PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS...
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1
PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS
HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS
CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
OTCA / GEF / PNUMA
GEF-AMAZONAS
Subprojeto III. 2. Prioridades Especiales sobre la Adaptación
Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta
Relatório Final:
Belém/PA
Fevereiro – 2015
Fundo para o Meio
Ambiente Mundial
Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica
Grupo de Estudos
Marinhos e Costeiros
Universidade Federal
do Pará
2
PROJETO GESTÃO INTEGRADA E
SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS
TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO
AMAZONAS CONSIDERANDO A
VARIABILIDADE E AS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
OTCA / GEF / PNUMA
GEF-AMAZONAS
Subprojeto III. 2. Prioridades Especiales sobre la Adaptación
Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta
Relatório Final
Produto 1:
Banco de Dados Geográfico, Bases cartográficas, banco de imagens de satélites a serem
utilizadas, fichas técnicas das imagens, fonte de dados, os procedimentos metodológicos.
Produto 2:
Mapas temáticos, Cartas-imagens do meio físico e Contribuição na elaboração do Relatório
Técnico.
Produto 3:
Mapas temáticos, Cartas-imagens do meio socioeconómico, Contribuição na elaboração do Relatório
Técnico.
Coordenador
Maâmar El Robrini
Consultora
Piera Brenda Coelho Amora
Belém/PA
Fevereiro – 2015
3
PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS
HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS
CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
OTCA / GEF / PNUMA
GEF-AMAZONAS
Subprojeto III. 2. Prioridades Especiales sobre la Adaptación
Atividade III.2.3. Adaptation to Sea Level Rise in the Amazon Delta
OBJETIVO GERAL DO SUBPROJETO:
Executar operações utilizando Sistemas de informações Geográficas para armazenar, manipular e
realizar análises espaciais utilizando dados espaciais e alfanuméricos de bases cartográficos
confiáveis, elaboradas para a bacia hidrográfica do Arquipélago do Marajó.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO SUBPROJETO:
- Criar uma base de dados espaciais e alfanuméricos para avaliação da dinâmica costeira;
- Produzir mapas temáticos para as bacias hidrográficas do Arquipélago do Marajó;
- Participar de trabalhos de campo para obtenção de dados in loco;
- Pesquisar e sistematizar base de dados georreferenciados relativos à bacia hidrográfica do
Amazonas e do Arquipélago do Marajó.
OBJETIVO DO PRESENTE DOCUMENTO:
Organizar e sistematizar as informações adquiridas no período de vigor do projeto, referente a
elaboração de dados cartográficos e relatórios técnicos produzidos para o projeto.
4
Sumário
INTRODUÇÃO. ........................................................................................................................... 5
METODOLOGIA. ........................................................................................................................6
ORGANOGRAMA. ......................................................................................................................7
1 – DADOS CARTOGRÁFICOS. ............................................................................................. 8
1.1 – BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO. .................................................................... 8
1.2 – ESTRUTURA DO (GDB). ........................................................................................8
1.3 – BASE CARTOGRÁFICA. .....................................................................................10
1.4 – BANCO DE IMAGENS (SATÉLITE E RADAR). ................................................12
1.5 – PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS. ............................................................13
1.6 – SITUAÇÃO DO MAPEAMENTO NA AMAZÔNIA. ...........................................14
1.7 – LEVANTAMENTO DE DADOS ALTIMÉTRICOS. ...........................................18
2 – MAPEAMENTO, QUANTIFICAÇÃO, E CLASSIFICAÇÃO DE LINHA COSTEIRA
NA ILHA DO MARAJÓ - PA .................................................................................................... 19
2.1 – LINHA DE COSTA. ............................................................ ...................................19
3 – AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO NAS MARGENS LESTE E NORTE
DA ILHA DO MARAJÓ-PA. . ................................................................................................... 23
3.1 – INFORMAÇÕES SOBRE O CAMPO (SALVATERRA E SOURE). ...................23
3.2 - INFORMAÇÕES SOBRE O CAMPO (CHAVES E AFUÁ). .................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS. ................................................................................................... 25
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .....................................................................................26
5
INTRODUÇÃO
Segundo Toledo e Fisch (2006), o avanço Tecnológico na representação do espaço
possibilitou não somente a ampliação do uso de informações cartográficas já existentes (cartas
planialtimétricas e levantamentos aero fotográficos) como também a integração dessas com
novas tecnologias tais como os sistemas de posicionamento global – GPS, atualmente, sensores
sofisticados sejam aerotransportados ou satélites utilizados para a obtenção de imagens, scanners
de alta resolução que permitem a transformação de cartas em papel em formato digital aumentam
a quantidade de dados analisados, de forma a permitir um melhor entendimento dos processos
naturais e antrópicos em escalas mais amplas. Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs)
permitem realizar analises espaciais, criar uma relação topológica entre os elementos gráficos
além de permitir uma descrição de suas entidades: pontos, linhas e polígonos. Dessa forma, os
SIGs possibilitam a associação dos dados espaciais com atributos observados em campo. Assim
o projeto visa coletar, analisar e criar dados geográficos e/ou cartográficos referente a ilha de
Marajó situada no estado do Pará.
A organização do banco de dados e aquisição de dados é essencial para a produção de
mapas e cartas. No entanto os dados cartográficos disponíveis em sites oficiais para ilha do
Marajó ainda são muito limitados e com escalas desproporcionais para que se faça uma análise
mais criteriosa, como é o caso da variação de linha de costa ou mesmo para análise das
comunidades encontradas nessa região.
