Projeto de Moda I 6M - Anteprojeto - Priscila Couto

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UNIVERSIDADE FEEVALE PRISCILA COUTO DA SILVEIRA VESTINDO A CAMISA VERMELHA: O VERMELHO NA MODA E NO SPORT CLUB INTERNACIONAL

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UNIVERSIDADE FEEVALE

PRISCILA COUTO DA SILVEIRA

VESTINDO A CAMISA VERMELHA:

O VERMELHO NA MODA E NO SPORT CLUB INTERNACIONAL

Novo Hamburgo

2011

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SUMÁRIO

1 TEMA......................................................................................................................................3

2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................4

3 PROBLEMA DE PESQUISA...............................................................................................5

4 HIPÓTESE.............................................................................................................................6

5 OBJETIVOS...........................................................................................................................75.1 OBJETIVOS GERAIS......................................................................................................75.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................7

6 METODOLOGIA..................................................................................................................8

7 EMBASAMENTO TEÓRICO.............................................................................................97.1 O COLORADO SPORT CLUB INTERNACIONAL......................................................97.2 VERMELHO ENCARNADO.........................................................................................117.3 ELEMENTOS E COMUNICAÇÃO DE MODA...........................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................15

ANEXO A – A história das camisas do Internacional.........................................................16

ANEXO B – Cantos da Guarda Popular do Internacional.................................................26MINHA CAMISA VERMELHA..........................................................................................26TEMA DA VITÓRIA...........................................................................................................26AQUARELA COLORADA..................................................................................................27OH! INTER...........................................................................................................................27ESSE NOSSO AMOR..........................................................................................................28MELHOR AMIGO...............................................................................................................29TU ÉS O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA.................................................................29É COLORADA A COR DO MEU SENTIMENTO.............................................................30

ANEXO C – Vídeos.................................................................................................................31

ANEXO D – Vermelho Valentino..........................................................................................32

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1 TEMA

Utilização e conceitos da cor vermelha para a moda e para o Sport Club Internacional.

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2 JUSTIFICATIVA

“Vestir a camisa” é o termo usado no futebol para referir-se aquele jogador que se

destaca, é habilidoso e tem amor ao seu clube. O vermelho é a cor da paixão, do sangue, do

poder, do inferno, da revolução e da guerra. Ele representa uma manifestação súbita de

sentimentos, como uma partida de futebol.

No Sport Club Internacional, o vermelho da camisa já teve diversos tons, valores e

saturação. Já foi substituído pelo branco e combinado com princípios de repetição, ritmo e

gradação. Já expôs diversas marcas, já virou canto da torcida.

Camisa é peça de vestuário, ícone de moda; Cor é elemento de design. Juntos são

informação, comunicação e, até mesmo, cultura. De que forma é possível relacionar o

sentimento que traz a cor vermelha dos campos e estádios para as passarelas e a moda? De

qual forma o vermelho é visto e interpretado numa peça de roupa?

O vermelho é uma cor que representa poder, que tem conotações variadas e até mesmo

opostas, dependendo de sua contextualização. A cor vermelha tem diferentes passagens na

história, diferentes significados em culturas diversas, além das interpretações pessoais e na

combinação com outros elementos, como tecidos e disposições. O poder do vermelho está

presente nas peças e vestidos de Valentino, apreciador dessa cor. Para ele o vermelho é

comparado aos clássicos preto e branco.

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3 PROBLEMA DE PESQUISA

Como relacionar as sensações proporcionadas pelo vermelho na moda e no Sport Club

Internacional?

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4 HIPÓTESE

O vermelho é uma cor que transmite fortes sensações e, como elemento de

comunicação para a moda, pode significar desde sentimentos de agressividade a paixão. Essa

paixão pode ser caracterizada para o Sport Club Internacional como apoio e identificação com

seus torcedores. Há alguns anos os clubes de futebol têm visto suas marcas como fonte de

renda extra, e nisso podemos incluir a comercialização de peças de vestuário, não somente as

tradicionais camisas de uniforme, como também roupas para o dia-a-dia do torcedor. O

vermelho que compõe o manto dos jogadores colorados leva a agressividade nas quatro linhas

do campo em forma de competitividade, e a paixão pelo clube exposta nas camisas, blusas,

casacos e jaquetas dos torcedores nas ruas.

