Psicologia Positiva Aplicada a Nivel Ind

7/24/2019 Psicologia Positiva Aplicada a Nivel Ind

http://slidepdf.com/reader/full/psicologia-positiva-aplicada-a-nivel-ind 1/27

DocenteProfª Fátima Perloiro

Elementos do Grupo:

Ana Paulico

Cristina Almeida

Marta Fernandes

Paula Diogo

A Psicologia Positiva a

nível individual- Bem-Estar, Felicidade e Emoções Positivas -

Trabalho realizado no âmbito do EMAPP – 1º semestre, analisando um filme, “Evan

Almighty” (Evan o Todo Poderoso) e em resposta ao guião de perguntas de grupo e

individual. Esta proposta de trabalho ajudou as participantes a interiorizar, analisando

um caso prático, os diferentes conceitos e modelos da Psicologia Positiva, aplicados ao

nível individual.



A Psicologia Positiva a nível individual

• • •

ÍndiceQuestões Grupo...............................................................................................................................................3

Questão 1:.......................................................................................................................................................3

Questão 2:.......................................................................................................................................................5Questão 3:.......................................................................................................................................................6

Questão 4:.......................................................................................................................................................9

Questão 5:.....................................................................................................................................................12

Questão 6:.....................................................................................................................................................12

Questões Individuais....................................................................................................................................13

Ana Paulico..................................................................................................................................................14

Paula Diogo..................................................................................................................................................19

Cristina Almeida.........................................................................................................................................22

Marta Fernandes.........................................................................................................................................24

Os nossos agradecimentos à Alexandra Nogueira, que apesar de não ter o seu nome neste trabalho,

participou activamente na sua realização.

Erro! Estilo não definido. 1




• • •

A Psicologia Positivaa nívelindividual- Bem-Estar, Felicidade e Emoções Positivas -

QUESTÕES DE GRUPO:

1. Neste flme existe a

procura de elicidade,

bem-estar ou satisação

com a vida? Que

personagens a procuram? trav!s do "u#?

Ser feliz interessa, mas pensando bem, o que significa

Felicidade? Existe uma certa tendência em comparar a

felicidade e o prazer no momento.

Analisando a doutrina do hedonismo – máximo prazer e

mínima dor, que nos aponta de imediato para uma

gratificação sensorial (Aristippus (435-366 AC). Mais tarde

o Hedonismo foi elaborado por Epicurus (342-270 AC)

falando de um hedonismo ético, que assenta na obrigação

moral de maximizar a experiência de prazer.

Filósofos Britânicos, como David Hume (1711-1776) e

Jeremy Bentham (1748-1832) usaram a doutrina do Hedonismo


Evan Almight • • •

Evan Baxter, é um ex-repórter que acaba de sereleito para o Congressodos Estados Unidos com apromessa de poder mudaro mundo.

Ele e sua famíliapreparam-se para uma

nova vida, e agora queEvan se tornou umdeputado constantementeocupado, os seus filhosterão dificuldade de seadaptar, principalmentequando Evan deixa departicipar de umacaminhada pela regiãoque ele havia prometido àsua família.

A vida de Evan torna-seainda mais complicadacom a aparição de Deus,que lhe faz um pedidoinvulgar, ele quer queEvan construa uma Arca.A partir daí, diversosacontecimentos mudam avida de Evan e da suafamília, como a

transformação de Evan emum profeta bíblico e achegada de diversos paresde animais à casa dosBaxters.




• • •

para construir as fundações do Utilitarismo, que se suporta nas teorias da psicologia, da psicoanálise

e do behaviorismo.

O Hedonismo chega até nós, actualmente, como um novo campo da psicologia hedónica, na

perseguição do máximo prazer, de forma a conseguir a máxima satisfação “Don’t worry, be happy” Na outra ponta deste cenário está o conceito de eudaimonia – que significa ser verdadeiro e coerente

em relação ao seu próprio self. De acordo com esta teoria, a verdadeira felicidade consegue-se

através da identificação das suas próprias virtudes, cultivando-as e vivendo de acordo com elas.

Segundo esta teoria as pessoas deveriam desenvolver o que de melhor têm e utilizar as suas

capacidades e talentos ao serviço de um bem maior – bem-estar comum, causas humanitárias.

“Seja tudo o que conseguir ser” e “Faça a diferença”.

É frequente estas duas perspectivas surgirem como independentes,

uma da outra, uma felicidade mais subjectiva, vs uma felicidade

objectiva e fruto de uma boa vida e satisfação intrínseca a essa vida.

O conceito de experiência positiva subjetiva indica o grau em que

cada pessoa consegue alcançar os seus objectivos baseados naquilo

que ela acredita que é importante para si. Evan Baxter, personagem

principal da história procura esse bem-estar e satisfação com a vida,

num primeiro momento, numa perspectiva hedónica, procurando

sucesso, status e cumprir a sua missão pessoal “Mudar o Mundo”,

numa visão abstracta, mas com o sentido de urgência e necessidade

individual e, é nessa realização aparente que se sente realizado e

satisfeito. Por outro lado, sentindo-se inspirado por esta missão, Evan Baxter concorre a uma posição

politica e procura, através do seu papel politico influenciar positivamente os demais (colaboradores e

eleitores) a viverem essa mudança. Apresenta uma visão positiva e optimista face ao futuro, ainda

que no presente se sinta pressionado pelas expectativas dos outros, pelas exigências do chefe, pelas

necessidades da família, como resultado os estados de bem-estar e felicidade são momentâneos,

facilmente transformados em estados de ansiedade e angústia.

Num segundo momento da história, Evan, depois de ter aceitado e integrado a sua missão

(destacado por Deus) de “salvar o Mundo”, passará por uma transformação física, psicológica e de

valores que o levam a adoptar uma visão eudaimónica do ser feliz e sentir-se satisfeito com a vida.

