Pos gestao de projetos pela FGV

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS DEPARTAMENTO DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA PROGRAMA DE MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS André Luiz Regis MELHORANDO A POLÍTICA DE AQUISIÇÕES NA ÁREA DE TECNOLOGIA DE SISTENAS DE INFORMAÇÃO

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGASDEPARTAMENTO DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PROGRAMA DE MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

André Luiz Regis

MELHORANDO A POLÍTICA DE AQUISIÇÕES NA ÁREA DE TECNOLOGIA DE SISTENAS DE INFORMAÇÃO

Taió

Maio/2016

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGASDEPARTAMENTO DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIAPROGRAMA DE MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

André Luiz Regis

Melhorando a política de aquisição baseada na TSI

Trabalho apresentado ao Curso de MBA

em Gerenciamento Internacional de

Projetos, Pós-Graduação lato sensu, da

Fundação Getúlio Vargas como requisito

parcial para a obtenção do Grau de

Especialista em Gerenciamento de

Projetos.

ORIENTADORA: Prof. Carlos Freitas

Taió

Maio/2016

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGASDEPARTAMENTO DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PROGRAMA DE MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Trabalho de Conclusão de Curso

Melhorando a política de aquisição baseada na TSI

Elaborado por André Luiz Regis

E aprovado pela Coordenação Acadêmica do Curso de MBA em Gerenciamento Internacional de Projetos, foi aceito como requisito parcial para a obtenção do certificado do curso de pós-graduação, nível de especialização do Programa FGV Online.

Taió, 26 de maio de 2016.

____________________________André Baptista Barcaui

Coordenador do MBA em Gestão de Projetos

__________________________Carlos Freitas

Professor Orientador

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TERMO DE COMPROMISSO

O aluno André Luiz Regis, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento Internacional de Projetos, Turma (CB02) do Programa FGV Online, realizado no período de

05/2015 a 09/2016, declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado Melhorando a política de aquisição baseada na TSI é autêntico, original e de sua autoria

exclusiva.

Taió, 26 de maio de 2016.

____________________________________

André Luiz Regis

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Dedico este trabalho a minha querida falecida Mãe Marli e a Minha Esposa Daniela pelo imenso amor e carinho recebido e pela grande parceria nas horas difíceis.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que me dá saúde e sabedoria para percorrer os mais diversos, desafiadores

e emocionantes caminhos da vida. Aos meus pais que sempre me ensinaram que com fé em

Deus os caminhos da vida serão mais iluminados. À minha querida e amada esposa Daniela

que ao longo desses dois anos soube me compreender e aumentar nossa coragem para os

novos desafios dessa vida.

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RESUMO

Tecnologias E Sistemas De Informação: uma área científica orientada às

necessidades de conhecimento dos profissionais envolvidos na contínua transformação das

organizações através das tecnologias da informação.

Tecnologias e sistemas de informação é a área científica de enquadramento para

aqueles que se interessam, académica ou profissionalmente, pela adoção e exploração de

tecnologias da informação no contexto das organizações ou da sociedade. É uma área que

emergiu como consequência da importância que as TI tem vindo a assumir nas atividades

humanas que envolvem alguma forma de processamento de informação.

Palavras-Chave: Tecnologia da informação, Sistemas de informação Perfis

profissionais, Organização do conhecimento.

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ABSTRACT

TECHNOLOGY AND INFORMATION SYSTEMS : a targeted scientific field to

the knowledge needs of professionals involved in the ongoing transformation of organizations

through information technology .

Technologies and information systems is the scientific area framework for

those interested , academic or professionally , the adoption and use of information technology

in the context of organizations or society. It is an area that emerged as a result of the

importance that IT has assumed the human activities that involve some form of information

processing. 

Keywords: Information Technology, Information Systems Professional Profiles

Knowledge Organization.

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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Quadro 01: Missões da TI................................................................................................ 14

Quadro 02: Aspectos da TI. ............................................................................................ 15

Figura 01: Tecnologia do sistema de informação............................................................ 17

Quadro 03: Categorias da TI............................................................................................ 17

Figura 02: Categoria de risco da TI................................................................................. 18

Figura 03: Categorias de TI nas organizações................................................................. 19

Figura 04: Governança de TI........................................................................................... 20

Figura 05: Tipos de atividades nucleares......................................................................... 21

Figura 06: Etapas para gestão estratégica da informação................................................ 22

Tabela 01: Competências nucleares do currículo de formação inicial em TSI proposto pela

AIS e sua correspondência com as atividades profissionais em TSI apresentadas na seção 5

......................................................................................................................................... 25

Figura 07: Etapas para gestão estratégica da informação................................................ 25

Figura 08: Engenharia e gestão de TI.............................................................................. 26

