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PROGRAMA • RESUMO • CATÁLOGO ANGOLA 2016

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PROGRAMA • RESUMO • CATÁLOGO

ANGOLA 2016

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ÍNDICE

Mensagem do Presidente do Congresso......................... 05

Programa Científico.............................................................. 06

Resumos das Comunicações.............................................15

Cursos pré-congresso...........................................................31

Apresentação da feira Médica Hospitalar.......................32

Expositores e Patrocinadores............................................34

Lista de expositores..............................................................49

Planta da feira.......................................................................50

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PRECISÃO CIRÚRGICA EM TECNOLOGIA HOSPITALAR.Na Hospitec somos especialistas em equipamentos, reagentes, controlo de qualidade e assistência técnica hospitalar.A eficácia na resposta aos clientes, que se traduz num serviço rápido, completo e ao melhor custo, é uma das nossas marcas.A competência técnica, que nos torna representantes oficiais de grandes fabricantes mundiais, é outra.

É por tudo isto que a saúde é o nosso ponto forte.

EQUIPAMENTOBIOSEGURANÇA

CONTROLO DE QUALIDADE

EQUIPAMENTOS

SISTEMAS GESTÃO INFORMÁTICA (LIS)

CONSUMÍVEIS SERVIÇOS TÉCNICOS

FORMAÇÃO TÉCNICA

PROJECTAMOS SOLUÇÕES

DIAGNÓSTICOLABORATORIAL

Bacteriologia UrianálisesTestes Rápidos

CoagulaçãoVelocidade Sedimentação

BioquímicaHematologia

CromatografiaElectroForeses Ionogramas

Gases no SangueSerologia

ImunologiaCitometria Fluxo

DIAGNÓSTICOPOR IMAGEM

Sistemas de Raio XUltrassons

Sistemas de impressão digitalSistemas de digitalização

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONGRESSO

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O contributo do médico ao desenvolvimento económico e social

Excelências,

É com grande satisfação que recebemos os ilustres convidados e participantes, na-cionais e estrangeiros, do XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola.

Nada mais oportuno do que trazer à discussão um conjunto de temas que, incluindo aspectos técnicos e humanos, nos ajudam a compreender a capacidade do méd-ico em dar o seu contributo ao desenvolvimento humano e social – um desígnio proposto pelas distintas organizações de saúde de nível mundial e pelos governos, enfim pela comunidade médica mundial. Significa que a Medicina, nos seus diversos

domínios de actividade, assume um papel fundamental na criação de meios para construir uma sociedade equilibradamente sau-dável em todos os segmentos populacionais.

Nos centros de saúde, nos hospitais municipais, provinciais e centrais, na investigação, na educação e no ensino, na investigação, na promoção da saúde, na gestão das instituições – é aqui que o médico intervém, não apenas como cuidador tecnobiológico, mas, igualmente, como agente transformador, construtor, educador, comunicador, humano.

Nestas diversas situações, o médico tem a capacidade de discernir sobre as características dos doentes, em função dos determi-nantes que envolvem a sua actividade.

Detentor do conhecimento, imbuído da consciencialização da eticidade dos seus actos, o médico dispõe, graças à sua posição na relação com o doente, de uma enorme capacidade de influenciar o padrão de aceitabilidade das propostas clínicas que coloca aos pacientes.

Temos insistido muito nesta relação de interdependência e de alteridade.

A profissão é nobre, nobres devem ser os médicos na plenitude do seu ofício.

O Congresso é um espaço de discussão aberta sobre diversos temas tratados por profissionais de envergadura técnico-científica e moral.

Agradeço a presença das mais altas individualidades governamentais, presentes ou fazendo-se representar, emprestando, assim, um concreto e institucional apoio e um significativo incentivo à realização do Congresso, e, muito directamente, às grandes causas da saúde no nosso País.

Agradeço a todos os patrocinadores pelo seu envolvimento no Congresso.

A todos os participantes – seja a que título for – apresento a saudação de boas-vindas, estando convicto de que será um evento profícuo para a classe médica.

Muito obrigado.

Carlos Alberto Pinto de SousaPresidente do Congresso e Bastonário da Ordem dos Médicos de Angola

“A profissão é nobre. Nobres devem seros médicos na plenitude do seu ofício”

PRECISÃO CIRÚRGICA EM TECNOLOGIA HOSPITALAR.Na Hospitec somos especialistas em equipamentos, reagentes, controlo de qualidade e assistência técnica hospitalar.A eficácia na resposta aos clientes, que se traduz num serviço rápido, completo e ao melhor custo, é uma das nossas marcas.A competência técnica, que nos torna representantes oficiais de grandes fabricantes mundiais, é outra.

É por tudo isto que a saúde é o nosso ponto forte.

EQUIPAMENTOBIOSEGURANÇA

CONTROLO DE QUALIDADE

EQUIPAMENTOS

SISTEMAS GESTÃO INFORMÁTICA (LIS)

CONSUMÍVEIS SERVIÇOS TÉCNICOS

FORMAÇÃO TÉCNICA

PROJECTAMOS SOLUÇÕES

DIAGNÓSTICOLABORATORIAL

Bacteriologia UrianálisesTestes Rápidos

CoagulaçãoVelocidade Sedimentação

BioquímicaHematologia

CromatografiaElectroForeses Ionogramas

Gases no SangueSerologia

ImunologiaCitometria Fluxo

DIAGNÓSTICOPOR IMAGEM

Sistemas de Raio XUltrassons

Sistemas de impressão digitalSistemas de digitalização

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•TERÇA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2016

07h30 - Abertura do secretariado e entrega de documentação

18h00 - Assembleia Geral Ordinária da Comunidade Médica de Língua Portuguesa

AUDITÓRIO09h00 - Sessão solene de Abertura

10h00 - Conferência de Abertura: O contributo do sector da saúde na consolidação social

Prelector: Sua Excelência Dr. José Vieira Dias Van-Dúnem, Ministro da Saúde de Angola

10h30 - Pausa / Inauguração da Médica Hospitalar

11h00 - Painel 1. As Contribuições da Epidemiologia para a Consolidação dos Sistemas de Saúde

Moderador: Dr. Carlos Alberto Masseca – Secretário de Estado da Saúde de Angola

• Vigilância ambiental e saúde – Ministério do Ambiente

• Saúde e urbanismo – António Gameiro

• Informação epidemiológica necessária no sistema de saúde – Fátima Valente

• Investigação epidemiológica; factores de risco identificados e medidas de controlopara interrupção da cadeia de transmissão - Rosa Moreira

13h00 - Conferência: Educar é a nossa missão - Fundação Lwini

13h30 - Pausa

14h30 - Painel 5: O ensino médico e saúde

Moderadora: Maria Rosário Sambo

• O papel das faculdades de medicina no aprofundamento do sistema de saúde -Pedro Magalhães

• Os curricula da formação médica – responsabilidade na construção do médico e sua ligação à sociedade - Mário Jorge Cartaxo Fresta

• A especialização no contexto nacional - Jorge Dupret

• Experiência da Clínica Multiperfil na especialização pós-graduada – Manuel Dias dos Santos

16h30 – Painel 6: Pesquisa científica e divulgação/comunicação

Moderador: Carlos Vital Tavares Corrêa Lima

• Pesquisa clínica – do conceito à prática – Manuel Sobrinho Simões

• Pesquisa em saúde pública – Arlete Borges

• A importância dos processos de comunicação em saúde – Rui Moreira de Sá

PROGRAMA CIENTÍFICO

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SALA 111h00 - Painel 2 - Saúde Materna

Moderadora: Ana Van-Dúnem

• A saúde das mulheres na região africana – representante da OMS em Angola

• Benefícios socioeconómicos do investimento na saúde da mulher- Paulo Adão Campos

• O papel dos médicos na promoção da saúde da mulher- Isilda Neves

12h30 – Conferência: Cirrose hepática e carcinoma hepatocelular – o que fazer?

Moderadora: Júlio Neto

Prelector: Eduardo Barroso

13h30 - Pausa

14h30 - Painel 9: Doenças crónicas não transmissíveis e intervenções de saúde pública

Moderador: Adelaide Fernandes de Carvalho

• Os desafios actuais das doenças crónicas não transmissíveis – Filomeno Fortes

• Estratégias de actuação – o foco na atenção básica à saúde – Joseth Rita de Sousa

• Contributos dos médicos na promoção e na prevenção - Fátima Valente

15h30 – Simpósio Prestsaúde: Uma nova era no auto controlo da glicémia em Angola

Moderador: Eunice Sebastião

Prelector: Sabrina Cruz

16h00 – Conferência-Neuromonitorização multimodal. Estado da arte

Moderador: Miguel Bettencourt Mateus

Prelector: Igor Millet

16H30 - Conferência - Avanços da cirurgia robótica

Moderador: Armando Pinto

Prelector: Carlos Vaz

17H00 -Conferência - Doação de orgãos - Abordagem do politraumatizado ao dador

Moderador: Matadi Daniel

Prelector: Júlia Raquel

17h30 – Conferência-Procedimentos em doente com fibrose pulmonar em estádio terminal

Moderadora: Welwitschia Antónia Franco Dias

Prelectora: Margarete Arrais

18h00- A diabetes mellitus tipo 2: da fisiologia ao comportamento humano

Moderador: Eunice Sebastião

Prelector: João Xavier Jorge

SALA 211h00 - Conferência-Cenário epidemiológico das doenças cardiovasculares em África

Moderadora: Georgina Dias Van-Dunem

Prelector: Fidel Cáceres

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11h30 - Conferência-Hipertensão arterial: o que podemos esperar das novas directrizes internacionais

Moderador: António Domingos Pitra

Prelector: Mário Fernandes

12h00 - Conferência-Insuficiência cardíaca: dos biomarcadores aos transplantes

Moderador: José Vilarinho dos Santos

Prelector: Manuel Pedro Magalhães

12h30 - Conferência-Trombose de próteses valvulares cardíacas: o que há de novo?

Moderador: João Baptista Gaspar Bento Sardinha

Prelector: Fidel Cáceres

13h00 - Conferência-Dislipidemia e aterosclerose: novos desafios

Moderadora: Sílvia Lutucuta

Prelector: Armando Coelho

13h30 - Pausa

14h30 – Mesa Redonda: Emergências médicas

Moderador: Rodrigues Leonardo

• Organização de um sistema de emergência pré-hospitalar - António Marques

• Implementação da via verde de trauma – Fernando Próspero

• Transporte do doente crítico - Júlia Raquel Monte

• Fluidos no doente crítico: O que escolher - Ricardo Matos

16h30 - Conferência - Ética médica. É possível aplicá-la em medicina de emergência?

Moderador: Paulo Adão Campos

Prelector: Ricardo Matos

17h00 – Conferência-Desafios na abordagem da DCA em Angola

Moderador: Humberto Morais

Prelector: António Filipe Júnior

17h30 - Conferência-Fibrilação auricular e acidente vascular cerebral: epidemia do século XXI”

Moderador: Miguel Bettencourt Mateus

Prelector: Carlos Morais

18h00 – Temas Livres

Moderador: Suzana Costa

• O papel da medicina nuclear em neuronefrologia – Cintigrafia renal – Maria Ebo Muangala

• Doenças renal crónica em doentes hipertensos - Maria Ester Sanches

SALA 311h00 – Conferência - Opções terapêuticas na cicatrização queloide. A perspectiva cirúrgica - série

de casos

Moderador: Dadi Bucusso

Prelector: Águeda Sena de Carvalho

11h30 – Mesa Redonda – Cirurgia cardíaca Moderador: Dário Olaio

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• Cirurgia cardíaca em Angola- Estado actual e perspectivas - Joaquim Gonga

• Cirurgia cardíaca em África: desafios - João Bento Sardinha

• Cinco anos de experiência africana de cirurgia cardíaca pediátrica – Adriano Tivane

13h00 – Cuidados intensivos: desafios actuais Moderador: Lopes Martins

Prelector: Antero Fernandes

13h30 – Pausa

14h30 – Painel 10-Segurança e saúde no trabalho em Angola

Moderador: Josué Martins

• ESSO- Ana-Margarida Setas-Ferreira

• CHEVRON- Ana Ruth Luís

• ODEBRECHT- Paloma Baiardi Gregório

• CATOCA- Albertina do Amaral Gourgel

• UNITEL- Telmo dos Santos

17h00 – Temas Livres:

Moderador: Clarinha Muturi Domingos

• Estudo do perfil epidemiológico de pacientes com sarcoma – Tchicunga Elsa

• Quimioterapia indutiva em pacientes com diagnóstico de câncer – António Armando

18h00 – Temas Livres:

Moderador: Renato Palma

• Traumatismo cranioencefálico - Serafim Brás Chassova

• Cirurgia plástica ao pescoço. Três casos complexos – Kodirov Ahadjon Sayibovich

•QUARTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2016

AUDITÓRIO08h30 – Conferência - Atendimento e intervenção social no meio hospitalar

Moderador: Arlete Borges

Prelector: Sónia Fortes

09h00 – Conferência- Cirurgia hepática de precisão – metástases hepáticas de cancro colo-rectal

Experiência em 1300 casos nos últimos 10 anos

Moderador: Alfredo de Sousa Carvalho

Prelector: Eduardo Barroso

09h30 – Conferência-Cirurgia sem sangue

Moderador: Renato Palma

Prelector: José Roquete

10h00 - Conferência de sapiência - Saúde: percepções e perspectivas das comunidades

Prelectora: Fátima Viegas

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10h30 – Painel 11- Trabalhando juntos para a saúde

Moderador: José Luís Pascoal

• A perspectiva da Ordem dos Médicos de Angola - Mariana Afonso

• A perspectiva da Ordem dos Farmacêuticos – Boaventura Moura

• A perspectiva da Ordem dos Enfermeiros – Paulo Luvualo

12h30 – Conferência: Clinical governance

Moderador: José Vieira Dias Cunha

Prelector: Carla Gonçalves Pereira

13h00 – Conferência-Poderão os cuidados primários incluindo o hospital municipal apoiar a luta

contra o cancro? Ficção ou realidade?

Moderador: Fernando Miguel

Prelector: Lúcio Lara Santos

13h30 – Pausa

14h30 - Painel 4 - Cooperação Técnica entre Países num mundo global

Moderador: Dr. Carlos Alberto Masseca, Secretário de Estado da Saúde

• Estabelecimento de protocolos de colaboração com a OMS e outras entidades perti-nentes, designadamente com a Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis – Casimiro Cava-co Dias

• Contributos para o reforço das parcerias estratégicas na formação de quadros médi-cos – Evelize Fresta

• Cooperação nas Doenças Raras – Paula Brito e Costa

16h00 – Painel 13 - Financiamento e Sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde

Moderador: Prof. Doutor Manuel Nunes Júnior

Prelector: Prof. Doutor Manuel Delgado - Secretário de Estado da Saúde de Portugal

Prelector: Especialista holandês

17h00 – Conferência de encerramento: Sistema de Investigação em Saúde

Prelector: Prof. Doutor Luís Gomes Sambo, Secretário de Estado da Saúde de Angola

17h30 - Sessão solene de encerramento do Congresso

SALA 108h30 – Temas livres:

Moderador: Isabel de Brito

• Experiência no tratamento do Sarcoma de Kaposi em doentes com SIDA –Narciso Jimenez

• Porque é importante a necessidades de estudos histológicos renais – Maria Esther Sánches

09h00 – Painel 3 - Saúde das crianças

Moderadora: Victória Espírito Santo

• O aleitamento materno seguro – em que ponto estamos? – Marília Valentim Ceitas

• As principais doenças que afligem as crianças: panorama actual - Luís Bernardino

• Estratégias nacionais para a redução da mortalidade infantil - Adelaide de Carvalho

• Atitudes e práticas perante as grandes demandas na urgência pediátrica- Ermelinda Soito Ferreira

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11h00 – Conferência: Nódulos hepáticos. O que fazer?Moderador: José Carlos dos SantosPrelector: Eduardo Barroso

11h30 - Painel 7 - Medicina do trabalhoModerador: Júlio Andrade• A prevenção dos riscos profissionais: novos desafios - Rui Capo• A gestão do risco na prática profissional dos médicos - Ana Paula Mendes

12h30 – Conferência- Prevalência e factores de risco da asma brônquica na província de LuandaModeradora: Welwitschia Antónia Franco DiasPrelectora: Margarete Arrais

13h00 – Conferência- Consequências relacionadas ao consumo de múltiplas drogas em JovensModeradora: Antónia SousaPrelectora: Fausta Conceição

13h30 – Pausa

14h30 – Painel 8: Medidas no uso racional de medicamentosModerador: José Manuel Silva

• A perspectiva do médico – o sentido de medicalização – Armando Jorge Lima

• A perspectiva do farmacêutico – enquadramento na actividade medicamentosa junto do doente – Boaventura Moura

• A perspectiva do gestor – racionalidade versus necessidade – Alberto Paca

16h00 – Temas Livres: Moderador: Boaventura Moura

Uso e abuso de antimicrobianos. Política antimicrobiana – Andres Mário AcostaConsumo e custos de antibióticos no Hospital Geral de Benguela – Marlene Garcia Orihuela

16h30 – Temas Livres:Moderador: Kapela Lusikivana• Doença de Graves- Mayque Gusman Cayado• Prevalência de síndroma metabólica em mulheres angolanas grávidas – Hamilton Tavares

17H00 - Fim dos trabalhos nesta sala

SALA 208h30 – Conferência médica, referência e contra-referência: benefícios e oportunidades

Moderador: Joseth Rita de SousaPrelector: Teophile Josenando

09h00 – Conferência: Ensino, diagnóstico e tratamento da dor Moderador: Miguel Bettencourt Mateus

Prelector:Francisco Correia

09h30 – Conferência-Helicobacter pylori - Entender para tratarModerador: Mário CondePrelector: Belmiro Rosa

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10h00 – Conferência-Cenários clínicos em DM2: explorando alternativas para cada perfil de pacienteModeradora: Eunice Sebastião Prelector: Domingos Lira Bravo Paulo

10h30 – Conferência - Pé diabético. O que fazer?Moderador: Sabrina Cruz

Prelector: Anselmo de Oliveira Castela

11h00 – Conferência-Abordagem cirúrgica às multifracturas das extremidades decorrentes da

sinistralidade rodoviária

Moderador: Sandra Pereira

Prelector: Adriano Oliveira

11h30 – Conferência-Nódulo da tiróide - como investigar e acompanhar?

Moderador: Edgar Florindo

Prelector: Rodrigues Leonardo

12h00 – Conferência-Nanotecnologia para diagnóstico molecular - O caso da tuberculose

Moderadora: Maria Madalena Chimpolo

Prelectores: Pedro Viana Baptista e Alexandra Fernandes

12h30 – Conferência-O que valorizar no tratamento da nefropatia do diabetes?

Moderador: Matadi Daniel

Prelectora: Suzana Costa

13h00 – Conferência-Registo da doença renal crónica em Angola, 2014

Moderadora: Engrácia Van-Dunem

Prelector: Matadi Daniel

13h30 – Pausa

14h30 – Painel 14 – Seguros: situação actual, perspectivas, oportunidades e desafios

Moderador: José Vieira Dias da Cunha

• Confiança Seguros- Nataniel Fernandes

• Mundial Seguros- Fernando Dala

• Universal Seguros- Armando Mota

• Protejja Seguros- Pedro Galha

17H00 - Fim dos trabalhos nesta sala

SALA 308h30 – Conferência - Saúde nos media: O rigor da notícia

Prelector: Albino Carlos

Moderador: Pedro de Almeida

09h00 – Conferência- Sonolência diurna excessiva

Moderador: Maria Luísa Alfredo

Prelector: Maria de Fátima Caetano

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09h30 – Conferência-Cardiopatias congênitas: como abordar?

