PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 2012-02-10 · Campo Mourão 2007 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ...

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COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar do Colégio Estadual Unidade Polo e aprovado em Assembléia para a sua implantação a partir de 2007. 1

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COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar do Colégio Estadual Unidade Polo e aprovado em Assembléia para a sua implantação a partir de 2007.

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Campo Mourão2007

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

ROBERTO REQUIÃO – GOVERNADOR

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MAURÍCIO REQUIÃO DE MELLO E SILVA – SECRETÁRIO

RICARDO FERNANDES BEZERRA – DIRETOR-GERAL

YVELISE FREITAS DE SOUZA ARCO-VERDE – SUPERINTENDENTE

ASSESSORIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

MARISE MANOEL – COORDENAÇÃO GERAL

VELÉRIA ARIAS – COORDENAÇÃO ADJUNTA

DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL – DEF

FÁTIMA IKIKO HUTNER – CHEFIA

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO – DEM

MARY LANE HUTNER – CHEFIA

CHEFE DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO

JOÃO LUIZ CONRADO

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COLÉGIO ESTADUALUNIDADE POLO – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

MARIA DE LOURDES ROBERTO CEOLIM – DIREÇÃOSANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO – DIREÇÃO AUXILIAR

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 061.1 Identificação do estabelecimento 061.2 Histórico do Colégio 061.3 Espaço físico 071.4 Organização da entidade escolar 081.5 Caracterização da comunidade escolar 10 1.5.1 Quadro de funcionários 15 1.5.2 Quadro de professores 16 1.5.3 Quadro de professores pedagogos 17 1.5.4 Quadro de diretores 17

2 OBJETIVO GERAL 18 2.1 Objetivos específicos 18

3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR 19

4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO 22

5 A REALIDADE EDUCACIONAL 23 5.1 A realidade do Brasil 23 5.2 A realidade do Paraná 25 5.3 A realidade do município de Campo Mourão 28 5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo 30

6 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS 32

7 CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES 41

8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO 48

9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 51

10 OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 53 10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar 53

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10.1.1 Direção 53 10.1.2 Direção auxiliar 53 10.1.3 Corpo docente 54 10.1.4 Professor pedagogo 56 10.1.5 Secretaria 57 10.1.6 Biblioteca 58 10.1.7 Serviços gerais 58 10.1.7.1 Servente 59 10.1.7.2 Merendeira 59 10.2 Papel das instâncias colegiadas 60 10.2.1 Conselho Escolar 60 10.2.2 Associação de Pais, Mestre e Funcionários 61 10.2.3 Conselho de Classe 62 10.2.4 Grêmio Estudantil 63 10.2.5 Representante de Turma 64 10.2.6 Professor Monitor de Turma 65

11 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA 67 11.1 Critérios para elaboração do calendário escolar e horários letivos/não letivos 67 11.2 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão de especificidades 67 11.3 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos 68

12 PROJETOS 71

13 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO 76

14 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 79

15 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA 83

16 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 92

17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 93

18 ANEXOS 95

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APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de organizar,

coletivamente, o trabalho escolar do Colégio Estadual Unidade Polo, a partir

de 2006, garantindo a democratização do ensino e a formação da

consciência crítica e coletiva a fim de possibilitar ao ser humano o direito à

cidadania.

A perspectiva deste Projeto é provocar as mudanças básicas em nossa escola

onde, a participação se tornará o aspecto fundamental em todo o processo

de ensino-aprendizagem, com avaliação constante para atingir as metas

propostas. Não aceitamos mecanicamente a idéia de que a escola é

simplesmente o local da reprodução da ideologia dominante e que os seres

humanos são sujeitos determinados e programados. Concebemos os seres

humanos como criativos e ativos construtores de cultura e história, por isso

propomos a intervenção nos destinos escolares como educadores

responsáveis por construirmos outra história.

Sendo assim, estabelecemos o debate, a discussão e a reflexão coletiva,

envolvendo alunos, professores, funcionários, pais, direção, equipe

pedagógica e demais membros da sociedade local a fim de formularmos as

concepções que embasarão as ações educativas que serão desenvolvidas por

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este estabelecimento de ensino com o propósito de construir uma sociedade

justa, igualitária e democrática.

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Identificação do estabelecimento

O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental e Médio (código

00047) está situado na Rua Santos Dumont, nº 1984, na cidade de Campo

Mourão (código 0430), e-mail [email protected]. O Colégio é

mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria de

Estado da Educação, encontra-se jurisdicionado ao Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão (código 0005).

1.2 Histórico do colégio

O Colégio Estadual Unidade Polo iniciou suas atividades no dia 01 de março

de 1976, sob o nome de Escola Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º Grau,

atuação de 5ª à 8ª séries, com autorização de funcionamento, através da

Resolução nº 1968/77, DOE de 09/11/1977.

Em 08 de agosto de 1978, através do Decreto nº 5.340/78 de 02/08/1978 e

DOE de 08/08/1978, integrou-se ao Complexo Escolar “Marechal Rondon”.

O Colégio oferecia até 1982, os cursos de 5ª à 8ª séries e os cursos

profissionalizantes de Técnicas Agrícolas, Técnicas Industriais, Técnico

Comercial e Técnicas Caseiras. No ano de 1983 o ensino profissionalizante foi

substituído pelo propedêutico.

O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi autorizado a funcionar através da

Resolução 935/83 de 14/03/1983. Em 29 de novembro de 1983, através da

Resolução nº 4.023/83 de 13/01/1984, obteve o reconhecimento do 1º Grau e

passou a denominar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º e 2º

Graus.

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O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi reconhecido através da Resolução nº

902/85 de 01/03/1985, DOE de 12/03/1985. No ano de 1998 foi extinto o

ensino Propedêutico e implantado o curso de Ensino Médio.

O Colégio passou a denominar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino

Fundamental e Médio, conforme Resolução Secretarial nº 3.120/98 – DOE de

11/09/1998, abrangendo os cursos de Ensino Fundamental Regular,

reconhecido pela Resolução – DOE 13/01/1984 e o curso do Ensino Médio

Regular reconhecido, através da Resolução nº 902/85 de 12/03/1985.

O Ato de Reconhecimento do Ensino Fundamental do Colégio foi efetivado

pela Resolução nº 4023/83 de 13/01/84 e o Parecer do Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão para aprovação do Regimento Escolar sob o nº

062/2001 é de 03/09/2001. A distância do Colégio ao Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão é de aproximadamente 1000m.

O Ato de Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental ocorreu

através da Resolução 2727/2002, DOE 09/08/2002 e do Ensino Médio,

Resolução 2745/2002, DOE 08/08/2002.

1.3 Espaço físico

O trabalho pedagógico é realizado contando com:

- Quatorze salas de aula (46m2 cada)

- Dois banheiros (um masculino e um feminino) (12m2)

- Uma Sala de Apoio à Aprendizagem para os alunos de 5ª série com

televisão e dvd (48,60m2)

- Uma sala de multimídia com televisão e vídeo cassete (32m2)

- Uma sala para Laboratório de Física e Química (73,09m2)

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- Uma sala para Laboratório de Ciências e Biologia (73,09m2)

- Uma sala para Biblioteca (112m2)

- Uma sala para Laboratório de Informática que dispõe de vinte

computadores em bom estado para uso (112m2)

- Um Refeitório que é também utilizado para palestras, reuniões,

comemorações (49,98m²)

- Um Ginásio de Esportes (1.450m2)

- Um mini ginásio de esportes (780m2)

- Uma sala de Artes destinada para atividades de teatro e artes plásticas

(73,54m2)

- Uma sala para a Secretaria (37m2)

- Uma sala para a Direção (12m2)

- Uma sala para a Direção Auxiliar (12m2)

- Duas salas para os Professores Pedagogos (15m2)

- Uma sala para Professores (42m2)

- Uma sala para guardar os materiais de Educação Física (22m2)

- Uma sala para o Almoxarifado (10m2)

- Dois banheiros para professores (um masculino e um feminino) (5m2

cada)

O Colégio Estadual Unidade Polo conta com uma área aberta de 18.071m2.

Nesta área encontra-se o Bosque Robson Partach (Reserva Ambiental

tombada através do ITCF e Prefeitura Municipal) e a Horta Escolar com

5.874,86m2, a pista de atletismo com 1.200m2 , a casa do zelador com

52,20m2 e a ampla área de jardinagem.

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1.4 Organização da entidade escolar

Atualmente o Colégio funciona nos períodos matutino, vespertino e noturno

ofertando o Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries) e Ensino Médio Regular, com

35 turmas, sendo 20 turmas de Ensino Fundamental, 09 de Ensino Médio

diurno e 06 de Ensino Médio noturno, totalizando 1290 alunos, distribuídos

em 14 salas de aula.

O Colégio conta com 26 professores efetivos, 23 funcionários, sendo que a

equipe de direção da escola composta por 01 Diretor Geral (com 40 horas

semanais), 01 Diretor Auxiliar (20 horas) e 04 professores pedagogos (20

horas) e 01 professor pedagogo (40 horas).

A organização do tempo escolar é efetivada por série, de 5ª a 8ª séries no

Ensino Fundamental e 1ª a 3ª séries no Ensino Médio. A organização

curricular é estruturada por disciplina, com Base Nacional Comum e Parte

Diversificada. A Parte Diversificada é composta pela disciplina de Língua

Estrangeira Moderna – Inglês no Ensino Fundamental e Médio.

A avaliação da aprendizagem dos alunos é registrada através de notas

bimestrais. O Colégio não registrará, a partir de 2007, em seu Regimento

Escolar, o Regime de Progressão Parcial no Ensino Médio. Em Assembléia

Geral os pais, professores e funcionários determinaram a extinção do Regime

de Progressão Parcial no Ensino Médio.

O Colégio Estadual Unidade Polo não tem matrícula de alunos com

necessidades educativas especiais nas áreas visual, auditiva e motora

(cadeirante). Contamos para o ano de 2006 com a matrícula de uma aluna do

Ensino Médio com diagnóstico de paralisia cerebral (dificuldade leve na fala,

na escrita e na locomoção), e oito alunos matriculados nas 5ª séries que

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freqüentavam Sala de Recursos quando cursavam as séries iniciais do Ensino

Fundamental.

O Colégio Estadual Unidade Polo não recusa matrícula de aluno com

necessidades educativas especiais e, a partir de 2007, passou a atender os

alunos avaliados para Sala de Recursos dando apoio pedagógico em local

específico (antiga casa do zelador) no período contra-turno e com professor

devidamente formado e concursado para tal. Os professores decidiram,

durante a Formação Continuada de fevereiro de 2006, que a Direção

solicitasse a abertura da Sala de Recursos junto ao Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão, a partir de 2007 e já está em pleno

funcionamento.

São também ofertadas pelo Colégio Estadual Unidade Polo 2 turmas de Apoio

Pedagógico de Língua Portuguesa e 2 turmas de Apoio Pedagógico de

Matemática em período contra-turno. Os alunos regularmente matriculados

na 5ª série que apresentam dificuldades nestas disciplinas são encaminhados

pelo professor regente e é realizado um acompanhamento dos resultados

pelo professor regente, pelo pedagogo e pelo professor da sala de apoio

pedagógico.

Tanto a Sala de Recursos como o Apoio Pedagógico são programas essenciais

para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem e esperamos que

não sejam extintos.

A formação continuada para os profissionais da educação organizada pela

escola, acontece nos momentos de Conselho de Classe, no Projeto de Grupos

de Estudos do Departamento de Letras da Fecilcam, nos Grupos de Estudos

organizados pelos profissionais da educação sobre análise de conjuntura

internacional, nacional, estadual e municipal, discussões acerca da carreira e

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condições de trabalho dos profissionais da educação e debates sobre a

avaliação do processo de ensino-aprendizagem.

Interdisciplinarmente, estudos sobre o Estado do Paraná são ofertados, em

todas as séries e disciplinas. O ensino de Filosofia é ofertado como disciplina

na 3ª série do Ensino Médio e Sociologia na 2ª série a partir 2007.

1.5 Caracterização da comunidade escolar

Com o propósito de conhecer a realidade sócio-econômico-cultural e de

subsidiar a elaboração do Projeto Político Pedagógico desta instituição de

ensino, no ano de 2005, foi realizada uma pesquisa, através de questionário,

com alunos e pais, abrangendo 10% dentre os 1.181 estudantes dos três

períodos, matutino, vespertino e noturno, sendo detectada a situação

descrita abaixo.

Os alunos, em sua grande maioria são solteiros, residem em casa própria, de

alvenaria, porém financiadas. Moram na zona urbana, tanto nos bairros que

circundam o estabelecimento de ensino como outros mais distantes.

As famílias, num índice de aproximadamente 60%, são compostas de pais,

mães e irmãos, entretanto há de considerar que o restante encontra-se em

outras situações, vivem com mãe e irmãos; com avós, entre outros. A renda

mensal enquadra-se em até três salários mínimos, sendo duas pessoas

trabalhadoras. A média de alunos trabalhadores, que cursam o Ensino Médio,

corresponde a 80% para os que estudam no noturno e 15% para o matutino.

Em relação ao nível de escolaridade e atividades sócio-culturais da família, os

adultos, numa média de 85%, estão classificados entre Ensino Fundamental

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incompleto, Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto, tendo

como lazer atividades relativas a esportes e filmes em VHS e DVD.

Sobre o comprometimento com a vida educacional dos filhos, os pais

alegaram que vêm à escola somente quando solicitada a sua presença e

fizeram a opção por matricularem os filhos neste estabelecimento pela

proximidade à residência (37%), pela qualidade de ensino (29%) e por tratar-

se de uma escola pública, gratuita (15%). Consideram que o

ensino/aprendizagem oferecido é de bom nível e esperam que seus filhos

adquiram conhecimento suficiente para prestarem o vestibular e ingressarem

na faculdade; que sejam preparados para o mundo do trabalho e que através

desta escola também melhorem o nível de instrução global.

Sobre o que esperam da escola, como ação administrativo-pedagógica, os

pais querem que, através das ações propostas no Projeto Político Pedagógico,

seja dado suporte para:

- os alunos melhorarem na disciplina e na cidadania;

- formar integralmente o ser humano contemplando respeito, solidariedade,

justiça, criticidade, organização, ética e responsabilidade;

- incluir aulas de ensino religioso em todas as turmas;

- exigir mais conteúdos para os alunos enfrentarem as dificuldades da vida

e do trabalho com responsabilidade, devendo ser a informática o carro-

chefe.

Referindo-se aos projetos que a escola já oferece (relatados a eles e

constados neste documento) disseram ser todos de grande importância e por

isso deve ter continuidade.

Em 2007, reuniram-se novamente os pais para atualizar este levantamento

sobre o que esperam da escola. Algumas das solicitações foram

conquistadas, como a sala de informática, o ensino religioso também na 6ª

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série, entre outras. Os pais decidiram que todos os projetos devem ser

mantidos e sugerem ainda projetos sobre valores morais, como respeito ao

outro, projetos de culinária, reciclagem e algum projeto em parceria com

psicólogos. Gostariam também que a escola oferecesse cursos

profissionalizantes para os alunos. Esperam que todos os alunos tenham um

ótimo desempenho escolar, que saiam preparados para o vestibular,

motivados, valorizando os estudos e que professores saibam respeitar a

opinião dos alunos e vice-versa.

Os alunos do Ensino Fundamental deste estabelecimento de ensino esperam

receber um ensino que possa dar-lhes uma boa formação para cursarem o

ensino superior e exercerem uma profissão, possibilitando melhores

condições de vida. Eles solicitam oportunidades para participarem das

principais decisões da escola, especialmente das escolhas de melhorias para

o colégio. Os alunos desejam “uma escola onde nós tenhamos o direito de

dar nossa opinião e que as crianças sejam mais responsáveis, com

conhecimentos que permitam compreender melhor o mundo em que

vivemos” (6ª F).

Os alunos querem que a escola seja mais organizada, crítica, segura e

rigorosa. Na opinião deles, “podemos observar que os alunos estão

desmotivados, desinteressados, indisciplinados e a maioria não faz tarefas”

(6ª B). Para sanar estas dificuldades, eles sugerem que os professores sejam

mais rígidos em sala de aula, a fim de acabar com a indisciplina,

possibilitando que todos aprendam. Para tanto, solicitam que seja aplicado o

Regimento Interno que prevê suspensão aos alunos indisciplinados. Eles

reconhecem que estão falhando e solicitam mudanças no ensino. De acordo

com os mesmos, o “nosso ensino deve basear-se na solidariedade, amizade e

respeito. Devemos ser cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres e,

dentro dessa comunidade, não podemos deixar de cumprir com nossas

tarefas. Essa transformação depende um pouco de cada um” (6ª C).

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De acordo com os alunos, a escola deve ser mais limpa, com espaço físico

saudável, portanto são necessárias a reforma dos banheiros e a instalação de

armários com produtos de higiene pessoal neles; salas de aulas ventiladas e

com iluminação adequada; ambiente mais agradável, com menos barulho;

atividades para os alunos fora da sala de aula; maior número de mesas no

refeitório; uniforme completo para as merendeiras; reforma dos laboratórios,

acesso à sala de informática; instalação de armários para os materiais dos

alunos.

A respeito da participação deles no Projeto Político Pedagógico, os alunos

afirmam que podem participar da elaboração e execução, dando idéias e

sugestões, a fim de melhorar o aprendizado no Colégio, ajudando a

transformá-lo em um ambiente mais organizado, limpo, educativo,

respeitado, solidário, com alunos cuidadosos e estudiosos que elaborem

projetos com atividades esportivas e culturais para incentivar os estudos, a

leitura e o bom relacionamento. Querem que a escola procure melhorar cada

vez mais a sua qualidade de ensino.

De acordo com os alunos do Ensino Fundamental, os Projetos devem ser

elaborados coletivamente, contemplando a opinião de todos a fim de

melhorar a escola cada vez mais. Para eles, o que falta é a consciência e a

participação de todos na elaboração dos trabalhos. Eles sugerem que

devemos implantar os seguintes projetos a partir de 2006: cursos de canto,

dança, teatro, artesanato, computação, informativo escolar (jornal), cantinho

de leitura na biblioteca, som ambiente, reforma do refeitório, duchas após a

Educação Física, projetos culturais, olimpíadas de todas as disciplinas, grupos

de estudos ampliados para outras disciplinas, projetos de higiene e boas

maneiras, aula de circo, visitas educativas, banda musical, festas folclóricas,

línguas estrangeiras (CELEM).

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Os alunos do Ensino Médio esperam receber uma boa educação com ensino

de qualidade, possibilitando adquirir os conhecimentos necessários para o

mundo do trabalho. Para tanto, é importante que tenham acesso a bons

materiais didáticos, palestras sobre emprego e os diversos cursos do ensino

superior, materiais atualizados na biblioteca, oportunidade de estágios em

empresas públicas, informações acerca do acesso a cursos

profissionalizantes. Os alunos também demonstram preocupações em

relação ao vestibular. A esse respeito eles sugerem que os professores

apliquem as provas dos vestibulares das universidades da região para

conhecerem como são e que conteúdos exigem.

Os alunos do Ensino Médio também solicitam maior rigidez dos professores

em relação à disciplina. Eles declaram que, “não podemos reclamar dos

professores, pois somos nós os culpados pela bagunça e notas baixas, só que

os professores poderiam ser mais rígidos e nós, mais responsáveis, por

exemplo: se um aluno está fazendo bagunça, o professor deve tirá-lo da sala

e lhe dar suspensão” (2ª D). Eles exigem que o Colégio siga o Regimento

Interno que prevê suspensão para os alunos indisciplinados.

De acordo com os alunos do Ensino Médio, os projetos que devemos

implantar são: escolinha de futsal masculino para os alunos mais velhos,

rádio escolar, computação, campeonatos esportivos mensais de diversas

modalidades, visita a várias faculdades, aplicação de simulados, cursos de

empregabilidade, rodas culturais, coletivo jovem, grupos de estudos para os

alunos do Ensino Fundamental com monitoria do Ensino Médio.

Em 2007, os alunos foram novamente consultados sobre o que se relatou e,

tanto alunos do Ensino Fundamental, como alunos do Ensino Médio,

decidiram manter o que esperam da escola e acrescentam ainda o seguinte:

que os professores sejam mais responsáveis em não faltar, que tenham

atenção especial aos alunos com mais dificuldades, que o sistema de

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avaliação seja mais rigoroso e que os pais tenham maior participação na

escola.

Neste ano de 2007 iniciamos um círculo mensal de palestras aos pais, com

temas de interesse como: família, adolescência, violência doméstica e

drogas. Porém, a participação dos pais e responsáveis ainda é bastante

inferior ao desejado apesar das ações que o colégio tem realizado para

aproximá-los do cotidiano escolar.

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1.5.1 Quadro de funcionários

NOMES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

ANA SMAHA DO ESPÍRITO SANTO CURSO NORMAL SUPERIOR

ANTONIO PURISSIMO DA SILVA ENSINO MÉDIO

APARECIDA DE DEUS ROGOSKI MAGISTÉRIO

APARECIDA VILELA FREDERICO ENSINO FUNDAMENTAL

CONCEIÇÃO ORÁCIO COSTA PEDAGOGIA

EDSON JOSÉ ALVES DA SILVA CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ELENA RUBIRA DA SILVA ENS. FUND. INCOMPLETO

ENEIDA ROSSETI ROBERTO ENS. FUND. INCOMPLETO

FELIPE FERREIRA ENSINO FUNDAMENTAL

HEDI ALTEVOGT GEOGRAFIA

INÊS DE OLIVIERA IAGLA NORMAL SUPERIOR

JOSÉ ROBERTO DONATO ENSINO MÉDIO

LAIRDA APARECIDA N. VENTURY ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

RH. e O.S.D.

LUZINETE MARIA C. TENÓRIO ENS. FUNDAMENTAL

MARIA APARECIDA KISSIK ENSINO MÉDIO

MARIA AUGUSTA SOUZA SILVA ENSINO MÉDIO

MEIRE TRASPADINI GAZOLA CIÊNCIAS

MELANIA DZIURZA DOS SANTOS ENSINO FUND. INCOMPLETO (In memorian)

NATÁLIA SONIA ELIAS COMUNICAÇÃO SOCIAL (cursando)

NILCÉIA DAS DORES COELHO LETRAS

NILSA DE LIMA SILVA ENSINO MÉDIO

ORIOSVALDO VIEIRA DE LIMA ENSINO MÉDIO

TÂNIA MARA FERREIRA DA SILVA ENSINO MÉDIO

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1.5.2 Quadro de professores efetivos

NOME GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

ADETINA GOMES BARBOSA BIOLOGIA BIOLOGIA

DJALMA GONÇALVES FERREIRA CIÊNCIAS CIÊNCIAS/CORPO HUMANO

FATIMA APARECIDA FORASTIERE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTRUMENTALIZAÇÃO ÀS CIÊNCIAS

ELIANA MARTINS DO AMARAL GIOSA LETRAS LÍNG.PORT. E LIT.:ED. INF. E SÉRIES INICIAIS – ENS. F.

FERNANDO RODRIGUES DA SILVA GEOGRAFIA GEO.AMBIENTAL

GENI ENGELMANN VILETTI LETRAS PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

GISLAINE IZELLI SANTINI CIÊNCIAS/MATEMÁT. FUND. MATEMÁTICA

HELENA MARIA KRZYZANIAK LETRAS(PORT/ING/LIT) ESTR. LÍNG. PORTUGUESA

IDEVALCI FERREIRA MAIA ED. FÍSICA ED. ESPECIAL-DM

ISMAR KATH ED. FÍSICA ED. FÍS. ED. BÁSICA

JOAQUIM AUGUSTO POLIZER MATEMÁTICA CIÊNCIAS-FIS/BIOL.

JOCERLEI MARISA B. BALDICEIRA LÍNG. PORTUGUESA DID. E MET. ENSINO

LIDIA BOTEGA ALVES MATEMÁTICA ED. MATEMÁTICA

LUCIA DE FÁTIMA SOUZA CABREIRA HISTÓRIA ED. ESPECIAL

LUCIA FERREIRA CIÊNCIAS ED. DA MATEMÁTICA

MARCIA ANDRADE BORGES PEREIRA MATEMÁTICA ED. MATEMÁTICA

MARCOS ANTONIO TONADON ED. FÍSICA DEFICIÊNCIA MENTAL

MARIA DA GRAÇAS DE F. GOMES GEOGRAFIA PLANEJ.GEO.AMBIENTAL

MARIA NATALIA MARQUES FABRO LETRAS LUINGUÍSTICA

NEUSA MARIA VANDRESSEN QUÍMICA ED.MATEMÁTICA

NEUCY HELENA DE OLIVEIRA GEOGRAFIA ED. INFANTIL

ROSANE DORALICE LANGE SCHMIDT HISTÓRIA FILOSOFIA E GEOGRAFIA

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ROSENEIDE AURÉLIO ED. ARTÍSTICA AD. OR. SUP. ESCOLAR

ROSIMEIRE TANIA REIS CARNEIRO GEOGRAFIA PLANEJAMENTO GEO AMBIENTAL

TEREZA SIBALDELI SABO HISTÓRIA PSICOPEDAGOGIA

VERA LUCIA KLOSTER HISTÓRIA SUPERV. ESCOLAR

VILMA TEREZINHA DE SOUZA PINTO LETRAS ESTRUT.MORF.SINTÁT. E SEMÂNT. DA LINGUAGEM

WALQUIRIA DE SOUZA PINTO DAMHA

QUÍMICA MATEMÁTICA

1.5.3 Quadro de professores pedagogos

NOMESGRADUAÇÃ

OPÓS-GRADUAÇÃO

ANDRÉA CHORNOBAI PEDAGOGIA

CRISTIANE VIEIRA PEDAGOGIA METODOLOGIA DA AÇÃO DOCENTE

CRISTINA MARGARETE BARILI TEIXEIRA PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA

EIZAIRA DOS SANTOS RODRIGUES PEDAGOGIA DIDÁTICA MET. ENSINO

MARIA ISABEL R. DANTAS PEDAGOGIA ADMINIST.ESCOLAR/FILOSOFIA

SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO PEDAGOGIA FILISOFIA

1.5.4 Quadro de diretores

NOMES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

MARIA DE LOURDES ROBERTO CEOLIM MATEMÁTICA PSICOPEDAGOGIA

SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO PEDAGOGIA FILOSOFIA

20

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2 OBJETIVO GERAL

Organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Unidade Polo a partir de

2006, dentro dos princípios da igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade,

gestão democrática e valorização do magistério, com a finalidade de formar

o cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo na

construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática.

2.1 Objetivos específicos

- Definir as ações educativas e as características necessárias para que a

escola cumpra seu propósito e intencionalidade que é a formação do

cidadão participativo, responsável, compromissado, critico e criativo.

- Explicitar claramente o diagnóstico da realidade sócio-econômica e

educacional dos alunos, pais, funcionários, professores e, a partir deste,

definir as ações que nortearão o currículo e as atividades escolares.

- Garantir a permanente reflexão e discussão acerca dos problemas da

escola.

- Buscar alternativas viáveis para a efetivação da intencionalidade da

escola.

- Propiciar a vivência democrática necessária para a participação de todos

os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania.

- Organizar o trabalho pedagógico de forma que possibilite romper com as

relações competitivas, corporativas e autoritárias.

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- Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho no interior da

escola provenientes da hierarquização dos poderes de decisão.

3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

A capacidade do educador de pensar sobre sua prática cotidiana vai além de

enumerar as teorias da educação de acordo com as concepções pedagógicas

e de saber se está sendo construtivista, tradicionalista, idealista ou

racionalista. De acordo com Dermeval Saviani, a Filosofia da Educação não

seria outra coisa senão a reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os

problemas que a realidade educacional apresenta (Saviani, 2000, p. 20).

Então, uma atitude filosófica na educação, requer a habilidade de identificar,

analisar e buscar soluções para os problemas educacionais.

De acordo com Saviani, a tarefa da Filosofia da Educação é de oferecer aos

educadores um método de reflexão que lhes permitam encarar os problemas

educacionais, penetrando na sua complexidade e encaminhando a solução

de questões, tais como, o conflito entre filosofia de vida e ideologia na

atividade do educador, a relação entre meios e fins da educação, a relação

entre teoria e prática, os condicionamentos da atividade docente, até onde

se pode contá-los ou superá-los (SAVIANI, 2000, p. 23).

Para Antonio Severino, as características específicas da educação, exigem

que o profissional dessa área deve ser formado, com solidez e competência

para ter “um rigoroso domínio dos conteúdos científicos e de habilidades

técnicas, uma consistente percepção das relações situacionais dos homens e

uma abrangente sensibilidade às condições antropológicas de sua

existência” (SEVERINO, 1994, p. 40).

Os educadores precisam compreender que consciente ou inconscientemente

toda prática pedagógica está embasada numa teoria, numa filosofia, ou seja,

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numa concepção de mundo, de educação e de homem que se pretende

formar. Essa deve ser a primeira definição a ser feita, antes mesmo de se

definir quais os objetivos da educação.

Nossa educação tem sido pautada pelos princípios do silêncio, da obediência,

do autoritarismo, da hierarquia, da passividade, da dissimulação (fingir o

ensinar e o aprender), da omissão, da exclusão, da fraude, da desigualdade.

Como resultado dessa prática espera-se que o aluno seja um cidadão crítico,

atuante, participativo, honesto, solidário, criativo e humano. É a grande

contradição se revelando entre o discurso e o fazer pedagógico.

Os conflitos existem porque os interesses das classes sociais são

divergentes. Uns lutam pela manutenção do status quo, outros querem a

transformação da estrutura social a fim de que se desenvolva maior

eqüidade social, e muitos, por não terem consciência de como se dão as

relações de poder na sociedade, alienam-se. Nesse contexto, segundo

Gadotti, o papel diário do educador deve ser crítico e revolucionário. “Seu

papel é o de inquietar, incomodar, perturbar. A função do pedagogo parece

ser esta: à contradição (opressor/oprimido, por exemplo) ele acrescenta a

consciência da contradição” (GADOTTI, 1988, p. 120).

Essa não é tarefa fácil, mas o educador precisa assumir esse desafio, nessa

sociedade de conflitos, de classes e de interesses, de criar condições

necessárias que fortaleçam o aparecimento de uma nova concepção de

homem, materializada em pessoas conscientes, solidárias, organizadas e

capazes de superar o individualismo. No contexto da dominação política e da

exploração econômica capitalista, o papel do educador revolucionário é o de

ser um agente atuante do discurso contra-hegemônico.

Precisamos abrir espaços de comunicação com o nosso aluno, permeada pelo

ato da fala e da escuta. Deixar que o aluno fale sobre seu cotidiano, seus

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sonhos, sua família, seus desejos, seus medos, suas desilusões, suas

alegrias, suas tristezas, suas fantasias, seus conhecimentos. Esta é a forma

de considerá-lo como sujeito de sua história, buscando construir sua

identidade e subjetividade.

De acordo com o pensamento de Libâneo (1994), é através do domínio de

conteúdos científicos, de métodos de estudo e habilidades e hábitos de

raciocínio científico é que os alunos poderão formar consciência crítica face

às realidades sociais e, assim, terão capacidade de assumir no conjunto das

lutas sociais, a sua condição de agentes ativos das transformações sociais e

de si próprios.

O papel da escola na sociedade contemporânea exige mudanças na sua

estrutura. Assumindo que nessa mudança é necessária a adoção de uma

nova abordagem que enseje aos egressos a capacidade de investigação de

forma a criar condições para o processo de educação permanente.

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4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A organização do trabalho no Colégio Estadual Unidade Polo está embasada

nos princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita. Estes

princípios são os princípios da igualdade, da qualidade, da gestão

democrática, da liberdade e da valorização do magistério, fundamentados na

Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, (nº 9394/96).

A Constituição Federativa do Brasil em seu Artigo 205, garante a educação

como direito de todos e dever do Estado e da família, visando o pleno

desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

O Artigo 206, da Constituição, institucionaliza que o ensino será ministrado, a

todos, com base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e

permanência na escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e

divulgar o pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de idéias e de

concepções pedagógicas; da gratuidade do ensino público em

estabelecimentos oficiais; da valorização dos profissionais do ensino; da

gestão democrática do ensino público; da garantia de padrão de qualidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96), reitera os

princípios anteriormente citados; disciplina a educação escolar, que se

desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições

próprias e estabelece que a educação escolar deve vincular-se ao mundo do

trabalho e à prática social.

Sendo assim, este Projeto Político Pedagógico está constituído dentro dos

princípios citados, que favorecem o desenvolvimento da capacidade do aluno

de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos

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produzidos historicamente e devem ser resultantes de um processo coletivo

de avaliação emancipatória.

5 A REALIDADE EDUCACIONAL

5.1 A realidade do Brasil

A educação encontra-se entre os direitos que devem ser assegurados pelo

Estado, assim como a saúde, a moradia, o transporte, a segurança, o

saneamento básico e o lazer. A maioria da população brasileira não desfruta

desses direitos, ou seja, as políticas públicas sociais não atingem a milhões

de cidadãos. Esse quadro é resultado da excessiva concentração de renda

nas mãos de poucos, enquanto a maioria dos brasileiros vive em condições

precárias.

A exclusão social é elevada e isso se reflete na educação. O índice de

analfabetos é altíssimo. De acordo com os dados do Ministério da Educação e

Cultura, 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, são analfabetos;

33 milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados;

4,3 milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15 e

17 anos estão fora da escola; 1,3 milhão de crianças, entre 10 e 17 anos,

estão trabalhando ao invés de estudar e 4,8 milhões são obrigados a

trabalhar e estudar ao mesmo tempo; apenas 42% da população com 15

anos ou mais completam a 8ª série (PARANÁ, 2005, p. 12-13).

Esses números revelam a exclusão de milhões de brasileiros de seus direitos

à educação. As crianças e jovens que não estão fora das escolas recebem,

segundo o MEC, uma educação de baixa qualidade, pois, 59% dos alunos da

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4ª série não sabem ler adequadamente e, 52% não dominam habilidades

elementares de Matemática. Dentre os 31 países investigados, o Brasil ficou

em último lugar na média de desempenho em Matemática (PARANÁ, 2005, p.

12-13).

Os dados apresentam-se elevados e alarmantes, “apesar ou com pesar”, das

políticas neoliberais educacionais adotadas no governo federal de Fernando

Henrique Cardoso (1995-2002), quando foi efetivada uma reforma

educacional nos diferentes níveis de ensino, especialmente na educação

básica. A referida reforma compreendeu as mudanças nas Diretrizes e

Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de gestão, na formação de

professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação centralizados nos

resultados, nos programas de educação à distância, no programa de

distribuição de livros didáticos ao Ensino Fundamental e na forma do

financiamento da educação.

As reformas que se efetivaram no país, durante o período do governo de

Fernando Henrique Cardoso estiveram atreladas aos interesses de agências

multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de

Desenvolvimento e a Unesco, que financiam projetos e modelos de soluções

dos problemas educacionais com a finalidade de adequar a educação ao

mercado de trabalho.

Os objetivos dessas mudanças na educação não foram apenas de ordem

econômica para enxugar o Estado, reduzir gastos e otimizar os custos. No

fundo destas reformas encontra-se um objetivo estratégico do capitalismo,

de modelar um ser humano cada vez mais individualista e competitivo, a

partir da lógica empresarial, com base nos valores do mercado, ao mesmo

tempo em que impossibilita o avanço das classes populares no acesso ao

conhecimento sistematizado.

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Entre os efeitos perversos do neoliberalismo temos o aprofundamento do

individualismo, a política do “cada um por si” resolvendo seus problemas,

afirmando que o fracasso é responsabilidade individual. A sociedade

brasileira é excludente, com fortes marcas do neoliberalismo, doutrina na

qual predomina o Estado mínimo na direção da sociedade, deixando ao

mercado o controle das relações sociais e econômicas. Nessa sociedade

predomina a falta de humanismo, de respeito ao outro e às instituições

sociais, com preconceito, racismo, altos índices de violência; a falta de

perspectivas, desprovida de valores éticos e morais, com corrupção na

política e desigualdades sócio-econômicas; o imediatismo; a falta de

planejamento e perspectivas futuras. Todo o fracasso da educação pública é

interpretado como problema de cada trabalhador da educação,

individualmente, deslocado das condições materiais e do desmonte do

Estado.

A referida reforma educacional priorizou a autonomia do currículo, utilizando-

se de Parâmetros Curriculares Nacionais, que não contemplaram a

diversidade sócio-cultural brasileira e o desenvolvimento social necessário à

população marginalizada e excluída. As mudanças organizacionais,

curriculares e pedagógicas não atenderam aos objetivos prioritários da

escola. Essas políticas educacionais induziram os Sistemas Estaduais à

municipalização do Ensino Fundamental e a nuclearização das escolas.

Os trabalhadores em educação, organizados em sindicatos, associações e

confederações, se posicionaram contra essas reformas e contestaram,

incansavelmente, mobilizando e esclarecendo a sociedade civil a esse

respeito, mas as referidas reformas foram implantadas.