Quadro 04: Engenharia da TI........................................................................................... 26

Quadro 05: Perfis profissionais da TI.............................................................................. 27

Figura 09: Conceito Macro tecnológico.......................................................................... 27

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................11

2. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................12

2.1 MISSÃO DOS PROFISSIONAIS DE TSI.....................................................................12

2.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES................................13

2.3 CATEGORIAS DE TI NAS ORGANIZAÇÕES...........................................................16

2.4 ATIVIDADES TSI E OUTRAS ATIVIDADES ORGANIZACIONAIS....................18

2.5 COMPETÊNCIAS NUCLEARES DOS PROFISSIONAIS DE TSI...........................23

2.6 ENGENHARIA E GESTÃO DE TSI..............................................................................25

3. RELAÇÃO DA TEORIA COM A PRÁTICA.................................................................28

4. CONCLUSÃO.....................................................................................................................29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................30

ANEXOSAPÊNDICES

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1. INTRODUÇÃO

Antes de discorrermos sobre o conceito de Tecnologias e sistemas de informação

(TSI) é relevante que falemos o que é informação, haja vista que a informação é o centro

dessa área cientifica do saber.

A informação é algo que possui um valor, é um patrimônio. Quando digital, não

se trata apenas de um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados

classificados e organizados de forma que uma pessoa, uma organização, uma empresa ou

qualquer outra entidade possa utilizar em prol de algum objetivo.

De fato, a informação é tão importante que pode determinar a sobrevivência ou a

descontinuidade das atividades de um negócio. Por isso as grandes entidades investem pesado

nos recursos necessários para obter e manter as suas informações. O fato de ser raro ver

empresas como bancos, redes de lojas e companhias aéreas perdendo dados essenciais ao

negócio é porque essas organizações investem em Tecnologias e sistemas de informação

(TSI).

Mas, afinal de contas o que é Tecnologias e sistemas de informação (TSI)?

Segundo João Álvaro Carvalho, Tecnologias e sistemas de informação (TSI) é designação

usada para se referir a área científica de enquadramento para aqueles que se interessam,

acadêmica ou profissionalmente, pela adoção e exploração de tecnologia da informação (TI)

no contexto das organizações ou da sociedade. Em outras palavras, Tecnologias e sistemas de

informação pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por

recursos informacionais/computacionais que visam permitir a obtenção, o armazenamento, o

acesso, o gerenciamento e o uso da informação.

O que sabemos é que essa a área emergiu como corolário da importância que as TI

tem vindo a assumir nas atividades humanas que envolvem alguma forma de processamento

de informação, sobretudo no contexto organizacional. Mas não apenas nesse contexto, pois a

área está alicerçada em saberes como os da tecnologia (informática), das ciências humanas

(cognição, linguagem) e das ciências sociais (informação, comunicação, comportamento

organizacional, organização, economia).

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 MISSÃO DOS PROFISSIONAIS DE TSI 

Conforme Carvalho (2010) a utilização das TI não é um fim em si mesmo. As TI

são necessárias e úteis nas organizações conforme contribuem para a sua eficácia, eficiência e

sustentabilidade. A TI é um instrumento nas atividades das organizações. No entanto, é

inegável que os desenvolvimentos e inovações ao nível das TI têm significado o motivador de

muitas das mudanças das organizações e da sociedade. No século XVIII a máquina a vapor

desencadeou a evolução que levou às mudanças hoje em dia designadas por revolução

industrial, o computador moderno desencadeou no século XX a evolução que originou a

sociedade informatizada. Na evolução das maquinas esteve em questão a da ampliação da

capacidade física, já na evolução da tecnologia está em questão da ampliação da capacidade

cognitiva. Justifica-se assim o insurgir de uma nova área científica, em que as TI é o ponto

central das instituições organizacionais e sociais e a um conjunto de intervenções que, em

última análise, estão relacionadas com o bem-estar das organizações e da sociedade.

Carvalho (2010) menciona que as TI estão presentes em situações organizacionais

que envolvem informação. A TI trata de situações de natureza humana e social já que as

informações são consideradas um fenómeno humano e social. Trabalhar com a implantação e

exploração das TI nas organizações envolve um bom conhecimento de natureza

multidisciplinar, abrangendo aspectos como: as TI em si, a informação, os fenómenos

humanos e sociais associados à produção, processamento e utilização da informação, aspectos

comportamentais, ao nível de cada indivíduo, dos grupos, das organizações relevantes para os

contextos da implantação e utilização das TI e suas aplicações, os métodos, técnicas e

ferramentas aplicáveis na condução de atividades de gestão e de intervenção organizacional

relacionadas com a implantação e exploração das TI nas organizações.