Moderador: Sebastiana Gamboa

Prelector: Manuel Pedro Magalhães

10h00 – Conferência - Estratégias de abordagem dos SCA/EAM- Como ganhar tempo

Moderador: Mário Fernandes

Prelector: José Roberto Vilarinho dos Santos

10h30 – Conferência - Hepatite viral B e C: diagnóstico, tratamento e prevenção

Moderador: Fátima Vieira Lopes

Prelector: Rui Tato Marinho

11h00 – Conferência - Os novos paradigmas da formação pré- graduada

Moderador: Miguel Santana Bettencourt Mateus

Prelector: José Fernandes e Fernandes

11h30 – Simpósio AstraZeneca: Inibidores de SGLT2: uma nova forma de compreender e tratar a

Diabetes tipo II

Moderador: Anselmo Castela

Prelector: Manuela Sande

12h00 – Painel 12 - Ganhos no sector da saúde

Moderador: Miguel Santos Oliveira

Experiência da Província do Huambo- Frederico Juliana

Experiência do Hospital Regional de Benguela- Eduardo Kedisobua

13h00 – Conferência: Importância da estatística em saúde

Moderador: José Vieira Dias Cunha

Prelector: Camilo Ceita

13H30 – Pausa

14h30 – Conferência - Acessos vasculares alternativos

Moderador: Alfredo Rodrigues de Sousa de Carvalho

Prelector: Henrique Ramalho

15h00 – Simpósio Hospitec “Workflow, uniformização e monitorização dos resultados laboratoriais”

Moderador: Adelaide Neto Matias

Prelector: Laura Brum; Sabrina Cruz; Maria José Reis

16h00 – Temas Livres

Moderador: Artur Gonçalves

• Indicador da qualidade de cuidados hospitalares –Emanuel Catumbela

• Educação sexual dos jovens e prevenção da gravidez – Natércia Simba Almeida

• Estudo retrospectivo da exposição ocupacional aos CEM –Cesaltina Culolo Costa

• Avaliação indirecta da qualidade de saúde comunitária – Emanuel Catumbela

17H00 - Fim dos trabalhos nesta sala

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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES

PAINÉISA importância dos processos de comunicação em saúde – A comunicação médico-doente na consulta

Autor: Rui Moreira de Sá Jornal da Saúde / Marketing For You

Comunicação em saúde diz respeito ao estudo e utili-zação de estratégias de comunicação para informar e in-fluenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades no sentido de promoverem a sua saúde.

A comunicação em saúde inclui mensagens que podem ter finalidades muito diferentes, tais como: promover a saúde e educar para a saúde; evitar riscos e ajudar a li-dar com ameaças para a saúde; prevenir doenças; sug-erir e recomendar mudanças de comportamento; reco-mendar exames de rastreio; informar sobre a saúde e sobre as doenças; informar sobre exames médicos que é necessário realizar e sobre os seus resultados; receitar medicamentos; recomendar medidas preventivas e activi-dades de autocuidados em indivíduos doentes.Assim, a comunicação é um tema transversal em saúde e com relevância em contextos muito diferentes. O tra-balho a apresentar no Painel centra-se na comunicação na relação entre o médico e o doente. A investigação teve como objectivo central conhecer, na perspectiva do doente, (1) quais os aspectos mais importantes da comunicação médico doente, inerentes ao processo de consulta, (2) qual o seu nível de satisfação com a comunicação, na última consulta médica e finalmente (3) se há alguma relação entre o grau de importância dos diferentes aspectos da comunicação e a satisfação do utente com a consulta.Elaborou-se um questionário constituído por três partes: a I Parte refere-se aos aspectos importantes na comunicação médico doente (ICM-D); a II Parte refere-se à satisfação com a comunicação na última consulta médica (SCM-D); finalmente um questionário socioprofis-sional e de saúde.O questionário utilizou uma escala tipo Likert, como téc-nica de medição das respostas. A escala ordinal varia entre um e cinco, sendo 1 - “sem nenhuma importância” (ICM-D) / “muito insatisfeito” (SCM-D) e 5 - “muito importante” (ICM-D) / “muito satisfeito” (SCM-D). Os dados foram processados e analisados no programa SPSS. Assim, identificaram-se os principais aspectos, sob o ponto de vista da comunicação, que os doentes con-sideram mais importantes que ocorram durante uma con-sulta, a sua satisfação durante a última consulta, a cor-relação linear entre as variáveis sociodemográficas e de saúde com a “interacção / comunicação médico-doente” e com a “satisfação com a comunicação na última consulta”, incluindo a variância. Algumas das conclusões – os aspec-tos que os doentes consideram mais importantes na co-municação médico-doente são: fazer perguntas sobre si-nais e sintomas; tratar o utente com respeito; aconselhar o utente em como prevenir/evitar doenças e manter-se saudável; mostrar competência técnica; atender o doente sem ser apressadamente; informar sobre o diagnóstico,…Espera-se que os resultados possam contribuir para melhorar um dos aspectos mais importantes da quali-dade e humanização dos cuidados de saúde – a comu-nicação.

Segurança e saúde no trabalho – As melhores práticas numa empresa de mineraçãoSociedade Mineira de Catoca

Autora: Albertina Gourgel

A responsabilidade do cumprimento dos padrões de seg-urança e de saúde no trabalho, assim como as regras que lhe são aplicáveis, é de todos os empregadores e empre-gados. Daí que o objetivo deste trabalho foi descrever as melhores práticas numa empresa de mineração, através das principais acções desenvolvidas, tais como: diálogo diário para segurança (DDS); semana interna de preven-ção de acidentes de trabalho (SIPAT); campanha de luta contra o uso de bebidas alcoólicas no meio laboral; re-alização de seminários sobre as doenças profissionais e sexualmente transmissíveis (DST), entre outras. Com base no relatório mensal do Sector de Segurança no Tra-balho e no método de avaliação clínica, procedeu-se à fil-tragem de dados, tendo presente as seguintes variáveis: dias; mês; efectivos; horas de trabalho; número de aci-dentes; indicadores dos acidentes e de ocorrência com equipamentos. Numa amostra de 2039 trabalhadores da empresa, no período de Janeiro a Novembro de 2015, ver-ificou-se que o grupo de trabalhadores estudados apre-sentou condições satisfatórias no desempenho das suas actividades, pelo que se conclui que o cumprimento dos padrões de Segurança e de Saúde no Trabalho é a melhor forma de reduzir o absentismo, a baixa produtividade e o baixo rendimento. A falta do cumprimento dos melhores padrões de Segurança e de Saúde no Trabalho põe ainda em risco, não só a vida do trabalhador, como de toda a empresa, violando o estipulado no Decreto nº 31/94, de 5 de Agosto.

Atendimento multidisciplinar na prestação dos cuidados de saúde

Autores: Paulo Luvualo; Adão Chimuanji; Netito Barros

Introdução: trabalhar Juntos para Saúde no mundo con-temporâneo faz-se necessário e indispensável à utilização de grupos como estratégia na atenção em saúde. O tra-balho em equipa consiste numa modalidade de trabalho colectivo que se configura na relação recíproca entre as in-tervenções técnicas e a interacção dos agentes. Objectivo: analisar a importância do trabalho em equipa na saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de revisão bibli-ográfica, elaborada com base na literatura sobre o tema em artigos publicados nas bases de dados como: Scielo; Lilacs; Bireme e Medline. Resultados: segundo McCallin (2001), as características de uma equipa de sucesso são: objectivos comuns; clara definição de papéis; suporte e engajamento; respeito; comunicação; competência e ha-bilidades; aptidão dos membros da equipa para funcio-nar como uma unidade e não somente como um grupo de indivíduos. De acordo o estudo realizado durante o III Encontro Nacional da Ordem dos Enfermeiros de Angola (2015), com o objectivo de refletir sobre a qualidade de assistência, no que concerne a relação entre médicos e os três níveis de enfermagem, constatou-se que mais de 50% afirmou ter boa relação. Conclusões: médicos e enfermei-ros trabalham juntos em hospitais, clínicas e outras insti-tuições de saúde com o objectivo de cuidar de doentes, promover a saúde e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Palavras-chave: Equipa multidisciplinar; relação médico-enfermeiro e serviços de saúde.

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A experiência do Hospital Regional de Benguela

Autores: Eduardo Kedisobua; Benedito Hernâni da Silva Quinta; António Manuel Cabinda; Min-ervina Van-Dúnem

O Hospital Regional de Benguela é um hospital público da rede nacional de saúde que tem como visão ser referência regional em saúde integral dos indivíduos e, como mis-são, garantir o atendimento humanizado e especializado à população, por meio de serviços preventivos e curativos com equipas multidisciplinares, alta tecnologia e progra-mas de ensino com vista a reduzir o índice de morbi-mor-talidade na região e no País.Objetivos: demonstrar os diferentes ganhos obtidos na sua dinâmica assistencial e docente, enfatizando os últimos cinco anos. Com o advento da paz, o Hospital Regional Benguela beneficiou de um processo de reabili-tação, ampliação e requalificação, facilitando o surgimen-to de novas valências ao nível assistencial, com impacto na redução da mortalidade geral, através de serviços diferenciados, tais como, Cardiologia, Gastroenterologia, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Cirurgia Videolaparo-scópica, Serviço de Infecciologia, Cuidados intensivos ne-onatal e UCI Polivalente, Serviço de Anatomia Patológica e melhoria dos meios de diagnóstico de uma forma geral. Estes factores elevaram o nível e, consequentemente, o início do processo de internato complementar médico, o qual já vem apresentando resultados satisfatórios, confir-mados com a formação de sete especialistas localmente, nas especialidades de Pediatria (3) e Medicina Interna (4). O crescimento referido tem sido acompanhado com a humanização dos serviços coordenada pelo Gabinete do Utente.

UNITEL: estratégia e gestão da saúde e seguran-ça no trabalho

Autor: Telmo dos Santos

Como parte da estratégia empresarial e a política de mel-horamento contínuo do negócio, a Unitel tem na sua es-trutura orgânica a área de saúde e segurança, fruto do genuíno interesse pelo capital humano, o nosso activo mais importante e valioso. Esta área é responsável em garantir o cumprimento legal em matéria de higiene, saúde e segurança no trabalho, contribuindo com isso para instalações e postos de tra-balho mais seguros, livre de sinistros laborais e doenças profissionais.

A área abarca os seguintes temas: Segurança no trabalho• Avaliações de risco, simulacros, gestão de emergências, investigação de acidentes de trabalho, campanhas de se-gurança no trabalho, formação em saúde e segurança; Segurança rodoviária• Segurança da frota, avaliações de risco rodoviário, in-vestigação de acidentes rodoviários, campanhas de segu-rança rodoviária; Saúde ocupacional• Promoção da saúde (campanhas e feiras da saúde); • Avaliação de factores de risco para a saúde;• sicologia do trabalho e do tráfego; • Ginástica laboral; Medicina do trabalho• Exames médicos ocupacionais; • Emergências médicas e primeiros socorros; • Gestão do Posto de Saúde no trabalho (médico e enfer-meiro do trabalho); • Apoio ao seguro de saúde.

CONFERÊNCIAS

A diabetes mellitus tipo 2: da fisiologia ao com-portamento humano

Autor: João Xavier Jorge

Considerada hoje a maior pandemia do século XXI, a dia-betes mellitus é caracterizada por uma profunda alteração no metabolismo dos carbohidratos e das gorduras. A sua associação à chamada síndrome metabólica prenuncia o enorme risco de se transformar num verdadeiro flagelo para a humanidade. Nos últimos anos, a sua frequência aumentou de forma exponencial em todo o mundo, par-ticularmente entre os negros africanos. A sua frequência aumentou de 12%, em 1997, para 16% em 2015 e chegará a 26,6% em 2027, entre os maiores de 25 anos. Na génese da diabetes mellitus tipo 2 concorrem mui-tos factores. A disfunção da célula beta e a diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina são dois impor-tantes factores envolvidos. Porém, os mecanismos que envolvem inter-relação entre eles não estão ainda bem esclarecidos. Foi identificada uma desregulação humoral, neuro-hormonal, que envolve o tecido adiposo, o siste-ma imunitário e a interação fisiológica portal/visceral. A secreção de um conjunto de várias adipocitokinas, como a adiponectina, a resistina, o TNF alfa, a Leptina e outros, fortemente reconhecidos como promotoras da insulino resistência, associa-se a outro fenómeno não menos im-portante que é a deposição excessiva e ectópica de maté-ria gorda no pâncreas, no fígado e nos músculos. A desregulação do metabolismo lipídico cursa com al-terações dos níveis de colesterol e triglicéridos e conse-quentes alterações progressivas da função hepatocitária. Por último, factores genéticos e heredo-familiares asso-ciam-se aos antes citados, agravando o risco nalgumas populações. Entre os indivíduos de raça negra obesos dia-béticos, estudos identificaram 68 genes diferencialmente expressos, entre os quais o Myosin X (MYO10), que codi-fica uma proteína motora a base de actina, fortemente associada com a diabetes tipo 2, e o TBRG1. As alterações dietéticas e dos hábitos de vida entre a população africana, incluindo a angolana, com o con-sumo excessivo de bebidas açucaradas, desde a tenra idade, o consumo excessivo de carbohidratos, o consu-mo desmesurado de bebidas alcoólicas sobretudo entre os jovens, o baixo consumo de frutas e vegetais verdes frescos, e o sedentarismo estão fortemente associados a obesidade, a síndrome metabólica e diabetes mellitus. Os custos com o tratamento da diabetes em África, situ-am-se entre 21 a 47% do rendimento das pessoas e atinge 70% na presença da nefropatia, no sistema público. Com a presente conferência pretende-se reflectir, sobre os mecanismos fisiológicos da diabetes mellitus tipo 2 e a sua relação com o comportamento das pessoas em África.

Abordagem cirúrgica às multifracturas das ex-tremidades decorrentes da sinistralidade ro-doviária

Autor: Adriano Martins de Oliveira

A sinistralidade rodoviária constitui a segunda causa de morte em Angola, superada apenas pelas doenças trans-missíveis. É a principal causa de morte na população jo-vem, economicamente activa. As extremidades são das regiões anatómicas mais afectadas com lesões que, pelo seu número, gravidade, associação e comorbilidades, im-põem muitas vezes um verdadeiro desafio ao traumatolo-gista. As fracturas das extremidades decorrentes da sinistrali-dade rodoviária resultam de traumatismos de alta ener-gia, geralmente no contexto de politraumatizado, por associação de lesões de outros órgão e sistemas, ou por

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associação de múltiplas fracturas que podem pôr a vida, ou o membro, em risco. A sua abordagem deve por isso estar assente nos princípios de atendimento ao doente politraumatizado, tendo sempre em conta que a estabili-zação hemodinâmica da vítima depende muitas vezes da estabilização das lesões das extremidades. A abordagem cirúrgica das multifracturas deve ter per-spectivas graduais, visando: 1º) a estabilização hemod-inâmica com intervenções de emergência que visam sal-var a vida da vítima (controlo de danos). O risco maior para a vida da vítima com lesões das extremidades é o choque hipovolémico, por isso, todos os focos hemor-rágicos devem ser controlados; 2º) a salvação do membro com intervenções que não agravam o estado clínico da vítima; 3º) o tratamento efectivo das lesões que podem decorrer no contexto de urgência ou diferido; 4º a recu-peração funcional. Os aspectos muitas vezes impressio-nantes destas lesões não devem desviar a atenção do tratamento das outras lesões que põem a vida da vítima em risco.O resultado final da abordagem do doente com múltiplas fracturas tem relação com a qualidade do atendimento da vítima nas diferentes etapas assistenciais, desde o local do acidente até a sua reabilitação.

Opções terapêuticas na cicatrização queloide. A perspectiva cirúrgica. Série de casos

Autores: Águeda Sena de Carvalho; Reuben Sou-sa, Rui Medeiros

Introdução: cicatriz queloide é uma condição resultante da cicatrização anormal de feridas, devido à alteração da migração e proliferação de células nas fases inflamatóri-as, proliferativas e remodelação, ocorrendo apenas em seres humanos. Grupos étnicos mostram sensibilidades diferentes ao seu desenvolvimento, entre negros, cauca-sianos e asiáticos. Pacientes com pele mais escura têm uma prevalência maior em comparação com as pessoas com pigmentação mais clara. Objetivo(s): fornecer protocolos terapêuticos a utilizar, como opções em casos clínicos selecionados. Combat-er a perspectiva cirúrgica no tratamento das cicatrizes queloides. Melhorar a técnica cirúrgica na prevenção / redução da recidiva. Materiais e métodos: comparam-se alguns casos clínicos de negros e caucasianos, com opções de modalidades terapêuticas empregues e seus resultados. Resultados: em relação aos casos clínicos relatados, apresentamos a abordagem de cicatrizes patológicas queloides em difer-entes idades, raças e topografia anatómica, as diferentes opções de tratamento combinado, sendo encontrada uma maior probabilidade de recorrência para a raça negra, quando comparado com a caucasiana. Análise e conclusões: a cicatriz queloide é um grande de-safio para a cirurgia plástica, uma vez que as cicatrizes anormais são um dos problemas mais frustrantes na prática clínica da especialidade. Ainda não se sabe, de-finitivamente, o tratamento eficaz para esta dismorfia cutânea crónica e incapacitante, com enorme impacto es-tético, funcional e psicossocial. Isso reflecte a multiplici-dade de modalidades de tratamento existentes, nenhum dos quais provou ser realmente eficaz. Pelo facto, estu-dos genéticos são desenvolvidos, em busca de melhores soluções terapêuticas. A terapia molecular pode oferecer perspectivas animadoras para a modulação da matriz cic-atricial de feridas.Palavras-chave: cicatrizes queloides, raças negra africana e branca caucasiana, características étnicas, tratamento combinado.

Prevalência e factores de risco da asma brônqui-ca na Província de Luanda

Autor: Margarete Arrais

A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas e constitui uma importante causa de morbilidade crónica e mortalidade em todo mundo. Existem no mundo cerca de 300 milhões de indivíduos com asma e há dados que demonstram que a sua prevalência tem vindo a aumen-tar, particularmente em crianças. Outras doenças alérgi-cas como a rinite e o eczema podem estar associadas à asma e constituir factores de risco para o seu agravamen-to. Os poucos estudos epidemiológicos sobre a asma e doenças alérgicas realizados em África indicam que a sua prevalência também é elevada e tem vindo a aumentar. Material e métodos: foi realizado um estudo descritivo, transversal, observacional, utilizando a metodologia do ISAAC, na província de Luanda. Foram selecionadas alea-toriamente, por todos os municípios, escolas públicas do ensino primário e do 1º ciclo, do ensino secundário. A amostra foi constituída por 3080 crianças de 6 e 7 anos e 3128 crianças de 13 e 14 anos. Os dados foram proces-sados e analisados no programa SPSS Statistics, versão 22.0. Resultados: a prevalência de asma em crianças de 6 e 7 anos e de 13 e 14 anos, na província de Luanda, foi de 15,7% e de 13,4%, respectivamente, de rinite foi de 19% e 26,9% respectivamente, de eczema 18,4% e 20,2%, respectivamente. Em relação aos factores de risco anali-sados, a presença de rinite e de eczema, a utilização de ar condicionado do tipo Split como sistema de climati-zação, a toma frequente de paracetamol e a existência de cão no domicílio, estavam significativamente associadas com a presença de asma. Conclusão: a asma e doenças alérgicas relacionadas, como a rinite e o eczema, são um problema de saúde pública nas crianças de Luanda. Me-didas preventivas e de controlo devem ser encorajadas. Há a necessidade da realização de estudos semelhantes para uma análise mais detalhada dos factores de risco e de protecção e a sua relação com a etiologia da asma e das doenças alérgicas.

Procedimentos em doente com fibrose pulmo-nar em estádio terminal

Autor: Margarete Arrais

Fibrose pulmonar é a substituição do tecido pulmonar por um tecido cicatricial. É causada, na maioria das vezes, pe-las doenças intersticiais pulmonares, mas existem muitas outras causas. A fibrose pulmonar é, geralmente, conse-quência de uma doença prévia. É irreversível e progres-siva, levando o doente a insuficiência respiratória crónica.As sequelas de tuberculose pulmonar, nomeadamente a fibrose pulmonar, enfisema e bronquiectasias, ocu-pam um lugar muito importante entre as doenças res-piratórias, pois representam uma das patologias mais fre-quentes nas consultas de pneumologia, nos países onde a prevalência de tuberculose é elevada.Quanto maior for o tempo da detecção dos casos novos de tuberculose pulmonar, que decorre entre o início dos sintomas de um doente com tuberculose pulmonar, até à instituição do tratamento, maior será a disseminação da doença e a progressão das lesões pulmonares. A presença de lesões pulmonares residuais extensas pode ser um factor predictor de invalidez permanente devido a insuficiência respiratória secundária à destruição tecidual, cor pulmonar e predisposição a infecções, com prejuízo para a qualidade de vida. Sequela de tuberculose é toda a alteração anátomo-pa-tológica provocada pelo processo de cura da tuberculose e que exige, posteriormente, a necessidade de avaliação clínica, laboratorial, radiológica, da função pulmonar e muitas vezes endoscópica. O tratamento varia conforme

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a avaliação final. Naqueles doentes com grau avançado de fibrose pulmonar, não há tratamento curativo. Porém, existem opções que ajudam a melhorar a qualidade de vida.

