QUERUBISMO Ana Paula Queiróz de Pádua Patrícia Tavares Pereira de Sousa Renata Cristina de Deus...

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QUERUBISMO Ana Paula Queiróz de Pádua Patrícia Tavares Pereira de Sousa Renata Cristina de Deus Domingues

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QUERUBISMO

Ana Paula Queiróz de Pádua

Patrícia Tavares Pereira de Sousa

Renata Cristina de Deus Domingues

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Sinonímia

Displasia fibrosa familiar dos maxilares, displasia fibrosa juvenil disseminada, displasia fibrosa hereditária dos maxilares.

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Querubismo é uma lesão fibro-óssea hereditária não neoplásica, histologicamente semelhante ao granuloma de célula gigante da mandíbula, que compromete a mandíbula e a maxila de crianças, bilateral e simetricamente, produzindo uma aparência querubínica.

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A doença foi descrita primeiro em 1933 por Jones e denominada de doença multilocular familiar da mandíbula, porém depois que a sua natureza cística foi invalidada, passaram a usar o termo “querubismo”.

Entretanto,este é inapropriado, já que as crianças com esta enfermidade apresentam-se com as características faciais de um anjo barroco e não de um querubim clássico, com a face infantil de bochechas cheias.

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Genética

É uma doença benigna rara, com herança autossômica dominante, embora um número significante de casos parece ocorrer por mutação espontânea.

Aparentemente há uma penetrância de 100% em meninos e somente 50% a 70% em meninas, acompanhando-se de expressividade variável.

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Histopatologia

A avaliação histopatológica evidencia proliferação de tecido conjuntivo fibroso contendo numerosas células gigantes multinucleadas.

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Características clínicasExpansão facial bilateral (entre 1 e meio e 4 anos de idade), podendo afetar mandíbula e/ou maxila;Deslocamento dos olhos, quando afeta maxila;Hipertelorismo ocularPalato aumentadoEsfoliação precoce dos dentes decíduos;Alterações na dentição permanente como anodentia, dentes defeituosos, deslocamento dentário e dentes inclusos.

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A condição tende a diminuir á medida que o indivíduo atinge a puberdade e está praticamente ausente na fase adulta.

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Freqüência

Desde a sua primeira descrição em 1933, cerca de 200 casos de querubismo foram relatados na literatura. Os sinais aparecem por volta dos 2 ao 7 anos A freqüência da doença em mulheres é maior, cerca de 65%

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Relato de Caso

E.F.S., 3 anos, natural de São Paulo, capital. Q.D.: deformidade no rosto há um ano e meio. H.P.M.A.: refere a mãe que desde os dezoito meses de idade começou a notar deformidade na mandíbula de caráter progressivo, que depois estendeu-se para a região de maxilares e céu da boca (SIC).

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Concomitantemente, dificuldade respiratória e de alimentação, pois não conseguia mastigar.

Há uma semana purgação no ouvido direito.

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A.F. - mãe quando jovem tinha proeminência nas bochechas (SIC).Refere também ter irmão e uma irmã com a doença, assim como dois outros filhos com quadro semelhante ao do paciente, porém menos intenso.

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Exame físico objetivo

Deformidade facial de maxilares e de mandíbula às custas de abaulamento difuso e de consistência firme, com desvio do olhar para cima .

Nariz : afastamento dos ossos próprios com selamento do dorso. Secreção mucóide em ambas as fossas nasais.

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Boca: sempre aberta, com palato ogival, tendo abaulamento firme junto ao rebordo alveolar superior, incluindo a região gengivo - labial bilateralmente. Protrusão dos dentes superiores com amolecimento de alguns, inclusive na arcada inferior.

Ouvido : direito, com perfuração central e com secreção purulenta no meato acústico externo.

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O exame físico evidenciou deformidade facial caracterizada por aumento bilateral e assimétrico das bochechas e infra-orbital, mais acentuada à direita. Notava-se ainda elevação do globo ocular direito em relação ao lado contralateral. Não havia perda visual ou alteração de movimentos oculares. Não foram observados casos semelhantes na família.

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As crianças acometidas são normais ao nascimento e permanecem sem alterações clínicas e radiológicas até 14 meses a três anos de idade, quando se inicia o aumento simétrico mandibular. O crescimento ósseo torna-se autolimitado numa idade de cinco anos e cessa de 12 a 15 anos. Na puberdade as lesões começam a regredir.

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O remodelamento mandibular permanece pela terceira década de vida e ao final desta a anormalidade clínica pode ser sutil Os sinais e sintomas dependem da gravidade desta condição, variando de clínico ou radiologicamente sutil até uma deformidade acentuada acometendo a mandíbula e maxila, podendo determinar obstrução respiratória e perda visual

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Bibliografia

Borges-Osório,M.R.; Robinson, W.M. – Genética Humana.2a ed. Editora Artmed,2201

www.scielo.br

www.rborl.org.br