................................9

6 PARADIGMA EDUCACIONAL.................................................................10

7 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA UMAS DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS

PARA A EVOLUÇÃO DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO................................11

7.1 CONTRIBUIÇÃO DA ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE NA FORMAÇÃO

DO NOVO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA DO SÉCULO XXI.......................11

7.2 A UTILIDADE DA ESTATÍSTICA NA ÁREA DA ENGENHARIA..................11

7.3 FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO.......................................12

8 O PERFIL DO ENGENHEIRO..................................................................13

9 CONCLUSÃO........................................................................................16

REFERÊNCIAS............................................................................................17

ANEXOS....................................................................................................18

3

1 INTRODUÇÃO

As primeiras atividades registradas de Engenharia de Produção

surgiram no final do século XIX, tendo uma suma importância de gerir com mais

eficiência os processos produtivos. Veremos alguns fatores que contribuíram para a

evolução da Engenharia de Produção naquele período.

O curso de Engenharia de Produção surgiu como um complemento

para a formação específica em engenharia, no Brasil o curso tem sua origem em

1971, desde então o curso está em constante evolução formando profissionais de da

área engenharia com técnicas voltadas para as exigências impostas, devido ao

competitivo mercado de trabalho do século XXI.

Veremos quais as utilidades da estatística e sua contribuição para a

Engenharia de Produção e como ela poderá auxiliar o engenheiro de produção em

sua tomada de decisão.

A evolução do curso de engenharia demonstra certa demanda em

necessidade a esta profissão e suas áreas de atuação, onde transparece um status

de eficiência para a produção.

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2 ORIGENS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

2.1 ORIGEM MAIS REMOTA

No início da produção de mercadorias o artesão desenvolvia todas

as fases produtivas, desde a concepção e a criação do produto, até a sua execução

final. A origem da Engenharia de Produção ocorre quando esse artesão além de

produzir preocupou-se em organizar, integrar, mecanizar, mensurar e aprimorar a

produção.

2.2 ORIGEM MAIS RECENTE

Com a revolução industrial iniciada no século XVIII na Inglaterra

houve o aparecimento da manufatura introduzindo a máquina-ferramenta. Isso

passou a exigir um tratamento mais adequado aos processos de produção. No

entanto, somente no final do século XIX, onde surgiram atividades de sistema

integrados de produção, que se relacionam mais diretamente com esta modalidade

de engenharia, tal como se concebe atualmente.

Como ainda não existiam circuitos eletrônicos ou computadores

nesta época, a principal preocupação da engenharia de produção era a

Implementação de linhas de produção industrial mecânica.

2.1 ORIGENS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL

A formação em Engenharia de Produção no Brasil só iniciou-se na

segunda metade do século XX, na Escola Politécnica da USP (Poli/USP) com a

criação das disciplinas: Engenharia de Produção e Complemento de Organização

Industrial por iniciativa do Professor Ruy Aguiar da Silva Leme. A data de

nascimento da Engenharia de Produção no Brasil pode ser considerada como

abr/1955. Em 1959, o Professor Leme propôs desdobrar o curso de Engenharia

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Mecânica em duas opções: Projeto e Produção. Nascia então o primeiro curso de

Engenharia de Produção do país.

3 CONCRETISAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

3.1 O CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

O Curso de Engenharia de Produção foi criado com base na grade

de Administração de Empresas e inicialmente também na Engenharia Mecânica,

pois almejava dois pontos de interesse: o conhecimento técnico, e as habilidades de

gestão.

As razões para adotar-se o nome de Engenharia de Produção, deve-

se ao fato do sistema CONFEA/CREAs, á época (década de 50), já ter definido

como Engenheiro Industrial “como um misto de engenheiro químico, mecânico e

metalúrgico, com uma maior especialização em um destes setores”, conforme

exposto em: FLEURY, A, Produzindo o Futuro: 50 anos de engenharia de produção,

(EPUSP, 2008).

3.1 SURGIMENTO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PLENA

A Produção, como opção da Engenharia Mecânica da Poli/USP,

perdurou até 1970. “Em 27 de novembro de 1970, a Congregação da Escola

Politécnica da USP aprovou a criação de uma graduação autônoma em Engenharia

de Produção”. “Em agosto de 1976, o decreto nº 78.319 concedeu reconhecimento

ao curso de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São

Paulo”. Novamente a USP é pioneira ao criar o 1º curso de Engenharia de Produção

“plena” do país.