Helicobacter pylori – “Entender para tratar”

Autor: Belmiro Rosa

O estudo da infecção por H. pylori, bem como a evolução natural da doença gastroduodenal, tem merecido aten-ção especial pelo esforço dedicado às investigações consecutivas para um melhor entendimento e enquadra-mento, desde a clínica à prevenção, passando pelo diag-nóstico e o tratamento. A infecção por H. pylori enquadra-se nas doenças infec-ciosas gastrointestinais, estimando-se que cerca de 50% da população mundial esteja infectada (1).A sua epidemiologia, nos países desenvolvidos, apre-senta uma distribuição da prevalência associada à idade, efeito cohort, sendo aceite que as lesões malignas ou ulcerosas têm como base o tempo (por isso mais fre-quentes em idades superiores aos 50 anos), o grau da infecção e a reacção imunológica do hospedeiro. Nos países em vias de desenvolvimento, os factores de risco têm como base a deficiente rede sanitária, os aglomerados familiares numerosos e a deficiente es-colaridade (2). Particularmente nos países africanos e asiáticos, a prevalência é elevada na infância e mantem-se elevada em todos os grupos etários. A infecção au-menta rapidamente na infância, podendo atingir 50% em crianças com idade inferior a 5 anos e ultrapassar os 90% na população adulta (3). O estômago humano foi identificado como o reservatório natural para a bactéria. A transmissão fecal-oral, constitui a hipótese de maior consenso. Estudos referem a sua identificação na sali-va, placas dentárias, águas de esgotos. Sustentando a transmissão oral-oral, tendo a cavidade bucal como res-ervatório (4). H. pylori é um microrganismo que se adap-tou ao ambiente ácido do estômago, bacilo de coloração negativa, de forma espiralada que para sua mobilidade possui flagelos e com capacidade de síntese de adesina, proteína que permite a fixação na mucosa gástrica (5). A sua acção patogénica é definida pelos factores de vir-ulência. O gene cagA marcador do ilhéu de patogenici-dade (PAI) e vacA gene associado à vacuolização. Vários têm sido os testes descritos e amplamente estudados para o diagnóstico da infecção por H. pylori. Os méto-dos de diagnóstico são habitualmente divididos em dois grandes grupos, designados por métodos invasivos e não invasivos. O diagnóstico precoce da infecção permite a intervenção na evolução natural da doença, tratamento e definição de metodologia para o seguimento dos doentes. A prevalência da infecção, a nível mundial e a história natural da evolução da doença quando não tratada (gas-trite crónica, doença ulcerosa, adenocarcinoma gástrico e linfoma de MALT), tem sido motivo de estudos no sentido de se encontrar o regime terapêutico de melhor acessibilidade para os doentes, mais simples, melhor tolerado e eficaz. Para a erradicação da infecção por H. pylori os esquemas terapêuticos têm como base as dis-cussões de 1994, quando a National Institutes of Healt na Concensus Development Conference declarou que os doentes infectados por H. pylori, devem ser tratados com antibióticos, em associação com antisecretores (6). Em Angola, considerando o número de especialistas e a centralidade dos serviços de saúde com meios de diag-nóstico, desenvolveu-se um estudo para caracterização da infecção por H. pylori numa população angolana e sua avaliação como problema de saúde pública. Nos indivíduos estudados na comunidade (359 assintomáti-cos), encontrou-se uma frequência da infecção por H.

pylori em 70%. Porém, realça-se uma baixa frequência numa população residente à beira mar com 39%. Em 309 doentes submetidos à endoscopia digestiva alta, cerca de 87% apresentaram gastrite com 93% de casos positivos para a presença de H. pylori. Dos factores de virulência aos casos de gastrite, estudados por biologia molecular, em 59 amostras com H. pylori positivo, 57% confirmaram ser cagA positivo. Aos doentes com úlcera 9,1% e tumor 5,1%, as estirpes eram cagA negativo. Concluiu-se que a infecção por H. pylori na comunidade é elevada. As que-ixas dispépticas nos doentes submetidos à endoscopia digestiva alta em 87% apresentaram gastrite que, em cerca de 93%, estava associada à infecção por H. pylori. Nas lesões ulcerosas e tumorais o factor de virulência foi cagA negativo.

Sendo esta infecção um problema de saúde pública, o colégio de especialidade elaborou um protocolo para seguimento do doente dispéptico em Angola.

Pé diabético. O que fazer?

Autor: Anselmo Oliveira Castela

Introdução: a diabetes é uma doença metabólica, crónica, em larga expansão, cujas complicações a longo prazo são um grande desafio para a pessoa com diabetes, seus familiares e equipa prestadora de cuidados, assim como para a sociedade em geral; tal se deve aos elevados custos económicos e sociais que acarretam o seguimento e trata-mentos adequados da doença e das suas complicações. Mecanismo de formação de lesões: as alterações que ocorrem no pé resultam da associação dos seguintes fac-tores: neuropatia (alteração dos nervos), doença vascular periférica (alteração da circulação) e susceptibilidade às infecções que podem levar ao aparecimento de lesões, se houver algum traumatismo (mesmo ligeiro), cuja gravi-dade pode ir até à amputação e mesmo à morte da pessoa com diabetes. Por isso, o objectivo primário e final é prevenir e reduzir as amputações. Para tal, é importante que se faça um grande investimento na prevenção de lesões, consti-tuindo equipas multidisciplinares de avaliação e segui-mento. Eis alguns dados epidemiológicos relacionados com lesões do pé de pessoa com diabetes: causa mais frequente de descompensação da diabetes e principal motivo de internamento hospitalar (20 % dos internamen-tos dos diabéticos); custos elevados com internamento (exames complementares e fármacos); principal causa de amputação não traumática dos membros inferiores (40 a 70 % dos casos); risco de amputação dos membros inferi-ores 15 vezes mais do que em pessoas não diabéticas; 85 % das amputações são precedidas de úlcera; a educação terapêutica pode prevenir a amputação em 45-85 % dos casos. Factores de risco: quando abordamos o pé da pes-soa com diabetes há uma série de factores que devem ser tidos em conta: factores predisponentes - hiperglicemia crónica, neuropatia e doença vascular periférica; factores precipitantes - traumatismos químicos (calicidas, des-infectantes, pomadas...), físicos (calor/ frio), mecânico (marcha, calçado...); factores agravantes-infecção; fac-tores adjuvantes -condições socioeconómicas, idade, hi-pertensão arterial, retinopatia, nefropatia, dislipidémia, estilo de vida, estado nutricional, sedentarismo, tabag-ismo, alcoolismo. Avaliação e seguimento: um dos pilares da avaliação do pé é a determinação do seu grau de risco. Para o efeito existem elementos a considerar: existência de defor-mações do pé, alteração ou redução da mobilidade ar-ticular, perda da sensibilidade protectora (teste com monofilamento de Semmes-Weinstein de 10g), presença de calosidades/ hiperqueratoses, diminuição ou ausência de pulso pedioso, história de úlcera ou de amputação, comportamentos de risco para o pé (caminhar descalço,

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calçado inadequado...), maus hábitos de higiene, baixo nível de formação e cultural, baixo nível económico. Para que seja feita uma boa avaliação e seguimento, deve ser adoptada uma estratégia alicerçada nos seguintes princí-pios: promoção de um bom controlo metabólico (glicémi-co, lipídico, tensional...), precocidade na identificação da situação de risco do pé, exame sistemático e frequente dos pés, integração da pessoa com diabetes e respectivos familiares na grande equipa de cuidados, tratamento vig-oroso das lesões detectadas e referenciação atempada, tão cedo quanto possível, em caso de complicação. A avaliação clínica pode ser feita a vários níveis. Tal irá de-terminar a composição da equipa multidisciplinar, como se pode observar a seguir: Nível 1: clínico geral, enfermei-ra especializada em diabetes e podologista; Nível 2: diabe-tologista, cirurgião (geral e/ou vascular e/ou ortopédico), enfermeira especializada em diabetes e podologista; Nív-el 3: centro especializado em cuidados do pé – elementos do nível 2. Independentemente do nível de prestação de cuidados, é importante que se faça uma observação me-ticulosa, sistemática dos pés em todas as consultas (aval-iação em marcha, em posição ortostática e em decúbito); recomenda-se uma boa inspecção/palpação dos dedos, espaços interdigitais, unhas, regiões plantares e dorsais, tipo de meias e de calçado. O objectivo desta avaliação é a detecção precoce de factores de risco e/ou lesões activas que devem ser prontamente tratadas. Para atingir esse grande objectivo é fulcral o papel da educação da pessoa com diabetes e/ou seus familiares ou agentes de institu-ições sociais no sentido de prestarem atenção aos sinais de alerta (alteração da temperatura e de cor dos dedos/pés, surgimento de gretas/fissuras, bolhas, lesões aber-tas ou não, com exsudação purulenta ou outra) e contac-tarem com a brevidade possível as equipas de saúde. Essa educação pode ser feita individualmente ou em grupo, sendo esta última de grande interesse e impacto pela par-tilha de experiências que proporciona.

Quando falha a prevenção: se forem devidamente se-guidos/aplicados os princípios referidos atrás, terá sido dado um grande passo no sentido da prevenção de lesões. Entretanto, as medidas preconizadas podem fal-har pelos mais diversos motivos. Se tal acontecer propõe-se a reavaliação do caso e decidir a solução mais ade-quada à situação clínica. Felizmente, estamos cada vez mais munidos de instrumentos e meios que nos ajudam a melhor resolver os problemas de saúde dos pés das pessoas com diabetes. Tal passa pela observância dos seguintes princípios gerais e específicos de tratamento: alívio das pressões (em zonas com ou sem lesão e/ou hiperqueratose), melhoria da perfusão da pele e tecidos adjacentes, cuidados locais adequados (cicatrização feita em meio húmido), bom controlo metabólico, tratamen-to vigoroso das infecções, identificação das causas das lesões e prevenção das recidivas (palmilhas, calçado); se houver complicação, referenciar imediatamente. Garantir regularidade das consultas de seguimento.Se houver infecção, deve ser tratada com a agressividade necessária ao seu controlo, dado o risco de amputação que condiciona, utilizando para o efeito os diversos anti-bióticos em função da gravidade da lesão e, se possível, também tendo em conta os testes de sensibilidades efec-tuados. No caso de haver dor neuropática deverão ser uti-lizados um ou mais fármacos com efeito analgésico, tendo em conta um aumento gradual da dose. Recomendações: no sentido de efectivação de um seguimento adequado dos pés das pessoas com diabetes deve ser privilegiada a prevenção como método mais eficaz para a redução da taxa de amputações (sobretudo das amputações acima do tornozelo). Tanto a abordagem preventiva como a curativa exigem que se constituam equipas multidisciplinares. Na sua actuação, essas equipas devem: promover um bom con-trolo metabólico, fazer a determinação do grau de risco dos pés, garantir um controlo rigoroso e agressivo das

infecções, incentivar a participação das pessoas com dia-betes e/ou seus familiares na prestação de cuidados ad-equados, identificar os sinais de alerta e de agravamento para a referenciação imediata em função do respectivo nível de cuidados e da gravidade das lesões. Isso implica que haja um processo de educação contínua e consistente dos elementos envolvidos no processo, porque, tanto a pessoa com diabetes como os seus familiares devem ser parte activa da equipa conjuntamente com os prestadores de cuidados. Se assim não for, o trabalho realizado estará condenado ao fracasso, com prejuízo incalculável para a pessoa com diabetes.

Poderão os Cuidados Primários, incluindo, o Hospital Municipal apoiar a luta contra o cancro? Ficção ou realidade?

Autor: Lúcio Lara Santos

Angola vive um período de transição em termos nosológi-cos. Mantêm-se prevalentes as doenças infectocontagio-sas, mas emergem as doenças crónicas, entre as quais as oncológicas. São vários os programas verticais do MINSA que visam o controlo/erradicação das endemias. Estes programas criaram recursos, formaram quadros e tor-naram-se estruturais, embora, por vezes, não dialoguem entre si. Em termos sociais, diminuíram os fluxos migratórios, as populações organizam-se em aldeias nas áreas rurais e bairros nas regiões urbanas. Nestas, como já acontecia nas áreas rurais, observa-se, ao longo destes anos, um crescendo número de actividades de promoção local que mobilizam e entusiasmam as pessoas que ali vivem. A esse nível outras forças estão presentes como as escolas, organizações sociais e religiosas.

O Estado, com o objectivo de aproximar os cuidados em saúde das populações, criou centros de saúde e hospi-tais municipais. No sentido de aproximar cada vez mais os serviços públicos essenciais às populações mais vul-neráveis, capacitando-as para o seu envolvimento e par-ticipação na busca de soluções para os seus problemas, foi recentemente criado uma nova entidade que auxilia o sistema de saúde, o desenvolvimento comunitário e o sistema de gestão municipal: os Agentes de Desenvolvi-mento Comunitário e Sanitário (ADECOS).Em 2014, foi criado o Instituto Angolano de Controlo do Câncer (IACC). São atribuições do IACC assegurar a as-sistência médica e medicamentosa em oncologia, a imple-mentação de políticas, programas e planos nacionais de prevenção, bem como o tratamento especializado.O número de casos novos de cancro tem vindo a aumen-tar. O estádio da doença no momento do diagnóstico é geralmente avançado, o que revela que algo pode e deve ser feito nesse sentido até porque as neoplasias mais fre-quentes permitem que acções de prevenção e de diag-nóstico precoce diminuam a sua mortalidade, sofrimento e custos.Angola conta com peritos em saúde pública, epidemiolo-gia, gestão dos serviços de saúde e oncologia envolvidos em inúmeros projectos de âmbito nacional cujo foco é a comunidade.Será possível integrar numa rede coerente e sustentável os recursos humanos, programas de saúde e de educação existentes a nível das aldeias e dos bairros, no sentido de promover o conhecimento e o diagnóstico precoce em oncologia? Será esta ideia uma ficção? Será possível organizar um programa de luta contra o cancro a nível municipal?Ciente das dificuldades existentes em 2016, do sucesso na solução de outros problemas de saúde, a nível mu-nicipal, em Angola, dos recursos existentes e o facto de programas semelhantes ao sugerido, terem tido êxito em outros países africanos, apresentamos o esboço de um

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programa a que chamámos Município Contra o Cancro, no sentido de que este seja alvo de escrutínio por quem de direito e possa ser testado caso seja considerado factível.

Sonolência diurna excessiva

Autor: Maria de Fátima Caetano

O crescente aumento da prevalência dos distúrbios do sono e a sua privação crónica aliados ao impacto que acarretam na saúde e na qualidade de vida, torna impor-tante a consciencialização dos médicos quanto à necessi-dade de maior atenção às queixas relativas ao sono, bem como actualização no diagnóstico e tratamento destes transtornos.A sonolência diurna excessiva (SDE) é um sintoma com-plexo e o mais prevalente nos distúrbios do sono, result-ante de vários factores que interferem no desenvolvi-mento de sono normal. Pode estar presente durante as actividades diárias, em situações de risco potencial como na condução de veículos, manuseamento de máquinas profissionais. É uma queixa frequente reportada por 10 a 20% da população geral. Tem repercussões negativas sociais, profissionais e familiares com impacto na quali-dade devida. É definida como incapacidade em se manter acordado e alerta durante os principais períodos de vigília resultando em sonolência e lapsos de sono não intencionais com duração de mais de 3 meses. As principais causas de SDE são a privação crónica do sono (sono insuficiente), a síndrome de apneia obstrutiva do sono, a síndrome de pernas inquietas /movimentos periódicos dos membros superiores, a narcolépsia, os distúrbios do ritmo circadi-ano, o uso de drogas e de polimedicação. O uso nocturno e excessivo da televisão, do computador e da internet, as exigências de mais horas de trabalho, as longas filas de trânsito, os compromissos sociais, as diversões noturnas causam privação crónica do sono e consequentemente SDE.Os hábitos e queixas de sono devem ser interrogados como: a ocorrência em dias úteis, fins-de-semana e férias, duração dos sintomas, trabalho nocturno e por turnos, horário habitual do sono, tempo do sono e dificuldade em adormecer, despertares durante a noite, qualidade do sono, sonolência diurna, comportamentos indesejáveis durante o sono, uso de medicamentos de tabaco ou de substâncias estimulantes do SNC, sintomas clínicos que afectam o sono, ambiente de sono, hábitos alimentares durante a noite, ansiedade e depressão. A gravidade da SDE é aferida pela escala de sonolência de Epworth (ESE) que faz a avaliação subjectiva em adormecer. É composta por oito questões que apresentam situações de sonolên-cia no dia-a-dia com probabilidade em adormecer. A polissonografia e o teste de latência múltipla do sono são os exames objectivos para avaliação da SDE. O trata-mento da SDE é específico para a causa subjacente. A hi-giene do sono é a recomendada para a privação crónica do sono.

TEMAS LIVRESAvaliação indirecta da qualidade de saúde comu-nitária

Autores: Emanuel Catumbela; Gracinda Gomes; Eunice Sebastião; Mário Cardoso

A educação para a saúde é um elemento fundamental para que as comunidades desfrutem de saúde. Os óbi-tos registados na comunidade são sinais da qualidade de saúde que a comunidade possui. O Hospital Geral de Luanda (HGL) serve uma população que vai desde o Kilamba-Kiaxi, município de Luanda,

Viana, Belas até ao Bita tanque que dista mais de 30 quilómetros. Para avaliar, de forma indirecta, a qualidade da saúde destes munícipes, fomos analisar os óbitos reg-istados no HGL durante 3 meses de 2015. Trata-se de um estudo transversal sobre todos os óbitos registados no Hospital Geral de Luanda, entre 20 de Ago-sto e 19 de Novembro de 2015. Os dados foram obtidos a partir dos relatórios do banco de urgência, diariamente, em grelha concebida para o efeito. As variáveis foram grupo etário (pediatria até aos 13 anos, adultos 14 e mais anos), sexo, tipo e diagnóstico de óbito. Foram analisados no SPSS 22ªed, calculados a quantidade de vida potencial perdida, subtraindo a esperança de vida ao nascer para Angola (52 anos) à idade do infeliz por altura do óbito, o tipo de óbito, intra-hospitalar se tiver internado mais de 48 horas e extra-hospitalar se for menos de 48 horas. Durante o período dos três meses foram atendidos nos serviços de urgências do HGL (Medicina, Pediatria, Cirur-gia e Ortopedia) 32.010 doentes e registados 451 (1,4%) óbitos. Destes óbitos, 223 (52%) foram do sexo mascu-lino, 230 (51%) de adultos. Os óbitos de pediatria foram 221. Porém, crianças até aos 5 anos foram 170 (77%). Foram perdidos 12.488 anos de vida potencial, e, em mé-dia por cada óbito, foram perdidos 28 anos. De acordo ao tipo de óbito, verificamos que 383 (85%) são extra-hospitalares, destes 198 (52%) chegaram já cadáver ao hospital. Quanto as causas, 200 (44%) são de causa desconhecida, a malária 73 (16%), a anemia 54 (12%) e a sepses 30 (7%) foram as três principais causas de óbito. Os doentes na sua maioria chegaram numa fase muito avançada da sua doença ao HGL, depois de frequentarem alguns postos de enfermagem periféricos, ou mesmo vin-dos do domicílio. Há grande quantidade de vida poten-cial perdida muito acima de trabalhos feitos em Moçam-bique[1] e Brasil[2]. É necessário reforçar as acções de educação para a saúde, assim como as condições de saneamento básico nas co-munidades, pois, na sua maioria as causas de óbitos são evitáveis e preveníeis.Palavras-chave: Anos de vida potencial perdidos, mortali-dade, saúde pública.

Cirurgia plástica ao pescoço – três casos complexos

Autores: Kodirov Ahadjon Sayibovich; João Pe-dro Martins Caratão

Em países economicamente desenvolvidos, as queima-duras térmicas chegam aos 300-380 casos por cada 100 mil habitantes. Em Benguela, existem cerca de três mil-hões de pessoas. Os acidentes por queimadura ocupam o segundo lugar no mundo, somente atrás dos acidentes por fractura. Em Benguela existem muitas centenas de pessoas que foram vítimas de queimaduras e necessitam de interven-ção cirúrgica e de reabilitação. No entanto, os esforços actuais não têm reduzido a deficiência. Após o encerra-mento plástico de pele e da cicatrização por auto-cura da superfície queimada, 18 a 43% das pessoas queimadas, incluindo crianças, aparecem com deformidades cicatri-ciais e contracturas. Aproximadamente 70% dos pacientes com queimaduras profundas requerem reabilitação, dos quais 26 a 47% a nível de tratamento cirúrgico. As limitações que as quei-maduras podem provocar não são apenas físicas. Elas limitam o indivíduo do ponto de vista social e no seu de-senvolvimento cognitivo, principalmente no que diz res-peito às crianças. As psicopatologias mais frequentemente associadas nas vítimas de queimaduras são as depressões pós interven-ção, perturbação dismórfica corporal e psicose pós inter-venção. No pescoço, as queimaduras geralmente estão localizadas nas superfícies laterais da frente e, muitas vezes, combinadas com lesões na face, no peito e nas

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articulações do ombro. O número total de pacientes com lesões térmicas do pescoço é de, aproximadamente, 25% (Botsvisk. I). Devido à complexidade das estruturas fisioanatómicas e do risco associado às intervenções cirúrgicas nesta região, escol-hemos abordar três casos clínicos de cirurgia plástica ao pescoço, devidamente seguidos tanto pela Cirurgia Plás-tica como pela Psicologia Clínica, com auxílio de recursos visuais para melhor demonstrar a abordagem interdis-ciplinar que temos a oportunidade de estar a fazer em Benguela.

