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ê Oitavo anno .affiaittSA®!»* SIM A 1 ess.... IOO réisánnuncior, linba 10 réia. * JKCJX3.. 800 9 PnfciicaçõÓ! r:o corpo áo Avulso... 10 » iomti, por baba 40 r*. Terça feira, 85 de março de 18 Am&ZMtáAWimjL NA PMTIKOU 3 ateies casamento adiantado.... 1*150 rôs. ih k correepondcncia sobre admiRiJEtraçio a A. vf « ttorAeiro, travessa da Boa Hora n. # 62. Numero 2125 I Deve ser brevemente apresenta- da a sua majestade ei-rei o sr. D. Luiz uma lepresentação de gran- de numero do habitantes da cidade de Coimbra, pedindo a liberdade, ou pelo menos, a commutação «'a pena a que foi condemnado o infe- liz João Alves Ribeiro Serrano, que ha 21 annos se acha preso nas ca- deias de Santa Cruz. Assignam esta representação as pessoas mais notáveis d'aquella ci- dade, o entre ellas os srs. juiz de direito e delegado do procurador rogio. Ninguém com maior interesse e mais energia do que nÓ3 advogou a causa do infeliz para quem se vae pedir o perdão. João Alves Ribeiro Serrano de- dicate ao mister de professor, é ensina com desvelo os primeiros rudimentos «ás creanças pobres que lhe são confiadas. Falleceu a ex. u,a sr." D. Prospera Benedicta de Sousa Menezes, prio- reza do convento de Sinta Cruz de Villa Viçosa. Tinha 8G annos de *dade. Pertencia á família do sr. Tho- de Sousa Menezes. A esto cavalheiro e a seus filhos damos sentidos pesamos. A societíatíu protectora dos ani-; raaes pediu ã camará municipal' para não maudar empregar o ve- neno na matança dos cã»** vadios. A camara respondeu que acceita- ria o alvitre que a associação in- dicasse. Festeja-se hoje a Annunciação de Nossa Senhora nas seguintes e^rejas: Só. missa de pontifical. Encarnação, freguesa; missa grande instrumental, e do tarde Te-Dcum crailor o rov. dr. Garcia Diniz. E n car na ção (co m m e n d a«J e i r a s); missa por musicado capeila. Ora- dor o rov. Neves Brandão. S. João da Praça: missa por mu- sica iiwtruwontal, e de tarde Te- Drum. Orador o rev. Henriques do Sousa. Martyres, In^lezinhos, e S. Lu'z roi de França: nvss» a^cantochão. Coisas c loisas Desde que a instrucção estran- geira foi introduzida no Japão, as mulheres teem, a 9 que parece, aproveitado muito com esta refor ma; mas se conseguiram faclimen- to conhecer o* feus direitos, não lhes succedeu outro tanto com re- laçao aos seus deveres. Um cor- respondente do Echo do Japão esse respeito us seguiutes curiosos esclarecimentos: «No fim do verão fiz uma curta visita a Ilakué. Eucontrei-mo ali com algumas meninas, que tinham ido fazer uso de aguas medioinaes, tendo poruuica companhia as suas criada*. O meu quarto ficava pro- ximo dos que ellas occupavam; e julgue-se da minhasurpresa,quan- do á noite as ouvi entoar uma can- ção, cuja letra era assim conce- bida: Que feliz e o nosso destino, para nós que nascemos n'um século de idras grandiosas e liberaes! Fomos escolhidas entre as nossas compa- nheiras para recebermos instruc- jção brilhante. No dia em que con duirmos os nossos estados seremos eguaes aos homens, sendo superio- res. Klles podem ter as amantes que lhes prouver; nós teremos tam- bém os ... os adwadores «yuízer- mos, e que escolhermos. Honra ao nosso século que se levanta depois de ler sido indignamente tratado por esses animaes selvagens que se chamam homens. Bebamos pela mu lher! Eram japonezas! No aia seguinte apressei-mo a consultar o registo do hotel para saber quem eram estes encantado- res apostolos da emancipação fe- minina, e vi que eram alumnas do mais importante e aristocrático es- tabelecimento de instrucçào de To- kio, o Saint-Denis do Japão!» N'um museu de curiosidades, em França, um bom burguez depara com duas línguas, de diíTerente tamanho, conservadas em álcool. —A quem perteneeram estas mente de tom; OhI N'esse caso era d'elle que partia a provocação; o então, era outra coisa! Um sujeito encontra uma senho- ra dar suas relações, madame B. com um bebé de cinco ou seis an- nos. Até aqui nada ha que notar. Mas tendo o bébé descido do caval- linho, o nosso homem lança as mãos á Centura da rneniaa mais velha, e puxa a para si, na idóa de se entregar com ella ao mesmo exercício. —Sr.! o qua 6 que fai? excla- ma a mãe, obstando a que a òrm- cadeira por diante. do estes indivíduos os que tinham commettido o crirr.e vieram de el- les terem ido para Penafiel com- prar fato para substituir os andra- jos que traziam, e trocar cobre a prata. No acto da prisão encontraram- Ihe algum dinheiro em cobre e dois ferros proprios para arrom- bamentos. . f\ n : i mmjd,' * MODAS HIGiHMJFE Faxem hoje annos as ex.» M sr." Condessa de Rio Maior (D. Maria). D. Irena da Annnnciação da Fon- seca. D. Marianna Benedicta Correia. D. Maria Frederica de Faria Quin- tella Emauz. D. Maria do Ceu da Silva Mendes. D. Anna Francisca de Gorjào. D. Maria da Natividade Freitas Ta- vares. 1). Amelia Moraes da Costa. D. Georgina Adelaide Monteiro Li- ma. D. Maria da Encarnação Henriques Simões. D. Maria Sophia Schiappa Pietra. os srs: Conselheiro José Gabriel Holbeche. Joíé Henrique de Castro Monteiro. Alfredo O'Neill. l uii Rodrigues d'Amaril. Bernardo Pereira. Alberto Zamith. Guilherme da Orta Ennes. —Está cm Lisboa o sr. Carlos (Val- bom) íllho dos srs. condes de Val- bom. —Chetrou á sua casa de Villa Flor o sr. Heitor d'Arrochclla. —Está em Vianna o sr. visconde da Aurora. —Checou a Lisboa e está hospe- dado cm rasa do sr. conselheiro An- tonio Telles de Var-con cell os sua pri- ma a ex sr.» I). Eliza dc Mello Gou- veia o seu marido o gr. Miguel An- tonio de Gouveia Osorio. —Está em Coimbra o sr. dr. Jose Harb^a Leão. - Chegou a Faro o sr. João Ra- dich. linguas? pergunta elle ao cicerone que o acompanhava. —A maior ó de Luiz XIV. —-E a mais pequena? —Também ê de Luiz XIV; mas quando elle era creanra. Em audiência: O accusado y cow ar contricto.— Confesso que penetrei efectiva- mente em casa d'elle para o rou- bar; roas nunca tive idóa de man- char as mãos no seu sangue! O—juiz. Suppouhamos que era essa a sua intenção; mas se elle tivesse ouvido ruído, se tivesse chamado por soccorro, se, ? O accusado, mudando brusca- —De quem é esta encantadora creança? . —De n.inha irmã. —Da sr.* R? E' singular, não se parece nada com a mãe. —01 responde madame B.e dan- do um suspiro, nada ha n'isso que admirar:—o pae o tão libertino! Um sujeito, como ha muitos, vi- sita uma senhora que tem duas filhas:-—uma, franzininha, que tem tres annos; a outra, de for- mas arredondadas, de dezoite an- nos de edade. Em quanto conversa com a mãe colloca sobre os joelhos o bebé, com quem brinca com grande ale- gria da creança. —Oh! não tenha medo, observa elle com a maior tranquilidade. Eu não receio a fadigai Está vaga a recebedoria da co- marca em Beja. Foram presos em Penafiel Anto- nio Ramalho, da freguezia de áoa- lhães, e Antonio José, de Lamego, por terem roubado o cofre da re- cebedoria de Marco de Canavezes. Estes indivíduos, e outro, Josó de Jesus, do concelho de Valle Passos, que conseguiu evadir-se, arrombaram a casa da recebedo- ria e apossaram-se de 80#000réis em cobre que encontraram. Vão ser eonduzidos a Marco de Canavezes. As suspeitas de que haviam si- Os srs. Antonio Marquas Corrêa & C.* fazem hoje um annuncio n'esta folha em desforço de umas calumnias publicadas no Diário de Noticias e Diário Popular por um individuo que as não assignou. Os srs. Corrêa & C. # não pre- cisavam justilicar-se porque todos que os conhecem sabem que são commerciantes dignos o de reco- nhecido credito. Hontem anniversario do falleci- mento do ccnde de Ferreira, dis- tribuiu a misericórdia do Porto 24 vestuários completos a outros '.au- tos pobres, sendo 12 do sexo mas- culino e 12 do sexo feminino, em cumprimento de uma disposição testamentaria do mesmo conde. Um dos preparado* mais dignos de refcornmeadaçfio para a cura do rhoumatismo é iudubitavelraente a Pomada do Dumont, inventada pe- lo sr. Josó Joaquim Ribeiro dos Santos, com d< posito de drogas e productos chiuiicos na rua do Am- paro, 22. Do uso d'osta pomada ieem to- das as pessoas atacadas d'esse mal tirado excellences resultados. São muitos os attestados quo comprovam o que asseveramos. Entro outros, que tomos presentes, sciiase o seguinte, passado relo sr. Sebastião Maria de Assis e Bri- to, facultativo dc. asylo da mendi- cidade: As applicações feitas aos asyla- dos, e em toda a minha clinica ex- trrna,|levaran)-ine a crer que o uso da Pomada Dumont, ofierecida e fabricada pelo sr. José Joaquim Ri- beiro dos Santos, é ext'ellente para combater as dores rheumaíicas, fi- nalmente que os enfermos quo fi- zem ii^o da pomada acham prom- pto nllivio. Asylo da Mendicidade do Lisboa, 12 ae janeiro ce 1878. Iil n,# e ex. mo sr. provedor do a^y- lo da mendicidade de Lisboa. O fa- cultativo, SebastiCio Maria de As- sis e Brito.» Esie attestado falia mais alto do que qualquer recommendação que nós pod<iasemos fazer. Prevenção ao publico O proprietário da drogaria na rua do Amparo, 22, previne o pu- blico que a verdadeira Agua bri- lhantina para engomar ^ polimen- to ó propriedade sua e declara que a não confundam com a Agua Bri- lhante que á ultima hora se quer crismar Brilhantina. Pois o único deposito da Agua Brilhantina é na rua do Amparo, 22, junto á esta- lagem dos Camillos. N.B—É garantido o seu resul- tado. E esperado em Faro o sr. barão de Maltzan, súbdito allemão, que vae fazer investigações scientiflcas na província do Algarve. Chamamos a attencão dos leito- res para o annuncio dos srs. Vian- na & Irmão, na secção competente- 1 Para todas as doenças que pro- duzem debilidade estão sendo ap- plicados com os mais evidentes benefícios os Caldos peitoraes fer- ruginosos da pharmacia Franco, uniccs privilegiados ao nosso paiz,

