Rádio em Revista nº6

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Rádio em Revista Edição Nº 6 - out/nov 2012 www.radioemrevista.com Distribuição gratuita e dirigida Publicação da Escola de Rádio www.radioemrevista.com OS 90 ANOS DO RÁDIO NO BRASIL Edição Especial

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Esta edição mostra um pouco da história do rádio nesses 90 anos, personalidades inesquecíveis e os indicados ao PREMIO ESCOLA DE RADIO 2012

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Edição Nº 6 - out/nov 2012

www.radioemrevista.com

Distribuição gratuita e dirigida

Publicação da Escola de Rádio

www.radioemrevista.com

OS 90 ANOS DO RÁDIO NO BRASIL

EdiçãoEspecial

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Dial FM RJ

88,5 Tribuna (Petrópolis)89,5 Rádio Globo 90,3 MPB FM 90,9 Rádio Mania91,1 Bradesco Esporte Fm91,7 Costa Verde (Itaguaí) 92,5 CBN 93,3 93 FM 94,1 Roquette Pinto 94,9 BandNews Fluminense95,7 SulAmérica Paradiso 96,5 Super Rádio Tupi 97,5 Rede Melodia 98,1 BEAT9898,9 MEC FM 99,9 JB FM 100,5 FM O Dia 101,1 Transamérica Pop 102,1 Rádio Mix 102,9 Jovem Pan103,7 Nativa 104,5 104,5105,1 Rede Aleluia 105,9 Faixa comunitária 106,3 UCP Petrópolis106,7 Catedral 107,1 107 FM107,9 Rádio Gospel

Dial AM RJ

540 Rádio Fluminense580 Nossa Rádio 630 Roquette Pinto 680 Copacabana 710 Sucesso 760 Manchete 800 MEC AM 830 Tropical860 CBN 900 Tamoio 940 Super Rádio Brasil990 Rádio Record1030 Capital 1060 Canção Nova 1090 Metropolitana 1130 Nacional 1180 Mundial AM1220 Rádio Globo 1280 Super Rádio Tupi1320 Rádio Difusora Boas Novas (Petrópolis) 1360 Bandeirantes1400 Rio de Janeiro 1440 Rádio Livre1480 Rádio Popular (Duque de Caxias) 1520 Rádio Continental 1560 Grande Rio (Itaguaí)

Dial Rio de Janeiro

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO

FACULDADES DE COMUNICAÇÃO

UNIVERSIDADES DE COMUNICAÇÃO

CENTROS CULTURAIS

RÁDIOS DO RIO DE JANEIRO

EVENTOS DE RÁDIO

ESCOLA DE RÁDIO

Dia

l RJ

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UMA PUBLICAÇÃO DA ESCOLA DE RÁDIO

diretoresCris Jobim e Ruy Jobim

editor/jornalista responsávelRoberto Moret

27849/RJ

revisor de textoBruno Menezes

colaboradoresBruno Filippo, Bruno Menezes,

Julyana Pollo e Maurício Menezes

diagramaçãoCris Jobim

distribuiçãoAllan Lima

impressãoWalPrint Gráfi ca e Editora

tiragem10.000 exemplares

contatoRua Pedro Américo, 147 lj ACatete | Rio de Janeiro | RJ

Tel.: (21) 3596-5794 [email protected]

www.radioemrevista.comredação

[email protected] para publicidade

[email protected]

rádio em revista é uma publicação bimestral da escola de rádio e circula gratuitamente na cidade do rio de janeiro.

as opiniões que aparecem nos artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.

Indíce02 Dial do Rio de Janeiro

04 Editorial

06 História - O Repórter Esso

07 Por Onde Anda? - Roberto Figueiredo

08 Microfone Aberto - Movimentação

10 Por Trás do Microfone - Nélio Bilate

12 Capa - Os 90 anos do Rádio no Brasil

18 Personalidade - Antônio Carlos

20 Gafes do Rádio - O Rádio Vai Acabar

22 Colunista Convidado - Bruno Filippo

24 História - Big Boy

26 Leandro Petersen - O DNA do Big Boy

28 Especial - O Prêmio Escola de Rádio

30 Especial - Os Indicados ao PER2012

32 Especial - A Comissão Julgadora do PER2012

33 Rádio Mural - Os Indicados ao PER2012

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Siga no facebook /radioemrevista

Patrocínio

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Para esta edição especial da

Rádio em Revista ficar pronta,

tivemos que mergulhar no

passado do Rádio. Lembramos

momentos tristes e outros tantos

alegres, mas o mais importante

é perceber que o Rádio continua

vivo e com várias opções de

futuro.

Chegamos aos 90 anos com

uma cara jovem e possibilidades

de estar nos celulares, na

internet, no satélite, no sistema

digital, que ao que parece,

finalmente chegará.

O mercado se envolve mais

uma vez com o Prêmio Escola

de Rádio, onde a premiação é

uma estratégia para encontrar

amigos e reclamar da rotina

que adoramos. O site -

radioemrevista.com - é um

sucesso, a credibilidade do rádio

subiu nas pesquisas e temos o

que comemorar. O perfil dos

Edito

rial

interessados em fazer os cursos

da Escola de Rádio tem mudado.

Deixaram de ser curiosos de

rádio e agora chegam com

disposição criativa para colher

no futuro uma profissão

promissora.

O Rádio pode ser mais que

tocar música e dar notícias.

Precisamos fazer alguma coisa

para mudar isso, não podemos

desanimar. Leia o bom texto do

Maurício Menezes e entenda a

“morte do rádio”. Leia também a

cronologia dos fatos marcantes

e entenda que o rádio está

espantando mosquitos! Leia

tudo!

Você esta com uma edição

especial da Rádio em Revista em

mãos. Pense no que você pode

fazer com sua criatividade. O

Rádio precisa de você: aluno,

professor, radialista, ouvinte e

crítico.●

Ruy Jobim

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Repórter Esso Testemunha ocular da história

Iniciado nos Estados Unidos, em

1935, O Repórter Esso chegou a 15 países

se tornando referência de informação.

No Brasil, foi transmitido pela primeira

vez em 28 de agosto de 1941, pela Rádio

Nacional, no Rio de Janeiro. A síntese

noticiosa conquistou a audiência brasileira

dando origem ao jargão: “Se não deu no

Esso, não aconteceu”.

Dia 28 de agosto de 1941, exatamente

às 12h55 foi a estreia do Repórter Esso, na

Rádio Nacional, do Rio de Janeiro.

Fanfarras e clarins compunham o

prefixo que ficaria famoso. O locutor da

primeira edição foi Romeu Fernandes,

que anunciou o ataque da RAF, a Real

Força Aérea britânica, à Normandia e

a inauguração do Palácio da Guerra, na

Praça da República, no Rio de Janeiro. O

rádio jornal – “o primeiro a dar as últimas”

– permaneceu no ar por 27 anos.

A partir de 1944, prosseguindo

até 1962, o locutor titular do Repórter

Esso foi Heron Domingues (nas fotos).

Tornou-se a fase áurea do noticioso,

que, aproveitando as novas técnicas

ditadas pela escola de comunicação

radiofônica dos Estados Unidos, trazia

notícia curtas e objetivas. A mesma

escola que nos deu o lead e o sublead

no noticiário da imprensa escrita.

Testemunha ocular da História

A última transmissão do Repórter

Esso¹, já sem a narração grave e solene

de Heron Domingues, ocorreu no dia

31 de dezembro de 1969. O locutor,

Roberto Figueiredo, começou a chorar

quando leu a última notícia daquele

dia. Era o fim do Repórter Esso,

testemunha ocular da história. ●

¹ Veja este vídeo no site da RR.

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Por onde anda?

RF: Sem nenhuma

dúvida foi o REPÓRTER

ESSO onde fui escolhido,

entre vários locutores como

sucessor do saudoso Heron

Domingues. Foram alguns

anos de glórias na minha

vida profissional, que até

hoje repercutem e me

deixam orgulhoso.

De qual fase sente mais

saudade?

RF: A passagem pelo Repórter Esso

e ao término dele ter conquistado, passo

a passo a condição de comunicador, líder

de audiência nos programas em que atuei

nos mais de 20 anos como contratado da

Rádio Globo.

O que mais mudou de ontem

para hoje?

