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8.° anno

ASS1«NAV5JBA EM LISBOA

1 me*-.. SOO réis Annuncios: linha 20 réis; na 1.»

3 mezes. 800 » pagina 100 réis; no corpo do

Avulso .. 10 » jornal com travessão 60 réis.

Communicados e outros artigos contratam-se na

administração. Domingo lõ de outubro it 1889

A8SI6NATUBA NAS PE*OV5i\€lAS

3 mezes pagamento adiantado 1*150 réis

A correspondência sobre administração a Rodri-

eo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da Queima-

aa, 35, 1.° andar.

flumero 5:935

ò feomero telephoqico d'es-

íe jornal è Í62.

0 suicida José Moreira Pinto

Damos hoje o retrato de José

Moreira Pinto, que aute-hontem,

conforme hontem desenvolvida-

mente noticiámos, poz termo á

vida com um tiro de revolver.

Foi empregando muita diligen-

cia que obtivemos o retrato do in-

feliz, e isso mesmo devido á ama-

bilidade do distinct© photographo

o sr. liobone, successor de Fillon,

no afamado atelier da rua Serpa

Pinto.

O retrato foi tirado á uma hora

da tarde, por um dos artistas do

sr. Bobone, e ás quatro era-nos

dado o exemplar, do qual o nosso

hábil gravador o sr. Francisco

Pastor se serviu para fazer a gra-

vura, sendo este seu trabalho de

uma execução primorosa, reali-

sado em poucas horas.

A estampa representa o suicida

estendido no seu leito mortuário.

Nenhum retrato encontrávamos

do fallecido e portanto tivemos de

recorrer áqueile expediente, le-

vando o pliotographo ao proprio

quarto onde estava o cadaver.

José Moreira Pinto era real-

mente um concentrado e um ex-

cêntrico. A casa que habitava,

por cima do café Madrid, e cuja

entrada é a mesma por onde se

entra para os gabinetes do esta-

belecimento, é espaçosa e tem

grande numero de divisões.

Os leitores suppòem provavel-

mente que tudo aquillo se achava

mobilado, havendo o conforto in-

dispensável. Puro engano; só no

quarto habitado por Moreira Pin-

to havia mobilia—a que hontem

descrevemos; nos outros compar-

timentos nem um movei.

O cadaver, vestindo um fato

completo em quadradinhos escu-

ros, conservou-se até ás quatro

horas da tarde de hontem, sendo

removido para o cemiterio orien-

tal. O acompanhamento limitou-

se ao do homem que se encarre-

gou do funeral. Hoje será feita a

autopsia pelos srs. drs. Benjamim

Arrobas e Pestana.

O sr. dr. Arrobas tinha sido

chamado hontem de manha, mas

declarou que nào verificaria ali o

obito, mas sim no cemiterio,

O tiro nào foi no ouvido esquer-

do, como suppozemo8; parece ter

sido dado na boca; foi isto o que

disse o medico.

José Moreira Pinto, que é na-

tural de Goes, deixou, segundo

ouvimos, uma filha já educada,

que se acha na proviucia do Dou-

ro.

Ouvimos também dizer que o

homem estivera na Africa, onde

arranjou uma regular fortuna. At-

tribue-se o seu triste expediente

ao facto de Moreira Pinto se ver

contrariado numa desharmonia

com o seu socio, contrariedade

que muito o molestou, como suc-

cede sempre a quem é em extre-

mo caprichoso: nào se suppòe que

fosse a falta de meios que levasse

o desditoso a tào lugubre resolu-

ção.

Diz-se mesmo que deixou al-

guma fortuna, e que na casa onde

falleceu se encontrará bastante

dinheiro de contado.

Ainda nào foi feito o arrolamen-

to dos seus bens, e portanto claro

está que só fazemos obra pelo que

uvimos.

Terminando, de novo endereça-

mos os nossos agradecimentos ao

sr. Bobone, dono da acreditada

photographia Fillon que tanto se

tem distinguido pelos seus explen-

didos trabalhos.

E* á boa vontade e inexcedivel

desinteresse d'este cavalheiro que

devemos o ter podido satisfazer

n'este caso o nosso constante de-

sejo de bem servir os nossos assi-

gnantes proporcionando-lhes a

gravura representativa dos acon-

tecimentos do dia.

Um sujeito de alcunha o Tra-

quina passou hontem o dia e a

noite a atirar pedras para dentro

da loja n.° 10G da rua da Barro-

ca, que nào é precisamente um

alfobre de donzellas.

O segundo matacão chofrou na

loja ás 9 horas da noite. Houve

toques de apito, juntou-se gente,

mas as inquilinas ficaram com

dois vidros da janclla partidos, e

o 2 raquina safou-se inteiro.

Paquete

Madeira, 12, m.

Acaba de chegar do sul o pa-

quete portuguez «S. Thomé», da

Empreza Nacional.

(liavas).

A.GTTIA DOURO

Variedade infinita de coroas para tu-

mulos e artistas.

Esplendida collecção de corbeiles guar-

necidas de primorosas flores artiiiciaes.

Sortimento inexgotavel de lindíssimos

e tentadores objectos para brindes.

6», Rua Nova do Almada, 07

Eduardo Pexe & C.a

A classe dos estofadores reúne

hoje, pela 1 hora da tarde na rua

dos Poyaes de S. Bento, 70, 1.°,

afim de tratar de assumptos que

muito devem interessar aquella

arte.

Trata-sc da creaçào d'uma es-

cola e d uma associaçào de soccor-

ros uiutuos, e outros melhoramen-

tos tendentes a concorrer para o

engrandecimento da ciasse.

Linha de Cinira

Ficou hontem restabelecido, o

serviço de comboios na linha de

Cintra.

Nào ha de descarrila- perigo

mentos calçando da Sapataria

Lisbonense da rua Augusta.

Indicações theatraes

JOSÉ MOREIRA PINTO

Rosas

Chamamos a attenção dos nos-

sos leitores para o annuncio Ro-

seiras Novas.

Telegrammas do Porto

PORTO, 12, t.—- Ao Diário R-

lustrado.

Alguns carregadores reuniram

hontem á noite em Mila Nova de

Gaya, resolvendo participar aos

consignatários de vapores e do-

nos de barcos, que desde a próxi-

ma segunda feira abandonam o

trabalho caso o salario não lhes

seja elevado a 800 réis diários.

—A camara acceitou a exone-

ração pedida por José Vlctorino

da Silva, do cargo d$ visitador

das escolas.

R.

No salão anatómico da Avenida

da Liberdade estào em exposição

novas figuras de cera represen-

tando o mallogrado príncipe im-

perial da Austria e a baroneza

Vetsera.

O preço de entrada continua a

ser apenas de 100 réis.

Falleceu em Aveiro o conheci-

do Joaquim do Paço, que n'aquel-

la cidade fora fâmulo do bispo D.

Antonio de Santo Elydio.

Em Torres Vedras ha hoje fes-

ta a Nossa Senhora do Rosario,

com missa a grande instrumental

e vozes.

Também haverá procissão, e á

noite arraial. Toca a fanfarra Re-

creativa Torreense:

No Jardim Zoologico ha hoje

musica, como de costume.

GRANDE BARATEZA

SEMPRE NOVIDADES

QITOSARIA

ESJA A5JREA

Completo •ortimenlo

em todo o genero

de ourivesaria

preços pem eòiiipeteucfta

mm

FILHO

ALBERTO

DE

LACERDA

Cirurgião

Dentista

Rua do Ouro 100, 1.° E.

Col locação de dentes Tratamento dc todas as doen-

■ ças da boeca c dentaduras artiiiciaes

Eni poucas linhas

0 illustre publicista dos caminhos

de ferro deu hontem folga á despe-

za dos descarrilamentos, desastres

e choques dos comboyos. —Midas, depois de crear os repu-

blicanos, quer agora matal-os. Mi-

das feito Abrahão chega a ser es-

Iramb» tico!

—Tfes esludantes allemães suici-

daram-se de companhia. Scliope-

nliauer éque está pagando as lavas,

por convencionalismo dos críticos.

—0 Scculo lamenta que o sr. Con-

siglieri Pedroso não vá á camara. Hypocritasinho!

—Sobe o preço do vinho.

—Do alto da torre Eiffel o sr. dr.

Eduardo Maia mandou um bilhete

ostal aos correligionários. Lem-

rança barata

—A rainha Izabel vae passar o in-

verno a Madrid.

—Estào dois condes na forja. Não

nos parece que seja propriamente

por graça e mercô de El-Rei. Cosmopolita.