Consumo e custo de antibióticos controlados no Hospital Geral de Benguela, em 2014-2015

Autores: Marlene García Orihuela; Eduardo Ke-disobua; Helena Guilherme

Um número elevado de pacientes recebe terapia antimi-crobiana. É necessário tomar a decisão correcta antes de escolher o fármaco, tendo em conta a dinâmica da ecolo-gia bacteriana, o problema da resistência, a individuali-dade de cada doente e a significação dos custos a nível institucional e do país. É conhecido que existe um uso inadequado dos antibióti-cos controlados a nível mundial propiciando um aumento da resistência bacteriana, gastos elevados da atenção sanitária e um aumento na mortalidade. Fez-se um trabalho de investigação de estudo de utili-zação de medicamentos de tipo consumo com análise de custo, descritivo e de corte transversal. As principais var-iáveis foram os diagnósticos, tipo de antibiótico indicado e seu custo. A Comissão de Antibióticos analisou cada indicação e, de forma racional, aceitou ou denegou as indicações feitas, tratando sempre de utilizar o antibiótico mais ad-equado atendendo ao cada caso clínico. Os antibióticos mais utilizados foram as cefalosporinas, predominando as combinações de elas com outros grupos farmacológi-cos, entre as principais patologias figuraram as infecções respiratórias nosocomiais, infecção de tecidos brandos e meningoencefalite bacteriana. Os principais erros foram combinações inapropriadas de antibióticos, assim como não ter em conta a função do rim e fígado do doente. Logrou-se economizar ao redor de três milhões de kwanzas por conceito de prescrição racional de ditos antibióticos em comparação com igual período do ano anterior.

Doença de Graves: relato de caso e revisão da literatura

Autores: Mayque Gusman Cayado; Nelson Cre-spo Valdés; Georgina Saint Blancard Morgado

Introdução: a doença de Graves é a principal causa de hipertiroidismo. É uma doença autoimune de etiologia não esclarecida, certamente multifactorial e com evidente predisposição genética. A sua frequência, a sua natureza auto-imune e as consequências potencialmente graves da doença não tratada, fazem dela objecto de intensa investigação, tendo em vista a melhor compreensão dos mecanismos patogénicos e a descoberta de novas tera-pêuticas, mais eficazes e idealmente dirigidas contra o próprio processo auto-imune. Material de Estudo: descreve-se o caso de uma doen-te, sexo feminino, raça negra, 16 anos, que chegou à emergência da Clínica Multiperfil relatando quadro de dor ocular que se interpretou como uma conjuntivite e foi encaminhada para a consulta de oftalmología. Resulta-dos: constatou-se retracção palpebral de ambos os olhos, infiltração das pálpebras superiores e lesões superficiais na córnea de ambos os olhos. Sendo assim, foi encamin-

hada para a consulta de endocrinologia. No exame físico constatou-se emagrecimento, tremor, tiroide discreta-mente palpável, fácies hipertiroidea e sinal de Von-Graefe positivo, pele e mãos com humidade e temperatura nor-mais, FC: 92 c/minuto. Solicitaram-se exames de fun-ção tiroideia que apresentaram os seguintes resultados: T3L: 24,4 mg/dl (VR: 3,1-6,8 mg/dl); T4T: 19,0 mcg/dl (VR:5,1-14,1 mcg/dl); T4 livre: 3,9 mg/mL (VR: 0,8-2,2 mg/ml); T3T: 4,5 mg/ml (VR:0,8-2,0 mg/ml); TSH: 0,005 mUI/ml (VR: 0,4-4,2 mUI/ml). Concluiu-se como sendo uma Doença de Graves-Basedow clássica e iniciou-se tratamento médico e acompanhamento em ambulatório. Discussão: o paciente com suspeita de tireotoxicose deve ser submetido a anamnese e exame físico cuidadosos, no intuito de procurar o diagnóstico e estabelecer a sua etiologia. As indicações de cirurgia no tratamento da DG não estão bem estabelecidas na literatura, sendo clas-sificadas por alguns autores em indicações absolutas e relativas. As indicações consideradas absolutas são bó-cio volumoso com sintomas compressivos, nódulo sus-peito ou maligno, grávida que não obtém controlo com Drogas Antitireoideas (DAT), recusa ao tratamento com 131I, mulher planeando uma gravidez dentro de seis a 12 meses e intolerância à DAT. As indicações relativas são bócio volumoso, oftalmopatia grave, pouca aderência e ausência de resposta ao tratamento com DAT. Conclusão: A Doença de Graves é uma doença auto-imune frequente. O diagnóstico precoce diminui o desenvolvimento de complicações e um tratamento adequado providencia um bom controlo da doença na maioria das situações. Mais estudos são necessários para se conhecerem os proces-sos imunológicos subjacentes a esta doença e, assim, se desenvolverem métodos diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes.

Doença renal crónica oculta em pacientes hi-pertensos tratados no consultório médico 22 na Policlínica “Cristobal Labra”, Havana

Autores: Maria Ester Raola Sanchez; Claudia García Raola Sanchez; Edwin García García; Raúl Herrera Valdés

Introdução: a identificação precoce de insuficiência renal crónica oculta (IRCO) permite a limitação da progressão do dano renal e alterar os factores que contribuem para o aumento da morbidade. Neste trabalho, o papel fun-damental é desempenhado pelas equipas de cuidados primários de saude. Objectivo: caracterizar os pacientes hipertensos diagnos-ticados com IRCO no Gabinete 22 da Policlínica “Cristo-bal Labra”. Metodologia: a pesquisa foi realizada em 197 pacientes hipertensos no período entre Novembro de 2014 e Fevereiro de 2015. Foram estudadas as seguintes variáveis: presença de IRCO, estádios e factores de risco para doença renal crónica (DRC). Considerou-se que os pacientes têm IRCO quando a taxa de filtração glomerular (GFR) era inferior a 60 ml / min / 1,73m2 e os valores normais de creatinina. A GFR foi calculada pela equação derivada da modificação da dieta em estudo doença renal. Estratificando classifi-cação CKD do National Kidney Foundation foi utilizada e os factores de risco estudados foram: 60 anos de idade, história familiar de doença renal crónica, baixo peso ao nascer, raça negra e diabetes. Resultados: 33 pacientes foram diagnosticados com IRCO (16,7%). Cerca de 85% deles estavam no estádio 3, 12% no estágio 4 e 3% no estágio 5. Em quase 85% dos ca-sos tinham mais de 60 anos de idade; 70% tinham uma história como diabetes mellitus e pacientes de pele negra foram responsáveis por 52% da amostra. Cerca de 84,8% tinham dois ou mais factores de risco e cerca de 50% mais do que três factores. Conclusões: foram identificados um

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número significativo de pacientes hipertensos com IRCO dentro que dominou a DRC estágio 3, e que factores de risco foram mais frequentes com mais de 60 anos de idade, história de diabetes mellitus e cor de pele negra. Tinham dois ou mais factores de risco quase todos os pa-cientes e como o número de factores de risco aumentado foram associados a maior progressão da insuficiência re-nal crónica.Palavras Chave: Doença renal crónica oculta, hipertensão arterial, factores de risco.

Apresentação do Manual: “Educação Sexual dos Jovens e Prevenção da Gravidez Não Desejada.”

Autores: Natércia de Almeida; José R. Molina

O aborto clandestino constitui um importante problema de saúde em Angola, estima-se que é responsável por 10 a 15 % da mortalidade materna. Dois factores fundamen-tais no surgimento do problema: 1) O alto índice de gravidez não desejada devido à pobre educação sexual da população, particularmente dos ado-lescentes e jovens e 2) A vigência de uma legislação alta-mente restritiva do aborto. As consequências são óbvias: diante da determinação de interromper a gravidez, as pacientes optam por qualquer recurso para consegui-lo. Apesar da UNESCO ter proclamado como um direito de to-dos os jovens, demonstrou-se que uma educação sexual bem conduzida promove um comportamento sexual mais responsável, orientado, não somente pelos sentimentos individuais, mas pelos bons costumes e normas da socie-dade e não o mero instinto sexual biológico. Como parte de uma estratégia coerente encaminhada a introduzir a educação sexual no âmbito escolar de Ango-la, elaborou-se um manual como material didático básico de um curso desenhado em uma primeira etapa para es-tudantes do ensino secundário. O manual, escrito com uma linguagem simples e fluída, consta de uma introdução, 6 capítulos e um epílogo. Os capítulos tratam, numa sequência didáctica, os seguintes tópicos:

CAPÍTULO I: Porquê e para quê este manual?CAPÍTULO II: Anatomia e fisiologia da reprodução humana CAPÍTULO III: A reprodução humana CAPÍTULO IV: Aspectos essenciais do desenvolvimento bi-ológico relativo à sexualidade CAPÍTULO V: Significado e etapas do desenvolvimento da sexualidade CAPÍTULO VI: Segurança sexual e reprodutiva.

Este Manual, recomendado pelo Ministério da Educação para todas as instituições de ensino, sobretudo do ensino secundário, virá à luz nas próximas semanas com o selo da Editora Mayamba e forma parte de um projecto de in-vestigação para o doutoramento.Palavra passe: Gravidez não desejada e aborto provocado. Educação sexual nas escolas. Manual.

Estudo do perfil epidemiologico de pacientes com sarcoma de Kaposi no Instituto Angolano de Controlo de Câncer de Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014

Autores: Tchicunga Elsa; António Armando; Eli-as Ngamba; Fernando Miguel

Introdução: o Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia ma-ligna, monoclonal, sistémica, constituída por células fusi-formes e epiteliais, que compromete espaços vasculares, apresentando curso clínico variável e tendo como etio-logia a infecção pelo herpesvírus humano tipo 8 (HHV-8). Existem quatro tipos de sarcoma de Kaposi: Sarcoma

clássico - é o tipo originalmente descrito pelo Kaposi no mediterrâneo que acometia pessoas de alta ou média idade (Fenig et al, 1998); Sarcoma endémico - descrito nos endígenas da África Subsariana antes do advento do HIV-SIDA (Senba, 2011); Sarcoma de Kaposi iatrogénico - associado ao tratamento imunossupressor em pacientes transplantados (Moosa, 2005); Sarcoma de Kaposi asso-ciado ao HIV-SIDA, também denominado sarcoma epi-démico - ocorre em indivíduos com a VIH-SIDA e muitos prevalentes em países africanos. O objetivo deste estudo é determinar o perfil epidemi-ológico de pacientes com o diagnóstico de Sarcoma de Kaposi endémico atendidos, de 2012 a 2014, no Instituto Angolano de Controlo do Câncer (IACC). Material de Estudo: foi realizado um estudo descritivo, transversal e retrospectivo. Variáveis: idade, sexo, está-dio clínico da doença, proveniência, local de diagnóstico, prevalência, topografia da lesão, tratamento realizado. Sujeitos do estudo/Critérios de inclusão: pacientes com diagnóstico de sarcoma de Kaposi atendidos no IACC. Amostragem: amostra não probabilística por conveniên-cia consecutiva. Instrumento de investigação: Formulário com variáveis em estudo. Fonte de dados: base de dados de registo hospitalar de câncer do IACC. Resultados: de 2012 a 2014 foram registrados no IACC 165 casos novos com diagnóstico de Sarcoma de Kaposi relacionados com HIV-SIDA. O sexo masculino foi o pre-dominante com 64,2% dos casos. Em relação à residência, a maioria dos pacientes residiam em Luanda (69,7%). Quanto à base mais importante para o diagnóstico, 94% dos casos foram realizados por biópsia. Em relação ao estádio, 64% dos casos não tinham essa informação. Dos que tinham, a maioria encontrava-se em estádio III. A faixa etária foi outra variável analisada: predominou a faixa dos 30 aos 35 anos de idade, com 19%, seguida da faixa dos 40 aos 45 anos de idade, com 18%. Discussão: o Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia de alta prevalência nos países de alta prevalência de HIV-SIDA. Por exemplo, no Zimbabwe, a doença é a neoplasia mais incidente em homens de raça negra. Os resultados do presente estudo assemelham-se às car-acterísticas epidemiológicas descritas em outros países africanos. Conclusão: considerando que o IACC é a unidade de saúde especializada para o tratamento de pacientes on-cológicos, os resultados do presente estudo constituem uma amostra razoável do perfil epidemiológico de pa-ciente com o diagnóstico de Sarcoma de Kaposi em An-gola uterino.

Estudo retrospectivo da exposição ocupacional aos CEM

Autor: Cesaltina Culolo Costa

Introdução: os Campos Electromagnéticos (CEM) pro-duzem radiações não ionizantes de frequência extre-mamente baixa, passíveis de provocar lesões no ser humano. A maioria da investigação efectuada até a data associa a exposição ocupacional a, essencialmente, pato-logias como a leucemia, o carcinoma do cérebro, suicídio, doença de Alzheimer, patologias cardíacas e depressão. Objectivos: este estudo pretendeu identificar alguma as-sociação entre a exposição ocupacional aos CEM e as patologias referidas pelos ex-trabalhadores do sector da electricidade do norte de Portugal que tenham estado ex-postos durante, pelo menos, dez anos, no período com-preendido entre 1965-1995. Metodologia: efectuou-se um estudo retrospectivo, com base em dados colhidos por um questionário autoadministrado, criado para o efeito. Resultados: não se confirmaram neste estudo as associações encontradas noutros estudos. Mais de 73%

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dos ex-trabalhadores estudados não referiu sofrer de nenhuma patologia. As patologias não oncológicas mais referidas são a Hipertensão Arterial e a Diabetes Mellitus. Conclusões: as patologias não oncológicas mais preva-lentes na população estudada encontradas neste estudo são patologias igualmente frequentes noutras populações não expostas. Apesar da aplicação da técnica da estrati-ficação, esta população, à semelhança da população em geral, também está exposta a outras fontes de exposição. Deverão ser efectuados mais estudos onde a exposição seja mais mensurável. Palavras-chave: Trabalhador, Exposição ocupacional, CEM, patologia oncológica e patologia não oncológica.

Experiência no tratamento do sarcoma de Ka-posi em doentes com SIDA diagnosticados no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí, Cuba

Autor: Narciso Jimenez

Introdução: em 1981 observou-se uma forma dissemi-nada e fulminante de Sarcoma de Kaposi (SK) em jovens masculinos homossexuais ou bissexuais que era parte de uma epidemia que hoje é conhecida como SIDA. A defi-ciência imunológica e a deficiente imunorregulação pre-dispõem o hospedeiro para uma variedade de infecções oportunistas e neoplasias incomuns, especialmente SK. O curso clínico do SK, o tratamento e a sua resposta, são grandemente afectados pelo grau de disfunção imune subjacente e infecções oportunistas. Objectivo Geral: transmitir 10 anos de experiência no tratamento dos pacientes com SIDA com sarcoma de Ka-posi baseado num estudo original realizado no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK). Objectivos específicos: 1. Descrever a resposta terapêu-tica de acordo com o tratamento recebido; 2. Identificar associações entre as variáveis: estado imunológico e vi-rológico, estádio clínico do SK, parâmetros laboratoriais e categorias da resposta terapêutica; 3. Estimar a mor-talidade dos pacientes com diagnóstico de sarcoma de Kaposi epidémico estudados. Material e método: foi realizado um estudo descritivo pro-spectivo, para medir a resposta terapêutica do sarcoma de Kaposi em 50 pacientes com SIDA diagnosticados por biópsia no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri, desde o primeiro dia de Janeiro de 2004, a 31 de Dezem-bro de 2006, submetidos a um estadiamento clínico e laboratorial inicial, e um ano depois do tratamento. As variáveis estudadas foram: estado imunológico e vi-rológico; resposta ao tratamento recebido; estadiamento clínico e resultado do tratamento. O recurso estatístico utilizado para medir o grau de associação entre as var-iáveis, e a resposta ao tratamento, foi o teste de Kruscal-Wallis. Resultados e conclusões: a resposta terapêutica completa e parcial para todas as categorias de tratamento (INF alfa 2b; HAART e quimioterapia) foi de 80%. O CD4 inicial mé-dio foi de 11,96% (268,6 células/mm³) e um ano depois o CD4 foi de 16,64% (376,79 células/mm³), e a carga viral inicial média foi de 87519,50 UI / ml e 5577,69 UI /ml um ano depois do tratamento. A mortalidade foi de 18%. As variáveis que foram identifi-cadas estatisticamente significativas e associadas com a resposta terapêutica foram: a carga viral inicial (Sig, ass-intótica 0,017) e estádio clínico (Sig, assintótica 0,032). O método clínico usado para avaliação da resposta ao tratamento e estadiamento validados por esta investi-gação é uma modalidade segura e acessível em países de poucos recursos.Palavras-chave: sarcoma de Kaposi epidémico (SK); SIDA e resposta terapêutica.

Indicadores de qualidade de cuidados hospita-

lares em doentes com infecção VIH/SIDA: Re-visão sistemática

Autores: Emanuel Catumbela; Victor Certal, Al-berto Freitas, Carlos Costa.

Introdução: a definição de um conjunto de indicadores para avaliação da qualidade de cuidados prestados a doentes com infecção VIH/SIDA continua a ser um as-pecto controverso no mundo científico, mesmo depois de quase três décadas de descoberta da doença. Identificar indicadores de qualidade para a avaliação dos cuidados clínicos prestados a doentes com infecção VIH. Métodos: fez-se uma revisão sistemática com pesquisa de artigos ou informação sobre indicadores de qualidade dos cuidados clínicos prestados a doentes com VIH/SIDA em quatro bases de dados electrónicas: Medline, SCOPUS, ISI Web of Knowledge e Cochrane, assim como em pági-nas de internet de organizações que trabalham no campo do VIH. Os artigos que abordam os indicadores na per-spectiva dos doentes ou baseados nos serviços clínicos foram excluídos. A extracção dos dados foi feita, usando uma planilha previamente definida, por um dos autores, enquanto um segundo autor avaliou a consistência dos dados obtidos. Comparamos o resultado encontrado às normas propos-tas nas guidelines Americana e Europeia sobre de trata-mento de doentes com VIH. Resultados: do total de 360 artigos que foram encontrados apenas 12 tinham os crité-rios de inclusão. Identificamos também uma página na internet com infor-mação relevante. No geral, identificamos 65 indicadores de qualidade para avaliar os cuidados clínicos prestados a doentes com VIH, assim distribuídos: indicadores de re-sultado (15), indicadores de processo (50); indicadores genéricos (36), indicadores específicos de VIH/SIDA (29); indicadores de avaliação inicial (19), indicadores de ras-treio (9), imunização (4), profilaxia (5), monitorização (16) e de terapia (12). Foram seleccionados 24 indica-dores que são endossados pelas guidelines europeia e americana, nos domínios de avaliação inicial, rastreio, im-unização, monitorização e terapêutica. Discussão: alguns dos indicadores muitos usados são: contagem de células CD4, teste de carga viral, carga viral não detectável às 48 semanas de tratamento, triagem Hepatite C, testes de hepatite B, o rastreio de tuberculose, vacinação contra a hepatite B, profilaxia PCP (pneumonia por Pneumocystis jiroveci), adesão a TARV, TARV devidamente prescrita, e co-tratamento do VIH e tuberculose. Estas medidas são importantes quando se pretende avaliar os cuidados clínicos prestados aos doentes com infecção VIH/SIDA e possuem respaldo nas guidelines americana e europeia. Conclusão: há esforços nos EUA, em Espanha e outros países para estabelecer um conjunto de indica-dores ao nível nacional úteis para avaliar a qualidade dos cuidados clínicos prestados a doentes com infecção VIH/SIDA; a maioria dos indicadores estão relacionados com processos e destinam-se a guiar (as boas práticas).Palavras-Chave: Medidas de desempenho, evidência, doenças infecciosas.

O papel da medicina nuclear em neuronefrologia – Cintigrafia Renal Autor: Maria Ebo Muangala

Introdução: os estudos de Medicina Nuclear são procedi-mentos diagnósticos electivos ou complementares na avaliação de pacientes com doenças nefro-urológicas. Objectivo: divulgação das técnicas de Medicina Nuclear no Sistema Nefrourinário. Resultados: as técnicas diagnósticas de Medicina Nuclear são utilizadas para darem informações sobre a função, es-trutura e drenagem renal de acordo com a maneira como os radiofármacos são filtrados no glomérulo (DTPA), ou

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extraídos e secretados pelo túbulo renal (MAG3 e DMSA). Os radiofármacos DTPA e MAG3 são utilizados para ob-ter imagens dinâmicas, com preferência de MAG3 em pa-ciente com insuficiência renal. A estrutura cortical renal é melhor avaliada com a cinti-grafia com DMSA. O cálculo da função diferencial pode ser obtido por meio de imagens estáticas ou dinâmicas. A cintigrafia com DMSA é sensível na detecção de cicatrizes corticais, sendo uma técnica amplamente usada para o diagnóstico diferencial de infecção do trato urinário supe-rior e inferior em crianças, quando a clínica e os exames analíticos são de difícil interpretação. O renograma diurético é amplamente utilizada para diag-nosticar ou excluir obstrução, embora para o diagnóstico definitivo de obstrução possa ser necessário um estudo invasivo. A cintigrafia com Captopril pode ser utilizado para despistar pacientes com suspeita de hipertensão renovascular. Esta técnica tem especificidade elevada, quando comparado com a angiografia renal e pode ser usada para definir os pacientes hipertensos que não irão beneficiar de intervenção renovascular. Conclusão: as técnicas de Medicina Nuclear (cintigrafia renal) permitem a avaliação do fluxo sanguíneo renal, da morfologia e tamanho dos rins, da função parenquima-tosa e da patenticidade do sistema colector.

