Qual trajetória a população paulista seguirá no futuro? · pelo IBGE e as projeções da...

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Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 18 – n o 4 Novembro 2018 ISSN 2446-7537 QUAL TRAJETÓRIA A POPULAÇÃO PAULISTA SEGUIRÁ NO FUTURO? RESUMO: Analisar a ordem de grandeza e a composição etária da população projetada para o Estado de São Paulo, até a metade do século XXI, associadas às mudanças prováveis nos componentes demográficos, expressas pelos sal- dos vegetativo e migratório, representa instrumento valioso para o desenho e o monitoramento de políticas em diferentes setores, como saúde, educação, emprego, habitação, entre outros. A tendência observada e esperada para o número de nascimentos e de óbi- tos revela que, entre 2040 e 2045, a diferença entre esses dois eventos vitais será negativa, resultando em decréscimo no contingente populacio- nal. A análise municipal indica que já entre 2000 e 2010 havia três mu- nicípios com essa configuração, sendo que até 2050 esse número passará a 494, ou seja, 76% dos municípios paulistas registrarão mais óbitos do que nascimentos. A idade média da população era 24 anos em 1950, atinge 30 anos em 2000, e deverá alcançar 44 anos em 2050, passando de um padrão de população muito jovem, para outro de população adulta jovem. PALAVRAS-CHAVE: dinâmica demográfica; saldo vegetativo; saldo migratório, projeção da população; idade média; composição municipal. Bernadette Cunha Waldvogel ([email protected]) Gerente Demográfico Rosana Capassi ([email protected]) Analista de Projetos Lilian Cristina Correia Morais ([email protected]) Analista de Projetos anos

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  • Re s e n h a d e E s t a t s t i c a s V i t a i s d o E s t a d o d e S o Pa u l o

    Ano 18 no 4 Novembro 2018

    ISSN 2446-7537

    Qual trajetria a populao paulista seguir no futuro?

    Resumo: Analisar a ordem de grandeza e a composio etria da populao projetada para o Estado de So Paulo, at a metade do sculo XXI, associadas s mudanas provveis nos componentes demogrficos, expressas pelos sal-dos vegetativo e migratrio, representa instrumento valioso para o desenho e o monitoramento de polticas em diferentes setores, como sade, educao, emprego, habitao, entre outros.

    A tendncia observada e esperada para o nmero de nascimentos e de bi-tos revela que, entre 2040 e 2045, a diferena entre esses dois eventos vitais ser negativa, resultando em decrscimo no contingente populacio-nal. A anlise municipal indica que j entre 2000 e 2010 havia trs mu-nicpios com essa configurao, sendo que at 2050 esse nmero passar a 494, ou seja, 76% dos municpios paulistas registraro mais bitos do que nascimentos.

    A idade mdia da populao era 24 anos em 1950, atinge 30 anos em 2000, e dever alcanar 44 anos em 2050, passando de um padro de populao muito jovem, para outro de populao adulta jovem.

    PAlAvRAs-chAve: dinmica demogrfica; saldo vegetativo; saldo migratrio, projeo da populao; idade mdia; composio municipal.

    Bernadette Cunha Waldvogel ([email protected])Gerente DemogrficoRosana Capassi ([email protected])Analista de ProjetosLilian Cristina Correia Morais ([email protected])Analista de Projetos

    anos

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    ano 18, n. 4 novembro 2018

    Introduo

    Qual ser o crescimento da populao residente no Estado de So Paulo at a metade do sculo XXI? Ser positivo? Decrescente? Quais os ele-mentos demogrficos que apoiam a aposta para o futuro?

    Responder essas questes exige anlise detalhada e aprofundada dos componentes demogrficos que determinam o ritmo de crescimento de cada localidade.

    As projees realizadas pela Fundao Seade indicam que a populao no Estado de So Paulo atingir volume mximo por volta de 2040, quan-do ento passar a diminuir paulatinamente. O que sustenta tal hiptese a tendncia de retrao gradativa do volume de nascimentos associada ao aumento sistemtico do nmero de bitos observados e esperados para o Estado.

    A anlise da dinmica demogrfica realizada continuamente na Fundao Seade permite explorar e compreender a evoluo da populao no pas-sado e traar cenrios para o futuro. No possvel afirmar com exatido o momento em que a trajetria de crescimento populacional no Estado se tornar negativa, mas acredita-se que isso acontecer ainda at meados deste sculo.

    O presente estudo apresenta outro olhar sobre as projees populacio-nais elaboradas pela Fundao Seade com o horizonte at 2050, alm daquelas j descritas em diversos produtos presentes em sua pgina na Internet (www.seade.gov.br) tais como: Sistema de Projees Populacio-nais e srie SP Demogrfico.

