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MAIS de 29 mil condutores de cin- co países, incluindo Portugal, fi- zeram o diagnóstico à fiabilida- de dos seus automóveis satisfação com a marca dos mesmos, através de um es- tudo promovido por associações de de- fesa dos consumidores europeias, in- cluindo a Deco, e no qual esta entidade participou. O inquérito, realizado entre março e abril de 2011, além de 2147 au- tomobilistas portugueses, envolveu es- panhóis, franceses italianos e belgas que deram a conhecer as suas opiniões so- bre o historial de avalias de 187 automó- veis cie diferentes marcas, modelos e ver- sões, além dos custos em manutenção - estes, naturalmente, restringidos ã nos- sa amostra nacional. O índice de fiabilidade dos automóveis roferido no estudo da Deco e suas con- géneres europeias, publicado na edição de fevereiro da revista I>roteste. baseou- se na análise do número e tipo do ava- rias que os afetaram nos 12 meses ante- riores ao inquérito, o que permitiu con- cluir que a maioria das avarias não im- plicou a imobilização da viatura. Ainda assim, corça de 19% dos inquiridos re- velaram terem ficado apeados, pelo me- nos uma vez, desde que adquiriram os veículos. Apontadas por 2 1% dos participantes no inquérito, as falhas no equipamento elétrico foram as avarias mais comuns no ano anterior. Seguem-se os problemas ele- irónicos no motor (incluindo a cabla- gem o a ignição), denunciados por mais de 1 2% o as avarias no sistema de trava- gem, que foram culpadas das visitas à ofi- cina de 1 1 % dos inquiridos. Outros pro- blemas que também influenciam a fia- bilidade dos automóveis foram os que ocorreram nos sistemas de combustível, na unidade eletrónica do motor e equi- pamento de segurança do carro. Falhas no aquecimento ou ventilação o no res- tante equipamento representam uma percentagem inferior. Prius, o mais fiável Entre os 187 automóveis que cons- tam do estudo, a última geração do Toyo- ta Prius venda desde 10/2009) lidera omnking da fiabilidade, o único com 99 pontos (99,3) em 100, demonstrando que a tecnologia híbrida do fabricante ja- ponês é resistente e durável - o quarto lugar do modelo da geração trarisata (en- tre 2000 e 2009) comprova-o (97,8) - ao que não será alheio o facto de ambos, construtor e automóvel, terem sido pio- neiros naquele sistema de propulsão que compatibiliza dois motores: um a gaso- lina eo outro elétrico. Contrariando outros estudos que têm revelado hegemonia das marcas japone- sas e a histórica fiabilidade dos carros ale- mães, a lista dos 10 primeiros comple- ta-se com modelos de marcas francesas,»

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MAISde 29 mil condutores de cin-

co países, incluindo Portugal, fi-zeram o diagnóstico à fiabilida-

de dos seus automóveis e à satisfação coma marca dos mesmos, através de um es-

tudo promovido por associações de de-

fesa dos consumidores europeias, in-cluindo a Deco, e no qual esta entidade

participou. O inquérito, realizado entre

março e abril de 2011, além de 2147 au-tomobilistas portugueses, envolveu es-

panhóis, franceses italianos e belgas quederam a conhecer as suas opiniões so-

bre o historial de avalias de 187 automó-veis cie diferentes marcas, modelos e ver-sões, além dos custos em manutenção -estes, naturalmente, restringidos ã nos-

sa amostra nacional.O índice de fiabilidade dos automóveis

roferido no estudo da Deco e suas con-

géneres europeias, publicado na ediçãode fevereiro da revista I>roteste. baseou-

se na análise do número e tipo do ava-rias que os afetaram nos 12 meses ante-riores ao inquérito, o que permitiu con-cluir que a maioria das avarias não im-

plicou a imobilização da viatura. Aindaassim, corça de 19% dos inquiridos re-velaram já terem ficado apeados, pelo me-nos uma vez, desde que adquiriram os

veículos.

Apontadas por 2 1% dos participantesno inquérito, as falhas no equipamentoelétrico foram as avarias mais comuns no

ano anterior. Seguem-se os problemas ele-

irónicos no motor (incluindo a cabla-

gem o a ignição), denunciados por maisde 1 2% o as avarias no sistema de trava-

gem, que foram culpadas das visitas à ofi-cina de 1 1 % dos inquiridos. Outros pro-blemas que também influenciam a fia-bilidade dos automóveis foram os queocorreram nos sistemas de combustível,na unidade eletrónica do motor e equi-pamento de segurança do carro. Falhas

no aquecimento ou ventilação o no res-tante equipamento já representam uma

percentagem inferior.

