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C.E.T. N

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C.E.T.N

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2012

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Direc 23

IDENTIFICAÇÃO:

Projeto Político Pedagógico – 2012

I. Unidade Escolar: Colégio Estadual de Tanque Novo

Endereço: Avenida Prefeito João Neves, s/n. Fone fax: (77) 3695-1247

II. Equipe Dirigente: Diretor: Vanderley Silva Souza

Vice - diretores: Sebastião Silva Costa, Maria Lúcia Magalhães Carneiro Azevedo e Neusa Carneiro Silva Batista

Secretária: Edna Cardoso Pereira

III. Níveis: Tempo Formativo II e III, Ensino Médio no Campo com Intermediação Tecnológica e Ensino Médio

IV. Cursos: Tempo Formativo II e III /Ensino Médio no Campo com Intermediação Tecnológica/Ensino Médio

V. Salas de Aula: 10

RECURSOS HUMANOS

Diretor: 01 (um) Vice - diretoras: 03 (três) Professores efetivos: 28 (vinte e oito)Professores (Reda): 02 (dois)Professores (PST): 07 (sete)

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Coordenador pedagógico: 00 (zero) Secretário: 01 (um) Auxiliar de Secretaria: 04 (quatro) Agente Administrativo: 02 (dois) Agente de portaria: 06 (quatro) Auxiliar de Direção: 01 (um) Bibliotecárias: 03 (três) Copeiras: 03 (três) Auxiliar de limpeza: 11 (onze) Vigilantes: 05 (cinco)Merendeiras: 02 (duas)

Total: 75

COLEGIADO ESCOLAR

a) Data de Criação: 11/10/96

Nº. de reuniões já realizadas: 102

b) Composição e nome dos componentes:

Presidente: Edilce Magalhães Silva Carneiro

Segmentos dos Pais Ednalva Carneiro FloresIsabel da Silva M. LopesOsvaldo Oliveira Azevedo

Segmentos dos Professores Antonio Junior Barbosa dos Santos Dinalva Malheiro Carneiro Santos Pedro Costas dos Reis

Segmentos dos Funcionários Vanuzia Gomes BonfimLuzia Cardoso de CarvalhoOdimom Gomes Carneiro

Segmentos dos alunos: Kelly Caroline Moreira LopesJoão batista Barbosa AzevedoKaio José Gomes Santos

Segmento Direção: Vanderley Silva SouzaMaria Lúcia Magalhães Carneiro Azevedo

Serão realizadas reuniões ordinárias bimestrais e extraordinárias quando houver

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necessidade.

SUMÁRIO:

1. Apresentação .........................................................................................................4

2. Justificativa .............................................................................................................6

3. Caracterização da Escola ......................................................................................9

3.1. Contexto da Escola e da Comunidade ...........................................................9

3.2. Histórico da Escola ......................................................................................11

3.3. Situação Física da Escola ............................................................................13

3.4. Recursos humanos, materiais e financeiros ................................................14

3.5. Gestão da Escola .........................................................................................16

3.6. Organização da escola e do ensino .............................................................18

3.7. Relações entre a escola e a comunidade ....................................................19

4. Dados Quantitativos da U.E. ................................................................................20

4.1. Indicadores de desempenho 2011 ...............................................................20

4.2. Análise dos resultados acadêmicos .............................................................21

4.3. Análise situacional da escola .......................................................................22

5. Fundamentação teórica e concepções pedagógicas ...........................................27

5.1. Função social da escola ...............................................................................27

5.2. Expectativas educacionais ...........................................................................31

5.3. Eixos norteadores ........................................................................................33

5.4. Concepções filosóficas.................................................................................40

5.5. Trabalho pedagógico do CETN.....................................................................42

5.6. Concepção de currículo na escola.................................................................48

5.7. Matriz curricular..............................................................................................51

5.8. Avaliação .......................................................................................................53

6. Objetivos ...............................................................................................................57

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6.1. Objetivo amplo .............................................................................................57

6.2. Objetivos estratégicos ..................................................................................57

7. Visão estratégica e plano de ação .......................................................................57

7.1. Organograma ................................................................................................57

7.2. Plano de ação ...............................................................................................58

8. Avaliação ..............................................................................................................65

9. Bibliografia ............................................................................................................66

Anexos .......................................................................................................................68

1. APRESENTÇÃO

“O projeto representa a oportunidade da direção,

coordenação pedagógica, professores e

comunidade, tomarem sua escola nas mãos,

definir seu papel estratégico na educação das

crianças e jovens, organizar suas ações, visando a

atingir os objetivos que se propõem. É o

coordenador, o norteador da vida escolar”:

José Carlos Libâneo.

Ao pensarmos a educação com seu valor formativo e representativo para a

sociedade contemporânea, na escola e o importante papel de desenvolvimento do

ser humano de caráter formativo para o exercício da cidadania, verifica-se a

necessidade do repensar constante de todos os processos políticos e pedagógicos

presentes no dia-a-dia da escola, por isso a otimização do Projeto Político

Pedagógico na escola. Mesmo sendo de caráter de exigência do ponto de vista

legal, se configura um instrumento ideológico, que pretende definir as ações,

direcionar todo um trabalho pedagógico, mostrar os resultados, os pontos fortes e os

pontos fracos, para direcionar a busca por resultados satisfatórios e ou a retomada,

por outros caminhos, para atingir as metas não alcançadas.

De acordo com Betini, “o projeto político-pedagógico mostra a visão macro do

que a instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e

estratégias permanentes, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas,

como às funções administrativas. Portanto, o projeto político-pedagógico faz parte

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do planejamento e da gestão escolar. A questão principal do planejamento é então,

expressar a capacidade de se transferir o planejado para a ação. Assim sendo,

compete ao projeto político-pedagógico a operacionalização do planejamento

escolar em um movimento constante de reflexão-ação-reflexão.” (BETINI. Geraldo

Antônio, 2005, p.38).

É necessário destacar a importância da participação de todos na sua

construção e no seu acompanhamento. O caráter coletivo presente no fazer e no

refazer, na busca de soluções, na avaliação dos resultados é que o tornará eficiente.

Ainda, para garantir a eficácia deste instrumento é necessário levar em conta a

realidade de cada um que faz parte da instituição, a realidade social na qual está

inserida esta instituição, a base legal que o norteia, as condições físicas

encontradas, os recursos humanos, os resultados obtidos nos anos anteriores, a

proposta pedagógica, a formação continuada dos profissionais da educação, os

projetos pedagógicos desenvolvidos e todas as demais ações que farão parte no

decorrer do ano letivo.

Por isso, é de extrema necessidade, para a comunidade Colégio Estadual de

Tanque Novo-BA, o constante acompanhamento e o repensar coletivo em todos os

encontros pedagógicos, assembléias e reuniões, para manter a expectativa de um

documento norteador de todas as ações desenvolvidas no âmbito escolar e que

prime pela excelência na educação.

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2. JUSTIFICATIVA

O Colégio Estadual de Tanque Novo, sendo a única Instituição de Ensino

Médio no município, atende a uma clientela diversificada, heterogênea, o que nos

leva, mesmo atentando para a coletividade e o bem comum, a necessitarmos de

procedimentos pedagógicos diferenciados, principalmente, no turno noturno, pelo

fato de atendermos a uma demanda discente com alta defasagem idade/série e que

trabalham durante o dia, além do que, boa parte é composta por pais e mães de

família. Por outro lado, embora, contamos com um quadro de professores

qualificados, ainda encontramos sérias dificuldades para atendermos ao nosso

alunado, inclusive, não contamos, sequer, com acompanhamento de um

coordenador pedagógico.

Dentre os problemas encontrados nessa instituição de ensino, destacam-se o

alto índice de evasão, nas turmas de EJA e 1ª série no turno noturno, a defasagem

idade/série, a falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos, alunos do

noturno que trabalham durante todo o dia e atribuem a esse fato a dificuldade de

apreensão dos conteúdos e baixa frequência nas aulas, além, do baixo nível de

aprendizagem, principalmente, nas turmas de 1º. ano do Ensino Médio.

O alto índice de evasão é algo de muita preocupação em nossa escola, por

isso algumas medidas e projetos têm sido desenvolvidos na tentativa da

permanência dos alunos nesta Unidade Escolar. Quanto ao fato de boa parte dos

alunos que ingressam na escola apresentarem um nível de aprendizagem abaixo do

esperado, com muita dificuldade na leitura, interpretação, produção de textos e

cálculos, nossa preocupação é, ainda maior, pois mesmo com o empenho na

implementação das atividades e projetos por parte dos professores com o apoio da

equipe de gestão, os resultados não são os esperados e é preciso ressaltar que o

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problema persiste no ano seguinte com a chegada de novos alunos ao 1º ano co

Ensino Médio.

A falta de participação dos pais na vida escolar de seus filhos é outro

problema enfrentado pala instituição, visto que a ausência dos pais na vida do filho

provoca inúmeras consequências tais como: a falta de motivação e falta de

consciência da importância da educação e escolarização para sua vida profissional e

cotidiana.

Durante esses últimos anos, a escola desenvolveu projetos de ação no

sentido de poder viabilizar o processo de ensino-aprendizagem, e na tentativa de

amenizar os referidos problemas. Com isso, estamos buscando uma atuação mais

significativa entre os professores e demais integrantes da comunidade escolar, na

tentativa de uma participação mais ativa nas atividades da escola e nos projetos

emplementados pela mesma.

É a partir dessa busca constante por um ensino de qualidade que todas as

atividades de âmbito educacional têm se centrado nestes últimos anos. Isso tem

sido motivo de muitas discussões nas reuniões das ACs, jornada pedagógica e

reuniões periódicas. Acreditamos cada vez mais que somente com a participação de

todos os membros desta comunidade e, principalmente, a atuação dos alunos,

professores e equipe gestora, possamos alcançar os objetivos almejados para nossa

instituição de ensino.

É preciso ressaltar que as questões abordadas é uma grande preocupação de

toda comunidade escolar que também está consciente de que o Projeto Político-

Pedagógico não constitui, apenas, uma mera exigência normativa. É, antes de tudo,

um instrumento ideológico, político, que visa, sobretudo, a gestão dos resultados de

aprendizagem, através da projeção, da organização, e acompanhamento de todo o

universo escolar. O projeto político-pedagógico mostra a visão macro do que a

instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias

permanentes, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas, como às

funções administrativas. Portanto, o projeto político-pedagógico faz parte do

planejamento e da gestão escolar.

A questão principal do planejamento é então, expressar a capacidade de se

transferir o planejado para a ação na busca de resolver os problemas encontrados e

promover a aprendizagem dos alunos na busca da construção do conhecimento e

cidadania. Assim sendo, compete ao projeto político-pedagógico a

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operacionalização do planejamento escolar, em um movimento constante de

reflexão-ação-reflexão.

A articulação entre o projeto político-pedagógico, o acompanhamento das

ações, a avaliação e utilização dos resultados, com a participação e envolvimento

das pessoas, o coletivo da escola, pode levá-la a ser eficiente e eficaz. Daí a notória

ênfase dada pelos mecanismos legais à escola democrática que tanto prezamos em

nossa Instituição Escolar.

Portanto, ao construirmos nosso Projeto Político-Pedagógico levamos em

conta a realidade que circunda a Escola e as famílias de nossos alunos, pois, é

evidente que a realidade social dos alunos afeta a sua vida escolar, e os dados

levantados devem contribuir para orientar todo o organismo escolar para os fins de

tratar tais indícios com a devida relevância, transformando-os em currículo, objeto de

planejamento e potencial de aprendizagem.

Optamos também por salientar a historicidade do Colégio Estadual de Tanque

Novo e o valor histórico-cultural que ele construiu e representa na vida dos cidadãos

da comunidade de tanquenovense. Dentro desta esfera ele é sem dúvida, um forte

elemento da identidade local.

Em um segundo momento, analisamos as condições físicas e os recursos

humanos disponíveis para a efetivação do Projeto, como também as necessárias e

possíveis metas e planejamentos. Analisamos os últimos resultados de todos os

anos de ensino, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, quer nas

avaliações internas, quer nas externas, e os índices de frequência, evasão e

repetência de modo a orientar nosso plano de ação visando a melhoria significativa

nos resultados de aprendizagem e a busca pela excelência no ensino.

De acordo com todos os nossos encontros, discussões e pontos em comum,

e ainda pensando na gama de formações acadêmicas, pessoais e sociais de cada

membro que contribuiu para a construção de nosso Projeto, enquanto escola,

buscamos criar um clima escolar que priorize a tolerância, o cotidiano escolar na

cidadania e em prol dela, além da alta expectativa na aprendizagem dos alunos, pois

acreditamos que todos podem aprender e que todos somos iguais nas diferenças,

por isso precisamos de tratamentos pedagógicos específicos, bem planejados e

acompanhados. O resultado dessa perspectiva pode e deve ser acompanhado por

avaliações processuais e de resultado, notadamente transformadas.

Então, nossa equipe elabora este projeto com a finalidade de propor

alternativas para a redução dos problemas diagnosticados, oferecendo

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possibilidades de transformações, mudanças e comprometendo-se com uma

educação de qualidade, uma escola mais democrática e participativa através do

resgate de valores sociais e culturais, do desenvolvimento do espírito de parceria e

do trabalho de grupo e da elevação da auto-estima do aluno, valorizando-o, assim,

como o alvo principal desse processo de construção da aprendizagem e cidadania.

3. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

3.1. Contexto da Escola e da Comunidade

O Colégio Estadual de Tanque Novo está situado no município de Tanque

Novo, com uma população de 16.128 habitantes, segundo o Censo IBGE 2010.

O município tem predominantemente uma população que reside em zona

rural, observando evidente miscigenação entre brancos e negros. Segundo dados do

IBGE-2010, 54,6% da população do município residem na zona rural. Verifica-se

ainda nos dados observados das populações urbana e rural do município nos anos

de 2000 e 2007 que nesse intervalo de menos de uma década a população urbana

cresceu, enquanto a rural diminuiu. Em 2000 a população rural era de 64.9%, caindo

para 59.5% em 2007, uma diferença de mais de 5 pontos percentuais. Enquanto

isso, a população urbana cresce de 35.1% para 40.5%, o que demonstra uma

migração significativa de pessoas do campo para a cidade no intervalo dos sete (7)

anos em análise.

O crescimento populacional tem mantido níveis estáveis nas últimas décadas.

Com uma população de 15.771 em 2000 e 15.745 em 2007, o município apresentou

um crescimento pouco significativo, sua taxa de crescimento populacional foi de

0,78%fato já recorrente nos dados do censo demográfico dos últimos anos. Isso se

justifica em razão de o município não apresentar nenhum fator marcante em níveis

econômicos que influencie diretamente o crescimento populacional, além de a baixa

taxa de natalidade e a redução da área territorial também contribuírem para que

essa população continue em níveis estáveis.

Quanto ao gênero e faixa etária, a população do município, apresenta uma

estrutura populacional formada principalmente por adultos (25 a 64 anos). Há certo

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equilíbrio entre os gêneros, pois no total geral são 50.5% para a população do sexo

masculino no município.

O analfabetismo em Tanque Novo é fator preocupante. 36.7% (2000) é um

índice muito alto, considerando que a Bahia era de 23.1% e o Brasil, de 13.6%

nesse mesmo ano. Quanto aos indicadores de educação, Tanque Novo tinha, em

2000, 94,42% de pessoas freqüentando curso de nível fundamental (considerando a

parcela da população entre 7 e 14 anos de idade), o que o coloca em situação

superior à estadual e inferior à nacional. A escolaridade da população de 25 anos ou

mais de idade foi a seguinte: 38,93% “sem instrução ou menos de 01 ano de

estudo”; 49,60% com “1 a 4 anos de estudo”; 5,65% com “5 a 8 anos de estudo”;

3,53% com “9 a 11 anos de estudo”. 0,34% com “12 anos ou mais de estudo” e

1,95% “não determinado”.

No que se refere ao rendimento familiar per capita, Tanque Novo possuía, em

2000, a maior parte de suas famílias concentradas na classe “até meio salário

mínimo” (43,51%), seguida da classe “mais que meio até 01 salário mínimo”

(27,49%) e da “sem rendimento” (16,66%). Cabe ressaltar que a proporção de

famílias sem rendimento ou com rendimento de até 01 salário mínimo situava-se

acima daquela registrada no Estado e acima da do País.

Com referência aos costumes e lazer do município, os tanquenovenses

conservam algumas de suas tradições religiosas e culturais. O município comemora

seis eventos católicos como a festa de São Sebastião, realizada entre os dias 20 a

22 de janeiro, a do Imaculado Coração de Maria, comemorada no segundo domingo

de junho, com novenas que duram 30 dias, cujas mordomas são escolhidas entre as

famílias tradicionais da cidade, com coroação da santa, busca do mastro, e missas

solenes, a festa do Imaculado Coração de Jesus, no mês de setembro e a de Nossa

Senhora Aparecida, padroeira de um bairro do município, comemorada no dia 12 de

outubro, na qual todos os fiéis da cidade prestam devoção à padroeira primaz do

Brasil. Em dezembro é comemorado o Advento Natalino, com distribuição de

presentes para as crianças durante o dia e missa solene à noite. Além de novenas

religiosas, temos no São João, festas com danças juninas e apresentações das

escolas municipais e estadual, além da tradição do dia 23, onde todas as famílias

comemoram ao redor de fogueiras, com assados, bebidas, e muita animação e

alegria.

Quanto ao lazer, os jovens e a população em geral encontram - se em praças

públicas, barzinhos, igrejas, (com participação ativa), durante a noite, além de festas

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locais, em clubes e particulares. Durante o dia, a população tanquenovense tem

recentemente como opção na prática de esportes e promoção de campeonatos o

ginásio de esportes, a pista de corridas de cavalos, a pista de MotoCross, a quadra

do açude, além do parque infantil. Na assistência a jovens e crianças em geral, a

prefeitura oferece escolinha de futebol, vôlei, basquete e dança. Para a população

carente e moradores de zonas de riscos, temos as ações promovidas pelo

PROJOVEM, através do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), como

cinema, e a prática de capoeira, teatro, cursos de artesanato e pintura em tecido,

corte e costura, manicure, culinária, redação, além de atividades esportivas, como

futebol e caratê.

Conforme indicadores sociais (IBGE – Censo 2000 e IBGE – PNAD 2003),

quanto à cobertura de abastecimento de água (população urbana), 92,20% da

população é atendida por esse serviço. O mesmo acontece com 85,65% dos

tanquenovenses em relação à cobertura de sistemas de coleta de lixo.

Já no que se refere ao sistema de esgotamento sanitário, a população ainda

não é atendida por esse serviço. Sua implantação ainda está em andamento, em

fase de conclusão, com previsão de funcionamento no próximo ano (segundo dados

da CODEVASF).

Além disso, com apenas 03 estabelecimentos de saúde na área urbana e 04

na área rural, o município apresenta um precário sistema de saúde para

atendimento da população. Embora o município tenha obtido conquistas importantes

neste setor, ainda não conseguiu resolver a maior parte dos problemas de saúde da

população, com um número ainda muito baixo de estabelecimentos para

atendimento ao público.

3.2. Histórico da Escola

A educação no município de Tanque Novo não acompanhou o ritmo da

evolução e, por muito tempo, ficou restrita aos filhos daqueles que podiam pagar um

professor leigo para ministrar as aulas, geralmente, na residência de um patriarca.

Mais tarde, em 1933, veio acontecer um fato inusitado, que muito marcou a

história desta terra, a chegada da primeira professora da rede pública, a jovem

recém-formada, Rachel Pereira de Andrade, que viera da cidade de Caetité. A

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referida professora passou a conviver ativamente com a população e os estudantes,

partilhando e resolvendo, na medida do possível, os problemas educacionais e

sociais que não eram poucos. Sua competência era pública e notória. Gladiadora

inesgotável, tangia diariamente os obstáculos, tornando-os tapetes para o sucesso.

Assim, a profª. Rachel, aos poucos, foi ganhando a simpatia de todos, pois

além de mestra, fez da educação seu próprio viver. Com o passar dos tempos, esta

professora passou a pertencer definitivamente à família daquela vila, vindo a casar-

se com Arlindo Alves Carneiro (Dotô) (neto/sobrinho de Prudenciano Alves

Carneiro), passando a se chamar Raquel Pereira Carneiro.

Só em 1964, o Distrito de Tanque Novo ganha seu primeiro prédio escolar

construído pelo então prefeito Alípio de Queiroz Marques. Mais tarde, o prédio foi

demolido dando lugar ao Grupo Escolar Teotônio Marques.

Em 1966, deu-se início à criação do Ginásio de Tanque Novo, pela“Sociedade

de Tanque Novo”, associação presidida por Juvêncio Carneiro Neto, que

transformou o patrimônio da referida escola em cotas, dividindo-as entre as famílias

associadas, em benefício dos filhos estudantes, os quais não precisariam mais se

deslocar para estudarem em outros municípios. A primeira turma foi criada no ano

de 1970.

Em 1971 a associação do Ginásio de Tanque Novo faz convênio com a

CENEC (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade), passando a ser

entidade mantenedora da referida escola, denominada a partir de então de Centro

Educacional Cenecista de Tanque Novo.

A criação do Colégio Estadual de Tanque Novo ocorreu em 05/12/89, quando

as Escolas Reunidas Deputado Hélio Correia, localizadas no município de Tanque

Novo, foram desativadas. As atividades docentes e discentes e o acervo da referida

escola, passaram a integrar a nova Instituição de Ensino, o Colégio Estadual de

Tanque Novo, e este passou a manter os cursos de 1° e 2° Graus (Conforme

Portaria 7.921 publicada no D. O. em 05/12/89). De acordo com o D.O. do estado de

23/11/94 o acervo do Centro Educacional Cenecista de Tanque Novo também passa

a pertencer ao CETN.

A autorização do Colégio Estadual de Tanque Novo com direito a ministrar o

Ensino Fundamental e Ensino Médio (curso de formação de professores para o

Magistério de 1º grau da 1ª a 4ª série) se deu de acordo com o Parecer CEE 188/94

e Resolução do CEE 121/94 publicado D.O. de 23 de fevereiro de 1995 que declara

válidos os estudos realizados anteriormente.

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Com a criação da referida escola passa a atender um alunado de Educação

Infantil, Ensino Fundamental (1ª a 4ª e 5ª a 8ª) e Ensino Médio. Com a

municipalização do Ensino fundamental o CETN foi gradativamente passando a

atender apenas alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

Atualmente atende apenas a Educação de Jovens e Adultos (Tempo Formativo II e

III – eixos IV, V, VI e VII) no turno noturno e o Ensino Médio distribuídos nos três

turnos.

No ano de sua criação, em 1989, foi nomeado como diretor, o professor

Edílson Santana Carneiro e vices, as professoras Zenaide Magalhães Cardoso e

Izenilda Neves de Oliveira Carneiro que atuaram na gestão até 1991. A partir deste

ano foi nomeada diretora, a professora Elena Neves de Oliveira Mendes que atuou

como diretora da instituição até o ano de 2008. Durante essa gestão atuaram como

vices em períodos distintos os professores: Raquelinda Pereira Carneiro Silva,

Izenilda Neves de Oliveira Carneiro, Neusa Carneiro Silva Batista, Dilza Pereira

Gomes Costa e Sebastião Silva Costa.

Em 2008, por decreto estadual, ocorreram as eleições diretas para dirigentes

escolares sendo eleitos diretor e vice respectivamente os professores Vanderley

Silva Souza e Lucélia Oliveira Carneiro. E para completar as vagas de vice foram

nomeadas as professoras Genúsia Guedes Matos Lopes e Lucimária Regina

Fernandes de Sousa que posteriormente demitiu-se do cargo, ocupando-o a

professora Neusa Carneiro Silva Batista.

Esta é uma escola pública de referência em qualidade de educação, pois

além de promover o conhecimento sistematizado, busca resgatar a cidadania como

forma de transformar a própria vida e a comunidade em que vive. Neste sentido o

trabalho realizado pela escola ao longo dos anos tem revertido em benefícios para a

própria escola, haja vista que as vagas de professores oferecidas em concursos

públicos são ocupadas por mais de 80% por alunos egressos e o quadro de

funcionários é ocupado por quase 100% com ex-alunos.

3.3. Situação Física da Escola

A escola é composta em dois pavilhões com 10 salas de aulas, 01 biblioteca,

02 banheiros para alunos (masc./fem.), 02 banheiros para professores (masc./fem.),

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1 sala de professores 1 sala de informática, 1sala de AC(atividades

complementares) 1 sala de projeção, 1 sala de direção, 1 sala de secretaria, 1 sala

da vice-direção, 1 cantina, 1 despensa, 1 sala de almoxarifado, 1 sala de técnicos, 1

deposito.

A área externa é composta de 1 pátio coberto e outro não coberto onde

contem um palco para atividades pedagógicas e de lazer. Possui ainda uma quadra

poliesportiva para as atividades físicas e eventos esportivos realizado pela escola.

A biblioteca constitui um espaço que atende os alunos e professores

satisfatoriamente. O seu acervo é composto por livros didáticos e paradidáticos,

DVDs e Fitas VHS que auxiliam nas atividades pedagógicas. Este material encontra-

se em grande parte, em bom estado de conservação.

Instalações hidráulicas: a escola conta com um sistema hidráulico

constantemente revisado para contornar eventuais problemas. O fornecimento de

água nem sempre é constante, uma vez que, a EMBASA fornecedora, trabalha com

um sistema de bombeamento de água da barragem do Zabumbão, à distância de

mais de 40 km.

Com relação ao sistema sanitário, temos instalações satisfatórias, masculino

e feminino, tanto para os alunos quanto para professores. Entretanto, enfrentamos

problemas com esgoto, pois o mesmo e feito através de fossas, todavia, esperamos

soluções em breve para esse fato, por que o sistema de esgoto da cidade, que até

não existia, esta em fase de conclusão.

Quanto aos aspectos ambientais e paisagens sempre houve empenho da

comunidade escolar com projeto e ações de conscientização ambiental e

conservação, inclusive com arborização do ambiente escolar, proporcionando assim,

sombra e um ambiente mais agradável.

Outra preocupação constante é a adequação para proporcionar claridade e

ventilação adequadas inclusive com instalação de cortinas ventiladores e luminares

com baterias automáticas para assegurar luz nas quedas de energias.

3.4. Recursos humanos, materiais e financeiros

A escola é um espaço importante no processo de integração da comunidade

porque vincula conhecimentos. É aquela que promove a aprendizagem de todos os

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seus alunos e lhes assegura uma trajetória de sucesso. Essa meta pode ser atingida

se contarmos com subsídios que possam ajudá-la a transformar a intenção em

realidade. Sendo assim, faz-se necessário conhecer a realidade e este

conhecimento se dá pelo levantamento de dados da instituição e análise dos dados

no sentido de captar os problemas, os desafios, bem como os pontos de apoio para

o processo de mudança da realidade institucional.

Tendo em vista o exposto, O Colégio Estadual de Tanque Novo encontra-se

inserido nesse contexto educacional e atende uma clientela diversificada e

heterogênea.

Atualmente, a escola conta com trinta e cinco servidores municipais que

prestam serviços de apoio e trinta e dois professores estaduais. A equipe

administrativa é formada por cinco pessoas, sendo elas: um diretor, três vice-

diretoras e uma secretária.

O corpo docente da escola é formado por vinte e oito professores efetivos,

dois REDA e sete PSTs. Destes, trinta e cinco com formação acadêmica inicial e

continuada, uma sem graduação e dois em fase de graduação, sendo que a maioria

ingressou na unidade escolar por concurso público estadual. O acesso à formação

acadêmica se dá através de instituições públicas e privadas nas modalidades,

presencial e à distância.

A equipe auxiliar da ação educativa está distribuída nos cargos de auxiliares

de direção e secretaria, agente de portaria, bibliotecária, faxineiras, merendeiras,

copeiras, vigilantes e porteiros.

A escola funciona em três turnos, pelos quais estão distribuídas as 21 classes

do ensino Médio regular, 03 classes do Tempo Formativo II e 02 classes do Tempo

Formativo III e 02 classes do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica no

Anexo do Distrito de Murici.

Estão matriculados um total de 819 alunos, destes 238 alunos no turno

matutino, 265 alunos no turno vespertino, 316 alunos no noturno e 24 alunos nas

classes do ensino de Intermediação Tecnológica.

Os alunos são provenientes de todo o município: sede e zona rural, sendo

estes de classe social média, média baixa e baixa com uma diversidade familiar

muito grande. Existem pais que são analfabetos, outros com um grau de estudo e

conhecimento elevados. Contudo, pode-se dizer que a maioria está preocupada com

a formação de seus filhos e transmite-lhes sua cultura e formação religiosa,

incentivando os a atuarem de forma mais efetiva na comunidade.

15

Page 17: PPP CETN 2012.doc

Esta unidade escolar disponibiliza de internet para livre acesso de todos os

professores e um laboratório de informática, com 15 computadores, que ficam à

disposição dos alunos, sendo um grande passo, mas ainda insuficiente para suprir

toda a necessidade da escola. A escola ainda conta com o suporte de TVs pendrive

em todas as salas de aula, 2 DVDs, 2 retroprojetores e dois projetores multimídia.

Além dos recursos tecnológicos a escola dispõe de outros recursos materiais,

tais como: acervo bibliotecário, material cartográfico, móveis e livros didáticos

suficientes para dar maior sustentabilidade aos processos pedagógicos inerentes às

ações educativas.

Esta Unidade Escolar tem como entidade mantenedora o Governo Federal e

do Estado da Bahia com os seguintes recursos: FAED (Fundo de Assistência ao

Educando) destinados a manutenção, conservação, pequenos reparos, aquisição de

materiais de consumo e outros; PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola)

direcionados para compra de materiais de consumo e permanentes; PDE (Plano de

Desenvolvimento da Escola) destinados às ações educativas com materiais de

consumo e permanentes, e os recursos do PNAE (Plano Nacional de Alimentação

Escolar) para alimentação escolar. Além destes recursos a escola conta com a

parceria da Prefeitura Municipal que cede todo pessoal de apoio do qual essa

instituição necessita.

3.5. Gestão da Escola

A forma de provimento da direção vigente se fundamentou na lei de maio de

2002, na qual determina processo seletivo interno a ser realizado pela unidade

escolar. Em atendimento a esses requisitos, foi realizada a eleição para diretor e

vices, na qual foi eleito o candidato Vanderley Silva Souza como diretor desta

unidade escolar, também foi eleita a vice-diretora Lucélia Oliveira Carneiro, ficando

duas vagas sem preencher, foram nomeadas após uma eleição interna na escola:

As vice-diretoras Lucimária Regina Fernandes de Souza e Genúsia Guedes Lopes.

A atual gestão se caracteriza por ser democrática, atendendo assim aos anseios da

comunidade escolar. O atual diretor está sempre disposto a atender a solicitação de

professores e alunos.

16

Page 18: PPP CETN 2012.doc

A Unidade Escolar ainda não possui grêmio escolar nem associação de pais e

mestres; porém, conta com um colegiado escolar, que foi criado a partir de uma

assembléia realizada no dia sete de julho de 1997 às 9:00 h no pátio do Colégio

Estadual de Tanque Novo sob a direção da Srª. Elena Neves de Oliveira. Após a

eleição cujo resultado foi homologado e publicado no Diário Oficial dia 24/06/1997,

portaria nº 244/97, tomou posse e assumiu o mandato por dois anos os membros

eleitos.Também foi elaborado por esse conselho o Estatuto do Colegiado Escolar

que rege até os dias atuais. No presente está atuando o Conselho Escolar eleito no

dia 07 de dezembro de 2010, cujo resultado foi homologado e publicado no Diário

Oficial dia 29 e 30 de 2011, Port nº616/2011. No qual tomaram posse e assumiram o

mandato para o período de dois anos os seguintes membros: o diretor da Unidade

Escolar , Vanderley Silva Sousa; seguimento dos professores : Antônio Júnior

Barbosa dos Santos, Edilce Magalhães Silva Carneiro e Dinalva Malheiro Carneiro

Santos; suplentes: Ivanete Aparecida Cardoso, Pedro Costa dos Reis e Arlinda

Lessa da Silva Batista; seguimento dos funcionários, titulares:Vanúsia Gomes

Bonfim, Luzia Cardoso de Carvalho, Maria Lúcia M. Carneiro Azevedo, suplentes:

Odimon Gomes Carneiro, Neuseli Oliveira David, Maria da Glória Prates Fernandes;

seguimento dos pais, titulares: Edinalva Carneiro Flores, Isabel da Silva Moreira

Lopes ; Osvaldo Oliveira Azevedo : Jovino Gomes Carneiro, Edna Gordo Cardoso

Alves, José Silva Moço; seguimento alunos titulares : Jocasta Fernandes Sena,Kelly

Caroline Moreira Lopes, Alyson Mateus Magalhães ; suplentes: João Batista

Barbosa Azevedo, kaio José Gomes Santos e Orlando Cassimiro Rodrigues. Este

Colegiado está consciente do seu papel consultivo, fiscalizador e deliberativo e

sempre disposto a participar das assembleias realizadas pela Escola.

O gerenciamento de recursos materiais e financeiros aplica-se de forma

democrática e transparente pela gestão escolar e com participação fiscalizadora do

Conselho e da Comunidade Escolar a partir da publicação da prestação de contas

em reuniões e murais. Os recursos mantenedores da escola são provenientes de

recursos estaduais, como é o caso do FAED, de recursos federais como: PDE,

PDDE e PNAE e até municipais com financiamento de pessoal de apoio como

secretárias, merendeiras, porteiros, bibliotecários, guardas noturno, faxineiras entre

outros, a Escola também arrecada recursos através de aluguel da cantina e de

campanhas na escola e no comércio local; a aplicação desses recursos é feita de

acordo ás normas vigentes e das necessidades escolares e o demonstrativo da

17

Page 19: PPP CETN 2012.doc

aplicação financeira é feito através de notas fiscais, extratos bancários, contratos de

prestação de serviços, licitações e cotações de preços.

A Unidade Escolar oferece vagas no Ensino Médio na modalidade Formação

Geral (1º, 2º e 3º anos) e no Tempo Formativo: EJA e no Ensino Médio no Campo

com intermediação tecnológica. As vagas ofertadas em ambos foram suficientes

com a demanda, foram matriculados em 2011, 830 alunos no ensino médio e 101 na

Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Médio no Campo com intermediação

tecnológica 35 alunos. A escola ainda tem capacidade de oferecer mais vagas em

todas as modalidades acima mencionadas.

A biblioteca, que conta com um acervo bibliográfico de 8.108 livros, 32 CDs,

169 DVDs, 390 Fitas de vídeo, funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno,

com três funcionárias distribuídas uma por turno, realizando a função de orientação

dos alunos visitantes e do controle de livros requisitados por alunos e professores.

A secretaria funciona com seis funcionárias, sendo uma secretária designada pelo

Estado, a professora Maria Lúcia Magalhães C. Azevedo, sendo as demais

funcionárias designadas pelo município. A secretaria conta com arquivos de

prontuários individuais de alunos e professores, livros de atas e registros, entre

outros, servindo de base de dados para matrículas, transferências de alunos,

certificados, históricos, preenchimento de boletins, fichas individuais, diários com

registros de faltas e notas, entre outros.

3.6. Organização da escola e do ensino

A Unidade Escolar é amparada pelo Estatuto da SEC e pelo Regimento Escolar

Unificado e reformulado de acordo com as Diretrizes técnico-pedagógicas

administrativas e disciplinares nos termos dos artigos 2º, 3º, 4º, 10º e 22º da Lei

9394/96 e do Art. 1º da Res. 127/97, e da legislação complementar pertinente,

definindo a estrutura e o funcionamento desta Unidade Escolar. O trabalho docente

pauta-se em planos anuais de trabalho, em propostas pedagógicas e projetos

elaborados na própria escola como também projetos advindos da Secretaria de

Educação, conforme consta em anexos.

A distribuição do espaço é feita de acordo com o número de alunos matriculados e

das necessidades de adequação do espaço existente com as necessidades

18

Page 20: PPP CETN 2012.doc

pedagógicas, contando com 08 turmas no matutino, 10 turmas no vespertino e 10

turmas no noturno. O Ensino Médio é distribuído nos três turnos, a Educação de

Jovens e Adultos (Tempo Formativo II, EIXO IV E V e Tempo Formativo III, EIXO VI),

no turno noturno, oferece ainda em parceria com o município, o Ensino Médio com

intermediação tecnológica com uma turma de primeira série no turno vespertino e

uma de terceira série no turno noturno, no distrito de Murici. O sistema de

recuperação acontece paralelamente a cada unidade e o aluno que não obtiver

aprovação será novamente submetido aos estudos de recuperação após o término

do ano letivo.

3.7. Relações entre a escola e a comunidade

A parceria entre escola e comunidade é indispensável para uma educação de

qualidade e, consequentemente, depende de uma boa relação entre familiares,

gestores, professores, funcionários e estudantes.

A gestão participativa abrange diferentes níveis e áreas da administração

escolar, dentre estes a atuação do Colegiado Escolar, já mencionada anteriormente.

Em relação aos espaços escolares, os mesmos são cedidos à comunidade

estudantil para a realização de torneios esportivos e gincanas. O espaço físico

também é utilizado pelo Pró-Jovem, um projeto do Governo Federal e projetos

esportivos com parceria municipal.

A Escola realiza bimestralmente reuniões de pais e mestres onde são

discutidos após realização de conselho de classe, a realidade educacional dos

alunos, acontecendo assim, uma maior integração entre pais e a escola.

A Unidade Escolar solicita eventualmente a participação de autoridades locais

que atuam como palestrantes em diferentes temáticas referenciadas nos temas

transversais e na necessidade do ambiente escolar, as mesmas são anteriormente

planejadas atendendo assim às propostas do PPP com a finalidade de atingir metas

pré-estabalecidas.

Cumprindo a Proposta da Secretaria da Educação e Cultura do Estado da

Bahia, que tem como objetivo valorizar as raízes da Cultura Baiana,a busca de

novos talentos,bem como,o desenvolvimento das artes no Currículo Escolar,a escola

realiza anualmente os projetos : TAL, FACE e AVE, os quais são distribuídos e

19

Page 21: PPP CETN 2012.doc

trabalhados nas diferentes áreas de ensino, contando com a participação de

representantes da DIREC,professores e alunos.