Assim o projeto aqui presente faz uma análise da variação do nível do mar e suas
consequências para a população que habita a costa Leste e Norte na ilha do Marajó, tendo como
referência a comparação da linha de costa para os anos de 2001 e 2014.
6
METODOLOGIA
Para realização deste relatório foi necessário, a subdivisão da pesquisa em três momentos
apresentados em forma de produtos:
1 - Banco de Dados Geográfico, Bases cartográficas, banco de imagens de satélites a serem
utilizadas, fichas técnicas das imagens, fonte de dados, os procedimentos metodológicos.
O primeiro produto foi o momento da aquisição e elaboração dos dados cartográficos e
imagens de satélite e sua organização através de um banco de dados geográfico.
2 - Mapas temáticos, Cartas-imagens do meio físico e Contribuição na elaboração do Relatório
Técnico.
O segundo produto foi o momento de elaboração de plantas e mapas referente as
características físicas da ilha do Marajó. Para isso foi elaborado um mapa com dados da variação
de linha de costa (contato da faixa de areia com vegetação e faixa de areia com falésias), tendo
como referência temporal o período de quatorze anos (2001 – 2014) utilizando como base as
imagens LandSat.
3 - Mapas temáticos, Cartas-imagens do meio socioeconómico, Contribuição na elaboração do
Relatório Técnico.
O terceiro momento foi aquisição e elaboração de informações socioeconômicas dos
moradores das comunidades costeiras nas margens Norte e Leste da ilha do Marajó, para
desenvolver essa etapa foi necessário a aplicação de questionários em algumas comunidades.
Durante o período de pesquisa foram realizados dois trabalhos de campo, o primeiro na
margem Leste nos municípios de Soure e Salvaterra e posteriormente na Margem Norte nos
municípios de Chaves e Afuá, a fim de levantar dados referentes a variação da linha de costa e
aplicar os questionários socioeconômicos.
Após a realização dos campos foi possível gerado os mapas de variação da linha de costa e
relatórios referente aos dados socioeconômicos.
7
Dados Cartográficos
Aquisição de dados cartograficos disponiveis em
sites oficiais
Validação dos dados cartográficos
Recorte para o limite da área do projeto
Elaboração de questionérios socioeconomicos para serem aplicados nas
comunidades costeiras das margens Leste e Norte
Trabalho de Campo na Margem Norte
Aplicação de questionários socioeconomicos com a
população das comunidades costeiras
Confecção de relatório socieconomico
validação das áreas de acreção e regreção e
realização de fotografias
Trabalho de Campo na Margem Leste
Aplicação de questionários socioeconomicos com a
população das comunidades costeiras
Confecção de relatório socieconomico
caminhamento, levantamento de pontos
para validação das áreas de acreção e regreção e
realização de fotografias
Elaboração de mapas validados referente as áreas com acreção e
regreção
Organização do Banco de dados Geográfico (GDB)
Vetorização da linha de costa utilizando imagens
LandSat 5Tm (2001) e LandSat8 (2014)
Sobreposição das Linhas de Costa e transformação em
poligonos
Elaboração de mapas identificando as áreas com acreção e regreção na ilha
do Marajó
Quantificação das áreas com acresção e regreção
Sistematização das informações cartograficas disponoíveis no banco de
dados Geográfico
Confecção de mapas temáticos sobre o meio
físico do Marajó (Hidrografia, uso do solo,
vegetação etc.)
Aquisição de imagens de Satélite e Radar
Composição RGB e Georreferenciamento
ORGANOGRAMA
8
1 – DADOS CARTOGRÁFICOS
1.1 – BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS.
O Banco de dados geográfico utilizado para o armazenamento consulta e manipulação de
informações geográficas e dados vetoriais, neste projeto está pautado na estrutura de
Geodatabase (GDB), pois este tem a função de Integrar todos os dados geográficos de uma
organização em um único ambiente, podendo ser classificado como Pessoal ou multe usuários de
acordo com a necessidade do trabalho que será aplicado. Para este projeto foi desenvolvido o
banco de dados pessoal que possui a extensão MDB (um formato usado pelo Microsoft Access) e
pode ser lido por múltiplas pessoas ao mesmo tempo, mas editado por somente uma pessoa por
vez. Um Geodatabase pessoal tem um tamanho máximo de 2 GB e armazena dados vetoriais.
As vantagens de usar um Geodatabase em comparação com a utilização de arquivos individuais
como o shapefile podemos citar: Gerenciamento de dados espaciais de forma centralizada;
conjuntos de feições contínuos; geometria de feições avançadas; suporte COGO; subtipos de
feições; topologia flexível, baseada em regras; edição de dados mais precisa; anotações ligadas a
feições; feições personalizadas; redes geométricas; referenciamento linear; controle de versões;
edição desconectada; suporte a UML e ferramentas CASE.
1.2 - ESTRUTURA DO (GDB).
O banco de dados geográfico para este trabalho foi Organizado em formato Geodatabase
(GDB), que consiste em agrupar dados vetoriais em um único ambiente, os demais dados foram
organizados em pastas utilizando a seguinte estrutura.
Figura 1 – Estrutura do banco de dados.
Na pasta CAD, estão armazenados os dados produzidos em formato CAD.
9
A pasta DADOS possui três subpastas: LOGOS, MAPAS e OUTROS. Onde
foram armazenadas as logomarcas utilizadas pelo projeto, os mapas elaborados
durante o período de entrega do primeiro produto e a pasta outros que consiste no
armazenamento de outros documentos (planilhas, gráficos, tabelas etc.) que
possivelmente serão elaborados durante o período vigente do projeto.
