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PROJETO GERENCIAMENTO COSTEIRO - GERCO (3ª FASE) Praia do Estaleiro – Mun. de Balneário Camboriú (SC) GEOLOGIA

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PROJETO GERENCIAMENTO COSTEIRO - GERCO(3ª FASE)

Praia do Estaleiro – Mun. de Balneário Camboriú (SC)

GEOLOGIA

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO EINTEGRAÇÃO AO MERCOSUL - SDE

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO RURAL EDA AGRICULTURA - SDA

PROJETO GERENCIAMENTO COSTEIRO - GERCO(3ª FASE)

GEOLOGIA

RELATÓRIO TÉCNICO: PEDRO FRANCISCO TEIXEIRAKAULEDGARD FERNANDESADELINO DOS SANTOS NETO

FLORIANÓPOLIS2002

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

SÉRGIO BESSERMAN VIANNA

PRESIDENTE

GUIDO GELLI

DIRETOR DE GEOCIÊNCIAS

CELSO JOSÉ MONTEIRO FILHO

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS EESTUDOS AMBIENTAIS

EXECUÇÃO

DIVISÃO DE GEOCIÊNCIAS DO SUL - DIGEO/SUL

CHEFE: ULISSES PASTORE

GERÊNCIA DE ESTUDOS AMBIENTAIS - DIGE/SUL-SE2

GERENTE: JOSÉ MARCOS MOSER

GERÊNCIA DE GEODÉSIA E CARTOGRAFIA - DIGE/SUL-SE1

GERENTE: PAULO ROBERTO GUIMARÃES LEAL

SUPERVISÃO DO PROJETOSUPERVISOR: SÉRGIO HIDEITI SHIMIZU

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APOIO TÉCNICO

CARTOGRAFIA: LUIZ GUSTAVO VIEIRAVERONI JOSÉ CRISTOVÃOPAULO ROBERTO GUIMARÃES LEAL

BIBLIOGRAFIA: LIANA SCHEIDEMANTEL SOARES

GEOPROCESSAMENTO:

COORDENAÇÃO: JOSÉ MARCOS MOSER

DIGITALIZAÇÃO E EDIÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA:

MARIA LÚCIA VIEIRASÉRGIO FERREIRAJAIR SOUZA CARDOSOMÁRCIA FERNANDES DE SOUZA HACK

DIGITALIZAÇÃO DOS MAPAS TEMÁTICOS:

SÉRGIO FERREIRAJAIR SOUZA CARDOSO

EDIÇÃO DOS MAPAS TEMÁTICOS:

MARIA LÚCIA VIEIRA

DIGITAÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO:

GLÁUCIA DA SILVA

SUPORTE DE INFORMÁTICA:

LUIZ FERNANDO REINHEIMER

CAPAROGÉRIO DE OLIVEIRA ROSA

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ÍNDICE

1 - APRESENTAÇÃO .................................................................................... 08

2 - INTRODUÇÃO.......................................................................................... 08

3 - MÉTODO DE TRABALHO ..................................................................... 09

4 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA..................................................................... 10

5 - ESTRATIGRAFIA .................................................................................... 13

5.1 - Pré-Cambriano .......................................................................................... 13

5.1.1 - Complexo Luís Alves ............................................................................ 13

5.1.2 - Complexo Canguçu ............................................................................... 15

5.1.3 - Grupo Brusque ...................................................................................... 16

5.1.4 - Suíte Intrusiva Valsungana .................................................................... 17

5.1.5 - Suíte Intrusiva São Pedro de Alcântara .................................................. 19

5.1.6 - Suíte Intrusiva Catinga ........................................................................... 19

5.1.7 - Suíte Intrusiva Guabiruba....................................................................... 20

5.1.8 - Complexo Paranaguá.............................................................................. 21

5.1.9 - Suíte Intrusiva Serra do Mar................................................................... 22

5.1.10 - Grupo Itajaí .......................................................................................... 24

5.1.11 - Grupo Campo Alegre ........................................................................... 25

5.1.12 - Suíte Intrusiva Pedras Grandes ............................................................ 26

5.1.13 - Suíte Intrusiva Tabuleiro ..................................................................... 27

5.2 - Bacia do Paraná ........................................................................................ 28

5.2.1 - Super Grupo Tubarão ............................................................................ 28

5.2.1.1 - Grupo Itararé ...................................................................................... 29

5.2.1.1.1 - Formação Mafra .............................................................................. 29

5.2.1.1.2 - Formação Rio do Sul ....................................................................... 30

5.2.1.2 - Grupo Guatá ....................................................................................... 30

5.2.1.2.1 - Formação Rio Bonito ....................................................................... 30

5.2.1.2.2 - Formação Palermo............................................................................ 31

5.2.1.3 - Grupo Passa Dois ................................................................................ 32

5.2.1.3.1 - Formação Irati .................................................................................. 32

5.2.1.3.2 - Formação Serra Alta......................................................................... 32

5.2.1.3.3 - Formação Teresina ........................................................................... 32

5.2.1.3.4 - Formação Rio do Rasto .................................................................... 33

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5.2.1.4 - Grupo São Bento ................................................................................ 33

5.2.1.4.1 - Formação Botucatu ......................................................................... 33

5.2.1.4.2 - Formação Serra Geral....................................................................... 34

5.2.1.5 - Rochas Alcalinas................................................................................. 34

5.2.1.5.1 - Alcalina de Laranjeiras..................................................................... 34

5.3 - Cobertura Sedimentar Quaternária ............................................................ 35

5.3.1 - Sedimentos Pleistocênicos...................................................................... 35

5.3.1.1 - Sedimentos Colúvio-Aluvionares Continentais.................................... 35

5.3.1.2 - Sedimentos Litorâneos Marinhos e Eólicos Retrabalhados .................. 35

5.3.2 - Sedimentos Holocênicos ........................................................................ 36

5.3.2.1 - Sedimentos Aluvionares ..................................................................... 36

5.3.2.2 - Sedimentos Colúvio-Aluvionares ....................................................... 36

5.3.2.3 - Sedimentos Arenosos de Origem Eólica ............................................. 36

5.3.2.4 - Sedimentos Flúvio-Lagunares ............................................................. 36

5.3.2.5 - Sedimentos Flúvio-Marinhos............................................................... 37

5.3.2.6 - Sedimentos de Baías e Lagunas........................................................... 37

5.3.2.7 - Sedimentos Marinhos Atuais............................................................... 37

5.3.2.8 - Sedimentos Marinhos Retrabalhados Eolicamente............................... 37

5.3.2.9 - Sedimentos Argilo-Síltico-Arenosos ................................................... 37

6 - GEOLOGIA ESTRUTURAL.................................................................... 37

6.1 - Lineamentos.............................................................................................. 39

6.2 - Falhas de empurrão ................................................................................... 39

6.3 - Fraturas e falhas sintéticas (Riedel) e antitéticas (anti-Riedel). Fraturas efalhas X (simétricas de anti-Riedel) .......................................................... 40

6.4 - Fraturas e falhas normais e de gravidade. Fraturas e falhas T. ................... 40

7 - RECURSOS MINERAIS........................................................................... 41

7.1 - Água Mineral ............................................................................................ 41

7.2 - Ardósia ..................................................................................................... 41

7.3 - Areias quartzosas ...................................................................................... 41

7.4 - Argila e caulim.......................................................................................... 41

7.5 - Barita ........................................................................................................ 42

7.6 - Berilo........................................................................................................ 42

7.7 - Calcário .................................................................................................... 42

7.8 - Carvão Mineral ......................................................................................... 43

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7.9 - Cascalhos.................................................................................................. 43

7.10 - Cassiterita ............................................................................................... 43

7.11 - Cobre Nativo........................................................................................... 43

7.12 - Concheiros Naturais e Sambaquis ........................................................... 44

7.13 - Crisotila .................................................................................................. 44

7.14 - Coríndon ................................................................................................. 44

7.15 - Feldspato................................................................................................. 44

7.16 - Filito ....................................................................................................... 45

7.17 - Galena..................................................................................................... 45

7.18 - Granito Industrial e Basalto..................................................................... 45

7.19 - Hematita ................................................................................................. 46

7.20 - Ilmenita................................................................................................... 46

7.21 - Magnetita ................................................................................................ 46

7.22 - Mármore ................................................................................................. 46

7.23 - Materiais de emprego imediato na construção civil ................................. 46

7.24 - Mica........................................................................................................ 47

7.25 - Ouro........................................................................................................ 47

7.26 - Petróleo................................................................................................... 47

7.27 - Pirolusita................................................................................................. 47

7.28 - Quartzo ................................................................................................... 48

7.29 - Wolframita.............................................................................................. 48

7.30 - Xisto Grafitoso........................................................................................ 48

8 - DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA .................................................... 49

9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 54

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5.2.1.4 - Grupo São Bento ................................................................................ 33

5.2.1.4.1 - Formação Botucatu ......................................................................... 33

5.2.1.4.2 - Formação Serra Geral....................................................................... 34

5.2.1.5 - Rochas Alcalinas................................................................................. 34

5.2.1.5.1 - Alcalina de Laranjeiras..................................................................... 34

5.3 - Cobertura Sedimentar Quaternária ............................................................ 35

5.3.1 - Sedimentos Pleistocênicos...................................................................... 35

5.3.1.1 - Sedimentos Colúvio-Aluvionares Continentais.................................... 35

5.3.1.2 - Sedimentos Litorâneos Marinhos e Eólicos Retrabalhados .................. 35

5.3.2 - Sedimentos Holocênicos ........................................................................ 36

5.3.2.1 - Sedimentos Aluvionares ..................................................................... 36

5.3.2.2 - Sedimentos Colúvio-Aluvionares ....................................................... 36

5.3.2.3 - Sedimentos Arenosos de Origem Eólica ............................................. 36

5.3.2.4 - Sedimentos Flúvio-Lagunares ............................................................. 36

5.3.2.5 - Sedimentos Flúvio-Marinhos............................................................... 37

5.3.2.6 - Sedimentos de Baías e Lagunas........................................................... 37

5.3.2.7 - Sedimentos Marinhos Atuais............................................................... 37

5.3.2.8 - Sedimentos Marinhos Retrabalhados Eolicamente............................... 37

5.3.2.9 - Sedimentos Argilo-Síltico-Arenosos ................................................... 37

6 - GEOLOGIA ESTRUTURAL.................................................................... 37

6.1 - Lineamentos.............................................................................................. 39

6.2 - Falhas de empurrão ................................................................................... 39

6.3 - Fraturas e falhas sintéticas (Riedel) e antitéticas (anti-Riedel). Fraturas efalhas X (simétricas de anti-Riedel) .......................................................... 40

6.4 - Fraturas e falhas normais e de gravidade. Fraturas e falhas T. ................... 40

7 - RECURSOS MINERAIS........................................................................... 41

7.1 - Água Mineral ............................................................................................ 41

7.2 - Ardósia ..................................................................................................... 41

7.3 - Areias quartzosas ...................................................................................... 41

7.4 - Argila e caulim.......................................................................................... 41

7.5 - Barita ........................................................................................................ 42

7.6 - Berilo........................................................................................................ 42

7.7 - Calcário .................................................................................................... 42

7.8 - Carvão Mineral ......................................................................................... 43

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7.8 - Carvão Mineral ......................................................................................... 44

7.9 - Cascalhos.................................................................................................. 44

7.10 - Cassiterita ............................................................................................... 44

7.11 - Cobre Nativo........................................................................................... 45

7.12 - Concheiros Naturais e Sambaquis ........................................................... 45

7.13 - Crisotila .................................................................................................. 45

7.14 - Coríndon ................................................................................................. 45

7.15 - Feldspato................................................................................................. 46

7.16 - Filito ....................................................................................................... 46

7.17 - Galena..................................................................................................... 46

7.18 - Granito Industrial e Basalto..................................................................... 46

7.19 - Hematita ................................................................................................. 47

7.20 - Ilmenita................................................................................................... 47

7.21 - Magnetita ................................................................................................ 47

7.22 - Mármore ................................................................................................. 47

7.23 - Materiais de emprego imediato na construção civil ................................. 48

7.24 - Mica........................................................................................................ 48

7.25 - Ouro........................................................................................................ 48

7.26 - Petróleo................................................................................................... 48

7.27 - Pirolusita................................................................................................. 49

7.28 - Quartzo ................................................................................................... 49

7.29 - Wolframita.............................................................................................. 49

7.30 - Xisto Grafitoso........................................................................................ 50

8 - DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA .................................................... 50

9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 54

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A B R E V I A T U R A S

IA - índice agpaítico (Na2O+K2O/Al2O3)

A/CNK - índice de saturação em alúmina (Al2O3/CaO+Na2O+K2O)

F/FM - índice do caráter máfico (FeOt/FeOt+MgO)

ETR - Elementos terras raras

ETRL - Elementos terras raras leves

ETRP - Elementos terras raras pesados

alto-Al - Altos teores em alumínio

CeN - teor normalizado (ao condrito) de cério

SmN - teor normalizado (ao condrito) de samário

YbN - teor normalizado (ao condrito) de itérbio

x condrito - vezes o condrito

ppm - partes por milhão

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1 - APRESENTAÇÃO

O mapeamento geológico teve como objetivo principal o levantamentodas principais características litológicas, estruturais e estratigráficas da área refe-rente à terceira fase do Projeto Gerenciamento Costeiro do Estado de Santa Cata-rina, realizado pela equipe multidisciplinar do IBGE e que se constitui num ins-trumento de apoio à execução do Plano Nacional de Gerenciamento CosteiroPNGC, sendo resultante de um contrato de prestação de serviços técnicos cele-brado entre o IBGE e o Governo do Estado de Santa Catarina, a quem compete asatribuições inerentes ao desenvolvimento do referido plano.

A Divisão de Geociências do Sul - DIGEO/SUL é a unidade do IBGEresponsável pelo desenvolvimento da pesquisa cujos resultados finais estão con-tidos neste relatório e nas 10 cartas geológicas elaboradas na escala 1:100 000que o acompanham.