Na culminância dos projetos a escola se consolida como um ambiente

prazeroso e de entretenimento contribuindo para se tornar um espaço significativo,

contando com a participação de toda comunidade escolar.

Além desses projetos a escola se integra à comunidade em eventos como:

Festa da Padroeira, na qual alguns professores se comprometem pela

ornamentação de carros alegóricos decorados de acordo a temática proposta pela

comissão da festa religiosa; No mês de junho os alunos apresentam quadrilhas

temáticas na praça da cidade durante os festejos juninos que é a principal festa

popular do município; acontece também na escola o Dia da Integração, no qual os

alunos se deslocam do espaço escolar para uma comunidade local, onde acontecem

atividades culturais e torneio esportivo entre os alunos e com participação de atletas

da comunidade visitada.

4. Dados Quantitativos da U.E.

4.1. Indicadores de desempenho 2011

INDICE DE DESEMPENHO ESCOLAR - 2011U.E - Colégio Estadual de Tanque Novo Tel.: (77) 36951247DIRIGENTE - Vanderley Silva Souza Mun: Tanque Novo

TURNO MATUTINOSÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%

1ª 84 1 3 1 79 2 82 96% 2% 1% 81 100%2ª 76 0 0 2 67 7 76 88% 9% 3% 74 100%3ª 55 0 0 0 55 0 55 100% 0% 0% 55 100%

TOTAL 215 1 3 3 201 9 213 94% 4% 1% 210 100%TURNO VESPERTINO

SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%1ª 108 2 4 8 89 9 106 84% 8% 8% 98 100%2ª 83 3 4 3 78 1 82 95% 1% 4% 79 100%3ª 93 1 0 4 90 0 94 96%   4% 90 100%

TOTAL 284 6 8 15 257 10 282 91% 4% 5% 267 100%TURNO - NOTURNO

SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%TF II Eixo IV 19 2 1 14 6 0 20 30% 0% 70% 6 100%TF II Eixo V 38 4 3 15 23 1 39 59% 3% 38% 24 100%

TOTAL 57 6 4 29 29 1 59 49% 2% 49% 30 100%TURNO NOTURNO

SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%1ª 54 0 1 23 26 4 53 49% 8% 43% 30 100%2ª 88 1 1 17 70 1 88 80% 1% 19% 71 100%3ª 68 1 0 10 59 0 69 86% 0% 14% 59 100%

TOTAL 210 2 2 50 155 5 210 74% 2% 24% 160 100%TURNO NOTURNO

20

Page 22: PPP CETN 2012.doc

INT. TECN. MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%1ª 20 0 0 4 16 0 20 80% 0% 20% 16 100%3ª 6 0 0 0 0 0 6 0% 0% 0%   0%

TOTAL 26 0 0 4 16 0 26 62% 0% 15% 16 77%TURNO - NOTURNO

SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%TF III Eixo VI 40 0 2 9 29 0 38 76% 0% 24% 29 100%

TOTAL 40 0 2 9 29 0 38 76% 0% 24% 29 100%TOTAL GERAL

  MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%T. GERAL 792 15 17 101 664 25 790 84% 3% 13% 689 100%

4.2. Análise dos resultados acadêmicos:

Após análise dos indicadores de desempenho do ano de 2011, no que se

refere ao índice de aprovação dos alunos do Ensino Médio, constatou-se que na 1.ª

série houve uma aprovação de 74%, na 2.ª série 79% e na 3.ª série 93%. Quanto ao

índice de reprovação, verifica-se que este foi maior nas turmas de 1.ª série do turno

vespertino e 1.ª série do turno noturno, ambas com 8%. Vale ressaltar que a

reprovação ocorre, sobretudo, nas disciplinas Matemática, Física e Literatura

Brasileira e Língua Portuguesa, consideradas disciplinas críticas.

No tocante ao índice de evasão, este constitui um grave problema na Unidade

Escolar, com 46% na Educação de Jovens e Adultos; 16% na 1.ª série equivalente

aos três turnos, sendo que 43% deste índice pertence ao 1º ano 19% na 2.ª série e

14% na 3.ª série e TF II Eixo IV 70%, TF II Eixo V 38% e TF III Eixo IV 24%.

Como os dados indicam, os baixos índices de aprovação se devem, em parte,

aos altos índices de reprovação, mas não deixam de ser influenciados também pela

evasão que, na verdade, acha-se associada à reprovação como uma das causas de

sua ocorrência. É, em boa parte por saber que será reprovado ou por já ter passado

por reprovações, que o aluno abandona. Assim, os alunos acabam perdendo a

motivação, devido às sucessivas reprovações e por conseqüência evadem.

Outra causa que se associa a este índice de abandono é que a maioria dos

estudantes jovens e adultos pertence a famílias de baixa renda, por isso procuram

complementar sua educação básica à mercê de muitas dificuldades como, por

exemplo, conciliar estudo e trabalho principalmente com relação aos estudantes do

turno noturno, devido a necessidade de se sustentar e/ou, de sustentar a família.

Somando a isso, as alunas que são mães geralmente não têm com quem deixar

seus filhos enquanto estudam, por isso acabam abandonando a escola.

Quanto ao desempenho dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio,

apesar de ter um valor superior a média nacional, conforme tabela abaixo, ainda há

21

Page 23: PPP CETN 2012.doc

necessidade de um trabalho especifico por parte dos docentes voltado para este

tipo de avaliação.

Colégio Estadual de Tanque Novo REDE PÚBLICA NACIONAL

MÉDIA MÉDIA

512.41 511.21

4.3. Análise situacional da escola

4.3.1. Problemas detectados na escola:

1 Falta de interação entre pais/escola e escola/comunidade;

2 Alto índice de abandono no turno noturno;

3 Baixo nível de aprendizado nas disciplinas L.P.L.B, Matemática, Inglês, Química,

Biologia e Física;

4 Falta de coordenador pedagógico na U.E.;

5 Professores com dificuldade em trabalhar estratégias diferenciadas de ensino e

em desenvolver avaliação contínua do rendimento dos alunos;

6 Alunos com baixo nível de auto-estima e interesse pelos estudos;

7 Alunos com dificuldades de leitura, interpretação, raciocínio matemático e

cálculos;

8 Biblioteca pequena e ainda com acervo insuficiente para atender á demanda;

9 Ventiladores insuficientes nas salas de aulas;

10 Falta de um laboratório de Química, Física e Biologia, inclusive com espaço físico

apropriado;

11 Espaço e equipamentos adequados para aulas de educação física;

12 Carência de material esportivo;

13 Falta de material e instrumentos para o desempenho das aulas de artes e

projetos culturais da escola;

14 Atraso nas obras de recuperação e cobertura da quadra esportiva e da

construção das salas ambientes e banheiros do pavilhão I;

4.3.2. Problemas que devem ser atacados prioritariamente:

Atraso nas obras de recuperação e cobertura da quadra esportiva e da

22

Page 24: PPP CETN 2012.doc

construção das salas ambientes e banheiros do pavilhão I;

Falta de interação entre pais e comunidade escolar;

Alto índice de abandono nas turmas do noturno;

Baixo nível de aprendizado nas disciplinas LPLB, Matemática, Física e Inglês;

Alunos com dificuldades de leitura, interpretação, raciocínio matemático e

cálculos;

4.3.3. Principais atividades pedagógicas que a escola pretende realizar, com base

na análise efetuada:

Desenvolver projetos e eventos de integração entre comunidade e escola;

Desenvolver campanhas de incentivo ao estudo;

Desenvolver projetos interdisciplinares nas áreas críticas;

Fixar parcerias com empregadores e Órgãos municipais (Secretarias de Ação

Social e Educação)

Implantar oficinas profissionalizantes e cursos técnicos;

Buscar parcerias com a SEC para implantação de cursos técnicos

profissionalizantes;

Incentivar a capacitação dos professoras;

4.3.4. Da Avaliação:

A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais

amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica,

assim como todos os sujeitos nele envolvidos. Portanto, deve estar claro para

aquele que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo uma vez

que foi o responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo,

quando se lança o olhar sobre si próprio, ao avaliar deve-se ter em mente o

processo como um todo.

Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades da sala,

principalmente na relação professor/aluno e no tratamento dos conhecimentos

trabalhados neste espaço. Assim, a intervenção do professor ajuda a construir as

mediações necessárias para a construção do conhecimento.

4.3.5. Gestão da escola

23

Page 25: PPP CETN 2012.doc

A forma de provimento da direção vigente se fundamentou na lei de maio de

2002, na qual determina processo seletivo interno a ser realizado pela unidade

escolar. Em atendimento a esses requisitos, foi realizada a eleição para diretor e

vices, na qual foi eleito o candidato Vanderley Silva Souza como diretor desta

unidade escolar, também foi eleita a vice-diretora Lucélia Oliveira Carneiro, ficando

duas vagas sem preencher, foram nomeadas após uma eleição interna na escola:

As vice-diretoras Lucimária Regina Fernandes de Souza e Genúsia Guedes Lopes.

A atual gestão se caracteriza por ser democrática, atendendo assim aos anseios da

comunidade escolar. O atual diretor está sempre disposto a atender a solicitação de

professores e alunos.

A Unidade Escolar ainda não possui grêmio escolar nem associação de pais e

mestres; porém, conta com um colegiado escolar, que foi criado a partir de uma

assembléia realizada no dia sete de julho de 1997 às 9:00 h no pátio do Colégio

Estadual de Tanque Novo sob a direção da SR. Elena Neves de Oliveira. Após a

eleição cujo resultado foi homologado e publicado no Diário Oficial dia 24/06/1997,

portaria nº 244/97,tomou posse e assumiu o mandato por dois anos os membros

eleitos.Também foi elaborado por esse conselho o Estatuto do Colegiado Escolar

que rege até os dias atuais. No presente está atuando o Conselho Escolar eleito no

dia 07 de dezembro de 2010, cujo resultado foi homologado e publicado no Diário

Oficial dia 29 e 30 de 2011, Port nº616/2011. No qual tomaram posse e assumiram o

mandato para o período de dois anos os seguintes membros: o diretor da Unidade

Escolar , Vanderley Silva Sousa; seguimento dos professores : Antônio Júnior

Barbosa dos Santos, Edilce Magalhães Silva Carneiro e Dinalva Malheiro Carneiro

Santos; suplentes: Ivanete Aparecida Cardoso, Pedro Costa dos Reis e Arlinda

Lessa da Silva Batista; seguimento dos funcionários, titulares:Vanúsia Gomes

Bonfim, Luzia Cardoso de Carvalho, Maria Lúcia M. Carneiro Azevedo, suplentes:

Odimon Gomes Carneiro, Neuseli Oliveira David, Maria da Glória Prates Fernandes;

seguimento dos pais, titulares: Edinalva Carneiro Flores, Isabel da Silva Moreira

Lopes ; Osvaldo Oliveira Azevedo : Jovino Gomes Carneiro, Edna Gordo Cardoso

Alves, José Silva Moço; seguimento alunos titulares : Jocasta Fernandes Sena,Kelly

Caroline Moreira Lopes, Alyson Mateus Magalhães ; suplentes: João Batista

Barbosa Azevedo, kaio José Gomes Santos e Orlando Cassimiro Rodrigues. Este

Colegiado está, consciente do seu papel consultivo, fiscalizador e deliberativo e

sempre disposto a participar das assembleias realizadas pela Escola.

24

Page 26: PPP CETN 2012.doc

O gerenciamento de recursos materiais e financeiros aplica-se de forma

democrática e transparente pela gestão escolar e com participação fiscalizadora do

Conselho e da Comunidade Escolar a partir da publicação da prestação de contas

em reuniões e murais. Os recursos mantenedores da escola são provenientes de

recursos estaduais, como é o caso do FAED, de recursos federais como: PDE,

PDDE e PNAE e até municipais com financiamento de pessoal de apoio como

secretárias, merendeiras, porteiros, bibliotecários, guardas noturno, faxineiras entre

outros, a Escola também arrecada recursos através de aluguel da cantina e de

campanhas na escola e no comércio local; a aplicação desses recursos é feita de

acordo ás normas vigentes e das necessidades escolares e o demonstrativo da

aplicação financeira é feito através de notas fiscais, extratos bancários, contratos de

prestação de serviços, licitações e cotações de preços.

A Unidade Escolar oferece vagas no Ensino Médio na modalidade Formação

Geral (1º, 2º e 3º anos) e no Tempo Formativo: EJA e no Ensino Médio no Campo

com intermediação tecnológica. As vagas ofertadas em ambos foram suficientes

com a demanda, matriculando neste ano de 2011, 830 alunos no ensino médio e

101 na Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Médio no Campo com

intermediação tecnológica 35 alunos. A escola ainda tem capacidade de oferecer

mais vagas em todas as modalidades acima mencionadas.

A biblioteca, que conta com um acervo bibliográfico de 8.108 livros, 32 CDs,

169 DVDs, 390 Fitas de vídeo, funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno,

com três funcionárias distribuídas uma por turno, realizando a função de orientação

dos alunos visitantes e do controle de livros requisitados por alunos e professores.

A secretaria funciona com seis funcionárias, sendo uma secretária designada

pelo Estado, a professora Maria Lúcia Magalhães C. Azevedo, sendo as demais

funcionárias designadas pelo município. A secretaria conta com arquivos de

prontuários individuais de alunos e professores, livros de atas e registros, entre

outros, servindo de base de dados para matrículas, transferências de alunos,

certificados, históricos, preenchimento de boletins, fichas individuais, diários com

registros de faltas e notas, entre outros.

4.3.6. Organização da Escola e do Ensino

A Unidade Escolar é amparada pelo Estatuto da SEC e pelo Regimento

Escolar Unificado e reformulado de acordo com as Diretrizes técnico-pedagógicas

25

Page 27: PPP CETN 2012.doc

administrativas e disciplinares nos termos dos artigos 2º, 3º, 4º, 10º e 22º da Lei

9394/96 e do Art. 1º da Res. 127/97, e da legislação complementar pertinente,

definindo a estrutura e o funcionamento desta Unidade Escolar. O trabalho docente

pauta-se em planos anuais de trabalho, em propostas pedagógicas e projetos

elaborados na própria escola como também projetos advindos da Secretaria de

Educação, conforme consta em anexos.

A distribuição do espaço é feita de acordo com o número de alunos

matriculados e das necessidades de adequação do espaço existente com as

necessidades pedagógicas, contando com 08 turmas no matutino, 10 turmas no

vespertino e 10 turmas no noturno. O Ensino Médio é distribuído nos três turnos, a

Educação de Jovens e Adultos (Tempo Formativo II, EIXO IV E V e Tempo

Formativo III, EIXO VI), no turno noturno, oferece ainda em parceria com o

município, o Ensino Médio com intermediação tecnológica com uma turma de

primeira série no turno vespertino e uma de terceira série no turno noturno, no

distrito de Murici. O sistema de recuperação acontece paralelamente a cada unidade

e o aluno que não obtiver aprovação será novamente submetido aos estudos de

recuperação após o término do ano letivo.

4.3.7. Relações entre a escola e a comunidade

A parceria entre escola e comunidade é indispensável para uma educação de

qualidade e, consequentemente, depende de uma boa relação entre

familiares,gestores,professores, funcionários e estudantes.

A gestão participativa abrange diferentes níveis e áreas da administração

escolar, dentre estes a atuação do Colegiado Escolar, já mensionado anteriormente.

Em relação aos espaços escolares, os mesmos são cedidos à comunidade

estudantil para a realização de torneios esportivos e gincanas. O espaço físico

também é utilizado pelo Pró-Jovem, um projeto do Governo Federal e projetos

esportivos com parceria municipal.

A Escola realiza bimestralmente reuniões de pais e mestres onde são

discutidos após realização de conselho de classe, a realidade educacional dos

alunos, acontecendo assim, uma maior integração entre pais e a escola.

A Unidade Escolar solicita eventualmente a participação de autoridades locais

que atuam como palestrantes em diferentes temáticas referenciadas nos temas

transversais e na necessidade do ambiente escolar, as mesmas são anteriormente

26

Page 28: PPP CETN 2012.doc

planejadas atendendo assim às propostas do PPP com a finalidade de atingir metas

pré-estabalecidas.

Cumprindo a Proposta da Secretaria da Educação e Cultura do Estado da

Bahia, que tem como objetivo valorizar as raízes da Cultura Baiana,a busca de

novos talentos,bem como,o desenvolvimento das artes no Currículo Escolar,a escola

realiza anualmente os projetos : TAL, FACE e AVE, os quais são distribuídos e

trabalhados nas diferentes áreas de ensino, contando com a participação de

representantes da DIREC,professores e alunos.

Na culminância dos projetos a escola se consolida como um ambiente

prazeroso e de entretenimento contribuindo para se tornar um espaço significativo,

contando com a participação de toda comunidade escolar.

Além desses projetos a escola se integra à comunidade em eventos como:

Festa da Padroeira, na qual alguns professores se comprometem pela

ornamentação de carros alegóricos decorados de acordo a temática proposta pela

comissão da festa religiosa; No mês de junho os alunos apresentam quadrilhas e

peças temáticas na praça da cidade durante os festejos juninos que é o evento

maior da cidade promovido pela Prefeitura e que conta com a participação com

apresentações de muitas escolas e artistas do município, conta com animação de

bandas e forrozeiros famosos e a presença de uma grande multidão local e de

cidades vizinhas. É um grande momento de confraternização e aproximação das

famílias e amigos, pois mesmo os que estão em outros estados não perdem as

festas juninas aqui em sua terra natal.

5. Fundamentação teórica e concepções pedagógicas

5.1. Função social da escola

5.1.1. O papel da educação na escola pública

A escola, enquanto instituição formativa deve decidir-se por seus rumos e

questionar constantemente sua função. Uma escola que não consegue se decidir

por um projeto educacional, caminha sem direção e tem poucas chances de

contribuir para a formação cidadã, atendendo aos anseios contemporâneos e ao

desenvolvimento pleno das atuais e futuras gerações.

27

Page 29: PPP CETN 2012.doc

A instituição escolar deve ofertar um modelo de educação que dê conta de

contribuir para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade,

através da construção, disseminação do conhecimento e (re)leitura de mundo, num

processo contínuo de aprendizado e envolvendo professores, alunos, funcionários e

toda a comunidade. Nesse sentido, as Orientações Curriculares do Ensino Médio

enfatiza que os objetivos da nova educação pretendida são certamente mais amplos

do que os do velho projeto pedagógico. Antes se desejava transmitir conhecimentos

disciplinares padronizados, na forma de informações e procedimentos estanques;

agora se deseja promover competências gerais, que articulem conhecimentos,

sejam estes disciplinares ou não. Essas competências dependem da compreensão

de processos e do desenvolvimento de linguagens, a cargo das disciplinas que, por

sua vez, devem ser tratadas como campos dinâmicos de conhecimento e de

interesses, e não como listas de saberes oficiais.

Segundo os PCNs ( 2000) a centralidade do conhecimento nos processos de

produção e organização da vida social rompe com o paradigma segundo o qual a

educação seria um instrumento de “conformação”do futuro profissional ao mundo do

trabalho. Disciplina, obediência, respeito restrito às regras estabelecidas, condições

até então necessárias para a inclusão social, via profissionalização, perdem a

relevância, face às novas exigências colocadas pelo desenvolvimento tecnológico e

social.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais ressalta ainda que a nova sociedade,

decorrente da revolução tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área

da informação, apresenta características possíveis de assegurar à educação uma

autonomia ainda não alcançada. Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento

das competências cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento

humano passa a coincidir com o que se espera na esfera da produção.

Como destaca os PCNs é dever da educação escolar o respeito à

necessidade do desenvolvimento das competências básicas tanto para o exercício

da cidadania quanto para o desempenho de atividades profissionais. A garantia de

que todos desenvolvam e ampliem suas capacidades é indispensável para se

combater a dualização da sociedade, que gera desigualdades cada vez maiores.

São muitas as competências que devem ser desenvolvidas pela escola: a

capacidade de abstração, do desenvolvimento do pensamento sistêmico, da

criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar múltiplas alternativas para a

solução de um problema, ou seja, do desenvolvimento do pensamento divergente,

28

Page 30: PPP CETN 2012.doc

da capacidade de trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar

críticas, da disposição para o risco, do desenvolvimento do pensamento crítico, do

saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento.

A educação deve possibilitar a construção de uma sociedade justa, igualitária,

vivenciadora de valores e conhecimentos socialmente úteis, almejando o

desenvolvimento integral do ser humano, sujeitos do contexto social e capazes de

transformar o ambiente em que vivem. Tendo em vista a perspectiva é de uma

aprendizagem permanente, de uma formação continuada, considerando como

elemento central dessa formação a construção da cidadania em função dos

processos sociais que se modificam.

Enfim, a escola pública tem por finalidade proporcionar ao aluno a oferta de

uma formação geral de qualidade habilitando-o para uma atuação competente no

mundo do trabalho e o exercício da cidadania, no sentido de contribuir para a

construção de uma sociedade norteada pelos princípios de liberdade e pelos ideais

de solidariedade humana.

5.1.2. O perfil do cidadão a ser formado (nosso aluno)

“É preciso pensar sobre quem é o jovem da Escola

de Ensino Médio e quais são os seus sonhos ...”

O Colégio Estadual de Tanque Novo acredita que a formação do aluno deve

ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação

científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de

atuação.

O que propomos a oferecer ao aluno no nível do Ensino Médio, a formação

geral é buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender,

criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização.

Para tudo isso, estamos levando em consideração os princípios gerais que

orientam a reformulação curricular do Ensino Médio e que se expressam na nova Lei

de Diretrizes e Bases da Educação. Não podemos também deixar de levar em conta

as mudanças estruturais que alteram a produção e a própria organização da

29

Page 31: PPP CETN 2012.doc

sociedade que identificamos como fator econômico, não é mesmo importante

conhecer e analisar em que se desenvolve o sistema educacional do país.

Na nossa escola, não diferente do contexto nacional, é possível observar que

parte dos grupos sociais até então excluídos tenha tido oportunidade de continuar os

estudos em função do término do Ensino Fundamental, ou que esse mesmo grupo

esteja retornando à escola, dada a compreensão sobre a importância da

escolaridade, em função das novas exigências do mundo do trabalho.

Tendo em vista essa preocupação, trabalhamos norteados por estes dois

fatores: as mudanças estruturais que decorrem da chamada “revolução do

conhecimento”, alternando o modo de organização do trabalho e as relações sociais;

e a expansão crescente da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade

que se fundem com as exigências desta sociedade.

Todas as referências do novo Ensino Médio instituídas nas legislações atuais

se alicerçam na importância do estudo das ciências, enquanto conhecimentos

estruturantes construídos pela humanidade no decurso da sua história, que,

organizados e sistematizados, se constituem objetos de estudo das gerações. No

entanto, para que esses conhecimentos se transformem em aprendizagens, é

fundamental que se aliem teoria e prática. Significa dizer que não basta a

aprendizagem conceitual, é preciso que as concepções possam ser

contextualizadas de modo a se tornarem compreensivas, tanto em relação às

técnicas operacionais como em relação ao domínio de habilidades requeridas para a

vida.Por essa razão, com o intuito de manter o cidadão inserido no mundo do

trabalho, buscamos estar em consonância com o que a legislação educacional

brasileira quando ela determina que os currículos escolares articulem princípios

pedagógicos capazes de promover a complementaridade entre as necessidades de

prosseguimento dos estudos com a preparação para o trabalho e com o exercício da

cidadania.

O contexto da sociedade tecnológica e o novo ambiente produtivo vêm

exigindo uma formação que inclua flexibilidade educacional, criatividade, autonomia

de decisões, capacidade de trabalhar em equipe, autonomia intelectual e

pensamento crítico, com destaque para valores e para a formação cultural do

estudante, já que acreditamos que a função primordial do processo educativo é

educar as gerações para que se realize, além da escolarização, uma formação em

que os valores humanos e éticos se constituam referências básicas no ato de

ensinar. Portanto, não basta ensinar, é importante que as pessoas sejam ou se

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Page 32: PPP CETN 2012.doc

tornem partícipes da construção de um mundo melhor – e é esse o perfil do aluno

que queremos formar dia após dia na nossa Escola.

5.2. Expectativas educacionais:

O Projeto Político Pedagógico não se reduz apenas a um encaminhamento

formal da escola, mas, pretende compreender, refletir e atuar na comunidade

considerando a realidade sócio-histórica em sua amplitude como também aquela em

que a escola está inserida, considerando sua localização em um contexto amplo que

a influencia e é influenciada.

Por se tratar de anseios e expectativas educacionais referentes a toda

comunidade, o processo de reelaboração do PPP para 2012/13, aconteceu através

de reuniões coletivas nas quais as discussões giraram em torno do desenvolvimento

humano e da aprendizagem dos educandos, conforme dados analísados

anteriormente.

É imprescindível redefinir com clareza o papel da escola, considerando a

diversidade cultural no que se referem os conteúdos estruturantes, básicos e

específicos de cada disciplina, como também as diferenças sociais presentes no

tecido social, buscando o saber popular ao saber científico, mediados pela

experiência de mundo visando à apreensão do conhecimento sistematizado.

É sabido que buscar qualidade na educação é atender necessidades

presentes e futuras dos alunos. Daí a necessidade em trabalhar por melhorias

contínuas em todas as facetas relacionadas com o ensino, avaliando o que foi

realizado, estabelecendo novos objetivos e enfrentando os desafios com serenidade

e perseverança.

Somos todos agentes transformadores da realidade e, desta forma, a gestão

escolar deve ser participativa, centrada no trabalho coletivo e na dinâmica das

relações entre comunidade escolar interna e externa.

Ideais compartilhados e ações conjuntas levam às realizações que

proporcionam satisfação por constatar que a luta compensa e fortalece.

Portanto, as formas colegiadas de participação devem ser organizadas, pelo

coletivo da escola com representatividade necessária à tomada de decisões

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Page 33: PPP CETN 2012.doc

democráticas, porém assegurando a direção estabelecida no Projeto Político

Pedagógico construído coletivamente como instrumento condutor da política

educacional proposta pela escola assegurando a qualidade do ensino e da

educação e a formação da cidadania, passaporte indispensável à participação na

ampla sociedade que todos os alunos buscam adquirir na escola.

A educação está inserida em todo processo social que se efetiva e que

envolve o homem. Dessa forma, faz-se necessário que os educadores tenham

consciência de que ensinar já não significa repassar ou transferir saber, é

necessário motivar o processo emancipatório com base no saber crítico, criativo,

atualizado e competente. Por esse motivo, o CETN valoriza e incentiva a realização

de atividades que contribuam para a promoção da aprendizagem através do trabalho

em grupo, que contemplem as diferenças de interesses, de tempos, sanando a

curiosidade e as dúvidas, permitindo que diferentes áreas atuem em um mesmo

projeto, coordenando diversos conhecimentos sobre os mesmos fatos,

acontecimentos, situações, problemas e soluções.

O Colégio Estadual de Tanque Novo – CETN – ao desenvolver seu trabalho

pedagógico – deverá observar alguns princípios norteadores que levem em conta a

dimensão do sujeito em formação. Para tanto, há que considerar os seguintes

valores:

Qualidade – É um dos nossos elementos do processo ensino-aprendizagem.

Buscamos o desenvolvimento, a formação integral do educando e a melhoria da

prática pedagógica pelos diversos meios e métodos de ensino com ações que

efetivem o aprendizado;

Compromisso – Buscamos assegurar as expectativas e anseios da comunidade

quanto à formação educativa, visando assegurar um padrão de qualidade de

ensino/aprendizagem e desenvolvimento pessoal e coletivo de seus membros;

Participação – Trabalhamos em equipe com forte senso de comprometimento e

solidariedade;

Cidadania – Buscamos formar nosso educando como cidadão para se tornar agente

transformador da sociedade;

Ética – Trabalhamos como elevado senso de compromisso, seriedade e respeito em

nossas ações.

Somos uma escola que tem grande orgulho e compromisso pelo trabalho que

desenvolve, cujo objetivo principal é o de oferecer um ensino de qualidade para que

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Page 34: PPP CETN 2012.doc

o aluno tenha atuação crítica e participativa na sociedade, motivado pelos mais altos

ideais de altruísmo e solidariedade ao próximo.

5.3. Eixos norteadores:

5.3.1. Concepção de aprendizagem

A aprendizagem pode ser entendida como processo de desenvolvimento da

aptidão física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à

sua melhor integração individual e social. Transpor o senso comum à consciência

filosófica denota passar de uma concepção fragmentária, incoerente e desarticulada

a uma concepção unitária, coerente e ativa. Portanto, senso comum e consciência

filosófica foram caracterizados por conceitos mutuamente contrapostos, de modo

que seja capaz de dispor os seguintes pares antinômicos: fragmentário e unitário;

incoerente e coerente; desarticulado e articulado; implícito e explícito; degradado e

original; mecânico e intencional; passivo e ativo; simplista e cultivado. (SAVIANI,

1986, p. 10).

Para que a construção de uma nova proposta pedagógica nas instituições de

ensino seja uma realidade fica claro a necessidade do comprometimento de todos

aqueles que estão ligados ao processo de ensino-aprendizagem, a fim de garantir a

formação do aluno de modo a contribuir para a sua transformação como ser

humano.

A atuação do professor em relação à aprendizagem pode ser resumida em

três competências básicas: planejar a aprendizagem, facilitar a aprendizagem e

avaliar a aprendizagem.

O processo ensino-aprendizagem possui um caráter dinâmico que exige de

todos os profissionais do ensino ações direcionadas ao aprofundamento e a

ampliação dos significados para os alunos, baseadas na visão participativa nas

atividades de ensino-aprendizagem.

Nesse contexto o ensino pode ser entendido como um conjunto de atividades

com característica sistêmica, cuidadosamente planejada, em torno de conteúdos e

formas que se articulam entre si e, nas quais professores e alunos compartilham

33

Page 35: PPP CETN 2012.doc

fragmentos cada vez maiores de significados com relação ao papel exercido pela

escola.

É incontestável a importância da intervenção e mediação do professor no

conjunto dos papéis relativos ao ensino-aprendizagem, agregando um processo de

avaliação que possibilite os alunos realizar e resolver problemas, criando condições

para desenvolverem competências e conhecimentos.

A avaliação deve ser entendida enquanto processo, não devendo ser

baseada em um único instrumento, nem circunscrito a um único momento, pois

somente uma ampla multiplicidade de recursos de avaliação poderá apontar

caminhos adequados para a manifestação de múltiplas inteligências, fornecendo

condições para que o professor possa analisar e tomar as decisões e providências

mais apropriadas a cada um dos alunos.

Desta forma, a investigação, a autocorreção e a metacognição (qual o

objetivo da busca do conhecimento) devem estar presentes no dia a dia do

professor.

Essa nova postura avaliativa passa a não unicamente do professor, mas a

todos os envolvidos no processo, motivando-os a descobrir e a percorrer os

procedimentos do pensar e os caminhos do conhecimento.

A avaliação é um processo que deve ser construído na sala de aula, pois ela

deve ser diagnóstica, formativa, emancipadora, ela deverá necessariamente

contribuir para o desenvolvimento do aluno, não se limitando apenas como

instrumento para formalizar e legitimar uma nota classificatória.

Os eixos que fundamentam nossa proposta, estão centrados no homem que

queremos construir para e na sociedade e na concepção de aprendizagem que este

homem necessita para interagir.

Assim, a Proposta Curricular do Colégio Estadual de Tanque Novo entende o

ser humano como social e histórico. E é somente com a conquista da dialética que o

homem será sujeito de sua própria história. Acreditamos que o conhecimento seja

um bem comum e, portanto, não há razões para não socializá-lo.

Como propomos uma construção entre a relação do homem e aprendizagem

não poderíamos deixar de levar em conta o conhecimento e experiências que

nossos jovens trazem do seu meio social. Devemos sim, interagir com estes

saberes, provocando, para que estes sejam pontos de partida de outras

construções; garantindo a apropriação do conhecimento científico e das artes.

Aprendizagem do conhecimento das ciências e das artes que estabeleçam como

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Page 36: PPP CETN 2012.doc

uma iniciativa ao entendimento para um pensamento mais complexo que se

elaboram nas sociedades. E que estes pensamentos possibilitem a reestruturação

do poder dominante, onde, em iguais condições possamos participar de uma real

socialização do poder via o conhecimento.

É importante garantir a todas as camadas o igual conhecimento para que

todos tenham a possibilidade de se tornarem autônomos. Para que isto ocorra, é

preciso que a escola promova a riqueza intelectual para que esta sustente e

possibilite uma maior divisão igualitária de riqueza material na sociedade. Para

tanto, é preciso construir cada vez mais pesquisadores. Pesquisadores no sentido

de perguntar, questionar, interagir com o conhecimento e com a forma de pensar

cientificamente, com o propósito de que se compreenda melhor este raciocínio.

Assim, a socialização do conhecimento implica numa visão universal do

mesmo, provocando a cada momento a dialógica do pensar que passa do individual

para o universal do ser humano. Neste sentido a proposta curricular dc Colégio

Estadual de Tanque Novo tem por concepção pedagógica o homem histórico-social,

também chamada de sócio-interacionismo. Tal concepção fundamenta-se nas

relações de alguém que transforma e é transformado na sociedade. Para tanto,

VYGOTSKY concebe o sócio-interacionismo como: inspirado nos princípios do

materialismo dialético considera o desenvolvimento da complexidade da estrutura

humana como um processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e

cultural. Segundo ele, organismo e meio exercem influência recíproca, portanto, o

biológico e o social não estão dissociados. Nesta perspectiva, a premissa é de que o

homem constitui-se como tal através de sua interações sociais, sendo visto como

alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma

determinada cultura.

É necessário ressaltar que na abordagem Vygotskiana, o que ocorre não é

um somatório entre fatores inatos e adquiridos, e sim uma interação dialética que se

dá desde o nascimento entre o ser humano e o meio social e cultural que se insere.

É possível constatar que o ponto de vista de Vygotsky é que o desenvolvimento

humano é compreendido não como a decorrência de fatores isolados que

amadurecem, nem tampouco de fatores ambientais que agem sobre o organismo

controlando seu comportamento, mas sim através de trocas recíprocas, que se

estabelecem durante toda a vida, indivíduos e meio, cada aspecto influindo sobre o

outro. “Na ausência do outro, o homem não se constrói homem”. (Vygotsky)

35

Page 37: PPP CETN 2012.doc

5.3.2. Parâmetros indispensáveis no processo ensino aprendizagem:

É impossível enumerar todos os tipos de níveis de planejamento

necessários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa

humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de

planejamento, está sempre ensaiando processos de transformar

suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente

e eficaz, a pessoa htfmana possui uma estrutura básica que a leva a

divisar o futuro, a analisar a realidade, a propor aç6es e atitudes

para transformá-la. (Gandin, 2001).

Planejamento – o ato de planejar faz parte do ser humano, nas várias

instâncias da vida, seja pessoal ou profissional, pois construímos objetivos em nossa

vida e somos impulsionados a concretizá-los. Assim, sempre estamos enfrentando

desafios e situações que necessitam de planejamento.

O planejamento de ensino, de acordo com Libâneo (2001), consiste na

previsão da ação a ser realizada, partindo das necessidades, estabelecendo

objetivos, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e

formas de avaliação, sempre voltados para uma leitura crítica da realidade. O

processo consiste em uma reflexão, antes de partir para a prática e, segundo

Vasconsellos (2000, p. 79), “planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser

realizada e agir de acordo com o previsto, a fim de prever e programar as ações e os

resultados desejados, que é o caminho fundamental para a tomada de decisões.

O planejamento envolve organização das atividades, que permite o

direcionamento do docente, levando-o a um processo reflexivo de intervenção na

realidade.

Ao planejar, devemos considerar:

A realidade do aluno e o contexto em que está inserido: quem ~ nosso aluno,

de onde vem, como é a sua vida, qual o acesso que tem s determinados

bens culturais (como livros, por exemplo);

As condições maturacionais, faixa etária, desenvolvimento e prérequisitos dos

alunos: planejar para quais alunos?

A escola e suas condições reais: materiais didáticos, quadra esportiva,

recursos didáticos (livros, jornais, revistas, vídeos, dvd, televisor etc.), acesso

à internet, dentre outros;

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Page 38: PPP CETN 2012.doc

Conforme Menegnolla (2001), o processo de planejamento educacional está

organizado e se desenvolve em vários níveis. Para Bordenave e Pereira (2002, p.

73), o planejamento se traduz em um “documento de execução chamado plano”, que

conforme o grau dê detalhe em relação ao nível, poderá receber diversas

denominações.

De acordo com Libâneo (2004), os planos de ensino devem apresentar

algumas características como: ordem sequencial, objetividade, coerência e

flexibilidade. Os planos não devem ser rígidos, precisam estar sempre em

movimento e em constantes revisões, ofertando modificações frente às condições

reais. Alguns conteúdos necessitam de mais tempo, outros menos; alguns

possibilitam um trabalho interdisciplinar que não havia sido previsto; outros foram

afetados pelas dispensas ou foram comprometidos pelas ações que envolvem

tempo e calendário escolar etc.

A objetividade é a correspondência do plano às condições da realidade a qual

será aplicada. E a adequação do plano ao tempo, aos recursos, aos pré-requisitos e

às necessidades dos alunos. Entendemos que de nada adianta planejar sem

condições para efetivação do plano.

A coerência é a articulação entre os elementos do plano (objetivos,

conteúdos, estratégias, recursos e avaliação) e entre as idéias e a prática. É

importante haver correlação entre os componentes do plano.

A flexibilidade é a reorganização do plano. Um plano precisa possibilitar

ajustes a novas situações ou situações não previstas.

O plano necessita, ainda, de clareza. Precisa ser escrito em linguagem

simples e clara, que permita seu entendimento por todos. Não pode dar margem à

dupla interpretação e não deve ser inócuas.

A elaboração do planejamento é um processo de construção do

conhecimento e de acordo com Vasconcelos (2000), pode ser compreendido em

etapas, sendo que a análise da realidade ocorre em busca de informações sobre a

realidade em que vai acontecer a ação pedagógica, sendo que esta realidade

envolve os conhecimentos dos sujeitos: professor e alunos.

A segunda etapa, que corresponde á definição de objetivos de ensino,

compreende a dimensão relativa aos fins da educação, expressa a intencionalidade

e o desejo do grupo na construção de competências e habilidades que possam

funcionar como ferramentas para o pleno exercício da cidadania. Segundo

Vasconcelos (2000, p. 112):

37

Page 39: PPP CETN 2012.doc

Estabelecer objetivos é ter a habilidade de dialogar, de perscrutar o mundo,

descobrir-lhe o sentido e devolver à comunidade orgânica, como um convite, um

desafio.