5.2 A realidade do Paraná

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O Estado do Paraná foi um dos primeiros estados brasileiros a assumirem as

referidas reformas educacionais propostas pelo governo federal de Fernando

Henrique Cardoso. Esse Estado caracteriza-se como um dos mais ricos e

desenvolvidos da Federação, porém tem a concentração de renda nas mãos

de poucos que dominam os meios de produção, gerando exclusão e

desigualdades sociais.

O Estado tem sua economia baseada na produção agro-industrial, no

entanto, a concentração da população se dá no meio urbano, há o

predomínio de grandes propriedades agrícolas de monocultura de soja e trigo

para a exportação, gerando assim, o êxodo rural, o extermínio dos pequenos

agricultores e da diversificação de culturas, gerando desemprego e

subemprego no campo. A utilização de alta tecnologia no plantio e na

colheita, com maquinários de última geração têm dispensado quase que

totalmente a mão-de-obra.

Então, as reformas propostas pelo governo federal, determinando que os

municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª séries, influenciou

no processo de aceleração da migração do campo para a cidade. Os

municípios não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a

uma educação de qualidade. O processo de municipalização incluiu, como

medida administrativa de economia, a nuclearização das escolas. Esse

processo descaracterizou as comunidades e também estimulou a migração

da população do campo para a cidade.

Neste período, o governo Jaime Lerner (1995-2002), implantou medidas de

terceirização na educação pública. Implantou o Paranaeducação,

Paranaprevidência, Proem (este programa extinguiu cerca de 1080 cursos

profissionalizantes das escolas públicas do Estado), Correção de Fluxo,

aumento do número de alunos por turma, redução da grade curricular,

proibição de turmas do Ensino Fundamental no noturno, alteração do porte

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das escolas (reduzindo horas do quadro administrativo e da equipe

pedagógica, provocando perdas de empregos), municipalização de ensino,

corte do adicional de difícil acesso, alteração das regras de aposentadoria

dos professores com RDT e Ensino Especial, dentre outras.

As medidas privatizantes efetivadas pelo governo de Jaime Lerner, não

trouxeram benefícios à educação paranaense, pois as avaliações realizadas

pelo SAEB permitem afirmar que muitos alunos do Ensino Fundamental

chegam à 5ª série sem conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculo e,

concluem a 8ª série sem adquiri-los. Persistem os altos índices de evasão e

repetência, distorção idade/série, aprendizagem sem qualidade.

Sem investimentos suficientes para corrigir tais deficiências, o governo

estende para o Ensino Médio, a responsabilidade sobre a aprendizagem que

deveria ter sido adquirida no Ensino Fundamental. Além disso, o Ensino

Médio, historicamente, tem tido um caráter de dualidade, no qual a formação

técnica profissional é dissociada da formação humana. A superação desta

dicotomia deve ser um compromisso de políticas públicas para esta

modalidade de ensino, que o Estado deve assumir como obrigatória, ou seja,

onde não há formação humana integral deslocada da formação técnica

profissional.

Um dos maiores problemas enfrentados pela educação no Estado do Paraná é

a evasão escolar, principalmente no Ensino Médio. A evasão escolar não é

um fator unicamente educacional, mas social e econômico. Jovens e

adolescentes deixam a escola para trabalhar, não conseguem conciliar o

trabalho com os estudos, chegam cansados, atrasados para as primeiras

aulas, não acompanham os conteúdos e acabam desistindo. A escola não dá

conta de resolver esses problemas, pois eles ganham outras dimensões.

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Os problemas da evasão, da reprovação e da educação sem qualidade social

são conseqüências da falta de investimentos na educação. Os governos

federal e estadual continuam investindo menos do que deveriam na

educação (o governo estadual deve investir no mínimo 25% da arrecadação).

Não investem na carreira, no salário e na formação inicial e continuada dos

profissionais da educação. Não destinam verbas suficientes às escolas para

que possam recuperar e ampliar suas instalações garantindo uma infra-

estrutura adequada para o trabalho pedagógico de qualidade, e que

contemplem adaptações adequadas às pessoas com necessidades

educativas especiais, bem como espaços para atividades artísticas,

esportivas e recreativas.

A realidade educacional atual precisa imediatamente de mudanças, pois uma

quantidade significativa da população que necessita da escola pública,

recebe educação deficitária, gerada pela rotatividade de professores nas

escolas; pelo despreparo de muitos professores que assumem aulas que não

estão dentro de sua área de formação; pelo acúmulo de carga horária

(excesso de aulas semanais - 60 horas/aula) dos professores; pela ausência

de formação continuada eficiente tanto dos professores quanto dos

funcionários; pela falta de um regime diferenciado de trabalho com

dedicação exclusiva; pela falta de um plano de carreira adequado para os

funcionários com perspectivas de progressão na carreira. Agravando esses

problemas, estão as estruturas físicas e as instalações inadequadas das

escolas com bibliotecas desatualizadas e acervo bibliográfico insuficiente,

falta de material didático pedagógico para o trabalho dos professores e

laboratórios de Química, Física, Biologia e Informática.

O Governo Requião (2003-2006) iniciou um processo de transformação na

educação pública paranaense que está sendo reconhecida no Brasil. Visando

melhorar a qualidade do ensino, implantou o livro didático gratuito, o portal

Dia-a-dia Educação visando um modelo de aprendizagem colaborativa e

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como parte do processo de formação continuada dos professores com o

projeto Folhas, o Grupo de Trabalho em Rede e os Objetos de Aprendizagem

Colaborativa; o Programa Paraná Digital que contempla 40 mil computadores

e toda a rede escolar interligada com Internet de fibra ótica ou via satélite; a

TV Paulo Freire, o plano de cargos e salários, concurso público, o retorno da

Educação Física e do Ensino Fundamental no período noturno, a ampliação da

carga horária do noturno de 20 para 25 horas-aula semanais, a implantação

da hora atividade remunerada ao professor, a construção de novos colégios e

salas de aula, o Programa Paraná Alfabetizado e a volta do ensino

profissionalizante. A Lei 15.228/06 - Instituiu a obrigatoriedade das

disciplinas de filosofia e sociologia na grade curricular do ensino médio.

Criou-se também o PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, com

ações na modalidade de educação à distância que visam a interação entre os

professores.

Reeleito para o período (2007-2010) o governo Requião está realizando novo

concurso público e anunciou o aumento de verbas para a educação. O PEC

(Proposta de Emenda Constitucional) - amplia de 25% para 30% os recursos

para a educação pública. Algumas escolas estão recebendo recursos para

reformas e está em fase de implantação a TV Pendrive, um projeto que prevê

televisores de 29’ com entradas para cartão de memória e pen drive para

todas as salas de aula da rede estadual, bem como um pen drive para cada

professor, abrindo oportunidades de uso de recursos tecnológicos como

forma pedagógica.

Esperamos que essas mudanças possam realmente melhorar o quadro da

qualidade educacional no Paraná. Porém, sabemos que os resultados

aparecem em longo prazo e não temos ainda condições de medir

adequadamente os resultados efetivos dessas ações iniciadas com o governo

Requião.

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5.3 A realidade do município de Campo Mourão

O município de Campo Mourão está situado numa região economicamente

privilegiada, conta com uma agricultura desenvolvida, excelente estrutura

urbana, boa posição geográfica, possuindo um dos maiores entroncamentos

rodoviários do sul do país. No entanto, é um município cuja população sofre

pela ausência de políticas sociais e com o predomínio do monopólio da

agricultura. O latifúndio e a mecanização do campo têm expulsado os

trabalhadores para a cidade. Esses trabalhadores não estão preparados para

a vida urbana e, desempregados, passam a viver marginalizados.

As escolas estaduais e municipais recebem, em sua maioria, alunos advindos

de meios sociais precários, crianças desnutridas, carentes de afetividade,

com problemas psicológicos, sem recursos financeiros para adquirir os

materiais escolares. Esses alunos encontram uma escola igualmente sem

estrutura física e financeira para atendê-los com qualidade. Enfim, todos os

problemas que ocorrem no país e no Estado, são encontrados em Campo

Mourão. Nessa cidade, o Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries é ofertado

pela rede municipal em 22 estabelecimentos de ensino, sendo que 5 destas

escolas atendem de 1ª à 8ª séries. O Ensino Médio público é ofertado em 14

escolas da rede estadual e em 1 da rede federal.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os índices de reprovação

na rede municipal são mais elevados na 1ª e na 5ª séries. Na 1ª série

constata-se que a falta de contato com materiais escritos em casa dificulta a

aprendizagem. Na escola, alguns fatores contribuem para a retenção do

aluno como, a metodologia, a forma de avaliar, o número excessivo de

alunos na sala de aula, dentre outros.

Em relação à 5ª série, entre os fatores que levam à reprovação segundo a

Secretaria Municipal de Educação, estão a fragmentação entre a 4ª e 5ª

33

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série, a falta de interesse e a indisciplina dos alunos, o não

comprometimento e acompanhamento da família, o número excessivo de

alunos por sala de aula, a metodologia, a avaliação e as condições de

trabalho dos professores.

No Ensino Médio, constata-se que as causas mais freqüentes de reprovação e

evasão escolar são, a gravidez na adolescência, a falta de interesse, a

dificuldade de conciliar o trabalho com os estudos, a falta de estímulo da

família, a metodologia adotada pelas escolas e a avaliação.

A realidade educacional no município de Campo Mourão precisa ser

melhorada, ainda é grande a falta de estrutura das escolas, salas com

excessivo número de alunos, bibliotecas defasadas, falta de funcionários e

outros fatores que levam à evasão e reprovação dos alunos.

5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo

O Colégio Estadual Unidade Polo localiza-se no limite entre o centro e os

bairros em seu entorno. A escola não apresenta grande distinção entre os

três períodos, ou seja, nos períodos matutino, vespertino e noturno, estão

matriculados alunos provenientes de famílias com nível sócio-econômico de

classe média e baixa.

De acordo com o Relatório Final Anual de 2003 e 2004, a reprovação neste

colégio atingiu índices elevados. No período matutino (7ª, 8ª EF e 1ª à 3ª

EM), houve aumento nos índices de reprovações de 2003 para 2004 nas 8ª

séries (2003= 7,9%; 2004= 9,5%), nas 1ª séries (2003= 4,0%; 2004= 9,0%)

e nas 2ª séries (2003= 0%; 2004= 5,3%).

34

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Em 2005 e 2006 houve melhoras. A 7ª série em 2005 do período matutino

teve somente 5% de reprovação e em 2006 passou a ser ofertada somente

no período vespertino. A reprovação nas 8ª séries caiu de 23,37% em 2005

para 17,22% em 2006. Nas demais séries também: 1ª séries (2005= 25,23%

e 2006= 6,17%), nas 2ª séries (2005= 15,51% e 2006= 2%) e nas 3ª séries

(2005= 7,14% e 2006= 1,28%).

No período vespertino (5ª à 7ª EF), os índices acusam uma ligeira queda nas

reprovações do ano de 2003 para 2004, nas 5ª e 6ª séries. Nas 5ª séries, em

2003, a reprovação atingiu 16,3%, em 2004, o índice caiu para 14,1%. A

queda no índice de reprovação nas 6ª séries foi maior, em 2003, 17,8% dos

alunos reprovaram, em 2004, foram 11,4%. Nas 7ª séries, em 2003, a

reprovação foi de 11,8% e, em 2004, 14,3%, portanto houve aumento no

número de alunos reprovados.

Em 2005 e 2006 também houve queda no índice de reprovação em todas as

séries do período vespertino: 5ª séries (2005= 30,12% e 2006=21,65%), nas

6ª séries (2005= 36,87% e 2006= 6,74%) e nas 7ª séries (2005= 30,43% e

2006= 5,83%).

No período noturno, os índices de reprovações sofreram um aumento

significativo nas 1ª séries (2003= 10,1%; 2004= 16,8%), nas 2ª séries

(2003= 9,7%; 2004= 14,4%) e nas 3ª séries (2003= 9,7%; 2004= 16,3%) do

Ensino Médio em 2003 e 2004.

Em 2005 e 2006 houve queda no índice de reprovação em todas as séries: 1ª

série do Ensino Médio (2005= 10,16% e 2006= 1,42%), na 2ª série (2005=

11,49% e 2006= 1,49%) e na 3ª série (2005= 7,79% e 2006= 2,22%).

A evasão no período noturno sofreu uma elevação considerável no ano de

2004, quando comparada com os índices de 2003. No período noturno, em

2003 este índice foi de 19,86% e em 2004 elevou-se para 22,69%. No

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período vespertino houve queda no índice de evadidos, já que em 2003

evadiram-se da escola 1,28% e em 2004 foram 0,81%. O mesmo ocorreu

com o período matutino, em 2003, 1,80% de alunos evadiram-se e, em 2004

foram 1,57%.

Em 2005 e 2006 o período noturno elevou ainda mais o índice de evasão

(2005= 23,63% e 2006= 34,05%). No período vespertino também houve

elevação e ligeira queda (2005= 3,57% e 2006= 3,01%). No período

matutino os índices se elevaram ainda mais (2005= 4,82% e 2006= 6,18%).

A evasão e a reprovação preocupam a comunidade escolar. Essa escola está

longe de alcançar os objetivos propostos nesse Projeto Político Pedagógico.

Sabemos que muitos fatores interferem no processo de ensino-aprendizagem

e serão explicitados no decorrer dos textos que sucederão a este. Temos a

convicção que o desafio é grande, mas a escola continuará desenvolvendo o

Projeto contra a evasão e reprovação escolar, em andamento desde 2004, e

todas as ações estarão voltadas à redução dos índices de reprovados e

evadidos dessa instituição escolar.

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6 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES

NA PRÁTICA DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS

No Brasil, a ausência de uma política educacional comprometida com a

universalização da escola pública com qualidade social, aumenta os índices

de evasão e reprovação. A massificação do ensino sem qualidade foi

acompanhada de um processo de exclusão por dentro do sistema, com

reprovação, evasão, gestão autoritária, avaliação quantitativa, aceleração de

estudos, prédios ruins, salas de aulas superlotadas com iluminação

inadequada, ausência de recursos didáticos, arrocho salarial e falta de

condições de trabalho adequadas para os trabalhadores em educação.

Vivemos numa sociedade em crise, sem perspectiva de sonhos, de projetos,

de utopias, com modelos sociais que se desmancham e novos que vêm

ocupando seu lugar. Identificamos nossos jovens sendo movidos pelo

imediatismo e hedonismo, que expressam valores de consumo fácil, do

pouco esforço físico e intelectual. Neste contexto, a escola não tem

conseguido ser espaço de socialização e reflexão coletiva no sentido de

desvelar o mundo, problematizá-lo do ponto de vista ético, político e

econômico e assim repensar sua função.

Nas décadas de 80 e 90, com o avanço do neoliberalismo, a educação

pública aderiu à lógica da mercantilização. As questões pedagógicas

tomaram um outro rumo, pois, o currículo passou a ser visto como um rol de

competências e habilidades voltadas para o mercado de trabalho, através de

parâmetros curriculares vagos e imprecisos sem o compromisso com a

transformação da sociedade e com os trabalhadores. Temas essenciais da

educação foram abandonados, entre eles, os debates acerca dos

trabalhadores em educação como intelectuais, a organização da escola de

maneira coletiva e solidária, a gestão democrática, o significado e a função

do conhecimento trabalhado na escola, entre outros.

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Desvelar uma sociedade injusta implica em explicitar as condições de

trabalho, de salário e a intrínseca relação entre o pedagógico, o político e o

econômico. A realidade da escola pública brasileira, ainda é, permeada por

muitas contradições. Nela lutamos, indagamos e sonhamos, anunciando um

mundo com perspectivas.

Estamos nos propondo a reorganizar a escola pública e a repensar o

currículo. Para tanto, é preciso colocar na pauta de nossas reflexões as

mudanças econômicas, sociais, culturais, científicas e políticas, vivenciadas

nas últimas décadas no mundo. Novos problemas exigem novas respostas.

Porém, antes disso é necessário discutir e estabelecer que relações

queremos criar ou ao menos apontar outras formas de relações nessa

comunidade escolar. Afirmamos que “na base de todas as relações humanas,

determinando e condicionando a vida, está o trabalho, uma atividade

intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção dos

bens necessários à vida humana”.

Ao estabelecer as relações em nossa comunidade escolar, devemos estar

atentos à construção de um currículo que interrogue a realidade e que nos

permita ser interrogados pela sociedade. Estabelecer sempre o aspecto

público da escola. Tornar as relações mais democráticas permanentemente,

mostrando que a educação não é mercadoria, não pode ser vendida. É um

direito da sociedade.

O trabalho e o emprego estão na base da produção, da criação de riqueza e

bem estar e se ligam às decisões sobre o que e como produzir e como

organizar a reprodução da vida humana. Isso implica em olhar para o

conjunto das necessidades da população, em particular trabalho e emprego,

para avançar na construção de uma sociedade com igualdade. Alertar que a

economia está voltada para os mega projetos que beneficiam as

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transnacionais e o agronegócio. É preciso compreender a política econômica

do país para intervir nos seus rumos.

Na sociedade de mercado, dominada pela busca incansável do lucro, há um

predomínio das empresas transnacionais que vão destruindo os sistemas

locais de produção, circulação e venda dos produtos. Enfrentar essa realidade

para melhorar as condições da classe trabalhadora é fundamental.

O programa Fome Zero atua a partir de 4 eixos articuladores: acesso aos

alimentos, fortalecimento da agricultura familiar, geração de renda e

articulação, mobilização e controle social. O programa Bolsa Família1 é

considerado o carro chefe do Fome Zero. Dos 1090 alunos matriculados no

Colégio Unidade Pólo em 2007, 156 participam deste programa (15%).

Outra mudança ocorrida no Brasil nos anos 90 foi a distribuição de renda do

trabalho das mulheres. De acordo com o IBGE, a média de salários aumentou

de 28,7% em termos reais de 1889 e 1999. Estes resultados têm sugerido

novas discussões e estudos sobre políticas para a continuação do processo

de melhora do padrão de distribuição de renda no país. As atuais linhas de

pesquisa enfatizam, sobretudo, a importância da educação para reduzir a

desigualdade de renda.

A melhora no padrão de distribuição de renda do trabalho, aconteceu

paralelamente a uma aceleração da taxa de crescimento do número médio

de anos de estudo da população. A média de anos de estudo aumentou de

4,55 em 1989 para 5,75 em 1999. Este fato ilustra a importância da

educação para a distribuição de renda do trabalho.

1 Programa Bolsa Família (PBF) é um programa brasileiro de transferência direta de renda destinado às famílias em situação de pobreza, com renda per capta de até R$ 120,00 mensais, que associa à transferência do benefício financeiro o acesso aos direitos básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social.

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Em 1999 quase 40% da população empregada recebeu menos de 3 salários

mínimos por mês, enquanto os 1,6% mais ricos receberam mais de 20

salários mínimos. Além disso, 40,6% da população não teve renda.

Durante as últimas 4 décadas a concentração de renda no Brasil se manteve

praticamente inalterada, oscilando entre as 10 últimas posições do mundo. O

primeiro avanço significativo para melhora da desigualdade econômica no

país ocorreu em 2004, com o programa Bolsa Família do governo Lula. A taxa

de crescimento de renda per capta para os mais pobres foi de 14,1%,

enquanto a renda per capta média cresceu 3,6% no mesmo período.

A distribuição de renda no Brasil é tão desigual que “a metade pobre da

população brasileira ganha em soma quase o mesmo valor (12,5% da renda

nacional) que os 1% mais ricos (13,3%).

A afirmação da diversidade e a exigência da abolição das diferentes formas

de opressão - de gênero, de raça, de geração, de liberdade sexual, contra as

pessoas com necessidades educativas especiais – têm sido eixos de lutas dos

movimentos sociais, bem como a preocupação com as questões ambientais e

a exigência da participação popular, através de Fóruns, Conselhos e da

constituição de Redes Solidárias de colaboração, de produção e de consumo

que inauguram uma nova economia. O sistema capitalista reage de várias

maneiras, com guerras, massacres étnicos, imposições econômicas e com a

mídia cooptada, causando prejuízo à informação e à autonomia da classe

trabalhadora.

Reconstruir a escola pública paranaense, depois de oito anos de governo com

políticas neoliberais é tarefa árdua para os profissionais da educação, os

alunos, os pais e o atual governo do Estado. Ao governo estadual cabe o

compromisso de implantar, após discussão coletiva com os profissionais da

educação, políticas educacionais que garantam a reconstrução da escola

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pública para avançar na direção de uma escola que não separe instrução de

educação. Como dizia Gramsci, uma Escola Unitária, uma escola que não

separe o pensar do fazer, uma escola que instaure nossas relações entre

trabalho intelectual e trabalho manual, que seja um espaço de formação

humana pautada no acesso ao conhecimento como condição fundamental

para a transformação da sociedade.

A escola pública que queremos tem que ser conquistada e construída por

todos. O desafio que nos cabe é o de construir coletiva e democraticamente

esta escola. Acreditamos que esse sonho é possível. E o caminho, além da

luta constante, é iniciarmos pelo estudo, discussão, análise, debate e

proposições da escola que queremos, na comunidade, com professores,

funcionários, pais e alunos.

O governo tem a obrigação de investir recursos financeiros nas políticas

educacionais. Dentre elas está a formação continuada para os trabalhadores

em educação. Essa deve fazer parte de uma política de qualificação

profissional, com qualidade do ponto de vista pedagógico, ético, político e

técnico dos trabalhadores em educação. Isso só é possível através de um

programa de formação e adoção de uma política de aperfeiçoamento

sistemático, com investimento na capacitação docente e dos demais

trabalhadores em educação. Portanto, os profissionais da educação devem

estar inseridos no processo de construção do Plano Estadual de Educação,

enquanto sujeitos do fazer político-pedagógico.

Em relação à gestão democrática na educação, entendemos que ela é, antes

de tudo, um processo onde todos os que participam são representantes dos

segmentos sociais que formam a comunidade escolar. Sua forma de ação

acontece através de mecanismos como o Conselho Escolar, Associação de

Pais, Mestres e Funcionários, a elaboração do Projeto Político Pedagógico da

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escola, bem como a eleição direta para diretores dos estabelecimentos de

ensino.

A realização de eleição direta para a direção da escola garante a sua

autonomia pedagógica, além de cumprir um dispositivo constitucional. A

Constituição Estadual, em seu artigo 178, inciso VII, garante a “gestão

democrática e colegiada das instituições de ensino mantidas pelo Poder

Público estadual, adotando-se sistema eletivo, direto e secreto, na escolha

dos dirigentes, na forma da lei”. Portanto, esse processo deve ser plural,

democrático e representativo. Sendo assim, alguns indicadores são

fundamentais na construção da gestão democrática, como a autonomia, a

representatividade social e a formação da cidadania. A autonomia é

entendida aqui como a autonomia pedagógica necessária para a comunidade

escolar elaborar o seu Projeto Político Pedagógico, escolher diretamente seus

dirigentes e, a escola ter como instância máxima, o Conselho Escolar

pensando na administração da educação sempre à luz da natureza do

trabalho pedagógico, buscando sua universalização, enquanto acesso de

todos e, sua universalidade, enquanto conhecimento.

A inclusão no sistema de ensino regular, de crianças e jovens, com

necessidades educativas especiais, suscita um amplo debate na sociedade e

coloca-se como um grande desafio. Entende-se por Educação Especial, para

os efeitos legais, a modalidade de educação escolar, oferecida

preferencialmente na rede regular de ensino (desde que atendidas as

condições), para educandos com necessidades especiais. O compromisso do

Estado deve ser na manutenção de um modelo público de educação especial,

em todas as modalidades, como educação precoce, iniciação profissional,

habilitação e qualificação para o trabalho, ensino médio e superior.

É fundamental a efetivação de políticas educacionais que incluam, de forma

adequada, humana e com dignidade, as crianças e adolescentes com

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necessidades educacionais especiais. As pessoas com necessidades

especiais de aprendizagem ou de locomoção têm direito ao acesso à

educação de qualidade, de forma que sua singularidade seja respeitada,

superando toda forma de preconceitos e limitações estruturais e de recursos

humanos para recebê-las com qualidade.

Lutamos pela garantia ao acesso e permanência dos alunos com

necessidades educativas especiais nas escolas comuns e especializadas,

prioritariamente públicas. Mas não podemos admitir que estas pessoas sejam

matriculadas aleatoriamente nas escolas sem antes serem tomadas medidas

que afirmem seus direitos de forma digna.

O governo deve investir recursos financeiros para a formação continuada dos

profissionais da educação para que os alunos com necessidades educativas

especiais possam ser educados com qualidade. Para tanto, é necessário

realizar a adequação curricular, a destinação de recursos financeiros para a

adequação de instalações físicas apropriadas, como a remoção de barreiras

arquitetônicas e outras adaptações que se fizerem prementes; a aquisição de

material especializado às diferentes deficiências, com qualidade e em

quantidade aceitáveis, como acervo bibliográfico, videoteca, equipamentos,

materiais específicos com impressoras em Braille, acervo bibliográfico em

Braille, fitoteca, grupo de ledores voluntários ou bolsistas, intérpretes para

LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais (APP-Sindicato, 2001, p.44) .

Os investimentos financeiros do governo do Estado não podem se restringir

ao espaço escolar. O governo deve investir no transporte adequado aos

educandos com necessidades educativas especiais, nas equipes

interdisciplinares e de saúde, na avaliação diagnóstica, na relação adequada

ao número de alunos por professor.

Outro tema que se apresenta como desafiador para o debate, são as relações

étnico-raciais. O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, é um

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país plural em sua identidade. Contudo, ao longo da nossa história o

preconceito e as relações de discriminação e exclusão social impedem muitos

brasileiros da vivência plena de sua cidadania.

Na sociedade brasileira, uma questão a ser tratada, é a superação da

discriminação, onde o grande desafio da escola é investir na mudança dessa

realidade. Sendo assim, é necessário conhecer e reconhecer a riqueza

apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio,

cultural e econômico brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos

sociais.

É imprescindível tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e

valorizando-a, sendo que superar as discriminações é atuar sobre um dos

mecanismos de exclusão, tarefa necessária, ainda que insuficiente para se

caminhar na direção de uma sociedade mais democrática. É um imperativo

do trabalho docente a construção para e na cidadania, uma vez que tanto a

desvalorização cultural, quanto a discriminação são entraves à plenitude da

cidadania de todos, portanto da própria nação.

A Lei 10.639, assinada em 09 de janeiro de 2003 pelo Presidente da

República Luis Inácio Lula da Silva e o Ministro da Educação Cristóvan

Buarque, alterou dispositivos da LDB (Lei nº 9394/96) e tornou obrigatório o

ensino da temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos

estabelecimentos de ensino da Educação Básica do país. Em 10 de março de

2004, o Conselho Nacional de Educação aprovou o parecer 003/2004,

instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnicos-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

A temática deve ser trabalhada no âmbito de todo o currículo escolar, mas

preferencialmente nas disciplinas de História, Língua Portuguesa e Literatura

e Educação Artística.

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A Lei 10.639/03 soma-se a luta pela implementação de políticas afirmativas

para a superação do quadro caótico produzido pela estrutura do racismo e de

classe presentes na sociedade brasileira. A implementação dessa lei, embora

esteja em vigor no papel, é um desafio constante. Faz-se necessário que ao

implantar a lei, o poder público e nós educadores, desenvolvamos uma

pedagogia multiracial, em que as vozes e os saberes das diversas etnias

estejam presentes no cotidiano escolar. Desenvolver práticas pedagógicas no

interior da escola que promovam a igualdade racial deverá fazer parte da

especificidade do trabalho do educador porque a escola que defendemos - a

de elevação cultural da classe trabalhadora - visando à transformação social,

não poderá, em seu currículo e na sua práxis educativa, fechar os olhos aos

milhares de negros e negras presentes em seu cotidiano.

Da mesma forma, as questões ambientais em discussão no mundo hoje, nos

apontam que é necessário cuidar da natureza. Para tanto, a educação

ambiental torna-se aliada na compreensão de que a sociedade e a natureza

interagem, afetando-se mutuamente. Os seres humanos não são vítimas

nem senhores da natureza, mas guardiões de algo que não deve ser

explorado irracionalmente, nem permanecer totalmente intocado. A Agenda

21 Escolar é grande aliada nesse trabalho.

A Agenda 21 é um documento que contém programa de ação, que prevê

iniciativas e ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida de toda a

população, onde a participação de todos os setores sociais é condição

indispensável para a sua construção e viabilidade.

A Agenda 21 é composta pela Agenda Global, Brasileira, Estadual, Local,

resultando dessas, a proposta para a elaboração da Agenda Escolar. A escola

tem influência efetiva, não apenas dentro dos seus muros, nos momentos

formais de formação de seus alunos, mas em toda a comunidade formada

pelos respectivos familiares e moradores de seu entorno.

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As atividades referentes à Agenda 21 Escolar devem ser desenvolvidas no

coletivo a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o

desenvolvimento do projeto abordando o tema definido, buscando

conscientizar a comunidade escolar na busca de soluções visando uma

melhor qualidade de vida, onde a participação de todos é fundamental para

um resultado positivo.

Somos trabalhadores e construímos a educação de nosso Estado. Nossa

ferramenta de trabalho é o conhecimento. Sabemos que através dele é

possível contribuirmos para a transformação da sociedade. Estamos

motivados a construir a educação que sonhamos. No sonho que nos alimenta

a educação não é mercadoria, o lucro não é a medida de todas as coisas. O

que nos move é a vida humana em sua integridade cultural, ética, política e

social.

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7 CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES

O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as

concepções de homem, sociedade, trabalho, educação, cultura, ciência e

tecnologia. Os conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo da

escola, definidos em reuniões e pesquisados nas teorias contemporâneas e

progressistas relativas aos pressupostos.

Nesta perspectiva, concebemos o homem como um ser natural e social. Para

sobreviver ele precisa relacionar-se com a natureza, já que dela provêm as

condições que lhe permitem perpetuar-se enquanto espécie. Na busca das

condições para a sua sobrevivência, o ser humano atua sobre a natureza

transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse

processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado

momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência dessas,

ele produz conhecimentos que são produzidos e transmitidos de geração a

geração. A transmissão dessas experiências e conhecimentos se dá por meio

da educação e da cultura.

Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A interação homem-

natureza é um processo permanente, de mútua transformação e se constitui

no processo de produção da existência humana. Sua ação é intencional e

planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais

que são apropriados de diferentes formas pela humanidade.

O processo de produção da existência humana é um processo social, sendo

assim, o ser humano não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros

para sobreviver. Existe interdependência dos seres humanos em todas as

formas da atividade humana, sejam quais forem suas necessidades, desde a

produção de bens até a elaboração de conhecimentos, costumes, valores.

Essas necessidades são criadas, atendidas e transformadas a partir da

organização e do estabelecimento de relações entre os homens.

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Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a

vida, está o trabalho, uma atividade intencional que envolve formas de

organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida humana.

Essa organização implica uma dada maneira de dividir o trabalho necessário

à sociedade, ao mesmo tempo em que o condiciona. A forma de dividir e

organizar o trabalho determina também a relação entre os homens na

organização política e social, sobretudo quanto à propriedade dos

instrumentos e materiais utilizados e à apropriação do produto do trabalho.

Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, do

homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na

produção de bens. Assim, é preciso compreender que o trabalho não

acontece de forma tranqüila, já que está impregnado de relações de poder.

O desenvolvimento do homem e de sua história não depende de um único

fator. Seu desenvolvimento ocorre a partir do suprimento de suas

necessidades materiais, da forma de satisfazê-las, da forma de se relacionar

para tal e das idéias produzidas. Nesse processo do desenvolvimento

humano multideterminado, que envolve inter-relações e interferências

recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica é o

determinante fundamental.

A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com diferentes

ideologias, histórias e culturas; uma sociedade capitalista, na qual a maioria

dos indivíduos não tem acesso ao desenvolvimento, tendo poucas

oportunidades sobre a ação social.

As condições econômicas em sociedades baseadas na propriedade privada

resultam em grupos com interesses conflitantes, com possibilidades

diferentes no interior da sociedade, ou seja, resultam num conflito entre

classes. Em qualquer sociedade onde existem relações que envolvem

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interesses antagônicos, as idéias refletem essas diferenças. E, embora

acabem por predominar aquelas que representam os interesses do grupo

dominante, há possibilidades de se produzir idéias que representam a

realidade do ponto de vista de outro grupo, reflete a possibilidade de

transformação que está presente na própria sociedade.

Segundo Dermeval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as

leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Estas leis não são naturais,

mas sim históricas, ou seja, são leis que se constituem historicamente.

Para a sociedade que queremos, faz-se necessário proporcionar ações que

contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma

sociedade mais esclarecida, que tenha conhecimento do seu processo

histórico e compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não

são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca

construir oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que a

compõem. Ainda, uma sociedade que combata o individualismo que gera

conformismo. Uma sociedade em que vigore e valorize o ser e não o ter.

Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o conhecimento

referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes formas

(senso comum, científico, tecnológico, filosófico, estético, etc) exprime as

condições materiais de um dado momento histórico.

O conhecimento é construído através das relações de trabalho dos homens.

Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma

concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade. Como uma das

formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua história,

a ciência é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada

momento histórico, ao mesmo tempo em que nelas interfere.

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A ciência caracteriza-se pela necessidade do homem de explicar, através de

métodos, os fatos observados, de forma sistematizada. É a tentativa de o

homem entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis

que, em última instância, permitam a atuação humana.

Tanto o processo de construção de conhecimento científico quanto seu

produto refletem o desenvolvimento e a ruptura ocorridos nos diferentes

momentos da história. Em outras palavras, os antagonismos presentes em

cada modo de produção e as transformações de um modo de produção a

outro, são transpostos para as idéias científicas elaboradas pelo homem.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou

transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido

de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e

sociais da classe dominante, não atingindo a totalidade da população.

O conhecimento acadêmico é fruto de disputas políticas. Portanto, estudar a

produção científica de cada área é conhecer não apenas o que está sendo

produzido, mas quais são as principais discussões e disputas que se

processam no espaço acadêmico e compreender sua historicidade, ou seja,

porque estas questões estão sendo postas neste momento histórico e qual o

contexto em que surgem. A ciência não é neutra; ela é produzida em torno

de discordâncias e disputas.

O conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento escolar ao

adentrar a escola, adquirindo objetivos próprios. A incorporação dos avanços

da ciência e da tecnologia aos programas escolares deve passar pelo estudo

do caráter histórico da produção do conhecimento. Cabe à escola socializar e,

possibilitar a apropriação deste conhecimento pelos educandos,

representantes da classe trabalhadora, permitindo aos mesmos, reconhecer

e defender seus interesses.

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A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes

científicos produzidos pela humanidade e permitir que os estudantes

desvelem a realidade. Esse processo é indispensável para que não apenas

conheçam e saibam o mundo em que vivem, mas com isso saibam nele atuar

e transformá-lo.

Diante do exposto, queremos para nossa escola um conhecimento dinâmico

com liberdade na troca de experiências, que busque inovações, procurando

sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, por em prática o

conhecimento científico mediado pela escola, adquirindo senso crítico e

autonomia para tomada de decisões. O conhecimento é percebido quando há

manifestação de mudança de atitudes e comportamentos, na prática social.

Portanto, o conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-ação

simultaneamente, possibilitando a transformação social.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode

ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. De

acordo com Dermeval Saviani, a ”educação é um fenômeno próprio dos seres

humanos, o que significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma

experiência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um

processo de trabalho” (SAVIANI, 1992, p. 19).

Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo essa

libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um

conhecimento científico, político e cultural, visando formar um cidadão crítico

e consciente de seus direitos e deveres, preparado para a vida. Um indivíduo

capaz de interagir com o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada.

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural. A cultura é resultado de toda a produção e, segundo

Saviani, “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e

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intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o

processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o

mundo da cultura” (SAVIANI, 1992, p. 19).

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis as manifestações e expressões

culturais de grupos dominados, observam-se o predomínio de formas

culturais produzidas e veiculadas pelos meios de comunicação de massa, nas

quais aparecem de forma destacadas as produções culturais em sua

dimensão material e não-material da classe dominante.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de

cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais

diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas

populares de forma a levá-las à produção de uma cultura erudita, como

afirma Saviani, “a mediação da escola, instituição especializada para operar

a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular

à cultura erudita; assume um papel político fundamental” (SAVIANI, 1995, p.

20).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita,

cabe à escola aproveitar essa diversidade existente para conhecer e

vivenciar o multiculturalismo, que vise a transformação do ser humano, da

sociedade e do mundo. Não existe uma cultura inferior ou superior a outra, o

que temos é uma diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada,

respeitada e reconhecida como parte do ser humano.

No contexto educacional, a tecnologia deve ser entendida como uma

ferramenta sofisticada e alternativa, pois a mesma pode contribuir para o

aumento das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma

forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as

áreas. É necessário continuar lutando pela escolarização como um bem

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público, contra a domesticação política, contribuindo para que a educação

em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para

que os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria

concepção de poder.

