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Poupança Independente Credível Perto de Si 19 de Outubro 2010 – N. o 388 www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA – Boletim Quinzenal – Ano 16 – Director e Editor : Pedro Moreira DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng. º Arantes e Oliveira, n.º 13, 1.º B, Olaias – 1900-221 Lisboa – € 6,20 P R O T E S T E Crise: o que mudou? p. 2 Taxa de poupança p. 3 Onde investir? p. 4-6 Vantagens e desvantagens das várias alternati- vas de poupança Depósitos a prazo p. 7 Produtos de taxa crescente p. 8-9 30 Produtos em subscrição Certificados de Aforro ou do Tesouro? p. 10 PPR ou Certificados de Reforma? p. 11 Fundos de investimento p. 12-13 Estratégias e melhores fundos Acções p. 14 Investir a longo prazo Alertas Proteste Poupança p. 16 EDIÇÃO ESPECIAL: DIA MUNDIAL DA POUPANÇA Só tem uma opção: poupar e investir bem! Aproxima-se o 31 de Outubro, Dia Mundial da Poupança. É altu- ra de reflectir sobre o acto de amealhar para o futuro. Privar-se de consumir hoje para gastar no futuro não será também adiar a re- cuperação económica porque tanto almejamos? Devemos poupar ou gastar? A poupança é imprescindível de forma a constituir uma base sólida das famílias de modo a enfrentar dias mais difíceis. Esta tem sido uma das lições da crise actual. Não somos todos iguais, nem temos o mesmo perfil de risco, nem os mesmos objec- tivos. Que produtos são mais adequados a cada um? É o que pre- tendemos resumir nesta edição especial, já que esse tem sido o propósito da PROTESTE POUPANÇA desde o primeiro número, em 1995. Mas os incentivos à poupança não são muitos e as taxas de juro, apesar das subidas subtis dos últimos meses, estão ainda nos ní- veis mais baixos de sempre. Como se explica, então, a taxa de pou- pança dos portugueses estar a subir? É um dos efeitos da incerte- za gerada em tempo de crise. Além disso, a procura de produtos mais seguros tem aumentado: os depósitos atingiram o montante mais elevado dos últimos anos e os valores aplicados em PPR sob a forma de seguro aumentaram 28%, em 2009. Os Certificados de Aforro deixaram de interessar já em 2008 quan- do foram feitas alterações significativas na fórmula de cálculo do rendimento e emitida a série C. Desde essa data que os resgates têm sido superiores às novas emissões. Os cofres do Estado têm visto as poupanças dos aforradores transferidas para a banca, onde se multiplicam as ofertas de produtos de taxa crescente, mas raramente compensam e alguns nem garantem o capital (ver pág. 8 e 9). Se a necessidade de poupar é muita, as opções disponíveis não são assim tantas. Os PPR estão em risco de perder o interesse, caso sejam aprovados os limites aos benefícios fiscais. Os depósitos rendem muito pouco: a taxa média de um depósito a um ano é de 1,1% líquida, mas o Banco de Portugal estimou uma taxa de infla- ção de 1,4% para este ano e 1,8% para 2011. Assim, a maioria dos depósitos deverá proporcionar um rendimento real negativo. Por isso, não basta poupar. É preciso também escolher bem!

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Po u p a n ç a I n d e p e n d e n t eC r e d í v e lP e r t o d e S i

19 de Outubro 2010 – N.o 388 www.protestepoupanca.ptPR

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20

P R O T E S T E

• Crise: o que mudou? p. 2

• Taxa de poupança p. 3

• Onde investir? p. 4-6

Vantagens e desvantagens das várias alternati-

vas de poupança

• Depósitos a prazo p. 7

• Produtos de taxa crescente p. 8-9

30 Produtos em subscrição

• Certificados de Aforro ou do Tesouro? p. 10

• PPR ou Certificados de Reforma? p. 11

• Fundos de investimento p. 12-13

Estratégias e melhores fundos

• Acções p. 14

Investir a longo prazo

• Alertas Proteste Poupança p. 16

EDIÇÃO ESPECIAL: DIA MUNDIAL DA POUPANÇA

Só tem uma opção:poupar e investir bem!Aproxima-se o 31 de Outubro, Dia Mundial da Poupança. É altu-ra de reflectir sobre o acto de amealhar para o futuro. Privar-se deconsumir hoje para gastar no futuro não será também adiar a re-cuperação económica porque tanto almejamos? Devemos pouparou gastar? A poupança é imprescindível de forma a constituir umabase sólida das famílias de modo a enfrentar dias mais difíceis.Esta tem sido uma das lições da crise actual. Não somos todosiguais, nem temos o mesmo perfil de risco, nem os mesmos objec-tivos. Que produtos são mais adequados a cada um? É o que pre-tendemos resumir nesta edição especial, já que esse tem sido opropósito da PROTESTE POUPANÇA desde o primeiro número, em1995.

Mas os incentivos à poupança não são muitos e as taxas de juro,apesar das subidas subtis dos últimos meses, estão ainda nos ní-veis mais baixos de sempre. Como se explica, então, a taxa de pou-pança dos portugueses estar a subir? É um dos efeitos da incerte-za gerada em tempo de crise. Além disso, a procura de produtosmais seguros tem aumentado: os depósitos atingiram o montantemais elevado dos últimos anos e os valores aplicados em PPR soba forma de seguro aumentaram 28%, em 2009.

Os Certificados de Aforro deixaram de interessar já em 2008 quan-do foram feitas alterações significativas na fórmula de cálculo dorendimento e emitida a série C. Desde essa data que os resgatestêm sido superiores às novas emissões. Os cofres do Estado têmvisto as poupanças dos aforradores transferidas para a banca,onde se multiplicam as ofertas de produtos de taxa crescente, masraramente compensam e alguns nem garantem o capital (ver pág.8 e 9).

Se a necessidade de poupar é muita, as opções disponíveis nãosão assim tantas. Os PPR estão em risco de perder o interesse, casosejam aprovados os limites aos benefícios fiscais. Os depósitosrendem muito pouco: a taxa média de um depósito a um ano é de1,1% líquida, mas o Banco de Portugal estimou uma taxa de infla-ção de 1,4% para este ano e 1,8% para 2011. Assim, a maioria dosdepósitos deverá proporcionar um rendimento real negativo.

Por isso, não basta poupar. É preciso também escolher bem!

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Mudanças trazidas pela criseCrise financeira, imobiliária, económica… os excessos tiveram o seu preço. A espiral consumista e a falta de

regulação dos mercados financeiros provocaram uma crise quase tão profunda como a da década de 1930.

Crise do século XXIApesar das semelhanças, a crise actual não atingiu adimensão da Grande Depressão. Mesmo com o fim doperíodo de forte expansão do crédito, a queda acentuada dasBolsas e o enfraquecimento do sistema financeiro, houveuma maior compreensão dos mercados financeiros e dofuncionamento da economia, o que permitiu às autoridadespolíticas e monetárias agirem rapidamente para limitar osdanos. Contudo, a crise provocou fortes mudanças emmuitos campos.

DesempregoSem dúvida que o aumento do desemprego constituiu aprincipal marca da crise. Após anos de forte crescimentodois dos principais motores económicosregistaram umaforte queda: o sector imobiliário e o comércio internacional.Esta quebra da actividade teve um impacto significativo nocrescimento e, consequentemente, no emprego.Neste momento, este ainda é o maior entrave à recuperaçãoeconómica. Mais desemprego implica menor confiança dasfamílias e contrai o consumo que representa uma parteconsiderável do Produto Interno Bruto dos países maisdesenvolvidos. Além disso, mesmo que a actividadeeconómica recupere, o emprego demorará tempo a ajustar.

Taxas de juro

Os primeiros sinais da crise fizeram disparar as taxas de jurode curto prazo. Os bancos deixaram de emprestar dinheiroentre si com receio de que a outra parte não pudessereembolsar o empréstimo. Para evitar o colapso dosmercados monetários, em 2008, os bancos centraisintervieram cortando drasticamente as taxas de juro econcedendo empréstimos aos bancos. Esta estratégia levou aque taxas como a Euribor caíssem para mínimos históricos(2009-2010). No entanto, tal não se traduziu sempre emcrédito mais barato para consumidores, empresas e até ospróprios Estados. Com efeito, os bancos tornaram-se mais

restritivos na concessão de crédito, isto é, passaram a exigirum prémio de risco mais elevado. Por isso, apesar daEuribor ter caído, é agora mais difícil obter um crédito doque antes da crise.

InflaçãoAinda há poucos anos, o comportamento dos preços era aprincipal preocupação dos governos e sobretudo dos bancoscentrais. A crise mudou por completo essa perspectiva e oessencial passou a ser evitar uma espiral deflacionista comoa do Japão na década de 1990. E a acção dos governos e dosbancos centrais permitiu evitar este problema. Apesar de emalguns países se ter registado um crescimento negativo dospreços tratou-se de uma situação pontual e o espectro deuma deflação foi afastado. Do outro lado, estavam os quetemiam um disparo da inflação tendo em conta o aumentodas despesas públicas e das injecções de liquidez dos bancoscentrais, cenário catastrófico que não se confirmou.

DívidaCom o intuito de evitar que se repetisse a GrandeDepressão, os Governos puseram em prática um vastoconjunto de medidas: obras públicas, ajudas sociais e aténacionalização das instituições financeiras que seencontravam à beira da falência. Essa estratégia evitou ocolapso do sistema financeiro e atenuou os efeitos negativossobre a economia "real". No entanto, as políticasimplementadas tiveram uma importante consequência: oaumento dos défices e das dívidas públicas. Embora estatendência tenha de ser revertida a longo prazo, a atitudeimprudente das agências de notação agravou o problema empaíses com a Grécia, Irlanda e Portugal.