Porque é importante a necessidade de estudos histológicos renais e a disponibilidade de fárma-cos de fórum nefrológico em Angola?

Autores: Maria Esther Raola Sanchez; Matadi Daniel; Cecília Santana; Nsecumesso Bota

Introdução: nem sempre as técnicas de diagnósticos mais comuns são suficientes para ter uma resposta clara e objectiva para um determinado problema de saúde. Por vezes, torna-se necessário uma amostra do órgão afecta-do. Apresentamos dois casos clínicos que dão resposta à interrogação no título.

Caso 1 – Doente de 41 anos de idade, antecedentes de saúde, avaliado em diferentes centros médico e clínicas por lesão ulcerosa do membro inferior direito, sem ante-cedentes de doenças vasculares, e saudável até aparec-er a lesão ulcero-necrótica no membro inferior direito. Foram feitos desbridamentos e pensos curativos. Em se-guida, começa a apresentar edemas generalizados, ascite importante, edemas severos de membros inferiores e bio-marcadores de função renal em crescendo. Referenciado a centro de diálise com falta de vagas. Familiares decidem levá-lo a outra instituição (consulta de nefrologia) onde se decide pelo internamento. Em hospitalização, avalia-se o doente em anasarca im-portante, dispneia, oligoanúrico, insuficiência renal rapi-damente progressiva, anemia severa, plaquetopenia. Ini-cia-se a terapêutica hemodialítica e ultrafiltração diária, combinadas com diuréticos, estadia prolongada a causa de pancitopenia importante, requerendo estudos imagi-ológicos e laboratoriais afim de descartar causas infeccio-sas, virais, tuberculose ou doenças autoimunes. Durante o internamente, apresentou dermatopatia a nível da mucosa labial e cavidade oral compatível com vírus simples. Foram prescritas em terapêutica: Aciclovir e tuberculostáticos com resposta terapêutica evidente, melhoria clínica e da função renal, sem necessidade de terapêutica depuradora. Manteve pancitopenia. Por isso, realizou-se um medulograma – que foi normal —, avali-ado por hematologista. Em conferência médica, concor-damos em prescrever terapêutica esteroide. Foi retirado cateter de hemodialise sem intercorrências, seguido por consultas de nefrologia com recuperação da função re-nal e assintomático, só edemas discretos do membros inferior direito onde mantém lesão de origem vascular. Diagnóstico: inconclusivo à falta de estudos histológicos,

presumivelmente nefropatia associada a tuberculoses o glomerulonefritis difusa aguda com boa evolução.

Caso 2 – Doente, sexo feminino, de 32 anos de idade, com antecedentes de asma bronquial desde a infância, sem possibilidade de gravidez. Viaja até à África do Sul para receber tratamento de fertilização. Regressada a Angola, começa a apresentar edemas generalizados, diminuição importante do débito de urina e níveis em crescendo de ureia e creatinina, com diagnóstico de insuficiência renal aguda oligoanúrica. A ecografia renal mostra rins de ta-manho grande, discreto aumento da ecogenicidade e boa diferenciação seio-parênquima; na ecografia cardiovascu-lar observa-se derrame pericárdio. Na radiologia de tórax derrame pleural moderado, sem necessidade de toraco-centese. Além disso, apresentava anemia, leucopenia e plaquetopenia. É internada num centro médico (unidade de cuidados intensivos). Diagnostica-se Síndrome de estimulação ovárica (SEO) e transfere-se para a nossa instituição onde foi preciso fazer novas analíticas incluindo estudos a de-sacatar doenças auto-imunes. Foram necessárias várias sessões de hemodiálise até à recuperação da função renal e melhoria clínica e analítica. Decide-se dar alta médica. À posterior, teve nova recaída com predomínio de mani-festações cardiovasculares com derrame pericárdio e síndrome nefrótico. Reavaliámos e pensámos na possi-bilidade diagnóstica de Lúpus Eritematoso ( Nefropatia Lúpica). Inicia-se terapêutica esteroides e imunossupres-sora com melhoras consideráveis. Foi enviada para o ex-terior do país onde fez biopsia renal que corroborou a nossa hipótese. Conclusões: foi importante e necessária a realização de estudos histológicos em Angola afim de diagnosticar doenças nefrológicas, até então sem possibilidades de conhecer a verdadeira realidade e empreender protoco-los e guias de actuação dependendo do perfil histológico diagnosticado e que puderam evitar uma progressão da doença renal crónica e saber quais os fármacos de fórum nefrológico a dispor no nosso país.

Prevalência de síndroma metabólico em mulheres angolanas grávidas não diabéticas

Autores: Hamilton Prazeres; Joelcio Francisco Abbade; Paulo Adão de Campos; Marilza Vieira Cunha Rudge

A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de fatores de risco para diabetes tipo 2 (DM Tipo 2) e doenças cardiovas-culares (DCV) e sua prevalência varia de acordo com o sexo, região e população. Recém-nascidos de mães com SM têm risco maior de resultados perinatais adversos (RPA). O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da SM em grávidas angolanas não-diabéticas e os RPA. Métodos: estudo de corte transversal, em que foram co-letados dados demográficos, antropométricos e clínicos de 675 grávidas utentes da Maternidade do Hospital Geral do Huambo. A SM foi definida de acordo com quatro critérios: o ter-ceiro relatório da National Cholesterol Education Painel de Programa de tratamento para Adultos (ATPIII), o Critério Harmonizado (JIS) e os de Bartha et al e Chatzi et al. Resul-tados: a prevalência de SM foi de 36,6% para o critério JIS, de 29,2% para o NCEPATP III, de 12,6% para o de Chatzi et al e de 1,8% para o de Bartha et al. A prevalência dos RPA foi de 14,1%. Conclusões: a prevalência da síndrome metabólica foi el-evada, e variou de acordo com o critério utilizado. Impõe-se a necessidade de harmonizar os critérios e pontos de corte. Os RPA foram mais prevalentes nos neonatos de grávidas com SM.Palavras chave: Prevalência, Síndrome Metabólica, Ango-la, Gravidez, Resultado perinatal adverso.

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Quimioterapia indutiva em pacientes com o di-agnóstico de câncer de colo no Instituto Ango-lano de Controlo de Câncer (IACC).

Autor: António Armando

Introdução: o câncer do colo uterino é um problema de saúde pública mundial. Nos países em desenvolvimento, a maioria dos casos é diagnosticada em fases avançadas da doença. Nessas fases, o tratamento de eleição é a ra-dioterapia ou combinada com a quimioterapia. Entretan-to, a radioterapia é de difícil acesso, devido ao reduzido número de aparelhos, situação que tem levado muitas pacientes a ficarem em longas listas de espera com a doença em progressão. Nesta perspectiva, a questão que tem sido colocada é a seguinte: qual seria o papel da quimioterapia indutiva em pacientes que aguardam pelo tratamento de radioterapia para evitar a progressão da doença? Para responder a essa pergunta, propusemo-nos realizar o presente estudo. Material de Estudo: delineamento - Está a ser realizado um estudo experimental não comparado com pacientes com diagnóstico de câncer de colo uterino em estádios avançados. O estudo está a ser realizado no IACC. Amostragem: amostra não probabilística por conveniên-cia consecutiva. O tamanho da amostra foi calculado em 20 pacientes para nível de significância de 5% e um poder estatístico de 80%. Intervenção: quimioterapia indutiva. Desfecho: redução tumoral, paragem da hemorragia. Hipótese nula: a quimioterapia indutiva não tem acção anti tumoral no câncer de colo uterino. Hipótese alterna-tiva: a quimioterapia tem acção anti tumoral no câncer de colo uterino. Recolha dos dados: as pacientes têm feito uma tomo-grafia antes do início e depois da quimioterapia. Depois serão comparadas para avaliar o desfecho. Resultados: os resultados preliminares mostraram que as pacientes submetidas a quimioterapia indutiva apresentaram con-siderável redução do tamanho tumoral e paragem da hemorragia vaginal. Discussão: na América Latina, a quimioterapia indutiva tem sido utilizada em pacientes com o diagnóstico de câncer de colo uterino que aguardam pela radioterapia. Entretanto, não há estudos experimentais publicados que mostram o benefício deste tratamento. Nos Estados Uni-dos, o National Cancer Institute está a realizar uma pes-quisa para avaliar a acção da quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer do colo uterino em estádios inicias. Conclusão: os resultados sugerem o benefício da quimi-oterapia indutiva no câncer de colo uterino.

Traumatismo cranioencefálico na UTI. Factores de mau prognóstico

Autor: Serafim Brás Chassova

Introdução: o traumatismo cranioencefálico tem sido motivo de grande discussão na actualidade, sendo uma das principais causas de morbimortalidade. É descrito como um problema de saúde pública por alguns autores, afectando principalmente a faixa etária activa da popu-lação, com consequências que ultrapassam os limites médicos. O presente estudo tem por objectivo: determinar os fac-tores associados ao mau prognóstico dos doentes in-ternados com traumatismo cranioencefálico severo nos Cuidados Intensivos; fazer uma análise comparativa do intervalo elevado entre o trauma e a prestação dos cuida-dos médicos especializados. Método: foi realizado um estudo observacional analítico prospectivo, sobre indivíduos vítimas de trauma crani-oencefálico internados no serviço de Cuidados Intensivos

do HMP/IS, no período de Abril a Setembro de 2014. Do instrumento de colheita de dados constaram dados de identificação, causa do trauma, cinemática do trauma, se houve transporte especializado, intervalo de tempo entre o trauma e os cuidados médicos especializados, dados do exame físico, presença de embriaguez, escala de coma de Glasgow, diagnóstico tomográfico, complicações e o tipo de abordagem. Resultados: foram estudados 31 doentes. Destes, pre-dominaram o género masculino 90,3%, a idade média foi 33,23 anos, ±7.46 anos; dos 31 doentes estudados, a causa do trauma foi acidente de viação; nos diagnós-ticos por tomografia computorizada foi observada com maior frequência a contusão hemorrágica (51,6%). Das complicações evolutivas, a pneumonia associada à venti-lação mecânica prolongada foi a mais frequente (62.3%); todos os doentes que complicaram com choque séptico e meningite evoluíram para óbito; 67% tiveram abordagem conservadora; dos 31 doentes, 74% evoluíram para óbito. Conclusão: o intervalo de tempo elevado entre o trauma cranioencefálico e os cuidados médicos especializados é um factor preponderante e determinante para o prog-nóstico destes doentes, visando os factores de mau prog-nóstico nos doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos, comprovado pelo resultado do teste da hipó-tese, através do teste de Fischer com seguintes resulta-dos: (0,1245 e 1 grau de liberdade) onde P> 0,05. Estes resultados sugerem interesse da actuação do Ministério da Saúde em criar e implementar estratégias e aprimora-mento no atendimento do doente com traumatismo crani-oencefálico.Palavras-chave: Traumatismo cranioencefálico, intervalo de tempo elevado, factores de mau prognóstico, mortali-dade.

Uso e abuso de antimicrobianos. Política antimi-crobiana

Autores: Andres Mário Acosta; Michael León Rodriguez

Os antimicrobianos são as drogas que mais se prescrevem a nível mundial, Em 1997, o gasto por uso de antimicro-bianos foi de 17 mil milhões de dólares e, em 1999, au-mentou para 31 mil milhões de dólares. Por outro lado, estima-se que de 10% a 50% das prescrições antimicrobia-nas são desnecessárias. Em meados do século XX pensava-se que as enfermidades infecciosas diminuiriam a sua incidência e deixariam de ser um problema sério para a saúde do homem. Entre-tanto, a realidade encarregou-se de demonstrar que a luta contra os microrganismos produtores de enfermidades estava longe de ser ganha e que estes microrganismos iriam surpreender-nos de novo. A resistência bacteriana é uma preocupação importante no mundo científico actual, ocasionando danos à saúde humana e à economia. Cal-cula-se que o custo anual por infecção nosocomial atinge 5 bilhões de dólares. Cerca de 99 mil pacientes morrem, em cada ano, em resultado de padecer por uma sepsis. A resistência antimicrobiana é um fenómeno emergente. A qualidade da prescrição dos agentes antimicrobianos constitui um elemento essencial para o seu controlo. A introdução e produção de novos antimicrobianos foi flex-ionado significativamente desde a década 1990. A directora geral da OMS, Margaret Chan, durante uma conferência de especialistas em doenças infecciosas que se realizou em Copenhaga, Dinamarca, em 2012, afir-mou: “Estamos numa era “pós-antibióticos” em que as operações seriam impossíveis e as lesões simples, como um arranhão, podem ser letais. Estamos à beira do fim da era da medicina segura. O decréscimo da efectividade dos antibióticos no tratamento das infecções comuns é preocupante nos anos recentes, e com o aparecimento das enterobacterias carbapenema-resistentes (KPC) esta-

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mos a aproximar da era pós-antibiótico”. O uso irracional dos medicamentos nos hospitais de países em desenvolvimento é um importante problema e pouco se tem publicado sobre o modo de resolvê-lo. Desde meados do século XX começaram a criar-se nos hospitais grupos de trabalho e comissões de política de antibióticos, com objectivo de contribuir, optimizar a uti-lização dos antimicrobianos.Em Angola, podemos aplicar estratégias para o uso de antimicrobianos para diminuir a crescente resistência bacteriana. São necessários novos procedimentos tera-pêuticos como escalar-desescalar, sequenciar, simplificar estes fármacos e a indicação segundo cálculo do filtrado glomerular, de acordo ao peso ideal do paciente.O uso de antimicrobianos é científico e responsável.

POSTERSHematoma retroperitoneal por ruptura de angio-miolipoma renal

Autores: Tomás Lázaro Rodríguez Collar; Al-fonso José Pérez Espinosa; María Luisa García Gómez; Constância Margarida Marques Costa

Introdução: o angiomiolipoma renal é um tumor renal benigno que se pode apresentar como abdómen agudo, devido à sua ruptura espontânea. Objectivo: apresentar as particularidades clínicas e o tratamento aplicado a um novo caso de hematoma ret-roperitoneal por ruptura de angiomiolipoma renal. Méto-dos: Paciente masculino, de 53 anos, com antecedentes de crises convulsivas desde a infância, que foi assistido no banco de urgência por apresentar dor abdominal de início difuso, que mais tarde se localizou no hemiabdo-men direito, acompanhado de náuseas e vómitos. No exame físico revelou contractura no local doloroso. Nos exames analíticos sanguíneos encontrou-se leucoci-tose. Pensou-se então num quadro de abdómen agudo inflamatório visceral. Resultados: realizou-se vídeo-laparoscopia diagnóstica, na qual se verificou a presença de um hematoma retrop-eritoneal à direita. Indicou-se a tomografia axial compu-torizada com contraste. Encontrou-se uma lesão tumoral complexa na face anterior do rim direito, com perda da continuidade da cortical e um hematoma peri renal volu-moso. Com esses achados, decidiu-se a nefrectomia direita ur-gente via laparotomia, confirmando-se a suspeita imagi-ológica. A evolução pós cirúrgica do paciente foi favoráv-el. O estudo histopatológico informou angiomiolipoma renal roto. Conclusões: embora seja infrequente, deve-se ter em con-ta a possibilidade do début clínico de um angiomiolipoma renal com hemorragia retroperitoneal, dentro dos diag-nósticos diferenciais do abdómen agudo cirúrgico.Palavras-chave: Tumor renal benigno, angiomiolipoma renal, hematoma retroperitoneal, abdómen agudo cirúr-gico.

Síndrome do coletor de urina de cor púrpura

Autores: Tomás Lázaro Rodríguez Collar; Flo-rinda Helena da Silva Miranda; José António Ca-brera Martínez

Introdução: a cor púrpura do saco coletor de urina, em pa-cientes com sondagem permanente do sistema urinário, é uma eventualidade infrequente e alarmante na prática médica. Objectivo: apresentar as particularidades clínicas e de laboratório e o tratamento aplicado, a um novo caso de

síndrome do saco coletor de urina de cor púrpura. Métodos: paciente de 69 anos de idade com diagnóstico de adenocarcinoma da próstata, com infiltração tumoral da uretra prostática e insuficiência renal crónica grau I, motivo pelo qual usava sonda uretral permanente. Depois de cinco meses nesta condição, apresentou-se na con-sulta externa de urologia por ter notado cor púrpura do saco coletor de urina. Nesse momento, o paciente estava assintomático, não obstante a urina extraída do coletor era turva, fétida e de cor amarela. Tomava regularmente ácido fólico e fumarato ferroso por padecer de anemia, o que lhe produzia obstipação pertinaz. Resultados: os estudos de hemoquímica foram normais; nos da urina isolaram-se Proteus mirabilis na urocultura. Indicou-se-lhe tratamento antibiótico específico, laxantes e mudou-se a sonda e o coletor de urina, desaparecendo a cor atípica antes mencionada. Conclusões: a infeção urinária e a obstipação favorecem o aparecimento da cor púrpura do saco coletor de urina. Esta situação consegue-se reverter tratando conveniente-mente os ditos factores e mudando a sonda e o coletor de urina por outros novos.Palavras-chave: Infeção urinária, obstipação, cateterismo uretral permanente, coletor de urina de cor púrpura.

Hemangioendotelioma epitelióide do fígado em criança de 4 meses de idade internada no Hospi-tal Pediátrico David Bernardino

Autores: César Freitas; Maria Pereira; Roberta Saturnino; Josefina Webba

O hemangioendotelioma epitelioide é um tumor vascular de malignidade intermédia caracterizado pela presença de numerosas células endoteliais proeminentes cujas lo-calizações mais frequentes são o fígado, o pulmão, teci-dos moles e ossos. O hemangioendotelioma do fígado é uma entidade rara (incidência 0,1/100000), geralmente identificado em adultos jovens e muito poucos casos de-scritos em crianças sobretudo latentes.

Relatamos o caso de um lactente de 4 meses de idade, sexo feminino, internada no Hospital Pediátrico David Bernardino por aumento do volume do abdómen e massa abdominal. Ao exame físico a criança apresentava heman-giomas cutâneos (couro cabeludo, coxa direita e braço direito), um aumento do volume do abdómen com circu-lação colateral visível e palpava-se uma massa de super-fície lisa, consistência dura, contornos mal definidos que ocupava todo o abdómen superior. De realce, nos exames complementares, uma anemia mi-crocítica com trombocitose, velocidade de sedimentação de 110 mm/h, transaminases, triglicerídeos e alfa feto-proteína elevadas. A ecografia abdominal realizada reve-lou um fígado com dimensões aumentadas e presença de múltiplas imagens arredondadas, bem delimitadas, dis-seminadas em todo o seu parênquima. A tomografia axial computorizada (TAC) do abdómen revelou um fígado com tamanho muito aumentado, heterogéneo e multinodular. O resultado anatomopatológico da biópsia hepática per-cutânea identificou fragmentos de tecido hepático onde se observava proliferação de vasos, alguns dilatados por células epitelioides e separadas por septos de estroma fibroso e também áreas de inflamação crónica agudizada.

Criança de 3 anos de idade com glicogenose diagnosticada no Hospital Pediátrico David Ber-nardino

Autores: César Freitas; Maria Pereira; Josefina Webba; Mauro Onésio

O glicogênio é um polissacarídeo fundamental para o me-

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tabolismo do ser humano. É a principal reserva energética das células animais cuja maior concentração encontra-se nos músculos e fígado. A glicogénese é caracterizada por uma deficiência de enzimas específicas envolvidas na sín-tese e degradação do glicogênio podendo ocasionar de-feito metabólico no catabolismo e anabolismo do mesmo e provocar doenças genéticas raras, na sua maioria de caracter autossómico recessivo relacionado com armaze-namento do referido polissacarídeo.