    Aspectos metodolgicos

    A Fundao Seade realiza mensalmente uma pesquisa nos Cartrios de Registro Civil de todos os municpios do Estado de So Paulo, coletando informaes detalhadas sobre o registro legal de nascimentos, casamen-tos e bitos, que compem a base das estatsticas do registro civil paulis-ta. A existncia de srie histrica de grande abrangncia temporal e geo-grfica possibilita o acompanhamento contnuo da dinmica demogrfica do Estado, de forma agregada e desagregada por regies, municpios e distritos da capital.

    O conjunto de informaes e anlises demogrficas produzidas na Funda-o Seade qualifica a adoo de metodologia de projeo que, reconhe-cidamente, soma uma srie de vantagens em relao a outros mtodos. Trata-se do mtodo dos componentes demogrficos, processo analtico que destaca o papel da fecundidade, da mortalidade e da migrao no crescimento populacional, possibilitando a construo de hipteses de

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    projeo mais seguras para reas de diferentes caractersticas e dimen-ses, simulando o mecanismo real de reproduo da populao.

    Esse mtodo parte da populao por idade e sexo no ano-base, que neste caso foi o total de pessoas residentes no Estado de So Paulo recensea-das pelo IBGE em 2010, e projeta-se a populao no perodo de cinco anos depois, em que cada grupo etrio quinquenal avanar cinco anos. O propsito reproduzir o mecanismo demogrfico de crescimento e a transformao da estrutura da populao por idade e sexo. Acompanha--se desta forma cada coorte, aplicando-se as probabilidades de sobrevi-vncia e de migrao. O contingente de zero a quatro anos corresponder aos sobreviventes nascidos durante o perodo quinquenal anterior, proje-tados a partir das taxas de fecundidade aplicadas populao feminina em idade reprodutiva.

    Para adotar a metodologia dos componentes demogrficos necess-rio elaborar hipteses de comportamento para cada perodo quinquenal compreendido at o horizonte a ser projetado, que no presente estudo foi o ano de 2050. Assim, para a fecundidade projeta-se o nmero mdio de filhos por mulher e as respectivas taxas de fecundidade por idade no pe-rodo reprodutivo. Para a mortalidade, os parmetros so a esperana de vida ao nascer por sexo e as probabilidades de morte por idade e sexo. J para a migrao, constroem-se indicadores para o nvel, que dado pela taxa anual de migrao, e para o padro, composto por taxas migratrias por idade e sexo.

    A elaborao de hipteses sobre o comportamento futuro das variveis demogrficas torna-se tarefa complexa, quando se pretende ir mais alm da simples extrapolao matemtica de tendncias observadas. Mui-to mais do que a aplicao de mtodos quantitativos, o estabelecimen-to dessas hipteses representa trabalho de reflexo e sntese sobre os possveis rumos do crescimento populacional e das transformaes na estrutura por idade e sexo.

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    Como tem sido e como ser o crescimento da populao paulista?

    Com as estatsticas do registro civil produzidas pela Fundao Seade e a populao recenseada a cada dez anos pelo IBGE, possvel distinguir, em dado perodo de tempo, as participaes na dinmica demogrfica do Estado de So Paulo do saldo vegetativo (estimado pela diferena entre nascimentos e bitos) e do saldo migratrio (estimado pela diferena en-tre a variao populacional e o saldo vegetativo).

    As projees elaboradas no Seade, com a adoo da metodologia dos componentes demogrficos, sinalizam alm do volume da populao por idade e sexo, tambm o nmero mdio esperado para os nascimentos e os bitos, em cada perodo projetado, permitindo assim estimar os saldos vegetativo e migratrio no futuro.

    A anlise da evoluo da populao paulista de 1950 a 2050, desagre-gada nos componentes vegetativo e migratrio, reunindo os indicadores observados at 2010 e aqueles esperados pelas projees at 2050, evi-dencia a relao de cada componente no crescimento populacional do Estado de So Paulo e revela as mudanas ocorridas nestes cem anos.

    A Tabela 1 apresenta a evoluo da populao, no perodo de cem anos, e de seus componentes demogrficos estimados com base nas estatsticas do registro civil at 2010 e nas projees at 2050, ambas produzidas no Seade. J o Grfico 1 ilustra, de forma resumida, tanto em termos de vo-lume como de taxas anuais de crescimento, as populaes recenseadas pelo IBGE e as projees da Fundao Seade, apontando que em 2040 o Estado dever atingir o patamar numrico mximo, com 48 milhes de habitantes, e at 2050 sua taxa de crescimento dever tornar-se negativa.