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ê

Oitavo anno

.affiaittSA®!»* SIM A

1 ess.... IOO réisánnuncior, linba 10 réia.

* JKCJX3.. 800 9 PnfciicaçõÓ! r:o corpo áo

Avulso... 10 » iomti, por baba 40 r*. Terça feira, 85 de março de 18 9»

Am&ZMtáAWimjL NA PMTIKOU

3 ateies casamento adiantado.... 1*150 rôs.

ih k correepondcncia sobre admiRiJEtraçio a A.

vf « ttorAeiro, travessa da Boa Hora n.# 62.

Numero 2125

I

Deve ser brevemente apresenta-

da a sua majestade ei-rei o sr. D.

Luiz uma lepresentação de gran-

de numero do habitantes da cidade

de Coimbra, pedindo a liberdade,

ou pelo menos, a commutação «'a

pena a que foi condemnado o infe-

liz João Alves Ribeiro Serrano, que

ha 21 annos se acha preso nas ca-

deias de Santa Cruz.

Assignam esta representação as

pessoas mais notáveis d'aquella ci-

dade, o entre ellas os srs. juiz de

direito e delegado do procurador

rogio.

Ninguém com maior interesse e

mais energia do que nÓ3 advogou

a causa do infeliz para quem se

vae pedir o perdão.

João Alves Ribeiro Serrano de-

dicate ao mister de professor, é

ensina com desvelo os primeiros

rudimentos «ás creanças pobres que

lhe são confiadas.

Falleceu a ex.u,a sr." D. Prospera

Benedicta de Sousa Menezes, prio-

reza do convento de Sinta Cruz de

Villa Viçosa.

Tinha 8G annos de *dade.

Pertencia á família do sr. Tho-

mô de Sousa Menezes.

A esto cavalheiro e a seus filhos

damos sentidos pesamos.

A societíatíu protectora dos ani-;

raaes pediu ã camará municipal'

para não maudar empregar o ve-

neno na matança dos cã»** vadios.

A camara respondeu que acceita-

ria o alvitre que a associação in-

dicasse.

Festeja-se hoje a Annunciação

de Nossa Senhora nas seguintes

e^rejas:

Só. missa de pontifical.

Encarnação, freguesa; missa

grande instrumental, e do tarde

Te-Dcum crailor o rov. dr. Garcia

Diniz.

E n car na ção (co m m e n d a«J e i r a s);

missa por musicado capeila. Ora-

dor o rov. Neves Brandão.

S. João da Praça: missa por mu-

sica iiwtruwontal, e de tarde Te-

Drum. Orador o rev. Henriques do

Sousa.

Martyres, In^lezinhos, e S. Lu'z

roi de França: nvss» a^cantochão.

Coisas c loisas

Desde que a instrucção estran-

geira foi introduzida no Japão, as

mulheres teem, a 9 que parece,

aproveitado muito com esta refor

ma; mas se conseguiram faclimen-

to conhecer o* feus direitos, não

lhes succedeu outro tanto com re-

laçao aos seus deveres. Um cor-

respondente do Echo do Japão dã

esse respeito us seguiutes curiosos

esclarecimentos:

«No fim do verão fiz uma curta

visita a Ilakué. Eucontrei-mo ali

com algumas meninas, que tinham

ido fazer uso de aguas medioinaes,

tendo poruuica companhia as suas

criada*. O meu quarto ficava pro-

ximo dos que ellas occupavam; e

julgue-se da minhasurpresa,quan-

do á noite as ouvi entoar uma can-

ção, cuja letra era assim conce-

bida:

Que feliz e o nosso destino, para

nós que nascemos n'um século de

idras grandiosas e liberaes! Fomos

escolhidas entre as nossas compa-

nheiras para recebermos instruc-

jção brilhante. No dia em que con

duirmos os nossos estados seremos

eguaes aos homens, sendo superio-

res. Klles podem ter as amantes

que lhes prouver; nós teremos tam-

bém os ... os adwadores «yuízer-

mos, e que escolhermos. Honra ao

nosso século que se levanta depois

de ler sido indignamente tratado

por esses animaes selvagens que se

chamam homens. Bebamos pela mu

lher!

Eram japonezas!

No aia seguinte apressei-mo a

consultar o registo do hotel para

saber quem eram estes encantado-

res apostolos da emancipação fe-

minina, e vi que eram alumnas do

mais importante e aristocrático es-

tabelecimento de instrucçào de To-

kio, o Saint-Denis do Japão!»

N'um museu de curiosidades, em

França, um bom burguez depara

com duas línguas, de diíTerente

tamanho, conservadas em álcool.

—A quem perteneeram estas

mente de tom; — OhI N'esse caso

era d'elle que partia a provocação;

o então, era outra coisa!

Um sujeito encontra uma senho-

ra dar suas relações, madame B.

com um bebé de cinco ou seis an-

nos.

Até aqui nada ha que notar.

Mas tendo o bébé descido do caval-

linho, o nosso homem lança as

mãos á Centura da rneniaa mais

velha, e puxa a para si, na idóa

de se entregar com ella ao mesmo

exercício.

—Sr.! o qua 6 que fai? excla-

ma a mãe, obstando a que a òrm-

cadeira vá por diante.

do estes indivíduos os que tinham

commettido o crirr.e vieram de el-

les terem ido para Penafiel com-

prar fato para substituir os andra-

jos que traziam, e trocar cobre a

prata.

No acto da prisão encontraram-

Ihe algum dinheiro em cobre e

dois ferros proprios para arrom-

bamentos.

. • f\ n :

i mmjd,' ■*

MODAS

HIGiHMJFE

Faxem hoje annos as ex.»M sr."

Condessa de Rio Maior (D. Maria).

D. Irena da Annnnciação da Fon-

seca.

D. Marianna Benedicta Correia.

D. Maria Frederica de Faria Quin-

tella Emauz.

D. Maria do Ceu da Silva Mendes.

D. Anna Francisca de Gorjào.

D. Maria da Natividade Freitas Ta-

vares.

1). Amelia Moraes da Costa.

D. Georgina Adelaide Monteiro Li-

ma.

D. Maria da Encarnação Henriques

Simões.

D. Maria Sophia Schiappa Pietra.

J£ os srs:

Conselheiro José Gabriel Holbeche.

Joíé Henrique de Castro Monteiro.

Alfredo O'Neill.

l uii Rodrigues d'Amaril.

Bernardo Pereira.

Alberto Zamith.

Guilherme da Orta Ennes.

—Está cm Lisboa o sr. Carlos (Val-

bom) íllho dos srs. condes de Val-

bom.

—Chetrou á sua casa de Villa Flor o sr. Heitor d'Arrochclla.

—Está em Vianna o sr. visconde

da Aurora.

—Checou a Lisboa e está hospe-

dado cm rasa do sr. conselheiro An-

tonio Telles de Var-con cell os sua pri-

ma a ex™ sr.» I). Eliza dc Mello Gou-

veia o seu marido o gr. Miguel An-

tonio de Gouveia Osorio.

—Está em Coimbra o sr. dr. Jose

Harb^a Leão.

- Chegou a Faro o sr. João Ra-

dich.

linguas? pergunta elle ao cicerone

que o acompanhava.

—A maior ó de Luiz XIV.

—-E a mais pequena?

—Também ê de Luiz XIV; mas

quando elle era creanra.

Em audiência:

O accusadoy cow ar contricto.—

Confesso que penetrei efectiva-

mente em casa d'elle para o rou-

bar; roas nunca tive idóa de man-

char as mãos no seu sangue!

O—juiz. Suppouhamos que era

essa a sua intenção; mas se elle

tivesse ouvido ruído, se tivesse

chamado por soccorro, se, ?

O accusado, mudando brusca-

—De quem é esta encantadora

creança? .

—De n.inha irmã.

—Da sr.* R? E' singular, não se

parece nada com a mãe.

—01 responde madame B.e dan-

do um suspiro, nada ha n'isso que

admirar:—o pae o tão libertino!