Dessa forma, os objetivos de ensino surgem através da análise da realidade,

verificando suas necessidades e possibilidades e podem ser classificados em:

Objetivos gerais: previstos para um determinado grau ou ciclo, para uma

escola ou certa área de estudos;

Objetivos específicos: aqueles definidos especificamente para uma disciplina,

uma unidade de ensino ou uma aula.

Em um próximo momento, ocorre a seleção dos conteúdos a serem desenvolvidos

em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com

os recursos disponíveis.

A metodologia – corresponde ao encaminhamento da intervenção na

realidade, ou seja, a explicitação do caminho que, se pretende seguir no

desenvolvimento do conteúdo, deve ser voltada para a construção e não para a

transmissão de conteúdos problematizados a partir da prática social dos alunos,

tornando a sala de aula um espaço de investigação. Compreende, portanto, o

caminho para atingir um objetivo, que ocorre através de uma sequência de ações

planejadas.

O professor deve prever os recursos de ensino que consistem nos meios

viabilizadores dos métodos e das técnicas de ensino aprendizagem dispondo de

recursos humanos, materiais ou financeiros.

No processo de planejamento, encontramos a avaliação dos processos de

ensino e aprendizagem, tendo em vista a análise crítica e profunda do trabalho

realizado e a reordenação de novos direcionamentos.

Por fim, salientamos que o plano também precisa conter em sua estrutura, os

dados de identificação elementos que possibilitam identificar e caracterizar escola e

a turma: nome da escola, turma, série, professor e ano — e o cronograma, que

consiste na previsão do tempo a ser desenvolvido na ação pedagógica.

Projetos de Ensino – Para Barbosa (2002), o trabalho com projetos é

atualmente muito veiculado no cenário pedagógico, porém sua ideia não é tão nova

assim. O trabalho com projetos surgiu na Escola Nova, a partir dos pressupostos

teóricos de John Dewey e permite aprendizagem significativa, construção da

autonomia e espírito de solidariedade, sendo um caminho ideal para a

interdisciplinaridade.

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Page 40: PPP CETN 2012.doc

Concordamos com Hernández (1998) e Freire (1998) quando colocam sobre

a participação ativa do aluno no projeto, que aprende tomando atitudes diante dos

fatos, investigando, construindo novos conceitos e selecionando os procedimentos

apropriados quando diante da necessidade de resolver problemas.

O que se pretende com a aplicação dessa metodologia globalizadora, através

da Pedagogia de Projetos, é que os alunos, consigam aprender a organizar seus

próprios conhecimentos e a estabelecer relações entre fatos de diferentes áreas na

organização dos saberes, utilizando, para isso, seus novos conhecimentos, para

poderem enfrentar os novos problemas que surgirem, e assim, atuarem no mundo

com competência.

Por isso, não podemos conceber a idéia de que trabalhar com projetos

significa apenas promover atividades integradoras nas datas comemorativas ou

eventos escolares em que haja uma mobilização da comunidade escola. Ou ainda,

pensarmos os projetos como sendo planejados pelos professores ou direção, para

serem simplesmente praticados pelos alunos. Permanecer nesta concepção, além

de reduzir a real conceito da Pedagogia de Projetos, acaba levando a escola ao

tradicional - os gestores educacionais pensam alunos simplesmente executam, sem

participarem dos momentos de reflexão na elaboração desses projetos, a partir de

situações-problema ou curiosidades, cujo projetos, construídos em conjunto com os

alunos, serviriam para conduzir a um saber crítico e significativo.

Para Kilpatrick (1974), o trabalho com projetos é uma experiência valiosa,

unitária, intencional, intensamente auto-motivada e realizada em situação real, cujo

objetivo determina os rumos das atividades e guia os seus passos até sua completa

realizção. O autor ainda esclarece que só uma atividade aceita e projetada pelos

alunos pode fazer da vida escolar uma vida que eles sintam que vale a pena viver.

O projeto, segundo Vasconcelos (2000), é apresentado em etapas:

Tema: a temática a ser investigada deve partir dos alunos, pautando em dois

critérios básicos: grau de relevância do problema em termos de potencial de

aprendizagem e o nível de significação para os alunos, ou seja, a vinculação

com as necessidades e reapresentações prévias dos alunos.

Metodologia: deve prever a constituição dos grupos de trabalho, embora o

projeto possa ser individual; o planejamento de trabalho pelo grupo, ou seja,

definição do problema a ser estudado e das suas finalidades, previsão do

tempo, distribuição das tarefas no grupo; o trabalho de campo, que é o

momento em que o grupo verifica em campo como se dão as questões

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Page 41: PPP CETN 2012.doc

teóricas; a pesquisa, que é o núcleo do trabalho e onde ocorre a busca da

fundamentação teórica acerca da temática desenvolvida; produção de

registros do trabalho, com vistas a apresentação; e o momento de

culminância onde ocorre a apresentação do que foi produzido, do saber

construído no decorrer do projeto; e, por último, a globalização que consiste

na busca de uma síntese geral sobre o tema-problema.

Avaliação: reflexão sobre o trabalho no grupo, análise crítica das

apresentações, definição de elementos para continuidade do trabalho.

Recursos: levar em conta os recursos da escola, da comunidade e dos

próprios alunos.

Registro: poderá ser realizado individualmente ou através de uma produção

coletiva de texto. A análise poderá auxiliar na retomada de alguns conteúdos.

5.4. Concepções filosóficas:

5.4.1. De mundo

Ao interagir com diferentes sociedades particulares o indivíduo é "disputado" por diferentes concepções de mundo.

A diversidade de doutrinas compreensivas, religiosas, filosóficas e morais, que encontramos nas sociedades democráticas modernas, não constituem uma mera situação histórica que repentinamente poderá terminar; é uma característica permanente da cultura pública da democracia. (Liberalismo Político, p.57)

Nesse sentido, a escola é um dos espaços capaz de unir diferentes concepções de mundo, possibilitando o diálogo entre distintas percepções.

5.4.2. De sociedade

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A sociedade pode ser vista como um grupo de pessoas com semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas ou mesmo pessoas com um objetivo comum por isso precisamos construir uma sociedade libertadora, crítica-reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela integração de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.

Para Calado,

“O elemento “sociedade” desponta em vários dos escritos freirianos como um espaço fortemente condicionante da ação humana, mas nunca determinante, por si só, do destino humano. Nos momentos mais desafiadores da trajetória humana. Sempre irrompe o “inédito viável” como uma luz no fim do túnel, provocando, convocando os humanos, com o sopro da Liberdade, a não sucumbirem à tentação de quaisquer determinismos. (2001)”

Portanto, a escola tem como papel fundamental a conscientização do homem para o exercício perfeito da cidadania e qualificação profissional. Não se pode utilizá-la de maneira particularista, pois a mesma é um objeto de transformação social de extrema importância para o processo de redirecionamento de projetos educativos que se aproximam da nossa realidade.

5.4.3. De homem:

O homem se distingue de todos os outros seres da natureza em virtude do

predicado da racionalidade: ele é um "animal racional", e dotado de uma consciência

moral, que o faz distinguir entre certo ou errado, justo ou injusto, bom ou ruim,com

isso é capaz de avaliar suas ações e torna-las um dever ou uma obrigatoriedade

que rege a conduta humana.

Segundo Michele, ética define-se como um conjunto de regras, princípios ou

maneiras de pensar que guiam ou argumentam sobre como nos devemos agir,

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Page 43: PPP CETN 2012.doc

buscando uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos

valores morais.

Pensando na visão de homem e seus valores éticos, é possível entender o homem na atualidade como um ser competitivo e individualista, que busca seu bem próprio, acima de tudo. No entanto, é preciso uma visão humana voltada para o social, que o faz refletir sobre as questões que envolvem a busca de alternativas para superação dos problemas da realidade.

5.4.4. De educação:

Educação engloba ensinar e aprender. Consiste em transmitir o conhecimento crítico, bom julgamento e sabedoria. Tendo como objetivos fundamentais a passagem da cultura de geração para geração para que haja produção e apropriação de informações, possibilitando assim, que o cidadão torne-se um agente critico para que exerça a sua cidadania refletindo sobre as questões sociais, buscando alternativas de superação da realidade.

A este respeito, segundo Perrenoud:

A Escola deve oferecer situações escolares que favorecem a formação de esquemas de ações e de interações relativamente estáveis e que, por um lado, possam ser transpostas para outras situações comparáveis, fora da escola ou após a escolaridade (1995, p.32)

Para Isabel Alarcão (2001), o professor reflexivo é aquele que pensa, e a

escola reflexiva é uma instituição que pensa e que é capaz de avaliar a si própria,

interagindo com a comunidade. É aquela que se abre para as mudanças, envolve

com a tecnologia e flexibiliza-se diante das transformações. Não é uma escola

pronta. É uma escola que continuadamente reflete sobre si mesma no presente para

SER no futuro.

5.5. Trabalho pedagógico do CETN:

42

Page 44: PPP CETN 2012.doc

Nossa missão é assegurar um ensino de qualidade, contribuindo na formação

de cidadãos críticos, reflexivos e conscientes de seu papel na sociedade, através da

construção e disseminação do conhecimento, num processo continuo de

aprendizado, envolvendo direção professores, alunos e comunidade.

Nossa visão é ser reconhecido pela comunidade como centro de referencia

em educação, visando a formação de cidadãos participativos, críticos num ambiente

democrático.

Nossos valores podem ser subdivididos da seguinte maneira:

Respeito ao ser humano (atuaremos sempre de forma a respeitar as

diferenças individuais e a diversidade cultural);

Profissionalismo: (buscaremos sempre os recursos necessários para

obtermos o melhor de nós mesmos e assegurar os mais elevados e

inovadores padrões educacionais.)

Espírito de equipe: (reconheceremos sempre a interdependência de todos os

nossos profissionais, valorizando a colaboração e a construção coletiva.)

Ética e responsabilidade: (seremos sempre uma escola honesta,

comprometida em agir de forma digna e coerente com os nossos valores).

O homem atual é constituído sob os aspectos da construção do saber, das

oportunidades de expressão e das normas de convívio social. Cabe encaixar nesse

contexto os aspectos pedagógicos, psicológicos, filosóficos e sociais que se

traduzem em um conjunto.

A visão de mundo, de sociedade e de homem que norteia as concepções

como verdadeiros lemes transcende o próprio discurso, por isso a necessidade da

revisão dos paradigmas educacionais, em consequência da rapidez com que o novo

conhecimento chega ao homem.

Ao observar as profundas transformações sociais por que passa a

humanidade, o Colégio Estadual de Tanque Novo está desenvolvendo uma proposta

político-pedagógica capaz de responder às necessidades educacionais frente aos

problemas contemporâneos. A preocupação é, sobretudo, com um novo homem

mais solidário, critico, emancipado: sujeito da sua própria história.

Para tanto, é preciso modificar nossa consciência ingênua e muitas vezes

acrítica, e passarmos a ter competência técnica e política para redirecionarmos o

processo educativo, na busca do conhecimento do homem, construindo assim, uma

sociedade mais justa e igualitária capaz de proporcionar a todos os seres humanos

as mesmas oportunidades.

43

Page 45: PPP CETN 2012.doc

Partimos então, da concepção do ser humano como sujeito ativo e

participativo no seu processo de formação social, e que se apropria de informações

a partir de sua compreensão, interpretação e organização.

A construção do conhecimento se dá num processo de parceria, onde alunos

e professores trabalham juntos, construindo a educação dos sonhos. A partir de

então, a escola deve preparar o individuo para que se aproprie de instrumentos

básicos para a construção e conquista de espaço de atuação e participação no maio

social. No ato dessa conquista o aluno tem em desenvolvimento a sua capacidade,

onde poderá ser utilizado pelo mesmo como ferramenta na melhoria de suas

condições sociais, resultando no exercício pleno de sua cidadania através de

diferentes papéis e em diversos modos de relação com o saber

5.5.1. Projetos da escola

Os projetos a serem desenvolvidos no Colégio Estadual de Tanque Novo,

durante o ano letivo de 2012/13, visam, além da intervenção pedagógica no

acompanhamento e estímulo aos conteúdos curriculares de aprendizagem, um

processo interdisciplinar nas ações pedagógicas que perpasse as fronteiras físicas

da escola e garanta o envolvimento da comunidade, tornando, assim, mais suave e

significativo nosso percurso ao alcance de nossas prioridades na ressignificação da

aprendizagem, superando os seguintes desafios:

- reduzir a evasão e repetência;

- melhorar a frequência;

- garantir a qualidade de ensino e o nível de aprendizagem dos alunos;

- promover a integração escola e comunidade;

- desenvolver no aluno o espírito de cidadania e talentos artístico e esportivo;

- promover o senso de solidariedade e fraternidade;

- resgatar os valores históricos e culturais do município e estimular o raciocínio

lógico matemático;

- desenvolver as competências textuais necessárias à leitura, interpretação e

produção textual.

O nosso projeto norteador, intitulado EDUCAÇÃO E CIDADANIA envolve os

seguintes projetos interdisciplinares:

Ecologia: Uma ação pela vida;

Leitura e escrita na inclusão do homem na realidade atual;

44

Page 46: PPP CETN 2012.doc

Esporte e saúde;

Teatro e cultura;

Oficinas: A escola na inclusão social

5.5.2. Modalidade de Ensino, organização, estrutura e funcionamento

O Colégio Estadual de Tanque Novo oferece a Educação Básica, nas

modalidades: Ensino Médio, EJA (Tempo Formativo II e III) e Intermediação

Tecnológica.

Essas modalidades estão organizadas em séries e módulos, respectivamente

Sendo que o Ensino Médio funciona nos três turnos e a EJA, apenas no noturno.

A faixa etária dos alunos das séries do Ensino Médio situa-se entre os 14 e 25

anos. As séries que compõem os Eixos (noturno) por alunos a partir de 15 anos.

5.5.3. Gestão da Escola

Em seu Artigo 206, parágrafo VI, a Constituição brasileira de 1988 incorpora

no capitulo sobre Educação a Gestão Democrática como principio do ensino público

na forma da lei. Principio este ratificado na LDB 9.394/96 em seu Artigo 3°,

parágrafo XIII. A gestão democrática do ensino foi reivindicação de entidades

educacionais em defesa da democratização da educação pública, indo além da

escola para todos. Com ela, a educação brasileira conquistou o direito de, efetivar,

refletir a necessidade e a importância da participação consciente dos diretores, pais,

alunos, professores e funcionários com relação às decisões a serem tomadas no

cotidiano escolar, na busca de um compromisso coletivo com resultados

educacionais mais significativos.

Esta educação cuja meta é valorizar o desenvolvimento de uma sociedade

mais justa e igualitária, agregada ao fato de fortalecer cada vez mais a democracia

no processo pedagógico, encontra no projeto de Gestão Democrática da Escola,

uma oportunidade real de transformar a escola em um espaço público, onde

diversas pessoas têm a possibilidade de articular sua idéias, estabelecer diálogo e

considerar diferentes pontos de vista. Desta forma, entendemos que não basta uma

escola para todos, essa escola tem que ser democrática de fato, com uma

administração participativa.

45

Page 47: PPP CETN 2012.doc

Para Anísio Teixeira, segundo LOBO (1999), democracia é liberdade de

pensar, para produzir a unidade de ação consentida e partilhada. A democracia só

vai se realizar pela educação quando essa for compreendida como o processo de

aprender a pensar, tornando-se capaz de partilhar a vida em comum e de dar a si e

a essa vida comum a sua contribuição necessária e única. Concordamos com a

autora quando nos afirma que a democracia não é só uma forma de governo, é

acima de tudo, um modo de vida. Nada deve ser imposto do alto, mas tudo deve ser

resultado do pensamento partilhado de todos os envolvidos.

A reelaboração do Projeto-Política Pedagógica constitui-se numa

demonstração clara do anseio que permeia a gestão do Colégio Estadual de Tanque

Novo em promover uma pratica que subsidie a escola como espaço democrático

pelo debate, pela discussão, pela competência técnica, pelo currículo, pelos

métodos de ensino e de disciplina, nas relações entre alunos, professores e diretos.

A conciliação desse ideário, a cada dia, vem se expressando com maior força

na política educacional adotada por esse Colégio, que, preocupado com as

mudanças educacionais dos últimos tempos, principalmente, no que diz respeito à

questão da participação da comunidade no âmbito escolar, propõe tornar cada vez

mais ativo os órgãos colegiados, como, o Conselho de Classe, Caixa Escolar e o

efetivo funcionamento do Colegiado Escolar.

A normatização quanto à constituição e funcionamento de cada um desses

órgãos colegiados está direcionada pelo Regimento Escolar, que se constitui num

anexo desse documento pedagógico.

...Ser administradora, supervisionada, inspecionada não é a razão da

existência da escola, mas sim ser o espaço-tempo da prática

pedagógica em que a criança e o jovem relacionam-se entre si, com

professores, idéias, valores, ciência, arte e cultura, livros e

equipamentos, problemas e desafios, concretizando a missão da escola

de criar oportunidades para que eles se desenvolvam, construam e

reconstruam o sabre. Veiga (1995)

5.5.4. Organização Escolar

A organização escolar do Colégio Estadual de Tanque Novo está reunida em

seu regimento. Este documento regula a organização técnico-pedagógica,

46

Page 48: PPP CETN 2012.doc

administrativa e disciplinar da unidade escolar e constitui-se num anexo deste

instrumento pedagógico.

Dessa forma, vemos o Regimento Escolar como regulamentação

identificadora que personifica e caracteriza este estabelecimento, em comunhão

com o projeto político-pedagógico, evidenciando nossas peculiaridades, mas,

respeitando a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a LDB, os Decretos, as

Resoluções e os Pareceres emanados dos órgãos competentes federais e

estaduais, pertinentes à educação, e que finalmente dão validade aos estudos

oferecidos em nossa escola.

5.6. Concepção de currículo na escola

Na concepção da comunidade escolar o Currículo é conjunto de dados

relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades

educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e

busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que

eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A

concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os

fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e

referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um

currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As

disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência,

mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a

competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino

fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos

mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".

O Currículo Escolar é um elemento importante para o planejamento do

professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um

recurso para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido

metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica,

com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos.

47

Page 49: PPP CETN 2012.doc

Segundo Samuel Rocha Barros (op. cit., p. 170-1), em sentido amplo o

currículo escolar abrange todas as experiências escolares. Vejamos algumas

definições de currículo que aparecem nessa obra: É a totalidade das experiências de

aprendizagem planejadas e patrocinadas pela escola (Jameson-Hicks).São todas as

experiências dos alunos, que são aceitas pela escola como responsabilidade própria

(Ragan).São todas as atividades através das quais o aluno aprende (Hounston). Em

sentido restrito currículo escolar é o conjunto de matérias a serem ministradas em

determinado curso ou grau de ensino. Neste sentido, o currículo abrange dois outros

conceitos importantes: o de plano de estudos e o de programa de ensino.

Plano de estudos é a lista de matérias que devem ser ensinadas em cada

grau ou ano escolar, com indicação do tempo de cada uma, expressa geralmente

em horas e semanas. Programa de ensino é a "relação dos conteúdos

correspondentes a cada matéria do plano de estudos, em geral, e em cada ano ou

grau, com indicação dos objetivos, dos rendimentos desejados e das atividades

sugeridas ao professor para melhor desenvolvimento do programa e outras

instruções metodológicas" (OEA-UNESCO).

De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades

desenvolvidas dentro da escola. E, segundo César Coll, "as atividades educativas

escolares correspondem à idéia de que existem certos aspectos do crescimento

pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que não poderão

ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma alguma, a menos

que seja fornecida uma ajuda específica, que sejam exercidas atividades de ensino

especialmente pensadas para esse fim. São atividades que correspondem a uma

finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação determinado, isto é,

estão a serviço de um projeto educacional.

A primeira função do currículo, sua razão de ser, é a de explicitar o projeto -

as intenções e o plano de ação - que preside as atividades educativas escolares.

Enquanto projeto, o currículo é um guia para os encarregados de seu

desenvolvimento, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda

para o professor. Por esta função, não pode limitar-se a enunciar uma série de

intenções, princípios e orientações gerais que, por excessivamente distantes da

realidade das salas de aula, sejam de escassa ou nula ajuda para os professores.

O currículo deve levar em conta as condições reais nas quais o projeto vai ser

realizado, situando-se justamente entre as intenções, princípios e orientações gerais

e a prática pedagógica. É função do currículo evitar o hiato entre os dois extremos;

48

Page 50: PPP CETN 2012.doc

disso dependem, em grande parte, sua utilidade e eficácia como instrumento para

orientar a ação dos professores. Entretanto, não deve suplantar a iniciativa e a

responsabilidade dos professores, convertendo-os em meros instrumentos de

execução de um plano prévia e minuciosamente estabelecido.

Por ser um projeto, o currículo não pode contemplar os múltiplosfatores

presentes em cada uma das situações particulares nas quais será executado

(...).Em resumo, entendemos o currículo como o projeto que preside as atividades

educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ações

adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis por sua

execução. Para isso, o currículo proporciona informações concretas sobre que

ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e quando avaliar" (Psicologia e

currículo, São Paulo, Ática, 1996, p. 43-5).Dentre outras possíveis, podemos extrair

do texto de César Coll seis ideias importantes:

I - O currículo é um projeto. Não se trata de algo pronto e acabado, mas de algo a

ser construído permanentemente no dia-a-dia da escola, com a participação ativa de

todos os interessados na atividade educacional, particularmente daqueles que

atuam diretamente no estabelecimento escolar, como educadores e educandos, mas

também dos membros da comunidade em que se situa a escola;

II - O currículo situa-se entre as intenções, princípios e orientações gerais e a prática

pedagógica. Mais do que apenas evitar a distância e o hiato entre esses dois pólos

do processo educacional - as intenções e as práticas - o currículo deve estabelecer

uma vinculação coerente entre eles, deve constituir um eficaz instrumento que

favoreça a realização das intenções,princípios e orientações numa ação prática

efetiva com vistas ao desenvolvimento dos educandos;

III - O currículo é abrangente, não compreende apenas as matérias ou os conteúdos

do conhecimento, mas também sua organização e seqüência adequadas, bem como

os métodos que permitem um melhor desenvolvimento dos mesmos e o próprio

processo de avaliação,incluindo questões como o que, como e quando avaliar;

IV - O currículo é um guia, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica,

uma ajuda para o professor. Por isso mesmo, na medida em que atrapalhar o

processo de ensino-aprendizagem, deverá ser imediatamente modificado. O

professor precisa estar atento, por exemplo, à extensão do conteúdo - se

excessivamente extenso deve ser reduzido para facilitar a efetiva aprendizagem do

mesmo; ao método com que o mesmo é ensinado - um método pode ser eficaz em

alguns casos e ineficaz em outros; à eficácia do processo de avaliação no sentido de

49

Page 51: PPP CETN 2012.doc

não prejudicar mas favorecer o desenvolvimento contínuo dos alunos; e assim por

diante;

V - Para que cumpra tais funções, o currículo deve levar em conta as reais

condições nas quais vai se concretizar: as condições do professor, as condições dos

alunos, as condições do ambiente escolar, as condições da comunidade, as

características dos materiais didáticos disponíveis, etc;

VI - O currículo não substitui o professor, mas é um instrumento a seu serviço. Cabe

ao professor orientar e dirigir o processo de ensino-aprendizagem, inclusive

modificando o próprio currículo de acordo com as aptidões, os interesses e as

características culturais dos educandos.

5.7. Matriz curricular

5.7.1. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO: TURNO - DIURNO

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

ÁREAS DO CONHECIMENTO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA SEMANAL POR SÉRIE

BASE NACIONAL COMUM TOTAL

1.Área de Linguagens , Códigos e suas Tecnologias

1a 2a 3a Língua Portuguesa e Literatura Brasileira 03 03 03 360

Artes 02 - - 80 Educação Física 02 02 01 200

2. Área de Ciências da Natureza, Matemática esuas Tecnologias

Matemática 03 03 03 360 Física 02 02 02 240 Química 02 02 02 240 Biologia 02 02 02 240

3. Área de Ciências Humanas e suas tecnologias

História 02 02 02 240 Geografia 02 02 02 240 Sociologia 01 02 02 200 Filosofia 01 02 02 200

SUB TOTAL 22 21 21 2.600

PA

RT

E

DIV

E Redação Língua Est. Moderna ( Inglês)

01 01 02 16002 02 02 240

SUB TOTAL 03 03 04 400

TOTAL 25 25 25 3000

50

Page 52: PPP CETN 2012.doc

5.7.2. MATRIZ CURRICULAR- ENSINO MÉDIO - TURNO NOTURNO

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

ÁREAS DO CONHECIMENTO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA SEMANAL POR SÉRIE

BASE NACIONAL COMUM TOTAL

1. Área de Linguagens , Códigos e suas Tecnologias

1a 2a 3a Língua Portuguesa e

Literatura Brasileira04 04 04 480

Artes 02 - - 802. Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias

Matemática 04 04 03 440 Física 02 02 02 240 Química 02 02 02 240 Biologia 02 02 02 240

3. Área de Ciências Humanas e

suas Tecnologias

História 02 02 02 240 Geografia 02 02 02 240 Sociologia 01 02 02 200 Filosofia 01 02 02 200

SUB TOTAL 22 22 21 2.600

PA

RT

E

DIV

E Língua Est. Moderna ( Inglês) 02 02 02 240 Redação 01 01 02 160

SUB TOTAL 03 03 05 400TOTAL 25 25 25 3000

5.7.3. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL – T. FORMATIVO II

Ano Letivo: 2012

Estágios ENSINO FUNDAMENTAL – T. FORMATIVO II

Componentes Curriculares EIXO 4 EIXO 5 Carga h. Total

Semanal Anual Semanal Anual

Língua Portuguesa 04 160 04 160 320Língua Estrangeira Moderna (Inglês)

01 40 01 40 80

Matemática 04 160 04 160 320Ciências Naturais 03 120 03 120 240Geografia 03 120 03 120 240História 03 120 03 120 240DIVERSIFICADAArtes e Atividades Laborais 02 80 02 80 160CH Total do Curso 20 800 20 800 1600

5.7.4. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL – 2012

51

Page 53: PPP CETN 2012.doc

TEMPO FORMATIVO III - EIXO TEMÁTICO VI e VII

ÁREAS DISCIPLINAS

3º T. FORMATIVO

EIXO VI EIXO VIISemanal

Anual Semanal

Anual

Língua Portuguesa/Literatura Brasileira 04 160 04 160 320Língua Estrangeira Moderna (Inglês) 02 40 01 40 80Matemática 04 160 04 160 320Ciências Naturais 03 120 03 120 240Geografia 03 120 03 120 240História 03 120 03 120 240DIVERSIFICADAArtes e Atividades Laborais 02 80 02 80 160CH Total do Curso 20 800 20 800 1600

5.8. Avaliação

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como a LDB n0 9.394/96,

primam por conceder uma grande importância à avaliação, reiterando que ela deve

ser contínua, formativa e personalizada, concebendo-a como mais um elemento do

processo de ensino-aprendizagem, o qual nos permite conhecer o resultado de

nossas ações didáticas e, por conseguinte, melhorá-las.

Essas idéias, porém, presentes no papel e no discurso formal de muitos

docentes precisam, concretizar-se e desenvolver-se para modificar as práticas

cotidianas (as quais infelizmente divergem do discurso e dos papéis) para uma

direção inovadora que traga um aumento da qualidade do ensino.

De acordo com Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a

avaliação da culpa. Aponta, ainda, que as notas são usadas para fundamentar

necessidades de classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e

não objetivos que se deseja atingir.

Os currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a

massificação do ensino. Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de

alunos numa hierarquia de séries, por idades mas esperamos de uma classe com 30

ou mais de 40 alunos, uma única resposta certa.

Segundo Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar

como a consequência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma

52

Page 54: PPP CETN 2012.doc

«falta objetiva» de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza» o

fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de

excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas

arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o

limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As formas de

excelência que e escola valoriza, se tornam critérios e categorias que incidem sobre

a aprovação ou reprovação do aluno.

Continua Perrenoud (2000):

As classificações escolares refletem às vezes desigualdades

de competências muito efêmeras, logo não se pode acreditar

na avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito

de uma instituição que tem o poder de julgar, classificar e

declarar um aluno em fracasso. E a escola que avalia seus

alunos e conclui que alguns fracassam, O fracasso não é a

simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é

sempre relativo a uma cultura escolar definida e, por outro

lado, não é um simples reflexo das desigualdades de

conhecimento e competência, pois a avaliação da escola, põe

as hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O

fracasso é, assim, um julgamento institucional.

Avaliar, porém, exige antes que se defina aonde se quer chegar, que se

estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque

com o contexto e a forma em que foram produzidos.

Para Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a

formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em

compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada.

Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como

estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a

avaliação formativa.

A função nuclear da avaliação é ajudar o aluno a aprender e ao professor,

ensinar (Perrenoud, 1999), determinando também quanto e em que nível os

53

Page 55: PPP CETN 2012.doc

objetivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e

procedimentos de avaliação adequados. (Libâneo, 1994, p.204).

O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar

conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafiá-lo a

superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos.

No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e

conservadora, a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o

instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos

rumos”. Na página 44, coloca o autor: “A avaliação deverá verificar a aprendizagem

não só a partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos mínimos necessários”.

Enfatiza também a importância dos critérios, pois a avaliação não poderá ser

praticada sob dados inventados pelo professor, apesar da definição desses critérios

não serem fixos e imutáveis, modificado-se de acordo com a necessidade de alunos

e professores.

Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo didático-

pedagógico, deslocando também a ideia da avaliação do ensino para a avaliação da

aprendizagem.

Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento:

É perguntar dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura;

mais que ensinar e aprender um conhecimento, é preciso

concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo, avaliando,

num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que

constroem o seu mundo e o fazem por si mesmos.

Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos

alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um

elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. Este é o

sentido definitivo de um processo de avaliação formativa.

Dessa forma, entendemos que o sentido e a finalidade da avaliação deve ser:

Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de

aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso

poderíamos chamar de avaliação inicial.

54

Page 56: PPP CETN 2012.doc

Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo

informações, de forma contínua e com diversos procedimentos

metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação á todo

grupo/classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.

Adequar-o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que

apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.

Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem: ao término

de uma determinada unidade, por exemplo, se faz uma análise e reflexão

sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los

de acordo com os resultados apresentados.

A partir destas finalidades, a avaliação terá as seguintes características:

A avaliação deve ser contínua e integrada ao fazer diário do professor, o

que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em situações

normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas,

na qual o aluno é medido, somente, naquela situação específica,

abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da

prova. observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na

realização de um

processo de avaliação contínua.

A avaliação será global, quando se realiza tendo em vista as várias áreas de

capacidades do aluno: cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação etc.

e, a situação do aluno nos variados componentes do currículo escolar.

A avaliação será formativa, se concebida como um meio pedagógico para

ajudar o aluno em seu processo educativo.

A avaliação não começa nem termina na sala de aula. A avaliação do

processo pedagógico envolve o planejamento e o desenvolvimento do processo de

ensino. Neste contexto é necessário que a avaliação cubra desde o Projeto

Curricular e a Reprogramação, do ensino em sala de aula e de seus resultados (a

aprendizagem produzida nos alunos).

Tradicionalmente, o que observamos é o processo de avaliação reduzir-se ao

terceiro elemento: a aprendizagem produzida nos alunos. No contexto de um

processo de avaliação formativa isto não tem nenhum sentido. A informação sobre

os resultados obtidas com os alunos deve necessariamente levar a um

replanejamento dos objetivos e conteúdos, das atividades didáticas, dos materiais

55

Page 57: PPP CETN 2012.doc

utilizados e das variáveis envolvidas em sala de aula: relacionamento professor-

aluno, relacionamento entre alunos e entre esses e o professor.

Segundo Hoftmann (2000),

Avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-

reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este

deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendéncia, reflexões

acerca do mundo, formando seres críticos’ libertários e participativos

na construção de verdades formuladas e reformuladas.

6. Objetivos

6.1. Objetivo amplo

Garantir a formação integral do educando, promover o exercício consciente da cidadania, o desenvolvimento das aptidões e potencialidades, valorizando os princípios culturais através da transmissão, produção e descoberta de conhecimentos sistematizados historicamente pela humanidade, utilizando condições metodológicas inovadoras.

6.2. Objetivos estratégicos

Acabar com o abandono escolar nas classes de 1ª série no turno Noturno.

Garantir qualidade na aprendizagem dos alunos em todas as disciplinas,

inclusive nas críticas: Português e Literatura, Matemática, Inglesa e Física;

Integrar pais/escola, escola/comunidade;

Reduzir o índice de reprovação na 1ª série do Ensino Médio;

Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;

Promover a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,

para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com

56

Page 58: PPP CETN 2012.doc

flexibilidade às novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento

posteriores;

Possibilitar o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico;

Utilizar os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,

relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

7. Visão estratégica e Plano de ação

7.1. Organograma do CETN

Objetivos Estratégicos

Estratégias Metas

1, Promover o desempenho acadêmico dos alunos

1.1. Reunir esforços nas disciplinas e séries críticas;

1.2.Desenvolver e manter estratégias inovadoras e criativas;

1.1.1 Aumentar de 50% para, pelo menos 60% o índice de aprovação dos alunos da 1° séries – do turno noturno1.1.2. Reduzir de 23,7% para no máximo, 20% o índice de abandonos dos alunos do 1° ano do Ensino Médio noturno;1.2.1. Fixar padrões de desempenho para todas as séries de acordo com os PCN;1.2.2. Executar um sistema continuo de acompanhamento e avaliação dos alunos com baixo desempenho.

2. Solidificar a gestão democrática escolar.

2.1.Gerar medidas formais da eficácia escolar para cada disciplina oferecida pela escola;

2.2. Empreender a atuação do Colegiado Escolar;

2.1.1. Programar um sistema de indicadores e desempenho acadêmico para todas as séries e disciplinas.2.2.1. Realizar uma reunião mensal com os membros do Colegiado escolar.

3. Assegurar a participação dos pais na escola.

3.1.Aumentar a comunicação entre escola e pais de alunos.

3.2.Encorajar a participação dos pais no processo ensino – aprendizagem.

3.1.1. Elaborar um boletim informativo bimestral para divulgar as atividades e desempenho da escola.3.2.1 Promover uma reunião trimestral informativa e de sensibilização com os pais ou responsáveis de alunos.

4. Fortalecer a integração escolar - comunidade

4.1.Estabelecer estratégia de comunicação entre escola e comunidade.

4.2.Estimular a participação da comunidade nos eventos, projetos e atividades escolares.

4.1.1. Produzir texto impresso com definição dos eventos e atividades escolares para divulgação externa.4.2.1. Promover uma reunião semestral com

a comunidade para discutir o andamento da escola.

7.2. Plano de ação

57

Page 59: PPP CETN 2012.doc

Com avaliação do diagnóstico da realidade escoar e considerando os desejos manifestados pela comunidade escolar, traçamos agora o plano que dá sustentação à transformação da visão estratégica do Colégio Estadual de Tanque Novo em ações práticas. Esse Plano Estratégico será composto de objetivos Estratégicos, Estratégias e Metas, sendo que cada meta gerará um Plano de Ação.

Plano de Ação – 1

Objetivo estratégico: 1 - Promover o desempenho acadêmico dos alunos.

Estratégia: 1.1. Reunir esforços nas disciplinas e séries críticas.

Meta: 1.1.1. Aumentar de 50% para, pelo menos, 60% índice de aprovação dos

alunos da 1° série - do ensino Médio noturno.

Indicador de Meta: Documento de registro das disciplinas e séries críticas.

Gerente de Meta: Pedro

Início:Julho de 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis

Resultado esperado

Início Término

01 Levantar as dificuldades dos alunos nas disciplinas críticas.

Julho Novembro Pedro e direção

Dificuldades dos alunos apresentadas nas disciplinas críticas.

02 Discutir com os educadores métodos a serem aplicador com as disciplinas críticas.

Julho Novembro Pedro e direção

Métodos discutidos pelos educadores.

03 Aplicar a metodologia de ensino de acordo o contexto.

Julho Novembro Pedro e direção

Metodologia aplicada.

04 Avaliar o desempenho dos educadores envolvidos no processo.

Julho Novembro Pedro e direção

Desempenho final avaliado.

05 Elaborar o relatório final dos conteúdos desenvolvidos e acompanhamento dos alunos.

Julho novembro Pedro e direção

Relatório final concluído.

Plano de Ação – 2

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Page 60: PPP CETN 2012.doc

Objetivo estratégico: 1. Promover o desempenho acadêmico dos alunos.

Estratégia: 1.1. Reunir esforços nas disciplinas e séries críticas.

Meta: 1.1.2. Reduzir de 23,7% para, no máximo, 20% o índice de evasão escolar.

(no turno noturno)

Gerente de Meta: Lucimária

Início: Julho de 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis: Resultado esperado

Início Término

01 Coletar dados dos alunos evadidos.

Julho dezembro Lucimária, secretária e funcionários

Dados Coletados.

02 Discutir com os educadores métodos a serem aplicador com as disciplinas críticas.

Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários

Diagnóstico apresentado.

03 Discutir com os docentes sobre ambiente escolar

Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários

Ambiente escolar debatido.

04 Aplicar estratégias de permanência do aluno na escola.

Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários

Estratégias aplicadas

05 Avaliar a metodologia de ensino aplicada.

Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários

Metodologia avaliativa.

06 Elaborar um relatório final dos índices de evasão e metodologia aplicada.

Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários

Relatório final concluído.

Plano de Ação – 3

Objetivo estratégico:

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1. Promover o desempenho acadêmico dos alunos.

Estratégia: 1.2. Desenvolver e manter estratégias inovadoras e criativas.

Meta: 1.2.1. Fixar padrões de desempenho para todas as séries de acordo com os PCN.

Indicador de Meta: Documento contendo registro das estratégias

Gerente de Meta:Maria de Fátima

Início: Julho de 2012

N° Ações Período de Realização

Responsável

Resultado esperado

Início: Término: 01 Realizar seminário presencial com

foco na interdisciplinaridade e abrangência de todas as séries.

Julho Novembro Maria de Fátima

Seminário presencial.