Os dados aqui expostos se baseiam em informações obtidas no campo ena bibliografia geológica disponível, sendo o texto dividido em quatro itens prin-cipais: Estratigrafia, Geologia Estrutural, Recursos Minerais e Bibliografia.Como anexos constam quatro (4) figuras e seis (6) fotografias.

Os créditos referentes a autoria/responsabilidade técnica de cada uma dasetapas de elaboração das cartas, estão consignados em cada uma delas.

2 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho é resultado do contrato celebrado entre a FundaçãoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, através da Divisão de Geo-ciências do Sul (DIGEO/SUL) e o Governo do Estado de Santa Catarina, e dáprosseguimento aos levantamentos efetuados nas fases 1 e 2, concluindo os Estu-dos Temáticos para o Macrozoneamento Costeiro - 3ª fase. Consta do referidocontrato a elaboração de cartas geológicas, na escala 1:100 000, contendo infor-mações referentes aos aspectos litológicos, estruturais, estratigráficos e de recur-sos minerais, em atendimento ao Plano de Trabalho para o MacrozoneamentoCosteiro.

Deve-se ressaltar que as cartas temáticas não têm o detalhamento com-patível com a escala final de representação, 1:100 000, em decorrência das limi-tações de tempo e recursos, bem como dos objetivos do Projeto.

A redação dos itens e sub-ítens deste relatório, bem como a preparaçãodas figuras e fotos contidas no mesmo, foram assim distribuídas:

Edgard Fernandes:

1 - APRESENTAÇÃO2 - INTRODUÇÃO3 - MÉTODO DE TRABALHO4 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

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5 - ESTRATIGRAFIA- Rochas Alcalinas- Cobertura Sedimentar do Quaternário

6 - RECURSOS MINERAIS

Adelino dos Santos Neto:

4 - ESTRATIGRAFIA- Bacia do Paraná

Pedro Francisco Teixeira Kaul:

4 - ESTRATIGRAFIA- Pré-Cambriano

5 - GEOLOGIA ESTRUTURAL7 - BIBLIOGRAFIA- Figuras e Fotos

3 - MÉTODO DE TRABALHO

A metodologia aqui adotada segue a orientação utilizada pelo IBGE emtrabalhos anteriores.

Assim sendo, o trabalho obedeceu aos seguintes critérios:

• Reinterpretação fotogeológica, apoiada pelas informações coletadas em cam-po.

• Consulta bibliográfica para análise e seleção da documentação geológica e deciências correlatas, com informações acerca da área e suas vizinhanças.

Ressaltamos aqui o crédito aos principais trabalhos realizados por outras enti-dades que foram consultados e utilizados neste mapeamento:- Folha SG.22-Z-B-I (Jaraguá do Sul) - Mapa geológico elaborado por Daitx

(1979)- Folha SG.22-Z-A-V (Santa Cecília) - Mapas geológicos do "Projeto Borda

Leste da Bacia do Paraná" - Integração Geológica e Avaliação Econômica -Folhas Canoinhas e Santa Cecília - DNPM/CPRM - Porto Alegre (1986).

- Folha SG.22-Z-C-II (Ponte Alta) - Mapas geológicos do "Projeto BordaLeste da Bacia do Paraná" - Integração Geológica e Avaliação Econômica -Folha Ponte Alta - DNPM/CPRM - Porto Alegre (1986).

- Folha SG.22-Z-C-III (Rio do Sul) - Mapas geológicos do "Projeto BordaLeste da Bacia do Paraná" - Integração Geológica e Avaliação Econômica -Folha Rio do Sul - DNPM/CPRM - Porto Alegre (1986).

- Folha SG.22-Z-D-I-2 (Botuverá) - Mapa geológico elaborado por Caldassoet al. (1995a).

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- Folha SG.22-Z-D-II-1 (Brusque) - Mapa geológico elaborado por Caldassoet al. (1995b)

• Interpretação preliminar com base na pesquisa bibliográfica de fotografiasaéreas infravermelho (falsa cor) na escala 1:45 000, sendo que em áreas pro-blemáticas utilizou-se a escala 1:25 000. Foram ainda consultadas imagensorbitais LANSAT, em escala 1:50 000 e mosaicos semi controlados deRADAR em escala 1:250 000.

• Terminada a fase de interpretação preliminar, iniciaram-se as atividades decampo, utilizando viaturas nas áreas passíveis de alcance e deslocamento a péem áreas intransitáveis. Essas atividades visaram sanar dúvidas surgidas du-rante a fase de interpretação preliminar, bem como acrescentar mais dadossobre a descrição dos padrões geológicos observados. Foram utilizadas nestafase como base cartográfica, as Cartas Planialtimétricas em escala 1:50 000que abrangem a área.

• Elaboração das cartas geológicas na escala 1:100 000, acompanhada da le-genda temática.

• Redação do relatório, onde são descritas sucintamente as unidades geológicasda área mapeada.

4 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

A área objeto do levantamento situa-se na porção leste/nordeste do Esta-do de Santa Catarina, compreendida entre o paralelo 27o30'S e a divisa com oEstado do Paraná; avançando para oeste até a escarpa da Serra Geral englobandodesta maneira toda a vertente atlântica, perfazendo um total de 21.200 km2. (VideFig. 1)

A área está contida parcial ou totalmente nas cartas topográficas: SG.Z-A-II, Z-A-V, Z-A-VI; SG-Z-B-I, Z-B-II, Z-B-IV, Z-B-V; SG-Z-C-II, Z-C-III;SG-Z-D-I, Z-D-II e SG-Z-D-III em escala 1:100 000, (Vide Fig. 2). Abrange asfolhas de: Canasvieiras, Biguaçu, São João Batista, Aguti, Vidal Ramos, Itupo-ranga, Taió, Rio do Sul, Apiúna, Botuverá, Brusque, Camboriú, Itajaí, Gaspar,Blumenau, Timbó, Dona Emma, Witmarsun, Barra Velha, Luís Alves, Pomerode,Rio dos Cedros, Araquari, Joinville, São Francisco do Sul, Garuva, Jaraguá doSul; parte das folhas de: São Miguel, São Bento do Sul, Campo Alegre, RepresaAlto Rio Preto, Rio Itajaí do Norte, Itaiópolis, Trombudo Central, Ponte Alta,Santa Cecília e Canoinhas, em escala 1:50 000.

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5 - ESTRATIGRAFIA

Compõem o cenário geológico da presente área em estudo, três domínios:1 – Pré-Cambriano, 2 – Bacia do Paraná e 3 – Cobertura Sedimentar Quaternária(Fig. 3).

5.1 – Pré-Cambriano

5.1.1 - Complexo Luís Alves - Ala

O Complexo Luís Alves (KAUL; TEIXEIRA, 1982), equivalente ao queHartmann, Silva e Orlandi Filho (1979) denominaram de Complexo Granulíticode Santa Catarina, é a unidade litoestratigráfica mais antiga na região da presentefase do Projeto Gerenciamento Costeiro, estendendo-se por cerca de 5.000 km2.Ele está recoberto, a sul, pelos depósitos do Grupo Itajaí, e a oeste pelas forma-ções sedimentares da Bacia do Paraná. A leste, confina com o oceano Atlântico,sendo grandemente recoberto por depósitos quaternários. A nordeste, confronta-se com o Complexo Paranaguá, ao passo que a norte/nordeste é intrudido pormassas ígneas da Suíte Intrusiva Serra do Mar, apresentando-se aí, também, par-cialmente coberto por depósitos vulcano-sedimentares do Grupo Campo Alegre.Os contatos que mantém com as unidades litoestratigráficas vizinhas são segui-damente tectônicos.

Numerosas zonas de cisalhamento ocorrem nesse complexo, seccionan-do-o segundo duas direções gerais: N80E e N20E. Tendo originado vales geral-mente bastante alongados, rasos e estreitos, essas zonas de cisalhamento estãonormalmente cobertas por aluviões holocênicos, podendo-se observar, vez queoutra, afloramentos de cataclasitos ou de granulitos cataclásticos (foto 1) nasbordas dos referidos vales. Outras feições estruturais que se destacam, nessecomplexo, são falhas de direções gerais N55E e N30W.

A constituição litológica desse complexo compreende, além de gnaissesgranulíticos, que são as litologias predominantes, rochas metamórficas do fáciesanfibolito, mais raramente do fácies xisto verde. Os gnaisses granulíticos são or-toderivados e tem composição dominantemente básica (gnaisses noríticos), sub-sidiariamente intermediária (gnaisses enderbíticos) ou ácida (gnaisses charno-enderbíticos). Apresentando estrutura foliada ou bandada, e coloração em geralcinza esverdeada, os gnaisses granulíticos são formados por uma alternânciade níveis constituídos essencialmente por minerais félsicos (sobretudo,feldspato), milimétricos a centimétricos com níveis de mesma magnitudecompostos predominantemente por minerais

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máficos (anfibólios, piroxênios, biotita). Eventualmente, tais gnaisses podem seapresentar maciços, isótropos, com nítido aspecto ígneo.

Em áreas restritas desse complexo, os gnaisses granulíticos foram retro-metamorfisados ao fácies anfibolito, o que está traduzido notadamente pela trans-formação do hiperstênio em hornblenda.

Como outros componentes litológicos desse complexo, ocorrem: quart-zitos, formações ferríferas, paragnaisses, pequenos corpos de rochas ultrabásicas,bem como rochas migmatíticas. Os quartzitos são de granulação fina e ocorremcomo camadas ou lentes; algumas vezes, graduam para formações ferríferas, emque o ferro está essencialmente sob a forma de magnetita e hematita. Os pa-ragnaisses (muito raros) são calciossilicáticos ou kinzigíticos. As rochas ultrabá-sicas compreendem piroxenitos, harzburgitos, lherzolitos e dunitos, além de anfi-bolitos. As rochas migmatíticas, de ocorrência bastante escassa, são de estruturabandada, mostrando alternância de bandas quartzo-feldspáticas com outras cons-tituídas dominantemente por biotita e anfibólio.

Os gnaisses granulíticos são de composição cálcio-alcalina e, de acordocom Figueiredo et al. (1991), representam uma seqüência cálcio-alcalina cogené-tica, com termos básicos correspondentes a toleiitos de alto-Al e termos ácidos-intermediários correspondentes a tonalitos de alto-Al e granodioritos. Seus pa-drões de ETR (elementos terras raras) são fortemente fracionados, sendo empo-brecidos em elementos incompatíveis. Quanto às rochas ultrabásicas, pelo menosaquelas da região de Barra Velha (piroxenitos), revelam padrões de ETR compa-tíveis com aqueles de cumulatos de piroxênio.

Os dados químicos acima referidos sugeriram a Figueiredo et al. (1991)que o ambiente em que se desenvolveu a aludida seqüência cálcio-alcalina foi ode subducção, possivelmente relacionado a arco insular, tendo sido a cristaliza-ção fracionada o mecanismo predominante na gênese das rochas granulíticas. Omagma inicial dessa seqüência teria se originado por fusão parcial do manto comgranada como provável fase residual.

Com base em considerável acervo de dados geocronológicos (dataçõespelos métodos Rb-Sr, U-Pb, Sm-Nd e K-Ar), a origem e evolução desse comple-xo podem ser assim resumidos, adaptado de Siga Júnior (1995):

1º) Formação, por diferenciações do manto, de crosta continental juvenil(protolitos). Idade: > 2,6 b.a.

2º) Metamorfismo regional do fácies granulito. Idade: 2,6 ± 0,2 b.a.3º) Metamorfismo regional do fácies anfibolito, com migmatização. Pos-

sível adição de material juvenil à crosta. Idade: 2,0 ± 0,2 b.a.4º) Estabilização tectônica regional (resfriamento). Idade: 1,9 ± 0,2 b.a.5º) Surgimento de diferentes tipos de falhas e zonas de cisalhamento; re-

ativações de estruturas antigas. Idade: 0,6 ± 0,1 b.a.

5.1.2 - Complexo Canguçu - PSc

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As referências pioneiras sobre as rochas componentes do embasamentoantigo do Estado de Santa Catarina, a sul do Grupo Brusque, devem-se a Carva-lho (1932), que reuniu tais rochas na unidade a que denominou de ComplexoCristalino. Daí até nossos dias, vários outros trabalhos focalizaram essas rochas,propondo quase todos eles outras designações para o conjunto das mesmas.

Schulz Júnior, Albuquerque e Giffoni (1969) adotaram, para esse con-junto de rochas, a denominação de Grupo Tabuleiro, denominação esta que,mantida por Kaul (1976b), foi substituída, posteriormente, pelas de ComplexoMetamórfico - Migmático, por Trainini et al. (1978), Complexo Granito-Migmatítico, por Basei (1985), e, em trabalhos do IBGE, Complexo Canguçu,neste caso a partir de conceituação estabelecida por Horbach et al. (1986).

As massas rochosas do Complexo Canguçu ocorrem, na presente área detrabalho, com formas diferenciadas, preferencialmente alongadas na direção NE-SW ou NNE-SSW, estendendo-se desde vizinhanças de Balneário Camboriú atéo paralelo 27º30’ lat. Sul. Fazem contato em geral por falha com as suítes intrusi-vas São Pedro de Alcântara, Valsungana, Tabuleiro e Guabiruba, fazendo conta-to, também, com o Grupo Brusque e com coberturas sedimentares quaternárias.São constituídas por metatexitos, diatexitos, gnaisses porfiroblásticos, com encla-ves dioríticos, quartzo-dioríticos, anfibolíticos e metassedimentares.

Dispõe-se de apenas um dado radiométrico para o Complexo Canguçu naárea em estudo. Esse dado foi obtido pelo método Rb-Sr (rocha total) em amostrade “granito de anatexia” de afloramento do morro do Boi, próximo a BalneárioCamboriú (KAUL et al., no prelo). Devido a baixos valores das razões Rb87/Sr86

referentes a esse dado, a idade convencional correspondente não foi calculada.Entretanto, Basei (informação verbal, 1983) apud Kaul et al. (no prelo) obteve,em amostras de migmatitos do referido morro, idade isocrônica Rb-Sr de aproxi-madamente 2.000 M.a..

