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COLÉGIO ESTADUAL JAMES PATRICK

CLARK – E.M.N.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

TERRA RICA – PR

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1 – APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

James Patrick Clark – Ensino Médio e Normal, resultado de várias reuniões

envolvendo toda comunidade escolar, onde se estudou, conversou, levantou-se

dados diagnosticando a realidade da nossa escola e na busca de melhorias,

elaboramos este Projeto que é uma construção coletiva (pais, alunos, professores,

funcionários, diretores e pedagogos), da identidade da escola, instrumento para o

fortalecimento das ações e da participação política dos integrantes dentro da escola.

É um documento teórico prático, embasado no artigo 122, inciso I da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96, com base nos princípios de

liberdade, autonomia, flexibilidade e democracia e a primeira versão das Diretrizes

Pedagógicas do Estado do Paraná, e pressupõe relações de interdependência e

reciprocidade entre todos os profissionais da educação e outros segmentos.

Organiza e sistematiza o trabalho pedagógico escolar expressando princípios que

subsidiam as decisões e a condução das ações no estabelecimento, bem como a

análise dos seus resultados, compreendendo o pensar e o fazer da escola,

integrados por meio de ações que unem a reflexão, as atitudes e as ações. Propõe

metas para o trabalho educacional, considerando que a escola, como instituição que

lida com o conhecimento, precisa estar acompanhando a evolução de um mundo em

transformação, desenvolvendo no educando, potencialidades que contribuam para

sua emancipação como ser humano.

Espera-se que este Projeto seja realmente um catalisador, uma vez que

chama a todos para uma melhor organização do trabalho pedagógico, fazendo com

que todos os profissionais da educação se sintam responsáveis pelo cumprimento

das ações propostas, oferecendo o melhor daquilo que pode e deve realizar,

contribuindo de forma relevante para o cumprimento do objetivo maior que é a

formação humana.

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2 – INTRODUÇÃO

2.1. Identificação do Estabelecimento

Nome: Colégio Estadual James Patrick Clark – Ensino Médio e Normal

(Código: 00361)

Município: Terra Rica (Código: 2750)

Dependência Administrativa: Secretaria de Estado da Educação

Núcleo Regional de Educação: Paranavaí (Código: 22)

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Autorização de Funcionamento: Resolução nº. 2858/81 de 30/12/82

Ato de Reconhecimento: Resolução nº. 3061/81 – DOE : 14/01/82

Regimento Escolar: Aprovado pelo NRE – Parecer nº. 103/2008 de 30/04/2008

Distância do Colégio ao NRE: 60 km

Localização: Zona Urbana - Centro

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2.2. Caracterização Geral

2.2.1. Histórico

No início da década de 50, com a chegada dos primeiros pioneiros, nascia a

cidade que hoje é Terra Rica. A necessidade de escolarizar as crianças que aqui

chegavam com os desbravadores, fez com que em 1955, pelo Decreto nº. 16.839,

publicado no Diário Oficial do estado em 25/04/1955 se criasse o Grupo Escolar de

Terra Rica. À medida que a cidade crescia, a mesma se organizava para atender

todas as crianças, e por longos anos, a escola com 5 salas de aula, 1 pequena

Diretoria e um pequeno almoxarifado, construídos em madeira, ofertou três turnos de

ensino (manhã, intermediário e tarde).

Em 1967, pelo Decreto nº. 4104/67 foi criada a Escola Normal Colegial

Estadual James Patrick Clark, nome dado em homenagem ao prefeito eleito para o

segundo mandato, engenheiro da Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná –

SINOP, que colonizou este município. O Sr. James Patrick Clark aqui fixou

residência, porém vítima de doença faleceu no primeiro ano de sua gestão. O

funcionamento da Escola Normal Colegial foi autorizado pela Portaria nº. 1603/67,

tendo como primeira diretora, a professora Lourdes Menotti

De 1971 a 1978, a Escola ofertou também o Curso Técnico em Contabilidade,

extensão do Colégio Comercial Estadual Ari João Dresch de Nova Londrina e neste

período, tiveram como diretoras as professoras Ivandi Zopolatto e Vera Lúcia Coelho

Figueiredo.

O Decreto nº. 117/81 autoriza o funcionamento do Curso Parcial Desenhista

de Arquitetura. A escola oferta então três cursos técnicos e a 31/10/1978, por força

do Decreto nº. 5479/78 passa a chamar-se Colégio Estadual James Patrick Clark e

tem no ano de 1981, reconhecidos os cursos de 2º. Grau com as habilitações plenas

em Magistério, Contabilidade e Parcial Desenhista de Arquitetura e este curso tem a

cessação gradativa em 1989, quando foi autorizado o curso de Educação Geral.

Já em 1991 foi autorizado o funcionamento da 4ª série da habilitação Técnico

em Contabilidade para o ano de 1992, quando foi reconhecido o curso de Educação

Geral diurno e noturno; e a Resolução nº. 2487/92 autoriza o funcionamento das

séries finais do Ensino Fundamental – Supletivo.

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Neste período, de 1978 a 1992, atuaram como diretores, os professores: Vera

Lúcia Coelho Figueiredo, João Luiz Barrionuevo Polaco, Erinto Levi e Nelza Oliveira

da Silva.

Até o ano de 1992, o Estabelecimento de Ensino oferta também as séries

iniciais do Ensino fundamental. Neste ano, a Prefeitura Municipal opta pela

municipalização e assume as séries iniciais do Ensino Fundamental que passa a ser

a Escola Municipal Rosalina de Moraes – Educação Infantil e Ensino Fundamental,

separando assim a entidade mantenedora e a nomenclatura, porém, funcionando no

mesmo espaço físico.

No ano de 1997, o Colégio recebe determinação de cessar gradativamente as

atividades escolares das habilitações Magistério e Auxiliar Técnico em

Contabilidade, cessando definitivamente em 1999, ofertando apenas o Ensino Médio

de Educação Geral e as séries finais do Ensino Fundamental, na modalidade EJA,

este em fase de cessação gradativa a partir de 2005.

A partir de 1993, responderam pela Direção do Colégio, os professores: Jair

Geraldo Pineze, Marli Neide Galli Peres, Carlos Rodrigues da Mota e por dois

mandatos consecutivos, a professora Marli Neide Galli Peres.

No espaço físico não há nada que lembre o Grupo Escolar de Terra Rica,

nem mesmo um pé de flamboyant resistiu à ação do tempo e às mudanças. Hoje,

uma construção moderna, novas plantas, novos jardins, novos professores, novos

alunos e sempre novos alunos. Enfim é o ciclo da vida que a cada dia se renova.

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2.2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual James Patrick Clark – E.M.N.; é uma construção de 2.092

m2, edificado sobre uma área de 8.100 m2, mantido pelo Governo do Estado do

Paraná. É composto por 4 pavilhões, construídos no sentido leste/oeste, separados

por uma distância que o barulho de uma não prejudica a outra e também ideal do

ponto de vista arquitetônico, pois somente as salas das extremidades ficam

diretamente expostas aos raios solares da manhã ou tarde, contudo, não ficando as

demais prejudicadas em relação à claridade natural e ventilação.

Nesta edificação estão distribuídos: 15 salas de aula, destas 10 possuem TV

Pen Drive e 1 sala adaptada para sala de multimídia, 1 sala adaptada para

jogos/Educação Física, sala da direção, sala da equipe pedagógica, duas salas para

os professores, dois banheiros para professores e funcionários, 2 banheiros

masculinos, 2 banheiros femininos, 1 secretaria, 1 laboratório de ciências equipado

com materiais para experiências e aulas práticas, 1 laboratório de informática

(Paraná Digital), 1 biblioteca com bom acervo bibliográfico, 1 cantina comercial (sem

exploração), 2 cozinhas, 1 amplo refeitório com mesas e bancos (as mesas e bancos

precisando de reparos e/ou substituições) 1 pátio coberto, 1 pátio aberto, 1

almoxarifado, 1 depósito, 1 corredor coberto ligando todos os pavilhões, 1 casa

(Permissionário – ocupada por funcionário), 1 quadra poli esportiva (sem concluir)

onde os professores ministram aulas de Educação Física, 1 palco para

apresentações, 1 churrasqueira e 1 sala para materiais de Educação Física.

Na sala de multimídia estão dispostos os retro projetores, telão, 1 televisor de

29’, DVD e vídeo cassete, TV Pen Drive, para uso dos professores e alunos e ainda

1 câmera digital e 1 data show.

