RÁDIO - PRODUÇÃO, PROGRAMAÇÃO E PERFORMANCE.pdf
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Este livro traz uma abordagem inovadora para o mercado de radiodifuso brasileiro por agregar teoria e prtica mescladas s tcnicas necessrias para a produo e programao de rdio. Esta obra tambm reafirma a mxima de que a tecnologia no um fim em si, mas a ferramenta para a comunicao humana em diversos nveis. Com texto claro e objetivo, os autores trazem a histria desse meio considerado mgico at nossos dias, tratando do seu desenvolvimento tcnico, das primeiras transmisses at o surgimento do podcasting, passando pelo streaming e o rdio HD. O leitor ir encontrar vrios boxes contendo sees que iro propor discusses importantes para reflexes tanto dos profissionais da rea como dos acadmicos.Seus captulos abordam questes especficas sobre as novidades na indstria do rdio; analisa tendncias recentes que resultaram em mesas de som virtuais; mostra a mudana dos aparelhos de produo, como toca-discos, MDs, CDs, e discute os formatos MP3 e os mtodos de reproduo. Trabalha com a produo de comerciais, com exemplos atualizados de scripts e sua integrao com outras mdias; trata da produo de notcias e da produo esportiva (externas). E como no podia deixar de ser, das relaes entre pblico e formatos, rdio no comercial, edio eletrnica, produo de programa gravado e ao vivo, e muito mais.
AplicaesObra recomendada para as reas de Rdio, Produo Radiofnica, Radiojornalismo, Produo Publicitria, Comunicao Social, Histria da Comunicao e Tecnologia da Comunicao.
Sobre os autoresCarl Hausman (Ph.D., Union Graduate School; ps-doutorando da New York University) professor de jornalismo da Rowan University em Glassboro, NJ. autor de 23 livros, incluindo vrios textos sobre radiodifuso e jornalismo, artigos e colunas. Apresenta vrios talk shows, entre os quais OReilly Factor; World News Now da ABC, com Anderson Cooper; Capitol Voices da Radio CBS e Outlook da CNN. Ex-mediador de talk shows e ncora, Hausman tambm emprestou sua voz a trabalhos de narrao para um grande nmero de clientes institucionais e corporativos. Sua especialidade acadmica tica nos Meios de Comunicao, sobre a qual escreveu dois livros.
Fritz Messere (M.A., State University of New York, Oswego) reitor interino da School of Communication, Media and the Arts na SUNY Oswego. professor de radiodifuso e telecomunicaes e ex-presidente da Communication Studies. Messere trabalhou em rdio e televiso e tem vasta experincia em produo e ps-produo. Atuou, tambm, como assistente externo da FCC Commissioner Mimi Dawson e foi membro da Annenberg Washington Program in Communication Policy Studies.
Lewis ODonnell (1930-2007) Lewis B. ODonnell (Ph.D, Syracuse University) aposentou-se pela State University of New York, em Oswego, onde conquistou o cargo de Professor Emrito de Estudos da Comunicao. ODonnell, ex-presidente da emissora de rdio de seu grupo, ocupou bom nmero de cargos de superviso e execuo no rdio e na televiso. Foi premiado com o Frank Stanton Fellowship pela International Radio and Television Society e recebeu o New York State Chancellors Award pela sua Excelncia no ensino.
Philip Benoit (M.A., State University of New York, Oswego), professor adjunto de jornalismo na Pennsylvanias, Millersville University, Pennsylvania, oferece consultoria em comunicao para empresas e organizaes sem fins lucrativos. coautor de quatro livros no campo das relaes pblicas em radiotelecomunicaes e escreveu anlises publicadas no The New York Times, The Chronicle of Higher Education e outros grandes jornais. Apoiado na expertise que adquiriu durante sua carreira acadmica como integrante da faculdade e administrador, Benoit trabalhou como consultor em comunicaes e relaes com a mdia para grandes corporaes e empresas sem fins lucrativos, incluindo a Armstrong World Industries em Lancaster, PA, e a Choose Responsibility, estabelecida em Washington, DC. Entre outras atividades, como oficial do Exrcito dos Estados Unidos, esteve frente das operaes militares de radiotransmisso na Alemanha e no Vietn e lecionou por nove anos na State University of New York, Oswego, onde ajudou a implantar o programa de radiotelecomunicao. Tambm ocupou cargos como executivo snior em faculdades de artes.
Outras obrasManual de FotografiaJames A. Folts, Ronald P. Lovell & Fred C. Zwahlen, Jr.
Fotojornalismo Uma Viagem entre o Analgico e o DigitalErivam Morais de Oliveira & Ari Vicentini
Hiperpublicidade Vol. 1 Fundamentos e Interfaces Clotilde Perez & Ivan Santo Barbosa (Orgs.)
Hiperpublicidade Vol. 2 Atividades e Tendncias Clotilde Perez & Ivan Santo Barbosa (Orgs.)
Criao de Filmes Publicitrios A Verdadeira Alma do NegcioJoo Vicente Bertomeu Cegato
Mapa do JogoLucia Santaella e Mirna Feitoza
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Para suas solues de curso e aprendizado,visite www.cengage.com.br
ISBN 13 978-85-221-0743-8ISBN 10 85-221-0743-2
CARL HAUSMANFRITZ MESSERELEWIS ODONNELLPHILIP BENOIT
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E PERFORMANCE
PRODUO,PROGRAMAO
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PRODUO,
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9 788522 107438
TRADUO DA 8 EDIO NORTE AMERICANA
TRADUO DA 8 EDIO NORTE-AMERICANA
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Carl HausmanRowan University
Fritz MessereState University of New York Oswego
Lewis ODonnellProfessor Emrito, State University of New York Oswego
Philip BenoitMillersville University Pennsylvania
TraduoMarleine Cohen
Reviso TcnicaAlvaro Bufarah
Jornalista, Mestre em Comunicao e Mercado pela Fundao Csper Libero, Pesquisador dos ncleos de estudos de Rdio e Mdia Sonora do Intercom e da SBPJor.
