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Pregação e Ensino Para Obreiros Cristãos

Pregação e Ensino Para Obreiros Cristãos

Textos para estudo da Homilética

e Prática de Ensino

2000

Todo direito reservado ao autor.

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Proibida a reprodução por qualquer meio semA devida permissão do editor.

SANTOS, Rosevaldo C.,

Pregação e Ensino Para Obreiros Cristãos

45 p.

1. Textos para estudos da Homilética2. Estudo da Homilética e Prática de Ensino3. Didática

Cód. RCS/08/00

1ª Edição 19922ª Edição 19963ª Edição 2000

Título original em português.

Min. Pr. Rosevaldo C. SantosFones: 85 – Cel. 9151-2940

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Lição UMLição UM

HOMILÉTICA

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 1 e 2

Introdução:Considerando que o ministro deve ter um pouco de conhecimento para poder preparar

o sermão que ele vai pregar, comentaremos um pouco sobre a arte de preparar sermões e Sermões.

Homilética é a arte de preparar sermões ou seja, prepara o assunto que se vai falar em público. Normalmente, o sermão que ele vai pregar precisa ser preparado, por isso, necessário um apurado estudo, e para isso, faz-se necessário que o ministro utilize-se de elementos fundamentais tais como: a Bíblia, dicionários, comentários, mapas, anotações e use a regra da hermenêutica. Porém, para que ele ponha tudo isto em ordem, é necessário que saiba como fazê-lo. É ai que a homilética lhe vem em socorro.

Usaremos doravante o termo Sermões.

Homilética é a arte de preparar Sermões bíblicos ou qualquer outro tipo de discurso público, exemplo: o advogado criminalista usa homilética, o político a usa e muitos outros setores da sociedade. Nenhum orador vai a público sem antes esboçar seu discurso; do mesmo modo, deve proceder o ministro, jamais deve subir ao púlpito ou entrar na classe sem antes ter preparado o esboço de seu estudo.

Estudo 1 - O sermão quanto às suas fontesEstudo 1 - O sermão quanto às suas fontes

O ministro deve ter fontes de pesquisa para preparar seu estudo. Fornecemos algumas delas no capítulo destinado ao estudo da hermenêutica, entretanto, voltaremos a citá-las dado a importância que estas fontes possuem para o preparo estudo.

a. A Bíblia Sagrada:É e sempre será a mais importante de todas as fontes que deve ter o ministro. Como a

Bíblia fora escrita em diversas línguas, e traduzidas por diversos tradutores e em épocas diferentes, o melhor que deve fazer o ministro caso não tenha conhecimento das línguas originais das Escrituras é possuir diversas traduções da Bíblia: atualizada, corrigida, linguagem atual, traduzidas a partir do original, ou traduzidas a partir do latim e outras línguas.

A prática em preparar Sermões tem nos levado a este raciocínio, veja este exemplo: Revista Corrigida, João Ferreira de Almeida, Gn.4.1 “E conheceu Adão a Eva, sua mulher,

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e ela concebeu... Neste caso, dá-se entender que Adão estava conhecendo como pessoa a Eva. O mesmo versículo, na edição atualizada, lemos: E coabitou Adão com Eva e ela concebeu ou melhor ‘ficou grávida’. Já na linguagem atual, o mesmo versículo esta assim: Adão teve relações sexuais com sua mulher e ela ficou grávida...

Se o ministro buscar a resposta do mesmo versículo em traduções diferentes chegará mais facilmente ao topo do assunto. E por certo, não cometerá erros de colocação. Igual ao assunto com quem casou Caim. Se usar somente a tradução corrigida, ele irá explicar a sua classe que Caim foi para a terra de Node e lá conheceu a sua mulher. Entretanto, se usar a atualizada, explicará que Caim ao ir para a terra de Node levou consigo sua mulher e quando chegou a terra, coabitou com ela, e ela, concebeu. Ainda se usar a linguagem atual, dirá simplesmente, Caim ao ser expulso foi para Node com sua mulher e lá manteve relações sexuais com ela e ela ficou grávida...

b. fichário de assuntos do ministro:O bom ministro procurará fazer um fichário de assuntos, ao participar de um estudo

bíblico ou de uma aula importante, deve anotar tudo o que for de seu interesse e guardar em um fichário. Entre os assuntos que deve ter guardado citamos alguns: política, notícias de jornais, de TV, engenharia genética, guerras e economia.

c. fontes de cultura:O ministro ou o professor de Escola Bíblica Dominical, deve ser uma pessoa culta,

isto não quer dizer que ele deva ter todas as faculdades ou fazer todos os cursos que surgirem. Entretanto, deve ser um pessoa culta, entendida em qualquer assunto, deve saber discutir política, economia, saúde e outros assuntos rotineiro. Para que possa conseguir essa cultura, deverá ler jornais apropriados, revistas, participar de seminários sobre diversos assuntos e sobretudo, de culto de doutrina.

Exercícios1. Explique o Termo Homilética

2. Quais as principais fontes do sermão?

3. Leia Narrativas Bíblicas Págs. 1 a 10 e faça um comentário sobre as cinco épocas da vida de Jesus.

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Estudo 2 - O sermão quanto às suas fontesEstudo 2 - O sermão quanto às suas fontes

Tipos de sermõesOs discursos são divididos em diversos tipos, para cada ocasião temos um tipo de

discurso. (Aplica-se a mesma regra para as Sermões da Escola Bíblica).

a. o sermão temático: É a que expõe a verdade bíblica num tema escolhido pelo ministro. O tema deve

enquadrar-se num texto ou trecho bíblico, de modo coerente.

As divisões do assunto para discussão derivam do tema e não do texto bíblico.

Todas as divisões estudo devem incluir o tema de forma que o ouvinte possa compreender o assunto do começo ao fim.

Exemplo:

Título (tema) As causas da frieza espiritual

Texto: Apoc. 3.14-22

Introdução: São diversas as causas da frieza espiritual, mas a principal causa sempre será o amor as cousas materiais.

I. A frieza espiritual é causada por uma desmedida preocupação com as coisas materiais

II. A frieza espiritual é causada pelo menosprezo da comunhão com Cristo.

III. A frieza espiritual é causada pela indiferença a respeito do destino eterno.

b. O sermão textual:

Diferentemente estudo temática quando se divide o tema, no sermão que ele vai pregar textual o ministro deverá dividir o texto. Ao escolher um texto para preparar o sermão que ele vai pregar da Escola Bíblica Dominical, o ministro deve ter o cuidado para fazê-lo por meio de oração, e não escolher um texto que lhe cause transtorno. A Bíblia está saturada de textos que não conduz a nenhuma edificação se usados isoladamente. Um exemplo: I Tm. 3.3, Paulo recomendou a Timóteo para separar somente homens que não fossem dado ao vinho para o ministério; porém, em I Tm. 5.23, ele diz para Timóteo beber um pouco de vinho. Este texto em uma classe de ouvintes novos, irá por certo confundi-los. Num lugar Paulo diz para não beber vinho, em outro manda beber um pouco de vinho. O que Paulo realmente estava tentando ensinar? Somente um estudo profundo, com auxílio da exegese bíblica nos possibilitaria a descoberta.

Exercícios

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1. Cite os tipos de sermões existentes.

2. Elabora com base em Jo. 14.6 um esboço de sermão temático.

3. Determine a estrutura do sermão.

5. Aprenda um pouco sobre narração. Fique em pé diante de um espelho e faça a narrativa do Nascimento de Jesus – “Narrativas Bíblicas, página 12.

Estudo 2 - A divisão textual esta assim dividida:Estudo 2 - A divisão textual esta assim dividida:

a. textual puro. Suas divisões vêm de citações do texto tomado: Exemplo: I Tess. 5.17 “orai sem

cessar”

Título: Que significa orar sem cessar

Texto: I Tess. 5.17

Introdução: A oração é a chave do sucesso do crente.

I. Orar sem cessar significa orar todos os dias

II. Orar sem cessar significa orar em todas as circunstâncias

III. orar sem cessar significa orar até obter a resposta

b. Textual por inferêcia:

Suas divisões vem de expressões sintéticas do ministro, resumindo partes do texto tomado.

c. Textual analítica: É o que divide ao máximo o texto bíblico tomado.

d. sermões expositivas:As Sermões devem ao ser ministradas na forma expositiva, isto é, o ministro deve

expositar o assunto dando ao ouvinte oportunidade de participar do estudo, com perguntas e dando também sua opinião sobre a matéria apresentada. Entretanto, existe um tipo de sermão chamada de expositiva, isto é, em seu preparo. Estas Sermões exigem muito do ministro, pois vão buscar as informações básicas nas raizes da língua, nos originais. Para que o ministro possa fazer uso desse tipo de estudo, faz-se necessário que ele tenha um bom conhecimento das línguas originais e saiba fazer a exegese bíblica.

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Entretanto, se não possuir conhecimento fundamental das línguas originais, deve reunir bons conhecimento das Escrituras, dominar as regras de interpretação e análise de textos. O conhecimento sistemático das escrituras são de suma importância para esse tipo de sermão. Esse era o método utilizada por Jesus e pelos apóstolos, pois muitas vezes, deparamo-nos em textos do Novo Testamento em que os apóstolos estão citando e expositando o Velho Testamento. Exemplos:

Jesus cita: Jonas em Mt 12. 40-41; cita Isaias em Mt.15.7-8.

Pedro em At 2.16, cita o profeta Joel, Jl. 2.28,29; Estêvão, cita Moisés faz uma verdadeira discrição da vida do profeta. Paulo faz menção da lei nos livros aos Romanos e aos Gálalas.

Exercícios1. Elabore um esboço de um sermão sobre o Tema: Justiça Divina, use o critério

TEMÁTICO.

