Projeto sobre a Paz - Escola

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TÍTULO: No Lima, (h´)a Paz. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 26 de agosto a 06 de setembro de 2013. Autora do projeto: Kênia César Donádio JUSTIFICATIVA: Tendo em vista a adesão ao FORPAZ, Fórum Regional de Promoção da Paz Escolar e de Articulação em Rede, ocorrido nos dias 06 e 07 de junho de 2013, em Manhuaçu, com o objetivo de implementar ações para o fomento da cultura de Paz nas escolas através da mediação de conflitos, a E. E. Alfredo Lima, que participou do encontro, propõe-se a realizar o presente projeto de ação a seguir. OBJETIVO GERAL: Fomentar na escola, entre os alunos, professores, funcionários e pais, a reflexão sobre a importância dos comportamentos, atitudes, ideias e desejos que geram a cultura de uma convivência pacífica, respeitosa e solidária entre as pessoas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1

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TÍTULO: No Lima, (h´)a Paz.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 26 de agosto a 06 de setembro de 2013.

Autora do projeto: Kênia César Donádio

JUSTIFICATIVA:

Tendo em vista a adesão ao FORPAZ, Fórum Regional de Promoção da Paz Escolar e de Articulação em Rede, ocorrido nos dias 06 e 07 de junho de 2013, em Manhuaçu, com o objetivo de implementar ações para o fomento da cultura de Paz nas escolas através da mediação de conflitos, a E. E. Alfredo Lima, que participou do encontro, propõe-se a realizar o presente projeto de ação a seguir.

OBJETIVO GERAL:

Fomentar na escola, entre os alunos, professores, funcionários e pais, a reflexão sobre a importância dos comportamentos, atitudes, ideias e desejos que geram a cultura de uma convivência pacífica, respeitosa e solidária entre as pessoas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Oportunizar os alunos a realização de atividades curriculares e extracurriculares que enfatizem a cultura da paz.Propor atividades que permitam refletir sobre sentimentos e comportamentos que favorecem a boa convivência entre as pessoas, como sendo a forma mais inteligente e agradável de estar no mundo e de se viver em sociedade.Estimular a integração dos pais e ou responsáveis com ações propostas na escola, visando a sua inserção na cultura da paz.Enfatizar na escola, nas aulas e atividades normais de cada dia letivo, o discurso sobre os valores que distinguem a busca pela Paz dos contravalores que inspiram as várias formas de comportamentos e atitudes próprios da violência.

Explicação do título: “No Lima, há paz” ou “A paz no Lima...”? A ambiguidade do título é intencional. E a intenção, que provavelmente a maioria das pessoas compreende mesmo sem esta explicação, é a de dizer que nossa escola é pacífica, que ela tem paz até

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certo ponto, mas que está sujeita a, eventualmente, resolver mal os conflitos que naturalmente surgem. A intenção é fazer pensar na paz como algo que se constrói, se elabora, se faz, se cria preventivamente e que, de certa forma, nunca está pronta por completo. O objetivo do título é lembrar que falta algo por ser feito, que precisa ser feito e que devemos estar dispostos a fazer. E fazer o quê? Buscar a compreensão, a aprendizagem e o cultivo da cultura da paz. Ter, com ou sem as diferenças de sexo, raça, religião, opinião política, condição social e outras, o convencimento, com ou sem essas diferenças, de que o respeito uns aos outros, a generosidade e solidariedade, de parte a parte, são coisas fundamentais para a construção de uma convivência salutar entre todos. No Lima, há paz? Sim, há. Mas a paz no Lima e a contribuição que o Lima pode oferecer à Paz em nossa sociedade e no mundo são coisas que ainda não estão completas, e esperam por nossas ações.

PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 2

SEXTOS ANOS

Tarefa: Confeccionar cartazes com o tema “A Paz é Possível”.

Promotor: Professor de ENSINO RELIGIOSO

Sugestão de trabalho: Os alunos expressarão criativamente suas percepções sobre a paz. Para isso o professor de ensino religioso vai trabalhar em sua aula com um texto de apoio.

SÉTIMOS ANOS /ACELERAÇÃO I

Promotor: Professor de CIÊNCIAS

Tarefa: Estudo dirigido sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos.Sugestão de trabalho: Explicar aos alunos sobre a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, em vigor desde 1948. Ela possui 30 artigos, que versam sobre as matrizes dos direitos de TODOS os seres humanos. Distribuir para cada aluno um artigo. Se preferir, escolher apenas os mais adequados para o nível de entendimento da turma. Solicitar que procurem as palavras desconhecidas no dicionário, tornando o texto mais claro para elas. Em seguida, após os alunos explicarem seu artigo para os colegas, todos deverão responder oralmente às perguntas abaixo:

a) O que são direitos humanos? b) Por que propõem a igualdade de direitos entre todos os homens? c) As diferenças entre os homens atrapalham o direito que eles devem ter? d) O que é a liberdade das pessoas? e) O que é preciso para que uma pessoa tenha dignidade como pessoa humana?f) Por que a solidariedade é importante para a garantia dos direitos humanos?