6

4 A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

4.1 FATORES CONTRIBUENTES PARA A EVOLUÇÃO NO PASSADO

Alguns fatores culturais e históricos que contribuíram para a

evolução da Engenharia de Produção neste período:

•Após as Guerras Mundiais, devido à experiência do esforço de

guerra para produzir veículos e armas em grande quantidade e velocidade, surgiu na

indústria o conceito de Qualidade & Produtividade (Q&P). Segundo este conceito, as

empresas deveriam ser capazes de produzir o melhor produto possível no menor

tempo possível para superar seus concorrentes.

•Pensadores, teóricos e empresários começaram a produzir uma

enorme quantidade de material relativo à Engenharia de Produção neste período,

relatando suas técnicas e experiências empresariais. Henry Ford (criador da linha de

produção e do Fordismo), F.W.Taylor (criador do Taylorismo) e Taichii Ohno (criador

do Toyotismo) todos escreveram suas obras nesta época.

•Na década de 50, quando as grandes corporações do mundo

desenvolvido começaram a expandir as suas operações para o mundo,

aproveitaram a chance para construir fábricas novas e aplicar os conceitos da

Engenharia de Produção nas novas unidades.

4.2 CRONOLOGIA DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Figura 1 - Crescimento do Número de cursos (públicos, privados e total) de Engenharia de Produção (2000-2009).

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Fonte: Dados do Cadastro de Cursos do INEP, das IES e do Censo da Educação Superior.

Figura 2 - Vagas, Inscritos, Ingressantes, Matriculados e Concluintes nos cursos de Engenharia de Produção (2000 a 2009).

Fonte: Dados do Censo da Educação Superior - INEP/MEC

Figura 3 - Apresenta a distribuição dos cursos de EP (Engenharia de Produção) de acordo com suas áreas de ênfase. Os cursos de maior representatividade são, espectivamente, a EP Plena e a EP Mecânica. As duas ênfases correspondem a 84,5% do total de cursos, restando para as demais áreas apenas 15,5%.

8

Fonte: Portal Sied Sup, Inep, 2008.

5 GLOBALIZAÇÃO

5.1 O CONCEITO DE GLOBALIZAÇÃO

Globalização é um movimento que ultrapassa fronteiras, altera

costumes, expandem novas técnicas científicas e tecnológicas, constrói e destrói

mercados, com a sua nova dinâmica. Novas formas de atividades são levadas em

considerações, a exemplo da tecnologia da informática e de transações comerciais

feitas entre países em questão de segundos. O sistema capitalista que se

disseminou pelo mundo, trazendo consigo a ideia da individualização do lucro, exige

a abertura das fronteiras de todos os países do globo, conduzindo com isso várias

formas de dominação das potências desenvolvidas sobre países do terceiro mundo.

5.2 CONSEQUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO

A economia mundial permanece dominada pelos países

desenvolvidos que tem riqueza e poder. Fora esses, o crescimento industrial e os

fluxos de investimento direto estrangeiro estão concentrados em um número limitado

de países em desenvolvimento relativamente menores, ou em regiões específicas

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de países maiores. Os países desenvolvidos concentram determinações políticas e

econômicas em torno de si própria, restando para regiões periféricas uma margem

muito pequena de benefícios que a globalização possa proporcionar, por isso esses

países periféricos sofrem, pois os resultados são insatisfatório atender a demanda

da sociedade, ou seja, sob o capitalismo global, as condições sociais podem

agravar-se nos países dependentes.

5.3 SOCIEDADE EM REDE

O paradigma informacional tem característica central das sociedades

baseadas no conhecimento, exige e possibilita uma nova organização do trabalho

com a integração sistêmica de diversas unidades, práticas gerenciais interativas,

equipes responsáveis por um ciclo de produção mais completo e capazes de tomar

decisões, produção e utilização intensiva de informações e uma profunda

reorganização do processo educativo, das relações sociais entre gêneros e idades,

e dos sistemas de valores.