02 Elaborar um projeto interdisciplinar para todas as séries

Julho Novembro Maria de Fátima

Projeto interdisciplinar.

03 Avaliar os resultados do projeto interdisciplinar.

Julho Novembro Maria de Fátima

Resultado do projeto avaliado.

04 Elaborar um relatório final dos procedimentos adotados

Julho Novembro Maria de Fátima

Relatório final concluído.

Plano de Ação – 4

Objetivo estratégico: 1. Promover o desempenho acadêmico dos alunos.

Estratégia: 1.2. Desenvolver e manter estratégias inovadoras e criativas.

Meta: 1.2.2. Executar um sistema contínuo de acompanhamento e avaliação dos

alunos com baixo desempenho.

Indicador de Meta: Documento de registro de acompanhamento e avaliação dos alunos.

Gerente de Meta: Antônio Júnior

Início: Julho de 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis:

Resultado esperado

Início: Término: 01 Identificar as dificuldades dos

alunos com baixo desempenoJulho Novembro Antônio

Júnior e Vice-Diretores

Dificuldades identificadas.

02 Realizar estratégias de ensino para os alunos de baixo desempenho.

Julho Novembro Antônio Júnior e Vice-

Diretores

Estratégias executadas.

03 Avaliar paralelamente as ações pedagógicas desenvolvidas.

Julho Novembro Antônio Júnior e Vice-

Diretores

Ações pedagógicas avaliadas.

04 Elaborar um relatório final dos procedimentos dos alunos com baixo desempenho.

Julho Novembro Antônio Júnior e Vice-

Diretores

Relatório final concluído.

Plano de Ação – 5

Objetivo estratégico: Solidificar a gestão democrática escolar.

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Page 62: PPP CETN 2012.doc

Estratégia: Gerar medidas formais de eficácia escolar para cada disciplina ofertada

pela escola.

Meta:. Programar um sistema de indicadores e desempenho acadêmico para todas

séries e disciplinas.

Indicador de Meta: Documento de registro contendo os indicadores acadêmicos

dos alunos.

Gerente de Meta: Zenilda Nobre

Início: julho de 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis: Zenilda

Resultado esperado

Início: julho

Término: novembro

01 Realizar uma reunião para explanação dos índices acadêmicos dos alunos para todas as séries e disciplinas.

Reunião realizada.

02 Definir estratégias paralelamente ao ensino-aprendizagem.

Estratégias definidas.

03 Avaliar os procedimentos e a rotina das estratégias.

Procedimento e rotina das estratégias avaliadas.

04 Elaborar relatório de conclusão do desempenho acadêmico dos alunos.

Relatório de conclusão finalizado.

Plano de Ação – 6

Objetivo estratégico: 3. Assegurar a participação dos pais na escola.

Estratégia: 3.1. Aumentar a comunicação entre escola e pais de alunos.

Meta: 3.1.1. Elaborar um boletim informativo bimestral para divulgar as atividades e

desempenho da escola.

Indicador de Meta: Documento de registro da participação dos pais e responsáveis

de alunos.

Gerente de Meta: Secretárias

Início: Setembro 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis secretária e funcionários

Resultado esperado

Início: Setembro

Término-Dezembro

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Page 63: PPP CETN 2012.doc

01 Realizar uma reunião com o envolvimento da comunidade escolar.

Reunião realizada

02 Executar as diretrizes do Plano Participativo dos Pais na Escola.

Execução do Plano participativo dos Pais.

03 Avaliar a atuação do Plano Participativo dos Pais na Escola.

Plano participativo avaliado.

04 Elaborar um parecer conclusivo da atuação do plano

Parecer conclusivo finalizado.

Plano de Ação – 7

Objetivo estratégico: 3. Assegurar a participação dos pais na escola.

Estratégia: 3.2. Encorajar a participação dos pais no processo ensino-

aprendizagem.

Meta: 3.2.1. Promover uma reunião bimestral informativa e de sensibilidade com os

pais e responsáveis de alunos.

Indicador de Meta: Documento de registro das reuniões dos pais.

Gerente de Meta: Marleide ( Ana Amélia e Janaína)

Início: Agosto 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis: Ana Amélia,

Janaína e Direção

Resultado esperado

Início: Agosto

Término: Dezembro

01 Confeccionar convites aos pais e responsáveis de alunos.

Convites confeccionados.

02 Definir temas reflexivos sobre a atuação dos pais na escola.

Temas reflexivos definidos.

03 Realizar uma reunião de mobilização com os pais.

Reunião mobilizada.

04 Avaliar as ações aplicadas na sensibilidade dos pais.

Ações Avaliadas.

05 Elaborara um relatório final das atividades desenvolvidas.

Relatório final concluído.

Plano de Ação – 8

Objetivo estratégico: 4. Fortalecer a integração escola-comunidade.

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Page 64: PPP CETN 2012.doc

Estratégia: 4.1. Estabelecer estratégias de comunicação entre escola e

comunidade.

Meta: 4.1.1. Produzir texto impresso com definição dos eventos e atividades

escolares para divulgação externa.

Indicador de Meta: Documento de registro dos eventos e atividade escolares.

Gerente de Meta: Direção

Início: Agosto 2012

N° Ações Período de Realização:De agosto a dezembro

Responsáveis:Professores de

humanas e direção

Resultado esperado

01 Reunir toda comunidade escolar no Plano Participativo de Gestão de Recursos Financeiros.

Reunião realizada e plano Participativo de Gestão elaborado.

02 Definir os eventos e atividades escolares do ano letivo.

Definição dos eventos e atividades da escola.

03 Elaborar um calendário de eventos e atividades da escola.

Calendário elaborado.

04 Avaliar o procedimento definido para a produção dos textos.

Produção de textos avaliados.

05 Formalizar um parecer conclusivo dos eventos e atividades definidas pela escola.

Parecer conclusivo formalizado.

Plano de Ação – 9

Objetivo estratégico: 4. Fortalecer a integração escola-comunidade.

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Page 65: PPP CETN 2012.doc

Estratégia: 4.1. Estimular a participação da comunidade nos eventos, projetos e

atividades escolares.

Meta: 4.1.1. Promover uma reunião semestral com a comunidade para discutir o

andamento da escola.

Indicador de Meta: Documento de registro das reuniões com a comunidade.

Gerente de Meta: Dinalva

Início: Agosto 2012

N° Ações Período de Realização

Responsáveis: Dinalva e direção

Resultado esperado

Início: agosto

Término: Novembro

01 Fomentar um clima atrativo e respectivo dentro da escola.

Clima escolar estimulado.

02 Expor as expectativas da escola em locais públicos.

Exposição das expectativas escolares.

03 Utilizar os diversos canais de comunicação áudios-visuais.

Comunicação efetivada.

04 Avaliar a contribuição das ações para a promoção da reunião.

Ações avaliadas.

05 Construir um resumo das atividades desenvolvidas.

Resumo concluído.

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Page 66: PPP CETN 2012.doc

8. AVALIAÇÃO

Acompanhar as atividades e avaliá-la leva-nos à reflexão, com base em

dados concretos como a escola se organiza para colocar em ação seu projeto-

político-pedagógico. A avaliação do projeto político pedagógico, numa visão crítica,

parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e

compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas

relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas. Portanto,

acompanhar e avaliar o projeto político pedagógico é avaliar os resultados da própria

organização do trabalho pedagógico.

Dentre todos os momentos vivenciados na operacionalização deste Projeto-

Político-Pedagógico, acreditamos que um dos mais importantes é o da sua

avaliação.

Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com base em dados concretos sobre como organizá-se para colocar em ação seu projeto político-político-pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer à realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas. Avaliadores, que conjugam as ideias de uma visão global, analisam o projeto-político-pedagógico, não como sendo algo estanque, desvinculado dos aspectos políticos e sociais. Não rejeitam as contradições e os conflitos. (Veiga, 1995).

Considerando a avaliação dessa forma, é possível salientar dois pontos

importantes. Primeiro, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece

subsídios ao projeto político pedagógico. Segundo, ela imprime uma direção às

ações dos educadores e educandos.

Partindo desse pressuposto, a avaliação do projeto-político-pedagógico do

Colégio Estadual de Tanque Novo, acontecerá em dois momentos anuais: na

jornada pedagógica e no início do 2º semestre do ano letivo com a participação de

toda comunidade escolar. Serão convocados a participar os representantes dos

pais, alunos, funcionários, direção e professores. Já o plano de ação, terá situações

avaliativas próprias de cada meta, que ocorrerão no tempo determinado, ao longo do

ano letivo. Com o intuito de verificar, registrar e analisar as atividades realizadas, a

evolução na prática pedagógica da escola e buscar soluções para as dificuldades

encontradas formulando adaptações necessárias.

65

Page 67: PPP CETN 2012.doc

9. BIBLIOGRAFIA

ARAUJO, C. Concepções do Mundo e o Fato do Pluralismo. Liberalismo Político.

México: Fondo de Cultura, 1995.

Barbosa, M. C. S. por uma pedagogia de projetos. In: Xavier, M. L. M. ET al.

Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação,

2002.

Borde nave, J. Dom: Pereira, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. 23 ed.

Petrópolis: Vozes, 2002.

BRASIL ESCOLA: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/%20reformulando-

concepcoes-educacao.htm. Acessado em 09 de maio de 2012.

Brasil, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros

Curriculares Nacionais. Vol. 1. Brasília: MEC/SEF, 1997.

____. Ministério da Educação. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional:

LDB n° 9.394/96 Brasília MEC, 1996

____. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares Nacionais: Ensino Médio

Brasília; MEC/SEB, 1999.

CALADO, A. J. F. Paulo Freire sua visão de mundo, de homem e sociedade.

Edicões Fafica, Caruaru 2001.

Freire, P. Pedagogia do oprimido. 4. Ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 10977 a.

Hadiki, C, Avaliação desmistificada. Transgressão e mudança na educação: os

projetos de Hoffmann, J. Avaliar para Educação da escola pública: a pedagogia

crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1984.

_____. Organização da gestão escolar: teoria e pratica. Quatro Ed. Goiânia:

alternativa, 2001.

66

Page 68: PPP CETN 2012.doc

LIBÂNEO, J.C. Didática. 15.ed. São Paulo: Cortez, 1999.

LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999.

Lukesi, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 11 ed.

São Paulo: Cortez, 2001.

Menegnolla, M. Por que planejar? Como planejar? .10 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

Perrenoud, Philippe. 10 novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto

Alegre.

____, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto

Alegre: Artmed, 1999.

Porto Alegre: artmed, 1999.

____. Planejamento; plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo:

Elementos metodológicos para elaboração e realização. 7 ed. São Paulo: Libertad

2000.

SAVIANI, Demerval. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. 8ª

edição. São Paulo: Autores Associados, 1986.

Spinoza Baruch de – Ética demonstrada segundo a ordem geométrica - México -

1985

Trabalho. Posto Alegre. Artmed, 1998.

Vygotsky, L. S. Pensamento e linguagem. Tradução: Jefferson Luiz Camargo. São

Paulo: Martins Fontes, 1996.

WIKIPÉDIA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade. Acessado em 09 de maio de

2012.

67

Page 69: PPP CETN 2012.doc

ANEXOS

Diretrizes curriculares das disciplinas

LÍNGUA PORTUGUESA

JUSTIFICATIVA

O Ensino Médio, última etapa da educação básica, assim definido pela LDB, vem ao

longo de sua história, sofrendo algumas mudanças a partir das legislações e das questões

curriculares de cada área. Nesse contexto, o ensino de Língua Portuguesa e Literatura

também deverá acompanhar esse processo de mudanças dentro de uma reflexão crítica

acerca da necessária revisão dos objetivos do ensino da Língua Portuguesa e da Literatura

Brasileira nas salas de aula.

Uma discussão sobre o papel da disciplina Língua Portuguesa e Literatura Brasileira

no contexto do Ensino Médio, fase de estudos que se consolida e aprofunda os

conhecimentos construídos ao longo do ensino fundamental, deve envolver,

necessariamente, a reflexão sobre o projeto educativo que se quer implementar nesse nível

de ensino, garantindo a preparação básica do estudante para o prosseguimento dos

estudos, para a inserção no mundo do trabalho e para o exercício cotidiano da cidadania,

em sintonia com as necessidades político-sociais de seu tempo.

É importante que o educador desenvolva senso crítico para analisar a aplicação da

língua e da linguagem nos PCN’S em cada processo do desenvolvimento, englobando as

contribuições da Lingüística e da Lingüística Aplicada, a fim de discutir as contribuições que

tais domínios científicos acarretaram, nos últimos anos, para as práticas de ensino e de

aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna. Procura-se, dessa maneira,

demonstrar a relevância dos estudos sobre a produção de sentido em práticas orais e

escritas de uso da língua – e, mais amplamente, da linguagem –, em diferentes instâncias

sociais. Vale ressaltar também a importância de se abordarem as situações de interação

68

Page 70: PPP CETN 2012.doc

considerando-se as formas pelas quais se dão a produção, a recepção e a circulação de

sentidos.

O ensino da Literatura, então, deve ser defendido por vários motivos pedagógicos.

Pelo lado informativo, deve-se ensinar literatura para que nosso aluno saiba e consiga

transmitir conhecimento. Além do conteúdo que o texto literário contém, o estudante recebe

outras informações, ou seja, o texto literário é forma de conhecimento; Pelo lado formativo,

Nelly Novaes Coelho, afirma: “literatura é reflexo da vida, é a exteriorização verbal artística

de uma experiência humana, é evidente que usaremos dela para orientar a educação

integral de nossos alunos” (COELHO, Nelly Novaes. O ensino da literatura, 1966, p. 8.). É

comumente aceito que a literatura pode levar o aluno à sua formação humanística e assim à

educação integral.

Nesse cenário, apostam-se em práticas de leitura por meio das quais os alunos

possam ter acesso à produção simbólica do domínio literário, de modo que eles,

interlocutivamente, estabeleçam diálogos (e sentidos) com os textos lidos. Em outros

termos, prevê-se que os eventos de leitura se caracterizem como situações significativas de

interação entre o aluno e os autores lidos, os discursos e as vozes que ali emergirem,

viabilizando, assim, a possibilidade de múltiplas leituras e a construção de vários sentidos.

A literatura, nesse contexto também propicia a formação do leitor e escritor de textos,

pois com aprimoramento da leitura pelo contínuo contato com a literatura o aluno melhorará

também a sua escrita. Com isso, adquire o seu próprio estilo, modo peculiar de escrever e

de comunicar-se pela linguagem. Como a literatura é cultura, o texto literário irá despertar

também esse gosto pelo conhecimento, pelo senso crítico. O aluno, assim, poderá saber

distinguir um bom texto de um texto de menor valor, tornando-se um leitor crítico e um

competente produtor de textos.

Em sala de aula, o texto literário deve ser colocado em seu contexto: época de sua

produção, autor que o produziu, a forma literária em que está escrito e outros

relacionamentos que o próprio texto sugerir.

Em termos das ações do ensino deve incluir diferentes manifestações da linguagem

– como a dança, o teatro, a música, a escultura e a pintura –, bem como valorizar a

diversidade de idéias, culturas e formas de expressão. A ampliação e a consolidação dos

conhecimentos do estudante para agir em práticas letradas de prestígio, inclui o trabalho

sistemático com textos literários, jornalísticos, científicos, técnicos, etc., considerados os

diferentes meios em que circulam: imprensa, rádio, televisão, internet, etc.

Essa coletânea de textos deve ser constituída e trabalhada de modo que contribua

para que os alunos se construam como sujeitos críticos, engajados e comprometidos com a

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Page 71: PPP CETN 2012.doc

cultura e a memória de seu país. A escola deve estar comprometida em oferecer um espaço

privilegiado a textos que efetivamente sejam

representativos dessa cultura e dessa memória.

É necessário, portanto a busca de práticas que propiciem a formação humanista e

crítica do aluno, que o estimulem à reflexão sobre o mundo, os indivíduos e suas histórias,

sua singularidade e identidade. Criar espaço de vivência e cultivo de emoções e

sentimentos humanos, como experienciar situações em que se reconheça o trabalho

estético da obra literária, identificando as múltiplas formas de expressão e manifestação

da(s)linguagem(ns) para levar a efeito um discurso é objetivo primordial da Prática de

Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio e princípio norteador das praticas

pedagógicas do meu Estágio Supervisionado.

I – OBJETIVOS

● Adquirir competência social e lingüística para utilização da língua nas diversas

situações sócio-comunicativas levando-se em consideração a multiplicidade de símbolos e

procedimentos da comunicação;

● Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios

de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão,

comunicação e informação;

● Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando

textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações,

de acordo com as condições de produção e recepção;

● Comparar recursos expressivos intrínsecos nos diversos tipos de manifestações da

linguagem, percebendo as razões das escolhas e sabendo diferenciá-los e interrelacioná-

los;

● Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas

manifestações específicas;

● Divulgar suas idéias com objetividade e fluência, construindo seu próprio discurso

e adquirindo formação crítica frente à própria produção e à necessidade pessoal de partilhar

sentidos em cada ato interlocutivo;

70

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● Respeitar e preservar as diferentes manifestações da linguagem utilizadas por

diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e

internacional, com suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação,

apreciação e criação;

● Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação em

situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos

e estatutos de interlocutores; e saber colocar-se como protagonistas no processo de

produção/recepção;

● Compreender e usar a Língua Portuguesa não apenas pautada no domínio da

técnica legitimada pela norma padrão, mas como a língua materna, geradora de significação

e integradora da organização de mundo e da própria identidade;

● Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida

individual e social, associando os princípios desse novo mundo aos conhecimentos

científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem a

solucionar;

● Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e

em outros contextos relevantes para sua vida.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE

1ª série

I – Gramática:

1. Linguagem/Língua/Fala: seus tipos, aspectos e funções;

2. Fonética e Fonologia:

2.1. fonema;

2.2. sílaba;

2.3. ortofonia;

2.4. ortografia;

71

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2.5. acentuação (novo acordo ortográfico);

3. Pontuação;

4. Aspectos de Léxico:

4.1. polissemia;

4.2. sinonímia;

4.3. homonímia;

5. Processo de Formação de palavras:

5.1. composição;

5.2 derivação;

5.3. hibridismo;

5.4. onomatopéia;

5.5. abreviação vocabular;

5.6. prefixos, sufixos e radicais.

II – Literatura:

1. Noções de teoria literária: conceitos, a história, a linguagem literária, a linguagem

poética (recursos formais e expressivos), os gêneros literários;

2. Origens da literatura;

3. Medievalismo (Trovadorismo e Humanismo);

4. O Renascimento (Classicismo Português);

5. Literatura de informação: Quinhentismo;

6. O Barroco;

7. O Arcadismo.

III – Leitura:

1. Compreensão crítica do conteúdo;

72

Page 74: PPP CETN 2012.doc

2. Análise da estrutura do texto;

3. Análise das opções expressivas.

IV – Escrita:

1. Nível do conteúdo:

1.1. clareza

1.2. coerência;

1.3. consistência argumentativa;

1.4. redundância inadequada.

2. Nível da estrutura:

2.1. paragrafação;

2.2. adequação de recursos coesivos.

3. Nível da expressão:

3.1. adequação à norma padrão;

3.2. experimentação e avaliação de alternativas expressivas;

3.3. recursos adequados de pontuação.

V – Oralidade:

● Nível da expressão;

● Adequação à norma padrão;

● Experimentação e avaliação de alternativas expressivas;

● Recursos adequados de pontuação;

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● Organização de idéias.

2ª série

Gramática:

1. Classes Gramaticais: noções básicas e gerais;

2. Morfossintaxe do nome:

2.1. Artigo;

2.2. Substantivo;

2.3. Pronome;

2.4. Adjetivo;

2.5. Termos Essências da oração:

● Predicado e Predicativo.

2.6. Termos Integrantes:

● Complemento Verbal;

● Agente da Passiva;

● Complemento Nominal.

2.7. Termos Acessórios:

● Adjunto Adnominal;

● Adjunto Adverbial;

● Aposto;

● Vocativo.

3. Morfossintaxe do verbo

74

Page 76: PPP CETN 2012.doc

3.1. verbos defectivos – 1ª e 2ª conjugações;

3.2. verbos regulares e irregulares – conjugações;

3.3. verbos auxiliares;

3.4. estudo do verbo na oração;

3.5. o predicado e suas classificações;

3.6. seus complementos e modificadores.

Literatura:

1. O Romantismo;

2. O Realismo/Naturalismo;

3. O Parnasianismo;

4. O Simbolismo.

Leitura:

1. Compreensão crítica do conteúdo;

2. Análise da estrutura do texto;

3. Análise das opções expressivas.

Escrita:

1. Nível do conteúdo:

1.1. clareza;

1.2. coerência;

1.3. consistência argumentativa;

1.4. redundância inadequada.

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Page 77: PPP CETN 2012.doc

2. Nível da estrutura:

2.1. paragrafação;

2.2. adequação de recursos coesivos.

3. Nível de expressão:

3.1. adequação à norma padrão;

3.2. superação de marcas inadequadas de oralidade;

3.3. experimentação e avaliação de alternativas expressivas;

3.4. recursos adequados de pontuação.

3ª série

Gramática:

1. Função da palavra na frase;

2. Termos da Oração no período simples (revisão);

3. Período Composto por Coordenação;

4. Período Composto por Subordinação;

5. Regência (verbo nominal, crase);

6. Conjugação de verbos irregulares mais freqüentes;

7. Colocação pronominal;

8. Concordância nominal e verbal.

76

Page 78: PPP CETN 2012.doc

Literatura:

1. Pré-modernismo;

2. Vanguardas Européias;

3. Semana de Arte Moderna;

4. Modernismo: fases, poesia e prosa;

5. Geração de ‘45’ – prosa e poesia;

6. Pós-Modernismo / Produções Contemporâneas.

Leitura:

4. Compreensão crítica do conteúdo;

5. Análise da estrutura do texto;

6. Análise das opções expressivas.

Escrita:

1. Nível de conteúdo:

1.1. clareza;

1.2. coerência;

1.3. consistência argumentativa;

1.4. redundância inadequada.

2. Nível da estrutura:

2.1. paragrafação;

2.2. adequação de recursos coesivos.

77

Page 79: PPP CETN 2012.doc

3. Nível da expressão:

3.1. adequação à norma padrão;

3.2. superação de marcas inadequadas de oralidade;

3.3. experimentação e avaliação de alternativas expressivas;

3.4. recursos adequados de pontuação.

III – CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

No mundo atual, em que a informatividade está sempre presente, é mais do que uma

necessidade a reflexão sobre a linguagem e seu funcionamento articulado por uma

multiplicidade de códigos, e sua presença nos diversos procedimentos e processos

comunicativos. É de suma importância que, para isso, seja assegurado ao aluno uma

participação ativa nesse contexto sócio-educativo para que ele possa exercer a sua

cidadania.

De início, vale ressaltar, que a seleção dos conteúdos definidos anteriormente é

questão de mera organização didática, o que não implicará, de forma alguma no trabalho

interdisciplinar e contextualizado, visto que não é viável, o trabalho isolado com esses

conteúdos.

Sabemos que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outro

conhecimento, ele não é algo estanque, isolado, daí a necessidade de poder está ampliando

sempre as possibilidades de interação não só entre as disciplinas como também entre os

conteúdos de uma mesma disciplina e, por isso, o desenvolvedor desses conteúdos não

atenderá a uma seqüência rígida, mas antes, estes serão associados à necessidade e

situações significativas, numa abordagem interativa onde o aluno possa analisar, comparar

e tirar conclusões e, ao mesmo tempo, se sinta instigado, mobilizado a estabelecer relações

de reciprocidade entre ele e o objeto de conhecimento.

A língua não é apenas um conjunto de regras, um amontoado de normas “mortas”.

Ela é viva em cada um dos falantes e, ao mesmo tempo, é porta de entrada para as outras

áreas de conhecimentos, visto que dela depende a competência e o domínio de outros

saberes e a utilização desses saberes em diferentes situações ou contextos. Daí a

necessidade de um trabalho onde o aluno irá perceber como a língua é utilizada no

78

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contexto, considerando a interrelação contextual, semântica e gramatical da própria

natureza e função da linguagem e não apenas um estudo no aspecto formal da língua.

Não é que a gramática não será trabalhada, mas o seu estudo passa a ser uma

estratégia para compreensão, interpretação e produção textuais. Tornando-se visto não

como um fim, mas um meio deste fazer parte da análise e produção de textos.

Sabemos que o trabalho com a produção oral e escrita de aluno é realmente eficaz

quando a palavra é utilizada para dizer algo em contextos sociais e culturais diversos e

efetivos. Portanto, é preciso pensar o estudo da Língua Portuguesa, no Ensino Médio, como

possibilidades de uso e reflexão sobre a língua nas práticas sociais, a partir da análise de

situações concretas de comunicação.

As práticas discursivas, verbais ou extraverbais tornam-se objeto de estudos

enquanto “textos”. Assim, os textos constituem a concretização dos discursos produzidos

nas mais diversas situações. O aluno, como autor de textos no processo comunicativo

constrói uma identidade própria, em um diálogo efetivo com seus interlocutores. Desse

modo, o ensino de Língua Portuguesa “deve basear-se em propostas interativas

língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do pensamento

simbólico constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.” (BRASIL,

PCNEM, 1999). Sendo assim, os conteúdos de ensino pressupõem a linguagem enquanto

espaço dialógico de constituição do sujeito e das práticas sociais.

O objetivo dessa proposta é a linguagem na sua diversidade de usos e

configurações da Língua Portuguesa, o que possibilita uma interlocução com as demais

disciplinas da área de outras áreas. Dessa forma, o aluno precisa desenvolver competências

e habilidades que lhe permitam analisar e compreender elementos discursivos, os quais

postos “em jogo” em uma enunciação, dão sentido ao dizer.

Em se tratando de produções de textos escritos pelos alunos, (orais e escritos),

devem ser envolvida a reelaboração (revisão/reescrita) com o objetivo de torná-las

adequadas no quadro previsto para seu funcionamento. A ação de reflexão, tomada

individualmente ou em grupo, tem como meta a avaliação de texto, quando for o caso, sua

alteração.

Com relação aos textos produzidos por outros autores, as atividades podem-se

materializar, por meio de comentário, discussões e debates orais sobre livros, peças

publicitárias, peças teatrais, programas de TV, reportagens, piadas, acontecimentos do

cotidiano, letras de músicas, exposições de artes, provas. Este tipo de prática quando

executada em grupo, pode se dar oralmente ou até mesmo por escrito em listas de

discussão pela Internet.

79

Page 81: PPP CETN 2012.doc

Ainda, deve ser valorizado o estudo de diferentes relações intertextuais (por

exemplo), entre textos que mantenham configuração formal e similar, que circulem num

mesmo domínio ou em domínios diferentes que assumam um mesmo ponto de vista no

tratamento do tema ou não.

A oralidade, muitas vezes desprivilegiada no Ensino Médio, consiste em rico

manancial de expressão das culturas dos alunos, revela a organização dos ideais, os

sentimentos, as opiniões, possibilita a socialização imediata, de conhecimentos e fornece

subsídios para a produção escrita. Por outro lado, oralidade, produção de textos falados –

não se confunde com leitura oral, atividade de reprodução de texto escrito, que deve ser

trazida à sala de aula em contextos significativos.

A partir de intenso trabalho de oralidade, o aluno aperfeiçoa sua capacidade de ler

também a intencionalidade do texto, o não-dito e inferir o subentendido, todos esses

aspectos consistentes do discurso. Ler, desse modo, significa, de fato, transformar-se em

leitor/autor capaz de recorrer as escritas com objetivos diversos, tais como: ler por ler, ler

por prazer, para informar-se, para responder a questões, para conversar, fazer comentários,

para compreender algo, para fazer críticas, refazer estruturas, ler e escrever ao mesmo

tempo.

Enfim, o aluno deve “ler” na escola com objetivos semelhantes àqueles com que lê

fora da escola. Nesse sentido, é função do professor de Língua Portuguesa, criar situações

favoráveis para que o aluno desenvolve a sua leitura a partir de práticas significativas e

socialmente relevantes.

Essas práticas de leitura/escrita relacionam-se na escola com a reflexão sobre o ato

da leitura, da escrita e da fala, quando os alunos são provocados para: aprender mais sobre

os diversos gêneros (orais, escritos, artísticos), os estilos e os aspectos formais da língua,

bem como desenvolver estratégias de leitura/produção de textos e hipertextos.

Uma outra questão de suma importância é a de que a leitura – concebida como

produção de sentidos – se concretiza não apenas com o texto verbal (oral ou escrito), mas

com as várias linguagens coexistentes na sociedade, como a corporal (expressões

corporais, jogos, danças, brincadeiras, mímicas, dramatizações, situações vividas no dia-a-

dia), a artística (pinturas, desenhos, músicas, obras de arte de uma maneira geral), a (áudio)

visual (imagens, filmes, vídeos, programas de televisão). Todas essas linguagens fornecem

repertórios de “textos” que podem ser produzidos e/ou lidos, falados, em suma,

incorporados ao trabalho em Língua Portuguesa.

O estudo da gramática, por seu turno, deixa de ser uma atividade isolada e passa a

constituir-se, de forma contextualizada, uma estratégia para compreensão, interpretação,

80

Page 82: PPP CETN 2012.doc

produção e revisão de textos, reforçando a prática de reflexão da língua em uso, uma vez

que deve extrapolar o estudo de conjunto de frases justapostas e isoladas, deslocadas de

um contexto e usadas, comumente, como justificativa para uma abordagem lingüística.

Assim também serão os estudos literários que não se basearão em estudar somente

a história da literatura, seus autores e obras, mas em analisar as diferentes produções,

percebendo época em que esses textos foram escritos, especificados, discurso e visão do

autor. O debate, o diálogo, a pesquisa, entre outros, serão formas de auxiliar o aluno a

buscar e construir seu próprio ponto de vista e possíveis leituras.

A literatura não pode ser considerada algo desvinculado da leitura. Pelo contrário, o

ponto de partida de seu estudo é a leitura, com propósitos de compreensão dos significados

das obras e dos autores dentro das necessidades de análise e avaliação crítica, ou mesmo

por fruição. Deve-se considerar, como trabalho em literatura, a escolha de obras literárias, e

a sua leitura prioritariamente deve contemplar as preferências pessoais dos alunos, pelo

prazer de ler. O que não significa que seja somente esse o escopo do trabalho com textos

literários. Os textos literários podem ser incluídos em projetos de estudo por blocos

temáticos, por determinado interesse de estudo, contextualizados dentro das necessidades

de aprender e conhecer dos alunos.

IV – AVALIAÇÃO

Assim como a proposta metodológica não segue uma linha rígida, a avaliação da

aprendizagem também não o é. Fará parte do próprio processo de aprendizagem e não se

isolará ao conteúdo/disciplina, sendo apenas um meio de classificar os alunos. Antes se

estenderá num ato recíproco e contínuo dentro do desenvolvimento dos projetos

interdisciplinares através do acompanhamento e registro do desempenho dos alunos,

tentando perceber seus avanços e dificuldades, no sentido de poder está fazendo

inferências para superação dessas dificuldades e, ao mesmo tempo, poder está dando

suportes e possibilidades de avanços paralelos e outras atividades.

V – REFERÊNCIAS

CANDIDO, Antonio. Na sala de aula: caderno de análise literária. São Paulo: Ática, 1986.

81

Page 83: PPP CETN 2012.doc

COELHO, Nelly Novaes. O ensino da literatura. São Paulo: FTD, 1966.

DEMO, Pedro. Pesquisa e construção do conhecimento: metodologia científica no

caminho de Habermas. 5. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Brasileira Waltensir Dutra.

São Paulo: Martins Fontes, s.d.

MOISÉS, Massaud. A criação poética. 16 ed. São Paulo: Melhoramentos; Universidade de

São Paulo, 1977.

Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. – Brasília :

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

(Orientações curriculares para o ensino médio ; volume 1)

REDAÇÃO

I. OBJETIVOS:

Adquirir habilidades para tornar-se um leitor autônomo e um produtor competente de

textos;

Adquirir competência social e lingüística para utilização da língua nas diversas

situações sócio-comunicativas levando-se em consideração a multiplicidade de

símbolos e procedimentos da comunicação;

Compreender e usar os sistemas simbólicos da língua como meios de organização

cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação,

informação e produção textual;

Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos da língua, relacionando textos

com seus contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações,

de acordo com as condições de produção e recepção de textos;

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Page 84: PPP CETN 2012.doc

Comparar recursos expressivos intrínsecos nos diversos tipos de manifestações

textuais, percebendo as razões das escolhas e sabendo diferenciá-los e

interrelacioná-los;

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem;

Divulgar suas idéias com objetividade e fluência, construindo seu próprio discurso e

adquirindo formação crítica frente à própria produção e à necessidade pessoal de

partilhar sentidos em cada ato interlocutivo;

Colocar-se como protagonista, utilizando a linguagem como meio de expressão,

informação e comunicação no processo de produção/recepção de textos;

II. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE

Linguagem / Língua / Fala

Funções da linguagem

Variações e circunstâncias lingüísticas

A leitura e sua importância para a escrita

Texto x Textualidade

Tipologias textuais

Coerência textual

Coesão

elementos coesivos

tipos de coesão

Fatores estruturais

Fatores pragmáticos

Problemas textuais

Como avaliar a textualidade

A narração, a descrição, a dissertação e suas diferenças

A narração, sua estrutura e o tipo de discurso

As diversas formas de descrever

A dissertação – com vistas ao ENEM e Vestibulares

83

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15.1. a diferença entre tema e título

15.2. a estrutura dissertativa

15.3. os tipos de dissertação

15.4. a argumentação

III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

A relação de conteúdos definidos anteriormente é questão de mera organização

didática, visto que o trabalho é de nível pragmático desenvolvido através de análises de

textos de diversos níveis e modalidades, bem como através de leituras e compreensão dos

mesmos.

O trabalho se viabilizará, possibilitando ao aluno a aquisição do conhecimento do

sistema lingüístico, do contexto sócio-histórico em que o texto foi construído e dos

mecanismos de estruturação dos significados e do próprio texto.

Além disso o trabalho se desenvolverá em oficinas de produções textuais em que o

aluno, gradativamente irá construindo seu próprio discurso, desenvolvendo sua criatividade

e avaliando seu processo de construção textual.

IV. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem fará parte do próprio processo de aprendizagem e não

se isolará ao conteúdo/disciplina, sendo apenas um meio de classificar os alunos. Antes se

estenderá num ato recíproco e contínuo dentro do desenvolvimento dos projetos

interdisciplinares e das oficinas de produções textuais através do acompanhamento e

registro do desempenho dos alunos, tentando perceber seus avanços e dificuldades, no

sentido de poder está fazendo inferências para superação dessas dificuldades e, ao mesmo

tempo, poder está dando suportes e possibilidades de avanços paralelos a outras

atividades.

84

Page 86: PPP CETN 2012.doc

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. FIORIN, José Luiz, SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação.

4ª ed. São Paulo: Ática, 2000.

2. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: 24. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

3. GERALDI, João Wanderley (org). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática.

4. GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Diálogos intertextuais no ensino de língua

portuguesa. Revista Linha D’Água. Nº 12, dez. 1997.

5. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. 4.ed. São Paulo:

scipione, 1994.

6. KATO. Mary A. No Mundo da Escrita: uma perspectiva psicolingüística. São Paulo: Ática,

1986.

7. KOCH, Ingedore Villaça. Coesão Textual.14. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

8. KOCH, Ingedore Villaça, TRAVAGLIA, Luiz CARLOS. Coerência Textual. 11. ed.

São Paulo: Contexto, 2001

9. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática.

10. ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. 2. ed. São Paulo: Cortez.

85

Page 87: PPP CETN 2012.doc

11.PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. São Paulo. Ática, 2000.

12. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, 3v. il. Brasília: MEC/SEF, 1998.

13. Referencial Curricular Nacional para o ensino de Língua portuguesa. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

14. REGO, Lúcia Lins Brawne e BUARQUE, Lair Levi. Algumas fontes de dificuldade na

aprendizagem de regras ortográficas. In: MORAIS, Artur Gomes de. O aprendizado da

ortografia. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica.

15. SILVA, Ezequiel Theodoro da & ZILBERMAN, Regina (orgs). Leitura: perspectiva

interdisciplinares. São Paulo: Ática.

16. SILVA NETO, João Gomes. O ensino da literatura no 2º grau. In: AMARÍLHA, Marly.

A criança e a leitura. Natal: UFRN, 1995.

17. SUASSUNA, Lívia. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. 2. ed.

São Paulo: Papirus, 1995.

18. ____________________ . Variação lingüística e produção de texto. Revista Linha

D’Agua. Nº 11, jun. 1997.

19. ZILBERMAN, Regina. (org). Leitura em crise na escola: as alternativas do

professor. 9ª ed. Mercado aberto.

86

Page 88: PPP CETN 2012.doc

LÍNGUA INGLESA

87

Page 89: PPP CETN 2012.doc

JUSTIFICATIVA

Um dos grandes desafios que atualmente enfrentamos é descrença, tanto por parte

dos professores como dos alunos, em relação à possibilidade de se aprender inglês na

escola regular. O ensino de língua estrangeira, na maioria das escolas brasileiras é

sinônimo de ensino de inglês, é compulsório, o que indica que ter algum conhecimento

dessa língua é considerado importante pelas autoridades de ensino. No entanto, de modo

geral, a carga horária destinada às aulas de inglês é mínima e muitos professores, apesar

de terem concluído o curso de Letras, possuem pouco domínio da língua inglesa [WALKER,

2003], o que certamente dificulta o desenvolvimento dos alunos nessa área do

conhecimento.

O ensino e aprendizagem em Língua Inglesa no Ensino Médio compreendem, uma

vez que conhecer outras culturas, outra forma de encarar a realidade em termos de

competência para o aluno que abrange não só a reflexão, como a capacidade de analisar o

seu entorno social com maior amplitude, estabelecendo, assim, vínculos, semelhanças e

contrastes entre a sua forma de pensar fazendo as possíveis conjecturas que permitam a

um aprendizado eficaz.

O ensino Médio, última etapa da educação básica, assim definido pela L.D.B., vem

ao longo da sua história, sofrendo algumas mudanças a partir das legislações e das

questões curriculares de cada área.

Em consonância com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.

9.394/96, foram divulgados, o Parecer da Câmara de Educação Básica nº. 15/98, a

Resolução nº. 3/98 e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNEM), com o objetivo de

difundir os princípios norteadores da reforma deste nível de ensino.