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5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVOS GERAIS

Investigar os conceitos e significados da cor vermelha na moda e no Sport Club

Internacional, relacionando-os.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever o histórico do Sport Club Internacional;

Compreender os conceitos da cor vermelha como elemento de design;

Comparar as sensações causadas pelo vermelho na moda e no Sport Club

Internacional;

Desenvolver um sketchbook sobre o tema.

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6 METODOLOGIA

A abordagem utilizada para a construção deste projeto é a de pesquisa qualitativa,

reunindo e interpretando dados e referenciais teóricos significativos a respeito do tema,

através do procedimento técnico de revisão bibliográfica, que conforme Prodanov e Freitas, é

constituído por “amplo levantamento das fontes teóricas (relatórios de pesquisa, livros, artigos

científicos, monografias, dissertações e teses), com o objetivo de elaborar a contextualização

da pesquisa e seu embasamento teórico” (2009, p. 143). A natureza da metodologia a ser

empregada é a aplicada, pois “procura produzir conhecimentos para aplicação prática”

(PRODANOV; FREITAS, 2009, p. 139), neste caso o sketchbook a ser desenvolvido.

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7 EMBASAMENTO TEÓRICO

As referências literárias descritas a seguir auxiliam no entendimento e familiarização

quanto aos objetivos e justificativa aqui propostos. Começando pelo histórico do clube da

camisa vermelha, passando pelos significados e identidade da cor, levando-os para a moda em

forma de comunicação e conceito.

7.1 O COLORADO SPORT CLUB INTERNACIONAL

No início do século XX, o futebol na capital gaúcha era disputado por dois clubes: o

Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e o Fussball Club Porto Alegre, clubes bastante

identificados com a colônia germânica da cidade. O futebol no Brasil, nessa época, não tinha

caráter profissional, eram os próprios sócios que jogavam como time, e carecia de

organização – apesar de ser uma atividade da elite, muitas vezes os jogos ocorriam, conforme

Guterman (2009, p. 19), “em campos improvisados, com menos jogadores do que manda a

regra, em condições claramente adversas e sem nenhum tipo de remuneração, apenas por

amor ao esporte”.

Com uma proposta diferenciada dos clubes da época, a de ser um clube aberto para

quem aparecesse, com qualquer origem étnica, brasileiros e estrangeiros, o Sport Club

Internacional foi fundado em uma assembleia realizada no dia 4 de abril de 1909, no porão da

casa de João Leopoldo Seferin (que viria a ser o primeiro presidente do clube), localizada na

Avenida Redenção – atualmente conhecida como Avenida João Pessoa. A idéia de criação do

clube se deve aos irmãos Poppe, Henrique, José e Luis, e nessa primeira reunião o clube já

contava com 40 sócios e seu nome ainda não havia sido definido.

Palavras inglesas eram frequentemente usadas nesse período, influenciadas pelo

próprio futebol, que tinha em seu repertório termos em inglês, como team para time, ground

para campo, além das posições dos jogadores (goalkeeper, back, wing, half, forward), e se

escrevia até então football. É devido a isso o Sport Club que compõe o nome do clube.

Quanto ao Internacional, deriva da proposta inicial do clube, de integração de todos, de

agregação. A definição do nome ocorreu na reunião seguinte a da fundação, que acontecera

em 11 de abril de 1909, conforme explica Santos (1975, p. 10):

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Foi então convocada uma segunda reunião de Assembléia Geral para o dia 11, domingo à tarde, do mesmo mês. É que o novo club, aceitando a participação de todos, não sendo centro de privilégios de grupos raciais e nem de categorias profissionais, entre os presentes avultavam estudantes e empregados do comércio. Somente com dificuldade é que se pôde ser aceita a proposição de Henrique Poppe para o nome de Sport Club Internacional, isto considerando que um club de igual nome era o campeão da cidade de São Paulo, na época importante centro na prática de football no país.