Atuou como reprter, produtor, apresentador e locutor em diversas emissoras, como CBN So Paulo, Rdio Capital AM, Radiobras, Rdio Sulamerica Trnsito, Voz da
Amrica e Swissinfo. coordenador do Curso de Ps-Graduao em Gesto Executiva e Produo de Rdio e udio Digital da Fundao Armando lvares Penteado (Faap).
Austrlia Brasil Japo Coreia Mxico Cingapura Espanha Reino Unido Estados Unidos
RDIOProduo, programao e performance
Traduo da 8a edio norte-americana
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Sumrio
Prefcio .................................................................................................. XI
Agradecimentos ................................................................................... XIV
Prlogo ................................................................................................... XV
Captulo 1 A produo no rdio moderno .......................................... 1O som da emissora ............................................................................ 3Formatos ........................................................................................... 3Alcanando uma audincia especfi ca ................................................. 5Como o pblico-alvo afeta o formato ................................................ 6Como os formatos so construdos ..................................................... 8Redes ................................................................................................ 10Outros desenvolvimentos da programao radiofnica ....................... 11O rdio via satlite amadurece ........................................................... 11Rdio no comercial ......................................................................... 17Economia do rdio ............................................................................ 17O papel do produtor no rdio moderno ............................................. 20Resumo ............................................................................................. 25
Captulo 2 A mesa de som ................................................................... 27Funo da mesa de som ...................................................................... 27Entendendo funes da mesa de som: alguns exemplos hipotticos ..... 28Compreendendo as funes da mesa: mesas reais ................................ 43
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VI RDIO PRODUO, PROGRAMAO E PERFORMANCE
Operao da mesa .............................................................................. 47Resumo ............................................................................................. 52Aplicaes ......................................................................................... 53Exerccios .......................................................................................... 54
Captulo 3 Tocadores de CDs, CDs gravveis e toca-discos (pick-ups) .. 57CDs ................................................................................................... 58CDs gravveis .................................................................................... 61CDs de udio, arquivos WAV e MP3 .................................................. 63Tocadores de CD ............................................................................... 65Estrutura de um toca-discos ............................................................... 67O disco ............................................................................................. 69Resumo ............................................................................................. 70Aplicaes .......................................................................................... 72Exerccios .......................................................................................... 73
Captulo 4 Dispositivos de gravao e reproduo ................................ 75Sampling ............................................................................................ 76Gravao em disco rgido ................................................................... 80Fita magntica .................................................................................... 83Sobre MiniDiscs................................................................................. 92A cartucheira digital ........................................................................... 94Cabeas e trilhas ................................................................................ 95Gravadores de cassete ......................................................................... 100Cartucheiras ....................................................................................... 101Resumo ............................................................................................. 102Aplicaes .......................................................................................... 103Exerccios .......................................................................................... 103
Captulo 5 Microfones e som ............................................................... 105Os conceitos bsicos do som .............................................................. 106O microfone: como funciona ............................................................. 113Tipos fsicos de microfones ................................................................ 125Escolha e uso de microfones ............................................................... 128Resumo ............................................................................................. 134Aplicaes .......................................................................................... 135Exerccios .......................................................................................... 136
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SUMRIO VII
Captulo 6 Edio eletrnica ................................................................ 139Os princpios da edio de udio ........................................................ 140Copiando, colando e fazendo looping ................................................. 148Editando com um MiniDisc ............................................................... 153Transferncia ...................................................................................... 156Resumo ............................................................................................. 157Aplicaes .......................................................................................... 157Exerccios .......................................................................................... 158
Captulo 7 Produo de programa gravado........................................... 161Produo gravada versus produo ao vivo, no ar ................................ 161O leiaute de um estdio de produo ................................................. 162Trabalhando num estdio de produo ............................................... 166Msica ............................................................................................. 168Voz gravada ........................................................................................ 173Efeitos sonoros ................................................................................... 179Combinando elementos na produo ................................................. 181Resumo ............................................................................................. 182Aplicaes .......................................................................................... 183Exerccios .......................................................................................... 183
Captulo 8 Produo ao vivo No Ar ................................................. 185Airshift tpico ..................................................................................... 186O som da emissora ............................................................................. 189Sugestes para produo ao vivo......................................................... 195Trabalhando com servios de satlite e de rede ................................... 199Resumo ............................................................................................. 206Aplicaes .......................................................................................... 206Exerccios .......................................................................................... 207
Captulo 9 Mais informaes sobre o computador na produo de rdio ................................................................................. 209
Os princpios bsicos do computador ................................................. 210Efeitos gerados por computador ......................................................... 212Edio auxiliada por computador ....................................................... 214Computadores nos servios de automao e por satlite ...................... 222
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VIII RDIO PRODUO, PROGRAMAO E PERFORMANCE
Computadores na funo de programao .......................................... 229Resumo ............................................................................................. 232Aplicaes .......................................................................................... 233Exerccios .......................................................................................... 233