Preços modicos

Aos nossos leitores

Recommendamos a nova pada-

ria da rua Formosa, 9 e 11. Ex-

celi ente pão de todas as qualida-

des, esmerado fabrico e modici-

dade de preço.

Rogério Laroque, Rocambole

e a Collecção de Camillo

Castello Rranco.

Aftftigna-fte na calçada

da Eatreíla» 1©» e IO*.

Falleceu no Porto o sr. João

Alfredo de Sousa Dias, commer-

ciante.

Pessoa competente informa-nos

de que os empregados da estação

do cabo submarino em Carcavel-

los são pessoas ordeiras e estimá-

veis, e que inopidamente se viram

aggredidos por alguns homens

que lhe sabiram ao caminho. Fo-

ram pois victimas, sem o merecer,

d'um attentado brutal.

PC bi

Succursal do Collegio

da Santíssima Trindade

E' digno de toda a considera-

ção e auxilio do publico o novo

Collegio que ha pouco se inaugu-

rou na rua do Loreto, n.° 61, 2.°

andar, para educação de meninas,

sob a direcção das sr." D. Gui-

lhermina Maria Cortez e Sophia

de Mello e Castro.

Este Collegio, além do ensino

de instrucçào primaria elementar

e complementar, tem aulas de

francez, inglez, desenho, lavores,

musica e canto, regidas por há-

beis professoras e professores.

II. Maria

Um simples aviso: é hoje do-

mingo e representa se o drama

Leonor Telles.

Quer isto dizer que quem não

fôr cedo... ficará a chupar no

dedo.

Trindade

Nào vão cedo á Trindade com-

prar bilhete, e queixem-se depois.

Olhem que é domingo, e vae o

Gato.

Cuidadinho!

«ymnasio

Depois de uma noite de des-

eanço volta hoje á seen a a engra-

çadissima comedia Nào se deve di-

zer, que toda a semana chamou

boa concorrência.

Iloje, que é domingo, quem não

for cedo já sabe o que lhe suc-

cede.

Avenida

Aproveitem o espectáculo d'es-

ta noite, que é a penúltima recita

dos Androido8 portuguezes.

Ha novos trabalhos e grande

concerto de diversos instrumentos,

entre elles as guizeiras.

E*rinci|>e Real

Volta hoje á scena a comedia -

drama Pérola, que tem agradada

muito.

Rua cíon Conde**

Repete-se hoje a magnifica pe-

ça Nitouche, que tanto agrado está

obtendo.

Rato

Hoje repete-se o

In

drama em 3

original de actos, A Inquisição,

Baptista Diniz.

Keal Colyaeu

A estreia da companhia eques-

tre deu, como era fácil de prever*

uma enchente á cunha.

A companhia agradou muito e

tem alguns artistas muito distin-

ctos e mesmo notáveis.

Hoje temos dois espectáculos:

á 1 e meia da tarde e ãs 8 e meia

da noite.

KALENDARIO ALEGRE

Caro senhor redactor;

Desculpe vossa excellencia,

De, com a maior urgência,

Ir lhe pedir um favor.

Sou um pobre agricultor,

Das terras do Riba-Tejo;

Creio tudo quanto vejo,

Mas nem tudo que se diz,

Quando me cheira a eostella

Armada por taraméla

Aos parvos do meu paiz

Por isso, quando hontem li,

A circular do Elvino,

Quasi perdi logo o tino,

E na e«parrella cai;

Mas, depois, tornando a mi,

Da leitura cerebrina,

Julguei-me na Palestina,

A ouvir, colhendo louros,

N'aquelia terra bemdita,

O famoso Pedro Ermita,

De Christo, prégaudo aos mouros-

E, como no credo antigo,

Também diz aos infiéis,

—«Nào façais o que sabeis,

Porem, sim, o que vos digo; o—

E, porque, meu bom amigo,

Os fructos da sua escola,

S(S os vejo na saceóla.

Do sábio agricultor;

A mercê que lhe pedia,

Era uma Ave-Maria

Por tenção do pregador

Pois que o senhor Elvino,

Em louvor da Deuza Ceres,

Em vez de fazer colheres,

Faz sermões, e toca o hymno í

Que escreve em papel vellino,

Sempre a sonhar, muito aftlicto,

Co' as vaccas gordas do Egypto,

E as cabras da Capadócia,

Que vé pastar nos ilerminioe,

Comendo-lhes os laticínios,

Feito pastor da Beócia.

M Um agricultor do Riua-Tkjo,

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lílAJRY# lU.C;SíT!RAno

Rosa Araujo

Os proprios jornaes do gover-

no dão como certa a eleição por

Lisboa do nosso valioso amigo e

prestanlissimo correligionário, o

sr. José Gregorio da Rosa Arau-

jo.

Ainda mais do que o triumpho

partidario, apreciamos a inteire-

za da justiça que 6 feita pela ca-

pital a um dos seus filhos que

mais a honram pela nobreza do

seu caracter, pela dedicação in-

defessa do seu trabalho por tudo

quanto pode engrandecel-a, tor-

nando-a uma das primeiras ci-

dades da huropa. Lisboa, no seu

desinvolvimento material, a nin-

guém deve mais, depois do gran-

de marquez, do que a José Gre-

gorio da Rosa Araujo. Pelas for-

ças do município, o illustre ci-

dadão fez tanto como o notável

estadista pelas forças poderosas

do estado: Pombal reedíficçu, so-

bre as ruioas que os elementos

da natureza em revolução tinham

feito; Rosa Araujo teve ainda de

derribar para sobre os escom-

bros proceder á edificação do

mais bello local da cidade.

Por tudo isto, que está paten-

te, em frente de todos os olhos;

que todos veem, e todos gosam,

Lisboa honra-se, honrando o seu

illustre concidadão.

Estas individualidades modes-

tas, que muito fazem estadeando

pouquíssimo; que procedem por

amor ás causas a que se dedicam;

que fazem sacrifícios, em vez de

Íiensarem em interessss; que al-

iam á intelligencia a bondade

d'alma— estas individualidades

são extremamente sympathicas,

e merecem as glorias de um ple-

biscito com a unanimidade de

applausos. (bmprebende-se que

assim se fortaleçam na opinião

publica, como repugna que essa.

opinião consinta muitas vezes a

preponderância de personalida-

des corruptas, que somente na

corrupção alicerçam a sua supe-

rioridade aparente.

Rosa Araujo comprehende-se

em Lisboa, como Correia de Bar-

ros repugna no Porto. Aquelle

nasceu das suas aspirações e

identilicou-se com ella, sacrifi-

cando-lhes a saúde e a fortuna; o

outro surgiu dos alçapões da po-

litica, fortalecendo-se com a ar-

bitrariedade, com a veniaga e

com a iminoralidade.

Mas para Rosa Araujo soou a

hora da justiça, como para o que

demina o Porto ha de soar lam-

bem essa hora. Mas a d'aquelle é

dô gloria, e a d'este ha de igno-

minia.

Manifestações como as que

recebe o nosso querido amigo,

são diplomas de honra para um

povo, são pergaminhos da no-

breza dos seus sentimentos e de

fidalguia do seu espirito, porque

nunca a capital do rein d deu

a maior prova de nobreza do que

impondo ás prepotências do go-

verno a Victoria eleitoral do lío-

mem a quem mais deve em amor

e dedicação.

Pela politica

Pode gabar-se o joven partido

da esquerda dymnastica: nunca

um partido quo se diz opposiçào

foi tào elogiado pelos jornaes do

governo! ^

Damos-lhe os parabéns.

Então o illuâtre correspondente

do Janeiro é o que mais bera lhe

quer, mas só tem a talha de não

ser forte na contagem.

Pois se elle até conta como de-

putado novo, que vae refazer a

conta dos 3 unionistas, o sr. Gui-

lhermino de Barros!

Imagine-se o reato, depois da

gente saber que o illustre corres-

pondente era secretario da cama-

ra, e que dezenas de vezes leu o

nome do cunhado do sr. Vaz

Preto!

Quanto mais se garante e asse-

gura com votos a eleição de Joào

Arroyo, mais o sicário do gover-

no civil assevera que elle nao re-

ceberá diploma do Porto!

Chega a ser ura cumulo, este

sujeito que anmmcia as ladroei-

ras que projecta!

« # #

Publieou-8e a lista republica,

que é a seguinte:

Por accuiuulncão

José Maria Latino Coelho, lente.

Augusto Manuel Alves da Vei-

ga, professor e advogado.