RF: No plano pessoal posso dizer que

mudei de ativo para inativo. No plano

do veículo rádio, principalmente no AM,

infelizmente não temos a mesma força do

passado, mas quem sabe agora com as

novas tecnologias? ●

Roberto Figueiredo

Como foi o começo?

RF: O meu começo foi

nos idos de 1953, onde fui

aprovado, no programa do

saudoso Ary Barroso, sendo

contratado pela Rádio Tupi do

RJ e na semana seguinte da

minha contratação fui lançado

com intenso bombardeio de

jornais e rádios associados,

como o mais jovem animador

do rádio carioca num programa de

grande sucesso da época chamado “Rádio

Sequência G3” comandado posteriormente

por Paulo Gracindo, Aerton Perlingeiro

e no qual o nosso grande Silvio Santos

atuava como locutor comercial.

Este episódio alimentou a minha

fantasia de adolescente, pois tinha 17 anos e

foi também um dos fatos mais traumáticos

de minha trajetória profissional, pois

pressionado pela timidez diante de um

auditório superlotado entrei mudo e sai

calado.

Foi uma carreira de animador que

durou um programa.

Que trabalho mais o destacou na

profissão?

O último Repórter Esso

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Isabella Saes retorna ao Rádio,

vai comandar o programa “Tá na hora”,

de segunda a sexta às 17h, na MPB FM.

O talentoso ator Rodrigo

Sant’anna, conhecido do público no

Zorra Total da TV Globo, estreou

às terças à noite um programa na

BEAT98. Ele levou para o Rádio Os

Suburbanos, peça teatral de sucesso

que conta com suas famosas persona-

gens como Valéria Vasques e Adelaide,

por exemplo.

O humorista Marcelo Adnet e

o blogueiro Rica Perrone agora falam

de futebol com o locutor Paulo Beto,

todas às segunda, às 21h na BEAT98.

Alexandre Howoruski que

fazia a direção artística da Jovem Pan

Rio desde que ela chegou no dial do

Rio de Janeiro, passa o bastão para

Christovam Neumann, Howoruski fi ca

na direção artística da JB FM.

A Mix Rio FM, do grupo Dial

Brasil, será a Rádio ofi cial dos shows

de Lady Gaga e Madonna.

A Rádio SulAmérica Paradiso

(95,7 MHz) estreia um novo programa

em sua grade: “No estúdio com Roupa

Nova”, promove um encontro entre

os integrantes da banda e convidados

ligados à música e personalidades,

quartas 21h.

A Rádio Roquette Pinto (94,1

fm) apresenta, a partir do dia 1º de

novembro, 15 horas, uma série especial

do “Agora No Ar”. Serão 4 programas

sobre o Festival Internacional da

Canção (FIC), sempre as quintas

feiras, com reapresentação aos

domingos. Apresentadas por Ricardo

Cravo Albin, pesquisador, e Marcelo

Fróes, produtor, as edições trazem

canções que marcaram a história

da música brasileira a partir da era

dos festivais (1966-1972), além de

fatos interessantes sobre as fases do

concurso realizadas no ginásio do

Maracanãzinho e transmitidas pela

tv. Intérpretes como Maysa, Nana

Caymmi e Tony Tornado; cantores

como Chico Buarque, Ivan Lins e

Alceu Valença são exemplos que

despontaram com o evento.

Rádio digital: governo promete,

decidir o padrão até dezembro.

Com base nos testes feitos até 2010

o então ministro Hélio Costa, apesar

de notório defensor do IBOC, esteve

prestes a se render ao DRM. Costa

acabou deixando a pasta sem uma

defi nição e o assunto só foi retomado

quando Paulo Bernardo assumiu o

Movimentação no Rádio [email protected]

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cargo – e o (novo) governo resolveu

recomeçar o processo.

O atual ministro também já indi-

cou sua preferência pelo IBOC.

VOCÊ SABIA?

O microfone surge através da

ampliação dos recursos do bocal do

telefone, conseguidos em 1920, nos

Estados Unidos, por engenheiros da

Westinghouse.

Foi a westinghouse que fez

nascer, meio por acaso, a radiofusão.

Ela fabricava aparelhos de rádio para

as tropas da Primeira Guerra Mundial

e com o término do confl ito fi cou

com um grande estoque de aparelhos

encalhados. A solução para evitar

o prejuízo foi instalar uma grande

antena no pátio da fábrica e transmitir

música para os habitantes do bairro.

Os aparelhos encalhados foram então

comercializados.

CURIOSIDADES DO RÁDIO

NO BRASIL

Foi ofi cialmente inaugurado em

7 de setembro de 1922.

A Instalação da primeira Rádio

de fato aconteceu em 20 de abril de

1923 com Roquete Pinto e Henry

Morize. Surgiu a Rádio Sociedade do

Rio de Janeiro. A programação da

emissora não era para massa e sim para

elite, com óperas, recitais de poesia,

concertos, palestras culturais etc. Os

ouvintes faziam doações fi nanceiras

para manter a Rádio no ar.

Anúncios eram proibidos.

O Decreto n. 21.111 de 01/03/32

autorizava destinar 10% de sua

programação a comerciais.

O erudito se torna popular. Contra-

tam-se artistas e produtores. Nos

anos 40 acontece a época de ouro do

Rádio.

Surge o Ibope, dia 13 de maio de

1942.

A primeira radio novela em 1942:

“Em busca da felicidade”

Esportes, radio jornalismo -

Repórter Esso...

O contexto da Primeira Guerra

Mundial e a Copa do Mundo marcaram

esta época do Rádio.

Chega um poderoso impulso: o

transistor, em 23/12/47 - deixa o rá-

dio portátil.

As FMs aparecem na década de

60 com muito mais qualidade sonora

e música clássica. ●

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Nélio Bilate, 77 anos,

carioca, morador da Ilha do

Governador. Casado, pai de três

filhos e uma vida profissional

que se mistura com a história

do Rádio no Brasil. Apaixonado

pelo que faz, Nélio Bilate está

há 41 anos no “ar” em uma

única emissora, a Super Rádio

Tupi. Profissional brilhante, humilde e

com muitas histórias para contar...

JP–Qual foi sua primeira

matéria?

NB: Minha primeira matéria foi

com o Zé da Bíblia. Um homem bem

vestido, com uma bíblia na mão,

que tocava a campainha da casa das

pessoas, se ajoelhava, rezava e pedia um

copo d’água. A pessoa abria a porta e ele

pegava uma arma escondida no fundo

falso da bíblia e rendia o morador,

levando dinheiro. Assim, ele foi fazendo

várias vítimas.

JP–Mas Nélio, esse foi o início

de muitas histórias...

NB: Ah, sim, eu entrevistei o pai do

menino Carlinhos, João Melo, suspeito

de ter participado do sequestro do

próprio filho. Outra reportagem de

destaque foi a do assassinato da filha

da autora Glória Perez, a atriz Daniella

Perez, morta pelo então ator Guilherme

de Pádua e a mulher dele Paula Thomaz.

A Rádio Tupi foi a única a entrevistar os

envolvidos no crime.

JP - Qual a estratégia usada

para conseguir a entrevista?

NB: O Guilherme não queria falar com

ninguém. Chegando na cela, ao invés

de chamá-lo de Guilherme de Pádua,

o tratei pelo nome do personagem na

novela, Bira, que era um motorista de

ônibus. Coloquei a mão no ombro dele

e disse: - “Bira, eu não acredito que

você fez isso. Minha filha adora você e

isso é sacanagem. Eu tenho certeza que

você jamais mataria a Daniella Perez”.

Acrescentei: - “Olha, amanhã eu vou

falar com a tua esposa, a Paula Thomaz,

que está na Polinter, em Niterói, quer

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Nélio Bilate - repórterJulyana Pollo

Jornalista e produtora

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Por Trás do Microfone

mandar uma mensagem pra ela?”.

Naquele negócio de mandar mensagem

eu comecei a fazer a reportagem. No

final, ele deixou a mensagem para

a esposa, que estava grávida de sete

meses.

JP - E como você conseguiu

falar com a Paula Thomaz?

NB: No dia seguinte eu fui até a

Polinter, em Niterói, para entrevistar

a Paula Thomaz. - “O senhor não me

leve a mal, mas eu não posso falar”.

Respondi que tinha uma mensagem

do Guilherme e perguntei se ela queria

escutar. Foi aí que soltei um trechinho

do recado e parei. Ela queria ouvir

mais. A minha condição foi que Paula

gravasse uma mensagem para ele

também. Ela topou e eu coloquei a

gravação para ela ouvir. Em seguida eu

fiz a reportagem com ela.