EmergentesOutra grande consequência da crise foi a afirmação dasprincipais economias emergentes, os denominados BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China). Se a Rússia sofreu com aquebra do valor das matérias-primas, os restantes paísespassaram relativamente incólumes à crise. Sem o vigordestas economias, o comércio mundial teria registado umaqueda mais acentuada e a recessão teria sido muito maior.

A reterA eficiência dos mercados financeiros continua a serindiscutível. Assim, pouco foi feito para evitar aincompetência das agências de notação ou certasactividades especulativas do sector financeiro. É preciso nãoesquecer que estas entidades foram as responsáveis peloinício da crise. Neste âmbito, a DECO PROTESTE, emconcertação com outras congéneres europeias, tem lutadopara uma maior transparência dos mercados para osconsumidores e para os investidores.

www.protestepoupanca.pt2 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

TAXA DE DESEMPREGO NA ZONA EURO (a carregado)E NOS ESTADOS UNIDOS (em %)

O aumento do desemprego é o principal travão à retoma económica.

2005 2006 2007 2008 2009 20104

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Dia Mundial da Poupança

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Taxa de poupançaA taxa de poupança passou de 6,4 para 8,8%, em 2009. Este ano situa-se já perto dos 11%. Os produtos mais

procurados são os que oferecem maior segurança, como depósitos e seguros.

Poupança a subirLonge estão os dias em que a taxa de poupança das famíliasportuguesas ultrapassava os 30% do rendimento disponível.O rendimento não era superior ao actual, bem pelocontrário, já que estamos a falar do início da década de 70.

• Em 2009, a taxa de poupança das famílias aumentou maisde 2 pontos percentuais, após uma ligeira subida em 2008,invertendo a tendência descendente registada nosúltimos anos, como se pode ver no gráfico 1.Foi o contexto de crise económica e financeira o factorexplicativo do aumento da taxa de poupança desde 2008.O mesmo sucedeu na generalidade dos países da UniãoEuropeia, tendo a Espanha e a Irlanda observado osaumentos mais significativos. Para 2010, o INE estimou, emJunho, uma taxa de poupança de 11%.

• Ao longo das décadas de 80 e 90 foi visível uma tendênciadescendente deste indicador. Nos últimos dez anos, a taxa depoupança não apresentou um caminho claro: ascendente até2003 e uma significativa diminuição após essa data e até 2007,atingindo níveis tão baixos só comparáveis com os registadosna década de 50.

Aumenta a procura de produtos segurosA partir do último trimestre de 2008, as taxas Euribor, queservem de referência para os mercados, começaram adescida que atingiu os mínimos históricos.

• Apesar da remunerações dos depósitos estar em níveismuito baixos, na maior parte dos casos abaixo de 1%, osmontantes aplicados em depósitos têm aumentado em 2008 e2009, como se pode ver no gráfico 2.

• Outra das aplicações também muito procurada pelosportugueses são os Planos Poupança Reforma, sobretudodevido aos benefícios fiscais que proporcionam.Só em 2009, o montante que os portugueses investiram emPPR atingiu os 3,3 mil milhões de euros. Estão aplicadoscerca de 15 mil milhões de euros em PPR (um crescimento de

11,6% face a 2008). Os PPR sob a forma de segurorepresentam cerca de 89% do mercado. Contudo, não égarantido que os benefícios fiscais se mantenham. Aliás, oOrçamento de Estado para 2011 prevê a limitação dosbenefícios fiscais. Se esta medida for aprovada, os PPRdeixarão de interessar a grande parte dos aforradores já nopróximo ano, pois encontram no mercado produtos maisrentáveis e com menores custos.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 3

Dia Mundial da Poupança

Uma lição a aprender: POUPAR!

Se há lição que os portugueses devem aprender no actu-al cenário de crise económica é a importância de criaruma base sólida de poupança como forma de acaute-lar dias difíceis. O desemprego e a incerteza geraram re-ceios e alguma contenção, quer nas famílias, quer nasempresas. Em 2009, a taxa de poupança das famíliasaumentou mais de 2 pontos percentuais, após uma lige-ira subida em 2008, invertendo a tendência descendenteregistada nos últimos anos, passando de 6,4 para 8,8%do rendimento disponível. Este ano está já nos 11%, se-gundo estimativas do INE.A questão da segurança das aplicações também foitema debatido nestes últimos anos devido à falência devárias instituições financeiras. Por isso, e apesar das bai-xas taxas de mercado, tem-se verificado um aumentosignificativo da procura de aplicações de capital e rendi-mento garantido, como os depósitos ou os seguros.Os bancos apresentam cada vez mais alternativas, ondea criatividade nem sempre é esclarecedora e chega a serperigosa num terreno onde não proliferam os conheci-mentos financeiros. Assim, são cada vez mais as dificul-dades que se colocam aos particulares na escolha dosprodutos mais adequados.

1. INFLAÇÃO E TAXA DE POUPANÇAEM % DO RENDIMENTO DISPONÍVEL

Em 2009, a taxa de poupança dos particulares (escala à esquerda) está no nívelmais alto dos últimos quatro anos (8,8%). O INE estimou uma taxa de 11% nofinal do primeiro semestre deste ano, ultrapassando os valores de 2003.

0%

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12%

20032004

20052006

20072008

2009

2010 (estimativ

as)-1,50%-1,00%-0,50%0,00%0,50%1,00%1,50%2,00%2,50%3,00%3,50%4,00%

Taxa de PoupançaInflação

2. DEPÓSITOS (em milhões de euros)E EURIBOR A 1 ANO (em %)

Valores de fim de ano do montante aplicado em depósitos (escala à esquerda) eda taxa Euribor a 1 ano. Em 2008 e 2009, quando a Euribor desce, aumentamos depósitos.

0

10000

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0,00%

0,50%

1,00%

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DepósitosEuribor a 1 ano

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Produtos financeirosAPLICAR AS POUPANÇAS

Para gerir o património ou aplicar o excedente mensal dosrendimentos, o aforrador é confrontado com inúmerasquestões. Nestas três páginas, a PROTESTE POUPANÇAapresenta um resumo dos produtos financeiros entre osquais os investidores podem optar. Mais informaçãoespecífica a cada produto está disponível noutras páginasdesta edição, no portal financeiro ou no Serviço Telefónicode Informação Financeira (808 200 147 e 218 418 789).

O objectivo da PROTESTE POUPANÇA é simples:conduzir o aforrador através do labirinto das possibilidadesde investimento, dando-lhe a informação suficiente paraque possa, com conhecimento de causa, gerir as suaspoupanças da forma que mais lhe convém para obter omelhor rendimento possível.

Assim, antes de investir convém conhecer os produtosfinanceiros e, pelo menos, as suas características básicas.Uma informação errada ou insuficiente pode originarperdas significativas, sobretudo para quem apenas dáouvidos à publicidade das instituições financeiras.

Com essa "arma" poderá muito mais facilmente distinguiros bons dos maus investimentos propostos pelo seu banco.Para ajudá-lo nessa tarefa, enumeramos os principais tiposde produtos financeiros, os seus principais prós e contras eenquadramo-los nos prazos mais adequados.

CURTO PRAZO - ATÉ 12 MESES

Recorra a estes produtos para manter um pé-de-meia efintar os imprevistos (acidente, doença grave oudesemprego). Junte um mínimo de três a seis vezes oorçamento mensal familiar. O restante deve aplicar porprazos mais longos, pois o rendimento tende a ser maior.

Depósitos a prazoA favor:

– rendimentos relativamente interessantes em algunsbancos; as actuais taxas de juro a doze meses variam entre0 e 2,4%– capital garantido– possibilidade de obter rendimentos periódicos (mensais,trimestrais, etc.) na conta à ordem– disponíveis em todos os bancosContra:

– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado– eventuais custos de manutenção na conta à ordemassociada ao depósito a prazoEscolhas Acertadas:

– ver página 7No portal financeiro em:

Rendimento Garantido > Depósitos

Contas poupança-reformadoA favor:

– isenção de imposto sobre os juros para montantes até10 500 euros; acima desse valor aplica-se a taxa normal deimposto de 21,5%– capital garantido– disponíveis em quase todos os bancosContra:

– só acessíveis para reformados ou pensionistas cuja pensãobruta mensal não exceda, no momento da subscrição, oequivalente a três meses a remuneração mínima mensalgarantida (1425 euros em 2010)– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado– eventuais custos de manutenção na conta à ordemassociada à conta poupançaEscolhas Acertadas:

– Protocolo DECO/Caixa Galicia; a taxa anual nominallíquida a 12 meses é actualmente 2,5%No portal financeiro em:

Rendimento Garantido > Contas poupança

Certificados de AforroA favor:

– remuneração indexada à taxa Euribor– prémio de permanência– garantia do Estado– facilidade de subscrição nas estações dos CTT– sem custosContra:

– nos primeiros três meses, o dinheiro está indisponível– a actual taxa de remuneração base é reduzida, existindodepósitos a prazo com taxas superiores– constantes alterações à lei arrasaram a fórmula de cálculodo rendimentoNo portal financeiro em:

Rendimento Garantido > Certificados de Aforro

www.protestepoupanca.pt4 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

Dia Mundial da Poupança

TAXA DE JURO DE CURTO PRAZO(Euribor a 6 meses)

As aplicações financeiras sem risco e de fácil reembolso apresentam rendimen-tos próximos da Euribor. Ainda assim, é possível seleccionar alguns produtos(ou instituições) cuja oferta seja ligeiramente mais atractiva.