Circulo ii.° 35 (Villa Xo-

va de &aia)

José Joaquim Rodrigues de

Freitas, lente.

Circulo u.° ÍO (LÍKQ)oa)

Bernardino Pereira Pinheiro,

secretario do Supremo Tribunal

de Justiça.

José Elias Garcia, lente.

José Maria Latino Coelho, lente.

Augusto Manuel Alves da Vei-

ga, professor e advogado.

Circulo aa.° S> # (Funchal)

Manuel d'Arriaga, advogado.

José Maria Latino Coelho, lente.

Sebastião de Magalhães Lima,

jornalista.

Ferreira d Almeida

Telegrammas de Faro para jor-

naes progressistas noticiam um

conflicto com o nosso illustre cor-

religionário, e o que vimos pu-

blicado no Correio da Noite até

insin ia de cobarde a Ferreira

d'Almeida!! Por aqui se pode

avaliar da verdade do informador.

NÓ3 aguardamos pormenores;

mas no entanto j:i podemos dizer

que começam a apparecer as con-

sequências da eleição á poigne de

que o sr. Elvino Yago foi encar-

regado.

Politica das províncias

Azambuja

Constando-me, por declaração

de pessoa fidedigna, que os diri

gentes do partido progressista

na eleição municipal que deve ter

logar no dia 3 do proximo mez,

propalara e pretendem fazer acre-

ditar aos eleitores que se mos-

tram adversos ao seu ideal poli-

tico, que eu, como secretario da

camara e por * pertencer ao parti-

do regenerador, devo ter melhoria

de ordenado caso vença a lista

que porventura este partido en-

tenda dever apresentar, declaro

mui terminantemente que são fal-

sas e de todo o ponto calumnio-

sas similhantes asserções, e que

esses boatos, espalhados adrede

para servir interesses ainda de

todo nao desvendados, mas que

todavia já transparecem nas in-

tenções de similhantes sujeitos,

representam apenas o 6eu mal

estar de espirito e um desarranjo

de cerebro aonde o dr. Senna te*

ria muito que estudar no interesse

da sci<»ncia.

Todos sabem que o vencimento

que tenho representa a paga do

meu trabalho e nunca esse favo-

ritismo que eu estaria longe de

pedir e quiçá de alcançar.

Se pecidos tenho feito aos meus

correligionários teem elles* rever-

tido, na maior parte, quer em pro-

veito publico, quer em favor de

indivíduos que * aliás agora aju-

dam e coadjuvam, pelo menos com

o sen silencio, similhantes ca-

lumnias.

Fica por esta forma desfeita a

intriga, e se o seu intuito é provo-

car uma explieaçào rnais clara

por meio da imprensa, aqui os es-

pero sem medo nem recrio de es-

pecie alguma.

Jayme Arthur da Motta.

Partido regenerador

Eis os candidatos que o nosso

partido propOe por accumulaçào

de votos:

Alexandre Alberto da

Roclia Serpa B*into:

Jo«é tie Alireu do Cou-

to Amorim \ovae*»:

Joííé d'Axevedo Castel-

lo Branco:

Luciano Cordeiros

SeliaNtião ile Souan

HPaiila* Baraclio. »

# #

Candidatos por Lisboa:

•Sowé Gregorio da Itofta

Araujo.

Rodrigo AIToiimo Pe-

quito.

HI6H-UFK

Fazem amanhã annos as ex.

sr.":

Condessa de Thomar.

D. Amelia Collen. •

D. Maria das Dores de Abreu Se-

queira.

I). Amelia Sophia Boaventura da

Costa.

E os srs.:

Felix Manuel de Carvalho da Fon-

seca (Castello Borges).

Francisco Justino Moraes Teixei-

ra.

*

# #

Regressou da sua viagem a Fran-

Íi, Allemanha, Italia e Suissa o sr.

ustino Teixeira, distinctissimo en- genheiro director dos caminhos de

ferro do Minho e Douro.

—Tem estado hospedado no «Gran-

de Hotel do Porto» o sr. conde de

S. Januario.

—Partiu para Paris o sr. dr. Mau-

perrin Santosj corn sua esnosa.

—Está na Figueira da Voz o sr.

Simões Dias.

—Pai tin para Cascaes o sr. Carlos

Lobo d'Avila.

—Regressou de Cinira o sr. conde

de Pen lia Longa. —Partiu para Lamego o sr. minis-

tro da justiça.

—Partem amanhã para Paris, no

«Sud express», os s-rs. marquezes

da Foz.

—Partiu para o Porto o sr. A. R.

de Macedo.

—Partiu nara Paris o sr. Antonio

Ignacio da Fonseca.

—Parte hoje para Aveiro o sr. An-

tonio Isidoro Serrão.

—Regressa amanhã a Lisboa o sr.

conselheiro Emygdio Navarro.

—Regressou da Ericeira o sr. Joa-

quim Fiúza Guião, com sua esposa e

filhos.

—Regressou a Bragança o prela-

do daquella diocese D. José Alves

de Manz.

Casa no dia 19 a sr.a I). Amelia

Augusta da Paz com o sr. Alfredo

Fernandes Sampaio.

* ♦ Casou ho :tem na egreja de S. Jo-

sé o sr. Julio Cesar Cosmelli com a

ex.ma sr.* D. Julia Rita Ainalia da

Conceição Duarte.

No «Sporting Club» de Cascaes ha

hoje um baile ollerecido pelos ra-

pazes solteiros as senhoras soltei-

ras.

Festa da mocidade que deve dei-

xar gratas recordações.

Arrayoios, mas acha-se, felizmente,

Suasi restabelecida, a sr.4 D. Maria

andida Dordio Portocarrero, espo-

sa do distincto jurisconsulto e pro-

prietário n'aquella villa, o sr. dr.

Francisco Xavier da Motta Garcia

Portocarrero de Vasconcellos. — *

SBosto de soccorros medicos

ROCIO 26, 1.°

KlIRECTOURS

Mattos Chaves e Ferrer Farol

No posto ha sempre medicos

para qualquer serviço.

Consulta de Ferrer Farol daa

11 da manha ás 2 da tarde.

Consulta de Mattos Chaves da« a A

A Yeous Moderna!

I'm cabello forte sedoso e na

còr natural, uma cutis branca, fi-

na e avelludada, são os caracte-

rísticos distinctivos da moderna

Venus. Estas duas maravilhas

obteem-8e nsando, só da Agua

Circas8iana e do Leite Divino da

casa Herrings & C.\ A primeira

para o cabello e o segundo para a

cutis.

A' venda nas principacs pliar

macias.

Álviçaras

Dão-se a quem entregar na ad-

ministração d'este jornal uma pul-

seira de platina e ouro, com tres

bolas de rbano, que se perdeu en-

tre a rua dos Capellistas e o Ter-

reiro do Paçò.

Esteve animadíssima a «soirée* que o sr. José Via nua da Silva Car-

valho. deu, na sua casa no Estoril,

na noite de 9 do corrente.

Assistiram as ex.,nM sr.":

Joaquim Aopsta éa £«sfcs

FABRICANTE

:

SZinfla ter 9 o cio»

doi fiSfttraaftelroff,

eledftdê(t(»^o|7A9M

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Cos eSciiís aa rca h I

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í completo soríiffifnia f

ca geaere « deve ser dirl#

.3 leda a epíH»Bfi!ídeafia.

Pelo estrangeiro

TELEGRAMAS

rantar qual-

' râí tes&v- si! vwtfsjssvs&?&

inho. I'. Maria Joaquina.. Ornei- carnmte por ne^ocios particulares

seus e nao tem nenhum fim politi-

co.

Wenna,.ll ,t.

0 ministro da Bulgaria n'esta còr-

. te desmente todos os boatos inquie-

Condessa dAltc, viscondessas de Alferramle.de Cofudie e suas li h» £.rn' \i 1 IT l ' 1 ^

llias, 0 Maria Bernardina A talava e " r,rniJ al^,lraa enl l,;V

suas

noç, |

CouuuholllBHpHHP

las e suas JJIhas D Maria Thercza,

I). Augusta e D Isabel, madame

Chindler e suas filhas I). Laura e

D. Paulina, li. Sophia Most r, I). Lui-

za Salema e suas Olhas D. Bernar-

da, D. Margarida e I). Marianna. D.

Maria do Rosario de Carvalho Pinto

Coelho, D. Maria da Graça de Carva-

lho, D. Maria Clara Vianna e sua fi-

lha D. Maria Luiza, D. Ludovina Pin-

to Coelho, D Maria Rufiua Iglesias

Vianna, madame Ulrich Cardoso, D.