Captulo 10 Produzindo um efeito ........................................................ 235O que um efeito? ............................................................................ 235Tipos de efeitos .................................................................................. 236Como elementos de produo apoiam um tema ................................. 237Como um produtor usa elementos de produo ................................. 239Utilizando elementos do som para conseguir um efeito ...................... 249Gravando uma voz ............................................................................. 249Resumo ............................................................................................. 252Aplicaes .......................................................................................... 253Exerccios .......................................................................................... 254
Captulo 11 Os elementos dramticos na produo de rdio................... 257A estrutura do drama ......................................................................... 258Elementos dramticos na produo de comerciais ............................... 260Elementos dramticos na produo de rdio ....................................... 262Consideraes tcnicas sobre o drama de rdio ................................... 263Resumo ............................................................................................. 266Aplicaes .......................................................................................... 267Exerccio............................................................................................ 268
Captulo 12 Produo de comerciais ...................................................... 269O que faz que um comercial seja efi ciente? ........................................ 270Elementos efi cientes em propaganda de rdio ..................................... 271Abordagens prticas em comerciais de rdio ....................................... 274Sugestes para produzir comerciais efi cientes ...................................... 283Aplicaes da produo em promoes da emissora ............................ 289Resumo ............................................................................................. 291Aplicaes .......................................................................................... 291Exerccios .......................................................................................... 292
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SUMRIO IX
Captulo 13 Produo de notcias .......................................................... 295Pauta ................................................................................................. 296Redao de notcias ........................................................................... 297Edio de notcias .............................................................................. 298Uma rpida orientao para a redao de notcias de rdio .................. 299Relato e leitura de notcias ................................................................. 318Programao de notcias e de assuntos pblicos ................................... 319Noticirios ......................................................................................... 319Talk shows ......................................................................................... 324Eventos especiais ................................................................................ 326Tcnicas de produo para notcias e utilidades pblicas ..................... 326Resumo ............................................................................................. 332Aplicaes .......................................................................................... 332Exerccios .......................................................................................... 333
Captulo 14 Produo esportiva e a distncia (externas) .......................... 345Equipamento do rdio a distncia ....................................................... 346Planejando a transmisso a distncia .................................................... 354A transmisso de esportes ................................................................... 357Nota fi nal .......................................................................................... 359Resumo ............................................................................................. 360Aplicaes .......................................................................................... 361Exerccios .......................................................................................... 361
Captulo 15 Produo avanada de rdio ................................................ 363Gravao multicanal ........................................................................... 363Estreo ............................................................................................... 371Gravando msica ................................................................................ 373Equipamento eletrnico e seu uso em produo de rdio ................... 377Resumo ............................................................................................. 387Aplicaes .......................................................................................... 388Exerccios .......................................................................................... 389
Captulo 16 Produo, programao e o formato moderno .................... 391O pblico e o formato ....................................................................... 392
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X RDIO PRODUO, PROGRAMAO E PERFORMANCE
As especifi cidades do formato de rdio ............................................... 400Produo no ar e fora do ar no formato moderno .............................. 412Colocando um formato no ar ............................................................. 419Concluso .......................................................................................... 421Resumo ............................................................................................. 421Exerccios .......................................................................................... 424
Apndice A Uma Pea de Richard Wilson ............................................. 427
Apndice B Retrospectiva concisa da histria do rdio: quando o passado encontra o futuro ........................................................................ 439
Apndice C Linha do tempo do rdio no Brasil Luciano Klckner...... 459
Glossrio .......................................................................................... 471
Sugestes de leitura .............................................................................. 487
ndice remissivo ..................................................................................... 499
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XI
Prefcio
Ns, os autores, somos, de longa data, fascinados pela histria do rdio, e percebe-mos que difcil encontrar uma histria mais envolvente que a primeira apario do rdio no novo universo da comunicao um tempo em que os ouvintes at-nitos se encantavam com as possibilidades de entretenimento e informao na ponta dos dedos, uma era em que uma nova tecnologia evolua do mundo do hobby tcnico de alguns para se constituir um meio de comunicao de massa.
Estamos, basicamente, falando dos ltimos cinco anos.O surgimento do podcasting e do streaming e da rdio HD possivelmente
um marco to grande quanto o momento em que as primeiras vozes humanas atravessaram a crepitante esttica e viajaram, como por mgica, pelas ondas.
E o rdio continua merecedor de seu apelido A Mdia Mgica at hoje, oferecendo aos meios digitais um amplo leque de programao e permanecendo, ao mesmo tempo, o acompanhante do estilo de vida do ouvinte, a voz amiga, a msica que toca no lugar certo e a fonte de notcias e informao mais imediata disposio tanto em tempos de calmaria quanto em pocas de crise.
Ao prepararmos esta 8a edio, decidimos fi rmemente nos manter fi is ao tema apresentado na anterior: foco na tecnologia de ponta, sem perder de vista que produo de rdio diz respeito a comunicao, e no a equipamentos.
No entenda mal gostamos dos gadgets, assim como a maioria das pessoas de rdio, mas pensamos que a tecnologia no um fi m em si. Em Rdio produo, programao e performance, enfatizamos a mensagem por intermdio da mdia, e acre-ditamos que nossa viso trouxe resultados efetivos nas ltimas duas dcadas. Ouvi-mos frequentemente de antigos alunos hoje (o que assustador para ns) profi ssionais de mdia e executivos de meia-idade que nossa estratgia de focar na comunicao lhes permitiu adaptarem-se a novas tecnologias e cenrios de neg-
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XII RDIO PRODUO, PROGRAMAO E PERFORMANCE
cios em mutao, conduzindo suas carreiras, mesmo em perodos turbulentos, com certa tranquilidade.
Em outras palavras, ao conhecer os princpios por trs dos mais recentes aperfeioamentos, eles conseguiram se manter constantemente atualizados, sem sofrimento.