JP - Qual foi a reportagem

mais emocionante?

NB: Ah, foi com o Rei Roberto

Carlos quando ele foi destaque da

Unidos do Cabuçu. Ele era o enredo da

escola. Quando ele chegou à Praça da

Apoteose, eu saí correndo e pulei no

carvalhão, um equipamento de grande

porte, uma espécie de elevador, que foi

usado para tirá-lo do alto do carro. As

pessoas embaixo gritavam “maluco,

esse cara é maluco, você vai cair daí”. O

Roberto Carlos cercado de seguranças

seguiu para o camarote onde daria uma

coletiva. Foi quando eu furei o bloqueio

e o segurança me agarrou e rasgou um

pedaço da minha roupa. Gritei: - “Oooo

Roberto”. Ele viu meu desespero e

mandou que me soltassem. Falei para

segurança, você pode até quebrar

meu braço, mas entrega esse cartão

a ele. Minutos depois, a porta abriu e

o segurança me mandou entrar. Eu

fiquei emocionado quando ao final da

reportagem exclusiva, Roberto Carlos

me parabenizou pela garra. Disse que

a rádio estava de parabéns e que se

ele abrisse uma emissora eu estaria

convocado.

JP - E a experiência de ser

comunicador?

NB: O programa “A Um Passo da

Liberdade”, sob meu comando, ficou

no “ar” 10 anos, 1975 a 1985. O objetivo

era ajudar o preso que estava saindo

da cadeia, fazendo apelo de trabalho e

mostrando a importância da sociedade

no processo de recuperação para que o

indivíduo não retornasse para a vida do

crime.

JP– Qual recado você deixa

para os jovens profissionais

NB: Exerça a profissão com

vontade, conduza a matéria com

carinho e mostre que é um profissional.

Nunca agrida o entrevistado. Seja

humilde, a humildade esta acima de

tudo. E lembre-se: A reportagem mais

difícil é que é a boa! ●

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1883 - Do alto da Avenida Paulista,

o padre gaúcho Landell de Moura

realiza a primeira experiência radio-

telefônica no Brasil, transmitindo um

sinal de voz até o Morro de Santana

– uma distância de 8 quilômetros. O

experimento de Landell é considerado

o passo inicial do Rádio no País.

Década de 20

O fi m da Primeira Guerra

Mundial (1914-1918) leva a

tecnologia, antes de controle

expresso das Forças Armadas,

para a área comercial. David

Sarnoff, russo radicado nos

Estados Unidos, sugere a

concepção de uma caixa

receptora de música à Marconi

Company para a venda ao

público. A ideia não vinga, mas

estabelece um caminho futuro

para o desenvolvimento do rádio

como a primeira mídia eletrônica

de massa.

1922 – Em setembro de 1922,

quando o Brasil celebrava o centenário

de sua independência, uma feira

comemorativa, no Rio de Janeiro,

trouxe o que era o assunto do momento

nos Estados Unidos: a tecnologia da

radiodifusão e seus aparelhos. Uma

transmissão experimental foi realizada

direto do Teatro Municipal. O público

ouviu o pronunciamento do presidente

Epitácio Pessoa e a ópera o Guarani, de

Carlos Gomes. Seguem-se emissões de

música lírica, conferências e concertos,

captados pelos 80 aparelhos de rádio

distribuídos pela cidade. Após as

festividades, as transmissões são

interrompidas.

1923 – Roquette Pinto e Henrique

Morize criam a Rádio Sociedade do Rio

de Janeiro, que apresentava programas

educativos e culturais. Infl uenciadas

por ela, são fundadas rádios amadoras

em várias partes do país. Todas nascem

como clubes e sociedades e como a

legislação proibia a publicidade, são

sustentadas por seus associados.

1924 – É regulamentada a atual

faixa de Ondas Médias, compreendidas

entre 550 à 1550 KHz.

1927 – O advento das mesas

12

Cap

a OS 90 ANOS DO RÁDIO NO BRASIL

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Revista

Capade controle de som (que permitiam

que um toca-disco fosse executado

diretamente, sem a necessidade de

captação do áudio via microfone)

marca o início da era eletrônica do

rádio.

Década de 30

Com o golpe de Getúlio

Vargas o rádio foi utilizado

como propaganda do governo.

Neste período também surgiram

diversas rádios de notícias.

1930 – O rádio começava, aos

poucos, a se tornar um veículo mais

popular. Em São Paulo, porém, o valor

de um aparelho ainda correspondia a

quase um sexto da renda mensal de

uma família de classe média da época.

1931 – São vendidos os primeiros

receptores com o nome das estações no

dial. No mesmo ano foram inauguradas

as rádios: Record e América de São

Paulo.

1932 – O governo do presidente

Getúlio Vargas autoriza as inserções

publicitárias, inaugurando assim o

atual modelo de mídia comercial.

Na época, somente 10% da grade

poderia ser ocupada por comerciais

(atualmente, esse índice é de 25%).

Nesse mesmo ano, o governo também

passa a distribuir concessões de canais

a empresas privadas e a indivíduos.

- Waldo de Abreu cria os primeiros

anúncios de rádio no Esplêndido

Programa da Rádio Clube do Brasil

do Rio de Janeiro. Locutores paulistas

usam o rádio como instrumento

para conseguir a adesão popular à

Revolução Constitucionalista de 1932.

1934 – Algumas emissoras,

como a Philips, começam a explorar

os anúncios publicitários de outra

maneira. Os apresentadores Adhemar

Casé e Nássara criam os primeiros

modelos de jingles publicitários

(Padaria Bragança). É inaugurada a

Rádio Mayrink Veiga, que seria uma

das maiores emissoras do Rio de

Janeiro.

1935 – Getúlio Vargas cria A Voz

do Brasil que se mantem no ar até hoje.

1936 – Entra no ar a Rádio

Nacional, que seria a de maior sucesso

na chamada ‘Era de Ouro’ do meio no

Brasil. Responsável pelo lançamento

dos maiores nomes da música nacional

conquistou tanto sucesso que chegou

a ser utilizada pelo presidente Vargas

como ponto de apoio de sua campanha

política.

1937 - Assis Chateaubriand

inaugura a Rádio Tupi, uma das

maiores do Brasil.

1938 - Formação da primeira rede

nacional de rádios, a Rede Verde e

Amarela, liderada pelas Organizações

Byngton, realiza cobertura esportiva

pioneira de um Campeonato Mundial

de Futebol na França.

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apa 1939 - Começam as atividades

do Departamento de Imprensa e

Propaganda (DIP), órgão que tem,

entre outras finalidades, exercer

censura prévia sobre os programas

radiofônicos.

Década de 40

A partir da estatização

radiofônica implanta por Getúlio

Vargas no final da década de

30, o rádio sofreu mudanças

radicais. Neste período também

surgiram as primeiras redações

jornalísticas voltadas para o

rádio.

1940 - O governo do presidente

Getúlio Vargas estatiza a Rádio

Nacional do Rio de Janeiro. As

primeiras agências de publicidade

começam a atuar e os programas de

rádio recebem patrocinadores como

Coca-Cola, Gessy Lever, Colgate, Esso,

Goodyear, etc.

1941 – Entra no ar o Repórter

Esso, o primeiro programa de

jornalismo da história do rádio

brasileiro. Após a exibição de diversos

radio teatros, a Rádio Nacional veicula

a primeira radionovela do País: Em

Busca da Felicidade.

1944 – No Rio de Janeiro é

inaugurada a Rádio Globo.

1948 – Inicia-se a fase áurea

dos programas de auditório, na qual

nomes como Emilinha Borba, Marlene

e Dalva de Oliveira cativavam os

ouvidos e a imaginação dos ouvintes.

Década de 50

O início da década é marcado

pela chegada da televisão no

Brasil. Através da iniciativa

de Assis Chateaubriand,

proprietário do grupo Diários

Associados, entra ao ar no dia

19 de Setembro em São Paulo a

TV TUPI. A primeira emissora

televisiva do Brasil. Para

concorrer com o novo veículo, o

rádio teve que se transformar.

1951 – A radionovela O Direito de

Nascer se torna o primeiro fenômeno

de audiência do rádio brasileiro. A

Rádio Nacional ficou em destaque

com a exibição de 314 capítulos, que

mantiveram a novela no ar por mais de

três anos.

