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    Psicopatologia Geral

    Paulo Pimentel

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    - Sistema Tridico da Psiquiatria

    - Psicopatologia da Conscincia

    - Psicopatologia da Orientao

    - Psicopatologia da Memria

    - Psicopatologia da Ateno e da Concentrao- Psicopatologia do Pensamento

    - Psicopatologia da Linguagem

    - Psicopatologia da Percepo

    - Psicopatologia dos Impulsos

    - Psicopatologia da Afectividade

    Psicopatologia Geral

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    Sistema Tridico Variantes Abnormes do Modo de Ser

    Psquico Psicoses Endgenas

    Psicoses de Base Somtica eEstados de Defeito

    Ordenao Sintomatolgica Ordenao Etiolgica

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    Designao CompreensibilidadeGentica

    Origem

    Aparente

    Nosografia Exemplos

    Processo

    Orgnico

    Incompreensvel Soma Psicoses debase

    somtica

    Por doenas cerebraisprimrias -Demncias, etc.

    Por doenas gerais que

    atingem o SNC -Psicoses Alcolicas, etc.

    Processo Psquico Incompreensvel Psique Psicosesendgenas

    Esquizofrenia

    Psicose Manaco-depressivaDesenvolvimento Compreensvel Psique Variantes

    abnormes do

    modo de

    ser psquico

    Desenvolvimentos abnormes-Neuroses

    Perturbaes da Personalidade

    -PsicopatiasReaces Vivenciais AbnormesDisposies abnormesda inteligncia - Oligofrenias

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    - Sistema Tridico da Psiquiatria

    - Psicopatologia da Conscincia

    - Psicopatologia da Orientao- Psicopatologia da Memria

    - Psicopatologia da Ateno e da Concentrao

    - Psicopatologia do Pensamento

    - Psicopatologia da Linguagem

    - Psicopatologia da Percepo- Psicopatologia dos Impulsos

    - Psicopatologia da Afectividade

    Psicopatologia Geral

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    Psicopatologia da Conscincia

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    Psicopatologia da Conscincia

    Alteraes Quantitativas

    A- Hipervigilncia

    B- Obnubilao

    C- Estupor

    D- Coma

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    Psicopatologia da ConscinciaAlteraes do Conhecimento Estado astnico-aptico

    Antecede a maioria dos quadros txico-

    confusionais ou orgnico-cerebrais

    A sintomatologia caracterstica : Fatigabilidade-astenia-apatia Labilidade afectiva-irritabilidade

    Flutuaes da ateno, concentrao e memria Sensibilidade luz e ao som Insnia

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    Psicopatologia da ConscinciaEstado Confusional

    Representa um quadro de transmisso entre oestado astnico-aptico e a ecloso do delirium.Sintomas

    Perda da coerncia Paramnsia Propagao do erro

    Inateno a estmulos ambientais Disgrafia Desinibio do comportamento

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    Psicopatologia da Conscincia

    Delirium Desintegrao da conscincia caracterizada por delrios

    caticos, alucinaes e agitao psicomotora. Compromisso vital importante; Alteraes da conscincia confuso; Delrio complexos com tendncia diversificao, no

    sistematizados;

    Delrio ocupacional como se estivesse a trabalhar que podemudar para agitao psicomotora; Actividade Alucinatria - alucinaes visuais (filmes que ocupam

    a totalidade do campo da conscincia); alucinaescinestsicas, tcteis, olfactivas e auditivas;

    Aumento da carga emocional terror ou autentico pnico; Durao breve: 1-2 semanas; Amnsia consecutiva, global ou fragmentada.

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    Psicopatologia da ConscinciaAlteraes Circunscritas

    Despersonalizao e Desrealizao Alteraes da conscincia corporal anosognosia asterognosia

    prosopagnosia Membro fantasma

    Estados de Restrio da Conscincia

    Estados Crepusculares O doente usualmente est confuso, perseverativo e

    lento, com uma expresso de perplexidade.