Toda estrutura física se encontra em bom estado de conservação,

apresentando aspecto agradável, limpo e higienizado para conforto de toda

comunidade escolar.

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2.2.3. OFERTA DE CURSOS/ MODALIDADES

O Colégio oferta:

Ensino Médio na modalidade Educação Geral com no mínimo três anos para

conclusão do curso é ofertada nos três turnos: manhã, tarde e noite. Ensino Médio

que a partir de 2010 está todo organizado por blocos de disciplina semestral.

Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do

Ensino Fundamental em Nível Médio - Integrado na modalidade Normal é ofertado

no período vespertino, e estagiam no período da manhã para integralização da

carga horária de 200 horas de estágio anual.

A Escola cumpre o mínimo de 200 dias letivos, 800 horas anuais e 5 aulas de

50 minutos diárias, conforme orientações da LDB/SEED.

No período matutino, as aulas iniciam-se às 07h30min e terminam às

11h50min e atende 03 turmas de 1ª série, 03 turmas de 2ª série e 02 turmas de 3ª

série, totalizando aproximadamente 240 alunos, todos do Ensino Médio Educação

Geral.

À tarde, o Colégio atende aproximadamente 180 alunos em 02 turmas de 1ª

série, 01 turma de 2ª série, 01 turma de 3ª série de Ensino Médio e 01 turma para

cada série (1º ao 4º ano) do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e

Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nível Médio – Integrado e as aulas iniciam-

se às 12h50min e terminam às 17h10min.

No período noturno, o Colégio atende 02 turmas de 1ª série, 02 turmas de 2ª

série e 02 turmas de 3ª série, num total de aproximadamente 230 alunos. As aulas

têm início às 19h00min e encerram-se às 23h10min.

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2.2.4. RECURSOS HUMANOS

O Colégio Estadual James Patrick Clark – Ensino Médio e Normal conta com 1

Direção, 1 Direção Auxiliar, 3 Pedagogas, 40 professores, dos quais apenas uma

não tem especialização. Destes, 13 professores são PSS e os demais efetivos.

No setor administrativo, contamos com 2 Agentes Profissionais e 3 Agentes

Educacionais II, das quais 02 tem Ensino Médio completo e os demais têm

Graduação Superior e Especialização. Três professores efetivos: 1 de disciplinas

técnicas, 1 de 1ª a 4ª séries e 1 readaptada, fazem parte do quadro de servidores

deste Estabelecimento de Ensino e executam funções diversas como suprir

necessidade de atendimento na Biblioteca ou auxiliam na Secretaria.

Os 08 profissionais que atuam na função de Agentes Educacionais I, têm

escolaridade que variam do Ensino Fundamental incompleto ao Ensino Médio

completo.

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3. OBJETIVOS GERAIS

•••• Cumprir a legislação vigente, Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional Nº. 9394/96 que determina a todas as instituições escolares a

elaborar o seu Projeto Político Pedagógico;

•••• Situar a escola na contemporaneidade, efetivando um ensino dinâmico e

de qualidade;

•••• Superar o caráter fragmentado das práticas educativas, elaborando os

conhecimentos práticos do cotidiano para conhecimentos científicos,

culturais e artísticos;

•••• Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições;

•••• Construir a participação de todos na gestão democrática;

•••• Organizar o trabalho pedagógico de forma a dinamizar o processo ensino

aprendizagem;

•••• Posicionar-se contra qualquer tipo de discriminação, valorizando e

respeitando a pluralidade social, cultural, racial, étnicas, religiosas e outras

características;

•••• Respeitar e cumprir integralmente o calendário escolar, inclusive,

participando da formação continuada;

•••• Criar mecanismos de articulação da escola com as famílias e a

comunidade, facilitando a troca e divulgação de informações, assim como

prover meios de recuperação de alunos com menores rendimentos;

•••• Trabalhar de forma interdisciplinar os projetos pontuados na Agenda 21 e

Educação Fiscal.

•••• Dinamizar o Programa Viva Escola, e para 2011 as Disciplinas Optativas

do Ensino Médio Inovador, de modo a dar condições de que sejam

desenvolvidas diferentes atividades pedagógicas no âmbito escolar.

Atividades estas que estarão em consonância com as Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná e Propostas do Governo Federal.

•••• Dar apoio ao CELEM como Núcleo de Apoio à Aprendizagem ofertando

ensino extracurricular.

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4 - MARCO SITUACIONAL

É cada vez maior a responsabilidade das escolas públicas com a formação

integral dos educandos de todas as classes sociais, para que estes conheçam seus

direitos e deveres e participem com responsabilidade na tomada de decisões.

A Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

prevêem que a Escola Pública gratuita é direito de todo cidadão. A SEED, em

consonância com a LDB, tem como princípios de sua política educacional, o ensino

de qualidade; a educação voltada para formar sujeitos conscientes de sua ação

transformadora na construção de uma sociedade mais justa, centrada na

apropriação do saber elaborado como instrumento de luta social, indispensável ao

exercício da cidadania e à efetiva participação nos processos sociais.

No Brasil, um país de grande extensão territorial, as estatísticas nos apontam

alto índice de analfabetismo, assim como pesquisas mostram uma classificação que

deixa muito a desejar em relação a outros países, em se tratando de conhecimentos

adquiridos nos bancos escolares. A situação é ainda mais grave nas regiões Norte e

Nordeste que apresentam grande déficit de escolas e professores capacitados, no

entanto existem programas como o Telecurso, Brasil Alfabetizado, Pro Uni, Cota

para Negros, ENEM, entre outros, com vistas a reduzir o grave problema do

analfabetismo e falta de profissionais.

Nas regiões, sul, sudeste e centro oeste se concentram maior número de

Escolas/Universidades e maior número de professores com

formação/especialização. No Paraná temos uma realidade mais favorável, pois o

número de professores com formação, e acreditamos a maioria com especialização

atende a demanda de nossas escolas públicas. Ainda assim, verifica-se considerável

percentual de analfabetos, desistência e reprovação. Para reverter essa situação, o

Estado do Paraná tem investido em Programas como Paraná Alfabetizado, salas de

Apoio à Aprendizagem, Formação Continuada para os profissionais das Escolas e a

volta de Cursos Profissionalizantes para atender a demanda de profissionais

técnicos e também professores da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino

Fundamental.

No município, todos os professores têm habilitação no campo em que atuam.

A oferta da Escola Normal, depois do Magistério e atualmente do Curso de

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Formação de Docentes assegurou profissionais habilitados para as Escolas, porém

isso não garantiu o fim do analfabetismo. O município oferta o CEEBJA, séries

iniciais do Ensino Fundamental no período noturno que têm contribuído para

minimizar o percentual de analfabetos no município.

A população estudantil vivencia hoje um dos grandes problemas da realidade

brasileira que é a falta de oportunidades, e isso acontece também, a nível de estado

e de município. Esta realidade é percebida na apatia de nossa população juvenil,

dificultando a ação dos educadores, pois a busca de conhecimentos fica em

segundo plano. O nosso município, até então de características essencialmente

agrícolas, têm sinalizado perspectiva de trabalho na indústria de açúcar e álcool e

essa perspectiva tem apresentado sensível mudança para alguns alunos que

percebem que a escolaridade faz toda diferença quando se candidatam à vaga em

um emprego.

Percebe-se uma distância entre pais filhos e escola, cada um com dificuldade

de cumprir seu verdadeiro papel; e a escola tem trabalhado com os alunos estas

questões sociais.

Tais desigualdades também se fazem presentes em nosso município, onde a

comunidade escolar é formada por alunos da zona urbana, rural e distrito. A maioria

dos alunos da zona rural chega ao Colégio por meio de ônibus de transporte escolar,

alguns utilizam bicicletas, motos e carros.

Os alunos que freqüentam o Ensino Médio matutino possuem condições

econômicas diversificadas. Há alunos que trabalham meio período, por meio de

convênio da Instituição de ensino com o agente de integração CIEE e Instituto

PROE, mas são dependentes dos pais. 90% dos alunos do período matutino

residem na zona urbana. Dos que estudam no período vespertino 90% residem na

zona rural, são de nível sócio-econômico também diversificado, utilizam os ônibus

escolares para freqüentar as aulas e são alunos unidos e participativos.

No período noturno 90% são trabalhadores rurais, do comércio ou indústria,

sendo que 60% são provenientes da zona rural e possuem nível sócio-econômico

precário; aproximadamente 50% é arrimo de família. Essas situações provocam

atraso no horário de entrada e pedem para sair antes do término das aulas,

alegando motivos diversos, porém, o mais freqüente é a exaustão pela jornada de

trabalho.