Dados radiométricos do trabalho de Basei (1985), pelos métodos K-Ar,Rb-Sr e U-Pb, em região a sul da presente área em estudo, entre Santo Amaro daImperatriz e Barra do Rio dos Bugres, não indicaram, entretanto, nenhuma idadepré-brasiliana para o complexo em foco: idades isocrônicas Rb-Sr de 624±24M.a. (Ri≅0,708), para granitóides foliados; idade U-Pb (zircões) de 620±16 M.a.;idades K-Ar (minerais) entre 550 e 600 M.a..

5.1.3 - Grupo Brusque - PSb

Carvalho e Pinto (1938), referindo-se a filitos, quartzitos e calcários daregião de Brusque, denominaram de Série Brusque ao conjunto dessas rochas.Posteriormente, essa série passou a ser considerada como um grupo, incluindointrusões de granitóides, sendo designada então de Grupo Brusque (SCHULZJÚNIOR; ALBUQUERQUE; GIFFONI, 1969). Seguiram-se vários trabalhos so-bre essa unidade litoestratigráfica, entre os quais destacam-se os de Trainini et al.(1978); Silva, Trainini e Hartmann (1978); Silva et al. (1980); Silva e Dias(1981a, 1981b); Silva (1983); Basei (1985, 1990, 1996); Basei, Campos Neto eSiga Júnior (1994) e Caldasso et al. (1995 a, 1995b).

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O Grupo Brusque ocorre, na área em estudo, segundo uma faixa de dire-ção geral NE-SW, que se estende praticamente do setor da linha de costa, baliza-do pelas cidades de Itajaí e Tijucas, para SW, até desaparecer sob a coberturasedimentar da bacia do Paraná. Tal faixa não é contínua, entretanto, visto queestá interrompida por massas ígneas das suítes intrusivas Valsungana, Guabirubae Catinga. No total, cobre uma superfície de aproximadamente 1.200 km2 de área.

Ela mantém contatos geralmente por falha com as referidas suítes intrusi-vas, bem como com a Suíte Intrusiva Pedras Grandes e com os complexos LuísAlves e Canguçu. Contatos normais, por discordância, ocorrem com formaçõessedimentares da bacia do Paraná e com coberturas quaternárias.

As litologias que compõem essa unidade litoestratigráfica, na presenteárea, são metapelitos, metapsamitos, metapsefitos, rochas calco-silicáticas, meta-calcários, meta-riolitos, metabasitos e meta-ultrabasitos. Originalmente deposita-das em ambiente marinho, em bacia tipo retro-arco, essas litologias foram, poste-riormente, junto com as de origem ígnea, metamorfisadas regionalmente no fáciesxistos verdes, bem como policiclicamente deformadas em fases precoces tangen-ciais (D1+2) no Proterozóico Médio (?) e tardias transcorrentes (D3+4) no Protero-zóico Superior.

Cerca de 140 análises químicas para elementos maiores, menores e traços(inclusive terras raras) são disponíveis na literatura geológica, referentes a meta-morfitos do Grupo Brusque que ocorrem na presente área de trabalho (KAUL etal., no prelo; CALDASSO et al., 1995a, 1995b). Tais dados confirmam as carac-terísticas ortoderivadas de metamorfitos definidos pela petrografia como sendovulcano-plutônicos e, igualmente, as características paraderivadas de metamorfi-tos definidos da mesma maneira como sendo de origem sedimentar.

Os dados radiométricos existentes para o Grupo foram obtidos pelosmétodos K-Ar, Rb-Sr, U-Pb e Sm-Nd (KAUL et al., no prelo; BASEI, 1985,1990, 1996; BASEI; CAMPOS NETO; SIGA JÚNIOR, 1994). Eles são indicati-vos de que houve um grande lapso de tempo entre a sedimentação (1600 - 1400M.a.) e a história metamórfica-deformacional dessa unidade litoestratigráfica(800-600 M.a.). Outrossim, a idéia de que a sedimentação Brusque teria ocorridoem bacia tipo retro-arco foi questionada por Basei (1996), que fez várias restri-ções a tal idéia; sobretudo, a de que, sendo os valores etários referentes ao picodo metamorfismo no grupo sistematicamente mais velhos (700-650 M.a.) do queos valores mais antigos existentes para os granitóides do arco, isto implicaria emque a deformação e o metamorfismo na bacia teriam ocorrido antes da constitui-ção do próprio arco. A sugestão do referido autor, em face desses dados, foi deque não mais se considere o Grupo Brusque como produto de sedimentação embacia do tipo retro-arco, mas como um “terreno suspeito”, alóctone, colocado emsua posição atual só no final do Proterozóico Superior e início do Eopaleozóico.

5.1.4 - Suíte Intrusiva Valsungana - PSγv

Os primeiros investigadores das rochas magmáticas que vieram a consti-tuir essa unidade litoestratigráfica foram Carvalho e Pinto (1938), ao estudarem

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um granodiorito intrusivo em xistos e filitos do atual Grupo Brusque. Vários anosdepois, essas rochas foram alvo de mapeamento geológico em escala 1:250 000(SCHULZ JÚNIOR; ALBUQUERQUE; GIFFONI, 1969) em que foram agrupa-das sob a denominação de Granodiorito Valsungana. Seguiram-se, sobre as mes-mas, vários trabalhos: Monaco, Zir Filho e Valentini (1974); Kaul (1976a,1976b); Trainini et al. (1978); Silva, Trainini e Hartmann (1978); Issler et al.(1980); Silva et al. (1980); Kaul et al. (no prelo); Basei (1985); Caldasso et al.(1995b). A adoção do termo “suíte intrusiva” para designar essa unidade de ro-chas magmáticas deve-se a Trainini et al. (1978).

Na presente área de trabalho, essa suíte está representada por dois corposintrusivos maiores, além de poucas intrusões bem menores posicionadas, quasetodas, em torno dos mesmos. Daqueles dois corpos, o maior se estende por cercade 1.000 km2; o menor, por aproximadamente 250 km2. As encaixantes de todasessas intrusões, exceto uma, são metamorfitos do Grupo Brusque, com os quaisestas fazem contatos normais ou por falha. Ao longo desses contatos, pode-severificar, não raro, efeitos de metamorfismo de contato término, com desenvol-vimento de rochas cornubianíticas. A única intrusiva que não faz contato com oGrupo Brusque se localiza junto ao limite sul da área de estudo, estando inseridaquase totalmente no Complexo Canguçu, do qual está separada por falhas.

Compõem essa suíte sieno e monzogranitos, bem como granodioritos.Geralmente homogêneos, esses litotipos tem, via de regra, textura porfirítica,sendo formados por megacristais de feldspato alcalino e matriz quartzo-feldspática de granulação média a grossa, com biotita como mineral máfico prin-cipal.

Cerca de quarenta amostras de rochas dessa suíte foram analisadas qui-micamente em trabalhos anteriores (TRAININI et al., 1978; KAUL et al., noprelo; BASEI, 1985; CALDASSO et al., 1995b), com detecção de elementosmaiores, menores e traços, inclusive terras raras (ETR). Os dados obtidos comtais análises, notadamente aqueles do último desses trabalhos (CALDASSO et al.,op.cit.), em que foram analisadas cerca de 20 amostras, mostram grande disper-são de pontos em todos os diagramas litoquímicos construídos.

As características geoquímicas principais dessa unidade de rochas ígneas,com base nos dados geoquímicos apresentados por Caldasso et al. (1995b), apa-rentemente mais confiáveis, são as seguintes:

- Índices IA (agpaítico) e A/CNK (de saturação em alúmina) sempre infe-riores a 1,0, evidenciando o caráter invariavelmente metaluminoso dasuíte.

- Teores em Ba muito elevados, geralmente superiores a 1.000 ppm.- Teores em Sr igualmente muito elevados num grupo de amostras, tam-

bém superiores a 1.000 ppm, e relativamente baixos, da ordem de 150-250 ppm, em outro grupo de amostras.

- Teores médios em Rb de cerca de 200 ppm.- Padrões praticamente paralelos dos ETR.- Pequenas anomalias negativas de Eu.- Fracionamento relativamente alto, tanto dos ETR de um modo geral

(CeN/YbN ≅ 13), quanto dos elementos terras raras leves (CeN/SmN ≅ 3).- Fracionamento dos elementos terras raras pesados variando de pequeno

a muito pequeno.

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- Abundância média dos ETR caindo de cerca de 250 x condrito para olantânio até aproximadamente 15 x condrito para o lutércio.

Tais características de ETR são típicas de granitóides metaluminosos.Os dados radiométricos existentes para essa suíte intrusiva são os que fo-

ram divulgados por Basei (1985): Rb/Sr (isócrona) - 622 ± 64 M.a.; U/Pb (emzircões) - 647 ± 12 M.a.; K/Ar - idades situadas entre 500 e 640 M.a.. Esses da-dos mostram que a formação da unidade, bem como os processos que a afetaramposteriormente (possivelmente metassomatismo), ocorreram no final do Protero-zóico Superior, e que seu resfriamento prolongou-se daí até o início do Eopaleo-zóico.

5.1.5 - Suíte Intrusiva São Pedro de Alcântara - PSγsp

Essa unidade litoestratigráfica foi proposta por Basei (1985). Na área emestudo, está representada por um corpo alongado na direção NE-SW, com cercade 80 km2 de área, que faz contatos por falha com as suítes intrusivas PedrasGrandes e Valsungana e com o Complexo Canguçu, e por dois outros corpos bemmenores do que este - um situado justo a norte da cidade de Biguaçu, limitadopela linha de costa e por sedimentos quaternários, bem como por falhas, que oseparam da Suíte Intrusiva Tabuleiro; outro localizado a cerca de 10 km a oesteda mesma cidade, com contornos muito irregulares, quase inteiramente rodeadopor sedimentos quaternários, apenas em sua porção norte fazendo contato intrusi-vo com o Complexo Canguçu.

O trabalho mais importante sobre rochas dessa suíte, feito até o presente,foi o de Basei (1985). No trabalho de Kaul et al. (no prelo), foi considerada comoparte integrante do Complexo Canguçu.

As litologias que compõem essa unidade são granitos, granodioritos equartzo-monzonitos cinza claros, equi ou inequigranulares, que contem biotita ehornblenda como minerais máficos principais. Não há dados químicos sobre oscorpos dessas litologias que se estendem na presente área, não havendo sobre osmesmos, também, dados geocronológicos.

5.1.6 - Suíte Intrusiva Catinga - PSγc

A conceituação de Suíte Intrusiva Catinga adotada neste trabalho éaquela de Kaul et al. (no prelo), que estudaram essa unidade de rochas ígneas àpartir das investigações realizadas por Trainini et al. (1978).

Na área em estudo, essa suíte está representada por oito pequenos corposintrusivos, distribuídos em torno da maior intrusão da Suíte Intrusiva Valsungana,com a qual fazem contato em geral por falhas. O maior desses corpos se localizajusto a NNW de São João Batista e tem cerca de 20 km2 de área. As encaixantesdeles são ora metamorfitos do Grupo Brusque, ora granitos ou granodioritos daSuíte Intrusiva Valsungana.

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Constituem essa suíte intrusiva granitóides aluminosos, leucocráticos,isótropos, de granulação média, constituídos por feldspato potássico, plagioclá-sio, quartzo, biotita, por vezes muscovita, eventualmente granada. Acessóriosmais freqüentes são fluorita e pirita.

Trainini et al. (1978) e Kaul et al. (no prelo) realizaram um total de dezanálises químicas em amostras de rochas dessa suíte intrusiva, detectando ele-mentos maiores, bem como alguns menores e alguns traços. Como não foramcalculados, com essas análises, parâmetros importantes, tais como IA e A/CNK,que pudessem tipificar quimicamente essa unidade de rochas ígneas, além do fatodas mesmas análises terem sido feitas possivelmente sem controle de qualidade,abstêm-se de fazer conclusões sobre essas últimas.

Datações radiométricas pelo método Rb-Sr realizadas por Basei (1985)em amostras do corpo intrusivo dessa suíte próximo a São João Batista permiti-ram ao referido autor a construção de diagrama isocrônico com seis pontos, queindicou a idade de 644 ± 19 M.a., com razão Sr87/Sr86 inicial de 0,721 ± 0,002.

5.1.7 - Suíte Intrusiva Guabiruba - PSγg

As rochas componentes dessa unidade de rochas ígneas foram estudadaspor vários autores, a maior parte dos quais já referidos no item sobre a Suíte In-trusiva Valsungana (CARVALHO; PINTO, 1938; SCHULZ JÚNIOR;ALBUQUERQUE; GIFFONI, 1969; MONACO; ZIR FILHO; VALENTINI,1974; KAUL, 1976b; TRAININI et al., 1978; ISSLER et al., 1980; SILVA;DIAS, 1981; 1981b; KAUL et al., no prelo; CALDASSO et al., 1995b). A adoçãodo termo “suíte intrusiva” para denominar essa unidade de rochas ígneas deve-se,como no caso da Suíte Intrusiva Valsungana, a Trainini et al. (op.cit.).

Na área do presente trabalho, essa unidade está representada por peque-nos corpos (“stocks”) intrusivos: oito localizados entre Blumenau e Botuverá,encaixados quase invariavelmente em metamorfitos do Grupo Brusque; seis entreBalneário Camboriú e Canelinha, alojados na Suíte Intrusiva Valsungana, noComplexo Canguçu ou, ainda, em metamorfitos do Grupo Brusque; sete a norte,nordeste e leste de Pinheiral (município de Major Gercino), alojados na SuíteIntrusiva Valsungana. Os contatos desses corpos com suas rochas circundantessão normais ou por falhas.

Essa suíte é composta por sieno e monzogranitos, subsidiariamente porquartzo sienitos. Trata-se de litotipos em geral de cor cinza clara, granulação finaa média, isótropos, equigranulares, raramente porfiríticos, que apresentam, comominerais máficos, biotita, clorita e hornblenda.