CONTEDO
Esta edio apresenta contedo novo e atualizado, preparado para proporcionar ao leitor uma viso do mundo do rdio em constante mudana. Por exemplo:
Uma nova seo, intitulada Pense Nisso, lana um olhar sobre alguns dos dilemas ticos enfrentados nessa era em que surgem tantos novos canais de comunicao instantnea, o ciclo de notcias de 14 horas e a implacvel busca por lucro.
Boxes atualizados, Em sintonia com a Tecnologia, desmistifi cam, entre outras questes, a edio digital e o papel do computador como novo motor do udio.
As sees No Ar! fornecem dicas prticas para performance, e foram atualizadas para incluir as ltimas tcnicas referentes ao voice-tracking e automao.
As sees Atualizao do Mercado apontam as tendncias atuais do mer-cado, que ajudam, a quem estiver planejando uma carreira no rdio, a en-tender seu lugar nesse campo dinmico.
Radio Retr essa srie de sees conta histrias interessantes a res-peito do rdio de antigamente e mostra como elas se conectam com o presente, e provavelmente com o futuro.
NOVIDADE NESTA EDIO
Em vrios captulos, mostramos como o desenvolvimento tecnolgico mudou o dia a dia nas emissoras de rdio. Por exemplo, demos uma volta na WCBS-AM, NewsRadio 88, em Nova York, e mostramos como as tecnologias digitais esto sendo usadas para simplifi car o processo de reportar e produzir, e atribuem enor-me capacidade criativa equipe de trabalho. Em quase todos os captulos acres-centamos novo contedo com base nas sugestes de alunos e revisores:
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PREFCIO XIII
O Captulo 1 (A produo no rdio moderno) inclui questes especfi cas acerca das ltimas tendncias na indstria do rdio, bem como as mudan-as ssmicas na base econmica rochosa da mdia.
O Captulo 2 (A mesa de som) analisa tendncias recentes que resultaram em um nmero nunca antes visto de mesas virtuais em outras palavras, um controle exercido por touch screen ou um clique de mouse, em lugar de girar um boto ou ajustar um fader vertical.
O Captulo 3 (Tocadores de CDs, CDs gravveis e toca-discos (pick-ups) amplia a discusso sobre os formatos em MP3 e os mtodos de distribuio.
O Captulo 4 (Dispositivos de gravao e reproduo) inclui uma seo maior sobre a gravao sem disco.
O Captulo 6 (Edio eletrnica) trata das ltimas novidades em software e hardware usados em edio.
Os Captulos 7 (Produo de programa gravado) e 8 (Produo ao vivo No ar) tratam das novas tecnologias e abarcam as tendncias de mercado em geral. Dando ateno, por exemplo, ao podcasting, ao webcasting e rdio HD, bem como ao seu lugar na indstria.
O Captulo 12 (Produo de comerciais) inclui exemplos atualizados de scripts e discute a integrao de comerciais com outras mdias, inclusive a internet.
Os Captulos 13 (Produo de notcias) e 14 (Produo esportiva e a dis-tncia (externas)) foram revistos para tratar das novas tecnologias que atri-buem grande capacidade produtiva a quem lida com elas. Tambm demos ateno produo feita em vrias plataformas.
O Captulo 16 (Produo, programao e formato moderno) foi revisado para refl etir as ltimas tendncias em formatos e em pesquisas de mercado.
Alm disso, inclumos
Atualizaes a respeito do rdio por satlite. Sugestes de leitura e de links da internet.*
Fotos novas, ilustrando os impressionantes avanos tecnolgicos na hist-ria recente do rdio.
* A Cengage Learning no se responsabiliza pelas possveis mudanas nos endereos dos sites ou em suas polticas de acesso.
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XIV RDIO PRODUO, PROGRAMAO E PERFORMANCE
AGRADECIMENTOS
Queremos agradecer a muitos colegas que nos ajudaram a preparar este texto.Dentre os que colaboram nesta edio esto Tim Scheld e Bill Tynan, da
WCBS-AM; o produtor independente de rdio de Syracuse, NY, Jay Flannery, Michael Ludlum, professor de jornalismo na New York University; e John Krauss, das emissoras WRVO.
Nossos agradecimentos ao nosso editor, Megan Garvey, e aos muitos funcio-nrios da Cengage, que fi zeram um trabalho duro e preciso ao longo do processo. Especifi camente, Michael Rosenberg, editor; Jill DUrso, editor assistente; Erin Pass, assistente editorial; Erin Mitchell, gerente de marketing; e Christine Caruso, gerente de projeto junto PrePressPMG.
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XV
Prlogo
Comecei no rdio e aprendi muito a respeito da mdia mgica com um dos coau-tores deste excelente livro, Dr. Lewis ODonnell, quando eu era universitrio de mdia na State University of New York, em Oswego. Na verdade, o Doutor, como o chamvamos, me disse no primeiro ano de curso que eu tinha o rosto perfeito para o rdio!. Na verdade, considero isso um elogio.
Meus colegas na poca, Carl Hausman e Philip Benoit, dividiam, se no ape-nas meus problemas faciais, certamente meu entusiasmo pelo rdio e acho que a viso dos autores sobre o rdio se espelha nesta ltima edio do texto. Esta edio foi ampliada para incluir mais orientao sobre programao e performance ao vivo. Essas so reas essenciais para qualquer pessoa que queira trabalhar com ra-diodifuso, porque, no atual mercado competitivo, voc precisa ter um arsenal completo de habilidades.
E, claro, Rdio Produo, Programao e Performance ainda faz o que fazia desde o incio: fornece uma introduo acessvel e sem jarges ao processo de se comuni-car via rdio. Embora haja muita alta tecnologia envolvida, possui tambm muita informao p no cho. Espero que voc goste deste livro. O que sei que gostei. E no estou dizendo isso s porque Phil Benoit ainda tem em seu poder alguns negativos dos tempos de faculdade que poderiam ser embaraosos para mim.