Maria Luiza de Sa Pereira e Mene-

zes. I) Maria da Conceição Seabra e

sua filha I). Christina, I). Maria The-

reza Berquó, madame Pires e sua

filha D. izabel Lampreia, D. Livia

Silva, D. Rita d'Albuquerquc, D.

Francisca Caldeira, e muitas ontras,

cujos nomes nos nao occorrem.

E os ex.ao* srs: Conde d'AIte. vis-

condes de Alverca, de Alferrarede,

de Coruche, D. Francisco e D. Fer-

nando d'Almeida, I). Simão de Sou-

sa Coutinho (Redondo), D. Francisco

de Sousa (Rio Pardo), 1). Luiz da

Camara,João Fletcher. João Bregara,

Luiz Luz, Antonio Luz. Cassiano

Pessoa d'Amorim, D. Luiz Lobo da Silveira. Luiz Gama, Ayres Ornellas,

Salvador da França, João Aranha,

Fernando Salema, José e Antonio

d'Avillez, Antonio e José Altc, Car-

los Moser, Eduardo Moser, João

Vianna, Domingos Pinto Coelho,

Duarte Pinto Coelho, dr. Pinto Coe-

lho, Luiz de Sá Camello Lampreia,

Alfredo Monteverde, Salvador Cor-

reia de Sá, Pedro de Mello (Sabugal),

João Lampreia, Luiz Trigoso, etc.

A «soiree» acabou ã uma hora e

meia da manhã, dançando-se ani-

madamente.

A s !*2 horas houve ceia volante.

E' muito interessante o traba-

lho bibliographico—Esboço d'uma

CamUliana,—que o nosso collega

O Imparcial anda publicando.

Casou hontem na egreja das Mer-

cês o sr. dr. Henrique Midosi com a

ex.ma sr.4 D. Emilia Sophia Mattos e

Carvalho.

Tem experimentado melhoras nos

seus incommodos a ex.m* sr.* D. Se-

bastiana Slessor de Sousa Canavar-

ro.

—Tem estado doente na sua casa

de Setúbal o sr. visconde de Mont'.-

Alvo. —Continua a passar incommoda-

do o sr. ministro da guerra.

—Esteve gravemerite_enferma em

Berlim, Jí, t.

A população de Berlim fez um

acolhimento frio ao tzar. saindo

dentre a multidão alguns gritos

hostis. A comitiva do tzar mostra se

irritada.

Os créditos que o governo impe-

rial tenciona pedir ao parlamento

federal, sobem a 249 milhões de

«marcos»», sendo 120 milhões para o

augmento da «laiidwohrw, e o resto

para m- Ihoramenlo das vias férreas

e dos telegraphosl

Bordeos, 11, n.

Houve hoje um grande incêndio

nas cavallariças da Companhia dos

«tramways. Morreram 35 cavallos

As perdas sao avaliadas em 300:000

francos.

Paris, 11, n.

Encalhou hoje perto do porto de

Aigues-Mortes o vapor hespanhol

«•Buenaventura», que vioha de Ali-

cante. A tripulação salvou-se. 0 va-

oor dinamarquez nSwilzer» está tra-

balhando para desencalhar o «Bue-

naventura».

Berlim, 11. n.

A audiência concedida esta tarde

pelo Izar ao príncipe de Bismarck

durou hora c meia.

Munich, 11. n.

0 príncipe Fernando de Cobbrgo

esteve hoje n'esta cidade, mas par-

tiu logo para Genebra e Paris.

Londres, íl, n.

Afllrma se que a reabertura do

parlamento britannico está fixada

para 6 de fevereiro.

Uma proclamação das auctorida-

des da Irlanda suDprime a «Liga

nacional» no condado de Tipperary.

Outra proclamação restringe a im-

portação de armas em toda a Irlan-

da.

Berlim. 11, n.

Esta noite no banquete de gala

os imperadores brindaram-se reci-

firocamente; o tzar respondeu em

rancez ao brinde do imperador.

(liavas).

Corridas de burros

em Cascaes 1

11 de outubro.

Kealisaram-se ante-hontein as

corridas de burros no jardim do

Sporting Club de Cascaes, promo-

vidas por uma commissâo de me-

ninas da nosaa primeira socieda-

de.

Presidenta

D. Maria Domingas de Sousa

Coutinho (Redondo).

Strat

D. Margarida Manuel (Ata-

laya).

D. Victoria Ilorta (Alte).

Jiiiza de chegada

D. Maria Luiza Vianna.

Juizas de campo

D. Leonor Manuel (Atalaya).

D. Maria Thereza IJerquó.

D. Gabriella Rebello da Silva.

1." CORRIDA (de velocidade)

Chegou primeiro á meta o sr.

Antonio d'Avilez, que ganhou o

premio da commissâo.

Era uma linda bengala de éba-

no com castâc de prata cinzelado.

2." (ás vessas)

Chegou primeiro o sr. Joào Sal-

danha Ferreira Pinto.

Premio: uma linda caixa para

phosphoros, de prata, offerecida

pela sr.a D. Sophia Moser.

3.* (saltos)

Venceu José Lobo d'Almeida

Mello Castro Avilez.

Premio da família Oraellas: um

peso para papeis, de prata, repre-

sentando urn jockey.

4." (jogo das rosas)

Ganhou o sr. Antonio d'Avilez.

Premio: um alfinete de peito olle-

recido pela sr.a D. Maria Luiza

Vianna.

5.a (ganha-perde)

E3ta corrida foi muito disputa-

da, nào podendo aaber-se qual ti-

uha sido o ultimo, e por isso teve

que fazer-8e nova corrida, que

tambeiu nSo deu resultado, optan-

do a commissiio por uma corrida

a pé, com saltos.

Ganhou o sr. Jayme Monte-

verde.

Premio oflerecido pela sr.a D.

Maria Luiza Vianna: um lindo

pandeiro, pintado pela sr.a D.

Laura Sehiudler.

# #

A's corridas de burros assisti-

ram todas as famílias de Cascaes

e muitas de Paço d'Arcos, Esto-

ril, etc.

# * #

A* noite houve baile na parada,

promovido pela mesma commis-

aao.

Lembra-nos de ter visto as

ex.nw" sr.":

Condessas de Pombeiro, Fica-

lho, Mosaamede8, Al te, Maga-

lhães, Lagoaça e de Castro, vis-

condessas de Alterrarede e de

Taveiro, D. Maria Domingas de

Sousa Coutinho (Redondo), D.

Maria Bernardina (Atalaya) e

suas iilhas D. Margarida, D. Leo-

nor e D. Eugenia, D. Maria Joa-

Juina Oruelhis e sua fiiha D.

Iafia Thereza, D. Luiza Salema

e suas filhas D. Luiza. D. Ber-

narda, I>. Margarida e D. Marian-

na, IX Maria de Castro, D. Maria

Luiza Ficalho, D. Victoria (Alte).

I). Clara Vianna e sua filha D.

D. Maria Luiza, D. Maria Fran-

cisca Araujo e suas filhas D. Ma-

ria e D. Henriqueta, D. Maria

Thereza Bcrquó, D. Rita Albu-

querque, Dr Maria Amalia (Pom-

bal), D. Constança (Pombeiro) e

sua filha D. Maria José, D. Elisa

Fletcher, D. Gabriella Rebello da

Silva e sua irmà, D. Fernanda

Bregara, madame Romero, D. Eu-

genia, D. Adelaide e D. Francis-

ca (Mossamedes), D. Anna Al-

meida,- mademoiselle Alincourt.

Braga, I). Sophia Laxman Fer-

reira Pinto, l>.f Maria da Gloria

da Cunha Menezes, I). Maria Ru-

fina Iglesias Vianna, D. Marian-

na de Castro Guiraarftes, D. Ma-

ria Guerra Vianna, D. Adelaide

de Sousa Iiolstein, D. Laurinda

Alves da Fonseca, D. Alice Fer-

reira Pinto, I>. Rita Albuquerque,

mademoiselles Figueiras Freire e

Fornellos, madame Costa Pinto,

D. Maria Antónia Ferreira Pinto,

I). Alda Ferreira Pinto, mademoi-

selle Sarmento, I). Anna Gourla-

dc, D. Livia Vianna, D* Sophia

Moser. D. Anna de Mendóça

(Loulé), D. Maria Francisca Meu-

ron e filhas, I). Margarida de

Queiroz, D. Maria Luiza de Sá

Pereira (Oldoini), D. Maria da

Gloria Lumiares, D. Julia Pi-

mentel, etc.