Carvalho (2010) ainda complementa que a dinâmica da sociedade atual – ao

mesmo tempo consequência e causa dos constantes desenvolvimentos das TI - e a ordem da

operação e da gestão das organizações modernas coloca as organizações e a sociedade, frente

a novos problemas e desafios que são relacionados com as TI:

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A As organizações sentem a necessidade de se manterem aptas para competirem com as suas concorrentes, procurando utilizar práticas organizacionais que auxiliem na eficiência similares (ou superiores) às dos seus competidores; esta eficiência é em grande parte afetada pelo suporte proporcionado pelas TI.

B Ao longo das últimas décadas têm vindo a emergir “ferramentas” de aplicações de informáticas, cuja aceitação em massa configura situações de normas aplicáveis a determinados segmentos de mercado; tornando assim o seu uso um imperativo nas organizações.

C São frequentes as inovações e aparecimento de novas aplicações informáticas que, em muitos casos, levam a grandes mudanças no modo de organizar o trabalho.

D Outras inovações têm criado novos negócios, aqueles em que o produto negociado é informação.E A crescente globalização das atividades económicas cria novas necessidades de interação entre

empresas e, desenvolve a interoperabilidade das aplicações de informáticas.F As constantes mudanças das configurações empresariais, com frequentes fusões e automatização de

unidades económicas, aumentam significativamente os desafios de integração e de interligação das respectivas aplicações de informáticas.

G A complexidade das plataformas e das aplicações de informáticas, a diversidade de produtos e a existência de diversos paradigmas de implementação das plataformas e das aplicações cria situações de difícil compatibilização, interoperabilidade, escalabilidade, capacidade de evolução e manutenção.

H Os computadores e as aplicações informáticas estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, não só nos contextos de trabalho, mas também no relacionamento entre pessoas e entre pessoas e empresas e instituições

I A evolução da sociedade e o crescimento da capacidade das pessoas na utilização de meios informáticos, criam novos comportamentos e expectativas sociais que as empresas se esforçam a suprir

Quadro 01: Missões da TI.Fonte: Elaborado a partir de Carvalho (2010) p. 3

É missão dos profissionais de TSI ajudar as organizações a lidar com estas questões e a enfrentar estes desafios. Trata-se de profissionais cujo trabalho está relacionado com as TI, mas cuja responsabilidade é sobretudo o de facilitar a contínua transformação das organizações através da implantação e exploração de TI. (CARVALHO 2010, p. 3)

Carvalho (2010) afirma que transformações essas que se envolvem

disponibilização de informação a situações de trabalho e cujo sucesso é medido pela

satisfação dos clientes da organização ou pelo desempenho da organização.

2.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Conforme nos relata Carvalho (2010), desde a sua introdução nas organizações,

no final dos anos 1950, a utilização dos computadores no suporte às atividades

organizacionais vem sendo ampliado constantemente. Das aplicações iniciais focadas na

produção automática de resultados informacionais, quer seja no processamento de dados ou

informação de gestão, a utilização das TI como a conhecemos baseada em computador vem

expandindo-se nas organizações, abrangendo aspectos tais como:

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A Apoio à execução, em tempo real, das transações organizacionais, quer sejam transações que envolvem interação com os clientes, fornecedores ou outras entidades do ambiente organizacional, quer sejam transações que envolvem interação entre entidades internas à organização - processamento de transações em tempo real.

B Produção automática de resultados informacionais, para uso externo ou interno, quer numa lógica de informação para fins operacionais ou na lógica da produção de informação de gestão. Nos dois casos está em causa a execução automática de operações.

C Recolha automática de informação dos mercados e dos concorrentes numa lógica de vigilância competitiva.

D Colaboração entre pessoas, através do estabelecimento de canais de comunicação, formais e informais, e da partilha de documentos.

E Viabilização de atividades organizacionais emergentes tais como a gestão do relacionamento com os clientes (CRM – customer relationship management) ou a gestão da cadeia de fornecimento (SCM – supply chain management). Tais atividades organizacionais só são possíveis graças à combinação de diversas capacidades computacionais e/ou comunicações proporcionadas pelas TI.

F Coordenação do trabalho organizacional através do recurso a plataformas de gestão do fluxo de trabalho que permitem controlar a execução do trabalho, distribuindo tarefas a pessoas e a aplicações de informáticas, lidando com os documentos associados à execução do trabalho.

G Relacionamento entre pessoas, envolvendo troca de mensagens e partilha de documentos relacionados não só com questões estritas do trabalho organizacional, mas também com aspectos de interesse de grupos mais restritos ou ainda manifestações de emoções e outras formas de relacionamento social.

H Arquivo geral de informação da organização, conhecidos como documentos associados à execução do trabalho ou de qualquer outra informação.

I Suporte ao estabelecimento e divulgação de boas práticas organizacionais e ao desenvolvimento das capacidades de trabalho da organização tais como design organizacional, qualidade, gestão do conhecimento.