2005 2006 2007 2008 2009 20100.50

1.00

1.50

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Fundos de tesouraria em eurosA favor:

– levantamento em qualquer altura sem penalização dorendimento acumulado (pré-aviso entre 1 a 3 dias)Contra:

– sem garantia de rendimento nem de capital– comissão de gestão elevada em alguns fundos– em média, mau desempenho nos últimos anosNo portal financeiro em:

Fundos > Fichas Detalhadas

MÉDIO PRAZO - ENTRE 1 E 5 ANOS

Aquele dinheiro que não é necessário no imediato pode seraplicado em produtos com prazos superiores a doze meses.A rentabilidade é teoricamente mais interessante, masactualmente há poucos produtos interessantes.

Certificados de AforroA favor:

– (ver página anterior)– prémio de permanênciaContra:

– uma gestão activa de depósitos a prazo permiterentabilidades superioresNo portal financeiro em:

Rendimento Garantido > Certificados de Aforro

Obrigações do Tesouro (OT)A favor:

– capital e rendimento garantido se a OT for mantida até aovencimento– rendimentos anuais provenientes dos cupões– há OT que permitem aplicar por períodos muito longos(actualmente até 27 anos)Contra:

– custos de transacção em Bolsa– mínimo recomendado de 2500 euros– reduzida rentabilidade– funcionamento das OT é pouco intuitivo– em caso de venda antes da data de vencimento podemocorrer perdas de capitalNo portal financeiro em:

Rendimento Garantido > Obrigações do Tesouro

Fundos de obrigações euro (curto prazo)A favor:

– levantamento com um pré-aviso de poucos dias– remuneração aproximada à taxa Euribor– disponíveis em quase todos os bancosContra:

– sem garantia de rendimento nem de capital– podem existir comissões de resgate– comissão de gestão elevada em alguns fundos– em média, rentabilidades têm decepcionadoNo portal financeiro em:

Fundos > Fichas DetalhadasNota: apesar da designação, estes fundos seriam adequadospara aplicar entre 6 meses e 3 anos

Obrigações de caixa (excluindo ICAE)A favor:

– capital garantido no final do prazo– rendimento, por norma, está definido à partida ou evoluicom a taxa EuriborContra:

– levantamento antecipado pode não ser possível ouimplicar a perda de capital e/ou rendimentoNo portal financeiro em:

Outras análises

Instrumentos de Captação de AforroEstruturados (ICAE)A favor:

– capital garantido no final do prazo, em regra– possibilidade de obter um rendimento superior aosdepósitos a prazoContra:

– rendimento muito incerto e dependente de fórmulasnormalmente complexas; pode não ganhar nada!– levantamento antecipado pode não ser possível ouimplicar a perda de capitalNo portal financeiro em:

Outras análisesNota: dada a grande diversidade, podem surgir ICAE comcaracterísticas diferentes das referidas

Fundos imobiliáriosA favor:

– rendimento potencial superior às taxas de juro de curtoprazo (Euribor)– possibilidade de investir em imóveis com pequenosmontantes (desde 500 euros)Contra:

– sem garantia de rendimento nem de capital– custos superiores a outro tipo de fundosEscolha Acertadas:

– CA Património Crescente; Imofomento; VIPNo portal financeiro em:

Fundos > Fichas Detalhadas

LONGO PRAZO - MAIS DE 5 ANOS

As poupanças que podem ser "dispensadas" a mais decinco anos devem ser canalizados para produtos maisrentáveis.

Certificados do TesouroA favor:

– dívida pública (emitida pelo Estado)– rendimento muito próximo das OT a 5 e 10 anos,consoante o prazo aplicado– o capital está garantido, a todo o momento– resgate antecipado, total ou parcial, sem penalização nasdatas anuais de pagamento de jurosContra:

– a menos de cinco anos, há depósitos a prazo maisrentáveis (ver página 7)No portal financeiro em:

Rendimento garantido > Certificados do Tesouro

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 5

Dia Mundial da Poupança

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Fundos de obrigações (médio/longo prazo)A favor:

– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)– carteira com alguma diversificação– beneficiam da descida das taxas de longo prazo e/ou deganhos cambiaisContra:

– risco (baixo a médio baixo)– sem garantia de rendimento nem de capital– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias– perda em caso de subida das taxas de longo prazo e/ouvariações cambiais desfavoráveisNo portal financeiro em:

Fundos > Fichas detalhadas

Fundos de acçõesA favor:

– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)– carteira com alguma diversificação– elevado potencial de valorização das BolsasContra:

– risco (médio a muito elevado)– sem garantia de rendimento nem de capital– é conveniente diversificar por fundos de várias categoriasNo portal financeiro em:

Fundos > Fichas detalhadas

Fundos mistosA favor:

– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)– carteira diversificada– potencial de valorização dos mercados de acções eobrigaçõesContra:

– risco médio– sem garantia de rendimento nem de capital– gestão feita totalmente pela sociedade gestoraNo portal financeiro em:

Fundos > Fichas detalhadas

Seguros sem capital garantido ('unit linked')Consoante o produto, as vantagens e inconvenientes serãosemelhantes aos fundos de acções, obrigações ou mistos

Seguros com capital garantidoA favor:

– montante mínimo reduzido (desde 250 euros)– garantia de capital e, por vezes, com rendimento mínimo– menos impostos sobre os rendimentos (17,2 e 8,6% paraprazos superiores a 5 e 8 anos respectivamente, em vez dahabitual taxa de imposto de 21,5%)Contra:

– comissões de subscrição e gestão elevadas– penalizações por levantamento antecipado– baixo potencial de valorizaçãoNo portal financeiro em:

Outras análises

Planos Poupança-Reforma e CertificadosReforma(informação detalhada na página 11)

Acções (investimento directo)A favor:

– elevado potencial de valorização– gestão directa por parte do investidorContra:

– risco elevado– sem garantia de rendimento nem de capital– mínimo recomendado de 20 mil euros– necessita de acompanhamento permanente dos mercadosNo portal financeiro em:

Acções > Fichas detalhadas

www.protestepoupanca.pt6 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

TAXAS DE JURO DE LONGO PRAZO(em %)

A crise da dívida pública em Portugal teve um efeito positivo: com a subida dastaxas longas, os Certificados do Tesouro passaram a oferecer um rendimentomais interessante.

2005 2006 2007 2008 2009 20102.50

3.00

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6.00

6.50CARTEIRA DE FUNDOS

Para o longo prazo, a PROTESTE POUPANÇA sugerecombinar o investimento em fundos de acções e obriga-ções de taxa fixa, isto é, constituir uma carteira de fun-dos (ver páginas 12 e 13).No portal financeiro em: Fundos > Estratégia de inves-timento.

BOLSAS MUNDIAIS(índice MSCI)

Apesar das quedas de 2007-2008, os mercados accionistas continuam a seruma boa aposta a longo prazo, desde que o investidor seja selectivo e diversifi-que.

2005 2006 2007 2008 2009 2010500

600

700

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1300

Dia Mundial da Poupança

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Depósitos a prazoRendem pouco, em muitos casos menos de 1%. Com a inflação prevista bastante acima, é muito importante

escolher um depósito rentável, de modo a não perder poder de compra. Conheça os melhores.

Taxa média abaixo da inflação

Geralmente, o rendimento é o primeiro critério de escolha.Mas, actualmente, as taxas estão baixas: em média, umdepósito de 5000 euros a um ano rende 1,1%, ficandoabaixo da taxa de inflação prevista pelo Banco de Portugal(1,4% para 2010 e 1,8% para 2011). Assim, para que nãoperca poder de compra com o seu aforro, deverá escolher amelhor taxa e sempre acima da inflação prevista. A um ano,a melhor taxa é a do Depósito Poupança Extra doActivoBank (3,1%). Mas exige o cumprimento de algumascondições (ver caixa). Veja no quadro em baixo as melhorestaxas. No nosso portal as taxas praticadas em todos osbancos (www.protestepoupanca.pt).

Fundo de Garantia dos Depósitos

Em caso de falência de um banco, pode recorrer ao Fundode Garantia de Depósitos, tutelado pelo Banco de Portugal,que garante alguma segurança ao investidor e permite queeste seja, pelo menos, parcialmente reembolsado. Abrangetodos os depósitos obtidos em Portugal ou noutro Estadocomunitário, por bancos sediados no nosso país, garante oreembolso até um valor máximo 100 000 euros por cliente,até final de 2011 (www.fgd.pt).

Se resgatar antes, perde os juros

Alguns depósitos não permitem o resgate antecipado.Outros, a situação mais habitual, permitem mas perde osjuros do período já decorrido. Por isso, antes de escolher umdepósito veja se o prazo se adequa ao seu objectivo e se nãovai necessitar do capital antes.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 7

Dia Mundial da Poupança

AS MELHORES TAXAS PARA DEPÓSITOSBANCA TRADICIONAL BANCA ONLINE

Instituição Montantemínimo(euros)

TANB(%)

TANL(%)

Instituição Montantemínimo (euros)

TANB(%)

TANL(%)

1 mêsBanco Popular (Depósito Ouro) 1000 0,7 0,5 Barclays Bank (Dep. Net) 1000 1,4 1,0CajaDuero 2500 0,6 0,5 Santander (DP NetB@nco) 250 1,3 1,0Banif 500 0,6 0,4 Banco Big 500 1,2 0,9

3 mesesSantander (DP 5) (1) 250 5,0 4,0 Best (Dep. Promocional 4%) (1) 2500 4,0 3,1Popular (Dep. Aniversário) (2) (4) 1000 3,5 2,7 Best (Dep. a Prazo Blue) (1) (2) 2500 4,0 3,1Popular (Depósito Ouro 3 M.) (1) 300 3,0 2,3 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 2500 2,4 1,9

6 mesesPopular (Ouro Crescente) (2) (3) 300 3,3 2,6 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 2500 2,8 2,2BPN (DP Oportunidade) (1) (2) 5000 3,3 2,6 Banco Big (DP Top II) 60 000 2,7 2,1Banif (Poupança Nova Vida) 25 2,4 1,9 CaixaGalicia (DP Especial On) (2) 3000 2,5 2,0

12 mesesPopular (Dep. Ouro Plus) (2) (3) 300 3,5 2,7 ActivoBank (Dep. Poup. Extra) (5) 3000 4,0 3,1Banif (Poupança Nova Vida) 25 2,7 2,1 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 2500 3,0 2,4Banif (Poupança Banif) 250 2,4 1,9 Banco Big 500 2,4 1,9

TANB: taxa anual nominal bruta. TANL: taxa anual nominal líquida. Taxas actualizadas à data de 15 de Outubro de 2010.O capital aplicado em depósitos está garantido até 100 mil euros. O excedente não está ao abrigo do Fundo de Garantia dos Depósitos. (1) Só para os novos clien-tes. (2) Só para novos capitais. (3) Taxa média. (4) Apenas para aniversariantes neste mês. (5) Exige o cumprimento de algumas condições.