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Mesmo com todos estes problemas, em geral, os alunos do período matutino

e vespertino apresentam bom nível de aprendizagem. Isso se comprova pela

quantidade de alunos que ao concluírem o ensino médio ingressam em cursos

superiores.

Quanto à evasão e repetência, aproximadamente 10% são os casos no

período diurno, pois, observa-se o zelo recíproco da escola e dos pais em relação à

freqüência dos alunos.

Já no período noturno, chega a 40% nas primeiras séries, sendo que na

segunda e terceiras séries, a evasão e a repetência caem para 15%. Contudo tem-

se a perspectiva de que este percentual caia, em virtude da nova organização do

Ensino Médio por Blocos, pois esta organização favorece e muito os alunos desse

período em virtude do número de disciplinas por bloco e deste ser semestral.

Quanto ao rendimento escolar, observa-se que muitos alunos ainda

apresentam dificuldades. Alunos trabalhadores: do comércio, do campo, domésticos

e outros; desistem por opção ao trabalho, reprovam por falta de interesse e cansaço

e são alunos faltosos. Para minimizar os problemas, a escola tem procurado um

tratamento diferenciado para estes alunos como: práticas avaliativas através de

atividades de pesquisas, trabalhos individuais ou em grupos, tudo realizado em sala

de aula. A Equipe Pedagógica tem exercido seu papel quando entra em contato com

o aluno ou a família deste quando notificado pelos professores sobre alunos

faltosos.

Há que se apontar ainda, algumas dificuldades como gravidez na

adolescência e alunos que fazem uso de álcool e drogas acarretando sérios

prejuízos para a vida acadêmica, bem como evasão. Percebe-se ainda que não há

uma integridade de sintonia entre a escola e estes alunos que dela servem, embora

não se desconsidere fatores de ordem sócio-econômica que acabam por impedir

que os alunos se dediquem plenamente ao seu projeto pessoal de envolvimento.

Quanto ao relacionamento professor/aluno, alguns professores têm

dificuldades para estabelecer relações dialógicas na sala de aula, provocando um

distanciamento entre eles. Entre os alunos há um bom entrosamento, existindo

alguns grupos que se agregam por afinidade.

Em todos os períodos, há casos de alunos que não se adequam ao ambiente

escolar, fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas e indícios de alunos que fazem

uso e comercializam drogas na escola ou imediações. A Equipe Pedagógica busca

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parceria com os familiares, conselho tutelar, organiza palestras com o Departamento

de Saúde do Município, trabalha com fitas de vídeo e busca apoio do Conselho

Escolar na tentativa de preservar a saúde, integridade física e mental do educando.

Os demais espaços suprem a contento as necessidades do estabelecimento.

Hoje a carência de materiais de uso pedagógico como retro-projetores, data show,

not book, está gradativamente sendo suprida em razão de recursos provenientes do

Ensino Médio Inovador, pois os professores usam constantemente este recurso para

suas aulas. Existem ainda computadores do Paraná Digital onde o professor pode

fazer a impressão do material a ser usado em sala com aluno. Ou seja, nesses

aspectos a escola está conseguindo manter adequadamente o atendimento ao

professor e alunos.

Quanto ao corpo docente, temos professores inovadores que procuram

evoluir, ministrando aulas atrativas e prazerosas. Um pequeno percentual (20%)

lembra de épocas saudosistas, querendo que atualmente diante das novas

propostas pedagógicas de trabalho e prática docente diversificada, as aulas tenham

características do século passado, onde o professor expõe os conteúdos, sendo

mero transmissor de conhecimentos. Neste quadro descrevemos professores

abertos à mudança, mas há os resistentes em relação à avaliação e recuperação de

conteúdos, formação continuada, conselhos de classe, reuniões e outras situações

do coletivo pedagógico da escola. Os professores cumprem a hora atividade na

escola, porém, nem sempre conseguimos seguir as orientações do NRE em relação

aos dias da semana com a hora atividade das disciplinas afins, isto devido a

professores que ministram aulas em outros municípios, no distrito e outras escolas.

Quanto à distribuição de aulas, são feitas no início do ano, na presença do

Documentador Escolar, nos dias instruídos pela SEED/NRE de acordo com a

prioridade já impressa nos documentos de distribuição de aulas. O professor escolhe

o turno e a turma de acordo com sua disponibilidade e preferência. Às vezes, de

comum acordo, os professores adotam posturas colaborativas para favorecer outros,

sem com isso se prejudicar e também sem prejuízo à escola.

Sendo a maioria professores efetivos com formação na área de atuação e

especialização, a formação inicial corresponde às expectativas exigidas pela

Secretaria de Estado da Educação.

No tocante ao espaço físico, a quadra poli-esportiva coberta, encontra-se sem

as paredes laterais, o que facilita o acúmulo de lixos e areia, facilitando acidentes e

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também atrapalhando o trabalho pedagógico. É necessário que sejam construídos

bancos (arquibancadas) para acomodar alunos e comunidade, pois quando há a

realização de eventos, ou apresentações, atualmente, os alunos assistem em pé.

Faltam também vestiários. As condições estão melhores porque foi disponibilizado

aos professores de Educação Física uma sala de jogos, onde o mesmo pode

trabalhar com os alunos de modo diferente.

5 – MARCO CONCEITUAL

1. Concepção

...de sociedade

Em todo país, as escola públicas vivem momentos de ressignificação de suas

funções políticas e pedagógicas. E neste contexto a escola se posiciona com a

função de formar o ser humano para inserir-se na sociedade e nela atuar apto e

capacitado na construção de um mundo mais justo.

A nível nacional vivenciamos momentos de crise social, num país, cuja

política pública não consegue reverter a crescente desigualdade do sistema

capitalista, onde a minoria detém o poder em detrimento das classes sociais nada

favorecidas.

Para transformar esta sociedade é preciso que tenhamos conhecimento dos

problemas sociais, precisamos aprofundar na análise da sociedade que temos e

repensar na sociedade que queremos para que a escola possa intervir na formação

do ser humano que amanhã estará no mercado de trabalho, serão autônomos,

profissionais liberais ou governantes.

...de mundo

O mundo globalizado e cada vez mais competitivo exige indivíduos que se

adaptem às novas ordens sociais, que adotem posturas reflexivas frente às diversas

situações. Na era da tecnologia e informação, faz-se necessário cada vez mais

indivíduos criativos, inovadores, que tenham iniciativa e autonomia na resolução de

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problemas pontuais encontrados. Contudo sem perder de vista o aspecto humano

das pessoas.

...de homem

O homem é um sujeito histórico, síntese de múltiplas relações sociais, cujo

conhecimento é uma produção histórico-social. O ser humano está constantemente

elaborando novos pensamentos a partir da interação com os seus semelhantes, com

a natureza e com o meio cultural.

...de educação

Formar sujeitos conscientes de sua ação transformadora na construção de

uma sociedade mais justa. Deve servir à construção de uma nova ordem social.

Centrada na apropriação do saber elaborado como instrumento de luta social.

...de escola

É neste contexto que a escola se posiciona, como instituição de

instrumentalização científica que levem à compreensão da realidade social, com a

função de preparar o indivíduo para inserir-se nesta sociedade e nela atuar como

agente de transformação, contribuir na construção de uma nova ordem social,

centrada na apropriação do saber elaborado como instrumento de luta social. Há

que se favorecer a criação de espaços educativos onde todos devem participar

educar-se mutuamente, vivenciar práticas de solidariedade, integração de todos na

tomada de decisões, na definição de princípios e valores humanitários a serem

praticados, no estabelecimento de objetivos para a plena formação com

compromisso ético e moral, voltados para a emancipação humana.

De acordo com Veiga (1998 p.55-56)... “a escola é o lugar, por excelência,

onde o processo de construção do conhecimento se dá de forma sistematizada.

Dentre outros desafios, ela deverá construir formas de enfrentamento para as novas

exigências da sociedade que se anuncia, caracterizada pelo avanço irresistível e

acelerado da revolução científico-tecnológica, com todas as suas contradições, num

mundo marcado pelas desigualdades e suas conseqüências em todos os setores”.

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...de conhecimento

O conhecimento é uma produção histórica social. Sua construção está

diretamente vinculada ao processo de ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de

sua problematização, da análise e compreensão teórica dos elementos e suas inter-

relações. A produção de novos conhecimentos pressupõe a superação dos

anteriores.