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    Psicopatologia da Conscincia

    Conscincia de Si

    Uma qualidade bsica da conscincia asua vinculao ao eu:

    sou eu que estou consciente.

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    - Sistema Tridico da Psiquiatria

    - Psicopatologia da Conscincia

    - Psicopatologia da Memria

    - Psicopatologia da Ateno e da Orientao

    - Psicopatologia do Pensamento

    - Psicopatologia da Linguagem

    - Psicopatologia da Percepo- Psicopatologia dos Impulsos

    - Psicopatologia da Afectividade

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    Psicopatologia da Memria

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    Psicopatologia da Memria A memria a capacidade de adquirir, reter e

    utilizar secundariamente uma experincia.

    um processo psicofisiolgico localizado no

    SNC, que permite a capacidade de adquirir, de

    forma consciente ou inconsciente , reter e

    utilizar com esforo ou de forma automtica uma

    experincia.

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    Psicopatologia da Memria Uma das principais caractersticas da

    memria a sua dimenso temporal.

    Esta caracterstica distinguia-a dossentimentos, das emoes e os

    pensamentos os quais se caracterizam

    pela transitoriedade.

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    Psicopatologia da MemriaNeurobiologia da Memria

    A memria um caso especial de um

    fenmeno mais geral denominadoplasticidade neuronal.

    A plasticidade neuronal ou neuroplasticidade um processo que medeia a reacoestrutural e funcional das dendrites, axnios

    e sinapses a novas experincias.

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    Psicopatologia da MemriaNeurobiologia da Memria

    A neuroplasticidadeinclui uma srie de

    manifestaes funcionais e estruturais queincluem:

    A sinaptognese A remodelao sinptica

    A potenciao a longo prazo

    A modificao das ramificaes dendriticas

    A neurognese

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    Psicopatologia da MemriaNeurobiologia da Memria

    As alteraes da memria esto

    associadas a uma ampla variedade deleses e alteraes cerebrais.

    Este facto implica que a memria no sejacontrolada por um s centro ou estruturacerebral especfica mas por uma rede

    ou conjunto de estruturas interconectadas.

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    Memria a Curto Prazo Consiste no armazenamento da informao durante

    alguns segundos aps o desaparecimento do estmulo. um segundo armazenamento mais durvel e maiscontrolado pelo sujeito do que a memria sensorial.

    Sendo o material da memria a curto prazo que fornece

    a informao sobre a qual se desenvolve aaprendizagem, o raciocnio, a imaginao, etc.

    Parte dos materiais da memria a curto prazo so

    transferidos para a memria a longo prazo. extremamente susceptvel distraco, exige ateno

    e vigilncia para manter o seu contedo.

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    Classificao da Memria- de acordo com o contedo -

    A memria declarativa ou explicita umamemria acessvel conscincia, a memriade tudo aquilo que pode manifestar-se,

    declarar-se. Precisa de uma recuperao intencional ou

    consciente da informao e depende de

    processos cognitivos como os processos deavaliao, comparao e inferncia.

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    Classificao da Memria- de acordo com o contedo -

    Dentro da memria explicita temos amemria episdica e a memria semntica.

    A memria episdica codifica informaosobre acontecimentos autobiogrficos

    permite recordar factos da histria pessoal,familiar ou social.

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    Classificao da Memria- de acordo com o contedo -

    Dentro da memria episdica podemosdistinguir a memria retrgrada, que se

    refere memria de acontecimentospassados e a memria antergrada quese refere acontecimentos novos ou

    recentes.

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    Classificao da Memria- de acordo com o contedo -

    A memria semntica refere-se aoconhecimento que os indivduos tm dascoisas.

    A informao que recordamos estdesprovida de referncias histria pessoaldo indivduo e define a cultura ou as

    competncias.Ex: sabemos que as trutas so peixes de rio ou quea Argentina um pais sul-americano

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    Classificao da Memria- de acordo com o contedo -

    A memria no declarativa ou implcita umtipo de memria a longo prazo. Refere-se ao conhecimento sobre como

    fazemos as coisas e independente darecuperao consciente ou intencional dainformao.