DEPÓSITOS A PRAZO E INFLAÇÃO(em %)

O melhor depósito a um ano rende 3,1% líquidos (ActivoBank), mas exige ocumprimento de algumas condições. Contudo, a taxa média dos depósitos é de1,1%, abaixo da inflação prevista para este ano (1,4%).

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

Melhor depósitoa 12 meses(ActivoBank)

Taxa médiados depósitos

Inflação previstapara 2010

(Banco de Portugal)

Qual o melhor depósito?

O rendimento é importante, mas não deve descurar ou-tros aspectos igualmente importantes, como a segu-

rança e a liquidez. Actualmente, o depósito maisrentável a um ano é o Depósito Poupança Extra do Acti-voBank: rende 3,1% líquido a um ano. Mas exige o cum-primento de uma das seguintes condições: domiciliaçãodo vencimento ou pensão (mínimo de 650 euros) ou Pa-gamentos efectuados com cartão de crédito no valormínimo mensal de 250 euros ou utilização de cartão dedébito num mínimo de 12 pagamentos mensais. O nãocumprimento implica uma redução para 1,6%.

Page 8: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Produtos de taxa crescenteDesde o ano passado que os bancos inundam os clientes com ofertas de produtos de taxa crescente.

Encontrámos 30 produtos em subscrição sob a forma de depósito ou obrigação mas, em geral, não

compensam e nem todos garantem o capital.

30 Produtos em subscriçãoComo alternativa aos depósitos tradicionais, muitos comrendimento inferior a 1%, os bancos propõem produtos detaxa crescente a médio prazo. No último ano, reparámos noaumento do número de produtos deste tipo devido àexpectativa de subida das taxas de juro."Crescente" é a palavra mais frequente nas designações.Procurámos os produtos disponíveis em comercializaçãopara prazos entre dois a cinco anos e encontrámos 30 (verquadro). Na maior parte deles a taxa é fixa e crescente, mashá casos em que depende da Euribor, limitada entre valorescrescentes. É o caso do depósito Taxa Crescente Novembro2013 da CGD.

Diferentes níveis de segurançaEstes produtos podem ter a forma de depósito, obrigação decaixa, seguro de capitalização e até fundo especial deinvestimento (FEI). No momento em que fizemos a recolha,os produtos encontrados foram depósitos ou obrigações decaixa. Os primeiros estão ao abrigo do Fundo de Garantiados Depósitos, garantindo até 100 mil euros por titular; sefor sob a forma de obrigação de caixa está ao abrigo doSistema de Indemnização ao Investidor (SII) e garanteapenas até 25 mil euros. Também os FEI estão ao abrigo doSII e no caso dos seguros não existe um mecanismoprotector externo à seguradora.

Atenção à publicidadeAté há muito pouco tempo, a publicidade destacava apenasa taxa mais elevada da aplicação. Denunciámos váriassituações no passado e a legislação recente veio colocaralgum freio nos abusos que se verificavam. No entanto, hásempre tentativas de contornar a legislação.Felizmente, nesta recolha não encontrámos nenhumproduto com publicidade enganadora. Além disso, todos osprodutos sob a forma de depósito apresentam a informaçãode forma bastante clara na Ficha de InformaçãoNormalizada (FIN), sinal de que as nossas denúncias eapelos têm sido ouvidos. Todavia, as exigências informativasvariam consoante o tipo de produto: seguros e obrigações decaixa nem sempre são claros.

Uma ilusão a taxa crescenteNenhum dos produtos apresenta no primeiro ano umaremuneração superior à do melhor depósito a 12 meses, que éde 3,1% líquida (ver página 7). Quanto ao rendimento final, amelhor taxa anual é de 3,5% líquida para o prazo de 5 anos(Banco Invest), 2,7% a 4 anos (Banco Big) e 2,6% a 2 anos(BPN). Ainda que estas taxas sejam superiores à maior partedos depósitos, são produtos de médio/longo prazo, há outrasalternativas (ver caixa As soluções de dívida pública).

www.protestepoupanca.pt8 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

Dia Mundial da Poupança

CAIXA AFORRO ANUAL +:6% NO ÚLTIMO ANO, MAS RENDE APENAS 2,1%

Exemplo de um produto de taxa crescente: proporciona entre 1 a 6%, respecti-vamente em cada ano. Mas, o rendimento efectivo líquido, se mantiver a apli-cação até ao fim dos 5 anos, é de 2,1%, bastante menos do que o melhor depósi-to a um ano (3,1%). Raramente a taxa crescente compensa.

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

7%

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Responda a 4 perguntas

Antes de subscrever um produto deste tipo, procure sa-ber as respostas a estas questões:Pode mobilizar em qualquer altura?

A falta de liquidez obriga a um compromisso a mé-dio/longo prazo. Verifique se o produto pode ser mobili-zado a qualquer altura sem perda de capital. Muitosdeles não podem ser mobilizados antecipadamente ouentão, no caso das obrigações, podem ser adquiridaspelo banco ou vendidas em Bolsa a preço de mercado,correndo o risco de perder parte do que investiu.Qual a TAEL a 12 meses e no período total?

Por vezes os slogans publicitários realçam ou dão maiordestaque à taxa do último período. Não se deixe con-vencer, provavelmente refere-se a um período ainda dis-tante. Verifique quanto rende a aplicação no primeiroano e compare com os melhores depósitos para o mes-mo prazo. Veja também a TAEL (taxa anual efectiva lí-quida) para o período total da aplicação (última colunado quadro).O rendimento é fixo ou depende da Euribor?

As taxas Euribor estão muito baixas e não são um inde-xante interessante. Mesmo que venham a subir, nos vá-rios prazos, são inferiores às melhores taxas dosdepósitos bancários de curto prazo. Além disso, é prefe-rível fazer um depósito a um ano à melhor taxa do quesubmeter-se à incerteza da expectativa de subida dastaxas.Qual o tipo de produto?

Depósito, seguro, obrigação de caixa ou fundo de inves-timento. A segurança e liquidez dependem da forma.

Page 9: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Alguns depósitos de taxa crescente são indexados à Euribor,estando as taxas dos anos seguintes limitadas numdeterminado intervalo. É o caso do depósito Taxa CrescenteNovembro 2013, a 3 anos, da Caixa Geral de Depósitos.Assim, mesmo que a Euribor subisse 1% ao ano, comosupusemos, a subida do rendimento anual está semprelimitada. As taxas crescentes não são tão vantajosas quantoparecem, mesmo que as dos últimos anos sejam muitoatractivas (chegam a 6%). Além disso, alguns produtosservem para captar novos capitais ou são para clientespreferenciais, como se pode ver no quadro. É o caso dosdepósitos Poupança Solução Valor, Poupança SoluçãoConsigo (Montepio) e do Caixa Aforro Anual + (CGD),exclusivos para clientes com outros serviços.

Contratos a médio prazo

A falta de liquidez de alguns produtos, seja através dasrestrições ou impossibilidade de mobilização ou pela vendado título a preço de mercado, transformam o produto numcompromisso a médio ou longo prazo, pois desincentivam atransferência para outras aplicações mais rentáveis que

possam surgir no futuro, com a subida das taxas. Assim,mais vale fazer uma gestão activa da poupança: escolha o

melhor depósito e depois renove sempre à melhor taxa.Se tiver a certeza de que não vai necessitar do capital podeoptar pelos títulos de dívida pública (ver caixa).

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 9

Dia Mundial da Poupança

Qual a melhor opção para o médio prazo?

Para qualquer um dos prazos encontramos melhores so-luções que os depósitos de taxa crescente apresentadosno quadro, nomeadamente as Obrigações do Tesouro

(OT): a três anos, uma OT rende 3,1%, a quatro anos ren-de 3,8% e a cinco consegue 4,1% (veja em www.protes-tepoupanca.pt). Contudo, nos depósitos o capital estásempre garantido e, na maior parte dos casos, pode mo-bilizar antes do vencimento, enquanto nas OT o capitalapenas está garantido no final. Pode também optar pe-los Certificados do Tesouro que, pelo prazo de cin-co anos, proporcionam 3,8% (ver pág. 10).