Um sujeito, como ha muitos, vi-

sita uma senhora que tem duas

filhas:-—uma, franzininha, que

tem tres annos; a outra, de for-

mas arredondadas, de dezoite an-

nos de edade.

Em quanto conversa com a mãe

colloca sobre os joelhos o bebé,

com quem brinca com grande ale-

gria da creança.

—Oh! não tenha medo, observa

elle com a maior tranquilidade.

Eu não receio a fadigai

Está vaga a recebedoria da co-

marca em Beja.

Foram presos em Penafiel Anto-

nio Ramalho, da freguezia de áoa-

lhães, e Antonio José, de Lamego,

por terem roubado o cofre da re-

cebedoria de Marco de Canavezes.

Estes indivíduos, e outro, Josó

de Jesus, do concelho de Valle

Passos, que conseguiu evadir-se,

arrombaram a casa da recebedo-

ria e apossaram-se de 80#000réis

em cobre que lá encontraram.

Vão ser eonduzidos a Marco de

Canavezes.

As suspeitas de que haviam si-

Os srs. Antonio Marquas Corrêa

& C.* fazem hoje um annuncio

n'esta folha em desforço de umas

calumnias publicadas no Diário

de Noticias e Diário Popular por

um individuo que as não assignou.

Os srs. Corrêa & C.# não pre-

cisavam justilicar-se porque todos

que os conhecem sabem que são

commerciantes dignos o de reco-

nhecido credito.

Hontem anniversario do falleci-

mento do ccnde de Ferreira, dis-

tribuiu a misericórdia do Porto 24

vestuários completos a outros '.au-

tos pobres, sendo 12 do sexo mas-

culino e 12 do sexo feminino, em

cumprimento de uma disposição

testamentaria do mesmo conde.

Um dos preparado* mais dignos

de refcornmeadaçfio para a cura do

rhoumatismo é iudubitavelraente a

Pomada do Dumont, inventada pe-

lo sr. Josó Joaquim Ribeiro dos

Santos, com d< posito de drogas e

productos chiuiicos na rua do Am-

paro, 22.

Do uso d'osta pomada ieem to-

das as pessoas atacadas d'esse mal

tirado excellences resultados.

São muitos os attestados quo

comprovam o que asseveramos.

Entro outros, que tomos presentes,

sciiase o seguinte, passado relo

sr. Sebastião Maria de Assis e Bri-

to, facultativo dc. asylo da mendi-

cidade:

• As applicações feitas aos asyla-

dos, e em toda a minha clinica ex-

trrna,|levaran)-ine a crer que o uso

da Pomada Dumont, ofierecida e

fabricada pelo sr. José Joaquim Ri-

beiro dos Santos, é ext'ellente para

combater as dores rheumaíicas, fi-

nalmente que os enfermos quo fi-

zem ii^o da pomada acham prom-

pto nllivio. Asylo da Mendicidade

do Lisboa, 12 ae janeiro ce 1878.

Iiln,# e ex.mo sr. provedor do a^y-

lo da mendicidade de Lisboa. O fa-

cultativo, SebastiCio Maria de As-

sis e Brito.»

Esie attestado falia mais alto do

que qualquer recommendação que

nós pod<iasemos fazer.

Prevenção ao publico

O proprietário da drogaria na

rua do Amparo, 22, previne o pu-

blico que a verdadeira Agua bri-

lhantina para engomar ^ polimen-

to ó propriedade sua e declara que

a não confundam com a Agua Bri-

lhante que á ultima hora se quer

crismar Brilhantina. Pois o único

deposito da Agua Brilhantina é na

rua do Amparo, 22, junto á esta-

lagem dos Camillos.

N.B—É garantido o seu resul-

tado.

E esperado em Faro o sr. barão

de Maltzan, súbdito allemão, que

vae fazer investigações scientiflcas

na província do Algarve.

Chamamos a attencão dos leito-

res para o annuncio dos srs. Vian-

na & Irmão, na secção competente- 1 —■

Para todas as doenças que pro-

duzem debilidade estão sendo ap-

plicados com os mais evidentes

benefícios os Caldos peitoraes fer-

ruginosos da pharmacia Franco,

uniccs privilegiados ao nosso paiz,

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BOLETIM DO DIA

A camara electiva assistia hon-

tem a um espectáculo pouco edi-

ficante, que todavia estava annun-

ciado havia quarenta c oito ho-

ras.

O sr. Pinheiro Chagas desejou

saber se o sr. ministro do reino au-

ctorisara ou approvara a delibera-

ção do governador civil do distri-

cto de Lisboa, que prohibit a re-

presentação da Revista do anno

de 1878, em scena no theatro do

Principe Real. Ás palavras do il-

lustre orador foram, como sempre,

perfumadas õ scintillantes. Mas...

mal empregada prosa em tão ruim

assumpto.

Na galèria da camara estava

acamada a mais completa sucia.

O sr. Pinheiro Chagas foi applau

dido estrepitosamente.

Tristes applausos,para quem tão

atfeito está a manifestações c n

scieuciosas, elevadas, verdadeira-

mente honrosas! Tristes applau

sós, que foram o maior desastre

para quem com a gloria tanto con-

vive como de egual para egual!

A resposta do sr. ministro do

reino foi cabal. O facto arguido é

d'uma simplicidade e singeleza in-

comparáveis. Da parte da auctori-

dade nãs houve o menor attenia-

do contra a liberdade, houve por

ella o maior respeito.

A Revista conta sessenta e tan-

tas representações; quem o decla-

ra é o proprio sr. Pinheiro Chagas.

Mas se conta esse elevado numero

de representações, e porque a au

ctoridade nunca lhe poz impedi

mento algum. Acontece, porém,

que foi addicionado um quadro

immoral, que chegou a ser causa

de motins e graves perturbações da

ordem. Qual era o dever da aucto

ridade? mandar retirar da scena a

peça, para evitar a repetição de

conflictos.

O sr. Chagas chama a isto vio-

lar os princípios da liberdade e

tolerancia, contundindo acintosa-

mente a licença e a anarchic com

o uso de direitos aue tem sido res

peitados e mantidos por este go

verno, como ainda o não haviam

sido por alguns dos que o prece

deram.

Custa a crer que sendo o sr.

Chagas dotado da momoria mais

feliz que se conhece em Por-

tugal, tão feliz que d'ella chega a

fali ar com inveja o sr. Latino Coe-

lho, tenha esquecido factos^que se

passaram no nosso paiz ha apenas

um anno.

Pois diga-nos: que deliberação

tomou o sr. duque d'Avila, com

respeito ã revista do anno de £877,

escripta pelo mesmo auctor? Man-

dou a retirar da scena, porque ha-

via n'ella allusões que o feriam.

Ora, o sr. Pinheiro Chagas, era en-

tão secretario particuíar, conse-

lheiro leal, e partidário convicto

do nobre duque. Não sabemos se

lhe inspirou á idéa, o que sabe-

mos é que a defendeu a todo o

transe. E que partido tomamos

nós então? O do sr. Avila, o que

importa dizer, o do sr. Chagas. Sus-

tentámos que era digno de muita

censura o abuso dos que expunham

á irrisão das platéas as auctorida-

des, os funccionarios, os indivíduos

FOLHETIM

Paris, 18 de março de 1879.

Viscondessa querida

Ha um seeuio que não sei de ti,

e ha, pelo menos, outro secuio que

tu não recebes aa minhas pattes de

tnoucheI

Agora que o sol tem meigas ca-

ricia» discretas de noivo, agora

que as borboletas, com as suas ni

veas azas de marfim, palpitam ju-

bilosas sobre os arbustos affestoa*

dos de novos rebentos, agora que

a primavera desenrola por sobre

os campos viçosos a sua longa

traine de flores, agora, finalmente,

que a natureza, a grande nympha,

acorda do seu longo somno e ir-

rompe da crysalida sedenta de ceu

azul e fremente de amorosos an-

ceios, não pôde o coração de uma

pessoa deixar de voar, como as

borboletas, para ir, como ellas,

pousar no vergel balsamico dos

seus affectos e libar o divino ne-

ctario da amisade, o mais casto, o

mais vulgar e também o melhor

dos sentimentos.

E para que tu, mignonne, rece-

ba; com o sorriso uos lábios e um

meigc olhar caricioso o meu bou

quet de primavera, vibrarei, sem

mais delongas a tua corda sensi-

vel entregando-me em corpo e al-

ma ao grande assumpto, ao eterno

asyimpio, ao maravilhoso assam -

particulares, fossem quem quer

que fossem.

Aqui tem, pois, o illustre depu-

tado, como não abdicámos dos nos-

sos princípios; e aqui também co-

mo a sua contradicção s* revela,

depois de tantas, mais uma vez.

O sr. Avila prohibiu expressa-

mente que a Revista d'tntão vol-

tasse á scena, depois de contar um

avultada numero de representa-

ções durante a estada do actual

governo no poder, comquanto o

governo fosse por ella tão mal tra-

tado, como agora o é pelo sr. Pi-

nheiro Chagas;—o governador ci-

vil do districto, não prohibe a re

presentação da Revista actual mas

apenas suporime de um quadro

que provocou distúrbios e ques-

tões graves. E dizemos que não a

prohibe, por que ella volta hoje á

rcena; dizemos que a suppressão

do quadro ailudido ó justificado,

por que até o proprio auctor d'el-

le reconheceu a inconveniência

do que fizera, e por isso foi hon-

tem espontaneamente declarar ao

governo civil que deliberara sup-

primir a scena condemnada pela

auctoridade, depois de o haver

sido nela opinião.