1955 – Primeira transmissão

experimental de rádio FM, pela Rádio

Imprensa do Rio de Janeiro, extinta

em dezembro de 2000.

Década de 60

Nos anos 60, o rádio adquiria

novas dimensões. Algumas

emissoras se dedicavam a

ouvintes de classe A com músicas

selecionadas, intercaladas com

noticiários políticos nacionais e

internacionais.

1960 - O primeiro programa

“Patrulha da Cidade” foi ao ar no dia

02 de janeiro de 1960. O jornalista

Afonso Soares, que criou o programa

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Capa

policial humorístico era quem lia as

notícias policiais em tópicos curtos,

sucintos e cheio de gírias de policiais

e bandidos. No início Afonso teve que

lutar com a direção da rádio por causa

dos termos ousados e avançadíssimos

para a época, mas conseguiu manter o

programa no ar.

1962 – É realizada a primeira

transmissão de rádio via satélite.

Em novembro é criada a Associação

Brasileira das Emissoras de Rádio e

Televisão (Abert).

1967 – É criado o Ministério das

Comunicações no dia 25 de fevereiro.

1969 – Chega ao fim a era do

Repórter Esso no rádio.

Década de 70

A ditatura militar assombrava

os veículos de comunicação

graças ao Ato Institucional 5. O

rádio não seria o único veículo a

se adaptar aos tempos militares.

A década consolidaria o Brasil

como País do Futebol com o

Tricampeonato mundial. E no

final da década, a população

vê os resultados da luta pela

democracia.

1970 - Ainda de forma tímida, as

emissoras de FM começam a se

instalar no País.

1972 - A Rádio Mundial

AM que se tornou a cara da zona sul

do Rio revelou um dos maiores disck-

jockeys da época, o inovador Big Boy

e seu “Alô crazy people”. Ao contrário

do que muitos imaginam Big Boy não

morreu de overdose, mas de uma crise

de asma. Não viu a transformação do

FM.

1975 - A Rádio Globo se consagra

nas transmissões de partidas de

futebol.

1977 - Inauguração da Rádio

Cidade FM, no Rio de Janeiro, líder

de audiência na década de 80. Nomes

como Eládio Sandoval, Fernando

Mansur, Romilson Luís, Paulo

Martins, Sérgio Luís e Jaguar fazem

escola em FM sob a coordenação de

Carlos Townsend. O mercado de rádio

jamais seria o mesmo.

1979 - O comunicador da Rádio

Globo AM, Waldir Vieira é campeão

de audiência nas tardes do Rio de

Janeiro com o programa “As Canções

do Roberto” e a “Carta da Vovó”. - No

auge da carreira, em novembro de

1985 – foi encontrado morto em um

motel devido a um vazamento de gás.

Década de 80

As rádios FM se consolidam

como o novo canal de rádio.

Graças a automação das

emissoras, é possível escutar

músicas 24 horas por dia.

1981 - Com o sucesso da Rádio

Cidade os locutores Eládio Sandoval

e Romilson Luis apostam na Rádio

Antena UM, que mais tarde seria

conhecida como a “Lite FM”.

Page 16: Rádio em Revista nº6

Rád

io e

m R

evis

taC

apa 1982 - A Rádio Fluminense FM,

mais conhecida como “Maldita”, criou

uma nova linguagem de locução nas

FMs. Era a Rádio Rock. Na época do

primeiro Rock in Rio, estava entre as

cinco mais ouvidas regularmente. Num

segmento mais informativo desponta a

Rádio Del Rey FM.

1985 - A Transamérica FM passa a

transmitir ao vivo para o Rio de Janeiro

com uma equipe jovem e criativa. O rock

nacional desponta. Com a coordenação

de Eduardo Andrews, locutores como

Adriana Riemer, Paulo Beto, Ruy

Jobim, Jairo Roberto e Carlos Alberto

despontam no mercado. Produção

de Cláudio Carneiro. Sonoplastia

de Renato Justino. DJ Marcelo

Mansur. Programação Musical com

Fernandinho e Sônia Freitas.

Década de 90

Marcada por grandes

acontecimentos, o rádio teve

participação nas coberturas de

grandes eventos como a Copa do

Mundo de 1998.

1990 - No Rio de Janeiro uma

Rádio se destaca no berço do rádio

brasileiro. Era a Rádio RPC FM da

Praça Mauá para a liderança na

audiência. Uma “rádio doida”, como

era conhecida.

1991 - Com o slogan “A rádio

que toca notícia”, o Sistema Globo de

Rádio inaugura a Central Brasileira de

Notícias (CBN-AM), com 24 horas de

informações.

1995 - Início da campanha pelo

fim da obrigatoriedade de transmissão

do programa oficial A Voz do Brasil.

A Igreja Católica forma a Igreja-Sat,

maior rádio do país.

1996 - Lançamento da CBN-FM

São Paulo, primeira rádio só de

notícias em frequência modulada. O

governo envia ao Congresso projeto

de lei que prevê a regulamentação do

funcionamento das rádios piratas.

1997 - O percentual de domicílios

brasileiros com aparelhos de rádio

chega a 90,3%, contra 84,9% em

1992, segundo o IBGE. Na Região

Sul, o índice é de 94,8%; na Sudeste,

94,3%; na Centro-Oeste, 87,2%; e na

Nordeste, 83,3%.

Século XXI

Desde 1922, o rádio teve que

se adaptar constantemente.

Do transistor às plataformas

móveis, o rádio completou

noventa anos em 22 de setembro

de 2012 e enfrenta um processo

de reinvenção.

2000 - Começam a ter destaque

as rádios virtuais pela internet. Entra

em atividade a RadioClick do Sistema

Globo de Rádio.

2004 - Inauguração do FM Hall

no Shopping Rio Sul no Rio de Janeiro.

As rádios Paradiso FM e Jovem Pan

são as primeiras a transmitir em fibra

ótica de estúdios envidraçados onde o

16

Page 17: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

17

Ccapa

público assiste ao trabalho dos locutores.

– A operadora de telefonia Oi dá

o passo inicial da nova era das rádios

customizadas, com a participação de

anunciantes que dão nome e estilo às

emissoras. Na sequência, surgiram

outros exemplos, como a Sul-América

Trânsito, Sulamérica Paradiso,

Mitsubishi FM, Fast 89, entre outras.

No ano em que o rádio comemora

83 anos de transmissão analógica no

Brasil, as principais emissoras do país

começam a testar a difusão digital de

sua programação. A tecnologia é testada

por parte das emissoras dos grupos

Eldorado, Bandeirantes, Jovem Pan,

RBS e Sistema Globo de Rádio.

2005 - Primeira rede em FM com

24 horas de notícias (BandNews).

- O Sistema Globo de Rádio tira do

ar a Globo FM com 32 anos de atividade

e põe em seu lugar a Rádio CBN que até

então estava em AM. A Rádio Globo FM

passa a transmitir pela internet, pela

SKY TV, Net Digital, para Curitiba em

93,9 e Maringá em 97,9 Mhz.

– Comemorando os 84 anos do

rádio no Brasil, inicia-se no país em 26

de setembro as primeiras transmissões

de rádio no sistema digital, tecnologia

que está apenas “aterrissando”.

2006- A Rádio Cidade FM do Rio

de Janeiro sai do ar para dar lugar a

Rádio OI FM.

2007 - Em março a Rádio Jovem

Pan do Rio de Janeiro, 102.1MHZ, sai

do ar para dar lugar a Rádio MIX FM.

- Morre a astróloga Nena Martinez

da Rádio Tupi após 68 anos de

trabalho.

- Criada a Empresa Brasil de

Comunicação (EBC), congregando

a TV Brasil, NBR (televisão a cabo),

Agência Brasil e os Sistemas de Rádio

(Rádio Nacional AM e FM/ DF, Rádio

Nacional AM /RJ, Rádio MEC AM/RJ,

Radio MEC AM/DF, Rádio MEC FM/

RJ, Rádio Nacional do Alto Solimões

– AM, Rádio Nacional da Amazônia –

OC, Radioagência Nacional).

2008 - Em 27 de maio entra no ar

a nova Rádio Mundial AM 1180 no Rio.

Com a idéia de unir rádio e TV pela

internet, o projeto não durou 9 meses.

2012 - A Presidenta Dilma Russef

em abril, incluiu o nome de Landell de

Moura no Livro dos Heróis da Pátria.