    A populao do Estado de So Paulo cresceu a taxas anuais elevadas entre os anos 1950 e 1980, superando 3%. Na dcada de 1970, o saldo migratrio respondeu por 42% do crescimento populacional, a maior par-ticipao registrada. Chama ateno a expressiva queda ocorrida na d-cada seguinte, quando o componente migratrio se reduz a quase 10% do crescimento absoluto. Apesar da recuperao verificada nos anos 1990, novo decrscimo ocorre na primeira dcada do sculo XXI.

    A tendncia projetada at 2050, para o componente migratrio, dever manter a participao no crescimento absoluto decenal prxima a 10% at 2040, com reduo gradual de seu quantitativo.

    Por outro lado, o saldo vegetativo sempre registrou o maior peso nesse crescimento, mesmo nas dcadas em que o saldo migratrio do Estado era relevante. A partir da dcada de 1980, quando numericamente alcan-a o patamar mximo, o volume do saldo vegetativo passa progressiva-mente a diminuir, apesar do aumento de sua participao no crescimento da populao residente no Estado.

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    tabela 1Evoluo da populao segundo seus componentes

    Estado de So Paulo 1950-2050

    AnosPopulao censitria

    Crescimento absoluto

    anual

    Saldo vegetativo

    anual

    Saldo migratrio

    anual

    Proporo dos componentes (%)

    Taxas de crescimento

    anual (%)Vegetativo Migratrio

    1950 9.127.911384.679 269.149 115.530 69,97 30,03 3,58

    1960 12.974.699475.698 337.221 138.477 70,89 29,11 3,17

    1970 17.731.679722.156 418.559 303.597 57,96 42,04 3,48

    1980 24.953.238589.367 530.831 58.536 90,07 9,93 2,12

    1991 31.436.273615.345 467.902 147.443 76,04 23,96 1,82

    2000 36.974.378424.931 377.666 47.265 88,88 11,12 1,09

    2010 41.223.683341.622 305.067 36.555 89,30 10,70 0,80

    2020 44.639.899218.564 198.684 19.880 90,90 9,10 0,48

    2030 46.825.54080.372 70.385 9.987 87,57 12,43 0,17

    2040 47.629.261-42.584 -46.542 3.958 - - -0,09

    2050 47.203.417Fonte: Fundao Seade.Nota: As populaes relativas aos Censos Demogrficos realizados pelo IBGE, de 1950 a 2010, foram ajustadas para 01 de julho de cada ano.

    Grfico 1Populao e taxas anuais de crescimento

    Estado de So Paulo 1950-2050

    Fonte: Fundao Seade.

    913

    18

    31

    3741

    45 4748 47

    -1,0

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    1,0

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    3,0

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    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

    Populao (em milhes) Taxa anual de crescimento (%)

    Em milhes Em %

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    No perodo de projeo espera-se que o componente vegetativo seja o principal fator a explicar as mudanas no contingente populacional, res-pondendo por praticamente 90% dessas variaes at 2040. Por outro lado, intensifica-se ao longo do tempo a sua reduo numrica, que deve-r apresentar valores negativos na ltima dcada projetada.

    O Grfico 2 descreve com bastante clareza a evoluo dos pesos relati-vos dos componentes vegetativo e migratrio no crescimento populacio-nal do Estado de So Paulo, entre 1950 e 2040. Ressalte-se que a ltima dcada projetada no aparece neste grfico devido ao sinal negativo do componente vegetativo.

    Para entender a queda numrica revelada para o componente vegetativo a partir de 1980, preciso acompanhar a tendncia observada para a fecundidade e a mortalidade, contemplando a consequente evoluo do nmero de nascimentos e bitos registrados no Estado.

    A fecundidade no Estado de So Paulo reduziu-se pela metade entre 1980 e 2010, ao passar de 3,43 filhos por mulher para 1,68 filho. Entre 1980 e 1990 houve decrscimo de um filho neste indicador; ele permanece prati-camente estvel na dcada seguinte e retoma a tendncia de queda nos anos 2000, para ento se estabilizar novamente at 2016 (YAZAKI,2011). Como consequncia, a queda observada no nvel da fecundidade rever-teu-se em nmeros cada vez menores de nascimentos.

    Grfico 2Participao dos componentes vegetativo e migratrio

    no incremento da populaoEstado de So Paulo 1950-2040

    Fonte: Fundao Seade.

    Em %

    1950/60 1960/70 1970/80 1980/91 1991/00 2000/10 2010/20 2020/30 2030/40

    Migratrio Vegetativo

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    70,0

    80,0

    90,0

    100,0

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    Quanto mortalidade, o indicador esperana de vida mostra que houve aumento de nove anos na vida mdia da populao paulista entre 1980 e 2016, passando de 66,67 anos, para 75,84 anos (FERREIRA e CAS-TIEIRAS, 2015). O nmero de bitos gerais cresceu em todo o pero-do analisado, apesar do nvel da mortalidade ter-se reduzido de forma expressiva em todas as idades, em especial nas primeiras. A taxa de mortalidade infantil diminuiu de 50,9 bitos de menores de um ano por mil nascidos vivos em 1980, para 10,9 por mil em 2016. Tal reduo foi decisiva no destacado aumento da esperana de vida ao nascer. Alm disso, o processo de envelhecimento pelo qual passa a populao pau-lista tambm influenciou o acrscimo no volume de bitos.