    Apresenta uma qualidade automtica oureflexiva. A sua aquisio lenta e acontece aps a

    repetidas tentativas.

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    Registo de informao

    A memria a curto prazo

    Memria a longo prazo

    Repetio

    Memria explcita Memria implicita

    Episdica Semntica Condicionamento

    Priming

    Procedimental

    Armazenamento

    Crtex

    Recuperao

    Crtex frontotemporal, Lmbico

    Codificao econsolidao

    Sistema Lmbico

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    VII Dismnsia psicgena

    ! Desencadeada por alteraes emocionais intensas (! ansiedade,

    depresso)

    VIII Hipermnsia

    ! Alterao quantitativa da capacidade para reter estmulos ou recordareventos

    ! Associa-se a quadros epilpticos do lobo temporal ou em situaesde agonia

    IX Paramnsias

    ! Distores da memria, caracterizadas por confuso mental econfabulao

    Psicopatologia da Memria

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    Psicopatologia da Ateno e da Orientao

    A ateno um conceito terico que engloba os conceitospsicofisiolgicos:

    - alerta, resposta comportamental e fisiolgica entrada deestmulos.- atenocomo efeito selectivo, subsidiria da primeira; dizrespeito categorizao dos estmulos.

    - activao(ou inteno) como uma preparao ou disposiopara a aco.Prestar ateno consiste em orientar diversos sentidos para um

    foco de informao selectivo.

    A concentrao a persistncia concentrada da ateno.

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    Psicopatologia da Ateno e da Orientao

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    Psicopatologia da Ateno e da Orientao

    Patologia da AtenoFalta de Ateno ou Inateno - incapacidade para mobilizar

    a ateno ou mudar o seu foco perante estmulos externos.O paciente parece distrado, como se apenas estivesse atentoaos seus contedos mentais. (Aprosexia)

    Distraco ou oscilaes da ateno e da concentrao -Mudanas bruscas da ateno. O paciente foca a ateno porpouco tempo e em mltiplos estmulos. (Hipoprosexia)

    Estreitamento da ateno - Ateno e concentrao dirigidassomente a alguns temas.

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    Implicaes Clnicas

    Transtornos de Ansiedade (Hipervigilncia

    e Hipotenacidade); Depresso (Dificuldade de Concentrao); Dficit de Ateno/Hiperatividade;

    Stresse Ps-Traumtico (DesatenoSelectiva e Hipervigilncia);

    Uso de Drogas Psicoactvas ouDepressoras do Sistema Nervoso Central.

    P i l i d A d O i

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    Psicopatologia da Ateno e da Orientao

    Orientao no Tempo- conhecimento da data- do dia e da altura do dia- do ms

    - do ano- da estao do ano

    Orientao no Espao- conhecimento do lugar

    - localizao geogrfica

    Orientao Autopsquica

    - quem ?- o que ?- data de nascimento- local de nascimento- papel que desempenha numdeterminado contexto

    Orientao Alopsquica

    - saber onde se est e o sentido

    de estar nesse local.

    O paciente desorientado mais frequentemente confunde o tempo e

    o lugar em que vive; mais raramente confunde-se sobre si mesmo.

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    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES FORMAIS DO PENSAMENTO

    Pensamento Inibido: vivncia subjectiva do paciente que se queixa de

    dificuldade para manter o curso do pensamento etambm uma conversao.

    a sua queixa reside numa dificuldade em pensar, comose lhe faltasse energia para manter o fluxo das ideias;

    2- Pensamento Acelerado (Taquipsiquia) Ex: Mania caracteriza-se por uma elevada produtividade e um

    aumento da velocidade do pensamento e da linguagem.

    existe uma extrema capacidade associativa que produzum afastamento do tema inicial. s vezes, apenas osom de uma palavra provoca, por associao, outrapalavra (Associao casual).