2. Leia as páginas16 a 21 e responda as questões inseridas na página 21

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Lição 2Lição 2

Estrutura do Sermão

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 3 e 4

Estudo 1 – Estrutura do SermáoEstudo 1 – Estrutura do SermáoLEITURA DIÁRIA: Ferramentas Úteis – Capítulo 3 e 4Estrutura do sermãoTodo sermão que ele vai pregar para ser entendido precisa ser ordenada de forma

lógica, isto é, deve começar no título e acabar na conclusão. Quando um ministro deixa para depois a conclusão de um sermão que ele vai pregar, esta nunca mais será concluída, pelo menos no raciocínio dos ouvintes. Todo discurso, sermão ou sermão bíblico compõe-se de partes fundamentais. Estudaremos cada uma delas para melhor compreensão:

1. Título ou tema: Por título ou tema se entende o assunto que se pretende discutir ou ensinar. Ao

anunciar o título do assunto, o ministro conseguirá chamar atenção de seus ouvintes. Vejamos alguns exemplos de títulos. A Igreja Poderosa, texto: At. 1.8; A humilhação de Jesus, Is. 53.; Oração de arrependimento, Sl. 51. O homem que caiu do cavalo, At 9.4. Assuntos para estudo: Missão ...um dever de todos nós, Mt. 28.19. Oração chave para vitória, Lc. 18.2-8.

2. Introdução:A introdução deve ser breve, porém, que demonstre apurado sentido sobre o assunto

que se vai comentar, exemplo: Usando o título a Igreja Poderosa poderíamos começar nosso sermão mais ou menos assim: A Igreja que se fizer possuidora das promessas contidas nos versículos de atos 2, por certo será uma Igreja poderosa. Veremos a seguir como deve ser a igreja poderosa...

Temos aí uma introdução curta mas com objetivo. Será suficiente para prender atenção do ouvinte.

Exercícios1. Explique a diferença entre sermão temático e sermão textual

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2. Estude o quadro da página 30 depois elabore um breve estudo usando os versículos ali citados e, como referência use no mínimo dois evangelhos.

Estudo 2 - A divisão textual esta assim dividida:Estudo 2 - A divisão textual esta assim dividida:

3. O corpo sermão Por corpo entende-se o que está distribuído desde a introdução até a conclusão. Assim,

o corpo é a divisão do estudo em tópicos centralizados e retalhados. Vamos ao exemplo: Nosso assunto continua o mesmo, a Igreja Poderosa.

Para esse assunto, temos as seguintes divisões:

1. O que é uma Igreja poderosa?

a. é uma igreja onde o Espírito Santo atua

b. é uma igreja onde os sinais são visíveis

c. é uma igreja onde as almas são salvas

2. Como identificar uma igreja poderosa?

a. pela prática da doutrina de Cristo

b. pelo serviço que presta para Deus

c. pela atuação diante do mundo

3. Qual o resultado de ser uma igreja poderosa?

a. recebimento das bênçãos do céu

b. presença real do Espírito Santo

c. melhor serviço a Deus

Outras divisões e subdivisões podem entrar no esqueleto do esboço. Porém o normal e mais cômodo são as apresentadas acima.

Conclusão:

A conclusão: É o que chamamos de fechamento do estudo, com ela chega-se ao ponto final do

assunto, permitindo que o ouvinte faça indagações a respeito do que foi tratado. Poderíamos concluir nosso assunto assim: Como vimos, é necessário que a Igreja seja poderosa em nossos dias. Principalmente porque sem esse poder não será possível fazer o trabalho de evangelização. Perguntamos então, somos uma Igreja Poderosa?

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Exercícios

1. Estabeleça os critérios da divisão textual.2. Estude a mensagem da página 43 a 47 e determine o assunto ali

tratado e a forma como foi tratado por Jesus.

Lição 3Lição 3

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Regras fundamentais de oratória

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 5 e 6

A oratória é peça fundamental na transmissão de um sermão, estudo bíblico ou lição de Escola Bíblical.

Estudo 1 – O que é oratória?Estudo 1 – O que é oratória?O que é oratória? É a arte de falar em público, mas falar adequadamente e, de modo que todos possam

entender o que se diz, é eloqüência, elegância, postura perante o auditório. Lamentamos o fato de certos elementos acreditarem que são oradores pelo simples fato de falar alguma coisa em público. Existe uma diferença grande entre um orador e um falador. O orador procura levar seu público a envolver-se com ele durante o discurso e ao término, todos saem do recinto com comentários de elogios e satisfação, quanto ao falador, é melhor nada comentar. O que desejamos apresentar abaixo será de muita valia àqueles que desejam falar bem a seus públicos, não pretendemos com esse simples trabalho transformar professores de Escola Bíblica em grandes oradores, contudo, desejamos dar ao ministro sincero e desejoso de aprender algumas regras que facilitarão seu trabalho de transmitir seus Sermões e estudos bíblicos. Mesmo os grandes oradores tremem diante de um auditório grande ou de nível muito elevado.

Alguns problemas do orador:

1. levar a público assuntos que tenha pouco conhecimento;

2. abordar temas confusos e polêmicos;

3. uso das mãos e dos gestos;

4. vestimentas impróprias à ocasião;

5. tom de voz;

6. prender atenção do auditório;

7. como cumprimentar o auditório.

Exercícios 1. Cite os problemas do orador e forneça uma solução para cada caso.

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2. Responda as perguntas da página 47 do livro “Narrativas Bíblicas”.

Estudo 2 – Levar a público somente assunto que Estudo 2 – Levar a público somente assunto que tenha total domíniotenha total domínio

1. Levar a público somente assunto que tenha total domínio. O público saberá que o orador não tem conhecimento do assunto logo na introdução.

Muitos na tentativa de preparar o ouvinte para o tema, afirmam que estudou o assunto mas não chegou a uma definição clara, mas que vai tentar explicar o melhor possível. Se o ministro iniciar a exposição de umo sermão que ele vai pregar ou de um estudo bíblico dessa forma, é melhor que deixe o auditório.

O ministro deve considerar o fato que ele está ali para ensinar, tanto ao expor umo sermão que ele vai pregar ou ao ministrar um estudo bíblico, por isso, deve dominar o assunto. Caso queira abordar determinado tema e não consiga chegar a uma definição clara, é aconselhável que convide alguém que o possa fazer com total conhecimento.

2. Nunca deve abordar assuntos confusos ou polêmicos.Nada há mais desconfortante para um orador do que o fato de ver seu público

discordar de seu ponto vista, durante o tempo todo de seu discurso. Ao abordar assuntos confusos o orador deve ter certeza de que possui elementos fundamentais para fazer seu público manter-se no lugar até o fim. Por isso, aconselhamos que o ministro leigo não leve a público temas doutrinários que tragam polêmicas. Esses temas deve ser defendidos por apologistas (pessoa que defende temas polêmicos); normalmente os apologistas defendem teses sobre as questões que defendem e, por isso, são indicados para discursarem sobre assuntos confusos e polêmicos.

3. As mãos e os gestos.O orador iniciante tem muitos problemas com as mãos e com os gestos. A mão do

orador fala tanto quanto sua boca. Certos oradores não sabem o que fazer com as mãos. Uns as põem no bolso, outros as esconde atrás das costas, já outros ficam amassando papéis ou segurando alguma coisa.

Exercícios 1. Vimos que o orador tem muitos problemas com as mãos. Forneça uma forma

correta para esse caso.

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2. Estude o gráfico da página 71 e determine os fatos que são comuns aos awryççpç

Estudo 3 - Resolvendo o problemas das mãosEstudo 3 - Resolvendo o problemas das mãos

1. Caso o microfone esteja num pedestal, deve segurar as pontas do apoio ou do púlpito levemente - num sentido de descanso. Nesta posição as mãos estão na altura da cintura e quando for fazer um gesto elas partem desse lugar. Os gestos podem melhorar a apresentação do sermão ou desviar totalmente a atenção dos ouvintes. Ao segurar com as mãos as pontas do púlpito, o orador disfarçará acentuadamente o nervosismo (caso o haja), além disso, evitará de colocar as mãos nos bolsos ou ficar amassando papéis.

2. Caso o microfone esteja solto e seja necessário segurá-lo com uma das mãos, deve fazê-lo com a mão esquerda e mantê-lo cerca de 15 centímetros da boca e quando forçar a voz deve afastar também o microfone para que, mesmo aumentando o tom de voz, o auditório possa entender o que está falando. A outra mão ficará livre para segurar a ponta do apoio, do púlpito ou fazer algum gesto necessário.

3. Os gestos em público: os gestos são importantes num discurso, tanto os feitos com o olhar, como os feitos com as mãos. Entretanto, existem alguns que não podem e nem devem ser feitos em hipótese alguma. O orador não deve falar ao auditório com os olhos fechados, olhando de lado ou para cima - deve olhar diretamente no centro dos olhos de cada ouvinte. Deve ter um olhar firme e decidido, isto é, devorar o ouvinte com os olhos - fazê-lo entender que não está temendo o que está afirmando. Abaixo alguns gestos dependendo da fala:

a. O céu e a terra passarão: deve apontar para o céu com a mão aberta, palma da mão para cima e circular o braço levemente da direita para a esquerda, em seguida, com a palma da mão para baixo, deve apontar o chão e circular o braço da esquerda para a direita.

b. O pecado separou o homem de Deus: com o braço estendido para a frente e com os dedos unidos e em forma de uma pá, deve circular levemente a mão da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.

c. A morte de Jesus na cruz uniu o homem a Deus: mantendo as mãos numa distância de 60 centímetros uma da outra deve ir unindo-as levemente tendo as mãos abertas e com os dedos para cima num ato de união perfeita ou seja, entrelaçando os dedos.

d. Todos pecaram: colocar as duas mãos junto ao peito, com os dedos levemente dobrados para dentro, a medida que for pronunciando a frase “porque todos pecaram” ir abrindo e estendendo os braços em forma de leque e não distanciando as mãos uma da outra mais que 60 centímetros.