    A resultante do comportamento da fecundidade e da mortalidade foi um saldo vegetativo progressivamente menor neste perodo.

    O Grfico 3 apresenta a tendncia decrescente do nmero mdio de fi-lhos por mulher e o aumento gradativo da esperana de vida ao nascer da populao residente no Estado de So Paulo, entre 1980 e 2016. J o Grfico 4 apresenta a evoluo do volume de nascimentos e bi-tos e a estimativa do saldo vegetativo no Estado de So Paulo, nesse mesmo perodo.

    Grfico 3Taxa de fecundidade total e esperana de vida ao nascer

    Estado de So Paulo 1980-2016

    Fonte: Fundao Seade.

    66,67

    69,19

    71,58

    75,0475,84

    66,00

    68,00

    70,00

    72,00

    74,00

    76,00

    78,00

    1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020

    e0

    3,43

    2,332,13

    1,68 1,68

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    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

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    3,50

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    1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020

    No mdio de filhos

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    O que sustenta a suposio de diminuio da populao at meados do sculo XXI?

    Os resultados obtidos pelas projees de populao para o Estado de So Paulo j foram tema de diversos artigos publicados pela Fundao Seade, em especial na srie SP Demogrfico.

    No presente estudo, a reflexo conduzida no sentido de reforar os elementos demogrficos que sustentam a expectativa de que o decrsci-mo populacional esperado no Estado de So Paulo mais uma certeza do que uma suposio. Pode haver certa impreciso em fixar uma data exata para essa ocorrncia, mas todos os indicadores sinalizam nesta direo: a populao residente no Estado apresentar reduo de seu volume at meados deste sculo.

    A fecundidade da mulher paulista j se situa em patamar bastante baixo, inferior ao nvel de reposio populacional1 desde os anos 2000. O nmero mdio de filhos por mulher no Estado era de 1,68 filho, em 2016, e a hipte-se formulada foi de reduo diminuta desse indicador no futuro, chegando a 1,5 filho em 2050. Acredita-se que dificilmente tal tendncia se reverter no futuro prximo. Pode acontecer de a fecundidade registrar velocidade de queda ainda mais lenta, desacelerando a ocorrncia de volumes cada vez menores de nascimentos, ou velocidade mais rpida, atingindo esses

    Grfico 4Nascidos vivos, bitos gerais e saldo vegetativo

    Estado de So Paulo 1980-2016

    Fonte: Fundao Seade.

    0

    100.000

    200.000

    300.000

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    1980

    1981

    1982

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    1984

    1985

    1986

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    2016

    Nascidos vivos bitos gerais Saldo vegetativoNos absolutos

    1. Nvel de reposio corresponde ao nmero mdio de filhos por mulher que garante que a populao de uma regio se mantenha estvel. estimado em 2,1: duas crianas para substi-tuir o casal e uma frao adicional para compensar aquelas que morrerem mais precocemente.

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    valores mnimos com maior brevidade. No passado, j foram observadas descontinuidades com aumentos e redues do nvel da fecundidade da mulher paulista, mas at o momento a tendncia foi sempre de queda.

    Por outro lado, o progresso observado e esperado para os nveis de mor-talidade tende a ampliar a vida mdia da populao e o processo de en-velhecimento a elevar o nmero de bitos. Em 2016, a esperana de vida da populao paulista era de 75,8 anos e espera-se que no horizonte da projeo seja de 81,7 anos. Semelhante fecundidade, a mortalidade tambm pode registrar defasagem para mais ou para menos, dependen-do da composio e/ou evoluo das diferentes causas de morte que inci-dem sobre os habitantes residentes no Estado de So Paulo. Contudo, o comportamento mais provvel de ampliao, ainda que possa ser lenta, da vida mdia de sua populao.

    Acredita-se, tambm, que o saldo migratrio no voltar a registrar ele-vados valores e pesos relativos na dinmica demogrfica paulista como acontecia no passado. Os determinantes relativos mobilidade popula-cional so complexos e entre os fatores que embasaram a hiptese for-mulada na projeo possvel citar, por exemplo, a reduo da fecundi-dade registrada em todo o pas que fez com que a migrao de famlias numerosas no seja mais esperada nos dias atuais; a existncia de novos polos de atrao da populao no territrio brasileiro, que representam outras opes para as pessoas que pensam ou precisam sair de suas regies; os elevados custos de vida e de moradia que podem impactar negativamente a atrao populacional para determinadas regies, entre outros (PERILLO; ARANHA, 2011).