Aproximadamente 30 amostras desses litotipos foram analisadas quimi-camente por Caldasso et al. (1995b), com determinação de elementos maiores,menores e traços, inclusive terras raras. Em referido trabalho, todos os diagramaslitoquímicos apresentados mostram acentuada dispersão dos pontos analíticos.Contudo, pode-se verificar que a suíte intrusiva apresenta, em função dessas aná-lises, algumas características geoquímicas, que cabe destacar:

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- Índices IA (agpaíticos) sempre inferiores a 1,0 e índices A/CNK (desaturação em alúmina) inferiores ou superiores a 1,0. Isso significaque os litotipos da suíte variam de meta a peraluminosos.

- Teores geralmente bastante elevados em Ba (da ordem de 2.000 ppm) eSr (várias amostras com mais de 1.000 ppm).

- Teores em Rb em geral entre 100-300 ppm.No que se refere aos elementos terras raras verifica-se que seu compor-

tamento é, em geral, bastante semelhante ao registrado para a Suíte Intrusiva Val-sungana:

- Padrões praticamente paralelos dos ETR e pequenas anomalias de Eu.- Fracionamento geral dos ETR, dos ETR leves e dos ETR pesados ape-

nas um pouco mais acentuados do que os registrados para a Suíte In-trusiva Valsungana.

- Abundância média dos ETR caindo de cerca de 400 x condrito para olantânio até aproximadamente 20 x condrito para o lutércio.

Os informes radiométricos sobre essa suíte intrusiva foram obtidas porBasei (1985); Basei e Teixeira (1987), pelos métodos Rb-Sr (rocha total) e K-Ar(biotita): aquele acusou 601 ± 40 M.a. (idade isocrônica) e este 562 ± 8 M.a..

5.1.8 - Complexo Paranaguá - PSp

Os terrenos rochosos correspondentes a esta unidade litoestratigráfica fo-ram interpretados, em trabalhos anteriores, como pertencentes ao que foi deno-minado de Cráton ou Área Cratônica de Luís Alves (KAUL, 1979, 1980; KAULet al., no prelo), Protocráton de São Francisco do Sul (SILVA, 1987), BlocoCosteiro (BIONDI; CAVA; SOARES, 1989), Batólito Paranaguá (BASEI; SIGAJÚNIOR; REIS NETO, 1990), Domínio Costeiro (BASEI; SIGA JÚNIOR;KAWASHITA, 1990; BASEI; SIGA JÚNIOR; MACHIAVELLI, 1990), BlocoIguaçu (FRAGOSO CÉSAR, 1991), Cinturão Granitóide Costeiro (BASEI et al.,1992), Domínio Paranaguá (SIGA JÚNIOR, 1995) e Cinturão Móvel Paranaguá(KAUL, 1997). A denominação de Complexo Paranaguá deve-se a Fernandes(1999).

Essa unidade litoestratigráfica se estende no nordeste da área em estudo,incluindo a Ilha de São Francisco do Sul. Cobre aproximadamente 300 km2. Soba forma de diversas manchas esparsas e de tamanhos variados, no mapa, inteira-mente circundadas, no campo, por coberturas sedimentares do Quaternário, talunidade é constituída por granitóides porfiríticos comumente deformados, degranulação média a grossa, eventualmente migmatíticos, exibindo autólitos diorí-ticos a quartzo-dioríticos. Associados a esses granitóides, há xistos e quartzitos.

Análises químicas em poucas amostras de tais granitóides, divulgadas porSiga Júnior (1995), evidenciaram que o complexo engloba pelo menos dois tiposdessas rochas: granitóides cálcio-alcalinos e granitóides de tendência alcalina.

Dados radiométricos desse complexo foram obtidos a partir dos anos 80(KAUL et al., no prelo; BASEI; SIGA JÚNIOR; REIS NETO, 1990; SIGAJÚNIOR et al., 1994; SIGA JÚNIOR, 1995), por diferentes métodos analíticos

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(K-Ar em biotita, Rb-Sr em rocha total, U-Pb em zircões, Sm-Nd em rocha total ePb-Pb em feldspatos potássicos de granitóides). Esses dados sugerem que osplutonitos em pauta se formaram principalmente no intervalo 620-570 M.a., comresfriamento que chegou, pelo menos em parte do complexo, a atingir o Cambro-Ordoviciano. Parte dos protólitos crustais de tais rochas se formaram em épocarelacionada ao Paleoproterozóico (2.200-1.900 M.a.); outros protólitos, em épo-cas mais remotas do que esta (2.400 M.a e 2.600 M.a).

5.1.9 - Suíte Intrusiva Serra do Mar - PSγsm

Definida por Kaul et al. (1982), essa unidade de rochas ígneas está repre-sentada, na área em estudo, pelos maciços graníticos (“stocks” e pequenos bató-litos) conhecidos pelas denominações de Granito Morro Redondo (fotos 2 e 3),Granito Dona Francisca, Granito Piraí, Granito Corupá, Granito Serra Alta eGranito Subida. Anterior e posteriormente a referidos autores, tais maciços foramalvo de várias investigações. Focalizaram, tais investigações, total ou parcial-mente o conjunto desses corpos plutônicos, associando-os ou não a outros corposcongêneres da Serra do Mar, localizados fora do Estado de Santa Catarina(MAACK, 1953; ALBUQUERQUE et al., 1971; TRAININI, 1974; HASUI;CARNEIRO; COIMBRA, 1975; WERNICK; PENALVA, 1978; WERNICK,1979, 1982; KAUL et al., 1982; KAUL, 1984, 1985, 1987, 1997; ISSLER, 1984;ISSLER; FREIRE, 1985; JANASI; ULBLICH, 1991; KAUL; CORDANI, 1994;SIGA JÚNIOR et al., 1994; SIGA JÚNIOR, 1995; KAUL; CORDANI, 2000).

As encaixantes desses maciços graníticos são, quase invariavelmente, ro-chas de alto grau metamórfico do Complexo Luís Alves. Apenas três dos maciçosapresentam, como encaixantes, rochas de outras unidades litoestratigráfica: oGranito Corupá e o Granito Serra Alta confrontam com rochas metassedimentares(o primeiro) e com vulcânicas geralmente ácidas (o segundo) do Grupo CampoAlegre; o Granito Subida está encaixado em rochas do Grupo Itajaí, sendo reco-berto por camadas sedimentares da Formação Rio do Sul.

Constituem os maciços graníticos diferentes tipos de granitóides e sieni-tóides. Kaul et al. (no prelo) e Kaul (1997) realizaram análises químicas (ele-mentos maiores, menores e traços) em cerca de 40 amostras dessas rochas. A se-guir, sintetiza-se a composição litológica e as características químicas de cada umdesses maciços, estas com base nos dados apresentados por Kaul (op.cit.).

Granito Morro Redondo - Constituído por biotita sienogranitos de colo-ração cinza rósea ou rosa clara (figura 4), de granulação média ou fina; eventu-almente, inclui sienogranitos pórfiros (subvulcânicos). Composições químicasperaluminosas. SiO2 ≅ 73 a 76%; IA = 0,82 a 0,91; A/CNK = 1,00 a 1,10; F/FM= 0,71 a 0,89; Zr ≅ 150 ppm; Y = 27 a 109 ppm; Rb = 100 a 176 ppm; Nb = 25 a45 ppm; Sr = 42 a 170 ppm; Ba = 473 a 1237 ppm; Ba/Sr ≅ 10. Diagramas deelementos terras normalizados aos condritos mostram: fracionamentos em geralmoderados dos ETRL e muito pequenos dos ETRP, com anomalias negativas

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pequenas de Eu; conteúdo em ETR cai de cerca de 400 x condrito para o La atémais ou menos 20 x condrito para o Lu.

Granito Dona Francisca e Granito Piraí - Formados por granitos ho-loleucocráticos: microgranitos, granitos granofíricos, granófiros (figura 5) e gra-nitos “alasquíticos”. De coloração rosa clara, isótropos, esses granitos se caracte-rizam, ao microscópio, sobretudo por intercrescimentos granofíricos (intercres-cimentos entre feldspato alcalino e quartzo). Composições químicas meta a pera-liminosas. SiO2 ≅ 73 a 75%; IA = 0,89 a 0,91; A/CNK = 0,98 a 1,06; F/FM =0,80 a 0,86; Zr = 165 a 219 ppm Y = 33 a 42 ppm; Rb = 119 a 149 ppm; Nb ≅ 25ppm; Sr = 45 a 66 ppm; Ba = 542 a 810 ppm; Ba/Sr ≅ 10 a 14. Diagramas deelementos terras raras normalizados aos condritos mostram: ETRP não fraciona-dos (padrão plano), moderado fracionamento de ETRL, bem como moderadasanomalias negativas de Eu; conteúdo em ETR cai de aproximadamente 250 xcondrito para o Lantânio até cerca de 20 x condrito para o Lutércio.

Granito Corupá - Compõem esse maciço rochas de composições graní-ticas, quartzo-sieníticas e sieníticas, todas leucocráticas, equigranulares, de gra-nulação média a grossa. As sieníticas são metaluminosas; as quartzo-sieníticas egraníticas são peralcalinas. As sieníticas apresentam: SiO2 ≅ 57 a 63%; IA = 0,85a 0,95; A/CNK = 0,76 a 0,88; F/FM = 0,73 a 0,87; Zr = 353 a 488 ppm; Y = 41 a48 ppm; Rb = 49 a 56 ppm; Nb = 27ppm; Sr = 55 a 244 ppm; Ba ≅ 1000 ppm;Ba/Sr = 4,77 a 18,14. Diagramas de elementos terras raras normalizados aos con-dritos, referentes a essas rochas, mostram: ETRP e ETRL com pequeno e consi-derável fracionamento, respectivamente; anomalia negativa de Eu inexistente oumuito pequena; conteúdo em ETR cai de aproximadamente 200 - 400 x condritopara o Lantânio até cerca de 15 - 25 x condrito para o Lutércio. As rochas quart-zo-sieníticas apresentam (dados de uma amostra): SiO2 ≅ 67%; IA= 1,01; A/CNK= 0,89; F/FM = 0,94; Zr = 1300; Y = 82 ppm; Rb = 93 ppm; Nb = 52 ppm; Sr =23 ppm; Ba = 219; Ba/Sr = 9,52. Um diagrama de elementos terras raras normali-zados aos condritos revela: ETRP e ETRL, respectivamente, pouco e bastantefracionados; anomalia negativa de Eu bastante acentuada; conteúdo em ETR caide 1000 x condrito para o Lantânio até mais ou menos 45 x condrito para o Lu-tércio. As rochas graníticas mostram: SiO2 ≅ 74 a 75%; IA = 1,02 a 1,05; A/CNK= 0,88 a 0,91; F/FM = 0,95 a 0,99; Zr = 949 a 1110ppm; Y = 123 a 290ppm; Rb= 102 a 164; Nb ≅ 130; Sr = 17 a 24 ppm; Ba = 48 a 112ppm; Ba/Sr ≅ 3,0 a 4,5.Um diagrama de elementos terras raras normalizados aos condritos evidencia:ETRP e ETRL muito pouco fracionados; forte anomalia negativa de Eu; conteúdoem ETR caí de cerca de 400 x condrito para o Lantânio até próximo de 170 xcondrito para o Lutércio.

Granito Serra Alta - Este pequeno maciço é formado por riebeckita ál-cali-feldspato granito de coloração rosa ligeiramente esverdeada, equigranular, degranulação média. Os dados referentes à composição química desse maciço sãomuito escassos e não confiáveis.

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Granito Subida - Constituído por granitos de composição “alasquítica”,de coloração cinza clara a rosa clara, por vezes esverdeada, de granulação médiaa fina, contendo biotita (extremamente escassa) como máfico principal. Os pou-cos dados químicos que existem, na bibliografia, sobre esses granitos, não sãoconfiáveis, tendo tais rochas, aparentemente, composições metaluminosas.

Os dados radiométricos dos maciços em causa correspondem a um totalde cerca de 50 determinações feitas pelos métodos K-Ar em anfibólio, Rb-Sr emrocha total, U-Pb em zircões e Sm-Nd em rocha total (KAUL et al., no prelo;BASEI, 1985; SIGA JÚNIOR, 1995; KAUL, 1997). Cerca de 70% dessas deter-minações foram realizadas pelo método Rb-Sr e em amostras procedentes dosmaciços Morro Redondo e Corupá. O conjunto global dos dados parece indicarque os principais eventos magmáticos que originaram os seis maciços ocorreramna faixa etária de 580 ± 20 M.a.. Certos resultados radiométricos pelos métodosK-Ar e Rb-Sr inferiores a 500 M.a. refletem rejuvenescimento isotópico prova-velmente associado a hidrotermalismo. Isótopos de Sr e Nd evidenciam participa-ção de material crustal nos magmas parentais das rochas graníticas (mistura dematerial crustal preexistente com magmas mantélicos juvenis).

5.1.10 - Grupo Itajaí - PSit

Um dos primeiros investigadores dessa unidade litoestratigráfica foi Du-tra (1926), que a denominou, entretanto, de Série Itajaí. Vários trabalhos sucede-ram-se ao desse autor, citando-se aqueles de Freitas (1945); Salamuni, Bigarella eTakeda (1961); Schulz Júnior, Albuquerque e Giffoni (1969), Kaul (1976b); Sil-va e Dias (1981a, 1981b); Macedo et al. (1984); Issler (1985); Basei (1985);Krebs, Caldasso e Lopes (1988); Krebs, Lopes e Camozzato (1990); Krebs et al.(1990); Rostirolla (1991); Rostirolla, Alkmim e Soares (1992); Rostirolla, Soarese Alkmim (1992); Citroni (1994) e Caldasso et al. (1995a). A adoção do termo“grupo” deve-se a Schulz Júnior, Albuquerque e Giffoni (1969).

O Grupo Itajaí se estende por uma área de cerca de 1.200km2, entre oComplexo Luís Alves e o Grupo Brusque. Ele preenche a bacia de mesmo nome,alongada (eixo maior) na direção N60E. É constituído por diferentes tipos de tur-biditos e de arenitos, além de conglomerados (cgl), bem como rochas vulcânicase subvulcânicas de composição predominantemente riolítica (rl), raramente bási-ca (mugearitos), com níveis restritos de tufos finos. De ocorrência muito restritadentro do grupo, essas rochas vulcânicas e subvulcânicas são expressão de ummagmatismo sinsedimentar, de tendência alcalina, mais presente na parte superiordo grupo, culminando com grandes domos e derrames sinsedimentares na regiãoem torno da cidade de Apiúna.