O cotillon foi habilmente mar-

cado pelo sr. Antonio /Alte) e

pela sr.a D. Maria Domingas de

Sousa Coutinho (Redondo), e

terminou ás 3 horas e meia da

manha.

Felicitamos todos aquelles que

tiveram a honra de assistir áqucl-

la festa, que largamente coinpen-

son o trabalho que a commissao

teve.

Haric repentina

O moço de fretes Francisco Bo-

telho Parada, de. 51 annos, resi-

dente li uma casa de malta, no 2."

andar do prédio n.° 2õ da rua das

Canastras, quando hontem de tar-

de subia a escada da sua residên-

cia, caiu, prostrado por doença

que subitamente o accommetteu.

O infeliz foi logo soccorrido e

levado para casa, mas quando ahi

chegou já estava morto.

Foi verificado o obtito pelo res-

pectivo sub-delegado de saúde.

Desastre

Uma senhora, moradora no lar-

go de Santo Audré, foi hontem de

tarde, visitar urna familia da sua

intimidade, qne reside na rua do

Ouro.

Quando se retirava, ao descer

a escada caiu, fracturando o bra-

ço esquerdo.

A infeliz senhora foi pensada no

hospital de S. José, indo depois

para sua casa.

Exames no iyccu

Nào é exacto que o sr. Pedro

Monteiro perguntasse, uo exame

de Geographia. os nomes dos ré-

gulos avassalados a Portugal era

Timor.

Nós somos insuspeitos a res-

peito d'este cavalheiro, que, como

ae sabe. milita num campo poli-

tico opposto ao nosso. Mas nada

tem a politica com os seus deve-

res de professor, e com aquelles

que a critics imparcial nos im-

põe.

Uma testemunha fidedigna as-

sira nol-o assevera. ■■qnUDm

Felo!). do Governo

Licença ao sr. dr. Velloso d'A-

raujo, conservador em Santo Thyr-

80.

—lftecreto ratificando o

accordo Nobre a pro-

priedade li e Cera ria en-

Ire Poraa^al © ESrazíl.

—Portaria de louvor ao sr.

Paulo Benjamim Cabral pela ma-

neira dÍ8tincta por que exerceu

interinamente as funeções de di-

rector geral dos correios.

—Muitas portarias sobre estra-

das.

—Estatutos da companhia da

fabrica de papel do Prado.

Era Carcavellos festeja-se hoje

a Senhora dos Reraedios.

Na egreja da Penha de Fran-

celebra-se amanha a festividade

feita pelos romeiros do círio das

Palmeloas, a nossa Senhora da

Penha, orando o reverendo José

Rocha.

Na sachristia da egreja do Ra-

to ha hoje, pelas 4 horas da tar-

de, ladainha, e Te-Deum por mu-

sica.

Noticias militares

Para inspector da arma de ca-

vallaria foi nomeado o general

Malaquias de Lemoa:

Para o commando da 3.a divi-

sào o general Jorge Candido.

Para a inspecção da arma de

infanteria o general Valladas.

Para o commando da sua divi-

são o general Moreira.

Para o commando das guardas

municipaes o coronel Queiroz.

Para o cominando de cavai la-

na 4 o coronel França.

Rosa de Ouro

Chamamos a attençao dos nos-

sos leitores para o annuncio que

na secção competente publicamos

do armazém de fazendas naeio-

naes e estrangeiras do sr. José

Bernardino de Sousa, sito no lar-

go de S. Roque n.°* 11 e 12.

O que ali se encontra é bom,

escolhido e variado, porque o

caracter do sr. Bernardino de

Sousa, tem por norma bem ser-

vir os seus freguezes.

De sorte que quem frequentar

o estabelecimeto Hosa de Ouro>

tem a certeza de comprar bom e

barato,

Page 3: purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1889-10-13/j-1244-g_1889-10-13_item2/j... · Communicados e outros artigos contratam-se na administração. ... Variedade infinita de coroas para tu-

á* BA RIO ILtURTBABO

IVIorte de Alexandre

da Conceição

Alexandre da Conceição estu-

dava engenheria civil na Acade-

mia Polytechnica do Porto quan-

do eu tentava na imprensa a minha

estreia litteraria. Era um dos poe-

tas novos da phalange de Gui-

lherme Braga, José Dias d'Oli-

veira e Pedro de Lima. Digo dos

novos, em contraposição ao Ale-

xandre Braga, ao Arnaldo Gama,

e outros, que quasi haviam aban-

donado as musas a esse tempo.

Principiou militando nas filei-

ras do romantismo, que era a cor-

rente dominante da epocha. Em

1865 reuniu em volume as suas

poesias sob o titulo de Alvoradas.

E dez annos depois fez segunda

edição augmentada com novas

composiçOes.

Como poeta, se não podia me-

dir-ee com a estatura genial de

Guilherme Braga, era com tudo

muito distincto. l)ou como speci-

men uma das suas poesias que te-

ve maior voga. O leitor, se nunca

viu o livro AlvoradaB, pode ajui-

zar, pelo specimen, do valor de

Alexandre da Conceição como

poeta:

Pergaminhos

3\ào me esmagam, mulher, os teus

sorrisos;

Eu tenho mais orgulho do que

pensas

E rio-me também;

E' debalde que tentas humilhar -

me,

Porque eu ouso pensar — vê tu

que insania!—

Que também sou alguém.

Alguém que veio ao mundo sem

familia,

Um producto do acaso, um pária,

um misero,

Um engeitado eníim,

Um sér sem protecção das leis

canónicas,

Filho sem pai no assento do bap-

tismo,

Mas um sêr, inda assim.

Levantou-me da esirada do infor-

túnio

L"m homem que entendeu que um

filho espúrio

Tem jus á protecção,

Um homem que entendeu que é

vil e infame

Atirar para o Iodo. dos hospícios

Uma alma em embrydo.

Este homem deu-me a força do

seu braço,

Legou-me em vida o seu honrado

nome...

Vestiu quem era nu,

Depois, quando me viu robusto e

forte,

Disse-me um dia: «Vai, se ho-

mem, lacta,

Trabalha agora tu.«

Luctei, passei curvado sebre os

livros

A mais florida quadra dos meus

dias

Sereno a trabalhar;

Estudei, progredi, illuminei me

E um dia para entrar cm novas

luctas,

Pude emfiin descançar.

E" que eu vi as premissas da vi-

ctoria,

O applauso espontâneo dos estra-

nhos

Incitar-me a seguir,

E' que eu via diante de meus

passos

Rasgar-se ampla, infinita, lumi-

nosa

A e3trada do porvir.

Se alguma cousa sou a mim o de-

vo,

Ao meu trabalho honrado, ao meu

estudo,

Ao amor de meus paes,

A' força da vontade, á intelligen

cia,

A' sociedade pouco, ás leis bem

menos...

E a ti nào devo mais.

E és tu que vens fallar-me em

pergaminhos?

E és tu que vens fallar-me nas

riquezas

Que o destino te deu?

Eu nào troco os meus louros de

poeta,

As conquistas do estudo e o meu

futuro

Por tudo quanto é teu.

E's louca!... Sabes lá que orgu-

lho é este

Do homem que a si só deve o que

vale

E que espera valer?

Ha lá brazòes iilustres que equi-

librem

Estes louros viçosos d'um trium-

pho

Que soubemos mer'cer?

E's louca! Sabes lá como eu sou

rico,

Rico de muita honra e muita esp'

rança

E muito coraçao?

E's louca! Mostra a escravos as

riquezas,

Que eu, p'ra não adorar bezerros

de ouro,

Sou bastante christilo.

E quem te disse a ti que eu te in-

vejava

Esse ouro, que é teu único presti-

gio

E o nome a teus avós?

Orgulhosa!... pois julgas decidi-

do

Qual seja, n'esta lucta de vaida-

des,

O mais nobre de nós?

Pois julgas que ser nobre é mero

acaso,

Uma questiio de berço ou de des-

tino,

Uma questão de paes?

Nào vês que se a nobreza fosse

herança,

Tendo eu e tu por paes Adão e

Eva,

Seriamos iguaes?

E nào somos, bem vês, porque a

nobreza

Nào se lega, conquista-a a intel-

ligencia,

O talento, as acções;

Ora eu, se me permittes a vaida-

de,

Colloco um pouco abaixo dos meus

louros

Todosos teus brazòes.

Devolvo-te por tanto os teus in-

sultos

E a suspeita de te adorar os ri-

sos,

Que nunca mendiguei;

Se és bella e tens orgulhos de

rainha,

Mulher, entende bem, eu sou poe-

ta,

Tenho orgulhos de rei.