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação

tecnológica não será suficiente para o acesso de todos à escola, sem que

haja uma vontade e ação política possibilitando investimentos para que

esses recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam

contribuir para o desenvolvimento do pensar. Os recursos tecnológicos

podem estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e

histórico-social, possibilitando que o indivíduo passe a pensar sobre a

realidade em que se encontra, tornando-se cidadão consciente.

A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire

quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa

dinâmica do pensar, a escola exerce um papel fundamental, bem como,

todos os profissionais que nela se encontram inseridos.

De acordo com Leonardo Boff, “cidadania é um processo histórico-social que

capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização

e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser

massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu

próprio destino” (BOFF, 2000, p. 51). Sendo assim, a formatação da cidadania

acontecerá quando o indivíduo conseguir sair do conformismo em que se

encontra, onde o poder público assume um papel paternalista/assistencialista

e o indivíduo o papel de dependência desse sistema. Para atingir o objetivo

de construir uma escola democrática, igualitária, participativa, formativa e

crítica, é necessária a concepção de uma cidadania plena e consciente dos

direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.

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8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação no contexto escolar deve centrar-se na forma como o aluno

aprende, sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa

construção pessoal do sujeito que aprende, influenciada tanto pelas

características pessoais quanto pelo contexto social. Com tal abrangência, a

avaliação deve ser contínua, formativa, na perspectiva do desenvolvimento

integral do aluno, com objetivo de detectar e prevenir os problemas

identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e

identificando as possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando

uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a participação efetiva

do professor nesse processo.

A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do

processo educacional e como meio de transformação da realidade escolar

partindo da observação, da análise, de reflexão crítica sobre a

realidade/contexto. Esse processo exige o envolvimento, o comprometimento

e a responsabilidade de todos no processo de avaliação, onde estabelecem

as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de

ensino e de aprendizagem, na construção de uma educação transformadora,

cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi, “a

prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação

deverá estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao

estabelecimento da autonomia do educando, pois o novo modelo social exige

a participação democrática de todos”. (LUCKESI, 2002, p. 32).

A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no

círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar

ou redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação

diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida

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com uma concepção pedagógica. Sendo essa preocupada com a perspectiva

de que o educando deverá apropriar-se criticamente do conhecimento.

A avaliação que se realiza em nossas escolas, não está garantindo a

qualidade do ensino, não está sendo democrática, nem tão pouco está

servindo para transformar uma sociedade que se caracteriza pelo modo

capitalista de produção e coloca-se cada vez mais competitiva e excludente.

A pedagogia do exame é ainda reinante e a avaliação é tomada como

sinônimo de controle, um momento de aplicação de provas, onde são

classificados através de números, letras e pareceres que em nada exprime a

real aprendizagem do aluno, serve apenas para classificá-lo, que é o passo

prévio para a seleção e exclusão.

Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos rumos, inovar

o ensino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos, a quem ensinamos

e porque ensinamos para chegar no como avaliar, quem avaliar e para que

avaliar.

Nesta perspectiva, a avaliação servirá para verificar a apropriação do

conhecimento por parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação não

são momentos separados, acontecem de forma contínua em interação

permanente. Os objetivos devem ser bem claros e os conteúdos selecionados

pelo seu grau de importância para a vida do aluno. A avaliação deve ser

parte integrante do processo de aprendizagem, deve ser incorporada às

atividades normais da sala de aula, envolvendo os alunos no processo

chamado de auto-avaliação, a fim de que possam refletir sobre como e o

quanto aprenderam.

A avaliação não pode limitar-se apenas na etapa final de uma determinada

prática. Ela deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir.

Quando se constata que o aluno não aprendeu o que foi ensinado, o

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professor deve rever os programas, retificá-los, repensar a metodologia,

descobrir falhas no processo, buscar outros caminhos, lançar novas

indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores resultados.

Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível.

Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a educação

desde suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas

burocráticas. Isso implica em mudanças conceituais, redefinição de

conteúdos, das funções docentes e discentes, entre outros. A transformação

da avaliação abrirá caminhos para a construção de novas possibilidades e de

novas questões. Será mais um meio para fazer avançar o processo de

ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo assim,

é necessário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para

propor uma reestruturação interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e

se efetivar a aprendizagem. Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem

se comprometer com o processo de transformação da realidade, alimentando

um novo projeto comum de escola e sociedade” (VASCONCELLOS, 1994, p.

85). Assim, o educador estará consciente que seu trabalho servirá para

construir uma sociedade mais humana e mais justa, onde o direito do saber

não pertence só a uma determinada classe de pessoas.

Neste Colégio pretende-se adotar uma avaliação dentro das disposições

orientadas como regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas na

LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação nº 007/99, sendo contínua,

cumulativa e diagnóstica, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

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9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

A participação do cidadão e o exercício de sua cidadania no campo

educacional e, mais especificamente, na gestão da escola, estão ligados a

um processo mais amplo de extensão da cidadania social à cidadania

educacional. A cultura democrática cria-se com a prática democrática. Os

princípios e as regras dessa prática, embora ligados à natureza universal dos

valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca à natureza da

escola e ao projeto pedagógico de cada escola, a qual não é democrática só

por sua prática administrativa, ela torna-se democrática por toda sua ação

pedagógica, essencialmente educativa.

A escola precisa ser concebida não como uma organização burocrática, mas

como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela

direção, funcionários, professores, pais, alunos e comunidade, onde todos os

envolvidos são considerados cidadãos e atores participantes de um processo

coletivo de fazer educação.

Participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos

demais seguimentos que fazem parte do contexto escolar. Há dois sentidos

de participação articulados entre si. No primeiro sentido, a participação é

ingrediente dos próprios objetivos da escola e da educação. A escola é lugar

de aprender conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais,

afetivas, éticas e estéticas. Mas é também lugar de formação de

competências para a participação na vida social, econômica e cultural. No

segundo sentido, por canais de participação da comunidade, a escola deixa

de ser uma redoma, um lugar fechado e separado da realidade, para

conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a

sociedade civil. Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da

escola, os pais, os professores, os funcionários, os alunos, vão aprendendo a

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sentir-se responsáveis pelas decisões que afetam num âmbito mais amplo da

sociedade.

Alguns princípios básicos da organização e gestão democrática são:

- Autonomia das escolas e da comunidade

- Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe

escolar.

- Envolvimento da comunidade no processo escolar.

- Planejamento coletivo das tarefas.

- A formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos

integrantes da comunidade escolar.

- O processo de tomada de decisões deve basear-se em informações

concretas, analisando cada problema em seus múltiplos aspectos e na

ampla democratização das informações.

- Avaliação compartilhada.

- Relações humanas produtivas e criativas na busca de objetivos comuns.

De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Estadual Unidade Polo –

Ensino Fundamental e Médio, a Gestão Escolar é o processo que rege o

funcionamento da escola, compreendendo a tomada de decisões conjuntas

no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões

administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a

comunidade escolar.

A estrutura organizacional do Colégio Estadual Unidade Polo é composta de:

Conselho Escolar; Equipe de Direção: Direção e Direção Auxiliar; Equipe

Pedagógica: Professor Pedagogo, Corpo Docente, Conselho de Classe; Equipe

Administrativa: Secretaria, Biblioteca e Serviços Gerais; Órgãos

Complementares: Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio

Estudantil.

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O Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio

Estudantil são regidos por Estatutos próprios.

A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da

educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a

ação educativa do estabelecimento. Sendo assim, a Gestão Escolar, como

decorrência do princípio constitucional da democracia e colegialidade, tem

como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.

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10 OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS

10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar

10.1.1 Direção

A Direção é o órgão decisório executivo e co-responsável que supervisiona,

coordena e fiscaliza todas as atividades administrativas e pedagógicas da

instituição de ensino. Ela deve assegurar a fidelidade dos princípios

educacionais do estabelecimento de ensino em sua práxis educativa,

zelando, prioritariamente, pela qualidade dos serviços educacionais e do

ensino praticado na escola.

A função da Direção é de congregar e dinamizar todas as forças vivas da

comunidade educativa e canalizá-las rumo a objetivos educacionais visando

uma qualidade de ensino, procurando integrar todos os organismos da

estrutura administrativa e pedagógica assegurando a unidade de

pensamento e de ação.

É responsabilidade da Direção representar o estabelecimento de ensino, em

caráter oficial, perante as autoridades do poder público e junto às instituições

culturais, profissionais, associativas, sindicais e outras; fazer cumprir as leis e

determinações legais dos órgãos competentes; acompanhar e avaliar o

desempenho profissional dos funcionários e professores; administrar verbas;

cuidar e zelar pelo patrimônio da instituição de ensino.

A Direção deve fazer cumprir as determinações legais da SEED e NRE,

procurando promover o bem estar dos profissionais que atuam na instituição

de ensino, exercendo as demais atribuições inerentes ao cargo.

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10.1.2 Direção Auxiliar

É o órgão responsável pelo comando e assessoramento das atividades

técnico-administrativas em cada turno de funcionamento, zelando pela

manutenção da organização, de tal forma que permita o controle imediato

das ocorrências. Compete ainda à Direção Auxiliar, assessorar a Direção na

determinação de normas gerais de organização e funcionamento do

estabelecimento; prestar esclarecimento aos professores, funcionários, pais e

alunos sobre determinações diversas emanadas da Direção, quando for

solicitado; assessorar a Direção na seleção de mecanismos adequados para o

acompanhamento e controle das atividades realizadas na escola; assessorar

a Direção no provimento dos recursos humanos, físicos, materiais e

financeiros para o colégio; manter atualizada a coletânea de legislação de

ensino, emanada dos órgãos competentes; orientar o pessoal administrativo

em exercício na escola; comunicar à Direção, as providências adotadas na

solução de problemas surgidos; atender às solicitações da Direção, relativas

a assuntos de sua competência; substituir o Diretor em suas faltas ou

impedimentos.

10.1.3 Corpo Docente

O corpo docente é constituído por profissionais que têm a função de ensinar.

Esta prática implica uma reflexão sobre o que, como e por que se ensina.

Assim, envolve competência profissional, a necessidade de estudo e pesquisa

permanente e, o compromisso ético e político com a sociedade e com a

escola pública.

O profissional docente tem a responsabilidade de elaborar o Projeto Político

Pedagógico junto com a comunidade escolar na qual atua, bem como

elaborar e cumprir o seu plano de trabalho em conformidade com o mesmo.

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O docente deve estabelecer uma relação afetiva, ética e política com o

educando. Sendo sua responsabilidade a formação do cidadão solidário,

participativo, ético, responsável, crítico e criativo, capaz de exercer sua

cidadania, fazendo parte de uma sociedade mais justa e igualitária.

O professor tem a incumbência de zelar pela aprendizagem dos seus alunos,

estabelecer estratégias de recuperação aos de menor rendimento, revendo

conteúdos, mudando metodologias, buscando alternativas de ensinar e

aprender. O professor deve cuidar para que não haja discriminação de cor,

raça, sexo, religião e classe social, resguardando sempre o respeito humano

ao aluno.

O docente deve detectar, através do acompanhamento de

ensino/aprendizagem, os possíveis casos de excepcionalidades e encaminhá-

los ao professor pedagogo para avaliação diagnóstica; estimular e garantir a

participação efetiva dos educandos com necessidades educacionais especiais

nas atividades escolares e elaborar, junto à equipe pedagógica, o plano

especial de ensino, fazendo adaptações no currículo e na avaliação, se

houver necessidade.

Cabe ao professor escolher, juntamente à equipe pedagógica, livros e

materiais didáticos conforme a proposta pedagógica da SEED, apresentar

projetos de enriquecimento curricular, novas estratégias de trabalho e

recursos didáticos para melhorar a qualidade de ensino. É responsabilidade

do professor manter o livro de registro de classe atualizado, com todos os

campos devidamente preenchidos, sendo os registros fidedignos à realidade;

comunicar ao professor pedagogo, secretaria ou direção, todos os problemas

referentes ao processo pedagógico, como faltas de alunos, aprendizagem,

comportamento, buscando orientação da equipe pedagógica quando houver

dúvidas relacionadas ao seu trabalho, reavaliar constantemente os

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resultados, procurando rever sua prática quando necessário, buscando novas

alternativas de trabalho.

O professor deverá comparecer às convocações do estabelecimento de

ensino, reuniões, Conselho de Classe, cumprir os dias letivos e horas-aulas

estabelecidas pela Lei e não deixar faltar carga horária ao aluno. Cabe

também ao professor, participar integralmente dos períodos dedicados ao

planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional, colaborar com

as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade, zelar

pelo tratamento aos pais, diante de problemas conflituosos.

A escola pública brasileira ainda está permeada por muitas contradições.

Cabe ao profissional da educação estar refletindo sobre a sua identidade e

sua função. Sabendo que poderá enfrentar desafios e dificuldades concretas.

Portanto, é necessário manter o exercício permanente do diálogo, a

organização do trabalho pedagógico, estar em formação continuada, tendo

sempre o compromisso de buscar uma escola pública de qualidade para

todos.

10.1.4 Professor pedagogo

O professor pedagogo é o profissional responsável pela organização do

trabalho pedagógico escolar e deve, juntamente com a equipe pedagógica da

escola, agir, intervir, lançar novos desafios, quebrar o equilíbrio e, assim,

contribuir com a busca de novos conhecimentos e práticas libertadoras, na

construção da escola pública democrática de qualidade. Entendendo que não

há construção isolada de um projeto de escola, de educação e de sociedade.

O trabalho é coletivo, permanente, e exige a participação, o debate e o

diálogo.

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Cabe ao professor pedagogo, fomentar a organização de espaços na escola,

a fim de possibilitar o debate sobre trabalho pedagógico, definindo em

conjunto, o calendário escolar, a organização das classes, horários, rituais,

metodologias, reuniões por áreas, atividades extra-curriculares, o currículo,

questões disciplinares, avaliação e implementação dos programas de ensino

e projetos pedagógicos para a comunidade escolar.

A organização do trabalho pedagógico está diretamente vinculada ao debate

acerca do modelo de gestão escolar, da construção cotidiana do Projeto

Político Pedagógico, da tomada de decisões nas instâncias colegiadas e na

transparência do uso dos recursos públicos na escola. Portanto, cabe também

ao professor pedagogo, acompanhar a relação entre alunos, funcionários,

professores, direção, pais e comunidade, participar na composição e nas

ações do Conselho Escolar e APMF, participar na formulação e na aplicação

do regulamento da biblioteca, do Regimento Escolar, no cumprimento do

Estatuto da Criança e do Adolescente, participar da discussão sobre o

processo de seleção do livro didático. Enfim, atuar efetivamente em todas as

questões que estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o

exercício cotidiano de busca de coerência entre a teoria e a prática.

O professor pedagogo deve ter o compromisso com as ações pedagógicas

que possibilitam a apropriação do conhecimento de todos, sem discriminação

e preconceitos, estando atento às questões como a evasão, a repetência, o

baixo rendimento escolar, o atendimento às pessoas com necessidades

educativas especiais, questões étnico-raciais. Para tanto deve conduzir

discussões, reflexões, promovendo o trabalho integrado de toda equipe, em

busca de meios para que todos tenham melhor qualidade de ensino, visando

construir caminhos de emancipação. Desvelando dialogicamente a realidade

opressora e o opressor que muitas vezes são reproduzidas na prática

cotidiana escolar. Sendo assim, são necessárias propostas educativas

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voltadas para a formação humana, valorizando o sentido da solidariedade e

fraternidade, o pleno exercício da cidadania.

10.1.5 Secretaria

A Secretaria é o órgão que tem a seu encargo a responsabilidade pela

escrituração, documentação e correspondência do Estabelecimento,

assessorando a Direção em sua área de atuação. Os serviços de Secretaria

são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados.

O cargo de secretário(a) deve ser exercido por profissional devidamente

qualificado para desempenhar essa função, de acordo com as normas da

Secretaria de Estado da Educação (SEED), em ato específico.

O secretário ou a secretária, por condições legais e regimentais, exerce uma

ação ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor

relaciona-se com todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico

e na vida escolar. São atribuições do secretário escolar:

- Responsabilizar-se pelo funcionamento da Secretaria.

- Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores

hierárquicos.

- Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares.

- Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar

e resultado das avaliações dos alunos.

- Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação).

- Manter as estatísticas da escola em dia.

10.1.6 Biblioteca

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A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à

disposição de toda comunidade escolar. A Biblioteca está a cargo de

profissional qualificado, de acordo com a legislação em vigor, com

regulamento próprio, onde estão explicitados sua organização,

funcionamento e as atribuições dos responsáveis. O Regulamento da

Biblioteca deve ser elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da

Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.

A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de

estudos e pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas,

periódicos, além de outros materiais bibliográficos.

O profissional bibliotecário para atuar no serviço de referência e atendimento

aos usuários necessita agir com cordialidade, paciência, bom diálogo e

amabilidade; qualidades estas, indispensáveis para a boa atuação com os

educandos.

10.1.7 Serviços Gerais

Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,

segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela Direção. Compõem esse quadro, as

serventes, a merendeira, o vigia, o inspetor de alunos (essa escola necessita

de inspetor de alunos) e outros previstos em atos específicos da Secretaria

de Estado da Educação. O Colégio Estadual Unidade Polo conta em seu

quadro de serviços gerais com vigia, servente e merendeira.

10.1.7.1 Servente

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Este Estabelecimento de Ensino conta com nove serventes. Este número é

insuficiente para realizar todo o trabalho sob seu encargo que consiste em:

- Prestar auxílio à execução de tarefas relativas às áreas de limpeza e

manutenção e conservação das instalações, mantendo em ordem as

instalações escolares, solicitando quando necessário, os materiais e

produtos utilizados para o desenvolvimento das suas atividades.

- Integrar equipes auxiliares e/ou realizar individualmente as tarefas que lhe

foram confiadas.

10.1.7.2 Merendeira

O Colégio conta com três merendeiras para realizar o trabalho relativo à

merenda, sendo que uma executa o trabalho nos período da manhã e tarde e

a outra no período noturno. Este número de profissionais também é

insuficiente se considerarmos que o trabalho da merendeira consiste em:

- Preparar e cozinhar alimentos, utilizando técnicas específicas de culinária,

com reaproveitamento de alimentos e outros.

- Controlar o estoque de gêneros alimentícios.

- Manter a organização da despensa com os cuidados necessários de

preservação dos alimentos.

- Zelar pelos materiais, equipamentos e máquinas, necessários ao

desempenho da função.

- Servir o lanche e as refeições.

Sabemos que para o bom relacionamento entre todos os profissionais da

educação que atuam na escola, independente da função que cada um

exerce, deve prevalecer o respeito e a cordialidade para uma boa educação

de qualidade. Por isso, o Colégio Estadual Unidade Polo buscará,

constantemente, essa harmonia, proporcionando momentos de diálogo entre

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todos os seguimentos que compõem essa equipe, procurando detectar

problemas que possam estar acontecendo e juntos, buscar soluções

possíveis no intuito de tornar o ambiente de trabalho mais educativo e

prazeroso.

10.2 Papel das instâncias colegiadas

10.2.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade

escolar, de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da

instituição escolar, conforme as políticas e diretrizes educacionais da SEED,

observando a Constituição Federativa do Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político

Pedagógico da escola e o Regimento Escolar.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão

colegiada que abrange toda a comunidade escolar numa perspectiva de

democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de

direção do Estabelecimento de Ensino.

Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes

e linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras quanto ao

direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para diminuir dúvidas e

tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e

financeiras, no âmbito de sua competência.

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Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação

de problemas e alternativas para a melhoria de seu desempenho, garantindo

o cumprimento das normas da escola e a qualidade social da instituição

escolar.

E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e

fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade

escolar, garantindo a legitimidade de suas ações.

Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não recebem

benefícios pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins

lucrativos. Poderão participar do Conselho Escolar, todos os segmentos da

comunidade escolar, representantes dos movimentos sociais organizados e

comprometidos com a escola pública.

10.2.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação

dos pais, professores e funcionários do estabelecimento de ensino. A APMF é

pessoa jurídica de direito privado, instituição auxiliar do estabelecimento de

ensino e não tem caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. A APMF

rege-se por Estatuto próprio. Esse órgão é de extrema importância para as

ações da escola, tendo como objetivos:

- Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o

aprimoramento do ensino e para a integração da família, da comunidade e

da escola.

- Prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhores condições de

eficiência escolar.

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- Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política

educacional, visando sempre a realidade dessa mesma comunidade.

- Proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o

processo escolar, estimulando sua organização livre em grêmios

estudantis.

- Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto

à escola contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino e da melhor

adequação dos planos curriculares.

- Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e

membros da comunidade através de atividades sociais, educativas,

culturais e desportivas.

- Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do

estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, sendo

as condições dos educandos fator de máxima prioridade.

São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF,

objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola de

qualidade onde todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente,

sintam-se co-responsáveis pelos resultados obtidos. Porém, todas as

iniciativas deverão estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico

elaborado coletivamente.

10.2.3 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão de natureza consultiva em assuntos

didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento

de ensino. Constitui-se num momento/espaço previamente planejado para a

avaliação coletiva do trabalho pedagógico. O Conselho de Classe busca a

tomada de decisões relativas aos encaminhamentos necessários tendo em

vista os resultados obtidos e a superação dos problemas diagnosticados;

definição de atribuições/ações a serem implementadas para a melhoria do

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processo de ensino-aprendizagem e prazos/espaços para implementação das

propostas acordadas.

O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual Unidade Polo é

composto pela direção, equipe pedagógica, secretária, professores, alunos. À

direção cabe a função de acompanhar todas as discussões e sugerir

encaminhamentos. À equipe pedagógica cabe a escolha do tema/assunto

para a reflexão; a explanação de dados sobre a turma; a organização da

pauta do conselho; a retomada e avaliação dos conselhos anteriores. A

secretária tem a incumbência de disponibilizar os dados e as informações

sobre a vida escolar dos alunos como, notas, transferências, desistências e

outros.

Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do Conselho

de Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e negativos obtidos

e as alternativas de atividades/procedimentos que obtiveram êxito; sugerir

encaminhamentos para os alunos e a turma; anotar decisões referentes a

sua prática; comprometer-se a redefinir, quando necessário, a metodologia,

os instrumentos de avaliação e outros procedimentos. Os alunos participam

do Conselho de Classe de duas formas, sendo que a primeira é para todas as

turmas e consiste no preenchimento de uma ficha de avaliação em relação à

turma, à direção, equipe pedagógica, funcionários e professores e sugestões;

a segunda forma é através do Conselho participativo quando toda a turma

participa do Conselho de Classe. Os Conselhos participativos são sugeridos

pelos professores para algumas turmas em especial.

10.2.4 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil viabiliza a luta coletiva dos jovens educandos e estimula

o relacionamento e a convivência entre os jovens. Por serem

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institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência que é a

busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.

São os jovens que devem reconhecer a sua importância e definir o seu perfil,

pois os Grêmios organizados exercem influência na formação do aluno, que

deve ter um bom relacionamento social, cultural e também político.

O Grêmio é formado apenas por alunos, de forma independente,

desenvolvendo atividades culturais e esportivas, produzindo jornal,

organizando debates sobre assuntos de seus interesses e que fazem parte do

Currículo Escolar. É muito importante a existência do Grêmio Estudantil na

escola, pois ele é um órgão que auxilia a Direção escolar.

10.2.5 Representante de turma

O Representante de Turma é o aluno que, eleito democraticamente por sua

turma, ajuda na organização, na participação e representa o pensamento da

maioria dos alunos de sua sala junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao

Professor Monitor e ao Representante de Alunos no Conselho Escolar deste

estabelecimento de ensino.

São atribuições do Representante de Turma:

- Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma.

- Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o

representante dos alunos no Conselho Escolar, o Professor Monitor, a

Direção e a Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da questão votada.

- Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que

convocado pela Direção, pela Equipe Pedagógica ou pelo Representante

dos alunos no Conselho Escolar.

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- Oportunizar discussões com a turma acerca dos problemas de ensino-

aprendizagem ou relacionamentos entre os alunos da turma.

- Cuidar do ambiente físico da escola no tocante à conservação e limpeza.

- Manter-se, continuamente informado sobre os problemas dos colegas de

sua turma com relação à data de aniversários, causas de faltas, problemas

de doenças e/ou outros.

- Promover o bom relacionamento e entrosamento na turma e desta com as

demais turmas da escola.

- Auxiliar na organização da turma em eventos culturais esportivos e de

lazer.

- Participar, sempre que convocado, das reuniões de organização da classe

estudantil como a UMES, UPES e UBES.

- Intermediar as relações entre os alunos da turma e o Professor Monitor.

10.2.6 Professor Monitor de Turma

O Professor Monitor de Turma é eleito democraticamente pelos alunos da

turma. Este professor é escolhido entre todos os professores que atuam

diretamente na escola e na turma.

São atribuições do Professor Monitor de Turma:

- Manter o bom relacionamento com os alunos da turma.

- Acompanhar o rendimento escolar dos educandos.

- Acolher e levar os responsáveis pela área pedagógica as sugestões dos

alunos que visem a melhoria do processo ensino-aprendizagem.

- Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismos e estratégias

que visem o melhor aproveitamento de estudos.

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- Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e colaborar,

na medida do possível, com recursos preventivos com o corpo docente e

direção da escola.

- Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar em

contato com os professores da referida turma, para que se conscientizem dos

problemas existentes e solucioná-los.

- Assegurar, que no âmbito escolar, não ocorra discriminação de cor, raça,

sexo, religião ou classe social.

- Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar auxílio da

Equipe Pedagógica da escola, nos casos mais complexos.

- Promover o entrosamento e o bom relacionamento entre sua turma e as

demais turmas da escola.

- Estimular e orientar a organização democrática de sua turma, assim como

as obrigações e limites de autoridades do Representante de Turma.

- Desenvolver um sadio espírito de grupo, incentivando a cooperação entre

os componentes de sua turma.

- Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de lazer

de sua turma.

- Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a

organização de atividades paralelas ou complementares.

- Levar, sempre que necessário, junto ao Professor Representante no

Conselho Escolar, as sugestões ou reivindicações da turma para análise e

deliberação daquele órgão.

Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma.

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11 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

11.1 Critérios para elaboração do calendário escolar e horários

letivos/ não letivos

O calendário escolar é planejado pela Secretaria de Estado da Educação de

acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº

9394/96) que possibilita a flexibilidade para cada Estado, de acordo com os

feriados federais e estaduais. O calendário é elaborado pela SEED que

repassa aos Núcleos Regionais de Ensino para a consulta feita junto aos

professores sobre os recessos e feriados municipais, sempre respeitando os

200 dias letivos e as 800 horas/aulas que são obrigatórios. Após discussão e

homologação feita pelo Chefe do NRE, o calendário escolar entra em vigor,

não tendo as escolas autonomia para definir outras mudanças sem

justificativa pedagógica.

11.2 Critérios para organização de turmas e distribuição por

professor em razão de especificidades

Os critérios para a distribuição de aulas aos professores do estabelecimento

de ensino seguem as resoluções da SEED que regulamenta o processo na

rede estadual de ensino, estabelecendo normas e diretrizes para tal.

Primeiramente são distribuídas as aulas aos professores lotados no

estabelecimento, seguindo uma lista previamente enviada pelo NRE, onde se

encontra a classificação do professor por tempo de serviço no

estabelecimento, de acordo com a disciplina de concurso.

As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e, este faz

a distribuição seguindo os critérios da resolução específica. Primeiramente,

são distribuídas as aulas aos professores não lotados e ocupantes de cargo

efetivo, as aulas que restarem são distribuídas nas escolas, aos professores

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efetivos na forma de aulas extraordinárias, as aulas remanescentes voltam

ao NRE para a distribuição aos professores contratados pelo regime CLT e

outros contratos temporários especiais.

Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária disponível no

estabelecimento de ensino. Estas vagas são geradas para o ano letivo, de

acordo com o número de turmas e modalidade de ensino, previstos em

regulamentação específica e na matriz curricular aprovada pelo NRE. A

distribuição de aulas deverá ser acompanhada pela chefia do NRE, Diretores

e professores interessados.

11.3 Critérios para a organização e utilização dos espaços

educativos

A recuperação de estudos se dá no momento em que for detectado o baixo

rendimento do aluno, oportunizando a este, a revisão de conteúdos e outras

atividades e/ou instrumentos de avaliações referentes ao conteúdo

trabalhado. Os professores buscam sanar as defasagens no rendimento

escolar através da organização dos grupos de estudos entre os alunos e com

monitores, em contra-turno ou encaminhando os alunos das 5ª séries do

Ensino Fundamental para a Sala de Apoio à Aprendizagem.

Outra medida que a escola toma em relação ao aluno com baixo rendimento

escolar detectado no Conselho de Classe e em conversas informais com os

professores durante a hora-atividade, é o acompanhamento individual a fim

de diminuir as dificuldades em relação às atividades desenvolvidas. Após

essa constatação, a equipe pedagógica, o professor e/ou a direção

conversam com o aluno e, se necessário, com os pais, no intuito de

conscientizá-los da real situação para acompanhá-lo nessa trajetória,

orientando-o para um melhor desempenho em suas atividades objetivando

seu sucesso escolar. Os alunos com dificuldades de aprendizagem são

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estimulados a participarem de grupos de estudos monitorados por

acadêmicos.

A hora-atividade dos professores é cumprida no Colégio, distribuída no

horário de aulas, visando o resultado do trabalho coletivo dos professores,

favorecendo a dinâmica interdisciplinar. A organização do trabalho docente

na escola e, em especial as ações que nortearão a hora-atividade, devem,

nesta perspectiva, aproveitar esse tempo e espaço para estabelecer as

propostas, conteúdos, estratégias de planejamento, de reuniões

pedagógicas, de correção de tarefas dos alunos, de estudos e reflexões sobre

o currículo, as ações, os projetos e as propostas metodológicas, de troca de

experiências, de atendimento aos alunos, pais e outros assuntos

educacionais do interesse dos professores.

O Conselho de Classe constitui-se num momento/espaço de avaliação

coletiva do trabalho pedagógico, na tomada de decisões para os

encaminhamentos necessários, tendo em vista os resultados obtidos e a

superação dos problemas diagnosticados. O Conselho de Classe é também

um momento de definir atribuições/ações a serem implementadas para a

melhoria do processo de ensino-aprendizagem, definindo espaços/prazos

para implementar as propostas acordadas. Sendo esse momento

previamente planejado, possibilita a participação de todos os envolvidos

nesse processo, ou seja, professores, equipe pedagógica, alunos, secretaria

da escola e direção.

As atividades referentes à Agenda 21 Escolar serão desenvolvidas no

coletivo, a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o

desenvolvimento do projeto, abordando o tema definido no Fórum realizado

neste estabelecimento de ensino em setembro de 2005.

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O Projeto Agenda 21 Escolar desenvolverá atividades voltadas à

problemática encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a

horta, o bosque, o jardim da escola, bem como a coleta seletiva de resíduos

sólidos por ela produzidos. Este projeto visa conscientizar a comunidade

escolar na busca de soluções a fim de melhorar a qualidade de vida, onde a

participação de todos é fundamental para um resultado positivo.

O Ensino da História e Cultura Afro-descendente e Africana e Relações Étnico-

Raciais são desenvolvidos em todas as disciplinas. Além do trabalho

desenvolvido nas disciplinas, a escola vem realizando desde 2004, projetos

relacionados ao tema. Esse trabalho visa a superação da discriminação e

proporciona aos alunos o conhecimento da riqueza apresentada pela

diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, econômico,

político e cultural do povo brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado,

faz-se necessário um esforço coletivo dos professores na busca do

aprofundamento de seus estudos sobre a questão estando sempre

atualizados com informações pertinentes.

A Educação Fiscal é trabalhada na escola de forma interdisciplinar, visando

provocar mudanças culturais na relação entre o Estado e o cidadão e, ao

mesmo tempo, buscando contribuir para uma sociedade comprometida com

as suas garantias constitucionais.

A Educação Fiscal fundamenta-se na conscientização da sociedade acerca da

estrutura e o funcionamento da administração pública; a função sócio-

econômica dos tributos; a aplicação dos recursos públicos; as estratégias e

os meios para o exercício do controle democrático.

Neste sentido, a Educação Fiscal pode ser entendida como uma nova prática

educacional que tem como objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes

necessárias ao exercício de direitos e deveres. A vivência dos princípios

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éticos, estéticos e políticos na educação escolar, constituem mecanismos de

formação de hábitos e atitudes coletivas; mecanismos que estimulam

crianças, jovens e adultos a participarem de movimentos sociais que buscam

uma vida mais justa e solidária para o resgate da dignidade humana.

A formação continuada dos profissionais da escola, não se limita aos

conteúdos curriculares, mas estende-se à discussão da escola como um todo

e suas relações com a sociedade. Fazem parte dos programas de formação

continuada de nossa escola, questões relacionadas com a cidadania, as

questões da diversidade étnico-cultural, a gestão democrática, a avaliação, a

metodologia de pesquisa e ensino, a análise de conjuntura política,

econômica e educacional internacional, nacional, estadual e municipal. Estes

temas poderão ser ampliados, conforme a necessidade e serão

oportunizados, durante o Conselho de Classe, a Hora/atividade e/ou outros

momentos/espaços previamente planejados pela equipe pedagógica e

direção, visando a qualidade do ensino e da aprendizagem.

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12 PROJETOS

O Colégio Estadual Unidade Polo estará desenvolvendo a partir de 2006,

quatro grandes Projetos que são a XI Mostra Interdisciplinar, Agenda 21

Escolar: Verde que Te Quero Ver-te, Cultura Afro: Promoção da Igualdade

Racial e Evasão Escolar: Proposta de Prevenção.

A partir de 2006, os Projetos Grupo de Estudos com Monitoria de Estagiários

do Curso de Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Viajando na

Leitura, Baú de Leitura, Amor, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca,

Projeto Estágio-Grupos de Estudos com assessoria do Departamento de

Letras da Fecilcam, Projeto Escolinhas Esportivas (modalidades: tênis de

mesa, xadrez, vôlei, futsal masculino e feminino), Revendo os Conteúdos de

Biologia e Crer para Ver (noturno) que estavam sendo desenvolvidos e,

outros que forem elaborados, serão denominados Ações de Apoio Pedagógico

às disciplinas. Estas Ações de Apoio estarão englobadas no “Projeto Evasão

Escolar: Proposta Prevenção” que visa impedir a reprovação e a evasão

escolar e melhorar a qualidade do ensino.

A Agenda 21 Escolar será desenvolvida dentro do Colégio, cuidando das

áreas verdes que a escola dispõe, como o Bosque, os gramados, os jardins e

a horta. Sendo assim, os Projetos Horta, Jardinagem, Bosque e Coleta e

Seleção de Resíduos Sólidos, estarão englobados no “Projeto Verde que te

Quero Ver-te”, tema da Agenda 21 Escolar do Colégio em 2006.

As discussões a respeito da organização da XI Mostra Interdisciplinar foram

realizadas nas datas previstas para a formação continuada dos profissionais

da educação em 2006 e continua em 2007. Os projetos citados

anteriormente foram desenvolvidos em 2005 e 2006 e terão continuidade em

2007 porque na avaliação dos pais, alunos, funcionários e professores, eles

colaboram com o processo de ensino-aprendizagem e amenizam as evasões

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e reprovações, auxiliam nas discussões acerca das questões ambientais,

étnico-culturais e convivência pacífica.

PROJETO XI MOSTRA INTERDISCIPLINAR

O objetivo deste Projeto é capacitar os alunos para a busca de equilíbrio

pessoal e desenvolvimento de habilidades necessárias ao engajamento na

vida social e produtiva com responsabilidade, dedicação e cooperação.

O Projeto visa tornar o aluno sujeito de um projeto pedagógico criativo,

crítico, participativo, que cria, revisa e avalia sua prática. Para tanto, o aluno

deve tornar-se capaz de produzir, cientificamente, uma pesquisa

interdisciplinar, aprendendo normas de convivência, através do trabalho em

equipe, desenvolvendo o senso de responsabilidade, respeito e participação.

O Projeto se desenvolve durante o ano letivo e consiste na:

- definição, feita por cada turma da escola, do objeto de pesquisa;

- divisão da turma em equipes para o desenvolvimento da pesquisa;

- efetivação da pesquisa;

- organização e apresentação da pesquisa em Seminário;

- entrega à equipe pedagógica da Monografia elaborada pelos alunos sobre

o tema pesquisado;

- exposição dos resultados da pesquisa para a comunidade através de

estandes.

O desenvolvimento da Mostra Interdisciplinar envolve todos os alunos, os

funcionários e professores da escola, os pais, a equipe pedagógica, a direção

e a comunidade local. O cronograma de trabalho é rigorosamente seguido e

todas as fases são avaliadas pelos professores e equipe pedagógica. A

pesquisa inicia em março e tem sua conclusão em novembro.

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PROJETO EVASÃO ESCOLAR: PROPOSTA DE PREVENÇÃO

O objetivo deste Projeto é democratizar o acesso, a permanência e a

aprovação dos alunos no Colégio Estadual Unidade Polo.