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    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES FORMAIS DO PENSAMENTO

    6- Pensamento Incoerente/ DesagregadoPensamento Incoerente:

    Alm da falta de uma ideia directriz global, noexiste uma conexo lgica entre as diferentespalavras.

    Possui as caractersticas da desagregao mais atotal incompreensibilidade tanto a nvel global dodiscurso como a nvel parcial das suas frases

    constitutivas. Pode ser uma das manifestaes das perturbaes

    da conscincia. Ex: psicoses exgenas.

    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES FORMAIS DO PENSAMENTO

    Pensamento Desagregado:

    Devem cumprir-se os seguintes pontos:

    1 - Perda da ideia directiva global: no capaz de ordenar umaideia a outra de forma a conseguir uma ordenaoprogressiva e compreensvel. Mas compreensvelparcialmente.

    2 - Ruptura das associaes normais: surgem associaesdesligadas da experincia que o sujeito so julgasurpreendentes e incompreensveis.

    3 - No influencivel por estmulos externos e tm uma

    matriz autnoma.4 - O nvel da conscincia normal.

    Pode ocorrer na Esquizofrenia

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    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES DO CONTEDO DO PENSAMENTO3- Ideias Delirantes

    Um delrio uma crena falsa e incorrigvel que no est emconsonncia com a procedncia social e cultural do

    paciente. um produto de um processo patolgico interno e este facto que o torna impermevel s influncias externas.

    A - Ideias Delirantes Primrias ou Delrios propriamente ditos

    Segundo Jaspers, para que uma ideia possa ser consideradaideia delirante tem de cumprir os seguintes pressupostos:

    Ser Falsa (impossibilidade do contedo)

    Ser impermevel experincia ou toda argumentao lgica Existir Convico para a mesma (certeza subjectiva)

    No derivar directamente de outra manifestaopsicopatolgica.

    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES DO CONTEDO DO PENSAMENTOSegundo Kurt Schneider a experincia delirante primria pode

    reduzir-se a trs tipo:1 Humor delirante (Trema de Conrad)

    Estado de nimo especial caracterizado por uma atitude deperplexidade e expectao perante a realidade externa, quese revela pela vivncia de que as coisas perdem o seusignificado habitual, sem o paciente chegar a captar o que

    podem significar, mas com a certeza de que est em relaocom ele mesmo.

    Pode-se manifestar por pressentimentos (algo deimportante e grave vai ocorrer), ideias de significado vago(as coisas significam algo em relao com o paciente),suspeitas obscuras e vivncia do posto (os objectos socolocados para indicar ao paciente algo).

    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES DO CONTEDO DO PENSAMENTO

    Interpretao Delirante

    Valorizao delirante de factos, ideias, actuaes

    de outros fenmenos psquicos correctos. Supeum trabalho de elaborao mais complexo que nocaso da ocorrncia ou percepo delirante.

    Representao Delirante (recordaes delirantes)

    Dar um significado novo a uma recordao, de

    forma que o paciente interpreta o passado comuma configurao delirante.

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    Psicopatologia do Pensamento

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    Psicopatologia do PensamentoPERTURBAES DO CONTEDO DO PENSAMENTO

    CONTEDO DOS DELRIOS

    varivel e est em relao com a biografia do

    prprio paciente e com o meio social e cultural em quevive.

    Delrio de prejuzo ou autorreferencial

    Delrio de grandeza

    Delrio mstico

    Delrio de Cime

    Delrio de doena, culpa, runa, nihilistas Delrio Erotomaniaco

    Delrio de Influncia

    Psicopatologia Geral

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    - Sistema Tridico da Psiquiatria

    - Psicopatologia da Conscincia

    - Psicopatologia da Orientao

    - Psicopatologia da Memria

    - Psicopatologia da Ateno e da Concentrao

    - Psicopatologia do Pensamento- Psicopatologia da Linguagem

    - Psicopatologia da Percepo

    - Psicopatologia dos Impulsos- Psicopatologia da Afectividade

    Psicopatologia Geral

    Psicopatologia da Linguagem

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    Psicopatologia da Linguagem

    Organizao Neuroanatmica da

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    Organizao Neuroanatmica da

    LinguagemComponentes Corticais

    A origem da linguagem como actividadesimblica localiza-se no crtex cerebral eespecialmente no crtex associativo.