A informatização e globalização da sociedade colocam o

conhecimento em posição privilegiada como fonte de valor e de poder e provocam

profundas mudanças na organização do trabalho, para exemplificar o conceito da

sociedade em rede imaginamos a seguintes situações: o homem integrado ao

sistema de informações com uso da informática ou um sistema que não necessita do

homem para operar tratores agrícolas de um determinado empreendimento do setor

agropecuário.

5.4 CAPITALISMO INFORMACIONAL

O conceito de Capitalismo informacional foi proposto na obra

"Sociedade em Rede" e elege a tecnologia de informação como o paradigma das

mudanças sociais que reestruturaram o modo de produção capitalista, a partir de

1980. Capitalismo informacional se baseia nas mudanças provocadas

10

pelas novas tecnologias de informação, a revolução tecnológica este conceito

pressupõe o caráter transformador das novas práticas sociais advindas da revolução

tecnológica, principalmente no campo das tecnologias da informação, que

resultariam na criação de uma nova estrutura social que se manifesta de acordo com

a diversidade cultural e de acordo com as instituições existentes. O conceito

empreende uma interação dialética  entre tecnologia  e sociedade, na qual a

importância da tecnologia reside em incorporar a sociedade, por exemplo, a

tecnologia é uma forma de interação utilizada pela sociedade nos celulares,

computadores de aplicativos para comicação e tudo isso contribui para o modo de

produção capitalista.PARADIGMA EDUCACIONAL

É um termo com origem no grego “paradeigma” que significa

modelo, padrão. No sentido lato corresponde a algo que vai servir de modelo ou

exemplo a ser seguido em determinada situação.

Um paradigma educacional é um modelo usado na área da

educação. Paradigmas inovadores constituem uma prática pedagógica que dá lugar

a uma aprendizagem crítica e que causa uma verdadeira mudança no aluno. O

paradigma usado por um professor tem grande impacto no aluno, muitas vezes

determinando se ele vai aprender ou não aprender o conteúdo que é abordado. Um

paradigma antigo é totalmente o contrário da abordagem anterior, pois estamos

evoluindo, o mundo está em evolução à globalização está se expandindo cada vez

mais, o nosso crescimento seria impactado com um paradigma educacional ineficaz

de visão curta sem estar voltada para o futuro.

A incerteza e complexidade nos cerca diariamente, mas é porque

as pessoas estão integradas ao antigo paradigma, às pessoas incorporadas no

novo paradigma educacional terão discernimento para lidar com as incertezas que

são condições desfavoráveis e atrapalha nas tomadas de decisão dos indivíduos, a

complexidade é uma barreira que dificulta o entendimento das coisas que se tornam

complicada para o entendimento de quem é leigo em determinados assuntos,

podendo retardar algum processo.

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6 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA UMAS DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS

PARA A EVOLUÇÃO DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO

7.1 CONTRIBUIÇÃO DA ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE NA FORMAÇÃO DO

NOVO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA DO SÉCULO XXI

A palavra estatística tem origem na palavra em latim status, traduzida

como o estudo do Estado e significava, originalmente, uma coleção de informação

de interesse para o estado sobre população e economia. Essas informações eram

coletadas objetivando o resumo de informações indispensáveis para os governantes

conhecerem suas nações e para a construção de programas de governo.

A palavra probabilidade deriva do latim probare, que significa testar, provar. Ela é

utilizada em circunstâncias onde não temos a certeza de que algo irá ocorrer e são

associadas chances a cada ocorrência possível.

A estatística e a probabilidade podem contribuir para a formação do

novo engenheiro no século XXI em diversas maneiras, mas principalmente em

agregar um conhecimento amplo e diversificado que logo poderá ser utilizado para

realizar planejamentos, estratégias, acompanhamento das metas de produção de

um determinado produto, gestão e controle que irão auxiliar nas tomadas de

decisão. Essa ferramenta é implantada durante a formação do engenheiro, mas ela

se tornará útil se for implementada no dia-a-dia atendendo assim as necessidades

de quem a utiliza.