Nessa fase do filme, para além de pacificar o seu estado de espirito e de aceitar melhor as

contrariedade do dia e as oposições dos outros, revela uma perspectiva mais integradora do que

quer fazer para “salvar o mundo”, construir uma arca, e objectivos bem concretos de como lá chegar,

até mesmo a data em que o grande objectivo terá que estar concretizado. Acreditando firmemente

que essa é a sua missão, reconhece melhor quais os seus valores de base e neste sentido todas as suasações passam a estar focadas. A sua realização passará também pela ligação à família, procurando





• • •

com eles partilhar tempo, afecto, cooperação e missão de vida. Analisando o resultado desta

transformação no seio familiar, a sua relação com os filhos melhorou substancialmente, ainda que

com a esposa (Joan Baxter) isso só tenha vindo a concretizar-se quando esta foi levada a pensar quais

eram os seus objectivos e missão de vida. A construção da arca trouxe-se momentos de intenso

prazer, onde Evan conseguiu envolver-se numa atividade em que se experienciava “flow”1,produzindo gratificações tão positivas que passou temporariamente a viver em função disso,

desligando-se de todas as demais obrigações, e procurando repetir a experiência pela satisfação dela

decorrente, e não pelos dividendos que podem ganhar.

$. %onseguem identifcar alguma das teorias de elicidade

sub&acente ' vida de algum personagem( sub&acente

)"uilo "ue algu!m tenta alcançar?

Numa perspectiva temporal, poderemos dizer que Evan Baxter passou de uma concepção de

felicidade (hedónica) associada ao status, riqueza e sucesso, passando para um outro momento de

felicidade e bem-estar (eudaimonica), em que mudando o seu foco, e rendendo-se à evidência, ele

teve que quebrar com o caminho anterior, alterar os seus objectivos de vida e procurando a

transcendência. Poderemos encontrar exemplos argumentativos de três teorias de felicidade;

Nateoria teleológica, a felicidade consegue-se quandoalgum estado, como um objectivo ou necessidade é

atingido. A satisfação das necessidades conduz à

felicidade, enquanto a sua insatisfação conduz à

infelicidade. Pensando em argumentos que suportam

esta teoria, poderemos referir que no caso do nosso

personagem (Evan Baxter), uma intensa satisfação e

felicidade associada ao momento final do filme,

quando a arca está construída e existe um “dilúvio” (a explosão da barragem), que confirma a

necessidade dessa construção, evitando desta forma uma catástrofe em que só ele acreditava.

1 Csiksentmihalyi, M. (1990)





• • •

Por outro lado, identificamos também argumentos que podem validar ateoria da actividade, que

coloca a felicidade associada ao processo e aos meios usados para atingir um fim, quando se

reconhece o prazer que o Evan Baxter sente na construção da arca e na reconstrução da própria vida

(numa perspectiva emocional) quando a partilha se passa a fazer entre

todos os elementos, incluindo os próprios animais que farão parte dapopulação da arca.

Ponderando os argumentos associados àteoria base-topo, que considera a

felicidade como o resultado da acumulação ou soma de muitos prazeres

separados, concluímos que durante todo o filme se foi verificando a

existência de duas pirâmides invertidas (uma no caminho do

materialismo e consumismo, a outra no caminho da transcendência).

*. lguns dos modelos de elicidade e bem-estar

sub&etivo servem para explicar a atuação de algum dos

personagens +e.g. uut eenoven /$000 2e our

"ualities o lie3 o modelo *4 de 567 de dor!

8ura9appa, $0103 o modelo 4leasure 6ngagement-

4urpose /7eligman, $00: ou o modelo 46; /7eligman,$011, o modelo do 5em-estar 7ub&etivo da %arol 9<

/9< = >e9s, 1@ ou o modelo de ;eaning de Aissing =

8elle Bave /in press, etcCD?

A teoria da Felicidade Autêntica2 assenta no pressuposto que a felicidade pode ser decomposta em

três elementos diferentes, que escolhemos pelos seus

valores intrínsecos: a emoção positiva, o envolvimento e o

significado.

E qualquer um destes três elementos é mais

objectivável do que a felicidade.

O primeiro – a emoção positiva – refere-se àquilo que

sentimos (prazer, arrebatamento, conforto) –

emergente de uma vida agradável.

2 Martin Seligman, 2011





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No segundo (envolvimento) centra-se no fluxo (teoria do fluxo) ser uno com o que se está a fazer,

perder a noção do tempo e de si próprio durante uma actividade absorvente – vida envolvida.

Quando estamos em fluxo perdemos a noção do que se está a pensar ou sentir, fundimo-nos com o

objecto. Em fluxo, esgotam-se os recursos cognitivos e emocionais que constituem o pensamento e o

sentimento. Teremos que utilizar todas as nossas forças e talentos mais sublimes para irmos aoencontro do mundo em estado de fluxo. Evan manifesta estar em fluxo quando na construção da arca

se diverte, se empenha e aproveita a colaboração de todos os restantes, animais e humanos.

No terceiro elemento (significado), representa o significado daquela experiência para além do

momento de prazer sentido, é o que fica da vivência). O propósito de vida de Evan, passa de “Mudar

o Mundo” numa concepção abstracta, para o de salva animais e os humanos, na eminência de uma

catástrofe (o dilúvio).

M. Seligman, na sua obra “A Vida que floresce” reequaciona a teoria da felicidade autêntica, baseando-se nos desenvolvimentos da Psicologia Positiva e no seu enfoque inicial e actual,

afirmando que a Psicologia Positiva tem como enfoque o bem-estar, em que o padrão para avaliar

esse bem-estar é o florescimento, e que o objectivo da Psicologia Positiva é aumentar este último.

Analisando segundo este novo foco, Seligman (2011) questiona a teoria da Felicidade Autêntica,

apontando três insuficiências do modelo original. A primeira associada à conotação popular

dominante de felicidade, que estará associada a um estado de espírito alegre e animado, mas é

insuficiente para operacionalizar de forma científica a felicidade. Surge então a “Teoria do Bem-

estar”, por contraposição às questões levantadas sobre a “Teoria da Felicidade Autêntica”, comotentativa de explicar uma coisa real – a felicidade – através da medição da satisfação com a vida

(numa escala de 1 a 10) sobre vários aspectos da vida que contribuem para o bem-estar, embora

nenhum deles o defina.

Teremos 5 elementos de bem-estar (mensuráveis), cada um desses elementos possui três

propriedades: PERMA3 (Positive emotion,Engagement,Relationships,Meaning and purpose,

Accomplishment)

1.Emoção positiva – onde se medem a felicidade e satisfação com a vida2. Envolvimento – avaliado de forma subjectiva (e é retrospectivo – estado de fluxo / flow).3. Significado4. Relações positivas5. Realização pessoal

Nenhum destes elementos, por si só, define o bem-estar, mas cada um contribui para isso. Alguns

destes cinco elementos são medidos subjetivamente por auto-relato, outros aspectos são medidos

objetivamente.