Que é esta a nossa força; n estes

tempos

Em que a estupidez má enche as

nulos d ouro

Para nos insultar,

E' modéstia a orçar pela baixeza

Kào fazermos sentir aos maus e

aos futeid

Quem devem respeitar.

Nào me compares pois á horda

'ignara

Que te adora os sorrisos pelo ou-

ro. ..

Eu tenho coraçSo,

Tenho por pergaminhos o traba-

lho,

f*or thesouros a minha intelligen-

cia

E a honra por brazào.

Nós, os homens que andamos

procurando

A' luz do coração por este mundo

Os caminhos do bem,

Como trazemos alto o pensamen-

to

E a fronte erguida ao céo, temos

orgulhos,

Bem ve3, como ninguém.

Em 1867 publicou o poemeto

Abençoada esmola, que considero

inferior á maior parte das compo-

sições incluidas nas Alvoradas.

A este tempo, já era engenhei-

ro ou estava perto de o ser. O

theodolito prejudicára a inspira-

ção. Sem embargo, sente-se ainda

na Abençoada esmola a destreza

de um poeta, que as asperesas da

vida haviam chamado a prosaicas

occupaçOes.

E todavia elle tinha a velleida-

de de querer encontrar poesia na

mathemathica, que se via obriga-

do a cultivar. Era talvez um pro-

cesso para illudir-se. A este res-

peito discutimos n uma serie de

cartas publicadas no Jornal do

Porto desde dezembro de 1871 a

março de 1872.

A discussão terminou em boa

paz; ficamos mais amigos do que

éramos antes. Uma das minhas

primicia8 litterarias fora justa-

mente beliscada por Alexandre

da Conceição n'um folhetim do

Nacional. Quando a questão rom-

peu no Jornal do Porto, tudo fazia

auppôr que viesse a azedar-sc,

mas quiz por excepção a minha

boa fortuna que eu ficasse sendo

favorecido d ahi em diante com a

estima cordealissima de Alexan-

dre da Conceição, sem embargo

das nossas frequentes divergên-

cias de opinião, especialmente em

politica.

Elle era republicano, e prestou

bons serviços ao partido em que

militava^ sobretudo como jornalis-

ta. Muitas vezes veio á imprensa,

com nobre independencia, ailirmar

e defender as suas convicções.

Nào havia conveniência de situa-

ção que lhe atasse 03 braços. O

seu caracter era intemerato na

expansào das suas convicções.

Em 1881 Alexandre da Concei-

ção travou uma aspera peleja lit-

terariacom Camillo Castello 1 tran-

co, a proposito do Euzebio Maca-

riOy historia natural e social d'uma

familia no tempo dos Cabraes.

Na dedicatória declarava Ca-

millo o intento que o demovera a

escrever esta novella humorísti-

ca: «Perguntaste-me um dia se

um velho eseriptor de antigas

novellas poderia escrever, segun-

do os processos novos, um roman-

ce com todos os tics do esívlo rea-

lista. Respondi temerariamente

que Bim.»

O Euzebio Macario fui a justifi-

cação d esta afirmativa, d'este

compromisso espontaneamente to-

mado.

Camillo, o inexcedivel românti-

co do Amor de perdição, provou o

seu pulso de eseriptor realista 110

Euzebio Macario e, depois, na

Corja. Evidenciou, com urna supe-

rioridade indiscutivel, que, na «ís-

phéVa da litter atura, .nào havia

para elle barreiras que lhe to-

lhessem o passo, processos que

lho desnervassem o braço.

Alexandre da Conceição que

principiára, como todos os litte-

ratos do seu tempo, por ser ro-

mântico, evolutira em philosophia

para o positivismo, c em littera-

tura para o realismo. Exagerou o

seu enthusiasmo, fazendo-se tal-

vez mais papista do qué o papa

da sua nova escola. Nàoviudean-

te de si o homem eminente que se

chama Camillo Castello Branco.

Cuidou ver apenas no Euzebio

Macario a pretensão de lançar o

ridículo sobre a escola realista.

D'aqui nasceu a polemica, que

a breve trecho se transviou em

aggressues pessoaes. As dema-

sias de Camillo tinham uma na-

tural explicaçào no facto de ser

reptado violentamente; as de Ale-

xandre da Conceição provinham

do afogo com que elle abraçava

os processos litterarios da escola

realista.

O choque foi notavelmente

aguerrido, medonho. De parte a

parte nào houve trepidação que

esfriasse o ardor do primeiro mo-

mento. Camillo é um polemista in-

signe. Mas Alexandre da Concei-

ção, descontados os excessos que

visavam a melindrar pessoalmen-

te Camillo, aguentou-se rijamente

no combate.

Todas as polemicas que des-

cambam na oliensa pessoal teem

o seu lado triste, e esta mais que

todas, porque Alexaudre da Con-

ceição, no fundo da sua consciên-

cia, reconhecia nitidamente os al-

tos méritos litterarios do seu con-

tendor.

Elle proprio nol-o confessou fi-

dalgamcnte, ha t-rez ou quatro ân-

uos, no Café Marrare, n uma ma-

nha calmoBa, em que ali entrá-

mos.

O combate foi tão áspero como

longo. A curiosidade publica

acompanhou-o, commentou o e,

triste é dizei o, divertiu se. Mas

estou plenamente capacitado de

3ue nenhum dos dois guardou

uradouro resentimento d essa

cruel peleja.

... E hoje, dissipado o fumo

torvo da batalha, o que resta?

Camillo, irmanado 11a grandeza

da desgraça a Milton, envelhece

privado da luz dos olhos, que a

do espirito brilha aiuda n elle co-

mo a do sol 110 esplendor do cre-

púsculo vespertino. Alexandre da

Conceição, adormecido na immo-

biliaade da morte, nào é mais do

ue o envolucro decomposto d'011-

e se evolou, como um perfume

subtil, uma bella alma ardente,

mas fidalga.

E, o que é profundamente la-

crimavel, trez creanças licáram ao

desamparo, sem pai e creio que...

I

sem pí

Ai.hekto Pimentel.

Falleceu em Lamego a sr." D.

Maria do Sacramento da Veiga,

tia do sr. conselheiro Beirão.

Sentimos.

Regressa hoje de Paris, onde

foi visitar a exposição, o sr. Bobo-

ne, o distincto pliotographo que

tào zelosamente tem sabido con-

servar os antigos créditos da casa

Filiou, era cuja propriedade suc-

cedeu. t

Eftpectacalo*

8 h.— D. MARIA.

Leonor Telles.

8 1|4 h.—TRINDADE.

0 galo preto.

8 í|4—GYMNASIO.

Não se deve dizer.

Um copo dagua.

8 114—PRÍNCIPE REAL.

A pérola.

8 h.—RUA DOS CONDES.

Nitouche.

8 1 2—AVENIDA.

8 lj2 h.—COLYSÊU.

Trabalhos equestres, gyranasticos

e acrobaticos.

Matinée á I hora da tarde.

PRAÇA DE ALDEGALLEGA-Domin-

go 13, ãs 3 11*2 da tarde.

Grandiosa tourada promovida por

Fernando d'Oliveira, a favor do Hos-

pital de Misericórdia d'aquella villa.

THEATRO DE VARIEDADES—Na fei-

ra do Gampo grande. Todas as noi-

tes variados espectáculos. Aos do-

mingos espectáculos de tarde.

GUAM) Osè GALERIA UNIVERSAL

PARISIENSE. Praça dos Restauradores

n.05 60 e 61.

Entrada 100 réis, creanças e mi-

litares 50.

JARDIM Z00L0G1C0 — Exposição

permanente danimaes—Vendas ga-

rantidas dauimaes, ovos, plantas se-

mentes, eo.. etc.—Recebem-se ani-

mães para deposito—Musica aos do-

mingos e dias santificados.

Entrada geral 100 réis.

Typ. do "Diário Ulastrsdo"

TP.

Missa

T)0R ser amanhã, segunda feira 1 14 do corrente mez, oanniver-

sario do fallecimento do Visconde de

Botelho Seabra, sufragando a sua

alma mandam seus filhos resar uma

missa, pelas 10 horas da manhã

d esse dia, na Parochial egreja de

Nossa Senhora das Mercês. 30

mu L mn

Cirarfile écEíIats

k sass ãisagesUáM! e tltaHf

-'te* «Sc ***

fOLLOGàM-SS deattfl

á deatedm

^

Antiga casa José Alexandre

Rua Garrett 10 e 12, (Chiado), o

que ha de melhor em talhe-

res. Societé, Alfénidft e Christof.