Após as respostas dos alunos colhidas ou mediadas pelo professor, eles devem

ser orientados a produzir slogans tendo como tema as proposições da Declaração

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Universal dos Direitos Humanos como forma de inspirar e concretizar a Paz. O

professor escolherá os 30 Slogans mais expressivos de todos os sétimos anos para serem

expostos.

OITAVOS ANOS /ACELERAÇÃO II Promotor: Professor de LÍNGUA PORTUGUESA

Tarefa: Apreciação, estudo e interpretação dos painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari.

(Guerra e Paz, Cândido Portinari)

Sugestão de trabalho: Os conceitos expostos nos painéis “Guerra” e “Paz” exploram todos os sentimentos e acontecimentos existentes nesses dois contextos das relações humanas. O professor promoverá um debate na sala sobre o que é visto na tela. Em seguida conduzirá a turma na elaboração de uma lista com todas as respostas apresentadas pela turma envolvendo os conceitos do que é “estar em paz” e “estar em guerra”. Realizar um consolidado de todas as citações e divulgá-lo em cartaz (um de cada oitavo). Caberá também ao professor orientar os alunos no preparo de um teatrinho de cenas mínimas, de até 5 minutos, abordando “estar em paz” e “estar em guerra”. O teatrinho deve ser orientado para levar aos espectadores uma mensagem de cultivo da paz. O professor, se preferir, poderá escolher nas suas turmas de oitavo ano os alunos com perfil mais indicado para criar, dirigir e atuar na peça.

NONOS ANOS

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Promotor: Professor de LÍNGUA INGLESATarefa: Pesquisar sobre pessoas que se tornaram célebres como ícones da Paz. Sugestão de trabalho: Solicitar aos alunos que pesquisem biografias de grandes ícones da paz. É necessário que busquem datas, locais e causas que os tornaram importantes na luta contra a violência. Sugestões de nomes: Martin Luther King Jr., Madre Teresa de Calcutá, Dalai Lama, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Kofi Annan e outros. Feita a pesquisa, o professor deverá trabalhar com a turma os temas que fizeram estes homens e mulheres serem considerados ícones da paz. Cabe também ao professor orientar pelo menos um aluno ou aluna a se preparar para a apresentação de trecho de discurso, fala, entrevista ou texto escrito por uma dessas personalidades em inglês, e outro aluno ou aluna que se prepare para apresentar a tradução e contexto desse fragmento de texto relativo à causa do personagem histórico escolhido. O momento da apresentação poderá acontecer na culminância dos trabalhos ou em alguma outra ocasião a ser marcada.

MULTISSÉRIE

Promotor: Professor de MÚSICA

Tarefa: Preparar a apresentação de um coral.

Sugestão de trabalho: Caberá ao professor de música preparar um coral com alunos de melhor potencial de voz e músicas que valorizem a cultura da Paz. “Oração de São Francisco de Assis”, “Nunca deixe de sonhar (Rouge)”, “A paz (Roupa Nova)”, “O sal da terra (Beto Guedes)” são apenas algumas sugestões. A apresentação ocorrerá na culminância do projeto.

PROGRAMAÇÃO DEATIVIDADES PARA O ENSINO MÉDIO

ANOS: PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO

Promotores: 1º ano: Professor de FILOSOFIA2º ano: Professor de QUÍMICA3º ano Professor de LÍNGUA PORTUGUESA

Tarefa: Preparar e realizar um SEMINÁRIO sobre o tema PAZ

Debatedores ou Composição da Mesa: Farão parte da mesa de debates: dois professores, um aluno ou aluna de cada um dos três anos do E. Médio (três ao todos) e os convidados, Promotor de Justiça e Psicóloga, se possível. A mediação será feita pelo Diretor.

Texto-base: “Educação para a Paz”

Sugestão de trabalho: O professor promoverá com os alunos a discussão do tema a partir das questões propostas ao final do texto. Elaborar um consolidado das respostas e

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ideias apresentadas pela turma a partir de anotações feitas durante o estudo ou debate em sala. Escolher ou eleger um aluno ou aluna para apresentar e defender as respostas e argumentos surgidos na discussão em sala lá na plenária do dia 06 de setembro, com a culminância do projeto. Esse aluno ou aluna fará parte da mesa de debate. Caberá ao professor ajudar na preparação da fala ou considerações iniciais desse ou dessa representante da turma na mesa final do Seminário.

Texto:

Educação para a Paz

O que é a paz? Pensadores como Paulo Freire sempre orientam que o conceito de paz vai além da associação que usualmente se faz ao relacioná-la simplesmente à ausência de conflito bélico. A paz refere-se também à ausência de violência de qualquer tipo.

Assim, em contraste com a ausência de luta declarada, uma relação pacífica deveria significar – em escala individual – amizade e compreensão suficientemente amplas para superar quaisquer diferenças que pudessem surgir. E em escala maior, as relações pacíficas deveriam implicar uma associação ativa, uma cooperação planejada, um esforço inteligente para prever ou resolver conflitos em potencial. Desta forma, podemos pensar a paz como a situação caracterizada por um nível reduzido de violência e um nível elevado de justiça.