Al Roker
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11
A Produo no Rdio Moderno
Como no caso da notcia prematura sobre a morte de Mark Twain, os relatos sobre o desaparecimento do rdio tm sido exagerados. H vrios anos temos ouvido muitos especialistas predizerem que esta mdia est dando seus ltimos suspiros; mas este veculo tem sempre um jeito de se reinventar.
Certamente, nem tudo cor-de-rosa nesse universo. Conforme foi registrado, em meados de 2008, as aes das rdios representavam o setor de pior de sem penho de toda a mdia, e isto inclui os jornais impressos. Segundo algumas es ti mativas, as propagandas locais, geradoras estratgicas de renda para o rdio (respondendo por cerca de dois teros da receita da mdia), tinham cado cerca de 5% desde o ano anterior.
Muitos analistas, entretanto, percebem que, na melhor das hipteses, a econo-mia atual est em turbulncia, e as empresas de mdia geralmente so os primeiros indicadores de recesso. Alm disso, as rdios voltadas para pequenos mercados esto mostrando novo flego; enquanto os jornais se encontram num estgio ex-perimental de utilizao de seus sites e edies impressas locais para alcanar mer-cados hiperlocais, h dcadas o rdio tem sido a mdia regional preferida.
Outras boas notcias: apesar de os sites de rdio no terem se transformado exatamente em minas de ouro (isto de fato ainda no aconteceu de maneira con-fi vel em nenhuma categoria abrangente de sites de mdia), a revista BusinessWeek reporta que estes esto entre os mais rentveis do mercado, tendo-se distanciado muito dos sites dos jornais impressos.1
1 In an On-Demand iPod World, Somethings Gotta Give. Washington Post, Sunday Arts. 15 maio 2005, p. 1.
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2 RDIO PRODUO, PROGRAMAO E PERFORMANCE
Enquanto muitos sites de mdia continuam registrando queda na receita, de modo geral os de rdio conseguem um lucro maior.
Em vez de enterrar o rdio, a avalanche de novas formas de mdia fez que ele na verdade se sobressasse. Por qu? Porque a maioria das pesquisas mostra que o meio continua monopolizando grande parte do ndice de audincia, e o Radio Advertising Bureau (um grupo especializado no setor) estima que uma pessoa nos Estados Unidos gasta, em mdia, 19 horas por semana ouvindo rdio, um nmero que se manteve estvel nos ltimos dois anos. O tempo gasto anualmente pelo mercado consumidor com mdia, correspondente ao rdio, est vinculado ao cabo e ao satlite (29%) e ultrapassa signifi cativamente a internet (6%).2
Por qu? O rdio tem duas caractersticas mgicas: primeiro, ainda uma das poucas mdias que podem ser acessadas de maneira segura e confi vel no carro, onde gastamos um percentual cada vez maior de nosso tempo; segundo, um parceiro constante de gente que realiza diversas tarefas. Uma fatia cada vez maior da audincia dedica-se a ouvir rdio simultaneamente com alguma outra mdia, em especial as inerentes ao computador.
O rdio tambm detm grande poder na chamada propaganda business-to--business (B-to-B) em essncia, uma empresa vendendo a outras que fazem uso de determinado produto. Como o rdio alcana uma grande quantidade de empres-rios e executivos enquanto esto dirigindo quando as pessoas esto indo e vol-tando do trabalho , constitui uma excelente mdia. Assim, ainda que o contexto atual da mdia esteja to conturbado quanto sempre foi, lembre-se de que o rdio possui algumas vantagens nicas que trabalham em prol da sua evoluo. O fato de a internet ter criado alternativas para o chamado rdio terrestre no mais no-vidade; o que realmente novo que a possibilidade de oferecer uma variedade maior de escolhas de rdio sob encomenda em razo da oferta de emissoras para o nicho da internet ou um canal exclusivo on-line cria novas oportunidades em produo, programao e performance.
Este captulo colocar o mundo do rdio, sempre em mudana e sempre emo-cionante, em perspectiva, levando-o por um pouco da histria e traando o caminho que este veculo percorreu para atingir uma caracterstica fundamental: almejar um pblico especfi co que aprecia o que uma emissora em especial tem a oferecer.
Talvez o aspecto mais interessante do estudo deste meio de comunicao seja perceber como ele se adaptou a mudanas tecnolgicas, s vezes evoluindo por
2 Segundo os institutos de pesquisa, o rdio um veculo de comunicao de massa ainda bastante forte no Brasil. Dados do Grupo de Profi ssionais de Rdio indicam que, em mdia, as pessoas ouvem 3h45min da programao diariamente, e que 95% dos lares tm pelo menos um aparelho, enquanto 63% dos veculos brasileiros rodam pelas cidades com um receptor. (NRT)
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caminhos que ningum esperava e ocasionalmente usando a ameaa de outras mdias em proveito prprio. Ao longo deste livro, faremos uso de uma seo cha-mada Rdio Retr para ilustrar como o passado infl uenciou o presente no rdio. O incio deste captulo volta-se para as origens do rdio.
O SOM DA EMISSORA
O som da emissora composto pelo emprego de vrias fontes sonoras para criar um resultado nico um determinado produto que atrai ouvintes especfi cos. a maneira como essas fontes se misturam que faz que uma emissora seja diferente das outras que brigam pela ateno de um ouvinte.