Na perspectiva de atender o que prescrevem esses documentos oficiais, bem como,

a real necessidade das nossas escolas, o Centro Regional de Desenvolvimento da

Educação 4º CREDE, assume o compromisso de discutir e consolidar uma proposta que

sirva de suporte à prática cotidiana dos professores, visando a melhoria da qualidade no

processo ensino-aprendizagem, voltado para a construção de competências que favoreçam

a inserção do homem no tempo e espaço contemporâneos, seja pela eventual continuidade

dos estudos, seja no mundo do trabalho.

I . OBJETIVOS GERAIS

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1 Retomar a reflexão sobre a função educacional do Ensino de Línguas Estrangeiras no

ensino médio e ressaltar a importância dessas.

2 Reafirmar a relevância da noção de cidadania e discutir a prática dessa noção no Ensino

de Línguas Estrangeiras;

3 Discutir o problema da exclusão no ensino em face de valores “globalizastes” e o

sentimento de inclusão aliado ao conhecimento de línguas Estrangeiras;

4 Introduzir as teorias sobre a linguagem e as novas tecnologias e dar sugestões sobre a

prática do ensino de Línguas Estrangeiras por meio dessas;

5 Focalizar a leitura, a prática escrita e a comunicação oral contextualizada.;

6 Considerar o estudo de língua estrangeira como meio de penetração do pensamento e

da cultura dos países que falam inglês;

7 Aumentar o conhecimento sobre a linguagem que o aluno já constituiu sobre a língua

materna, pôr meio de comparações com a língua estrangeira em vários níveis;

8 Possibilitar que o aluno, ao se envolver nos processos de construir significados nessa

língua, se constituía em um ser discursivo no uso de uma língua estrangeira;

9 Capacitar o aluno a compreender e a produzir significados corretos do novo idioma,

proporcionando ao aprendiz um nível de competência lingüística capaz de permitir-lhe

acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para sua

formação enquanto cidadão.

10 Acompanhar a evolução do conhecimento.

11 Desenvolver e valorizar a cultura de outros povos numa cultura abrangente.

II. CONTEÚDOS

1ª. SÉRIE 2ª. SÉRIE 3ª. SÉRIE

1.Verb to be (Affirmative,

negative and interrogative form)

Verb to be

Simple Future Tense

Possessive Case

Verb to be

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2. Opposites Regular verbs – Simple past Future perfect tense

3.Numbers

4.Articles: definite / indefinite

Irregular verbs – Simple past Future conditional tense

5.Prepositions Present and past continuous Prepositions

6.Verb there to be (present and

past tense)

Question tags

Immediate future

Adverbs

7.How many, How much, How

old

Reflexive and relative

pronouns

Passive voice

8.Imperative affirmative and

Negative

Adjectives pronouns Direct and indirect speech

9.Simple Present Indefinite pronouns

Demonstratives pronouns

Modal verbs

10.Body Parts Degree of adjectives Conditional Tense

11.Present Continuous Tense Present perfect tense Conditional Perfect

12.Immediate Future Past perfect tense Conditional sentences if-

clauses

13.Countries and Nationalities Possessive pronouns Coordinating conductions

14.Profissions Genitive Case

15.Fruit

16.Dates

17.Clotches and painting

18.Collors

III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

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Page 92: PPP CETN 2012.doc

A visão do mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,

consequentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas

formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de

um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes

elementos que a compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa

aprendizagem, ao mesmo tempo em que os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter

lugar e, portanto, de figurar nas aulas.

É necessário que Língua Estrangeira – Inglês esteja inserida numa área, e não mais

como uma disciplina isolada no currículo. As similitudes e diferenças entre as varias

culturas, a constatação de que os fatos sempre ocorrem dentro de um contexto

determinado, a aproximação das situações de aprendizagem a realidade pessoal e cotidiana

dos alunos, entre outros fatores permitem estabelecer, de maneira clara, vários tipos de

relações entre a Língua Estrangeiras e as demais disciplinas que compõe a área.

Numa perspectiva interdisciplinar e relacionada contextos reais, o processo ensino

aprendizagem de Língua Estrangeira adquire nova configuração ou, antes, requer a efetiva

colocação em prática de alguns princípios fundamentais que não ficarão apenas no papel

por serem considerados utópicos ou de difícil viabilização.

Nesse processo de recontextualização o que fazer com a gramática? Com sistema,

as regras gramáticas estarão sempre presentes em qualquer uso da linguagem, porém, não

necessariamente acompanhadas pelo conceito de gramática como sistema abstrato e

código fixo e descontextualizado. Em vez de partir de uma regra gramatical, pode-se partir

como muitos já fazem, de um trecho de linguagem num contexto de uso.

A questão cultural inglesa será apresentada através de filmes e músicas dando

oportunidade assim do aluno conviver com a segunda língua, bem com, perceber a sua

entonação.

O material base, texto e questões de interpretação que dará ênfase contextualização

será apresentadas em módulos, visto que o aluno não possuem livro didático.

IV. AVALIAÇÃO

Avaliação deverá ser processual e gradativa observando os seguintes pontos:

1 Participação e interesse

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2 Desenvolvimentos e comprimentos das atividades

3 Cooperação e apresentação das atividades

4 Apresentação de sugestões, questionamentos

5 Assiduidade

6 Exposição de trabalhos

7 Comunicação oral, leitura e conversão

8 Projetos

9 Prática escrita

10 Dramatização

V. REFERÊNCIAS

AUN, Eliana et all. Get to lhe point! (3volumes). São Paulo. Saraiva, 1996.

_________________.New English point. São Paulo: Saraiva, 1996.

CUDER, Ana Maria Cristina. Teens Englishas a foreign langouge. São Paulo: Scipione,

1993.

MARQUES, Amadeu. Pass Word: Special Edition. São Paulo: Ática, 1999.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Ensino Médio. Brasília: Ministério da

Educação, 1999.

PERRI, Edilza e LOBO, Elenízia. Inglês Way oul, Inglês Básico Técnico Comercial

(volume único). São Paulo.

SANTOS, Manuel C. R. dos. English Everywhere. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico,

1991.

92

Page 94: PPP CETN 2012.doc

SAMARA, Samira e BIOJONE, Lúcia N. Start Reading. 18ª ed. São Paulo: Saraiva,

1999.

RUBIN, sARAH g. E ferrari, mARIZA. iNGLÊS (3 VOLUMES). São Paulo: Scipione,

2000

93

Page 95: PPP CETN 2012.doc

FILOSOFIA

JUSTIFICATIVA

O compromisso da escola pública é com a maioria da população que hoje, por força

do modelo econômico, político, social, cultural, está fragmentada em vários segmentos-

minorias, organizados ou não na sociedade. Não há como negar, que das mais diversas

formas, todos estes segmentos minorias participam da produção da riqueza, mas

historicamente tem sido expropriados, excluídos, manipulados, discriminados, de muitos

modos em seus direitos fundamentais, desde as suas condições objetivo-materiais de vida

(plano econômico), às formas de organização sócio-política (plano social e político) à

produção e acesso ao saber e a cultura (plano cultural).

Assim pensando, e de acordo com as grandes diretrizes da Proposta Curricular, o

acesso e a permanência na escola, desta maioria, deve significar a oportunidade de

compreender todas as contradições que constituem, determinam, condicionam o mundo

natural, o mundo histórico-social e o mundo da subjetividade individualidade que caracteriza

cada um dos seres humanos. Todo o educando tem o direito de, ao frequentar a escola,

apropriar-se crítica e criativamente do saber universal acumulado e sistematizado, para

compreender que esta forma predominante de estar, ver e fazer o mundo, é apenas uma

das formas possíveis, organizada de um modo que vem dificultando o processo de

humanização. Passar pela escola deve significar então, ter o domínio da cultura, do

instrumental teórico-prático (Ciência, Tecnologia, Filosofia, Arte), que os homens produziram

na caminhada civilizatória, para estabelecer uma nova forma de relacionar-se, entender e

transformar de modo permanente e simultâneo a natureza, a sociedade, a si mesmo e a

história, conforme nos propõe Marx na sua 11ª Tese sobre Feuerbach: “...os filósofos

apenas interpretaram o mundo de formas diferentes, o que importa é transformá-lo”. Dar

conta junto aos nossos educandos, da socialização-apropriação do conhecimento, deve

significar o desafio e o encorajamento de cada um deles para que sejam sujeitos históricos

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atuando coletivamente no sentido da superação deste estado de coisas, pois este não é

destino dado, pronto e acabado. Postas estas referências básicas, o desafio permanente, é

o de pensar que presença marcará a Filosofia na formação dos adolescentes, dos jovens e

adultos que frenquentam o Ensino Médio.

ALGUNS ELEMENTOS PARA UMA CONCEPÇÃO DE FILOSOFIA E SEU ENSINO

UM POUCO DE HISTÓRIA

A Filosofia é uma das formas de conhecimento e guarda especificidade em relação a

todas às demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à religião, ao senso comum. Ela tem

uma história e uma tradição que é tão ou mais antiga que as ciências, e no entanto, por um

certo período, no Brasil, não foi considerada um saber, como os outros necessários, que

devesse ser socializado, e juntamente com as ciências compor um Currículo que realmente

garantisse a leitura e a compreensão do mundo. Só a história nos ajuda a entender esta

ausência na escola secundária. A filosofia foi eliminada do convívio com a juventude

secundarista nos anos 70, por força da Lei nº 5692/71, que abrigava um projeto pedagógico

de cunho profissionalizante estreito, e que bem ou mal, desinstalava, desadaptava, rebelava

as consciências, e, sendo assim, não era compatível com o poder autoritário, instalado em

1964. Mas a história, apesar de a classe dominante não o desejar e tudo fazer para impedir,

não é feita só por ela, mas por todos os homens e mulheres e, se transforma. Isto foi muito

bem expresso por Chico Buarque, na época, com a letra de sua música “Apesar de você”. E

foi no bojo de um processo social e político riquíssimo, com todas as consequências sobre o

debate pedagógico, que a necessidade da Filosofia foi se mostrando, exatamente pela

contribuição que tem a dar na superação do obscurantismo e finalmente está de volta.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aprovada em Dezembro de 1996,

mesmo não tendo sido a defendida pela maioria dos educadores que lutavam pela

aprovação de outro projeto, contempla a Filosofia como conhecimento necessário à

formação da cidadania. Mas, é preciso que se diga, que em nosso Estado, já antes disto se

reconheceu a importância e o lugar da Filosofia na formação da consciência crítica dos

nossos educandos, na superação da alienação, e, já vinha compondo a currículo do ensino

médio.

UMA CONCEPÇÃO DE FILOSOFIA

95

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Todos sabemos que não há um conceito universalmente válido para a Filosofia, pois

eles são tantos quantos são os filósofos que os grandes períodos de sua história nos

oferecem. Porém, um elemento aponta para uma certa unidade: a tarefa de buscar os

fundamentos, de estabelecer um quadro de mundo, enquanto totalidade. Além disso, é

preciso reconhecer que sendo o filósofo um homem sempre situado, se faz expressão de

determinados valores/interesses, de uma concepção de mundo, de conhecimento, de

homem, de sociedade, e do mesmo modo, sempre em maior ou menor grau, comprometido

com a realização prática de sua representação teórica. Este fato nos indica então, que a

relação teoria-prática é constitutiva da Filosofia. Estes elementos colocam para todos os

homens a exigência da escolha de uma concepção, e para nós ela foi se explicitando e em

seu sentido genérico se apresenta nesta síntese: A FILOSOFIA É UM PROCESSO DE

REFLEXÃO E ELABORAÇÃO CRÍTICA DE UMA CONCEPÇÃO DE MUNDO ENQUANTO

TOTALIDADE E O COMPROMISSO COM A SUA REALIZAÇÃO PRÁTICA.

Por reflexão e elaboração crítica de uma concepção de mundo enquanto totalidade,

entendemos a postura do homem sujeito, que num esforço de compreensão de si mesmo no

mundo, em oposição à fragmentação da “pseudo-concreticidade” do cotidiano,

consubstanciada no senso comum, passa a fazer, como diz Luckesi, o inventário, a crítica e

a reelaboração das concepções e valores que explicam e orientam a sua vida, em todas as

relações que estabelece este mesmo homem consigo mesmo, com os outros homens e com

o mundo, desde seus aspectos mais simples e imediatos aos mais complexos (Luckesi,

1990).

Neste sentido, fazemos nossa a afirmação de Saviani, quando propõe a Filosofia

como reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta

(Saviani, 1996). Enquanto compromisso com a sua realização prática, entendemos a

Filosofia como ação-reflexão-ação, teoria-prática, ver-fazer a realidade, interpretar-

transformar o mundo. E sendo assim, a Filosofia não se separa da Política. Esta, a política,

deve ser a Filosofia em ato, seguindo as trilhas de Platão, Marx, Gramsci. O “ensinar-

aprender-fazer Filosofia”, na expressão de Marilena Chauí, concebemo-lo como tendo seu

ponto de partida na problematização do vivido, do senso comum fragmentário, e o seu ponto

de chegada (nunca definitivo, pronto e acabado, porque vai se resignificando e rearticulando

dialeticamente) num processo de elaboração de uma concepção articulada e coerente,

possibilitado pela apropriação do instrumental próprio que advém do corpo de

conhecimentos da tradição filosófica, ou seja, seu aparato lógico-metodológico e conceitual,

de sua história e de seus clássicos. Na medida em que nosso educando vai dominando este

instrumental vai se constituindo, se enriquecendo e se ampliando a possibilidade da releitura

e da transformação da realidade, ou seja, o exercício da consciência filosófica vai se

consubstanciando, como foi dito antes, numa concepção de mundo articulada e coerente.

96

Page 98: PPP CETN 2012.doc

Nosso educando vai firmando uma escolha e assumindo-a em todas as suas conseqüências

(Chauí, 1995).

A Filosofia propõe ao homem-sujeito a postura da radicalidade teórico-prática. Uma

radicalidade teórico-prática que nos afaste do dogmatismo, porque deverá ir sendo o

exercício atento do rigor, dacriticidade, da dialeticidade. Uma radicalidade teórico-prática

que também no afaste do ceticismo, porque vai exigindo dos sujeitos a escolha, e,

pensamos que esta escolha deverá ir se pautando pela perspectiva de um projeto histórico

comprometido com a transformação, com a superação da exploração, da dominação, da

exclusão, da alienação, tendo em vista a humanização, novas relações do homem com o

mundo, do homem com os outros homens, do homem consigo mesmo.

UMA PROPOSTA METODOLÓGICA

Uma proposta de como encaminhar metodologicamente o “ensinar-aprender-fazer”

Filosofia, deve garantir coerência com a concepção a que chegamos sobre ela, explicitada

anteriormente, ou seja, exercitar a elevação do senso comum à consciência filosófica, no

sentido que nos é indicado por Gramsci e Saviani (Gramsci 1982 e l978) (Saviani, 1996).

Para viabilizar este processo propomos trabalhar com nosso educando a partir de

três grandes momentos, inseparáveis e imbricados um ao outro: o inventário-

reconhecimento da concepção de mundo que pauta sua vida, em todos os seus aspectos

marcadamente fragmentária e incoerente, passando pela sua crítica e como terceiro

momento a ressignificação-reelaboração no sentido de uma nova concepção articulada e

coerente.

O procedimento didático-pedagógico constitui-se:

"Problematização do concebido-vivido pelo educando, quando este é provocado a

fazer uso da palavra (oral ou escrita) para expressar como concebe-vive as situações-

problema que advêm da tematização do objeto-conteúdo da Filosofia. Desta forma, o nosso

educando perceberá que a Filosofia não é um discurso hermético e “abstrato” sobre as

coisas, os fenômenos, os acontecimentos e que só alguns homens a fazem. Ela é o

questionamento, a reflexão que a vida e o mundo exigem, para que possamos entendê-los e

nos situarmos. Faz-se necessário assumi-la e fazê-la.

"Aproximação aos clássicos, quando ao educando é oportunizado um contato inicial

com os textos-autores clássicos, que situados e comprometidos com determinados valores e

interesses de seu tempo, nos diferentes momentos da riquíssima História da Filosofia e das

97

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mais diferentes perspectivas, enfrentaram e responderam às mesmas grandes questões que

constituem o seu temário. Este momento deve explicitar ainda mais o horizonte específico

em que se move a Filosofia, bem como a necessidade da apropriação do instrumental

lógico-metodológico e conceitual que a caracterizam e a compreensão da sua mais radical

historicidade.

"Aproximação aos contemporâneos, principalmente aos textos-autores que se

movem na perspectiva histórico-crítica, tendo em vista que este horizonte teórico

possibilitará que nosso educando vá compreendendo mais claramente que é preciso

comprometer-se com a leitura e compreensão do mundo em que está vivendo nas suas

urgências e soluções necessárias.

"Ressignificação teórico-prática, momento em que nossos educandos retomando o

concebido-vivido, já inventariado criticamente com a contribuição dos textos-autores, do

educador e seus pares, vão exercitando o processo de resignificar, rearticular, reelaborar,

recriar o seu modo de ver-fazer as situações-problema, não mais de uma perspectiva

fragmentária, mas de totalidade, não mais pautado pelo enfoque individualista, mas coletivo,

social e histórico.

"Neste momento, nosso educando compreenderá que o exercício da Filosofia vai

compromentendo-o com um processo sempre mais exigente de reflexão-ação,

interpretação-transformação do mundo.

"Um outro elemento do processo pedagógico é a avaliação. Ela deve ser pensada a

partir da proposta de conteúdos e método aqui explicitados. Neste sentido indicamos a

superação da concepção de avaliação autoritária, classificatória, domesticadora e

excludente. Para isso, assume-se a concepção da avaliação como diagnóstico, processo e

instrumento que subsidie nossa ação no sentido da emancipação, da autonomia, da

humanização, ou seja, da inclusão de cada um e todos os nossos educandos num processo

de aprendizagem e desenvolvimento satisfatórios. Portanto, indicamos que a avaliação

tenha um caráter participativo, significando a oportunidade em que o educando e o educador

de posse dos resultados, discutam, reflitam e se autocompreendam no processo de ensino

aprendizagem.

PROPOSTA DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1ª Série

98

Page 100: PPP CETN 2012.doc

A experiência filosófica

Como é o pensar do filósofo?

A filosofia de vida

Para que serve a filosofia?

Informação, conhecimento e sabedoria

É possível definir filosofia?

Um filósofo

A consciência mítica

Dois relatos míticos

O que é mito?

Os rituais

Teorias sobre o mito

O mito nas civilizações antigas

O mito hoje

O nascimento da filosofia

Situando no tempo

Uma nova ordem humana

Os primeiros filósofos

Mito e filosofia: continuidade e ruptura

Natureza e cultura

Para começar

O comportamento animal

O agir humano: a cultura

Uma nova sociedade?

A cultura como construção humana

99

Page 101: PPP CETN 2012.doc

Linguagem e pensamento

A linguagem do desenho

O que é uma linguagem?

A linguagem verbal

Funções da linguagem

Linguagem, pensamento e cultura

Trabalho, alienação e consumo

Trabalho como tortura?

A humanização como trabalho

Ócio e negócio

Uma nova concepção de trabalho

O trabalho como mercadoria: a alienação

A era do olhar: a disciplina

De olho no cronômetro

Novos tempos na fábrica

Da fábrica para o escritório

Consumo ou consumismo?

Crítica à sociedade administrativa

Uma “civilização do lazer”?

A sociedade pós-moderna: o hiperconsumo

Para onde vamos?

Em busca da felicidade

O que significa ser feliz?

A “experiência de ser”

100

Page 102: PPP CETN 2012.doc

Os tipos de amor

Platão: Eros e a filosofia

O corpo sob o olhar da ciência

A inovação de Espinosa

As teorias contemporâneas

Individualismo e narcisismo

Felicidade e autonomia

Aprender a morrer...

A morte como enigma

Os filósofos e a morte

O tabu da morte

Aqueles que morrem mais cedo

É legítimo deixar ou fazer morrer?

A negação da morte

As mortes simbólicas

O sofrimento da natureza

Pensar na morte: refletir sobre a vida

2ª Série

O que podemos conhecer?

O ato de conhecer

Os modos de conhecer

A verdade

101

Page 103: PPP CETN 2012.doc

Podemos alcançar a certeza?

Teorias sobre a verdade

A verdade como horizonte

Ideologias

Conceito geral de ideologia

Ideologia: sentido restrito

Conceito marxista de ideologia

A ideologia em ação

O discurso não ideológico

Outras concepções marxistas de ideologia

Questionamento e conscientização

Lógica aristotélica

O que é lógica

Termo e proposição

Princípios da lógica

Quadrado de oposições

Argumentação

Tipos de argumentação

Falácias

A lógica pós-aristotélicas

Lógica simbólica

Uma linguagem artificial

Lógica proposicional

Tabelas de verdade

102

Page 104: PPP CETN 2012.doc

Sinais de pontuação

Forma e enunciado

Consistência dos enunciados

A lógica de predicados

Lógicas complementares e alternativas

A importância da lógica simbólica

A busca da verdade

A filosofia pré-socrática

O sofista: a arte de argumentar

Sócrates e o conceito

Platão: o mundo das idéias

Aristóteles: a metafísica

A filosofia medieval: razão e fé

A metafísica da modernidade

As mudanças na modernidade

A questão do método

O racionalismo cartesiano: a dúvida metódica

O empirismo britânico

A crítica à metafísica

A ilustração: o século das luzes

Kant: o criticismo

Hegel: o idealismo dialético

Comte: o positivismo

103

Page 105: PPP CETN 2012.doc

Marx: materialismo e dialética

A crise da razão

Antecedentes da crise

A crise da subjetividade

Fenomenologia e intencionalidade

A escola de Frankfurt

Habermas: O agir comunicativo

Foucault: verdade e poder

Pragmatismo e neopragmatismo

A filosofia da linguagem

O discurso da pós-modernidade

Entre o bem e o mal

Os valores

Moral e ética

Caráter histórico e social da moral

A liberdade do sujeito moral

Dever e liberdade

A bússola e a balança

Ética aplicada

Aprender a conviver

Ninguém nasce moral

Aprender a autonomia

A teoria de Piaget

104

Page 106: PPP CETN 2012.doc

A teoria de Kohlberg

Pressupostos filosóficos

A construção da personalidade moral

Podemos ser livres

Mito, tragédia e filosofia

Somos livres ou determinados

A liberdade incondicional e o livre-arbítrio

O que é determinismo?

Os teóricos da liberdade

Consciência e liberdade

A fenomenologia: a liberdade situada

Ética e liberdade

Teorias éticas

A diversidade das teorias

A reflexão ética grega

As concepções éticas medievais

O pensamento moderno

A moral iluminista

O utilitarismo ético

As ilusões da consciência

A filosofia da existência

A ética contemporânea: o desafio da linguagem

3ª Série

105

Page 107: PPP CETN 2012.doc

Política: para quê?

A filosofia política

Poder e força

Estado e legitimidade do poder

A institucionalização do poder

Uma reflexão sobre a democracia

O avesso da democracia: totalitarismo e autoritarismo

O equilíbrio instável de forças

Direitos humanos

Direito natural e direito positivo

A tradição grega

Os teóricos da modernidade

Os códigos modernos e os direitos sociais

Liberdade e igualdade

A comunidade internacional

Direitos humanos: direitos de bandidos?

A política normativa

A política como teoria

A democracia grega

Os sofistas e a retórica

A teoria política de Platão

A teoria política de Aristóteles

106

Page 108: PPP CETN 2012.doc

O bom governo

Idade Média: política e religião

Agostinho, bispo de Hipona

A escolástica: Tomás de Aquino

Tempos de ruptura

A autonomia da política

A formação do estado nacional

A Itália dividida: Maquiavel

Soberania e estado moderno

Hobbes e o poder absoluto do Estado

A teoria política de Locke

O liberalismo clássico

O liberalismo do século XVIII

A concepção política da modernidade

Liberalismo e democracia

Liberdade ou igualdade?

O liberalismo inglês

O liberalismo francês

Hegel: a crítica ao contratualismo

As contradições do século XIX

As teorias socialistas

A origem do proletariado

107

Page 109: PPP CETN 2012.doc

O socialismo utópico

O marxismo

O anarquismo: principais idéias

O socialismo do século XX

O fim da utopia socialista

O liberalismo contemporâneo

Liberalismo social

Liberalismo de esquerda

Neoliberalismo

Ciência, tecnologia e valores

Senso comum e ciência

O método científico

A comunidade científica

Ciência e valores

Benefícios da ciência

A responsabilidade social do cientista

Ciência antiga e medieval

Filosofia e ciência

Geometria e medicina

Platão

Aristóteles

108

Page 110: PPP CETN 2012.doc

Alexandria e a escola helenística

A ciência da idade média

A decadência da escolástica

A revolução científica do século XVII

Uma nova mentalidade

Características do pensamento moderno

Galileu e as duas novas ciências

A síntese newtoniana

Novas ciências, novo mundo

O método das ciências da natureza

O desafio do método

A investigação científica

O método experimental

A ciência como construção

O desenvolvimento das ciências da natureza

A crise da ciência

Novas orientações epistemológicas

A ambigüidade do progresso científico

O método das ciências humanas

Explicar e compreender

Dificuldades metodológicas

O nascimento das ciências humanas

109

Page 111: PPP CETN 2012.doc

A psicologia comportamentalista

A psicologia da forma

Freud e o inconsciente

As três instâncias do aparelho psíquico

Estética: introdução conceitual

Conceito e história do termo estética

O Belo e o feio: a questão do gosto

A atitude estética

A recepção estética

A compreensão pelos sentidos

Cultura e arte

Cultura hip-hop

Os sentidos da cultura

As diferenças entre arte e cultura

Arte e cultura

Arte como forma de pensamento

Arte é conhecimento intuitivo do mundo

Funções da arte

O conhecimento pela arte

110

Page 112: PPP CETN 2012.doc

A significação na arte

A especificidade da informação estética

A forma

O conteúdo

A educação em arte

A importância de saber ler uma imagem

Concepções estéticas

A arte grega e o conceito de naturalismo

A estética medieval e a estilização

O naturalismo renascentista

Racionalismo e academicismo

A estética normativa

Os empiristas ingleses

Kant e a crítica do juízo estético

O idealismo de Schiller

A estética romântica

A modernidade e o formalismo

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Brasiliense, 1983.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Educação, ideologia e contra-ideologia. São Paulo: EPU,

1986.

SNYDERS, Georges. Escola, classe e luta de classes. 2. ed. Lisboa: Moraes, 1981.

_______. Pedagogia progressista. Coimbra: Almedina, 1984.

SUCHODOLSKI, Bogdam. Teoria marxista da educação. Lisboa: Editorial Estampa, 1976.

VIGOTSKY, L. S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1990.

WERNEK, Vera Rudge. Ideologia na educação. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1984.

118

Page 120: PPP CETN 2012.doc

ARTE

JUSTIFICATIVA

A disciplina Arte, em Âmbito geral, pretende introduzir aos alunos o conhecimento da

produção artística, estética e cultural de todos os povos do mundo, inseridos nas práticas de

produção e apreciação artísticas, fundamentais para a formação e o desempenho social do

cidadão. Ademais, o fortalecimento da experiência sensível e inventiva dos estudantes e o

exercício da cidadania e da ética construtora de identidades artísticas se farão com o

contato destes com a música, as artes visuais, a dança, o teatro e a arte literária, ampliando

saberes e contextualizando-os, como nas artes audiovisuais. O despertar/desenvolver das

habilidades artísticas também auxiliará o docente na seleção e escolha dos projetos

119

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patrocinados pelo governo do Estado, através da SEC, como o FACE (Festival Anual da

Canção Estudantil), o TAL (Tempos de Arte Literária) e AVE (Artes Visuais Estudantis),

entre outros que surgirem nesse âmbito. A principal contribuição que a Arte trará aos

educandos será o conhecimento da Arte como parcela e representação da sociedade,

desde seu surgimento, na época das cavernas, até os tempos atuais.

I. OBJETIVOS

- Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da Arte – em suas

múltiplas linguagens – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o

patrimônio nacional e internacional, o qual deve ser conhecido e compreendido em sua

dimensão sócio-histórico-econômica.

- Apreciar produtos de Arte, em suas variadas linguagens, desenvolvendo tanto a

fruição quanto a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo

critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter

filosóficos, históricos, sociológicos, antropológicos, psicológicos, semiótico-científicos e

tecnológicos, dentre outros.

-Realizar produções artísticas, individuais ou coletivas, nas diversas linguagens da

Arte (escultura, arquitetura, música, artes visuais plásticas e pintura, dana, teatro, artes

audiovisuais) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos,

com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações

socioculturais e históricas.

- Valorizar o trabalho dos profissionais e técnicos das diversas linguagens artísticas.

- Preparar o alunado para interagir de forma crítica e lógica em questões do novo

ENEM, uma vez que este valorizará a disciplina de uma forma efetiva, contextualizada e

interdisciplinar com ênfase nas disciplinas História e Literatura.

II. CONTEÚDOS

1. História da Arte (Linha do tempo)

2. Importância da Arte no estudo da História e da Literatura.

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3. Revisão de Arte (e sua influência nos fatos históricos e nas Escolas Literárias

correspondentes)

3.1 Arte na Pré-História

3.2 Arte Egípcia

3.3 Arte Grega

3.4 Arte Romana

3.5 Arte Bizantina

3.6 Arte Gótica

3.7 Arte Renascentista

3.8 Qüinhentismo Brasileiro (Arte Indígena)

3.9 Arte Barroca (Brasileira e Européia)

3.10 Arte do Rococó

3.11 Arte Neoclássica

3.12 Arte do Romantismo

3.13 Arte Realista

3.14 Art Nouveau

3.15 Arte Impressionista

3.16 Arte Pós Impressionista

3.17 Arte Expressionista

3.18 Vanguardas Européias (Cubismo, Surrealismo, Futurismo, Dadaísmo,

Expressionismo).

3.19 Semana de Arte Moderna (comparação e busca da influência das Vanguardas

Européias)

3.20 Tendências das pinturas, arquitetura, escultura modernas, (européia e brasileira).

3.21 Arte da década de 60 (músicas de protesto, Concretismo e Abstracionismo).

3.22 Arte da sociedade industrial: Op Art, Pop Art, Art Nouveau.

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Page 123: PPP CETN 2012.doc

3.23 A Sétima Arte: O cinema e sua influência na sociedade de consumo

4. Produção Artístico-cultural: paródias, composições musicais, saraus literários, oficinas de

teatro e pintura, concursos de dança, artesanato, reciclagem, e posterior apresentações e

exposições nos pátios.

5. Debates e produção artística: pintura, escultura, poesias, músicas e paródias.

6. Análise de charges, histórias em quadrinhos, poemas concretos.

III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

Partindo dos pressupostos teóricos da disciplina, o docente poderá utilizar-se de

aulas expositivas, exibição de slides, debates, trabalhos em grupo (seminários e produção

de manifestações artísticas materiais ou imateriais).

A disciplina desenvolverá a sensibilidade estética do educando, para analisar os

elementos de composição das obras artísticas, sua finalidade e objetivo, contextualizando-

as no momento histórico a que estas pertençam, identificar influências das obras na História

da sociedade e vice-versa. Perceber as cores, nuances, texturas, temas, personagens,

técnicas e demais elementos estéticos, para perceber qual a Escola Artística tal obra

pertença, diferenciando-a tal obra pertença, diferenciando-as de obras similares concebidas

em outros momentos históricos.

Novas vertentes metodológicas no ensino da Arte surgem no cenário pedagógico,

discutindo a ampliação e mesmo a eliminação das diferenças conceituais entre arte e

cultura. Baseadas no impacto das novas tecnologias, essas abordagens descentralizam os

saberes tradicionais do professor e dos currículos, valorizando as diversas formas de

manifestações artísticas e estéticas ligadas ao cotidiano social e privado dos indivíduos.

Valoriza-se assim, o repertório do aluno, especialmente dos jovens em contato com as

mídias, priorizando a análise dos ritos subjacentes ao modo de vestir, falar, ao s gestos de

cumprimento e às preferências esportivas. A identificação com o hip hop pode ser dada

como exemplo desses ritos na esfera urbana, com suas manifestações como grafite,

tatuagens, preferências musicais, esportivas, danças de rua, etc.

O desenvolvimento da sensibilidade artística permite abordar de forma crítica e

integrada temas atuais como a cidadania, a violência, a juventude, drogas, sexualidade,

programas sociais do governo, as cotas raciais, a quebra de estereótipos, a redefinição de

conceitos, o desemprego, o meio ambiente, as vocações individuais, através de debates,

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produção de textos, relatórios orais ou escritos, criação de desenhos, objetos artesanais ou

reciclados, apresentações teatrais, paródias, etc.

Enfatizando a influência dos meios de comunicação na criação dos hábitos de

consumo, dos padrões de status social, dos estilos de vida doméstica e familiar, dos papéis

sociais da mulher e de grupos minoritários, regionais, não-padronizados como “Arte da

elite”, busca-se imprimir um caráter transdisciplinar ao ensino de Arte, vinculando-o,

principalmente, às pesquisas da Sociologia, da Antropologia e da Semiótica.

Portanto a unidade da arte, tanto quanto da ciência, se decompõe em formas

específicas e especializadas de conhecimento, mas também se recompõe em formas

híbridas. A ciência converte-se em tecnologia. A arte coloniza/humaniza essas tecnologias,

inscrevendo-as no cotidiano com novas funções artístico-estéticas, utilitárias, comerciais, de

entretenimento, etc.

A revisão histórica apresentada anteriormente relata as múltiplas dimensões da arte

e sua inserção no ensino, imprimindo-lhe diferentes ênfases em cada momento ou

tendência de pensamento: forma de trabalho, de estrita erudição (“educação bancária”), de

conhecimento, de estímulo à criatividade e experiência estética, de intervenção

sociopolítica, de fortalecimento da identidade, entre outras.

Isso significa que a educação – seja na área de ciência, de linguagem ou de arte

especificamente – nunca é neutra. Embora haja um corpus de conhecimento que identifique

cada uma dessas áreas, é nas suas contextualizações que esses conhecimentos adquirem

diferentes sentidos e significados.

IV. ATIVIDADES ESTRATÉGICAS ADOTADAS

Nas Artes Visuais

Discussão de textos críticos (jornal, revistas, catálogos de exposição, livros)

sobre as biografias dos artistas, as poéticas, os objetos, os elementos visuais e

conceituais de seus trabalhos;

Apreciação de imagens mediadas por jogos, tais como: quebra-cabeça das

principais obras, “passa ou repassa” com perguntas referentes aos elementos

que compunham as imagens e os dados biográficos dos artistas;

Produção de trabalhos pelos alunos explorando os materiais, as técnicas e os

suportes utilizados pelos artistas;

123

Page 125: PPP CETN 2012.doc

Refacção de obras artísticas existentes, à luz de novos temas e conteúdos

previamente trabalhados, inserindo essas novas obras ao contexto atual ou

regional.

No Teatro

Oficinas de Expressão Oral e Gestual,

Estudo dos elementos da linguagem teatral em sala de aula;

Estudo de obras de artistas conhecidos do teatro, como Nelson Rodrigues, Dias

Gomes, Ariano Suassuna, Chico Buarque entre outros, com o auxilio do

professor de História;

Sessão de cinema com obras transportadas da linguagem do Teatro para a

linguagem Cinematográfica, enfatizando suas semelhanças e diferenças;

Investigação das diversas visões dos integrantes a respeito do texto, por meio de

leituras coletivas, trabalhos individuais ou experimentos cênicos.

Exercício das funções e papéis sociais específicos da linguagem teatral,

resultando em um trabalho a ser apresentado na escola e em outros espaços

cênicos da cidade (escolas municipais, Câmara de Vereadores, igreja, sindicatos,

etc.)

Na Música

Performance musical popular, pesquisando gêneros musicais diversos, seu

impacto histórico/estético na sociedade que os concebeu, técnica vocal, teoria

musical, além de várias dinâmicas de integração e desinibição do grupo

(contando com o apoio de um profissional da área);

Formação de um coral, além do primeiro festival de música do colégio,

recolhendo material para o projeto FACE (festival anual da canção estudantil)

Composição com o tema “Os 40 anos da ditadura militar” trabalho interdisciplinar

com História, Geografia, Português, Inglês, etc. analisando letras de diversos

compositores (Chico Buarque, Caetano Veloso, Raul Seixas, etc.) e o contexto

histórico em que as músicas foram escritas. Análise da biografia de alguns

compositores brasileiros com repercussão no período da ditadura militar.

Composição com o tema: “A influência da mídia na formação dos alunos do

colégio.” Abordagem acerca da indústria cultural, o consumismo, a história da

música popular brasileira, as interpretação de músicas nacionais ou não,

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veiculadas pela mídia ou que não são veiculadas pela mesma, percebendo a

intencionalidade por trás de tal atitude.

Na Dança

Sondagem diagnóstica, buscando informação sobre o que os alunos pensam

sobre a dança e quais suas expectativas com relação à disciplina.

Laboratório de Expressão Corporal, tendo como conteúdos:

Reconhecimento do próprio corpo: forma, limites, formas de andar, forma do

corpo do outro;

Alinhamento postural;

Articulação do corpo: pequenas e grandes;

Espaço: interno, pessoal interpessoal, grupal, global, linhas, níveis e zonas;

Conceito de dança;

História da dança: das origens à estruturação do balé clássico.

Tipos de danças entre os povos, seus objetivos e campeonato de dança,

enfocando diversos tipos e gêneros, durante vários momentos do ano, (um no

final de cada unidade)

Na história da Arte como um todo

Leitura de textos teóricos e reconhecimento de características de cada Escola

Artística específica, em obras de arte existentes, sejam monumentos, quadros,

objetos, casas, esculturas, obras da arquitetura, vinculando-as à intencionalidade

e ao momento histórico específico a que pertençam;

Apresentações orais, através de seminários temáticos;

Audição de músicas, análise e reflexão oral das mesmas, vinculando-as ao

conteúdo estudado;

Exibição de filmes relacionados aos conteúdos trabalhados;

Produção de objetos artesanais, faixas, cartazes;

Produção de textos, paródias;

Debates regrados, seguidos de relatórios orais;

Confecção de objetos artesanais, reciclados, reaproveitamento de alimentos

(Economia doméstica);

Produção de textos dissertativo-argumentativos a partir da análise de charges;

Provas escritas, trabalhos, pesquisas;

Oficinas de criação/refacção de quadros e esculturas para participação e escolha

no projeto AVE (Artes Visuais Estudantis)

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V. AVALIAÇÃO

A avaliação será feita de forma gradual e continua, levando em consideração a

participação, interesse, criatividade, criticidade, envolvimento com as atividades propostas,

apreensão dos conteúdos, temas e conceitos, características e intencionalidade dos autores

das obras analisadas, domínio do conteúdo e da proposta apresentados, a organização e

correta utilização dos recursos (pen drive, TV, DVD, cartazes, fotos, objetos teatrais, figuras,

fotos, som, etc.) e sua adequação ao conteúdo, a utilização racional do tempo e a entrega

dos relatórios escritos e orais.