Um outro ponto: ao considerarmos a paz referindo-nos à ausência de violência, é preciso que se defina quando entendemos que há violência. E quando é? É precisamente quando os seres humanos são afetados de tal forma que suas realizações afetivas, corporais e mentais ficam abaixo de suas realizações potenciais.

Podemos associar ainda a violência como algo evitável e que impede a autorrealização humana, ou seja, a satisfação das necessidades básicas, materiais e não materiais.Se a violência é evitável, o conflito, entretanto, é um processo natural e intrínseco à vida que, se enfocado de modo positivo, pode ser um fator de desenvolvimento pessoal, social e educativo. E que é o conflito. Conflito é um processo de incompatibilidade entre pessoas, grupos ou estruturas sociais, por meio do qual se afirmam ou percebem interesses, valores e/ou aspirações contrárias.

A postura a ser adotada ante um conflito não é ignorá-lo ou ocultá-lo, o que a longo prazo promove sua cristalização e dificulta sua resolução, mas cuidá-lo de forma positiva e não-violenta.

Da mesma forma é interessante diferenciar agressão ou qualquer comportamento violento do conflito. Violência e conflito não são a mesma coisa. A violência, na verdade, é apenas um dos meios para resolver um conflito. A violência tende a suprimir o conflito apontando para a eliminação do adversário. A violência é um meio, o conflito, um estado, uma situação.Com estes conceitos de paz, violência e conflito, começamos a pensar como deve ser uma educação para a paz.

A UNESCO, durante a década da cultura de paz, apontava a importância de atitudes e hábitos como respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, ouvir para compreender, preservar o planeta e redescobrir a solidariedade. Assim, nesta concepção, para UNESCO, gerar a paz significa:1. Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;

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2. Praticar a não-violência ativa, repelindo a violência em todas suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;

3. Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;

4. Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e ao rechaço ao próximo;

5. Promover um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;

6. Contribuir com o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito dos princípios democráticos, para criar novas formas de solidariedade.

Substituir a secular cultura de guerra por uma cultura de paz requer um esforço educativo prolongado para modificar as reações à adversidade e construir um modelo de desenvolvimento que possa suprimir as causas de conflito.

Os esforços devem ser dirigidos em diferentes direções. Sabemos que não há paz social sem paz interior, individual. A paz social passa pelo reconhecimento do outro como legítimo outro na convivência; passa pela cooperação substituindo a competição, isto em todos os níveis, desde atividades em sala de aula até nas relações entre países. A paz, para além da paz social e individual, deve contemplar também a paz ambiental e a paz militar. Não conseguiremos paz individualmente sem que a economia sustentável, dignificante da natureza humana e que a paz ambiental seja atingida. Não podemos mais viver em conflito com o meio ambiente.

Com esse mesmo sentido é que Ubiratan D’Ambrósio, da UNESCO, nos diz que: “Sem paz não haverá sobrevivência. Educar para a paz é educar para a sobrevivência da civilização deste planeta, da humanidade, da espécie – mas a sobrevivência de todos com dignidade. Este é um ponto crucial: a dignidade de o indivíduo ser o que ele é, de poder aderir a um sistema de conhecimentos, de conhecer suas raízes, suas relações históricas, emocionais, sua religião, sua espiritualidade. Um indivíduo é diferente do outro, não há como negar que nós todos somos diferentes. Preservar essa diferença é algo fundamental para que a gente possa falar em uma sobrevivência com dignidade”.

Outras proposições da UNESCO alertam para do diálogo sobre direitos e deveres, incluindo a compreensão e sentido da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que representa um conjunto de prerrogativas para uma convivência democrática que traz um impressionante consenso sobre que é necessário para se viver em comunidade. Na Declaração Universal dos Direitos Humanos a dignidade humana é o tema central, carregando consigo valores, princípios e normas de convivência que são importantes conhecer. O diálogo é também uma forma de interação imprescindível ao conhecimento do outro, de sua forma de pensar, de sentir e agir no mundo.(Adaptado de trecho do “Programa Geração da Paz”, da Universidade Estadual do Ceará.Fonte: http://www.uece.br/proex/index.php/programas--projetos-de-extensao/programa-geracao-da-paz)Questões: 1) Em linhas gerais, que distinções o texto faz sobre os conceitos de paz, violência e

conflito? Você concorda com essas distinções?

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2) A vida em sociedade se organiza a partir de leis e regras. É partir dessas leis e regras que os conflitos são resolvidos entres os indivíduos e também entre as instituições ou entidades, de modo a resguardar direitos e deveres de cada parte. O texto menciona a palavra democracia mais de uma vez. Mas o que tem a democracia a ver com a vida das pessoas em sociedade?

3) O que é preciso para que uma escola contribua para a criação de uma cultura para a PAZ?

Referências: Declaração Universal dos Direitos Humanos;

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ALGUMAS FOTOS

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