Prius, o mais fiávelEntre os 187 automóveis que cons-

tam do estudo, a última geração do Toyo-ta Prius (à venda desde 10/2009) lidera

omnking da fiabilidade, o único com 99

pontos (99,3) em 100, demonstrando

que a tecnologia híbrida do fabricante ja-

ponês é resistente e durável - o quartolugar do modelo da geração trarisata (en-tre 2000 e 2009) comprova-o (97,8) - ao

que não será alheio o facto de ambos,construtor e automóvel, terem sido pio-neiros naquele sistema de propulsão quecompatibiliza dois motores: um a gaso-lina e o outro elétrico.

Contrariando outros estudos que têmrevelado hegemonia das marcas japone-sas e a histórica fiabilidade dos carros ale-

mães, a lista dos 10 primeiros comple-ta-se com modelos de marcas francesas,»

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Oficinas do (des)contentamentoft Avaliação ao serviço pós-venda e a empresas independentes

O estudo elaborado pela Deco, em par-ceria com mais quatro associações euro-

peias de defesa do consumidor, analisoutambém o indico de satisfação dos auto-mobilistas com as oficinas, de marca ou

independentes, a que recorrem para a ma-

nutenção dos veículos.

BMW, Toyota e Honda tom os serviçospós-venda que mais agradam aos seusclientes, embora os custos de manuten-ção anuais nas duas primeiros sejam dos

mais elevados entre as marcas referidasneste estudo. O horário de funciona-mento e a qualidade do atendimento são

os critérios que mais influenciam o bomresultado da alemã e das japonesas.

Outra marca nipónica, a Mazda, pelocontrário, gera menor satisfação. A infor-

mação dada sobre diferentes opções (an-tes da reparaçãoj e a relação entre a qua-lidade e o preço são os pontos monos

apreciados nas oficinas do fabricante deHiroshima. Mas também o Ford. Fiat e

a Peugeot deveriam rever os seus ser-viços ao cliente, Esta última, principal-mente os custos.

Quanto às principais oficinas inde-

pendentes, a Bosch Car Service é a quemais satisfaz pelo cumprimento dos

acordos e prazos. Ao invés, a Norautodeve rever o seu serviço. Limpeza do

carro e informação sobre diferentes op-ções antes da reparação são os pontosque menos satisfazem nesta empresa.

Neste inquérito foi solicitada o indi-cação das despesas médias anuais emmanutenção e revisões periódicas. Atra-vés das respostas dos consumidores,calculou-se um valor de referência parao custo da manutenção em nove mar-cas: os preços oscilam entre os 200 € naSeat e Ford. e os 302 € na VW.

Por outro lado, analisando o custode referencia das marcas mais liáveis,conclui-se que, entre as visadas, a Hon-da é a que melhor compatibili7.a maiorfiabilidade a custos de manutençãomais baixos. Para reparações ou manu-tenção, a esmagadora maioria dos inqui-ridos dirige-se a uma oficina da marca

enquanto as garantias do automóveleslâo em vigor. Mas, logo que os respe-tivos prazos findam, quase metade pre-fere recorrer a outras oficinas, como asde proximidade (25%) e as indepen-dentes [15%). Os principais motivos

para a transferência, no caso das primei-ras. 6 a execução de um serviço fiável,enquanto a boa relação entre a qualida-de e o preço motiva mais clientes a des-

locarem-se às oficinas independentes.

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? como os Rennult Scónic 1.5 e 2.0 dCi

o Twingo 1 .2, os Citroen Cl 1.0. C 3Pi-

casso 1.6 HDi e C 41.6 ITDi, o o Peu-

geot 3008 1 .(i HDI, e da romena Dacia,denominada de baixo custo e que, re-corde-se, ó propriedade da Renault e em

cujo processo de fabrico esta é totalmen

te responsávol, com o sou modelo mais

barato, o Sandero 1.5 dCi.