...de ensino

O ensino, não só de saberes elaborados tem por finalidade promover a

interação entre o aluno e o conhecimento de modo a possibilitar o acesso e a

incorporação de elementos culturais, essenciais ä sua transformação, enquanto

síntese das múltiplas relações sociais. As atividades devem promover a reflexão-

ação, voltada para a realidade, levando à compreensão do significado da

apropriação, socialização e produção do saber.

...de aprendizagem

A aprendizagem é um processo dinâmico, cumulativo e permanente de

subjetivação do mundo objetivo produzido cultural e historicamente, um processo

contínuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas múltiplas

interações. Essa aprendizagem ocorre em meio ao processo intra e intersubjetivo de

apropriação de saberes-objetos, de domínio de atividades “engajadas” no mundo e

de regulação de suas relações com os outros e consigo mesmo. Ocorre no/pelo

processo de interação e mediação entre sujeitos, numa construção coletiva do

conhecimento.

...de avaliação

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 17

A avaliação da aprendizagem escolar, presente no cotidiano da prática

educativa adquire sentido relevante na medida em que subsidia a construção do

resultado que se quer chegar.

A preocupação dos professores em relação às práticas avaliativas não é

nova. O que ocorre é o desejo de se conseguir melhorar os instrumentos de

avaliação, tornando a prática avaliativa mais justa. E nesta ansiedade, há

professores que têm buscado diferentes formas de avaliar, participação nas

atividades individuais e/ou grupais, pesquisas, relatórios, exposição de trabalhos,

exploração de lideranças para monitorar os trabalhos e outros mecanismos para

assegurar a aprendizagem e no período noturno, principalmente a permanência do

aluno na sala de aula.

Estagiários da FAFIPA tem se apresentado como excelente apoio para

complementar a defasagem de conteúdos que há na aprendizagem dos alunos.

Assim caminhamos na tentativa de encontrar formas de avaliar a

aprendizagem que realmente sirvam de base como meio de encaminhar os atos

subseqüentes, no sentido de construir com e nos alunos o efetivo desenvolvimento,

por meio da assimilação ativa, a aprendizagem e o legado cultural que o auxiliem no

seu crescimento, na integração consigo mesmo e na sociedade.

A LDB prioriza “o direito de aprender”, coloca o conhecimento como processo

e não como produto, amplia o sentido de educação, o que exige dos educadores um

compromisso ainda maior ante as necessidades dos alunos e uma reavaliação

constante do papel da escola na formação do ser humano.

O professor não efetivo, ao assumir as aulas para a qual se inscreveu, está

apto a ministrá-las, ou seja, é a formação inicial. Estes em sua maioria estão abertos

à formação continuada, talvez até pela insegurança, buscando respostas para suas

dúvidas e tentando melhorar a sua prática pedagógica. A formação continuada

consiste em espaço aberto para leitura e estudos de textos, discussões, reflexões e

se estende a todos os professores que se interessem, com certa insistência da

equipe pedagógica, mas não temos como obrigá-los a participarem, mesmo quando

previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, nos artigos 61-

Inciso I e 63 – Inciso III.

É importante que cada profissional da educação se conscientize da

importância de seu trabalho e busque alternativas para acompanhar as mudanças e

se aproxime do perfil do profissional que a sociedade precisa.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 18

A hora atividade foi uma grande conquista e se apresenta como momentos

proveitosos, mas ainda não encontramos mecanismos para reunir maior número de

professores de áreas afins num mesmo turno. Acreditamos que com a sistemática

adotada pela SEED, com a efetivação e remoção dos professores, muito em breve

as horas atividades serão momentos privilegiados para discussões, reflexões e troca

de experiências, assim como as reuniões dos Conselhos de Classe que ainda não é

o ideal, pois dificilmente conseguimos reunir todos os professores da turma: no

contra-turno porque há professores que ministram aulas em outros

estabelecimentos; aos sábados por motivos diversos. Por esse motivo tem-se

procurado fazer os Conselhos de Classe aos sábados, buscando assim reunir todos

os professores.

... de Cidadania

Podemos dizer que apesar da existência de profundas desigualdades sociais,

o termo “cidadania” evolui com o passar dos anos. Ampliou a abrangência de sua

concepção abraçando todas as classes sociais. Deixou de restringir-se apenas à

participação política para relacionar uma só série de deveres da sociedade para com

o cidadão, bem como deste com a sociedade. Apesar disso, apenas a teoria é

igualitária. Na prática ainda há muito que se fazer para que direitos e deveres sejam

os mesmos para todos. A concretização deste ideal requer, entretanto, um esforço

coletivo.

A escola deve ter o compromisso de formar cidadãos que saibam exercer os

seus deveres e direitos com responsabilidade. Sendo assim, os cidadãos

escolarizados não devem ter apenas qualidades técnicas e práticas, mas, também

serem solidários, responsáveis e criativos, saber se expressar com clareza,

interpretar e produzir textos, compreender situações usando conhecimentos

humanísticos e científicos assim como, precisam ser capazes de aprender sempre.

Vale ressaltar ainda que o mundo contemporâneo impõe novas demandas,

cabendo ao professor transmitir o legado acumulado pela sociedade, levando os

educandos a dominarem informações de diversas áreas do conhecimento e,

principalmente, aprender a construir conhecimentos fora do ambiente escolar,

formando assim cidadãos críticos, sensíveis e criativos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 19

... de cultura

O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas condições do

seu contexto de vida reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra.

Cultura constitui a aquisição sistemática da experiência humana, aquisição

esta que será crítica e criadora e não simplesmente um armazenamento de

informações justapostas, que não foram incorporadas ao indivíduo total.

Também podemos conceituar cultura como modo de vida dos membros de

uma sociedade, ou de grupos desta sociedade.

Segundo Kuenzer (2005), a escola tendo em seu bojo indivíduos de diferentes

culturas, deve propiciar conhecimentos sistematizados através da contextualização,

estimulando o aluno a desenvolver uma relação ativa de modo a provocar

aprendizagens significativas, a partir de estabelecimentos das conexões entre o que

deve ser conhecido e as experiências da vida pessoal, social e produtiva.

O ensino médio, de acordo com a autora, poderá contemplar conteúdos em

diferentes modalidades para atender as especificidades de seus alunos, diferentes e

desiguais, social e economicamente, sem que com isso comprometa o conceito de

escola unitária. O professor deverá estar engajado numa prática transformadora,

procurando desmistificar e questionar, com o aluno, a cultura dominante, valorizando

a linguagem e cultura deste.

2. Explicitar os princípios

2.1. ... da Gestão Democrática

Constante no artigo 206, inciso VI da Constituição Federal e detalhada pelo

artigo 3º., inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a gestão

democrática leva ao entendimento de práticas administrativas do sistema,

articuladas com uma nova forma de decidir, governar, ordenar, avaliar.

A gestão democrática supõe a participação de toda comunidade escolar nas

decisões e avaliações do dia a dia. Tem no diretor, o gestor escolar que toma

iniciativa e comanda todos estes atores escolares, para que a instituição sob sua

responsabilidade alcance os objetivos a que se propõe. O gestor escolar sem ser

extremamente autoritário e hierárquico ou demasiadamente condescendente precisa

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 20

de bom senso, pois é parte integrante de seu trabalho a gestão de recursos

financeiros, pedagógicos e humanos, pontuados no Plano de Ação do Diretor,

planejado e elaborado por toda sua equipe de trabalho, verificado as reais

necessidades de toda comunidade escolar. O gestor, sendo dirigente de uma

instituição pública, de um sistema estruturado, obediente a uma hierarquia, com leis

e regimentos aprovados, deve convidar todos a participar, para que sua

administração seja democrática e transparente.

Nas palavras de Marques (1990, p.21): “A participação ampla assegura a

transparência das decisões, fortalece as pressões para que elas sejam legítimas,

garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que

sejam contempladas questões que de outra não contrariam em cogitação”.

A liberdade é outro princípio constitucional. O princípio de liberdade está

sempre associado à idéia de autonomia. O que é necessário, portanto, como ponto

de partida, é o resgate do sentido dos conceitos de autonomia e liberdade da própria

natureza do ato pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e

orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições

externas.

Quando mencionamos o conceito de liberdade na escola, devemos pensá-las

na relação entre administradores, professores, funcionários e alunos que aí

assumem sua parte de responsabilidade na construção deste projeto e na relação

destes com o contexto social mais amplo.

Administrar uma escola significa zelar por esta escola em todos os aspectos.