O perfi l de uma emissora vem de uma combinao do tipo de msica progra-mada, do estilo e do ritmo da fala usada pelos locutores, das tcnicas empregadas na produo de comerciais e anncios de servios pblicos, dos efeitos sonoros utilizados na apresentao de noticirios e de outras tcnicas de gravao e mto-dos de produo de som diferenciados.
FORMATOS
As emissoras de rdio comerciais ganham dinheiro ao atingir o pblico ouvinte em nome dos anunciantes que compram tempo de transmisso (veja o Captulo 16). A ateno dos ouvintes o bem mais precioso entregue aos anunciantes em troca de cotas de patrocnio e da comercializao de espaos. A audincia aferida por servios de pesquisa que usam tcnicas de amostragem para obter o nmero de ouvintes, incluindo dados como idade, sexo e renda [perfi l do ouvinte, conhe-cido no meio publicitrio por target].
O objetivo da programao de uma emissora de rdio comercial colocar algo no ar que atraia a audincia, para poder ento ser vendido aos anunciantes.
Se a programao no atingir este objetivo, haver poucos interessados em investir, o que, logicamente, resultar em pouco dinheiro entrando nos cofres da emissora. Sem dinheiro, ela no pode operar. Portanto, o objetivo no caso atrair e manter uma audincia que conquiste anunciantes. Este aspecto estratgico da programao de rdio desenvolver um formato um campo altamente es-pecializado por si s.
Da mesma forma que o rdio comercial precisa atrair e manter uma audincia especfi ca para ser bem-sucedido no mercado, as emissoras pblicas de rdio pre-cisam usar as mesmas tcnicas fundamentais para criar uma programao que sa-
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tisfaa as necessidades do seu pblico ouvinte. Embora as emissoras pblicas no vendam espao para anunciantes, precisam embalar sua programao de maneira convincente para ter quem fi nancie os programas e assinantes individuais.3
3 Lembramos que, no caso brasileiro, no temos nenhuma emissora que se encaixe nos padres inter-nacionais de emissoras pblicas, mas sim emissoras estatais, pois dependem de verbas de instncias governamentais (municipais, estaduais e federal). (NRT)
RDIO RETR O RDIO CAPTURA OUVINTES E ... IMAGINAES
Os primeiros passos do rdio no incio do sculo passado no deram nenhuma pista do papel que ele desempenharia no mundo atual. Os experimentos iniciais envolvendo o rdio,1 como os de Guglielmo Marconi e Reginald Fessender, nunca prenunciaram a era na qual este brinquedo eletrnico se tornaria uma maneira de oferecer entreteni-mento e informao ao pblico no carro, no barco, ou em casa e muito menos queles que fazem jogging, durante seu trajeto.
1 O padre gacho Roberto Landell de Moura con-
siderado por vrios estudiosos do meio radiofnico
como o verdadeiro pai do rdio. Isto porque foi ele
quem conseguiu transmitir pela primeira vez na his-
tria a voz humana a distncia, sem fi os. Isto se deu
em 1894, pelo menos um ano antes que o cientista
italiano Guglielmo Marconi tivesse feito suas primei-
ras transmisses utilizando ondas eletromagnticas.
Toda a histria respaldada pelos registros dos jor-
nais da poca indicando que Landell conseguiu sua
proeza na capital paulista, transmitindo entre um
ponto na Avenida Paulista e outro no Mirante de
Santana (bairro da zona norte da capital). Outro fa-
tor importante que Marconi fez seus experimentos
e conseguiu transmitir por ondas os cdigos do alfa-
beto criado por Morse, por isto reconhecido como o
pai da radiotelegrafi a, enquando Landell o pai da
radiofonia. Infelizmente o padre brasileiro no
conseguiu dar visibilidade a seus experimentos,
mesmo quando tentou entregar a patente ao go-
verno brasileiro. Por isso acabou perdendo o reco-
nhecimento mundial para Marconi. (NRT)
A programao dos rdios comeou como uma tentativa original de levar a oferta cultural das grandes cidades s salas de estar de toda a Amrica. Aos poucos, o veculo assumiu seu status como um com-panheiro pessoal. A programao inicial das emissoras consistia na transmisso de sinfonias ao vivo, na leitura de poemas e cobertura ao vivo de grandes eventos, jun-tamente com outros gneros, como drama, comdia de situao, e outros programas que compem muitas das atuais grades das emissoras de televiso. Alguns historiadores sustentam a opinio de que o rdio assumiu sua forma atual em 1935, quando Martin Block colocou no ar pela primeira vez seu programa Salo de Bai-les Faz de Conta, na WNEW da cidade de Nova York. A ideia do programa surgiu de uma emissora da Costa Oeste. A transmisso remota da apresentao de uma banda no salo de bailes local que havia sido programa-da acabou cancelada. Para preencher o tem-po, o locutor teve a iniciativa de conseguir algumas gravaes da banda e as veiculou no rdio. Ele defi niu o programa como prove-niente de um salo de bailes de mentirinha e assim o tempo foi preenchido. Quando Block levou a ideia para Nova York, nasceu a era do disc jockey (ou DJ) no rdio. As produes radiofnicas atingiram seu auge durante as dcadas de 1930 e 1940,