PRODUTOS DE TAXA CRESCENTE (em subscrição)Designação Banco Tipo de

produtoMontante

mínimoMobilizaçãoantecipada

Pagamentode juros

Variação deTANB (%)

TAEL(%)1.º ano

TAEL(%)

5 ANOSInvest Depósito 5 Anos Banco Invest Depósito 5000 Sim Anual 3,0 a 6,0 2,4 3,5DP 3:30 (3) Finibanco Depósito 2500 Sim Anual 2,3 a 3,1 2,3 2,6BPI Super Rend. Fixo Cresc. 5 Banco BPI Obrigaç. 50 000 (2) Anual 2,8 a 3,8 2,2 2,6Novo Dep. Cresc. 5 Anos (3) Santander Depósito Não tem Sim Anual 2,3 a 3,5 1,8 2,2Caixa Aforro Anual + (3) (4) CGD Depósito 100 Sim Anual 1,0 a 6,0 0,8 2,1Depósito Crescente 5 Anos Santander Depósito Não tem Sim Anual 2,3 a 3,0 1,8 2,0BPI Rend. Fixo Cresc. 5 Anos Banco BPI Obrigaç. 1000 (2) Anual 2,0 a 3,0 1,6 2,0Depósito Crescente Mais Millen. bcp Depósito 2500 Sim Anual 0,8 a 4,5 (5) 0,8 1,7 (5)

4 ANOSDep. Rendimento Anual 4X Banco Big Depósito 2500 Sim Anual 2,0 a 5,0 1,6 2,7Super Poupança – 4.ª série Montepio Depósito 5000 Sim Anual 2,0 a 5,0 1,6 2,6Dep. Crescente 4 Anos Banif Depósito 500 Sim Semest. 2,0 a 3,6 1,7 2,3Conta BES Top BES Depósito 100 Sim Semest. 1,0 a 5,0 0,8 1,3

3 ANOSConta Rendimento CR BES Depósito 1000 Sim Semest. 3,0 a 4,5 2,4 2,7Dep. Rendimento Anual 3X Banco Big Depósito 2500 Sim Anual 2,0 a 4,5 1,6 2,4DP Crescente 2-3-4 BBVA (3) BBVA Depósito 1000 Sim Anual 2,0 a 4,1 1,6 2,4BPI Super Rend. Fixo Cresc. 3 Banco BPI Obrigaç. 50 000 (2) Anual 2,6 a 3,1 2,0 2,2Millen. Rend. Premium 2.ª (6) Millen. bcp Obrigaç. 10 000 (2) Semest. 2,3 a 3,4 1,9 2,2Millen. Rend. Premium 1.ª (6) Millen. bcp Obrigaç. 1000 (2) Semest. 1,9 a 2,7 1,5 1,8DP NetB@nco Cresc. 3 Anos Santander Depósito 250 Sim Anual 1,5 a 3,3 1,2 1,8BPI Rend. Fixo Cresc. 3 Anos Banco BPI Obrigaç. 1000 (2) Anual 1,9 a 2,4 1,5 1,6Aforro Prémio 2010 -10.ª ser. Montepio Depósito 1000 Sim Trimest. 1,5 a 3,3 1,2 1,6DP Crescente 1-2-3 BBVA BBVA Depósito 1000 Sim Anual 1,0 a 3,0 0,8 1,6Taxa Crescente Novem. 2013 CGD Depósito 1000 Não Trimest. 1,0 a 2,3 (1) 0,8 1,3Depósito Crescente a 3 Anos CaixaGalicia Depósito 3000 Sim Anual 1,3 a 1,8 1,0 1,2

2 ANOSDP Crescente 24 Meses BPN Depósito 10 000 Sim Semest. 2,0 a 4,5 2,0 2,6DP BES Crescente BES Depósito 1000 Sim Semest. 2,3 a 3,3 1,9 2,2Dep. Rendimento Semestral Banco Big Depósito 2500 Sim Semest. 2,0 a 3,5 1,7 2,1Dep. Crescente 2 Anos Banif Depósito 500 Sim Trimest. 2,3 a 3,5 1,8 2,0Poupança Solução Valor (4) Montepio Depósito 10 000 Sim Semest. 1,8 a 3,4 1,5 1,9Poup. Solução Consigo (4) Montepio Depósito 2500 Sim Semest. 1,6 a 3,0 1,3 1,7

TANB: taxa anual nominal bruta. TAEL: taxa anual efectiva líquida. FEI: Fundo Especial de Investimento.(1) Depende da Euribor. Supomos uma subida de 1% ao ano, após o primeiro ano. (2) Pode vender os títulos a preço de mercado, mas corre o risco de perder partedo capital investido. (3) Exclusivo para novos capitais e/ou novos clientes. (4) Para alguns clientes. (5) Para montantes superiores a 25 mil euros a remuneração ésuperior. (6) O prazo é de dois anos e meio.

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Certificados de Aforro ou do Tesouro?Em Outubro, as subscrições dos «novos certificados» rendem 4,8% líquidos ao ano, caso os mantenha

durante 10 anos. A transferência de capitais dos Certificados de Aforro para os do Tesouro parece ser uma

evidência, mas é sempre compensadora?

Os Certificados agora são outros

Criados em 1960, os Certificados de Aforro tiveram umreinado com quase 50 anos. A série A manteve-se até 1986 ea série B desde essa data até 2008. Nesse ano foi criada asérie C com alterações substanciais. O rendimento diminuiuà custa das alterações inerentes à nova fórmula de cálculo etambém porque coincidiu com a descida da Euribor, o seuindexante. Assim, este tradicional produto de aforro, bemquerido dos portugueses, perdeu o interesse.

• Longe vão os tempos em que o rendimento tinha doisdígitos. Actualmente, a taxa base para as novas subscrições deCertificados de Aforro é apenas de 0,8% líquida; para quem játem as séries antigas (A e B), a taxa base manteve-se em 0,5%.Assim, quem tenha há mais de quatro anos, está a usufruir deum rendimento de 2,1%.

• Desde 2008 que os resgates de Certificados de Aforro têmsuperado as novas emissões e os cofres do Estado estavam aperder as poupanças dos aforradores para os bancos.

• Em Julho deste ano surgiram os Certificados do Tesouro,uma aplicação de dívida pública mais vocacionada para oaforro de médio e longo prazo (conheça as diferenças noquadro em baixo).Quem subscrever em Outubro obtém 1,1% líquida parainvestimentos até 4 anos, 3,8% para quem investir entre 5 e

9 anos e 4,8% para o prazo de 10 anos.O rendimento para prazos mais alargados tem vindo aaumentar desde Julho, reflectindo a subida dos juros dasobrigações portuguesas no mercado secundário.

Tanto na nova série dos Certificados de Aforro, como nosCertificados do Tesouro, está estabelecido que o Estado nãopode alterar as regras de forma desfavorável para oaforrador num prazo de 10 anos após a subscrição.

Vale a pena transferir?

Muitos aforradores já se questionaram se não será melhortransferir as suas poupanças dos Certificados de Aforro paraos Certificados do Tesouro. A resposta depende do prazopelo qual pretende manter a aplicação. Ambas têm umprazo máximo de 10 anos. As taxas dos Certificados deAforro estão muito baixas, variando entre 0,8 e 2,1%, e nãorecomendamos novos investimentos. Se já tem há mais de

quatro anos e está a usufruir do prémio de permanência

máximo, apenas compensa transferir se tiver a certeza de

que não vai movimentar a aplicação durante, pelo menos,

cinco anos. Dessa forma, irá conseguir aplicar a suapoupança a um rendimento de 3,8%. Contudo, lembre-seque o rendimento dos Certificados de Aforro é variável edepende da Euribor, que poderá subir nos próximos anos.

www.protestepoupanca.pt10 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

Dia Mundial da Poupança

CERTIFICADOS DE AFORRO:TRÊS ANOS DE RESGATES (em milhões de euros)

Em 2010, até Agosto, os cofres do Estado acumulam já um saldo negativo de671 milhões de euros. Pelo terceiro ano consecutivo, os resgates superam as no-vas emissões. Em compensação, houve já uma entrada de 251 milhões de eurosem Certificados do Tesouro.

-1000

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

2007 2008 2009 2010 (Janeiroa Agosto)

Novas emissõesResgatessaldo

DÍVIDA PÚBLICA: CERTIFICADOS DE AFORRO E DO TESOUROCaracterísticas Certificados de Aforro (série C) Certificados do Tesouro

Local de subscrição IGCP, CTT e Aforro Net (http://aforronet.igcp.pt)Montantes 100 a 250 000 euros 1000 a 1 000 000 eurosPrazo 10 anos 10 anosResgate antecipado Sim, após os primeiros três meses. Sim, após os primeiros seis meses.Pagamento de juros Trimestral AnualCapitalização de juros Sim NãoRendimento Definida em cada mês e é variável em função da

Euribor: 0,85 * E3 + 0,25, em que E3 é a média dosvalores da Euribor a três meses nos dez dias úteis

anteriores, sendo o resultado arredondado àterceira casa decimal.

Definida em cada mês e é fixa para todo o períodode investimento, variando consoante o prazo de

permanência: quem investir por menos de 5 anosrecebe apenas a taxa dos Bilhetes de Tesouro ou

Euribor a 12 meses; entre 5 a 9 anos o rendimentodas OT a 5 anos; a 10 anos o das OT a 10 anos.

O nosso conselho Não subscreva.Quem já tem as séries antigas (séries A e B), só

compensa transferir para os Certificados do Tesourose tiver a certeza que vai manter a aplicação

durante, pelo menos, cinco anos.

Uma aplicação interessante se investir porprazos superiores a cinco anos.

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PPR ou Certificados de Reforma?Se está a pensar em amealhar para a reforma, há duas aplicações que, este ano, ainda proporcionam

benefício fiscal: os PPR e os Certificados de Reforma. Mas, se os limites aos benefícios fiscais apresentados

pelo Governo forem aprovados, o interesse destes produtos poderá desaparecer no próximo ano.

Benefício fiscal em riscoO benefício fiscal é o principal atractivo destas aplicações.Enquanto nos PPR pode deduzir 20% das entregas anuaisaté ao limite de 300 a 400 euros, consoante a idade dosubscritor, nos Certificados de Reforma (CR) a deduçãofiscal corresponde a 20% do montante aplicado com o limitede 350 euros, qualquer que seja a sua idade, como pode verno quadro em baixo. Mas, a principal diferença é que nosCR as entregas são uma percentagem fixa do salário (2, 4 ou6%). Assim, só atingirá o limite máximo do benefício fiscalse tiver um salário mensal superior a 3645 euros(se descontar 4%) ou superior aos 7292 euros (caso desconte2%) e descontar durante os 12 meses. No entanto, se oslimites de deduções por benefício fiscal apresentados noOrçamento de Estado para 2011 forem aprovados, poucosterão interesse em subscrever PPR ou CR.