Para se explicar a deposição desse grupo, tem sido propostos modelosdeposicionais que se baseiam, essencialmente, na formação de leques destáicosdesenvolvidos a partir do bordo sudeste da bacia (vide, entre outros, o trabalho deCALDASSO et al., 1995a). A sucessão estratigráfica (da parte sedimentar), coma ocorrência de conglomerados e arenitos conglomeráticos sobretudo na porção

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inferior do pacote, seguida de arenitos e culminando com turbiditos, indica cla-ramente, como destaca Citroni (1994), que se está diante de um ciclo transgressi-vo, uma sucessão continental - transicional - marinha.

Quanto ao modelo geométrico-cinemático da bacia Itajaí, não há consen-so, até o presente, na definição do mesmo, o que se reflete na variada terminolo-gia que tem sido empregada para se designar essa estrutura, qual seja: bacia peri-férica (ISSLER, 1985), bacia tardi-colisional (SOARES, 1988), antefossa molás-sica tipo “rift” (BASEI, 1985), bacia “pull-apart” (KREBS; CALDASSO;LOPES, 1988; KREBS et al., 1990), bacia flexural de antepaís (ROSTIROLLA,1991; ROSTIROLLA; ALKMIM; SOARES, 1992; ROSTIROLLA; SOARES;ALKMIM, 1992), “rift” passivo ou impactógeno (CITRONI, 1994) e bacia“transtensional” (CALDASSO et al., 1995a).

Não há dados químicos sobre o magmatismo desse grupo. Quanto a in-formes relativos a datação radiométrica, os existentes foram obtidos por Macedoet al. (1984) e Basei (1985), podendo ser assim sintetizados:

Pelo método Rb-Sr: duas idades isocrônicas reunindo pontos referentes àfração fina e à rocha total de siltitos (530 ± 20 M.a., para a região de VelhaGrande, sul de Blumenau, e 542 ± 18 M.a., para a região de Apiúna); uma únicaidade isocrônica reunindo todos os pontos relativos a referidas frações finas erocha total (535 ± 10 M.a., interpretada como idade do anquimetamorfismo queafetou o grupo); uma idade isocrônica só com rochas totais das duas referidasregiões (581 ± 48 M.a., interpretada - tanto por Macedo et al. (1984), quanto porBasei (1985), como indicativa da provável época da sedimentação Itajaí); umalinhamento em diagrama, de pontos referentes a amostras de tufos vulcânicosintercalados em arenitos arcosianos (indicativo de 534 ± M.a., idade do anqui-metamorfismo).

Pelo método K-Ar: idades entre 510 e 550 M.a., obtidas em amostras defrações finas dos siltitos mencionados acima (valor médio de 525 M.a., indicativoda época do resfriamento regional, (pós-metamorfismo do grupo).

5.1.11 - Grupo Campo Alegre - PSca

As primeiras referências às rochas dessa unidade litoestratigáfica foramfeitas por Carvalho e Pinto (1938), seguindo-se, ao trabalho desses autores, vári-os outros que focalizaram as mesmas (MAACK, 1947; ALMEIDA, 1949;SILVA; TEIXEIRA, 1970 apud EBERT, 1971; ALBUQUERQUE et al., 1971;EBERT; BROCHINI, 1971; TRAININI, 1974; VALIATI, 1974; DAITX;CARVALHO, 1980; KAUL; COITINHO; ISSLER, 1982; SIGA JÚNIOR, 1995;WAICHEL; LIMA, 1998).

A designação de Grupo Campo Alegre para o conjunto dessas rochas foifeita originalmente por Kaul, Coitinho e Issler (1982).

Preenchendo bacia de mesmo nome e um gráben de direção NE-SW(gráben Corupá), localizados no nordeste da região em estudo, o presente grupose estende por um total de cerca de 200 km2 de área, mantendo contato coberto(contato provável) ou por falha com o embasamento cristalino representado pelo

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Complexo Luís Alves, e com o Granito Corupá, da Suíte Intrusiva Serra do Mar.A base do grupo corresponde, nas duas estruturas, a sedimentos continentais are-no-conglomeráticos: ortoconglomerados polimíticos e arcósios. Sobre estes, su-cedem-se, rumo ao topo do grupo, tanto na bacia quanto no gráben, derramesvulcânicos básico-intermediários (com raras intercalações de vulcanitos ácidos),camadas síltico-arenosas (com tufos associados), derrames ácidos, depósitos pi-roclásticos e, bem no topo da sucessão estratigráfica, siltitos e tufos. De modogeral, ocorrem mudanças progressivas da base ao topo das seqüências: granulo-metria gradualmente mais fina e composição das rochas vulcânicas variando dopolo básico até o polo ácido. No entender de Daitx e Carvalho (1980), o primeirofato reflete estabilização progressiva e contínua da região; o segundo sugere queocorreu diferenciação magmática bem marcada, a partir de um determinadomagma inicial.

Dados químicos sobre as rochas vulcânicas desse grupo foram obtidospor Waichel e Lima (1998), através da determinação de elementos maiores, me-nores e traços (inclusive terras raras) em 33 amostras de tais rochas. Esses dadosapontaram aspectos interessantes do vulcanismo Campo Alegre, dos quais sedestaca o fato de que este originou dois tipos de basaltos: um tipo comparável abasalto subalcalino, transicional, outro tipo comparável a basalto alcalino. E,igualmente, dois tipos de riolitos: um de características cálcio-alcalinas de altopotássio, outro de características alcalinas.

Há 12 dados radiométricos sobre as vulcânicas desse grupo, obtidos pe-los métodos K-Ar em rocha total (EBERT, 1971), Rb-Sr em rocha total (BASEI,1985; SIGA JÚNIOR, 1995) e U-Pb em zircões (SIGA JÚNIOR, 1995). As ida-des reveladas são precárias, sugerindo, entretanto, que o vulcanismo nas duasestruturas - bacia Campo Alegre e gráben Corupá - ocorreu entre 600-570 M.a.,faixa etária esta semelhante à da formação dos maciços graníticos da Suíte Intru-siva Serra do Mar.

5.1.12 - Suíte Intrusiva Pedras Grandes - PSγpg

A termologia Pedras Grandes foi utilizada originalmente por Teixeira(1969) para designar um complexo correspondente a certos corpos graníticoshomogêneos do leste catarinense: Complexo Pedras Grandes. Acerca de tal uni-dade litoestratigráfica surgiram, posteriormente, outros trabalhos (CASTRO;CASTRO, 1969; SCHULZ JÚNIOR; ALBUQUERQUE; GIFFONI, 1969;TRAININI et al., 1978; BASEI, 1985). A mudança da denominação complexopara suíte intrusiva foi devida ao trabalho de Trainini et al. (1978).

Na área em estudo, essa unidade litoestratigráfica está representada porum corpo granítico maior, conhecido na literatura sob a denominação de MajorGercino, alongado na direção NE-SW, com cerca de 80 km2 de área, localizadoentre proximidades da cidade de Canelinha e cercanias da localidade de Garcia,quase junto ao paralelo 27º30’ lat. Sul; e, também, pelos corpos graníticos donorte da ilha de Santa Catarina. Aquele corpo maior faz contatos por falhas commetamorfitos do Grupo Brusque e do Complexo Canguçu, bem como com gra-

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nitóides da Suíte Intrusiva São Pedro de Alcântara. Os corpos do norte da ilha deSanta Catarina estão rodeados por coberturas sedimentares do Quaternário.

Compõem essa suíte intrusiva granitóides predominantemente de granu-lação grossa a porfiróides, com megacristais brancos e rosados. Trata-se de gra-nitos, granodioritos e quartzo-monzonitos. Seccionando tais litologias ocorremmuitos diques ácidos, de microgranitos, aplitos e riolitos.

Há poucos dados químicos sobre essa unidade, obtidos por ocasião dostrabalhos de Trainini et al. (1978), Kaul et al. (no prelo) e Basei (1985). Apesarde não serem todos eles inteiramente confiáveis, parecem indicar, entretanto, queas litologias dessa suíte intrusiva variam de metaluminosas a fracamente peralu-minosas.

Não há dados geocronológicos para os corpos ígneos dessa suíte locali-zados na presente área de trabalho. Basei (1985) registra, entretanto, a idade de540 ± 20 M.a., com base em informes obtidos pelo método Rb-Sr, com razõesSr87/Sr86 iniciais variando entre 0,710 e 0,728, que indicam a forte componentecrustal na formação da unidade.

5.1.13 - Suíte Intrusiva Tabuleiro - PSγt

Essa suíte foi definida por Kaul et al. (no prelo), estando representada napresente área de trabalho por um conjunto de corpos graníticos junto ou próximoà linha de costa: dois corpos maiores - o Granito Armação e o Granito São Mi-guel, cada um com cerca de 60km2 de área, e alguns outros, cerca de dez, bemmenores do que aqueles, a maior parte correspondendo a ilhas e ilhotas localiza-das entre a baía das Tijucas e a baía Norte.

Os principais trabalhos anteriores que focalizaram as rochas dessa suíteforam, além daquele acima referido, os de Teixeira (1969); Schulz Júnior, Albu-querque e Giffoni (1969); Trainini et al. (1978) e Basei (1985).

Os corpos magmáticos dessa unidade estão limitados pela linha de costaou contatam com sedimentos quaternários, apenas o Granito São Miguel e a partenorte de pequeno corpo a sul deste apresentando contatos por falha, geralmenteprováveis, com o Complexo Canguçu.

Compõem essa suíte granitos, granodioritos e quartzo-monzonitos, decoloração cinza a rosa, granulação média a grossa, tendo biotita e hornblendacomo minerais máficos principais.

Há poucos dados químicos sobre essa suíte. Aqueles de Basei (1985),que são, aparentemente, os mais confiáveis, mostram os granitóides dos maciçosArmação e São Miguel como sendo sobretudo do tipo peraluminoso.

Não há informes radiométricos sobre os corpos graníticos que represen-tam essa suíte na presente área de trabalho. Basei (1985), que considerou os cor-pos ígneos do norte da ilha de Santa Catarina como extensão do Granito Arma-ção, obteve, entretanto, para aqueles, a idade isocrônica de 524 ± 68 M.a., emdiagrama construído com quatro pontos e razão Sr87/Sr86 inicial de 0,710 ± 0,002.

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5.2 - Bacia do Paraná

Uma parte representativa, de aproximadamente 50 % da área, do ProjetoGerenciamento Costeiro Fase III é recoberta por rochas da Bacia Sedimentar doParaná.

Formando um espesso pacote, tem em sua parte basal sedimentos do Su-per Grupo Tubarão de idade carbonífera superior à permiana, e na porção superi-or litologia mais recente, representada por derrames basálticos e diques e “sills”de diabásio da Formação Serra Geral de idade jurássico-cretácea.

Essas rochas afloram em faixas relativamente paralelas com direçãoaproximada noroeste-sudeste.

Os primeiros trabalhos sobre sua geologia são conhecidos desde o séculoXIX através de Derby (1878) e Evans (1894) , mas quem iniciou o estudo da Ba-cia do Paraná como um conjunto com as divisões que serviriam como suportepara trabalhos posteriores foi White (1908) ao estudar o carvão no sul do Brasil..

Após estudos de White (op.cit.), inúmeras classificações e revisões es-tratigráficas foram feitas, notadamente pela equipe técnica da Petrobrás.

Mühlmann et al. (1974) e Schneider et al. (1974), considerando os tra-balhos desenvolvidos pela Petrobrás, efetuaram uma revisão estratigráfica nestabacia e publicaram uma coluna que se tornou referência para os estudos geológi-cos feitos na área da Bacia do Paraná, também utilizada neste trabalho.

Expondo apenas 4% do volume total das rochas existentes e em suagrande maioria apresentando-se com um grau de alteração acentuado, não mos-tram adequadamente todos os múltiplos aspectos presentes em sua estratigrafia.

As unidades estratigráficas não possuem necessariamente forma tabular,distribuição universal e uniforme empilhamento vertical em toda a área da baciasedimentar.

5.2.1 - Super Grupo Tubarão

Os sedimentos do Super-Grupo cobrem uma vasta área da Bacia Sedi-mentar do Paraná em território brasileiro, aflorando nos estados de Goiás, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina eRio Grande do Sul.

No Estado de Santa Catarina ocupa uma faixa aflorante, em forma de cu-nha, de direção norte-sul, com aproximadamente 150 km de largura em sua por-ção norte, acunhando-se em direção ao sul até a região de Araranguá, onde seusafloramentos se mostram limitados a ausentes.

Na área do Gerco III aflora em toda sua extensão norte-sul, numa faixade 150 km de largura ao norte, estreitando-se ao sul na região de Ituporanga,onde aflora numa faixa de aproximadamente 100 km de largura.

Neste trabalho utilizamos o termo Super-Grupo Tubarão, com a divisãoem grupos Itararé (inferior) e Guatá (superior), divisão esta proposta por Schnei-der et al. (1974) e Mühlmann et al. (1974).

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5.2.1.1 - Grupo Itararé

Foi Oliveira (1916) quem propôs originalmente a utilização do termo Sé-rie Itararé para designar a parte inferior do Super-Grupo Tubarão, considerando-acom características de ambiente glacial.

Schneider et al. (1974) descreveram o Grupo Itararé como uma seqüênciasedimentar de idade permocarbonífera cujos depósitos, caracterizados principal-mente por diamictitos, refletem influências glaciais em seus diferentes ambientesdeposicionais.

As maiores espessuras do Grupo Itararé encontram-se no Estado de SãoPaulo com 1200 metros, sendo as espessuras nas áreas do presente projeto de 300a 400 metros.

O Grupo Itararé representa um episódio de glaciação continental dura-douro que vai do Carbonífero superior ao Permiano médio, caracterizado emSanta Catarina por poucos níveis de tilitos (2 a 3). Estes tilitos são normalmenteestratificados com presença de esparsos seixos facetados com estrias em váriasdireções. É comum a presença de lentes arenosas deformadas típicas de escorre-gamentos, intercaladas aos tilitos.