    O principal indicador que corrobora a expectativa de decrscimo popu-lacional no futuro a tendncia provvel do nmero de nascimentos e bitos resultante das hipteses de comportamento elaboradas para os componentes demogrficos paulistas.

    O previsto a retrao no volume de nascimentos e aumento no nmero de bitos, de modo que por volta do quinqunio 2040/2045 o segundo evento vital superar o primeiro. Como consequncia, o saldo vegetativo manter evoluo decrescente e se tornar negativo, com impacto direto no ritmo de crescimento populacional que tambm dever se tornar nega-tivo. Dificilmente o saldo migratrio conseguir reverter tal tendncia, pois o saldo vegetativo ser numericamente cada vez mais negativo e seria preciso contar com contingente migratrio bastante expressivo e crescen-te, o que no se espera no futuro.

    A superao do volume de bitos pelo de nascimentos pode acontecer em momento mais prximo ou mais distante no futuro, mas certamente ocorrer na populao residente no Estado de So Paulo.

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    O Grfico 5 revela a expectativa futura para o nmero de nascimentos e bitos resultante das hipteses elaboradas pela Fundao Seade, nas projees demogrficas do Estado at 2050.

    A interao dos componentes demogrficos fecundidade, mortalidade e migrao, ao longo desses anos, modificou sensivelmente a distribui-o etria da populao paulista. Indicador importante para avaliar as alteraes observadas e esperadas nesse padro a idade mdia de seus habitantes. No Estado de So Paulo, a populao tinha em mdia 24 anos em 1950, atinge 30 anos em 2000, e projeta-se que alcance 44 anos em 2050, passando de um padro de populao muito jovem, para outro de populao jovem adulta.

    Interessante notar que o acrscimo verificado na idade mdia da popu-lao paulista entre 1950 e 2000 foi de 6 anos, enquanto na primeira metade do sculo XXI o aumento ser bem maior: 14 anos.

    O Grfico 6 apresenta a tendncia da idade mdia observada e espe-rada para as pessoas residentes no Estado de So Paulo, entre 1950 e 2050.

    Grfico 5Nascimentos e bitos gerais esperados

    Estado de So Paulo 2010-2050

    Fonte: Estatsticas do Registro Civil. Fundao Seade.

    0

    100.000

    200.000

    300.000

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    2010-2015 2015-2020 2020-2025 2025-2030 2030-2035 2035-2040 2040-2045 2045-2050

    Nascimentos bitos

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    Grfico 6Idade mdia da populao residenteEstado de So Paulo 1950-2050

    Fonte: Fundao Seade.

    E como dever ser a tendncia de crescimento nos municpios paulistas?

    O crescimento populacional esperado para o Estado de So Paulo, na verdade, resultado das tendncias especficas dos municpios que o compem, que registraram histrias e trajetrias distintas no passado e para os quais se esperam, no futuro, comportamentos diferenciados de seus componentes demogrficos.

    Avaliando-se apenas o sinal do crescimento, positivo ou negativo, entre 2000 e 2010, ltimo perodo conhecido pelos levantamentos censitrios, verifica-se que 541 municpios apresentavam taxas anuais de crescimen-to positivas, enquanto outros 104 registravam decrscimo populacional.

    A configurao municipal segundo os ritmos de crescimento esperados para a populao no futuro modifica-se totalmente no territrio paulista, aumentando gradualmente o conjunto composto por municpios com de-crscimos populacionais, de modo que no ltimo perodo de projeo, 2040/2050, devero ser 461 municpios nesta situao.

    Mais uma vez, para se entender como acontecem essas mudanas, preciso avaliar o comportamento dos componentes demogrficos que ocasionam esses diferenciados ritmos de crescimento, tanto no passado como na expectativa futura.

    Acompanhando-se, para cada ano, o nmero de nascidos vivos e bi-tos de residentes nos municpios paulistas, foi possvel estimar os saldos

    24,16 24,75 25,42 26,1028,07

    30,1533,51

    36,2639,25

    41,9644,10

    1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2020 2030 2040 2050

    Idade (em anos)

  • 12ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    vegetativo e migratrio. Entre 2000 e 2010, foram encontrados apenas trs municpios com saldos vegetativos negativos: Floreal, Santana da Ponte Pensa e Turmalina, todos no extremo noroeste do Estado. Eles registraram volumes de bitos e de nascimentos quase idnticos, mas as diferenas resultaram negativas e prximas da unidade. Assim, nesse perodo, possvel afirmar que o sinal das taxas de crescimento popula-cional, para todos os municpios do Estado, foi determinado pelo compo-nente migratrio.