Apenas 2,9% nos últimos 12 mesesNos últimos 12 meses, à data de 30 de Setembro, os CRrenderam 2,9% (7,8% em 2009). Contudo, 7 fundos PPRsuperaram a performance dos últimos 12 meses: BarclaysPPR L. Path 2025 (6,2%), Barcalys PPR L Path 2020 (5,6%),Optimize Capital PPR Acções (4,7%), Santander PoupançaInvestimento FPR (4,7%), PPR Vintage (4,2%), BarclaysPPR Rendimento (3,8%) e Optimize Capital Reforma PPREquilibrado (3,7%). A nossa Escolha Acertada PPR SGF

Garantido, que apresenta capital garantido e umrendimento mínimo, teve quase o mesmo resultado (2,8%).A carteira de activos do fundo associado aos CR estáactualmente repartida da seguinte forma: 37% em dívida

pública nacional, 43% em dívida da OCDE, 19% em acçõese 1% em liquidez. No último ano aumentou a proporçãoaplicada em acções e diminuíram os activos líquidos.

A quem interessam os Certificados?Pode ser uma opção complementar aos PPR, já que osbenefícios fiscais são acumulados, podendo atingirdeduções anuais à colecta de IRS de 750 euros (máximo de400 euros nos PPR e 350 euros nos CR). O grande contra énão poder haver resgate antecipado. Além disso, é umproduto único que pode não ser o mais adequado a todos osperfis e nunca tem o capital garantido. Veja no quadro embaixo as principais diferenças entre PPR e CR.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 11

Dia Mundial da Poupança

APLICAÇÕES PARA A REFORMA COM BENEFÍCIO FISCALCritério Planos Poupança Reforma (PPR) Certificados de Reforma (CR)

Local Seguradoras, bancos e sociedades gestoras de fundos. Segurança Social (www.seg-social.pt)Entregas Programadas (mensais, trimestrais, semestrais,…) ou

não. Montantes mínimos definidos por cada produto.Mensais. O montante corresponde a 2% ou 4% dosalário mensal médio (ou 6% se tiver mais do que50 anos).

Benefíciosfiscais

Dedução de 20% do montante aplicado, com o limiteanual de 400, 350 e 300 euros, em função da idade(menos de 35, entre 35 e 50 e mais de 50 anos).

Dedução de 20% do montante aplicado com o limitede 350 euros, qualquer que seja a sua idade.

Perfil de risco Existem largas dezenas de PPR em Portugal, cada umcom uma estratégia de investimento diferente.

Único. Apenas há um fundo idêntico para todos osinvestidores, independentemente do seu perfil.

Custos Há comissões de subscrição, entrega, gestão, depósito,resgate e transferência, consoante o produto.

Não tem custos.

Capitalgarantido

Depende do produto. Há seguros e fundos. Podem ter,ou não, capital garantido e/ou rendimento mínimo.

O fundo não tem capital garantido.

Rentabilidadegarantida

Geralmente, os seguros PPR têm capital garantido e umrendimento mínimo.

Não tem.

Resgate Pode resgatar. Fora das condições legais, terá quedevolver os benefícios fiscais acrescidos de 10% ao anoe suportar uma comissão de resgate antecipado.

Apenas na reforma ou em caso de invalidez total.

Transferências Sempre que quiser. Para outro PPR com um perfil e/ouentidade diferente (custo até 0,5%).

Não. O capital é gerido pelo Instituto de Gestão deFundos de Capitalização da Segurança Social até àreforma.

CERTIFICADOS DE REFORMA E FUNDOS PPR:ÚLTIMOS 12 MESES (em %)

Os Certificados de Reforma surgiram há mais de dois anos. Nos últimos 12 me-ses registaram um ganho modesto (2,9%), no entanto, superior à média dasvárias categorias de fundos PPR. Ainda assim, 7 fundos PPR conseguiram va-lorizações superiores, até 6,2% (Barclays PPR L Path 2025).

2,90%

1,80%

1,54%

2,14%

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

Certificadosde Reforma

Fundos PPRdefensivos (média)

Fundos PPRneutros (média)

Fundos PPRagressivos (média)

Page 12: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Evolução dos mercadosAs últimas semanas foram marcadaspor movimentações mais acentuadasnos mercados cambiais. Com efeito amoeda única ganhou bastante terrenoface ao dólar norte-americano. Por ou-tro lado, a remuneração oferecida pelosCertificados do Tesouro também subiuem consonância com as taxas de jurodo mercado (mais informação sobreCertificados na página 10).

5 anosPara um período aproximado de cincoanos, os Certificados do Tesouro fica-ram menos apelativos tendo em conta aapreciação do euro que tornou mais in-teressantes mercados accionistas, comopor exemplo, os Estados Unidos e aGrande China. Contudo, se reduzimos opeso dos Certificados é apenas paraquem pretende iniciar agora a constru-ção de uma carteira ou reforçar os inves-

timentos. Os aforradores que já subscre-veram Certificados não os devemresgatar antes do prazo inicialmenteque, é neste caso, de cinco anos.Esta alteração representa também umaumento da proporção de acções nascarteiras para 30, 50 e 65, respectiva-mente.

10 anosA subida dos juros da dívida públicaportuguesa para os prazos mais longosdeu um ligeiro impulso aos Certifica-dos que vêem o seu peso aumentar lige-iramente na versão mais agressiva destacarteira. Em compensação, o mercadoaccionista nacional "caiu" de 10 para 5por cento.

20 anosNestas carteiras o grande vencedor foia Bolsa norte-americana, tendo sido

preponderante o recuo recente dodólar. Por seu turno, e tal como nacarteira a 10 anos, as acçõesportuguesas perdem peso. Contudo,esta "troca" dá-se nas três versões dacarteira a 20 anos.

A reterÉ importante não esquecer que osprazos definidos para as diversascarteiras são indicativos e visam obterum bom equilíbrio entre rendimento erisco. Deste modo, o aforrador poderesgatar os investimentos a qualquer.Contudo, se o fizer pode incorrer emperdas que, em alguns casos, podemser substanciais.

Fundos recomendadosNa página seguinte pode consultar asEscolhas Acertadas para fundos de ac-ções e obrigações.

www.protestepoupanca.pt12 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

Dia Mundial da Poupança

• CT = Certificados do Tesouro • Fundos de acções: CH = Suíça; CN = China; GB = Reino Unido; IN= Índia; PT = Portugal; US = Estados Unidos• Fundos de obrigações: AUD = dólar australiano; CHF = franco suíço; EUR = Euro; GBP = libra esterlina; USD = dólar norte-americano

GB15%US

5%

CN10%

CT70%

Acções 30% Certificados do Tesouro 70%

PT5%GB

20%

US15%

CN10%

CT50%

Acções 50% Certificados do Tesouro 50%

PT5%GB

20%

US25% IN

5%

CN10%

CT35%

Acções 65% Certificados do Tesouro 35%

PT5%GB

15%

CH5%

US10%

IN5% CN

10%

CT50%

Acções 50% Certificados do Tesouro 50%

PT5%GB

20%

CH5%

US10% IN

5%CN

10%

CT45%

Acções 55% Certificados do Tesouro 45%

PT5%GB

15%

CH5%

US5%

CN10%

CT60%

Acções 40% Certificados do Tesouro 60%

PT20%

GB20%

CH5%

US20%

AU5%

BR5%

IN5%

CN10%

AUD5%

GBP5%

Acções 90% Obrigações 10%

PT15%

GB20%

CH10% US

20%

CN10%

AUD5%

USD5%

GBP10%

EUR5%

Acções 75% Obrigações 25%

PT10%

GB20%

CH10% US

10%

CN10%

AUD10%

USD5%

CHF5%

GBP10%

EUR10%

Acções 60% Obrigações 40%

5an

os

10

ano

s2

0an

os

Se quer corrermenos riscos...

CARTEIRA DE BASE Se aceitariscos suplementares...

Page 13: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Fundos de investimentoOpção incontornávelCom o Dia Mundial da Poupança a aproximar-se éimpossível não referir os fundos de investimento. Estesprodutos financeiros são um excelente veículo deinvestimento. Apenas com pequenos montantes(normalmente, a partir de 500 euros), os aforradoresbeneficiam de uma carteira diversificada e podem acederfacilmente a mercados que dificilmente estariam ao seualcance: veja-se por exemplo, a Bolsa russa o mercado deobrigações australiano. Estas vantagens abrem a porta amuitas oportunidades de investimento, mas é preciso teralgumas precauções…

Cuidados a ter

• Em primeiro lugar, ter um conhecimento mínimo dofundo em causa. Para tal, pode consultar a informação dadapela PROTESTE POUPANÇA, mas também é convenienteler o prospecto simplificado. Este documento deve serobrigatoriamente entregue ao investir ANTES da subscrição.

• Em segundo lugar, é preciso considerar se o tipo de fundo éadequado ao perfil do investidor. Este deve semprequestionar-se: "Durante quanto tempo posso manter odinheiro aplicado?"; "Que risco estou disposto a correr paraobter uma rentabilidade mais elevada?". Por exemplo, ascarteiras apresentadas na página anterior possibilitamsoluções de investimento equilibradas para diferentes prazos.

• Por fim, é preciso evitar cair em determinadas"armadilhas". Como se pode ver na figura, grande parte dosmontantes aplicados em fundos destinam-se a categorias debaixo risco, mas os nomes podem ser enganadores.

– Há muito tempo que a PROTESTE POUPANÇA retirouas recomendações relativas aos fundos de tesouraria,monetários e de obrigações de curto prazo (estes últimostambém designados de taxa variável). Estas categorias têmtido desempenhos desoladores e aquém de inúmeros

depósitos a prazo (ver página 7). Além disso, esses fundosnão têm garantia de capital.