Relatamos o caso de uma criança de 3 anos de idade, sexo masculino seguido em consulta no Hospital Pediátri-co David Bernardino por aumento do volume do abdómen e massa abdominal. Tem antecedente de um internamento por pneumonia aos dois anos de idade e história recorrente de hipotonia (principalmente a noite), convulsões, transpiração profu-sa e de erupção papulosa recorrente. O exame físico revelou uma criança raquítica com peso/altura =P97 e Alt/idade=P3, um abdómen distendido e proeminente, uma hepatomegalia com superfície lisa, bordo rombo até 6 cm do rebordo costal e não dolorosa a palpação. De realce nos exames complementares uma anemia nor-mocítica, a relação AST/ALT> 6, hipoglicemia recorrente, coagulação normal. A ecografia abdominal revelou um fígado hiperecogénico com dimensões aumentadas e het-erogéneas. O resultado anatomopatológico da biópsia hepática per-cutânea revelou a presença do glicogênio no citoplasma dos hepatócitos através da coloração com PAS. O referido quadro caracterizado por uma falência de crescimento, hepatomegalia, hipoglicemia recorrente, relação AST/ALT>6, acumulação de glicogênio no cito-plasma hepático é compatível com glicogenose tipo VIII.

Doença de Ménétrier - Caso Clínico

Autores: Carla Oliveira, Ludmila Martinez Ley-va, Gerusa Tanoeiro, Maria de Sousa

Introdução: A doença de Ménétrier é uma entidade clínica pouco frequente que se caracteriza por um engrossamen-to das pregas gástricas secundárias. Há uma hiperplasia das células mucosas foveolares, frequentemente associa-da a perda de proteínas entéricas e hipoalbuminémia. A sua etiologia é desconhecida e considerada uma condição pré neoplásica. Objectivos: apresentar um caso clínico de uma patologia rara e fazer revisão da literatura. Descrição do caso: apresenta-se um doente de 27 anos de idade, internado, por apresentar epigastralgias, perda de peso e vómitos. Analiticamente apresentava anemia (Hb 8.6g/dl), leucocitose (13.6x10 9 /L), hipoproteinémia (proteínas totais 50g /L), hipoalbuminémia (24g/L). A ecografia abdominal descreveu presença de ascite míni-ma e estômago com engrossamento das pregas gástricas, sendo posteriormente confirmado por T.C. Foi realizada EDA onde se observou hipertrofia das pregas gástricas com predomínio no fundo e corpo. A biopsia confirmou a hipertrofia foveolar e atrofia das glândulas, compatível com doença de Ménétrier. O doente foi submetido a trata-mento cirúrgico com evolução satisfatória. Discussão/Conclusão: até ao momento não existe um tratamento definido para esta doença. Nos doentes in-fectados pelo Helicobacter pylori recomenda-se a sua er-radicação, podendo dessa forma conseguir-se o controlo dos sintomas. A cirurgia é recomendada para aqueles indivíduos com perda de proteínas não controlável, sangramento e dis-plasia, uma vez que se elimina o risco de malignização. Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre a doença e a forma de abordá-la.Palavras-chave: Doença de Ménétrier, pregas gástricas en-

grossadas, gastropatia hipertrófica.

Schistosomíase - caso clínico

Autores: Carla Oliveira, Gerusa Tanoeiro, Neusa Leite, Josina Gonçalves

Introdução: A Schistosomíase constitui um grupo de doenças causadas por tremátodos que pertencem à família Schistosomidae e que vivem no sistema venoso dos indivíduos infectados. Na fase inicial da doença foram descritos dois tipos clínicos da doença: o desintérico e o hepatoesplénico. Os sintomas agudos duram várias se-manas. Caso: doente de 24 anos de idade, do sexo feminino, natural do Uíge, com antecedentes de banhos no rio, que apresentava desconforto abdominal e diarreia crónica. Acorreu à consulta de gastroenterogia onde foram reali-zados exames às fezes cujo resultado foi negativo para pesquisa de ovos e parasitas. A ecografia abdominal de-screve dilatação das veias esplénica e hepáticas. Realizou-se endoscopia digestiva alta para pesquisar presença de varizes esofágicas, as quais foram descartadas. Decidiu-se então a realização de rectosigmoidoscopia com bióp-sia do recto para descartar infecção por schistosoma, o qual foi confirmado pelo resultado histológico. Conclusões: Angola é uma área de alta prevalência de Schistosomíase pelo que é recomendado o estado de alerta para o diagnóstico precoce nos indivíduos com sin-tomas compatíveis com essa infecção com o objectivo de diminuir o dano que a mesma pode ocasionar.

Corpo estranho no trato digestivo superior e sua abordagem endoscópica. Caso clínico

Autores: Carla de Oliveira, Maria de Sousa, Gerusa Tanoeiro, Cecília Sambo, Josina Gonçalves

Introdução: A presença de corpos estranhos no trato di-gestivo superior constitui, depois da hemorragia digestiva alta, uma indicação frequente de endoscopia de urgência nas unidades de endoscopia. Podem encontrar-se corpos estranhos orgânicos e inorgânicos. Caso clínico: apresenta-se doente de 19 anos de idade, costureira de profissão, que, acidentalmente, durante o seu trabalho, ingeriu um alfinete que ficou encravado na cavidade gástrica. Foi necessário a realização de endosco-pia digestiva alta para a extração do corpo estranho de forma satisfatória evitando-se dessa forma a realização de uma cirurgia de urgência. Conclusões: em centros de alta afluência de doentes, a presença de protocolos de actuação e pessoal treinado é a chave para o manejo satisfatório dos corpos estranhos no trato digestivo superior.

Diagnóstico do Helicobacter pylori em doentes dispépticos

Autores: Ludmila Martinez Leyva, Carla de Olivei-ra, Júlia Paím Dias, Maria de Sousa

Introdução: O Helicobacter pylori apresenta distribuição cosmopolita. A histologia permite o diagnóstico e deter-minar o dano provocado no estômago. Objectivo: determinar a prevalência desta infecção num grupo de pacientes dispépticos. Pacientes e métodos: realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo, em pa-cientes com dispepsia que realizaram endoscopia diges-tiva com biópsia gástrica no período estudado. Foram incluídos 74 homens e 75 mulheres. Resultados: estavam infectados cerca de 53,69% dos doentes. A distribuição por sexos foi equitativa (49,7% homens e 50,3% mul-

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heres), o grupo etário mais frequente foi dos 18-28 anos (27,5%). A epigastralgia foi o sintoma mais predominante (87,2%). A gastrite eritematosa representou 72,5% dos di-agnósticos endoscópicos e a gastrite crónica moderada 32,9% das histologias. Conclusões: a prevalência foi mais baixa do que esper-ado. Predominou a epigastralgia como sintoma e a gas-trite eritematosa como diagnóstico endoscópico. Não se relacionou a presença da bactéria com a severidade das lesões gástricas.

Calcificação vascular em doentes renais crónic-os em hemodiálise

Autores: Cecília Santana, Nsecumeso Bota; Maria Ester Raola Sanchez; Cecília Paz; Telmo Martins

Introdução: a progressão da Doença Renal Crónica (DRC) está associada a complicações como Doença Mineral Ós-sea e Cardiovascular, sendo a última a principal causa de morte. A Calcificação Vascular (CV) é comum, e consid-erada factor de risco cardiovascular. O controlo do cálcio e fósforo constituem medidas para a prevenção da CV. O objectivo do trabalho foi avaliar o perfil de CV dos DRC em Hemodiálise (HD). Material de Estudo: clínico, em 17 doentes, maioritari-amente homens (n=12; 70,5%), idade média 50 ± 14,7 anos (mín. 15 anos; max. 76 anos), tempo médio de HD 13,4 ± 9,6 meses. Método: realizado estudo observacional retrospectivo (6 meses) dos valores de cálcio, fósforo e PTH; realizaram-se radiografias das mãos e pélvis para identificação da calcificação das artérias periféricas bem como ecocardio-gramas para identificação de calcificação valvular. Os achados de CV foram quantificados com base no Score de 0 a 8 pontos, desenvolvido por Adragao et al., que divide as radiografias por linhas imaginárias perpendicu-lares em 4 secções A presença de calcificação em cada secção é contada como 1 e a sua ausência como 0. Resul-tados: nos 17 doentes, a CV foi observada em 7 (41,2%), 5 (71,4%) com calcificação de artérias e 2 (28,6%) de vál-vulas cardíacas. A distribuição do Score foi: < 3 (4 doen-tes) e ≥ 3 (1 doente); destes 4 apresentaram calcificação unilateral (radial e ilíaca) e 1 apresentou bilateral (radial, digital, ilíaca e femoral). O valor médio de cálcio foi 8,3 ± 0,76 mg/dl, Fósforo 3,9 ± 1,1 mg/dl e PTHi 372,4 ± 345,2 pg/ml. Discussão: CV em DRC em HD tem sido relacionada com rigidez arterial e morbi-mortalidade cardiovascular, sen-do mais comum do que na população em geral. O diag-nóstico de calcificação vascular é geralmente feito com dispositivos caros e altamente técnicos como a tomogra-fia computadorizada. O uso de radiografias ósseas foi sugerido nas últimas guidlines dos KDOQI. No Score utili-zado, as calcificações vasculares foram avaliadas apenas em artérias musculares – ilíaca, femoral, radial e digitais – por serem as mais propensas a calcificação linear que descrevem a parede do vaso. Este achado confirma o val-or desta pontuação simples, sugerindo que calcificações lineares são associadas com alterações das propriedades da parede arterial e pode ajudar a identificar doentes com maior risco cardiovascular. Conclusão: os valores de cálcio, fósforo e PTH, bem como o tempo em HD, não se associaram à CV. As calcificações valvulares não implicaram eventos cardiovasculares.

Comportamento da doença mineral óssea renal em pacientes com insuficiência renal não dialíti-ca na Clínica Sagrada Esperança

Autores: Maria Ester Raola Sanchez; Matadi Daniel; Claudia Garcia

Introducción: la enfermedad renal crónica (ERC) con-stituye un problema de salud pública que se estima afecta a más de un 15 % de la población general y cuya preva-lencia se ha incrementado en los últimos años. La compli-cación más importante de la ERC es la enfermedad cardio-vascular, primera causa de muerte en estos pacientes. Las alteraciones del metabolismo óseo y mineral, relacionado con la ERC se han implicado a complicaciones, cardiovas-culares. Objetivo: determinar las características bioquími-cas, clínicas y el manejo de las alteraciones del metabo-lismo óseo-mineral, así como el grado de cumplimiento de las guías europeas en pacientes con enfermedad renal crónica (ERC) en estadios III-IV. Método: estudio observacional, y transversal durante tres años de seguimiento. Se incluyeron 136 pacientes pro-cedentes de consultas externas de nefrología, < 60 ml/min/1,73 m2 - estadios K/DOQI; 36 % estadio III, 44 % estadio IV y 20 % estadio V. En todos los pacientes se realizó creatinina, calcio, fós-foro, hormona paratifoidea (PTH) intacta, 25 OH vitamina D y 1,25 OH2 vitamina D). Resultados: el porcentaje de incumplimiento en los obje-tivos establecidos por las guías K/DOQI para niveles de calcio, fósforo fue 47 %/ 31 %), PTH intacta y producto calcio x fósforo fue (62 % y 31 %). El 66% de los pacientes presentaban los niveles de PTH intacta fuera del rango establecido por las guías K/DOQI (43,5 % con valores por encima del límite superior y 18,5 % por debajo del límite inferior). El 47 % de los pacientes presentaban niveles de calcio fuera de rango (23 % por encima y 17 % por debajo del rango), mientras que el 31 % presentaron niveles ina-decuados de fósforo (7 % por debajo del objetivo y 24 % por encima). El 31% de los pacientes presentaron nive-les de producto calcio x fósforo fuera de rango. Solo el 3,1 % de los pacientes cumplieron los cuatro objetivos K/DOQI. El 81,5 % de los pacientes presentaba deficiencia de calcidiol (25 OH D3) (< 30 ng/ml). El 35 % presentaron insuficiencia moderada-grave (< 15 ng/ml), y el 47 % insu-ficiencia leve (15-30 ng/ml). El 64,7 % presentaron insufi-ciencia de calcitriol (1,25 OH2 D3 < 22 pg/ml). Mientras que el déficit de calcidiol no se relacionó con los estadios de ERC, la deficiencia de calcitriol fue más pronunciada conforme avanzó el estadio de ERC. Conclusiones: Los resultados confirman la dificultad de conseguir los objetivos establecidos por las guías K/DOQI en la ERC no en diálisis, fundamentalmente en el pobre control del hiperparatiroidismo secundario y del déficit de vitamina D. Por ello es necesario revisar las estrategias de abordaje del tratamiento de las alteraciones del me-tabolismo óseo-mineral en estos pacientes, y quizá una revisión de los parámetros objetivo de las guías actuales.

Epidemiologia da doença renal crónica em pa-cientes com enfermidade cardio-cérebro vascu-lar na Clínica Sagrada Esperança 2013-2015

Autores: Maria Ester Sanches; Matadi Daniel; José Roberto V. dos Santos

Introdução: a Enfermidade Renal Crónica constitui uma das principais pandemias que flagela a humanidade no século XXI, responsável pela maior parte da morbi-mor-talidade da população mundial. A insuficiência renal (IR) uma entidade que define os estádios mais iniciais da doença renal e não se detecta com os métodos usados habitualmente. Objectivos: determinar a presença de enfermidade renal crónica em pacientes com enfermidade cardiovascular e cérebro vascular em consulta de nefrologia e sua relação com factores de risco vasculares. Métodos: realizou-se estudo descritivo e transversal em 166 pacientes, adultos, que aceitaram – consentimento informado – a participar deste estudo e aprovado pela co-missão científica da nossa instituição; durante o período

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Janeiro 2013- Fevereiro 2015 estudaram-se as variáveis idade, presença de hipertensão arterial, cardiopatia is-quémica, antecedentes de enfermidade cérebro-vascular (ECV), sexo, e presença de marcadores de dano renal em urina, ecografia renal, função renal, antecedentes famil-iares de enfermidade renal crónica, enfermidade cardi-ocerebrovascular, presença de factores de risco vascular, tais como obesidade, dislipidemia, inactividade física, antecedentes de enfermidade cerebrovascular e hábito de fumar. Foram realizadas ecografias carotídeas e avali-ados scores de risco vascular conforme classificação de Adragão e ecografia cardiovascular. Aplicaram-se medi-das estatísticas descritivas. Resultados: preponderaram pacientes do sexo masculino (64,1%), com idades superiores aos 40 anos (33,2%). O marcador de dano renal mais frequente foi a microalbu-minúria, tanto em hipertensos, como em pacientes com cardiopatia. Cerca de 34,7 % de pacientes com hiperten-são apresentaram uma enfermidade renal crónica oculta e 27,2 % em pacientes com cardiopatia, 42,6% dos doentes que sofrem ECV apresentam ERC em diferentes estádios. Os resultados das ecografias carotídeas mostram que 38,2 % dos doentes com doenças cardio-cerebro vascular apresentam calcificações vasculares e 43,4% alterações ecocardiográficas entre as calcificações das válvulas cardíacas e disfunção diastólica e hipertrofia ventricu-lar esquerda. Entre outros factores de risco associados à enfermidade renal crónica destacaram-se: obesidade abdominal, história familiar enfermidade cardiocerebro-vascular, sedentarismo, hábito de fumar, a dislipidemia e a hipertensão arterial. Foi considerada a presença de en-fermidade cérebro-cardiovascular como factor preditivo independente para sofrer ERC. Conclusões: um número não desprezível dos pacientes hi-pertensos, com cardiopatia isquémica com ECV, seguida por especialista não nefrologista, está infradiagnosticado quanto à disfunção renal moderada se refere, com o que não se detecta a uma população com risco cardiovascular intermédio. Recomendações: executar as acções preventivas de edu-cação e tratamento da população sã, em particular com ênfase em grupos de riscos e doentes, por grupos multi-disciplinares.

Prescrição de medicamentos e erros de medicação

Autores: Ana Fernandes; Helena Guilherme; Eduardo Kedisobua

Introdução: o prescritor tem a responsabilidade de elabo-rar uma prescrição de medicamentos que transmita de forma completa as informações para todos os profission-ais que utilizam esse documento. Entretanto, o caminho terapêutico a ser adoptado por este profissional está su-jeito a várias influências, tais como as concepções sobre o processo saúde-doença, a qualidade da formação técnica, as condições socioculturais e económicas da população que atende, a disponibilidade de medicamentos, serviço em que actua, as fontes de informações às quais teve acesso e o assédio da indústria farmacêutica, entre out-ros. A prescrição de medicamentos é uma actividade impor-tante para o processo de cuidados assistenciais aos pa-cientes e representa acção médica fundamental. Contudo, a grande quantidade de fármacos e produtos comerciais disponíveis no mercado, os frequentes lançamentos e a enorme quantidade de interacções de medicamentos e de efeitos adversos faz com que esta importante etapa do processo de atendimento seja susceptível de erros. Objectivo: esclarecer as dúvidas mais frequentes para se evitar erros prescritivos que ocorrem no exercício da profissão médica, proporcionando assim uma boa prática de prescrição de medicamentos. Desenvolvimento: a informação acerca dos medicamen-

tos constitui uma condição básica para a adesão ao trata-mento. Porém, não se tem prestado atenção suficiente no momento de seu fornecimento nas diversas situações de atendimento ao paciente, incluindo a consulta médica e a dispensa do medicamento em farmácias. As prescrições com falta de muitos desses itens e a letra ilegível dos médicos levam a erros como troca de medicamentos e troca de dosagem. Na busca de soluções para minimizar o número de erros nas prescrições dispensadas nas uni-dades de saúde, este trabalho propôs-se a esclarecer as dúvidas mais frequentes para se evitar erros prescritivos que ocorrem no exercício da profissão médica, propor-cionando assim uma boa prática de prescrição de medi-camentos. Conclusão: alguns problemas relacionados com a quali-dade foram observados, como, por exemplo, o elevado número de receitas que não continham o tempo de trata-mento, ou, ainda, vários medicamentos sem a indicação da concentração a ser utilizada. As orientações e reco-mendações fornecidas, tanto na literatura, quanto na leg-islação pertinente, não foram devidamente cumpridas, o que poderia levar a erros na dispensação e no uso dos medicamentos. Concluiu-se que a adopção de medidas simples, como a implantação do novo modelo de receituário podem reduz-ir os erros relacionados à prescrição de medicamentos e com isso minimizar possíveis riscos, melhorando a quali-dade do serviço prestado ao paciente.

Manifestações clínicas da síndrome de Alagille. Apresentação de um caso familiar

Autores: Rafael Arroyo Montilla, Carlos Ruben Glesser.

A síndrome de Alagille é uma causa de grande parte das colestases de origem congénita. Trata-se duma doença multisistémica com padrão de herança autossómico dominante e com manifestações clínicas variáveis, com os critérios clássicos de colestase, defeitos cardíacos, anomalias ósseas, oftálmicas e uma fácies característica. É associada a mutações do gene JAG1 com locus em 20p 12.2. O diagnóstico pode ser difícil já que nem todos os pacientes manifestam cedo o quadro clássico da doença.

Neste trabalho apresentamos um caso familiar que afecta dois irmãos, de 7 e 1 anos de idade, o primeiro com crité-rios clássicos da doença, desde o primeiro ano de vida, e o segundo com manifestações menos intensas, e que foi diagnosticado em consequência do primeiro. Igualmente, mostramos os resultados do tratamento médico inicial, esperançados num possível transplante hepático.

Macroadenoma da hipófise com compressão do quiasma óptico. Caso clínico

Autores: Rosa Buta; Tatiana Brito; Lira Bravo; Jorge Manresa

EA é um doente de 64 anos de idade, sexo masculino, com história de HTA, Diabetes Mellitus com má aderência à terapêutica e AVC prévio (8 meses de evolução) de que resultou hemiparesia direita proporcional residual.O doente foi atendido no Serviço de Urgência da Clínica Girassol por quadro de cefaleia intensa, holocraneana de instalação progressiva, alteração súbita da visão, poliúria, polidipsia e polifagia. Ao exame físico: consciente, orientado, discurso coer-ente, desidratado, TA – 224/140mmHg, P-120ppm, rra, fácies não característico de qualquer processo patológico.Neurológico Sumário – hemianópsia bitemporal, hemipa-résia dta com espasticidade.Colocadas hipóteses de HTA, Diabetes Mellitus descom-

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pensada, AVC “de novo” foram pedidos exames comple-mentares que mostraram de realce: Glicemia – 559mg/dl, Creat. – 1.4mg/dl, gasimetria arterial normal.A TAC Craneoencefálica mostrou lesão ocupando espaço na região selar e extensão supra-selar com compressão do quiasma óptico. A RMN Selar confirmou a lesão selar e objectivou lesão isquémica na região calcarina.Feito estudo Hormonal TSH, T4, PRL, LH, FSH, Cortisol que foram normais.Neste contexto considerou-se o diagnóstico de Macroad-enoma da Hipófise não Funcionante pelo que foi trans-ferido para Neurocirurgia.Doente foi submetido a cirurgia endoscópica endonasal transesfenoidal com sucesso. No pós-operatório desen-volveu quadro de Diabetes Insipida que foi corrigida com Desmopressina.Doente teve alta com melhoria das alterações visuais, sem necessidade de manutenção da Desmopressina e medicado com Prednisolona 5mg/dia PO, antihiperten-sores e insulina.