Este projeto consiste em acompanhar, permanentemente, as faltas e notas

dos alunos, efetuando as intervenções necessárias e organizando as Ações

de Apoio Pedagógico que visam o êxito no processo de ensino-aprendizagem

e a convivência pacífica entre os alunos, a fim de evitar a reprovação e a

evasão.

As intervenções que se fizerem necessárias, em casos de faltas excessivas

ou notas abaixo da média, serão decididas em Conselho de Classe e podem

conjugar: as mudanças na metodologia e avaliação dos professores; as

reuniões com o aluno, com a família e professores da turma para encontrar

soluções; o fornecimento da “Carteira de chegada atrasada” ao aluno

trabalhador que estuda no período noturno, mediante documento

comprobatório do empregador; reuniões com a família e o Conselho Tutelar;

Ações de Apoio Pedagógico.

As Ações de Apoio Pedagógico que continuarão sendo desenvolvidas no

Colégio consistem em Grupos de Estudos com Monitoria de Estagiários do

Curso de Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Grupos de Estudos de

professores, atividades culturais, Escolinhas Esportivas: de vôlei, tênis de

mesa, futsal, atletismo e xadrez, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca,

Projeto Crer para Ver (noturno).

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O Projeto Evasão Escolar: Proposta de Prevenção desenvolve-se durante o

ano letivo e envolve todos os alunos e professores dos períodos matutino,

vespertino e noturno, equipe pedagógica, diretores, funcionários, Fecilcam e

comunidade local.

PROJETO PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL

O objetivo deste Projeto é proporcionar aos alunos o conhecimento acerca da

riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o

patrimônio sócio-econômico, político e cultural do povo brasileiro.

Esse projeto visa incluir no contexto escolar, os estudos e atividades que

proporcionam o conhecimento acerca da cultura africana e das contribuições

econômicas, sociais, históricas e culturais da população negra para a

sociedade brasileira. Para tanto, faz-se necessário reunir uma bibliografia

sobre esse assunto, dando embasamento teórico para os trabalhos

relevantes ao tema. Esses conteúdos devem ter como referência, os

princípios da consciência política e histórica da diversidade; o fortalecimento

de identidade e de direitos; ações educativas de combate ao racismo e às

discriminações.

Esperamos que no desenvolvimento desse projeto ocorra a superação da

discriminação através do conhecimento da riqueza da diversidade étnico-

cultural do país. Para tanto, é necessário que a comunidade escolar possa

reconhecer, valorizar, divulgar e respeitar os processos históricos de

resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por

seus descendentes na contemporaneidade, conscientizando-se quanto a

necessidade de combater toda forma de discriminação.

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A II Conferência Infanto-Juvenil sobre o Meio Ambiente realizada em

setembro de 2005, discutiu e definiu como responsabilidade dessa escola:

“Nos comprometemos a garantir a vigilância permanente sobre o modo de

tratamento entre todos os componentes da comunidade escolar, através da

conscientização para que não ocorra nenhuma forma de preconceito ou

discriminação”.

Na referida Conferência foi proposta e aprovada a seguinte ação: “Vigiar o

tratamento entre todos os componentes da comunidade através de

palestras, teatro, dança, cartazes, poemas e textos distribuídos na escola, na

Associação de Bairro, nas igrejas e locais públicos do bairro”. Portanto, o

Projeto Igualdade Racial será ampliado com as realizações das ações

aprovadas na Conferência.

PROJETO VERDE QUE TE QUERO VER-TE

O objetivo do Projeto é desenvolver a consciência ambiental e ética, valores e

atitudes, técnicas e comportamentos que favoreçam as ações integradas

visando contribuir para uma melhor qualidade de vida da comunidade

escolar e local.

Este projeto desenvolverá atividades voltadas à problemática encontrada em

nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o jardim, o bosque e a

coleta seletiva de resíduos sólidos produzidos por ela. Esse trabalho visa

promover os cuidados com o meio ambiente e o desenvolvimento

sustentável a fim de aumentar a capacidade de abordar questões de meio

ambiente e desenvolvimento dos componentes dessa comunidade escolar,

conforme aprovado no Fórum da Agenda 21 Escolar em setembro de 2005.

Para a realização do projeto serão necessárias a participação da comunidade

escolar, do poder público, bem como a mobilização dos setores da sociedade

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que de alguma forma possam auxiliar na concretização deste projeto relativo

à solução dos problemas.

13 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual Unidade Polo recebe dois recursos financeiros públicos. O

Governo do Estado destina à escola o Fundo Rotativo (Recursos

Descentralizados para Escolas Estaduais do Paraná) e o Governo Federal

envia o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola). Estas verbas são

calculadas a partir do número de alunos matriculados e declarados ao Censo

Escolar.

O Fundo Rotativo tem como finalidade o repasse de recursos financeiros aos

Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual. Criado por Lei, este recurso

viabiliza a manutenção e despesas relacionadas com a atividade

educacional. Cabe à FUNDEPAR estabelecer diretrizes para a política de seu

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funcionamento. O critério de sua distribuição tem como base o número de

alunos matriculados, valor linear e outros indicadores educacionais e sociais.

A FUNDEPAR repassa, ainda, através do Fundo Rotativo, cotas suplementares

para investimentos, desde que caracterizada a sua necessidade e

previamente solicitadas pelos gestores e autorizadas pelo FUNDEPAR. Estes

investimentos não podem ultrapassar o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais).

O gasto do repasse mensal do Fundo Rotativo deve efetuar-se com

manutenção e conservação da escola, tanto para assistência aos alunos (uso

comum e pedagógico), como materiais de expediente, materiais hidráulicos,

vidros. A verba do Fundo Rotativo não pode ser usada para aquisição de

materiais permanentes.

O gestor(a) do Fundo Rotativo é o Diretor(a) do estabelecimento durante o

seu mandato e deve cumprir as determinações, efetuando a prestação de

contas a cada semestre. As liberações são mensais e em conta específica,

única e especial em nome do Fundo. A movimentação da conta bancária

efetuada pelo Diretor(a) do estabelecimento é através de cheque nominal,

estando a guarda e zelo do talão de cheques sob sua inteira

responsabilidade.

Foi criado o DAR (Demonstrativo de Aplicação de Recursos) que é a prestação

do Fundo Rotativo em disquete, o qual é encaminhado ao NRE de 4 em 4

meses. Nessa prestação, não é encaminhada a documentação, mas ela é

anexada à prestação semestral.

A cada liberação mensal da verba, o Diretor(a) deverá elaborar um plano de

aplicação junto com a APMF e o Conselho Escolar e, estes acompanharão a

realização de suas ações, pois ao final de cada semestre, estas instâncias

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colegiadas, devem assinar o relatório final comprovando que realmente o

recurso foi gasto de forma correta.

A verba do Fundo Rotativo que o Colégio Estadual Unidade Polo recebeu no

ano de 2006 foi de R$ 23.738,40 (vinte e três mil, setecentos e trinta e oito

reais e quarenta centavos) pagos em 11 parcelas (em média R$ 2.150,00 por

parcela), a fim de suprir todas as despesas com manutenção da escola

(vidros, portas, fechaduras, instalação elétrica e hidráulica), bem como a

compra de materiais de expediente e pedagógico (desde que seja de uso

comum para os alunos).

Desde 2005, o Colégio está recebendo uma verba complementar do Fundo

Rotativo chamada “Projeto Escola Cidadã” que é destinada, exclusivamente

para a melhoria da merenda dos alunos. O valor desta verba em 2006 foi de

5 parcelas de aproximadamente R$ 636,00 (siscentos e trinta e seis reais),

num total de R$ 3.183,78 (três mil, cento e oitenta e três reais e setenta e

oito centavos). A direção da escola tem a responsabilidade de gastar e

prestar contas sobre esta verba em conjunto com a APMF e o Conselho

Escolar.

O PDDE consiste na transferência de recurso financeiro anual, em parcela

única, destinado às escolas públicas do Ensino Fundamental para que seja

gasto no ano subseqüente. Este recurso tem como objetivo contribuir para a

manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica das instituições

de ensino, concorrendo para a elevação da qualidade do Ensino

Fundamental. As escolas a serem beneficiadas devem possuir alunos

matriculados nas modalidades regular, especial ou indígena de acordo com

os dados extraídos do CENSO ESCOLAR, realizado pelo INEP. São as

informações obtidas através do Censo que irão determinar quanto cada

escola receberá de recurso.

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Para receber esta verba, a escola deve estar em atividade, ter mais de 50

alunos matriculados no Ensino Fundamental e dispor de uma unidade

executora que é a APMF. A entidade APMF será a responsável pelo seu

recebimento, execução e prestação de contas dos recursos transferidos pelo

FNDE em conta específica.

Os recursos do PDDE devem ser aplicados na aquisição de materiais

permanentes, manutenção e material de consumo. Sendo duas as categorias

econômicas, a de custeio e a de capital. A de custeio refere-se à aquisição de

bens e materiais de consumo e contratação de serviços para funcionamento

e manutenção da escola, a de capital são recursos a cobrir despesas com

material permanente que resultem em reposição ou elevação patrimonial. A

unidade executora ao receber o recurso deverá fazer um plano de aplicação

juntamente com a Direção da escola e o Conselho Escolar, fazendo pesquisas

de preços antes da aquisição dos materiais a serem adquiridos.

No ano de 2006 o Colégio Estadual Unidade Polo recebeu R$ 5.319,00 (cinco

mil, trezentos e dezenove reais) do PDDE. Este valor foi distribuído da

seguinte forma: 50% deste valor em despesas de custeio e 50% em despesas

de capital.

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14 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

EIXO GESTÃO DEMOCRÁTICA

OBJETIVOS- Redimensionar uma inserção social, ampliando os laços de parceria e

cooperação com a sociedade civil e as diversas esferas do governo, em ações

que visem o desenvolvimento sócio-econômico, a diminuição das desigualdades

sociais e a melhoria da qualidade de vida.

- Desenvolver uma gestão democrática baseada na integração das atividades

dos discentes sob a ótica da pluralidade, da ética e da transparência.

- Proporcionar condições para que seja assegurada a fidelidade dos princípios

educacionais da SEED em sua práxis educativa e a Qualidade dos serviços

educacionais.

- Reestruturar e estimular o fortalecimento do Grêmio Estudantil e planejar suas

atividades.

DETALHAMENTO

- Participação dos pais na escola.

- Participação dos professores, funcionários, pais e alunos nas decisões mais

importantes, juntamente com as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, APMF,

Grêmio Estudantil.

- Participação efetiva do Grêmio Estudantil na elaboração e execução das ações

planejadas por eles.

CONDIÇÕES

- Buscar parceria com diversos segmentos da sociedade, efetivando um trabalho

diversificado, aberto à comunidade.

- Buscar junto aos alunos e a comunidade escolar, recursos financeiros e

humanos para a realização das ações planejadas.

CRONOGRAMA

- Ano letivo

RESPONSÁVEL

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- Direção, Equipe Pedagógica, Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil.

EIXO

FORMAÇÃO CONTINUADAOBJETIVOS

- Implementar uma política de qualidade, propiciando meios para que as

atividades desenvolvidas no Colégio alcancem padrões de qualidade.

- Congregar e dinamizar todas as forças vivas da comunidade e canalizá-las

rumo a uma prática educativa de qualidade.

- Oportunizar a formação continuada a professores, funcionários, pais e

alunos.

- Incentivar os profissionais da educação a buscarem o aprimoramento em

sua função.DETALHAMENTO

- Criação de uma política de apoio a estudantes, organizando grupos de

estudos com monitoria de acadêmicos.

- Incentivo e apoio às atividades esportivas com ampliação das escolinhas

nas várias modalidades esportivas.

- Reuniões pedagógicas.

- Encontros, palestras, mini-cursos, fóruns, seminários e conferências que

envolvam toda a comunidade escolar.

- dar continuidade aos grupos de estudos de professores com ou sem

parceria da Fecilcam e/ou outros órgãos afins.CONDIÇÕES

- Buscar, junto a alunos e comunidade escolar os recursos financeiros para a

realização das ações planejadas.

- Estabelecer contato com parceiros monitores e viabilizar o espaço físico.

Dispor de recursos humanos da própria escola e buscar parceria com a

faculdade, sociedade civil, NRE, SEED, MEC.CRONOGRAMA

- Ano letivo.RESPONSÁVEL

- Direção, professores, funcionários, Equipe Pedagógica, NRE, SEED, MEC.

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EIXO

QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DA ESCOLAOBJETIVOS

- Propor à mantenedora, os investimentos destinados à manutenção,

adequação e atualização constante de materiais de laboratório, biblioteca,

pedagógico e tecnológico, através de projetos sistematizados.

- Planejar as atividades aproveitando os recursos existentes, de forma

organizada para que favoreça o bom convívio e atinja a qualidade de ensino.

- Construir espaços/ambientes para redimensionar os projetos já existentes e

a existir.

- Construir novos banheiros com adequação para deficientes físicos,

melhorando a higiene.DETALHAMENTO

- Direcionar verbas para a aquisição de materiais buscando, através da APMF

e do Conselho Escolar esses recursos junto à comunidade.

- Planejar para que haja organização e utilização dos recursos existentes

adequando o material ou espaço à prática pedagógica.CONDIÇÕES

- Estabelecer contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os

responsáveis no NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada.

- Utilizar os espaços existentes com qualidade, zelando pela conservação e

valorização dos mesmos.

- Solicitar recursos da Fundepar para a construção de anfiteatro, salas

ambientes e salas de aula.CRONOGRAMA

- Ano letivo.RESPONSÁVEL

- Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais,

SEED, Fundepar, NRE, MEC.

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EIXO

PROPOSTA PEDAGÓGICAOBJETIVOS

- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

e funcionários da escola.

- Atuar junto ao coletivo de professores e funcionários na elaboração de

projetos e/ou ações que visem a recuperação de estudos.

- Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais e

de ensino, junto ao coletivo de professores da escola.DETALHAMENTO

- Promover estudos sistemáticos, trocas de experiências, debates, oficinas

entre outros.

- Identificar as dificuldades e necessidades de aprendizagem em sala de aula.CONDIÇÕES

- Fornecer espaço físico e material para a concretização dos estudos.

- Facilitar o acesso de docentes e funcionários a cursos de aperfeiçoamento e

grupos de estudos.

- Buscar a parceria da comunidade local e educacional nos diversos níveis. CRONOGRAMA

- Ano letivoRESPONSÁVEL

- Direção, Equipe Pedagógica, NRE, SEED, MEC.

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15 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

O Colégio Estadual Unidade Polo está situado no final da região central da

cidade de Campo Mourão e atende alunos de nível sócio econômico médio e

baixo, provenientes dos bairros periféricos.

Esta escola baseia-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº

9394/96), nas diretrizes emanadas pela SEED e nas teorias progressistas da

educação, tendo como objetivo a transmissão/assimilação da cultura e

conhecimentos científicos historicamente acumulados, conforme aponta

Dermeval Saviani:

[...] a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não fragmentado; a cultura erudita e não à cultura popular. [...] A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciências), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. [...] Daí que a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é aprender a ler e escrever. Além disso, é preciso também aprender a linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem da sociedade (SAVIANI, 1995, p. 19-20).

Em conformidade com essas prerrogativas, o Colégio Estadual Unidade Polo

oferece o Ensino Fundamental e Médio. A finalidade do Ensino Médio,

proposta na LDB, Art. 35, consiste em consolidar e aprofundar os

conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitar o

prosseguimento de estudos; preparar para o trabalho e cidadania para

continuar aprendendo, ser capaz de adaptar-se, aprimorando e educando

como pessoa humana, incluindo a formação ética, o desenvolvimento da

autonomia intelectual e o pensamento crítico; compreender os fundamentos

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científicos-tecnológicos, e relação teoria e prática no ensino de cada

disciplina.

Partindo dos pressupostos teóricos e legais acima expostos de função da

escola e do Ensino Médio, cabe ao professor pedagogo, o trabalho de

articulação e planejamento das atividades escolares, partindo da

coordenação para a elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico,

buscando juntamente com professores, funcionários, alunos e comunidade as

melhores metodologias e encaminhamentos para que a escola seja de fato

democrática, supondo-se aqui a competência na transmissão dos

conhecimentos acumulados historicamente pela sociedade.

O trabalho do pedagogo na organização do trabalho escolar está, também

vinculado ao debate acerca do modelo de organização e de gestão da escola;

à construção cotidiana do projeto político pedagógico, de como tomar

decisões, em que instâncias, à transparência do uso dos recursos públicos na

escola; à relação entre funcionários, professores, pais, alunos, equipe

pedagógica e direção; à composição e às ações do Conselho Escolar, o

Regimento Escolar e suas aplicações. Estas questões estão diretamente

relacionadas com o pedagógico, com o exercício cotidiano de busca de

coerência entre a teoria e a prática.

Os objetivos e as atividades do professor pedagogo, neste plano de ação,

estão separados por área de atuação para melhor enfoque:

ORIENTAÇÃO À FAMÍLIA

- Colaborar com a família no desenvolvimento e educação do aluno.

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- Contribuir para o processo de integração entre a escola, a família e a

comunidade, atuando de forma que se consolide uma gestão democrática

e participativa.

- Desenvolver atitudes favoráveis à efetiva participação dos pais na tarefa

educativa e em relação ao estudo dos filhos.

- Identificar possíveis influências do ambiente familiar que possam estar

prejudicando o desempenho do aluno na escola.

- Estudar e debater o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o

papel do Conselho Tutelar junto às famílias.

- Orientar os pais quanto à responsabilidade de encaminhar os filhos à

escola e acompanhar o rendimento escolar dos mesmos.

- Orientar as famílias a buscarem ajuda nas instituições competentes a fim

de solucionarem problemas relacionados a dependências químicas, saúde,

escolarização e profissionalização dos membros da família.

COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR

- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação da escola.

- Colaborar na análise dos indicadores de aproveitamento escolar, evasão,

repetência e absenteísmo2.

2 De acordo com o dicionário, absenteísmo significa falta de assiduidade. (FERREIRA, 1986, p. 15).

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- Desenvolver uma ação integrada com o corpo docente, visando a

melhoria do aproveitamento escolar da adoção de metodologias

adequadas e desenvolvimento de hábitos de estudo.

- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da

escola, a partir das políticas educacionais emanadas pela SEED e

Diretrizes Nacionais do Conselho Nacional de Educação.

- Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais

de ensino junto ao coletivo de professores da escola.

- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo de temas

relativos ao trabalho pedagógico e de intervenção na realidade escolar.

- Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na

escola.

- Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos e/ou

ações que visem a recuperação de estudos, a partir das necessidades de

aprendizagem identificadas em sala de aula e/ou nos Conselhos de Classe

bimestrais.

- Organizar a realização dos Conselhos de Classe:

- garantindo um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho

pedagógico, através de estudos de textos;

- definindo metas para cada turma;

- atribuindo medidas que deverão ser tomadas por professores, alunos,

pais, pedagogos, representantes, direção e funcionários a fim de

possibilitar a melhor aprendizagem;

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- efetivando o levantamento prévio dos problemas pedagógicos junto

aos professores, alunos e pais para que o Conselho de Classe seja um

momento para definir e buscar soluções e não enumerar os problemas.

- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de

professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, troca de

experiências, debates, oficinas entre outros.

- Acompanhar o registro no Livro de Registro de Classe dos professores,

bimestralmente ou sempre que se fizer necessário, de modo a garantir a

efetivação da proposta curricular e o planejamento anual, bem como

registros de notas, recuperação, freqüência e carga horária das diferentes

disciplinas, fazendo anotações e orientações.

- Organizar e coordenar a hora-atividade do coletivo de professores, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o

processo pedagógico e preparação de aulas.

- Organizar horário e acompanhar o planejamento das aulas de apoio

oferecidas pelos professores da escola em contra-turno para atender

alunos com problemas de aprendizagem.

- Repensar, juntamente com os professores, o processo de avaliação, por

meio de estudos de textos e práticas de novas experiências, incentivando

o trabalho coletivo entre os alunos, a avaliação diagnóstica, a pesquisa e a

auto-avaliação.

FORMAÇÃO ÉTICA E PARA CIDADANIA DO EDUCANDO

- Levar o aluno a vivenciar, analisar, discutir e desenvolver valores, atitudes

e comportamentos, fundamentados em princípios universais.

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- Desenvolver o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do

homem.

- Desenvolver a compreensão dos direitos e deveres, da pessoa humana, do

cidadão, da família, do Estado e demais grupos que compõem a cultura

dos alunos.

- Despertar nos educandos a consciência da liberdade, o respeito pelas

diferenças individuais, o sentimento de responsabilidade e a confiança e

utilização de meios pacíficos para a solução dos problemas humanos.

- Desenvolver nos alunos atitudes e comportamentos de respeito no trato

com colegas e profissionais de educação na escola.

- Desenvolver uma atuação integrada com professores para o

desenvolvimento dos valores éticos e sociais acima descritos.

- Desenvolver nos alunos atitudes compatíveis com respeito às normas

gerais de boa educação e conduta e às regras do Regimento Escolar.

- Desenvolver a dimensão espiritualista, sem proselitismo cultural ou

religioso, obedecendo a princípios gerais de respeito humano.

- Evitar ocorrência de discriminação por motivos de convicções filosóficas,

religiosas ou qualquer preconceito de classe, cor ou questões de gênero.

- Favorecer a integração dos alunos no ambiente escolar e entre os seus

pares.

- Apoiar as iniciativas do Grêmio Estudantil da escola.

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- Incentivar a participação dos alunos em eventos, oficinas, festivais e

palestras em locais fora da escola a fim de oportunizar a convivência com

pessoas de outras comunidades escolares.

ENCAMINHAMENTOS RELACIONADOS À SAÚDE FÍSICA E MENTAL DOS ALUNOS

- Colaborar com a escola e a família no desenvolvimento de aspectos

importantes da educação, tais como, o afetivo, o sexual, de higiene, da

saúde e do lazer.

- Desenvolver a compreensão dos valores, das implicações e das

responsabilidades em relação à dimensão afetiva e sexual da

personalidade do aluno.

- Atuar preventivamente, via encaminhamento, em relação a saúde física e

mental dos alunos.

- Identificar, assistir e encaminhar tanto os alunos que apresentem

excelente desempenho como também os que apresentam necessidades

especiais, colaborando no processo de inclusão.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

- Levar o aluno a reconhecer a importância da escolha profissional e a

necessidade de informações educacionais e profissionais.

- Desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização

pessoal e de fator de desenvolvimento social.

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- Levar o aluno a reconhecer a necessidade de assumir o papel de agente

de sua escolha profissional.

- Desenvolver no aluno a capacidade de relacionar suas características

pessoais às características das profissões.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PEDAGOGO

- Colaborar na formação e preparo do futuro profissional.

- Sensibilizar o estagiário para as necessidades do pedagogo, visando uma

maior eficiência no seu futuro trabalho.

- Levar o estagiário a uma percepção realista, propiciando vivência de

situações reais e problemas que permeiam a ação do pedagogo.

- Levar o estagiário a estabelecer um vínculo significativo entre teoria e

prática, interagindo com as instituições de Ensino Superior formadoras dos

novos pedagogos.

ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DE PROFESSORES

- Encaminhar os estagiários aos professores de suas respectivas disciplinas.

- Fornecer aos estagiários, as informações sobre o Projeto Político

Pedagógico, Planejamento Anual e Plano de Ação da Escola.

- Fornecer informações sobre metodologias adequadas a sua disciplina,

sobre o domínio de classe, e projetos da escola em que possa colaborar.

METODOLOGIA

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Para atingir seus objetivos e desenvolver suas atividades, o pedagogo estará

adotando diversas metodologias e estratégias, baseando-se na pesquisa

participante que visa a inserção junto à comunidade escolar e ações que

possam colaborar na mudança das problemáticas identificadas. Adotará uma

didática baseada na Pedagogia Histórico-Crítica e/ou Libertadora, partindo da

prática social inicial de professores e alunos para que junto a eles e com eles,

busque soluções adequadas no conhecimento sistematizado e científico,

utilizando-se das áreas de psicologia, sociologia, filosofia, didática, políticas

educacionais, levando em conta o conhecimento prévio e a cultura local.

PROCEDIMENTOS

- Reuniões.

- Palestras.

- Entrevistas.

- Pesquisas teóricas e práticas.

- Orientação individual.

- Orientações coletivas.

- Convocações aos pais ou responsáveis.

- Elaboração e coordenação ou colaboração em projetos.

- Elaboração e coordenação ou colaboração em atividades escolares.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

PLANEJAMENTO X XORGANIZAÇÃO CLASSES XBUSCA DE DADOS ALUNOS X XAPRESENTAÇÃO DO PLANO X XREUNIÃO COM PAIS X X X XESCOLHA REP. DE SALA XPALESTRA PARA ALUNOS X X X XAVALIAÇÃO DO P.P.P X XANÁLISE REND. ALUNO X X X X X XAPRES. REGULAMENTO INT. X XORGANIZAÇÃO FICHAS ALUNOS X XENTREVISTA COM O ALUNO X X X

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16 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na

sua construção. As avaliações pontuais ocorrerão bimestralmente e

acontecerão, em especial, no momento do Conselho de Classe, podendo

também ocorrer quando se fizer necessário. A grande avaliação e

reformulação do Projeto deverá acontecer no início de cada ano letivo. Para a

realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais, alunos,

funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os

pontos positivos e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as

mudanças que se fizerem necessárias.

Durante a Formação Continuada de fevereiro de 2007, os professores,

funcionários, direção e equipe pedagógica decidiram estabelecer assembléia

de alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno para reformular o

texto sobre a comunidade escolar. Ficou definido que a cada dois anos a

equipe pedagógica realizará uma pesquisa por meio de questionário sócio-

econômico utilizando uma amostragem de 20% para atualizar os dados

acerca do diagnóstico dessa comunidade escolar.

Os dados acerca dos índices de alunos matriculados, aprovados, reprovados,

desistentes e transferidos devem ser analisados e discutidos anualmente e,

no PPP deve constar todos os dados analisados nos útlimos cinco anos.

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17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

GADOTTI, Moacir. Pensamento pedagógico brasileiro. São Paulo: Ática, 1988.

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LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições, 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99. Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino, em nível Fundamental e Médio. Curitiba: SEED, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Plano Estadual de Educação: uma construção coletiva (versão preliminar). Curitiba: SEED, setembro 2005.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1983.

________________. Pedagogia histórico-crítica – primeiras aproximações. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 1995.

________________. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Autores Associados, 2000.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994.

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www.caixa.gov.br acesso em 17/10/2007.

www.fomezero.gov.br/programas-e-ações acesso em 17/10/2007.

www.app.com.br acesso em 30/10/2007.

www.aenoticias.pr.gov.br discurso de posse do Governador Requião em 01/01/2007.

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18ANEXOS

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APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência

da Educação da Secretaria de Estado da Educação, apontou os referenciais

teóricos, metodológicos e as orientações para o processo de discussão e

construção desta Proposta Pedagógica Curricular, baseada no estudo da

história educacional do Estado do Paraná, nos princípios políticos apontados

pela atual gestão e na legislação constitucional e educacional vigente no

país.

A discussão e elaboração do Projeto Político Pedagógico iniciada em 2005

possibilitaram a investigação da realidade escolar, na avaliação e

identificação dos elementos norteadores e nas ações a serem desenvolvidas.

Nesse processo, firmou-se o compromisso com os seguintes princípios: o

compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação das

propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e

cultural da sociedade; a defesa da educação básica e da escola pública,

gratuita e de qualidade, como direito fundamental do cidadão; a articulação

de todos os níveis e modalidades de ensino e a compreensão dos

profissionais da educação como sujeitos epistêmicos.

A Proposta Pedagógica Curricular faz parte do Projeto Político Pedagógico no

processo de construção da mesma. Neste estabelecimento de ensino,

evidenciou-se a necessidade de recorrer à visão de mundo, de homem e de

escola que foram estabelecidas no início das discussões acerca da

construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio. O resgate do

questionamento – que escola temos e que escola queremos – foi

fundamentado na concepção de educação vislumbrada pela pedagogia

histórico-crítica e nos estudos da realidade sócio-econômica e cultural

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nacional, estadual e de nossa região, no perfil do aluno e do professor da

escola e dos órgãos colegiados que a compõem.

Na construção dessa Proposta Curricular buscaram-se estratégias para

garantir a participação do coletivo dos profissionais da educação nas

discussões, com o firme propósito de questionar práticas excludentes que

ainda persistem no meio escolar e que, se não forem superadas por

encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no

processo de ensino-aprendizagem, estarão contribuindo para a manutenção

das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos alunos de nossas

escolas.

Tendo a consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma pedagogia

histórico-crítica, está a preocupação com a educação como direito de todos;

com a valorização dos profissionais da educação, do trabalho coletivo, e da

gestão democrática; com o atendimento às diferenças, evidenciando a

inclusão, não apenas das pessoas com deficiências, mas buscando atender

às diferenças individuais, respeitando as necessidades educacionais de todos

os alunos, beneficiando-os com recursos humanos, técnicos, tecnológicos e

materiais que promoverão a sua inclusão.

Dentro dessa Proposta Pedagógica Curricular, buscou-se evidenciar a

organização do processo de aprendizagem que possibilitará a

flexibilização/adaptação de conteúdos curriculares (conteúdos, métodos e

avaliação), de modo a contemplar a participação e o sucesso de todos os

alunos, considerando seu conhecimento prévio, suas necessidades

lingüísticas diferenciadas e o contexto social, vislumbrando a construção de

uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

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MATRIZ CURRICULAR DE 5ª/8ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃOESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C. E. – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENSINO 1º GRAU 5ª/8ª SÉRIES TURNO: MANHÃ/TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS /SÉRIES

5ª 6ª 7ª 8ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTES

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO*

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

3

4

4

4

2

4

2

4

3

4

4

SUB TOTAL 22 22 23 23

PD

L.E.M. – INGLÊS** 2 2 2 2

SUB. TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LEI Nº 9394/96* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVO PARA O ALUNO.** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES – EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de arte no ensino regular nos mostra a necessidade básica do ser humano se comunicar. E mais, ela se dá, também, pela necessidade da humanização dos nossos educandos. Segundo, ARCO-VERDE (2003), quando o aluno entra em contato com este instrumento, “a arte”, tende a perceber o quem somos e a que viemos. Assim estamos possibilitando a eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as batalhas que se apresentam no dia-a-dia.

A arte possibilita, dentro de seu processo de criação, o recriar do ser humano. E nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro. Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é imprescindível para a compreensão de quem realmente somos. Assim passemos a um breve relato do como tudo ocorreu.

- 1549 a 1759 – No território do Brasil colônia e principalmente onde hoje é o Estado do Paraná, ocorreu, nas cidades, vilas e missões jesuítas a primeira forma registrada de arte na educação. A congregação católica denominada Companhia de Jesus (Jesuítas), instituída na contra reforma, veio no Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa para todas as camadas sociais. Nas missões das comunidades indígenas, realizaram um trabalho de catequização com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, escultura, pintura, música e artes manuais. Essa arte era de tradição da alta idade média e renascentista européia.

- 1792 a 1800 – Com influência do projeto iluminista, que rompeu com o teocentrismo medieval, propondo a razão como a salvação do ser humano (antropocentrismo), o governo do Marquês de Pombal extingue o currículo dos Jesuítas a apresenta a primeira reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina – que dá ênfase ao ensino da Ciência com o objetivo de desenvolver o Brasil. O Ensino de Arte se torna irrelevante e, apenas o desenho associado à matemática, é considerado importante. Neste período são implantadas as aulas régias, que eram aulas avulsas que supriam as disciplinas antes oferecidas pelos jesuítas.

- 1808 – a família real, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal, vem para o Brasil e D. João VI inicia uma série de obras e ações para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte portuguesa. Entre estas ações está o convite a vários artistas para virem ao Brasil com

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a finalidade de instituírem escolas de arte e promover um ambiente cultural aos moldes europeus.

- 1816 a 1826 – chega ao Brasil um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

- No Brasil, apesar dos artistas já estarem desenvolvendo uma arte Barroca, com características próprias, sofrem a imposição do neoclassicismo.

- A partir deste período, foram disseminadas as aulas de piano domiciliares.

- Em 1886, no Paraná, iniciou-se um processo de constituição da “Escola Profissional Feminina”, oferecendo desenho, pintura, corte e costura, flores e bordado, que faziam parte da formação da mulher.

- 1890 – surge a primeira reforma educacional, direcionando o ensino, novamente, para a valorização da ciência e da geometria.

- 1920 – em contraposição a todas as formas anteriores de ensino que impõem modelos que não correspondem a cultura dos alunos inicia-se um movimento de valorização da cultura nacional, expressada na educação pela escola nova. Esse movimento valorizava a cultura do povo.

- 1922 – a semana da Arte moderna é considerada um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas.

- Esta semana influenciou os artistas brasileiros valorizando o ensino da arte para a educação das crianças através da expressividade, espontaneidade e a criatividade. Este ensino rompeu com padrões da escola tradicional.

- 1931 – foi instituído, nas escolas, o ensino de música através do canto orfeônico com grande incentivo do compositor Heitor Villa Lobos. A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios com ensino de hinos, canto coral com apresentações para grandes públicos.

- 1948 – Augusto Rodrigues cria, no Rio de Janeiro, a 1ª escolinha de arte no Brasil na forma de Atelier-livre com a finalidade de desenvolver a criatividade, incentivando a expressão individual, seguindo a pedagogia da Escola Nova.

- 1954 – É criada a primeira Escola de Arte na Educação Brasileira do Paraná, no (C.E.P.) em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão criativa do aluno através das Artes Plásticas, Música e Teatro.

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- 1971 – Lei Federal n.º 5692-71, no seu artigo 7, determinou a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e Médio. Cabia ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.

- 1990 – durante os anos 80, houve uma grande mobilização dos movimentos sociais para a redemocratização do país e para a constituinte de 1988. Também neste período, no ano de 1992, a Escola Profissional República Argentina, passa a denominar-se Centro de Artes Guido Viaro, voltada ao ensino de arte.

- 1996 – Lei Federal n.º 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – mantém a obrigatoriedade do ensino da arte nas escolas de Educação Básica. Essa lei propõe a formação geral dos alunos em oposição a lei federal n.º 5692/71.

- 1998 – São normatizadas, pelo Conselho Nacional de Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (D.C.N. E. M.).

- 2003 – Inicia-se o processo de Construção Coletiva das Orientações Curriculares do Ensino Médio.

OBJETIVO GERAL

Formar o cidadão apto a construir gradualmente sua identidade cultural, conhecedor de seus direitos e deveres; tendo na arte desenvolvidas as suas possibilidades de corporeidade holística. Interagindo assim, com os indivíduos advindos de todas as regiões (urbanas ou rurais), portadores ou não de necessidades especiais, nas dinâmicas diárias; objetivando o processo inclusivo. Partindo da utilização da estrutura desenvolvida para o Ensino Fundamental das Diretrizes Curriculares que são: os elementos básicos da linguagem, as produções/manifestações, e os elementos contextualizadores.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Valendo se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes (meios tecnológicos3 para sua produção e veiculação.) para a construção do 3 Tecnológicos aqui entendidos como: todas as descobertas realizadas pelo homem; partindo de uma simples marreta para esculpir até o computador com a internet.

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pensamento de uma sociedade realmente preocupada com o seu meio, iniciamos a reorganização e a reordenação dos conteúdos específicos do Ensino Fundamental da 5ª a 8ª séries partindo dos conteúdos estruturantes determinados para esta disciplina.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ENSINO

FUNDAMENTALELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM

PRODUÇÕES/ MANIFESTAÇÕE

S

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORE

S

Conteúdos Específicos

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ARTES VISUAIS

• ImagemForma: Suporte, Espacialidade, Texturas, MovimentoLuz: Sombra, espectro solar, Cor (tons e matizes).

• Imagens bidimensionais

Desenho, pintura, gravura, fotografia, propaganda visual

• Imagens tridimensionais

Esculturas, instalações, construções arquitetônicas

• Imagens virtuaisCinema, televisão, computação gráfica, vídeo arte

MÚSICA

• SomMelodia, Ritmo, Harmonia, Intensidade, Duração, Altura, Timbre, Linguagem formal

• Composições musicais

• Improvisações musicais

• Interpretações musicais

TEATRO

• PersonagemExpressão corporal, gestual, vocal e facial

• Espaço CênicoCenografia, Iluminação e Sonoplastia

• Ação Cênica Enredo, Roteiro e Texto dramático

• Representação teatral direta e indireta

• Improvisação cênica

• Dramatização

DANÇA

• Movimento: tempo e espaçoEspaço, Ações, Dinâmicas/ ritmo, Relacionamentos

• Composições Coreográficas

• Improvisações Coreográficas

• Contextualização HistóricaArte Pré-histórica, Arte Egípcia Antiga, Arte Greco-romana, Arte Pré-Colombiana nas Américas, Arte Oriental, Arte Africana, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Surrealismo, Opt-art, Pop-art, Teatro Pobre, Teatro do Oprimido, Música Serial, Música Eletrônica/Tecno, Música Minimalista, Arte Engajada, Hip Hop – Rap, Funk e Break, Dança Moderna, Dança contemporânea, Vanguardas Artísticas, Arte Indígena Brasileira, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Industria Cultural.