A escolha das cores do clube foi através de uma tumultuada votação. No Carnaval de

Porto Alegre daquele ano a disputa aconteceu de forma acirrada entre duas sociedades

carnavalescas: os Venezianos de encarnado e branco e os Esmeraldinos alviverdes. Não por

acaso, essas eram as cores pretendidas pelo clube. Após a contagem dos votos, no qual o

vermelho e branco saiu vitorioso, os adeptos da Sociedade de Esmeralda abandonaram a

reunião sem assinar a ata.

O primeiro jogo do Sport Club Internacional foi uma audácia, como descreve Santos:

“Foi uma temeridade o desafio feito pelo Internacional ao veterano Grêmio. Esta foi a

primeira disputa da equipe do Internacional que na data não havia alcançado 4 meses de

existência” (1975, p. 13). O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, já existia há seis anos e

contava com jogadores experientes, já o Internacional era formado por jovens inexperientes.

O resultado do jogo foi um derrota de 10 a 0 sofrida pelo time Colorado.

Outra curiosidade quanto ao clube, é sua identificação com a região onde nasceu,

cresceu e se mantém até os dois atuais. O Inter, como já mencionado, foi fundado nas

imediações da Avenida João Pessoa, que na época era parte do 2º distrito da capital que,

segundo Fischer (2009), corresponderia aos atuais bairros Cidade Baixa, Meninos Deus,

Azenha e Santana, e era uma região de classe média e baixa. O local do primeiro campo

colorado até hoje está ligado ao clube, conhecido como Praça Sport Club Internacional,

localizada no bairro Azenha. Em razão aos constantes alagamentos nesse primeiro campo, o

Internacional jogou também por um tempo na antiga Várzea, região do atual Parque

Farroupilha. O primeiro estádio do clube (com campo adequado, arquibancada e vestiários)

foi em um terreno alugado na Azenha, que era conhecido como Chácara dos Eucaliptos. Já o

primeiro estádio de propriedade do Sport Club Internacional foi o Estádio dos Eucaliptos,

localizado no Menino Deus. Era considerado um estádio moderno e foi nele que se

desenvolveu o famoso Rolo Compressor, além de ter sido palco da Copa do Mundo de

Futebol de 1950.

O “clube do povo”, como descreve o hino do clube, pode ser caracterizado pela

mobilização e campanhas de doação de material para a construção do seu atual estádio, o

Estádio José Pinheiro Borda, ou simplesmente, Gigante da Beira-Rio. O novo estádio foi

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construído sobre um aterro e levou 13 longos anos até ser inaugurado em 6 de abril de 1969.

Acentuando esse caráter popular, o Sport Club Internacional também foi conhecido como

“clube dos negrinhos”, já tendo como mascote um negrinho, que com o passar do tempo se

transformou em Saci. Outra mascote do Internacional é o Escurinho, um macaco – expressão

discriminatória usada por torcedores de outros clubes para se referirem ao Colorado.

7.2 VERMELHO ENCARNADO

A relação que um indivíduo tem com uma cor pode ser um ato de escolha voluntário

ou involuntário, Léger (apud FARINA, 1994, p. 108) diz que “cada pessoa tem a sua cor,

consciente ou inconscientemente, mas ela se impõe na escolha dos dispositivos diários, como

móveis, estofos e vestuário”. Alguns fatores que influenciam na preferência por uma cor são

os hábitos sociais, culturais, psicológicos e faixa etária.

Conforme Farina (1994, p. 101) “a cor é uma realidade à qual não podemos fugir.

Além de atuarem sobre a emotividade humana, as cores produzem uma sensação de

movimento, uma dinâmica envolvente e compulsiva”. É possível dizer, então, que as cores

são fatores influentes na nossa vida, no nosso dia-a-dia, e que elas nos transmitem sensações e

emoções. Ainda de acordo com Farina:

As cores constituem estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou não de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir. Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou experiências agradáveis tidas no passado e, portanto, torna-se difícil mudar as preferências sobre as mesmas (FARINA, 1994, p. 112).

Apesar de não ser um campo muito explorado cientificamente, é possível perceber

que a cor causa reações corporais no indivíduo. Por exemplo, quanto à cor vermelha, algumas

experiências comprovam ser uma cor excitante, Lüscher descreve que:

Quando as pessoas são obrigadas a olhar por um determinado tempo para essa cor, observa-se que há uma estimulação em todo o sistema nervoso: há uma elevação da pressão arterial e nota-se que o ritmo cardíaco se altera (LÜSCHER apud FARINA, 1994, p. 106).