Em DOCUMENTOS são armazenados os documentos elaborados durante o
período vigente do projeto (relatórios, roteiros de entrevistas etc.).
Em FOTOS são armazenadas a fotos realizadas durante os trabalhos de campos a
fim de subsidiar o trabalho cartográfico.
A pasta PROJETOS.mxd contem todos os projetos realizados no ArcGis 9.3, esta
pasta será constantemente alimentada, pois a cada trabalho um novo projeto será
desenvolvido.
Em RASTER, estão armazenadas todas as imagens de satélite e de radar
utilizadas para o desenvolvimento dos trabalhos.
O Geodatabase (GDB) CARTOGRAFIA, está organizado em Feature Dataset, que
divide os dados vetoriais em categorias. Como podemos ver na figura abaixo.
Figura 2 – Estrutura das Feature Dataset, no Geodatabase
AMEÇAS AO MEIO AMBIENTE: estão armazenados os dados que
possivelmente tem relação com dados de degradação ambiental.
BIÓTICOS: dados relacionados ao meio ambiente como, vegetação,
biorregiões, unidades de conservação etc.
10
FÍSICOS: dados que possuem características do meio físico como: geologia,
geomorfologia, relevo etc.
HIDROGRAFIA: refere-se aos dados relacionados ao meio aquático como.
Bacias Hidrográficas, rios, lagos etc.
INFRAESTRUTURA: dados de rodovias, ferrovias, portos etc.
LIMITES: dados referentes aos limites estaduais, municipais, federais etc.
SOCIOECONÔMICOS: dados relacionados aos meios socioeconômicos e
populacionais.
As Feature Dataset por sua vez estão divididas em Feature Class, que são os dados
utilizados nos Sistemas de informação Geográfica (SIGs). Nesse primeiro momento utilizou-se
principalmente o ArcGis 9.3 para a execução de tarefas geográficas.
Imagem 03 – Estrutura das Features Class
1.3 – BASE CARTOGRÁFICA.
É uma estrutura espacial de dados de referência, consistente com um Sistema de
Referencia Geográfica (SGR), constituindo-se em ferramenta essencial para a geração,
compatibilização e gestão das informações espaciais. O trabalho aqui presente utilizou como
fundamento as bases cartográficas de institutos oficiais como: Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Agencia Nacional de Águas (ANA)
etc.
11
Tabela 01 – Sistematização dos dados Cartográficos
BANCO GEODATABASE
DADOS CARTOGRÁFICOS
PASTAS DADOS SISTEMA DE
COORDENADAS
PROJETADAS
PROJEÇÃO FONTE AN
O
TIPO
AMEAÇAS AO
AMBIENTE
ÁREA SUJEITA A
INUNDAÇÃO
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ÁREAS PRIORITÁRIAS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator MMA POLÍGON
O
BIÓTICOS BANHADOS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS BIORREGIÕES WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator MMA POLÍGON
O
BIÓTICOS ECOSSISTEMA
LITORAL
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA POLÍGON
O
BIÓTICOS MANGUE WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA POLÍGON
O
BIÓTICOS VEGETAÇÃO WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA AVES WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA
BENTOS
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA
ELASMOS
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA
ESTUÁRIO
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA
MAMÍFEROS
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA
PEIXES
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
BIÓTICOS ZONA COSTEIRA
QUELÔNIOS
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator IBAMA\MMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS APTIDÃO AGRÍCOLA WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator MMA POLÍGON
O
FÍSICOS BANCO DE AREIA WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS GEOLOGIA WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS GEOMORFOLOGIA WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS ILHAS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS PEDOLOGIA WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS RELEVO WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
FÍSICOS SOLOS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
HIDROGRAFIA BACIAS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator ANA POLÍGON
O
HIDROGRAFIA BACIA_HIDROGRÁFIC
A
WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator ANA POLÍGON
O
HIDROGRAFIA HIDROGRAFIA WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator ANA LINHA
HIDROGRAFIA RIOS_100.000 WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 LINHA
HIDROGRAFIA RIOS PERMANENTES WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 LINHA
HIDROGRAFIA SUB-BACIAS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator ANA POLÍGON
O
INFRAESTRUTUR
A
FAROL WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
INFRAESTRUTUR
A
LOCALIDADES WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
INFRAESTRUTUR
A
NUCLEOS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
INFRAESTRUTUR
A
PORTOS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
INFRAESTRUTUR
A
POVOADOS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
INFRAESTRUTUR
A
RODOVIAS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 LINHA
INFRAESTRUTUR
A
RODOVIAS 2 WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 LINHA
INFRAESTRUTUR
A
SEDES MUNICIPAIS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
INFRAESTRUTUR
A
VILAS WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 PONTO
12
LIMITE LIMITE MARAJÓ WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
LIMITE MUNICÍPIOS MARAJÓ WGS_1984_UTM_Zone_22
S
Transverse_Mercator SISCOM/IBAMA 2007 POLÍGON
O
1.4 – BANCOS DE IMAGENS (SATÉLITE E RADAR).
Para compor o banco de imagens e utiliza-las durante o período de processamento e
avaliação dos dados, as imagens foram adquiridas em sites oficiais.