    J na primeira dcada projetada, a quantidade de municpios a exibir sal-do vegetativo negativo passou a 27, aumentando gradativamente at to-talizar 494 municpios, entre 2040 e 2050. Desta forma, a configurao municipal a apresentar valores negativos para esse saldo deve mudar expressivamente nesse sculo. Acontece primeiro na parte norte e oeste do Estado, espraiando-se para o centro e finalmente atingindo os munic-pios a leste. Aqueles situados na rea mais ao sul, somados a pequeno nmero de municpios distribudos pelo territrio paulista, mantiveram-se positivos at o horizonte da projeo.

    Apesar de certa convergncia esperada para os nveis da fecundidade municipal, no presente e no futuro, o decrscimo no nmero de nasci-mentos tambm depende da distribuio da populao feminina em idade reprodutiva, que impe velocidades de reduo distintas. Tambm o au-mento no nmero de bitos est relacionado aos diferenciais de esperan-a de vida e da estrutura etria da populao de cada municpio. Assim, a mudana nos sinais esperados para o saldo vegetativo acontece de forma diferenciada em todo o territrio paulista.

    Quanto ao componente migratrio, entre 2000 e 2010 existiam 370 muni-cpios com taxas de migrao positivas e 275 negativas. A hiptese para esse componente, no perodo de projeo, considerou reduo para as taxas de migrao de todos os municpios, com velocidades distintas de-pendendo da regio administrativa a que pertencem, de modo que aque-les mais positivos diminuiriam de intensidade, enquanto aqueles mais ne-gativos apresentariam desacelerao tendendo a zero.

    A tendncia resultante para os saldos migratrios municipais sinaliza que o nmero de municpios com taxas de migrao positiva dever aumentar progressivamente, chegando a 438 na dcada de 2040, ao passo que haver diminuio daqueles com saldo negativo, cujo nmero passar a 207. Apesar disso, as mudanas na distribuio municipal segundo o sinal do saldo migratrio sero pequenas, mantendo-se semelhante observa-da no incio do atual sculo.

    A resultante da interao diferenciada dos sinais para os saldos vege-tativo e migratrio definiu a configurao do crescimento da populao municipal no Estado de So Paulo esperada at o ano 2050.

  • 13ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    2000/2010 2010/2020

    2020/2030

    2040/2050

    2030/2040

    O Mapa 1 mostra como dever acontecer a troca de sinais, positivo e negativo, para as taxas de crescimento populacional dos municpios do Estado de So Paulo no horizonte da projeo. Por sua vez, o Mapa 2 apresenta a tendncia municipal do saldo vegetativo durante a primeira metade do sculo XXI, deixando evidente a resultante dos comportamen-tos diferenciados da fecundidade e da mortalidade em cada municpio paulista, que descrevem trajetrias, velocidades e intensidades distintas. O Mapa 3 mostra que a evoluo da distribuio municipal segundo o sinal do componente migratrio pouco deve se alterar entre 2000 e 2050.

    Mapa 1Taxas de crescimento populacional

    Municpios do Estado de So Paulo 2000-2050

    Fonte: Fundao Seade.

    2000/2010

    2010/2020

    2020/2030

    2030/2040

    2040/2050

    Negativas 104 110 134 265 461

    Positivas 541 535 511 380 184

  • 14ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    Mapa 2Saldo vegetativo

    Municpios do Estado de So Paulo 2000-2050

    Fonte: Fundao Seade.

    2000/2010 2010/2020

    2020/2030

    2040/2050

    2030/2040

    2000/2010

    2010/2020

    2020/2030

    2030/2040

    2040/2050

    Negativos 3 27 92 277 494

    Positivos 642 618 553 368 151

  • 15ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    Mapa 3Saldo migratrio

    Municpios do Estado de So Paulo 2000-2050

    Fonte: Fundao Seade.

    2000/2010 2010/2020

    2020/2030

    2040/2050

    2030/2040

    2000/2010

    2010/2020

    2020/2030

    2030/2040

    2040/2050

    Negativos 275 265 262 246 207

    Positivos 370 380 383 399 438

  • 16ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    A anlise dos municpios segundo classes de tamanho populacional reve-la que o Estado de So Paulo composto, em sua maioria, por municpios pequenos de at 50 mil habitantes: em 2010 eram 522 municpios, que respondiam por 17,2% da populao estadual. No horizonte da projeo, esse nmero dever reduzir um pouco, passando a 500 municpios, que concentraro 14,2% do total populacional.

    Na classe de tamanho intermediria, haver aumento no nmero de mu-nicpios. Na faixa entre 50 e 100 mil, havia 48 municpios em 2010, e pas-sar a 60 em 2050, ao passo que na faixa entre 100 e 500 mil habitantes o nmero aumentar de 66 municpios, para 75 no mesmo perodo.