7.2 A UTILIDADE DA ESTATÍSTICA NA ÁREA DA ENGENHARIA

A Estatística aplicada à engenharia é um ramo da estatística que

estuda as suas aplicações à engenharia, onde o maior uso seja talvez no controle de

processos de produtos e serviçoes. Mas também é usada, por exemplo, no

planejanemto de novas estratégias de produção, vendas, acompanhamentos de

metas, etc. Existe uma preocupação da Estatística aplicada à Engenharia que se

localiza no Controle de Processos e Manufatura, analisando distribuições e lotes

para padrões de qualidade nos produtos. A estatistica é aplicada na produção para

acompanhar a estabilidade dos processos, esta estabilidade é analisada por

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controles e acompanhamento conhecida gráficos estatísticos. Também se utiliza a

estatistica para analisar ensaios em um determinado processo, verificando o seu

atendimento a uma legislação ou normas internas estabelecidas para garantir a

qualidade e produção. A estatística tem inúmeras utilidades mas é certo afirmar que

a estatística é muito útil na getão de négócios, controle e planejamento que são

fundamentais para garantir a produtividade de com qualidade, rapidez, eficiência

mantendo um custo benefício aceitável para manter os padrões correspondentes

com as exigências dos clientes e consumidores.

7.3 FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO

Inicialmente a tomada de decisão caracteriza-se por uma situação de

problema, onde é necessário verificar as alternativas para a solução. Miglioli (2006)

define tomada de decisão como sendo o ato de optar dentre diversas alternativas,

seguindo critérios previamente estabelecidos de forma a obter uma solução que

resolva ou não um determinado problema.

A estatística auxilia na tomada de decisão através de ferramentas

básicas que contempla esta matéria, que é utilizada na maioria das empresas para

gerir seus negócios, por exemplo, Gráfico de Pareto, Curva de Gaus, Diagrama

de correlação, Gráfico de controle e entre outras. Podemos confirmar no

gráfico 1 que a estatística auxilia o engenheiro em sua tomada de decisão,

foi simulado uma condição onde o cliente possui empresas contratadas e

precisar reduzir o custo cancelando o contrato com uma das construtoras

que produz concreto, e este serviço é mensurado em metros cúbicos, está

óbvio que a empresa que iria ser desmobilizada conforme o rendimento do

gráfico de controle de produção seria a empresa Belmaque Construção,

pois em nenhum momento atingiu a meta de produção de 230m³.

Gráfico 1 – Rendimento dos colaboradores de uma determinada empresa

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260 255 250232 240

215

190

230250 255 259

245

110133

200210

190202

0

50

100

150

200

250

300

350

400

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

PRODUÇÃO DE CONCRETO EM M³

JF CONSTRUÇÃO CONSTRUTORA KJ BELMAQUE CONSTRUÇÃO META

Fonte: Gráfico ilustrativo.

8 O PERFIL DO ENGENHEIRO

A atuação do Engenheiro é fundamentada na organização e

operacionalização dos sistemas de produção de bens e serviços, sempre com o

intuito de se realizar os objetivos econômicos com ampla produção, respeitando os

interesses sociais e privados, pois esses interesses são de clientes internos ou

externos ligados diretamente ou indiretamente a um processo. O engenheiro tem

responsabilidade de entender que as pessoas são limitadas respeitando as

condições humanas.

Foi realizada uma pesquisa feita pela Escola de Engenharia da USP em 1995,

financiada pela Federação das Empresas do Estado de São Paulo (FIESP), com o

objetivo de conhecer o perfil profissional ideal do novo engenheiro para o ano 2002.

De acordo com a conclusão da pesquisa realizada, os 17 atributos mais destacados

foram (os números entre parênteses indicam a ordem de importância):

1º - indivíduo comprometido com a qualidade no que faz;

1º - com habilidade para trabalhar em equipe;

2º - com habilidade para conviver com mudanças;

3º - com visão clara do papel cliente consumidor;

3º - com iniciativa para tomadas de decisões;

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3º - usuário das ferramentas básicas de informática;

4º - com domínio do inglês;

5º - fiel para a organização em que trabalha;

6º - que valoriza a ética profissional;

6º - com ambição profissional/vontade de crescer;

7º - capacitado para o planejamento;

7º - com visão das necessidades do mercado;

8º - que valoriza a dignidade/tem honra pessoal;

9º - com visão do conjunto da profissão;

9º - com habilidade para economizar recursos;

10º - preocupado com a segurança no trabalho; e

10º - com habilidade para conduzir homens.