Além desses aspectos, serão analisados a estética, a estrutura, o acerto real ou

aproximado de temas como os propostos nas charges ou cartuns, o “passa ou repassa”, as

avaliações escritas (abertas), a argumentação, a estética, a organização e adequação ao

tema proposto, correto uso da língua, coesão e coerência, além de propostas de intervenção

coerentes.

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CALABRIA, Carla, Paula Brondi & MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e produção

2. Arte Ocidental. Editora FTD. São Paulo, 1997.

FEIST. Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arquitetura. Editora Moderna.

São Paulo, 2006.

FUSARI, Maria F. de Resende & FERRAZ, Maria Heloísa C. de T. Arte na Educação

Escolar. Cortez Editora. São Paulo, 2006.

IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender Arte. Editora Artmed S. A. São Paulo,

2003.

JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. Editora Scipione. São Paulo,

2008.

LEMOS, Carlos A. C. Arquitetura Brasileira. Companhia Melhoramentos de São

Paulo. São Paulo, 1979.

MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. Companhia das Letras. São Paulo, 2003.

MATUCK, Nilson Moulin Rubens. Leonardo da Vinci. Cortez Editora. São Paulo,

2007.

NASCIMENTO. Milton Meira do. & NASCIMENTO, Maria das Graças. Iluminismo – A

Revolução das Luzes. Editora Ática. São Paulo, 2008

126

Page 128: PPP CETN 2012.doc

PEREIRA, Avelino Romero Simões (org.), et. Alli. Vários autores. Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Médio. Alô Comunicação. Brasília, 1999.

PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. Editora Ática. São Paulo, 2008.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática. São Paulo, 2001.

SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Relevos e curvas. O Barroco no Brasil – Séculos

XVII a XIX. Edições Pinakotheke. Rio de Janeiro, 2006.

SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Cidades e florestas. Os artistas viajantes entre os

séculos XVII e XIX. Rio de Janeiro, 2006.

Idem. Luzes e Sombras – Século XIX. Edições Pinakotheke. Rio de Janeiro, 2006.

Idem. Sonhos e realidade. A primeira metade do século XX. Edições Pinakotheke.

Rio de Janeiro, 2006.

Idem. Cores e formas. A segunda metade do século XX. Edições Pinakotheke. Rio

de Janeiro, 2006.

Idem. Raízes e tradições. A arte popular no Brasil. Edições Pinakotheke. Rio de

Janeiro, 2006.

TRAPELI, Percival. Arte Brasileira/Arte indígena – do pré-colonial à

contemporaneidade. Companhia Editora Nacional. São Paulo, 2007.

MELLO, Guiomar Namo de. (org.) et. Alli. Ofício de Professor n° 5 – Biografias:

Escritores, Artistas Plásticos. Editora da Fundação Victor Civita. São Paulo, 2005.

MELLO, Guiomar Namo de. (org.) et. Alli. Ofício de Professor n° 3 – Linguagens,

Códigos e suas Tecnologias. Editora da Fundação Victor Civita. São Paulo, 2005.

FEITOSA, Charles. Explicando a Filosofia com Arte. Editora Ediouro. Rio de Janeiro,

2004.

AMARAL, Tarsila do. Tarsila por Tarsila (sobrinha-neta). Editora Rideel/Celebris. São

Paulo, 2004.

127

Page 129: PPP CETN 2012.doc

EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

Diante da necessidade incansável de melhorar, e da busca infinita de proporcionar ao

educando aulas prazerosas, cooperadoras e inclusivas, estudamos propostas que levem os

alunos a perceberem a educação física como uma disciplina que além de proporcionar

distração e prazer, tem um estudo que perpassa a prática, leva ao entendimento do corpo,

dos limites, e sua proposta tem que ser a inclusão. Por mais que o adolescente encontre

dificuldades, corporal ou de espaço físico, a pratica é um direito dele. E esse direito não pode

ser negado.

Nos últimos anos a procurar por uma prática saudável, a redução do nível de stress e

uma melhora na educação corporal do educando têm crescido no meio da sociedade.

Percebendo que tais problemas de cunho social, estão ultrapassando as barreiras escolares

e se tornando uma preocupação também para os professores, surgiu assim a necessidade

de contribuir com aulas de Educação Física voltada para o lúdico, para a saúde e para a

educação do aluno em todos os níveis de formação.

Diante disso, a missão do professor de educação física é desmistificar a história que

coloca a Educação Física como a disciplina que todos os alunos gostam e defendem como a

mais legal, mas não a titulam como a mais importante para sua educação. Assim

parafraseando o professor Reinaldo Soler, tem-se pela frente um caminho desafiador por ser

longo e difícil, porém ao mesmo tempo é muito sedutor justamente por ser difícil, e essa

dificuldade é o desafio que nos faz continuar.

“Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo.

Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los

para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.

Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os

pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso

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Page 130: PPP CETN 2012.doc

elas não podem fazer, porque o vôo já nasce entro dos pássaros. O vôo não pode ser

ensinado. Só pode ser encorajado.

Na sua infância, o escritor gostava de pegar passarinhos em arapucas e depois o

colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia

as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vôos. Queria ganhar espaço, mas não

estava livre.

Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel

gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes da periferia? Ou serão as escolas que são

violentas? As escolas serão gaiolas? Será que os alunos precisam ser educados para deixar

de ser violentos! Uma boa educação abre os caminhos de vida melhor. Mas eu pergunto:

Nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?

Será que a boa educação está nos conteúdos dos programas oficias? No aluno saber

o que é “dígrafo”? E os usos partícula “se”? É o nome das enzimas que entram na digestão?

E o sujeito do hino “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado

retumbante”?

O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer

aprender para poder viver. E emite ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja

função é ajuda-lo a viver. “Ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os

problemas vitais do dia-a-dia. “Brinquedos” são todas as coisas que, não tendo nenhuma

utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria a alma. Nessas duas palavras, ferramentas

e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos são asas. Ferramentas

me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos

da alma.

Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos estão aprendendo a liberdade, não

fica violento fica alegre vendo as asas crescerem.

Assim, todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar:” o que vou ensinar é

ferramenta ou brinquedo”? Se não for, é melhor deixar de lado.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos

matriculados.

Esses dados não medem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei

que há professores que amam o vôo dos seus alunos.

Há esperança...

Rubem Alves

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I. OBJETIVO GERAL

Perceber que a Educação Física pode ser melhor aproveitada, com uma prática

inclusiva, profilática que desperta no educando o prazer de brincar, respeitando suas

limitações e entendendo que o colega é mais importante do lado do que distante.

II. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Promover exercícios físicos que auxiliam numa possível reeducação postural dos

alunos.

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas

com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si

próprio e dos outros, sem descriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou

sociais;

Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimento;

Reconhecer como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de

higiene, alimentação e atividades corporais relacionando-os com os efeitos sobre a própria

saúde e de melhoria da saúde coletiva;

Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existe nos

diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são

produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o

consumismo e o preconceito;

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis

como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em

relação à sua saúde e à saúde coletiva;

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III. METODOLOGIA

Concordo que o estudo, tanto quanto o trabalho, é coisa séria.

Coisa séria, não sisuda.

João Paulo Subira Medina

As aulas serão divididas entre teórica e praticas, nas aulas praticas utilizaremos à

quadra da escola onde serão realizadas as atividades de arremessos, corridas e saltos. Nas

aulas teóricas iremos abordar questionamento acontecido nas aulas praticas e enfatizar

temas transversais como: sexualidade, meio ambiente, violência urbana e doméstica. A

quadra da escola receberá a iniciação do Handebol, Basquete, Vôlei, Futsal e jogos e

atividades lúdicas.

Faremos uso também de filmes interativos que associa-se com o cotidiano dos

estudantes para que deste modo possamos refletir sobre nossas atitudes com o objetivo de

estar preparado quando toma-las. O xadrez será uma alternativa de prática para alunos que

por algum motivo de doença não possam praticar atividade física, como também as

atividades de seminários, debates em sala, pesquisas farão parte da nossa prática para

pedagógica no corrente ano letivo.

IV. AVALIAÇÃO

Uma educação em que a única preocupação é transformar o professor em depositante de conhecimentos e o

aluno em simples recipiente vazio. Quanto mais depositar, melhor será o professor e quanto mais receber, melhor

será o educando.

PAULO FREIRE

Conforme o P.C.N. a avaliação deve ser de utilidades, tanto para o aluno quanto pra

o professor, para que ambos possam dimensionar avanços e as dificuldades dentro do

processo de ensino aprendizagem e torna-lo cada vez mais produtivo.

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Assim, pretende-se avaliar o aluno de acordo sua resposta frente às atividades

propostas pelos professores: aceita as limitações impostas pelas situações de jogo; quanto

ás regras se demonstra respeito e responsabilidade; seu entusiasmo quando participa de um

jogo; a não discriminação das produções culturais por quaisquer razões sociais, étnicas ou

de gênero; se produz com serenidade os trabalhos propostos pelos professores; e tudo que

o professor entende como critério avaliativo podendo ser eles: textos, pesquisas,

apresentação teatral, seminário, prova, participação.

V. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Compreender a educação física como pratica integradora, respeitando seus limites e

aprimorando suas habilidades;

Conhecer variadas formas de jogos voltados para a participação, reconhecendo sua

importância;

Perceber que o esporte é democrático e que homens e mulheres podem e devem

jogar juntos;

Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;

Discutir o uso das drogas refletido sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;

Resgatar jogos e brincadeiras populares;

Resgatar a importância de cultura local com: danças, dramatizações e cânticos

regionais.

VI. CONTEUDOS DA 1ª SÉRIE

I UNIDADE

História do futsal

Fundamentos do futsal

História da Educação Física

A importância da Atividade Física

II UNIDADE

História do handebol

Fundamentos do handebol

Principio técnico e tático do

handebol

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Principio técnico e tático no futsal

Futsal misto

História da cultura do município

Cuidados com a higiene corporal

Alimentação saudável

Handebol misto

Higiene mental (projeto)

Expressão corporal

III UNIDADE

História do atletismo

Concepções sociais do atletismo

Iniciação ao basquetebol

Principio técnico e tático do

basquetebol

Iniciação ao xadrez

Hábitos saudáveis (como adotar)

IV UNIDADE

História do voleibol

Iniciação ao voleibol

Malefícios do uso de drogas e

anabolizantes.

O esporte como veiculo de

alienação.

Danças culturais

“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que

nada possa ensinar”.

Becker

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Perceber a educação física como disciplina que aprimora a cultura corporal

compreendendo suas ações e reações dentro e fora do contexto escolar;

Conhecer variadas formas de jogos voltados para a participação, conhecendo sua

importância e aprimorando suas habilidades;

Praticar esportes de forma saudável com o colega e não contra.

Adotar atitudes de respeito mútuo dignidade e solidariedade, e romper os problemas

de sexismo;

Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;

Discutir o uso das drogas refletindo sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;

Valorizar a autoestima e o raciocínio lógico;

Despertar a importância de cultura regional

Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos

133

Page 135: PPP CETN 2012.doc

CONTEÚDOS DA 2ª SÉRIE

I UNIDADE

Futsal

História do futsal

A importância da atividade Física

II UNIDADE

Handebol misto

História do Handebol

Higiene

Alimentação saudável

Iniciação ao xadrez

III UNIDADE

Futsal misto

Iniciação ao voleibol

História do atletismo

Iniciação ao atletismo

IV UNIDADE

Basquetebol

Iniciação ao basquetebol

História do basquetebol

O esporte como fenômeno

mundial.

“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que

nada possa ensinar”.

Becker

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Conhecer variadas formas de jogos voltados para a participação, conhecendo sua

importância e aprimorando suas habilidades;

Compreender os esportes como a prática social, os quais podem ser jogados com

todos sem distinção de sexo ou físico, posicionando-se de maneira crítica, responsável e

construtiva nas diferentes situações de jogo;

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Page 136: PPP CETN 2012.doc

Refletir sobre cada modalidade esportiva praticada nos campeonatos, comparando-os

com as propostas das unidades;

Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;

Discutir o uso das drogas refletindo sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;

Adotar atitudes de respeito mútuo dignidade e solidariedade, e romper os problemas

de sexismo;

CONTEÚDOS DA 3ª SÉRIE

I UNIDADE

Futsal

Principais regras do futsal

Fundamentos básicos

Atividade física e saúde

O esporte associado ao

capitalismo

II UNIDADE

Handebol

Principais regras do handebol

Fundamentos básicos

Higiene e alimentação saudável

Iniciação ao xadrez

III UNIDADE

Voleibol

Principais regras do voleibol

Fundamentos básicos do voleibol

Iniciação ao atletismo

IV UNIDADE

Basquetebol

Principais regras do basquetebol

Fundamentos do uso de drogas e

anabolizantes

“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que

nada possa ensinar”. Becker

OBJETIVOS

Participar de atividades práticas e teóricas que mostrem sua condição de

adolescente, estudando, debatendo e refletindo com os demais assuntos característicos de

sua fase;

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Page 137: PPP CETN 2012.doc

Compreenderm os esportes como práticas sociais, os quais podem ser jogados com

todos sem distinção de sexo ou físico, posicionando-se de maneira crítica, responsável e

construtiva nas diferentes situações de jogo;

Refletir sobre cada modalidade esportiva praticada nos campeonatos, comparando-os

com as propostas das unidades;

Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;

Discutir o uso das drogas refletindo sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;

RECURSOS:

Bolas de futsal

Bolas de handebol

Bolas de voleibol

Bolas de basquetebol

Cones

Bastões

Cordas

Redes de voleibol

Apito

Som (DVD) TV

DVDS

Data show

VII. REFERÊNCIAS

BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como um Exercício de

Convivência. Santos, S.P.: Projeto Cooperação, 2001

136

Page 138: PPP CETN 2012.doc

CALLADO, Carlos Velásquez. Educação para a paz. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2004.

CARRANO, Paulo Cezar R.(org). Futebol: paixão e política, R.J.DP&A, 2000.

FERREIRA, Vanja. Educação Física interdisciplinaridade, aprendizagem e inclusão. Rio de

Janeiro: Sprint, 2006.

P.C.N. Educação Física. Secretaria da Educação Fundamental. 3.ed.-Brasília: A Secretaria,

2002.

SILVA, Elizabete Nascimento. Plano de Aula. Rio de Janeiro: 2ª edição: Sprint 2000.

SOLER, Reinaldo. Educação Física inclusiva. Rio de Janeiro: Sprint 2005.

Educação Física uma abordagem cooperativa. Rio de Janeiro: Sprint 2006.

COLETIVO DE AUTORES – Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

137

Page 139: PPP CETN 2012.doc

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO

O termo matriz refere-se a uma maneira de organizar relações entre duas variáveis

de naturezas distintas, mas intimamente associados quando tratamos dos processos de

aprendizagem. Na sua forma mais usual de compreensão, trata-se de uma lista

hierarquizada dos conteúdos de Matemática a ser aprendidos numa série ou ciclo.

Associada a esses conteúdos são indicadas as competências cognitivas envolvidas, das

quais farão os alunos uso para adequadas construção do conhecimento.

Nesse entendimento, o presente documento tem por finalidade apresentar as linhas

norteadoras da Proposta Curricular de Matemática para o Ensino Médio com foco na

necessidade de se construir uma Referência Curricular que possa ser discutida e traduzida

em realidade para cada instituição e, ao mesmo tempo, possa garantir a todos os alunos

que freqüentam cursos nos períodos diurnos ou noturnos, da zona rural ou urbana, o direito

de ter acesso aos conhecimentos indispensáveis á construção da sua cidadania.

Para tanto, é necessário redefinir o papel da escola na sociedade brasileira. O

modelo da simples memorização de conteúdos escolares se mostra insuficiente para o

enfrentamento da realidade contemporânea, um contexto de contínuas transformações

científicas, culturais, políticas, sociais e econômicas. Os novos tempos exigem um outro

138

Page 140: PPP CETN 2012.doc

modelo educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de

competências e de habilidades essenciais, a fim de que jovens possam efetivamente

compreender e refletir sobre a realidade em sua volta.

Assim, esta Proposta Curricular procurou enfatizar um ensino de Matemática voltado

para o desenvolvimento de habilidades e competências que caracterizam o “pensar

matemático”, levando o aluno a adquirir conhecimentos que possam se constituir em chaves

para a leitura do mundo em que vive, bem como para a compreensão e participação no

progresso científico e tecnológico.

Procurou também, nesta proposta, realizar a organização dos conteúdos sob uma

perspectiva mais ampla, identificando não só os conceitos, mas também os procedimentos

(habilidades) e as atitudes a serem trabalhados em classe. Certamente, esse novo jeito de

selecionar e organizar os conteúdos que estão divididos em três blocos: Números e Álgebra;

Geometria e Medidas e Análise de dados, trará um enriquecimento ao processo de ensino

aprendizagem.

JUSTIFICATIVA

O ensino de Matemática no Ensino Médio, entendido como etapa final da

escolaridade básica, deve está voltado para o desenvolvimento e promoção de alunos, com

diferentes motivações, interesses e capacidades, criando condições para a sua inserção

num mundo em mudanças e contribuindo para desenvolver as capacidades que deles serão

exigidas em sua vida social e profissional.

Assim, nesta etapa da escolaridade, a Matemática vai além de seu caráter

instrumental, colocando-se como ciência com linguagem própria e métodos específicos de

investigação, e com importante papel integrador junto às demais Ciências da Natureza.

O enfrentamento das situações que o jovem terá pela frente na escola e no

prosseguimento de seus estudos requer mais do que informações, exigindo a mobilização

de conhecimentos e habilidades. Por isso, elaboramos uma seqüência de conteúdos a

serem apresentados ao educando que possibilite ao mesmo continuar aprendendo, pois

saber aprender é a condição básica para prosseguir o aperfeiçoamento ao longo da vida.

Também deve auxiliá-lo no desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa,

tornando-o confiante em seu próprio conhecimento e, além disso, deve ajudá-lo na

preparação básica para o trabalho e no seu aprimoramento como pessoa humana critica,

139

Page 141: PPP CETN 2012.doc

com valores éticos e com atitudes de cooperação, formando, assim, um cidadão atuante,

que apresenta as características exigidas pela sociedade de hoje.

Na perspectiva de atender as orientações mais atuais para o ensino de Matemática,

bem como, a real necessidade dos nossos alunos, a escola assume o compromisso de

discutir e consolidar uma proposta que sirva de suporte à prática cotidiana dos professores,

visando a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem de Matemática, voltado para a

construção de competências que favoreçam a inserção do homem no tempo e espaço

contemporâneos, seja pela eventual continuidade dos estudos, seja no mundo do trabalho.

MATRIZ CURRICULAR

NÍVEL: MÉDIO

SÉRIE: 1ª; 2ª e 3ª

ÁREA DO CONHECIMENTO: MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

CONTEÚDOS OBJETIVOS (COMPETÊNCIA)

SÉRIE: 1ª

1 - Conjuntos;

- Noções básicas;

- Operações;

- Problemas que envolvem conjuntos;

- Conjuntos numéricos;

- Intervalos;

2 - Funções;

Ler, reconhecer e interpretar dados de

situações matemáticas, representados nos

diversos tipos de conjuntos;

Elaborar situações problemas que envolvam

aplicações de conceitos matemáticos

referentes aos tipos de conjuntos

resolvendo-as e analisando-as;

Aplicar os procedimentos numéricos

relacionados com conjuntos e os valores

com sua representação simbólica;

Reconhecer e interpretar dados de

situações matemáticas, representações da

140

Page 142: PPP CETN 2012.doc

- A idéia de função;

- O conceito matemático de função;

- Domínio, contradomínio e imagem de

uma função;

- Gráfico de uma função;

- Crescimento e decrescimento de uma

função;

- Função composta;

- Função inversa;

3 - Função Polinomial;

- o que é função polinomial. Função

constante;

- Estudo da função polinomial do 1º grau

- Inequações do 1º grau;

- Estudo da função polinomial do 2º grau;

- Inequações do 2º grau

- Inequação- produto e inequação

quociente;

- Usando as inequações para determinar

para determinar o domínio de uma

função;

4 - Função Modular;

- Modulo ou valor absoluto de um número

real;

- Função modular;

- Equações modulares;

Inequações modulares;

tabelas, gráficos e expressões matemáticas;

Desenvolver a capacidade de investigar

reconhecendo e interpretando as funções

afins construindo significados a partir delas;

Reconhecer e interpretar as funções

polinomiais do 2º grau, fundamento suas

opiniões e adaptando-se com flexibilidade

as mudanças;

Utilizar diferentes linguagens matemáticas

para função exponencial, empregando-as

com flexibilidade da resolução de situações

problemas;

Reconhecer e compreender as aplicações

das funções logarítmicas e modulares e

questões tecnológicas e outras ciências;

141

Page 143: PPP CETN 2012.doc

5- Função Exponencial;

- Revendo a potenciação;

- Equações exponenciais;

- Função exponencial;

- Inequações exponenciais;

6 - Função Logarítmica;

- O que é logaritmo;

- Equações logarítmicas;

- Propriedades dos logaritmos;

- Cologaritmo;

- Mudança de base;

- Função Logarítmica;

- Inequações logarítmicas;

SÉRIE: 2ª

7– Progressões;

- Sucessão ou sequência numérica;

- Progressão aritmética;

- Progressão geométrica;

8 - Matrizes;

- Conceito de matriz;

Perceber o que é uma sequência numérica;

Utilizar os conceitos de PA e PG na

resolução de problemas;

Compreender situações problemas que

envolvam aplicações de conceitos

matemáticos referentes às matrizes

analisando-as e resolvendo-as;

Analisar interpretar, formular e resolver

situações problemas, compreendendo

determinantes;

Refletir sobre procedimentos de cálculo que

leve a resolução de sistemas lineares;

Analisar interpretar, formular e resolver

situações problemas, compreendendo o

significado da análise combinatória e do

binômio de Newton;

Estabelecer conexões entre probabilidades

142

Page 144: PPP CETN 2012.doc

- Matriz quadrada;

- Igualdade de matriz;

- Adição e subtração de matrizes

- Multiplicação de um número real por

uma matriz;

- Multiplicação de matrizes;

- Inversa de uma matriz;

9 – Determinantes;

- Determinante de uma matriz quadrada;

- Determinante de uma matriz de 2ª

ordem;

- Determinante de uma matriz de 3ª

ordem – Regra de Sarrus;

- Determinante de uma matriz de ordem

maior que 3;

- Propriedades e teoremas;

- Determinantes da matriz inversa;

- Simplificado o cálculo de um

determinante;

10 - Sistemas Lineares;

- Equação Linear;

- Sistemas Lineares

- Classificação de um sistema linear

- Matrizes associadas a um sistema linear

- Regra de Cramer;

- Resolução de um sistema linear por

escalonamento;

e diferentes campos do conhecimento;

Desenvolver o conceito de semelhança de

figuras planas e reconhecer polígonos

semelhantes;

Determinar a área das principais figuras

planas: triângulos, quadriláteros, círculos e

regiões circulares;

Observar, identificar e utilizar

conhecimentos trigonométricos como forma

de compreender a realidade e agir sobre

ela;

Perceber semelhança e diferenças entre

objetos no espaço, identificando formas

tridimensionais e calculando suas

dimensões;

Calcular área e volume de prismas,

pirâmides, cilindros, cones e esferas.

143

Page 145: PPP CETN 2012.doc

- Discussão de um sistema linear;

11 - Análise Combinatória;

- Problemas que envolvem contagem;

- Princípio multiplicativo;

- Fatorial;

- Arranjo simples;

- Permutação simples;

- Combinação simples;

- Número binomial;

- Fórmula do binomial de Newton;

- Termo geral de (x+a) n ;

12 - Probabilidade;

- O que é probabilidade;

- Probabilidades de um evento em um

espaço amostral finito;

- Probabilidade condicional;

- eventos independentes;

13 - Geometria Métrica Plana;

- Segmentos proporcionais;

- Semelhança;

- Relações métricas no triângulo

retângulo;

- Circunferência;

- Áreas de figuras geométricas planas;

14 - Trigonometria nos triângulos;

- Razões trigonométricas no triângulo

144

Page 146: PPP CETN 2012.doc

retângulo;

- Relações trigonométricas num triângulo

qualquer;

15 – Trigonometria no Ciclo;

- Conceitos básicos;

- Unidades de medidas de arcos e

ângulos;

- Circunferência trigonométrica ou ciclo

trigonométrico;

- Seno e cosseno de um arco

- Tangente de um arco;

- Equações trigonométricas;

- Outras funções trigonométricas;

- Relação trigonométrica fundamental

- Propriedades dos arcos

complementares;

- Equações trigonométricas que

envolvem artifícios;

- Fórmulas da adição de arcos;

- Fórmulas da multiplicação de arcos;

- Fórmula da divisão de arcos;

- Inequação trigonométrica;

16 - Geometria;

- Poliedros;

- Prismas;

- Pirâmides;

145

Page 147: PPP CETN 2012.doc

- Cilindros;

- Cones;

- Esferas;

SÉRIE: 3ª

17 - Geometria Analítica: Pontos e

retas;

- Reta orientada ou eixo;

- Sistema cartesiano ortogonal;

- Estudo da reta;

- Cálculo da área de um triângulo;

18 - Geometria Analítica:

Circunferência

- A circunferência;

- Posições relativas de um ponto e uma

circunferência;

- Posições relativas de uma reta e uma

circunferência;

Posições relativas entre duas

circunferências;

19 – Geometria Analítica: Cônicas;

Demonstrar interesse para investigar,

explorar e interpretar, em diferentes

situações problemas a idéia de ponto, reta e

circunferência;

Compreender os conceitos de elipse,

hipérbole e parábola;

Ampliar o repertorio básico das operações

reais para números complexos;

Analisar e entender situações problemas

envolvendo polinômios e equações

polinomiais;

Identificar o uso de tabelas e gráficos para

facilitar a leitura de informações e construir

formas adequadas de registro para

comunicar informações coletadas;

Analisar, interpretar, resolver e formular

situações problemas, envolvendo questões

econômicas.

146

Page 148: PPP CETN 2012.doc

- O que são as cônicas;

- Elipse;

- hipérbole;

- Parábola;

20 – Números Complexos;

- O número i;

- Forma algébrica de um número

complexo;

- Operações com complexos na forma

algébrica;

- Forma trigonométrica de um número

complexo;

- Operações com complexos na forma

trigonométrica;

21- Polinômios;

- O que é um polinômio;

- Adição, subtração e multiplicação de

polinômios;

- Polinômio identicamente nulo;

- Identidade de polinômios

- Divisão de polinômios;

- Divisão de um polinômio por um

binômio da forma ax + b;

- Dispositivo de Briot – Ruffini;

- Decomposição de um polinômio do 2º

grau em fatores;

- Decomposição de um polinômio de grau

147

Page 149: PPP CETN 2012.doc

maior ou igual a 3 em fatores;

22 – Equações Polinomiais;

- O que é uma equação polinomial

- Raiz ou zero da equação

- Conjunto solução;

- Teorema fundamental da álgebra

- Teorema da decomposição;

- Multiplicação de uma raiz;

- Raízes nulas;

- Raízes complexas;

- Relações de Girard;

- Relações racionais.

23 - Noções de Estatística;

- Introdução;

- Frequência absoluta;

- Frequência relativa;

- Representação gráfica da distribuição

de freqüências;

- Distribuição de freqüências com dados

agrupados;

- Medidas de tendência central;

- Desvio médio;

- Variância e desvio Padrão;

24 – Noções de Matemática

Financeira;

- Taxa de porcentagem;

148

Page 150: PPP CETN 2012.doc

- problemas que envolvem porcentagens;

- Lucro e prejuízo;

- Acréscimos e descontos sucessivos;

- Juro Simples;

- Juro composto e a fórmula do montante;

- Usando logaritmo no cálculo de juro

composto

- Valor atual e valor futuro;

CONTEÚDOS

CONCEITUAIS

CONTEÚDOS

PROCEDIMENTOS

CONTEÚDOS ATITUDINAIS

- Saber utilizar o sistema

de numeração, as

operações, suas

propriedades e suas

regularidades nos diversos

conjuntos numéricos;

- Reconhecer e utilizar a

linguagem algébrica como

a linguagem das ciências,

necessária para expressar

as relações entre

grandezas e modelar

situações-problema,

construindo modelos

descritivos de fenômenos

e permitindo várias

conexões dentro e fora da

Matemática;

- Confiar em suas

possibilidades para propor e

resolver problemas;

- Perseverar, esforçar e ter

disciplina na busca de

resultados;

- Desenvolver segurança na

defesa de seus argumentos e

flexibilidade pra modificá-los;

- Desenvolver o respeito pelo

pensamento do outro,

valorizando o trabalho

cooperativo e do intercâmbio

de idéias, como fonte de

aprendizagem;

- Desenvolver confiança na

própria capacidade para

149

Page 151: PPP CETN 2012.doc

TEMA 1 – Números e

Álgebra.

- Ler e interpretar

diferentes linguagens e

representações;

- Identificar regularidades

e estabelecer relações;

- Construir modelos que

correspondem a

fenômenos periódicos;

- Ler, articular e interpretar

símbolos e códigos em

diferentes linguagens e

representações:

sentenças, equações,

esquemas, diagramas,

tabelas, gráficos e

representações

geométricas;

- Identificar em dada

situação-problema as

informações ou variáveis

relevantes e elaborar

possíveis estratégias para

resolvê-las;

- Articular, integrar e

sistematizar fenômenos e

teorias dentro de uma

ciência e entre as várias

ciências e áreas de

conhecimento.

elaborar estratégias pessoais

de cálculo, interesse em

conhecer e utilizar diferentes

estratégias para calcular com

procedimentos de cálculo

que permitem generalizações

e precisão;

- Apresentar interesse na

leitura de tabelas e gráficos

como forma de obter

informações;

- Desenvolver hábitos em

analisar todos os elementos

significativos presentes em

uma representação gráfica,

evitando interpretações

parciais e precipitadas;

- Desenvolver hábitos de

trabalho e persistência para

realizar tarefas;

- Organizar seus registros e

trabalhos, apresentando-os

de forma adequada;

- Desenvolver a

autoconfiança, apresentando

suas opiniões;

- Ter iniciativa na busca de

informações, desenvolvendo

a curiosidade e o gosto de

aprender, interessando-se

pela pesquisa.

- Reconhecer a Matemática

como uma construção

humana, que contribui para a

150

Page 152: PPP CETN 2012.doc

TEMA 2 – Geometria e

Medidas.

- Conhecer as

propriedades geométricas

das figuras planas e

sólidas e suas

representações gráficas e

algébricas, bem como

reconhecer regularidades

nelas;

- Compreender os

conceitos fundamentais de

grandezas e medidas e

saber usá-los na

formulação e resolução de

problemas;

- Utilizar e interpretar

modelos para resolução de

situações-problema que

envolvam medições, em

especial o calculo de

distâncias inacessíveis, de

área e volume;

- Construir uma visão

sistemática das diferentes

linguagens e campos de

estudo da Matemática,

estabelecendo conexões

entre diferentes temas;

- Compreender o

conhecimento tecnológico

como resultado de uma

construção humana em

um processo histórico e

social;

- Selecionar e utilizar

instrumentos de medições

e de cálculo, representar

compreensão e resolução de

problemas do homem no

decorrer do tempo na forma

de análise crítica das idéias;

- Apreciar a Matemática e

reconhecer sua presença na

arte, na natureza, nas

ciências, na tecnologia e no

cotidiano;

- Desenvolver o espírito de

coletividade e de

cooperação, respeitando

opiniões diversas aceitando

as diferenças individuais.

151

Page 153: PPP CETN 2012.doc

dados, utilizar escalas,

elaborar hipóteses e

interpretar resultados;

- Identificar em dada

situação-problema as

informações ou variáveis

relevantes e elaborar

possíveis estratégias para

resolvê-las;

- Articular, integrar e

sistematizar fenômenos e

teorias dentro de uma

ciência e entre as várias

ciências e áreas de

conhecimento;

- Reconhecer e avaliar o

desenvolvimento

tecnológico

contemporâneo, suas

relações com as ciências,

seu papel na vida humana,

sua presença no mundo

cotidiano e seus impactos

na vida social.

- Utilizar os conceitos e

procedimentos da

estatística e da

probabilidade, valendo-se

pra isso da combinatória,

entre outros recursos;

- Identificar formas de

quantificar dados

152

Page 154: PPP CETN 2012.doc

TEMA 3 - Análise de

dados e probabilidade.

numéricos ou informações;

- Ler e interpretar dados e

informações apresentados

em diferentes linguagens e

representações;

- Compreender e emitir

juízos sobre informações;

- Elaborar comunicações

orais ou escritas para

relatar, analisar e

sistematizar eventos,

fenômenos, experimentos,

questões, entrevistas,

visitas e correspondências;

- Analisar, argumentar e

posicionar-se criticamente;

- Articular, integrar e

sistematizar fenômenos e

teorias dentro de uma

ciência e entre as várias

ciências e áreas de

conhecimento;

- Consultar, analisar e

interpretar textos e

comunicações de ciência e

tecnologia veiculados

através de diferentes

meios;

153

Page 155: PPP CETN 2012.doc

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares para o

Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.

BRASIL. Secretaria da Educação e Tecnológica. PCN+: Ensino Médio – orientações

educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio.

Brasília: Ministério da Educação, 2008.

BAHIA. Secretaria da Educação B 135o. Orientações Curriculares para o Ensino Médio.

Salvador: A Secretaria, 2005.

GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto. Matemática Completa – 2. ed. renov–

São Paulo: FTD, 2005.

SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática – Ensino

Médio – volume 1 – 5 ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.

154

Page 156: PPP CETN 2012.doc

QUÍMICA

INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios no ensino de Química é buscar diferentes estratégias para

que o aluno do ensino médio atinja as competências e habilidades necessárias para a sua

formação como cidadão num contexto social e tecnológico.

Uma das estratégias a serem utilizadas, dentro de uma abordagem contextualizada e

interdisciplinar, é o uso de temas motivadores. Estes, quando estão relacionados com o dia-

a-dia dos alunos permitem um interesse maior por parte deles em aprender Química, uma

vez que compreendem que realmente o conteúdo estudado está presente em suas vidas.

155

Page 157: PPP CETN 2012.doc

Esse procedimento metodológico leva em conta os interesses e os conhecimentos prévios

do aluno e permite que o processo de ensino seja desenvolvido de maneira que o educando

construa e reconstrua o conhecimento. Dessa forma, a execução da proposta de ensino

(constextualizada) e (interdisciplinar) possibilita um trabalho pedagógico diferenciado, com

efetiva troca de idéias e experiências entre professores e alunos proporcionando uma

aprendizagem significativa.

JUSTIFICATIVA

Esta proposta busca abordar conceitos fundamentais, mostrando a sua interrelação e

sua aplicação a problemas sociais e tecnológicos. O currículo está organizado a possibilitar

uma interação entre o discurso científico da Química e o discurso cotidiano. Mas, para que

isso aconteça é preciso que o discurso científico faça sentido para o aluno. Isso poderia ser

alcançado tanto problematizando suas idéias informais quanto criando contextos que sejam

significativos para ele.

Para um currículo contemplar o pensamento do aluno e os contextos de significação, além

de promover o desenvolvimento dos conceitos científicos em si, é necessário que ele seja

bem dimensionado em relação à quantidade de conceitos a serem trabalhados.

A abordagem de conceitos ligados aos contextos de aplicação, como estamos

propondo, não necessariamente precisa seguir uma cadeia linear de pré-requisitos, pois a

realidade não se estrutura dessa maneira.

Deve-se considerar que o conhecimento Química foi sendo construído a partir de

estudos empíricos da transformação química e das propriedades das substâncias. Os

modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo e, hoje o ensino de Química

requer o uso constante de modelos extremamente elaborados. Assim, a disciplina Química

deve ser estruturada sobre o tripé transformações químicas, materiais e suas propriedades

e modelos explicativos.

Considerando as idéias aqui apresentadas, os conteúdos devem se abordados de

maneira que permitam o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à

comunicação, e expressão, compreensão e investigação e contextualização e ação

(BRASIL,pcn+. P. 89-93), paralelamente ao desenvolvimento do pensamento formal.

No domínio da contextualização e ação, o ensino de Química deve se dar de forma

que o aluno possa compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura

humana e contemporânea, reconhecer e avaliar seu desenvolvimento e suas relações com

156

Page 158: PPP CETN 2012.doc

as ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus impactos

na vida social; reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico

e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.

I. OBJETIVOS:

• Permitir que o aluno compreenda as transformações químicas que ocorrem no mundo

físico de forma abrangente e integrada, possibilitando, assim, que ele possa julgar com

fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola;

• Capacitar os alunos a tomarem suas próprias decisões em situações problemáticas,

contribuindo, assim, para o seu desenvolvimento como pessoa humana e como cidadão;

• Possibilitar ao aluno:

- Compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um

conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas

implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas;

- Entender que o conhecimento químico não deve ser visto de forma isolada, pronta e

acabada, mas sim como uma construção da mente humana em contínua mudança,

passando por um processo de elaboração com erros, avanços e conflitos;

- perceber que essa ciência como uma criação do intelecto humano e, como qualquer outra

atividade humana, também está submetida a avaliações de natureza ética, cultural e social;

- construir uma visão de mundo mais articulalda e menos fragmentada, contribuindo de

forma participativa e ativa com a constante transformação do mundo moderno;

• É necessário que o aluno desenvolva competências e habilidades básicas para:

157

Page 159: PPP CETN 2012.doc

- identificar e controlar variáveis numa transformação, compreesdendo e percebendo as

relações quantitativas que expressam a repidez de uma reação química;

- reconhecer e saber utilizar a linguagem dos símbolos, fórmulas, convenções e códigos

químicos, sendo capaz de entender e empregar, a partir das informações, a representação

simbólica das transformações químicas;

- identificar fontes de informações relevantes em Química, sabendo interpretá-las não só

nos seus aspectos químicos, mas sabendo considerar também as implicações sócio-

políticas, culturais e econômicas;

- reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, como também as relações entre

desenvolvimento científico e tecnológico e aspectos sociopolíticos-econômicos, bem como

os limites éticos e morais envolvidos no desenvolvimento da Química e da tecnologia;

- reconhecer as fontes de informações disponíveis sobre a temática das interações homem-

atmosfera, as formas de obtê-las, analisá-las e utilizá-las para direcionar posturas e ações;

- desenvolver aspectos cognitivos, tais como controle de variáveis, tradução da informação

de uma forma de informação para outra, como gráficos, tabelas, equações químicas, a

elaboração de estratégias para a resolução de problemas, tomada de decisão baseadas em

análise de dados, respeito às diversidades de idéias no trabalho coletivo.