O gestor deve gerir também os recursos de forma transparente, sejam elas do

Fundo Rotativo, do Programa Escola Cidadã, PDDE (Programa Dinheiro Direto na

Escola) ou de promoções e na insuficiência destes, buscar parceria com Prefeitura

Municipal, SEED para manter a escola sempre preservada, limpa, com bom aspecto

e em condições de se manter um bom trabalho interno.

No aspecto pedagógico, o gestor deve organizar seu trabalho, planejando

cuidadosamente os objetivos que se pretende alcançar, de acordo com a filosofia de

sua escola, garantindo a aprendizagem dos alunos, de forma a situá-los no convívio

social. Deve ainda amparar seu trabalho, nas disposições da LDB – Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional, na Constituição Federal, no – ECA Estatuto da

Criança e do Adolescente, dos Estatutos da APMFs, Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, Regimento Escolar e a partir de então a presente proposta, além de estar

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 21

se orientando pelos Ofícios, Portarias, Pareceres, Resoluções e Decretos emanados

pela SEED ou outros órgãos.

De acordo com Melo (2000, p.253): ...

“... a proposta da escola democraticamente discutida, implementada, gerida e

avaliada vai fazer grande diferença”.

Para tanto, alguns indicadores são fundamentais a esse processo:

1- a autonomia escolar considerada como a capacidade de as escolas traduzirem e

construírem suas alternativas, fundamentadas em suas reflexões e leitura da sua

realidade, sistematizadas no Projeto Político Pedagógico coletivo. Isto não significa

desvincular-se do sistema e muito menos aceitar a desresponsabilização do Estado

na manutenção da educação;

2- a descentralização do poder, entendida como método de trabalho coletivo que

divide atribuições e responsabilidades, rompendo com a hierarquização;

3- a representatividade social dos Conselhos e Colegiados, abolindo o papel de

simplesmente legitimar as ações do poder público. Queremos a verdadeira

respeitatividade social, com poder de intervenção na formulação das políticas, com

espaços assegurados para apresentar e defender propostas;

4- o controle social da gestão educacional, decorrente dos mecanismos de

representatividade social; é necessário que as políticas e programas oficiais sejam

acompanhados e avaliados pela sociedade, não apenas pela formalidade das

prestações de contas e relatórios oficiais, mas por Conselhos Gestores na plenitude

de seu funcionamento;

5- a escolha dos dirigentes escolares por processo de eleição, mesmo com

convicção de que isoladamente as eleições para Diretor não tem força suficiente

para assegurar a democratização da gestão, sem ela não podemos falar em um

processo democrático de gestão;

6- a inclusão de todos os segmentos da comunidade escolar, considerando não

apenas a formalidade do Conselho Escolar que deve representar os pais, os alunos

e os trabalhadores em educação, mas fundamentalmente criar espaços e abrir

possibilidades de incluir todos no Projeto Político Pedagógico da escola, desde a

sua concepção e elaboração até a sua implementação no dia a dia da escola.

A organização da gestão inclui ainda a administração dos recursos humanos.

O gestor deve compartilhar com o seu auxiliar as responsabilidades do comando e

prever a autonomia de sua escola, assim como a autonomia de cada um, com ética

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 22

e responsabilidade no desenvolvimento de seu trabalho, dentro da instituição. Deve

também, respeitar os direitos, a liberdade e dar enfoque à participação de toda

comunidade escolar em todos os eventos e reuniões. O diretor ou na impossibilidade

deste deve ser representado por seu auxiliar, sempre que convidados para eventos

ou reuniões.

A gestão democrática supõe a formação e funcionamento das instâncias

colegiadas da escola: Conselho Escolar, APMFS, Grêmio Estudantil e Conselhos de

Classe.

Dalben (2004, p.56) “Na gestão democrática, todos são chamados a pensar,

avaliar e agir coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações

educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das

dificuldades e necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto.

Nesse trajeto, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a

construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa

travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade”.

2.2. Currículo

Na dinamicidade das práticas escolares, os professores são agentes

históricos, são profissionais com responsabilidade de relevância social que, para

entender os apelos por mudanças e atendê-los, precisam manter-se constantemente

atualizados, não somente assimilando inovações teórico-metodológicas sugeridas

por teorias produzidas em contextos estranhos ä sua prática, mas sobretudo

fazendo-se, eles mesmos, pesquisadores, estudiosos e produtores de

conhecimentos na reflexão permanente e coletiva sobre as ações educativas e o

desenvolvimento curricular. (Veiga, 2001)

Assim entendendo, precisamos considerar que o currículo a ser elaborado

como elemento dinâmico da proposta pedagógica deve ser visto como conteúdos

significantes, mesmo porque, os alunos em sua convivência diária na sociedade,

interagem e se desenvolvem adquirindo conhecimentos que orientam as suas ações

pelo mundo. E nessa perspectiva, propomos a organização de um currículo

democrático, elaborado de acordo com a nossa realidade, respeitando as diferenças

inerentes ao ser humano, abrindo espaços para a criação, a inovação e a interação

de conhecimentos sociais e culturais, sem que isso se traduza em exclusão ou

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 23

preconceito, e sim no compromisso da escola proporcionar condições iguais de

aprendizagem a todos.

Está organizada por blocos de disciplinas semestrais, com avaliações

bimestrais e 5 aulas de 50 minutos diariamente, com intervalo de 10 minutos, de

manhã entre a 3ª. e 4ª. aula e tarde e noite entre a 2ª. e 3ª. aula.

Identificando o currículo como provisório, inacabado e aberto para inclusão de

saberes e expressões culturais, há lugar para projetos interdisciplinares discutidos e

pontuados na agenda 21 escolar que busca resgatar valores morais, éticos,

religiosos, cívicos, entre outros relegados a níveis inferiores; trabalhar com a auto-

estima, valorizando o aluno como ser humano inteligente e capaz; as diversidades

excluindo todo tipo de preconceito; a inclusão educacional responsável como direito

constitucional das pessoas com deficiências; a educação fiscal como

responsabilidade, direito e dever de todos e ainda, eventos em datas comemorativas

que tragam conhecimento, cultura e experienciem formas diferentes de aprender.

A Matriz Curricular de acordo com a LDB nº. 9394/96, tem definido na Parte

Diversificada a L.E.M. – Inglês.

O CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna oferta aula de Espanhol

no contra turno para alunos e comunidade escolar, oportunizando o conhecimento

de outra língua, abrindo canais de comunicação com países do Mercosul.

As atividades do Programa do Viva Escola, atendem alunos, ex-alunos e

comunidade com aulas presenciais de Teatro, Esporte e Preparatório para o

Vestibular, trazendo um movimento dinâmico e alegre durante estas aulas.

Que os professores entendam que o currículo não é simplesmente a

organização formal das disciplinas e conteúdos e sim um instrumento norteador do

trabalho docente, provisório e inacabado e sempre aberto ä incorporação de saberes

e expressões culturais de seus agentes.

2.2.1. Matriz teórica e organização de conteúdos

O currículo é o elemento central do Projeto Político Pedagógico, pois é ele

que dá o norte ao processo de ensino e aprendizagem.

A organização curricular planejada democraticamente pelos professores e

equipe pedagógica, atendendo os dispositivos da LDB – nº. 9394/96 dispostos nos

artigos 22 e 23 e parágrafos, 24 incisos e alíneas e artigo 35 incisos e parágrafos e

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 24

as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio e Orientações Pedagógica para o

Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, prioriza a

organização de conteúdos relevantes, que os alunos aprendam em função de suas

necessidades e exigências postas pela sociedade.

Tendo a escola como o espaço para a aquisição de conhecimentos

sistematizados, selecionados de bases científicas e sociais da humanidade,

ensinando a cultura, a ciência, a arte, a escola vai contribuir para gerar melhores

condições de vida e de realização humana, tanto para o indivíduo como a para a

sociedade. Neste contexto, devem estar presentes a configuração do mundo

contemporâneo, que supõe propiciar aos alunos conhecimentos e experiências

diversificadas, integrando no currículo a variedade de culturas que perpassa a

escola, a cultura científica, a cultura acadêmica, a cultura social, a cultura dos

alunos, a cultura das mídias e a cultura organizacional da escola.

“... No terreno da cultura e da criança, ninguém dá o que não tem. Professor

que não se cultiva, que não está seguro ao menos no campo de conhecimento em

que se especializa e na metodologia de ensino não pode ensinar cultura”. (Libâneo,

2004)

Essa citação nos remete à busca de condições no exercício da profissão.