Este procedimento do empre-

zario coincidio com o discurso do

sr. Pinheiro Chagas. Á mesma

hora em que este orador pedia

em nome da tolerancia que subis

se outra vez o panno e se paten-

teasse novamente o escandalo, o

eraprezario do theatro declarava

espontaneamente que commettera

um erro, e do melhor grado o re-

parava, fazendo cessar a causa da

indignação geral, e do procedi-

mento da auctoridade.

A este desastre do orador nos

referiamos ha pouco. Esta lição

deve aproveitar ao sr. Pinheiro

Chagas. Nem todas as procurações

se oodem acceitar.

fí preciso pôr termo a todos os

abusos, que pouco a pouco vão

minando e pondo em risco as in

stituições. Entre esses abusos com-

prehende-se também o dc assala

riar gente que invadindo as gale-

rias das camaras legislativas, vá

d'ali fazer assuadas ou irromper

em manifestações expressamente

prohibidas.

Serenada a tempestade, entrou

em discussão na ordem do dia o

parecer 3ôbre a annexação ao con

celho de Ovar das freguezias de

Esmoriz, Macedo e Cortegaça, ao

da Feira.

O sr. deputado pela villa da Fei-

ra impugnou-o como muito lhe

aprouve. O relator, que era o sr.

Jeronymo Pimentel, destruiu, com

a sua palavra fluente, quanto dis-

sera aqtielle orador. Seguiu-se o

sr. Marianno de Carvalho, que tra-

tou da escola de tiro de Esmoriz,

o assumpto que mais se relaciona

com a annexação d'essas fregue-

zias a concelho differente.

O sr. ministro do remo respon-

deu terminantemente, e a opposi-

ção teve de despedir se d'este en-

sejo que lhe proporcionou o mais

innocente e inoffensivo dos proj

ctos para perder em futilidades,

mais um dia sobre tratos ouiroa.

Foi transferido para 20 de abril

o mercado especial de cavallos de

remonta para o exercito, que devia

pto de que pendem todas as filhas

de Eva, ao qual está muitas vezes

ligada a felicidade da sua vida—a

moda!

Eu que tantas vexes me queixo

da sua aridez, tenho hoje de quei-

xar-me da sua fecundidade, por-

que, a fallar-le com o coração nas

mãos, por tal maneira elle se com

plica, que, não sei por onde come-

ce!

Primeiro do que tudo ó evidente

que já te os a toilette da prima

vera, uma fina e deliciosa toilette

risonha e fresca como os musgos

das pradarias.

Mando te dois modelos que se

coofeccionam da seguinte manei

ra:

1.° Vestido de cachemira da ín-

dia liso, côr de madeira. Avental

armado em pregas perpendicula-

res e guarnecido de ambos os la-

dos com faxas de pekir ue seda

de riscas brancas e côr .e madei-

ra, e apanhado atraz ae maneira

a íormar um puf flexível.

Na parte inferior, que cae atraz,

e nos lados, é enfeitada com dois

folhos em pregas. Corpobasquine

de cachemira com rebuço, algibei-

ras e mangas de pekin de seda.

2.°—Vestido de faille e estofo

parisiense cinzento (esta fazenda

ó uma especie de popeline mais for-

te). Saia infeitadâtna parte da fren-

te com faille, em pregas perpendi-

culares e folhos com uma cabeci-

nha tranzida. Corpo com abas de

parisiense. Collete, mangas e rebu-

ço de broeado de seda com rami-

nhos trancos. A saia é guarnecida

de espaço a espaço com pattes da

fazenda parisiense debruadas de

setim branco.

Outra toilette elegantíssima:

realisar-se a 10 do mesmo mez em

Penafiel.

BOLETIM PAHLUENTAR

Na camara dos srs. deputados,

foram apresentados proj ectos do

lei:

Pelo sr. Paula Medeiros conce-

dendo á camara municipal de

Ponta Delgada uma parte da cer-

ca do convento da Esperança pa-

ra a abertura de uma rua,

Pelò sr. Luiz Garrido, para cjue

os capallães do exercito sejam

considerados parochos de primei-

ra classe depois de terem Jres an-

no* de serviço.

O sr. Pinheiro Chagas desejou

saber se o sr. ministro do reino

approvara o acto praticado pelo

sr. governador civil do districto

de Lisboa, de mandar intimar a

empreza do theato do Principe

Real a que retirasse da scena a

Revista do anno, que coatava já

sessenta e tantas representações.

—O sr. ministro do reino respon-

deu que o dever do chefe do dis-

tricto era evitar os distúrbios, re

slutantes, não da composição que

já tinha sessenta e tantas repre-

sentações, tnas do accrescenta-

mentõ que se lhe fizera de mn

uadro immoral.—O sr. Pinheiro

lhagas mandou para a meza a

seguinte moção.«A camara lamen-

ta que o sr. ministro do reino vio-

lasse os princípios de liberdade e

tolerancia e passa á ordem do

dia». Não foi admittida á discus-

são por 60 votos contra 29.

Discutiu-se e foi approvado o

projecto de lei 77, annexando

ao concelho de Ovar as freguezias

de Esmoriz, Macedo e Cort6gaça,

ora pertencentes ao concelho da

Feira.

A ordem do dia para amanhã é

a continuação da que estava dada

e a eleição do commissão de in

querito á penitenciaria.

Na camara dos dignos pares,

entrou em discussão, e foi appro

vado o parecer acerca do cedido

do sr. Francisco Simões Margio

chi para tomar assento na cama-

ra como successor de seu pae.

Continuou a discussão do pro-

jecto que augmenta os direito* do

tabaco. Paliaram os srs. Vaz Pre

to, visconde de Divar, marquez de

Sabugosa.

Continua amanhã a discus-

são.

Theatros

TRINDADE.—A maior quanti

dade de chalaças a que pôde pu-

char-se um typo o uma situação

de farça, a mais eantavel das mu-

sicas, eis o Tambor, musica de

Labocetta, com qua hoje podemos

ir á Trindade dar a maior sorarna

de gargalhadas de que ó susceptí-

vel meia hora.10 milho da padeira

completa o delicioso espectáculo

S. CARLOS.—A' hora e meia da

tarde repete-se a missa de requiem

do maestro Verdi, que foi ante

hontem ouvida com o maior agra

do.

A's 8 horas da noite 117«recita

com a opera Maria de Rohan e

Divertissement dançante.

— Começaram hontem n'este

theatro os ensaios de orchestra da

opera Conde d'Ory, do maestro

Rossini. A empreza conta fazel-a

subir á scena por estes dias.

—A'manba canta-se pela ultima

vez em recita de assignatura a

grandiosa opera A ida.

Faz hoje um mez que falleceu

a ex.m* f?r." D. Maria Antónia Garin

Holtreman. Em volta do seu leito

demarmore brotam já mil flores,que

não podem eilas faltar onde repou-

sam tantos encantos, tanta genti-

leza, tanto amor.

Ha um anno, quando ella, for-

mosa creança de 17 annos, pas-

seava nas praias de Cascaes, com

os louros cabellos dispersos, simi-

lhando os fios de ouro da mais des-

lumbrante aureola, namoravam

sua belleza o proprio ceu e o mar.

Mal pensavam então os que

tanto a admiravam, os que embe-

vecidos ouviram os requebros o

mimos da sua palavra mal pensa-

vam que tão prestes os deixaria

para todo o sempre, quem tantas

symphathias, quem tantos affectos

lhes merecera.

Quão breves foram aquelles dias

felizes, e quão amargas são as

saudades que d'elles apenas res-

tam!

Hontem uma vida querida, hoje

uma memoria abençoada; hontem

as alegrias d'uma primavera que

devera ser eterna, hoje os myste-

ries de um sepulchro, que ó auro-

ra todavia, mas aurora de um dia

que se mede pela eternidade.

Esfolhemos uma saudade orva-

lhada de lagrimas amigas sobre a

lousa que hoje visitamos piedosa-

mente, em commemoração de uma

perda que sera para sempre sen-

tida.

Saiu o sr. José Augusto Lima,

de Lisboa, em defeza da commis-

são dos guardas nocturnos da fre-

guezia de Santa Catharina, como

se nós tivessemos desconsiderado

cada uni dos seus membros, lan-

çando* lhes era rosto a sua má ge-

rencia!

Nunca nos passou pela idéa de

que a commissão fauia contas de

saco. A questão ó outra, que o sr.

Lima não quer comprehender.

Ficámos sabenda que a auctori-

dade administrativa foi quem or-

ganisou a commissão. Fez ella

muito bem, porque tomou a inicia-

tiva para a realisação de um me-

lhoramento de grande interesse

para os moradores da freguezia de

Santa Catharina.

Ora, se nós fossemos a commis-

são, e tivessemos alcançado um

numero avultado de 900 subscri-

ptores, reunil-os-iamos em assem-

bléa geral, mostrando-lhes a con-

veniência de se constituírem em

associação regular, com os seus

estatutos ou regulamentos, que

déssem garantias a tão util insti-

tuição.

Depois, pedindo a delicada vé-

nia á auctoridade que nos havia

nomeado sómente para traduzir-

mos em facto o seu louvável pen-

samento, iríamos depôr na meza

da asserabléa gerai o nosso man-

dato. E esta associação elegeria os

corpos gerentes, sendo então pro-

vável que ficassem eleitos sob e

o titulo de commissão ou direcção

os mesmos indivíduos que tinham

sido nomeados pela auctoridade, o

que muito estimaríamos, porque

não temos contra elles animosida-

de alguma.