Mühlmann et al. (1974) propuseram a divisão destes sedimentos em 4formações que denominaram: Campo do Tenente, Mafra, Rio do Sul e Aqui-dauana, sendo que apenas as três primeiras ocorrem no Estado de Santa Catarina.

Na área do presente trabalho predominam os sedimentos da FormaçãoRio do Sul e pequena área com a presença de sedimentos da Formação Mafra aonorte. A Formação Campo do Tenente está ausente na área mapeada.

5.2.1.1.1 - Formação Mafra - CPm

Constituída predominantemente por arenitos finos, apresenta granulome-tria variada com arenitos médios a grosseiros e secundariamente diamictitos,conglomerados, ritmitos, argilitos e argilitos várvicos.

Tem sua seção tipo entre os kms 88 e 115 da rodovia BR-116, trecho Cu-ritiba (PR)- Mafra (SC), próximo à cidade homônima.

Apresenta espessura da ordem de 350 metros na seção tipo a aflora desdeas proximidades de Presidente Getúlio (SC), distribuindo-se de maneira contínuaaté, ao menos, o nordeste do Estado do Paraná.

Seu contato inferior é discordante com as formações Campo do Tenente,Furnas e Ponta Grossa e rochas do embasamento e, superior, concordante com aFormação Rio do Sul.

A Formação Mafra depositou-se em condições ambientais marinhas econtinentais e a grande quantidade de diamictitos sugere influência glacial.

Daemon e Quadros (1970) atribuem sua deposição no Permiano inferior,com base em dados palinológicos.

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5.2.1.1.2 - Formação Rio do Sul - Prs

Esta denominação foi utilizada primeiramente por Loczy (1964), para de-signar os arenitos que ocorrem próximo à cidade homônima, em Santa Catarina,correlacionando-os ao Grupo Itararé.

Em sua seção tipo, região de Rio do Sul - Trombudo Central, em SantaCatarina, esta formação é constituída por folhelhos e argilitos cinza-escuros epretos, diamictitos cinza-escuros com matriz arenosa, contendo intercalações dearenitos finos e muito finos, folhelhos várvicos, ritmitos e siltitos cinza-escuros aavermelhados, frequentemente com estrutura "flaser", atingindo cerca de 350mde espessura.

Tem sua distribuição desde o Rio Grande do Sul, onde ocorre de maneiracontínua até, ao menos , o nordeste do Paraná.

O contato inferior é concordante com a Formação Mafra e na porção sul-sudeste de Santa Catarina assenta diretamente sobre rochas do embasamento. Seucontato superior, com a Formação Rio Bonito, é concordante, exceção feita àregião nordeste do Paraná e São Paulo, onde este contato é marcado por discor-dância.

As condições predominantes dos depósitos sedimentares da FormaçãoRio do Sul mostram ambiente essencialmente marinho, com influência de marés epresença de seixos erráticos encontrados nos folhelhos e interpretados como"pingados" de blocos de gelo flutuantes.

Dados palinológicos (DAEMON; QUADROS, 1970) situam a deposiçãodos sedimentos da Formação Rio do Sul no Permiano Médio (Kunguriano).

5.2.1.2 - Grupo Guatá

O Grupo Guatá constitui-se de siltitos cinza esverdeados, de arenitos comcamadas de carvão e folhelhos carbonosos que se distribuem verticalmente desdeo topo do Grupo Itararé até a base da Formação Irati.

O nome do grupo foi proposto por Gordon Junior (1947) para designar ossiltitos e arenitos aflorantes nas imediações de Guatá (SC) englobando, comoformações, as camadas Rio Bonito e Palermo, de White (1908).

5.2.1.2.1 - Formação Rio Bonito - Prb

Esta denominação foi proposta por White (1908) para caracterizar umconjunto de arenitos e pelitos contendo camadas de carvão, que ocorrem entreLauro Müller - São Joaquim, em Santa Catarina.

Na área em estudo, a Formação Rio Bonito assenta concordantementesobre a Formação Rio do Sul mas em certos locais, pode ocorrer discordante-

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mente, como sobre as rochas do Complexo Canguçu ou Suíte Intrusiva PedrasGrandes. Sua espessura total é da ordem de 250m.

Segundo Mühlmann et al. (1974), esta formação pode ser dividida emtrês membros: Triunfo, Paraguaçú e Siderópolis. O Membro Triunfo representa aporção basal desta formação, sendo constituído dominantemente por arenitos es-branquiçados, finos a médios, localmente grosseiros, com ocorrência subordinadade siltitos, argilitos, folhelhos carbonosos, leitos de carvão e conglomerados. OMembro Paraguaçú é essencialmente pelítico, constituído por siltitos escuros,folhelhos cinza-médio a esverdeado com níveis de carbonatos argilosos, e cama-das de carvão. O Membro Siderópolis constitui-se, essencialmente, de arenitosfinos, cinza-escuros, com intercalações de siltito cinza, siltito cinza-claro e con-tém as principais camadas de carvão da Bacia Carbonífera de Santa Catarina.

A Formação Rio Bonito é formada principalmente por sedimentos maisarenosos que indicam ambiente de muita energia e nível de base pouco profundo.São características de ambiente deltáico, típicas da formação.

Com a retirada das geleiras, houve compensação isostática que gerou umlevantamento do substrato. Isto originou uma erosão cujo produto não conseguiuir muito adiante por causa do nível do mar. Estes sedimentos liberados pelo de-gelo acumularam-se em deltas. O acúmulo de sedimentos deltáicos acarretounova subsistência com a entrada do mar e geração de ambiente epi-nerítico. Nesteambiente formaram-se os sedimentos mais finos da Formação Palermo.

Sua idade é atribuída ao Permiano Médio e Superior (Kunguriano-Kazaniano), sendo que os membros Triunfo e Paraguaçú estariam relacionadosao Permiano Médio e o Siderópolis à passagem do Permiano Médio ao Superior(DAEMON; QUADROS, 1970).

5.2.1.2.2 - Formação Palermo - Pp

O termo Palermo foi utilizado por White (1908) para designar uma se-qüência de pelitos arenosos aflorantes no sul do Estado de Santa Catarina.

Esta unidade litoestratigráfica constitui-se, essencialmente, de siltitos ar-gilosos cinza-claros a cinza-escuros, esverdeados, com freqüentes intercalaçõesde finas lâminas onduladas e descontínuas de siltitos arenosos cinza-claros, bio-turbados. Em sua porção basal apresenta, ainda, intercalações de arenitos finos amédios. Caracteristicamente, apresenta laminação paralela, ondulada, lenticular,estruturas "flaser" e mosqueada, esta última produzida pela ação de organismosescavadores.

Sua espessura média é de cerca de 80 a 100m e a passagem para a For-mação Rio Bonito é transicional.

A deposição dos sedimentos da Formação Palermo ocorreu, provavel-mente, sob condições marinhas de águas rasas e baixa energia.

Sua idade é atribuída ao Permiano Médio a Superior (DAEMON;QUADROS,1970).

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5.2.1.3 - Grupo Passa Dois

O termo Passa Dois foi utilizado por White (1908), para descrever umconjunto de sedimentos localizados ao longo do rio Passa Dois, em Santa Catari-na.

De acordo com Mühlmann et al. (1974), o Grupo Passa Dois inclui asformações Irati, Serra Alta, Teresina e Rio do Rasto.

5.2.1.3.1 - Formação Irati - Pi

Este termo foi utilizado por White (1908) para designar os folhelhospretos com restos de Mesosaurus brasiliensis, que ocorrem desde São Paulo até oRio Grande do Sul.

Na área em estudo, a Formação Irati apresenta uma estreita faixa aflo-rante. É constituída por dois níveis de folhelhos pirobetuminosos, cinza-escuros apretos, separados entre si por lamitos castanhos a cinza-escuros, com fratura con-choidal e com níveis de calcário, os quais marcam o contato com a unidade lito-estratigráfica sotoposta. Localmente, encontram-se níveis delgados de montmo-rilonita. Sua espessura média é de cerca de 30m.

O ambiente de deposição é admitido como marinho de águas rasas, comáreas de circulação restrita.

Daemon e Quadros (1969) atribuíram idade relacionada ao Permiano Su-perior (Kazaniano) para os sedimentos da Formação Irati.

5.2.1.3.2 - Formação Serra Alta - Psa

O termo Serra Alta foi proposto por Gordon Júnior (1947), que a consi-derou como um dos membros da Formação Estrada Nova.

Litologicamente, esta formação compreende uma seqüência de folhelhos,argilitos e siltitos cinza-escuros a pretos, com fratura conchoidal, lentes e concre-ções calcíferas localizadas. Sua espessura média é de cerca de 85m.

Sua deposição ocorreu no Permiano Superior (Kazaniano), provavel-mente em ambiente marinho de águas calmas.

O contato com a Formação Irati é concordante.

5.2.1.3.3 - Formação Teresina - Pt

A denominação Teresina é atribuída a Moraes Rego (1930), ao referir-seaos sedimentos expostos na margem direita do rio Ivaí, no Paraná.

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Esta formação é caracterizada por uma seqüência de argilitos e folhelhoscinza-escuros e esverdeados, ritmicamente intercalados com siltitos e arenitosmuito finos, cinza-claro, róseos e avermelhados, contendo lentes ou camadas decalcário, freqüentemente eolíticos e silicificados. Apresenta laminação "flaser",ondulada, microlaminação cruzada, fendas de ressecamento, marcas onduladas ediques areníticos.

Sua deposição ocorreu, segundo Daemon e Quadros (1969) no PermianoSuperior (Kazaniano), provavelmente em ambiente marinho de águas rasas, agi-tadas por ondas e marés.

5.2.1.3.4 - Formação Rio do Rasto - Prr

Esta denominação é devida a White (1908), ao descrever as camadasvermelhas expostas nas cabeceiras do rio do Rasto, na estrada entre Lauro Müllere São Joaquim, em Santa Catarina.

Constitui-se de uma seqüência sedimentar essencialmente clástica. Suaseção basal é dominantemente pelítica, com intercalações de leitos, lentes e ca-madas de arenitos finos. A porção superior é dominantemente arenosa, com in-tercalações pelíticas.

As rochas que constituem esta formação apresentam cores variegadas,predominando as tonalidades avermelhadas e arroxeadas.

As principais estruturas presentes nos pelitos são as laminações, lenticu-lar e paralela. Os arenitos e siltitos apresentam estratificação cruzada de pequenoporte, estratificação horizontal ou em bancos maciços, além de ondulações pro-duzidas por ondas e estratificação cruzada acanalada.

Seu contato inferior com a Formação Teresina é transicional. Sua espes-sura média é da ordem de 250m, alcançando 350m em subsuperfície.

Sua deposição ocorreu em ambiente progressivamente mais oxidante,com a passagem das condições de deposição subaquáticas para francamente su-baéreas.

Daemon e Quadros (1969) atribuem-lhe idade relacionada ao PermianoSuperior (Kazaniano).

5.2.1.4 - Grupo São Bento

White (1908) reuniu sob a designação "Série de São Bento" um conjuntode arenitos avermelhados recobertos pelas eruptivas da Serra Geral.

Na área em estudo, o Grupo São Bento é constituído pelas formaçõesBotucatu e Serra Geral.

5.2.1.4.1 - Formação Botucatu - Jb

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Esta formação é constituída por arenitos avermelhados, finos a médios,quartzosos, friáveis, com grãos foscos e geralmente bem arredondados, com es-tratificação cruzada de grande porte. Apresenta contato discordante com as uni-dades subjacentes.

Em Santa Catarina, esta Formação distribui-se numa faixa estreita e con-tínua, seguindo o contorno da escarpa da Formação Serra Geral, com espessuramédia aflorante de cerca de 50m. Em sondagem atinge até 200m.

Suas características litológicas e sedimentares são típicas de deposiçãoeólica em clima desértico. Seu posicionamento estratigráfico indica idade triássi-ca-jurássica.

5.1.1.4.2 - Formação Serra Geral - JKsg

Esta denominação é devido à White (1908), ao referir-se às rochas ba-sálticas da região do rio São Bento, denominando-as "Eruptivas da Serra Geral".

Na área em estudo, a Formação Serra Geral constitui uma espessa se-qüência de basaltos continentais toleíticos, comumente representados por basaltose feno-basaltos, podendo conter termos ácidos intercalados, que se tornam maisabundantes no topo da unidade, portanto fora dos limites da área mapeada. Di-ques e corpos tabulares de diabásio (db) ocorrem freqüentemente intercaladosentre os sedimentos da Bacia do Paraná. Ocasionalmente, entre as lavas ocorremlentes e camadas de arenitos interderrames e brechas constituídas por fragmentosde basalto e arenitos, cimentado por lava basáltica ou imersos em matriz arenosa.

O extravasamento dessa seqüência vulcânica teve início no Triássico Su-perior, desenvolvendo-se de modo significativo durante o Jurocretáceo, intima-mente relacionado com a abertura do Atlântico Sul e a consequente separação doscontinentes América do Sul e África. Esse vulcanismo se desenvolveu no inter-valo entre 147 e 119 M.A., com um ápice do vulcanismo no intervalo entre 130 e140 M.A. (HORBACH et al., 1986).

5.2.1.5 - Rochas Alcalinas

Várias ocorrências de rochas alcalinas foram objeto de estudo no Estadode Santa Catarina, destacando-se as de Anitápolis e do Alto do Rio da Prata. Ou-tra descrita a seguir, carece de um estudo mais detalhado que permita um melhorconhecimento de suas potencialidades, porém, está aqui relacionada, devido àpossibilidade de constituir-se em outra ocorrência significativa de rocha alcalina.

5.2.1.5.1 - Alcalina de Laranjeiras

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Descrita por Coitinho e Fernandes (1980), como vários diques de ma-lignito (nefelina sienito), com diversas espessuras, chegando até cerca de 3,0 mde espessura, encaixados em rochas do Complexo Luís Alves. Estes diques estãolocalizados na região de Laranjeiras, a nordeste de Campo Alegre e são constituí-dos principalmente por ortoclásio, carbonato, biotita, nefelina aegirina-augita,apatita, argilo minerais, clorita, opacos, óxido de ferro e epidoto.