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a chamada Era de Ouro do rdio. Os pro-gramas daquele tempo eram geralmente produzidos em grandes estdios, onde a equipe de produo e os astros criavam produtos sonoros elaborados, cuja efetivi-dade dependia de tcnicas sofi sticadas de produo. Dramas eram transmitidos ao vivo porque os gravadores de rolo ainda no haviam sido inventados. A msica era executada por orquestras dentro dos est-dios, que tocavam ao vivo no programa que estava sendo transmitido. Os efeitos sonoros eram produzidos de forma criativa pela equipe de sonoplastas que trabalhava ao lado dos atores e m-sicos. Cascas de cocos, por exemplo, imi-tavam o som das batidas dos cascos de cavalos no cho, e o barulho de celofane perto do microfone recriava o estalar do fogo. O arranjo e a orquestrao de vrias fontes sonoras combinavam-se para criar o efeito desejado na mente do pblicoouvinte. Eram elaborados oramen tos, grandes quantidades de pessoas eram envol vidas, e os scripts geralmente eram complexos. A produo fez que a Era de Ouro fosse de ouro. Hoje em dia, o que sustenta o rdio a msica gravada, intercalada com notcias e conversas e, claro, mensagens comer-ciais, que pagam pela operacionalizao da maioria das emissoras. Quando a televiso
dominou as salas de estar dos lares ame-ricanos e ofereceu, de forma muito mais explcita, o drama e uma variedade de g-neros, a fi gura do DJ se tornou dominante no rdio. A msica, o noticirio e a perso-nalidade, numa mistura cuidadosa conhe-cida como formato, tornaram-se a medida da habilidade de empresas do setor atra-rem os ouvintes. O desenvolvimento de tecnologias de estado-slido, e, mais tarde, de eletrni-cos com microchips, livrou este meio de comunicao de seu hardware volumoso e imvel. Na praia, no carro e nas ruas da ci-dade, o rdio pode ser um companheiro constante at mesmo do ouvinte mais ati-vo. A liberdade em relao aos programas longos (de meia hora e uma hora inteira) que um dia caracterizaram o rdio, e ainda marcam a programao de TV, fez a infor-mao circular rapidamente no veculo hertziano. Por exemplo, quando as pessoas querem saber de uma notcia de ltima hora, geralmente optam pelo rdio. Tudo isso tem um grande signifi cado para qualquer pessoa que queira compre-ender as suas tcnicas de produo. A pro-duo no rdio a conjuno de vrias fontes sonoras para alcanar um propsito relacionado programao das emissoras. Voc, como produtor de rdio, respons-vel pelo perfi l da emissora.
ALCANANDO UMA AUDINCIA ESPECFICA
Diferente da televiso, que tenta atrair segmentos mais amplos de pblico com seus programas, o rdio se desenvolveu como meio voltado a grupos menores, os chamados pblicos-alvo. Por exemplo, uma emissora pode escolher tocar rock para atrair um segmento mais jovem. (Segmento a caracterstica estatstica das popu-
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laes humanas; a palavra usada no singular na indstria da comunicao para designar qualquer foco da audincia.) Ao atrair um segmento do pblico (como pessoas de certa idade, sexo ou com uma determinada renda) que divide uma preferncia por um certo tipo de msica, uma emissora pode esperar atrair anun-ciantes que queiram vender produtos para ouvintes desse grupo.
COMO O PBLICO-ALVO AFETA O FORMATO
Muita pesquisa e muito esforo foram realizados para determinar os tipos de pro-gramao que atraem diferentes pblicos. O resultado desses esforos tem sido a identifi cao de formatos que atraem parcelas especfi cas da populao. Um deles o arranjo dos elementos da programao, em geral gravaes musicais, numa se-quncia que atrair e manter o segmento de pblico que uma emissora est pro-curando. Por exemplo, um formato chamado Top 40 ou CHR (Contemporary Hit Radio Rdio de Sucessos Contemporneos) construdo em torno de gra-vaes que so as mais populares dentre as mais vendidas atualmente a um pblico composto majoritariamente de adolescentes e de pessoas com idade em torno dos 20 anos. Ao tocar essas gravaes de forma adequada, uma emissora atrair certa quantidade de ouvintes dessas faixas etrias. Quanto mais adolescentes e jovens adultos ouvirem a emissora, mais ela chamar a ateno dos anunciantes, mas como o espao publicitrio reduzido diante da demanda, isso far que ela possa cobrar dos interessados valores mais altos para atingir esse valioso pblico-alvo.
Existem muitos outros formatos, como o CHR (uma verso mais nova e in-clusiva do formato Top 40), adult contemporary (que atinge adultos com msica moderna), urban, country, classic rock (que agora tem posio fi xa na FM), chris-tian, latin, modern rock, dance e classical. Existem ainda outros especializados, como urban contemporary, ethnic, smooth jazz e notcias, que desenvolveram vrias formas, incluindo all-news, news-talk e outros hbridos.4
Embora existam alguns formatos muito compactos e nomes para descrev-los muito variados, pelo menos quatro deles news-talk, adult contemporary, popular
4 O mercado brasileiro de rdio no tem as mesmas caractersticas econmicas nem demogrfi cas se comparado ao norte-americano. Isto fez que ao longo dos anos as emissoras nacionais no desenvol-vessem uma variedade to grande de formatos de programao, pois reclamam que no h pblico para muitas variveis. Outro fator diferenciador que no temos a mesma tradio em elaborao de pesquisas que norteiam o desenvolvimento de produtos (programas) diferenciados para cada regio ou emissora. Desta forma, as empresas do setor acabam por replicar as mesmas formas bsicas de progra-mao, sendo a musical a mais utilizada, pois requer menos investimento. (NRT)
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QUANTOS TIPOS DE RDIO EXISTEM NO BRASIL? por Gabriel Passajou