    Podemos distinguir duas reas reguladoras dalinguagem, situadas no plo anterior e no ploposterior do crebro.

    rea expressiva rea receptiva

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    rea Receptiva Situada na zona posterior do crtex,

    inclui os lbulos parietais, temporais

    occipitais. a responsvel pela linguagem

    compreensiva.

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    Linguagem

    Organizao Neuroanatmica da

    Organizao Neuroanatmica da

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    Linguagemrea Receptivaa) Lbulo Temporal Especializado nos processos de anlise e sntese dos sons da fala,

    onde esto situadas as reas de Heschl e de Wernicke.

    A circunvoluo de Heschl est situada no tero posterior da face

    externa do lbulo temporal e corresponde rea auditiva primria. Asua funo consiste na recepo das palavras, que posteriormentesero codificadas nas reas multimodais do lbulo temporal.

    A rea de Wernicke na zona postero-superior do lbulo do lbulotemporal esquerdo e tem como funo dotar de significado a

    linguagem oral e escrita realizando uma anlise fonolgica esemntica que permite transformar a informao auditiva em unidadesde significado ou palavras.

    O ga ao eu oa at ca da

    Linguagem

    Organizao Neuroanatmica da

    Organizao Neuroanatmica da

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    Linguagemrea Receptivaa) Lbulo Occipital Permite a identificao visual das imagens lingusticas. A rea 17, crtex visual primrio, processa as sensaes

    visuais que intervm nos processos de identificao daleitura e da escrita. O crtex visual associativo (reas 18 e 19) realiza a

    anlise perceptiva das palavras escritas ou lidas.

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    Linguagem

    Organizao Neuroanatmica da

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    Linguagemrea Receptivaa) Lbulo Parietal uma zona de integrao dos estmulos visuais e auditivos e dispe

    de duas reas de grande importncia para a linguagem: acircunvoluo supramarginal (rea 40) e a circunvoluo angular (rea39).

    Ambas esto situadas na zona posterior do lbulo parieta esquerdo edesempenham uma importante funo de integrao multimodal dainformao sensorial, permitindo a compreenso da linguagem lida eescrita.

    A circunvoluo angular o centro da leitura, responsvel pela

    coordenao das informaes sensoriais para albergar os modelosvisuais de letras e palavras, convertendo os estmulos visuais emformas auditivas adequadas.

    Linguagem

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    Organizao Neuroanatmica da

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    LinguagemComponentes extra-corticaisa) Fascculo arqueado um feixe de fibras de substncia branca que

    interconecta as reas de Broca e de Wernicke

    facilitando a sincronizao da linguagemcompreensiva e expressiva.

    Linguagem

    Organizao Neuroanatmica da

    Organizao Neuroanatmica da

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    LinguagemComponentes extra-corticaisb) Tlamo Intervm na rede associativa que conecta entre si

    as reas da linguagem compreensiva e expressiva

    atravs de vrios ncleos talmicos, que tm umaimportncia excepcional na regulao dalinguagem.

    Algumas leses talmicas podem provocarmanifestaes afsicas.

    Linguagem

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    Organizao Neuroanatmica da

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    LinguagemComponentes extra-corticaisd) Cerebelo responsvel juntamente com os gnglios basais

    pela coordenao da fluidez dos movimentos de

    articulao da linguagem oral e escrita. O neo-cerebelo especializado na execuo de

    movimentos precisos que intervm na articulao

    de sons da linguagem. As leses cerebelosas produzem disartrias.