• Autores e artistas: modo de compor/criar

• Gêneros

• Estilos

• Técnicas

5ª SériePeríodo: Arte Brasileira (Cultura Afro-Brasileira)

A régua e o limite.

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O ponto, a linha e o plano.As formas. Figuras geométricas planas.O desenho livre, dirigido, de memorização e observação.O ritmo.Textura.Simetria e assimetria. Cores primárias, secundárias e neutras. Como nos expressamos pela cor ?Sombreamento claro/escuro.A história do movimento ritmado.Mosaicos.História da Música.História da Pintura.História em quadrinhos.A importância do Hino da Independência.Como cantá-lo corretamente. A importância dos símbolos nacionais. A arte brasileira – aproximando o erudito e o popular.Desenhos figurativos e abstratos.O jogo dramático é o cotidiano.Exercícios para a dicção e projeção vocalComo vivenciar uma cena do cotidiano.Letras

6ª SériePeríodo: Pré-história, Idade Antiga, Antiguidade Clássica.

O ponto na arte - pontilhismo.As linhas e as formas. O desenho livre, dirigido, de memorização e observação.Desenhos abstratos e figurativos. A natureza: arvores e animais. Alfabeto.Sinais e símbolos.Cores primárias, secundárias, quentes frias e neutras. Como nos expressamos pela cor? Origami.A história em quadrinhos.Classificação dos polígonos.Ilustração dirigida.Sinais e símbolos gráficos.Simetria e assimetria.A história da pintura. A trajetória da Raça Negra – A pintura corporalHistória da arte.Contraste em preto e branco.Montagem com papel rasgado

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7ª SériePeríodo: Idade Média e Idade Moderna.

Escala cromática – monocromia, isocromia, contraste e policromia. Origami.Luz e sombra.História em quadrinhos. Desenho Animado.Sinais, sinalizações, símbolos. Publicidade.Natureza morta.Decoração. Arte NoveauXilografia.História do Cinema.História da Música.Simetria e assimetria.Vitral.O jogo dramático é o cotidiano.Exercícios para a dicção e projeção vocalMontagem cênica – Tema: a vida do homem negro no fim do séc XIX.Colagens – montagem cômica.História da Arte.

8ª SériePeríodo: Séc. XX e Idade Contemporânea.

Vinhetas/Molduras.Estilização. Agenda 21: O ambiente, a natureza.Letras - comunicação visual e Ilusão de óptica.O ritmo.História da Música. A influência Afro-brasileira nas composições e o HIP HOP.Expressão do rosto/Fisionomia . Caricaturas e cartuns.Fotografia.Vitral/ Projeto: Construção em 3D.GrafiteHistória da Pintura.Colagens – Imagem cômica. Data comemorativa: Dia do Folclore (22/08) e/ou Dia da Independência (07/09).O rádio e a televisãoHistória da Arte.Técnicas de movimento – Quadrinhos.Luz e sombra.

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Logotipo.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cultura Afro-Brasileira e AfricanaEducação FiscalAgenda 21

METODOLOGIA

A educação pela Arte possibilita ao educando a ampliação de sua visão construindo sua corporeidade holística. Entendendo visão não só como o olhar e ver um objeto, mas sim a compreensão desse objeto em relação a si e ao outro. A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando na construção de sua identidade cultural, independente das diversidades sócio-culturais e das necessidades especiais.

Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra dentro da visão de ensino-aprendizagem da pedagogia Histórico-Crítica. Para tanto a escola deve ser percebida com um todo e vista como um “centro de experiência permanente”. Deve também possibilitar a co-responsabilidade do professor e aluno no processo de aprendizagem. É fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo para a explicação dos porquês e dos como serão trabalhados. A postura do professor deve ser a de quem: explica, informa, questiona, corrige. Isso é, agir na zona de desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso buscar a catarse4 no aluno para que este possa explicar, agir e interagir as informações adquiridas com os colegas, com o professor, com a escola, enfim com o meio que o cerca, o mundo.

Os conteúdos devem ser abordados, como já dito acima, partindo do conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas sobre o ensino da arte. Para tanto, a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de aula sobre a importância que estes têm na vida prática do aluno. Os trabalhos serão realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas a museus, teatros e bibliotecas; visando atender a toda diversidade que se encontra na comunidade escolar.

4 Segundo GASPARIN catarse é a síntese, ou seja, é a sistematização do conhecimento adquirido, a conclusão que o aluno chegou; dentro de um processo com seus objetivos já determinados.

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Para Ana Mae Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter em mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, o trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem.

Resumidamente, o ensino de Artes neste estabelecimento de ensino parte da concepção das Diretrizes Curriculares adotadas para a disciplina, cabendo ao professor na sua prática pedagógica considerar:

- As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região e as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como produção cultural;

- As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte;

- As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e execução nas linguagens artísticas;

- A experimentação como meio fundamental para ressignificação desse componente curricular, levando em conta que essa prática favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.

AVALIAÇÃO

A Arte em toda a sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio, e dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos, independentemente de suas características físicas, mental, social e espiritual, buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, nunca obstante se esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças é nos respeitar. Deixando o fluir das artes aflorar diante dos alunos para que estes busquem o conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua sensibilidade, possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando os seus sentidos.

De acordo com a LDBEN (nº. 9.394/96, art. 24, inciso V) e com Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capitulo I, art. 8º.), a avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina onde se quer chegar; que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus procedimentos,

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inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino aprendizagem. E se tratando de avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria de forma específica, contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de cada sala de aula e para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento oportuno dispor de materiais expositivos, para maior clareza e para que possam atuar na prática com o conhecimento. Diante disso é notório que o professor deva ter o conhecimento da linguagem artística em questão, bem como da relação entre criador e o que foi criado. Pois assim, que o aluno dentro do conhecimento, gerando critérios adquiridos, possa se expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a prática pragmática.

Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de sua realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos para poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a felicidade. Isto nos dará com clareza as soluções das problematizações apresentadas.

Assim, a avaliação será continua, ou seja, se dará constantemente a cada encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação as suas potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos conteúdos estruturantes.

BIBLIOGRAFIA

APOSTILA NOBEL. O Multiverso das artes – Artes Visuais. Maringá: Editora Nobel, 2003.

BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação – Minimanual de pesquisa – ARTE. Uberlândia: Claranto Editora, 2003.

CANTELE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte linguagem visual. São Paulo: IBEP, 2000.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática, 1997.

D’ANDREA, Flávio Fortes. Desenvolvimento da personalidade; enfoque psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.

FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Editora Moderna, 1996.

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GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-critíca. 3.ed.ver. – Campinas: Editora Autores Associados, 2005. 191p.

GOMBRICH, E. A. A história da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.

JASON, H. W. e JASON, Anthony F.; [tradução Jefferson Luiz Camargo]. Iniciação a história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MARCHESI JÚNIOR, Isaías. Atividades de educação artística. São Paulo: Editora Ática, 1995.

MANGE, Marilyn Diggs. Arte brasileira para crianças. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

NEWBERY, Elizabeth. Os segredos da arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED/DEPG, 2006.

POUGY, E. Descobrindo as artes visuais. São Paulo: Ed. Ática, 2001.

PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ed. Ática, 1990.

REVERBEL, Olga. Teatro na escola. Porto Alegre: Ed. Ática.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

WELL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O corpo fala; A linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, l973.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS – EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Para que o homem possa garantir sua sobrevivência e perpetuação da espécie, teve necessidades de criar formas de relacionar-se com a natureza e buscar juntamente seu desenvolvimento.

Dentro dos princípios a serem desenvolvidos temos: Ciência como meio para que o aluno possa compreender as relações que se estabelecem na sociedade entre homem-homem-natureza, bem como suas respectivas implicações. Os conteúdos serão trabalhados de maneira organizada, envolvendo assim os aspectos físicos, químicos e biológicos para que o aluno tenha argumentos e embasamento para posicionar-se frente às produções científicas contemporâneas no seu contexto social, exercendo sua cidadania.

Os conhecimentos adquiridos devem ser adequados às necessidades e interesses, levando a tomadas de decisão no campo científico e tecnológico, passando a interagir de maneira saudável no meio em que vive.

A partir de fatos, observados pelo aluno, refletir e propor hipóteses que possibilitem explicações temporárias, mostrando a provisoriedade das Ciências. Assim, os alunos possuirão elementos para se apropriarem do conhecimento científico, que se faz necessário para a efetivação da aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e de uma concepção de Ciências em sua relação com a tecnologia e com a sociedade.

Destacando-se a importância de atividades práticas, que certamente levam o aluno a se motivar e compreender melhor o processo de realização dos experimentos, lembrando que se faz necessário o mínimo de material de apoio para essas práticas.

OBJETIVOS GERAIS

- O objetivo do ensino de Ciências é proporcionar ao educando uma compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um posicionamento de vida isento de preconceitos, mitos e crendices populares e uma postura mais adequada em relação à natureza, como parte da sociedade em que vive e do ambiente que ocupa.

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- Despertar no aluno a consciência de suas responsabilidades face ao ambiente, como representante da espécie humana, a única que altera profundamente os ecossistemas.

- Compreender como a construção do conhecimento científico permitiu o desenvolvimento de tecnologias que modificaram nossa vida, mudando nossas perspectivas quanto à preservação de nossa saúde e à expectativa de vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CORPO HUMANO E SAÚDEAMBIENTEMATÉRIA E ENERGIATECNOLOGIA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

*Noções de ecologia-Ecossistemas.-Componentes do ecossistema.-Relações alimentares.-Relações ecológicas.-Biodiversidades.

*Origem do universo-Formação da Terra.-O planeta Terra por dentro e por fora.-Teorias do surgimento da Terra.-As rochas e seus minerais.-Definição dos tipos de rocha. *Solo-Formação-Tipos -Manejos-Erosão-Agrotóxicos-Lixo

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-Doenças transmitidas pelo solo-Influência africana no cultivo do solo brasileiro

*Água-Composição-Estados físicos-Ciclo da água-Características e tipos de água-Purificação da água-Contaminação e poluição-Doenças transmitidas pela água

*Ar-Camadas atmosféricas-Satélites artificiais, sondas e ônibus-Poluição -Composição -Propriedades-Previsão do tempo-Doenças transmitidas pelo ar.

*Formas alternativas de energia

6ª SÉRIE

*Caracterização geral dos seres vivos-A célula e a organização dos seres vivos-A procura de matéria e energia-Reprodução, hereditariedade e evolução-A origem da vida-Estudos das características biológicas dos diversos povos*Classificação e nomenclatura dos seres vivos

*Os vírus-Descoberta-Reprodução-AIDS

*Reino Monera-As bactérias

*Reino Protista-Protozoários e algas unicelulares

*Reino Fungi-Fungos

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-A reprodução-Doenças causadas por fungos

*Reino animal: os invertebrados-Poríferos-Cnidários-Platelmintos-Nematelmintos-Anelídeos-Moluscos-Artrópodes: insetos, crustáceos, aracnídeos, diplóides e quilópodes-Equinodermos

*Reino animal: os vertebrados-Peixes-Anfíbios-Répteis-Aves-Mamíferos

*Reino vegetal-Algas -Briófitas e pteridófitas-Gimnospermas-Angiospermas

7ª SÉRIE

*Estudos sobre as teorias antropológicas*Organização do corpo humano-Células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo*A célula*Os tecidos

*Sistema endócrino-Hormônios

*Reprodução e sexualidade-Sistema reprodutor masculino-Sistema reprodutor feminino-Métodos contraceptivos-Doenças sexualmente transmissíveis

*Os alimentos-Funções-Alimentação equilibrada-Cultivo adequados dos alimentos

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-Alimentos orgânicos

*Sistema digestório

*Sistema respiratório

*Sistema circulatório-O sangue

*O sistema excretor

*O sistema ósseo

*Sistema muscular.

*Os sentidos

-Estudo dos diferentes tipos de pele, relacionados aos biotipos dos diversos povos.

*O sistema nervoso

*Relações do ser humano com o meio ambiente.

Obs: Serão trabalhadas a anatomia, fisiologia e doenças relativas a cada sistema.

8ª SÉRIE

Química

*Matéria : propriedades gerais e específicas*O átomo*Elementos Químicos*Organização dos elementos quanto à classificação periódica*Ligações químicas*Substâncias e misturas*Funções químicas*Reações químicas*Energia nuclear*Resíduos químicos e seu destino

Física

*O movimento com velocidade constante*O movimento com aceleração *Estudo das forças

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*A atração gravitacional*Trabalho e energia*Máquinas que facilitam o dia-a-dia*O calor*As ondas e o som*A natureza da luz*Espelhos

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

Os conteúdos propostos no ensino de Ciências baseiam-se na retomada do conhecimento adquirido. Sendo assim, é necessário conhecer e respeitar a diversidade social e cultural do aluno, pois o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos a possibilidade de aprendizagem. Portanto, conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

A partir dessas informações, podemos desenvolver o conhecimento científico, elaborado e relacionado com a prática cotidiana, isto porque as teorias científicas estão associadas ao momento histórico.

Esta proposta busca a comparação de uma ciência pronta com as informações fornecidas através dos avanços tecnológicos que sai das hipóteses para os resultados cientificamente comprovados. Portanto, essa metodologia parte da mobilização do aluno na busca do conhecimento elaborado e sistematizado. Para tanto, devem ser utilizadas as tecnologias da informação e comunicação que facilitam o ensino e a aprendizagem dos conteúdos programáticos, tais como, computadores, dvd, vídeo cassete, revistas, livros, internet, filmes, aulas práticas em laboratórios de Ciências e informática.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser formativa, num processo permanente e com a finalidade de desenvolver toda a potencialidade do aluno, de reorientá-lo em algum conteúdo e de encaminhá-lo ao próximo estágio de seu desenvolvimento, apresentando novos desafios a serem superados, sendo ou não alunos com necessidades educacionais especiais.

Para que o processo seja o mais amplo possível, devem-se utilizar instrumentos de avaliação variados, cada um com uma intencionalidade, em diversos momentos. Os instrumentos de avaliação deverão estar diretamente relacionados aos objetivos e aos conteúdos. Tais instrumentos poderão ser apresentados em forma de prova escrita, desde que seja utilizada como instrumento que tenha clareza do objetivo, não sendo o único instrumento utilizado com a finalidade de estimar o conhecimento.

Se o objetivo é verificar o estágio de aquisição de alguns fatos e/ou conceitos poderão ser utilizados instrumentos como a prova, os trabalhos de pesquisa, a aplicação da teoria em situações-problema e a discussão oral.

Quando houver necessidade de avaliar conteúdos procedimentais, modalidades que exijam ações, poderão ser utilizados relatórios de aulas práticas, trabalhos em grupo, aplicações de conceitos em diferentes contextos e a simples observação durante as ações.

Visto que, a estrutura do conhecimento nunca é encontrada de forma fragmentada, assim todo e qualquer conteúdo será apreendido junto com conteúdos de diferentes naturezas e poderá ser avaliado de forma isolada ou em seu conjunto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRUZ, Daniel. Ciências e educação ambiental. São Paulo: Ática, 2004.

GEWAMDSZNAJDER, Fernando. Ciências. São Paulo:Ática , 2005.

GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências. São Paulo: FTD, 2002

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

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PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

SALÉM, Sônia; et. al. Vivendo ciências. São Paulo: FTD, 2002.

SILVA JUNIOR, César da; et. al. Entendendo a natureza. São Paulo: Saraiva, 2001.

TORRES, Patrícia Lupion (org). Uma leitura para os temas transversais: Ensino Fundamental. – Curitiba: SENAR-PR, 2003.

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCÁÇÃO FÍSICA – EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento. Ou, dito de outro modo, a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.

Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam a necessidade de que, além daqueles, que se considere também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é, no corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.

O processo de ensino-aprendizagem na Educação Física não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada.

Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro de linguagens e contextos sociais. Sendo assim, é fundamental a participação em atividades de caráter recreativo, competitivo, cooperativo, entre outros, para aprender a diferenciá-los.

Aprender a movimentar-se implica em planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos que devem ser favorecidos e considerados no processo de ensino e aprendizagem na área de Educação Física.

OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver e aprimorar as capacidades e habilidades físicas, psíquicas e sociais, contribuindo com a formação integral do ser humano.- Reconhecer a importância da atividade física para o organismo.- Desenvolver habilidades naturais através dos exercícios propostos, como forma de melhorar o domínio do próprio corpo.- Reconhecer as diversas partes do corpo humano, bem como as suas funções.- Utilizar a representação do movimento como forma de expressão e comunicação.- Identificar a história, origem e regras básicas dos desportos e dos jogos.

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- Participar de atividades esportivas, artísticas, culturais e recreativas, promovendo a integração escola/comunidade.- Desenvolver a capacidade de raciocínio através de jogos intelectivos.- Desenvolver o gosto pela prática, dominar os fundamentos básicos e compreender sistemas táticos de jogos e esportes coletivos e individuais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

EXPRESSIVIDADE CORPORAL:- MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS- MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS- JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS- MANIFESTAÇÕES ESTÉTICAS-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO- CONHECIMENTO DO CORPO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Manifestações ginásticas- Rolamentos para frente e para trás

Manifestações esportivas- Origem e história das modalidades esportivas;- Prática de jogos pré-desportivos.

Jogos, brincadeiras e brinquedos- Jogos e brincadeiras (resgate histórico).- Iniciação ao xadrez.

Manifestações estético-corporais na dança e no teatro- Origem e história da dança;- Música e ritmo.

Conhecimento do corpo- Higiene, saúde e nutrição;

- Importância da atividade física.

6ª SÉRIE

Manifestações ginásticas- Rolamentos;- Avião;

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- Estrela.

Manifestações esportivas- Prática de jogos pré-desportivos;- Fundamentos dos esportes.

Jogos, brincadeiras e brinquedos- Gincanas;- Prática de jogos tradicionais.- Jogos de mesa.

Manifestações estético-corporais na dança e no teatro- Música e ritmo;- Expressão corporal;- Dramatização.

Conhecimento do corpo- O corpo humano;- Noções básicas de anatomia e fisiologia.

7ª SÉRIE

Manifestações ginásticas- Rolamentos;- Paradas.

Manifestações esportivas- Jogos esportivos;- Prática de fundamentos.

Jogos, brincadeiras e brinquedos- Jogos de mesa;- Normas de convivência social.

Manifestações estéticas-corporais na dança e no teatro- Expressão corporal;- Dramatização.- Dança.

Conhecimento do corpo- Hábitos alimentares;- Importância da atividade física;- Sexualidade.

8ª SÉRIE

Manifestações ginásticas

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- Rolamentos e paradas;- Roda, rodante, reversão.

Manifestações esportivas- Jogos esportivos;- Prática de fundamentos.

Jogos, brincadeiras e brinquedos- Gincanas;- Jogos de mesa;- Desafios e criação de regras.

Manifestações estético-corporais na dança e no teatro- Dramatização;- Danças modernas;- Cultura do circo.

Conhecimento do corpo- Importância da atividade física;- Noções de primeiros socorros.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

Os conhecimentos já adquiridos pelos alunos devem ser considerados, portanto, partindo deles, será feita a abordagem dos conteúdos de Educação Física por meio dos métodos global, parcial e misto.

As aulas de Educação Física serão desenvolvidas por meio da discussão e análise crítica dos conteúdos; aulas práticas com demonstração, explicação, experimentação, repetição e correção; atividades individuais e em pequenos e grandes grupos, bem como a apresentação de proposta de trabalho para os alunos através da dança, artes circenses, dramatizações e canto.

As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais como, computadores, dvd, vídeo cassete, revistas, livros, filmes, aulas práticas em laboratório de Ciências e informática, dentre outras, serão introduzidas para facilitar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos programáticos.

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O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos a possibilidade de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento das necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

A flexibilização/adaptação do currículo é uma prerrogativa para contemplar as diferenças em sala de aula, por entender que nem todos aprendem da mesma forma, com as mesmas estratégias metodológicas, com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa etária.

As ações de adequações/flexibilizações a serem realizadas nos componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial do Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem como função fornecer aos estudantes, informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificarem quais objetivos foram atingidos. Portanto, se os conhecimentos foram adquiridos, raciocínio desenvolvido, crenças, hábitos e valores incorporados. Essa identificação serve para o professor propor revisões e novas elaborações de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente consolidados.

Assim, é fundamental que o processo de avaliação seja diagnóstico, formativo, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem, tais como a compreensão de definições, o estabelecimento de relações, a argumentação oral, as explicações, as justificativas e o uso de recursos tecnológicos. Para tanto, serão utilizados instrumentos de avaliação como, testes práticos e teóricos, participação efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de trabalhos práticos e teóricos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno.

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Serão levados em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem o aluno de realizar determinados tipos de atividades com o mesmo nível de desempenho dos demais, como, por exemplo, a falta de coordenação motora geral, distúrbios psíquicos e emocionais e incapacidade física temporária ou permanente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABERASTURY, A. A criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Textos de educação física para sala de aula. Cascavel, PR: ASSOESTE, 1994.

CHATEAU, J. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.

GOMES Nogueira, CLAUDIO J. Educação Física na sala de aula. Rio de Janeiro: SPRINT, 1995.

MELLO, A. M. Psicomotricidade, educação física, jogos infantis. São Paulo: Ibrasa, 1989.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

SILVA, Elizabeth Nascimento. Educação Física na escola. Rio de Janeiro: SPRINT, 2000.

TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e desportos. São Paulo: Saraiva, 1996.

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso constitui-se como disciplina na superação do proselitismo no espaço escolar, passando desta forma a deixar claro que aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo, sem excluir o horizonte dos valores éticos, que fazem parte do processo educacional. A Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme constituição de 1824 determinava que o ensino religioso fosse tradicionalmente o ensino do catolicismo. Após a proclamação da República passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando as normas únicas do catolicismo que exercia o monopólio do ensino.

Nas Constituições de 1937, 1946 e 1967 o Ensino religioso foi mantido como matéria do currículo, tendo caráter confessional e freqüência livre para o aluno. Na década de 60 surgiram grandes debates retomando a questão da liberdade religiosa, devido à pressão das tradições religiosas e sociedade civil organizada que partiu de diferentes manifestações religiosas, perdendo nesse contexto, sua função catequética, o modelo pluralista passou a ser intensamente questionado.

O entendimento sobre essa importante e fundamental área do conhecimento humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade presente nas diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas diferentes manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do conhecimento religioso.

O Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar em 1972, através da Lei 5692/71. A Educação Religiosa pressupõe propor ao educando a oportunidade do processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura.

Nos dias atuais, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9394/96 determina que a disciplina seja de matrícula facultativa sem ônus para o poder público, deve ser ministrada de acordo com a confissão religiosa do aluno.

OBJETIVOS GERAIS

- Contribuir para o conhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que compõem a sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura

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sobre o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto histórico sócio-cultural do educando.- Proporcionar ao educando do Ensino Religioso sua formação integral, através do desenvolvimento de atitudes éticas que qualifiquem as relações do ser humano consigo mesmo, promovendo a educação para a paz, com o outro e com a natureza, entendido nesta concepção como sujeito do processo de formação continuada.- Possibilitar ao educando o conhecimento a respeito das diferenças de manifestações sagradas, análise e compreensão das tradições religiosas. - O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo, analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PAISAGEM RELIGIOSA: lugar onde se situa o espaço geográfico sagrado. SÍMBOLOS: linguagem que expressam sentidos como forma de comunicação. TEXTO SAGRADO: sendo de diferentes maneiras, como pinturas sacras, textos orais e escritos entre outros.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

- Organizações religiosas;- Líderes religiosos ou fundadores de religiões;- Estruturas hierárquicas;- Organizações religiosas mundiais e regionais;- Lugares Sagrados;- Lugares na Natureza: Rios, Lagos, Montanhas, Grutas, Cachoeiras. - Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas.- Respeito à diversidade religiosa;- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa;- Direito de professar fé e liberdade de opiniões e expressão;- Direito à liberdade de reunião e associação pacifica;

6 ª SÉRIE

- Universo simbólico religioso - Festas Religiosas - Festas familiares - Datas comemorativas

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- Vida: a manifestação do sagrado - Respostas para a vida além da morte - Ressurreição, reencarnação, ancestralidade e outros - Diferentes concepções de vida e crença, as questões vitais que inquietam o ser humano, respostas aos questionamentos: de onde viemos e para onde vamos? - Ritos - Ritos de passagem - Peregrinação - Mortuários - Propiciatórios - Nos Ritos - Nos Mitos - No cotidiano

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

A partir de uma visão de mundo e de homem, a linguagem utilizada ao ministrar o conteúdo de Ensino Religioso deve partir do pressuposto pedagógico e não do religioso. Nesse processo deve ser respeitada a liberdade de consciência e a opção religiosa em relação ao sagrado, buscando opiniões e questionamentos que contemplem a contextualização frente a atitudes práticas e concretas do cotidiano em relação ao sagrado.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não. Nesse sentido, é preciso organizar estratégias que ofereçam condições para que o educando com necessidades especiais de educação possa absorver o conhecimento de forma participativa.

AVALIAÇÃO

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Avaliação da aprendizagem faz parte do processo educativo e deve ser realizada de forma que possibilite acompanhar o processo de apropriação do conhecimento de cada educando, bem como da turma, através de manifestações de aceitação das diferenças religiosas existentes entre os colegas. Esse processo deve ser contínuo, diagnóstico e cumulativo, permitindo ao professor planejar intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem.

No acompanhamento dos educandos com necessidades especiais de educação é fundamental que o professor seja flexível, verifique e valorize o progresso de cada aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, respeitando seu tempo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das Relações étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2005.

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione Ltda, 1994

DURHEIM, Emile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: ed. Paulinas,1994.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e Profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992

HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. Ensino Religioso e sua relação Pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

PEDRO, Aquilino de. Dicionário de termos religiosos e afins. Aparecida, SP:

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Santuário, 1993.

PÉREZ GÓMEZ, A. I. A cultura escolar na sociedade neoliberal. Porto Alegre:Artmed, 2001.

ROHMANN, Chris. O livro das idéias: pensadores, teorias e conceitos que formam nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

SACHS, Wolfgang. Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder. Petrópolis, Rio de Janeiro:

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

– EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A geografia enquanto disciplina isolada não pode abarcar a totalidade dos fenômenos físicos biológicos e humanos que ocorrem sobre a superfície terrestre. Enquanto a geografia humana procura se aproximar das ciências sociais, a geografia física se volta para os métodos de análise das ciências naturais.

O desafio é integrar essas duas áreas de conhecimento numa perspectiva de construção de um pensamento interdisciplinar que contemple as noções de espaço, tempo e lugar no Brasil e no mundo e o estudo das transformações contemporâneas.

A partir do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia, pressupõe-se que o aluno consiga se localizar no espaço, se posicionando de forma crítica e construtiva diante de sua realidade, compreendendo a necessidade de preservar os recursos naturais e utilizando-os de forma consciente. O aluno deverá também se posicionar diante das novas tecnologias, tornando-se um cidadão que exerça corretamente o seu papel na sociedade. Para tanto, é necessário que ele saiba ler e interpretar mapas, gráficos, tabelas, além de textos que abordem temas como cultura afro, meio ambiente, política dentre outros.

OBJETIVOS GERAIS

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- Compreender o significado do conceito de lugar e de paisagem, como síntese de múltiplas determinações da natureza, das relações sociais, da cultura, economia e política.

- Reconhecer as transformações que ocorrem nas relações de trabalho, em função da incorporação das novas tecnologias.

- Compreender as relações homem/natureza e a integração dos elementos biofísicos.

- Conhecer as formas de localização e orientação no espaço, em escala local, regional, nacional e global.

- Identificar os principais problemas da sociedade brasileira, inclusive as questões ambientais, reconhecendo-as em sua comunidade, utilizando os conhecimentos adquiridos para agir como cidadão solidário, participante e crítico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇOA DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTALA DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICAA QUESTÃO GEOPOLÍTICA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

- Os setores da economia- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações- Sistemas de produção industrial- Agroindústria- Economia e desigualdade social

A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

- As eras geológicas - Os movimentos da Terra no universo e suas influências

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- As rochas e minerais- O ambiente urbano e rural- Fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas- Rios e bacias hidrográficas- Sistemas de energia- Circulação e poluição atmosférica- Desmatamento- Chuva ácida- Buraco na camada de ozônio- Efeito estufa- Desigualdade social e problemas ambientais

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

- O êxodo rural- Urbanização e favelização- Consumo e consumismo- Movimentos sociais- População brasileira – grupos afrodescendentesA QUESTÃO GEOPOLÍTICA

- Globalização- Recursos energéticos- Políticas ambientais- Meio ambiente e desenvolvimento

6ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

- Os setores da economia- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações- Globalização- Regiões brasileiras

A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

- O ambiente urbano e rural- Movimentos socioambientais- Desmatamento- Ocupação de áreas irregulares- Desigualdade social e problemas ambientais

GEOPOLÍTICA

- Movimentos sociais

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- Meio ambiente e desenvolvimento- Estado, nação e território

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

- O êxodo rural- Urbanização e favelização- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço

geográfico- Estrutura etária

7ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

- Globalização- Dependência tecnológica- Acordos e blocos econômicos- Economia e desigualdade social

A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

- As eras geológicas- A dinâmica da natureza- Desigualdade social e problemas ambientais

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

- Formação e conflitos étnicos-religiosos e raciais- Meios de comunicação- A identidade nacional e o processo de globalização

A QUESTÃO GEOPOLÍTICA

- Desigualdade dos países: norte x sul- Guerra Fria- Blocos econômicos- Meio ambiente e desenvolvimento- Estado, nação e território- Políticas ambientais- Movimentos sociais- narcotráfico

8ª SÉRIE

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DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

- Globalização - Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações- Sistemas de produção industrial- Acordos e blocos econômicos- Dependência tecnológica

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

- Ambiente urbano e rural- Sistemas de energia- Desmatamento- Chuva ácida- Desigualdade social e problemas ambientais

DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

- Êxodo rural- Urbanização e favelização- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço

geográfico- História das migrações mundiais- Formação e conflitos étnicos-religiosos e raciais- Consumo e consumismo- Meios de comunicação- A identidade nacional e o processo de globalização

A QUESTÃO GEOPOLÍTICA

- Blocos econômicos- Desigualdade dos países: norte x sul- Órgãos internacionais- Biopirataria- Terrorismo- Neoliberalismo- Conflitos mundiais- Guerra Fria

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

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METODOLOGIA

A Geografia apresenta um duplo desafio: a integração às demais áreas do conhecimento, na perspectiva da construção de um pensamento interdisciplinar, capaz de superar a divisão entre as ciências e a discussão interna, acerca da relação entre Geografia Humana e Geografia Física.

O professor de Geografia deve conhecer o seu papel no ensino, ter conhecimento profundo do campo do qual é especialista, pois é ele que estabelecerá interfaces com as demais disciplinas.

O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica contínua. O caminho do geógrafo tem que ser repensado e as alternativas para isso são múltiplas. Quanto ao ensino, de nada adianta trabalhar sobre uma estrutura tradicional, se temos como alunos, jovens que vivem num mundo onde as mudanças ganham cada vez mais velocidade e que quando adultos viverão num mundo mais desafiador. É preciso romper com a atual estrutura e habilitá-los a pensar e a agir.

O ensino da Geografia é fundamental para que o aluno possa viver melhor em sociedade; compreendendo o mundo, posicionando-se como agente transformador, localizando-se no espaço, reconhecendo e transitando entre as diferentes escalas espaciais, posicionando-se criticamente e compreendendo a relação sociedade/ natureza. Os conceitos de espaço geográfico, paisagem, região, lugar e território, são fundamentais para que o aluno compreenda essas escalas. Da observação do meio, da sua localização, a Geografia levará o aluno a compreender o espaço que o rodeia e a buscar caminhos para apropriação do domínio espacial.

No desenvolvimento dos conteúdos, o professor trabalhará no sentido de constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado espaço de acordo com seus interesses e necessidades, vai modificar esse espaço, provocando transformações na natureza. É quando se analisa com os alunos, através de vídeos, jornais, revistas e até mesmo de visitas à comunidade, o estado de conservação e/ou degradação da superfície terrestre. Ao desenvolver essas reflexões o professor deverá também, mostrar quais as transformações que a natureza sofreu e qual o aproveitamento que a sociedade faz dela. O estudo das inovações tecnológicas torna-se fundamental para a compreensão das transformações espaciais, sejam elas em escala estadual, federal ou global.

Partindo do ponto de vista de que vivemos em uma sociedade globalizada, torna-se necessário que o aluno, apresentando ou não necessidades educacionais especiais, seja preparado para enfrentar essa realidade de forma crítica e construtiva, pois o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem.

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As ações de adequações/flexibilizações a serem realizadas nos componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um momento de grande importância no processo ensino aprendizagem. É necessário que esteja presente em todas as etapas da aprendizagem para que o aluno e o professor percebam em que grau estão envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Sendo a avaliação um processo permanente, torna-se necessário iniciá-lo mesmo antes de introduzir novos conteúdos para avaliar os conhecimentos já adquiridos pelos alunos. Desta forma, toda atividade trabalhada, seja de observação, descrição e análise, interpretação, provas escritas, confecção de mapas, debates, maquetes e outras, farão parte da avaliação, objetivando também o atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais, considerando a especificidade de cada um.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEVON, Bolgian. et. al. Introdução à ciência geográfica. São Paulo: Atual, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, 2006.

PASSINI, Elza Y. Alfabetização cartográfica. Belo Horizonte: Lê, 1994.

SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1991.

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VESENTINI, José William; VLACH, V. Geografia crítica. São Paulo: Ática, 2002.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA - EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao propor um breve histórico da disciplina de História, pretende-se suscitar reflexões a respeito dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, bem como das relações entre o ensino da História com a produção.

A disciplina de História passou a ser obrigatória como disciplina acadêmica em 1937. O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, por meio da Lei Orgânica do ensino secundário de 1942.

O ensino de História, após a implantação do Regime Militar (1964), manteve seu caráter estritamente político. A partir da Lei número 5692/71, o Estado criou o Primeiro Grau de 8 anos e o Segundo Grau profissionalizante.

No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária com educação Moral e Cívica. No Segundo Grau a carga horária foi reduzida e a disciplina de Organização social e Política Brasileira (OSPB) passou a compor o currículo. O ensino de História, nesta época, tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação da realidade.

Analisando o ensino de História a partir dos anos 70 e as características do currículo da disciplina, suas permanências, mudanças, rupturas e inserção da produção histórica nas práticas escolares, será possível definir as diretrizes curriculares que orientarão o currículo para o Ensino Fundamental e Médio na Rede Pública Estadual. Considerando tal análise, predominou, no início, a História era Tradicional que valorizava personagens como sujeitos da história e de sua atuação em fatos políticos, de forma factual e linear.

O documento sobre a reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná (1990) apresentava uma proposta curricular de História que apontava para a organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro, de forma integrada, por meio da retomada da historiografia social ligada ao Materialismo Histórico Dialético.

A organização do currículo para o ensino de História terá como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos.

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No Brasil a História como disciplina escolar passou a ser obrigatória, a partir da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.

As produções neste momento foram elaboradas sob influência da Escola Metódica e do Positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, pela História política, orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais escritos como fonte e verdade histórica e, por fim, pela valorização dos heróis. A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como uma extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na síntese das raças branca, índia e negra, predominando a ideologia do branqueamento.

Este modelo de ensino permaneceu durante a República Velha e o Colégio D.Pedro II continuou a ter o papel de referência para a organização educacional brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do Colégio, propondo que a história do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal. Nessa nova configuração, o conteúdo de História do Brasil ficou relegado a um espaço restrito do currículo, que devido a sua extensão, dificilmente era tratado pelos professores nas aulas de História.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no governo de Getulio Vargas, vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, por meio da Lei Orgânica do Ensino Secundário de 1942. Cabe destacar que o acesso a essa etapa da escolaridade era restrito à elite que se preparava para conduzir o povo, contribuindo para a legitimidade do projeto nacionalista, o ensino de História se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

Por força da Lei nº 5692/71 e com base em estudos anteriores, o governo transformou e estudo da História para Estudos Sociais no Ensino de 1º Grau. Durante a implantação do regime militar, o ensino de História manteve seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram-se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. Modelo da ordem estabelecida, de uma sociedade hierarquizada e nacionalista, o ensino não tinha espaço para análises críticas e interpretações dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da Pátria.

A partir da década de 80 (1980), o ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, principalmente pela Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH). Esses defendiam o retorno da disciplina de História como condição para que houvesse uma maior aproximação entre a investigação histórica e o universo da sala de aula.

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No final da década de 80 (1980) e inicio dos anos 90, houve no Paraná uma tentativa de aproximação da produção acadêmica de História com o ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Estado do Paraná (1990). Essa proposta de renovação do ensino de História tinha como pressupostos teóricos a historiografia social, pautada no materialismo histórico didático, indicando alguns elementos da Nova História.

