A Organização em Análise: Contribuições da Psicanálise para o Entendimento das Organizações Humanas

De Eugene Enriquez, texto de Diego Canhada.

De acordo com Sigmund Freud, a psicanálise efetivada nas empresas causa danos positivos e negativos desde a contratação até o final da efetivação do candidato. Durante este período pode se dizer de antemão que ele está CORRETO! Com o método interpretativo de Freud, podemos afirmar esta hipótese; neste caso, a partir do texto “A Organização em Análise”, de Diego Canhada, usará como referência a segunda estrutura do aparelho psíquico, não descartando a primeira estrutura do aparelho que situaremos mais a frente, como fonte de comprovação de. Acarretando o geral da analogia estabelecido no trabalho e na organização, pode-se facilmente comparar á cada sistema da 2° estrutura psíquica, o superego, ego e o id. Ao discorrer cada sistema com base a psicanálise, vamos conectar com a Organização em si. Comecemos com o Sistema Cultural propriamente dito são todas as origens, valores e normas de uma organização; tais como, distribuição de serviços, hierarquia, salários, benefícios, dentre outras nomenclaturas, auxiliando na constituição da organização a partir de um começo. Desenvolve também toda uma formação e socialização, que permite novos atores, que se pode chamar de auxiliares do trabalho, tenham como se inserir no sistema hierárquico (as cabeças da organização), tanto por bons comportamentos como por boas condutas. Trago para junto da psicanálise de Freud, se comparada ao superego, pode ser assimilado também como a forma de se tratar as condutas. Um profissional com perfil de superego pode ser sim considerado perigoso á alguns olhos, pois se assim dizer for de forma agressiva com relação á seus objetivos, sempre objetivo, organizador de ideias, concretizado, quase se comparando á um absoluto deus em anos atrás, nas mitologias gregas. Com sua postura sempre á frente de outras, pode sim chegar às altas lideranças de uma empresa, e se adaptar a cultura organizacional se for seu propósito, difícil à cultura de uma organização para com os superegos, pois assim, eles deixam seu lado orgulhoso um pouco de lado para conseguir o que tanto almejam. No Sistema Simbólico criando uma narrativa em que, os diferentes agentes da organização dão sentido aos seus atos, legitimam suas condutas e práticas, embora nunca seja fácil o processo, as organizações procuram consciente e inconscientemente, o avanço exatamente pelo receio que indivíduos como superegos, possuem quanto à solidez do sistema. Egos na psicanálise e referente á Organização de Eugene, possuem papéis exatos dentro da mesma; tais como, a discussão de assuntos delicados em relação ás auto lideranças, relação diretas com conclusões de projetos e soluções para com as empresas, os egos dentro das empresas, como pessoas centradas e focadas aos resultados em busca de lucro, visam uma imagem inteiramente absoluta, de certa forma que pode acarretar sucesso ou prejuízo dentro da organização. Influenciados por questões internas, chegamos ao Sistema Imaginário da Organização que relacionado á estrutura de Freud, chamamos como id, por sua criatividade e imaginação, tanto motor, que se dá na medida em que a organização permite a criatividade, que por Eugene, embora o imaginário seja irreal, é ele que concretiza o real e por isso sua importância, quanto enganador, que na medida em que a organização tenta prender os indivíduos nas armadilhas de seus próprios desejos

de afirmação narcisista; a organização por sua vez, tenta substituir o imaginário dos agentes, por uma consciência da mesma. O consentimento de Eugene Enriquez a partir da psicanálise analisa que sim, a partir do aparelho psíquico humano de Freud, pode-se impor sua marca de Organização e Cultura, sobre o pensamento, ação e conduta de seus subordinados, dentre essa conclusão ele propôs sua instancias, que vamos interligar ao sistema psíquico de Freud: instancias mítica, sócio-histórica, institucional, organizacional, grupal, individual e a pulsional. Uma influente á outra, por meios afetivos, ideológicos, comportamentais e autonomias. Relembrando de certa forma as pesquisas de Freud com relação á sexualidade infantil, a simbiose e o método catártico, podemos sintetizar que a Organização em si é uma terapia, em seus sistemas e processos cotidianos, lidamos de certa forma com a afetividade para com todos, no texto isso pode confirmar, “[...] uma associação voluntária de pessoas que experimentam em comum a necessidade de trabalharem juntos em conjunto ou de viverem juntas de maneira intensa, a fim de realizarem um ou diversos projetos que assinalam sua razão de existir (ENRIQUEZ, 1994, P. 103).” O atrito dentre a Organização de Eugene, pode surtir efeitos positivos e negativos para com o relacionamento interpessoal dentre todos os sistemas e suas instâncias que nela destaca, a psicanálise é somente instrumento; pois, quem traz os resultados são seus agentes para com a mesma, buscar rentabilidade e lucros para o futuro próximo. Para concluirmos nosso estudo, podemos, portanto dizer que, Sigmund Freud muda a visão de Eugene Enriquez com questão á rentabilidade e desenvolvimento, com processos na Organização, utilizando da psicanálise, ele afirma que o psíquico humano pode influenciar nesse processo. Tanto na questão afetiva no passado, como em um amadurecer no futuro, com personalidade diferente á condutas e práticas de cada profissional, como na hierarquia de grandes lideranças, como também na cultura organizacional, pois seus cargos em um contexto devem representar cada personalidade das estruturas do aparelho psíquico.

Analogia de Stael Gomes & Ronilson Souza 04 de Abril de 2014