J Suporte ao estimulo das capacidades de inovação da organização através da dinamização de interações entre pessoas internas e/ou externas à organização.

K Ampliação das capacidades cognitivas individuais das pessoas através de ferramentas informáticas para armazenamento, processamento, distribuição, partilha, pesquisa e apresentação de informação utilizada individualmente.

L Prestação de contas aos acionistas ou à sociedade através da disponibilização de informação sobre o estado da organização.

M Disponibilização de plataformas de suporte à gestão, quer no que respeito a acesso a informação sobre a situação da organização, quer no acesso e utilização de modelos de decisão e de resolução de problemas, ou ainda ao registo, divulgação e acompanhamento das decisões tomadas.

Quadro 02: Aspectos da TI.Fonte: Elaborado a partir de Carvalho (2010) p. 4-5

De forma geral, Carvalho (2010) nos diz que poderão ser descritas como as

atividades associadas ao comando e controle organizacional. No que respeita à divulgação de

informação relacionada com decisões, inclui-se toda a comunicação de 1 para 1 ou de 1 para

muitos e ainda a memorização e partilha de documentos que descrevem as decisões tomadas.

Faz ainda sentido referir o crescimento de negócio constituído por empresas cujos seus

produtos são essencialmente sobre informação – serviços de informação - que,

consequentemente, são utilizadores intensivos das TI.

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Esta diversidade de papéis desempenhados pelas TI nas organizações convida a estudo sob o modo como as TI devem ser tratadas nas organizações. Hoje em dia, qualquer que seja a atividade organizacional, envolve com certeza alguma forma de informação e, consequentemente, é indispensável contar com o envolvimento de TI. Assim, poderá dizer-se que pessoas e TI simultaneamente cooperam e competem na execução de trabalho organizacional. (CARVALHO 2010, p. 5)

Segundo o autor Carvalho, (2006), “Se pararmos para pensar um pouco mais

longe, esta perspectiva refere-se ao conceito de mente organizacional, uma exploração

metafórica do conceito de mente aplicada às capacidades intelectuais e cognitivas das

organizações. ”.

Para Carvalho (2010), na mente organizacional a execução das funções da

inteligência – percepção, atenção, memória, produção de pensamentos, raciocínio,

conhecimento, utilização da linguagem, aprendizagem, imaginação, inovação – está

distribuída entre pessoas e TI. No entanto, ao contrário do que acontece na mente humana,

esta distribuição não acontece espontaneamente. Ela carece de atenção por parte de

“organizadores” e “coordenadores ‟, atuando no âmbito de atividades tais como design e

desenvolvimento organizacional, gestão do conhecimento da aprendizagem e da inovação, ou

ainda de outras funções organizacionais.

Carvalho (2010) afirma que cada vez mais a responsabilidade das TI na mente

organizacional tem vindo a aumentar. E continuará a aumentar, fruto do desenvolvimento de

capacidades, atualmente ainda rudimentares, resultantes da combinação de aspectos

tecnológicos tais como: raciocínio automático; estabelecimento de associações entre

informação dispersa (não só internamente à organização, mas também na Web) pela

atribuição automática de significado; novas formas de interação com dispositivos

informáticos; exploração de redes sociais. Este aumento do papel desempenhado pelas TI

traduz-se não no assumir da execução de funções organizacionais já existentes, mas também

no fazer emergir novas funções organizacionais potenciadas pelas TI.

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Figura 01: Tecnologia do sistema de informação. Fonte: Internet

2.3 CATEGORIAS DE TI NAS ORGANIZAÇÕES

Carvalho (2010) aponta que a TI organizacional pode ser enquadrada em duas

grandes categorias, cada uma delas com exigências e preocupações diferentes:

Carvalho (2010) complementa ainda afirmando que nestas categorias incluem-se

as tecnologias que participam diretamente na execução de trabalho organizacional. Muitos

produtos de informática são hoje em dia disponibilizados como serviços, acessados a partir de

browsers via Web. Por outro lado, os acessos a estas aplicações envolvem equipamentos de

uso dedicado, fixos ou móveis, concebidos especificamente para a situação em questão.

A O amadurecimento das tecnologias de informação levou ao aparecimento de plataformas diversas que facilitam o desenvolvimento e disponibilização de aplicações informáticas. Poderão considerar-se vários tipos de plataformas, tais como:

(i) Tecnologias de armazenamento, recuperação, navegação e interoperabilidade de informação. Incluem os sistemas de gestão de bases de dados, de data warehousing, software OLAP; e também as normas, protocolos e plataformas da Web semântica;

(ii) Tecnologias de raciocínio e inteligência automáticos. Incluem softwares de análise automática de registos (data mining) e outras formas de raciocínio e aprendizagem automáticos baseados em técnicas de inteligência artificial;

(iii) Tecnologias de visualização de informação e interação humano-computador. Inclui tecnologia que facilita a produção de representações baseadas em informação recolhida, armazenada e processada pela organização bem como tecnologia que facilita a criação de formas de interação entre pessoas e computadores por forma a que a utilização de TI no âmbito do trabalho organizacional esteja tão ajustada quanto possível às características do trabalho e das pessoas que participam na execução desse trabalho.