3 Seligman, M.,Flourish: A Visionary New Understanding of Happiness and Well-Being, 20





• • •

Comparando as duas teorias:

Na teoria da felicidade autêntica, a felicidade é a peça central da psicologia positiva. É um dado real,

que é definido por meio da medição de satisfação com a vida. A Felicidade tem três aspectos:

emoção positiva, engajamento e significado, cada uma das quais alimenta satisfação com a vida e émedida inteiramente por relato subjetivo.

Na Teoria do Bem-estar, as vinte e quatro virtudes ou forças de caráter, sustentam estes 5 elementos,

não apenas o envolvimento (como na teoria da FA); a vivência das forças de caráter (forças de

assinatura) levam à emoção positiva, um maior significado e realização, e um melhor

relacionamento.

A consequência de tudo isto é de que o bem-estar não pode existir só na nossa cabeça: o bem-estar é

uma combinação entre sentirmo-nos bem e termos, de facto, significado, boas relações e realização

pessoal.

Considerando o nosso personagem, existe um profundo compromisso desde o princípio do filme de

“Mudar o Mundo” com o propósito de missão de vida. Ao longo deste filme, este propósito foi

sendo cada vez mais consistente, a partir do momento que aceitou a inevitabilidade do cumprimento

da tarefa de construir a arca e, finalmente, numa última fase, em que entende que o seu propósito,

estava realmente a acontecer, mas agora com um conteúdo real e consequências objectivamente

visíveis para todos.

Um enunciado de propósito – Mudar de Vida – cujo significado, forma, conteúdo e consequênciasprovavelmente o personagem desconhecia, adquiriu uma dimensão real, e simultaneamente

transcendente que o próprio nunca poderia ter imaginado. Também se assinala uma progressiva

consolidação das suas relações familiares, onde se desenvolvem progressivamente a colaboração,

partilha, prazer e cumplicidade entre os vários elementos (filhos e pai, e no final envolvendo a mãe).





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E. %onseguem identifcar no flme algumas das orças docaracter /uman strengts? 6m "ue personagens? Que

orças acam "ue eles t#m? %omo se pode ver isso no

flme?

VIA Strengths4: As 24 forças do caracter

1. Sabedoria/ConhecimentoCuriosidade/interesseAmor ao saberPensamento críticoOriginalidade/ingenuidade/Creatividade

2. CoragemValorCompetência/PerseverançaIntegridade/HonestidadeEntusiasmo

3. AmorIntimidadeBondade/generosidade/CarinoInteligência social

4. JustiçaCidadania/dever/lealdade/!rabalo dee"uipa/e"uidade/liderança

. !em"erançaPerd#o/compai$#o%od&stia/umildadeAuto'controlo/Auto'regulaç#oPrudência/precauç#o

#. !ranscend$nciaApreciar a bele(a/espanto)ratid#oEsperança/optimismoHumor/divertimento*eligiosidade/prop+sito

Os Personagens analisados no filme são Evan Baxter, Deus, e Joan Baxter, que são em nosso entender

as mais ricas em características que se poderão analisar à luz deste modelo do Martin Seligman.

Evan Baxter (Steve Carell)

!or"as de #ar$ter:

Bravura [valor]: Não recuando perante a ameaça, desafio, dificuldade oudor, defendendo o que é certo mesmo se houver oposição, agindo sobreas decisões, mesmo que impopulares; inclui bravura física, mas não selimita a este aspecto;Podemos assinalar esta força no filme quando o personagem fica sozinho naconstrução da arca, contra todas as opiniões contrárias.

Perseverança [ persistência, diligência]: Finalizando o que se começa,persistindo na acção em curso, apesar dos obstáculos, encontrandosoluções alternativas, e tendo prazer em completar as tarefas.

Evan é um personagem que durante toda a segunda parte do filme, demonstra a4 Peterson & Seligman (2004)





• • •

sua perseverança na construção da arca, que não sabendo como se faz, tendo aodispor poucos recursos, não desiste do objectivo, conseguindo concluir o que se propõe.

Honestidade [autenticidade, integridade]: Falando a verdade, mas deforma mais ampla apresentar-se de uma forma genuína e agindo de umaforma sincera, despretensioso, assumindo a responsabilidade por seussentimentos e acções.Evan revela ser integro e honesto, quando assume o que acredita ser o correctona sessão do fórum politico.

Amor: Valorizar as relações próximas com os outros, em particular comaqueles em que a partilha e carinho são recíprocos;Quer na primeira quer na segunda parte do filme a relação com a família é

revelador dessa força.

Perdão: Perdoar aqueles que erraram, aceitar as falhas dos outros,dando às pessoas uma segunda oportunidade, não sendo vingativo.Quando o personagem depois de ser humilhado ainda assim incita os cidadãosque estavam fora da arca a querer derrubá-la a entrar para se salvarem,incluindo mesmo todos os que vieram para o atacar.

Humor[brincadeiras]: o gosto por rir e brincar, fazendo sorrir as outraspessoas, vendo o lado da luz, o que faz (não necessariamente falando)

piadas.Todo o filme é marcado por este traço, momentos como a dança, em cima da arcao pedido feito a Deus, “Se não envias o diluvio, então que envia algumachuvinha!”

Deus(Morgan Freeman)

!or"as de #ar$ter:

Perspectiva [sabedoria]: Ser capaz de fornecer conselhos sábios para osoutros, ter formas de olhar o mundo que fazem sentido para si e paraoutras pessoas.Este traço do caráter é visível em todas as ações desta personagem., a título de exemplo referimos a conversa que Deus tem com amulher, Joan Baxter, no momento em que ela deixou o marido e está triste.

Bondade [ generosidade, nutrição, cuidado, compaixão, amor altruísta,"gentileza"]: fazer favores e boas ações para com os outros, ajudando-os,cuidando deles.Nesta característica optamos por referir o cuidado que Deusteve em garantir que no momento do desmoronamento da barragem existisse ummeio para salvar um grande número de seres vivos, a arca.





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Inteligência Social [inteligência emocional, inteligência pessoal]: Oconhecimento sobre os motivos e sentimentos de outras pessoas e de simesmo, saber o que fazer para se encaixar em diferentes situações

sociais, sabendo o que faz com que outras pessoas adiram. Percepcionasseesta característica na forma como Deus conduz Evan Baxter por todo o seu processo de transformação. As intervenções que vai fazendo, as ferramentas quelhe vai dando (no sentido de Baxter) para que este mesmo resistindo, siga ocaminho previamente definido por Deus.