Mas o que não podemos, em ver-

dade, é deixar de censurar o que

se tem passado em prejuízo do

serviço. Os contribuintes, conhe-

cedores já das qualidades e do

comportamento dos guardas no-

cturnos, confiando-lhes as chaves

das soas casas, e certamente fa-.

miliarisados cora elles, não appro-

vara a destituição continuada d'es-

tes empregados.

Orp, se a commissão de que faz

parte, segundo nos parece, o sr.

Lima, que não temos o gosto de

conhecer, se não tivesse ingerido

em assumptos que lhe eram ve-

dados pela lei, e que só pertencem

ás attribuições da auctoridade, as

cousas não chegariam a um esta-

do anormal de que é preciso sair

por um dos meios indicados no ar-

tigo, que publicámos n'esta folha.

Mas o sr. Lima tomou a nuvem

por Juno; ficou agastado, chaman-

do-nos por fim homem semsabor!

Agradecemos tanta delicadeza.

Vestido com cauda postiça, que

reúne a particularidade de se po

der usar tanto para passeio como

para visitas. Confecciona-se com

cachemira da índia ou faille lisa

avivada de velludo, e enfeitada

com franja. A c<uda é feita

áparte e abotoa depois á saia Para

arredondar a saia basta apanhal-a

com botão e prezilha. A cauda que

se compõe de um panno e duas

nesgas, forra-se com tarlatana e

adhere na parte de cima a um

panno, ao qual abotoa oela banda

de baixo. A saia é enfeitada com

tres folhos franiidos.

Ainda outra toiletete encantado-

ra e de uma distineção suprema!

Destina-se especialmente a visi-

tas efa-zse ôomuma deliciosa com-

binação de failles de dois tons, cor

de avelan e azul pallido.

A saia, extremamente comprida

atraz e formando cauda, ó coberta

pela parte da frente com cinco

franzidos applicados prependicu-

larmente e todos elles emmcldura-

dos com uma renda branca de

Malta que termina em fòrma de

triangulo. A cauda apanha aos

lados com voltados de faille azul,

que unem atraz com um alamar

de passamantaria. Corpo de abas

compridas com plastron, em fórma

de coração, de faille azul. Mangas

com canhões de faille, a mesma

renda guarnece toda a toilette.

Agora mesmo se me depara ou-

tro modelo inteiramente fóra do

vulgar.

Bem te dizia eu que estava hoje

pendente sobre a tua pobre repor-

ter pueril a preoccupação femini-

na, ou a estropiada phrase bur-

gueza, que se chama embarras du

choim!

As minhas amigas» surpreben-

dem-rae com os seus vestidos nou-

veauté as modistas ensurdecem-

me com os seus fantasiosos pro-

grammas, que, como a maioria

dos programmas, promeltem mais

do que dão; os jornaes de modas,

empenhados em justa aberta, des-

entranham-se em gentilezas e as-

sombram a gente com as suas pal-

pitantes novidades, com |os seus

tour de force de coquetterie e ca-

prichosa inventiva!{

N'esta fuzão de cousas bonitas

e de cousas medonhas, de figuri-

nos irresistíveis de seducção e de

modelos aisparatados e absurdo»,

de tudo quanto ha de discreta-

mente elegante e de tudo quanto

ha de feio e tapageur, n'este ocea-

no de chiffons é que uma chro*

nista, convicta da sua missão, tem

de mergulhar para trazer á super-

fície a ideal pérola do belio!

Voltando ã descripção do mode-

lo pouco visto, a que acima mo

referi, dir-te-hei que consiste em

uma saia extremamente longa de

siciliana côr de pavão, guarne-

ce a na parte da frente um folho

estreito em pregas gue termina

nos lados. A cauda não tem folho.

A saia ó egualmente enfeitada

com ciuco grandes quilhas em pas-

sam anteria, de côr mais ciar a,gra-

duadas de maneira a diminuírem

de altura para a parte inferior.

Corpete aberto em forma de cora-

ç?o, com gola, plastron e applica-

ções das mangas de passamanteria

egual á das quilhas. Mangas só

até ao antebraço.

No meio, porém, d'esta varie-

dade de vestido», o vestido preto

continua, e agora mais do que

nunca, a obter novas preferencias

TELEGRAMS

1 KMGli

A VAS BEUTBB

(Sarviço <mtinnUal e submarino}

Paris, 22, t.

A Republique Françoise insiste na

necessidade de que a maioria repu-

blicana se conserve unida, sobretu-

do ante os ataques que se preparam

contra os projectos do sr. Jules Fer-

ry.

A ramara dos deputados rejeitou,

por 318 votos contra 77, a proposta

do sr. Lenglé, bonapartista, para sc

ordenar um inquérito ácerca do in-

cidente o'a converso. 0 sr. Léon

Say, defendendo a sua conducta, re-

cordou que foi sempre partíflario do

direito que assiste ao estado para

operar a conversão mas reserva a

Suestão da opportunidade e o modo

a conversão. 0 ministro declarou

que despresa as insinuações e as ca-

lumnias. (Applausos na esquerda e

no centro.)

Rw de Janeiro, 18 t.

Ancorou hoje n'este porto o pa>

3uete inelez Tagus, da companhú

a Mala Keal.

Para, 23, t.

Em 8 do corrente foi entregue ao

kliBaiva uma nota dos governos fran-

cez e inglet, a qual, consignando as

promessas do khediva, acceatua a

séria responsabilidade em que elle

incorrerá provccandò novos accor-

dos, e a gravidade das consequên-

cias se não forem executados os seus

compromissos. Fica entendido que o

khediva nào assistirá jamais ás deli-

uerações do conselho dc ministros,

e que os dois ministros europeus,

operando juntos, poderão oppôr vèlo

absoluto a todas as decisões.

Dizem de Tirnova que a assem-

bléa búlgara íJxou para 2G de março

a leitura do relatorio da administra-

ção provisoria, e para o dia 2 d'abril

a leitura do relatorio do Estatuto or-

gânico.

Londres, 23, t.

Dizem do Gabo da Boa Esperança,

em 5 de março que depois das ulti-

mas noticias não houve senáo uma

pequena escaramuça, na qual foram

mortos nove zulus.

Um krual dos basutos está em ple-

na insurreição. Váo começar as ope-

rações contra elle.

Al/unas, 23, t.

0 governo grego annunciou o rom-

oimeMto das negociações de Prevesa.

Dirigiu uma circular às potencias,

relatando os trabalhos da commissão,

a recusa da Poria em negociar sobre

o artigo 13 ° do tratado de Berlim,

e invocando a mediação.

Continuam em Constantinopla as

desavenças entre Klieredine-pachâ,

Osman-pachá e Fuad-pachá.

Madrid, 23, t.

A Correspondência diz que o ban-

co d* Hesnanha toma pelo typo de

88 0|0 e 1 ô|0 de commissão metade

do empre^timo de 250 milhões de

pesetas em bons do thesouro. A ou-

tra metade Será reservada para subs-

cripção publica até aos primeiros

dias de abril proximo.

Houve um banquete de partidarios

da abolição da escravatura, os quaes

nectam reorganisar a sua socie-

3 e pedir a abolição completa da

escravatura nas colonias hespanho-

las.

Madrid, 16, t.

Bolsim: Contado e iim do mez 14,32

frouxo.

Madrid, 17, n.

Bolsim da noute: Sem operações.

Yaris, 2S, t.

0 governo francez, accedendo ás

sollicitações do governo portngue*,

e não desejando contrariar o movi-

mento que começa a manifestar-se a

favor dos tratados, concordou em

prorogar o tratado de commercio e

navegação com Portugal até 31 do

dezembro de 1879, salvo n'aquellas

disposições em que o tratado se re-

feie á tarifa dos vinhos, a qual, em

vez da actual tarifa espacial do tra-

ctado portuguez, será a mesma ap-

plicada ã nação mais favorecida.

0 general Todleben chegou a Odes-

sa, onde se demorará pouco tempo.

Dizem d'Atlienas que chegaram .a

Talanti, procedemes de Besika, tres

couraçados inglezes.

Londres, 24, m.

Um telegramma de Vienna, publi •

carfo pelo Times, diz, referindo se a

informações de S. Petersburgo, que

em cotiseqnpjicia das representações

de lord Dulferin e do conde de SchouvalolT, a Kussia accenfuou a

sua resolução de seguir politica de

conciliação, e que a Russia vae pro-

por a occupaçao mixta da Roume-

lia.

Madrid, 24. :'oLsa qa tarde.

Cotações ofnc aes

Interior 14 35.

Exterior 15,00.

Bilhetes hypothecary \ 00,00.

Bons do thesoojo 87 90.

Cambio sobre Londrr- 47.45.

?dem sobra Paris 4,87

Depow Ca bolsa (4 h. 15* t.) Conta-

do e fim 00 ma», 14.30.

A companhia lyrica do theatro

de S. Carlos vae ao Porto cantar a

missa de Verdi, no palacio de

crystal. Parte para lá no dia 3 de

abril.

F,izem-se de faille enfeitados

com velluJo ou com setim, com-

pridos ou curtos, conforme as pre-

dilecções de cada um ou o uso a

que se destinam.

Com as approximações do estio

e com a prespectiva dos passeios

a pé, do novo se nos depara o ves-

tido curto, que, se -por um lado

rouba á figura da mulher a linha

serpentina da estatuaria, tem com-

tudo a seu favor innumeras van-

tagens de aceio e economia.