Com base na realidade podemos então selecionar os pontos fortes e

os fracos dos atributos que modelam o perfil profissiográfico desejado pelas

empresas segundo a pesquisa.

Pontos fortes:

1º - Indivíduo comprometido com a qualidade no que faz – Se o indivíduo for

comprometido com a qualidade no que faz significar que ele irá fazer as coisas com

mais rigor, critério, coerência e com isso haverá qualidade e os resultados serão

satisfatórios. O profissional que incorpora este atributo se diferencia dos demais.

7º - capacitado para o planejamento – O planejamento é à base de um negócio por

isso o profissional que é planejado possui uma postura mais elevada, a sua gestão é

evidentemente melhor e os resultados de seus trabalhos são mais eficientes, o

planejamento é uma antecipação das ocorrências futuras mesmo que indesejáveis.

Pontos a trabalhar em um profissional:

3º - Com iniciativa para tomadas de decisões – Qualquer decisão tomada na

empresa, afetará ela no geral, por isso tem que ser bem pensada a alternativa a ser

escolhida, pois se deve pensar no que poderá ser afetado através desta decisão.

Tomar uma decisão é uma responsabilidade enorme, principalemtne para quem tem

pouca experiência de trabalho, vale ressaltar que tomar decisão nem sempre irá

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resolver o problema a questão é a decisão foi a mais correta, o profissional deve ter

embasamento para suas tomdas de decisão para saber qual decisão tomar e o

momento certo. Antes de tomar uma decisão deve ser feito todo um estudo, um

processo de análise para tentar diminuir a chance de que a decisão que foi

escolhida seja a errada e acabe resultando em consequências negativas para a

empresa.

10º - Preocupado com a segurança no trabalho – A preocupação com a segurança

do trabalho ainda é um problema que pode ser encontrado nas maiorias das

empresas, é necessário o compromisso de todos na hierarquia para que os

resultados sejam os melhores. Não existe meta para acidente, mas o resultado

esperado dentro de qualquer empreendimento é zero acidente, mas é necessário

um comprometimento na hierarquia de cima para baixo, a liderança são os principais

responsáveis para impactar de maneira positiva na segurança dos empregados.

Podemos ver que os números acidentes demonstra uma realidade totalmente

contrária do que deveria ser. Mas um dos motivos das ocorrências que não justifica

a situação é que a segurança do trabalho não está sendo priorizada.

Figura 4 – Anuário estatístico de acidentes ocorrido no Brasil no período de 2011 a 2013.

426.153 426.284 432.254

100.897 103.040 111.601

16.839 16.898 15.226

2011 2012 2013

ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DO TRABALHO

ACIDENTE TÍPICO ACIDENTE DE TRAJETO DOENÇA DO TRABALHO

Fonte: Ministério da Previdência Social

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9 CONCLUSÃO

A evolução do curso de Engenharia de Produção demonstra que o

mercado está mais competitivo, por isso a sempre mudanças no paradigma ensino

das matérias. A engenharia de produção esta fundamentada em organização dos

processos de produção e os resultados esperados com os conhecimentos da

engenharia de produção não é unicamente a produção, mas a qualidade dos

processos, controle, gestão e respeito com os princípios éticos, pois a engenharia

lidar diretamente com a mão de obra humana.

O engenheiro de produção será bem sucedido se dominar a

estatística que é imprescindível para gerir os processos de produção, é através dela

que é possível gerenciar os três P, produto, pessoa e processo.

Foi modelado um perfil que é formado por atributos desejáveis pelas

empresas que almejam existir no profissional deste século XXI, relacionado esta

situação com a engenharia de produção pode-se concluir que, não bastará somente

um diploma para mais algo a mais para completar o profissional.

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REFERÊNCIAS

MIGLIOLI, A. M. Tomada de decisão na pequena empresa: Estudo multi caso sobre a utilização de ferramentas informatizadas de apoio à decisão. São Paulo. Dissertação apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de mestre em Engenharia de Produção. 2006.

ANGELONI, Maria T. Elementos intervenientes na tomada de decisão. Ci. Inf., Jan./Apr. 2003, vol.32, no. 1, p.17-22. ISSN 0100-1965.