Apreciação da beleza e excelência [admiração, maravilha, elevação]:Perceber e apreciar a beleza, excelência e / ou desempenho habilidosonos vários domínios da vida, apreciação da natureza e da arte bem comoda experiência do quotidiano. A cena em que Deus e Baxter olham para a

paisagem passada do vale onde a Natureza se explicita no seu máximoesplendor, é demostrativa desta característica.

Espiritualidade [ fé, propósito]: Ter crenças coerentes sobre o propósitomaior e significado do universo, sabendo onde se encaixa dentro doesquema mais amplo, ter crenças sobre o significado da vida, que formaconduzir e proporcionar conforto.Neste ponto apenas será necessárioexplicar com uma breve frase: É Deus.

Joan Baxter (Lauren Graham) !or"as de #ar$ter:

Amor: Valorizar as relações próximas com os outros, em particular comaqueles em que a partilha e carinho são recíprocos; É visível o cuidado ededicação com que trata a família.Deixar toda uma vida para trás paraacompanhar o seu marido no início da sua nova carreira política e voltar areposicionar-se do lado dele na aventura de construir a arca são, do nosso pontode vista, as ações mais significativas deste traço de caráter. De salientar também

o papel, bem visível, na gestão do bem - estar da família quando promove oacampamento familiar ou quando regressa com os filhos para junto de Baxter para ajudar na concretização da missão do pai (Evan).

Esperança [otimismo, o futuro de espírito, orientação para o futuro]:Esperando o melhor no futuro e trabalhar para alcançá-lo, acreditandoque um bom futuro é algo que pode ser alcançado. A esperança que o futuro será melhor leva-a a acreditar e a estar do lado do Evan, mesmo nascondições mais difíceis, em que já mais ninguém acredita nele.





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@. Que implicaçFes parecem ter essas orças no decurso

da istGria de vida de algum dos personagens?

Considerando o personagem principal, as forças de caráter anteriormente descritas foram emergindo

e sendo colocadas em acção a partir do momento que

Evan Baxter identificou, interiorizou e assumiu a sua

missão de vida5. A partir desse momento, contra todas as

expectativas e opiniões estas forças permitiram-se acções

concertadas e uma pacificação do seu estado de espirito.

Sendo as forças de caráter o nosso melhor bem e o

indicador para o nosso verdadeiro eu, Evan Baxter

tornou-se a partir de determinado momento na história,

mais confiante, feliz, produtivo e até mesmo resiliente.

Manifestado uma maior satisfação com a vida, e até mesmo gozando de níveis mais elevados de

bem-estar e êxito na sua tarefa (construção da arca). Percebemos que estamos a cumprir a nossa força

de caráter quando o nosso desempenho se situa a um nível óptimo, e essa experiência nos trás

energia.

Evan Baxter passou a trabalhar sem se cansar, aproveito as sinérgias que tinha e encontrando formas

criativas de ultrapassar os obstáculos, entrando num ciclo virtuoso, bom desempenho gera emoções

positivas, que vence a tendência para o negativismo, colocando-o no caminho do êxito.

:. Hmaginem "ue estão ace a ace com o personagem

Ioan 5axterJ o "ue le diKem ou o "ue o(a convidam a

aKer de modo a contribuir para um maior bem-estar

sub&etivo(elicidade? /&ustif"ue recorrendo a reer#ncias

teGricas.

5 Ver: http://www.youtube.com/watch?v=T4cOQZG01YE (extrato do filme)


http://www.youtube.com/watch?v=T4cOQZG01YE







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A conversa6 de Deus com a Joan Baxter leva a personagem a reflectir sobre o seu propósito de vida e

em que medida este propósito seria cumprido se Joan se afastasse do Evan, colocando em causa a

família.

Nesta cena, Deus surge como um empregado de bar que deixa uma mensagem à Joan que a leva areflectir no que quer e a repensar a sua decisão. A conversa que Deus tem com Joan é focada no

amor, e naquilo que ela quer para a sua vida em relação à família.

As forças podem estar lá “adormecidas”, e nem o próprio ter a noção que as possui, contudo este

novo elemento (Deus) apresenta-se como umcoach e a Joan aceita ser por momentos a suacoachee, o

que permite a criação de uma causa-efeito motivacional da mudança (mostra a energia que o Ser

Humano produz nas suas emoções).

Mediante esta mudança de atitude, poderemos dizer que Joan apresenta nesta fase do filme o

resumo das sete virtudes, ou seja neste despertar elevam-se comportamentos como:

-Perspectiva (Virtude da Sabedoria) - ao ser capaz de olhar de forma reformada a tudo que aenvolve;

-Energia (Zest –Virtude da Coragem) -aproximação ao marido com entusiamo, “pôr mãos à obra”;

-Amor (Virtude da Humanidade) - a reunião da família e voltar a estar focada num bem maior que

é a Felicidade e as relações entre todos fundadas no Amor;

-Auto-Regulação (Virtude da Temperança) - o equilíbrio, o conseguir regular o que se sente com oque se faz, a disciplina da razão face às emoções, tanto as que sempre sentiu e sente como as que a

invadiram;

-Espiritualidade (Virtude da Transcendência) - ter Fé, ter Fé no marido, acreditar nele comohomem e enquanto Ser Humano que sempre quis mudar o mundo. Acreditar que realmente o

marido queria conduzir e proporcionar aos outros algo maior e melhor.