B Plataformas de computação e comunicações inclui os dispositivos base de computação e comunicações, incluindo servidores e equipamentos de comunicações e respectivo software (p. ex.: sistemas operativos, software de comunicações).

Quadro 03: Categorias da TI.Fonte: Elaborado a partir de Carvalho (2010) p. 6-7

Exemplo de diagrama que podemos encontrar que se relaciona com o assunto:

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Figura 02: Categoria de risco da TI. Fonte: Internet

Do ponto de vista do negócio, estes componentes podem ser apresentados como infraestrutura. Aliás, tudo aponta para que a capacidade de computação e comunicações se assume cada vez mais como uma commodity, à semelhança do que acontece, por exemplo, com a energia eléctrica (CARR, 2008).

Carvalho (2010) explica por forma a facilitar o modo como as capacidades de

computação e comunicações são disponibilizadas à organização, estes componentes podem

ser tratados como um serviço. São assim classificados os serviços de computação e

comunicações. Tais serviços poderão ser geridos internamente pela organização ou podem ser

obtidos de entidades externas (os terceiros). No primeiro caso, tais serviços poderão ser

equiparados a outros serviços infraestruturas existentes nas organizações que visam garantir o

bom funcionamento de aspectos tais como instalações e commodities. Em qualquer dos casos

pretende-se que a computação que esteja presente e disponível onde e quando necessário, quer

em locais específicos quer no contexto de atividades que envolvem mobilidade.

A figura 1 apresenta estas categorias de TI numa disposição em camadas que procura sugerir a existência de dependências entre elas. As aplicações informáticas dependem das plataformas para aplicações de informáticas, e estas, por sua vez, dependem dos serviços de computação e comunicações. (CARVALHO 2010, p. 7)

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Figura 03: Categorias de TI nas organizações.Fonte: Carvalho (2010) p. 7

2.4 ATIVIDADES TSI E OUTRAS ATIVIDADES ORGANIZACIONAIS

Carvalho (2010) coloca que uma das particularidades dos profissionais de TSI é

que as suas atividades envolvem uma forte interação com outras atividades organizacionais. A

inevitabilidade de lidar com informação em qualquer forma de trabalho organizacional –

sejam enquadrados em atividades nucleares, de suporte ou de gestão – e a corrente

omnipresença das TI, levam a que isso aconteça. No sentido de chamar a atenção para a

diversidade de áreas organizacionais com que os profissionais de TSI têm que lidar,

apresentam-se de seguida algumas funções organizacionais sendo feita referência às suas

associações as TI.

Segundo Silva (1983), há vários canais através dos quais a comunicação pode

ocorrer: Canais descendentes; canais descendentes – orais e visuais; discurso anual; reuniões;

entrevistas; relação direta; rádios; alto-falantes; telefones; semáforos; indicadores por

números; informação anual; jornal da empresa; cartas diretas ao pessoal; manual de recepção;

circulares, panfletos; boletins murais.

Exemplo de diagrama que podemos encontrar que se relaciona com o assunto:

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Figura 04: Governança de TI. Fonte: Internet

a) Atividades nucleares

Carvalho (2010) explica o impacto das TI nas atividades nucleares de uma

organização atinge o seu máximo quando estão em jogo negócios viabilizados pelas próprias

TI, principalmente aqueles em que o objeto do negócio é informação – os serviços de

informação. No geral, em qualquer outro negócio, é relevante o impacto da TI nas atividades

nucleares das organizações. A seguir apresento atividades citadas por Carvalho (2010), nas

quais fazem parte da cadeia de valor proposta por Porter (1985), onde tal impacto é

particularmente importante.

Marketing e vendas – O conjunto de tecnologias que possibilita o que

normalmente se designa por comércio eletrônico corresponde talvez à principal influência das

TI nas organizações. O comércio eletrônico corresponde a um canal de marketing e vendas

adequado à atual sociedade globalizada. Por outro lado, o histórico das vendas de uma

organização (aqui falando de anos anteriores) passou a ser explorado automaticamente, com

tecnologias como o data mining, à procura de padrões nos comportamentos de compra dos

clientes (exemplo o google) o que levou a surgir algumas funções organizacionais

viabilizadas pelas TI, tal como a gestão do relacionamento com os clientes (customer

relationship management - CRM).