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e. Vem e vê: Esticando o braço em direção ao auditório, com a palma da mão para cima e os dedos em forma de pá, encolher o braço levando em seguida o indicador na direção dos olhos.

Exercícios 1. Como o orador pode resolver os problemas das mãos?2. Pratique diante do espelho os gestos de oratória.3. Estude a lição das páginas 80 a 86 depois faça um resumo de

tudo que aprendeu na lição.

Estudo 4 - Vestimenta do orador Estudo 4 - Vestimenta do orador

Este é outro grande problema do orador. Muitos usam roupas em total desacordo para a ocasião.

O ministro deve saber usar roupa certa para ocasião certa. Exemplo:

1. Cultos formais e informais: Roupa social esporte, preferencialmente cores discretas.

2. Estudos bíblicos: Dependendo a ocasião e o lugar, o ministro pode falar ao público em traje social

esporte - isto dependerá da natureza do estudo e do público. Exemplo: num retiro espiritual, num encontro de casais ou numa palestra para jovens. Em hipótese alguma numa igreja estranha ou a um grupo de ministro deve falar em traje esporte, o muito que lhe é permitido, é o abandono do paletó.

Obs. Nestes casos, a gravata e os sapatos devem estar em combinação com os demais componentes da veste.

Em acordo com esta vestimenta, o ministro deve ter seus cabelos cortados, estar sempre barbeado, unhas aparadas e sapatos limpos. Um desodorante e uma pitada de um bom perfume completam a indumentária do ministro.

5. O tom de voz. Gritar diante do auditório é sinal de eloqüência? Claro que não. Eloqüência e falar

com poder de persuasão. É evidente que num sermão que ele vai pregar ou num estudo bíblico o tom de voz irá influenciar muito, mas isso, não exige do orador gritos estéricos ou bater no apoio ou púlpito ou mesmo saltar sobre a plataforma. É por meio do tom de voz que o ouvinte irá conhecer o caráter do orador e de sua mensagem. Esse tom não deve ser

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fraco a ponto do ouvinte não ouvi-lo ou alto ao ponto do ouvinte ter que tapar os ouvidos.

Em certos auditórios existem técnicos que regulam o som, entretanto, caso não tenha esse recurso, o ministro deve falar de forma que todos possam ouvi-lo e se notar que o som está muito alto, solicitar que seja regulado a sua tonalidade de voz.

É normal o aumento e a diminuição de tonalidade da voz. Ao iniciar o discurso com um tom suave poderá ir aumentando ou diminuindo o tom, porém, se começar com um tom alto, quando quiser diminuir demonstrará insegurança ou cansaço.

Começar pausadamente o discurso é sinal de respeito ao auditório e isso, incita a sua curiosidade. Falar com pausa é bom para o ouvinte refletir no que já foi dito e preparar-se para as próximas palavras.

Ao ministrar um estudo bíblico, o ministro deve colocar-se o mais próximo de seu auditório. A interação ministro e ouvinte no estudo bíblico será ponto de suma importância, pois durante o desenrolar do estudo tanto um como outro terá oportunidade de aproximação espiritual.

O tom de voz usado no estudo ou no sermão que ele vai pregar deve ser como se estivessem conversando, o desenvolvimento de um ponto deve ser seguido de perguntas ao auditório, no caso do estudo: A Vida Cristã no Poder do Espírito, o ministro terá muitas oportunidade de inquirir de seu auditório a condição de vida que está vivendo sem falar-lhe diretamente.

Exercícios1. Como deve se apresentar o ministro num culto formal?2. Existe uma veste especial para ocasiões tais como: Casamento

e Fúnebre?3. Faça uma lista de colagem para sua Bíblia usando a página 101

do livro “Narrativas Bíblicas”

Estudo 5 - Predendo a atenção do auditórioEstudo 5 - Predendo a atenção do auditório

Qualquer orador por mais simples que seja, receberá de seu auditório atenção, respeito e simpatia até o momento que cometa qualquer ato que o desqualifique perante ele. Por isso, o orador deve manter boa postura e conseguir espontaneamente a atenção de seu auditório. Muitas vezes, o orador quer atrair seu auditório dando-lhe broncas ou pedindo que fiquem atento ao que está falando. Isso simplesmente levará o auditório a uma certa represália ao que está transmitindo. O ministro sábio usará meios democráticos para

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prender a atenção do auditório. Um meio muito simples e de grande eficiência é contar uma ilustração atraente dentro do tema - essa ilustração deve ser verdadeira e exposta com clareza de detalhes. Detalhes particulares da vida do orador também chama atenção, porém, nem sempre é bom para o ministro falar de si mesmo.

7. Cumprimentando o auditório.Um grande problema para o ministro é a forma de cumprimentar o auditório. Hoje as

igrejas usam forma de saudação e muitas vezes, o orador ao se dirigir ao auditório separa os crentes dos não crentes, isso pode provocar magoa nos ouvintes não crentes. Daremos algumas formas de cumprimentos que podem ser usadas sem ofensa ou indelicadeza, o termo: aos irmãos a Paz do Senhor e aos ouvintes boa noite está em desacordo com a ética bíblica.

a. Formas de cumprimentos:1. auditório misto com pentecostais e outros: a todos presentes “Graça e paz”, Saúdo a

todos em Cristo, quero vos saudar em nome de Jesus.

2. auditório tradicional: qualquer uma das saudações acima será aceita ou simplesmente: boa tarde, boa noite, bom dia a todos presentes.

b. Frases introdutórias:1. após o cumprimento formal, pode se dizer o seguinte:

a. estou muito feliz de estar convosco;

b. sinto-me honrado com o vosso convite para...;

c. é muito bom revê-los na graça do Senhor;

d. sinto-me feliz em conhecer mais este rebanho;

e. é muito bom falar a um auditório como este;

Por fim, desejamos falar que mesmo que o ministro tenha programado seu estudo ou seu assunto para um determinado tempo, muitas vezes, acaba por ultrapassar esse tempo. Quando ocorrer tal coisa, não deve correr para dizer tudo e terminar no horário, deve administrar o tempo diminuindo sensivelmente a exposição de cada tópico, mas fazer isso, sem comentar com o auditório. Esses são alguns dos conceitos sobre oratória, entretanto, o ministro deve consultar outras obras sobre o assunto.

Lição 4Lição 4

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COMO MINISTRAR ESTUDOS NA IGREJA

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 8 e 9

Introdução:Tudo que se move sobre a terra está movido por uma lei qualquer, a ciência médica,

pela lei da genética, os astros, pela lei da física, o ministro, pela lei do ensino. E é sobre essa lei que vamos falar neste capítulo. De que trata essa lei? Trata das regras do ensino, da pedagogia, da arte de ensinar ou de transmitir algo de maneira clara e objetiva.

Ensinar em sua concepção mais simples, é comunicar experiências. Essas experiências podem ser de fatos, verdades idéias, doutrinas ou ideais, que podem ser ensinadas por meio de sinais, de gestos, objetos, ações ou exemplos.

Estudo 1 - O estudo e o ouvinteEstudo 1 - O estudo e o ouvinte

1. O ministro deve ser a pessoa que mais conheça a lição que vai ser ensinada.

2. O ouvinte é aquele que escuta ou atende com interesse o sermão que ele vai pregar.

3. A linguagem usada como meio de instrumento entre o ministro e ouvinte deve ser comum a ambos.

4. O sermão que ele vai pregar a ser ensinada e aprendida deve ser explicada em termos de verdade já conhecida pelo ouvinte, explicando-se o desconhecido por meio do conhecido.

5. Ensinar é despertar e usar a mente do ouvinte para que apanhe o pensamento desejado, ou para que venha a dominar a arte que quer aprender.

6. Aprender é pensar com seu próprio entendimento numa nova idéia ou verdade, ou tornar em hábito uma nova arte ou habilidade.

7. O resultado desse processo é conhecido por fixação e aplicação. O ministro deve aplicar algum tipo de teste para conhecer o aprendizado de seus ouvintes.

Exercícios1. A ministração de estudo é igual a pregação? Justique.2. Elabore um estudo para a Escola Bíblica Dominical, com duração

de 50 minutos sobre o TEMA: IDE E PREGAI

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3. Elabore um roteiro dos assuntos repetidos e cole em sua Bíblia. Página 111

Estudo 2 - O ouvinte e a atençãoEstudo 2 - O ouvinte e a atenção

Os maiores inimigos são a apatia e a distração. Analisando esses dois pontos, podemos ver que o primeiro dá-se por questões puramente ligadas ao ministro e o estudo. Quanto ao segundo, pode ter outros aspectos, tais como desinteresse pelo assunto, fadiga, ambiente quente ou extremamente frio. Depende muito da faixa etária. Dependendo da idade o ministro deve adaptar seu estudo a modo não cansar a atenção, e sobrecarregar a mente dos ouvintes com pouca ou de idade avançada. Para que o ministro possa ter sucesso na ministração de seu estudo, daremos abaixo, alguns pontos sobre o tempo para cada faixa de idade.

Tempo de atenção:

1. Idade tempo/minutos:

00 a 02 anos 00.00

03 a 04 00.05

05 a 06 00.10

07 a 08 00.20

09 a 11 00.30

12 a 15 00.45

15 a 18 00.55

19 a 25 01.30 a 02.30 hs.

26 a 40 01.30 a 02.30

41 a 55 01.30 a 02.30

56 a 70 01.00 a 01.30

71 acima 00.50 no máximo

O ministro deve observar ainda estas regras para ministrar corretamente.