"cõlicõEps

49—Rua Áurea—51

A. C. BRAGANÇA

■'PENDO comprado na liquidação A da ourivesaria Bello & C.* o

4ue havia n'este estabelecimento de

íomicendas, hábitos, e medalhas

militares em prata e cobre, e bem

assim as fitas para as mesmas, par-

ticipa que tem hoje o mais compl*-

to sortimento d estes artigos. 35

. B. Valente

409. Rua do Ouro, 11.)

98, T. de S. Nicolau, 100

Lisboa

iodas e confecções

PARTICIPA a v. ex.* que acabou 1 de receber de Paris, um gran |

de e variado sortimento de artigos

da mais alta novidade para a pre-

sente estação d'invcrno, solicitando'

visitas de v. ex." a esta sua casa.

109, Rua do Ouro, 113

B. Valente

English Governess

r\ESEJA encontrar uma familia

■- ou collegio cm Lisboa ou fora

para ensinar inglez e piano, ou

companhia de creanças.

Carla amiss J. J., Rua de S. Ben-

to, 24. 33

Ânnuncio

TA zpkuz. Hoje não recebi carta. 1 Porque me não escreveras?

Será impossibilidade material:

srjvdnvsh—mbdbvp; ou pouco amor?

A tua pketmprtkvpz—facilmente des-

cobriria meio de—aritre—fl—upspv-

dmuzntf—não és—thuvess. 0 pouco

amoré a única explicação plausível,

e isto mais me faz sourer—cp—hdt —v—onípomvf—zdftkvpz —u—ifv—

ki—snv—84—quem o nod esse

fdprofqxfm—hdzkuj—arid. 32

THOME Martins Vieira e Luzia 1 Anna Morales Vianna partici-

pam aos seus parentes e pessoas da

sua amizade que amanhã 14 do cor-

rente, pelas II h. da manhã, terá

Jogar, na egreja do Sacramento,

uma missa por alma de sua estre-

mosa esposa e mana Digna Emerita

Morale s Vieira fallecida em Caneças em 8 do corrente. \ 20

A classe

dos estofadores

A commissão organisadora da A associação dos estofadores

convida todos os seus colegas a reu-

nir no dia 13 pela 1 hora da tarde

11a Rua dos Poyaes de S. Bento, 70,

1.° para lhe ser presentes os traba-

lhos da commissão organisadora e

discussão da copia dos estatutos.

Y '1 I * I'D ÍYQ Q Nã0 sci se PStáS -/VciiJi L0do. de possedaen-

commenda remetíida. Caso não es-

tejas previne para providencia.r

Falta de tempo e espaço não agra-

deci como devia, mas agradeço ago-

ra. com toda esta simplicidade, dan-

do-te a certeza que nada esqueci, e

que cada vez mais me recordas-Sau-

ctades sem fim. 27 ■ ■I ■ 1 ■■ 1 '

Roseiras Novas

A NOIVA (chá)—Branca, centro J V aurora: cada planta, 4.-3500.

LIMA JUNIOR (hyb rem)—Côr de

rosa carminada, ou rosa mesclada

de carmim, veios azues e pétalas

ligeiramente marginadas de branco; cada planta, 500.

LIBADAS (chá)—Amarello mes-

clado de rosa carminada. A mais

bella, a mais notável, de todas as

rosas chás. Premiada na exposição

de Madrid, em 1884. Cada planta,

em vaso, 1£500; do viveiro, 500.

NE NI A (hyb. rem)—Nenhuma ou-

tra rosa tem lido nome mais pro-

prio. A sua côr purpura, negra

avelludada v o seu perfume suave

produz nas almas delicadas o cfiei to

da melodia mystica d um canto fú-

nebre. Cada planta, em vaso, I £000;

do viveiro, -5U0.

Rua de Borges Carneiro, 2, á Es-

trella.

(ira-iíie Escolha de Roseiras

Acaba de chegar um grande sor-

timento de roseiras, cujos preços

foram este anno muito reduzidos.

Cada planta 200.

Vi variedades á nossa escolha

I £800, e 24. 3$000 100 roseiras, com 25 variedades,

á nossa escolha, OoOOO.

Rua de Borges Carneiro, 2, Lisboa.

Os pedidos" para as províncias

devem ser dirigidas ao deposito ge-

ral, J- Pedro da Costa. Porto.

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rvARANTE-SE a cura completa das 1 * dores nevralgicas e rheumaticas

aos doentes que usarem 4 a 0 fric-

ções deste precioso medicamento.

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Lisbonense R. Augusta 202 e 204,

esquina da travessa d'Assumpção,

Este estabelecimento aeha-se com-

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A lingua franceza pelo 111c-

tliodo Ollendorff

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Porto, e nas principaes livrarias de Lisboa. 22

ADVOGADO

Dr. José Maria Bar-

bosa de Magalhães,

abriu j escriptorio de

advogado. Rua do Fer-

regia de Baixo, 34,

l.° andar.

João Candido

da Silva

Am roidos.

Ludrilhofone. Quizeiras.

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gal e Colonias.

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44. CHIADO. 41

229, Pi. do Ouro, 231

Prémios vendidos n'esta casa 11a

loteria que se extrahiu no dia 10

em Madrid.

Números Pesetas

10:815 250:000

10:814 6:000

10:816 6:000

2:233 5:000

6:518 5:000

6:980 5:000

7:499.' 5:000

Loteria de iadrid

Extracção em 1') de outubro

de 1889

PREMIO MAIOR

25:200$000

RâlBieCcft a I H&OOO.

Meio* 5$«»00.

EtecimoN a

CauteEia* (Se SocIom oh

pr eco».

Extraordinaria loteria

do Natal

»:

Ha já um completo e variadís-

simo sortimento de bilhetes e dé-

cimos para esta importante loteria

na casa de cambio de

João Candido

da Silva

229, Rua do Ouro, 251

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Lisboa

Novidades para inverno

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-í.) c 45. Rua do Crucifixo, 47 c 49

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Page 4: purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1889-10-13/j-1244-g_1889-10-13_item2/j... · Communicados e outros artigos contratam-se na administração. ... Variedade infinita de coroas para tu-

MiUEO ILIX^Í BAUO

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EOSA DE OURO

JOSE BERNARDINO DE SOUZf

II-—Largo de S. Roque—12

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Artigos de fazendas brancas, fanqueiro, modas e rclrozeiro,

algodões, lãs, linhos, sedas, etc.

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zendas da estação

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rua do Crucifixo, 47, 49

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café. Preços mnilo modicos.

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]7STE xarope é eCficaz para a cura de catharros, tosse de

qualquer natureza, ataques asthmaticos e todas as

doençaso de peito. Foi ensaiado com optiraos resultados nos

hospitaes de Lisboa e pelo conselho medico do Porto, bem

como pelos principaes facultativos da capital e das provín-

cias; como consta de 41 attestados dos que acompanham ca-

da frasco.

Vende-se nas principaes pharmacias do reino.

Deposito geral, PHARMACIA KOSA, rua de S. Vicente, 13 e

33, Lisboa. 15

FAROS & ALMEIDA

MERCADORES

110—RUA AUGUSTA—118

A casa Faros & Almeida, antigo estabelecimento de mercador, fundada em 1850, acaba de receber para a presente estação um grande e

variado sortimento de casimiras, chaViotes, diagonaes, cortes para calca

e para collete e muitas outras fazendas de grande novidade e apurado

gosto, tendo recebido egnalmente uma magnifica collecção de dounles-ca

pas (impermiaveis) para inverno.

Em artigos para confecções de senhoras possue também matellassés,

astrekans, flanelias, casimiras e pellucias de seda de côr, tudo da mais

alta novidade c fluo gosto.

ATELIER D'ALFAIATE

118, Eua Augusta, 1.°

0 Atelier pertencente á mesma casa Faros & Almeida acha-se perfeita-

mente organisado a executar em curto prazo e com a maxima perfeição

qualquer encommenda 14

Casa Vienna d'Austria

DE

CONSTANTINO GUEDES

139, rua do Alecrim, 131

Praçà de Luiz de Camões, 1 2 e 3

"J7STA nova casa acaba de receber uma grande e bonita collecção de rj artigos do Japão e índia, jarras, pratos, caixas de charão e cestos.

Enconira-se n'esta casa uma grande variedade de artigos proprios para brinde, muito baratos.

Jarras de bronze antigo e facas para cortar papel.