Centro de contatos – TI baseada em computador que lidam com informação

digitalizada permitiram a centralização dos mais diversos contatos de uma organização,

permitindo juntar num mesmo local de trabalho contatos recebidos por diferentes canais, tais

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como telefone, fax, correio eletrônico ou carta postal. Foram assim viabilizados métodos

organizacionais que garantem atendimento eficiente e tratamento personalizado para com os

clientes e reforçam a possibilidade de conduzir o relacionamento com os clientes.

Logística – a nível da logística, quer de entrada ou de saída, a TSI trouxe

profundas mudanças. As práticas de logística atualizadas – por exemplo o que se designa

normalmente por supply chain management (SCM) – exigem da TI, que desenvolva a

interligação de repositórios de informação de clientes, fornecedores e transportadores de bens,

bem como comunicação entre as respectivas plataformas de informática.

Exemplo de diagrama que podemos encontrar que se relaciona com o assunto:

Figura 05: Tipos de atividades nucleares. Fonte: Internet

b) Atividades de suporte

Conforme explica Carvalho (2010), por atividades de suporte deve-se entender as

atividades organizacionais necessárias ao regular funcionamento da empresa (as atividades

nucleares, como citado acima), mas que não têm relação com a sua finalidade nem com as

atividades relacionadas com direção ou coordenação (as atividades de gestão). Devemos usar

informações para diminuir a ansiedade e perguntar às partes interessadas como as

informações serão utilizadas.

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Entre as atividades de suporte destaca-se:

Comunicação interna – O e-mail tem vindo a se tornar o meio mais frequente de

comunicação nas organizações, servindo para, estabelecer canais de comunicação entre duas

ou mais pessoas. Em complemento com o e-mail, outras formas de comunicação oriundas da

TI têm vindo a aparecer nas organizações e a mudar o modo de comunicar-se, quer a nível da

comunicação formal quer a nível da comunicação informal.

Arquivo – Já faz muito tempo que organizações optavam por arquivar os seus

documentos em suportes que exigem menos espaço que o suporte original – o papel. Com a

possibilidade de digitalização dos documentos, aquela tendência naturalmente aumentou.

Cada vez mais os documentos chegam já em versão digital ou então são digitalizados logo no

momento em que são recebidos. Assim, a colocação de documentos em arquivo nem chega a

precisar de mudança de suporte.

Segurança – A segurança das organizações conhece hoje em dia novas

vulnerabilidades organizacionais e ameaças: roubos de informação, intrusões, ataques às

plataformas de informáticas da organização. Com a agravante de que os Hackers destes

ataques e roubos poderem estar à distância e apenas detectáveis através de constante

vigilância no ambiente de informática da organização. A segurança da informática é, hoje em

dia, uma vertente da segurança das organizações que precisa de crescente atenção.

Exemplo de diagrama que podemos encontrar que se relaciona com o assunto:

Figura 06: Etapas para gestão estratégica da informação.Fonte: Internet – Adaptado de Romani et al(2001)

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c) Atividades de gestão

Para Carvalho (2010), destaca-se o envolvimento de profissionais de TSI nas

seguintes atividades para com o nível de gestão:

Planejamento estratégico - O estabelecimento de objetivos e metas a alcançar bem

como as estratégias a seguir para os atingir, deverá considerar as competências dos

colaboradores existentes e necessárias e, por outro lado, o que as TI permitem fazer. Quer as

aplicações das TI já existentes nas organizações quer outras passíveis de serem obtidas e

disponibilizadas.

Vigilância competitiva - A coleta de informação sobre mercados, competidores e

outros elementos do ambiente bem como o tratamento da informação no sentido de identificar

tendências e outros padrões depende cada vez mais das TI.

Auditoria - Considerando que cada vez mais os registos organizacionais são

suportados por TI, o exercício de funções de auditoria necessita de competências de TI para

garantir a capacidade de verificar a autenticidade e validade desses registos.

Controle - O fornecimento de informação para gestão, tipicamente no sentido de

controle, esteve na origem do surgir do interesse pela utilização dos computadores nas

organizações –sistemas de informação para gestão (management information systems).

Desenvolvimentos tecnológicos recentes – incluindo data warehousing, OLAP (on-line

analytical processing), sistemas de informação para executivos (executive information

systems) – disponibilizaram aos gestores, instrumentos de trabalho que, literalmente, lhes

permite navegar na informação sobre a situação da organização.

Prestação de contas aos stakeholders - A disponibilização de informação que

permita a todos os interessados acompanhar a evolução do desempenho das organizações é

hoje em dia, é possível de realizar de forma bem mais frequente do que o que era possível

através de relatórios de atividades e de contas tipicamente atuais, graças aos sistemas

desenvolvidos pela TI.