As imagens Ladsat- 5 TM, disponíveis no banco de imagens do site do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE)1 foram utilizadas para fazer análise histórico-temporal da região
do Marajó, As imagens (ou cenas) LANDSAT-TM cobrem cada uma, uma área de 185 x 185
km, equivalente a 28 segundos de dados, Cada pixel da imagem tem uma resolução espacial de
30 metros (isto é, representa um quadrado no solo de 30 metros de lado), com exceção da banda
6, que tem uma resolução espacial de 120 metros.
As imagens Landsat-8 estão disponíveis gratuitamente no site da USGS2, essas imagens
serviram de base para a elaboração, avaliação e validação dos dados cartográficos depois de
georreferenciadas, foram utilizadas nesse primeiro produto também para compor o banco de
imagens. Assim como as Landsat – 5TM, elas possuem resolução espacial de 30 m, no entanto,
seu satélite entrou em orbita no ano de 2013 por isso possui imagens mais atualizadas. O
tamanho aproximado da cena Landsat-8 é de 170 km ao norte-sul por 183 km a Leste-Oeste.
Já as imagens de Radar também conhecidas como imagens- SRTM foram adquiridas no
banco do EMBRAPA3 e são uteis principalmente para extrair curvas de níveis.
Tabela 2 – ficha técnica das imagens Landsat-8
IMPRINT OF IMAGES LANDSAT-8
Landsat scene ID LC82240602014186LGN00 LC82240612014186LGN00 LC82250602013270LGN00
Caminho WRS 224 224 225
WRS Row 60 61 60
Target WRS Path 224 224 225
Target WRS Row 60 61 60
Nadir Off Nadir NADIR NADIR NADIR
Full or Partial Scene FULL FULL FULL
Data Category NOMINAL NOMINAL NOMINAL
Roll Angle -0,001 -0,001
Station Identifier LGN LGN LGN
Day/Night DAY DAY DAY
Data Type Level 1 Level 1T Level 1T Level 1T
Sensor Identifier OLI_TIRS OLI_TIRS OLI_TIRS
1http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
2 http://landsat.usgs.gov/
3 http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/
13
Date Acquired 05/07/2014 05/07/2014 27/09/2013
Start Time 2014:186:13:28:25.4850525 2014:186:13:28:49.4852949 2013:270:13:36:39.4899939
Stop Time 2014:186:13:28:57.4853757 2014:186:13:29:21.4856121 2013:270:13:37:11.4903111
Image Quality 9 9 9
Scene Cloud Cover 10,79 11,18 9,23
Sun Elevation 54,43501489 53,31407433 65,78477105
Sun Azimuth 48,31710602 47,05564819 94,46818789
Geometric RMSE
Model X
6,172 5,999 8,703
Geometric RMSE
Model Y
6,93 5,93 5,876
Browse Exists Yes Yes Yes
Center Latitude 0°00'00.25"S 1°26'47.54"S 0°00'00.76"N
Center Longitude 49°07'21.29"W 49°25'48.07"W 50°39'26.89"W
NW Corner Lat 1°02'51.18"N 0°23'55.57"S 1°02'51.40"N
NW Corner Long 49°46'29.75"W 50°04'56.75"W 51°18'35.68"W
NE Corner Lat 0°41'17.41"N 0°45'29.70"S 0°41'19.97"N
NE Corner Long 48°06'04.03"W 48°24'29.92"W 49°38'11.11"W
SE Corner Lat 1°03'17.06"S 2°30'03.67"S 1°03'15.16"S
SE Corner Long 48°28'16.36"W 48°46'40.33"W 50°00'21.64"W
SW Corner Lat 0°41'31.60"S 2°08'17.59"S 0°41'32.14"S
SW Corner Long 50°08'41.89"W 50°27'11.74"W 51°40'45.91"W
Center Latitude dec -0,00007 -1,44654 0,00021
Center Longitude dec -49,12258 -49,43002 -50,65747
NW Corner Lat dec 1,04755 -0,39877 1,04761
NW Corner Long dec -49,77493 -50,08243 -51,30991
NE Corner Lat dec 0,68817 -0,75825 0,68888
NE Corner Long dec -48,10112 -48,40831 -49,63642
SE Corner Lat dec -1,05474 -2,50102 -1,05421
SE Corner Long dec -48,47121 -48,77787 -50,00601
SW Corner Lat dec -0,69211 -2,13822 -0,69226
SW Corner Long dec -50,14497 -50,45326 -51,67942
1.5 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.
Para a elaboração da primeira parte do relatório, primeiro foi feito um levantamento de
dados cartográficos em formato shape file (SHP) disponíveis nos órgãos oficiais, identificado e
adquirido os dados, o segundo passo foi o recorte para a área de interesse no caso desse projeto o
limite da ilha do Marajó - PA. O terceiro passo foi a aquisição das imagens de satélite e radar
que serviram de base para a validação dos dados adquiridos, os relatórios disponíveis por estes
institutos também serviram para a correção dos dados cartográficos.
Em um segundo momento, depois que os dados já haviam sido verificados e corrigidos
foram agrupados no Geodatabase e organizados em Feature Dataset compostos por Feature
14
Class, ou seja, o que antes era organizado em vários arquivos em formato (SHP), agora estão
armazenados em formato de arquivo único.
E para finalizar a primeira etapa, foram elaborados mapas temáticos para a região do
Marajó, tais como: Mapa de Vegetação, Biorregiões, Pedologia, Uso e Ocupação do Solo,
Curvas de nível, Hidrografia entre outros.
Figura 6 - Sistematização do trabalho elaborado na primeira etapa.
1.6 – SITUAÇÃO DO MAPEAMENTO NA AMAZÔNIA.
