Profa. Dra. Eliane Lourdes da Silva MoroAcadêmicas de Biblioteconomia:

Camila Schoffen Tressino e Vanessa Martins de Melo

Universidade Federal do Rio Grande do SulPorto Alegre

2011

Objetivo Geral

estabelecer a leitura como fator estimulante para o desenvolvimento intelectual, moral e emocional de idosos cegos da Casa Lar do Cego Idoso.

Justificativa

Projeto de Extensão realizado com idosos cegos da Casa Lar do Cego Idoso de Porto Alegre /RS.

Visa proporcionar descontração, motivação e inovação para o cotidiano imaginário dessas pessoas através da contação de histórias e de interação.

Justificativa (cont.)

Visa proporcionar melhora no bem-estar de cada idoso, assim como sanar algumas das carências que eles possuem.

Expressam suas emoções, aprendizagens e interação através do entretenimento, das convivências afetivas, conversas agradáveis.

Justificativa (cont.)

Contar e escutar histórias estimula a imaginação propiciando a percepção de mundo de forma diferente.

O divertimento, o prazer e o ludismo que as contações de histórias propiciam conduzirão a novas descobertas, a novas representações de vida e a distanciar a tristeza e o sofrimento, para assim viverem com melhor qualidade de vida.

Construção da Cidadania: a leitura, a biblioterapia e o bibliotecário

A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele. (FREIRE, 2008).

A leitura só se efetiva quando atribuímos algum significado ao objeto lido, quando esse passa a ter sentido para nós. (MARTINS, 1988).

Construção da Cidadania: a leitura, a biblioterapia e o bibliotecário (cont.)

Nosso imaginário, ao envolver-se, produz histórias que dançam em nossa mente e se modificam de forma a conduzir nosso pensamento pelo bailar das emoções.

Nas leituras concretizamos novas aprendizagens e repensamos as antigas, assim, um emaranhado de ideias perpassa nosso pensamento tornando sólido aquilo que já foi apreendido.

Construção da Cidadania: a leitura, a biblioterapia e o bibliotecário (cont.)

O bibliotecário deve ser o “[. . . ] mediador entre a leitura, a informação e o leitor. Esse profissional, além de orientar o usuário no uso dos suportes informacionais, deve ser um promotor de leitura, um incentivador para o uso das TICs [. . . ]” (ESTABEL; MORO, 2006).

Construção da Cidadania: a leitura, a biblioterapia e o bibliotecário (cont.)

O bibliotecário deve atenter a todos os usuários, pensando especialmente no acesso à informação.

Deve propiciar que as pessoas com necessidades especiais façam uso da biblioteca e das obras que esta possui. Para tanto, precisa estar atento às tecnologias acessíveis.

Construção da Cidadania: a leitura, a biblioterapia e o bibliotecário (cont.)

É por meio da educação, de um novo olhar para o diferente que a sociedade deve estar sedimentada [. . . ] Mas, acima de tudo, deve-se capacitar profissionais que sejam encantados pelos atos de educar, de orientar, de criar. (ESTABEL; MORO, 2006).

Materiais e Métodos

As visitas serão planejadas previamente, ocorrendo uma vez na semana;

Utilização da leitura como instrumento para o desenvolvimento e entretenimento dos cegos idosos;

Os idosos serão encorajados a interagir, contando suas histórias de vida.

Considerações Finais

Promover as práticas inclusivas no âmbito da Biblioteconomia, em especial aquelas ações desvinculadas do espaço físico da biblioteca;

Aos idosos, propiciar que eles se sintam parte integrante de uma sociedade. Assim, mediando a leitura, levando informação, damos um passo em busca da formação de uma sociedade consciente das diferenças, respeitando cada um pelo que são.

Referências ESTABEL, Lizandra Brasil; MORO, Eliane Lourdes

da Silva. Capacitação de Bibliotecários com Limitação Visual pela Educação a Distância em Ambientes Virtuais de Aprendizagens. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 35, n. 3, p. 209-217, set./dez. 2006.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler em Três Artigos que se Completam. 49. ed. São Paulo: Cortez, 2008.  

MARTINS, Maria Helena. O Que É Leitura. 10. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. (Coleção Primeiros Passos, 74).