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Coordenação – A coordenação de recursos – financeiros, humanos, infraestruturas

e equipamentos – necessita da existência de registos atualizados das existências e das

utilizações dos mesmos. Progressos foram feitos nos últimos anos neste aspecto. Os softwares

normalmente designados por ERP – enterprise resource planning – têm ajudado a permitir

uma visão integrada da utilização dos recursos, eliminando múltiplos registos de existências e

de consumos, viabilizando a melhor coordenação dos recursos organizacionais. Sistemas de

apoio à decisão adequados à gestão de cada um dos diferentes tipos de recursos têm também

contribuído para uma maior capacidade de gestão e uma maior eficiência na organização.

Não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente motivados. Se ela não

estiver bem informada, se seus integrantes não se comunicarem adequadamente, não será

possível potencializar a força humana da empresa. (Alberto Ruggiero, 2002)

2.5 COMPETÊNCIAS NUCLEARES DOS PROFISSIONAIS DE TSI

Será interessante comparar as atividades profissionais de TSI atrás apresentadas por

Carvalho (2010) com as competências de mais alto nível (high-level capabilities),

correspondendo aos principais resultados de aprendizagem na formação inicial em TSI,

apresentadas num recente estudo promovido pela AIS (TOPI et al., 2010).

Neste estudo Carvalho (2010) identifica sete competências nucleares (ver tabela

1) que correspondem em grande parte ao que foi descrito como sendo as principais atividades

dos profissionais de TSI:

Competências nucleares da proposta da AIS para o currículo de formação inicial em TSI Atividades profissionais em TSI tal como apresentadas

1 Melhoria de processos organizacionais Corresponde diretamente à atividade de ETPO, sendo, no entanto, razoável associá-la também ao DSI.

2 Exploração de oportunidades criadas por inovações tecnológicas

Esta competência é transversal a todas as atividades profissionais de TSI apresentadas.

3 Compreender e dar satisfação a requisitos informacionais

Esta competência está claramente associada a DSI. No entanto, é possível associá-la também ao DAI. Aliás, no estudo da AIS é apresentada nesse sentido.

4 Conceber e gerir a arquitetura organizacional

Lidar com a arquitetura organizacional é uma competência essencial a nível da GTSI. É também necessária quando a atividade de ETPO é conduzida ao nível mais elevado, i.e., ao nível da organização.

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5 Identificar e avaliar soluções alternativas e formas de as obter

Esta competência pode ser entendida a dois Níveis: 1) como obter soluções específicas no contexto do DSI; 2) decidir relativamente a opções de fundo a nível global da organização; Por exemplo, optar pelo desenvolvimento interno de aplicações em alternativa à aquisição de pacotes ou contratação de software houses; ou criar e manter uma infraestrutura para a exploração das aplicações em detrimento da contratação de serviços externos de alojamento (hosting) de aplicações; neste segundo sentido, a competência poderá corresponder à atividade de GTSI.

6 Assegurar a segurança da informação e de infraestrutura de suporte

Pelo menos ao nível mais geral (definição de estratégia e políticas) esta competência enquadra-se na GTSI e na sua relação com as atividades organizacionais associadas ao zelar pela segurança da organização.

7 Compreender, gerir e controlar os riscos associados às TI Corresponde a responsabilidades da GTSI.

Tabela 01: Competências nucleares do currículo de formação inicial em TSI proposto pela AIS e sua correspondência com as atividades profissionais em TSI apresentadas na seção 5. Fonte: Carvalho (2010) p. 14

Das várias atividades atrás identificadas por Carvalho (2010), há uma que parece

estar ausente do estudo da AIS – a gestão do conhecimento organizacional (GCO). Não

necessariamente por ser excluída das responsabilidades dos profissionais de TSI, mas

provavelmente por ser entendida como uma atividade mais complexa que não fará sentido

abordar ao nível de formação inicial. Nota-se que a proposta da AIS para o curriculum em TSI

ao nível de mestrado, publicada por Gorgone et al. (2006), considera já a gestão do

conhecimento como uma atividade profissional emergente.

Gerenciamento estratégico da Informação:

Figura 07: Etapas para gestão estratégica da informação.Fonte: Internet

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Ronaldo Marques (2004) afirma:

Que a comunicação interna é uma via de mão dupla, portanto, tão importante como comunicar é saber escutar. Os 5 “C’s” de uma comunicação interna eficaz são: clara, consciente, contínua e freqüente,curta e rápida e completa.