    Os municpios maiores, com mais de 500 mil habitantes, excetuando-se a capital do Estado, devero permanecer em nmero reduzido at o ho-rizonte de projeo. Eram oito em 2010 e concentravam 15,1% do total populacional. J em 2050 esse panorama quase no se alterar: sero nove municpios com tal contingente, que respondero por 16,2% da po-pulao paulista.

    O municpio de So Paulo extrapola em muito o tamanho populacional de todos os demais municpios do Estado. Em 2010, a capital contava com 11,2 milhes de habitantes e a previso para 2050 de que sua po-pulao atinja 12,2 milhes de habitantes, que representa um quarto da populao estadual.

    A Tabela 2 apresenta a distribuio dos municpios segundo classes de tamanho da populao, em 2010 e 2050, apontando o nmero de muni-cpios pertencentes a cada classe e a respectiva participao na popula-o total de residentes no Estado de So Paulo. Por sua vez, o Mapa 4 apresenta a distribuio espacial dos municpios segundo essas classes de tamanho, indicando que a configurao estadual permanecer pratica-mente inalterada nesse perodo.

    Tabela 2Municpios por classes de tamanho da populao

    Estado de So Paulo - 2010-2050

    Classes de tamanhoda populao

    2010 2050No de

    municpiosPopulao

    totalParticipao

    (%)No de

    municpiosPopulao

    totalParticipao

    (%)

    Estado de So Paulo 645 41.223.683 100,0 645 47.203.417 100,0Municpio de So Paulo 1 11.245.983 27,3 1 12.205.291 25,9At 50.000 hab. 522 7.079.226 17,2 500 6.707.775 14,2De 50.000 a 100.000 hab. 48 3.348.829 8,1 60 4.042.811 8,6De 100.000 a 500.000 hab. 66 13.323.472 32,3 75 16.620.698 35,2Mais de 500.000 hab. 8 6.226.173 15,1 9 7.626.842 16,2Fonte: Fundao Seade.

  • 17ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    O que significam essas mudanas?

    As projees demogrficas realizadas pela Fundao Seade possuem carter de sinalizador de cenrios para a trajetria de crescimento da po-pulao do Estado de So Paulo, suas regies e municpios, na perspecti-va de antecipar mudanas que podem ocorrer caso as hipteses elabora-das no momento de sua realizao realmente aconteam. Dessa forma, o poder pblico e demais agentes sociais passam a contar com instrumento valioso para orientao de suas aes. Torna possvel, inclusive a adoo de medidas visando modificar rumos que no sejam favorveis aos seus habitantes.

    O volume da populao projetado indica a ordem de grandeza esperada para os habitantes de determinada localidade e no deve ser considerado como uma verdade absoluta, pois os fatores que incidem e condicionam a trajetria de crescimento populacional no so determinsticos, podendo no resultar exatamente no volume previsto devido a mudanas no com-portamento dos componentes demogrficos especficos.

    Diversos so os condicionantes na deciso dos casais na hora de terem filhos, sendo que o padro atualmente mais comum nmero cada vez menor de filhos por mulher. A perspectiva de crescimento econmico es-tvel, ou de melhora, pode incidir na manuteno ou at certo aumento nas taxas de fecundidade, enquanto em momentos de incerteza h maior propenso ao adiamento dos planos de ter filhos.

    Mapa 4Municpios por classes de tamanho de populao

    Estado de So Paulo 2010-2050

    Fonte: Fundao Seade.

    Classes de tamanho At 10.000 hab. De 10.000 a 50.000 hab. De 50.000 a 100.000 hab. De 100.000 a 500.000 hab. Mais de 500.000 hab.

    2010 2050

  • 18ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    A fecundidade estimada para o Estado de So Paulo no perodo 2010/2015 situa-se mais prxima do nvel europeu, que segundo as Naes Unidas2 era de 1,60 filho por mulher.

    Interessante constatar que so esperados 20,216 milhes de nascimen-tos entre 2010 e 2050, o que significa dizer que essas crianas represen-taro quase metade dos habitantes esperados no Estado de So Paulo na metade deste sculo!

    A interao entre as probabilidades de sobrevivncia das crianas nas-cidas no Estado e as respectivas taxas de migrao, ambas projetadas para este contingente, resultaro em volume projetado de 20,574 milhes de pessoas com at 40 anos de idade em 2050 (43% da populao total). Tais nascimentos rejuvenescem a idade mdia da populao, que neste ano ainda ser majoritariamente jovem adulta, com 44 anos.

    Interessante observar que os jovens com idades entre 15 e 39 anos, que nascero no perodo de projeo, representaro quase a metade (47%) da populao em idade potencialmente ativa em 2050, considera-da entre 15 e 64 anos. A pirmide etria da populao paulista projetada para esse ano, apresentada no Grfico 7, mostra que os residentes no Estado contaro com relevante parcela de pessoas nascidas entre 2010 e 2050.