1. Nunca começar o estudo sem ter prendido a atenção da classe. Um breve comentário sobre o sermão da semana anterior é um bom meio para descontrair a classe.

2. Pare logo que a atenção deles for interrompida ou perdida, e esperar até tornar a prendê-la inteiramente.

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3. Ao perceber que está esgotando a atenção dos ouvintes, deve parar imediatamente a ministração.

4. Deve usar o critério de tempo fornecido para preparar o estudo, ficando subordinado ao tempo de percepção da faixa de idade que esteja ministrando.

5. Intensificar a atenção, quando necessário faz parte do ensino sistemático. O ministro deve mudar de assunto para voltar a chamar a atenção do auditório.

6. Deve fazer perguntas breves e objetivas, esperando que os ouvintes têm a resposta, agindo dessa forma, conseguirá manter melhor a atenção e voltada para o estudo.

7. Ilustrações visuais chamam a atenção, mas por pouco tempo, por isso, o ministro deve procurar contar pequenas histórias verídicas como forma de ilustração, a fim, de chamar a atenção do auditório.

8. Valorizar o ouvinte durante o estudo para que ele sinta-se a vontade e mais interessado pela palestra.

9. Vestir-se adequadamente para ministrar o estudo. Uma vestimenta fantasiada, chamará mais a atenção do que a próprio sermão que ele vai pregar.

10. Ao ser interrogado por um ouvinte, o ministro deve parar o estudo e ouvi-lo, somente depois de satisfazê-lo é que deve voltar a lição

11. Deve tomar muito cuidado com as mãos, pois um gesto mal formado pode tirar totalmente a atenção do auditório. Deve estudar o melhor meio de usar as mãos e os olhos, pois eles são excelentes veículos de comunicação.

Exercícios1. Qual é o tempo adequado para ministrar estudos para a faixa

de 56 a 70 anos.2. Qual p cuidado que deve ter o ministro quanto a vestimenta?3. Com base na lição da página 119, elabore uma síntese da

mensagem.

Estudo 3 - A linguagemEstudo 3 - A linguagem

Essa lei é talvez a mais importante de todas. Sem ela não há como dizer ao outro o que

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se quer transmitir ou denunciar um fato. A linguagem pode ser por palavras, por gestos, por elementos físicos, por sinais sonoros e outros meios. Os índios usavam a fumaça para se comunicarem, o homem descobriu o telex, o telefone e hoje, temos outros meios mais modernos de comunicação. Entretanto, em todos eles a linguagem tem que ser clara para que o outro possa compreender.

Entre o ministro e o ouvinte, esta presente a linguagem. E como ela é o único meio de comunicação entre os dois, deve ser perfeita em seu papel.

Da lei da linguagem fluem algumas regras importantes para o ministro. Vamos estudá-las:

1. Estudar constantemente e cuidadosamente a linguagem dos ouvintes.

2. Para expressar um pensamento o ministro deve usar poucas palavras e as mais simples.

3. Ao usar uma palavra difícil deve tomar o cuidado de explicar seu significado.

4. Na medida do possível o ministro deve ir aumentando o número de palavras difíceis e novas ao ouvinte.

4. Usar para cada faixa etária uma linguagem apropriada fará do ministro uma pessoa sábia e amada por seus ouvintes.

Exercícios

1.Como deve se portar o ministro quanto a linguagem?2.Qual é a importância da linguagem na transmissão da mensagem?3.Responda as perguntas da página 134 do livro “Narrativas

Bíblicas”.

Estudo 4 - O estudo e sua ministraçãoEstudo 4 - O estudo e sua ministração

Ao contrário do que se pensa, o estudo é ao mesmo tempo aceito e rejeitado pelos ouvintes. É muito comum a frase: o estudo hoje estava ruim, ou o estudo de hoje não é tão importante. Tanto ministros quanto ouvintes se enganam ao pensarem desse modo.

O estudo é quem relaciona o ministro com os ouvintes, a ignorância com a sabedoria, daí sua importância. Entretanto, se as regras fundamentais da ministração forem ignoradas, para nada servirá o seu conteúdo.

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1. Descobrir o que os ouvintes sabem a respeito do assunto . Qual o conhecimento deles. Depois dessa descoberta, o ministro poderá abordar o assunto a um nível superior.

2. Cada estudo deve relacionar-se com a anterior. Fazer um breve comentário sobre partes importantes, e sobre alguns aspectos estudados na semana anterior.

3. Discutir idéias com os ouvintes fará com que eles sintam prazer pelo sermão que ele vai pregar, e conseqüentemente, tomem parte do estudo, assimilando melhor o estudo.

4. Deve tomar cuidado para que cada estudo sempre conclua a anterior.

5. Ao começar uma nova série de estudos com assunto desconhecido será importante que o ministro faça um breve comentário na primeira ministração sobre todos os tópicos que serão estudos. Esse procedimento abrirá pontos de interesse nos ouvintes.

6. Ao ministro quero deixa-lhe um conselho: lembre-se, seu ouvinte será o que você for, ele tirará mais Sermões de sua vida do que dos estudos que recebe diariamente. Sempre fará menção das experiências, por isso, seja a cada estudo ou mensagem um exemplo de fé e vida.

Lição 5Lição 5

MÉTODOS DE ENSINO

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LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 9 e 10

Estudo 1 – Os Métodos Estudo 1 – Os Métodos

São inúmeros os métodos de ensino. Dependendo da faixa etária que forma a classe, o ministro deve usar um método diferente.

1. Método de preleção: Esse método tem suas vantagens e desvantagens. Vantagens pode alcançar maior

número de pessoas, entretanto, se for usado em uma classe infantil, para nada servirá. Pode também ser usado em conjunto com os outros métodos, principalmente, o visual. Desvantagens: As desvantagens desse método é que acaba sendo um monólogo, Isto é, somente uma pessoa fala. Esse método é conhecido também por expositivo.

2. Método Socrático: Esse método foi largamente usado pelo filósofo grego Socrátes. Consiste em levar o

ouvinte a fornecer a resposta de suas próprias perguntas. Em Mt.22.42-45, temos um bom exemplo desse método, onde Jesus faz seguidamente quatro perguntas a seus discípulos, a cada resposta, eram forçados a uma segunda sobre o mesmo assunto.

Esse método é de grande vantagem quando usado em classes com idade superior a 12 anos. Eis algumas vantagens desse método:

a. serve como ponto de partida para o início do estudo,

b. ajuda a medir o conhecimento dos ouvintes;

c. desperta o interesse pela aula, pois permite o início de diálogo entre o ministro e o ouvinte;

d. estimula o pensamento do ouvinte, obrigando-o a pensar para responder a questão.

Desvantagens do método a. exige técnica na formulação das perguntas;

b. exige paciência para aguardar a resposta do ouvinte;

c. pode provocar desvios do assunto estudo;

d. pode provocar discussão em torno do assunto;

e. exige mais do ministro em termos de conhecimentos gerais.

Para empregar esse método o ministro deve preparar as perguntas e as respostas de antemão. Lembre-se, perguntas dissertativas levam a uma resposta longa. Faça perguntas

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curtas e evite perguntas que possam inserir respostas sim/não.

Exercícios1. Explique o que são métodos.2. Forneça um exemplo de método.3. Estabeleça os critérios para o uso dos métodos.

Estudo 2 – Método de Discussão Estudo 2 – Método de Discussão

3. Método de discussãoEsse método é conhecido também por debate ou seminário. Esse método exige do

ministro alto conhecimento da matéria que esteja ensinando. Esse método também tem suas vantagens e desvantagens. Como vantagem dará ao ministro meios para iniciar com proveito uma discussão sobre a matéria, depois é só coordenar e evitar os desvios. Como desvantagens o método oferece o perigo de um confronto de idéias, uma vez que o ouvinte participará da resposta, pode ser que já tenha opinião formado sobre o assunto e não queira mudar.

4. Método audivisualEsse método é o mais antigo de todos, as escavações arqueológicas trouxeram a luz

do conhecimento mensagens que eram estampadas em pedras, madeiras e em outros tipos de elementos contendo desenhos que formavam a linguagem. Imagens de bois e de outros tipos de animais, bem como imagens de formas de utilitários domésticos representavam uma forma de comunicação.

Por meio desse método, o ministro pode ensinar tanto a crianças como a adultos.

Quanto ao material necessário ao método audivisuais forneceremos lista adiante.

5. Método de narraçãoO método de narração é o mais usado no ensino de crianças. É o método de contar

história.

Embora seja um método de narrar um fato ou uma história, o ministro deve ter em mente três coisas ao usá-lo:

a. que o fato ou a história deve ser usado como sermão;

b. que o fato ou a história deve ser usado como ilustração;

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c. que o fato ou a história deve ter um tema central e ser verdadeiro.

Exercícios1. O que é um fato?2. Como se define o fato dentro da mensagem?3. Quais são os critérios para o uso de uma ilustração?

Estudo 3 – Método de TarefaEstudo 3 – Método de Tarefa

6. Método de tarefas Consiste em o ministro mandar que seus ouvintes façam algumas tarefas em casa, tais

como pesquisas resumos e redações. Esse método quando usado em conjunto com outros é de grande valia para o ministro.

MATERIAIS PARA MINISTRAR ESTUDOS BÍBLICOSCompete a igreja providenciar os materiais necessário ao bom desenvolvimento do

ensino bíblico. Ao ministro cabe o cuidado desses materiais:

1. quadro-negro;

2. projetor de slides e retro-projetor;

3. conjunto de slides e transparência para o retro;

4. mapas, livros, e outros materiais.

O ministro deve contar com móveis e prédios apropriados para executar seu trabalho.