Condições não só no ambiente de trabalho, onde devemos nos sentir bem e

possamos crescer pessoal e profissionalmente. O mundo contemporâneo, cercado

pela rapidez na mutação de valores e conhecimentos requer professores que

interpretem, elaborem e critiquem as informações que afetam o seu trabalho. Assim

o desenvolvimento do currículo enseja o desenvolvimento profissional dos

professores que devem investir na sua formação continuada.

A organização curricular, deve também abordar temas que suscitem o pensar

sobre atitudes, valores e práticas morais em todas as disciplinas e não só o pensar,

mas levar todos a praticá-los em situações reais, objetivos pontuados na Agenda 21

Escolar

A escola enquanto espaço democrático para a promoção da cultura deve

voltar a atenção para o fato de que os alunos são indivíduos concretos, diferentes

entre si (na origem social, racial, religiosa, étnica) e portadores de saberes

decorrentes de experiências vividas. Isso implica que o professor deve buscar

procedimentos, técnicas e meios para que, de forma organizada os alunos falem

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 25

sobre sua identidade cultural, articulando o cognitivo, o social e afetivo, numa

perspectiva de aceitação às diversidades.

A matriz curricular, organizada por blocos de disciplinas semestrais atende as

orientações emanadas pela SEED e contempla com mais de 75% as disciplinas da

Base Nacional Comum, exceto no Curso de Formação de Docentes para Educação

Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio – Integrado, que

também organizou a Matriz Curricular, sob orientações emanadas pelo

Departamento de Educação Profissional da SEED.

A construção conjunta de uma proposta curricular onde após definir os

objetivos e conteúdos da disciplina, há possibilidades de articulação com as demais

disciplinas de uma mesma série de forma a atender os objetivos definidos pelos

professores numa relação de interdisciplinaridade e contextualização se apresenta

como forma ideal de compreensão do processo de construção do conhecimento.

O ensino médio, etapa final da educação básica é ofertada em séries, com

duração mínima de 3 anos; o curso de Formação de Docente da Educação Infantil e

Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio – Integrado, com duração

mínima de 4 anos.

2.2.2. Critérios de organização de Turmas

A Secretaria do estabelecimento de Ensino é a repartição encarregada de

efetuar as matrículas dos alunos. Estas são feitas obedecendo as orientações

emanadas pela SEED e NRE. Os alunos têm autonomia para escolher o turno,

manhã, tarde ou noite, desde que existam vagas, e as turmas nas 1ª. s séries são

formadas por ordem de matrícula. Já nas 2ª. s e 3ª. s séries, os alunos aprovados

são matriculados quase sempre nas mesmas turmas, porém, quando solicitado em

Conselho de classe, um aluno pode ser mudado de turma ou turno.

2.2.3. Avaliação

Em sendo a avaliação um instrumento para diagnosticar a aprendizagem, ela

deverá prever uma intervenção pedagógica imediata, entendendo o erro como um

fundamento que subsidiará também a avaliação de seu trabalho pedagógico. O

professor deve conhecer e respeitar o ritmo de aprendizagem dos alunos, assim

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 26

como diversificar sua metodologia, quando constatado a necessidade de

recuperação que é um direito do aluno (artigo 24, inciso V, alínea e).

Constante no Regimento Escolar, o aluno tem direito a mais de uma

oportunidade de avaliação. Cabe ao professor garantir ao aluno, acesso a diferentes

práticas pedagógicas e utilização de instrumentos diversificados para assegurar a

efetiva aprendizagem de nossos alunos.

Todas estas situações de avaliação e recuperação ficam registradas no Livro

de Registro de Classe e a cada bimestre ou trimestre, no caso do Curso de

Formação de Docentes, o resultado é apresentado aos alunos e pais através de

boletins. Reuniões bimestrais/trimestrais na escola convidam pais ou responsável e

na ocasião, diretora, equipe pedagógica e professores se encarregam de delinear a

posição da escola, da turma e de cada aluno aos responsáveis.

3. Princípios da Avaliação:

3.1. ...do ensino/aprendizagem

A avaliação se constitui um importante instrumento para diagnosticar a real

situação dos alunos e obter indícios para refletir sobre a intervenção necessária para

superá-la.

Para Libâneo (2004, p.240) “A avaliação da aprendizagem escolar feita pelos

professores deverá estar a serviço das funções sociais da escola, dos objetivos do

ensino, do projeto pedagógico da escola, do currículo, das metodologias. Além

disso, ela se assenta no respeito ao direito de todos os alunos de usufruírem de um

ensino de qualidade. Os critérios de relevância da avaliação dos alunos centram-se,

portanto, em dimensões qualitativas e quantitativas, ou seja, melhor qualidade da

aprendizagem para todos os alunos, em condições iguais. Desse modo, a justa

medida da eficácia das escolas está no grau em que todos os alunos incorporam

capacidades e competências cognitivas, operativas, afetivas, morais, para sua

inserção produtiva, criativa e crítica na sociedade contemporânea”.

3.2. ...da escola

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 27

A prática da avaliação, até há alguns anos atrás, se restringia à avaliação da

aprendizagem dos alunos em sala de aula; atualmente, a avaliação da

aprendizagem responde a uma necessidade social a fim de ajustá-las às exigências

do desenvolvimento econômico, da acelerada revolução tecnológica, das exigências

de produção, da competitividade, do mercado de trabalho e a escola, cuja função

principal é educar as novas gerações para atender essas exigências, manifestando

suas condutas aprendidas e desenvolvidas. É a avaliação centrada na obtenção de

dados e informações relacionados com a eficiência e eficácia dos sistemas de

ensino e das escolas, visando reorientar a política educacional, a gestão do sistema

e das escolas.

A avaliação da aprendizagem do aluno e a avaliação da instituição escola são

importantes e ambos devem caminhar juntos no sentido de responsabilidade que a

escola precisa ter com o aluno individualmente e com o coletivo que compõem a

sociedade, de forma que a avaliação da aprendizagem escolar auxilie alunos e

professores em sua jornada rumo ao crescimento e a escola em sua

responsabilidade com o coletivo social.

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6 - MARCO OPERACIONAL

1. Grandes Linhas de Ação

Diante dos problemas diagnosticados, a comunidade escolar refletiu sobre os

problemas existentes e terá o compromisso de coletivamente viabilizar propostas

que venham a favorecer a qualidade do ensino, promovendo práticas de trabalho

voltadas para a sociabilidade, respeito e responsabilidade; propondo um trabalho

que proporcione o convívio com as diferenças e adversidades. Porém, o processo de

construção da cultura escolar não acontece da noite para o dia, mas

gradativamente, exigindo reflexão crítica das práticas já arraigadas e a construção

de novas.

Propõem-se então as seguintes ações:

Projetos interdisciplinares como os elaborados para a Agenda 21 Escolar,

para promover o resgate da auto-estima, visando melhorar a disciplina, o respeito

mútuo, e que os alunos vejam perspectivas em suas vidas futuras; o combate ao

preconceito sendo exercitado por todos; o respeito às diversidades; a Educação

Fiscal com entendimento de que o imposto é uma carga tributária que reverte em

benefício para toda população, enfim, que a escola se comprometa com todos os

projetos encaminhados pela SEED, via NRE e participe também de outros

desenvolvidos pelo município.

Aulas de reforço escolar, ministrados por estagiários das IES, que têm

contribuído para corrigir defasagens de conteúdos básicos nas disciplinas de

Matemática e Língua Portuguesa, principalmente para as alunas do Curso Formação

de Docente da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Motivação em relação ao prosseguimento de estudos como de fundamental

importância para uma condição de vida melhor para si e seus familiares, faz parte do

discurso de todos os professores assim como a necessidade e importância dos

estudos na vida de todos, sobretudo no mundo contemporâneo, onde tudo se

transforma muito rapidamente.

Parceria com o Departamento Municipal de Saúde, num trabalho integrado

visando esclarecer e orientar os alunos quanto a importância da saúde física e

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 29

mental e junto ao Serviço Social, mecanismos para assegurar a permanência na

escola.

Parceria junto à Superintendência da Educação ou outros órgãos

competentes, para a conclusão e melhoria do espaço físico, a saber: a conclusão da

quadra poli esportiva e Reforma do telhado e parte elétrica do colégio.

Promover a melhoria das condições de sucesso e permanência dos

estudantes, investindo em equipamentos tanto para alunos como para professores;

de aparatos tecnológicos acessíveis a todos, garantindo a manutenção dos mesmos,

melhoria do espaço físico e qualificação permanente dos professores para que

dominem com eficiência os conteúdos a serem ministrados e preparem os alunos

para nova realidade da vida social e produtiva.