– No momento em que completa

90 anos, o rádio atravessa a fase

final da definição de seu modelo

digital. O governo promete que, até

o fim do ano, as diretrizes para a

digitalização estejam definidas. Nesse

mesmo ano, também, o País ganha

o primeiro Grand Prix de rádio no

Festival de Criatividade de Cannes. A

peça vencedora foi desenvolvida pela

Talent para a revista Go Outside, que

usava uma frequência radiofônica

imperceptível ao ouvido humano, mas

que conseguia ter um efeito repelente

aos mosquitos.● Fonte: internet.

Page 18: Rádio em Revista nº6

Rád

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ta

Antônio Carlos “ ... desde pequenininho”

Pers

onal

idad

e1

8

João Gilberto inventou a batida

da bossa nova tocando violão no

banheiro. Pelo mesmo motivo – a

boa acústica do aposento – era no

banheiro que Antônio Carlos lia

textos em voz alta, treinando a voz

para tentar uma vaga de locutor

na Rádio Nacional. Muito cantor

de banheiro nunca chegou aos pés

do Pavarotti. Já Antônio Carlos

conseguiu o que queria na vida: é

líder absoluto de audiência em seu

horário e completou, em 2009, meio

século de microfone.

Não está distante da verdade dizer

que o criador do Show do Antônio

Carlos caiu de paraquedas no rádio.

Um dos maiores orgulhos da vida

desse comunicador carismático é o de

ter sido, em fins dos anos 50, um “pé-

marrom” – no jargão militar, assim são

chamados os integrantes da Brigada

Paraquedista.

Centenas de saltos depois, o sol-

dado precisava vencer também na vida

civil. Queria fazer rádio e foi de uma

tenacidade impressionante para atin-

gir este objetivo. Aluno do Instituto

Page 19: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Personalidade

Lafayette, no bairro carioca da Tijuca,

jogava basquete e, por ter boa voz, foi

convidado a entrar para um grupo de

teatro amador. Não para ser ator, isso

ele não sabia fazer, mas como narrador

das peças.

Antônio Carlos ralou muito por

um lugar ao sol. Só conseguiu entrar

na Rádio Nacional depois de ter sido

reprovado oito vezes nos testes. Como

demorava muito esse emprego, seu iní-

cio de carreira, em 1959, foi na Rádio

Continental com a função registrada

em carteira de locutor-auxiliar III. Ou

seja, lia pequenos anúncios e olhe lá!

Como gostava muito de jazz, usava um

estúdio para produzir um quadro de

jazz.

Quando surgiu a TV Continental,

canal 9, em 1960, ele foi pedir em-

prego ao diretor Demerval Costa Lima.

O chefão perguntou o que ele sabia

fazer. “Eu tenho um programa de jazz”,

mentiu. O diretor fez a contraproposta:

“Jazz não é popular. Faz um programa

de jazz e bossa nova. Começa na quin-

ta-feira”. Antônio Carlos, que se con-

sidera produtor, antes de tudo, não viu

tempo ruim: chamou uns convidados e

o programa foi ao ar.

Depois disso, foi trabalhar na nova

capital, na recém-criada TV Brasília.

De volta ao Rio, passou pela TV Tupi

de São Paulo, pela produção de Sílvio

Santos, então na TV Globo, pela

Roquette Pinto e pela Rádio Tupi, onde

ficou até 1987, ano em que veio para a

Rádio Globo, trazendo na bagagem o

show que leva seu nome.

Na Roquette Pinto uma novidade:

os programas da emissora não podiam

ter patrocinador. E isso valia para

o Futebol de Sucesso, muito ouvido

pelos passageiros do ônibus que o

carioca chama de “frescão”. Para não

viver apenas do salário, Antonio Carlos

dava brindes aos ouvintes “com o apoio

do Álvaro da Camélia”. Pronto. Estava

inventado o apoio, que existe até hoje.

No ano em que completou 50 anos

de atividades, Antônio Carlos continua

fiel às origens: “Sou pé-marrom. Pé-

marrom, hoje, significa trabalhar na

Rádio Globo”. ●

O Show do Antônio Carlos

acontece de segunda a sábado,

das 6 às 9 da manhã. Fazem

parte da sua equipe: Juçara

Carioca, Pudica e Zora Yonara.

Os produtores Karla de Lucas,

Fernando Fraga e Ricardo

Campello. Tudo ao som do

sonoplasta Tuninho Malvadeza.

Fonte: www.radioglobo.com

19

Page 20: Rádio em Revista nº6

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ta

ATENÇÃO: O RÁDIO VAI ACABAR!

Maurício Menezes

Jornalista, radialista e apresentador

Eu tinha 20 anos e alguns

fios de barba quando entrei

pela primeira vez numa redação

de Rádio. Era na Nacional e o

jornalismo estava em greve.

Para fazer uma ligação para

Niterói era preciso esperar

1h40m. Os teletipos, por onde

chegavam as notícias nacionais

e internacionais, faziam um

barulho tão grande que eles

ficavam numa sala separada

e à prova de som. Os colegas

mais antigos (todos eram mais

antigos) me perguntavam por

que eu queria trabalhar em rádio,

já que o rádio estava acabando.

Logo depois eu fui para a

Rádio Globo. O departamento de

jornalismo funcionava numa sala

suja e escura no quarto andar

do prédio do jornal. O diretor, o

chefe de reportagem, o redator e

os dois repórteres – isso mesmo,

os dois repórteres sentavam lado

a lado. A sala onde funcionava

o departamento de jornalismo

tinha 4m x 4m. Um dia visitei

a Tupi e levei um susto: uma

emissora escura, mal cuidada,

equipamentos velhos, móveis

rotos. Mas pra que melhorar, se

o rádio estava acabando?

Hoje, quarenta e dois anos

depois (estou com 62) a Rádio

Globo funciona em dois prédios

na rua do Russel. Estão lá até hoje

as três árvores que eu plantei

e ainda o meu filho Bruno.

Os equipamentos são os mais

modernos, as salas são claras

e confortáveis, os repórteres

Gaf

es d

o Rá

dio

20

Page 21: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

estão por todos os cantos – do

Brasil e do mundoe existe um

grande ambiente de respeito e

profissionalismo. A Globo tem

até helicóptero.

A Tupi em nada lembra

aquela coisa escura e mal

cuidada. A rádio modernizou-se

e tornou-se pioneira em vários

aspectos, como nas transmissões

em FM, nas câmeras colocadas

à disposição dos ouvintese em

outras inovações. Através de seu

site –indicado ao Prêmio Escola

de Rádio – os ouvintes podem

recuperar a programação que

perderam. A Tupi tornou-se uma

fábrica de bons profissionais.

Outro dia o repórter Sérgio

Américo entrou no ar e eu

perguntei se ele não tinha viajado

com o time do Flamengo, que

ia jogar no sul do Peru. Sergio

Américo estava lá. É que o som

estava tão limpo que eu pensei

que ele estivesse no estúdio ao

lado.

Assim tem acontecido com a

FM O Dia, com a BEAT98, com

a MPB, com a Band News, com

a CBN, que se multiplicou pelo

país, com a Transamérica e a

Bradesco, que mergulharam no

mundo do esporte e a Nativa, com

um público incrivelmente fiel e

tantas outras emissoras. O rádio

hoje está nos celulares e está no

mundo. Dia desses uma ouvinte

pediu um remédio na Tupi e

ligou um ouvinte da França! Em

seguida ligou outro, também da

França, onde o medicamento

pedido era comum. São todas

emissoras modernas, ágeis,

responsáveis, com profissionais

de renome e que crescem a cada

dia.

É bom ouvi-las. Porque como

me disseram há 42 anos, o rádio

está acabando... ●

Leia outros textos de Maurício

Menezes na coluna do site RR.

Gafes do Rádio

21

Page 22: Rádio em Revista nº6

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taRád

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Com o fôlego de camaleão

proporcional à força dos

pretensos inimigos que

poderiam emboscá-lo, o rádio

brasileiro sopra as noventa

velinhas para comemorar não

só a data redonda, mas também

para celebrar a capacidade

de adaptar-se às mudanças

tecnológicas que alteram a

relação emissor-receptor.

Essas mudanças, bruscas

desde a invenção da imprensa

por Gutemberg no século XV,

tornaram-se mais impactantes

e massivas no século XX com a

propagação da voz e da imagem.