Exercícios1. Descreva os materiais necessários a um bom estudo bíblico.2. Qual é a importância do retro na ministração do estudo bíblico?

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3. Quais foram as lições extraídas da narrativa da página 139?

Lição 6Lição 6

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PSICOLOGIA EDUCACIONAL

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulo 11

Estudo 1 – Psicologia EducacionalEstudo 1 – Psicologia Educacional

Falaremos agora um pouco sobre psicologia educacional. É verdade que não daremos aqui um curso de psicologia, entretanto, procuraremos abordar os temas principais da educação.

Psicologia é a ciência que estuda a personalidade humana. Faz parte das ciências humanas. A árvore psicológica é muito intensa, e atualmente, vem ganhando espaço no cenário da medicina como um meio para solução dos problemas psíquicos do homem.

O ramo da psicologia que estudaremos é o da Psicologia Educacional. Este ramo se ocupa do estudo das características e comportamento do:

a. educando (ouvinte)

b. dos processos educativos.

1. O ouvinteO ministro, se quiser ter êxito no ensino, deve estudar além estudo, também seus

ouvintes.

Os ouvintes são diferentes dentro de uma classe. Embora estejam dentro da mesma faixa de idade, pensam e agem diferentemente. Vários são os fatores que contribuem para que isto aconteça. No capítulo destinado ao estudo da personalidade daremos maiores detalhes.

O melhor meio para que o ministro conheça seus ouvintes é procurando conviver com eles. O interesse pelos companheiros de trabalho e de escola dará ao ministro um bom avanço no conhecimento. A medida que for obtendo informações, deve anotá- las em uma ficha (deve abrir uma ficha para cada ouvinte). Deve também ler sobre os problemas do adolescente e do jovem e de forma alguma desprezar o conhecimento dos problemas dos adultos.

Exercícios1. Para que serve a psicologia educacional?2. O ministro deve ter conhecimento de Psicologia Educacional?

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Justifique.3. Jesus usava a Psicologia educacional? Detalhe

Estudo 3 – A PersonalidadeEstudo 3 – A Personalidade

2. A personalidadeA personalidade é o conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais de

um indivíduo.

São dois os elementos que formam a personalidade: a hereditariedade e o meio ambiente.

A hereditariedade é transmitida pelos pais e possue fatores que agem diretamente sobre o sistema físico-biolológico do indivíduo.

O meio ambiente pode alterar totalmente o comportamento de uma pessoa. Uma criança criada a meios de drogas e roubos dificilmente não se tornará uma dependente e ladra.

Os componentes da personalidade são:

1. ConstituiçãoÉ o aspecto físico-morfológico do indivíduo.

2. Temperamento É o sistema característico da personalidade. São inúmeros os fatores que formam o

temperamento do indivíduo. Entretanto não os abordaremos por falta de espaço (recomendamos a leitura da Apostila Liderança Cristã do mesmo autor).

3. caráterÉ o aspecto psíquico da personalidade. O caráter é adquirido e ao contrário do

temperamento que não pode ser mudado, o caráter que é a marca visível do indivíduo pode ser mudado.

O caráter é formado no indivíduo no transcurso da vida, são fatores de mudança e formação do caráter:

1. A família.

2. A comunidade, a Igreja a e Escola Bíblica l são excelentes agências de mudança de caráter.

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3. O trabalho.

4. A literatura boa ou má.

5. O estado social.

O ministro que quiser ter seu trabalho valorizado e efatizado por seus ouvintes deve preocupar-se em descobrir quais são as reais necessidades que têm e procurar levá-los a uma solução.

CONCLUSÃO:

Não foi e nunca será nossa pretensão com um trabalho tão resumido como este fornecer toda orientação para a formação de ministros. Mesmo porque os discípulos de Jesus estudaram com Ele durante três anos e meio e ainda faltou muita coisa para ser ensinada. Do mesmo modo, esperamos que nossos ouvintes também procurem a cada dia novas descobertas e novos avanços no campo do Ensino Religioso.

Exercícios:

1. Faça um resumo de tudo que aprendeu até aqui e discuta com seu grupo de trabalho.

Lição 7Lição 7

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NOÇÕES DE DIDÁTICA

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulo 12

A Igreja é uma agência de educação igual a uma escola secular. Segundo o que está exposto em João 3.3, o crente ao receber Jesus Cristo nasce de novo, logo, torna-se me nova criatura, ou seja, passa a ser como criança e precisa ser educado na fé e na disciplina da Bíblia Sagrada. Por isso, a Igreja é uma agência de educação e de ensino sistemático, e como tal, deve manter sempre atualizado um sistema de ensino capaz de desenvolver em seus membros, acesso a degraus superiores na fé.

Estudo 1 – Didática Estudo 1 – Didática

A disciplina didática, utilizada nas escolas seculares, chega a Igreja como disciplina necessária para nortear o ensino bíblico e teológico, porém, deve fazer isso de forma adequada e obedecendo certos conceitos pedagógicos, filosóficos e psicológicos.

O estudo da Didática não quer dizer apenas acumular informações técnicas sobre o processo de ensino. O estudo da Didática desenvolve no indivíduo a capacidade de questionamento e de experimentação com relação a essas informações.

O estudo da Didática, levará conseqüentemente o indivíduo a um contato maior e mais preciso com o processo de ensino- aprendizagem, tornando-o mais qualificado para passar as informações e promover rápido acesso aos degraus do conhecimento por parte dos ouvintes. Além disso, por meio da Didática, um elo nasce entre o ministro e seus ouvintes.

O objetivo desse curso é de fornecer ao formando em teologia, condições e técnicas de ensino capazes de desenvolver o crescimento bíblico-teológico dos membros da Igreja; levando-os ao reconhecimento das doutrinas fundamentais da Bíblia e dos verdadeiros conceitos da teologia cristã.

Os aspectos didáticos devem estar subordinados à definição de propósitos educativos válidos para orientar nosso trabalho. Daí a necessidade de se argumentar alguma coisa sobre ensinar e educação antes de entrarmos no estudo da Didática em profundidade.

Exercícios1. Para que serve a didática no ensino bíblico?

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2. Qual é a importância da didática no ensino bíblico?3. Jesus Cristo usou algum tipo de didática para ensinar? Ilustre.

Estudo 2 – O que é educação?Estudo 2 – O que é educação?

1. O que educação?Não há um modelo único de educação. Cada sociedade ou país produz seu próprio

modelo de educação, o que é bom para o Brasil em termos de educação não o é para o Japão. Desse mesmo modo, ocorre com a religião, vemos um modelo de Religião para o povo judeu e outro para o povo muçulmano. A educação religiosa ensina nos E.U.A., não é a mesma ensina no Brasil, embora, tanto no E.U.A. como no Brasil o guia fundamental para essa educação seja o mesmo - a Bíblia Sagrada.

Podemos resumir a educação e ao mesmo tempo, fornecer também suas divisões da seguinte forma:

a. Não há uma forma única ou um modelo estabelecido para a educação, haja visto que em diferentes países ou sistemas, existem também, diferentes modelos de educação.

b. Existem valores dentro da educação, valores esses que podemos resumir dessa forma:

1. Valor da educação. Refere-se a coisas que têm uma conotação positiva ou negativa. Nesse conjunto de

valores pode-se determinar que:

a. Por meio do estudo, muitos se tornam mais capazes e, chegam aos cargos e postos mais importantes dentro de nossa sociedade.

b. Outros, por não valorizarem o estudo, simplesmente ficam com as tarefas menos valorizadas dentro de nossa sociedade.

c. Além do exposto acima, a educação pode promover certo status social, quer seja dentro da sociedade mundana, quer seja dentro da sociedade religiosa.

Exercícios1. Faça uma redação do panorama do livro de Atos. Página 149...

Estudo 3 – A educação cristãEstudo 3 – A educação cristã

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2. O ministro cristão e a educação. A Igreja é a maior agência educacional existente no mundo, além dela preparar os

homens material, também o faz espiritualmente.. Por isso, o ministro cristão deve ser aquele que vê a educação como sendo uma meta a ser alcançada, entretanto não deve tentar alcançá-la por meio de recursos inválidos e deve, portanto, reconhecer:

a. que não é o único agente da educação;

b. que não deve se limitar a ser um mero repetidor;

c. sua personalidade e seu caráter influenciará mais a seus ouvintes do que a matéria que esteja ensinando;

d. que seu profissionalismo unido ao dom de Deus irá transformar a sociedade para qual está trabalhando e que, de certa forma, a sociedade será beneficiada como um todo.

O ensino bíblico-teológico deve evoluir igualmente tem evoluído a tecnologia, e outras ciências; pois o este ensino é responsável pela moralização do homem e, sobretudo, é também responsável por uma nova sociedade, que depois de receber o conteúdo de uma educação firmada na verdade de Deus, se envolverá, quase que, exclusivamente para as coisas que a Ele pertence. Dessa forma podemos concluir, que há uma relação intrínseca entre o ensino e a aprendizagem. Não pode haver ensino sem que haja igualmente, aprendizagem - pois a aprendizagem é o resultado do ensino e deve haver por parte do ministro um conhecimento sobre esse fenômeno que o ensino atua, que é a aprendizagem.

Assim, para haver ensino e aprendizagem é mais que necessário que seja:

a. Mantida uma comunhão de propósitos e identificação de objetivos e conceitos entre um lado e outro - entre ministro e ouvinte.

b. Deve haver também um constante equilíbrio entre o ouvinte, a matéria, os objetivos de ensino e as técnicas de ensino.