O mundo atual apresenta um conjunto de muitas novidades – transformações. Globalização (ciranda global), mundo que “encolhe” à medida que barreiras geográficas deixam de existir, que tem no capital a fonte de valorização de qualquer política; que desumaniza o indivíduo em nome da concorrência, empreendendo relações fetichistas que descaracterizam ainda mais o ser humano em nome da riqueza.

Este mundo, portanto, apresenta-se competitivo, individualista, seletivo, dialético, veloz (cibernético, informativo), injusto e provido de grande miséria moral e existencial, onde os valores são outros e as ideologias não compreendidas e alienadamente absolvidas remetem o homem a um processo de submissão, legitimada pela ignorância.

A simples constatação desta realidade muito pouco ou quase nada acrescenta à compreensão das complexas relações sociais contemporâneas. Uma forma privilegiada de pensar e melhor compreender o mundo, remete ao entendimento dessas relações, que exigem por sua vez a superação da ideologia burguesa e do senso comum, bem como, dos elementos condicionantes sociais, econômicos e culturais globais que constituem objetivamente a realidade social.

Neste contexto histórico, marcado pela crise de entendimento, velhos conceitos passam a exigir novas formulações, legando a história à luz de seu entendimento sobre o processo de desenvolvimento do modo de produção capitalista, dinamizar a reflexão e o debate coletivo no sentido de construir a organização e a efetivação de um projeto sócio – educacional emancipatório.

O ensino de história nesse contexto, mais do que relevante, constitui-se em uma das principais ferramentas na construção dessa emancipação, uma vez que ao focar o indivíduo como sujeito de sua própria história, remete a este o dever de se tornar agente das transformações setoriais, que por sua vez é o único meio para alcançar qualquer forma de autonomia.

Nessa perspectiva, o ensino de história deve contribuir para que o aluno possa compreender e aprender as formas de produção dessa autonomia. Sobretudo, através dos conteúdos revistos e relacionados à realidade local e global que implicam a vida de todos, tendo como ponto de partida o seu cotidiano. Desta forma, a primeira preocupação da disciplina de história é

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sistematizar conteúdos que se preocupem com a formação do homem, cidadão consciente de sua importância e, portanto, capaz de promover mudanças na realidade social.

Dentro desta perspectiva proporcionaremos ao educando instrumentos teóricos de análise da sociedade, visando uma concepção reflexiva do meio em que está inserido, possibilitando sua participação social no exercício da cidadania, bem como suscitando reflexões sobre as relações de trabalho e cultura em diferente realidades históricas e sua ralação com o contexto social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

POLÍTICAECONÔMICO-SOCIALDIMENSÕES CULTURAIS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Conceituação de HistóriaA Pré-HistóriaA Mesopotâmia Egito AntigoFenícios, Persas e HebreusExtremo OrienteGrécia AntigaImpério RomanoCristianismoIslãImpério BizantinoIdade MédiaCultura MedievalSociedade Ocidental EuropéiaCrise do Sistema FeudalFormação do Estado ModernoAbsolutismoRenascimento Cultural e CientíficoReforma e Contra-ReformaÁfrica e América no contexto europeuSistema ColonialExpansão do território brasileiroFeudalismoRevolução InglesaIluminismoIndependência dos Estados Unidos

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Revolução FrancesaRevoltas anticoloniaisRevolução IndustrialIndependência do BrasilIndependência da América EspanholaBrasil ImperialDoutrinas SociaisUnificação da Itália e AlemanhaImperialismoAmérica e Europa no século XIXAbolição da escravaturaProclamação da RepúblicaPrimeira Guerra MundialBrasil República VelhaPeríodo entre – guerrasEra do PopulismoSegunda Guerra MundialGuerra FriaSocialismo na AméricaDitadura Militar no BrasilNova Ordem MundialVida social, política e econômica dos negros na atualidade paranaense e brasileira.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

O professor será mediador do ensino e aprendizagem para que o aluno assim aprenda a aprender, a conviver, a ser, desenvolvendo espírito crítico contestador e que saiba respeitar opiniões de terceiros, para um crescimento geral enquanto cidadão.

No processo de construção do conhecimento histórico deve-se revelar como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de forma consciente ou não, problematizando o passado, fazendo buscar respostas às indagações, contemplando as diversidades das experiências do educando dentro de sua realidade política, sócio-econômica e cultural.

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Assim, as aulas serão desenvolvidas e dinamizadas através dos vários recursos pedagógicos para que o ensino-aprendizagem alcance os objetivos propostos através de aulas expositivas, debates, círculo de estudos, sínteses em finais de aula, trabalhos e apresentações, individuais e/ou coletivas, contextualização, resumos, análises críticas, interpretações de figuras ilustrativas, realização de tarefas, observações e mesmo atividades propostas pelos alunos, pesquisas em jornais e revistas, interpretações de músicas e poesias, vídeos, consulta a autores diversos e para-didáticos, trabalhos com mosaicos, maquetes, leitura de textos ilustrativos, artes, discussão sobre imagens de abertura e análise de texto, aproveitamento dos contextos da mídia, de época ou não, leituras complementares, quando o aluno será levado a desenvolver sua criticidade.

A inclusão refere-se a toda pessoa sujeito de direitos e para tanto a escola estará aberta para receber e permitir a sua permanência com tratamento igualitário sem restrições de qualquer natureza, com adequação dos professores, escola, para que a inclusão aconteça, formando cidadãos conscientes.

O professor deverá utilizar diversas estratégias para incentivar os alunos, a partir de suas próprias necessidades e de sua comunidade, estabelecer o combate sistemático ao preconceito, buscando a socialização democrática e igualitária do conhecimento. Nesse processo é importante o reconhecimento e a valorização de todos os grupos sociais, principalmente os historicamente excluídos como afro-descendentes, pessoas com deficiências físicas ou mentais, comunidades indígenas e outros.

AVALIAÇÃO

Avaliar significa ver se os objetivos propostos estão sendo atingidos. Se não estão, deve-se rever a metodologia empregada, o ritmo de trabalho, a participação de todos os envolvidos no processo, ou seja, descobrir quais as causas do mau andamento do aprendizado e atuar sobre eles.Para tanto, a avaliação terá função diagnóstica, priorizando os mecanismos de aprendizagem do aluno em relação à sua realidade social. Desta forma, contemplará necessariamente, as experiências acumuladas pelos discentes.

A avaliação ocorrerá de forma contínua, devendo proporcionar o repensar da prática pedagógica e a proposição de novas alternativas de ensino e aprendizagem.

As proposições em relação à avaliação permitirão que os estudantes e professores reflitam sobre os avanços e retrocessos no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Possibilitando a retomada de certos mecanismos que não resultaram em avanços significativos. Assim, o diálogo

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entre esses agentes de educação se constituíra em uma constante do processo educacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba: SEED, fevereiro de 2006.

MONTELLATO, Andréa Rodrigues Dias. História temática: diversidade cultura e conflitos. São Paulo: Scipione, 2000.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, 2006.

RODRIGUES, Joelza Éster. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2002.

SILVA, Francisco de Assis. História. São Paulo: Moderna, 2001.

SMITH, Mário. História crítica. São Paulo: Ática. 2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA – EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse por sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.

Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer do autor.

A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas situações de interação socioverbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora dos limites escolares.

Quanto à análise lingüística é preciso trabalhar com a gramática, com a compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como assunto é organizado e como as idéias e as partes do texto são costuradas.

OBJETIVOS GERAIS

- Compreender a linguagem como meio pelo qual o ser humano consegue expressar-se, defender suas idéias, interagir com o outro, exercer sua cidadania.

- Usar com propriedade a língua materna, compreendendo-a como integradora do seu meio e da própria identidade.

- Comunicar-se com clareza tanto na modalidade oral quanto na escrita.

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- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.

LEITURA

Leitura de textos de variados gêneros que serão estudados e debatidos em todas as séries do ensino fundamental:

ContosPoemasFábulasTirasChargesTextos imagéticos (publicidade, fotografia de jornal, capa de revista,

filme)CrônicasAnedotasNotíciasHistórias em quadrinhosCartumEntrevistasArtigos/editoriaisTextos instrucionaisAnúncios e classificadosTextos científicos (adequado à faixa etária)VerbetesInfográficosLetras de músicasRomancesComentários radiofônicosCordelNovelas

ESCRITA

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Produção e análise lingüística priorizando alguns gêneros em cada série:

5ª série 6ª série 7ª série 8ª sériebilhetescartascartão postalcontosanúncios publicitáriospoemasresumosconvitetirasHistória em quadrinhocartazesrelatos cotidianos

texto de opiniãoentrevistacontonotíciapoemaschargeanúncios classificadosresumostirascartazesrelatos cotidianos

crônicacontoanúncios publicitáriospoemaschargetextos de opiniãoresumosresenhastirascartumdebatescartazesrelatórios

reportagementrevistacontopoemaschargetextos de opiniãoresumosresenhascartumdebatescartazesrelatórios

ORALIDADE

Serão trabalhadas em todas as séries do Ensino Fundamental: cantigas; narrativas de causos; apresentações de seminários; exposições de trabalhos; propagandas; declamações; dramatizações; reproduções de textos orais; debates; verbalizações de livros lidos; entre outros, respeitando as variedades lingüísticas dos educandos.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e construções da língua. A leitura de textos, incentivando

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na leitura oral, o ritmo e a entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de pontuação.

O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando oportunidade para todos os alunos exporem suas idéias, levando-os a relacionarem textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação destes com situações cotidianas (intertextualidade).

O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos descritivos, narrativos e dissertativos.

As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensino-aprendizagem dos conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica do aluno.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:

ORALIDADE:- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos, programas de tv, anedotas...)

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- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...- apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...- clareza e capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.

LEITURA:- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;- reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e interpretação.

PRODUÇÃO:- observação das especificidades de cada gênero;- adequação da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que será veiculado;- coerência;- uso adequado dos elementos coesivos;- análise lingüística de acordo com as principais dificuldades encontradas e apresentadas pelos alunos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno. Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a avaliação diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a dificuldade de cada um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações, de tal forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na escola. Brasília: MEC, 2005.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cohar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

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PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – EF

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A história da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de idéias que se originaram de simples observações provenientes de capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades. Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da leitura e da escrita na formação dos filhos da nobreza. A matemática se inseriu no contexto educacional grego um século depois quando se abordava uma matemática abstrata.

Por volta do século IV a II a.C. o ensino de matemática estava reduzido a contar números inteiros cardinais e ordinais. A matemática se configurou como disciplina básica a partir do século I a.C. a partir do século II d.C. o ensino da matemática teve outra orientação privilegiando uma exposição mais completa de seus conceitos.

No século V d.C. a matemática era ensinada com o objetivo de entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar datas religiosas.

Entre os séculos VIII e IX o ensino passou por mudanças significativas com o surgimento das escolas e a organização do sistema de ensino. As produções matemáticas do século XVI, a geometria, o cálculo diferencial e integral e a teoria das equações diferenciais fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um novo período de sistematização.

O século XVIII foi demarcado pelas revoluções francesa e industrial, no Brasil ministrava-se um ensino de matemática de caráter técnico com o objetivo de preparar os estudantes para as academias militares influenciado pelos acontecimentos políticos que ocorriam na Europa. No período que abrange o final do século XIX e XX levantaram-se preocupações voltadas para o ensino da matemática, sendo as mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com propostas de ensino da matemática. Hoje a matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do

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saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.

A disciplina de Matemática é importante para educação básica do Paraná, pois é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma impressionante produção de novos conhecimentos que, por seu valor intrínseco, de natureza lógica, têm sido instrumentos úteis na solução de problemas científicos e tecnológicos da maior importância.

A matemática deve ser vista como uma produção sócio-cultural para que possa ser compreendida como um conhecimento que se encontra em permanenete elaboração e transformação, concebida como um bem cultural. Tendo um caráter dinâmico, é produzida histórica e sócio-culturalmente no interior das práticas e das relações sociais por isso deve Ter bases teórico-metodológicas sobre as quais se sustentará a implementação de um processo de ensino, voltado para a construção dos conceitos e significados.

O ensino da matemática deve valorizar os aspectos relacionados ao raciocínio dedutivo, lógico e estimativo, dentre outros e sempre que possível, deve permear as demais áreas do conhecimento da ciência e da tecnologia, buscando oferecer subsídios ao educando para que possa interferir em seu meio global, regional e local, formando indivíduos reflexivos e atuantes, tornando-os pesquisadores de sua realidade, levando em consideração os diferentes valores culturais dos diferentes saberes, segundo os contextos e/ou situações.

Através dos conteúdos estruturantes objetiva-se o desenvolvimento da capacidade de cálculo mental e de fazer estimativas, da elaboração de raciocínios criativos, da leitura e interpretação de gráficos e tabelas e de representações geométricas, utilizando a matemática para compreender a realidade local. Segundo Dante, “a Matemática está presente em praticamente tudo que nos rodeia, com maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo a nossa volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de compreensão e atuação como cidadão” (DANTE, 2002, p.12).

Dessa forma, o ensino da matemática deve valorizar os aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático, assim como os aspectos sociais envolvidos. Essa prática implica pensar na sociedade em que vivemos, tornando o ato de ensinar uma ação reflexiva e política.

OBJETIVO GERAL

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Tornar o aluno capaz de superar a senso comum, já que faz uso da matemática independente do conhecimento escolar e, desenvolver nele a consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

GEOMETRIA NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRAMEDIDASTRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

GEOMETRIA - Ponto, reta e plano- Giros e ângulos- Polígonos e não polígonos

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA- Sistemas de numeração- Operações fundamentais: adição, subtração, divisão, multiplicação e

potenciação

MEDIDAS- Comprimentos e superfícies- Volumes e capacidades- Massas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Estatística - Porcentagem- Gráficos

6ª SÉRIE

GEOMETRIA - Ângulos e polígonos

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NÚMEROS, OPERAÇÃOES E ÁLGEBRA- Conjunto dos números inteiros e racionais- Potências e raízes- Equações e inequações

MEDIDAS- Razão e proporção- Regras de três

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Porcentagem - Juros Simples

7ª SËRIE

GEOMETRIA- Ângulos- Polígonos: triângulos e quadriláteros- Circunferência e circulo

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA- Números reais- Polígonos , frações algébricas- Equações e sistemas de equações

MEDIDAS- Polígonos: triângulos e quadriláteros

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Estatística

8ª SÉRIE

GEOMETRIA- Segmentos proporcionais- Semelhança- Relações métricas no triângulo retângulo- Relações trigonométricas nos triângulos- Circunferência e circulo

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA- Potência- Equações do 2° grau- Função polinomial do 1° e 2° grau- Radicais

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MEDIDAS- Área das figuras geométricas planas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Estatística

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21 EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

Apresentar situações problemas para o aluno perceba que a Matemática oferece inúmeras ferramentas para lidar com a grande massa de informações que lhe chegam. Os diferentes campos da Matemática devem integrar as atividades e experiências desenvolvidas pelos alunos e não apenas as questões aritméticas e algébricas devem merecer atenção, mas também os trabalhos geométricos, e outros, que envolvam o raciocínio combinatório e a análise estatística.

A disciplina de Matemática deve conceber e praticar uma educação para todos, o que pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam eles especiais ou não. Nesse processo, os alunos com necessidades educacionais especiais necessitam de um atendimento compatível ao seu tempo de desenvolvimento para a aprendizagem, e não de exclusão ou mesmo limitação na aquisição do saber.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem como função fornecer aos estudantes, informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificarem quais objetivos foram atingidos. Sendo assim, o processo de avaliação não se restringe apenas em quantificar o nível de informações do aluno, mas sim a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso implica em saber se o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue materializar em situações que exige raciocínio matemático, tornando-o mais crítico e perceptivo na resolução dos seus problemas enfrentados diariamente, dentro e fora do âmbito escolar.

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Nesse processo de avaliação podemos utilizar de instrumentos como os trabalhos escritos e orais, individuais e coletivos; demonstrações e construções, incluindo o uso de materiais manipuláveis, computadores e calculadoras, rompendo com a linearidade e a limitação das práticas avaliativas.

Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais terão a avaliação diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a dificuldade de cada um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações, de tal forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTE, Luiz G. ,et. al. Matemática. São Paulo: Saraiva, 2002.

CASTRUCCI, Giovanni. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD, 2002.

DANTE, Luiz Roberto.Tudo e matemática. São Paulo: Ática, 2000.

JORGE, Sonia. Desenho geométrico, idéias e imagens. São Paulo: Saraiva,1999.

LOPES, Elizabeth Teixeira; KANEGAE, Cecilia F. Desenho geométrico. São Paulo: Scipione, 2002.

PARANÁ. Diretriz Curricular de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA LÍNGUA INGLESA - EF

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário do Ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da Organização social no decorrer da história. Desde o início da colonização do território brasileiro pelos portugueses houve uma preocupação de facilitar o processo de dominação e de expandir o catolicismo. Nesse contexto coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim.

Em 1795 o ministro Marquês de Pombal implantou o sistema de ensino régio no Brasil com a responsabilidade de contratar professores não religiosos. O latim e o grego continuam a fazer parte do currículo.

O ensino das línguas modernas só veio com a chegada da família real. D. João VI assina o decreto criando as cadeiras de inglês e francês. Em 1916 Ferdinand Saussure publica o “Cour de Linguística Generali” e inaugura os estudos da linguagem em caráter científico que tornou-se um marco histórico. Esses fundamentos alicerçaram o estruturalismo.

O método Direto surge na Europa no final do século XIX e início do séc. XX em contraposição do Tradicional com a Reforma Francisco Campos e foi oficialmente estabelecido no Brasil o mesmo induz ao acesso direto aos sentidos, sem interação da tradução fazendo com que a aprendizagem se assemelhe à língua materna, através de gestos, gravuras, fotos, simulação. Dava-se preferência ao professor nato ou fluente na língua alvo.

Nos anos 50, os lingüistas Leonardo Bloonfield, Charles Fries e outros apoiados na psicologia da escola Behaviorista de Pavloa e Skinner sistematizaram os métodos Audiovisual e Áudio-oral em que a língua passou a ser vista como o conjunto de hábitos a serem automatizados (constante repetição de modelos) e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas. A seguir Chomsky, responsável pelos conceitos de competência e desempenho retoma a discussão entre língua e fala e propõe a teoria inatista. A língua é vista como uma estrutura que faz intermediação entre o indivíduo e o mundo.

Nos anos 70 Piaget desenvolveu a abordagem Cognitivismo Construtivista onde a aquisição da língua é o resultado da intenção entre o organismo e o ambiente. A partir da década de 1970 surge, na Europa, a Abordagem Cominucativa. A língua é um instrumento de comunicação ou de interação social, considerando os aspectos semânticos da linguagem. Engloba as quatro habilidades: leitura, escrita, fala e audição. O professor deixa de ser o centro e passa a mediador do processo de ensino e aprendizagem.

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Não obstante, após uma década de vigência no Brasil, principalmente a partir de 1990, a Abordagem Comunicativa passou a ser criticada por intelectuais adeptos à pedagogia crítica. Muitos desses intelectuais foram inspirados pelas idéias de Paulo Freire. Nessa conjuntura, os lingüistas começaram “a se referir a história, poder, ideologia, política, classe social, consciência crítica, emancipação, nas discussões acerca da linguagem”. Assim, estudiosos ampliam as definições tradicionais e de uma pedagogia crítica e as utilizam para a origem de uma abordagem – Letramento Crítico. E essa abordagem tem orientado os estudiosos e as propostas mais recentes para o ensino de LE no contexto educacional.

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNA NO PARANÁ

Na década de 70, o Colégio Estadual do Paraná contava com professores de latim, grego, francês e espanhol. Porém, a carga horária destinadas à língua estrangeira começava a diminuir em função da inclusão de disciplinas técnicas, conforme LDB 5692.

O resgate do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976, quando essa passa a ser obrigatória, porém, somente no 2 grau, não perdendo caráter de recomendação para o 1 grau.

No Paraná, em 1982 foi implementado o Centro de Línguas Estrangeiras do Colégio Estadual do Paraná que oferecia aulas de inglês, espanhol, francês e alemão. Ainda em 1982, a UFPR inclui no vestibular as línguas espanhola, italiana, e alemã.

Em 15 de Agosto de 1986 ouve a criação do CELEM pela SEED. Esses Centros de Línguas funcionam no contra-turno e oferecem uma possibilidade de estudos sem custo financeiro a alunos da rede pública estadual.

Atualmente, o CELEM está presente em mais de 300 estabelecimentos de ensino e proporciona aulas de espanhol, alemão, francês, italiano, japonês, ucraniano e polonês. Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1992 com a publicação do Currículo Básico que propõe uma concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída.

No contexto atual, abriu-se concurso para contratação de professores, houve ampliação do número de escolas com o CELEM, estabeleceu parcerias para formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio de toda rede estadual e está em processo de implantação do livro didático do EM e EF.

O ensino de língua estrangeira configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,

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oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a compreender que a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto concreto, preciso, proporcionando ao aluno uma prática significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos, com os quais o aluno passa a sentir-se inserido numa determinada realidade sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo.

OBJETIVOS GERAIS

- Oportunizar o ensino da língua estrangeira ao educando como um instrumento de comunicação universal;- Revestir a prática discursiva de dialogicidade em espaço interativos;- Utilizar textos significativos para a formação de leitores críticos;- Interagir com textos de vários gêneros;- Perceber a possibilidade de construção de conhecimento voltada para transformação da prática social;- Articular os pressupostos das diretrizes curriculares com os conhecimentos lingüísticos da língua inglesa para a educação básica;- Contribuir para uma reflexão dos alunos sobre sua própria língua por meio de comparações e contrastes, ampliando sua visão de mundo e tornando-o mais crítico e reflexivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

É o discurso enquanto prática social efetivada por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita, portanto o objetivo do trabalho em sala de aula é a construção do significado por meio do engajamento discursivo e não apenas a prática de estruturas lingüísticas.

O eixo central deverá ser o discurso (compreendido como prática social) propiciando aos alunos subsídios para que sejam capazes de compreender e produzir significados na língua meta. Para tanto, as práticas fundamentais da realização da língua - ler, escrever, falar e compreender auditivamente - e os conhecimentos necessários para sua efetivação - discursivos, sociolingüísticos, gramaticais e estratégicos, deverão ser trabalhados sempre juntos, pois são imbricados e indissociáveis.

O conhecimento discursivo, diz respeito ao modo como se combinam formas gramaticais e significados em textos falados ou escritos, nos diferentes gêneros. O conhecimento sociolingüístico, refere-se ao conhecimento das particularidades do comportamento social e verbal.

O conhecimento gramatical diz respeito ao domínio do código lingüístico e o conhecimento estratégico ajuda o aluno a preencher lacunas nos outros

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conhecimentos estabelecidos como sendo fundamentais no ensino-aprendizagem de LEM. Podem ser verbais ou não-verbais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais) de diferentes tipos e gêneros considerando seus elementos lingüísticos discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA TODAS AS SÉRIES

Os aspectos lingüísticos serão abordados de acordo com a necessidade e realidade dos alunos para a compreensão dos temas e gêneros propostos.

ESCRITA ORALIDADE/AUDICÃO LEITURAResumos Convites Tipologia textuaisBilhetes Poemas ArgumentaçãoCartazes Relatos cotidianos NarraçãoEntrevistas Entrevistas DescriçãoTiras Diálogos BilhetesHistórias em quadrinhos Música ResenhasCartas (formal/informal) Informações CartasAnúncios publicitários Opiniões Gráficos estatísticosE-mails Ordens NotíciasTextos biográficos Dramatizações Resumos

Mímicas ReportagensCartazesEntrevistasNotíciasChargesCatoonsTextos de opiniõesTextos poéticosTextos de instruçãoTextos biográficos

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

Cultura AfroAgenda 21InclusãoRelações de gênero

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METODOLOGIA

A partir dos conteúdos estruturantes, desenvolver atividades que contemplem o uso da língua na leitura, na escrita, na oralidade e também a compreensão auditiva. Tendo o texto como unidade de comunicação verbal, que pode ser escrita, oral ou visual.

Esse texto terá uma problematizarão em relação a um tema, o que despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas, e ideológicas presentes em todo o discurso.

Importante trabalhar o vocabulário do texto, dependendo do grau de conhecimento do aluno tendo como objetivo o uso efetivo da língua e não apenas memorização de palavras soltas, descontextualizadas. Deste modo, a língua não será restrita ao ensino de estruturas lingüísticas, mas sim estabelecer objetivos realistas e sensíveis as diferenças regionais e individuais.

E a partir das falhas apresentadas pelos alunos durante o processo de interação que o professor abordará as questões lingüísticas de modo a refletir e discutir sobre as mesmas. E nesses momentos o professor poderá mostrar aos alunos a importância de considerar quem disse o quê, para quem, onde, quando e por quê, para entender a língua como uma pratica social e que acontece em contextos diferentes o que o levará a uma compreensão mais efetiva de um enunciado particular.

É fundamental que os textos trabalhados pertençam a vários gêneros do discurso, pois segundo Bakhtin, esses organizam nossa fala da mesma maneira que dispõe as formas gramaticais e seria impossível ter que criá-los pela primeira vez no processo da fala.

O aluno deverá familiarizar-se com textos, publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria o seu caráter público e ao mesmo tempo aproveitar o conhecimento da língua materna para que esse aluno seja um leitor crítico, sabendo que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que estão inseridos. Isso favorecerá também a percepção de que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, nem tem sempre o mesmo significado, flexibilidade esta que depende e varia do contexto e da situação em que a prática social da língua ocorre.

A partir dessas considerações a efetivação do discurso como prática social acontecerá por meio das práticas discursivas a seguir:- A oralidade: expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes

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discursos e incentivá-los a expressar suas idéias em língua estrangeiras, respeitando seu nível lingüístico, possibilitando familiarizar-se com sons específicos da língua.- A escrita: propor atividades sócio-interativas, significativas para que o aluno perceba o uso real da língua, levando em consideração para quem se escreve e através desse diálogo, construir um texto coerente tanto ao gênero discursivo quanto a variedade lingüística.- A leitura: apresentar diferentes tipos de textos aos alunos e propor atividades de reflexão, levando-os a percebê-los como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural. Além disso, instrumentalizar os alunos com conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e sócio-culturais que necessitem para interagir melhor com esses textos.

Em suma, o ensino deve ser dinâmico e criativo, valendo-se de todos os recursos disponíveis, com materiais pedagógicos significativos que facilitem a aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo (Luckesi, Cipriano Carlos).

A avaliação deve estar atrelada aos objetivos para o ensino de LEM já explicitados na fundamentação teórica. O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação uma vez que também é construtor do conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre o seu desenpenho e entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. É fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.

Deve ser avaliada a capacidade de perceber a linguagem nos códigos específicos, a capacidade de compreender linguagens diferentes, em determinados momentos do cotidiano, a capacidade de perceber os diferentes interesses vinculados pela linguagem, a capacidade de realizar-se enquanto ser humano pela e na língua.

Portanto, essa avaliação será processual, contínua e participativa, envolvendo atividades de escrita, compreensão de textos, focos gramaticais, exercícios de fonética e listening.

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É fundamental que o professor, dentro desse processo de avaliação seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade.1994.

VASCONSELLOS, Celso dos S. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Ed. Pontes, 1994.

LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências. São Paulo: Ed. Pontes,1996.

MARQUES, Amadeu. Inglês: série novo ensino médio. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, junho/2006.

PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED,1990.

Uso de jornais: Folha de Londrina; Brasil de Fato e outros.

WWW.togetherbooks.com.br

BRASIL – lei n.º 10.639 / 2003.

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MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃOESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C. E. – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ/NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS /SÉRIES

1ª 2ª 3ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

FILOSOFIA

SOCIOLOGIA

2

2

2

2

2

2

4

4

3

2

2

2

3

2

2

4

4

2

2

3

2

2

2

2

4

4

2

2

SUB TOTAL 23 23 23

PD L.E.M. – INGLÊS* 2 2

2

SUB. TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LEI Nº 9394/96* O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

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OBS.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE – EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte no ensino regular nos mostra a necessidade básica do ser humano se comunicar. E mais, ele se dá, também, pela necessidade da humanização dos nossos educandos. E segundo, ARCO-VERDE (2003), quando o aluno em contato com este instrumento, “a arte”, tende a perceber quem somos e a que viemos. Assim estamos possibilitando a eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as batalhas que se apresentam no dia-a-dia.

A arte possibilita, dentro de seu processo de criação, o recriar do ser humano. E nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro. Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é imprescindível para a compreensão de quem realmente somos. Assim passemos a um breve relato do como tudo ocorreu.

- 1549 a 1759 – No território do Brasil colônia e principalmente onde hoje é o Estado do Paraná, ocorreu, nas cidades, vilas e missões jesuítas a primeira forma registrada de arte na educação. A congregação católica denominada Companhia de Jesus (Jesuítas), instituída na contra reforma, veio no Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa para todas as camadas sociais. Nas missões das comunidades indígenas, realizaram um trabalho de catequização com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, escultura, pintura, música e artes manuais. Essa arte era de tradição da alta idade média e renascentista européia.

- 1792 a 1800 – Com influência do projeto iluminista, que rompeu com o teocentrismo medieval, propondo a razão como a salvação do ser humano (antropocentrismo), o governo do Marquês de Pombal extingue o currículo dos Jesuítas a apresenta a primeira reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina – que dá ênfase ao ensino da Ciência com o objetivo de desenvolver o Brasil. O Ensino de Arte se torna irrelevante e, apenas o desenho associado à matemática, é considerado importante. Neste período são implantadas as aulas régias, que eram aulas avulsas que supriam as disciplinas antes oferecidas pelos jesuítas.

- 1808 – a família real, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal, vem para o Brasil e D. João VI inicia uma série de obras e ações para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte portuguesa. Entre estas ações está o convite a vários artistas para virem ao Brasil com

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a finalidade de instituírem escolas de arte e promover um ambiente cultural aos moldes europeus.

- 1816 a 1826 – chega ao Brasil um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

- No Brasil, apesar dos artistas já estarem desenvolvendo uma arte Barroca, com características próprias, sofrem a imposição do neoclassicismo. A partir deste período, foram disseminadas as aulas de piano domiciliares.

- Em 1886, no Paraná, iniciou-se um processo de constituição da “Escola Profissional Feminina”, oferecendo desenho, pintura, corte e costura, flores e bordado, que faziam parte da formação da mulher.

- 1890 – surge a primeira reforma educacional, direcionando o ensino, novamente, para a valorização da ciência e da geometria.

- 1920 – em contraposição a todas as formas anteriores de ensino que impõem modelos que não correspondem a cultura dos alunos inicia-se um movimento de valorização da cultura nacional, expressada na educação pela escola nova. Esse movimento valorizava a cultura do povo.

- 1922 – a semana da Arte moderna é considerada um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas.

- Esta semana influenciou os artistas brasileiros valorizando o ensino da arte para a educação das crianças através da expressividade, espontaneidade e a criatividade. Este ensino rompeu com padrões da escola tradicional.

- 1931 – foi instituído, nas escolas, o ensino de música através do canto orfeônico com grande incentivo do compositor Heitor Villa Lobos. A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios com ensino de hinos, canto coral com apresentações para grandes públicos.

- 1948 – Augusto Rodrigues cria, no Rio de Janeiro, a 1ª escolinha de arte no Brasil na forma de Atelier – livre com a finalidade de desenvolver a criatividade, incentivando a expressão individual, seguindo a pedagogia da Escola Nova.

- 1954 – É criada a primeira Escola de Arte na Educação Brasileira do Paraná, no (C.E.P.) em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão criativa do aluno através das Artes Plásticas, Música e Teatro.

- 1971 – Lei Federal n.º 5692-71, no seu artigo 7, determinou a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental

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(a partir da 5ª série) e Médio. Cabia ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.

- 1990 – durante os anos 80, houve uma grande mobilização dos movimentos sociais para a redemocratização do país e para a constituinte de 1988. Também neste período, no ano de 1992, a Escola Profissional República Argentina, passa a denominar-se Centro de Artes Guido Viaro, voltada ao ensino de arte.

- 1996 – Lei Federal n.º 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – mantém a obrigatoriedade do ensino da arte nas escolas de Educação Básica. Essa lei propõe a formação geral dos alunos em oposição a lei federal n.º 5692/71.

- 1998 – São normatizadas, pelo Conselho Nacional de Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (D.C.N. E. M.).

- 2003 – Inicia-se o processo de Construção Coletiva das Orientações Curriculares do Ensino Médio.

OBJETIVO GERAL

Formar o cidadão apto a construir gradualmente sua identidade cultural, conhecedor de seus direitos e deveres; tendo na arte desenvolvidas as suas possibilidades de corporeidade holística. Interagindo assim, com os indivíduos advindos de todas as regiões (urbanas ou rurais), portadores ou não de necessidades especiais, nas dinâmicas diárias; objetivando o processo inclusivo. Partindo da utilização da estrutura desenvolvida para o Ensino Médio das Diretrizes Curriculares que são: os elementos formais, a composição e os movimentos e períodos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA

Valendo se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes (meios tecnológicos5 para sua produção e veiculação.) para a construção do pensamento de uma sociedade realmente preocupada com o seu meio 5 Tecnológicos aqui entendidos como: todas as descobertas realizadas pelo homem; partindo de uma simples marreta para esculpir até o computador com a internet.

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iniciamos a reorganização e a reordenação dos conteúdos específicos do Ensino Médio, partindo dos conteúdos estruturantes determinados para esta disciplina.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

Conteúdos Específicos

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ARTES VISUAIS

• Ponto• Linha• Superfície• Textura• Volume• Cor

• Figurativa• Abstrata• Figura/fundo• Bi/tridimensional

e virtuais• Semelhanças• Contrastes• Ritmo visual• Gêneros• Técnicas

MÚSICA

• Altura • Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

• Ritmo• Melodia• Harmonia• Intervalo

melódico• Intervalo

Harmônico• Tonal• Modal• Gêneros• Técnicas• Improvisações

TEATRO

• Personagem: Expressão corporal, vocal, gestual e facial

• Ação• Espaço Cênico

• Interpretação• Sonoplastia/

Iluminação/ Cenografia/ Figurino/ Maquiagem/ Adereços

• Jogos teatrais/ Dramatização

• Roteiro• Enredo• Gêneros• Técnicas

DANÇA

• Movimento corporal

• Tempo• Espaço• Ritmo

• Ponto de apoio• Salto e queda• Rotação • Formação• Deslocamento• Sonoplastia• Coreografia• Gêneros e

Técnicas

• Arte Pré-histórica• Arte Egípcia Antiga• Arte Indígena

Brasileira• Arte Greco-romana• Arte Pré-Colombiana

nas Américas• Arte Oriental• Arte Africana• Renascimento• Barroco• Neoclassicismo• Romantismo• Realismo• Impressionismo• Expressionismo• Fauvismo• Cubismo• Abstracionismo• Dadaísmo• Surrealismo• Opt-art• Pop-art• Teatro Pobre• Teatro do Oprimido• Música Serial• Música Eletrônica• Techo• Música Minimalista• Arte Engajada• Hip Hop – Rap, Funk e

Break• Dança Moderna• Dança contemporânea• Vanguardas Artísticas• Arte Brasileira• Arte Paranaense• Industria Cultural

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Conteúdos - 1ª Série

Arte na pré-história.Arte EgípciaArte RomanaArte BizantinaArte GóticaRenascimentoBarroco.Neo Classicismo.Romantismo.RealismoModernismo.História da MúsicaHistória do TeatroFolcloreCultura Afro-Brasileira e Africana, Cultura Rural, Cultura Indígena.Agenda 21

Conteúdos - 2ª Série

A arte Pré-colombianaO Brasil e a pré-história.A arte Egípcia e a arte Indígena brasileira.O Barroco no Brasil.A Missão Francesa.ImpressionismoExpressionismoCubismoSurrealismoAbstracionismoSemana de 22 e o ModernismoHistória do CinemaHistória do Teatro BrasileiroA História da Música no Brasil.A influência da Cultura Africana na música brasileira.A história da dança no Brasil.Os movimentos apropriados pela dança da Cultura Africana e o Hip Hop.Folclore Paranaense Cultura Afro-Brasileira e Africana, Cultura Rural, Cultura Indígena.Agenda 21

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

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Cultura Afro-Brasileira e AfricanaAgenda Escolar 21Educação Fiscal

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A educação pela Arte possibilita ao educando a ampliação de sua visão construindo sua corporeidade holística. Entendendo visão não só como o olhar e ver um objeto, mas sim a compreensão desse objeto em relação a si e ao outro. A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando na construção de sua identidade cultural, independente das diversidades socio-culturais e das necessidades especiais

Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra dentro da visão de ensino-aprendizagem da pedagogia Histórico-Critíca. Para tanto a escola deve ser percebida com um todo e vista como um “centro de experiência permanente”. Deve também possibilitar a co-responsabilidade do professor e aluno no processo de aprendizagem. É fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo para a explicação dos porquês e dos como serão trabalhados. A postura do professor deve ser a de quem: explica, informa, questiona, corrige. Isso é agir na zona de desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso buscar a catarse6 no aluno para que este possa explicar, agir e interagir as informações adquiridas com os colegas, com o professor, com a escola, enfim com o meio que o cerca, o mundo.