Ouvi ha dias, a uma das maia

scintillantes estrellas da nossa

alta vida, que é muito de suppor

que venha a adoptar se para o

proximo estio a seguinte toilette:

saia curta com folhos estreitos,

segunda saia com puff e laços, sa-

pato com grande salto e chapeo

de palha redondo e peaueno, ple-

no estylo bucolico de Watteau!

Annunciam-se também umas

sedas, uns fouiares iindos. com

riscas de duas côres e pequenas

grinalda* esfumadas n'um vago

tom indeciso.

O feitio dominante continua a

ser o Luiz XV,o que não deixa de

encerrar, como todas as cousas,

por mais luteis que pareçam, o

3eu lado philosophico!

Vê tu, ma toute belle, vê como

um trapo qualquer pôde as vezes

conter subrepticiamente uma mor-

dente ironia, a que, se eu não re-

csiasse que me alcunhassem de pe-

dante, chamaria... a philosophia da

historia!

Ao passo que todas as mulheres

da França imperial exhibiam no

alto da cabeça chapéus á Jacobino

e vestiam a moda do Director 10,

as mulheres da actual França re-

publicana põem nos seus vestides

e nos seus chapéus os distinctivos

da realeza!!!

Reste-ma dizer-te duas palavras

ácerca de capas e chapéus.

As primeiras, actualmente pre-

feridas, teem o feitio conhecido

sob a designação de visita, com

mangas que partem das costas.

Fazem-se em sarja de seda, uma

nova sarja que se chama cuirè Lou ■

vref bordadas com eoutache, ou

com applicações de passamante-

ria e franja o eom botões, que as-

sumem os mais caprichosos e va-

riados aspectos, desde o metal

branco, (á Lu« XV) até ao botão

japonez ou bizantino, a começar

em pedra e a acabar em porcella-

na!

Previno-te, iNtynofifti, que o ta-

manho dos chapeos vae soffrer

grande modificação, chegando tal-

vez a não terem de chapéu senão

o nome!

O chapeo de primaveira pôde

ser de faille ou de velludo riscado

com 6eda e infeitados com flores.

O chapéu branco, preferido para

visitas e concertos tem a aba fran-

zida, com uma pluma branca e a

copa em pregas.

Apparecu-nos também nas vitri-

nes dos armazéns de modas um

objecto novo, e que não deixa de

ter certo encanto, o leque-photo-

graphia, no qual ninguém nos priva

que usemos o retrato... do nosso

anjo da guardai...

E adeus, viscondessa dos meus

peccados, d'esta vez ereio que me-

rece-rei o teu beneplácito.

Je Vembrasse et je suis a toi. '

Condessa ok Luc d'Kbtrblles.

Page 3: .affiaittSA®!»* SIM A - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1879-03-25/j-1244-g_1879-03-25_item2/j...rudimentos «ás creanças pobres que ... Drum. Orador o rev. Henriques do Sousa.

A cainara municipal officiou á

companhia carris de ferro de Lis-

boa, participando achar-se prom-

pta a obra da rua Occidental de

Passeio, e que se podia abrir ã cir-

culação.

Chamamos a attenção para os

annuncios das lojas chineza a S.

Paulo, e de gravatas na rua dos

Fanqueiros.

As curas radicaes obtidas com

a verdadeira pomada Dumont e os

attestados passados official mente*é

bastante para provar que é o úni-

co remedio para o rheumatismo, e

por isso recommendamos o seu

único deposito na rua do Amparo

n .• 22.

0 sr. Luiz d'Almeida

Albuquerque

Amigos e Collegas!

Dois novos actas praticados po

lo sr. Luiz d'Almeida Albuquerque,

contra mim e ^m dos quaes, de

collaboração com o sr. deputado

Antonio Maria Pereira Carrilho,

não só contra mim, mas também

contra as honradas tradicçoes do

Jornal do Commercio. contra a mo-

ral e contra a cansa publica, obri-

gam-me a vir sollicitar, pela ter-

ceira vez, dos meus amigos, a pu-

blicação do meu ju?to desaggravo.

A historia do primeiro d'estes

casos ó simples, e em duas pa-

lavras vou referil-a.

Os proprietários e redactores d03

jornaes Diário do Commercie e

Echo de Portugal e Brazil, vendo,

pelo que escrevi ao Diário lllus-

trado e no Jornal da Noite, que eu

estava privado de ter um jornal on

de podesse escrever livremente,

não obstante ser meu, por mais de

13 contos de réis, que me cnstou, a

terça parte do Jornal doÇommer-

cio, vieram offerecer-rne. generosa-

meute, as suas columnas para tudo

quanto eu quizesse publicar. Foi

por carta o offerecimento feito pelo

primeiro e pessoalmente pelo se-

gundo que nem rr.esmo me conhe-

cendo, veio a minha casa pro-

curar-me.

Uepentinamente atacado por um

doloroso abcesso qae o tr. dr. Leão

destruiu e que ainda me obriga a

não sair de casa, não pude ir agra-

decer pessoalmente ao sr. Baptis-

ta Tavares e Eduardo Guimarães

os offerecimentos que se dignaras*

fazer-me.

Escrevi, por tanto, no meu leito

de enfermo e enviei acs escripto-

rios do Jornal do Commercio e do

Jornal da Noite o segujnte agra-

decimento que esta esclarecida ío

3ha publicou:

Balthazar Radich, redactor e

proprietário de uma parte do Jor-

nal do Commercio, d'esta capital,

não podendo, por grave incommo-

do de saúde, que o obrigou repen-

tinamente a recolher á cama agra

deee pessoalmente ãs redacções

do Commercio e Echo de Portugal

e Brazil os generosos offerecimen-

tos que se dignaram fazer-lho, si-1

gn fiea-lhes por este meio a sua

gratidão.

Agradece eguajmente ás redac-

ções do Diário llhistrudo e do Jor-

nal da Noite todos os favores nue

se dignaram dispensar-lhe, affir-

mando, muito reconhecido, que

jamais os esquecerá.

Lisboa, 22 de março de 1879.

Apresentada este agradecimento

no escriplorio do Jornal do Com-

mercio, a alma grande e generosa

do sr. Luiz d'Almeida Albuquer-

que, o seu reconhecido bom senso

e sobre tudo, o respeito que deve

ás obrigações que assigna com o

f*eu nome, não lhe permittiram que

r ,nsentisse na publicação do meu

agradecia: ento ás redacções dos

quatro jornaes, porque dots d'elles,

practicaram a inconveniência de

me auxiliarem a tirar a mordaça

da boca!

Está contada a historia do pri-

meiro caso. Passarei a contar a

segunda. Esta é que é a questão

grave.

A pedido dô muitos moradores

da freguezia de S. José onde tenho

a minha resideneia ha oito annos,

e de accordo com o sr. regedor

João Venâncio Pinto, aceitei a pre-

sidência da commissào adminis-

trativa dos guardas nocturnos da

mesma freguezia, que estavam em

completa anarchia, conforme é pu-

b» rt,o e notorio, e que estão hoje

obedientes e íuoordinados confor-

me é necessário que o estejam

depois de dois severíssimos exem-

plos que appliquei a dois guardas

já expulsos da corporação e de-

mittidos do cargo de cabo de se-

gurança publica pelo sr. adminis-

trador Pedro Joyce.

No Jornal do Commercio do dia

19 do mez passado escrevi a res-

pt 'o do procedimento do guarda

Al >nio Maria Serra Costal, o se-

fcu ate.

Guardas nocturnos — É sabido

geralmente que a organisação das

pequenas secções de guardas noc-

turnos, em cada freguezia, susten-

tada voluntariamente á custa dos

moradores, e em consequência de

ser insuficiente a força policial

publica para o serviço de toda a

cidade, foi recebida eom geral sa-

tisfação, desenvolvendo-se rapida-

mente em muitas fregaezias da

capital.

Infelizmente, como em todas as

coisas que não se estabelecem em

solidas bases desde o sou princi-

pio, ou qua fíeam dependendo do

livre arbítrio individual, a institui-

ção dos guardas nocturnos, era ai-

gumas freguezias, resente-se já e

de um modo grave, das principaes

consequências do que dizemos.

Na freguezia de S. José, por

exemplo, lavra ba mezes a maior

anarchia entre os guardas que os

moradores pagam para lhes guar-

darem as casas. Não tendo os da'-

quella freguezia nenhuma pes-

soa habilitada a dirigi! os e a dis

ciplinal os, não obedecendo a re-

gulamerto algum, em pouco tem-

po se desavieram, e actualmente

ha perigo já de conllictos sérios,

queá auctoridade superior do dis-

tricto pertence prevenir.

Segundo nos informam, o cabe

çis de motim entre os guardas da

referida freguezia, ó um homem

chamado Antonio Maria de Serra

Costal, que i/baginou improvisas-

se em suzerano de todos os outros

o superior em auctoridaoe ao pro-

prio regedor da freguezia, á guar-

da municipal e á pplicii civil!

Contam-se factos incríveis pra-

ticados por este individuo, e até

pareço que, apezar de ter má re-

putação nos registos policiaes, ser

conhecido por desordeiro, provo-

cador e insolente, está séndo em

tudo protegido por pessoas quo do

certo não lbe conhecera o carac-

ter, e com as quaes ©lie blasona

contar para continuar impune nas

suas repetidas tropelias.

Este homem, que não sabemos

como obteve nomeação de cano de

segurança, é dotado do uma auda-

cia incrível, e, apezar de ter sido

expulso do corpo de policia civil,

na qual soffreu vôrios castigos, or-

ganisou, por sua conta e risco, um

estúpido regulamento para o ser-

viço dos seus companheiros, e de-

clarou-se seu chefe, uniformisan-

do-se a seu capricho, e inventan-

do até uns certos distinctivos de

commando!