2.6 ENGENHARIA E GESTÃO DE TSI

Figura 08: Engenharia e gestão de TI.Fonte: Internet

Segundo Carvalho (2010) as atividades profissionais de TSI acima descritas

partilham algumas características comuns, especificamente:

A Implicam lidar com questões tecnológicas com consciência plena do contexto organizacional, humano e social que enquadra a adoção, utilização e aproveitamento das TI;

B Envolvem lidar com fenómenos/objetos de elevada complexidade; C Exigem também elevado nível de competência técnico-científica e capacidade de aplicar

abordagens rigorosas e sistemáticas fundamentadas em conhecimento sobre os fenómenos organizacionais, humanos e sociais relevantes.

Quadro 04: Engenharia da TI.Fonte: Elaborado a partir de Carvalho (2010) p. 15

Enquanto umas implicam ações de intervenção, conduzidas em ambiente de projeto - típicas das profissões da engenharia - outras desenrolam-se na lógica de acompanhamento contínuo de algum objeto de atenção – característica das atividades de gestão. Assim, os profissionais de TSI poderão ser apresentados como engenheiros e gestores de TSI, termos estes associados a profissões que possuem as características acima referidas. Também ambas as profissões se enquadram na categoria de profissões que envolvem design, no sentido definido por Simon (1981, p. 129) – “[…] devis[ing] courses of action aimed at changing existing situations into preferred ones.”. (CARVALHO 2010, p. 15)

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A engenharia e gestão de TSI pode ser considerada uma profissão em

consolidação, resultante da combinação e evolução de outros perfis profissionais,

principalmente: 

A Engenharia informática orientada para o desenvolvimento de aplicações informáticas de suporte ao trabalho organizacional; 

B Gestão de recursos; C Gestão da informação; D Design organizacional.

Quadro 05: Perfis profissionais da TI.Fonte: Elaborado a partir de Carvalho (2010) p. 15

Carvalho (2010) considerando a necessidade de combinação de competências das

TI com competências das ciências econômicas e empresariais, não é de se estranhar que a

formação de profissionais de TSI possa ser encontrada em instituições de ensino superior

associadas não só a escolas de engenharia e tecnologia, mas também a escolas de gestão e de

negócios.

Pelas mesmas razões Carvalho (2010), as atividades centrais ao engenheiro e

gestor TSI aparecem enquadradas em associações profissionais com origem, quer em

profissões mais próximas da computação e das tecnologias da informação, quer profissões

mais próximas da gestão. Exemplos de tais associações incluem: British Computer Society

(BCS) – no Reino Unido; Association for Information Technology Professionals (AITP,

anteriormente Data Processing Management Association - DPMA) nos Estados Unidos da

América; Association for Computing Machinery (ACM) nos Estados Unidos da América;

Institute of Electrical and Electronic Engineers – Computer Society (IEEE) nos Estados

Unidos da América, e Information Management and Operations Research (INFORMS),

também nos Estados Unidos da América.

Assim Carvalho (2010) afirma em seu estudo que cada profissional seguirá um

percurso de especialização que o tornará particularmente especializado em algumas das

atividades da engenharia ou gestão de TSI, ou ainda especializado na execução de alguma

atividade profissional em algum aspecto organizacional em particular. Este último tipo de

especialização indicia que as profissões de TSI podem também ser conduzidas em contextos

de consultoria, aplicadas em diferentes organizações.

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Exemplo de diagrama que podemos encontrar que se relaciona com o assunto:

Figura 09: Conceito Macro tecnológico.Fonte: Internet

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3. RELAÇÃO DA TEORIA COM A PRÁTICA

Este capítulo descreve a metodologia definida para o trabalho. Além disso, incorpora o plano de projeto desenvolvido em grupo durante a disciplina Concorrência de Projetos, apresentando a contextualização do tema e da delimitação em situações práticas.É imprescindível que haja o vínculo entre teoria e prática e, para tanto, o aluno escolherá um tema de TCC relacionado ao plano do projeto confeccionado em grupo, estabelecendo uma sinergia entre este capítulo e o anterior (criando sentido).O aluno discursará sobre o estudo de caso baseado no plano do projeto da disciplina Concorrência de Projetos, fundamentando a narrativa no referencial teórico.

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4. CONCLUSÃO

A conclusão é uma resposta ao problema de pesquisa definido na introdução, ou seja, é uma síntese do que foi discutido e o ponto para onde convergem as análises elaboradas no corpo do trabalho. Na conclusão do trabalho, não deve-se expor informações novas.Todas as análises e investigações realizadas no trabalho só se justificam em função do que é afirmado na conclusão, ou seja, das repostas às questões que deram origem a pesquisa. A conclusão pode ser iniciada da seguinte forma: “O objetivo deste trabalho foi identificar a ...” e deve-se explicar se o objetivo do trabalho foi ou não alcançado.Este é o único momento em que o autor pode expor seu ponto de vista, pois no restante do trabalho deve ser amparado fundamentalmente na bibliografia e no estudo de caso apresentado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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