Resistência de Plasmodium falciparum aos anti-maláricos em Angola: revisão compacta

Autores: Cláudia Fançony; Miguel Brito; Pedro Gil

Introdução: face à resistência à Cloroquina, Angola pron-tamente adoptou a terapia combinada com artemisinina e seus derivados como a primeira linha de tratamento contra a malária. Actualmente, o país pretende consoli-dar o controlo da malária, preparando-se para a fase de eliminação, em conjunto com outros países africanos na região. No entanto, a capacidade notável do Plasmódio de desenvolver resistência aos fármacos representa uma ameaça alarmante para estes objectivos. Material de estudo: Este estudo consiste numa revisão bibliográfica que pretende sistematizar e discutir os re-sultados de estudos sobre eficácia de antimaláricos e marcadores moleculares de resistência em Angola. Métodos: a pesquisa e selecção de artigos científicos rel-evantes foi efectuada utilizando o motor de busca da Pub-med e para a pesquisa de outras bibliografias utilizou-se o Google. Resultados: no total, foram analisadas 73 referências bib-liográficas, entre as quais 68 artigos científicos (16 de Angola) e bibliografia cinzenta. Encontramos seis estudos de eficácia de antimaláricos em Angola (publicados entre 1955-2015) e 10 relacionados com marcadores molecu-lares de resistência (publicados entre 2003-2015). Os principais fármacos ou combinações, investigados em Angola foram: Cloroquina, Pirimetamina, Amodi-aquina, Quinino-tetraciclina, Sulfadoxina-Pirimetamina, Amodiaquina-artesunato, Sulfadoxina/Pirimetamina-Ar-tesunato, Artemeter-Lumefantrina e Desidroartemisinina-Piperaquina. Os principais marcadores moleculares investigados pert-encem aos genes pfcrt, pfmdr1, pfdhfr, pfdhps, pfAT-Pase6, Chr10, Chr13 e pfk13 propeller. Discussão: os números de ensaios clínicos realizados em Angola são escassos em comparação com a importância desta doença no país. Com a dimensão territorial de Angola, é expectável que haja uma variação significativa nas características das populações de parasitas a circular, sendo que uma inves-tigação mais aprofundada da sua distribuição e impacto é urgente. Conclusões: o recente aumento do investimen-to para o controlo da malária no país, espelhado na in-trodução da combinação de artemisinina e seus derivados com outros fármacos eficazes, levou a uma redução sig-nificativa na incidência da malária em Angola nos últimos cinco anos. O país tem o objectivo ambicioso de atingir o status de pré-eliminação. No entanto, para que o mesmo seja al-cançado, vários estudos são necessários para responder

a perguntas-chave, tais como: a eficácia da lumefantrina está realmente a diminuir? Qual é a eficácia das combi-nações disponíveis em Angola? Com a pressão selectiva exercida pelo artemeter-lumefantrina nos últimos anos, o artesunato-amodiaquina é agora uma alternativa melhor? A detecção do haplotipo pfcrt SVMNT é um evento raro ou está realmente presente no país? Essas e outras questões precisam ser respondidas a fim de fornecer provas concretas às autoridades, essenciais para suportar futuras decisões no âmbito do objectivo de eliminação.

Disgenesia Gonadal Pura XX: relato de caso e algumas regras práticas no diagnóstico da amenorreia primária

Autores: Mayque Guzmán Cayado; Mateus Paquete Vandunem Vergueiro; William Jiménez Reyes; Jorge Luis German Meliz

Introdução: a Disgenesia Gonadal Pura (DGP) é uma no-sologia rara. Porém, deve ser lembrada em doentes com amenorreia primária, sendo fundamental a realização de cariotipagem para o diagnóstico final. Material de estudo: apresenta-se um caso de paciente do sexo feminino, 22 anos, com queixas de amenorreia primária e atraso no desenvolvimento mamário, na Clíni-ca Multiperfil. Resultados: paciente F.C.A, sexo feminino, 22 anos, solteira, ensino médio completo, natural e proveniente do Namibe, acompanhada na Clínica devido a queixas de amenorreia primária e atraso de desenvolvimento mamário. Nos antecedentes ginecológicos-obstétricos, a paciente referiu menarca aos 13 anos e atraso da telarca e pubarca. A mesma negou o uso de métodos contracep-tivos. No exame das mamas, observou-se broto mamário hipotrófico homogéneo bilateral (estadio 2 de Tanner). Constatou-se, no exame ginecológico, genitália em está-gio 3-4 de Tanner, com grandes e pequenos lábios hi-potróficos e simétricos, além de hipotrofia do clítoris. A paciente foi submetida a exames laboratoriais que in-cluíram dosagens hormonais, ultrassonografia pélvica, ressonância magnética e cariotipagem. Nas dosagens hormonais, merecem destaque as concentrações eleva-das de FSH: 125,9 mUI/L (3,5-12,5) e LH: 43,42 mUI/L (1,9-12,5), acompanhadas de concentrações baixas (nível pré-púbere) de Estradiol: 12,61 pg/mL (30-100). A USG pélvica e a Ressonância Pélvica (com contraste) revelaram: útero de 3,3x2,9x4,7cm, pequeno e em anteversão, en-dométrio homogéneo de 0,4 cm. Ausência de ovários. A cariotipagem revelou cariotipo compatível com o sexo feminino (46, XX). Concluiu-se o diagnóstico de Disgen-esia Gonadal Pura XX. Após o diagnóstico iniciou-se a reposição hormonal com Contraceptivos Orais YASMIN ®, BAYER, dospirenona/etinilestradiol (3mg/ 0,03 mg), e acompanhamento psicológico na sua província. Mantém-se o acompanhamento ambulatório em consultas exter-nas de ginecologia e endocrinologia na Clínica. Discussão: a queixa de amenorreia primária é frequente nos consultórios de pediatras e ginecologistas, e merece sempre investigação detalhada. No entanto, dentro desta queixa, as afecções mais prevalentes, de acordo com a literatura, são o Síndrome de Turner, mosaicismos ou Sín-drome de Swyer. São raros os casos de DGP XX, o que torna relevante a descrição de tal caso. Conclusão: o diagnóstico precoce é de extrema importân-cia para que se possam evitar as complicações do hipoes-trogenismo crónico, que incluem osteoporose, aumento do risco cardiovascular e síndrome metabólica.

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CURSOS PRÉ-CONGRESSO

LOCAL: EFTSL – Escola de Formação Técnica de Saúde de Luanda

21 DE JANEIRO DE 2016 (Quinta-feira)

C1 Abordagem da criança com suspeita de aspiração de corpo estranho

C2 Colposcopia e rastreio do cancro do colo uterino

C3 Como organizar uma unidade de alergologia pediátrica

C4 Crise hipertensiva: diagnóstico e tratamento

C5 Diabetes Mellitus: diagnóstico e tratamento

C6 Diagnóstico diferencial das síndromes febris em Angola –

Abordagem clínico – laboratorial

C7 Electrocardiograma de repouso, Holter e MAPA

C8 Emergências oncológicas

C9 FCCS-Emergências Médicas

C10 Humanização nas unidades sanitárias

C11 Interpretação de exames laboratoriais

C12 Interpretação do RX tórax e do abdómen simples, valor e actualidade diagnóstica

C13 Precauções na prescrição médica em pediatria

C14 Síndromes ictéricos: diagnóstico e tratamento

C15 Urgência neurológica

C16 Urgências em otorrinolaringologia

C17 Urgências em urologia

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

14h00 – 18h00

8h30 – 16h30

8h30 – 12h30

14h00 –18h00

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

8H30 – 12H30

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

Elsa Barbosa

Judite Ferreira

Maria Flora

Armando Serra Coelho

Eunice Palmira Sebastião

Fernanda Dias Monteiro

Joseth Rita de Sousa

Fernando Miguel

Carla Gonçalves

Adelaide Neto Matias

Vasco Sabino

Francisco Domingos

Mário Conde

Miguel Santana Bettencourt Mateus

Filipe Matuba

Guimarães Gaio João da Costa

22 DE JANEIRO DE 2016 (Sexta-feira)

C18 Abordagem da criança com doença crónica

C19 Abordagem das úlceras de pressão

C20 Actualização em VIH

C21 Actualização em malária

C22 Actualização em medicina intensiva

C23 Actualização em tuberculose

C24 Atendimento do politraumatizado

C25 Atendimento do queimado

C26 Biossegurança nas unidades sanitárias

C27 Choque: diagnóstico e tratamento

C28 Crise asmática: como abordar

C29 Dermatologia: princípios gerais e tratamento

C30 Doenças do refluxo gastroenterologia

C31 Edema agudo do pulmão

C32 Feridas e cicatrização

C33 Saúde bucal

C34 Tratamento da dor

C35 Urgências em oftalmológicas

C36 Urgências em ortopedia e imobilização dos membros

C37 Urgências em psiquiatria

C38 Uso de antidiabéticos orais na diabetes

8h30 – 16h30

14h00 – 18h00

8h30 – 16h30

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

8h30 – 12h30

8h30 – 16h30

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

8h30 – 12h30

14h00 – 18h00

8h30 – 12h30

14h00 – 18h00

8h30 – 12h30

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

14h00 – 18h00

Brígida Santos

Águeda de Carvalho

Lucia Furtado

Fernanda Dias Monteiro

José Cordeiro Alves

Afonso Wete

Leonardo Inocêncio

Caetano Prata

Filomena Silva

Gonçalo Júlio Neto

Margarete Arrais

Lidia Voumard

Colégio de gastrenterologia

Fortunato Silva

Dadi Bucusso

António Leite da Costa

Pedro Albuquerque Lara

Adriano Oliveira

Luísa Assis

Sabrina Cruz

24 e 25 DE JANEIRO DE 2016 (Dom. e Segunda-feira)

25 DE JANEIRO DE 2016 (Segunda-feira)

C9 FCCS-Emergências Médicas* 8h30 – 18h00 Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos

C34 Tratamento da dor 8h30 – 18h00 Francisco Correia Antunes

C39 Os avanços da oncologia à luz dos progressos da cirurgia, oncologia médica, radioterapia, anatomia, patologia e genética molecular

CURSO HORÁRIO COORDENADOR

CURSO HORÁRIO COORDENADOR

CURSO HORÁRIO COORDENADOR

CURSO HORÁRIO COORDENADOR

8h00 – 12h00 Fernando Miguel e Sobrinho Simões

* Este curso realiza-se no Hospital do Prenda

Ver abaixo dias 24 e 25 de Janeiro

Ver abaixo dias 24 e 25 de Janeiro

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Mostra das inovações tecnológicas

A feira médica dereferência em AngolaEm simultâneo com o XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola, a MÉDICA HOS-PITALAR 2016 – 4º Salão Internacional do Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnologia, Medicamentos e Consumíveis vai apresentar aos médicos de todas as especialidades, ge-stores hospitalares, directores provinciais de saúde, administradores municipais, outros técnicos de saúde e demais autoridades públicas e decisores, toda a oferta do mercado do sector da saúde. A MÉDICA HOSPITALAR posiciona-se como a feira especializada de referência, ao congregar a procura e a oferta global do sector da saúde em Angola, num ambiente profissional. Constitui uma oportunidade única para os fornecedores apresen-tarem face-a-face os seus produtos e equipamentos junto dos prescritores e decisores interessados em conhecer as novas soluções.

Sectores presentes:• Equipamentos hospitalares

• Tecnologia médica

• Equipamentos para laboratórios

• Emergência e transporte

• Ortopedia e fisioterapia

• Medicamentos e farmácia hospitalar

• Tecnologias de informação para a saúde

• Projectos, instalações e construções

• Hotelaria e mobiliário

• Uniformes, cama, mesa e banho

• Lavandaria

• Alimentação e cozinha

• Hospitais, clínicas e centros de saúde

• Consumíveis

• Enfermaria e monitorização

• Recuperação traumatológica e pós-operatória

• Home health care

• Literatura médica especializada

• Comunicação social

4ªANGOLA 2016

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NOVOS PACOTES DE DADOS EMPRESARIAIS

O DOBRO DA INTERNET

PARA O SEU NEGÓCIO

Novos Pacotes de Dados Empresariais: Smartphones e Placas

NOVO PACOTE PREÇO(UTT)

PREÇO(Kz)

PREÇO POR MB FORADO PLANO

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500 MB PELO PREÇO DE 250 MB 125 900 7.2

2 GB PELO PREÇO DE 1 GB 375 2.700 5.8

4 GB PELO PREÇO DE 2 GB 625 4.500 4.3

10 GB PELO PREÇO DE 5 GB 1.250 9.000 2.9

20 GB PELO PREÇO DE 10 GB 2.000 14.400 2.0

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A4 arte2DADOS EMPRESARIAIS.pdf 1 1/18/16 5:26 PM

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EXPOSITORES E PATROCINADORES

ACAIL ANGOLA Stand nº: 10Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador PlatinaEndereço: Pólo Industrial de Viana, Estrada Luanda-Catete, Km 23Telefone: +(244) 946423679Email: [email protected]: www.acailangola.comContacto: José PintoActividade: equipamentos médico-cirúrgicos, fármacos, gases medicinais, redes de gases medicinais, softwareProdutos em exposição: equipamentos médicos, instrumentos cirúrgicos, mobiliário hospitalar, consumíveis, fármacos, software de gestão hospitalar, gases medicinais, redes de gases medicinaisEmpresas representadas: BRAUN – AlemanhaProdutos: equipamentos médicosSIEMENS – AlemanhaProdutos : equipamentos médicosOLYMPUS – JapãoProdutos: equipamentos médicosMINDRAY – ChinaProdutos: equipamentos médicosLEICA MEDICAL DEVICES – AlemanhaProdutos: equipamentos médicosKARL STORZ – AlemanhaProdutos: equipamentos médicosG – SAMARAS – GréciaProdutos: redes de gasesBAYER – AlemanhaProdutos: fármacos

AFA ANGOLAStand nº 33Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Comandante Valódia, nº 5, 1º andar, Porta 11, Luanda, AngolaTelefone: +(244) 222444490 / + (244) 222442422 / + (244) 913403748Email: [email protected]: www.afa-ao.comContacto: Odília BaptistaActividade: importação e comercialização de medicamentos, equipamentos médicos, radiológicos, materiais hospitalares diversos

ANGOMÉDICA UEEStand nº 39Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua do Hospital Sanatório, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 928609370Email: [email protected]: Manuel EspadaActividade: indústria farmacêutica

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AUSTRALPHARMAStand nº 17Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Dr. Américo Boavida, 133, R/C, Ingombota, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 915170883Email: [email protected]: Patrícia PereiraActividade: SaúdeProdutos em exposição: diagnóstico, healthcare, farma

BFA - BANCO DE FOMENTO ANGOLAStand nº 9Modalidade de participação: Patrocinador PrataEndereço: Rua Amílcar Cabral, nº58, Maianga, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222638900 / + (244) 923120120Email: [email protected]: www.bfa.aoContacto: Ana Macedo / Ana RaquelActividade: banca

BANCO MILLENNIUM ANGOLAStand nº 4Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Cidade Financeira, Via 58, Talatona, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222632645Email: [email protected] /[email protected]: www.millenniumangola.aoContacto: Gisela OliveiraActividade: banca e financeira

BIAL AngolaStand nº 14Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Belas Business Park, Edif. Malange, 2º andar, 202, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 947017419 / + (244) 929102233Email: [email protected]: www.bial.comContacto: Nuno CardosoActividade: indústria farmacêutica

BLUEPHARMA GENÉRICOSStand nº 22Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Salvador Allende, nº 64, 1º E, Maculusso, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 921106296Email: [email protected]: medicamentos genéricosProdutos em exposição: medicamentos anti-infecciosos, aparelho cardio-vascular, aparelho digestivo, aparelho locomotor, sistema nervoso central, aparelho geniturinário, medicação anti-alérgica, medicamentos não sujeitos a receita médica, dispositivos médicos.Empresas representadas: BLUEPHARMA GENÉRICOS, SA; BLUEPHARMA INDÚSTRIA, SA

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BP ANGOLAModalidade de participação: Patrocinador PrataEndereço: Edifício Torres do Carmo, Torre 2, 10º andar, Rua Lopes de Lima, Ingombotas, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 923479784Email: [email protected]: www.bp.com Contacto: Adalberto FernandesActividade: indústria de petróleo e gás

BPC – BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITOModalidade de participação: Patrocinador PrataEndereço: Rua Kwame Nkrumah, Edifício Import África, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222390141 / + (244) 246423000Email: [email protected]: www.bpc.aoContacto: Pedro César Quintino e AlmeidaActividade: banca

CICCI ANGOLA, LDA.Stand nº 23Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Fernão Mendes Pinto, 38-40, Luanda, Alvalade, AngolaTelefone: + (244)936272623 / + (244) 923302457Email: [email protected]: www.cicciang.comContacto: Peder Sidelmann; James TitelmanActividade: importação e distribuição de produtos de saúdeProdutos em exposição: SD Bioline - testes de diagnóstico rápido, Duo Cotecxin – medicamento anti-malárico, Permanet - redes mosquiteiras, Lifestraw, filtro de águaEmpresas representadas: Standard Diagnostics Inc – Coreia do SulMarca: SD BiolineProduto: testes de diagnóstico rápido

CONFIANÇA SEGUROSStand nº 3Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador PrataEndereço: Edifício Amílcar Cabral, nº 102 / 104, 4º B, Cod. Postal 12270, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222332921 / + (244) 943151516Email: [email protected]: www.confiancaseguros.co.aoContacto: Nataniel FernandesActividade: seguradora

DAFRA PHARMAStand nº 28Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Luanda, AngolaTelefone: +(244) 924208179Email: [email protected]: www.dafrapharma.comContacto: João Francisco Xavier

WWW.CICCIANG.COM

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Press UniSaúde A4 AF.pdf 1 13/01/15 17:00

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Actividade: Produção, comercialização e promoçãoProdutos em exposição: Coartesiane, Coarinate FDC, Artesiane, Artesiane Suppogel, Dafraclan, Dafrazol, Cetafor, Cipronat, Duoskin creme, Fortalina, Loratol, Meronia, Parol, Pedifen, Pico, Sekrol, TerbinolEmpresas representadas: DAFRA PHARMA – BélgicaMarca: CoartesianeProduto: medicamentoMarca: Corianate FDCProduto: medicamentoMarca: SeroProduto: medicamento – AmbroxolMarca: LoratolProduto: medicamento – LoratadinaMarca: DafrazolProduto: medicamento – OmeprazolMarca: Duoskin CremeProduto: medicamentoMarca: Terbinol Produto: medicamento – TerbinafinaMarca: MeroniaProduto: medicamento – MeropenemMarca: ArtesianeProduto: medicamento – ArthemeterMarca: ParolProduto: medicamento – Paracetamol

ELNOR PHARMAStand nº 24Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua João de Barros, 42, Luanda, AngolaTelefone: +(244) 924448099Email: [email protected]: www.elnorpharma.comContacto: Jignehs DipakraiActividade: distribuidor de medicamentos, consumíveis e equipamentos hospitalaresProdutos em exposição: medicamentos de marca, medicamentos genéricos, kits de medicamentos essenciais, anti-retrovirais, anti-maláricos, tuberculoestáticos, consumíveis hospitalares, mobiliário hospitalar, equipamentos hospitalares, equipamentos de emergênciaEmpresa representada: IDA FOUNDATION – HolandaProdutos: medicamentos genéricos

ESSO ANGOLAStand nº 2Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador PrataEndereço: Av. 4 de Fevereiro, Torres Atlântico, nº 197, 18º, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222679000 / + (244) 913641403Email: [email protected]: Márcia NogueiraActividade: indústria de petróleo e gás

FARMALOG, LDAStand nº 29Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Povoação do Musseque, Kikoca, Comuna da Barra do Dande,

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Província do Bengo, AngolaTelefone: +(244) 944891234Email: [email protected]: www.farmalog.co.aoContacto: Sónia PachecoActividade: importação e distribuição de medicamentosProdutos em exposição: medicamentos e outros produtos da área da saúde, dispositivos médicosEmpresas representadas: NBC MedicalProdutos: Medicamentos e outrosSANOFI AVENTIS – África do SulProdutos: medicamentosASTRA ZENECA – África do SulProdutos: medicamentosBIAL – PortugalProdutos: medicamentosBAYER HEALTHCARE – PortugalProdutos: medicamentosBLEUPHARMA – PortugalProdutos – medicamentosTECNIFAR– PortugalProdutos: medicamentosMEDINFAR – PortugalProdutos: medicamentosMETRONIC – PortugalProdutos: dispositivos médicos

FUNDAÇÃO LWINIStand nº 40Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Edifício do Ministério da Cultura, Av. Comandante Gika, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222 328 515e-mail: [email protected] Website: www.fundacaolwini.org