Segundo informações da Diretoria de Serviços Geográficos (DSG, 2014), a Amazônia
Legal possui uma área total de 5,2 milhões de km2, dos quais cerca de 1,8 milhões de km
2 não
possuem, até hoje, informações cartográficas terrestres adequadas, sendo conhecida como região
do “vazio cartográfico”. A região Amazônica sempre foi um grande desafio para a Cartografia
Brasileira, devido aos seguintes fatores: a grande extensão territorial, as incipientes condições de
acessibilidade terrestre, a densa camada de floresta tropical que cobre a região, a presença
constante de nuvens e pelas condições climáticas adversas que dificultam e, por vezes, impedem
as operações no terreno e os tradicionais métodos de recobrimentos aerofotogramétricos, bem
como o imageamento por satélites ópticos.
Nesse contexto, todos os documentos cartográficos disponíveis da Amazônia Legal não
representam as feições plani-altimétricas no nível do solo, e sim no nível da copa das árvores, em
virtude da inexistência de tecnologia de aerolevantamento viável para extensas regiões de
Levantamento de dados cartográficos (IBGE, ANA, IBAMA ,
MMA etc.)
Recorte dos dados adquiridos para a área de interesse
(Limite do Marajó)
Aquisisão das Imagens de Sátelite e Radar
(georreferenciamento e
Validação dos dados)
Agrupamento dos dados em
Geodatabase (GDB)
Elaboração de produtos
cartograficos
15
floresta tropical densa, no final da década de 1970 e no início dos anos 1980, período que foi
executado o aludido mapeamento.
De acordo com (DSG, 2014), devido aos motivos citados, bem como à inviabilidade
técnico-econômica das operações cartográficas, usando os recursos tecnológicos disponíveis até
recentemente, o mapeamento da região encontra-se constituído da seguinte forma: Cartas
Preliminares (planimétricas) e Cartas-Imagem, na escala de 1:250.000, baseadas em imagens do
satélite óptico Landsat (EUA) ou do antigo Projeto RADAM (RADar na AMazônia), este da
década de 70, complementadas por algumas informações obtidas diretamente no terreno,
contendo a representação das feições do terreno, em áreas de floresta densa, apenas no nível da
copa das árvores e não no nível do solo, como seria desejável.
Figura 7 – Área de vazio cartográfico na escala 1:100.000 na região da Amazônia Legal.
Fonte: DSG/IBGE,2014
Atualmente vem sendo colocado em pratica um novo projeto de mapeamento da
Amazônia que deve ser concluído até 2017, segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema
de Proteção da Amazônia (Censipam), O Projeto Cartografia da Amazônia foi lançado em 2008
e visa a atualizar e concluir as cartografias terrestre, geológica e náutica dos 35% da Região da
Amazônia sem informações na escala de 1:100.000, que são mais detalhadas (Censipam). O
novo projeto conta com a utilização de radares mais modernos para superar a dificuldade
relacionada à constante presença de nuvens na região. O emprego de Radares de Abertura
Sintética (SAR), orbitais ou aerotransportados tem vantagens em relação aos sensores ópticos:
independência do sol como fonte de iluminação dos alvos e a capacidade de ultrapassar as
16
nuvens permitindo assim, sob condições atmosféricas desfavoráveis, o imageamento e a
obtenção da topografia do terreno, por intermédio do emprego da técnica da interferometria
SAR, para a geração de Modelos Digitais da Superfície (MDS), no nível da copa das árvores, ou
de Modelos Digitais do Terreno (MDT) no nível do solo. A área mapeada tem como finalidade
de obtenção de arquivos digitais, nas escalas 1:50.000 e 1:100.000. Como podemos verificar na
figura 8.
Figura 8 – Áreas de floresta e não-floresta para o vazio cartográfico na escala 1:100.000 na região da
Amazônia Legal.
Fonte: DSG -2014
No entanto o projeto para nova cartografia na Amazônia, ainda não foi concretizado, por
isso, os dados cartográficos oficiais disponíveis possuem uma defasagem temporal muito
significativa de aproximadamente 30 anos. Quando esses dados são trabalhados em uma escala
maior que 1:100.000, os dados cartográficos precisam ser ajustados. Para fazer esse ajuste são
usadas imagens ópticas (imagens de satélite) ou de radar. Tabela 1.
Tabela 3 - Imagens de Satélite (Radar)
Satélites Lançamento Disponível até Resolução espacial (m) Resolução
Temporal
Faixa Imaginada
TERRASAR-X Junho de 2007 Atualmente
disponível
0,25 m, 1,0 m, 3,0 m, 18,5 m, 40,0 m
de acordo com o modo de operação.
3 dias _
ERS 1 E 2 Julho de 1991 Setembro de 2008 25 m 35 a 176 dias 100 km
ALOS PALSAR Janeiro de 2006 Maio de 2011 24 m _ _
Radarsat-1 E 2 Novembro de 1995
Março de 2013 30 M 821 KM
Fonte: EngeSat/INPE 2014
Algumas imagens são ofertadas gratuitamente pelo Instituto de pesquisas Espaciais
(INPE), outras imagens devem ser adquiridas em empresas especializadas ou representantes. A
17
diferença entre essas imagens está na resolução, pois as imagens comercializadas possuem alta
resolução. Como podemos ver na tabela abaixo.