O vermelho é classificado como uma cor “quente” e, como cita Farina, são cores que

“parecem nos dar uma sensação de proximidade, calor, densidade, opacidade, secura, além de

serem estimulantes” (1994, p. 102). Podemos associar o vermelho a sentimentos de

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intensidade, paixão, calor, excitação, ira e agressividade. Também podemos relacioná-lo com

objetos materiais como o rubi, a cereja, a guerra, o perigo, o Sol, o fogo e o sangue.

Fisicamente falando, o vermelho se encontra no limite das cores visíveis ao olho

humano, o que gera parte da agressividade caracterizada por essa cor, como explica

Guimarães (2004, p. 114):

É uma agressividade de caráter hipolingual, ou seja, dos códigos primários, biofísicos, que somada à identificação da cor com o elemento mitológico fogo, como cor da proibição, do não poder tocar (porque queima), e com a cor do sangue, da violência, faz com que o vermelho também seja construído por sistemas de códigos hiperlinguais, ou seja, de códigos terciários, os códigos da cultura, o que o joga para a segunda realidade.

A segunda realidade mencionada, a de signos culturais, faz do vermelho uma cor de

significados opostos como violência e paixão, guerra e amor. Guimarães (2004) dividiu o

vermelho em cinco “cores conceito”: o vermelho do amor divino – que representa para a

religião cristã o sangue de Cristo, o mesmo tom de vermelho (um vermelho mais amarelado) é

o utilizado pela medicina, a cor da cruz vermelha; o vermelho de Dionísio – um vermelho

mais forte, a cor da maçã do Paraíso (fonte de pecado), do vinho e das vestimentas de Baco,

do amor carnal, da paixão, do coração, dos lábios, do erotismo e da atração; o vermelho da

imposição – o vermelho que representa a proibição, o controle, é o vermelho do cartão do

árbitro de futebol, e também a cor que impõe status, como o glamour do tapete vermelho ou

do manto real; o vermelho da guerra – que representa o crime, a violência, é o vermelho do

manto de São Jorge, cor de Marte, das chamas do Inferno, da impureza, das luvas de boxe, da

provocação das touradas, e por fim, do Comando Vermelho, organização paramilitar que

organiza a criminalidade carioca; e o vermelho da revolução – cor dos comunistas e da

esquerda, do materialismo, da transformação, da extinta União Soviética, do exercito

vermelho, da China, do Vietnã, do botão vermelho da Guerra Fria.

7.3 ELEMENTOS E COMUNICAÇÃO DE MODA

A moda funciona como uma poderosa ferramenta de comunicação, transmitindo

mensagens consciente e inconscientemente. Usar uma peça de roupa pode revelar sentimentos

em relação ao próprio indivíduo, demonstrar desejos, fantasias e valores. Para Fischer-Mirkin

(2001, p. 15):

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A moda é poderosa. Ao entender a roupa que funciona bem para você no trabalho e nas relações pessoais, você pode realçar tanto sua vida particular quanto a profissional. A roupa pode expressar seu lado sério, seu senso de humor, sua criatividade e sua natureza sexual. O que você veste pode criar uma impressão positiva e fazer com que se sinta bem consigo mesma.

Um dos principais elementos de comunicação de moda é a cor. A cor é de percepção

rápida e está associada a significados subjetivos e simbólicos. É preciso estar atento aos

valores culturais de cada cor e, se tratando de moda, há algumas cores que são tendência em

uma estação e em outra nem são mencionadas, enquanto há ainda cores que “são tão básicas

que sempre estão na moda” (Udale, 2009, p. 116). Outros elementos de design são a silhueta,

a linha, a textura, e os princípios são a repetição, o ritmo, a gradação, a radiação, o contraste, a

harmonia, o equilíbrio e a proporção. Para Treptow, “o designer deve conhecer esses

princípios, não apenas para obedecê-los, mas também para propor quebra de padrões que

resultem em peças que surpreendam o consumidor” (2007, p. 131).

