Projeto de Leitura Coracao Roubado

5

Click here to load reader

description

Projeto de Leitura Coracao Roubado

Transcript of Projeto de Leitura Coracao Roubado

  • PROJETO DE LEITURA CORAO ROUBADO

    MARCOS REY PARTE 1 PR-LEITURA ATIVIDADES ANTERIORES LEITURA INTENO: ATIVAO DO CONHECIMENTO PRVIO

    SUGESTES DE ATIVIDADES 1. CONHECENDO UM POUCO SOBRE O AUTOR

    Marcos Rey, pseudnimo de Edmundo Donato, nasceu e morreu em So Paulo (1925- 1999),

    cidade que sempre foi cenrio de suas crnicas, contos, novelas e romances. Sua carreira, repleta da glria, foi marcada por um drama pessoal dos mais violentos, que permaneceu oculto at a sua morte. Marcos Rey era portador de hansenase, doena conhecida at meados do sculo XX como lepra e que desde os tempos bblicos carrega o estigma de maldio. A partir dos anos 30, a hansenase passou a ser combatida com ferocidade pelas autoridades sanitrias paulistas, que internavam os doentes fora em sinistros leprosrios. Depois de uma segunda denncia annima, em 1941, o jovem Edmundo, que contrara a doena aos dez ou doze anos, foi levado por uma ambulncia enquanto jogava bilhar, em um bar na Praa Marechal Deodoro, no Centro de So Paulo. Comeava um pesadelo que duraria seis longos anos, at a sua ltima fuga do sanatrio, em 1945. 2. CONHECENDO UM POUCO AS OBRAS

    Autor de tramas geis, as narrativas de Marcos Rey so fundamentais para atiar o prazer de

    ler literatura de qualidade e preparar os jovens leitores para vos mais ousados pelos livros clssicos. Conhea os ttulos do escritor Marcos Rey, reeditados pela Global Editora a partir de 2005: 1. O mistrio do 5 estrelas (1981) 2. O rapto do garoto de ouro (1982) 3. Sozinha no mundo (1984) 4. Dinheiro do cu (1985) 5. Enigma na televiso (1986) 6. Bem - vindos ao Rio (1987)

    7. Na rota do perigo (1992) 8. 12 horas de terror (1994) 9. O diabo no porta-malas (1995) 10. Corao Roubado (1996)

    Agora, use seus conhecimentos e sua imaginao e relacione os ttulos aos trechos

  • 1. No edifcio fronteiro ao Mercado Velho, situado numa das zonas caticas da cidade, caberia toda a populao da minscula Serra Branca, onde Jlio morara at um ms atrs. Ainda acostumado paz interior, ao voltar do trabalho bastava avistar aquele imenso prdio cinzento e ele j se sentia deprimido. (12 horas de terror) 2. Ouvi os passos rpidos e pesados de minha me, o girar da maaneta, a porta abrindo e senti a presena dela j no quarto. Chegou a hora de fingir, pensei sob o lenol. Seria capaz? - Levante-se, seu av sumiu! (Dinheiro do cu) 3. Leo apertou a companhia do 222, recebera um chamado. Logo se abria um palmo de porta mostrando a cara e o sorriso largo do Baro. Embrulhado num robe azulo, ele parecia ainda mais gordo, mole e displicente. (O mistrio do 5 estrelas)

    4. Dona Amlia entrou no quarto do filho, viu a carta sobre o travesseiro e adivinhou do que se tratava. As coisas em casa andavam tensas. Depois de ler o que Toni havia escrito, ela foi abrir o guarda - roupa do rapaz. Felizmente, ele levara as roupas de inverno. So Paulo uma cidade fria. (Na rota do perigo)

    5. Uma Kombi, dirigida com energia pela prpria presidenta da Liga das Sentinelas estacionou diante do porto da TV Mundial, verdadeira fabrica de telenovelas e shows, sintonizada, diariamente, por quarenta milhes de telespectadores. . (Enigma na televiso)

    6. E se no encontrarmos tio Leonel?- perguntava Pimpa a garota com a oncinha amarela de pelcia lanando olhares angustiados pela janela do nibus. Observara: quando o veculo acelerava, nas retas da rodovia, suas preocupaes se intensificavam. Preferia as curvas, mesmo as mais fechadas e perigosas: forada a fixar-se na poltrona, esquecia momentaneamente a pergunta aflita que levava para So Paulo. (Sozinha no mundo) 7. Mrio observou que nada acontecia da forma que o cinema costuma apresentar. Para comear, aquilo no era cenrio nem as pessoas atores. Tambm no havia, como nos filmes, muita gente no tribunal, assistindo ao julgamento, e faltava aquela tenso que as cmeras, focando ora um personagem ora outro, aproximando imagens, sempre em movimento, sabem criar melhor que a realidade. (O diabo no porta- malas)

    8. A mo que mais acenava (em mdia dez adeuses por segundo! ) era de Cludio; o aeroporto, no um qualquer, mas o Galeo, internacional, cheio de truques de computao, um luxo! E quem partia naquele Jumbo era a Giba (Gilberto), retrato em todas as pginas esportivas dos jornais, um dos ases do vlei, irmo de Cludio. (Bem-Vindos ao Rio) 9. Alfredo mirou-se no espelho do guarda-roupa com a curiosidade e o vagar de quem olhasse outra pessoa, embora j estivesse atrasado para o show. L estavam seu sorriso, sua extravagante blusa aluminizada e o brao de sua guitarra eltrica sobre a banqueta do quarto. Ainda h um ano, quando se olhava naquele mesmo espelho, via apenas um rapaz comum. . . (O rapto do garoto de ouro) 10. Eu cursava o ltimo ano do primrio e como j estava com o diplominha garantido, meu pai deu um presente muito cobiado... (...) passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas era l que se sentava o Plnio, no era? Plnio, o primeiro da classe em aplicao e comportamento, o exemplo para todos ns. (Corao roubado)

  • O LIVRO ESCOLHIDO...