5.3 - Cobertura Sedimentar Quaternária

5.3.1 - Sedimentos Pleistocênicos

5.3.1.1 - Sedimentos Colúvio Aluvionares Continentais

Englobam tanto os terraços arenosos antigos, possivelmente pleistocêni-cos, como os depósitos de pé de encosta e os aluviões subatuais.

São constituídos, geralmente, por uma alternância de níveis ou lentesarenosas e argilosas, mal selecionadas, com a presença freqüente de horizontes deseixos e calhaus, os quais tornam-se mais expressivos próximos às áreas fontes.A estratificação cruzada é freqüente, bem como o acamadamento gradacional eestruturas de colapso.

Abrangem os sedimentos rudáceos, argilo-sílticos e arenosos depositadosprincipalmente no vale do rio Itajaí-Mirim, e denominados de Formação Itaipava(ITINERARY, 1975). Estes sedimentos são constituídos principalmente por sei-xos de quartzo e quartzito, subarredondados e subangulosos, e sedimentos argilo-sílticos, acentados sobre rocha decomposta do Grupo Brusque.

Geomorfologicamente corresponde a um nível topográfico mais baixo doque a unidade geomorfológica denominada de Serras do Tabuleiro/Itajaí, sendo oseu relevo representado por colinas nas proximidades do rio Itajaí Mirim e cristasmais altas nos divisores de água, que recebem as denominações locais de Serra daLimeira e Serra do Cantagalo no divisor de águas do rio Tijucas e Serra da Ba-téia, no divisor do rio Itajaí Mirim. Este relevo está formado sobre as litologiasdo Grupo Brusque, representado por filitos, xistos, quartzitos, calcários e granitointrusivo.

5.3.1.2 - Sedimentos Litorâneos Marinhos e Eólicos Retrabalhados - QPm

Areias quartzosas, finas a médias, bem selecionadas, com laminaçõesplano-paralelas e cruzadas que se truncam mutuamente, mostrando coloraçãocastanho-avermelhada e castanha. Podem apresentar um endurecimento devido àpresença de óxido de ferro, localmente constituindo crostas ferruginosas. Geral-

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mente formam extensos terraços com altitude média em torno de 15m acima doatual nível do mar. Sua espessura é bastante variável, podendo atingir mais de40m.

5.3.2 - Sedimentos Holocênicos

5.3.2.1 - Sedimentos Aluvionares - QHa

Areias, cascalheiras e sedimentos síltico-argilosos, inconsolidados, depo-sitados em planícies de inundação, terraços e calhas da rede fluvial atual.

5.3.2.2 - Sedimentos Colúvio Aluvionares - QHca

Depósitos de colúvio-elúvio e aluviões recentes, constituídos por sedi-mentos inconsolidados, com grande variação granulométrica, incluindo depósitosareno-argilosos e areno-síltico argilosos, com estratificação incipiente ou ausente,incluindo depósitos "in situ".

5.3.2.3 - Sedimentos Arenosos de Origem Eólica - QHd

Sedimentos eólicos, representados por dunas fixas ou móveis, atuais esubatuais, compostas por areias finas e médias, quartzosas, bem arredondadas ebem selecionadas, com tonalidades esbranquiçadas, exibindo raras laminaçõesplano-paralelas ou cruzadas de alto ângulo. Inclui material eólico dissipado, de-positado sobre um substrato irregular. Localmente podem apresentar estruturas de"barcanas".

5.3.2.4 - Sedimentos Flúvio-Lagunares - QHfl

Os sedimentos flúvio-lagunares compõem-se de material argilo-arenoso,comumente cobertos por uma fina camada de matéria orgânica favorecendo aformação de depósitos turfáceos. Estes depósitos desenvolveram-se principal-mente a sudoeste de Joinville, ao longo da planície do Rio Piraí e ao longo daplanície do Rio Itajaí-Açu entre Gaspar e Itajaí.

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5.3.2.5 - Sedimentos Flúvio-Marinhos - QHfm

Os sedimentos flúvio-marinhos compõem-se de material síltico-argiloso,sobrepostos a depósitos de areias marinhas, comumente cobertos por uma finacamada de matéria orgânica. Comumente apresentam alto grau de umidade. Estesdepósitos desenvolveram-se principalmente à leste de Garuva e ao longo da pla-nície costeira ao redor de Tijucas.

5.3.2.6 - Sedimentos de Baías e Lagunas - QHl

Areias síltico-argilosas, inconsolidadas, mal selecionadas, com laminaçãoplano-paralela incipiente, cores em tons de cinza a creme, freqüentemente ricasem matéria orgânica, de caráter fluvio-lacustre. São oriundas do assoreamento delagunas costeiras ou estão associadas às baías.

5.3.2.7 - Sedimentos Marinhos Atuais - QHm

São constituídos por cordões de areias bem selecionadas de cores claras,cremes a amareladas, que se distribuem ao longo das praias atuais. Excepcional-mente com cores escuras devido à contribuição de areias ilmeníticas e magnetíti-cas resultantes de decomposição de diques básicos.

5.3.2.8 - Sedimentos Marinhos Retrabalhados Eolicamente - QHme

Terraços marinhos localmente mais elevados que as planícies costeirasadjacentes, constituídos por areias finas bem selecionadas de cores claras, comalto grau de arredondamento, denotando evidente retrabalhamento eólico.

5.3.2.9 - Sedimentos Argilo-Síltico-Arenosos - QHmg

Esses depósitos são ricos em matéria orgânica, caracterizados pela influ-ência das marés e são típicos dos mangues atuais.

6 – GEOLOGIA ESTRUTURAL

Os terrenos pré-cambriânicos da região em estudo contêm inúmeras es-truturas tectônicas (Vide Fig. 4), das quais a grande maioria teria se formado nos

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tempos do Neoproterozóico, sobretudo no final dessa era, quando do processo deaglutinação continental que resultou no supercontinente de Gondwana. A seguir,focalizar-se-á, resumidamente, aspectos gerais dessas estruturas.

6.1 – Lineamentos

Entre as estruturas tectônicas da região em estudo, destacam-se os linea-mentos, ou zonas de falhas transcorrentes. A movimentação dos blocos que elasseparam não está, entretanto, perfeitamente comprovada ou entendida em várioscasos, por não se dispor de indicadores cinemáticos seguros ou irrefutáveis.

Destacam-se quatro dessas estruturas: os lineamentos de Corupá, Perim-bó, Itajaí-Mirim e Major Gercino. Com direção N50-60E, esses lineamentos secaracterizam por corresponderem, geralmente, nas rochas, a intensa milonitiza-ção, cataclase e brechação.

O lineamento Corupá, que se situa junto ao maciço granítico do mesmonome, parece ter tido uma evolução com certa complexidade. Ele se estende porno mínimo 40 km no Complexo Luís Alves, sendo uma das estruturas limitantesdo gráben de Corupá. Sua evolução passaria, inicialmente, pela de um cavalga-mento (ou de uma falha reversa), com deslocamento das massas rochosas de NWpara SE, seguido, sucessivamente, por movimentação transcorrente levógira emovimentação distencional, agora já em ambiente de transtração (KAUL;CORDANI, 2000).

O lineamento Perimbó separa o Complexo Luís Alves do Grupo Brusque,prolongando-se à cobertura sedimentar da bacia do Paraná. No Complexo LuísAlves (Cráton de Luís Alves), traduz-se por expressiva faixa de rochas cataclásti-cas com até cerca de 3 km de largura.

O lineamento Itajaí-Mirim, posicionado no seio do Grupo Brusque, cor-responde a uma "zona de brecha sobre milonitos pretéritos, alçando o bloco SE ecolocando em contato rochas de diferentes graus metamórficos" (CALDASSO etal., 1995a).

O lineamento Major Gercino marca o limite SE do Grupo Brusque comas suítes intrusivas do SE da região e o Complexo Canguçu. Com zona de falhabastante variável, de poucas centenas de metros até alguns quilômetros de largu-ra, essa estrutura se estende por mais de 50 km, adentrando a cobertura sedimen-tar gondwânica.

6.2 – Falhas de empurrão

Essas estruturas ocorrem nos grupos Brusque e Itajaí, com direção geraldominantemente NE-SW. De acordo com Caldasso et al. (1995a), no GrupoBrusque elas se desenvolveram em regime dúctil; no Grupo Itajaí, em regimerúptil (frágil). Suas superfícies de cavalgamento mergulham comumente para SE.Seguidamente desenvolvem, nas rochas, faixas miloníticas, ou planos de falhacom "gouge". No Grupo Brusque, elas ocorrem sobretudo a SW da cidade homô-

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nima; no Grupo Itajaí, a S e SW de cidade de Blumenau, notadamente no bordo Sda bacia que contém esta unidade litoestratigráfica.

6.3 – Fraturas e falhas sintéticas (Riedel) e antitéticas (anti-Riedel). Fratu-ras e falhas X (simétricas de anti-Riedel)

Naturalmente ligadas, geneticamente, aos lineamentos, fraturas e falhassintéticas e antitéticas se desenvolveram ao longo de considerável parte dos terre-nos pré-cambriânicos da presente região. No Complexo Luís Alves, há pelo me-nos dois sistemas conjugados dessas estruturas: fraturas e falhas com direções ~N80E (sintéticas) e ~ N20E (antitéticas), conforme Kaul e Cordani (2000), sendoestas bastante mais freqüentes do que aquelas. As antitéticas correspondem a ex-tensos vales estreitos, nas bordas dos quais afloram granulitos ou gnaisses granu-líticos intensamente cataclasados, com claros efeitos de hidrotermalismo (desen-volvimento de epídoto, microclínio e clorita, sem silicificação significativa), oque também pode ser constatado em afloramentos de rochas ao longo dos valesmais curtos, correspondentes a falhas sintéticas. Na área abrangida pelo GrupoBrusque, suítes intrusivas a ele associadas, suítes intrusivas do SE da região emestudo e Complexo Canguçu, as fraturas e falhas sintéticas consistem num siste-ma ~N30E, enquanto as antitéticas num sistema ~N15W, de acordo com Caldas-so et al. (1995a). No Grupo Itajaí, as sintéticas se alinham segundo ~N85W, e asantitéticas segundo ∼N20E, conforme as investigações realizadas por Rostirolla,Soares e Alkmim (1992).

6.4 – Fraturas e falhas normais e de gravidade. Fraturas e falhas T

Fraturas e falhas normais e de gravidade ocorrem nos terrenos granulíti-cos do Complexo Luís Alves, sobretudo relacionadas à bacia de Campo Alegre eao gráben de Corupá, que são as estruturas negativas que abrigam uma seqüênciavulcano-sedimentar (Grupo Campo Alegre). No caso da bacia, as falhas se dire-cionam segundo ∼N30W; no caso do gráben, têm direção N50-60E. No âmbitodo Grupo Itajaí, Rostirolla, Soares e Alkmim (1992) registraram falhas de gravi-dade com direção N40-50W.

Fraturas e falhas T (transtracionais) são conhecidas em torno da bacia deCampo Alegre e em vários pontos de toda a extensão do Complexo Luís Alves.As direções gerais das mesmas coincidem com as das fraturas e falhas normais oude gravidade: N30W e N50-60E. As falhas T foram preenchidas por magmas áci-dos, originado pequenos diques de microgranito, riolito e outras rochas seme-lhantes a essas. Ao sistema de tais falhas está também relacionada a ascenção, nalitosfera, dos magmas que resultaram na formação dos maciços graníticos(KAUL, 1997; KAUL; CORDANI, 2000). No Grupo Itajaí, Rostirolla, Soares eAlkmim (1992) apontaram "juntas de distensão" segundo N40-50W (mesma dire-ção das falhas normais), juntas estas que se prefere designar, aqui, de fraturas T.

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7 – RECURSOS MINERAIS

Vários são os recursos minerais que estão presentes na área em estudo,sendo que os principais dados referentes a estes recursos minerais foram extraí-dos de Trainini et al. (1978) e Possamai et al. (1989).

7.1 – Água Mineral

As águas minerais têm grande importância no Estado de Santa Catarina ena área em estudo ocorrem principalmente nos municípios de Canelinha, NovaTrento, Camboriú, Balneário Camboriú, Itajaí, Brusque, Gaspar, Blumenau,Trombudo Central, Joinville, Araquari, São Francisco do Sul e Garuva.

Destacam-se por suas propriedades térmicas e minerais, algumas dasquais são radioativas.

As ocorrências hidrominerais da área em foco são caracterizadas por umnítido controle estrutural, geralmente associadas a falhamentos NE.

7.2 - Ardósia

Rocha de baixo grau metamórfico, granulação muito fina, e coloraçãoque varia do cinza ao preto. Sua principal característica é a clivagem, que permiteque seja partida em lâminas finas ou placas, sendo utilizada como piso ou reves-timento. Ocorre principalmente nos municípios de Ilhota, Blumenau e Indaial.

7.3 - Areias quartzosas

Sedimentos de granulação arenosa, constituídos principalmente porquartzo (97 a 99%), utilizados na fabricação de vidros, cristais, na indústria ce-râmica como esmalte cerâmico, como abrasivo e na confecção de moldes parafundição.

As principais ocorrências e lavras de areia são encontradas no vale dosprincipais cursos d'água e nos sedimentos marinhos quaternários que constituemas planícies marinhas.

7.4 - Argila e Caulim

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Sedimentos de granulação muito fina resultantes da alteração dos silica-tos aluminosos que constituem os minerais de rocha, têm como cararcteristicasprincipais a plasticidade, quando devidamente hidratadas e a rigidez, quandosubmetidas à processos de queima.

A argila vermelha, também conhecida como “taguá” é largamente utili-zada na cerâmica artesanal, na indústria cerâmica vermelha e na construção civil;a argila cinza, com elevados teores de caulinita, é largamente utilizada na cerâmi-ca branca.

Os taguás ocorrem associados às rochas sedimentares na região das ser-ras litorâneas e as argilas cinzas ocorrem associadas às rochas sedimentares daplanície costeira.