3. Conceito de ensino.No decurso da história da humanidade, o ensino e a aprendizagem passaram por

transformações e adquiriram novas formas e processos. Surgindo dessas transformações, conceitos fundamentais, e que, com o tempo, também evoluíram, assim temos:

a. Conceito tradicional: Ensinar é transmitir conhecimentos

b. Conceito etimológico” Ensinar é colocar dentro, gravar no espírito.

Conceito da metodologia moderna: Ensinar é criar condições de aprendizagem

d. Conceito tecnicista: O ensino deve inspirar nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade

4. O que é aprendizagem?Como aprendizagem podemos definir o processo de aquisição e assimilação, mais ou

menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.

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A Psicologia Educacional nos fornece outras teorias sobre a aprendizagem além da exposta acima. Para nós, o importante é verificar os pontos mais importantes sobre a aprendizagem.

Lição 8Lição 8

Aprendizagem

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LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 13 e 14

Estudo 1 - Tipos de aprendizagemEstudo 1 - Tipos de aprendizagem

1. Aprendizagem motora: andar, dirigir um automóvel, escrever, etc.

2. Aprendizagem cognitiva: aquisição de informações, princípios, teorias, etc.

3. Aprendizagem afetiva: diz respeito aos sentimentos e emoções.

5. Aprendizagem necessita de motivação.

A aprendizagem requer vontade de quem queira aprender, é impossível ensinar algo a uma pessoa que não deseje aprender. Por isso, o ministro deve conhecer os métodos do reforço e da motivação - em outras palavras, deve motivar seus ouvintes à aprender que está aprendendo.

As leis do ensino proporcionam uma grande variedade de métodos e recursos, com os quais, o ministro pode criar situações novas e motivadoras à aprendizagem.

Para criar essas situações o ministro necessita:

a. conhecer os interesses reais e atuais de seus ouvintes;

b. encontrar dentro de seu arsenal motivador, um método ou forma de motivação adequada, forte, duradora e suficientemente vital para conseguir que o ouvinte se interesse e alcance o objetivo da aprendizagem.

Entre tudo isso, há um ponto importante que o ministro deve conhecer - entre motivação e aprendizagem existe uma relação mútua, onde ambas se reforçam.

Dessa relação, se traduz as seguintes leis para a motivação da aprendizagem:

a. a aprendizagem requer uma motivação elementar;

b. os objetivos alcançados geram novos objetivos;

c. o sucesso alcançado na aprendizagem aumenta a motivação;

d. Embora a motivação seja um elemento necessário a aprendizagem, deve-se considerar que ela é insuficiente.

Exercícios1. Como se processa a aprendizagem?2. É importante para o ministro conhecer o processo da

aprendizagem?

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3. Explique o que é motivação.4. Forneça um exemplo de motivação.

Estudo 2 - Passos da aprendizagemEstudo 2 - Passos da aprendizagem

Esses passos devem ser levados em consideração no instante de se criar uma situação de aprendizagem. O primeiro passo deve ser sempre a observação do fato, da realidade para se obter uma visão geral da situação, ou síncrese do que ser quer ensinar. Como segundo passo, segue-se uma análise geral sobre os diversos aspectos observados e em por último, procura-se a integração dos aspectos observados - síntese.

Todos esses métodos e esforços tornar-se-ão nulos se o próprio ouvinte não desejar aprender o que lhe é ensinado.

Exercícios1. Leia a lição das páginas: 161 a 168 de descreva o assunto. Ao

final faça uma conclusão detalhada;

Lição 9Lição 9

PEDAGOGIA

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LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulo 15

Será interessante ao ministro cristão alguns conhecimentos pedagógicos. Nos tempos bíblicos, na antiga grécia, as famílias abastadas mantinham sob sua guarda um escravo chamado de pedagogo, esse escravo tinha que acompanhar as crianças de seu senhor que iam à escola. Como escravo, ele era submisso à criança, entretanto, tinha que fazer valer de sua autoridade quando necessária. Esse talvez, foi o motivo que levou esses escravos a desenvolverem grande habilidade no trato com as crianças.

A educação dos filhos estava a cargo desse escravo, da mesma forma que hoje a educação está a cargo de um pedagogo, que é chamado em nossos dias de especialista em educação. A esse profissional é confiada a tarefa de promover a forma e os métodos de educação e ainda, o cumprimento do currículo básico para uma educação uniforme e progressiva.

Estudo 1 – O que é Pedagogia?Estudo 1 – O que é Pedagogia?

Pedagogia é o conjunto de conhecimentos sistemáticos relativos ao fenômeno educativo.

Dá-se a pedagogia diversas definições:

a. Pedagogia é a ciência da educação;

b. Pedagogia é a ciência e a arte de educar;

c. Pedagogia é a arte de educar;

. Pedagogia é a reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a prática educativa.

1. Fundamentos da pedagogia

A pedagogia fundamenta-se em três aspectos:

Aspecto filosófico - esse aspectos é o que entrelaça a educação a vida, os valores e as finalidades da educação, respondendo a indagações importantes, tais como:

a. O que deve ser a educação?

b. Para onde a educação deve conduzir as novas gerações?

Esse aspecto procura estabelecer as diretrizes da educação de acordo com os valores educacionais de cada povo e de cada época.

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Exercícios

1. O Ensino da Pedagogia nos cursos de teologia é importante por que? Justifique.

2. Forneça a definição do termo PEDAGOGIA.

Estudo 2 - Aspecto científicoEstudo 2 - Aspecto científico

Por meio das ciências a pedagogia moderna procura estabelecer a educação, apoiando-se nos conceitos da Psicologia, da Biologia, da Sociologia, da Antropologia, da Economia e da Política.

Essas ciências são responsáveis pelo estudo do comportamento humano. A pedagogia moderno busca nessas ciência conceitos para montar um currículo educacional de acordo com a situação presente.

Aspecto técnico.Esse último aspectos estuda a forma educativa; como educar.

É um aspecto que se coloca entre o filosófico e o científico, ligando o ideal ao real. Sob esse aspecto estuda-se:

a. os processos e métodos educativos;

b. os sistemas educacionais e escolares;

c. as normas de cada escola;

d. os métodos e as práticas de ensino;

e. as técnicas utilizadas no trabalho escolar.

1. Didática prática para estudo bíblico.

Pode-se definir o termo didática como: Doutrina do ensino e do método; direção de aprendizagem. Assim didática é: metodologia do ensino, pois metodologia envolve:

a. investigação da verdade;

b. orientação para o ensino de uma disciplina..

A matéria pode ser dividida em duas partes:

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Exercícios1. Exemplifique as técnicas usadas na pedagogia.2. Faça um estudo do termo pedagogia e descubra na Bíblia qual

era o papel do pedagogo.3. Leia a lição das páginas:178 a 187

Estudo 3 - Planejamento educacionalEstudo 3 - Planejamento educacional

O planejamento educacional pode ser usado em qualquer estilo e tipo de ensino - os estudos bíblicos devem obedecerem o método de planejamento educacional, afinal cada estudo destina-se qualificar os membros da igreja para melhor servirem ao Senhor.

2. prática de ensino:a. métodos;

b. recursos;

c. formas de avaliação.

Exercícios

1. Detalhe o mapa da página 187.

Estudo 4 - Currículo EducacionalEstudo 4 - Currículo Educacional

O currículo constitui-se na peça mais importante para o ensino da Palavra de Deus na Igreja ou na Escola Bíblica, É por meio dele que as Sermões ou estudos sistemáticos são ordenados.

Por currículo entende-se: É um grupo de assuntos constituindo o curso de estudos, planejado e adaptado às idéias e necessidades da educação cristã de uma escola bíblica  ou de uma igreja.

Para que o currículo possa ter utilidade e atingir os ideais para qual foi montado, deve conter os seguintes requisitos:

a. apresentar Cristo como centro de todas as necessidades;

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b. visar a educação religiosa dos membro da igreja e dos ouvintes;

c. apresentar proposta para crescimento da igreja;

d. visar o crescimento espiritual de cada ouvinte;

e. analisar sistematicamente a Bíblia de Gênesis ao Apocalípse.

O currículo deve atender as necessidades físicas, mentais, sociais e espirituais do ouvinte em sua própria faixa de idade.

A dosagem do currículo deve visar o desenvolvimento cristão. Formar no crente a imagem de Cristo e promover o avanço da Igreja em direção a vida eterna.

O currículo deve visar o ensino durante um ano e obedecer a seguinte regra:

1. Estudos sobre Mordomia Cristã;

2. Estudos sobre Maturidade Cristã;

3. Estudos sobre Evangelismo Pessoal;

4. Estudos sobre a Volta de Cristo;

5. Estudos sistemáticos sobre as Doutrinas Fundamentais;

6. Estudos para crentes novos e interessados.

Outros pontos importantes do currículo são:

a. se ele vai atingir a todos ou se apenas um grupo de pessoas;

b. se o currículo parte do necessário aos ouvintes ou;

c. se parte das experiências dos ouvintes.

Exercícios1. Elabore um currículo educacional segundo a necessidade de sua

igreja ou escola bíblica.

Lição 10Lição 10

Planejamento

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LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulo 16

Planejamento Educacional.

O planejamento é necessário em todas as áreas da vida, temos o planejamento financeiro, político, comercial, industrial e o planejamento educacional, o qual iremos estudar neste capítulo.

Estudo 1 - Conceito de planejamentoEstudo 1 - Conceito de planejamento

São diversos os conceitos de planejamento, contudo, podemos definir o termo como: processo ou previsão de estrutura e organização da ação a ser desencadeada a fim de se atingir fins determinados:

a. análise de informações relevantes, do presente e do futuro.

b. determinação de estados e situações futuros, desejados;

c. previsão de condições necessárias ao estabelecimento desses estados e situações;

d. escolha e determinação de um linha de ação capaz de produzir os resultados desejados.