    Linguagem

    Organizao Neuroanatmica da

    Organizao Neuroanatmica da

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    LinguagemComponentes extra-corticaise) Tronco enceflico uma via de passagem que contm as fibras

    motoras facilitadoras da transmisso correcta das

    eferncias motoras da linguagem e tambm responsvel pelo nvel de alerta do organismo parapermitir a activao lingustica graas aos centros

    da formao reticular.

    Linguagem

    Psicopatologia da Linguagem

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    Afasias Afasia motora Afasia sensitiva

    Afasia globalDisfasia Perturbao da linguagem que pressupe a dificuldade de

    compreenso e de expresso da linguagem, o discurso no tem

    lgica e as palavras no so as correctas.Disartria As palavras so as correctas, tm lgica mas so mal articuladas.Disfonia

    Voz nasaladaDisprosidia Modulao/tonalidade

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    Psicopatologia da Percepo

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    Psicopatologia da Percepo

    ALTERAES DA PERCEPO

    Segundo Jaspers separam-se as alteraesperceptivas em: Anomalias da percepo

    Caracteres anormais da percepo Percepes enganosas

    Outra classificao:

    Alteraes qualitativas Alteraes quantitativas

    Psicopatologia da Percepo

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    p g p

    I - ALTERAES QUANTITATIVAS Hiperestesia: aumento da intensidade das

    impresses sensoriais (ex: mania, intoxicao porLSD, enxaqueca, neurose,.). Hipostesia: diminuio da intensidade das

    impresses sensoriais, que pode chegar a

    anestesia.

    Hipostesia pode ser

    Orgnica - por leses das vias ou rgos sensoriaisPsicognea- depressores

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    Excises da percepo O doente incapaz de associar duas ou mais percepes de

    diferentes modalidades sensoriais (ex: esquizofrenia e intoxicaocom mescalina).

    Estranheza perceptiva Alteraes do sentimento de familiaridade ou reconhecimento do

    percebido, vivendo o percebido como algo novo, estranho e irreal(Desrealizao sentimento de irrealidade do campo perceptual)

    Estranhabilidade perceptiva

    Anormal sentimento de familiaridade em tudo que o doenteapercebe (ex: nos manacos ..)

    p g p

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    p g p

    Percepes alteradas do tempo Sensao subjectiva de lentificao do tempo (ex: deprimidos)

    Sensao subjectiva de acelerao do tempo (ex: manacos) Outras anomalias: ex: sensaes de paragem do tempo e..(na

    esquizofrenia)

    Imagem consecutiva/ Imagem parasita Imagem consecutiva: aparece quando cessa um estmulo que foi

    mantido durante muito tempo e dura depois de haver

    desaparecido . por segundos. Aparece no espao exterior. Imagem parasita: diferencia-se da anterior por ter maior durao,aparece no espao interior e pode estar mais distanciada dapercepo original.

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    p g p

    Imagens eidticas encontram-se no meio entre a percepo e a imaginao; so imagens subjectivas, condicionadas pelo sujeito, que aparecem

    no campo exterior, sem excitao sensorial, mas que so corpreascomo se interviessem os rgos dos sentido (na infncia,personalidades histricas e sugestionveis - por ex:pseudoalucinaes religiosas ou do tipo paranormal.

    Iluses Deformaes ou distores de percepes reais;So descritos trs tipos:

    Iluso do Hipnotista:

    Iluses afectivas: o estado afectivo o que determina a sua produo; Pareidolias: so numerosas e de grande intensidade (ex: nuvens,figuras nos ramos de arvores)

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    Psicopatologia da Percepo

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    TIPOS DE ALUCINAESAlucinaes Visuais

    aparecem caracteristicamente nos quadros orgnicos; no Delirium Tremens:

    alucinaes liliputinienses visuais zoopsias: ver animais pequenos alucinaes

    so raras na esquizofrenia e nas psicoses afectivas;

    Fenmenos de autoscopia: consiste na experinciade ver-se a sim mesmo e reconhecer-se; Fenmenos de autoscopia negativa: aquela em que

    o sujeito se v ao espelho e no se reconhece.