Quanto à cor e design, é preciso cuidar alguns desses elementos, como a combinação

de cor com textura, proporção e contexto. Se o objetivo é mostrar a textura do tecido, melhor

optar por cores mais claras. Ainda quanto ao tecido, algumas cores podem alterar a qualidade

do mesmo. Quanto à proporção, Udale cita que “o posicionamento de uma cor no corpo pode

fazer com que certas áreas pareçam maiores ou menores” (2009, p. 117). Para comunicar e

contextualizar a cor é preciso considerar fatores históricos, culturais e psicológicos, por

exemplo, “na cultura asiática, o vermelho é usado em vestidos de casamento, não só porque se

acredita que ele espanta os demônios, mas porque era usado como cor da realeza e da

aristocracia durante a Idade Média” (FISCHER-MIRKIN, 2001, p. 28).

O vermelho na moda representa pode, não podemos esquecer dos famosos vestidos

vermelhos de Valetino Garavini. Para Fischer-Mirkin (2001, p. 36) “vestir vermelho requer

autoconfiança e segurança e essa cor deve ser reservada para ocasiões especiais ou para

quando você quiser fazer uma afirmação audaciosa.” A textura é elemento importante para

roupas vermelhas, um vermelho romântico combina com tecidos mais leves como seda ou

cetim, já o couro dá um ar mais pesado. O veludo vermelho transmite riqueza e uma renda

vermelha tem conotação sexual.

No caso do vermelho das camisas do Sport Club Internacional é possível perceber e

fazer ligação com os vermelhos de Guimarães (2004): o vermelho da paixão (de Dionísio) –

em relação ao amor ao clube por parte dos torcedores; o vermelho da guerra – se tratando das

partidas disputadas como uma guerra; o vermelho da revolução – por ter se declarado desde

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sua fundação como um clube audacioso e com uma posição política popular e de igualdade.

Em conjunto a isso o poder da moda e do vermelho na moda, descrito por Fischer-Mirkin.

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REFERÊNCIAS

FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgar Blücher, 1994.

FISCHER, Luís Augusto. Dicionário colorado. Caxias do Sul, RS: Belas-Letras, 2009.

FISCHER-MIRKIN, Toby. O código do vestir: os significados ocultos da roupa feminina. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

GINI, Paulo; RODRIGUES, Rodolfo. A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil. São Paulo: Panda Books, 2009.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annblume, 2004.

GUTERMAN, Marcos. O futebol explica o Brasil: uma história da maior expressão popular do país. São Paulo: Contexto, 2009.

OSTERMANN, Ruy Carlos. Meu coração é vermelho. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2009.

SANTOS, Carlos Lopes dos. Na sombra dos eucaliptos. Porto Alegre: [s.n.], 1975.

TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. Brusque: D. Treptow, 2007.

UDALE, Jenny. Fundamentos de design de moda: tecidos e moda. Porto Alegre: Bookman, 2009.

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ANEXO A – A história das camisas do Internacional

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Fonte: GINI, Paulo; RODRIGUES, Rodolfo. A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil. São Paulo: Panda Books, 2009.

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ANEXO B – Cantos da Guarda Popular do Internacional

MINHA CAMISA VERMELHA

(Ao ritmo de Pelados em Santos, dos Mamonas Assassinas)

Inter, estaremos contigo

Tu és minha paixão

Não importa o que digam

Sempre levarei comigo

Minha camisa vermelha

E a cachaça na mão

O gigante me espera

Para começar a festa

Xalaialaiaa (3x)

Você me deixa doidão

Xalaialaiaa (3x)

Inter do meu coração

Xalaialaiaa (3x)

TEMA DA VITÓRIA

(Ao ritmo de Tema da vitória, de Eduardo Souto Neto, para a Fórmula 1)

Eu, nunca me esquecerei

Dos dias que passei

Contigo Inter!