Porém, a escola deverá se preocupar em oferecer aos alunos não só a mera

aquisição da cultura letrada, mas dar condições para que ocorram mudanças,

especialmente relacionadas à auto-estima, à autoconfiança, ampliação de visão de

mundo através de oficinas, reforço, aprofundamento, projetos que envolvam jovens

na comunidade, parceria com o Departamento Municipal de Saúde para orientações

a respeito da sexualidade, alcoolismo e drogadição, podendo também envolver

projetos com a ARA (Associação de Recuperação de Alcoólatras).

Como a realidade é um processo frenético, em ritmo acelerado, os novos

valores assumidos hoje, podem estar obsoletos amanhã. Daí a necessidade da

participação ativa e efetiva de todos os atores da instituição no processo

educacional, de forma a efetivar os anseios de todos pela escola pública gratuita e

de qualidade e que a aprendizagem e a permanência na escola seja uma realidade.

Neste propósito pretendemos envolver a comunidade representada pelos

órgãos colegiados de forma que cada qual contribua com o que lhe é de direito e

dever.

2. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

2.1. CONSELHO ESCOLAR

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 30

Que o Conselho Escolar , órgão representativo da comunidade exerça sua

função deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora na unidade escolar, quanto

à organização e efetivação do trabalho pedagógico e administrativo, pautados na

Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Estatuto da

Criança e do Adolescente e em conformidade com as políticas educacionais da

SEED e Versão das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

2.2. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – A PMF

Formado por Pais, Mestres e Funcionários, também eleitos em reunião

convocados para esta finalidade.

Que esta instância colegiada utilize este espaço privilegiado para fortalecer a

participação da comunidade na vida escolar, discutindo coletivamente os problemas

da escola, propondo soluções, assumindo tarefas, tornando-se co-responsável e

melhor compreendendo o funcionamento da instituição, valorizando-se e sentindo-se

motivado a colaborar. Que se efetive a parceria no sentido de integrar família,

escola, comunidade, visando sempre os reais interesses e a realidade desta

comunidade no estabelecimento de ações que contribuam para a melhoria do

ensino. Atividades culturais, artísticas e desportivas estimulam a participação de

todos e favorecem o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários.

Gerir e administrar recursos financeiros oriundos de promoções e de

convênios, discutindo prioridades com o coletivo, sobre o emprego dos recursos e a

prestação de contas ao término da gestão, tudo devidamente registrado em ata é

também função da APMF.

2.3. GRÊMIO ESTUDANTIL

Órgão colegiado da escola é regido por estatuto próprio. Formado por alunos

representantes de turma ou escolhidos entre seus pares, se organizam de acordo

com o perfil e as ideologias. O Grêmio exerce importante papel na formação social,

cultural e política dos alunos.

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Que os alunos do Grêmio estudantil representem condignamente o corpo

discente, defendendo os interesses individuais e coletivos dos alunos, promovam,

incentivem e participem de eventos culturais, artísticos e desportivos. Que

reivindiquem direitos e cumpram deveres e que seus ideais se traduzam em

condutas exemplares para os colegas, e que os membros do Grêmio Estudantil

exerçam a participação na gestão democrática do Colégio.

2.4. CONSELHOS DE CLASSE

Formado pelo diretor, equipe pedagógica, secretária e professores de cada

turma, é um órgão colegiado de suam importância, haja vista, trata-se de reunião

pedagógica interdisciplinar, onde se reúnem para refletir e avaliar o desempenho

pedagógico dos alunos de cada turma.

A composição do conselho de classe desta escola ainda não conta com a

presença de alunos ou alunos representantes de turma, porém, não é descartada a

possibilidade de que num futuro próximo, isso seja uma realidade, pois são eles os

elementos centrais das discussões, do resultado das avaliações, do

desenvolvimento, do sucesso, das dificuldades, da indisciplina, da falta de interesse,

da ausência às aulas levantadas durante as reuniões do Conselho de Classe.

Que o conselho de classe se configure em momentos de reflexão e avaliação

sobre o fazer pedagógico de cada professor e ao mesmo tempo do coletivo, visando

a efetiva aprendizagem dos alunos.

Que o conselho de classe seja um órgão democrático promova discussão,

estudo e análise do trabalho pedagógico que realmente se efetiva na sala de aula,

de forma que os alunos e os resultados da aprendizagem sejam o foco do seu

trabalho.

3. FUNÇÃO DOS SEGMENTOS DA ESCOLA

3.1. O DIRETOR:

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O Diretor é a autoridade suprema na hierarquia da instituição. Eleito para o

mandato por normas regulamentadas pela SEED, o que se espera do Diretor é uma

atuação parceira, séria e responsável sem ser demasiadamente autoritária ou

extremamente condescendente.

Que o diretor da escola, sendo o dirigente e o principal responsável pela

escola, tenha a visão do conjunto, articulando e integrando os vários setores:

administrativo, pedagógico, secretaria, serviços de apoio e relacionamentos com a

comunidade.

Que a direção exerça a gestão democrática, tratando com relevância e

transparência as questões pedagógicas, financeiras e administrativas, mantendo-se

aberto ao diálogo com toda equipe escolar: alunos, pais e comunidade em geral.

Que ao elaborar seu Plano de Ação, a direção privilegie os princípios da

igualdade, autonomia e liberdade. Que a direção seja o elemento articulador que dá

norte à organização escolar, cumprindo e fazendo cumprir a legislação em vigor, não

se restringindo somente a trabalhos burocráticos ou de gabinete e sim,

acompanhando a execução de todo trabalho e de toda função presente no espaço

escolar, inclusive dos órgãos colegiados.

Que a direção, entre as inúmeras tarefas dê enfoque ao trabalho pedagógico,

sempre com vistas à melhoria do ensino.

3.2. O DIRETOR AUXILIAR

Que o diretor auxiliar exerça sua função nas tarefas que a ele compete,

assessorando o diretor na organização e funcionamento da escola, além de

substituí-lo em suas faltas e impedimentos. Que na sua esfera de atuação, o diretor

Auxiliar, seja mediador para o bom funcionamento das atividades escolares.

3.3. PROFESSOR PEDAGOGO

É o profissional responsável pela coordenação, implantação e implementação

das ações pedagógicas da escola, planejando, acompanhando e avaliando as

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atividades pedagógicas da sala de aula e do currículo escolar, visando atingir níveis

satisfatórios na aprendizagem dos alunos.

Que o pedagogo, como articulador do trabalho pedagógico, muito próximo

aos professores, em função da qualidade do ensino, se mantenha informado sobre a

legislação vigente, as políticas públicas educacionais a nível de país e de estado, as

leis e normas que regem conselhos, estatutos e regimentos; a fundamentação

teórica para subsidiar suas reflexões e investigações.

Que o pedagogo conduza e elabore com o coletivo e democraticamente, com

observância nas Diretrizes Curriculares, a proposta curricular que traduza em

conteúdos significantes e contribua para a formação do ser humano que a sociedade

requer.

3.4. CORPO DOCENTE

Até pouco tempo os professores eram valorizados e respeitados na

sociedade. A eles era atribuída a tarefa de ensinar e aos alunos a de aprender.

Nessa época, o professor era tido como o senhor absoluto do saber, talvez por isso,

tanto respeito, porém existia uma distância muito grande entre o professor e os

demais segmentos da comunidade escolar.

Com o passar do tempo, por questões culturais, políticas, econômicas e

sociais, o professor foi perdendo a imagem daquele profissional respeitado e hoje, a

categoria luta para resgatar o respeito, a dignidade e o valor que lhe é de direito,

como principal profissional na formação do ser humano.

Diante destas considerações, que o coletivo docente, numa unidade, busque

a melhoria do seu trabalho escolar e isso inclui participação na organização e gestão

da escola, além das atribuições constantes no Regimento Escolar.

Que o corpo docente concentre sua prática pedagógica visando o pleno

desenvolvimento do aluno, mobilizando recursos cognitivos, desenvolvendo

condições que possibilitem os alunos a aprender melhor e de forma mais duradoura.

Que o corpo docente, reproduza com e no aluno as capacidades de

relacionamento, de comunicação, de lidar com a diversidade social e cultural.

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Que as dúvidas, as discordâncias se apresentem como momentos ricos para

o exercício das capacidades sócio-interativas, de reflexões e de estudos sobre as

práticas educativas e escolares.