TELLES, P. C. S. História da engenharia no Brasil: século XX. 2. Ed. Rio de Janeiro: Clavero, 1994.

ALVES, C. C. Gráficos de Controle CUSUM: um enfoque dinâmico para a análise estatística de processos. Florianópolis. Dissertação de mestrado do Centro Tecnológico do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina. 2003.

D. Silva, “O engenheiro que as empresas querem hoje”, In: I. von Linsingen et al, “Formação do Engenheiro: desafios da atuação docente, tendências curriculares e questões da organização tecnológica”. Florianópolis, Editora da UFSC: 1999, pp. 77-88.

M. C. Moraes, “O perfil do engenheiro dos novos tempos e as novas pautas educacionais”, In: I. von Linsingen et al, “Formação do Engenheiro: desafios da atuação docente, tendências curriculares e questões da organização tecnológica”. Florianópolis, Editora da UFSC: 1999, pp. 53-66.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

IANNI, Octávio. - Teorias da Globalização. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 1994.

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Anuário estatístico da Previdência Social – AEPS. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/estatisticas/>. Acesso em: 29 Abr. 2015.

Mercado de Trabalho em Engenharia-Limeira. Áreas de atuação da Engenharia de Produção. Disponível em: <http://mte.org.br/limeira/node/20>. Acesso em: 30 Abr. 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Origens e evolução da formação em engenharia de produção. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/arquivos/websites/1/Hist.pdf>. Acesso em: 26 Abr. 2015.

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ANEXOS

ANEXO A

ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Segundo a Publicação "Escolha da Profissão" da Facamp - Revista nº10, 2011, há,

no mínimo, 8 áreas de atuação para o profissional da engenharia de produção,

separadas em dois blocos: Produção e Tecnologia e Planejamento Estratégico.

Saiba mais sobre elas abaixo:

1 - PRODUÇÃO E TECNOLOGIA

A área de produção e tecnologia engloba as atividades ligadas à gerência de

produção, à gestão da qualidade e à engenharia de produto. Ela responde pelo

aprimoramento dos processos produtivos ao dimensionar a capacidade de

produção, ao buscar ganhos contínuos de produtividade, ao organizar e analisar os

dados gerenciais com base em métodos numéricos e estatísticos. O engenheiro de

produção domina as tecnologias disponíveis e, ao mesmo tempo, é o encarregado

de introduzir inovações e de promover o desenvolvimento de novos produtos e

serviços. Cabe também a ele articular as ferramentas numéricas e estatísticas e as

técnicas mais avançadas de Engenharia de Produção. A preocupação com o

desenvolvimento sustentável e com a defesa do meio ambiente é, hoje, essencial.

2 - PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO

O profissional de Planejamento da produção sabe desenvolver processos e

ferramentas para melhorar o planejamento e o controle da produção, estabelecer

metas e executar ações para otimizar os ativos operacionais da empresa, buscar e

implementar novas tecnologias na área de planejamento, gerenciar equipes com

qualificação profissional destacada, ter capacidade elevada de planejamento,

gerenciar custos e estabelecer metas que garantam a competitividade da empresa

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ao longo do tempo.

Ernesto Fantini, diretor de Projetos da Eaton Brasil.

3 - GESTÃO DA QUALIDADE

O engenheiro de Produção que atua na área de Gestão da qualidade deve ter amplo

conhecimento do sistema de qualidade (normas internacionais), controle da

qualidade (métrica, planos de controle, ações, resultados), planejamento da

qualidade (introdução de novos produtos e processos), gestão da voz do cliente

(feedbacks, reclamações, sugestões, etc.), fomento da melhoria contínua

(identificação de causas-raízes, implementação de ações, verificações e melhorias).

Paulo Borges, Diretor de Engenharia da Motorola Industrial.

4 - GESTÃO DA TECNOLOGIA

O gestor de tecnologia deve estar sempre atualizado quanto às chamadas

tecnologias emergentes, devem saber projetar sistemas complexos, gerenciar

equipes com qualificação elevada, estabelecer metas que garantam a

competitividade da empresa e gerenciar prazos e custos. Essas atribuições são

desenvolvidas em um ambiente onde o domínio das técnicas aproxime a cadeia de

suprimentos (supply chain) de um processo just in time com alta disponibilidade,

buscando a integração com outros importantes setores, como Contabilidade e

Logística.