Há sessenta anos, discutia-

se o velório do rádio, que

se fi ndaria pela pujança

insubstituível da transmissão

da imagem acoplada a aparelhos

domésticos. Ressuscitou-o

Marshall Mcluhan (1911-1980), o

profeta da aldeia global que hoje

retorna à voga pelas mãos de

pesquisadores que perscrutam

o universo da internet. Ele deu

ao rádio o status acadêmico de

“meio quente”, e diagnosticou-

lhe o poder sensorial sobre o

ouvinte que equivale à de um

tambor tribal.

No canônico Os meios de

comunicação de massa como

extensões do homem, obra

publicada em 1964 nos Estados

Unidos e, aqui no Brasil, cinco

anos depois em tradução do

poeta Décio Pignatari, escreveu

este pensador canadense: “Com

a TV, o rádio se voltou para

Col

unist

a co

nvid

ado O Tambor Tribal do

Futuro Bruno Filippo

Jornalista e Sociólogo

22

Page 23: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Rád

io em

Revista

Colunista convidado

as necessidades individuais

do povo, em diferentes horas

do dia, bem em sintonia com

a multiplicidade de aparelhos

receptores nos quartos,

banheiros, cozinhas, carros

e – agora – bolsos.” Todas as

análises dos noventa anos de

rádio no Brasil subscrevem essa

afi rmação.

Particularizando sua relação

com o ouvinte que, graças ao

transistor, pôde transportar o

aparelho aonde quer que fosse,

o rádio remodelou-se técnica e

esteticamente. E, nas palavras

de Mcluhan, “retribalizou o

mundo”, ao despertar nos

indivíduos sensações que antes

cabiam aos rituais primitivos e ao

permitir que eles se agrupassem

em torno de interesses comuns.

Se foi assim há meio século, por

que hoje seria diferente, se o

world wide web (www) e as

novas plataformas levam ao

paroxismo a ideia de aldeia

global, de retribalização?

Ao contrário dos anos

50 e 60, quando a televisão

parecia a muitos sobrepor-

se ao rádio, as tecnologias

deste início de século

XIX não rivalizam com o

meio radiofônico: bem ao

contrário, assimilam-no,

permitindo a ele novas

formas de aprofundar a

individualização com o

receptor. Não foi à toa que

o jornalista e comunicólogo

brasileiro Alberto Dines

disse que o rádio é a mídia

do futuro. ●

*Leia outros textos do autor

na sua coluna do site.

23

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O texto a seguir foi tirado do livro

“Noites Tropicais”, de Nelson Motta,

que abrange todo o processo de

transformação da música brasileira,

desde o surgimento da Bossa Nova até

os primeiros anos da década de 1990,

com suas diferentes tendências, fases

e modismos, acompanhado de perto

por seu autor.

“Tímido e tenso, gorducho

e sorridente, Newton Duarte se

transformava diante do microfone:

sua voz metálica metralhava

palavras em ritmo vertiginoso e

espantosa precisão, criava gírias

e novas expressões, apresentava

aos jovens cariocas as últimas

novidades do rock internacional,

em discos contrabandeados por

comissários amigos. Coadjuvado por

‘DoktorSylvana’, seu técnico de som e

criador de sensacionais efeitos sonoros,

Big Boy falava tantas loucuras e num

ritmo tão alucinante que era ouvido

como o doidão de todos os doidões. No

início ele ainda viveu uma vida dupla: de

manhã era o sisudo e tímido professor

Newton, que ensinava Geografia no

Colégio de Aplicação da Lagoa, e à tarde

se transformava no enlouquecido Big

Boy no microfone da Rádio Mundial.

Uma manhã, o professor Newton

entrou na sala, de paletó e gravata, e,

como sempre, com uma pesadíssima

pasta, que jamais abria. Entre os alunos

crescia a curiosidade por seu volumoso

conteúdo, e alguns deles, ouvintes e

fãs de Big Boy, já começavam a notar

Hist

ória

24

Big Boy | inconfundível

Page 25: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

estranhas semelhanças entre a voz e o

jeito rápido de falar, o ritmo, a dicção

perfeita do mestre chatíssimo e do

querido DJ. Até que naquela manhã, no

meio de uma dissertação tediosa sobre

a Bacia Amazônica, o professor Newton

parou de repente e começou a falar

como Big Boy, com seu grito de guerra

‘Hello, crazypeople’, e seguiu falando

como Big Boy, no seu ritmo, com suas

gírias, os alunos deliravam, jogavam

livros e cadernos para o alto, gritavam

‘É Big Boy! É Big Boy! É Big Boy’.

Arrancando a gravata e tirando

o paletó, o professor Newton abriu

sua famosa pasta e começou a jogar

discos, discos e mais discos para os

alunos, ‘Discos para todos!’, gritava

e gargalhava histericamente, falando

vertiginosamente uma torrente de

loucuras e proclamando que sua

verdadeira identidade era Big Boy

e que o professor Newton estava

morto. A porta se abriu e ele foi

interrompido pelo diretor furioso,

pediu demissão no ato e saiu

ovacionado pelos alunos.

Big Boy teve breve e fulgurante

carreira, se transformou em uma

legenda do rádio, fez inúmeros

inimigos, influenciou milhares de

pessoas e morreu com 33 anos,

sozinho em um quarto de hotel em

São Paulo, sufocado por um ataque

de asma.”

Big Boy, criou uma linguagem

revolucionária para os padrões da

época. ●

25

História

Page 26: Rádio em Revista nº6

Rád

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taRád

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ta2

6

BM: O que você faz hoje em

dia?

LP: Trabalho como produtor de

TV, na rede Globo. Também dou uma

de DJ na festa "Soul, baby, SOUL!" em

parceria com os DJs Sir Dema e Lucio

Branco.

BM: O que tem guardado do

seu pai Big Boy?

LP: Praticamente todo o acervo

dele fi cou comigo. Tudo o que minha

mãe guardou quando ele morreu, o

que inclui os discos de vinil (cerca de

20000 entre compactos e LPs), as fi tas

cassette (muitas delas com entrevistas

interessantíssimas, de nomes como

Mick Jagger, Wilson Pickett, James

Brown, Chico Buarque, etc), fotos e

matérias para jornais e revistas da

época.

BM: Como era o Newton

Alvarenga Junior como pai?

LEANDRO PETERSEN O DNA do Big Boypor Bruno Menezes

Entr

evist

a Es

peci

al

A semelhança de Leandro Petersen, fi lho do saudoso Big Boy que tinha 8 meses

de vida quando o pai se foi, vai além da aparência: ele também é DJ

Page 27: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Rád

io em

Revista

LP: Infelizmente não o conheci,

pois quando ele morreu eu tinha

apenas 8 meses.

BM: Qual mensagem,

ensinamento que ele deixou

para a sua vida?

LP: Mesmo não o tendo conhecido

pessoalmente, a história dele é

interessantíssima, um cara que fazia

o impossível para levar adiante sua

paixão pela música. Desde matar

aula para comprar discos em SP,

quando garoto, até percorrer os

quatro cantos do mundo em busca de

novidades para tocar na rádio, depois

de radialista consagrado. Acho que

fi cou a mensagem da perseverança,

de acreditar em seus sonhos perseguir

seus objetivos até a última instância.

Eu penso muito nisso no meu dia-a-

dia.

BM: Qual infl uência o Big

Boy deixou na sua vida.

LP: A infl uência dele foi enorme,

principalmente através dos discos, que

eu escuto até hoje. Com ele eu aprendi

que você deve levar o seu gosto a sério,

tocar o que você realmente gosta e

acredita, ao invés de ceder às pressões

do mercado. Isso lhe dá personalidade.

Eu procuro seguir isso como DJ, a Soul,

baby, SOUL! é um exemplo disso: um

baile black baseado em funk dos anos

70, mas que cativa um público amplo

há quase 7 anos justamente porque é

autêntico.

BM: O que as pessoas mais

querem saber dele?

LP: Essa é uma pergunta difícil.

Na verdade, o que eu mais ouço é o

que as pessoas SABEM dele. Chega a

ser engraçado, toda vez que alguém

mais velho que eu descobre de quem

eu sou fi lho vem uma história boa pela

frente. Ele foi muito importante na

vida de muita gente, porque música

marca muito a vida das pessoas, traz

lembranças... Eu passei a minha vida

inteira ouvindo essas histórias, e

ouço até hoje. Acho inclusive que foi

através desses relatos que eu construí

a minha imagem do Big Boy, que eu

pude conhecer um pouco quem foi o

meu pai. E isso é muito gratifi cante,

porque só vem coisa positiva dessas

lembranças, dá para perceber o

quanto ele era querido não só como

pessoa pública, mas no âmbito pessoal

também. ●

Assista no site da RR o

documentário sobre Big Boy

feito por Leandro Petersen.