O planejamento visa identificar um operação:

o que

Identificar porque

Analisar para que Se quer

Prever quando realizar

Decidir como

com quem

para quem

Exercícios1. Explique o objetivo do Planejamento.2. Forneça detalhes do planejamento.3. Informe a seqüência do planejemento.

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Estudo 2 - Vantagens do planejamentoEstudo 2 - Vantagens do planejamento

1. definir e ordenar objetivos a serem perseguidos;

2. estruturar e direcionar as ações a serem tomadas;

3. tomar claras e precisas as responsabilidades quanto ao desenvolvimento das ações;

4. racionalizar a distribuição de tempo;

5. evitar a duplicação de recursos e esforços;

6. facilitar o controle das ações e sua avaliação;

7. diminuir a omissão de pessoas em relação a responsabilidade;

8. promover motivação e interesse dos ouvintes pelas ações;

9. controlar o surgimento de dificuldades inesperadas e de imprevistos;

10. assegurar a realização e utilização do potencial do projeto educacional elaborado;

11. garantir o estabelecimento de continuidade de ações.

Finalidade do planejamento:O planejamento visa garantir que a ação proposta seja:

a. objetiva;

b. operacional;

c. funcional;

d. executável;

e. contínua;

f. produtiva.

Exercícios 1. Detalhe a importância do planejamento.2. Forneça as causas do não planejemento.3. Leia a última lição do livro “narrrativas bíboicas”, tire suas

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conclusões e leve o assunto para ser discutido em seu grupo de trabalho.

Estudo 3 - Obstáculos ao planejamentoEstudo 3 - Obstáculos ao planejamento

1. falta de tempo para planejar;

2. preocupações com soluções imediatistas;

3. pressões do ambiente de trabalho;

4. hesitação em assumir responsabilidade;

5. falta de habilidade para planejar.

6. Conseqüências resultantes da falta de planejamento:

1. má distribuição e uso do tempo;

2. preocupações com soluções imediatistas;

3. pressões do ambiente de trabalho;

4. hesitação em assumir responsabilidade;

5. falta de habilidade para planejar.

7. Tipos de planejamento de ensino:

O planejamento pode ser desdobrado em três tipos diferentes:

1. Planejamento de um curso.

2. Planejamento de uma unidade.

3. Planejamento de uma aula ou estudo bíblico.

Exercicios1. Forneça um detalhe sobre os obstáculos ao planejamento.

Estudo 4 – Plano de CursoEstudo 4 – Plano de Curso

A. Plano de curso.É previsão de um determinado conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades a ser

alcançado durante um espaço de tempo.

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Esse tipo de planejamento traz algumas vantagens:

a. dá oportunidade de adequar o programa educacional a realidade da Igreja ou da classe;

b. Permite a distribuição do assunto dentro do tempo previsto, um mês, um trimestre, um ano, ou por um tempo maior.

c. Permite melhor orientação educacional, permitindo atingir a um todo, dentro da realidade da igreja ou classe.

Planejar uma aula é dar a ela conceito de operacidade e flexibilidade, determinando objetivos precisos.

Plano para preparação de estudo bíblico:

Duração da ministração: 50 minutos

Tema central: Hoje, uma réplica do mundo condenado pelo dilúvio. Gên. 6.11-13

Objetivos:

No final do estudo os ouvintes serão capazes de:

1. identificar a situação do mundo antigo.

2. identificar a situação do mundo atual.

3. identificar o paralelo entre as duas épocas.

4. identificar as ocorrências antigas em relação as de hoje.

5. identificar a imoralidade antiga e a de hoje.

6. identificar a posição de Deus em relação a situação antiga

7. identificar a posição de Deus em relação a situação atual.

8. identificar a posição da igreja em relação a situação atual.

9. tomar uma posição em relação aos pecados.

Recursos:

Bíblias (versões diferentes), Comentário e Dicionário Bíblicos, Enciclopédia Bíblica, cartolina, pincel atômico, tesoura, cola, revistas e jornais seculares que tenham publicado assuntos referentes ao texto em análise.

Estudo 5 – EstratégiaEstudo 5 – Estratégia

O assunto será verificado e apresentado com provas reais dos fatos, para isso, os ouvintes montarão painéis com recortes de revistas e jornais, colocando legendas em cada

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item. Esses painéis devem mostrar um paralelo entre o mundo antigo e o mundo atual.

Os passos para o desenvolvimento da estratégia são os seguintes:

1. O ministro apresenta o projeto do estudo aos ouvintes na semana anterior, solicitando que tragam o material necessário.

2. Depois da abertura do estudo, separa grupos de trabalho e distribui as tarefas após haver feito a leitura do texto e tecido alguns comentários sobre o mesmo.

3. Os grupos uma vez tenham recebido as tarefas, iniciam os trabalhos imediatamente

4. Após terminado o prazo, os painéis serão apresentados, e um ouvinte deverá explicar os passos do painel montado pelo grupo.

5. Finda a exposição, o ministro deverá fazer o resumo e aplicação estudo ao auditório.

O plano acima pode ser desenvolvido também por todas as classes de jovens e adultos da Escola Dominical em conjunto em conjunto, nesse caso, o tema é fornecido pelo diretor da EBD, e determina-se atividades para cada classe e no final, faz-se o fechamento com uma apresentação geral.

Pode-se convidar alguém para falar sobre o tema e fornecer mais detalhes ou simplesmente, os próprios ouvintes, formam um Seminário de debatem o assunto, oferecendo estratégias para que a Igreja avance no tempo e de acordo com a palavra de Deus.

Lição 11Lição 11

Prática de Ensino

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LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 5 e 6

O apóstolo Paulo faz uma recomendação específica sobre o dom do ensino. Lemos em Rm. 12.7 “... se é ensinar, haja dedicação ao ensino...”. Em outro lugar afirma: “... que o bispo seja apto para ensinar...”, I Tm. 3.2. Essa recomendação, nos leva a seguinte análise: O ministro do evangelho deve ser apto para ensinar e sobretudo, deve possuir qualificações e tática especial para ensinar dentro da igreja, cujo ensino é o mais sublime de todos - a Palavra de Deus.

Estudo 1 – Como EnsinarEstudo 1 – Como Ensinar

1. Como ensinar?Para ensinar existem procedimentos que devemos seguir e obedecer, estratégia,

métodos e técnicas. Para ensinar necessitamos conhecer cada um desses termos, só então, podemos compreender o que é ensinar.

Para melhor compreensão, vamos estudar o significado dos termos citados acima.

1. EstratégiasÉ um termo militar, usado para montar um plano de ação para se atingir um objetivo.

O ministro pode se valer desse termo para atingir seus objetivos educacionais - em outras palavras, estratégia é a forma como o ministro vai aplicar o estudo a seus ouvintes. Pode ser por meio de perguntas ou um método audivisual.

2. MétodoEsse termo determina uma regra, um caminho a seguir para alcançar um fim. O

método pode ser entendido como sendo o roteiro de grandes metas ou linhas de ação, entretanto, o método só leva até certo ponto, quem chega ao final como resultado é a técnica.

TécnicaÉ a forma final de execução do plano de ação levantada pela estratégica e alinhada

pelo método. Em outras palavras, técnica é a operacionalização do método.

Para que possamos melhor entender o método e a técnica, vamos ver a classificação dos métodos e técnicas de ensino.

Exercícios1. Quais são os elementos básicos da prática do ensino?2. Detalhe a importância da prática do ensino.

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Estudo 2 - Métodos e técnicas tradicionaisEstudo 2 - Métodos e técnicas tradicionais

Esses métodos exigem do ouvinte uma atitude passiva. Cabe ao ministro transmitir os conhecimentos e, aos ouvintes apenas receber. Aquilo que o ministro transmite é o mais importante e não aquilo que o ouvinte descobre. Por esses métodos e técnica, os ouvintes devem apenas ouvir, memorizar e repetir.

Dentro dessa categoria de métodos e técnicas, temos:

a. o estudo positivo e;

b. a técnica de perguntas e respostas

Técnicas e métodos novosOs tempos mudam e com ele as técnicas e os métodos de ensino também mudaram.

Alguns educadores motivados por algumas mudanças nos hábitos da sociedade, criaram a nova escola. Causas como as abaixo mencionadas foram as responsáveis pelo surgimento da nova escola.

- Mudanças rápidas nas condições de vida.

- Transformações econômicas e sociais.

- Mudanças na vida familiar - ausência dos pais no lar.

- Influências das revoluções políticas.

- Avanços tecnológicos.

- Contribuição da Psicologia e da Sociologia.

- Contribuição da Psicologia.

Esses novos métodos são chamados de métodos ativos, pois exige do ouvinte atividade pessoal, ao contrário do método tradicional, quando apenas o ministro faz a ação.

Os novos métodos destacam a vida social do ouvinte como fator importante para seu desenvolvimento intelectual e moral. Por esses métodos o relacionamento dos ouvintes entre si e dos ouvintes com o ministro passa a ter outro significado e importância. A disciplina deixa de ser fundamentada na autoridade e passa a ser parte da responsabilidade de cada ouvinte.

Entre os novos métodos temos:

- Método Montessori,

- Centros de Interesses,

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- Método de solução de problemas,

- Método de projetos,

- Trabalho em grupos,

- Unidades didáticas,

- Estudo do meio e

- Método psicogenético.

Estudo 2 - A aula expositavaEstudo 2 - A aula expositava

A mais antiga de todas as técnicas é a tradicional ou seja, a aula expositiva. Apesar disso, ela ainda é muito útil e mesmo necessário. A maneira de utilizá-la, no entanto, deve ser adequada às novas exigências do ensino moderno.