6 Ver: http://www.youtube.com/watch?v=Ikes4yPulmI (extrato do filme)


http://www.youtube.com/watch?v=Ikes4yPulmI







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QUESTÕES %&D%'%DUA%S(Ana Paulico:

1. L "ue mais o(a surpreende neste flme e por"u#?

/2ente &ustifcar utiliKando conteMdos dados neste

mGdulo

Este filme, para além da mensagem implícita que nos transmite, de um forma positiva e divertida, foi

uma agradável surpresa no sentido de podermos analisar uma série de aspectos teóricos da

Psicologia Positiva de forma prática. E começando por analisar o percurso de vida do personagem

principal, Evan, poderemos perceber que o filme começa numa perspectiva hedonista da Felicidade,onde o personagem assume-se como alguém que vai querer “Mudar o Mundo” numa perspectiva

muito ligada ao prazer, ao sucesso e aos bens materiais, que procura desempenhar a sua missão de

vida o melhor possível, assumindo uma posição de liderança no governo, adquirindo uma casa nova

e um carro topo de gama, e desta forma procurando o prazer no sucesso a par de tentar partilhar

desse bem-estar com a família. Identificam-se picos de felicidade hedonista, associados a emoções

positivas e de pequenos prazeres que vai encontrando no dia-a-dia, nem sempre partilhados na

família com a mesma intensidade, no entanto esse bem-estar também é contrabalançado por

sentimentos de ansiedade, insegurança e tensão, quando confrontado com a frustração do trabalho

ou as exigências do chefe, que vão contra os seus objectivos pessoais. À medida que o filme avança,percebe-se a transformação desse bem-estar numa segunda forma de felicidade, eudemonista,

associado à mudança interna operada pelo Evan, quando aceita interiormente a sua missão “fazer a

arca”, mesmo indo contra o que os outros esperam ou dizem dele, e conseguindo assim realizar o

seu máximo potencial. Apesar de esse momento de transformação ter sido marcadamente doloroso

em todos os sentidos (físico e psicológico) a paz, a tranquilidade, serenidade e persistência que

advêm dessa realização interna, revela-se bastante mais profundo e duradouro, conseguindo assim

disfrutar melhor da vida. Desta forma, aproveitando e encarnando o seu máximo potencial, Evan

consegue descobrir o que lhe dá sentido à vida, a família, a missão de salvar as pessoas e animais, naiminência de um dilúvio (anunciado por Deus), sentindo-se que o seu papel seria importante e

elevado, acima do trivial (construir um barco para passear ou fazer uma grande viagem),

reconhecendo que tudo o que fazia teria como consequência esse salvar dos outros. Desta forma,

Evan encontrou um novo propósito de vida – sendo inspirado por Deus – passando a sentir que o

poder ajudar as pessoas seria um caminho para a sua felicidade, sem ter isso em mente,

simplesmente decorrendo dessa missão interiorizada.

Neste sentido, M. Akhtar7 (2012), refere-nos que uma das melhores maneiras de infundirmos a nossa

existência de sentido é adquirir um propósito de vida, isto é, descobrir quem somos e para o que7 Akhtar, M., Vencer a Depressão com a Psicologia Positiva, Editora Nascente, 1ª Edição, 2012.





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fomos talhados. Deste modo, encontraremos dois dos três principais trajectos para a felicidade –

sentido e envolvimento – como também sentido de orientação, inspiração, motivação, um alvo onde

se poderá centrar a nossa energia e fixar os nossos objectivos.

$. 6scola uma das orças do caracter "ue enunciou no

trabalo de grupo como resposta ' "uestão n* e imagine

"ue era convidado(a a aKer um programa para

desenvolver esta mesma orçaJ a Que população escolia

e por"u#? b Que metodologia utiliKava? c 8# exemplos

de algumas acçFes(actividades "ue implementava para

desenvolver esta orça umana do caracter.

A força de caráter que escolho é a: Esperança [Optimismo] – a Esperança, o optimismo e a orientação

para o futuro são uma família de forças que representam uma atitude intelectual positiva face ao

futuro. Esperar que os bons acontecimentos ocorram, sentir que estes acontecem se houver esforço e

planeamento de acções futuras são factores que sustentam o bom humor no momento presente e

estimulam uma vida orientada para um objectivo. (Força contida na virtude da Transcendência que

inclui também, o Apreciar a beleza/ espanto, Gratidão, Humor/divertimento,

Religiosidade/propósito, como forças de caráter).

Porquê desenvolver um programa de acção para trabalhar a Esperança?

Uma das questões que é frequente no dia-a-dia em consultório é reflectir com os clientes no que

desejam para o futuro, e como isso pode ser vago ou mesmo desconhecido. Muitos me devolvem,

“Não sei o que quero ser no futuro, nem mesmo sei o que gosto! Como posso dizer o que quero?”

E essa resposta desarma qualquer pessoa. E considerando que hoje em dias muitas pessoas se

encontram em situações de “beco-sem-saída”, ou porque perderam o emprego, ou porque perderam

a saúde, ou porque perderam o amor por aquilo que faziam, descobrir o que querem para o seu

futuro fará todo o sentido. A população alvo desta intervenção são pessoas que procuram um futuro

profissional / pessoal diferente do que actualmente estão a fazer. Pessoas sem esperança e sentindo

que podem não ter um futuro risonho.

O nosso personagem, na história sabia que queria mudar o mundo, sem saber, ao principio, o “Como

mudar o mundo?”

Sem projectos de futuro, o humano paralisa, com medo ou simplesmente deprime, num sentimento

de impotência. E como poderemos avançar face ao futuro, se não conhecemos a direcção, é como





• • •

viajar no deserto sem saber onde fica o Norte. Poderemos andar em círculos, sem nunca sair do

mesmo lugar.

Então o primeiro passo será testar o pensamento associado ao futuro e os sentimentos a ele ligados.

E sabemos à partida que é muito difícil não pensar no futuro, só mesmo em estado profundo demeditação conseguiremos não pensar, nem no futuro (que nos chama), nem no passado (que nos

prende).

Implementação do Programa

O programa da esperança aplicado ao grupo de intervenção envolveu oito sessões semanais com

uma duração aproximada de 90 minutos. Teve como objectivo geral treinar os seguintes aspectos: a)

analisar a qualidade dos pensamentos produzidos; b) conceptualizar objectivos claros; c)

produzir vários caminhos para esses objectivos; d) mobilizar a energia mental

para manter o seu alcance; e e) ver os obstáculos como desafos a seremultrapassados (Lopez, Rose, Robinson, Marques & Pais-Ribeiro, 2009). A intervenção poderá ser

feita em pequenos grupos de adultos (6 a 8 adultos), de modo a fomentar a discussão e o debate

entre eles.

Sessão 1: Analisando os pensamentos - Mente Pessimista vs Mente Otimista

A corrente de pensamento é imparável, e de forma a poder perceber a qualidade desses mesmos

pensamentos, e desmontar alguns desses mesmos pensamentos pessimistas ou derrotistas, será

necessário observar. O primeiro exercício será o de observando por 15 minutos diários o fluxo depensamento, conseguir depois categorizá-lo, para depois reconhecer e debater os pensamentos

pessimistas, utilizando o modelo ABCD8. Ao debater com eficácia as crenças que se sucedem a uma

adversidade, poderá ser alterada a sensação de desanimo, passando a entregar-se à actividades num

novo impulso de bom-humor.