Tabela 4 – Características de Satélite/Sensores ópticos
Satélites Lançamento Disponível até Resolução
espacial (m) Sensores
Área
imageada
(km)
Resolução
Temporal Qualidade
Landsat 1 Julho de 1972 Janeiro de1978 80 m MSS e RBV 185 km 18 dias Baixa
resolução
Landsat 2 Janeiro de1975 Janeiro de1982 80 m MSS e RBV 185 km 18 dias Baixa
resolução
Landsat 3 Março de 1978 Março de 1983 80 m MSS e RBV 185 km 18 dias Baixa
resolução
Landsat 5 Julho 1982 Janeiro de 2013 30 m TM 185 km. 16 dias Baixa
resolução
Landsat 7 Abril de 1999 Maio de 2003 30 m ETM 185 km. 16 dias Baixa
resolução
Landsat 8 Fevereiro de 2013 Atualmente em
operação 30 m OLI 185 km. 16 dias
Media
resolução
CBERS2 e CBERS2-B _ _ 20 m CCD - (Couple Charged
Device) 113 km 26 dias
Baixa
resolução
CBERS2 _ _ 80 m IRMSS - (InfraRed
MultiSpectral Scanner) 120 km 26 dias
Baixa
resolução
CBERS2 e CBERS2-B _ _ 260 m WFI - (Wide Field
Imager) 890 km 3 - 5 dias
Baixa
resolução
CBERS2-B _ _ 2.7 m HRC - (HRC - High
Resolution Camera) 27 km 130 dias
Baixa
resolução
IRS-1C; IRS-1D e
RESOURCESAT-1 _ _ 23,5 m LISS-III 141 km 24 dias
Media
resolução
IRS-1C; IRS-1D e IRS-
P3 _ _ 189 m WIFS 810 km 5 dias
Baixa
resolução
SPOT 1, 2 e 3
Fevereiro de 1986,
Janeiro de1990 e
Setembro de1993.
_ 20 m HRV 120km 26 dias Baixa
resolução
Spot 4 Março 1988 _ 10 m HRV 120km 26 dias Media
resolução
Spot 5 Maio de 2002 _ 10 m HRV 120 km 26 dias Media
resolução
UK DMC-2 Setembro de 2003 Atualmente em
operação 32 m DMC-2 650 km 3 dias
Baixa
resolução
ASTER Dezembro de 1999 Atualmente em
operação 15 m/30m/90m VNIR/SWIR/TIR 60 km 16 dias
Baixa
resolução
TH 1 Agosto de 2010 Atualmente em
operação 10 m _ 60 km 5 dias
Media
resolução
ALOS AVNIR Janeiro de 2006 Maio de 2011 10 m _ 70 km 46 dias Media
resolução
FORMOSAT 2 Maio 2004 Atualmente em
operação 8 m _ 24 km 1 dia
Media
resolução
DEIMOS-1 Julho de 2009 Atualmente em
operação 22 m _ 25 km 3 dias
Media
resolução
SPOT 6 e 7 Setembro de 2012 Atualmente em
operação 6 m _ 60 km 1 dia Alta resolução
ALOS PRISM Janeiro de 2006 Maio de 2011 2.5m _ 35km 46 dias Alta resolução
KOMPSAT 2 Julho de 2006 Atualmente em
operação 4m _ 15 km 41 dias Alta resolução
KOMPSAT 3 Maio de 2012 Atualmente em
operação 2.8 m _ 15 km 41 dias Alta resolução
RAPID EYE Agosto de 2008 Atualmente em
operação 5 m _ _ 5 dias Alta resolução
QUICK BIRD Outubro de 2001 Atualmente em
operação 0.6 m _ 16,8 km 6 dias Alta resolução
IKONOS Setembro de 1999 Atualmente em
operação 1 m _ 11.3 km 3 dias Alta resolução
WORLD VIEW 2 Outubro de 2009 Atualmente em
operação 2 m _ 164 km 4 dias Alta resolução
GEOEYE Setembro de 2008 Atualmente em
operação 2 m _ 152 km 3 dias Alta resolução
PLEIADES 1A E 1B Dezembro de 2012 Atualmente em
operação 0.5 m _ 20 km 1 dia Alta resolução
Fonte: EngSat/INPE - 2014
18
1.7 - LEVANTAMENTOS DE DADOS ALTIMÉTRICOS PARA A AMAZÔNIA
As curvas de nível são linhas que ligam pontos na superfície do terreno, que tenham a
mesma cota, ou seja, a mesma altitude, sendo esta uma forma de representação gráfica de
extrema importância. As curvas de nível são representadas em uma planta abrangendo uma área,
o que nos permiti uma visão imaginária geral da sinuosidade do terreno.
Segundo Druzina (2007), Entre as técnicas de aquisição de dados altimétricos
disponíveis pode-se citar: a Topografia, a Fotogrametria, o Sensoriamento Remoto e a
Interferometria de Radar. A metodologia utilizada na geração de um Modelo Digital de
Elevação, mesmo que acompanhada com rigorosa atenção pelo usuário, pode apresentar alguns
problemas difíceis de serem quantificados, como por exemplo: a presença de nuvens e sombras
em imagens de sensores orbitais passivos, a generalização de curvas de nível em regiões com
relevo íngreme e o tamanho da amostra de pontos necessária para a geração de um modelo mais
próximo da realidade. Nenhuma técnica existente até hoje está isenta de erros e a pretensão de se
chegar ao verdadeiro valor de uma grandeza medida é contrariada quando consideramos a
influência de condições ambientais adequadas, a falibilidade humana e a imperfeição no
equipamento.