Já se vin audacia maior?!

No estado anarchico em que se

acha a corporação dos guardas

nocturnos da freguezia de S. José,

é indispensável a prompta inter-

venção dos srs. administrador do

bairro o commissario geral do po-

licia. É necessário. que não se

conceda a nenhum morador a li-

berdade, que alguns preLendemter,

de escolherem para guardas das

suas portas os individuos que lhes

parecer, animando-os, por esso fa

cto, a resistirem á auctoridade le-

gal.

O regedor de S. José já mandou

publicar annuncios, prevenindo 03

sufcscTiptorespara não pagarem re-

cibo algum sem que seja assigna-

do por elle regedor, como thesou-

reiro, e pelo sr. Antonio José Coe-

lho, secretario.

A este respeito, dizem-nos que

se teem praticado abusos incríveis,

pelos quaes é preciso que os de-

linquentes respondam perante a

policia, visto que já entendem po-

derem impor-se á auctoridade lo-

cal e a muitos subs cri ptores, que

lhes censuram os desaforos, como

se estão impondo cora uma inau-

dita audacia, que chega, a parecer

impossível!

A noite passada, o tal sr. Costal

queria bater ou prender toda a

gente. Até contra o secretario da

commissão, homem inoffensivo,que

presta desinteressadamente o ser-

viço do seu tempo e do seu traba-

lho em favor da corporação dos

guardas, se revoltou o atrevido,

ameaçando prendel-o!

Este ramo policial, que aliás

julgamos utilíssimo, e tanto mais

quanto é certo que deve ser sus-

tentado só voluntariamente pelos

moradores das ruas que o quize-

rem ter como elemento maior de

segurança individual, carece, com-

tudo, da superintendencia da pri-

meira auctoridade administrativa

do districto por intervenção dos

seus delegados.

Policia particular de cada cida-

dão ou de cada grupo de indiví-

duos que a desejem ter, e inde-

pendente de toda a sujeição .s au-

ctoridade» policiaes, é um absur-

do, que pôde ter incalculáveis con-

sequências.

Nós entendemos que, pertençam

ou não pertençam os rogedores ás

commissões administradoras dos

guardas nocturnos, Beuhum d'es-

tes guardas devo ser admittido co-

mo tal, sem approvaçáo prévia da

auctoridade local que responde

para com o sr. administrador do

bairro por qualquer abuso que pra-

ticar.

O que está acontecendo na fre-

guezia de S. José está mostrando

o que pôde acontecer em outras.

São os propnos guardas que pas-

sam os recibos aos subscnptores,

que dividem o didheiro conforme

o entendem, recebendo uns mais e

outros menos, não deixando fundo

algum para uniformes, despezas de

luzes etc.

É evidente que' isto não pôde

continuar assim; o nós tencioná-

mos não desamparar este assum-

pto.

Depois de escripto este artigo

soubemos que esta noite ás nove

horas e meia, o guarda nocturno

Serra Costal, pensando que pode-

ria continuar a zombar das aucto-

ridades e dos subscripíores que

tem explorado, atreveu se a ir fa-

zer serviço na area como d'antes!

Dois guardas civiç, previamente

enviados para a freguezia a fim de

mostrar ao atrevido que não se

brinca impunemente com a policia,

filaram-tfo e levaram n'ò para a

esquadra próxima.

O pimpão que hontom ameaça-

va prender toda a gente, incluindo

o proprio regedor se lhe appare

cesse foi muito socegadinho para

a esquadra policial meditar nos

desvarios que praticou.

Conforme se vé, as auctoridades

policiaes cumpriram os seus de-

veres.

Constando-me, porém, que o

guarda Costal se apresentara, ba

dias, uniformisado, como guarda da

alfandega de Lisboa, na area onde li •

zera serviço como guarda nocturno

e parecendo-me singular qua uai

homem, com similhante comporta

mento, obtivesse na secretaria da

fazenda aquelle despacho, que um

homem com péssimas notas nos

registos policiaes e ainda solto com

liança no tribunal da Boa Hora, ti

vesse sido nomeado fiscal dos in-

teresses públicos, (!) tratei de pro-

curar informações e com o maior

pasmo e indignação, soube que fô

ra despachado guarda de segunda

classe da alfandega de Lisboa no dia

28 de fevereiro ultimo! Soube mais,

que tomara posse do logar no dia

4 do corrente e que esta fazendo

serviço ca 7.* secção fiscal da re-

ferida alfandega!

Naturalmente indignado com ta-

manha immori lidade e não poden-

do cjer que o sr. ministro da fa-

zenda, conhecendo a, a tolerasse,

escrevi, para o avisar, uma noti-

cia do facto, e, como redactor e do-

no de uma parte do Jornal do Com

merciOy mandei-a ao escnptorio

d'esta folha para que se publicas

3e.

No escriptorio do jornal nao es-

tava o meu socio e ex amigo Luiz

d'Almeida Albuquerque. Estava

substituindo o, segundo parece,

porque nenhuma declaração a fo-

lha ainda publicou, o sr. deputado

e meu ccllega, Antonio Maria Pe-

reira Carrilho, que leu a noticia e

entendeu que nao devia mandai-a

publicai, por ser impossível que

fosse verdadeira e ser eu tão nts

cioy que não soubesse que a lei se

oppunha ao facto que a noticia re-

feria!

Exceptuando o rigor do termo

da injuria que me fez é que subs-

tituiu por outro, o verdadeiro sen-

tido da sua resposta ao meu en-

viado foi este.

Escrevilhe immediatamente exi-

gindo-lhe a prompta publicação da

noticia ou a sua devolução.

Respondeu-me nos seguintes ter-

mos:

Radich

«A noticia não pôde ser exacta:

eu trato de averiguar na segunda-

feira 0 que ha áquelie respeito.

Não posso por fórma alguma di-

zer que se fez uma illegalidade

quando estou convencido que ella

se não praticou. E se se fez, o que

apenas leva a verificar 24 horas,

sera publicada, se o sr. Luiz d'Al-

meida o quizer. Estimo as tuas

melhoras.

Teu do coração

Carrilho.

22 de março 1879.

Meus caros amigos e collegas.—

Estou escrevendo ás onze horas da

noite, impedido ainda de sair de

casa por causa do apparelho posto

ao tratamento do meu abcesso qae

ainda não está fechado e os meus

carinhosos e dedicados amigos, Al

buquerque, Carrilho & C.a, ainda

não me mandaram dizer, se publi-

cam ou não publicam, a noticia do

grande escandaln que eu quiz no-

ticiar ao publico, como jornalista

implacavel que tenho sido sempre

ha mais de vinte annos, contra to-

dos os desaforos praticados por

quaesquer funccionarios públicos

no exercício das suas funeções.

Evijentemente, a prosapia poli-

tica do meu amigo Ca/rilho, ainda

urna vez, hontem a noite, lbe pre-

gou uma das melhores peçasl Fa-

ço-lhe a justiça de crer que estava

convencido da impossibilidad de

se ter praticado mai um grande

escandalo na secretaria de estado

onde está empregado! Não o des-

culpo, porém, nem lhe posso per-

doar o abuso de, não tendo sido

publicada a noticia, nao a ter re-

enviado conforme exigi. O que foi

ganhar com isso?

G- nhou ser envolvido na lucta

que vou agora travar, sem tréguas,

contra o sr. Luiz d'Almeida Albu-

querque, embora o quo este lhe

pagar o indemnise d& imparciali-

dade que tem revêlado no conflicto

em que estou empenhado.

Ganhou dizer-lhe eu d'aqui, que

bem sabe, não ser eu um politico,

como elle é, porque nada recebi,

oao recebo, nem receberei nunca

do estado.

Ganhou o dizer-lhe, que sô por

proposta minha, foi admi tido como

eollaborador no Jornal do Com

mercio, com 25:000 róis mensaes;

se também por proposta, só minha,

foi elevado eose vencimento a

30£000 réis, vejo com pe*ar que a

ingratidão do sr. Luiz d'Aimida

Albuquerque é f talmente conta-

giosa, porque até um dos meus

mais antigos amigos, e dos bons

tempos escolases, tão affeciado já

esta!

E talvez venha a ganhar ainda

mais. Quem sabe?

N'esta questão, conforme os

meus amigo3 estão vendo, eu não

tenho dado um passo, ao qual não

tenha sido previamente arrastado

pelo sr. Luiz d'Almeida Albuquer-

que. Os dois primeiros actos que

mo levaram a corrigil-o uão o

emendaram. Agora ja esses actos

vem... aos pares, c<, portanto, to

das as minhas esperanças em que

o meu socio ei contraria quem me-

lhor o aconselhasse, acabaram.

Vou pois seguir a publicação de

uma serie de artigos, documenta-

dos todos, para que muita gente,

illudi4a ainda por aquella appa

rencia estudada de bondade e se

riedade que o meu ex amigo im-

põe 50 mundo, conheça bem o que

ella vale e como occulta o contra-

rio em milhares de actos que irei

referindo oppor tunas; ente.

Continuem os meus amigos a

desculpar me a necessidade que

tenho de lhes tomar tanto campo

e tanto espaço na sua esclarecida

folha, permittindo que sempre me

assigne coroo sempre

De vv.

Amigo e collega obrigadiasimo

Balthazar Radich

Lisboa, 24 do marco de 1879.

Chamamos attenção para o an-

nuncio do estabelecimento de es

tofador, no edifício do antigo Cas-

sino Lisbonense.