Sessão 2: A minha força é Esperança?

Utilizar a “Escala de Esperança9” que mede a crença de que o futuro será melhor do que o presente e

que o sujeito tem o poder para alterá-lo. Este é um instrumento de medida do nível de esperança,

mas também um instrumento transformador que permite manter um registo das pontuações

analisando a progressão.

Sessão 3: O Mapa da Esperança10

8 Seligman, M., Felicidade Autêntica – os princípios da psicologia positiva, Editora Pergaminho, 1ª

Edição, 2008, pg. 125.

9 The Hope Scale measures - http://shanelopez.com/survey/

10 Fonte: http://shanelopez.com/about/hope-how-tos/





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É proposto ao grupo uma nova actividade, que os ensinará a tomar decisões. É um exercício de 10 a

15 minutos a ser concluído. Poderá ser igualmente introduzido com crianças quando estes estão

entusiasmados com uma actividade nova ou um objectivo específico. Esta actividade permite a

tomada de consciência do que fazer, como fazer, e os obstáculos, sendo um excelente exercício para

apoio à tomada de decisão.

Sessão 4: “O Meu melhor Futuro”11.

Propor ao grupo um exercicio, que é considerado um dos exercicios mais poderosos na construção

da felicidade, pois revela-se como um impulsionador das emoções positivas, niveis de felicidade, e

um nivel elevado de expectativas positivas em relação ao futuro. O exercicio deverá ser realizadovisualizando um momento futuro, onde se tenha atingido os nossos objectivos de vida e

considerando as forças de caráter necessárias para concretizar esse sonho. Tentar ser tão criativo

quanto possivel, imaginando com o máximo de detalhes, o atingirmos o nosso máximo potencial,

concretizando um marco de realização (objectivo) importante na realização de um sonho, ou projecto

de vida.

Sessão 5: Fantasia Guiada: Viagem ao meu Futuro12.

Propor ao grupo uma visita guiada ao seu futuro, viajando de 10 em 10 anos, com instruções que

levem os participantes a um nivel de concentração e relaxamento. Propõe-se que este exercicio se

faça imaginando o dia perfeito, sem censura, e sem preocupação com as suas capacidades ou

disponibilidade de finanças para poder alcançar essas experiência. Por que se imagine

preferencialmente um dia de trabalho, em vez de um dia de férias. O facilitador deverá seguir o

guião dessa viagem ao futuro, falando devagar para que todosos participantes possam seguir as

instruções. Será necessário deixar pelo menos 30 minutos para essa visualização, e pelos menos 60

minutos para o processamento das respostas. No final é pedido que a viagem seja escrita de forma

livre, recordando todos os passos para então poderem serem analisados e partilhados.

Sessão 6: Analisando o presente.

Os participantes são convidados a fazer uma lista dos aspectos importantes da vida, determinando

quais as áreas mais relevantes e identificando o seu nível de satisfação nessas áreas (numa escala

variável entre; 1 –nada satisfeito a 5 –muito satisfeito). A partir daqui propõem-se a criação de

11 Niemiec, R., “What Matters Most?”, 2013

12Este exercício é baseado no Anexo 1 do Manual de Aconselhamento de Meninas e Mulheres: Dez Anos deEquidade de Gênero Pesquisa da Universidade Estadual do Arizona , os editores: Barbara Kerr, Ph.D., Sharon

Kurpius, Ph.D., e Amy Harkins, MC





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objectivos, claros e objectivos e a definir as etapas, tendo em conta a noção de sub-objectivos – a de

que, por vezes, para atingir objectivos é preciso estipulá-los.

Sessão 7: Passo a passo – o Futuro chama-nos.

A sessão será dedicada ao desenvolvimento de múltiplas formas para atingir os objectivos, a partir

do modelo dos6 passos(McDermott, Hastings & Gariglietti, 1996): 1) identificar qual é o objectivo; 2)

identificar caminhos para atingir esse objectivo (pelo menos três); 3) identificar obstáculos que

podem encontrar; 4) listar as formas que existem para contornar esse obstáculo; 5) escolher um

caminho para experimentar; e 6) repensar a estratégia e avaliar o seu resultado.

Sessão 8: Deixar pistas para o Futuro.

Esta sessão será a continuação da anterior, retomando e consolidando o modelo dos6 passos, e aentrega dos Portefólios da Esperança para que eles pudessem guardar tudo aquilo que haviam feito

no programa, bem como outras coisas relacionadas com a esperança. Será o momento para partilhar

as histórias e as experiências recentes, podendo identificar e partilhar as componentes da esperança

que entretanto aprenderam (objectivo, caminhos, obstáculos e planeamento).





• • •

QUESTÕES %&D%'%DUA%S(Paula Diogo:



mGdulo

Neste filme, o que mais me surpreendeu, foi a capacidade da personagem central do filme se render

à vontade transcendente de mudança, ou seja, à forma como foi convocado para mudar o mundo, de

forma inesperada e sublime.

Nesta mudança, estava a vontade de mudar o mundo com um traço pessoal, positivo, embora oconteúdo e a forma tivessem sido muito diferentes do desejado ou projetado.

Deparamo-nos com uma personagem com objetivos bem definidos no passado: o poder, a liderança,

o autismo, a racionalidade, a autoestima e a política nem sempre muito éticos. A personagem

possuía uma determinação e motivação para alcançar o seu foco, de uma forma quase voraz.

Ambicionava mudar o mundo e essa era a sua vocação inata para a comunicação e aglutinação de

massas. Liderava assertivamente tanto os seus pares como público-alvo, de forma eficaz e eficiente,

onde o mais pequeno detalhe nunca lhe escapava, do fato ao cabelo, da lágrima aos pêlos do nariz,

tudo era pensado e realizado num “fato à medida”, de forma as suas metas serem atingidas.

A personagem durante todo o filme quer ser agente de mudança no mundo e manteve constante um

binómio entre os seus valores e objetivos claros. Esta atitude permitiu à personagem ter alguma

coerência face ao seu índice de bem-estar subjetivo presente ao longo do filme, independentemente

do reajustamento dos valores e objetivos às novas metas.

A raíz desta mudança terá sido as suas experiências subjectivas positivas?