Devido à grande complexidade dos métodos empregados e a outros problemas de ordem
técnico-financeira, grande parte das cartas plani-altimétricas está desatualizada, fato que
compromete a utilização das mesmas. Atualmente, as informações topográficas são largamente
extraídas a partir de modelos digitais de elevação, como por exemplo, as imagens do Shuttle
Radar Topography Mission (SRTM).
A partir dessas informações foi possível gerar um mapa de Altimetria para a ilha do
Marajó identificando as áreas com maior ou menor altitude de acordo com o nível do mar.
19
Mapa 1 – Altimetria da Ilha do Marajó áreas com até 5 m
Fonte: SRTM (EMBRAPA, 2014)
2 – MAPEAMENTO, QUANTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE LINHA COSTEIRA
NA ILHA DO MARAJÓ – PA.
2.1 – LINHA DE COSTA.
Segundo França e Souza Filho (2003), A aplicação do sensoriamento remoto e SIG, nos
estudos das mudanças costeiras de médio período, constitui uma das mais importantes técnicas
para registrar, monitorar, mapear e comparar áreas em diferentes locais, sujeitas a recuo e
acreção da linha de costa, nas últimas décadas. Assim o trabalho foi baseado na comparação e
analise de cinco imagens Landsat 5 TM para o ano de 2001 disponibilizadas no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e três imagens Landsat 8 para o ano de 2014,
disponibilizadas no site da Science for a changing world (USGS). Abrangendo uma escala
temporal de 14 anos. Detalhes das características das imagens podem ser observadas na tabela 5.
Tabela 5 – Características das imagens LandSat (TM 5, 8)
Satélite/Sensor Orbita/Ponto Data Hora Resolução
espacial Bandas
LANDSAT 5
TM 223/60 20/03/2001 13:04 30m 3,4,5
LANDSAT 5
TM 225/60 24/07/2001 13:15 30m 3,4,5
LANDSAT 5
TM 224/60 02/08/2001 13:09 30m 3,4,6
LANDSAT 5
TM 224/61 02/08/2001 13:09 30m 3,4,7
LANDSAT 5 223/61 11/08/2001 13:03 30m 3,4,8
20
TM
LANDSAT 8 224/60 05/07/2014 13:28 30m 4,5,7
LANDSAT 8 224/61 05/07/2014 13:28 30m 4,5,7
LANDSAT 8 225/60 27/09/2013 13:37 30m 4,5,7
Fonte: INPE/USGS, 2014
O tratamento e processamento das imagens foram realizados no programa ArcGis 9.3. As
imagens Landsat 8 precisaram passar por uma correção em seu sistema de coordenadas já que no
formato original possui sistema baseado na Latitude Norte, e como a área do estudo abrange a
Latitude Sul, houve a necessidade de fazer essa conversão.
Para todas as imagens Landsat 5 TM foram utilizadas as composições coloridas com as
bandas 3, 4 e 5, combinação 4R5G3B. Para as imagens Landsat 8 foram utilizadas as bandas 4,
5, e 7 com a combinação 4R5G7B.
Para melhor visualização e avaliação as cenas de satélite correspondente a cada ano de
coleta foram unidas em apenas uma cena geral. Esse processo foi possível através da ferramenta
Mosaic To New Raster, utilizando o programa ArcGis 9.3. A partir dessa aquisição as cenas
foram enquadradas em áreas menores, para melhor visualização e digitalização dessas áreas
correspondente a linha de costa. Como podemos verificar nos mapas abaixo.
Mapa 2 – Cena Landsat 5 TM (2001) e suas respectivas divisões.
21
Mapa 3 – Cena Landsat 8 (2014) e suas respectivas divisões.
Para melhor vetorização e visualização a área do estudo foi subdividida em áreas menos,
ou seja, utilizou-se imagens em escalas menores, comparando as cenas do ano de 2001 e 2014.
Figura 9 – Subdivisões das Cenas Landsat (5 TM e 8) para os anos de 2001 e 2014.
22
Fonte: INPE, 2001/2014
De acordo com França e Souza Filho (2003), o melhor geoindicador adotado para
delimitar a linha de costa do Estado do Pará é a posição da linha costeira, tida como sizígia, por
ser considerado o mais preciso e o mais facilmente reconhecido em trabalhos de campos e em
produtos de sensores remotos, utilizado principalmente para estudar as zonas costeiras úmidas,
dominadas por macro-marés. Por isso essa linha de maré alta sizígia estabelece os limites da
vegetação permanente de manguezais ou a interface dessas com unidades morfológicas tais
como, os cordões arenosos de praias e dunas, canais de maré, estuários etc. Assim o movimento
da linha de costa fornece um registro indicando a direção das mudanças e dos setores costeiros
tanto para erosão como acreção.
Através da interpretação e digitalização visual, traçaram-se para cada imagem os limites
externos, delimitados pela linha de maré alta de sizígia (linha de costa), no caso da região do
Marajó correspondem: a) a linha de contato entre as áreas de areia das praias e a vegetação b) a
linha de falésias em contato com os cordões arenosos (praias). c) o contato das falésias com a
água.
23
3 – AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO NAS MARGENS LESTE E NORTE
DA ILHA DO MARAJÓ - PA
3.1 - INFORMAÇÕES SOBRE O CAMPO (SALVATERRA E SOURE)
O levantamento de campo foi realizado em novembro de 2014, em comunidades
localizadas nos municípios de Salvaterra e Soure situados na região do Marajó – PA. O objetivo
deste campo foi fazer uma analise da paisagem com relação ao possível avanço do mar sobre as
áreas costeiras e aplicar questionários referentes à situação socioeconômica nessas comunidades.