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    TIPOS DE ALUCINAESAlucinaes Corporais

    Alucinaes Tcteis: alucinaes da sensibilidadesuperficial. Podem ser trmicas, hidricas(percepo

    de ser humedecido) Cinestsicas: em msculos e articulaes (ex: cr

    que o move, sensao de ser levantado).

    Cenestsicas: alucinaes da sensibilidade visceral,dos rgos internos. Normalmente associam-se adelrios de influncia. Frequentes na esquizofrenia.

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    Psicopatologia dos Impulsos

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    Psicopatologia dos Impulsos

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    Incapacidade priori para se opor ao impulsoou tentao de levar a cabo a aco.

    Geralmente, antes de iniciar a aco, notadoum aumento da tenso ou activao.

    Enquanto decorre o comportamento sentido

    prazer, gratificao ou libertao. A aco egossintnicano sentido que est

    em consonncia com os desejos conscientes

    e imediatos do doente. Depois podem sentir culpa e arrependimento.

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    Si t T idi d P i i t i

    Psicopatologia Geral

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    - Sistema Tridico da Psiquiatria- Psicopatologia da Conscincia- Psicopatologia da Orientao

    - Psicopatologia da Memria

    - Psicopatologia da Ateno e da Concentrao

    - Psicopatologia do Pensamento- Psicopatologia da Linguagem

    - Psicopatologia da Percepo

    - Psicopatologia dos Impulsos

    - Psicopatologia da Afectividade

    Psicopatologia da Afectividade

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    AFECTIVIDADE

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    Designa o conjunto da vida dos sentimentos

    Estado de humor

    Com a sua intensidade, expressividade edurao

    A afectividade, juntamente com a actividadebsica caracterstica da personalidade

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    Emoo

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    Componentes da Emoo

    1. Apreciao cognitiva da

    situao

    1. Percepo de uma situao como

    ameaante

    2. Estados sentimentais subjectivos 2. Tenso psquica

    3. Alteraes fisiolgicas 3. Palpitaes, sudao, tremores4. Tendncias motivacionais 4. Desejo de fugir da situao

    5. Comportamento expressivo 5. Expresso de angustia no rosto6. Comportamento instrumental 6. Fuga

    Sentimentos

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    Estados ideoafectivos de expressoemocional

    Constituem a experincia subjectiva dasemoes, no tm sintomas vegetativos e

    tm uma maior durao. Sentimentos ligados ao Eu: orgulho,cime, timidez, superioridade, segurana,

    triunfo, vaidade, vergonha, culpa,arrependimento.

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    Sentimentos

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    A classificao mais adequada para ossentimentos parece ser a de Wundt.

    Definiu 3 categorias de estado de nimo:

    O prazer e o desprazer A tenso e o relaxamento

    A excitao e a depresso

    Humor

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    Estado emocional basal do indivduo equivalente ao estado de nimo.

    um estado emocional mais persistente egeneralizado.

    Os estados de nimo variamessencialmente entre alegria-tristeza, mastambm irritabilidade, expansividade eclera.

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    Psicopatologia da AfectividadeALTERAES DA EXPRESSO DA AFECTIVIDADE

    Incontinncia Afectiva

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    Dificuldade para controlar a expresso dos sentimentos em ummomento determinado, mostrando-se estes de forma brusca eexagerada. Pode ser encontrada no S. orgnico cerebral e em pessoas lbeis.

    Frieza e rigidez afectiva

    Falta de resposta emocional a estmulos afectivos. O individuo frio,indiferente, com escassez de sentimentos, em relao ao mundoexterno e/ou sua prpria pessoa.

    Pode ser encontrada no S. orgnico cerebral, na Esquizofrenia

    Residual e como desenvolvimento secundrio em toxicodependentes. Diferencia-se do embotamento afectivo no qual no existe escassezde sentimentos mas sim uma dificuldade para exterioriza-los.

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