    Dentre os ttulos do escritor, reeditados pela Global Editora a partir de 2005, escolhemos um

    para ser trabalhado nesse bimestre: Corao Roubado Um livro de crnicas. Voc sabe o que uma crnica? O autor, no prefcio, ajuda voc a entender um pouco

    melhor esse gnero literrio to gostoso de ler e cultivado no Brasil por excelentes escritores como Machado de Assis (1839 -1908), Ceclia Meireles (1901-1964), Rubem Braga (1913 -1990), Fernando Sabino (1923 -2004), Igncio de Loyola Brando (1936), Moacyr Scliar (1937) e tantos outros ...

    Vamos ler um trechinho do prefcio O que mesmo uma crnica? Muitos supem, tambm erradamente, que a crnica, ramo econmico das letras, sem espao

    para alinhavar e aprofundar concluses, nem tamanho para conferir finais apoteticos, no passa de malabarismo de entreato, cortina ou nmero para entretenimento ligeiro, show de bolso, sem grandiosidade. Um quase - literatura de consumo diettico. Mas a crnica mais, muito mais que isso, mesmo as que no tm fim nem comeo.

    Escritas de maneira inteligente e instigante, as 26 crnicas de Marcos Rey apresentam uma srie de tipos inesquecveis, vivendo situaes as mais diversas. Nas pginas de Corao roubado, voc encontrar cenas hilariantes, absurdas, constrangedoras, delicadas... presentes no dia - a- dia de qualquer pessoa, em qualquer lugar. Marcos Rey agrupou as crnicas em trs subttulos:

    1. Situaes embaraosas 2. Flashes da vida moderna 3. Figurinhas carimbadas

    A seguir h relao de alguns ttulos das crnicas. Em sua opinio, em que subttulo cada crnica ficaria?

    a) Ces de apartamento (2) b) O pingo (1) c) O corao roubado (1) d) O gordo da Augusta (3) e) O Pra Lua (3) f) Uma noite de co (1) g) O nocaute inesquecvel ( 2) h) Ele comprou tudo que Van Gogh pintou (2) i) Gnomos na gaveta (2) j) Ado Flores, o detetive (3)

    Escolha um dos ttulos que voc leria primeiro. Justifique sua escolha.

  • PARTE 2

    LEITURA-DESCOBERTA ATIVIDADES DURANTE A LEITURA INTENES: LEITURA INTEGRAL DO LIVRO AMPLIAR O REPERTRIO LINGSTICO OBSERVAR A LINGUAGEM DO ESCRITOR DESTACAR O TIPO DE ASSUNTO

    SUGESTES DE ATIVIDADES

    1. Durante a leitura das crnicas:

    selecione dez palavras que voc desconhea o significado. Procure o significado e encontre uma forma de socializar essas palavras com a classe.

    selecione alguns nomes de lugares, de pessoas, de livros, de msicas, de filmes citados pelo autor e informe-se do que se trata.( Por exemplo, Van Gogh, praa Anhangaba, Caxambu, Antnio de Alcntara Machado, Os sertes etc...)

    observe o que as crnicas de Marcos Rey tm em comum quanto maneira do autor contar o fato. (humor, final inesperado, linguagem relativamente simples, objetiva, dilogos )

    escolha seis crnicas de que tenha gostado mais, sendo uma de cada. subttulo.Justifique sua escolha

    escolha alguns trechos dessas crnicas e crie marcadores de livro

    escolha a crnica menos engraada .Justifique sua escolha

    escolha uma outra crnica para ser o ttulo do livro.Justifique sua escolha

    escolha uma crnica para contar para a classe

    transforme uma crnica em uma notcia de jornal

    crie um outro sumrio para o livro .Conserve os subttulos e invente outros 26 ttulos

  • PARTE 3

    PS-LEITURA

    ATIVIDADES APS A LEITURA

    INTENES: AMPLIAR O REPERTRIO CULTURAL DO ALUNO

    TRABALHAR A INTERDISCIPLINARIDADE

    SUGESTES DE ATIVIDADES

    1. Visite o site oficial do escritor www.marcosrey.com.br

    2. Investigue sobre alguns mdicos brasileiros importantes tambm sanitaristas e pesquisadores - , entre eles Adolfo Lutz (1855/ 1940), Emlio Ribas ( 1862/ 1925), Vital Brazil (1865/ 1950), Osvaldo Cruz( 1872/ 1917) Carlos Chagas ( 1879/ 1934). A partir da pesquisa, elabore dilogos entre

    3. O livro foi publicado pela primeira vez em 1996.Se tivesse sido escrito mais recentemente, alguns fatos, alguns acontecimentos, algumas passagens, alguns lugares, algumas aes e, principalmente, alguns comportamentos seriam diferentes. Na sua opinio, o que seria diferente se o livro tivesse sido escrito hoje?

    Escolha um trecho de uma crnica e reescreva-o, fazendo as alteraes que considerar necessrias.

    4. Investigue sobre a origem da crnica.

    5. Investigue sobre alguns cronistas contemporneos. Conhea seus livros.

    6. Traga para sala de aula crnicas publicadas em jornais e revistas. Discuta os temas abordados nelas .

    Regina Maria Braga Assessora Pedaggica [email protected]