Entrevista Especial2

6

Page 28: Rádio em Revista nº6

Rád

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No ano que o rádio completa 90

anos no Brasil, o evento, que é a maior

homenagem a seus profissionais,

acontece no Teatro Rival Petrobras, dia

13 de novembro.

A Escola de Rádio promove o Prêmio

Escola de Rádio 2012 com o objetivo de

promover e valorizar o profissional do

rádio e premiar os radialistas cariocas

que se destacaram ao longo do ano, o

PER tem a curadoria da Escola de Rádio

e a direção artística de Ruy Jobim e

Bruno Menezes.

O Prêmio possui uma equipe

de produção formada por alunos da

Escola de Rádio que foi encarregada de

pesquisar, gravar e apresentar para a

comissão julgadora os áudios e análises

dos profissionais participantes de cada

categoria.

Após a pesquisa, a comissão

julgadora formada por radialistas

gabaritados, selecionou os candidatos

e escolheu os 5 profissionais de cada

categoria para serem os finalistas. Os

integrantes da comissão são: Carlos

Townsend, Ruy Jobim, Eduardo

Andrews, Álvaro Gazé, Carla Paes

Leme, Maurício Menezes, Marcelo

Cabral, Roberto Moret, Cléver Pereira,

Silvio Vasconcelos e Marco Simões.

A equipe do PER2012 selecionou 5

indicados para cada uma das categorias

criadas. A escolha dos grupos esteve

diretamente ligada à circulação dos

trabalhos ao longo de um ano no dial

carioca, independente da emissora,

com o objetivo de valorizar sempre o

O RIO NA MESMA SINTONIA

28

Espe

cial

Page 29: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

profissional.

A partir disso a comissão julgadora

definiu através de voto seguido de

uma apuração aberta entre todos

os membros da junta, os 05 mais

votados entre os pré-selecionados

de cada categoria. O júri irá apontar

os vencedores em cada uma das 14

categorias.

Para os prêmios de Melhor Rádio,

Melhor Locutor/Comunicador, Melhor

Locutora/Comunicadora, Melhor DJ

e Melhor Programa, teremos também

um sistema de votação popular

pela internet que indicará mais 05

vencedores nessas categorias.

Na noite do evento serão entregues

ao todo 20 prêmios: 14 pelo voto do júri,

cinco por voto popular e 01 prêmio/

homenagem especial ao radialista por

toda sua história e contribuição no

rádio. ●

LOCUTOR/COMUNICADOR:

ALEXANDRE ARAÚJO – MPB FM

FRANCISCO BARBOSA – TUPI

PAULO PIEDADE – NATIVA

ROBERTO CANÁZIO –GLOBO

TINO JUNIOR – BEAT98

LOCUTORA:

PORTUGUESA – BEAT98

KELLY MUNIZ – MPB FM

RAFAELA FERRAZ – JB FM

ROSANE FÉLIX – 93 FM

VIVY TENÓRIO – FM O DIA

DJ:

DENNIS DJ – BEAT98

DJ BRINQUINHO – BEAT98

DJ MARLBORO – BEAT98

DJ SADDAN – TRANSAMÉRICA

DJ TUBARÃO – FM O DIA

PROGRAMA DE RÁDIO:

FM O DIA ONLINE – FM O DIA

POP BOLA – MPB FM

SHOW DA MANHÃ,

CLÓVIS MONTEIRO – TUPI

SHOW DO ANTÔNIO CARLOS –

RÁDIO GLOBO

SHOW DO TINO – BEAT98

RÁDIO:

RÁDIO GLOBO–89,5FM/1220 AM

MPB FM – 90,3 FM

BEAT98 – 98,1 FM

FM O DIA – 100,5 FM

JOVEM PAN – 102,9 FM

INDICADOS CATEGORIA POPULAR

29

Especial

Page 30: Rádio em Revista nº6

Rád

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ta

Site:

BEAT98

MPB FM

SulAméricaParadiso

FM O Dia

MIX

Locutor:

Paulo Beto – BEAT98

Rhoodes – BEAT98

Tino Junior – BEAT98

Orelhinha – FM O DIA

Alexandre Tavares – JB FM

Locutora:

Gláucia Araújo – FM O DIA

Kelly Muniz – MPB FM

Rafaela Ferraz – JB FM

Lorena Fernandes – MIX

Monika Venerabile – NATIVA

Comunicador:

Ricardo Boechat – BAND NEWS

Roberto Canázio – RÁDIO GLOBO

Francisco Barbosa – TUPI

Clóvis Monteiro – TUPI

Antônio Carlos – RÁDIO GLOBO

Locutor Esportivo:

Luiz Penido – TUPI / RÁDIO GLOBO

Alexandre Chalita – TRANSAMÉRICA

José Carlos Araújo – BRADESCO

Leandro Lacerda – CBN

Edson Mauro – RÁDIO GLOBO

Repórter Esportivo:

Sérgio Américo – TUPI

Sandro Gama – BAND NEWS

Robson Rodrigues – TRANSAMÉRICA

Lisandro Violante – CBN

Jorge Eduardo – GLOBO / MPB FM

Comentarista Esportivo:

Mauro Leão – FM O DIA

Gérson –BRADESCO

Eraldo Leite – RÁDIO GLOBO

Jorge Nunes – TUPI

Bruno Rodrigues – JB FM

Programador Musical:

Zequinha – BEAT98

Fernandinho – FM O DIA

Luci Moret – MIX

Willames Ribeiro – MELODIA FM

Thiago Regotto – MEC FM

INDICADOS COMISSÃO JULGADORA

30

Espe

cial

Page 31: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Sonoplasta:

Zé Maria – TUPI

Marcelo Louro – SGR

Brinquinho – MANCHETE

Bulika – MIX

Tuninho Malvadeza – RÁDIO GLOBO

Produtor:

Ricardo Alexandre – TUPI

Van Damme – BEAT98

Geizon – FM O DIA

Vivi Branco – FM O DIA

Heloísa Paladino – RÁDIO GLOBO

Repórter:

Alberto Brandão – TUPI

Genílson Araújo – SGR

Marco Aurélio Lisan – RÁDIO GLOBO

Robson Aldir – RÁDIO GLOBO

Silvana Maciel – RÁDIO GLOBO

Case Promocional:

.Maratona FM O Dia – Shows na Apoteose /

.Rock in Rio – Mix levou ouvintes pra

Espanha

.Aniversário CBN – Histórias de ouvintes

com a emissora

.Samba Social Clube – Todo produto SSC

.Aniversário BEAT 98 – 4 festas

simultâneas.

Programa de Rádio:

Mundo da Luta – Apresentadores: Rhoodes

e Ana Hissa / BEAT98

Pop Bola – Apresentadores: Vários/

MPBFM

Samba Social Clube – Apresentadora:

Valéria Marques / MPB FM

FM O DIA on line – Apresentadores: Vi-

tor Junior e Vivy Tenório / FM O DIA

Patrulha da Cidade – Apresentadores:

Vários / TUPI

Rádio:

RÁDIO GLOBO – 89,5 FM / 1120 AM

MPB FM - 90,3 FM

FM O DIA – 100,5 FM

BAND NEWS – 94,9 FM

TUPI – 96,5 FM / 1280 AM

Os vencedores serão conhecidos

na festa de premiação e resultado

ficará no site do premio:

premioescoladeradio.com.br

Especial3

1

Page 32: Rádio em Revista nº6

Rád

io e

m R

evis

ta

CARLOS TOwNSEND –

Presidente da

comissão –

Formado nos

Estados Unidos

pela Miami

Dade College

em Radio-

TV Broadcast

Technology. Atuou em empresas

como a TV Globo, o Jornal do

Brasil, a Sony Music e EMI Music.

Atualmente comanda a Work Station

Digital – soluções criativas marketing

digital para empresas da indústria

do entretenimento. Em 2005 fundou

a RadioMakers com o objetivo de

desenvolver conteúdo de entretimento

para mídias avançadas. Palestrante

sobre novas mídias e convergência

digital.