O conde da Louzà D. Luiz, par-

ticipa a todas as pessoas das su»s

relações que, amanhã quarta fei-

ra, 26 do corrente, pelas 11 horas

da manhã se ha de rezsr na egre-

ja da Bemposta uma rrissa psral

ma da sua t uito presida esposa

a condessa da Louzà D Amália.

Moléstias

nervosas e de creanças

Estudadas em Paris por Ferrei-

ra Cardoso. Rua do Outeiro, 7,2.°,

da 1 ás 3 da tarde.

Poslo de soceorros medicos

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ao meio dia.

Consulta de Mattos Chaves da

1 ás 3 da tarde.

A direcção e conselho fiscal dos

Recreios, deram heje no botei Gi-

braltar ukd jantar aç maestro Bar ,

bieri.

Telegramas '

(Serviço particular do Diário 11

lustrado).

PORTO, 24, ás 8 h. e 35 m. da

tarde.

A alfandega rendeu hoje réis

21:612*516.

Está melhor e conde de Torres

Novas.

Morreu uma mulher victima da

explosão de petroleo que houve na

rua do Heroísmo.

, C.

Tiro aos Pombos

Em 23 de março de 1819

1.® Pub—Ganhou a o visconde

de Roboredo com 3 espheras que

bradas em 3 atiraclae.

2 a—D. Antonio de Noronha com

2 em 3.

3.• e 4.a—Luiz de Sequeira Oli

va com 6 em 7, em ambas.

Distancia 19 metros.

Chegou a Olhão, preso, o escri-

vão de direito Francisco Augusto

Falcão de Carvalho, que ha tem-

pD tentara suicidar-se, e que é ac-

cusade de vários crimes.

O tempo provável hoje em Lis-

boa, segundo o boletim do obser-

vatorio metereologico do infante

D. Luiz ó:

Vento freísco d'entro NE. e SE.

ou S.—Ceu nublado.

A temperatura hontem ás 9 ho-

ras da manhã, era em Lisboa 11,5;

na Guarda 3*; e no Funchal 14,1.

Chronica

Terça-feira 25. — Annunciação

de Nossa Senhora. Dup. 1.» cl. c.

br.

Lausperenne na Encarnação.

Principio da aurora, 4 h. e 26'

Nasci ento do sol, 6 h. e 2*

Occaso do sol, 5 b. e 08'

Primeiro preamar, 11 h. e 48' m.

Segundo* preamar, 11 h. 42' t.

Primeiro baixamar, 5 h. e 30' 1.

Segundo baixamar, 5 h. e 54' m. ——■ ■ -

Bolsa de Lisboa

Vonderam-í-e homem:

Acções do Banco Lisboa e Aço-

res a 85*000.

Acções da Comuanhia de Segu-

ros Bonança a 54*000.

Obrigações da companhia das

aguas, coupon a 834000

Obrigações do caminho de fer-

ro a 88*100.

loscripçoes a 50, 96.

Escudos, Fundos Hespanhoes a

13,65. _____

Kendlmento da

alfandega do Lisboa

Até 23 2.066:447*251

Em 24:

Geral 70:882*288

Total.. 2.137:329 $ 539

Espectáculos

RSÀL TH KA a RO D i S. C/JILOS.—A's

8 horas.

Opera—Maria di Kohan.

Dança—Novo Devertessement.

A' l hora da tarde.

Missa de requiem

THE ATRO Dt D. MARIA 11. - Vs 8

horas.

Asmodeo.

Aprender a conhecel-os.

TilttATaO DA TKIROAPK.—:S 8 ho-

ra3.

0 milho da padeira.

0 tambor.

TtKATRO DO GYMNASZO—A* 8 ho»

ras.

A pesca da Baleia.

Medicina de Balz&c.

THKATRO DA RUA DOS CONDSS—At 8 horas.

Mtdico negro.

THKAifiO DO PRffiCIPE RSAt.—A'a 8 hora.s.

fietistP- do rime de 1878.

THKATRO DOS RKOKIOS ás 8 lio-

ra«

Jngar com fuege.

La forera.

THEATRO LISBONENSE (AO RATO)— A's 3 horas e meia.

0 policia civil.

Dia do anno nove.

A's 8 horas.

0 naufragio nas costas da Breta-

nha.

THEATRO DE D. FERNANDO.—As 8 horas.

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Muda di Portici

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A Deusa da Noite

Polka para p ano, 60 ióis!

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Travessa de S. Domingos

(Vulgo atraz de S. Domingos)

4U» — 1/ andar — 4S

Page 4: .affiaittSA®!»* SIM A - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1879-03-25/j-1244-g_1879-03-25_item2/j...rudimentos «ás creanças pobres que ... Drum. Orador o rev. Henriques do Sousa.

Companhia Carris de Ferro

de Lisboa

24 do cor-

feira l26. O LEILÃO de pado muar, que estava anmiriciado para o dia 2

rente, segunda feira, íica transferido para a próxima quarta

São 12 muares, tres das quaes braziieiras.

Kscriptorio em Santo Amaro 20 de março de 1879.

O chefe

22 A. M. dos Sa/rios Viegas.

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laa «la riaa (loVhcsotíroVcSho. acha-sc acliial-

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DESPE a sua fiandaçao, no dia 17 de outubro de 18o3 ató hoje.

É acompanhada por uma curiosa eollecção de documentos his-

tóricos. políticos e particular es de alpuns dos nossos primeiros ho-

mens do estado, da tribuna parlamentar e da imprensa, por

BALTHAZAR RADICH

anti g: o redactor do mesmo Jornal

o administrador d'elle desde l®t)5

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I>© todos estes artigos e <*o muitos outros,

lia ffrande e variado sortimento.

dar. Parabéns.

Talisman POH ordem do cx.mm sr. presi-

dente da assembléa coral, é a

mesm-^conTOcadajaraoJ^ 30 <S&viTOS|_tam presentes aquelks lembre?!... Tenho ta:

do corrente, devendo reunir na

Legação Braziieira pelas 2 horas

para so discutir o votar o parecer

moiríenlos de fugitiva felicidade!.

S§o tantas, tam repetidas, tam fundas saudades, que me dei aram! Anjo.

da corrimissào revisora de contas que iués! .. Enlouquece-me a só

da ceroncia do auno de 1878, e xcordação de tanta ventura!— O

eleger o conselho director. | lcJl amo.r! • * • PHTj;t0.cí?11

Mtn,.n ,1a S dii9 ifham-cA m o ouvi, que nao ioi íllusao!... Kao, espay) uo s dias achara se, uao sc moj.re (1(. jubi|() (|U(! ou nk0

morri n'aquellc instante! 1'odcs, pois,

repetir-me o que eu sinto ainda—co-

mo, um ecco saudosíssimo, ciciar aos

seus ouvidos! 1'odes—im! ti não és

feliz!... Não és ... mas eu creio que

se háo de dissipar, úe todo, as nu-

veis que sombreiam o teu formoso

ceu! liir-Die que não me engano, e

crê, que só e constantemente penso

em ti, e no que possa dar-te prazer,

ou evitar-te um desgosto ... Sou

teu... Sabbado.

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para a cultura ornamental.

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aos associados os livros e

documentos, na rua de S. Vicente

á Guia d." 30, 1.°.

Lisboa, 21 do março de 4879.

O 1.° secretario,

Jacintho Dias d'Aguiar.

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ESTES vestidos são de las modernas e de magnifica qualidade, ba

de lã e seda, de pura lã e de alpaca preta; são proprios de inver-

no e lambem os ha de meia estação, são feitos com perfeição e muito

bem enfeitados pelos mais recentes e elegantes figurinos de Paris; fa-

zem-so também por medida e pelos mesmas preço?. Ha também ves-

tidos para noivas. Vesti'os de cachemira pre'a francesa, pnra lã, a

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IfENDE-SEdesde 15 kilos até qualquer porção de metros cúbicos, no cs- v criptorio de Germano Serrão Arnaud. S4, Cães do Sodré 1." andar.

âviso aos homens de bem P

ft firma Antonio Marques Correia & C.a, ten-

do sido assaltada no seu bom credito por

um cavalheiro d industria, cujo nome enche os

cadastros policiaesecriminaes desta cidade,

e isto por meio de um annuncio publicado no

n.° 4:707 do "Diário de Noticias" de 18 do

corrente, previne o publico de que é uma infa-

mia miserável o que ali se diz e quevae ime-

diatamente empregar todos os meios para cha-

mar aos tribunaes aquelle sujeito, afim de ser

punido com as penas da lei.

Lisboa, 10 de março de 1871).

Antonio Marques Correia & C.a

ATENÇÃO

H firma Antonio Marques Correia & C.a, em

resposta ao annuncio publicado no n.° 4:707

do "Diário dc Noticias" de 18 do corrente, e

do snnuncio n.w 58 do "Diário Popular" de 2i

do corrente, declara que compra por seu pro-

prio valor todos os créditos annunciados nos

mesmos annuncios.

Antonio Marques Correia & C.a

PÀRÃ 0 RIO OE JANEIRO

(Directamente)

O paquete IBERIA ainda tem

algum logar para carga.

Lisboa, 21 de marco de 1879.

Os agentes,

E. Pinto Basto & C.\

de Lisboa

ESTANDO concluídas as obras municipaes na rua Occidental do Pas-

seio licain do dia 25 do corrente em diaute restabelecidas as car-

reiras directas entre aquelle ponto e Belem.

O cbefA do movimento,

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tificados,

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" COTOPAXI, a 8 de abril. I • GALICIA, a 6 do maio.

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