O ministro que utilizar essa técnica, pode assumir duas posições:

a. Posição dogmática - é uma posição em que o estudo é exposto e não pode ser contestado, devendo ser aceita sem discussões e com obrigação de repeti-lo.

b. Posição de diálogo - o estudo é apresentado e uma discussão em volta dele é iniciada, permitindo que o ouvinte tome parte no estudo, podendo haver pesquisa, discussão do tema e contestação.

A técnica expositiva só surtirá efeito positivo se o ministro usar a segunda posição. Outrossim, deve observar alguns importantes procedimentos, tais como:

- estabelecer claramente os objetivos do estudo;

- planejar com cuidado os passos do estudo;

- dar um toque especial e emotivo ao estudo;

- usar abundantemente os recursos de gravuras, gráficos ou painéis como ilustração do estudo;

- manter um programa de exercícios rápidos e objetivos;

- recapitular tópicos usando novos métodos de fixação e de aprendizado;

- observar os desvios de atenção ou sinais de cansaço;

- ficar visível para todo o auditório e sempre em movimento durante o estudo.

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Estudo 3 - A técnica de perguntas e respostasEstudo 3 - A técnica de perguntas e respostas

A técnica expositiva pode ser melhorada quando se usa outra técnica em conjunto. Essa técnica pode ser muito enriquecida com a técnica de perguntas e respostas. Ao utilizar essa técnica, o ministro leva o ouvinte a estudar por si e a capacitar-se para responder as perguntas dele.

O sucesso desse técnica está no fato do ministro fazer perguntas não para atribuir conceitos ou notas e sim, para estimular a participação de toda o auditório na questão apresentada, esse método é também conhecimento como dinâmica de grupo.

Os objetivos dessa técnica podem ser visto da seguinte forma:

a. fazer com que os ouvintes estudem a palavra por conta própria, a fim de aumentarem a capacidade de interpretar fontes de informações, sem assistência do ministro;

b. facilitar o desenvolvimento capacidade de expressão dos ouvintes;

c. permitir ao ministro melhor conhecimento de seus ouvintes, principalmente para uma avaliação pessoal e intelectual.

Essa técnica permite o reverso, ou seja: os ouvintes perguntam e o ministro responde, neste caso, permite que os ouvintes, dominem rapidamente a arte de formular questões. Levando-os a estudarem mais o assunto para dali retirarem as perguntas que farão ao ministro.

Essa técnica exige do ministro um planejamento adequando do assunto estudado e das perguntas que serão feitas; no reverso, o ministro deve fornecer aos ouvintes um tema e um tópico para ser estudado, e de dentro desse tópico devem retirar as perguntas. Ainda dentro dessa técnica o ministro pode dividir o auditório em grupos, para que estudem e ao mesmo tempo, se entrelacem e repassem entre si as experiências obtidas.

Estudaremos de forma resumida as técnicas e os métodos seguintes:

Método Montessori..Criado pela educadora italiana Maria Montessori, está centrado exclusivamente na

criança. O método Montessori baseia-se nos seguintes princípios:

- liberdade;

- atividade;

- vitalidade;

- individualidade.

A condição fundamental para desenvolvimento desse método é um ambiente apropriado para que o ouvinte adulto ou a criança possa se movimentar a vontade. Para a educadora Maria Montessori, o educando deve se educar por si, por meio de atividades que

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desenvolva nela, essa condição. Para Montessori, a professora deve ser substituída por material didático, que possibilite a correção dos erros por si mesmo.

Na verdade esse método, é mais um conjunto de conceitos psicológicos, com reforços sucessivos, pois para sua execução exige material didático apropriado. Exemplo, encaixes, quebra- cabeças, conjuntos geométricos etc.

Apesar desse método ser largamente usado pelas escolas maternais, merece receber criticas por ser um método fechado e artificial, tornando a criança individualista e dissocia a atividade mental de suas fontes históricas e sociais.

Exercícios1. Em que consiste o método Montessori?2. Explique o método.

Estudo 4 - Método de trabalho em grupoEstudo 4 - Método de trabalho em grupo

A praticidade do trabalho em grupo, faz desse método um dos mais utilizados nas escolas modernas. O trabalho em grupo oferece ao ouvinte a oportunidade de estabelecer troca de idéias e opiniões, desenvolvendo as habilidades necessárias à prática da convivência com as pessoas. Além de tudo isso, o trabalho em grupo colabora para:

- que novos conhecimentos sejam adquiridos pelo ouvinte;

- novas experiências são obtidas e as antigas enriquecidas;

- diferenças individuais são atendidas;

- o senso de responsabilidade é desenvolvido;

- a capacidade lideral é desenvolvida e a aceitação do outro é um passo importante obtido;

- o senso crítico é desenvolvido e a criatividade é acentuada;

- o relacionamento humano é estreitado e o espírito de cooperação é desenvolvido.

O trabalho em grupo pode ser dirigido ou espontâneo. Dirigido quando é o ministro quem divide o grupo e determina as tarefas. Espontâneo, quando o elo de amizade ou preferência reune um grupo e ouvintes que passam a desenvolver o estudo livremente.

O trabalho em grupo exige que tenha:

- Coordenador - aquele que deve dirigir os trabalhos;

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- Secretário - aquele que deve registrar os fatos;

- Relator - aquele que lê e apresenta os fatos ao ministro e aos colegas.

Para que o trabalho em grupo possa ser eficiente deve passar pelas seguintes etapas:

1. planejamento

Quando os objetivos do estudo e do grupo serão determinados;

2. Ação do grupo

Quando a ação planejada é executada seguindo os seguintes passos:

a. coleta de material - pesquisas etc.;

b. elaboração dos dados - análise dos dados e materiais coletados;

c. conclusão do trabalho - pode ser apresentado em forma de relatório, cartaz, debate etc.

d. avaliação do que foi feito - os ouvintes verificam se os objetivos iniciais formam alcançados.

Exercícios1. Quais são os passos para aquisição de materiais de ensino?

Lição 12Lição 12

Aplicação dos recursos

LEITURA BÁSICA: Ferramentas Úteis – Capítulos 17 e 18

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Estudo 1 – Recursos de ensinoEstudo 1 – Recursos de ensino

Para que o ensino seja realmente eficiente, além de profundo conhecimento do que se vai ensinar, o ministro necessita lançar mão de um auxiliar eficiente - o recurso de ensino.

Esses recursos podem ser livros, mapas, objetos físicos, fotos, fitas, filmes, recursos da comunidade, recursos naturais e outros. Podemos classificar esses recursos da seguinte forma:

1. Recursos de Ensino:

Projeções

Recursos visuais Cartazes

Gravuras

Rádio

Recursos auditivos Fitas

Gravações

Cinema

Recursos audivisuais Video-cassete

Televisão

2. Os recursos de ensino tem como objetivo:

- motivar e despertar o interesse dos ouvintes;

- favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;

- aproximar o ouvinte da realidade;

- visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem;

- oferecer informações e dados;

- permitir a fixação da aprendizagem;

- ilustrar noções mais abstratas;

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- desenvolver a experimentação concreta..

Exercícios1. Quais são os recursos necessários ao ensino?2. Descreva esses recursos.

Estudo 2- Utilização dos recursos de ensinoEstudo 2- Utilização dos recursos de ensino

Os recursos são elementos que colaboram para a fixação de uma matéria, por isso, seu emprego deve merecer certa regra por parte do ministro. Para nada servirá a utilização de um recurso se não estiver projetado para fornecer informações complementares à aula ministrada. Vejamos como utilizar corretamente um recurso.

estar de acordo com o programa de aula e visar os objetivos:

- nunca se deve utilizar um recurso que não se tenha conhecimento de seu conteúdo ou de seu funcionamento;

- um recurso só será eficiente se fornecer interação ele e os ouvintes;

- a utilização de um cartaz como recurso só será eficiente, se o cartaz for montado de forma que todos ouvintes na sala possam ler e ver suas figuras;

- cada recurso deve obedecer o critério do estudo que se ministra;

- certos recursos não devem ser usados, quando o meio ambiente não facilitar seu manuseio com firmeza.. Neste caso, enquadramos os equipamentos elétricos e os projetores, principalmente quando o meio não oferece uma tomada de energia elétrica ou outro obstáculo.

- o recurso deve ser utilizado, dentro de um determinado tempo, para nada servirá um recurso atraente se o tempo de aula não for suficiente para sua utilização.

Estudo 3 - O recurso é importante como auxílio de Estudo 3 - O recurso é importante como auxílio de fixaçãofixação

Podemos solicitar aos ouvintes que assistam determinados programas na televisão e

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depois façam uma avaliação crítica da cultura que fornecem, ou que assistam os noticiários e anotem as notícias de violências e depois verifiquem os problemas sociais que envolvem esses fatores da violência.

Vemos ai os meios de comunicação como um recurso de ensino, não obstante, esse mesmo recurso, se mal utilizado, levará o ouvinte a conseqüências danosas. Cabe ao ministro orientar a aprendizagem e conseqüentemente, a utilização dos recursos adequadamente.

O homem toma conhecimento do mundo exterior através dos cinco sentidos. Pesquisas realizadas nos fornecem o seguinte quadro:

Aprendemos:

1% através do gosto;

1,5% através do tato;

1,5% através do olfato;

11% através do ouvido;

83% através da vista.

Retemos:

10% do que lemos;

20% do que escutamos;

30% do que vemos;

50% do que vemos e ouvimos;

70% do que ouvimos e logo discutimos;

90% do que ouvimos e logo realizamos.

Para ensinar basta que o ministro se coloque a disposição do Espírito Santo e estude com carinho a Palavra e gaste algum tempo para preparar seu estudo usando este manual.

Exercícios1. Elabore um planejamento para um estudo bíblico, dividido em 5

capítulos, utilizando os métodos e as normas básicas da pedagogia.

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