O caulim é uma argila de alta qualidade, constituída principalmente porcaulinita, utilizado principalmente na indústria cerâmica e do papel. Ocorrem sobduas formas principais: residual ou sedimentar.

Na área em estudo o caulim ocorre, principalmente, como resultante dointemperismo das rochas efusivas ácidas do Grupo Itajaí, nos municípios deCampo Alegre, São Bento do Sul e Jaraguá do Sul.

7.5 - Barita

As ocorrências de minério da Bário na área de estudo estão associadas aohidrotermalismo que ocorre em zonas de falhamentos da Suíte Intrusiva Valsun-gana no município de Brusque e ao conglomerado basal da seqüência sedimentarno município de Corupá.

7.6 - Berilo

Utilizado principalmente como gema semi-preciosa em ourivesaria, temcores que variam entre o verde (esmeralda), azul (Água Marinha) e amarela(Morganita).

Ocorrências restritas de berilo estão relacionadas aos pegmatitos graníti-cos no município de Itapema.

7.7 - Calcários

Constituídos principalmente por carbonatos de Cálcio e Magnésio, têmsua principal utilização como corretivo de solos e fabricação de cimento tipo“Portland”.

Nos municípios de Itajaí e Camboriú apresentam-se moderadamente me-tamorfizados, sob a forma de lentes de pequena extensão.

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Nos municípios de Botuverá e Vidal Ramos mostram-se com menor graude metamorfismo, sob a forma de lentes ou camadas descontínuas que variam dedezenas até centenas de metros de espessura, com coloração variando do cinza aopreto.

Ocorrem ainda como camadas de até 3,5 metros de espessura, em níveisconcrecionais, com coloração cinza creme, associados às Formações Rio Bonitoe Serra Alta.

Na Formação Irati, apresentam-se formando níveis margosos, o que li-mita sua utilização.

Estas formações cortam o Estado de Santa Catarina de norte a sul, acom-panhando o contorno da Bacia do Paraná, sendo que as principais ocorrênciaslocalizam-se nos municípios de Rio do Campo, Monte Castelo e Taió.

7.8 - Carvão Mineral

São registradas ocorrências de pequenas lentes de carvão, sem exeqüibi-lidade econômica, nos municípios de Rio do Sul, Ituporanga, Ibirama e Taió, as-sociadas à Formação Rio Bonito, do Grupo Guatá.

7.9 - Cascalhos

Lentes de seixos intercaladas por argilas e areia com espessuras variadasassociadas aos depósitos aluvionares continentais do quaternário. Com composi-ção e tamanhos variados, quando arredondados são associados a páleo depósitosresiduais de canal.

Utilizados na construção civil, ocorrem principalmente nos municípios deCanelinha, Tijucas, Itajaí, Brusque e Joinville.

7.10 - Cassiterita

Mineral de importância econômica, de onde se extrai o Estanho. Ocorreno município de Nova Trento, associado ao contato do Granito Catinga com asrochas metamórficas do Grupo Brusque; no município de Biguaçu, onde está as-sociado à Suite Intrusiva Pedras Grandes e a aluviões.

7.11 - Cobre nativo

São citadas, na literatura, ocorrências de Cobre nativo nos municípios deNova Trento, Indaial e Navegantes.

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7.12 - Concheiros Naturais e Sambaquis

Restritas à faixa litorânea do Estado, as acumulações de conchas calcá-reas, associadas aos depósitos marinhos holocênicos, podem ser de origem antró-pica ou natural. As de origem antrópica são denominadas sambaquis e apresen-tam relevo positivo, possuindo além de conchas calcárias e sedimentos, esquele-tos, utensílios, ferramentas e restos dos antigos habitantes da região. Têm valorarqueológico e sua exploração econômica é proibida por lei.

Os concheiros naturais são acumulações naturais de conchas de moluscose sedimentos. Comumente apresentam relevo negativo. São geralmente utilizadosna indústria de rações para animais e, mais raramente, como corretivo do solo.

Ocorrem desde São Francisco do Sul e Joinville até o extremo sul doEstado de Santa Catarina.

7.13 - Crisotila

Variedade de serpentina de fibras delgadas que juntamente com os anfi-bólios constituem os minerais de asbesto. É formada pela serpentinização de ro-chas ultrabásicas.

Utilizada na indústria principalmente por suas propriedades refratárias eresistência ao ataque de ácidos.

Ocorre nos municípios de Botuverá e Vidal Ramos, associada a falha-mentos e fraturas, no contato de rochas ultrabásicas e metamórficas do GrupoBrusque.

7.14 - Coríndon

Encontrado sob a forma de cristais milimétricos a centimétricos nos alu-viões associados às rochas arqueanas granulíticas no município de Barra Velha.

Apresenta a cor vermelha “rubi” e tem sua principal utilização comoabrasivo, sendo que poucos cristais possuem qualidade para serem utilizados naelaboração de jóias.

7.15 - Feldspatos

Os feldspatos são extraídos de pegmatitos granitóides que formam lentesou bolsões associados aos granitos intrusivos ou aos granitóides do embasamento.

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Os veios e filões mineralizados estão normalmente orientados no sentido nordes-te.

Sua alteração intempérica resulta em caulim.São utilizados na indústria cerâmica para abaixar o ponto de fusão da

massa cerâmica e também na fabricação de vidros opalescentes e pastas.Ocorrências consideráveis estão presentes nos municípios de Ilhota,

Blumenau, Pomerode, Nova Trento, Major Gercino e Camboriú associadas àssuítes intrusivas Pedras Grandes e Guabiruba.

7.16 - Filito

Rocha metamórfica de baixo grau, constituída principalmente por mus-covita, sericita, caulinita e quartzo. Por apresentar cor de queima clara, boa plas-ticidade, baixa retração e ser refratária é utilizada na indústria cerâmica.

Associada ao Grupo Brusque, ocorre expressivamente no município deItajaí.

7.17 – Galena

São pouco conhecidas as mineralizações de Chumbo na área de estudo,mas estão relacionadas a uma brecha tectônica silicificada, com pequena minera-lização de chumbo, zinco e cobre, associada à zona de falha entre as rochas doembasamento, cataclasitos do Complexo Luís Alves, e as rochas metamórficas doGrupo Brusque.

Ocorre principalmente na mina do ribeirão da Prata, no município deBlumenau, e nos municípios de Indaial e Ibirama.

7.18 - Granito Industrial e Basalto

Os granitos são as rochas com maior área de distribuição no leste do Es-tado. Estão agrupados em diferentes unidades litoestratigráficas, de acordo comsuas características mineralógicas, texturais, químicas, etc.

As principais ocorrências de granito situam-se nos municípios de Ibira-ma, Jaraguá do Sul e Benedito Novo, onde são exploradas como granito orna-mental.

Tanto os granitos como o basalto, constituem ainda matéria prima na in-dústria da construção civil, onde são utilizados como brita, material de revesti-mento, blocos, mourões, etc.

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7.19 – Hematita

As ocorrências de ferro em Santa Catarina apresentam uma distribuiçãoespacial e geológica bastante limitada. Estão associadas principalmente às rochasdo Complexo Luís Alves, de idade arqueana e com origem ligada às associaçõesvulcano- sedimentares do tipo formação ferrífera bandada (BIF).

Ocorrem principalmente nos municípios de Garuva, Joinville, Araquari,Barra Velha, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Piçarras, Blumenau, Ilhota e NovaTrento.

7.20 – Ilmenita

Mineral de Titânio, ocorre associado aos aluviões fluviais no municípiode Brusque, com concentrações que variam de 0,5 a 40% de TiO2. No municípiode Botuverá é conhecida uma jazida de Ilmenita associada ao Grupo Brusque;nos municípios de Guaramirim e Tijucas aparece como pequenas ocorrências semimportância econômica.

7.21 – Magnetita

Óxido de Ferro com propriedades magnéticas normalmente associado àHematita ocorre principalmente nos municípios de Garuva, Joinville, Barra Ve-lha, Luís Alves, Jaraguá do Sul e Blumenau. Estas ocorrências estão ligadas àsassociações vulcano-sedimentares, tipo formação ferrífera bandada (BIF) doComplexo Luís Alves.

7.22 – Mármore

Rochas calcárias metamorfizadas que são utilizadas como material de re-vestimento em construção civil. Estas rochas estão associadas aos xistos do Gru-po Brusque e podem ocorrer como “roof pendants” nos granitos das Suítes Intru-sivas Valsungana e Guabiruba.

Estas ocorrências se distribuem principalmente pelos municípios de Bal-neário Camboriú, Brusque e Vidal Ramos.

7.23 - Materiais de emprego imediato na construção civil

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Expressiva quantidade de materiais de uso imediato na construção civil,tais como: areias fluviais, saibros, cascalhos, além de rochas graníticas, gnaissese basaltos britados, vem sendo explorados ao longo de toda a área.

7.24 - Mica

Mineral relativamente comum nas rochas ígneas e metamórficas, apre-senta concentrações economicamente viáveis principalmente nos pegmatitos as-sociados ao Complexo Luís Alves. Utilizado principalmente como isolante térmi-co e elétrico. Ocorrências deste mineral foram relatadas nos municípios de Mas-saranduba, Luís Alves e Blumenau.

7.25 - Ouro

Um dos poucos minerais que ocorrem em estado nativo na natureza, oOuro pode ser obtido em depósitos primários, tais como veios auríferos, “stockworks”, em disseminações, nas mais diversas litologias e ambientes geológicos.Nos depósitos secundários, o Ouro está sob a forma de pepitas e “pintas”. Duasregiões apresentam as principais ocorrências de Ouro no Estado, uma no extremonordeste no município de Garuva e outra englobando as bacias hidrográficas dosrios Itajaí-Mirim e Itajaí-Açu nos municípios de Itajaí, Brusque, Guabiruba, Bo-tuverá, Vidal Ramos, Presidente Nereu, Ilhota, Gaspar, Blumenau e Indaial. Aslitologias mais promissoras à ocorrência de ouro na região são: as seqüênciasvulcano-sedimentares e terrígenas do Grupo Brusque; as seqüências basais doGrupo Itajaí; as seqüências sedimentares fluviais recentes e os terraços aluviona-res.

7.26 – Petróleo

Recentemente, estudos da Petrobrás revelaram a ocorrência de petróleona plataforma marinha defronte ao Estado de Santa Catarina, com perspectiva daexistência de estruturas com boa capacidade de reserva.

7.27 - Pirolusita

Sem expressão econômica, a Pirolusita, um dióxido de manganês, ocorreprincipalmente preenchendo fraturas, formando pequenos nódulos, nos municí-pios de Botuverá, Indaial, Brusque e Vidal Ramos associados aos xistos e filitosdo Grupo Brusque.

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7.28 – Quartzo

Mineral comum na natureza, principal constituinte das areias de praia,pode formar grandes cristais em pegmatitos, onde ocorre associado com feldspa-tos, micas, berilo, topázio e outros minerais. Forma ainda veios e filões de volu-me considerável, associado à Cassiterita, Wolframita e Fluorita. Sua principalutilização se dá na indústria cerâmica como componente da massa e esmalte,também como revestimento de moinhos. É ainda utilizado na indústria elétrica-eletrônica em função de suas propriedades peizoelétricas e óticas, bem como naindústria do vidro.

Na área em estudo, ocorre nos municípios de Blumenau, Ilhota e SãoBento do Sul.

7.29 – Wolframita

Principal minério de Wolfrâmio, tem sua utilização na produção de ligasespeciais de alta resistência, nas indústrias elétrica, química e cerâmica.

Encontrado normalmente em “filões hidrotermais de quartzo” comu-mente associados a maciços graníticos, constituídos ainda por Cassiterita, Mo-libdenita e Pirita. Ocorre ainda sob a forma de “greisens” e em filões pegmatíti-cos.

As mineralizações de Wolfrâmio ocorrem principalmente nos municípiosde Nova Trento e Guabiruba, associadas às suítes intrusivas Valsungana e Guabi-ruba.

7.30 - Xisto Grafitoso

Ocorre sob a forma de níveis individualizados nas seqüências metamórfi-cas do Grupo Brusque, com localização restrita. Tem sua utilização principal naindústria de lubrificantes. No município de Brusque já houve processo de lavraexperimental deste xisto.

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8 - DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Foto 1 - Vista panorâmica da serra do Quiriri, no Granito Morro Redondo.Proximidades da fazenda Quiriri, município de Garuva. Ao fundo, terrenosdo Complexo Luís Alves. Foto: Pedro Francisco Teixeira Kaul, 12/07/96.

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Foto 2 - Grande afloramento (pedreira) de granulito cataclástico do ComplexoLuís Alves, em zona de falha com direção aproximada N30E. Local: Alto daSerra, lateralmente à estrada SC-416, entre Pomerode e Járaguá do Sul, a cercade 20 km a SSW desta cidade. Foto: Pedro Francisco Teixeira Kaul, 07/08/96

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Foto 3 - Matacões do Granito Morro Redondo sobre afloramento deste maci-ço granítico. Proximidades da fazenda Quiriri, município de Garuva. Foto:Pedro Francisco Teixeira Kaul, 12/07/96.

Foto 4 - Biotita sienogranito rosa, maciço, equigranular, de gra-nulação fina (Granito Morro Redondo). Amostra de mão proce-dente de pequena pedreira próxima à rodovia BR-101, ± 4km aNW de Garuva. Foto: Pedro Francisco Teixeira Kaul, 10/12/96.

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Foto 5 - Granófiro cor de rosa, maciço. Amostra de mão do Grani-to Dona Francisca, procedente de matacão de uma encosta, junto aorio Cubatão, município de Joinville (região norte do maciço granítico).Foto: Pedro Francisco Teixeira Kaul, 10/12/96.

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Foto 6 - Folhelho cinza azulado e folhelho acastanhado,com intercalações de camadas de siltitos e de arenitos fi-nos, cinza acastanhados: Formação Mafra. Local: beirade estrada junto a represa da região de Alto Palmeiras,município de Rio dos Cedros. Foto: Pedro Francisco Tei-xeira Kaul, 06/08/96.

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