II. CONTEÚDOS:

1ª série :

1. Primeira visão da Química;

Tema em foco: Lixo, material que se joga fora?

2. A matéria e suas transformações;

Tema: Camada se ozônio, quem a protege?

3. A evolução dos modelos atômicos;

Tema: Química e agricultura.

4. A classificação periódica dos elementos químicos;

158

Page 160: PPP CETN 2012.doc

Temas: O chão que nos alimenta;

Agrotóxico.

5. Ligações químicas;

Tema: Agricultura e desenvolvimento sustentável.

6. Polaridade das moléculas;

7. Geometria molecular;

8. Forças intermoleculares;

Tema: Poluição das águas, rios sem vida.

7. Ácidos, bases, sais e óxidos;

2ª série:

1. As reações químicas;

Tema: Limpeza na medida certa.

2. Balanceamento de equações químicas;

Tema: A química dos sabões e detergentes.

3. Cálculo estequiométrico;

Tema: Obesidade e a imagem no espelho.

4. Massa atômica, massa molecular e massa molar;

Temas: Visibilidade zero;

Efeito estufa e aquecimento global.

5. Estudo dos gases;

Temas: Cuidados com os produtos químicos domésticos;

A química da pele.

159

Page 161: PPP CETN 2012.doc

6. Soluções;

Tema: Planeta Terra ou planeta água?

7. propriedades coligativas;

Tema: Combustíveis e energia.

8. Termoquímica;

Temas: Combustão;

Combustíveis e ambiente;

Energia alternativa.

9. Cinética química;

Tema: saneamento básico.

10. Equilíbrio químico.

3ª série:

Temas: Combustão;

Combustíveis e ambiente;

Energia alternativa.

1. Cinética química;

Tema: saneamento básico.

2. Equilíbrio químico;

Temas: Metais: materiais do nosso dia-a-dia;

Descarte de pilhas e baterias.

3. Eletroquímica;

Temas: O desastre da desinformação;

Radioatividade e energia nuclear.

160

Page 162: PPP CETN 2012.doc

4. Reações nucleares;

5. Química Orgânica (introdução);

Temas: O petróleo como combustível;

Petróleo e suas aplicações.

6. Hidrocarbonetos;

Tema: Alimentos.

7. Funções orgânicas oxigenadas;

8. Funções orgânicas nitrogenadas;

9. Outras funções orgânicas:

- Haletos orgânicos;

- Compostos sulfurados;

- Compostos heterocíclicos;

- Compostos organometálicos;

- Compostos com funções múltiplas;

- Compostos com funções mistas.

10. Estrutura e propriedades físicas dos compostos orgânicos;

11. Isomeria em Química Orgânica;

12. Polímeros sintéticos.

III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS E AVALIAÇÃO:

Não podendo perder de vista que o ensino de Química visa contribuir para a

formação do cidadão, se faz necessário que o professor dessa disciplina organize sua

metodologia de trabalho e os conteúdos químicos no sentido de permitir o desenvolvimento

de conhecimentos e valores que possam servir de instrumentos mediadores da interação do

indivíduo com o mundo. Isso se consegue de forma mais efetiva quando o trabalho com

161

Page 163: PPP CETN 2012.doc

essa disciplina se dá de forma contextualizada e interdisciplinar em que o professor busque

estabelecer relaões com outros campos de conhecimentos.

O aprendizado deve ser conduzido levando-se em consideração as diferenças

individuais dos alunos, seus valores e opiniões no trabalho coletivo, considerando como

estratégia relevante a efetiva participação do estudante no diálogo mediador da construção

do conhecimento. Além disso, o professor de Química deve colocar em pauta, na sala de

aula, conhecimentos socialmente relevantes, que façam sentido e possam integrar à vida do

aluno, levando em conta a vivência individual do aluno e a sua ação coletiva com o mundo

físico.

Os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural, a mídia e outras questões ligadas ao

cotifiano do aluno deverão ser utilizados em sala de aula para permitir que o aluno refaça

sua leitura de mundo buscando, enfim, mudanças conceituais.

É preciso que o trabalho com a disciplina perpasse a simples memorização e

descrição, voltando sua atenção para um trabalho que permita o desenvolvimento de

competências e habilidades nos alunos. Num primeiro momento da aprendizagem de

Química, prevalece a construção de conceitos a partir de fatos e, num segundo momento,

prevalece o conhecimento de informações ligadas à sobrevivência do ser humano.

O trabalho com a disciplina deve visar uma aprendizagem significativa e ativa,

realizddo a partir de atividades, como:

• construção e reconstrução de idéias;

• demonstrações;

• experiências e simulações;

• relatos de experimentos;

• levantamento e análise de dados;

• trabalho em grupo;

• Discussões coletivas;

• exibição e análise de VTs;

• trabalho, exploração e análise de textos diversificados;

• pesquisas.

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Page 164: PPP CETN 2012.doc

Vale ressaltar que as atividades experimentais podem ser realizadas em sala de

aula, por demonstrações, em visitas por outras modalidades, devendo sempre estar claro os

objetivos a atingir e os períodos pré e pós atividade que visam a construção de conceitos,

vinculando, assim, teoria e prática.

Na elaboração das atividades se faz necessário que estas desenvolvam a cognição e

que sejam estimuladas, tais como;

- o controle de variáveis;

- a tradução de informações de uma forma de comunicação para outra, como as

transformações de textos em tabelas, gráficos, etc. e vice-versa;

- resolução de equações químicas;

- a elaboração de estratégias para a resolução de problemas;

- tomada de decisão baseadas em análise de dados e valores;

- respeito às idéias dos colegas e às suas próprias, colaborando de forma ativa no trabalho

coletivo.

É dentro desse contexto que ocorrerá o processo aliativo. Este servirá antes para

diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos, podendo servir como diagnóstico para

que as atividades sejam replanejadas quando necessárias. A avaliação também fará parte

do processo ensino-aprendizagem, ocorrendo no cotidiano da sala de aula através do

acompanhamento das atividades e seu registro diário, levando-se em consideração a

participação e o desempenho dos alunos nas atividades propostas.

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

● SANTOS, W. L. P.; MÓL, G. S. (coord). Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração,

2005.

● MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. química para o Ensino médio. São Paulo: Scipione,

2004.

163

Page 165: PPP CETN 2012.doc

● MEC, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio.

Brasília, MEC, 2006.

● SARDELLA,Antônio. Química – Série Novo Ensino Médio – Volume único. São Paulo:

Ática, 2003.

● FELTRE, Ricardo. Química. 6ª edição. São Paulo: Moderna, 2004.

● PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem do

cotidiano. São Paulo: Moderna, 2003.

● RUSSEL, J. B. Química Geral. 2ª Edição. São Paulo: 1994.

● SILVA, J. L. P. B. Módulos PROLE/UFBA – Artigos de Físico-Química, Salvador, IAT,

2006.

● VIVEIROS, A. M. V. Ensino de Química no Contexto. Salvador. UFBA, 2005.

● MORTIMER, E. F.; Quím. Nova 1997, 20, 200.

● BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino médio, resolução CEB nº 3 de 26 de junho

de 1998.

● PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros

Curriculares.

164

Page 166: PPP CETN 2012.doc

FÍSICA

APRESENTAÇÃO

O ensino da Física tem suma importância no desenvolvimento social do cidadão.

Dentre varias etapas envolvendo a teoria e a pratica na sala de aula, um dos grandes

desafios é buscar diferentes estratégias para que o aluno do ensino médio atinja as

competências e habilidades necessárias para a sua formação como cidadão num contexto

social e tecnológico.

Uma das estratégias a serem utilizadas, dentro de uma abordagem contextualizada,

é o uso de temas motivadores. Estes, quando estão relacionados com o dia-a-dia dos

alunos permitem um interesse maior por parte dos mesmos em aprender Física, uma vez

que compreendem que realmente o conteúdo estudado está presente em suas vidas. Esse

165

Page 167: PPP CETN 2012.doc

procedimento metodológico leva em conta os interesses e os conhecimentos prévios do

aluno e permite que o processo de ensino seja desenvolvido de maneira que o educando

construa e reconstrua o conhecimento. Dessa forma, a execução da proposta de ensino

contextualizada possibilita um trabalho pedagógico diferenciado, com efetiva troca de idéias

e experiências entre professores e alunos, proporcionando uma aprendizagem significativa.

JUSTIFICATIVA

Esta proposta busca abordar conceitos fundamentais da Física, mostrando a sua

relação e suas aplicações no cotidiano social com ênfase na compreensão e produção

tecnológicas. O currículo está organizado de forma a possibilitar uma interação entre o

discurso técnico, cientifico e filosófico da Física bem como seu discurso no cotidiano. Mas,

para que isso aconteça é preciso que o discurso científico faça sentido para o aluno. Isso

poderia ser alcançado tanto problematizando suas idéias informais quanto criando contextos

que sejam significativos para ele.

Para um currículo contemplar o pensamento do aluno e os contextos de significação,

além de promover o desenvolvimento dos conceitos científicos em si, é necessário que o

mesmo seja abordado de forma contextualizada e que seja bem dimensionado em relação à

quantidade de conceitos a serem trabalhados.

A abordagem de conceitos ligados aos contextos de aplicação, como estamos

propondo, não necessariamente precisa seguir uma cadeia linear de pré-requisitos, pois a

realidade não se estrutura dessa maneira.

Deve-se considerar que o conhecimento de Física foi sendo construído a partir de

estudos empíricos das experiências Físicas e das suas abordagens teóricas com enfoque

nos modelos matemáticos. Os modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo

e, hoje o ensino de Física requer o uso constante de modelos extremamente elaborados.

Assim, a disciplina Física deve ser estruturada na evolução da Física, com enfoque nas

aplicações tecnológicas de seus modelos matemáticos.

Considerando as idéias aqui apresentadas, os conteúdos devem se abordados de

maneira que permitam o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à

comunicação e expressão, compreensão e investigação e contextualização e ação (BRASIL,

pcn+. P. 89-93), paralelamente ao desenvolvimento do pensamento formal.

No domínio da comunicação e expressão, o ensino de Física deve propiciar ao aluno

saber reconhecer e utilizar a linguagem Física, analisar e interpretar textos, saber buscar

166

Page 168: PPP CETN 2012.doc

informações, argumentar e posicionar-se criticamente. No domínio da compreensão e

investigação, o aluno deve desenvolver habilidades, como: identificar variáveis relevantes e

regularidades; saber estabelecer relações; reconhecer o papel dos modelos explicativos na

Ciência; saber interpretá-los e propô-los; articular o conhecimento físico com outras áreas

do saber.

No domínio da contextualização e ação, o ensino de Física deve se dar de forma que

o aluno possa compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura

humana e contemporânea, reconhecer e avaliar seu desenvolvimento e suas relações com

as ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus impactos

na vida social; reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico

e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.

I. OBJETIVOS

Caracterizar a atividade cientifica como produção humana;

Utilizar as unidades de medidas das grandezas físicas, enfatizando o sistema

internacional de unidades;

Efetuar transformações de unidades de medidas;

Efetuar operações com números escritos em notação cientifica;

Reconhecer a Física como ramo de estudo muito amplo;

Identificar ponto material e corpo extenso;

Reconhecer que repouso e movimento depende do referencial adotado;

Determinar a trajetória e posição de um corpo em movimento;

Determinar a posição escalar de um corpo em movimento com velocidade variável;

Conceituar e calcular velocidade escalar media instantânea;

Reconhecer que existem movimentos com velocidade variável;

Caracterizar o movimento uniforme;

Determinar a função horária do movimento uniforme;

Identificar e caracterizar os tipos de movimento;

Determinar as funções horárias do MRUV;

Reconhecer que no MRUV a velocidade varia uniformemente no decorrer do tempo;

Determinar a aceleração de um MRUV.

Levantar e levantar dados relativos a movimentos que ocorrem em nossa volta e

caracteriza-lo.

Definir grandezas vetoriais escalares;

Caracterizar vetor como tendo modulo direção e sentido;

167

Page 169: PPP CETN 2012.doc

Efetuar operações com dois ou mais vetores;

Decompor uma grandeza em seus componentes vetoriais segundo os eixos x e y;

Conceituar e calcular velocidade vetorial média;

Identificar vetor posição e vetor deslocamento;

Caracterizar uma grandeza vetorial enfatizando a composição de movimentos;

Identificar ângulo horário;

Determinar velocidade angular média de um corpo;

Caracterizar um movimento periódico;

Definir período e freqüência;

Estabelecer relação entre velocidade, raio e freqüência no MCU;

Caracterizar a aceleração centrípeta;

Determinar a função horária angular do MU;

Estabelecer a diferença entre acoplamento de polia: por correia e por um mesmo

eixo.

Identificar força em varias situações reais;

Descrever diferentes efeitos da aplicação de forças;

Determinar relação entre força massa e aceleração;

Reconhecer unidades de medias de força;

Determinar força resultante de duas ou mais forças que agem sobre um corpo;

Estabelecer as condições de equilíbrio dinâmico de um corpo;

Enunciar o principio da inércia;

Identificar massa como propriedade dinâmica de um corpo e como grandeza física

escalar;

Distinguir massa e peso de um corpo;

Explicar a variação e peso de um corpo dependendo do lugar onde se encontra;

Estabelecer relação entre a intensidade da força e a deformação que este faz sobre

um corpo elástico;

Enunciar e aplicar o principio da ação e reação;

Identificar a resultante de forças no plano inclinado.

Identificar o atrito como responsável pela variação de velocidade de um corpo;

Caracterizar força centrípeta;

Relacionar força centrípeta sobre força de massa m com a velocidade de seu

movimento e o raio de sua órbita;

Calcular a aceleração centrípeta e força centrípeta;

Determinar o raio de uma trajetória em função da força centrípeta.

Distinguir o conceito físico do conceito vulgar de trabalho;

Caracterizar trabalho de uma força como medidas de energia mecânica transferida

entre sistemas;

168

Page 170: PPP CETN 2012.doc

Definir JOULE (J) como unidade de trabalho no SI;

Determinar o trabalho de uma força constante e de uma força variável;

Explicar o significado físico de potencia de uma máquina;

Definir rendimento de uma máquina;

Relacionar o conceito de rendimento de uma máquina com a dissipação de energia;

Caracterizar energia cinética e potencial;

Identificar e conceituar formas de energia cinética potencial;

Expressar algebricamente a energia cinética e a energia potencial;

Analisar as transformações das diversas formas de energia em sistemas

conservativos;

Caracterizar trabalho como variação de energia cinética de um corpo;

Identificar situações onde ocorrem dissipação de energia;

Expressar analiticamente a Lei de conservação de energia mecânica;

Aplicar o principio da conservação da energia mecânica em situações do cotidiano.

Caracterizar fluido;

Definir densidade absoluta de uma substância;

Calcular densidade de corpos sólidos e líquidos em unidades do (SI);

caracterizar a pressão nos sólidos, líquidos e gases;

Definir a pressão e sua unidade nos (SI);

Definir, conhecer e usar unidades de pressão atmosférica;

Verificar que a pressão no interior de um líquido depende da profundidade;

Enunciar e aplicar os teoremas de STEVUN e PASCAL;

Justificar por que pontos à mesma profundidade têm a mesma pressão;

Aplicar o teorema de Pascal em problemas com prensa hidráulica;

Relacionar alturas e densidades de líquidos diferentes em tubo em (U).

Conceituar temperatura como medida de energia cinética média dos átomos do

material

Identificar calor e energia transferida entre corpos a temperaturas diferentes;

Estabelecer diferença entre calor e temperatura;

Relacionar e aplicar os conceitos de temperatura e equilíbrio térmico;

Definir as escalas CELSIUS, FAHRENHEIT e KELVIN;

Converter valores de temperatura entre as escalas celsius, fahrenheit e kelvin;

Definir o zero absoluto

Observar que o aquecimento de um sólido provoca aumento de seu comprimento;

Definir coeficiente de dilatação linear, superficial e volumétrica;

Estabelecer a equação que relaciona a dilatação com a temperatura;

Aplicar as leis que regem as dilatações dos sólidos e líquidos;

Observar que o aquecimento de um líquido provoca aumento de volume;

169

Page 171: PPP CETN 2012.doc

Concluir que coeficiente de dilatação diferente correspondem a materiais ou líquidos

diferentes.

Definir caloria como unidade de medida de calor;

Definir calor específico e calor latente;

Caracterizar a capacidade térmica de um corpo;

Relacionar o calor fornecido a um corpo com a sua massa e com e elevação de

temperatura Q = mc

Reconhecer que, quando dois corpos a temperaturas diferentes estão contatos

isolados do ambiente, o calor cedido por um é igual ao calor recebido pelo outro;

Relacionar troca de calor com variação de temperatura e mudança de fase ou estado

físico;

Caracterizar os tipos de vaporização;

Definir calor latente de fuso e de vaporização

Traçar e interpretar curvas de aquecimento e de resfiamento;

Enunciar e interpretar a primeira e segunda lei da Termodinâmica;

Caracterizar luz como forma de luz;

Verificar que luz se propaga em todas as direções;

Distinguir corpos luminosos de corpos iluminados

Enunciar e caracterizar os princípios da Óptica Geométrica;

Indicar a velocidade da luz no vácuo;

Explicar em que consiste a reflexão da luz

Explicar em que consiste a refração da luz;

Definir movimento periódico e oscilatório;

Caracterizar as propriedades das ondas;

Caracterizar ondas estacionárias;

Caracterizar o som como uma forma de energia que necessita de suporte para sua

propagação;

Explicar situações que envolvem o efeito Doppler, calculando as correspondentes

variações de freqüência.

Reconhecer a importância dos fenômenos eletrostáticos no desenvolvimento da

eletricidade;

Distinguir corpos eletrizados de corpos não eletrizados;

Caracterizar e aplicar a lei de Coulomb para s cargas elétricas puntiformes;

Descrever a influencia de um corpo eletricamente na região vizinha;

Determinar o potencial elétrico num ponto externo, interno e na superfície de um

condutor em equilíbrio eletrostático.

Interpretar a corrente elétrica como fluxo de elétrons no condutor metálico;

Definir resistência elétrica de um condutor;

170

Page 172: PPP CETN 2012.doc

Distinguir os três tipos de iniciação: Série, paralela e mista;

Explicar o funcionamento de um gerador elétrico;

Enunciar e aplicar a lei de Ohm generalizada;

Conceituar campo magnético;

Explicar o significado de linhas de força;

Caracterizar indução magnética;

Descrever a experiência de Oersted;

Identificar as características da forças magnéticas sobre um condutor retilíneo em um

campo magnético uniforme.

II. Conteúdos:

1ª série :

Ramos da Física;

Divisões da Mecânica;

Grandezas Físicas;

Sist. Int. de Unidades;

Cinemática

Dinâmica

2ª série

Dinâmica

Energia

Hidrostática

Termometria

Termodinâmica

171

Page 173: PPP CETN 2012.doc

3ª série

Óptica Geométrica

Ondas

Eletrostática

Eletrodinâmica

Eletromagnetismo;

III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS E AVALIAÇÃO

Não podendo perder de vista que o ensino de Física visa contribuir para a formação

do cidadão, se faz necessário que o professor dessa disciplina organize sua metodologia de

trabalho e os conteúdos da Física no sentido de permitir o desenvolvimento de

conhecimentos e valores que possam servir de instrumentos mediadores da interação do

indivíduo com o mundo. Isso se consegue de forma mais efetiva quando o trabalho com

essa disciplina se dá de forma contextualizada e interdisciplinar em que o professor busque

estabelecer relações com outros campos de conhecimentos.

O aprendizado deve ser conduzido levando-se em consideração as diferenças

individuais dos alunos, seus valores e opiniões no trabalho coletivo, considerando como

estratégia relevante a efetiva participação do estudante no diálogo mediador da construção

do conhecimento. Além disso, o professor de Física deve colocar em pauta, na sala de aula,

conhecimentos socialmente relevantes, que faça sentido e possam integrar à vida do aluno,

levando em conta a vivência individual do aluno e a sua ação coletiva com o mundo físico.

Os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural, a mídia e outras questões ligadas ao

cotidiano do aluno deverão ser utilizados em sala de aula para permitir que o aluno refaça

sua leitura de mundo buscando, enfim, mudanças conceituais.

É preciso que o trabalho com a disciplina perpasse a simples memorização e

descrição, voltando sua atenção para um trabalho que permita o desenvolvimento de

competências e habilidades nos alunos. Num primeiro momento da aprendizagem da Física,

prevalece à construção de conceitos a partir de fatos e, num segundo momento, prevalece o

conhecimento de informações ligadas ao desenvolvimento do cientifico e tecnológico.

O trabalho com a disciplina deve visar uma aprendizagem significativa e ativa,

realizado a partir de atividades, como:

172

Page 174: PPP CETN 2012.doc

• construção e reconstrução de idéias;

• demonstrações;

• experiências e simulações;

• relatos de experimentos;

• levantamento e análise de dados;

• trabalho em grupo;

• Discussões coletivas;

• trabalho, exploração e análise de textos diversificados;

• pesquisas.

Vale ressaltar que as atividades experimentais podem ser realizadas em sala de

aula, por demonstrações, em visitas por outras modalidades, devendo sempre estar claro os

objetivos a atingir e os períodos pré e pós atividade que visam à construção de conceitos,

vinculando, assim, teoria e prática.

Na elaboração das atividades se faz necessário que estas desenvolvam a cognição e

que sejam estimuladas, tais como;

- o controle de variáveis;

- a tradução de informações de uma forma de comunicação para outra, como as

transformações de textos em tabelas, gráficos, etc. e vice-versa;

- resolução de equações dos modelos matemáticos da Física;

- a elaboração de estratégias para a resolução de problemas;

- tomada de decisão baseadas em análise de dados e valores;

- respeito às idéias dos colegas e às suas próprias, colaborando de forma ativa no trabalho

coletivo.

É dentro desse contexto que ocorrerá o processo avaliativo. Este servirá antes para

diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos, podendo servir como diagnóstico para

que as atividades sejam replanejadas quando necessárias. A avaliação também fará parte

173

Page 175: PPP CETN 2012.doc

do processo ensino-aprendizagem, ocorrendo no cotidiano da sala de aula através do

acompanhamento das atividades e seu registro diário, levando-se em consideração a

participação e o desempenho dos alunos nas atividades propostas.

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO, Regina Azenha et al, Física Completa: Volume único; Ensino Médio, 2

Ed., São Paulo: FTD, 2001. 631 p.

PENTEADO, Paulo César. Física, Ciência e Tecnologia. Vol. 1. São Paulo: Moderna,

2006

PENTEADO, Paulo César. Física, Ciência e Tecnologia. Vol. 2. São Paulo: Moderna,

2006

PENTEADO, Paulo César. Física, Ciência e Tecnologia. Vol. 3. São Paulo: Moderna,

2006

GONÇALVES, Carlos Toscano, Física: Volume único; Ensino Médio, 1ª Ed., São

Paulo: Ed. scpione, 2008.

MEC, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio.

Brasília, MEC, 2006.

BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino médio, resolução CEB nº 3 de 26 de

junho de 1998.

PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros

Curriculares.

174

Page 176: PPP CETN 2012.doc

BIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

Nossa proposta vem apresentar um estudo de Biologia ligada aos temas Ciência,

tecnologia e sociedade. Três grandes competências básica e definida pelas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. O que vem propor aos nossos educandos uma

postura de ensino difundido nas conquistas tecnológicas e nas suas implicações éticas, bem

como associado à história da ciência e a resignação desses conhecimentos com a realidade

dos mesmos.

Dentro desse enfoque baseamos na capacidade de conduzir os alunos a

desenvolver cada vez mais sua capacidade de interpretação de conceitos científicos,

175

Page 177: PPP CETN 2012.doc

ampliação dos conhecimentos adquiridos, desenvolvimento de competências como leitura,

atividades práticas ou experimentais, além da produção textual.

Haja vista que além dessa curiosidade cientifica, na persistência e na busca de

informações, assumiremos compromisso em preparar o educando no que diz respeito à

valorização da vida e da preservação do meio ambiente, respeito à individualidade, a

cidadania e a solidariedade humana dentro dos princípios étnicos-morais.

Devemos considerar também que uma concepção assim ambiciosa do aprendizado

científico-tecnológico do Ensino Médio não é uma utopia e pode ser posta efetivamente em

prática no ensino de Biologia. Desde que a escola, os educadores e alunados sentem e

sejam motivados e envolvidos para produzir as novas condições de trabalho de modo a

promover a transformação educacional pretendida, que respondem as necessidades de vida

contemporânea e ao desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e correlacionados

com a cultura e uma visão de mundo cada vez mais significante em sua aprendizagem.

Portanto, com esse novo espaço privilegiado para aprendizagem em Biologia,

esperamos que essa proposta sirva de base e apoio pedagógico aos novos rumos do ensino

da ciências biológicas, pois a mesma vem contemplar as inúmeras conquistas importantes

da Biologia para a humanidade e seu grande potencial para as novas descobertas que se

delineia neste século XXI.

Como diz o grande e renomado Wilson Roberto Paulino é preciso “reconhecer a

Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais,

políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos” (PAULINO, 2005, p.05).

Segundo Paulino o campo da Biologia deve primordialmente atender as demandas

sócio-culturais que abrande toda a comunidade humanitária do mundo que vivemos partindo

do pressuposto de que somos frutos da indiferença e da individualidade que nos rodeia.

I - OBJETIVO GERAL:

• Propiciar um aprendizado útil à vida dos educandos, no uso das habilidades e

competências na aquisição de conhecimentos, estabelecendo assim valores e conceitos

científicos e específicos da Biologia.

II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

176

Page 178: PPP CETN 2012.doc

•Reconhecer e valorizar o papel da ciência e da tecnologia na construção do mundo

contemporâneo.

•Compreender a visão cientifica atual sobre as origens do universo, do sistema solar, da

terra e dos seres vivos, de modo acrescentar opções para a reflexão sobre si mesmo

perante o mundo.

•Reconhecer que conhecimentos específicos como a estrutura e as propriedades das

membranas biológicas podem ser importantes para o avanço da ciência e para o

desenvolvimento de tecnologias úteis à humanidade.

•Valorizar a importância dos estudos aprofundados sobre cromossomos e genes para o

diagnostico e para o tratamento de síndromes cromossômicas, o que permite relacionar

positivamente a ciência com a melhoria das condições de vida da humanidade.

•Conhecer a necessidade da divisão celular na origem, no crescimento e desenvolvimento

de qualquer ser vivo, bem como na perpetuação da espécie.

•Compreender os processos energéticos celulares, relacionando-os entre os seres vivos e a

composição físico-química do ambiente.

•Reconhecer a importância dos seres autotróficos como captadores primários de energia

para o mundo vivo e como produtores de alimento e de gás oxigênio para a quase totalidade

das espécies viventes, entre as quais a espécie humana.

•Conhecer a estrutura da molécula de DNA e compreender a maneira pela qual essa

substância armazena informação genética.

177

Page 179: PPP CETN 2012.doc

•Valorizar os conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano,

reconhecendo-os como necessários tanto para compreender nossas características físicas

como para prevenir eventuais distúrbios que possam comprometer a saúde.

•Conhecer os fundamentos celulares da reprodução e a estrutura dos sistemas genitais

masculino e feminino, de modo a encarar com naturalidade temas como reprodução e

sexualidade humanas.

•Compreender que a sistemática, cujos resultados se expressam pela taxonomia, organiza a

diversidade dos seres vivos e facilita seu estudo, revelando padrões de semelhança que

evidenciam as relações de parentesco evolutivo entre diferentes grupos de organismos.

•Conhecer a estrutura geral dos vírus, reconhecendo sua relativa simplicidade estrutural e

bioquímica.

•Compreender a estrutura geral das bactérias, identificando como célula procarionte, de

nutrição autotrófica e heterotrófica, além da sua importância para a humanidade.

•Conhecer as principais características dos protoctistas, o qual permite reconhecer padrões

de semelhanças e de diferença entre os seres que nos rodeiam.

•Reconhecer a importância ecológica e econômica dos fungos para a humanidade e star

informado sobre doenças causada por fungos e sua formas de tratamento.

•Conhecer os principais grupos de plantas atuais, identificando suas características básicas

e exemplificando com pelo menos um representante de cada grupo.

•Conhecer as necessidades básicas das plantas quanto à nutrição mineral e orgânica,

reconhecendo a importância desses conhecimentos para a preservação dos ambientes

terrestres.

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Page 180: PPP CETN 2012.doc

•Identificar as principais características dos animais, reconhecendo que os seus estágios de

gástrula e blástula são exclusivos deste grupo.

•Reconhecer os nove tipos de filos dos animais (porífera, cnidária, platelmintos, nematódea,

molusco, anelídeos, artrópodes, equinodermos e cordados).

•Valorizar os conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento dos sistemas de órgãos do

corpo humano, reconhecendo-os como necessárias tanto para a identificação de eventuais

distúrbios orgânicos como para os cuidados para a manutenção da própria saúde.

•Compreender os componentes básicos dos sistemas digestório, urinário, respiratório,

cardiovascular, nervoso e endócrino.

•Conhecer as principais etapas da embriologia, desde a fecundação até a formação do feto

e o continuo desenvolvimento do recém-nascido.

•Identificar os diferentes tipos de reprodução, bem como os hormônios masculinos e

femininos produzidos após e durante a adolescência.

•Compreender que a herança biológica se baseia na transmissão de informações

hereditárias -os genes -de geração a geração, o que possibilita reflexões sobre a

continuidade da vida e sobre a natureza das relações entre os seres vivos ao longo do

tempo.

•Conhecer as principais evidências da evolução biológica e compreender os fundamentos da

teoria evolucionista moderna, principalmente da espécie humana, o que permite relacionar

nossos ancestrais mais remotos até hoje.

•Reconhecer os fundamentos da Ecologia, conceituando os seguintes níveis de organização

ecológica: população, comunidades, ecossistemas e biosfera. Além disso, discutir os

179

Page 181: PPP CETN 2012.doc

conceitos de habitat, nicho ecológico, o principio de Gause e os conceitos de cadeia e teia

alimentar.

III – CONTEÚDOS:

1ª SÉRIE:

1. O que é vida?

– A origem dos seres vivos.

– Características dos seres vivos.

– Níveis de organização.

– A Biologia como ciência .

2. Origem da vida na Terra.

2.1 – A formação da Terra.

2.2 - Teorias modernas sobre a origem da vida.

2.3 – Evolução e diversidade da vida.

3. A base molecular da vida.

3.1 – Os componentes orgânicos da célula.

3.2 – Glicídios e lipídios.

3.3 – Proteínas e vitaminas.

3.4 – Ácidos nucléicos.

4. A descoberta da célula.

4.1 – Teoria celular

180

Page 182: PPP CETN 2012.doc

4.2 – As partes de uma célula.

5. Fronteiras da célula.

5.1 – Membrana plasmática.

5.2 – Permeabilidade seletiva.

6. O Citoplasma

6.1 – Os componentes químicos do citoplasma.

6.2 – O citoplasma nas células eucariontes e procariontes.

7. O Núcleo e cromossomos

7.1 – Componentes do núcleo.

7.2 – Cromossomos humanos.

8. Divisão celular

8.1 – Mitose I e II.

8.2 – Meiose I e II.

9. Metabolismo energético – respiração celular e fermentação

9.1 – ATP, a moeda energética do mundo vivo.

9.2 – Respiração Celular.

10. Fotossíntese e quimiossíntese

10.1 – Etapas da fotossíntese.

10.2 – Quimiossíntese.

181

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11. Estrutura molecular do DNA e do RNA

11.1 – Duplicação do DNA.

11.2 – Genes e RNA.

12. Tecidos epiteliais

12.1 – Tecidos epiteliais.

13. Tecidos conjuntivos

13.1 – Características gerais e tipos de tecidos conjuntivos.

14. Tecido sanguíneo

14.1 – Componentes do sangue humano.

13. Tecidos musculares

15.1 – Tecido muscular estriado e esquelético.

15.2 – Tecido muscular não- estriado e liso.

15.3 – Tecido cardíaco.

16 . Tecido nervoso.

16.1 – Células do tecido nervoso.

2ª SÉRIE:

182

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1. Sistemática, classificação e biodiversidade.

– A sistemática moderna.

– A classificação biológica.

2 . Vírus

2.1 – Características gerais dos vírus.

2.2 – Doenças viróticas.

3 . Os seres procarióticos

3.1 – Características gerais das bactérias.

3.2 – Reprodução e a importância das bactérias para a humanidade.

4 . Os protoctistas

4.1 – Os protozoários.

4.2 – As algas.

5 .Fungos

5.1 – Características gerais dos fungos.

5.2 – Estrutura e classificação dos fungos.

6 . Reino Plantae I

6.1 – Plantas vasculares e avasculares.

6.2 – Classificação do reino Plantae.

6.3 – As algas pluricelulares.

183

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6.4 – As briófitas.

6.5 – As pteridófitas.

7. Reino plantae II

7.1 – Gimnospermas e angiospermas

7.2 – Transporte da seiva bruta e elaborada.

7.3 – Os hormônios vegetais.

8. Reino Animália I

8.1 – Características e fisiologia vegetal.

8.2 – Poríferos e Cnidários.

8.3 – Platelmintos e Nematelmintos.

8.4 – Moluscos e anelídeos.

9. Reino Animália II

9.1 – Os artrópodes

9.2 – Os equinodermos

10. Reino Animália III

10.1 – Características gerais dos vertebrados.

10.2 – As classes dos animais I (peixes - anfíbios – répteis)

10.3 – As classes dos animais II (aves e mamíferos)

11. Anatomia e fisiologia da espécie humana I

11.1 – O sistema digestório.

184

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11.2 – O sistema circulatório.

11.3 – O sistema excretor e respiratório.

12. Anatomia e fisiologia da espécie humana II

12.1 – Os músculos.

12.2 – O sistema esquelético.

12.3 – Sistema nervoso.

12.4 – Sistema endócrino.

3ª SÉRIE:

1. Reprodução e ciclos de vida.

1.1 – Tipos de reprodução.

1.2 – Reprodução humana.

2. Embriologia

2.1 – Aspectos gerais da embriologia

2.2 – Formação da blástula e gástrula.

2.3 – Formação dos folhetos germinativos.

3. Genética I

3.1 – A Biografia de Gregor Mendel

3.2 – As origens da genética.

3.3 – As bases da hereditariedade.

185

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4. Genética II

4.1 – Leis da segregação independente dos fatores.

4.2 – I Lei de Mendel

4.3 – II Lei de Mendel

5. Genética III

5.1 – Fenótipo e genótipo

5.2 – Polialelia.

5.3 – Interação gênica.

6. Genética IV

6.1 – Herança do sexo.

6.2 – Mapeamento dos genes.

6.3 – Ligação gênica.

7. Genética V

7.1 – Os genes

7.2 – A molécula do DNA e o RNA.

8. Genética VI

8.1 – Aplicações do conhecimento genético.

8.2 – O Projeto genoma humano.

8.3 – Terapia gênica.

8.4 – Os transgênicos e a clonagem.

9. Evolução Biológica.

9.1 – As idéias evolucionistas de Lamarck e Charles Darwin

186

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9.2 – As evidências da evolução biológica.

9.3 – Semelhanças anatômicas entre as espécies.

10. Teoria Moderna da Evolução

10.1 – Os fatores evolutivos.

10.2 – Origem das espécies.

11. Evolução humana

11.1 – A classificação da espécie humana.

11.2 – A ancestralidade humana.

12. Ecologia

12.1 – Fundamentos da Ecologia.

12.2 – Energia e matéria nos ecossistemas.

12.3 – Os ciclos biogequímicos.

13. As populações naturais

13.1 – Características das populações.

13.2 – Fatores limitantes do crescimento populacional.

13.3 – Potencial biótico e resistência ambiental.

13.4 – Habitat e Nicho Ecológico.

14. Relações ecológicas

14.1 – Tipos de relação ecológica.

187

Page 189: PPP CETN 2012.doc

14.2 – Relação intra-especifica e interespecífica.

15. Sucessões ecológicas e biomas.

15.1 – As fases de uma sucessão ecológica.

15.2 – Tipos principais de sucessões ecológicas.

15.4 – Fatores que afetam a evolução dos ecossistemas.

15.5 – Os grandes biomas.

15.6 – Principais biomas brasileiros.

15.7 – Ecossistemas aquáticos.

16. Humanidade e ambiente

16.1 – Desequilíbrios ambientais.

16.2 – Poluição ambiental.

16.3 – Interferência do homem em ecossistemas.

16.4 – Alternativas energéticas.

IV – METODOLOGIA

O aprendizado requer participação ativa dos estudantes e para isso é necessário que

o trabalho de professor como o mediador da aprendizagem desafie o alunado a buscar

motivação e ajudá-lo a se apropriar dos novos conhecimentos e habilidades oferecidas no

campo da Biologia.

188

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Para tanto é necessário que o professorado tenha em mãos estratégias pedagógicas

como: atividades de pesquisa bibliográfica, seminários, aulas práticas e estudo do meio,

experimentação, desenvolvimento de projetos, jogos, debates, uso de mapas de conceitos,

simulação de hipóteses e cruzamentos genéticos.

Todas essas estratégias e outras quando somadas ou adaptadas às do repertório do

professor, bem como voltada para o cotidiano dos alunos podem motivar os estudantes a

desenvolver sua autonomia intelectual, estimulando a aquisição do conhecimento diante do

espírito investigativo, emergido perante a sua autonomia intelectual e do pensamento critico

- participativo.