    2. United Nations, World Population Prospects: The 2017 Revision.

    Grfico 7Pirmide etria do Estado de So Paulo em 2050

    Fonte: Fundao Seade.

    01234560 a 45 a 9

    10 a 1415 a 1920 a 2425 a 2930 a 3435 a 3940 a 4445 a 4950 a 5455 a 5960 a 6465 a 6970 a 7475 a 7980 a 8485 a 8990 a 9495 a 99100 e +

    Homens

    %0 1 2 3 4 5 6

    Mulheres

    %

  • 19ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    Investir nos jovens que nascero nesse perodo, proporcionando-lhes me-lhores condies de educao e sade, significa renovao imprescind-vel para garantir um futuro promissor para todos os habitantes do Estado de So Paulo. Considerando as inovaes tecnolgicas que sero desen-volvidas no futuro e que incidiro diretamente no rendimento da produo e nas condies de novos postos de trabalho, o investimento intensivo no contingente dos novos trabalhadores torna-se objetivo primordial a ser perseguido e alcanado por toda a populao.

    O contingente populacional com mais de 65 anos, por sua vez, passar a concentrar quase 23% dos residentes no Estado de So Paulo, em 2050. Esse conjunto de indivduos fruto de geraes passadas numericamen-te maiores, tendo sido beneficiado pelos avanos na rea da sade, que resultou em reduo dos riscos de morte e aumento da vida mdia. Nesse horizonte, a expectativa de vida da populao do Estado alcanar o pa-tamar de 81,7 anos.

    Interessante observar que as geraes de nascidos a partir da dcada de 1980 tm sido cada vez menores, de modo que a ampliao do contin-gente de idosos dever ser menos acelerada no futuro, tendendo a maior equilbrio entre os diferentes grupos etrios da populao.

    O olhar demogrfico sobre os nmeros da populao permite conhecer e interpretar seu processo dinmico, trazendo subsdios valiosos para pre-parar o futuro de uma regio. O presente artigo espera contribuir com esse desafio no Estado de So Paulo.

    Bibliografia

    FERREIRA, C.E.C.; CAPASSI, R. A inverso da pirmide etria paulista. SP De-mogrfico, So Paulo, Fundao Seade, ano 10, n. 3, abr. 2010.

    FERREIRA, C.E.C.; CASTIEIRAS, L.L. Sobrevivncia e esperana de vida em So Paulo. 1a Anlise, So Paulo, Fundao Seade, n.18, jul. 2015.

    FUNDAO SEADE. Informaes dos Municpios Paulistas. Disponvel em: .

    ________. Sistema de Microdados do Registro Civil. Disponvel em: .

    ________. Sistema Seade de Projees Populacionais. Disponvel em: .

    IBGE. Censos demogrficos de 1950 a 2010. Disponvel em: .

    PERILLO, S.; ARANHA, V.J. Informaes recentes revelam reduo da migrao no Estado de So Paulo e em suas regies metropolitanas. SP Demogrfico, So Paulo, Fundao Seade, ano 11, n. 3, abr. 2011.

    TEIXEIRA, M.L. et al. Populao do Estado de So Paulo atingir 43 milhes de residentes em maio de 2015. SP Demogrfico, So Paulo, Fundao Seade, ano 15, n. 3, maio 2015.

  • 20ano 15, n. 2, abr. 2015

    ano 18, n. 4 novembro 2018

    WALDVOGEL, B.C. et al. Mudanas nos componentes da dinmica demogrfica. SP Demogrfico, So Paulo, Fundao Seade, ano 12, n. 3, out. 2012.

    _______ . A populao regional paulista em perspectiva histrica: projees de-mogrficas at 2050. SP Demogrfico, So Paulo, Fundao Seade, ano 17, n. 1, mar. 2017.

    YAZAKI, L.M. Fecundidade continua em queda em So Paulo. SP Demogrfico, So Paulo, Fundao Seade, ano 11, n. 6, ago. 2011.

  • NOTA AOS COLABORADORES

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    A srie SP Demogrfico, iniciada em 1998, procura veicular os principais indicadores demo-grficos do Estado de So Paulo, de suas regies, municpios e distritos da capital, com nfase na anlise das projees populacionais e das Estatsticas do Registro Civil, produzidas pela Fundao Seade.

    Coordenao e edio: Bernadette Cunha Waldvogel

    Corpo editorial: Bernadette Cunha Waldvogel; Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira; Margareth Izumi Watanabe; Osvaldo Guizzardi Filho; Sarah Maria Monteiro dos Santos.

    Autores deste nmero: Bernadette Cunha Waldvogel, Rosana Capassi e Lilian Cristina Correia Morais

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