Tabela 5 – Comunidades visitadas
COMUNIDADE MUNICÍPIO
PRAIA GRANDE SALVATERRA
JUBIM SALVATERRA
JOANES SALVATERRA
CAJU-UNA SOURE
PESQUEIRO SOURE
CÉU SOURE
Mapa 13 – Localização das comunidades visitadas da Margem Leste
Para realizar este diagnostico foram feitas imagens fotográficas da paisagem onde se
pôde observar esse fenômeno através da vegetação e das formas de relevo. Utilizou-se também
como metodologia a aplicação de questionários nas comunidades visitadas, com o objetivo de
adquirir informações com moradores dessas comunidades a cerca do fenômeno aqui
mencionado. Para identificar a linha de costa atual (contato da vegetação com a praia e/ou
falésia) foram coletados pontos com GPS de navegação modelo Garmim.
24
Durante o período de avaliação foi possível adquirir algumas informações interessante
com a população local, no que diz respeito ao avanço do mar, duas das comunidades visitadas já
foram deslocadas de seu local de origem para áreas mais afastadas. Como exemplo temos as
comunidades de Caju-Una que desde a sua origem já foi deslocada três vezes e a do pesqueiro
que viveu o mesmo processo por duas vezes e já estão começando a se organizar para mais uma
modificação em sua estrutura.
Figura 10 – Comunidade Caju-Una/ Soure-PA
Fonte: Foto realizada durante o trabalho de Campo (2014)
Autora: Piera Amora
Quanto à parte física podemos identificar resquício de mangue na vegetação atual, as
praias apresentam vários pontos em que podemos identificar paleomangues, além de encontrar
casas abandonadas possivelmente por estarem comprometidas pelo processo do avanço do mar.
Figura 11 – Mancha de mangue na Praia do Pesqueiro.
Fonte: Foto realizada durante o trabalho de Campo (2014)
Autora: Piera Amora
Nas áreas mais próximas as sedes municipais também foram identificados indícios do
avanço do mar, como é o caso de Salvaterra, que possui um muro de arrima construído com
25
intuito de frear ou amenizar esse processo na praia grande. No entanto, o muro já encontra-se
destruído pela força da maré, segundo informações dos próprios moradores, os bares/restaurantes
que também são encontrados nessa praia estão com sua estrutura danificada.
Figura 12 – Destruição do muro de arrima e bares na Praia Grande / Salvaterra-PA
Fonte: Foto realizada durante o trabalho de Campo (2014)
Autora: Piera Amora
A partir das informações coletadas durante o campo juntamente com informações
adquiridas em pesquisas bibliográficas é possível traçar o perfil dessas comunidades e
compreender como elas estão se organizando diante do fenômeno da “transgressão marinha” que
possivelmente vem ocorrendo nessa região.
3.2 - INFORMAÇÕES SOBRE O CAMPO (CHAVES E AFUÁ)
A margem Norte da ilha do Marajó é bem diferente do que foi analisado na margem
Leste, pois identifica-se maior área com falésias, as comunidades são de difícil acesso, por isso
os questionários e o levantamento de costa foram realizados nas próprias sedes municipais.
Mapa 14 – Localização das comunidades visitadas da Margem Norte.
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de dados cartográficos para analise, verificação e compreensão de eventos
naturais é cada vez maior. Neste trabalho se utilizou das informações cartográficas disponíveis
nos bancos de dados nacionais para avaliar a dinâmica costeira da ilha do Marajó e perceber em
quais pontos houve o acréscimo ou decréscimo de faixa de areia das praias localizadas nessa
região, essa avaliação é de extrema importância para a compreensão do processo de transgressão
marinha na região amazônica.
Além das informações adquiridas através dos dados cartográficos, foram realizados
trabalhos de campo com intuito de verificar a modificação na paisagem local, e aplicação de
questionários socioeconômico nas comunidades costeiras, essas informações foram essenciais
para a elaboração deste produto.
Compreender como o processo de transgressão marinha está ocorrendo na Amazônia e de
que forma esse evento afeta a população local e um dos desafios a serem alcançados. Diante das
dificuldades encontradas ao desenvolver este trabalho (falta de informações cartográficas
consistente, falta de informações referente aos dados populacionais das comunidades costeiras,
difícil acesso as comunidades) entende-se que a temática não deve ser esgotada neste momento,
mas que essa seja apenas o inicio de grandes descobertas sobre essa Região.
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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<http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx> Acesso em 25 de ago. 2014.
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<http://www.dsg.eb.mil.br/prjram/Texto_Radiog.htm> Acesso em: 31de out. 2014
DRUZINA, A. G. S. Integração de dados altimétricos obtidos através de diferentes técnicas
para geração de um novo modelo digital de elevação. Porto Alegre: UFRGS, 2007. 79 p.
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto, Centro
Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre 2007.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Brasil em Relevo. Disponível em:
<http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/ > Acesso em: 07 de set. 2014
FRANÇA, C. F; SOUZA FILHO, P. W. M. Análise das mudanças morfológicas costeiras de
médio período na margem leste da ilha de Marajó (PA) em imagem Landsat. Revista Brasileira
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2014.
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TOLEDO, M. C. V; FISCH, S. T. V. Bases cartográficas para armazenamento e análise espacial
de dados da diversidade de palmeiras em um trecho de Mata Atlântica, Ubatuba-SP. Biota
Neotropic, Ubatuba - SP v. 6, n.1, p. 01-13, Jan./Abr. 2006.
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de set. 2014