Segundo este inquérito, a fiabilidadedos carro? de marca francesa é de extre-

mos, Ta! tomo o topo da tabela classifi-

cativa. os últimos lugares também são

monopolizados por automóveis da Re-

naull (Espace, Mégane. Modus), Citroen

(C5, Xsara Picasso) e Peugeot (206). E ain-

da modelos da Opel ( Astra e Zafira) o da

Fiat (Sliloc Cromo).

Surpresa ainda maior ou talvez nã0...,

a Dacia lidera o índice do fiabilidade pormarcas, com fortíssima pontuagão (com95 pontos), bem destacada da extensa bri-

gada asiática que nos últimos anos temdominado a maioria dos estudos desto

gánoro, composta pelas japonesas Hon-

da (92 pontos), Toyota (90), Subaru (89),Mazda (89) e Nissan (88), e a sul-coroa-

na Kia (90). Notada a ausência da Hyun-dai entre os primeiros lugares (12. n com

87 pontos), a demonstrar que, om termos

de imagem e durabilidade [apesar daoferta de 7 anos de garantia mecâni-

ca), ainda tem caminho a percorrer.Os construtores europeus melhor

classificados são a Jaguar (89), a Skoda

(88) e BMW (87). »

I Como relacionar-se Ibem) com a c

O nosso carro em

Pequenas ou grandes avarias, impli-cam boas reparações. Para evitar contra-

tempos., a escolha da oficina deve ser efe-

tuada segundo os seguintes pressu-postos: prazo de garantia do automó-

vel, localização fde preferência, pertodo casa ou do trabalho), tipo do serviçopretendido (manutenção simples, revi-

são ou reparação, etc.) e qualidade dos

mesmos. Todavia, nem sempre é fácil as-

segurar, antecipadamente, que todos são

respeitados. Antes de dar a ordem de re-

paração peça o orçamento, principal-mente se estiver em causa um sinistroou avaria com alguma importância. O or-

çamento deve ser redigido (se for verbaldiz-se estimativa) e compromete a ofi-cina do preço e prazo indicados, Para ve-rificar se o preço cobrado é aceitável

para o tipo de reparação, peça o orçamen-to a várias oficinas.

Depois da ordem de reparação, qual-

quer alteração ao orçamento deve ser fui-

ta com o acordo de ambas as partes o,

também, por escrito. Quando o orça-mento não discriminar o valor do FVA,

esto está já incluído no preço.Verifique a quilometragem do auto-

móvel antes de o entregar. As oficinaisautorizadas costumam ter este cuidado,

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i boas mãos)ficina: dicas contra enganos

registando o número na fatura, mas

as oficinas multimarcas nem sempreo fazem. Se o seu carro tiver mais qui-lómetros do que quando o deixou na

oficina, interrogue o reparador sobre

o motivo, pois nada lhe garante quo não

foi utilizado o veículo para fins pes-soais. Nestes casos, poderá exigir, porexemplo, que lhe reponham o nível

de combustível inicial.Por outro lado, se Uie propuserem

serviços extras, tais como lavagem, an-

tes de aceitar, pergunte o prego. Quan-do for buscar o automóvel, peça paralhe explicarem o que foi reparado e

confira com o quo está descrito na fa-

lura. Se esta não estiver correta ou for

muito sumária, solicite uma mais des-

criminada.Se forem trocadas algumas peças, o

reparador deverá devolver as antigasou danificadas. Se não o fizer, peça-as,

principalmente se não tiver total con-

fiança na oficina. Para não pagar mais

do que deve pela mão-de-obra, confir-

me se o número de horas registadonão ultrapassa o período em que a via-

tura esteve na oficina. Desconfie se, por

exemplo, uma revisão normal demo-

rou mais de 4 a 6 horas.

0 conhecimento prévio do historial de fia-

bilidade do automóvel que se pretende ou

se pondera adquirir, e também do nível

de satisfação dos clientes em relação à

marca do carro que conduzem e da qua-

lidade dos serviços oficinais em repara-

ção e manutenção são fatores decisi-

vos para celebrar bons negócios - ou seja,

boas compras. 0 exaustivo estudo que

publicamos, realizado pela Deco em par-

ceria com mais quatro congéneres euro-

peias, revela-se importante ferramenta

para a concretização dessa complicada

tarefa, baseado em alargado universo

de opinião de mais de 29.000 automo-

bilistas, sobre quase 200 automóveis.

Alguns resultados são surpreendentes.

Outros, nem por isso...