Colorado é coração,

Trago amor e paixão,

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Pra sempre Inter! (2x)

Ô dale dale dale ô

Dale dale dale ô

Dale Inter! (2x)

AQUARELA COLORADA

(Ao ritmo de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso)

Eu sou desde pequeno Colorado

Levo a bandeira pro estádio

Pra ver o Rolo Compressor

Vamos ser Campeão do Brasileiro

E conquistar o mundo inteiro

Porque nós vamos te apoiar

Inter! (3x)

OH! INTER

(Ao ritmo de Oh! Carol, de Neil Sedaka)

Ô inter

Sempre vou estar

Eu te prometo

Nunca abandonar

Dale dale dale dale Inter

Dale dale ô

Pelo Rio Grande

Pelo nosso amor

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Dale dale dale dale Inter

Dale dale ô

Pelo Rio Grande

Pelo nosso amor

Ô ô

Levamos

A nossa paixão

Sempre no peito

De um campeão

ESSE NOSSO AMOR

(Ao ritmo de Pense em mim, de Leandro e Leonardo)

Saiba que eu, há muito tempo te amo

Te amo, te amo,

Te seguirei a onde for!

São cem anos de um louco amor,

Que não se compara com nada,

Compara com nada, esse nosso amor (2x)

Vamos, Inter! Vamos, Inter!

Vamos lutar, que hoje vamos vencer.

Vamos, Inter! Vamos, Inter!

Vamos lutar, que hoje vamos vencer.

Vamos vencer…

Minha vida é você!

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MELHOR AMIGO

(Ao ritmo de Amigo, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Vamos que vamos meu Inter, dá-lhe Colorado

Te sigo em todas partes, em todos os lados

Se ganha hoje nessa noite a festa é nossa

A Guarda segue te apoiando por mais essa taça

Vamos, vamos meu Inter, eu te quero, eu te preciso...

E não paro de cantar, tu é meu melhor amigo! (2x)

TU ÉS O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA

(Ao ritmo de Tu és o M.D.C. da minha vida, de Raul Seixas)

Tu és o grande amor da minha vida

Colorado das glórias, querido

É por você que eu morro de amor

Somos a torcida dos macacos

Sempre levando o trago e o churrasco

Com o Colorado a onde ele for

Não posso me esquecer do gol do Tinga

Numa noite de alegria

Dezesseis de agosto ô

E hoje

Querido Internacional

Cantando eu sigo contigo

Buscando o Mundial

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É COLORADA A COR DO MEU SENTIMENTO

(Ao ritmo de Anunciação, de Alceu Valença)

É colorada a cor do meu sentimento

Minha alegria é o Internacional

E no Japão em 17 de dezembro

Nós conquistamos a taça do Mundial

Inter, Inter

É Campeão Mundial

Inter, Inter

É Campeão Mundial

Pra cima deles que estaremos contigo

Seja guerreiro até o lance final

Se lembre daquela manhã de domingo

Pra gritar alto Inter Campeão Mundial

Inter, Inter

És Campeão Mundial

Inter, Inter

És Campeão Mundial

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ANEXO C – Vídeos

DONNA Fashion: Reebok e Internacional. 2009. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=OIAeZ8iY-OY>. Aceso em: 18 out. 2011.

GLOBO ESPORTE. Oito Músicas do Internacional. 2010. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=X9D__x-96yU>. Acesso em: 18 out. 2011.

INTER: melhores momentos do desfile no DFI 2010. 2010. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=MFrgX0lBMHs>. Acesso em: 18 out. 2011.

INTERMULTIMÍDIA. Disparada Inter Campeão Mundial 2006. 2007. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=14qxuDwWmh4>. Acesso em: 18 out. 2011.

KAÉ. Vermelho paixão música para o centenário do Inter. 2009. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=SbhQA0DPfVE>. Acesso em: 18 out. 2011

SPORTV. Em meio às ruas de fogo, ônibus do Inter chega ao Beira-Rio para semifinal da Libertadores. 2010. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=A8fxubPwkSI>. Acesso em: 18 out. 2011.

VIPCOMM. Em museu, Inter apresenta novos uniformes para 2010. 2010. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=GR0ZyUej5iw>. Acesso em: 18 out. 2011.

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ANEXO D – Vermelho Valentino

Fonte: < http://coletivoinstalacao.blogspot.com/2011/01/estilista-da-semana-valentino.html>. Acesso em: 20 out. 2011.

Fonte: < http://oresumodamoda.blogspot.com/2011/07/grandes-nomes-da-moda-valentino-sua.html>. Acesso em: 20 out. 2011