Grande exposição. 13

águas sulphureas

DO

ARSENAL DE MARINHA

pONTINUA aberto até ao Om do corrente mez o estabelecimento de S.

^ Paulo onde se tomam os preciosíssimos bauhos destas

MATTA & REIS

PREVINEM as suas ex.m» freguezas e amigos, que no dia 12 do corren- 1 te, abrem o seu estabelecimento de modas e confecções, na rua

Augusta, 277 e 279, onde esperam receber a sua amavel visita.

277, Eua Augusta, 279

Aimanach de receitas

PARA 1890

| volume 100 réis, á veuda em todas as livrarias. 10

Companhia Fortugueza

de Fiação e Tecidos de iã

p ON VIDAM-SE os srs. portadores de títulos provisorios d'acções desta

^ companhia a virgin até 15 de novembro proximo futuro aoescriqto-

riodamesraa na Rua <ns Rctrozeiros 60 I.°, paradeclararem se querem as

suas acções difUnitivas, com averbamento ou ao portador, para em segui-

da se rêalisar a trnea d aquellas por efctas.

Pela companhia Portugueza de Fiação e Tecidos de.Iã.

os Directores

Carlos Alejandre Munrô.

Alfredo Pereira.

Sebastião Rodrigues Formosinho.

Empreza de navegação a vapor pa-

ra o Ultramar por contracto com

o governo de Sua Magestade

« Serviço combinado

para a Africa Occidental e Oriental

Carreira principal entre Lisboa e Lourenço Marques com

trasbordo para os outros portos da Africa Oriental

O PAQUETE LOÃNDâ

Commandante Manuel Joaquim do O Ramos.

Este paquete, que, devido acaso de força maior, só no dia 11 pô-

de 8ahir de Inglaterra, tem que addiar a sua sahida de Lisboa o

mais tarde até ao dia 24, ás 3 horas da tarde, principiando a rece-

ber carga no proximo dia 16 para

S. Vicente, S. Thomé, Loanda, Benguella,

Mossamedes, Lourenço Marques, Inham-

bane, Quelimane, Moçambique, Ibo e

mais portos da Africa Oriental.

Nos vapores d'esta empreza foram introduzidos os melhoramen-

tos mais recentes. Magnificas accommodaçòes para passageiros e

tratamento de l.a ordem.

Roga-se aos srs. passageiros e carregadores o obsequio de diri-

girem os seus pedidos ao escriptorio da empreza, rua do Arsenal n.°

54, 1.° andar, recebendo-se as encommendas no praça do Município

n.° 6, até ao dia 22 inclusivé.

ACIDO PHOSPHATO

DE ÍIORSFOBD

E* uma preparação de phosphatos de cal, magnesia, potassa e ferre

com acido phosphorico, por tal forma que facilmente se assuaili

ao svstema.

Elie ú um agradavel e saudavel

fiisbíiCksilo para itummo de làra&o oa Uma

aa preparação de LIMONADA ou PONCHE.

TIM TOXICO DELICIOSO SE OBTÉM, addicionando uma colher de chá de

Acido Phosphate a mn copo de agua quente ou fria, ou chá sem leite, e

adoçado para melhor paladar.

neromDscn«Sa*«e e«pecifl!mente para

Tyspepsia, indisgestâo, dòres de cabeça.

Vende-sc nas principaes pharmacias e lojas de bedidas; preço poi

frases 660 réis. „ , . . , c., .

Representantes JAMES CASSEI,S & C.\ rua do Mousinho da Silvei-

ra, 25, 1.°—Porto, dão a formula d este excellente preparado a qualquei

facultativo que a requisite.

Gazeia Musical de Lisboa

PROPRIETÁRIA

Companhia Propagadora de Inslrumenlos Músicos

Isiíeressatile pul>Iicacão «emanai r»m sravurn»,

musica para plano* piano e canto, banda (par-

titura»»). (lauta, violino, etc.. etc.

AVISO

Os proprietaries d'esta folha determinaram, a fim de dar um

maior desenvolvimento a este semana-io, ewíaBjeSecer uni pre-

mio aos srs. assignantes de anno, réis 8£000 ou 52 números

Brinde de um piano allemão no valor de M libras

ou um necundo premio aos srr. assignantes de anno, réis

8£000 ou 52 números

Brinde de instrumentos íi escolha até prefazer a quantia

de 90^000 réis

t"m premio aos srs. assignantes de semestre, réis 4£000 ou

26 números, brinde de partituras para piano ou pianQ e canto ou

instrumentos

até perfazer a quantia de 4!$O0O réis

O pagamento da assignatura será feito adiantadamente, e n'esta

occasiâo os srs. assignantes, devem declarar o brinde que preferem e

em troca do recibo, cada assiguante receberá uma declaração com

5 numero* da Companhia Propagadora de Instrumentos Músi-

cos, a qual se responsabilisa pela entrega do brinde.

O brinde terá logar com o primeiro sorteio da loteria da Santa

Casa da Misericórdia, em março de cada anno, c o numero será egual

áquelle que possuir o numero e declaração da Companhia.

Para ter direito ao sorteio de março, proximo futuro a

tura deverá ser realisada até ao 1.° de dezembro do corrente anno.

Depois do sorteio será annunciado na nossa folba o numero pre-

miado e o nome da pessoa a quem pertence.

Até finalisar as assignaturas correntes os srs. assignantes pode-

rão usar dos brindes anteriormente estabelecidos e finda esta assi-

gnatura ficarão revogados. <

Caminhos de ferro do

Sul e Sueste

"J7AZ-SE publico que até á uma 1 hora da tarde de 11 do proxi-

mo mez de outubro na direcção dos

referidos caminhos de ferro, rece-

bem-se propostas em carta fechada para o fornecimento de 120 lanter-

nas de signaes.

O deposito provisorio para poder

licitar é da quantia de 12£000 réis,

e o definitivo será o que correspon-

der a 5 °io da impòrtancia total do

fornecimento, e serão feitos, aquelle

na thesouraria dos mesmos caminhos

de ferro, e este na caixa geral de

depositos ambos á ordem da dieta

direcção.

0 caderno de encargos está paten-

tente na secretaria, largo do Carmo,

32, onde pode ser examinado nos

dias úteis, desde as 10 horas da

manhã até ás 4 da tarde.

Lisboa, 30 de setembro de 1889.

O Director,

J. P. Tavares Trigueiros.

Para o Pará e Manaus

Para o Havre

Sahirá depois de pouca demora

em Lisboa o paquete inglez AMA-

ZONENSE, que se espera em 13 de

outubro.

Para carga ou passagens trata-s*

ua rua do Alecrim, n.° 10.

Os agentes

Garland Laidley & C.■ 4

CAIRA' depois de pouca demora

em Lisboa o vapor inglez S0-

BRALENSE, que se espera cm 15 de

outubro.

Para carga e passagens trata-se na

rua do Alecrim, 10.

Os agentes

Garland Laidley & (7.» 3

Para Pernambuco, Ba-

hia e Bio de Ja-

neiro.

Recebendo carga

para os portos do Sol

Sahirá depois de pouca demora

em Lisboa o paquete inglez LAS-

SELL, que se espera em 21 do cor-

rente.

Para carga trata-se na rua do Ale-

crim, 10.

Os agentes

Garland Laidley & C

FHt PACIFIC STUM NAVIGATION COW?

Para o Bio de Janeiro, Montevideu

Buenos-Ayres, Valparaiso, ãrica, íslay e Calla»

SAHXRÃO OS PÁQTJETE8

0R0TAVA, a 23 de outubro. I ACONCAGNA, a 20 de novembro.

•ORUtíA, a 6 de novembro. I «SORAIA, a 4 de dezembro.

•• Os paquetes ORUBA e SOR ATA farão escala por Pernambuco

e Bahia para onde só recebem malas e passageiros.

Fax-se abatimento ás famílias que viajarem para os portoi 4t fii ajt I

e Rio da Prata.

Wa passagem de 3.â classe por estes magnifleos vaporea, «itft lx.f«

do vinho á hora da comidal cama, roupa, etc.

A bordo ha criados cosinheiros portuguezes e medico.

Para Vigo, Bordeaux, Plymouth e Liverpool

O PAQUETE

ARAUCÂNIA

Csnera-se de 19 a 21 de outubro.

Para carga e passagens trata-ce com os agentes:

em Lisboa i ko porto

B. Pinto Basto & C.» ( Vasco Ferreira Pi*<o Bwt*

Mr-laes do Sudré—64 \ 10-Largo de *. Jofc; Iww-lO