Os conteúdos devem ser, como já dito acima, abordados partindo do conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas sobre o ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de aula sobre a importância que estes têm na vida prática do aluno. Os trabalhos serão realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas a museus, teatros e bibliotecas; visando atender a toda diversidade que se encontra na comunidade escolar.

Para Ana Mae Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter em mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, o trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão

6 Segundo GASPARIN catarse é a síntese, ou seja, é a sistematização do conhecimento adquirido, a conclusão que o aluno chegou; dentro de um processo com seus objetivos já determinados.

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ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem.

AVALIAÇÃO

A Arte em toda a sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio, e dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos, independentemente de suas características físicas, mental, social e espiritual, buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, nunca obstante se esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças é nos respeitar. Deixando o fluir das artes aflorar diante dos alunos para que estes busquem o conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua sensibilidade, possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando os seus sentidos.

De acordo com a LDBEN (nº. 9.394/96, art. 24, inciso V) e com Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capitulo I, art. 8º.), a avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina onde se quer chegar; que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino aprendizagem. E se tratando de avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria de forma específica, contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de cada sala de aula e para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento oportuno dispor de materiais expositivos, para maior clareza e para que possam atuar na prática com o conhecimento, diante disso é notório que o professor deva ter o conhecimento de linguagem artística em questão, bem como da relação entre criador e o que foi criado. pois assim , que o aluno dentro do conhecimento gerando critérios adquiridos, possa se expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a prática pragmática.

Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de sua realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos para poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a felicidade. Isto nos dará com clareza as soluções das problematizações apresentadas.

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Assim, a avaliação será continua, ou seja, se dará constantemente a cada encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação as suas potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos conteúdos estruturantes.

BIBLIOGRAFIA

APOSTILA NOBEL. O Multiverso das artes – Artes Visuais. Maringá: Editora Nobel, 2003.

BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação – Minimanual de pesquisa – ARTE. Uberlândia: Claranto Editora, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio. Brasília, 1998.

CANTELE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte linguagem visual. São Paulo: IBEP, 2000.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática, 1997.

D’ANDREA, Flávio Fortes. Desenvolvimento da personalidade; enfoque psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.

FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Editora Moderna, 1996.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-critíca. 3.ed.ver. – Campinas: Editora Autores Associados, 2005. 191p.

GOMBRICH, E. A. A história da arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.

JASON, H. W. e JASON, Anthony F.; [tradução Jefferson Luiz Camargo]. Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

MARCHESI JÚNIOR, Isaías. Atividades de educação artística. São Paulo: Editora Ática, 1995.

MANGE, Marilyn Diggs. Arte brasileira para crianças. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

NEWBERY, Elizabeth. Os segredos da arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.

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PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médil. Curitiba: SEED/DEPG, 2006.

POUGY, E. Descobrindo as artes visuais. São Paulo: Ed. Ática, 2001.

PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ed. Ática, 1990.

REVERBEL, Olga. Teatro na escola. Porto Alegre: Ed. Ática.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

WELL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O corpo fala; A linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, l973.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologia que proporciona a preservação da vida, e as concepções de um desenvolvimento sustentável. Este desenvolvimento sustentável vem sendo ameaçado pelo modelo capitalista. Portanto, se faz necessário ressaltar o papel da ciência e da sociedade como pontos articulados entre a realidade social e o saber científico. Por isso, no vasto campo da Biologia é que a escola deve ir além das funções que já desempenha no currículo escolar.

O papel da escola é de conscientizar de que acontecerá um equilíbrio entre a natureza e o ser humano, quando este perceber que ele faz parte da Biosfera, assim ele terá consciência de seus atos e usará sua inteligência com criatividade para o bem comum de todos.

O ensino da Biologia deve possibilitar a apropriação do conhecimento científico de seus conceitos e procedimentos, contribuindo para a compreensão do mundo e suas transformações a fim de nos reconhecermos como parte do universo e como indivíduos. É bom ressaltar que o ensino de Biologia não tem como função final formar cientistas, mas, garantir a todos que se tornem cidadãos.

OBJETIVO GERAL

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Criar oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao final do Ensino Médio, tenha adquirido um conjunto de conceitos, procedimentos e atitudes que operem como instrumentos para a interpretação do mundo científico e tecnológico em que vivemos, capacitando-o nas escolhas que fará como indivíduo e como cidadão. Nesse sentido, o ensino da Biologia deverá se organizar de forma a permitir que o aluno desenvolva certas capacidades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOSMECANISMOS BIOLÓGICOSBIODIVERSIDADEIMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO DA VIDA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

Organização dos Seres Vivos- Origem da Vida- Base da Biologia - Citologia - Fisiologia Celular

Mecanismos Biológicos- Componentes Celulares;- Morfologia e Fisiologia dos Componentes Celulares

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida- Importância do Núcleo- Estudo do material genético- Divisão Celular

2ª SÉRIE

Organização dos Seres Vivos- Vírus- Taxonomia- Caracterizar os reinos

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Mecanismos Biológicos- Fisiologia Comparada entre os seres que compõe os diferentes reinos

Biodiversidade- Características e Relações entre as espécies dos diferentes reinos

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida.- Estudo dos microorganismos no contexto de vida da humanidade

3ª SÉRIE

Organização dos Seres Vivos- Engenharia Genética

Mecanismos Biológicos- Evolução dos Seres Vivos

- Modificações Evolutivas- Abordagem Genética e Evolutiva

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida- Manipulação Genética

Ecologia- Estrutura básica do ecossistema- Fluxo da Matéria e Energia- Relações Ecológicas- Ciclo Biogeoquímico- Equilíbrio das populações-

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

AGENDA 21CULTURA AFROEDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

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Os conteúdos propostos no ensino de Biologia baseia-se na retomada do conhecimento adquirido, sendo assim, é necessário conhecer e respeitar a diversidade social e cultural do aluno. Incluindo neste contexto adaptações curriculares e metodológicas para os alunos com necessidades educacionais especiais. A partir dessas informações, podemos desenvolver o conhecimento científico, elaborado e relacionado com a prática cotidiana, isto porque as teorias científicas estão associadas ao momento histórico.

Essa proposta busca a comparação de uma ciência pronta com as informações fornecidas através dos avanços tecnológicos que sai das hipóteses para os resultados cientificamente comprovados. Portanto, esta metodologia parte da mobilização do aluno na busca do conhecimento elaborado e sistematizado.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos passibilidades de aprendizagem, portanto essa disciplina deve apresentar um currículo aberto e flexível, comprometido com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser formativa, num processo permanente e com a finalidade de desenvolver toda a potencialidade do aluno, de reorientá-lo em algum conteúdo e de encaminhá-lo ao próximo estágio de seu desenvolvimento, apresentando novos desafios a serem superados, sendo ou não alunos com necessidades educacionais especiais.

Para que o processo seja o mais amplo possível, devem-se utilizar instrumentos variados, cada um com uma intencionalidade, em diversos momentos. Poderá ser em forma de prova escrita, desde que seja utilizada como instrumento que tenha clareza do objetivo, não sendo o único instrumento utilizado com a finalidade de estimar o conhecimento. As modalidades de avaliação estarão diretamente relacionadas aos objetivos e os tipos de conteúdo que o professor deseja medir.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GEWANDSZNAJDER, Sergio Fernando. Biologia. São Paulo: FTD, 1999.

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PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Biologia. SEED: julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: MEC, julho/2006.

MARCZWSKI, Mauricio; VELOZ, Eduardo. Ciências biológicas. São Paulo: FTD, 1999.

SILVA JUNIOR, César da. Biologia 1: as características da vida, biologia celular, vírus: entre moléculas e células, origem da vida e histologia animal. São Paulo: Saraiva, 2002.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇAO FISICA - EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Educação Física e seus valores enquanto conhecimento científico e fenômeno cultural da sociedade moderna constituem objeto de preocupação da disciplina no Ensino Médio, buscando transpor os limites de uma tradição marcada meramente pelas Ciências da Natureza. Existe um avanço para preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento do corpo em muito de sua complexidade, ou seja, a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição interdisciplinar.

Diante dessa perspectiva, o aluno do Ensino Médio deve ser capaz de compreender a si mesmo como parte do processo de ensino e aprendizagem, buscando conhecer as possibilidades de seu próprio corpo, além de compreender a evolução dos conhecimentos relativos a este mesmo corpo, não apenas no contexto biológico, mas principalmente no decorrer do desenvolvimento do ser humano através da História.

É importante incluir no processo de aprendizagem, para além das questões relativas ao movimento em si, os contextos pessoais, culturais e sociais em que ele ocorre, para que a ação corporal adquira um significado que extrapole a própria situação.

OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver e aprimorar as capacidades e habilidades físicas, psíquicas e sociais, contribuindo com a formação integral do ser humano.- Reconhecer a importância da atividade física para o organismo.- Utilizar a representação do movimento como forma de expressão e comunicação.- Participar de atividades esportivas, artísticas, culturais e recreativas, promovendo a integração escola/comunidade.- Desenvolver o gosto pela prática e compreender sistemas táticos de jogos e esportes coletivos e individuais.- Saber socorrer vítimas em acidentes cotidianos.- Conhecer e saber organizar estruturas de competições esportivas.- Contextualizar o momento atual da visão histórica da construção do homem.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

GINÁSTICAESPORTEDANÇAJOGOSLUTAS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

Ginástica- O circo como componente da ginástica

- Corpo e sociedade.

Esporte- Estudo das regras- Técnica e tática individual.- O esporte no cenário nacional

Dança- Dança na sociedade atual.- Coreografias.

Jogos- Jogos recreativos.- Prática de jogos de mesa.- Jogos cooperativos.

2ª SÉRIE

Ginástica- História da Educação Física

- Atividade física e saúde.

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Esporte- Sistemas táticos.- Esporte e mídia.- Arbitragem.

Dança- Influência da mídia.- Expressão corporal e música.

Lutas- Capoeira

Jogos- Jogos recreativos- Prática de jogos de mesa.- O jogo e a cidadania.

3ª SÉRIE

Ginástica- Ginástica de academia.- Noções de anatomia.- O corpo e a arte

Esporte- Evolução histórica do esporte.- Organização de eventos e competições.- Arbitragem.

Dança- Danças modernas

Lutas- Judô.

Jogos- Jogos recreativos e cooperativos- Prática de jogos de mesa.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

AGENDA 21

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CULTURA AFROEDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

Os conhecimentos já adquiridos pelos alunos devem ser considerados, portanto, partindo deles, será feita a abordagem dos conteúdos de Educação Física por meio dos métodos global, parcial e misto.

As aulas de Educação Física serão desenvolvidas por meio da discussão e análise crítica dos conteúdos; aulas práticas com demonstração, explicação, experimentação, repetição e correção; atividades individuais e em pequenos e grandes grupos, bem como a apresentação de proposta de trabalho para os alunos através da dança, artes circenses, dramatizações e canto.

As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais como, computadores, dvd, vídeo cassete, revistas, livros, filmes, aulas práticas em laboratório de Ciências e informática, dentre outras, serão introduzidas para facilitar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos programáticos.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos a possibilidade de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento das necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

A flexibilização/adaptação do currículo é uma prerrogativa para contemplar as diferenças em sala de aula, por entender que nem todos aprendem da mesma forma, com as mesmas estratégias metodológicas, com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa etária.

As ações de adequações/flexibilizações a serem realizadas nos componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial do Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos.

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AVALIAÇÃO

A avaliação tem como função fornecer aos estudantes, informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificarem quais objetivos foram atingidos, se os conhecimentos foram adquiridos, raciocínio desenvolvido, crenças, hábitos e valores incorporados. Essa identificação serve para o professor propor revisões e novas elaborações de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente consolidados.

Assim, é fundamental que o processo de avaliação seja diagnóstico, formativo e cumulativo, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem, tais como a compreensão de definições, o estabelecimento de relações, a argumentação oral, as explicações, as justificativas e o uso de recursos tecnológicos. Para tanto, serão utilizados instrumentos de avaliação como, testes práticos e teóricos, participação efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de trabalhos práticos e teóricos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno.

Serão levados em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem o aluno de realizar determinados tipos de atividades com o mesmo nível de desempenho dos demais, como, por exemplo, falta de coordenação motora geral, distúrbios psíquicos e emocionais e incapacidade física temporária ou permanente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABERASTURY, A. A criança e seus jogos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

BETTI, M. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Textos de educação física para sala de aula. Cascavel, PR: ASSOESTE, 1994.

CHATEAU, J. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.

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FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro. São Paulo: Scipione, 1989.

GOMES Nogueira, CLAUDIO J. Educação Física na sala de aula. Rio de Janeiro: SPRINT, 1995.

GUEDES, Dartagnan P. e GUEDES, Joana E. R. Exercício físico na promoção da saúde. Londrina: MIDIOGRAF, 1995.

HILDEBRANDT, H. e LAGING, R. Concepções abertas no ensino da educação física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.

MELLO, A. M. Psicomotricidade, educação física, jogos infantis. São Paulo: Ibrasa, 1989.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

SILVA, Elizabeth Nascimento. Educação Física na escola. Rio de Janeiro: SPRINT, 2000.

SANTIN, Silvino. Educação Física: uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí: Liv. UNIJUÍ, 1987.

SARAIVA, Maria do Carmo. Co-educação física e esportes: quando a diferença é mito. Ijuí: Liv. UNIJUÍ, 1999.

TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e desportos. São Paulo: Saraiva, 1996.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um método regido por determinados princípios gerais e disciplinado por relações entre experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em linhas gerais, o estudo das propriedades da matéria, seus aspectos e níveis de organização e das leis de seu movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem matemática capaz de abranger o maior número possível de fenômenos.

A Física na escola deverá contribuir na formação de uma cultura científica efetiva que permita ao individuo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, dimensionando ao ser humano a interação com a natureza como parte de sua própria transformação. É preciso também que a cultura física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos técnicos ou tecnológicos do nosso cotidiano doméstico social e profissional, incorporada em nossa cultura e no mundo em que vivemos.

O ensino da Física deve ser capaz de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade científica, mas que também está comprometida com as estruturas sociais, econômicas e políticas.

OBJETIVOS GERAIS

- Proporcionar ao aluno do Ensino Médio, conhecimentos em Física que lhe permita relacioná-los com o cotidiano, preparando-o para a vida, para tomar decisões autonomamente como indivíduo e cidadão.

- Observar os fenômenos da natureza com espírito crítico que o leva a questionar, refletir e entender o mundo que o rodeia.- Compreende as leis e teorias científicas que levam ao conhecimento da Física como ciência.- Entender a relação ciência/tecnologia, habilitando-o a julgar o valor da ciência e da técnica na solução de problemas do seu meio.- Aplicar os princípios fundamentais da Física na solução de problemas inerentes ao seu cotidiano.- Interessar-se pelos estudos mais avançados nas áreas profissionais ligadas a Física, dando-lhe condições de prosseguir seus estudos nessas áreas.- Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspecto de sua história e relações com o contexto cultural, social, política e econômica.

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- Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão de cultura humana.- Desenvolver a capacidade de comunicação, valorizando o diálogo e a consulta, respeitando o interlocutor e sabendo fazer-se respeitar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ESTUDO DOS MOVIMENTOSTERMODINÂMICAELETROMAGNETISMO

1ª SÉRIE

ESTUDO DOS MOVIMENTOS

Entidades Fundamentais: Espaço, Tempo e Massa.

Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentum e suas conseqüências.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa;- A conservação do momentum;- Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia de força;- Conceito de equilíbrio e 3ª lei de Newton; - Potência;- Movimentos retilíneos e curvilíneos;- Gravitação universal;- A energia e o princípio da conservação da energia;- Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola, ondulatória, acústica;- Movimento dos fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais- Introdução a sistemas caóticos.

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2ª SÉRIE

TERMODINÂMICA

Entidades Fundamentais: Calor e entropia

Conceitos Fundamentais: Temperatura e calor, reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos, a conservação da energia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Temperatura e calor;- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades termométricas, medidas de temperatura;- 1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia;- 2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processo irreversíveis/ reversíveis;- 3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto;- As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.

3ª SÉRIE

ELETROMAGNETISMO

Entidades Fundamentais: Cargas, pólos magnéticos e campos.

Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda eletromagnética.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Conceitos de carga e pólos magnéticos- As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gauss, Lei de Faraday, Lei de Ampère e Lei de Lenz;- Campo elétrico e magnético, as linhas de campo- Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz- Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes e energia num circuito- As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética- Propriedades da luz como uma onda e como partícula: a dualidade onda-partícula- Óptica Física e Geométrica. A dualidade da matéria- As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

AGENDA 21CULTURA AFROEDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

O professor, através de aulas expositivas, com a utilização, quando possível de recursos audiovisuais, leitura e discussão dos textos complementares, realização de experiências, interpretação dos problemas propostos e outras técnicas, levará o aluno a pensar sobre as ocorrências dos fenômenos físicos à sua volta, bem como, a modelá-los matematicamente.

O conhecimento prévio dos estudantes e suas experiências de vida serão incluídos no contexto da aula, sempre de acordo com o conteúdo que está sendo apresentado. A cada conteúdo, serão realizados debates que enfoquem a sua importância na vida prática. Serão desenvolvidos trabalhos e pesquisas em grupos, resolução de exercícios, visitas, experiências em laboratórios e projetos, possibilitando a aprendizagem de todos os alunos.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e pensar uma

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educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial do Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos.AVALIAÇÃO

Segundo o método de abordagem, a Física está subdividida em experimental e teórica. Durante a avaliação, será levado em conta o conhecimento prévio dos estudantes, como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, esses conhecimentos serão explorados e aperfeiçoados. Será avaliado continuamente o progresso do educando na assimilação dos conhecimentos, bem como, a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de interpretação da teoria e problemas, a capacidade de elaboração de relatório sobre um experimento e a aplicação da modelagem matemática.

Esses critérios serão avaliados através de questões escritas, debates, apresentação de seminários, trabalhos de pesquisa, confecção de cartazes, maquetes ou objetos específicos de acordo com o conteúdo trabalhado, relatórios de experiências realizadas e participação em sala de aula. Assim, torna-se fundamental que o processo de avaliação inclua uma variedade de situações de aprendizagem, possibilitando a valorização do progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças e tempo na aprendizagem de cada aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARRON, Wilson; GUIMARÃES, Osvaldo. Física. São Paulo: Moderna, 2000.

FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antonio de Toledo. Física básica. São Paulo: Atual, 1998.

MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física: de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Spicione, 2003.

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PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, Julho de 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED: julho/2006.

ROMANOWSKI, Poana Paulin. Aprender: indicações da prática docente. Texto apresentado em painel no XIII ENDIPE. PUCPR, 2005.

SILVA, Djalma Nunes. Física Paraná. São Paulo: Ática, 2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

– EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A definição do objeto de estudo da geografia sempre exigiu grande esforço teórico de pesquisadores e professores. Definir, explicar e abordar pedagogicamente esse objeto implica em posicionamentos políticos distintos e em diferentes compreensões sobre o papel da escola e do ensino da geografia na formação do aluno. Através dos últimos estudos realizados concluiu-se que o objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico – espaço esse produzido, apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados, pois só o termo Espaço geográfico não se auto explica assumindo significados políticos distintos dentro de uma perspectiva teórico ao qual se vincula.

A definição espaço geográfico relaciona-se a uma concepção de geografia enquanto ciência e disciplina escolar, no qual os saberes a ela vinculados permitem que o aluno desenvolva uma leitura crítica do mundo atual, que compreenda as relações sócio- espaciais deste período histórico do capitalismo que quer a globalização econômica e com ela a fragmentação do espaço.

A geografia aplicada no Ensino Médio, contribuiu para uma leitura crítica das contradições e conflitos de toda ordem implícitos ou explícitos no Espaço geográfico deve ir mais alem do que saber o que ele é, do que é constituído, mas compreender o porquê das localizações. O ensino da geografia deve possibilitar ao aluno a análise crítica das relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas ( do local ao global ao local).

OBJETIVOS GERAIS

- Compreender o desenvolvimento da sociedade como um processo de ocupação dos espaços naturais, baseado nas relações do homem com o meio ambiente, em seus desdobramentos políticos, sociais, culturais e econômicos.

- Conhecer o espaço geográfico por meio de várias escalas (da local para a mundial e vice-versa).

- Contribuir para a formação de cidadãos críticos e conscientes diante da

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realidade capitalista, preparados para a inserção e transformação do meio em que vive.

Aplicar a linguagem cartográfica na interpretação de gráficos, mapas e tabelas que ajudem a relacionar as diversas características do meio ambiente, da população e da economia brasileira.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

GEOPOLÍTICAA QUESTÃO SÓCIO-AMBIENTALA QUESTÃO SÓCIO-CULTURAL DEMOGRÁFICAA DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

GEOPOLÍTICA

- formação dos blocos regionais /econômicos- movimentos sociais

A QUESTÃO SÓCIO-AMBIENTAL

- crescimento urbano desordenado- extrativismo

A QUESTÃO SÓCIO-CULTURAL DEMOGRÁFICA

- a composição demográfica dos lugares- demografia do Paraná

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO

- urbanização- industrialização

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2ª SÉRIE

GEOPOLÍTICA

- conflitos rurais;- conflitos urbanos: - narcotráfico - prostituição - sem-teto - favelamento - conflitos de gênero - disputa por espaços econômico-comerciais

A QUESTÃO SÓCIO-AMBIENTAL - favelamento e bolsões de pobreza;- produção espacial e poluição da água, do solo, do ar, visual, sonora, social.

A QUESTÃO SÓCIO-CULTURAL DEMOGRÁFICA

- os diferentes grupos sócios culturais e suas marcas na paisagem e no espaço- migração

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO

- revolução técnico-científica;- espaço rural/tecnologia.- a economia do Paraná

3ª SÉRIE

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GEOPOLÍTICA

- conflitos étnico-culturais- redefinições de fronteiras- demarcações de territórios indígenas.- geopolítica do Paraná

A QUESTÃO SÓCIO-AMBIENTAL - biotecnologia e mudanças ambientais- a questão ambiental do Paraná

A QUESTÃO SÓCIO-CULTURAL DEMOGRÁFICA

- a cultura e a produção espacial- demografia e acesso aos equipamentos urbanos.

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO

- modos de produção- sistemas financeiros- relações econômicas- relações políticas

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

AGENDA 21CULTURA AFROEDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

Dentro do ensino crítico da geografia será preciso o professor contemplar a realidade do seu aluno, conhecê-lo do ponto de vista social, cultural e econômico, não apenas partir da realidade do aluno, mas tornar o conteúdo significativo e interessante para o mesmo.

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A prática pedagógica no Ensino Médio deve contemplar uma abordagem metodológica que oriente para a concepção da totalidade, considerando que o espaço seja sempre analisado de uma perspectiva relacional, ainda que o recorte do conteúdo, num determinado momento seja em escala local; a articulação entre os conceitos e correntes filosóficas, tendo o currículo como orientador da prática do professor, com coerência teórica interna, evitando o ecletismo gerador de confusão e, o homem (social) entendido como agente produtor desse espaço, considerando que a palavra ‘homem’, nesta redação deve ser entendida como sociedade onde os indivíduos atuam e desenvolvem o papel dos sujeitos de sua história.

Para proporcionar ao aluno uma leitura crítica da realidade proposta faz-se necessário uma diversificação metodológica dos conteúdos com atividades variadas, tais como a pesquisa, a leitura, a interpretação, o debate, a análise e a investigação.

Pensando numa educação inclusiva, ela tem o objetivo de facilitar para o professor, a adoção de decisões fundamentadas na adaptação do ensino, tanto no seu planejamento, quanto no seu desenvolvimento (modificando-se e ajustando-se de acordo com o andamento da avaliação inicial em função do que os alunos vão fazendo e aprendendo). Em relação à aprendizagem, uma avaliação inclusiva tem como objetivo que os alunos sejam capazes de responder, com autonomia e responsabilidade, sobre os seus processos de aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um momento de grande importância no processo ensino aprendizagem. É necessário que esteja presente em todas as etapas da aprendizagem para que o aluno e professor percebam em que grau estão envolvidos nesse processo.

Sendo a avaliação um instrumento permanente torna-se necessário iniciar o processo até mesmo antes de introduzir novos conteúdos para avaliar o conhecimento já adquirido pelos alunos. Desta forma, toda atividade trabalhada, seja de observação, descrição, analise, interpretação, provas escritas e outras farão parte da avaliação.

Uma avaliação inclusiva é caracterizada também pelo fato de que as decisões de ordem social (habilitação, aprovação, titulação), que são tomadas a partir dos resultados da avaliação, mantenham a maior coerência possível com a função predominantemente pedagógica que deve cumprir. Isso pressupõe que essas decisões sejam tomadas a partir de um processo

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de coleta de informações e de critérios de avaliação coerentes com os princípios de um ensino adaptativo.

Pensando na avaliação inclusiva e dos alunos com deficiência é preciso conhecer a realidade do aluno e buscar instrumentos de avaliação compatível com a necessidade do mesmo, buscando sua inserção no sistema de ensino e no mundo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CALLAI, H. C. A. A geografia na sala de aula. São Paulo: Terra Livre, 2001.

CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.

______ (org.) A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.

CLAVAL, P. As abordagens da Geografia Cultural. In CASTRO, I.; CORRÊA, R. L. e GOMES, P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

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DAMIANI, Amélia Luisa. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA, Nidia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de, (Orgs.). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002.

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GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

LUCCI, Elian Alabi et. Al. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2003.

MARINA, Lúcia & RIGOLIN, Tércio. Geografia. São Paulo Editora Ática, 2003.

MENDONÇA, F. Geografia Sócio-Ambiental. In: Revista Terra Livre, nº 16, AGB Nacional, 2001, p. 113.

MORAES, A. C. R. de. Pequena história crítica da geografia. São Paulo: Hucitec, 1987.

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MOREIRA, Igor. O espaço geográfico – geografia geral e do Brasil. São Paulo. Editora Ática, 2001.

MOREIRA, João Carlos. Geografia para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2002.

OLIVA, J. Ensino de geografia: um retrato desnecessário. In CARLOS, A. F. A.(org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/ 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio. Curitiba: julho/2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes para a educação das relações étnicos-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Curitiba: SEED, julho/2006.

PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: Ed. UFSC, 1989.

POPKEWITZ, T. S. História do currículo, regulação social e poder. In SILVA, T. T. da. O sujeito da educação estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1994.

RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.

SANTOS, M. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.

______ Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

______ A natureza do espaço técnica e tempo razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996b.

______ Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. 18

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA –

EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História estuda os processos históricos, as ações humanas praticadas no tempo e espaço determinado através da pesquisa e a narrativa histórica que caracterizam a produção do conhecimento histórico.

A disciplina de História no século XIX foi orientada pelo Positivismo e pela narrativa linear e cronológica, estabelecendo o herói como sujeito principal da História. Este posicionamento institucional legitimava a ideologia do branqueamento e do poder aristocrático brasileiro.

O advento da República a disciplina está intimamente ligada à necessidade de criar uma identidade nacional nos diversos governos que se estabeleceram na primeira metade do século XX. O Estado foi legitimado neste processo, pois a abordagem histórica na disciplina nada mais era do que um rol de conteúdos que eram abordados em sala de aula obedecendo a cronologia e a linearidade.

A disciplina de História no Ensino Médio propõe a valorização humanística, técnico-científica dos sujeitos históricos, sem que nenhuma categorial seja excluída do processo de (re)construção histórica. A análise das diversas correntes historiográficas utilizadas na construção desta Proposta Curricular, orientada pelas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, verificou-se que os anseios e necessidades da sociedade, conseqüentemente dos nossos alunos e professores está na busca de uma produção histórica baseada na investigação histórica. O que inova é a possibilidade de utilizar fontes diversas, empírica e oficial, e assim, estabelecer relações mais próximas do interesse do aluno e proporcionar a produção de narrativa histórica crítica e não apenas ilustrativa e descontextualizada.

OBJETIVOS GERAIS

- Romper das estruturas tradicionais e lineares que persistem na formação escolar e da própria sociedade.- Investigar as diversas categorias sociais, buscando compreender porque algumas categorias foram relegadas a um segundo plano pela historiografia.- Refletir criticamente sobre o conhecimento historicamente produzido.- Motivar o aluno a desenvolver e expressar seu conhecimento.

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- Contribuir para a autonomia do aluno através de leitura e reflexão consciente, crítica do mundo e do seu tempo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

TRABALHOPODERCULTURA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

TRABALHO

História e MemóriaProdução econômica nas sociedades com características primitivasPropriedade e Trabalho compulsório Desigualdades Econômicas e SociaisResistência ao trabalho compulsório

PODER

Estado e sua institucionalizaçãoPoliteísmo e MonoteísmoReinos e sociedades africanas

CULTURA

Experiência Humana e a EscritaCultos religiososMitos e MitologiasMedidas de Tempo

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Povos ágrafos, memória e história oralReligiões Monoteístas

2ª SÉRIE

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TRABALHO

Resistência a servilidadeReestruturação do trabalho escravo no sistema colonialA fábrica e a divisão social do trabalhoRevoluções e cidadania no mundo Moderno

PODER

Capitalismo e ReligiãoEstado, nação e políticaIdéias iluministas e as revoltas sociais e políticasImperialismo e neocolonialismoEmancipação política do ParanáOs povos indígenas e a política de terras

CULTURA

O Racionalismo Científico e HumanistaO Saber InstitucionalizadoProdução estética e europeizanteÁfrica e o darwinismo social

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Independências das colônias americanasRevolução Mexicana

3ª SÉRIE

TRABALHO

Movimentos OperáriosGlobalização e Exclusão SocialMovimentos Reivindicatórios das Minorias

PODER

Crise do Modelo monárquicoConstrução de Sociedades DemocráticasRegimes TotalitáriosSociedades TeocráticasTerror X Não-diálogoConstrução ao Paraná ModernoÁfrica no contexto atual

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CULTURA

Efeito da Eletricidade (cinema, rádio televisão, Internet, MP4)Uso ideológico dos meios de comunicaçãoMídias alternativas (rádios comunitárias)Expressões Artísticas

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

SimultaneidadeLocalização GeográficaContexto espacial e temporalMemória ColetivaRelação permanência/mudançaRelação passado/presente

METODOLOGIA

A problematização será o encaminhamento proposto, utilizando a pesquisa como o meio adequado para a reflexão e construção de soluções ou respostas elaboradas pelos alunos. A pesquisa e análise de várias fontes históricas proporcionam aos alunos conhecimentos históricos que ampliam e refutam conhecimentos teóricos ou empíricos já produzidos. A interpretação e a explicação dos processos históricos devem refletir os anseios do aluno enquanto sujeito consciente de sua interação na sociedade.

Os conteúdos estruturantes e específicos possibilitarão a produção da narrativa histórica, estabelecendo as relações de permanência e de mudança ocorridas na construção das relações humanas. As Diretrizes Curriculares prevêm o envolvimento entre as disciplinas nomeadas como clássicas para a realização efetiva da produção histórica do conhecimento elaborado pelo aluno.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não.

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O professor deverá utilizar diversas estratégias para incentivar os alunos, a partir de suas próprias necessidades e de sua comunidade, estabelecer o combate sistemático ao preconceito, buscando a socialização democrática e igualitária do conhecimento. Nesse processo é importante o reconhecimento e a valorização de todos os grupos sociais, principalmente os historicamente excluídos como afro-descendentes, pessoas com deficiências físicas ou mentais, comunidades indígenas e outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem como função fornecer aos estudantes as informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificarem quais objetivos foram atingidos. Nesse sentido a avaliação será processual, contínua e diagnóstica, realizada criteriosamente pelo professor como averiguação e compreensão da produção do conhecimento histórico através da utilização de diferentes fontes históricas pelo aluno.

As atividades propostas como a leitura, interpretação e análise de textos e da iconografia, o uso de mapas e, documentos, a pesquisa, a sistematização de conceitos históricos, a apresentação de seminários, relatórios, produção de narrativa histórica, entre outras, possibilitam a participação concreta e democrática de todos os alunos, sobretudos os educandos com necessidades educacionais especiais.

No processo avaliativo o professor analisa a apropriação de conceitos históricos e sua aplicação em diferentes momentos históricos, o reconhecimento pelo aluno dos sujeitos históricos e o sentimento de pertença e respeito quanto á diversidade étnico-racial, social, econômica, cultural, social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBORNZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

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BENTO, Maria Aparecida. Cidadania em preto e branco. São Paulo: Ático, 1998.

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CARRIL, Lourdes. Terras de negros: herança de quilombos. São Paulo: Sol e Chuva, 1997.

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DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel. São Paulo: Ática, 1998.

DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

LÍNGUA PORTUGUESA – EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

No processo de ensino aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal, oral ou escrito e também as outras linguagens, tendo em vista o multiletramento, como unidade básica, como prática discursiva que se manifesta em enunciações concretas que caracteriza o trabalho em experiências reais de uso da língua. É importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais possibilidade se tem de entender o texto como material verbal carregado de intenções de visão de mundo.

O ensino de língua e literatura deve-se integrar dialeticamente numa prática de professor-aluno-sujeito, agindo sobre o mundo e transformando-o através de nossas ações. A concepção de sujeito, nesse processo de ensino-aprendizagem, constitui num ser que interage em seu meio transformando-o e transformando-se, de acordo com suas necessidades para atuar na sociedade, visto que é um ser natural e social.

A língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constroem através dessa interação. A língua só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Portanto, a língua sem sujeito não se efetiva.

O texto é visto como um lugar onde os participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Texto configura-se não apenas como a formalização do discurso oral ou escrito, não é um objeto fixo num dado momento no tempo, pois ele lança seus sentidos no diálogo intertextual que dá curso aos enunciados que antecederam. O texto é uma unidade discursiva em que se reconhece sentido ou uma unidade potencializada de sentidos.

OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver nos alunos, progressivamente, competência em relação à linguagem, que lhes possibilite ter o acesso aos bens culturais e iniciar a participação no mundo letrado, expandindo o uso que fazem da linguagem, sabendo produzir discursos orais e escritos, adequados aos seus interlocutores, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos tratados.

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- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora de organização de mundo e da própria identidade.

- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal relacionando textos/contextos, interlocutores, intenção, discursivo, vozes.

- Redigir diferentes gêneros e tipologias textuais, estruturando-os de maneira a garantir a continuidade temática, utilizando recursos lingüísticos apropriados.

- Criar possibilidades para que o aluno perceba que a literatura é a expressão de pensamento de um povo, em determinada época, num determinado contexto social e político, portanto, é vinculadora de inquietação e inconformismo social. - Analisar criticamente os diferentes discursos desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos e repensando juízos de valores tanto sócio-ideológicos quanto sócio-culturais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ORALIDADE (uso e adequação da linguagem, intertextualidade)

LEITURA (formação dop leitor crítico, capaz de perceber a ideologia da linguagem)

ESCRITA (diferenças entre oralidade e escrita; linguagem formal e informal, produção de textos significativos, informalidade)

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Leitura de textos de variados gêneros que serão estudados e debatidos em todas as séries do Ensino Médio, como contos, poemas, fábulas, tiras, charges, textos imagéticos, crônicas, anedotas, notícias, histórias em quadrinhos, cartuns, entrevistas, artigos, editoriais, textos instrucionais, anúncios, textos científicos, verbetes, infográficos, letras de músicas, romances, novelas, literatura de cordel, ofícios, requerimentos, atas, declarações, procurações, currículos, resenhas.

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ORALIDADE

Serão trabalhadas em todas as séries do Ensino Médio: relatos do cotidiano, apresentações de seminários e outros trabalhos, propagandas, declamações, dramatizações, reproduções de textos orais, debates, verbalizações de livros lidos, entre outros.

ESCRITA

1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

Anúncios contos poemasClassificados crônicas contosContos artigos crônicasPoemas requerimentos tirasCrônicas declarações chargesNotícias ofícios atasResumos resumos currículos Resenhas notícias procuraçõesArtigo poemas anúnciosCartazes contratos resenhasEntrevistas artigos notícias

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Com o estudo da língua ancorado ao discurso ou texto, cabe à análise lingüística verificar como os elementos verbais e extra verbais atuam na construção do sentido, voltando-se para a observação da morfologia, sintaxe, das relações e diferenças entre oralidade e escrita, das variedades da língua portuguesa adequadas a cada circunstância, gênero, veículo e interlocutor. Assim sendo, é necessário continuamente, diagnosticar os conhecimentos

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prévios, o desenvolvimento cognitivo e lingüístico dos alunos, bem como, das possibilidades de reflexão que cada texto oferece.