V – AVALIAÇÃO

“A avaliação é uma didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve

acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem”.

(Libâneo, 1991, p.195).

Tendo em vista o pressuposto avaliativo como prática indiscutível e inseparável

dentro do processo de aprendizagem, que propomos uma averiguação dos conhecimentos

adquiridos, partindo dos princípios feitos através do acompanhamento de desenvolvimento e

desempenho individual do aluno, observando e registrando os avanços e dificuldades no

decorrer das aulas, no sentido de intervir para que as dificuldades sejam superadas e que

os alunos possam aprimorar-se na construção do seu conhecimento.

Assim, todas as atividades orais e escritas, bem como as atividades e posturas

adotadas pelo o aluno servirão como princípios para análises do desenvolvimento do

educando para avançar com as atividades ou para retomar conforme necessidades

levantadas no desenrolar do processo.

Portanto, a avaliação tem instrumentalizado o ensino de forma que possamos

alcançar os quatros parâmetros fundamentais no processo de avaliação: apropriação dos

conhecimentos, relacionar teoria e a prática, preparação do a aluno para o mundo do

trabalho, desenvolver o exercício da cidadania, formação ética, autônoma e critica dos

educandos.

189

Page 191: PPP CETN 2012.doc

VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 3ª edição. São Paulo: Editora Cortez, 1991.

BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, resolução CEB nº. 3 de 26 de

junho de 1998.

DPEM/SEB/MEC. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC/SEC. 2004.

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola: O que é como se faz. 19º edição. São Paulo:

Loyola, 1998.

AMABIS, Jose Mariano / MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2ª edição. São Paulo:

Moderna, 2004.

190

Page 192: PPP CETN 2012.doc

GEOGRAFIA

INTRODUÇÃO

Vive-se no auge da globalização da economia e das comunicações, numa época

marcada pelas contradições, individualismo e mudanças. Dentro desse cenário pós-

moderno, as escolas devem atuar impondo novos desafios para os educadores. Diante

dessa modernidade, torna-se necessário (re) pensar o ensino da Geografia, uma vez que

esta é a "ciência que estuda a produção do espaço e suas transformações pela sociedade".

Nesse contexto, o trabalho da educação geográfica não é mais de memorização,

consiste em levar as pessoas em geral, os cidadãos, a uma consciência crítica e espacial

com raciocínio de localizar e estender determinados fatos. Para Callai (1998, p. 56):

A geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar o espaço produzido pelo homem

e, enquanto matéria de ensino, ela permite que o se perceba como participante do espaço

que estuda, onde os fenômenos que ali ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos

homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. Sendo assim, o objeto de

estudo da geografia na escola, é o espaço geográfico, entendido como o espaço social,

concreto, em movimento dinâmico e possível de sucessivas mudanças, na medida em que a

sociedade também se modifica, porém, cada novo tempo não apaga de todo espaço

anterior, de maneira que o passado deixa marcas no presente. Dessa forma, é fundamental

que cada professor seja comprometido, responsável, consciente do seu papel como

educador, como formador de opinião.

JUSTIFICATIVA

Consideramos cada vez mais envolvidos pelas informações diárias ocorridas em

diferentes partes do planeta, só assim, percebemos o importante papel que exerce a

Geografia na atualidade; definindo e interpretando conceitos geográficos que envolvem

dados, políticos, econômicos, físicos, biológicos, ambientais, históricos, culturais, entre

outros, portanto, conhecer e buscar soluções para os problemas que ocorrem no espaço

local e global, tais como: Degradação ambiental, concentração populacional desordenada,

problemas sociais, desrespeito as diferenças culturais, religiosas entre outras que geram

conflitos é mais uma das atribuições que confere a esta disciplina, a qual vem cada vez

mais contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Neste

191

Page 193: PPP CETN 2012.doc

contexto, justifica-se trabalhar a geografia, de forma que possa envolver os alunos na

relação teoria-prática de maneira coerente, reflexiva, significativa e abrangente, no processo

de construção do saber e da cidadania, em que os mesmos possam questionar a realidade

formulando problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso os pensamentos

lógicos, a criatividade, a intuição e a capacidade de análise crítica, selecionando

procedimentos e verificando sua adequação com a realidade que o cerca.

I – OBJETIVOS

Orientar o olhar do aluno para os fenômenos ligados ao espaço, reconhecendo-os

não apenas a partir da dicotomia sociedade natureza, mas também os tornando

produto das relações que orienta seu cotidiano, definindo assim, outros conjuntos

espaciais;

Buscar compreender as relações econômicas, políticas, sociais e culturais,

reconhecendo as contradições e conflitos que permitem comparar e avaliar a

qualidade de vida, hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e

pessoas nas escalas: local, regional, nacional e global, buscando assim, respeitar as

diferenças e formar uma organização social mais equânime;

Tornar-se sujeito autônomo que busca criar sua identidade como cidadão, conferindo

assim, a necessidade de expressar sua responsabilidade com o seu “lugar/mundo”,

através de sua identidade territorial;

Perceber a identidade da Geografia como área do conhecimento e as possibilidades

que oferece para a compreensão crítica do mundo;

Conhecer e entender a construção do espaço geográfico, bem como suas

transformações ao longo do tempo;

Perceber que o espaço é dinâmico, sofrendo sucessivas mudanças no ambiente

natural, na medida em que a sociedade também se modifica;

Analisar historicamente a formação do espaço, estabelecendo relações entre as

atitudes humanas e as transformações que nele ocorrem;

Identificar tanto as relações socioculturais da paisagem como os elementos físicos e

biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações entre eles,

estabelecidas nas construções dos lugares e territórios;

Perceber que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e que o

espaço geográfico resulta das alterações entre elas, historicamente definidas;

192

Page 194: PPP CETN 2012.doc

Reconhecer a importância da cartografia como forma de linguagem para trabalhar

em diferentes escalas espaciais as representações locais, regionais e globais do

espaço geográfico;

Despertar a consciência ecológica, visando criar atitudes responsáveis de cuidados

com o meio em que vivemos evitando o desperdício e percebendo a necessidade da

preservação e conservação da natureza, a fim de garantir a sustentabilidade da

mesma para as futuras gerações;

Identificar a dinâmica demográfica, bem como os fatores que determinam seu

crescimento populacional, sua organização e distribuição espacial;

Reconhecer no cotidiano, as referências espaciais de localização, orientação e

distância, de modo que se desloque com autonomia e represente os lugares onde

vivem;

Valorizar e perceber a diversidade cultural existente nas várias localidades;

Relacionar e definir os aspectos fisiográficos e recursos do planeta, reconhecendo-os

como fatores que interagem e determinam o equilíbrio da vida na terra;

Identificar conceitos e/ou expressões pertinentes ao estudo da Geografia,

compreendendo a linguagem utilizada, interpretando-a e empregando-a

adequadamente;

Compreender as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos e tecnológicos

e as transformações socioculturais como conquistas decorrentes de conflitos e

acordos que ainda não são usufruídas por todos de forma igualitária.

II – CONTEÚDOS

1.ª Série

Cartografia: – Localização e orientação

– Os Mapas

– Representação Gráfica

– Tecnologias modernas aplicadas à Cartografia

Meio Ambiente:

– Estrutura geológica

193

Page 195: PPP CETN 2012.doc

– As estruturas e as formas de Relevo

– Clima

– Solo

– Hidrografia

– Biomas e formações vegetais

População:

– Características e crescimento da população mundial

– Os fluxos migratórios e a estrutura da população

O espaço urbano e o

processo de urbanização:

– O espaço urbano do mundo contemporâneo

– O que consideramos cidades?

– Impactos ambientais urbanos

O espaço rural e a

produção agrícola:

– Atividades econômicas no espaço rural

Atividades industriais, comerciais,

de transportes e de comunicações:

– Fatores locacionais

– Tipos de indústrias

– Tipos de transportes

2.ª Série

194

Page 196: PPP CETN 2012.doc

Brasil: posição geográfica, política e econômica

Brasil: país de terceiro mundo e de contraste

A divisão regional do Brasil

A caracterização regional do Brasil

O relevo brasileiro e seus agentes modeladores

Geologia brasileira

Solos

Climas do Brasil

A vegetação brasileira e suas paisagens naturais

A questão do meio ambiente no Brasil

Rede Hidrográfica Brasileira

População Brasileira: distribuição, crescimento, estrutura etária e densidade

demográfica

Atividades setoriais

Urbanização brasileira

Movimentos migratórios

Agricultura brasileira

Estrutura fundiária

Sistemas agrícolas e de criação

Fontes de energia do Brasil

Indústria no Brasil - tipos e classificação

- Força de trabalho

- Regiões industriais

- A indústria na transformação do espaço

Comércio e transporte

Brasil na Era Global

O Brasil no Mercosul

3.ª Série

Meios de orientação

Convenções cartográficas

Coordenadas geográficas e Projeções cartográficas

Fusos horários no Brasil e no Mundo

Representação, estrutura e movimentos terrestres

195

Page 197: PPP CETN 2012.doc

Geomorfologia

Relevo e seus agentes modeladores

Solos

A dinâmica do clima

Vegetação e hidrografia

Degradação ambiental e sustentabilidade

População Mundial

Teorias demográficas

Distribuição, faixas etárias e crescimento populacional

Movimentos populacionais

Processo de urbanização

Sistemas agrários e estruturas fundiárias

Fontes de energia

Indústria nos países desenvolvidos e emergentes

Regiões industriais

Formas e organização do capital

Os sistemas socioeconômicos

A nova Ordem geopolítica mundial

Conflitos globais

III – CONSIDERAÇÕES METODOLOGICAS

Para que ensinar Geografia?

Parece-nos inútil ensinar Geografia nos dias atuais, uma vez que os meios de

comunicações nos mostra a todo momento paisagens, mapas sofisticados e cenas do

mundo inteiro. A globalização tornou o universo cada vez menor, parecendo que o professor

de Geografia está perdendo a importância.

196

Page 198: PPP CETN 2012.doc

Porém, isso é apenas uma impressão que temos, ao contrário, o papel do professor

de Geografia vem se tornando cada vez mais imprescindível com a difícil missão de

combater as idéias alienantes e camufladas apresentadas pelos meios de comunicação de

massa que tenta nos impor “certas verdades”, consumismo, etc., com o objetivo de atender

os anseios da classe dominante.

O papel do professor de Geografia se torna importante no sentido de levar o aluno a

refletir as relações entre sociedade e poder, levando o mesmo a refletir também sobre seu

papel na formação da sociedade, criando no educando uma visão crítica, contribuindo para

sua formação como cidadão consciente, possibilitando-lhe o entendimento da relação

homem/poder/elementos naturais. Por isso, usaremos as práticas pedagógicas abaixo:

Relacionar os conteúdos com os fatos da convivência própria com suas riquezas e

origem;

Aula expositiva dialogada (exposição do professor e participação ativa dos alunos);

Leitura dirigida (ensinar o aluno a ler e interpretar textos de forma sistemática e

direcionada);

Trabalho com recortes de jornais e revistas;

Utilização de fotografias confeccionando murais e álbuns;

Interpretação de mapas e do globo terrestre;

Leitura de gráficos e tabelas;

Exploração de músicas relacionadas aos conteúdos da disciplina;

Confecção de maquetes e cartazes;

Exploração de mesa-redonda incentivando debates e exposição de opiniões;

Realização de pesquisas, seminários e dramatizações;

Utilização de filmes e obras literárias;

Criação de textos diversos com base no tema apresentado;

Exposição oral de pesquisas realizadas;

Exposição e análise de slides;

IV – RECURSOS

Mapas, globo terrestre, textos, jornais, revistas, fotografias, gráficos, tabelas, papel,

livros, filmes, vídeo, transparências, rádio-gravador, filmadora, data-show, acervo

bibliográfico.

197

Page 199: PPP CETN 2012.doc

V – AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada no decorrer do processo de ensino-aprendizagem de

forma.

A avaliação será no decorrer do processo de ensino-aprendizagem de forma

diagnóstica continuada, e que contemple diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas

bibliográficas, entre outros. É importante realizar uma avaliação considerando o

conhecimento prévio, os domínios e atitudes dos educandos, as suas conquistas ao longo

dos estudos A avaliação deve também possibilitar ao educador avaliar o seu próprio

desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades

de como atuar no processo de ensino/aprendizagem.

A avaliação se dará através de:

· Atividades em sala de aula – participação ativa nas aulas e nas atividades propostas/tarefas;

· Exposição de trabalhos de pesquisas;

· Trabalho de pesquisa – trabalhos em dupla e/ou grupos em sala de aula;

· Avaliações escritas, orais, individuais e/ou em duplas;

· Produção de textos e/ou cartazes, resumos, sínteses...;

· Trabalhos com mapas;

· Análise de textos, reportagens, mapas, imagens...;

· Aplicação de provas descritivas, conclusivas, e ou orais;

· Propostas de trabalhos e de pesquisas individuais ou coletivas, os quais poderão ser:

produção de textos, de artigos, resenhas, debates, redações, cartazes, confecção de mapas,

maquetes, desenhos, gráficos, bem como sua exposição por meio de seminários e/ou

gincanas.

VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

198

Page 200: PPP CETN 2012.doc

SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo, Hucitec, 1996.

LACOSTE, Yves; A Geografia – isso serve antes de mais nada para fazer a guerra.

Campinas, Papirus, 1998.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio

de Janeiro: Record, 2000.

DIFFER, Osvaldo. Geografia no Ensino médio. São Paulo: Ática.

MARINA, Lúcia e TÉRCIO. Geografia Geral e do Brasil, São Paulo: Ática, 2008.

MOREIRA, Igor . O espaço geográfico: Geografia Geral e do Brasil, São Paulo: Ática.

SENE, de Eustáquio e Moreira, João Carlos, Geografia: Geografia Geral e do Brasil, São Paulo:

Scipione, 2008.

VESENTINE, J.Willian, Geografia Geral e do Brasil, São Paulo: Ática, 2008.

JAMES e MENDES, Geografia geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. –

São Paulo: FTD, 2005.

COELHO, Marcos de Amorim e Terra, Ligia. Geografia do Brasil: Moderna.

MADEIRA, Silva Helena de Camargo,Geografia Caderno de Revisão Ensino Médio. São Paulo:

Moderna, 2010.

199

Page 201: PPP CETN 2012.doc

Guia do Estudante. São Paulo: Abril, 2011.

BRASIL. MEC. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: geografia.

Brasília: MEC/SEF.

BRASIL. MEC. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE: Atlas geográfico Escolar, 4ª

Edição, 2007

200

Page 202: PPP CETN 2012.doc

HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

A história não é só a história do passado ela é também o elemento que nos leva a

compreender como o presente é parte das construções de concepções coletivas ou

individuais. Tudo que o homem constrói, seja concreto ou abstrato, faz parte da sua

concepção de mundo e as mentalidades e conceitos de uma época são frutos de processo

histórico maior pelo qual o homem já passou ou, está passando.

Nesta perspectiva a Proposta Curricular de História deve ser reordenada na

dimensão de uma concepção de História que permita o entendimento da sociedade em suas

diversidades histórico-culturais, cujas singularidades devem estar referenciadas nas

dimensões cotidianas.

Saber história é essencial para compreendermos o mundo em que vivemos. Afinal,

tudo que vemos diariamente nos jornais está vinculados a acontecimentos do passado, não

ter conhecimento de História é ser alienado, é ver a vida passar, sem participar

dela.baseado nessas concepções é que se justifica a inserção da disciplina História no

Ensino Médio.

Pretendemos colaborar com a construção de uma história não somente universal

mais também regional, que procura oferecer novas óticas de análise que fazem aflorar a

relação do individuo e do coletivo, o especifico, o próprio, o particular, ressaltando as

diferenças, a multiplicidade, numa perspectiva histórica plausível, integradora que sobressai

o caráter transformador que o estudo da história aplicado à realidade social, naturalmente

promove. Pretende também, rever de um outro ponto de partida o especifico, para dar conta

da complexidade humana.

Essa dimensão do conhecimento histórico e de sua produção tem propiciado estudos

diversificados, com resultados inovadores a que abrem campo para novas temáticas, até

antão, pouco trabalhados, com relação saúde e história da cultura, das instituições e

201

Page 203: PPP CETN 2012.doc

também temas, com religiosidade, imigração, história política, integração latino americano e

etnohistória. Nessa direção acompanhamos Josef Fontana (1998), que propõe a

substituição da desgastada pratica da partir-se da analise abstrata de dados pontuais, para ‘

parti de um fato concreto, do conhecimento, com tudo que tem de complexo e peculiar, não

para isolá-lo como algo único, mas para colocar a prova o marco interpretativo e enriquecê-

lo ao mesmo tempo’, e com isso poder dar conta da complexidade dar formação humana.

Daí a importância da formação que permita ao aluno avaliar, escolher, refletir e

produzir novos conhecimentos continuamente, habilidades que só se dão no exercício

cotidiano de contatos com fontes e de reflexão sobre esse material.

A história nova começa a andar de mãos dadas com a psicologia, a antropologia, a

sexologia, a literatura etc. A história nova propõe a interdisciplinaridade abertura a diversas

áreas do saber. O encontro entre duas ou mais disciplinas, resultando assim em novas

experiências, não estagnando na historia das elites e reis, ideologias dominantes, ciências

oficiais, democratizando assim a história, pois humildes, o cotidiano dos povos passam a ter

direito a ela.

Na realidade atual percebe-se o entusiasmo e empenho para a prática de uma

história questionadora, sem respostas prontas, tirando assim a história de dentro dos limites

disciplinares, levando-a para fora da escola, retirando-a da rotina, do marasmo, das mesmas

perguntas e suas mesmas respostas, dos preconceitos racistas e religiosos e dos erros de

compreensão.

Considerando essa nova pratica inovadora da história um novo horizonte se abre

para que cada cidadão se sinta sujeito crítico e participativo da sua própria história, existente

se seus direitos e conscientes se seus deveres.

Tendo em vista a preservação dos espaços, no âmbito das vinculações que os

indivíduos têm e mantêm com o seu lugar de vida, tendo como meta a relação com o global,

que contribui para ampliação do local, e que nos remete ao poema de Fernando Pessoa que

diz:

“Da minha aldeia vejo quanto a terra se pode ver no Universo...

Por isso a minha aldeia é tão grande de como outra terra qualquer.

Porque eu sou do tamanho do que vejo.”

I – OBJETIVOS

202

Page 204: PPP CETN 2012.doc

● Integrar a disciplina de História à áreas das Ciências Humanas e suas tecnologias,

possibilitando a ampliação dos estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-

as nas diversas temporalidades;

● Entender que o processo histórico é resultado de fatores econômicos, sociais,

políticos e culturais e que se faz necessário possibilitar o resgate de valores de grupos e de

classes sociais antes silenciados, desenvolvendo, assim, a capacidade de percepção de si

mesmo como ser histórico ativo;

● Ampliar conceitos introduzidos nas séries do Ensino Fundamental, contribuindo

substantivamente para a construção dos laços de identidade e consolidação da formação da

cidadania;

● Identificar os principais fatos do processo histórico do Brasil no contexto da História

Mundial.

II – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA ÁREA A SEREM DESENVOLVIDAS

No decorrer do Ensino Médio visa-se o desenvolvimento de competências e

habilidades voltadas para a crítica, análise e a interpretação de fontes documentais,

produção de textos sobre os processos históricos com a relativização e as diversas

concepções de tempo que promoverão relações entre continuidade/permanência e

ruptura/transformação. Além disso, busca-se a construção da identidade pessoal e social a

nível histórico a partir da tomada de consciência por parte do indivíduo (aluno) como sujeito

histórico. Isso contribuirá para situar as diversas produções culturais nos contextos

históricos, buscando englobá-los nos vários ritmos da duração e comparando as

problemáticas do momento atual com outras de outros momentos históricos.

III – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE

1ª série

1. O Surgimento do Homem;

2. As Sociedades da Antiguidade Oriental;

203

Page 205: PPP CETN 2012.doc

3. As Sociedades Antigas Clássicas e seus legados:

3.1. A Grécia;

3.2 A Roma;

4. A Formação dos Reinos Bárbaros;

5. O Império Bizantino;

6. O Império Árabe;

7. O Sistema Feudal:

7.1 A Crise do Sistema Feudal;

7.2. As Monarquias Medievais.

2ª série

1. Ascensão do Capitalismo;

2. A Expansão Marítima – Comercial Européia;

3. O Renascimento;

4. A Conquista da América pelos Europeus;

5. O Absolutismo e o Mercantilismo;

6. A Reforma e a Contra-Reforma;

7. O Sistema Colonial:

- A Terra conquistada pelos europeus;

- A Economia canavieira;

- A Administração colonial.

8. A Revolução Industrial;

9. O Iluminismo;

10. A Mineração no Brasil;

204

Page 206: PPP CETN 2012.doc

11. A Revolução Norte-Americana;

12. As Rebeliões Nativistas e emancipacionistas;

13. Revolução Francesa;

14. Independência dos E.U.A.

15. Independência do Brasil;

16. O Primeiro Reinado;

17. Período Regencial;

18. Segundo Reinado.

3ª série

1. O Imperialismo Europeu e o Neocolonialismo;

2. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Revolução Russa;

3. O Brasil na República Velha (1889-1930);

4. O Período do entre guerra (1918-1939);

5. O Brasil durante o Governo Vargas (1930-1945);

6. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a criação do Estado de Israel;

7. A Guerra Fria;

8. O Período Democrático no Brasil (1946-1964);

9. Ditadura Militar

10. A América Latina: na segunda metade do século XX;

11. Brasil: da redemocratização até a atualidade;

205

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12. Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do mundo contemporâneo.

IV – ORIENTAÇÕES E MÉTODOS DIDÁTICOS

Tendo como referência as Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio e as

concepções inspiradas na Nova História é que serão definidas e embasadas as orientações

didático-metodológicas para a disciplina de História no Ensino Médio.

Lançaremos mão das diversas fontes documentais (escrita, oral, sonora, pictórica,

etc.) para analisar os aspectos sociais, políticos e econômicos, bem como, os culturais e os

valores do cotidiano de maneira a integrar as multiplicidades temporais e espaciais

presentes em uma dada coletividade.

Será privilegiada, ainda, a importância do desenvolvimento de competências ligadas

a outras áreas do conhecimento (leitura, interpretação, contextualização) que promoverá a

articulação dos conhecimentos históricos com as demais áreas das Ciências Humanas e

outras, buscando a promoção de um trabalho interdisciplinar, voltado para a consolidação

dos laços de identidade e de formação da cidadania.

Nesse sentido, o estudo da disciplina deverá desenvolver-se através de um conjunto

de atividades, entre as quais: exposição oral e participativa, complementada por roteiros de

estudos, esquemas e exercícios, estudo dirigido, estudo de texto e de documentos

históricos, leituras dirigidas com artigos de revistas, trabalhos de grupo ou individual,

aplicação de júri simulado e análise de músicas e filmes relacionados ao conteúdo

trabalhado.

Considerando o que foi exposto se faz necessário ainda o desenvolvimento de

atividades específicas que favoreçam a reavaliação dos valores do mundo contemporâneo

não perdendo de vista a contribuição na construção de identidades deixadas pelas gerações

passadas.

V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é algo processual e se faz no dia-a-dia de sala de aula. Tem como

objetivo identificar os aspectos que precisam ser retomados no processo ensino-

aprendizagem, devendo-se levar em consideração a participação, o interesse, o aspecto

206

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qualitativo do saber ler e interpretar e também a capacidade do aluno em expor seu ponto

de vista de forma consciente, lógica e crítica em relação aos trabalhos didáticos que serão

desenvolvidos ao longo do ano letivo.

Além disso, haverá momentos formais de avaliação tais como: análise de textos

complementares, músicas e filmes, trabalhos extra-classes, individuais ou em grupo,

seminários, debates, relatórios, dramatizações, sem invalidar, contudo, os testes e provas,

que naturalmente serão configurados de uma outra forma a partir da concepção proposta.

Também será levado em consideração a auto-avaliação, o que se pretende uma

maior valorização da pessoa humana com toda sua potencialidade. Uma análise cuidadosa

de todos esses itens, proporcionará condições de se realizar uma avaliação mais justa e

adequada ao modelo educacional.

VI – REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS

● ALENCAR, Francisco – História da Sociedade Brasileira – 2º Grau. Rio de Janeiro, Ao

Livro Técnico;

● AQUINO, Jacques – História das Sociedades – 2º Grau. Rio de Janeiro. Ao Livro Técnico;

● AQUINO, Jesus Oscar, - História das Sociedades Americanas. Rio de Janeiro. Ao Livro

Técnico;

● ARRUDA, José Jobson de A. – História Antiga e Medieval, São Paulo. Ática;

● BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio ET alli – História Geral da Civilização – curso moderno.

São Paulo Nacional;

● BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. História do Brasil – Cursos Modernos. São Paulo,

Nacional, Volume I e II;

207

Page 209: PPP CETN 2012.doc

● FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil – São Paulo. Ática;

● HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem – Rio de Janeiro – ZAHAR Editores;

● KOSHIBA, Luís e Pereira, Denise Manzi Frayse. História da América. São Paulo, Atual

Editora;

● MELLO, Leonel Iaussu e Costa, Luiz César Amad. História Moderna e Contemporânea.

São Paulo, Editora Saraiva;

● NADAI, Elza e Neves Joana. 2º Grau. História do Brasil. São Paulo. Editora Saraiva;

● PAZZINATO, Alceu Luiz e Senize, Maria Helena Valente, História Moderna e

Contemporânea, São Paulo. Editora Ática;

● PILETTI, Nelson. História do Brasil. São Paulo. Editora Ática;

● VICENTINO, Claúdio e Scallizaretto, Reinaldo. Nova Ordem Internacional. Editora

Scipione.

● Revistas: Nova Escola, Mundo Jovem, Caros Amigos, Isto É, etc;

● Livros Paradidáticos.

208

Page 210: PPP CETN 2012.doc

209

Page 211: PPP CETN 2012.doc

SOCIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

“... Só é possível tomar esses fenômenos como objeto da sociologia na medida em

que sejam submetidas a um processo de estranhamento.”

A Sociologia é uma disciplina que contribui para a formação do cidadão, no sentido

em que se aproxima de uma linguagem especial (oferecida pela sociologia) e também para

sistematizar os debates em torno de temas de importância dados pela tradição ou pela

contemporaneidade.

O ensino de Sociologia envolve um amplo estudo teórico, centralizado no exercício

de análise e reflexão crítica e do bom senso em relação à vida cotidiana e ao estudo da

sociedade da qual fazemos parte.

O pensamento sociológico torna-se necessário, considerando-se os fenômenos

sociais, trazendo assim modos de pensar ou a reconstrução e desconstrução de modos de

pensar.

No mundo pós moderno, em que presenciamos a globalização nas comunicações,

no desenvolvimento político, econômico e cultural, nos faz necessário uma análise crítica

dos benefícios e malefícios que esse processo nos proporciona na vida cotidiana. E a

sociologia tem seu lugar de valia no desenvolvimento de concepções como: noções de

cidadania, responsabilidade social, direitos humanos, crítica em relação à realidade próxima

com o qual o aluno se identifica e a totalidade mais ampla na qual se insere.

Sendo assim o conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na

medida em que lhe permitirá uma análise mais apurada da realidade que o cerca. Mais do

que isto, a sociologia constitui contribuição decisiva para a formação da pessoa humana, já

que nega o individualismo e demonstra claramente nossa dependência em relação ao todo,

isto é, a sociedade à qual pertencemos.

A sociologia contribui, de forma significativa, para o desenvolvimento do senso critico

do educando, a partir de reflexões sobre a complexa realidade social brasileira, marcada por

desigualdades sociais e relações de exploração e opressão.

210

Page 212: PPP CETN 2012.doc

O quadro de conteúdos básicos da disciplina Sociologia apresenta uma proposta de

organização, encaminhamentos para a efetivação dos conteúdos estruturastes em sala de

aula. A seqüência proposta para a organização dos conteúdos estruturastes não deve ser

considerada como uma organização de conteúdos estanques em si, já que uma das

características da disciplina é a constante articulação entre os diferentes conteúdos

específicos, básicos e estruturastes.

As disciplinas humanísticas têm muito a contribuir com a formação do jovem naquilo

que lhe é mais peculiar: o questionamento. Isto nos remete à contribuição que a sociologia

pode dar para o desenvolvimento do pensamento critico, pois promove o contato do aluno

com sua realidade, bem como, o confronto com realidades distantes e culturalmente

diferentes.

A LDB (Brasil, Lei 9394/96) estabelece, como uma das finalidades centrais do ensino

médio, a construção da cidadania do educando, evidenciando, assim, a importância do

ensino de sociologia para a reflexão e a problematização desse conceito.

Portanto, o conhecimento sociológico sistematizado pode proporcionar ao educando

a construção de posturas criticas e reflexivas diante da complexidade do mundo

contemporâneo. Ao compreender melhor a dinâmica da sociedade em que vive, poderá

perceber-se como sujeito social e histórico, lotado de força política e capacidade de

transformar e viabilizar mudanças estruturais que apontem para a construção de uma

sociedade mais justa e solidária.

Considera-se que “desmistificando ideologias e apurando o pensamento crítico das

novas gerações, poderemos continuar sonhando, e construindo um país, não de iguais,

mas justo para mulheres e homens que apenas querem viver.¨

I. OBJETIVO GERAL

Proporcionar ao educando reflexão acerca de situações vivendas no cotidiano e suas

inter-relações com questões conceituais e metodológicas propostas pela Sociologia, que

contribuem para um melhor entendimento dos processos sociais.

II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

211

Page 213: PPP CETN 2012.doc

Entender o processo histórico de constituição da sociologia como ciência.

Contribuir para a capacidade de análise e crítica da realidade social que os cercam.

Identificar-se como seres eminentemente sociais.

Compreender a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu

processo de socialização.

Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade são

interdependentes.

Identificar e compreender a diversidade cultural étnica, religiosa as diferenças

sexuais e de gênero presentes nas sociedades.

Rever e reconstruir regras de convivência como principio básico de um agir ético.

Investigar ou discutir alguns conceitos sociológicos, suas causas e conseqüências.

Observar e analisar o comportamento social em comunidades e sociedades

diversificadas.

Posicionar-se criticamente frente a sociedade em que vivemos para a prática da

cidadania plena.

Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, partindo do

reconhecimento do papel do individuo nos processos históricos simultaneamente

como sujeito e como produto desses processos.

III. CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

A sociedade humana

Somos todos seres sociais

A sociedade como objeto de estudo

Divisões das ciências sociais

A sociedade como problema

Princípios de Sociologia

Os primeiros sociólogos

212

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A contribuição de Max Weber

A objetividade na análise sociológica

Viver em sociedade

O papel da socialização

Contados sociais: onde começa a interação

O ser humano em condições de isolamento

Sem comunicação não há sociedade

Como funciona a sociedade?

1. As relações sociais

Processos sociais

2ª SÉRIE

Organização social e cidadania

Viver em comunidade

Viver em sociedade

Que herança deixaremos?

Direitos humanos e cidadania

Grupos sociais e interação

Como os seres humanos se agrupam?

Agregados sociais

Como se sustentam os grupos sociais?

Os jovens como objeto da sociologia

Sistemas de status e papeis sociais

Estrutura e organização social

Trabalho e sociedade

213

Page 215: PPP CETN 2012.doc

Bens e serviços

O trabalho humano

Matéria – prima

Meios de produção

As forças produtivos

Relações de produção

De que modo a sociedade se transforma?

Sociedades Contemporâneas

O modo capitalista de produção

Das origens aos dias de hoje

Um novo modo de produção?

A globalização e seus dilemas

Estratificação e mobilidade social

Camadas sociais

Sociedades estratificadas

Mobilidade social

3ª SÉRIE

Cultura: nossa herança social

A procura de uma definição

As duas faces da cultura

Componentes da cultura

Cultura e progresso

O fenômeno da aculturação

Cultura e contracultura

Controle social

214

Page 216: PPP CETN 2012.doc

As instituições sociais

Características das instituições sociais

As instituições normatizam os grupos

As instituições são interdependentes

A família

O estado

Mudança social

Permanência e mudança

Como ficam as relações sociais?

Em ritmos desiguais

O que provoca a mudança social?

Ação e reação

Mudanças: superficiais ou radicais?

Pobreza e desenvolvimento

Os países pobres

O número da pobreza

O desenvolvimento econômico

O papel social da educação

A criança como sujeito

Tipos de educação

A nova escola

IV. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Em sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de

problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que

215

Page 217: PPP CETN 2012.doc

podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos,

textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos, podem também, sem enriquecidos se lançarmos mão de

recursos audiovisuais que, assim como os textos, também, são possíveis de leitura. A

utilização de filmes, imagens, músicas e chagues constitui importante elemento para que os

alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos

novos saberes.

A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os

dados levantados a teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e

critica de elementos da realidade social do aluno.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária

a articulação constante entre as teorias sociológicas e as analises , problematizações e

contextualizações propostas. Essa pratica deve permitir que os conteúdos estruturantes

dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico

dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõe a grade

curricular da ensino médio.

V. AVALIAÇÃO

A avaliação é componente do processo ensino aprendizagem e não uma ordem de

pagamento a ser preenchida pelo aluno, de acordo com a noção do educador e escritor

Paulo Freire de ¨educação bancaria.¨ A avaliação é diagnóstica e indica o que pode ser

melhorado, modificado ou mantido no processo ensinar-aprender. As avaliações poderão

constar de: avaliação de textos clareza ao expressar-se, apresentação de razões que

fundamentam idéias apresentadas no texto, pontualidade na entrega apresentação criativa

sobre temas estudados : dramatizações vídeos , dinâmicas, entrevistas, etc.

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARTINS, C.B. O que é sociologia, 16 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987 .98p (coleção

primeiros passos, 57)

216

Page 218: PPP CETN 2012.doc

DIMENSTEIN, Gilberto Dez lições de sociologia para um Brasil cidadão. Volume único –

São Paulo: FTD. 2008

FERNANDES, Florestan A sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980

OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à sociologia .

PLANO DE AÇÃO

Problema (Indicador crítico): Alto índice de evasão/abandono no turno noturno

Possíveis causas:

- As modalidades de ensino oferecidas pela escola não condizem com as perspectivas profissionais dos alunos do noturno;

- Problemas sócios- econômicos que levam o aluno a optar pelo trabalho e deixar o estudo.

Objetivo: Reduzir a evasão no noturno.

Meta: Reduzir o índice do noturno de evasão do noturno de 23,7% para 20% até o final de 2012.

AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL

INICIO FIM

- Buscar parcerias com a Secretaria de Assistência Social

- Convocar reunião com os membros da secretaria e professores do turno noturno;

- Realização de palestras por membros da Secretaria de Assistência Social;

- Divulgar as oficinas oferecidas pelo CRAS;

Sebastião/ Adilton

Mara/Milva

Fátima/

Abril

Maio

Abril

Maio

217

Page 219: PPP CETN 2012.doc

- Levantamento de interesse dos alunos por oficinas;

- Realização das inscrições;

- Realização das oficinas;

- Avaliação dos resultados.

Sebastião

Eunice/ Dinalva

Adilton/Elenilda/Ediná

Milva/Marilene e todos professores noturno

Todos os professores do noturno

Maio

Abril

Abril

Maio

Novembro

Maio

Abril

Abril

Novembro

Novembro

PLANO DE AÇÃO

Problema (Indicador crítico): Alto índice de evasão/abandono no turno noturno

Possíveis causas:

- Incompatibilidade entre o horário de trabalho e de estudo.

Objetivo: Reduzir a evasão no noturno.

Meta: Reduzir o índice do noturno de evasão do noturno de 23,7% para 20% até o final de 2012.

AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL INICIO FIM

- Buscar parcerias com os empregadores

- Levantamento dos alunos que trabalham e empresas empregadoras;

- Reunião com os empregadores para

Marleide e Dinalva Abril Abril

218

Page 220: PPP CETN 2012.doc

adequar o horário de trabalho com horário de aula;

- Propor aos empregadores um programa de incentivo ao funcionário estudante aplicado.

Maio Maio

PLANO DE AÇÃO

Problema: Pouca interação entre escola/comunidade

Possível causa: Falta de eventos que interagem comunidade/escola

Objetivo: Envolver a comunidade nos eventos planejados pela escola.

Meta: Realizar um evento (projeto interdisciplinar) envolvendo comunidade/escola entre maio e novembro de 2012.

AÇÃO DETALHAMENTO RESPON

SÁVEL

INICIO FIM

- Projeto Ecologia: uma ação pela vida.

- Elaboração do projeto;

- Mobilização dos alunos;

- Realização de palestras com especialistas em Educação Ambiental;

- Orientação e distribuição de panfletos na sociedade mostrando meios para uma exploração sustentável;

- Visita e reuniões mensais em comunidades rurais para um trabalho de orientação e conscientização mostrando os riscos do

Professores de todas as áreas

Maio

Junho

Julho

Julho

Maio

Junho

Julho

Outubro

219

Page 221: PPP CETN 2012.doc

desmatamento para a vida do planeta e para desertificação local.

- Exposição dos trabalhos realizados com visitação aberta à comunidade

- Avaliação dos resultados.

Julho

Novembro

Novembro

Julho

Novembro

Novembro

PLANO DE AÇÃO

Problema: Pouca interação entre pais/escola

Possível causa: Falta de eventos que envolvam pais/escola

Objetivo: Melhorar a interação entre pais/escola

Meta: Realizar um evento esportivo em agosto de 2012 com a participação dos pais.

AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL

INICIO FIM

- Torneio Esportivo. - Divulgação do torneio no meio familiar, pelos alunos, para melhores esclarecimentos;

- Realização de inscrições dos pais na modalidade

Agosto Agosto

220

Page 222: PPP CETN 2012.doc

esportiva preferida;

- Realização do torneio esportivo.

Agosto

Agosto

Agosto

Agosto

PLANO DE AÇÃO

Problema: Pouca interação entre pais/escola

Possível causa: Falta de eventos que envolvam pais/escola

Objetivo: Melhorar a interação entre pais/escola

Meta: Realizar três assembleias com os pais no ano letivo de 2012.

AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL

INICIO FIM

- Assembleias com os pais

Reunião para escolha de temas a serem discutidos nos encontros;

Realização de reuniões ao final da 1ª, 2ª e 3ª unidades.

Maio

Maio

Outubro

Outubro

221