GENERIS FARMACÊUTICA, SA.Stand nº 16Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua João de Deus, 19, 2780-487, Venda Nova, PortugalTelefone: + (351) 219248210 / + (244) 916660404 / + (244) 940904064Email: [email protected]: www.generis.ptContacto: Roberto Fonte / Luis MonteiroActividade: fabrico e comercialização de produtos farmacêuticosProdutos em exposição: material promocional

GLOBOMÉDICA – GESTÃO HOSPITALAR E EQUIPAMENTOS, LDA.Stand nº 27Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Via Expresso, antigo controle sentido Viana, Benfica, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 938219722 / + (244) 925265636Email: [email protected]: Suzana Santos / Amélia ArmadaActividade: comércio de equipamentos e medicamentos

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catalogoEXPOFARMA2014.indd 23 03/10/14 03:43

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MARAVE Indústria de Confecções

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GM LABStand nº 36Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua da ex-Liga Africana S/N, Edif. Rei Katyavala, Ingombota, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 926000601/701 / +(244) 926588830Email: [email protected]: www.gmlab-angola.comContacto: Jorge AreiasActividade: laboratório de análises clínicas

HE FARMACÊUTICAStand nº 42Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Assalto Moncada, 12, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 931534915Email: [email protected]: www.hefarmaceutica.co.aoContacto: Andrea FerrazActividade: saúde e bem-estarProdutos e serviços em exposição: Avène, Uriage, Lierac, A-derma, Ducray, Elgydium, Nuk, Philips Avent, Pedialac, Klorane, Butix, Beter, Pedi-relaxEmpresas Representadas: PIERRE FABRE – PortugalURIAGE – PortugalLIERAC – PortugalPEDIALAL – PortugalBETER – PortugalPHILIPS AVENT – Portugal

HOSPITEC, LDAStand nº 12 e 13Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador MasterEndereço: Condomínio Talatona, Parq. Armazém nº 8, Luanda Sul, AngolaTelefone: + (244) 222408100 / + (244) 912550010Fax: + (244) 222000667Email: [email protected]: www.webthl.comContacto: Pedro PinheiroActividade: comércio de produtos, análises clínicas e raio X

INDÚSTRIA de CONFECÇÕES MARAVEStand nº 37Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Comandante Valódia, 290 C, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 227280581Email: [email protected]: Rosa CorreiaActividade: indústria têxtilProdutos em exposição: lençóis, toalhas, batas, diversos

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JOAIR INTERNACIONAL, LDAStand nº 26Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Lar do Patriota, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 924685066Email: [email protected]: www.joairinternacional.co.aoContacto: Cláudia SamboActividade: importador/distribuidor de medicamentosProdutos em exposição: Aprovel 150 mg, 28 comp.; Aspegic 1000, 1800 mg pó solução oral; Coaprovel 15 mg / 12,5 mg, 28 comp.; Depakine 300 mg/60 comp.; Rifatere 120 + 50 + 300 mg /60 comp.; Tussoral xapore; Adalat 5 mg, 50 comp.; Adalat CR 30 mg, 28 comp.; Co-Arinate Júnior 100 mg + 250/12,5/3 comp.; Ibuprofeno 100 mg/5ml suspensão oral 100 ml; Artesiane – Artemeter 20 mg/15 comp.; Artesiane_Artemeter 80 mg/10 comp.; Ciprofloxacina 500 mg/14 comp.; Ciproflaxocina 200 ml/100 ml IV FR; Maralone 250 mg + 100 mg/12 comp.; Nolotil 575 mg/20 cápsulas; Reumon Gel 100 mg; Visine 10 ml solução oftalmológica; Zentel 400 mg/1 comp.; Zentel suspensão oral 20 ml.

JORNAL DA SAÚDEStand nº 6Modalidade de Participação: ExpositorMorada: Rua Vereador Ferreira da Cruz, 64, Miramar - LuandaTelefone: +(244) 945 046 312 / 932 302 822Email: [email protected] / [email protected] Website: www.jornaldasaude.org ; www.marketingforyou.co.ao Contacto: Rui Moreira de Sá / Eileen Salvação BarretoActividade: Imprensa especializada em saúde. Jornal mensal distribuído gratuitamente aos médicos, farmacêuticos, e público interessado. Audiência: 80 mil leitores.

LABCONCEPTStand nº 38Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Joaquim da Graça, 94, Bairro Azul, Luanda, AngolaTelefone: +(244) 932730724Email: [email protected]: www.labconcept.co.aoContacto: Carlos VicenteActividade: distribuição de equipamentos e medicamentosProdutos em exposição: formação, equipamentos, medicamentosEmpresas representadas:CLETRAINING – AngolaProduto: formaçãoATLANTCONCEITO – PortugalProdutos: medicamentosABBOTT – AlemanhaProdutos: equipamentosANALYTICON – AlemanhaProdutos: equipamentosR-BIOPHARMA – AlemanhaProdutos: equipamentosMEDEL – AlemanhaProdutos: equipamentosESTERIPLÁS– PortugalProdutos: gastáveisJMS – PortugalProdutos: mobiliário hospitalar

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LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICASStand nº 7Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua D. Estefânia, 183, R/C Dt., 1949-057 Lisboa, PortugalTelefone: + (351) 211950040 / + (351) 916896888Email: [email protected]: www.lidel.ptContacto: Rita AnnesActividade: edição de livros

LOGIPHARMAStand nº 33Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Av. Lenine, 7/9, Kinaxixi, Luanda, AngolaTelefone: +(244) 928109943Email: [email protected]: www.logipharma-angola.comContacto: Riaz MamomedActividade: comércio por grosso de produtos de saúdeProdutos em exposição: medicamentos, material hospitalar, consumíveis hospitalares

LYDA & CHARMEStand nº 30Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador OuroEndereço: Rua Francisco Sotto Mayor, Bairro Azul, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 941110011Email: [email protected] / [email protected]: Lucie Piassa / Paulina SemedoActividade: nutrição e estética

MEDIAG - ANÁLISES CLÍNICASStand nº 31Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Largo Irene Cohen, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 923762875 / + (244) 916544341Email: [email protected]: www.clinicamediag.comContacto: Magda MoraisActividade: saúde

MEDITEX, SERVIÇOS MEDICOS E FARMACÊUTICOS, SAStand nº 41Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua da Missão, 52, Ingombota, Luanda, AngolaTelefone: +(244) 947606068Email: [email protected]: Irma Martinez Ajuria (Dir. Comercial)Actividade: serviços médicos, estomatológicos e farmacêuticosProdutos em exposição: serviços de especialidades clínicas, serviços de especialidades cirúrgicas, serviços de meios de diagnóstico, farmácia, serviço de urgência 24 horas e ambulância, check up médico, serviços estomatológicos, serviços oftalmológicos, serviços de internamento

 

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MERCKStand nº 25Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador OuroEndereço: 1, Friesland Drive, Longmeadow Business Park, Modderfontein, 1609, Johanesburg, South AfricaTelefone: 0113725016 / + (27) 826014034Fax: +(27) 11372-5252Email: [email protected]: Sandra LambertActividade: farmacêutica

MOSEL, LDA.Stand nº 19Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador PrataEndereço: Rua Pedro de Castro Van-Duném Loy, Palanca, Kilamba Kiaxi, Cod.postal 3205, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 923324291Email: [email protected]: Edisson FariaActividade: distribuição de produtos médicos e de saúdeProdutos em exposição: Nutribén – alimentação infantil; Interapothek – cosméticos infantis e adultos, mobiliário de farmácia e hospitalar; Tecnyfarma, Indas – material gastável hospitalar, equipamentos hospitalares e de farmácia, medicamentos

NEOFARMA, DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS E COSMÉTICOS, LDA.Stand nº 34Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Projecto Urbanístico Luanda Sul, Talatona, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222460393 / + (244) 923718653Email: [email protected]: www.neofarma.co.aoContacto: Luiz VianaActividade: distribuição de medicamentosProdutos: medicamentos, gastáveis, equipamentos hospitalares

NOVARTISStand nº 20Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador OuroEndereço: Novartis South Africa (PTY) Ltd. Magwa Crecent West, Waterfall City, Jukskei View, 2090, South AfricaTelefone: + (27) 113476656 / +(244) 927447057Email: [email protected]: Natascha LevinActividade: farmacêuticaProdutos em exposição: Portfólio da malária: Coartem 80/480 mg (6 comprimidos), Coartem D (Dispersible) 20/120 mg (6 e 12 comprimidos). Portfólio Cardiovascular: Exforge e Exforge HCT; Diovan e Co-Diovan (comprimidos). Portfólio da Dor: Cataflan 50 mg (20 comprimidos), Voltaren 100 mg (15 comprimidos e 10 supositórios), Voltaren 75 mg (20 comprimidos). Portfólio da Diabetes: Galvus e Galvus Met (comprimidos).

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Tel. : +244 941 110 [email protected] Francisco Soto Maior nº 69 Bairro Azul Luanda - Angola

Benefícios da Termomassagem Ceragem Esta marquesa da gama Ceragem, cuida da coluna e outras partes do corpo, que são beneficiadas, já que a coluna é considerada a raiz do nosso corpo, porque é dela que se origina e se distribui toda a ramificação nervosa do corpo, responsável por todos os nossos movimentos e funcionamento dos órgãos.Sentimos redução do stress quando o projetor trabalha vigorosamente dando alívio da tensão na cervical, culmi-nando num bem estar calmante que proporciona um sono reparador todos os dias.A lombar é massageada até o cóxix, corrigindo a postura dolorosa que adormece as pernas. Há correção da escoliose, cifose e lordose que são curvaturas que defor-mam a postura e dificultam o simples ato de andar ou sentar.Desbloqueia energia canalizada, relaxando também músculos ao redor da coluna, e atua com os seguintes recursos: Quiropraxia, massagem, moxa-bustão e digito-pressura. A quiropraxia é o alongamento forte, que a medicina utiliza e significa massagem para descontrair nervos comprimidos, corrigindo o alinhamento da coluna, sendo assim estimulado o sistema funcional devolvendo ao corpo seu ritmo normal. A massagem atua no relaxa-mento muscular beneficia a circulação sanguinea, dando uma sensação de leveza nas pernas.Os discos pulposos de cartilagem que atuam como amortecedores entre as vértebras se beneficiam com o alongamento pois muitas vezes se encontram deformados ou gastos (artrose).Até a depressão e a ansiedade desaparecem, porque há o estímulo das raízes nervosas produzindo mais serotonina, hormona do bem-estar e da alegria.O moxa-bustão é o aquecimento do projetor da pedra de jade, que realiza atravéz do calor a limpeza dos vasos sanguíneos, através da pressão nos pontos identificados no corpo.

A Termo-massagem está indicada para os casos de:

1- Dores no pescoço e costas2- Artritis3- Dor ciática4- Choques5- Diabetes6- Fibromialgias7- Torcicolo8- Fadiga9- Infertilidade10- Disfunção sexual (impotência e distúrbios de ereção)11- Tensão alta12- Circulação sanguínea deficiente13- Desordens metabólicas14- Complicações da menstruação15- Problemas dos rins e bexiga16- Insóneas17- Hérnias do disco18- Sensação de formigueiro nos membros

Afinal, foi feita ocultando em seu interior as pedras de valor inestimável em forma de cilindro, que dão saúde ao corpo.Agende uma visita para o ajudarmos a tratar da sua coluna.Estamos na rua Francisco Sotto Mayor Nº 69, Bairro Azul em Luanda.Contactos: 941-110011

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OMR ORGANIZAÇÕES MAURO RUIStand nº 35Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Che Guevara, 17, Viana, AngolaTelefone: + (244) 936024148 Email: [email protected]: comercialização de equipamentos e produtos hospitalares

PRESTSAÚDE - PRODUTOS MÉDICOS E HOSPITALARES, LDAStand nº 21Modalidade de Participação: ExpositorEndereço: Rua 3, porta 22, Cassenda, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 912100562Email: [email protected]: www.prestsaude.comContacto: Vasco FernandesActividade: importação, representação e distribuição de produtos médicosProdutos em exposição: ACCU – Check Performa, monitorização da glicémia e bomba infusora de insulina, lancetas de punção capilar, sistema de monitoramento de progressão do HIV/SIDA, termómetros e tensómetros, dispositivos médicos diversosEmpresas representadas: ROCHE – PortugalMarca: ACCU-CheckMERK MILLIPORE – USAMarca: Cell Analyser CD4BSK MEDICAL – PortugalMarcas: 3M, Braun, Hartmann

PROTTEJA SEGUROSStand nº 8Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua José Pedro Tuca, 32, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 933410113 / + (244) 933100149Email: [email protected]: www.prottejaseguros.co.aoContacto: Pedro GalhaActividade: seguros

ROCHA MONTEIROStand nº 18Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua Rainha Ginga, nº 69 , 1º Dt., Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222334394 / + (244) 222334397Fax: + (244) 222332979Email: [email protected]: www.romo.co.aoContacto: José CouceiroActividade: comércioEmpresas representadas: LAOKEN – ChinaProdutos: descontaminador ambientalAIR FREE – PortugalProdutos: esterilização, desinfecção ambientalAIR FREE – PortugalProdutos: esterilização, desinfecção ambiental

Por um mundo melhor

Pantone 5757 CWeb: 6C702D

Pantone 463 CWeb: 774D27

Pantone 1495 CWeb: FF8F12

Pantone 7599 CWeb: B73C24

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SHALINA HEALTHCAREStand nº 15Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador OuroEndereço: Rua do Cafaco, nº 1, 2º andar, salas B,C,D,E, Luanda, AngolaTel.: + (244) 912900610E-mail: [email protected]: www.shalina.comContacto: Duarte da ConceiçãoActividade: comercialização de medicamentosProdutos em exposição: medicamentos, produtos hospitalares, produtos de higiene pessoa

SOCIEDADE MINEIRA DE CATOCAModalidade de participação: Patrocinador PrataEndereço: Sector Talatona, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 222624700 / + (244) 940869352Fax: + (244) 222624108Email: [email protected]: www.catoca.comContacto: Albertina Maria Pio do Amaral GourgelActividade: diamantífera

SOCIFARMA, SOCIEDADE FARMACÊUTICA ANGOLANA, SAStand nº 11Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador MasterEndereço: Rua Marien N’Gouabi, 45, Maianga, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 931535653Email: [email protected]: www. socifarma.comContacto: Filipe Cigarro / João Carlos LopesActividade: importação, distribuição e logística farmacêuticaProdutos: medicamentos, consumíveis e equipamentos hospitalares, material de ortopedia ligeira e pesada, dermocosmética e higiene corporal, produtos de puericultura ligeira e pesada, testes de diagnóstico rápido, produtos de alimentação e higiene infantil, material de hospitalização domiciliária, medicamentos veterinários, alimentação animal, acessórios para animais de pequeno, médio e grande porte

SUPER FRESCO - INDÚSTRIA E COMÉRCIO ALIMENTARStand nº 5Modalidade de participação: ExpositorEndereço: Rua de Aveiro, 12Telefone.: + (244) 948495670E-mail: [email protected]: Manuel RodriguesActividade: indústria e comércio alimentarProdutos: suplemento alimentar Allshanti

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UNITELStand nº 1Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador OuroEndereço: Sector C3, Via 22, Talatona, 3305, Luanda, AngolaTelefone: +(244) 923300203Email: [email protected]: www.unitel.co.aoContato: Carla CarneiroActividade: telecomunicações

UNIVERSAL SEGUROS, SAModalidade de participação: Patrocinador PrataEndereço: Av. Pero Van-Duném Castro Loy, S/N, Luanda, AngolaTelefone: + (244) 226434550 Email: [email protected]: www.universalseguros.co.aoContacto: Jessica VonhaffActividade: Seguros

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LISTA DE EXPOSITORES E PATROCINADORES

EXPOSITORES Stand Nº MODALIDADE DE PARTICIPAÇÃO

Acail AngolaAfa AngolaAngomédica UEEAustralpharmaBanco de Fomento AngolaBanco Millennium AngolaBialBluepharma GenéricosBP AngolaBPCCICCI AngolaConfiança SegurosDafra PharmaElnorpharmaEsso Angola (ExxonMobbil)FarmalogFundação LwiniGeneris FarmacêuticaGlobomédicaGM Lab - Global Medical LaboratoriesHE FarmacêuticaHospitecIndústria de Confecções Marave, LdaJoair InternacionalJornal da SaúdeLabconceptLidel - Edições TécnicasLogipharmaLyda & CharmeMediagMeditexMerckMoselNeofarma NovartisOMRPrestsaúdeProtteja SegurosRocha MonteiroShalina HealthcareSociedade Mineira de CatocaSocifarmaSuperfrescoUnitelUniversal SegurosVanan

10333917941422

2332824229401627364212 e 13372663873330314125193420352181815

1151

Expositor e Patrocinador PlatinaExpositorExpositorExpositorPatrocinador PrataExpositorExpositorExpositorPatrocinador PrataPatrocinador PrataExpositorExpositor e Patrocinador PrataExpositorExpositorExpositor e Patrocinador PrataExpositorExpositorExpositorExpositorExpositorExpositorExpositor e Patrocinador MasterExpositorExpositorExpositorExpositorExpositorExpositorExpositor e Patrocinador OuroExpositorExpositorExpositor e Patrocinador OuroExpositor e Patrocinador PrataExpositorExpositor e Patrocinador OuroExpositorExpositorExpositorExpositorExpositor e Patrocinador OuroPatrocinador PrataExpositor e Patrocinador MasterExpositorExpositor e Patrocinador OuroPatrocinador PrataPatrocinador Prata

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A.D A.D A.D A.D

A.D

A.D

P.S.

SUB

ENTR

ANCE

MAI

N E

NTR

ANCE

SERV

ICE

ENT#

2

UP

UP

UP

P.SP.S

FL :

±0

FL :

+300 FL

: ±0

FL :

+300

IHIH

FL :

+150

FL :

+150

UP

0,56

cm =

300

cm

0,37

5cm

= 2

00cm

12

34

56

16 14

21

29

15

2025

30

1819 17

1011

1213

22 23 24

26 27 28

34 33 32 3135 36 37 38 39

40 41 42

98

7

MÉD

ICA

HO

SPIT

ALA

R A

NG

OLA

201

6

ANGOLA 2016

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ACAILSAÚDE

SERVIÇOS

• Importação, comercialização e instalação de equipamentos médicos e hospitalares• Comercialização de material médico-cirúrgico• Comercialização de consumíveis e fármacos• Venda de ambulâncias marca Mercedes totalmente equipadas

(possibilidade 4x4)• Fabrico e comercialização de Gases Medicinais (Oxigénio, Ar, Azoto, Oxido

Nitroso, Hélio, Dióxido de Carbono)• Comercialização de garrafas e cestos de várias capacidades• Aluguer de tanques criogénicos• Estudo, elaboração de projectos e construção de Sistemas de Distribuição

de Gases Medicinais (Redes de Gases Medicinais)• Estudo e elaboração de projectos de Engenharia Hospitalar• Projectos de construção e instalação de armazéns de medicamentos• Assistência técnica pós-venda

Composto por vários módulos permite uma utilização intuitiva, rápida, simples

e flexível de todas as necessidades das unidades de saúde, tais como:

• Triagem (Serviço de urgência, pré-consulta externa)

• Gestão de listas de espera para consultas e/ou cirurgias

• Gestão de internamento

• Controlo e planeamento dos tratamentos executados e/ou a executar

• Gestão de pedidos e agendamentos de exames e a centralização de informação de

vários tipos num único processo clinico

• Armazenamento de dados clínicos do Paciente em tempo real, criando processos

clínicos electrónicos centralizados

• Informatização do pedido, planeamento e processamento de análises clínicas,

e gestão do laboratório

• Gestão e controlo de stocks de consumíveis, material médico-cirurgico e fármacos

• Criação de Biblioteca digital de toda a documentação do hospital

• Gestão de manutenções de equipamentos e outros

• Registo e triagem de resíduos hospitalares

• Possibilidade de criação de portal online e centralização das comunicações,

permitindo a criação de endereços de email personalizados

www.acailangola.com/[email protected]

947 845 147 / 922 327 152 / 927 791 220Estrada Luanda – Catete, KM 23

Polo Empresarial de Viana - Luanda

SAÚDE SOMOS NÓSA ACAIL está presente em Angola desde 2005, contribuindo todos os dias para a melhoria dos cuidados de saúde. Possuímos uma

gama alargada de produtos de alta qualidade e garantida, trabalhando com equipamentos

de vanguarda das mais prestigiadas marcas mundiais.

Programa de gestão hospitalar que organiza e optimiza todas as rotinas das unidades de saúde, garantindo um aumento da eficiência e eficácia na prestação de cuidados de saúde e uma diminuição de desperdício e custos.

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REPÚBLICA DE ANGOLAREPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO da SAÚDE

Alto Patrocínio

Organização

Expositores e Patrocinadores Master

Expositores e Patrocinadores Platina

Expositores e Patrocinadores Ouro

Expositores e Patrocinadores Prata

Patrocinadores Prata

Organização Feira Médica Hospitalar Media Partners