PRÁTICAS DISCURSIVAS

Sempre em função do texto, de sua teia de significados, serão necessários conceitos oriundos da lingüística, sociolingüística, estudos literários, gramática normativa e reflexiva, entre outros, como forma de complementação e aprimoramento da competência lingüística dos educandos.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21 ESCOLAREDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

As estratégias da oralidade possibilitam um trabalho muito rico e cabe reconhecer as variantes lingüísticas que são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em relação à centralidade ocupada pela norma padrão e apontam para diferentes caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, de troca de opiniões, de defesa de ponto de vista, contação de histórias, representações, relatos, entrevistas, etc., e ainda analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, jornais, novelas, programações, programas radiofônicos, tipos de discursos, enfim nas diversas realizações do discurso oral.

Na concepção da linguagem, a leitura é vista como co-produtora de sentidos e compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos e discursivos produzidos numa igualdade ampla e variedades de práticas sociais e o desenvolvimento de uma atitude crítica de leitura, que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos, e a atitude responsiva diante dos textos.

O ato de ler é identificado com o de familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais como: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos, científicos, reportagens, propagandas, gêneros textuais, percebendo em cada texto a presença de um sujeito histórico, de uma intenção. No processo de leitura, não pode deixar de lado as linguagens não

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verbais, leitura imagética, a fruição do ato de ler, a intertextualidade, versos, ritmos, vozes, etc.

O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o texto como elo de interação social e os gêneros como construção coletiva.

A prática da escrita constitui uma ação com a linguagem, o aluno procura no seu universo referencial os recursos lingüísticos e os demais recursos necessários para atender à intenção, pois a língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do estudante em situações específicas.

A norma usada socialmente, mesmo se tratando da norma padrão ou da norma culta aprende-se lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. É nas experiências concretas de produção de textos que o estudante aumenta seu universo referencial e aprimorara sua competência de escrita.

A produção de textos, quaisquer que possam ser os gêneros, deve constituir resposta a uma intenção e a uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito daquele texto, daquele discurso, naquela circunstância e esfera de atuação, para que ele perceba seu texto como elo de interação com seus possíveis leitores.

O trabalho com a literatura, hoje, deve girar em torno da perspectiva rizomática. O professor deverá ser um contínuo leitor, capaz ele mesmo de selecionar os textos que trabalhará com seus alunos esquecendo-se da linearidade da historiografia literária, a adaptabilidade do texto ou tema à linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades cognitivas. O professor deverá levar aos estudantes textos com maiores possibilidades de relações dentro do rizoma. O professor estimulará as conexões entre um ponto e outro, a serem realizados pelos alunos e estabelecerá suas conexões a partir dos textos apresentados pelos alunos produzidos por eles ou não. Assim, o professor estimulará as relações dos textos escolhidos com o contexto presente e assim, as aulas de literatura serão um continuo texto-puxa-texto, promovendo a reflexão e o pensar.

Todo conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam eles especiais ou não. Portanto, as decisões sobre flexibilização/adaptação do currículo dessa disciplina serão coletivas com os demais professores das demais disciplinas da turma e a equipe pedagógica da escola, buscando o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos.

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AVALIAÇÃO

A avaliação na condição de contínua e diagnóstica aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações (seminário, debate, troca informal de idéias, entrevista e contação de história). Também é necessário que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive.

Na leitura serão avaliados a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto, considerando que essa avaliação precisa considerar os diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Quanto à escrita, o que determina a adequação são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Aqui, tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar-se como avaliador, tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

Na literatura será avaliada a prática da leitura, proficiência do leitor e a capacidade de estabelecer relações com outros textos.

É fundamental que o professor, dentro do processo de avaliação, seja flexível, verifique e valorize o progresso de cada aluno, envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem, objetivando a inclusão de todos no processo de ensino-aprendizagem com sucesso.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FARACO, Carlos Alberto. Português – língua e cultura.

FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 2003.

INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2005.

MAIA, João Domingues. Português. São Paulo: Ática, 2001.

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PARANÁ. Diretrizes curriculares para o ensino médio. Cuiritiba: SEED, 2006.

TERRA, Ernani. Gramática, literatura e produção de textos para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2002.

Livros Paradidáticos disponíveis na biblioteca da escola.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

MATEMÁTICA – EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino da matemática vive hoje um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a sociedade pleiteia e justifica a sua presença de uma forma marcante nos currículos escolares – justificativa esta fundada na crença de que é uma área do conhecimento essencial para desenvolvimento atual da ciência e da tecnologia – percebe-se que a maioria dos conteúdos ensinados nos bancos escolares é considerada desinteressante e inútil, por não estar vinculado diretamente à realidade social. Acreditamos que parte deste problema se deve ao fato de que, tradicionalmente, o ensino da Matemática na escola básica tem se caracterizado como um discurso preocupado excessivamente com o desenvolvimento precoce de uma linguagem simbólica, destituída de significação e sem relação com o seu conhecimento anterior. Não se trata de negar o valor do simbolismo na Matemática, mas de negar a forma como é apresentado, resgatando na prática docente, a relação dialética existente entre a forma e conteúdo.

Uma tentativa de rompimento com esse modo de conceber a prática pedagógica em Matemática, implica na proposição de metodologias que possibilitam ao aluno a compreensão de conceitos e significados e o estabelecimento de relações com experiências anteriores vivenciadas, implica, portanto, na construção de seus conhecimentos como soluções de problemas significativos, respondendo às exigências do contexto em que está inserido e não apenas às expectativas do professor.

Trata-se de pensar as bases teórico-metodológicas sobre as quais se sustentará a implementação de um processo de ensino, voltado para a construção dos conceitos e significados em Matemática. Esse processo é

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complexo e exige procedimento e linguagem adequados. Neste sentido, o trabalho com a história dos conceitos pode ser uma das formas de mostrar aos alunos, que papel exerce na construção do conhecimento e de que forma as relações sociais interagem produzindo o conhecimento de uma determinada época. Trata-se também de construir para a superação de uma concepção, imposta aos alunos, onde o conteúdo que lhes é ensinado não tem relação alguma com os acontecimentos cotidianos, quer sejam externos ou internos à escola.

Falar de uma Educação Matemática assim, crítica e libertadora, envolve falar na busca da transformação do que aí está, visto que esta educação se dá em uma escola que, por sua vez, está inserida em uma sociedade, cujo modelo de organização precisa ser questionado, ou seja, pensar em educação matemática nos leva a pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos de produção do conhecimento matemático, mas também nos aspectos sociais envolvidos. Pensar na educação matemática, portanto, implica pensar na sociedade em que vivemos constituindo-se assim um ato político.

OBJETIVO GERAL

Utilizar os conceitos matemáticos como instrumentos de compreensão, intervenção, mudança e previsão de realidade, tornando-se uma prática em suas vidas com caráter crítico, na construção de conceitos, elaboração e entendimento das teorias, nas soluções de problemas da sociedade em constantes transformações.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

Números e Álgebra – Conjunto dos números reais.

Funções:- Função afim- Função quadrática- Função exponencial- Função logarítmica- Função modular- Progressão aritmética- Progressão geométrica2ª SÉRIE

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- Números e Álgebras – matrizes, determinantes e sistemas lineares.- Funções – função trigonométrica.- Tratamento da informação – análise combinatória, estatística, probabilidade, matemática financeira e Binômio de Newton.

3ª SÉRIE

- Números e Álgebras – Noções de números complexos e polinômios.- Geometrias – geometria plana, geometria espacial, geometria analítica e noções básicas de geometria Não-Euclidiana.

METODOLOGIA

Apresentar situações problemas para que o aluno perceba que a Matemática oferece inúmeras ferramentas para lidar com a grande massa de informações que lhe chegam. Os diferentes campos da Matemática devem integrar as atividades e experiências desenvolvidas pelos alunos e não apenas as questões aritméticas e algébricas devem merecer atenção, mas também os trabalhos geométricos, e outros, que envolvam o raciocínio combinatório e a análise estatística.

A disciplina de Matemática deve conceber e praticar uma educação para todos, o que pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam eles especiais ou não. Nesse processo, os alunos com necessidades educacionais especiais necessitam de um atendimento compatível ao seu tempo de desenvolvimento para a aprendizagem, e não de exclusão ou mesmo limitação na aquisição do saber.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser vista como processo educativo para que promova a aprendizagem e o desenvolvimento integral do aluno bem como seja instrumento de reflexão da prática pedagógica do docente. Nesse contexto a avaliação deverá ser diagnóstica, contínua e cumulativa.

A avaliação em Matemática deverá priorizar o processo de construção da atividade proposta, não apenas o resultado final de operações e algoritmos,

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bem como as explicações adotadas em procedimentos orais ou escritas. O processo de ensino e aprendizagem deverá ser tratado de forma integrada.

Selecionar os instrumentos de avaliação que descrevem de modo analítico as aquisições dos alunos e seus processos intelectuais: provas com questões dissertativas, trabalhos de pesquisa (orientados pelo professor), maquetes e texto explicativo, apresentação de seminários, debates, palestras, entre outros. Possibilitar a utilização de vários métodos avaliativos (formas escritas, orais e de demonstração) incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador, calculadora e outras (esquadro, compasso, régua, etc.).

É fundamental que o professor, dentro desse processo do processo de avaliação, seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. Para esses alunos, a avaliação será diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser mais individualizada e com uma disponibilidade de tempo maior respeitando a dificuldade de cada aluno, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações, para que todos especiais ou não vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GIOVANNI, Jose Ruy. Matemática fundamental. São Paulo: FTD, 2002.

GIOVANNI JUNIOR, Jose Ruy. Matemática fundamental. São Paulo: FTD, 2004.

LONGEM, Adilson. Matemática. Curitiba: Positivo, 2004.

MARCONDES, Gentil e Sergio. Matemática. São Paulo: Ática, 2003.

PAIVA, Manoel. Matemática 2º grau. São Paulo: Moderna, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, julho/2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

SILVA, Jorge Daniel; FERNANDES, Valter Santos. Matemática. São Paulo: IBEP, 2000.

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http://www.matematica.pr.gov.br

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Química ocupa-se do estudo da matéria, suas transformações e sua concepção; análise e interpretação de fatos incluindo aspectos teóricos e experimentais; com as questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à ciência e à tecnologia.

Neste contexto, o aluno de Química, não deverá ser apenas preparado para o mercado de trabalho ou para o vestibular, mas sim, o que ele aprende em química lhe dê significado amplos na construção de novas perspectivas, buscando a contextualização e interdisciplinaridade com as diferentes áreas do seu conhecimento.

Dessa forma a aprendizagem da Química corresponde a uma proposta de ensino voltado não só a formação de conceitos, onde o experimento faz parte de um contexto normal de sala de aula, porém que deixa claro o que é teoria e pratica, onde os alunos relacionam esses saberes a serem consolidados como condição de cidadania e não como prerrogativa de especialistas.

OBJETIVO GERAL

- Proporcionar ao aluno conhecimentos para que possa relacioná-los com o cotidiano, interagindo com os diversos projetos da escola, como Mostra Interdisciplinar, Agenda 21, e Cultura Afro. Permitindo-lhes assim, conhecimento para tomada de decisões autônomas como cidadãos conscientes, aplicando os conceitos aprendidos.

- Mostrar ao aluno a importância da Química na procura de novos produtos, nas novas áreas específicas surgidas nos últimos anos: biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos.

- Provocar a curiosidade do aluno quando ouvir falar dos conceitos químicos, cuidando com o uso de analogias que podem levar as interpretações equivocadas, imprecisas sobre os conceitos fundamentais da química.

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1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: matéria e sua natureza

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

I. Estrutura Atômica- Conceitos- Matéria e energia- Mudanças de estados- Substâncias puras e misturas- Substâncias simples e compostas- Modelos atômicos- Elementos químicos- Núcleos atômicos- Massa atômica- Configuração eletrônica dos átomosII. Tabela Peródica- Classificação periódica moderna- Períodos- Propriedades

III. Ligações Químicas-Ligação iônica- Ligação covalente- Ligação metálica- Ligação dativa-IV. Funções Inorgânicas- Ácidos- Bases- Sais- Óxidos

2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Biogeoquímica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

I. Leis Ponderais e Reações QuímicasII. Cálculos Químicos- Massa atômica – valor relativo

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- Massa molecular- Mol – quantidade de matéria- Massa molarIII. Soluções:- Soluto e solvente- Classificações- Solubilidade e curvas de solubilidade- Dispersões e soluções- Soluções coloidais- Diluição e misturaIV. Termoquímica:- Entalpia e variação de entalpia- Equação termoquímica- Processos Exotérmicos e Endodérmicos- Calores de reação- Lei de HessV. Cinética Química:- Teoria das colisões- Velocidade de reação- Fatores que alteram a velocidade de reaçãoVI. Oxirredução:- Número de oxidação- Agente oxidante e redutor- Balanceamento de reações de oxirreduçãoVII. Radioatividade:- Radioatividade e estrutura atômica- Tipos de radiações- Definição de Fissão e Fusão Nuclear- Aplicações da radioatividadeVIII. Eletroquímica- Pilhas- Potencial e diferença de potencial (ddp) do eletrodo- Eletrólise

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Química Sintética

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

I. Química Orgânica- Estudo do átomo de carbono- Postulado do carbono- Tipos de união entre os átomos de carbonos

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- Classificação dos átomos de carbonos numa cadeia carbônica- Tipos de cadeia carbônicaII. Funções Orgânicas- Hidrocarbonetos- Fenóis- Álcoois- Aldeídos- Cetonas- Ésteres- Funções nitrogenadasIII. Isomeria- Isomeria plana- Isomeria espacialIV. Estudo de alguns Materiais e Substâncias Orgânicas Importantes- Açúcares- Obtenção do etanol- Obtenção do vinagre- Aminoácidos e proteínas- Óleos, gorduras, sabões e detergentes.- Polímeros- Biogás e reciclagem

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

CULTURA AFROAGENDA 21EDUCAÇÃO FISCAL

METODOLOGIA

O estudo da Química como ciência será feita através de abordagens e discussões sobre questões fundamentais da disciplina. Sua importância na vida prática e nos diversos aspectos, como por exemplo, o social e o econômico, para que o aluno sinta interesse no que vai estudar. A interação dos conteúdos será através de trabalhos e pesquisas desenvolvidos em equipe ou individual, visando à participação e a integração entre eles, onde se visualiza uma intervenção nos problemas globais e locais.

Ainda, trabalhar experimentos ligados ao contexto estudado para uma maior compreensão de conceitos ou a percepção da relação do experimento, com as idéias discutidas em sala de aula. Através desses experimentos o aluno poderá analisar e refletir sobre as transformações dos diversos materiais conhecidos ou não, e em alguns casos desmistificando as grandes produções industriais.

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Nas diversas situações abordadas nunca esquecer dos conhecimentos prévio dos alunos a partir das quais serão elaborados os conhecimentos científicos.

O professor solicitará aos alunos que tragam textos de suas preferências, de qualquer natureza (jornais, revistas, textos relativos a cultura afro, rótulos de vidros de remédios ou embalagens de supermercados...), onde o aluno relacionará o teor do material coletado, com o conteúdo químico a ser estudado.

Apresentação de filmes com leituras de um texto de divulgação científica sobre o mesmo, onde haverá questionamentos.

AVALIAÇÃO

O aluno será avaliado não apenas por meio de provas, mas através de uma avaliação contínua e gradativa como: atividades em sala de aula, trabalhos individuais e em grupos, avaliação escrita, participações das aulas (sem visar conceitos), relatórios referentes às aulas práticas, leitura e interpretação de textos, produção de textos, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários e atividades extra classe. A avaliação deverá ser de tal maneira que o conhecimento de conceitos químicos seja articulado às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção coletiva do conhecimento Deverá ser diagnóstica e cumulativa. A recuperação, assim como a avaliação, deverá estar de acordo com o regimento interno da escola.

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química. SEED/ julho/2006

CARVALHO, Geraldo C. & SOUZA, Celso L de. Química: de olho no mundo de trabalho. Editora Scipione: São Paulo, 2005.

COVRE, Geraldo José. Química Total. Editora FTD: São Paulo, 2001.

PERUZZO, Tito Miragaia & CANTO, Eduardo Leite do. Química. São Paulo: Editora Moderna: 2001.

SARDELLA, Antonio. Química. Editora Ática: São Paulo, 2002.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Essa disciplina faz uma introdução ao estudo da Filosofia com abordagem das temáticas de ciências, do mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se ocupa de questões cujas respostas estão longe de se obter conclusões e resultados, o que acarreta estranhamento por parte dos estudantes.

A Filosofia trabalha com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos básicos, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes, e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional.

Esses conteúdos estruturantes abaixo relacionados estão presentes em todos os períodos da história da Filosofia – antigo, medieval, moderno e contemporâneo – sendo que em cada período, receberão tratamento diferenciado. Trata-se de garantir nesse processo, que o ensino de Filosofia não perca suas características essenciais de dialogar criticamente todos os conceitos.

OBJETIVOS GERAIS

- Aprimorar a capacidade intelectual, ética, moral e social, através da expressão de pensamentos;- Provocar o pensamento de busca, da compreensão, da imaginação, da investigação e da elaboração de conceitos para ressignificá-los.

CONTEÚDOS

3ª SÉRIE

Mito e Filosofia- Origem da filosofia- Principais períodos da história da filosofia - Aspectos da filosofia contemporânea- A razão, a verdade e a lógica

Teoria do Conhecimento- O pensamento e a linguagem

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- A consciência, o inconsciente e o conhecimento- Consciência política e histórica da diversidade

Ética - A existência da ética- Ética ecológica, gênero e etnia- A filosofia moral- A liberdade

Filosofia Política- A vida política e sua origem- Ideologias políticas: republicanas, socialistas, marxistas e democráticas- Educação fiscal- Políticas e Ações Afirmativas Estética- A Filosofia da Arte- A cultura e o universo das artes

Filosofia da Ciência- Do senso comum à atitude científica- O ideal científico e a razão instrumental

METODOLOGIA

Ao falar em ensino de filosofia é comum lembrar a clássica questão que se levanta a respeito da cisão entre filosofia e filosofar. Ensinamos filosofia ou a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não é possível ensinar filosofia e sim a filosofar. Ocorre que para ele, não é possível separar a filosofia do filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria filosofia. Por outro lado, para Hegel, não é possível conhecer o conteúdo da filosofia sem filosofar.

Portanto, deve existir relação entre os conteúdos estruturantes e os problemas a serem trabalhados com os alunos, sendo analisados e estudados à luz da história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos, de modo que a leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos. Isso se dará a partir da tentativa de problematizar filosoficamente situações da vida atual. A aula de filosofia deve ser acima de tudo um espaço de experiência e problematização, sob a mediação do professor, que ajuda os alunos a criarem problemas e textos filosóficos para que possa pensar e argumentar criticamente, orientando a própria solução. Isto se dá por meio do diálogo

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investigativo, primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de aula.

Esta perspectiva do ensino de filosofia que articula vários elementos, deve pressupor um bom planejamento de aulas, com a inclusão de diversificado número de atividades individuais e coletivas, de leitura, de debates e produção de textos e outras formas de apresentação a fim de que o diálogo investigativo seja de fato a linha condutora da aula, atendendo também, os alunos com necessidades educacionais especiais, flexibilizando estratégias metodológicas específicas.

O aprender e o ensinar em filosofia só se concretizam na experiência que acontece em cada aula e na relação professor e estudante com os problemas suscitados e a busca de soluções no texto filosófico, elaborando conceitos. Ele terá sempre o controle do que ensina, mas jamais do que o aluno aprende.

AVALIAÇÃO

A avaliação para o ensino de filosofia deve estar inserida no contexto da própria aula de Filosofia e sua especificidade levando em conta a Filosofia com a prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos encontrando seu sentido na experiência de pensamento filosófico.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional, que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente.

No ensino de Filosofia, a avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno assimilou o conteúdo presente na história da Filosofia, o problema dos filósofos, nem tão pouco sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.Ao avaliar o professor deve ter um profundo respeito pela pessoa e pelas posições dos estudantes, apresentando ou não necessidades educacionais especiais. O que está em jogo é o crescimento, é a capacidade de argumentar e de identificar os limites da própria posição.

O que deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos, a capacidade em construir e avaliar posições em detectar os princípios subjacentes aos temas e discursos.

Neste sentido a avaliação de filosofia tem início com a sensibilização, coletando o que o aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após o

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processo de criação dos conceitos. Neste sentido é possível entender a avaliação como um processo que se dá no interior da própria aula de filosofia e não um momento em separado destinado a avaliar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004.

CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In: FÁVERO, A et.al . Um olhar sobre o ensino de Filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ, 2002.

MARX, K. Manuscritos econômicos e filosóficos. São Paulo: Bontempo, 2004.

PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005.

RANCIÉRE, J. A partilha do sensível, estética e política. São Paulo: EXO, 2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA – EM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A compreensão científica dos fatos sociais, é o objetivo primordial do estudo da disciplina de sociologia. Neste sentido, a partir de uma determinada realidade, o estudo sociológico buscará analisar o ser humano como indivíduo e ser social, sem desconsiderar a multiplicidade de relações e inter-relações sociais que acontecem.

Visando oferecer meios para a compreensão social, o sociólogo em sala de aula, deverá estimular permanentemente o conhecimento crítico, real e libertador, tanto teórico quanto prático. Não significa apresentar aos estudantes uma realidade social nova e inteiramente desconhecida, a partir da história e suas transformações, bem como na qualidade de sujeito ativo dos grupos integrantes das instituições e dos movimentos sociais.

A Sociologia tem o papel de fiscalizar os problemas que movem a realidade, questionando-os e buscando, em diferentes sentidos e de diversas formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva e a construção da justiça econômica, uma vez que o conhecimento sociológico contribui para que o estudante desenvolva a sua autonomia, tornando-se capaz de confrontar diferentes interpretações e construir sua própria visão de mundo.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Possibilitar o entendimento das ciências sociais, que pesquisam e estudam o comportamento social humano e suas várias formas de organização.

- Desenvolver a formação da cidadania numa perspectiva sociológica e ética.

- Relacionar os agrupamentos sociais com a estratificação e a mobilidade social.

- Articular o saber histórico escolar de acordo com os princípios da disciplina, reelaborando assim, a herança social que o indivíduo adquire de seu grupo.

CONTEÚDOS

“O processo de socialização e as Instituições sociais”- Contexto histórico do surgimento da Sociologia.- História das ciências sociais.

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- O ser humano e as relações sociais e o produto social.- Os principais teóricos que contribuíram para a constituição da sociologia como ciência: A. Comte. E. Durkheim. K. Marx e M. Weber.- Conceito de Sociologia.- Conceito de Instituição Social.- As principais Instituições sociais: Família, A Igreja, A Escola e o Estado.

“Cultura e Indústria Cultural”- Identidade cultural- Cultura ou culturas: uma contribuição Antropológica- Meios de Comunicação de massa- Ecologistas e novas concepções sobre a conservação

“Trabalho, Produção e Classes Sociais”- Visão geral sobre o processo de produção- Trabalho- Matéria prima- Recursos naturais e a ecologia- Trabalho e meio de produção- Relações de produção- Modo de produção

“Poder, Política e Ideologia”- Diferentes formas de poder- Estado e Poder- Ideologias e dominação- A Questão Democrática

“Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais”- Conceitos de cidadania- Os Direitos Humanos e a cidadania- Comunidade cidadania e minorias- Estudo contemporâneo de comunidades e sociedades- Aspectos jurídicos, sociológicos e éticos da cidadania- Ações educativas de combate ao racismo e as discriminações

METODOLOGIA

A Sociologia tem contribuído para a ampliação do conhecimento do homem sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para análise das sociedades e alargar um saber especializado em teoria e pesquisa que esclareçam muitos dos problemas da vida social.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se e sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas.

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É importante ter bem claro que a história da Sociologia como disciplina acadêmica e escolar não está desvinculada dos fundamentos teóricos, cada um a seu modo, elegem conteúdos temáticos, problemáticos, metodológicos que estão gerados na realidade contemporânea.

Na sociologia a pesquisa deve estar presente, ou seja, ela é um componente importante na relação dos alunos com o meio em que vivem e com a ciência que estão aprendendo. Ela serve como mais um instrumento para o desenvolvimento da compreensão e explicação dos fenômenos sociais. Também é importante orientar como se faz uma pesquisa bibliográfica. Mostrar que antes de fazê-la é necessário definir objetivos, onde e como buscar esse referencial, bem como a diferença entra as diversas fontes.

Outras práticas são importantes como leituras e análises de textos sociológicos, que ajudarão os alunos a se familiarizarem com a linguagem específica dessa ciência. Por isso, é necessário que os professores contextualizem e analisem com eles o que foi escrito, mostrando que a produção científica não é verdade absoluta, mas apenas uma perspectiva de análise de determinada situação ou questão.

O conhecimento das concepções é de importância central na construção do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar, possibilitando ao professor, refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como também possibilitará ao aluno ter acesso ao conhecimento elaborado de forma rigorosa, complexa e crítica da realidade social na qual está inserido.

A sociedade brasileira com suas desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais, permite questionar muito a Sociologia clássica e moderna. O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um tratamento teórico aos problemas, como as desigualdades sociais e econômicas, a exclusão, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural, de gênero e étnico-racial. Trata-se de reconstruir o conhecimento que o aluno já dispõe num nível de compreensão, da capacidade de intervenção e transformação dessa prática social.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação deve ser realizado em todas as atividades relacionadas a disciplina, necessitando de um tratamento metódico e sistemático. Deve ser pensado e elaborado de forma transparente e coletiva. Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais, assim como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam com a acomodação e o senso comum.

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As formas de avaliação em Sociologia devem acompanhar as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, desde que tenha clareza dos objetivos que se pretende atingir.

BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO R. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular. Petrópolis: Vozes, 1981.

CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2001.

PARANÁ. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1973.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Sociologia. Curitiba: SEED, junho/2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA LÍNGUA INGLESA - EM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário do Ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da Organização social no decorrer da história. Desde o início da colonização do território brasileiro pelos portugueses houve uma preocupação de facilitar o processo de dominação e de expandir o catolicismo. Nesse contexto coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim.

Em 1795 o ministro Marquês de Pombal implantou o sistema de ensino régio no Brasil com a responsabilidade de contratar professores não religiosos. O latim e o grego continuam a fazer parte do currículo.

O ensino das línguas modernas só veio com a chegada da família real. D. João VI assina o decreto criando as cadeiras de inglês e francês. Em 1916 Ferdinand Saussure publica o “Cour de Linguística Generali” e inaugura os estudos da linguagem em caráter científico que tornou-se um marco histórico. Esses fundamentos alicerçaram o estruturalismo.

O método Direto surge na Europa no final do século XIX e início do séc. XX em contraposição do Tradicional com a Reforma Francisco Campos e foi oficialmente estabelecido no Brasil o mesmo induz ao acesso direto aos sentidos, sem interação da tradução fazendo com que a aprendizagem se assemelhe à língua materna, através de gestos, gravuras, fotos, simulação. Dava-se preferência ao professor nato ou fluente na língua alvo.

Nos anos 50, os lingüistas Leonardo Bloonfield, Charles Fries e outros apoiados na psicologia da escola Behaviorista de Pavloa e Skinner sistematizaram os métodos Audiovisual e Áudio-oral em que a língua passou a ser vista como o conjunto de hábitos a serem automatizados (constante repetição de modelos) e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas. A seguir Chomsky, responsável pelos conceitos de competência e desempenho retoma a discussão entre língua e fala e propõe a teoria inatista. A língua é vista como uma estrutura que faz intermediação entre o indivíduo e o mundo.

Nos anos 70 Piaget desenvolveu a abordagem Cognitivismo Construtivista onde a aquisição da língua é o resultado da intenção entre o organismo e o ambiente. A partir da década de 1970 surge, na Europa, a Abordagem Cominucativa. A língua é um instrumento de comunicação ou de interação social, considerando os aspectos semânticos da linguagem. Engloba as quatro habilidades: leitura, escrita, fala e audição. O professor deixa de ser o centro e passa a mediador do processo de ensino e aprendizagem.

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Não obstante, após uma década de vigência no Brasil, principalmente a partir de 1990, a Abordagem Comunicativa passou a ser criticada por intelectuais adeptos à pedagogia crítica. Muitos desses intelectuais foram inspirados pelas idéias de Paulo Freire. Nessa conjuntura, os lingüistas começaram “a se referir á história, poder, ideologia, política, classe social, consciência crítica, emancipação, nas discussões acerca da linguagem”. Assim, estudiosos ampliam as definições tradicionais e de uma pedagogia crítica e as utilizam para a origem de uma abordagem – Letramento Crítico. E essa abordagem tem orientado os estudiosos e as propostas mais recentes para o ensino de LE no contexto educacional.

LÍNGUAS ESTRANGEIRA MODERNA NO PARANÁ

Na década de 70, o Colégio Estadual do Paraná contava com professores de latim, grego, francês e espanhol. Porém, a carga horária destinadas à língua estrangeira começava a diminuir em função da inclusão de disciplinas técnicas, conforme LDB 5692.

O resgate do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976, quando essa passa a ser obrigatória, porém, somente no 2 grau, não perdendo caráter de recomendação para o 1 grau.

No Paraná, em 1982 foi implementado o Centro de Línguas Estrangeiras do Colégio Estadual do Paraná que oferecia aulas de inglês, espanhol, francês e alemão. Ainda em 1982, a UFPR inclui no vestibular as línguas espanhola, italiana, e alemã.

Em 15 de Agosto de 1986 ouve a criação do CELEM pela SEED. Esses Centros de Línguas funcionam no contra-turno e oferecem uma possibilidade de estudos sem custo financeiro a alunos da rede pública estadual. Atualmente, o CELEM está presente em mais de 300 estabelecimentos de ensino e proporciona aulas de espanhol, alemão, francês, italiano, japonês, ucraniano e polonês. Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1992 com a publicação do Currículo Básico que propunha uma concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída.

No contexto atual, abriu-se concurso para contratação de professores, houve ampliação do número de escolas com o CELEM, estabeleceu parcerias para formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio de toda rede estadual e está em processo de implantação do livro didático do EM e EF.

O ensino de língua estrangeira configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a compreender que a língua

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e a cultura são práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto concreto, preciso, proporcionando ao aluno uma prática significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos, com os quais o aluno passa a sentir-se inserido numa determinada realidade sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo.

OBJETIVOS GERAIS

- Oportunizar o ensino da língua estrangeira ao educando como um instrumento de comunicação universal;- Revestir a prática discursiva de dialogicidade em espaço interativos;- Utilizar textos significativos para a formação de leitores críticos;- Interagir com textos de vários gêneros;- Perceber a possibilidade de construção de conhecimento voltada para transformação da prática social;- Articular os pressupostos das diretrizes curriculares com os conhecimentos lingüísticos da língua inglesa para a educação básica;- Contribuir para uma reflexão dos alunos sobre sua própria língua por meio de comparações e contrastes, ampliando sua visão de mundo e tornando-o mais crítico e reflexivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

É o discurso enquanto prática social efetivada por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita, portanto o objetivo do trabalho em sala de aula é a construção do significado por meio do engajamento discursivo e não apenas a prática de estruturas lingüísticas.

O eixo central deverá ser o discurso (compreendido como prática social) propiciando aos alunos subsídios para que sejam capazes de compreender e produzir significados na língua meta. Para tanto, as práticas fundamentais da realização da língua - ler, escrever, falar e compreender auditivamente - e os conhecimentos necessários para sua efetivação - discursivos, sociolingüísticos, gramaticais e estratégicos, deverão ser trabalhados sempre juntos, pois são imbricados e indissociáveis.

O conhecimento discursivo, diz respeito ao modo como se combinam formas gramaticais e significados em textos falados ou escritos, nos diferentes gêneros. O conhecimento sociolingüístico, refere-se ao conhecimento das particularidades do comportamento social e verbal.

O conhecimento gramatical diz respeito ao domínio do código lingüístico e o conhecimento estratégico ajuda o aluno a preencher lacunas nos outros

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conhecimentos estabelecidos como sendo fundamentais no ensino-aprendizagem de LEM. Podem ser verbais ou não-verbais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais) de diferentes tipos e gêneros considerando seus elementos lingüísticos discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA TODAS AS SÉRIES

Os aspectos lingüísticos serão abordados de acordo com a necessidade e realidade dos alunos para a compreensão dos temas e gêneros propostos.

ESCRITA ORALIDADE/AUDICÃO LEITURAResumos Convites Tipologia textuaisBilhetes Poemas ArgumentaçãoCartazes Relatos cotidianos NarraçãoEntrevistas Entrevistas DescriçãoTiras Diálogos BilhetesHistórias em quadrinhos Música ResenhasCartas (formal/informal) Informações CartasAnúncios publicitários Opiniões Gráficos estatísticosE-mails Ordens NotíciasTextos biográficos Dramatizações Resumos

Mímicas ReportagensCartazesEntrevistas

NotíciasChargesCatoonsTextos de opiniõesTextos poéticosTextos de instruçãoTextos biográficos

Artigos

LITERATURA

CrônicasPoemasContosFilmesTirasCharges

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Histórias em quadrinhosMúsicasFábulas

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

Cultura AfroAgenda 21Relações de gêneroInclusão

METODOLOGIA

A partir dos conteúdos estruturantes, desenvolver atividades que contemplem o uso da língua na leitura, na escrita, na oralidade e também a compreensão auditiva. Tendo o texto como unidade de comunicação verbal, que pode ser escrita, oral ou visual.

Esse texto terá uma problematizarão em relação a um tema, o que despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas, e ideológicas presentes em todo o discurso.

Importante trabalhar o vocabulário do texto, dependendo do grau de conhecimento do aluno tendo como objetivo o uso efetivo da língua e não apenas memorização de palavras soltas, descontextualizadas. Deste modo, a língua não será restrita ao ensino de estruturas lingüísticas, mas sim estabelecer objetivos realistas e sensíveis as diferenças regionais e individuais.

E a partir das falhas apresentadas pelos alunos durante o processo de interação que o professor abordará as questões lingüísticas de modo a refletir e discutir sobre as mesmas. E nesses momentos o professor poderá mostrar aos alunos a importância de considerar quem disse o quê, para quem, onde, quando e por quê, para entender a língua como uma pratica social e que acontece em contextos diferentes o que o levara a uma compreensão mais efetiva de um enunciado particular.

É fundamental que os textos trabalhados pertençam a vários gêneros do discurso, pois segundo Bakhtin, esses organizam nossa fala da mesma maneira que dispõe as formas gramaticais e seria impossível ter que criá-los pela primeira vez no processo da fala.

O aluno deverá familiarizar-se com textos, publicitários, jornalísticos, literários, informativos,de opinião, etc., ressaltando suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria o seu caráter público e ao mesmo

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tempo aproveitar o conhecimento da língua materna para que esse aluno seja um leitor crítico, sabendo que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que estão inseridos. Isso favorecerá também a percepção de que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, nem tem sempre o mesmo significado, flexibilidade esta que depende e varia do contexto e da situação em que a prática social da língua ocorre.

A partir dessas considerações a efetivação do discurso como prática social acontecerá por meio das práticas discursivas a seguir:- A oralidade: expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos e incentivá-los a expressar suas idéias em língua estrangeiras, respeitando seu nível lingüístico, possibilitando familiarizar-se com sons específicos da língua.- A escrita: propor atividades sócio-interativas, significativas para que o aluno perceba o uso real da língua, levando em consideração para quem se escreve e através desse diálogo, construir um texto coerente tanto ao gênero discursivo quanto a variedade lingüística.- A leitura: apresentar diferentes tipos de textos aos alunos e propor atividades de reflexão, levando-os a percebê-los como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural. Além disso, instrumentalizar os alunos com conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e sócio-culturais que necessitem para interagir melhor com esses textos.

Serão utilizadas alternativas viáveis para garantir ao aluno a aquisição e domínio dos mecanismos que compõem a estrutura da língua, possibilitando-lhe o emprego desses mecanismos num contexto específico para que se processe a comunicação. Gradativamente o aluno irá ampliando seus conhecimentos lingüísticos e a medida que for superando dificuldades, serão apresentadas estruturas mais complexas e criadas situações para que ele possa usá-las.

Em suma, o ensino deve ser dinâmico e criativo, valendo-se de todos os recursos disponíveis, com materiais pedagógicos significativos que facilitem a aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre sua pratica, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo (Luckesi, Cipriano Carlos).

A avaliação deve estar atrelada aos objetivos para o ensino de LEM já explicitados na fundamentação teórica. O aluno precisa ser envolvido no

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processo de avaliação uma vez que também e construtor do conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre o seu desenpenho e entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. E fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.

Deve ser avaliada a capacidade de perceber a linguagem nos códigos específicos, a capacidade de compreender linguagens diferentes, em determinados momentos do cotidiano, a capacidade de perceber os diferentes interesses vinculados pela linguagem, a capacidade de realizar-se enquanto ser humano pela e na língua.

Portanto, essa avaliação será processual, contínua e participativa, envolvendo atividades de escrita, compreensão de textos, focos gramaticais, exercícios de fonética e listening.

É fundamental que o professor, dentro desse processo de avaliação seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade.1994.

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