– Outro "engano" são os fundos com garantia de capital. Defacto, o investidor está mais seguro, mas se resgatar antes doprazo pode perder algum dinheiro e as rentabilidadesanunciadas são frequentemente um logro. Em suma, podemter a designação de fundos, mas funcionam de forma quaseigual aos produtos estruturados, os quais sãofrequentemente analisados (negativamente) na rubricaRendimento Garantido.

A subscrever

Nos quadros seguintes apresentamos, nas diferentescategorias, os fundos de acções e de obrigações actualmenterecomendados para a constituição das carteiras referidas napágina anterior.

Pode também comparar entre as várias categorias de fundose/ou consultar a ficha detalhada de cada fundo emwww.protestepoupanca.pt.

FUNDOS DE ACÇÕESCategoria Fundo Rentabilidade anual

em % (1)

1 ano 5 anos

Portugal BPI Portugal -15,6 0,1E. S. Portugal Acções -21,2 -0,6Millennium Acções Portugal -15,5 0,2Santander Acções Portugal -16,6 0,0

ReinoUnido

Fidelity United Kingdom A (2) 18,4 -1,1UBS EF Great Britain P (2) 13,9 -2,4

Suíça Fidelity Switzerland A (2) 11,9 3,0EstadosUnidos

UBS EF USA Multi Strategy P (2) 14,7 -3,5

Austrália Fidelity Australia A (2) 21,5 6,3UBS EF Australia P (2) 9,8 5,3

Brasil UBS Equity Sicav Brasil P (2) 25,8 (3)GrandeChina

UBS EF Greater China P (2) 30,5 17,3

Índia Pictet Indian Eq. R EUR (2) 33,5 (3)(1) Até 30/09/2010. (2) Rentabilidade bruta. O ganho caso exista é tributadono momento do resgate. (3) O fundo não tem historial suficiente.

FUNDOS DE OBRIGAÇÕESCategoria Fundo Rentabilidade anual em % (1)

1 ano 5 anos

EUR E.S. Obrigações Europa 7,3 4,4Santander Multitaxa Fixa 3,3 3,7

AUD UBS Bond AUD P (2) 26,1 8,2CHF UBS Bond CHF P (2) 18,8 5,5GBP UBS Bond GBP P (2) 15,0 0,1USD Aberdeen GI US$ BD A2 (2) 15,1 3,2

SISF US Dollar Bond B (2) 15,3 2,8(1) Até 30/09/2010. (2) Rentabilidade bruta. O ganho caso exista é tributadono momento do resgate.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 13

Dia Mundial da Poupança

GRANDES CATEGORIAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO(em % dos montantes geridos)

Fonte: APFIPPOs fundos aparentemente mais defensivos continuam a ter a preferência dosaforradores portugueses.

FEI23%

Acções10%

PPR9%Mistos

16%

Tesouraria14%

Obrigações12%

Capitalgarantido

16%

Page 14: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Acções: investimento a longo prazoSe tem dinheiro e algum tempo e está disposto a assumir riscos com o intuito de alcançar uma rentabilidade

mais generosa no longo prazo, então o investimento directo em acções é uma boa opção para si. Seja

paciente e diversifique a sua carteira.

A longo prazo

• Quem quer investir directamente em acções deve fazê-lonuma óptica de longo prazo. Isto porque o risco diminui àmedida que o período da aplicação aumenta. No primeiroano, a margem de flutuação é significativa e a probabilidadede receber menos dinheiro do que o aplicado é bastanteelevada. Contudo, esta vai diminuindo progressivamente como alargar do tempo e a longo prazo (a partir de dez anos), orisco acaba por ser muito menor. Por isso, se puder dispor deuma parte do seu dinheiro durante um período longo, poderáoptar por investir em acções. Caso contrário, se existir umaforte probabilidade de vir a precisar do dinheiro, num prazorelativamente curto (um ou dois anos), é preferível escolheroutro produto financeiro.

• Assumindo actualmente um rendimento anual a longoprazo de 6,1% (rendimento dos dividendos mais ocrescimento da economia a longo prazo), para o mercado deacções nacional podemos dizer com 90% de certeza que:– No primeiro ano, o rendimento situar-se-á entre umaperda de 24,5% e um ganho de 36,7%. Uma opção muitoarriscada e que se encaixa mais no perfil de um especulador.Com efeito, é muito provável que o resultado se afastebastante do rendimento estimado.– À medida que o prazo aumenta, o rendimento médioanual tem mais probabilidades de ficar próximo do valoresperado. Se o prazo fosse de vinte anos, o intervalodiminuiria, existindo fortes possibilidades de obter entre-0,7% e 12,9% ao ano. Ou seja, teria uma rentabilidademuito atractiva com um risco de perda marginal.

1. MERCADO DE ACÇÕES PORTUGUÊSRendimento*

\Anos1 3 5 10 20

Máximo +36,7 +23,8 +19,8 +15,8 +12,9Mínimo -24,5 -11,6 -7,6 -3,6 -0,7

(*) em %. Assumindo probabilidade de 90% e rendimento anual a longo prazoestimado de 6,1%.

Diversificação

• Um outro aspecto que deve prestar especial atençãoencontra-se traduzido na velha máxima: "não coloque todosos ovos dentro do mesmo cesto". Ou seja: minimize o risco,repartindo o seu dinheiro por vários títulos. Investir numaúnica empresa é muito mais arriscado que o conjunto daBolsa. Dessa forma, faça uma carteira com diversas acçõesrepartida por diferentes regiões e sectores de actividade.

• Apesar de não haver regras exactas, vários estudos revelamque só se consegue uma boa diversificação escolhendo, pelomenos, uma dezena de títulos. Logo, é aconselhável que tenhauma quantia de pelo menos 20 000 euros, ou seja, coloque2000 euros em cada título. Poderá ter um orçamento inferior,mas tenha também em atenção que o impacto dos custos narentabilidade é tanto maior quanto menor for o montante ainvestir.

Gerir a carteira

• Depois de constituir uma carteira diversificada, não vale apena multiplicar as acções de compra e venda. Se o fizer, pagacomissões de transacção elevadas que pesam sobre orendimento. Seja paciente e deixe o investimento crescer.

• Mas, investir a longo prazo não é sinónimo de inércia.É necessário acompanhar os seus investimentos. Reaja aosmovimentos das empresas, como troca de títulos, emissão denovas acções… Por estas razões, e para além do dinheiro, épreciso ter algum tempo disponível. Caso não tenha podeoptar por investir através de fundos de acções.

• Na PROTESTE POUPANÇA avaliamos as principaisacções nacionais. Veja em www.protestepoupanca.pt a maisrecente análise sobre a Brisa em que mudámos o conselho decomprar para manter. Para aceder à avaliação e conselho demais de 200 acções consulte a POUPANÇA ACÇÕES.

www.protestepoupanca.pt14 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

Dia Mundial da Poupança

RENDIMENTO MÉDIO ESPERADO PARA O MERCADODE ACÇÕES NACIONAIS (em %)

Em 90% dos casos, o rendimento médio das acções nacionais ficará situado en-tre as linhas superior e inferior. Quanto maior o prazo, mais o rendimentoefectivo tenderá a aproximar-se do rendimento esperado (linha central).

-30%

-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

40%

0 5 10 15 20

Prazo (em anos)

Ren

dim

ento

MédioMínimoMáximo

A RETER

• Invista pelo maior prazo possível

Em média, se considerarmos um longo período de tem-po, os mercados de acções geram mais de 3 a 4% do

que as obrigações ou produtos sem risco. Mas, os ris-cos de perda são demasiado elevados no curto prazo.Solução: compre acções apenas se não necessitar do di-nheiro aplicado no mínimo nos próximos cinco anos.

• Diversifique e faça uma gestão rigorosa

Através de uma diversificação e de uma gestão criterio-sa da carteira é possível atingir rendimentos interessan-tes, mantendo o risco sob controlo. Dedique algumtempo e acompanhe o mercado. Trace os seus objecti-vos e controle os impulsos.

Page 15: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Regras e precauções para bem investirA aplicação financeira ideal seria a que conseguisse

reunir uma segurança absoluta, liquidez sem problemas,

ausência de custos e rendimento elevado. Infelizmente,

isto é utópico. No que respeita aos produtos financeiros

não há milagres e é preciso seguir várias regras para

evitar dissabores.

Investidor informado vale por dois: rentabilizar aspoupanças não é tarefa fácil, já que existem inúmerasaplicações. Uma informação errada ou insuficiente podecausar perdas significativas, sobretudo se limitar-se a ouvir apublicidade das instituições financeiras.

Negociar: quem dispõe de grandes somas para investirencontra-se numa situação privilegiada. São-lhe oferecidasmelhores taxas de juro e as despesas são proporcionalmentemenos elevadas. Mas não perde nada em tentar negociarcondições mais favoráveis com o seu banco. Para terhipóteses de sucesso, recolha informação sobre as propostasda concorrência.

Um pé-de-meia: recorra a produtos financeiros sem riscopara manter parte das poupanças facilmente disponíveispara ultrapassar imprevistos (acidente, doença grave oudesemprego). Junte, no mínimo, entre três a seis vezes oorçamento mensal familiar. Este pé-de-meia tem de estargarantido e "sempre à mão".

Os produtos actualmente mais adequados são os depósitos aprazo. As aplicações sem risco são a melhor opção paraquem necessita de reembolsar o dinheiro investido dentrode um prazo relativamente curto ou não sabe, ao certo,quando irá precisar dele.