RUY JOBIM – Profissional

do Rádio

desde 1982,

Locutor e

Coordenador

de várias

e m i s s o r a s

musicais, entre elas, Universidade

FM, Transamérica, Globo FM. Desde

1992 é o idealizador do Projeto Escola

de Rádio, instituição que acredita

na força do Rádio e que investe na

formação de futuros profissionais

para o veículo. Professor e palestrante.

Locutor Publicitário.

EDUARDO ANDREwS-

C o m e ç o u

no rádio em

1968. Em

77, assumiu

a Rádio

G u a n a b a r a

AM. Em FM,

c o o r d e n o u ,

em São Paulo, a Rádio Cidade e a 89

FM. Coordenou a primeira equipe da

Transamérica. Foi também gerente

da JB FM, de 93 a 98. Foi diretor

de programação da RPC FM, de 89

a 92. De 98 a 2002, foi Gerente de

Programação do Sistema Globo de

Rádio, tendo comandado a 98 FM e

a Globo FM, do Rio e a BH FM. Foi

gerente de programação da MPB FM,

e gerente artístico da Mix FM- Rio e

A COMISSÃO JULGADORA

32

Espe

cial

Page 33: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

SulAmérica Paradiso.

AlVARO GAzé - Jornalista,

sócio da

K a p p a m a k k i

Produções e

da Chantilly

Entertainment,

empresas de

produção de

eventos e shows

é responsável também por projetos

como a Coca-Cola FM, para a Coca-

Cola, os Programas Estúdio Coca-

Cola, Vivo On nas Universidade com

Jota Quest, Claro Demo Hits, Circuito

Vivo de Surf Profissional, Prêmio Esso

de Jornalismo, diversos eventos da

MTV, entre outros.

CARLA PAES LEME - Está

no rádio

desde 1985

e começou

como locutora

da Fluminense

FM, mas

foi como

P r o d u t o r a

Executiva que fez sua história

no mercado. Atuou nas rádios

Transamérica, Jovem Pan, Cidade,

FM 105, 94 FM e Tupi FM; e como

Coordenadora de Produção na FM O

DIA, Mania, Sistema Globo de Rádio

e MPB FM.

MAURíCIO MENEZES - Este

jornalista está

desde 1971

no Rádio.

P r o d u t o r ,

redator e

comunicador,

de um lado

M a u r i c i o

Menezes é um enciclopédia viva e por

outro segue se reinventando e fazendo

humor no Rádio como poucos. Lançou

alguns livros e seu nome é uma

unanimidade. Divide com Ruy Jobim

a apresentação do evento.

MARCELO CABRAL -

O começo

de carreira

foi como

divulgador de

g r a v a d o r a s .

Entre elas:

1983, Ariola

Disco e Fitas,

depois EMI- Odeon, PolyGram,

Spotlight Records, Warner Music

33

Especial

Page 34: Rádio em Revista nº6

Rád

io e

m R

evis

ta

e atualmente se dedica a Crowley

Broadcast como Gerente de

Atendimento e vendas. Conhece as

atuais emissoras de AM e FM como

ninguém.

ROBERTO MORET - Foi

P r o d u t o r

Executivo das

rádios Mix FM

e SulAmérica

P a r a d i s o .

Antenado a

tudo, segue

com projetos

especiais no rádio levando sempre

idéias inovadoras, como o 1º programa

brasileiro de MMA, o esporte que mais

cresce no mundo. Há 4 anos, começou

a trabalhar na TV Globo. Passou pelos

jornais Bom Dia Rio e RJTV. Hoje

é editor de texto do programa Mais

Você.

CLÉVER PEREIRA- iniciou sua

carreira como

produtor em

1969. Coorde-

nador de Pro-

gramação da

Rádio Jornal do

Brasil em 1974.

Implantou as

Rádios JB FM em Belo Horizonte, Sal-

vador e Cidade FM em Porto Alegre.

De 1978 a 1987 exerceu o cargo de Ge-

rente da Rede Cidade FM. Foi gerente

de Programação da Rede Manchete

FM. Atuou ainda nas rádios RPC FM,

Panorama FM, Globo AM e na Opus

90 onde foi seu 1º Coordenador. Atu-

almente Coordenador de Afiliadas da

Rádio Tupi, Rio.

SILVIO VASCONCELOS -

Locutor e

dono de uma das

vozes mais valio-

sas do Brasil. Sil-

vio é a voz padrão

de muitos comer-

ciais, emissoras

de Rádio e TV.

Ouvinte de várias emissoras e estilos

musicais. Seu trabalho focado na pub-

licidade o mantém informado sobre as

novidades do mercado.

MARCO SIMõES - Trabalha

há mais de

30 anos di-

reta ou in-

diretamente

com rádios.

Já passou

pelas funções

de operador

de áudio, operador de transmissor,

programador musical, coordenador

artístico e diretor nas principais rá-

dios do Rio, SP e BH. Recentemente

dirigiu a rádio Oi do Rio e atualmente

tem uma empresa de Gerenciamento

Artístico. ●

34

Espe

cial

Page 35: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Alguns indicados ao Prêmio Escola de Rádio

Antônio Carlos Indicado a melhor comunicador

Alexandre Tavares Indicado a melhor locutor

Monika Venerabile Indicada a melhor locutora

Rhoodes Indicado a melhor locutor

Leandro Lacerda - Indicado a melhor locutor esportivo

Willames Indicado a melhor

programador

Rosane Félix Concorre a melhor locutora

Rádio Mural

Zé Carlos Araújo Indicado a melhor locutor esportivo

Ricardo Boechat Indicado a melhor comunicador

Page 36: Rádio em Revista nº6

Rád

io e

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ta

Paulo Beto Indicado a melhor locutor

Van Damme Indicado a melhor produtor

Bulika Indicado a melhor sonoplasta

Luci Moret Indicada a melhor programadora

Francisco Barbosa Indicado a melhor comunicador

Lorena Fernandes Indicada a melhor locutora

Roberto Canázio Indicado a melhor comunicador

Rafaela Ferraz Indicada a melhor locutora

Page 37: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Luiz Penido Indicado a melhor locutor esportivo

Bruno Rodrigues Indicado a melhor comentarista

esportivo

Fernandinho Indicado a melhor programador

Thiago Regotto Indicado a melhor programador

Zé MariaIndicado a melhor sonoplasta

Mauro Leão Indicado a melhor comentarista

esportivo

DJ Tubarão Concorre a melhor DJ

Equipe Prêmio Escola de Rádio

Page 38: Rádio em Revista nº6

Rád

io e

m R

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ta

Geizon Paulo Indicado a melhor produtor

DJ BrinquinhoConcorre a melhor DJ

Rádi

o M

ural

Tino Junior Indicado a melhor locutor

Gláucia AraújoIndicada a melhor locutora

Alexandre Chalita Indicado a melhor locutor esportivo

Ricardo Alexandre Indicado a melhor produtor

Marco Aurélio LisanIndicado a melhor repórter

Clóvis MonteiroIndicado a melhor comunicador

Page 39: Rádio em Revista nº6

Rád

io em

Revista

Rádio Mural

Edson MauroIndicado a melhor locutor esportivo

Eraldo Leite Indicado a melhor comentarista

esportivo

Tuninho Malvadeza Indicado a melhor sonoplasta

Vivi Branco Indicada a melhor produtora

Genilson Araújo Indicado a melhor repórter

Heloisa Paladino Indicada a melhor produtora

As fotos que estão neste mural foram “pescadas” através de pesquisas na internet. Se a sua foto não está aí e você foi indicado, é porque não encontramos. Se quiser estar no mural da próxima

edição, você pode enviar a sua foto para [email protected]

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• Profissionalizante de locutor, animador e apresentador.

• Locução básica • Locução publicitária• Locução esportiva• Apresentação de TV• Dublagem

• Edição de áudio• Edição de vídeo • Produção para rádio• Redação rádio, TV e Web• Reportagem esportiva para Rádio• Reportagem esportiva TV• Telejornalismo

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A Escola de Rádio, agora de casa nova, continua com o objetivo principal de sua criação: promover a possibilidade de apaixonados pelo meio alcançarem os sonhos, agora não só como locutor, mas ampliando os horizontes e criando possibilidades de se trabalhar em Rádio.

A ER é a única no Rio de Janeiro que ensina Rádio perpertuando a importância desse meio de comunicação. Por que?

Porque amamos o Rádio.