A verdade é que lhe apareceu Deus, certamente deu uma ajudinha na mudança deste executivo

político, a Noé dos tempos modernos. Contudo, neste homem existia as experiências subjetivas

positivas e os traços de personalidade visíveis, ele já era um líder, era bem-sucedido, tinha uma vida

económica abundante, possuía boas relações com os outros, era criativo e trabalhava com a

comunidade, daí a sua progressão no mundo da política. Estava satisfeito com a sua vida e

trabalhava nos seus focos presentes em flow, mesmo quando a família ficava para segundo plano…

Portanto, a personagem principal tinha inúmeras coisas que o faziam feliz inseridas no seu quadro

de referências socioculturais. Porquê e para quê alterar o seu comportamento e postura perante a

vida e abdicar da segurança que possuía?





• • •

Numa atitude de auto-aceitação do seu Eu remodelado de altruísmo e de transcendência onde

renuncia tudo que tinha construído, para reconstruir o mundo e sobretudo o seu mundo interno da

felicidade, independentemente de ter a certeza de ir gerar o descrédito, a desconfiança e o

divertimento alheio. A presença da eudemonia na sua vida certamente, foi a chave da construção da

arca de Noé dos tempos modernos e a sua adaptação voluntária à personagem carismática e bíblicade Noé.

É com esta atitude que a personagem consegue reconstruir a arca e a sua vida com todas as virtudes

latentes na sua nova “pele”, agora desprendida de bens materiais e cheia de liderança participativa e

de esperança, cheia de bem-estar subjetivo, onde englobou a parte afetiva da vida perante a família e

a sua reconquista, envolvimento e compromisso assim como na parte da sua vida cognitiva, onde os

seus ideais fundiram-se num só caminho.

Em conclusão, a construção da felicidade está ao alcance de todos. O filme mencionava que opresente, o passado e o futuro se conjugam num só verbo, Ser, tal como no modelo 3P, da Teoria

Geral do Bem-Estar Subjetivo de Adoree Duraiappah. Modelo temporal que categoriza as

componentes da felicidade, segundo os três estados temporais e a sua avaliação de felicidade.

Embora seja, o momento presente o tempo em que se pode viver, colocando em prática as virtudes e

as forças de caráter, contudo este presente é contagiado com as vivências do tempo passado e com as

expectativas do futuro, numa construção de pontes onde o fio condutor da vida de cada um decorre

sem receitas mágicas, unicamente com propósitos de Vida tanto afetivas como cognitivas.








A força de caráter que escolho é a: inteligência social [inteligência emocional, inteligência pessoal] -

O conhecimento sobre os motivos e sentimentos de outras pessoas e de si mesmo, sabendo o que

fazer para se encaixar em diferentes situações sociais, sabendo o que fazer com que outras pessoas

tenham determinados comportamentos. (Força contida na virtude da Humanidade que inclui

também, o Amor e a Bondade como forças de caráter).

O grupo que escolheria como campo de trabalho seria o meu grupo de trabalho, uma agência

bancária face às múltiplas necessidades de formação e de competências específicas e transversais,





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dado que este grupo é exposto constantemente a elevados índices de stress. Este trabalho teria como

princípio o conhecimento de si mesmo, a utilização da inteligência emocional e interpessoal.

Ações a implementar:

Numa primeira fase, explicar ao grupo o significado de forças de caráter e dividir o mesmo em 3

grupos, pares de dois a dois (eu seria a mentora desta acção, ficando de fora como observadora,

desta forma teríamos 3 grupos de 2 pessoas):

1ª Semana - Durante uma semana cada elemento do grupo teria que observar o comportamento doOutro, numa matriz de referência onde todas as forças estariam alinhadas. Os Colegas teriam que

observar e colocar um visto na força de caráter que diariamente mais observavam no Outro.

2ª Semana - Cada Colega apresentava o outro mediante as forças de caráter que tinha observado no

parceiro de grupo, sem que o outro previamente soubesse.

3ª Semana - Com o levantamento das 5 forças de caráter mais pontuadas, os grupos teriam que

descobrir algo de novo no Outro e explicar mediante a força de caráter.

4ª Semana – Nesta semana os Colegas teriam que mediante as forças de caráter que lhes foramatribuídas, construir uma ligação com aquelas que se sentiam mais próximas e explicar ao grupo.

5ª Semana - Seria a semana das forças de caráter com os clientes, após cada atendimento, colocava-se

um visto na força de caráter mais adequada à pessoa atendida e era trazido para a discussão de

grupo semanal. Nessa discussão procurava-se encontrar um perfil de cliente mais evidente dentro

das forças de caráter. Estas discussões teriam a duração de trinta minutos, de forma a não

sobrecarregar o horário dos Colegas.

6ª Semana - Por fim, pedia-se a cada um que apresentasse o seu Curriculum Vitae positivo, o grupo baseava-se nas forças de caráter com a duração de sete minutos por pessoa.

7ª Semana – Apresentação dos Curriculum Vitae, das forças de caráter e encerrar-se-ia com um jantar

de grupo de trabalho e a abertura de um grupo de forças de caráter no Facebook, só para os grupos

que fossem convidados a colocar publicações adequadas às forças tratadas.





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QUESTÕES %&D%'%DUA%S(#ristina Almeida:



mGdulo

Antes de mais, e acima de tudo, o que mais me surpreendeu foi o facto de um filme, com um

“rating” filmatográfico modesto, pouco conhecido e num formato de comédia “light”, pudesse ser

tão profundo e com mensagens e/ou ensinamentos que foram autênticos “insights”.

O mais surpreendente neste filme foi a transformação operada no personagem principal desde a faseinicial, em que resiste ferozmente ao chamamento para a tarefa da construção da arca e quer

continuar a todo o custo com a sua boa vida (I’m successful, …, I’m happy) – (emoções positivas e

prazer (the pleasant life)) , passando para uma fase em que entende que não pode libertar-se da

tarefa que a personagem Deus “lhe impôs” e assume-a (envolvimento (the engaged life) e finalmente,

uma última onde assume e disfruta a construção da arca e o propósito da tarefa, alcançando um

sentido para a sua vida (significado (the meaningful life).

É claramente visível que na última fase, em que coloca a ênfase no envolvimento e

significado/sentido da vida, atinge um nível de felicidade superior.