No Japão, todos se curvam diante do Imperador, o Imperador só se curva

diante do professor.

3.5. EQUIPE ADMINISTRATIVA

Tão importante quanto outro segmento da escola, a equipe administrativa

(secretaria) concentra todo trabalho de escrituração, assim como o recebimento e

emissão de correspondências.

Que a organização da escola ordene o trabalho de forma que o coletivo

funcione harmoniosamente, de acordo com a hierarquia, e que o trabalho de cada

segmento complete o outro.

3.6. SERVIÇOS DE APOIO

Segmento composto por agentes educacionais I, tem a seu encargo os

serviços de manutenção, preservação, segurança e a merenda escolar do colégio.

Além das atribuições que compete aos profissionais de serviços de apoio,

constantes no Regimento Escolar, é importante que eles conheçam todos os

projetos desenvolvidos na escola, de forma a participar e colaborar na

implementação e ser parceiros na educação, junto aos alunos, pais e comunidade.

3.7. CORPO DISCENTE

O corpo discente, sem o qual não existiria a escola e nem os profissionais da

educação é o alvo para o qual se concentram todos os projetos e propostas.

Que os alunos aprendam neste espaço a lidar não só com o aspecto

cognitivo, mas também com o social e afetivo, compreendendo as diferenças

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culturais, sociais e econômicas entre seus pares, respeitando as individualidades e

desenvolvendo sentimentos de solidariedade para com o próximo.

Que os alunos desenvolvam saberes que os tornem capazes de tomar

decisões, interpretar informações, pensar, agir e lidar com situações novas e

inesperadas.

Que os alunos se tornem capazes de interferir na realidade para transformá-la

numa sociedade mais justa, exercitando sua autonomia, participação e diálogo.

Que os alunos compreendam que a escola é o ambiente para futuras

oportunidades e explorem neste espaço, todo aprendizado que o auxiliem em seu

crescimento como ser humano pleno para a sociedade.

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7 - MATERIAIS E RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA A REALIZAÇÃO

DO PROJETO

O Colégio conta com recursos tecnológicos: TV, DVD, vídeo, câmera digital,

Data Show, retroprojetores, mimeógrafos, microcomputadores para a secretaria,

biblioteca e sala da equipe pedagógica, equipamentos e materiais no laboratório de

ciências, laboratório de informática, biblioteca com razoável acervo e demais

materiais que compõe o espaço físico necessários ao funcionamento de uma escola.

Quanto aos recursos humanos, o formulário de Situação de Demanda e

Suprimento se encontra com as funções preenchidas.

Os recursos financeiros recebidos pelo programas Fundo Rotativo e Escola

Cidadã, PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) precisam ser complementados

com fundos arrecadados através da APMF para serem suficientes na despesa do

Colégio.

As promoções com objetivo de arrecadar recursos, além de complementar

despesas de naturezas diversas, tem sido utilizado para comprar equipamentos

pedagógicos para facilitar e tornar mais atrativa as aulas.

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8 - CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar é elaborado pela SEED, anualmente de acordo a com

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96 e Artigo 56 da Lei

complementar Nº. 07, de 23-12-76 (Estatuto do Magistério do Paraná), oferta o

mínimo de 200 dias letivos e 800 horas, intercalados por um período de 30 dias de

férias, no mês de janeiro e mais 30 dias de recesso alternados entre os meses de

fevereiro, julho e dezembro. O calendário escolar respeita os feriados e dias

santificados oficiais previstos no calendário civil. Recessos escolares, quando

possível são reservados antes ou após um feriado e ou dia santificado que cai em

uma 3ª ou 5ª feira, ou ainda, o dia útil que fica entre dois dias não letivos é

aproveitado para Reunião Pedagógica ou Conselhos de Classe, estes previstos pelo

menos um a cada bimestre/trimestre.

O que cabe à escola, pontuar os feriados municipais e recessos, é realizado

em comum acordo com as demais escolas do município, de forma a atender

interesses comuns (professores que trabalham em mais de uma escola) assim como

garantir o transporte escolar a todos os alunos (Educação Infantil, Fundamental e

Médio) que residem na zona rural.

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9 - FORMAÇÃO CONTINUADA

Sendo a escola, o espaço especialmente criado para esse fim, onde se lida

com a transmissão e internalização de saberes e com a formação humana, numa

época de aceleradas mudanças estruturais e o perfil do aluno se modifica motivado

pela assimilação de novos valores, dos impactos dos meios de comunicação e

informação, da mídia, dos problemas sociais, evidentemente com reflexos dentro da

sala de aula. Neste contexto, a formação continuada pode auxiliar a reflexão

conjunta de todos os envolvidos no processo, de forma a buscar soluções mediante

ações coletivas.

A formação continuada é uma política pública, voltada para atender as

necessidades profissionais em educação, quanto ao aperfeiçoamento e atualização

de práticas no espaço escolar.

A formação continuada supõe aperfeiçoamento profissional, visando

conhecimentos teóricos e práticos e o desenvolvimento de uma cultura geral que vai

além do exercício profissional. Dentro da jornada de trabalho, a hora atividade é o

tempo em que os professores pesquisam, discutem a prática com os colegas,

conversam com os pedagogos, participam de reuniões pedagógicas, conselhos de

classe e cursos em Faxinal do Céu, Curitiba, Maringá, Paranavaí ou eventualmente

em outros municípios. A formação continuada, em serviço ganha importância, e os

sistemas de ensino e as escolas oferecem condições para o desenvolvimento e

atualização do professor. Fora da jornada de trabalho, há espaço para o Grupo de

Estudos (aos sábados), acessível a todos, mas de interesse para poucos.

Precisa-se mudar a cultura de participar de cursos/estudos tão somente pela

certificação. É responsabilidade da instituição e dos sistemas de ensino a oferta de

cursos de atualização e desenvolvimento e o professor deve tomar para si a

responsabilidade com a própria formação.

Portanto, no tocante à Formação Continuada, ofertada pela SEED, cabe à

escola incentivar e criar critérios de participação de todos os seus profissionais.

Quanto à escola, será ofertada nos espaços de reuniões pedagógicas, hora

atividade, conselho de classe e outros.

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10- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O projeto Político Pedagógico deve ser avaliado constantemente. Como

documento onde se encontra explícito o que temos, o que precisamos melhorar, e o

que fazer para melhorar e chegar a o que queremos, precisamos tê-lo como

instrumento norteador de nossas ações.

É importante conhecermos nossa realidade, nela situarmos e direcionar nosso

trabalho com objetivos definidos, tendo como foco a formação humana de nossos

alunos. Para atingirmos este objetivo, contamos com a efetiva participação de todos

os profissionais envolvidos no processo educacional, no exercício da autonomia,

liberdade e gestão democrática.

Para tanto, a escola se propõe a avaliar este projeto anualmente com a

participação de representantes de todos os segmentos e instâncias colegiadas, em

reunião que oportunize uma análise, reflexão, bem como dentro das possíveis

necessidades e sua implementação.

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11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

•••• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – Editora Saraiva

•••• DALBEN, Ângela I.L. de Freitas. Gestão Escolar democrática e o lugar dos

conselhos de classe. Campinas, SP: Papirus, 2004

•••• Estatuto da Criança e do Adolescente

•••• FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 25ª. Ed. Rio de Janeiro, Paz e

Terra, 1987

•••• KRAMER, Sonia. Propostas Pedagógicas ou Curriculares: Subsídios para

uma leitura crítica. Campinas, SP: Papirus, 1999.

•••• LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola : teoria e prática.

Goiânia, GO : Alternativa, 2004

•••• LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª.

Edição São Paulo: Cortez, 2002

•••• LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação do aluno: a favor ou contra a

democratização do ensino? 15ª. Edição – SP: Cortez, 2003

•••• LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a

escola? 15ª. Edição – SP: Cortez, 2003

•••• MONLEVADE, João Antonio Cabral de. Funcionários de Escolas: cidadãos

e educadores, profissionais e gestores. Brasília, 2005

•••• SILVA, Maria Abadia da. Educadores e Educandos : Tempos Históricos.

Brasília, 2005

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 41

•••• VEIGA, I.P.A. - Projeto Político Pedagógico: uma construção possível. 11ª.

Edição. Campinas, SP. Papirus, 2000

•••• VEIGA, I.P.A. e RESENDE, Lúcia M.G. de (orgs). Escola: Espaço do

Projeto político Pedagógico. Campinas. Papirus, 1998

•••• Diretrizes Curriculares do Ensino Médio.