Outras poupanças? Invista a longo prazo: as aplicaçõesque permitem recuperar a totalidade do dinheiro investidode um dia para o outro são menos rentáveis do que asaplicações a longo prazo. É mais rentável investir em formasde poupança cujo reembolso será feito a médio ou longoprazo (obrigações e Certificados do Tesouro) ou, mesmo,sem reembolso previsto (acções) do que em depósitos aprazo. O pé-de-meia para imprevistos nunca deve serinvestido em produtos financeiros com risco ou cujoreembolso seja difícil.

Quem tudo quer, tudo ganha (ou perde): quanto maisrisco correr, maior a probabilidade de lucro, mas também deprejuízo. Caso pretenda obter rendimentos maisinteressantes pode investir directamente em acções ouatravés de fundos, mas há regras importantes: apostar alongo prazo, ser dinâmico mas estável, diversificar e fazeruma escolha selectiva dos títulos e mercados (maisconselhos sobre o investimento em Bolsa na páginaanterior). Nunca invista todas as suas poupanças emprodutos com elevado risco.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010 | 15

Dia Mundial da Poupança

PROTESTE POUPANÇA ACONSELHA

Sempre que lhe apresentarem rentabilidades fabulosase sem nenhum risco, trata-se certamente de publicida-

de enganosa ou, pior do que isso, de uma fraude. Épreciso que o aforrador não se deixe levar por ofertasdemasiado atractivas, caso contrário poderá perdermesmo a totalidade do dinheiro investido.

• Se não quer ser a próxima vítima é preciso estar atentoaos diversos sinais que podem indiciar uma fraude:

– pedido de decisão imediata

– promessa de ganhos elevados sem risco

– ligação do investimento a mercados exóticos ou con-fidenciais

– solicitação de um pequeno depósito inicial ou paga-mento antecipado de encargos

– esquemas em que os investidores são induzidos acomprar valores mobiliários a preços superiores ao seuvalor

– ofertas públicas de subscrição falsas

– chamadas telefónicas não solicitadas

– afirmação de que não é necessária uma autorizaçãodas entidades supervisoras (Banco de Portugal, Comis-são do Mercado de Valores Mobiliário ou Instituto de Se-guros de Portugal).

• O dinheiro entregue a entidades não autorizadas nãoestá abrangido por sistemas de protecção, como o Fundode Garantia de Depósitos ou o Sistema de Indemnizaçãoaos Investidores.

• Caso o serviço ou produto seja oferecido na Internet

teste os outros meios de contacto indicados no sítio e soli-cite uma descrição detalhada dos serviços que lhe sãooferecidos e documentação escrita sobre os mesmos.

• Acima de tudo, nunca aplique o seu dinheiro sem ter

total conhecimento do produto financeiro que lhe éproposto.

• Utilize o nosso Serviço Telefónico de Informação

Financeira (808 200 147 e 218 418 789) para esclare-

cer dúvidas ou a Comissão do Mercado de Valores Mobi-liários (www.cmvm.pt ou 800 205 339) para denunciarcasos suspeitos logo que tenha conhecimento deles.

Além disso pode consultar a rubrica Didáctico e o dossiê"Armadilhas e fraudes financeiras" no portal financeiro(www.protestepoupanca.pt).

Page 16: PROTESTE_POUPANCA_388[1]

Alertas da PROTESTE POUPANÇAComo sempre, estivemos muito atentos ao mercado

e, em 2010, foram várias as comunicações para as

entidades supervisoras e para o Ministério das

Finanças.

Contas para jovens em ponto pequenoAnalisámos 23 depósitos de diferentes prazos, uns de taxacrescente ou com prémio de permanência, outros de taxafixa. Alguns ofereciam mealheiros, consolas, bilhetes paraparques temáticos ou brindes do Noddy, mas nenhumrendia mais do que o melhor depósito tradicional a12 meses, em Março. Várias instituições ofereciam taxasmais atractivas nos depósitos tradicionais, on-line ou desubscrição limitada de taxa crescente.

Produtos financeiros com taxas enganadorasAo invés dos depósitos, outros produtos, como asobrigações de caixa e os seguros de capitalização, continuama ter grande margem de manobra na publicidade. Podem

anunciar uma taxa atractiva, ainda que não corresponda

ao rendimento efectivo da aplicação. Em Maio, aPROTESTE POUPANÇA analisou a publicidade a produtos

financeiros e encontrou vários casos que induzem oconsumidor em erro. Denunciámos a situação ao Banco dePortugal e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Negócios em linha poupam 2563 eurosEm Junho, a PROTESTE POUPANÇA analisou 45

preçários de 24 intermediários e descobriu diferenças até

2563 euros anuais. As propostas pela Internet são mais

vantajosas. Mesmo sem mudar de instituição, pode reduziras comissões em mais de 50% face às cobradas ao balcão. Aescolha depende do perfil do investidor e no portalfinanceiro pode simular cenários ou aceder aos resultadoscompletos do estudo. Os preçários continuam confusos,sobretudo para quem está pouco familiarizado com a Bolsa.Por isso, reclamámos um controlo mais apertado dosserviços de corretagem ao Banco de Portugal e à Comissãodo Mercado de Valores Mobiliários.

Seguros de capitalização: caros e sem interesseNo estudo realizado em Julho, concluiu-se: os seguros decapitalização que garantem o montante investido e oferecemrendimento variável têm custos elevados e falta de

liquidez. Em 2009, renderam 2,6% brutos, o valor maisbaixo da última década. Perante falência ou fraude de umaseguradora, o mecanismo protector do investidor pode nãoser suficiente.

Seguros PPR cobram 37 milhões de euros a maisEm 2009, os portugueses aplicaram 3,3 mil milhões de eurosem Planos Poupança-Reforma. Num só ano, em comissõesde subscrição, as seguradoras encaixaram 37 milhõesde euros mais do que as sociedades gestoras de fundosmistos. Por outro lado, em caso de fraude ou falência daseguradora, o sistema de protecção pode ser insuficiente

para indemnizar o consumidor. Por isso, além de reservastécnicas, deveria existir um mecanismo compensatórioindependente da seguradora, tal como existe para outrosprodutos financeiros. Em Novembro de 2009, a PROTESTEPOUPANÇA já tinha comunicado estas reivindicações aoMinistério das Finanças, ao Instituto de Seguros de Portugale à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

www.protestepoupanca.pt16 | PROTESTE POUPANÇA � 19 de Outubro 2010

Serviço telefónicode informação financeiraEnquanto assinante da PROTESTE POUPANÇA poderáconsultar o serviço telefónico de informação financeira.A nossa equipa irá responder às suas dúvidas e questõessobre investimento e outros temas.Horário de atendimento: das 9h às 13h e das 14h às 18h(à 6.ª feira, encerra às 17h).

� Aplicações financeiras e investimentoTelefone: 808 200 147 (rede fixa) e 218 418 789 (para telemóveis).

� FiscalidadeTelefone: 808 200 148 (rede fixa) e 218 418 783 (para telemóveis).

� CréditoTelefone: 808 789 149 (rede fixa) e 210 321 949 (para telemóveis).

Propriedade/Redacção: DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira,n.º 13, 1.º B; 1900-221 Lisboa. Editora registada sob o número 215 705. NIPC: 502 611 529.

A nossa equipa de analistas financeiros para o mercado nacional – acções nacionais: João Sousa: Banca; Luís Pinto: Construção, Cimento, Bens de consumo, Papel; PedroCatarino: Distribuição, Media, Auto-estradas, Serviços informáticos; Rui Ribeiro: Telecomunicações, Papel, Energia; – outros valores mobiliários e instrumentos financeiros:António Ribeiro, João Sousa, Jorge Duarte. Na análise do mercado externo a PROTESTE POUPANÇA colabora com um grupo de organizações de consumidores europeias com asquais definiu metodologias de análise idênticas a quem cede e de quem recebe alguns conteúdos. São elas: Euroconsumers S.A. Avenue Guillaume 13b, L-1651 Luxembourg.Altroconsumo Edizioni Finanziarie S.R.L. Via Valassina, 22 – 20159 Milano. Test-Achats S.C. Rue de Hollande 13, 1060 Bruxelles. OCU Ediciones S.A. C/Albarracín, 21-28037 Madrid.Editions scientifiques et techniques consommateurs France SA 44 Rue Lafayette – 75009 Paris.As análises publicadas na PROTESTE POUPANÇA são independentes e elaboradas de acordo com uma metodologia que poderá consultar no endereçohttp://www.poupanca.proteste.pt/map/show/123351.htm.As análises nunca são enviadas à entidade emitente dos instrumentos financeiros objecto de avaliação e, por isso, não estão sujeitas a alterações a pedido destas. A DECOPROTESTE e os responsáveis pela informação financeira não têm interesses susceptíveis de prejudicar a objectividade da mesma. Os nossos conselhos baseiam-se em análisesinternas e em fontes externas fiáveis. É impossível fazer previsões totalmente exactas ou garantir o sucesso total dos conselhos apresentados. Todavia, esperamos que asinformações apresentadas neste boletim ajudem os leitores a realizar bons investimentos.Conselho de Gerência: Vasco Colaço, Luís Silveira Rodrigues e Alberto Regueira em representação da DECO, detentora de 25% do capital, e Yves Genin, Armand de Wasch,Benoît Plaitin em representação da Euroconsumers que detém 75% do capital.Tiragem: 25.000 exemplares. Registo no I.C.S. nº. 117 990. Depósito legal n.º 86876/95.Assinaturas: Tel: 808 200 146. Fax: 21 841 08 02. Email: [email protected] Assinatura trimestral: € 33,45 – 25 números por ano.Impressão: Imprejornal, EN 115 ao Km 80. Sto. Antão do Tojal, 2660-161 Loures. Todos os direitos de reprodução, adaptação e de tradução são reservados e a utilização para finscomerciais é proibida. Gráficos: © Thomson Financial Datastream e DECO PROTESTE.

Dia Mundial da Poupança