Justificação retirada dos conteúdos do módulo de F. Perloiro:

“Pleasure- Engagment- Purpose (Seligman , 2006)

Seligman (2006) descreve 3 vias para a felicidade que incluem emoções positivas e prazer (the

pleasant life), envolvimento (the engaged life), e significado (the meaningful life).

Peterson et al. (2005b) descobriu que as pessoas escolhem diferentes vias mas que os mais satisfeitos

são aqueles que escolhendo as 3 vias colocam enfase no envolvimento e significado/sentido da vida”





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"ue era convidado(a a aKer um programa paradesenvolver esta mesma orçaJ a Que população escolia




A força de caráter escolhida, seria a Amor. Esta força está permanente presente em todas as

personagens principais, Evan, a Esposa (Joan) e “Deus”, desde o início até ao final do filme e é o que

as move e determina quer o desenrolar, quer o fim da história.

De acordo com “The VIA Classification of Character Strengths”

)*+ Oumanit9 , %nterpersonal strengths that involve tending and -e.riending others

/ Pove: 'aluing close relations 0ith others1 in particular those in 0hich sharing and

caring are reciprocated2 -eing close to people

/ >indness 3generosit1 nurturance1 care1 compassion1 altruistic love1 )niceness45:

Doing .avors and good deeds .or others2 helping them2 ta6ing care o. them

/ 7ocial Hntelligence 3emotional intelligence1 personal intelligence5: 7eing a0are o.

the motives and .eelings o. other people and onesel.2 6no0ing 0hat to do to 8t into

di9erent social situations2 6no0ing 0hat ma6es other people tic64

a)A população escolhida seria, numa empresa, todas as pessoas com cargos de chefia.

Os cargos de chefia nas empresas, em geral, nem sempre são preenchidos por verdadeiros líderes.

Dadas as suas posições e poderes no desenho das empresas, os chefes têm uma capacidade detornar, com todas e cada uma das suas ações, as vidas dos subordinados num “inferno” ou

proporcionar-lhes um ambiente propício à criação de valor, de felicidade e de meaning.

b)a metodologia usada seria exactamente a identificação e desenvolvimento das forças de caráter.

c)Exemplos de Acções:





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Aplicação do questionário VIA13 a cada um dos chefes, ajudando-os a reflectir sobre os resultados

das suas forças;

Solicitação de exemplos da vida diária, na empresa e nas respectivas vidas pessoais, onde os mesmos

se podiam identificar;Identificação pelos próprios dos sentimentos e impactos que esses traços lhes provocam, a si, e aos

outros;

Repetia esta sequência, numa perspectiva “bottom-up”, ou seja, cada chefe, iria, na sua perspectiva,

tentar responder (ou imaginar) às mesmas questões aplicadas aos respectivos chefes.

Finalmente, o mesmo exercício, agora na perspectiva “up-down”. Cada chefe iria selecionar alguns

ou todos os seus subordinados e realizar o mesmo exercício.

Período de Reflexão sobre o exercício.

13 http://www.viacharacter.org/www/en-us/viainstitute/classification.aspx





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QUESTÕES %&D%'%DUA%S(arta !ernandes:



mGdulo

Vários aspectos me impressionaram neste filme. Desde logo a transformação operada no

personagem principal, de uma vida primordialmente de cariz hedónico, a procura pela maximização

do prazer e minimização da dor, para outra de cariz predominantemente eudaimonico, uma vida

virtuosa, fazendo o que vale a pena ser feito.

Numa primeira fase é dado privilégio à beleza, que se observa na execução dos seus exercícios

matinais em frente ao espelho, à posse de bens duradouros dispendiosos, o carro e a casa, e

finalmente o “mantra” que ele reproduz com regularidade.

Numa 2ª fase, podemos encontrar os 6 aspectos que traduzem, na ótica de Caroll Ryff, o modelo de

bem-estar, a saber:

Avaliação positiva de si e da sua vida (Auto-aceitação), quando o personagem, depois de muita

resistência, aceita a missão de construir a arca para mudar o mundo (Propósito na vida) e é bemvisível a satisfação e empenho com que o faz. Empenho quando adquire o livro e pesquisa na

internet formas de executar a tarefa (Autonomia). Satisfação nas relações que mantêm com a família

e com os animais (relações Positivas). A forma como altera a sua forma de estar ainda que mantendo

a o objectivo de “mudar o mundo” (Crescimento Pessoal) e finalmente, talvez a menos conseguida,

como envolve os que o rodeia na prossecução deste objectivo (mestria no contexto).

$. 6scola uma das orças do caracter "ue enunciou notrabalo de grupo como resposta ' "uestão n* e imagine






Força selecionada: A Coragem





• • •

a) Que população escolhia e porquê?

Selecionaria aleatoriamente um grupo de candidatos e propunha a elaboração do questionário VIA –

Character Stenghts, no site WWW. authentichappiness.org.

Escolheria aqueles que cujasignature strengh tivesse na sua composição esta característica.

b) Que metodologia utilizava?

Inicialmente observava / filmava a vida quotidiana destas pessoas e identificava, com elas, os

momentos da sua vida em que essa força de caráter se evidenciava. Essa reflexão teria a vertente

afectiva – eu sinto - e cognitiva – eu penso.

Posteriormente promoveria situações em que essas forças seriam usadas noutros contextos e mais

uma vez provocava a reflexão sobre sentimentos e pensamentos.

c) Dê exemplos de algumas ações/atividades que implementava para desenvolver esta força

humana do caráter.

Criava situações em que estes elementos teriam de falar sobre uma ideia impopular para um grupo

de pessoas.

Organizava um protesto junto das autoridades competentes sobre uma clara injustiça da atualidade.

Colocaria os elementos em situações onde, normalmente, eles não se colocariam por medo.





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7i-liogra8a

AKHTAR, M., Vencer a Depressão com Psicologia Positiva, Editora: Nascente, 1ª Edição, 2012

BONIWELL, L., Positive Psychology in a Nutshell. Editora: McGraw-Hill, 3ª edição, 2012

CRISTOPHER, P., A Primer in Positive Psychology. Editora: Oxford University Press, 2006

SELIGMAN, M., A Vida que Floresce. Editora: Estrela Polar, 1ª edição, 2012.

SELIGMAN, M., Felicidade Autêntica – os princípios da psicologia positiva. Editora: Pergaminho, 1ª

Edição, 2008.

Psicologia Positiva Aplicada a Nivel Ind

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