Ruy Amparo, Vice-presidente Técnico da TAM

5 - PLANEJAMENTO DO PRODUTO

A área de Planejamento do produto exige pesquisas permanentes de inovação de

produtos, baseadas em análises de mercado e de tendências tecnológicas. Deve-se

observar a constante mudança, não somente pela evolução dos maquinários, mas,

sobretudo, dos cenários competitivos. A tomada de decisão está fundamentada nos

aspectos funcionais do produto, econômicos e de produção. Para tanto, devemos

buscar o equilíbrio balanceado entre produtividade, qualidade, segurança/ergonomia

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e respeito ao meio ambiente.

Fernando de Toledo, Diretor de Fábrica da Pirelli Pneus Ltda.

6 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Em todos os setores (industrial, financeiro, comercial, etc.), o engenheiro de

produção tem participação ativa na tomada de decisões estratégicas da empresa.

Ele atua decisivamente na elaboração e avaliação de propostas de investimentos

porque é capaz de aliar várias formas de conhecimento. Está habilitado para

processos de custos e de qualidade, de produtos e de tecnologia. Ao mesmo tempo,

os conhecimentos de Administração e Economia lhe permitem integrar a avaliação

técnica e a Economia Financeira. O engenheiro de produção maneja perfeitamente a

matemática, a estatística e as técnicas de construção dos modelos quantitativos de

simulação, que têm larga aplicação na empresa produtiva ou financeira. Tais

conhecimentos e instrumentos prestam-se às projeções de mercado nacional e

internacional.

7 - LOGÍSTICA

O engenheiro de Produção que atua na área de logística planeja, implementa e

controla o fluxo e o armazenamento de matérias-primas, materiais semiacabados e

produtos acabados com eficiência e economia. Projeta e gerencia redes logísticas,

modela e simula sistemas logísticos complexos para apoiar tomadas de decisão na

definição de uma estratégia de suprimentos, planeja ganhos de escala a partir da

reorganização da cadeia produtiva. É ele o responsável por garantir a

disponibilidade do produto dentro dos níveis de exigência do mercado.

Arnaldo Rezende, Superintendente da Federação das Entidades Assistenciais de

Campinas – FEAC.

8 - PROSPECÇÃO DE MERCADOS

Trabalhar na área de Prospecção de mercados significa desenvolver a capacidade

de pesquisar e conhecer muito bem o mercado, as indústrias e as empresas

instaladas no ramo em que se atua. É preciso também conhecer as necessidades de

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potenciais clientes, bem como os competidores, avaliarem riscos e oportunidades,

conhecer a cadeia de suprimentos e processos logísticos disponíveis, poder de

compra, aspectos políticos, econômicos e demográficos do mercado, novas

tecnologias e legislações, determinar o significado de valor para os clientes e as

barreiras de entrada e saída, etc.

Ricaro Dantas, Diretor Comercial da Eaton Brasil.

9 - GESTÃO DE PROCESSOS

As atribuições da área de Gestão de processos são assegurar a correta execução

dos procedimentos em todos os processos produtivos e administrativos, ter agilidade

na tomada de decisões em caso de anormalidades, gerenciar conflitos internos e

externos, assegurar a correta e precisa identificação de causa última de problemas

assim como a definição de contramedidas eficazes. A boa Gestão de processos

permite, por exemplo, assegurar a qualidade do produto em todas as fases do seu

ciclo de vida: desde sua concepção até as atividades de pós-venda.

Marcelo Domingues, Gerente de Qualidade da Robert Bosch Ltda.

10 - PROCESSOS PRODUTIVOS

A moderna Gestão dos processos produtivos é uma estratégia de negócios para

aumentar a satisfação dos clientes através da melhor utilização dos recursos.

Procura fornecer consistentemente valor aos clientes com os custos mais baixos

através da identificação de melhoria dos fluxos de valor primário e de suporte por

meio de envolvimento de pessoas qualificadas, motivadas e com iniciativa. O foco

da implementação deve estar nas reais necessidades dos negócios e não na

simples aplicação de ferramentas.

José Ferro, Diretor do Lean Institute Brasil.