difcil classifi car os formatos de rdio no Brasil. Isso se deve ao fato de no existir uma forma ofi cial de rotular as emissoras. Na verdade, cada um de ns temos uma maneira de organizar os estilos e isso gera algumas confuses. A principal delas con-siderar emissoras como a Jovem Pan, Mix ou Metropolitana como jovens. Como se apenas jovem ouvisse rock, dance ou reg-gae. E os jovens que gostam de sertanejo, pagode e outros ritmos populares? Como que fi cam? Por isso, o melhor jeito de classifi car as emissoras relacion-las ao estilo de msica que tocam ou ao pblico a que se destinam e nunca a faixa etria. Di-vido as rdios em seis grupos: pop, popular, adulta, news, corporativas e religiosas. O problema surge quando queremos especifi -car as categorias desses grupos. Classifi co-as, portanto, assim:Pop: Ecltica rock, dance, RnB, hiphop, reggae e afi ns. Ex.: Jovem Pan, Mix, Metro-politana. Segmentada S tocam um es-tilo musical. Ex.: Kiss FM (rock), Energia FM (dance).Popular: Ecltica sertanejo, pagode, hits de novelas etc. Ex.: Band, FM O dia. Hbrida O mesmo que ecltica, mas inclui estilos
considerados pop, principalmente Rnb e pop-rock. Ex.: Beat 98. Segmentada Ape-nas divulgam um estilo musical. Ex.: Tupi-SP, Liberdade-MG e Terra-GO (sertanejo).Adulta: Ecltica - easy listening, jazz, MPB, erudito etc. Ex.: Eldorado, Globo, Paradiso, Alpha. Segmentada s tocam um estilo musical. Ex.: Antena 1 (soft music e fl ash-backs internacionais), Nova Brasil (MPB).News: Aqui temos duas grandes represen-tantes: CBN e Band News.Corporativas: Embora novas (e em peque-no nmero) no cenrio brasileiro, trata-se de uma tendncia crescente em praas im-portantes. So rdios patrocinadas por ape-nas uma empresa, que lhe do o nome e tem por objetivo a identifi cao com os seus consumidores e vendas futuras com poten-ciais clientes. Ex.: Oi, Sul Amrica, Mit.Religiosas: Basicamente temos duas cate-gorias: evanglica e catlica.Lembro que esta uma classifi cao pes-soal, mas acredito seja bastante precisa em relao aos principais formatos de rdios no Brasil.
__________Fonte: Extrado de http://gabrielpassajou.com, em
22 dez. 2009.
hits e black-specifi c representam mais da metade do que se ouve no rdio norte--americano.5
Um formato, lembre-se, mais do que msica. A frmula para se construi-lo pode ser expressa como produo, personalidade e programao. A maneira como esses trs elementos esto integrados num formato depende de uma deciso de marketing tomada pela gerncia da empresa, geralmente baseada em uma cuida-
5 Radio Feels the Heat of High-Tech Competition, Pittsburgh Post-Gazette, 30 jan. 2005, E-3; XM Satellite Radio, XM Satellite Radio tops six million subscribers, press release, 4 jan. 2006; Sirius Sa-tellite Radio, Sirius Satellite Radio passes 3 million subscribers, press release, 27 dez. 2005.
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Este livro traz uma abordagem inovadora para o mercado de radiodifuso brasileiro por agregar teoria e prtica mescladas s tcnicas necessrias para a produo e programao de rdio. Esta obra tambm reafirma a mxima de que a tecnologia no um fim em si, mas a ferramenta para a comunicao humana em diversos nveis. Com texto claro e objetivo, os autores trazem a histria desse meio considerado mgico at nossos dias, tratando do seu desenvolvimento tcnico, das primeiras transmisses at o surgimento do podcasting, passando pelo streaming e o rdio HD. O leitor ir encontrar vrios boxes contendo sees que iro propor discusses importantes para reflexes tanto dos profissionais da rea como dos acadmicos.Seus captulos abordam questes especficas sobre as novidades na indstria do rdio; analisa tendncias recentes que resultaram em mesas de som virtuais; mostra a mudana dos aparelhos de produo, como toca-discos, MDs, CDs, e discute os formatos MP3 e os mtodos de reproduo. Trabalha com a produo de comerciais, com exemplos atualizados de scripts e sua integrao com outras mdias; trata da produo de notcias e da produo esportiva (externas). E como no podia deixar de ser, das relaes entre pblico e formatos, rdio no comercial, edio eletrnica, produo de programa gravado e ao vivo, e muito mais.
AplicaesObra recomendada para as reas de Rdio, Produo Radiofnica, Radiojornalismo, Produo Publicitria, Comunicao Social, Histria da Comunicao e Tecnologia da Comunicao.
Sobre os autoresCarl Hausman (Ph.D., Union Graduate School; ps-doutorando da New York University) professor de jornalismo da Rowan University em Glassboro, NJ. autor de 23 livros, incluindo vrios textos sobre radiodifuso e jornalismo, artigos e colunas. Apresenta vrios talk shows, entre os quais OReilly Factor; World News Now da ABC, com Anderson Cooper; Capitol Voices da Radio CBS e Outlook da CNN. Ex-mediador de talk shows e ncora, Hausman tambm emprestou sua voz a trabalhos de narrao para um grande nmero de clientes institucionais e corporativos. Sua especialidade acadmica tica nos Meios de Comunicao, sobre a qual escreveu dois livros.
Fritz Messere (M.A., State University of New York, Oswego) reitor interino da School of Communication, Media and the Arts na SUNY Oswego. professor de radiodifuso e telecomunicaes e ex-presidente da Communication Studies. Messere trabalhou em rdio e televiso e tem vasta experincia em produo e ps-produo. Atuou, tambm, como assistente externo da FCC Commissioner Mimi Dawson e foi membro da Annenberg Washington Program in Communication Policy Studies.
Lewis ODonnell (1930-2007) Lewis B. ODonnell (Ph.D, Syracuse University) aposentou-se pela State University of New York, em Oswego, onde conquistou o cargo de Professor Emrito de Estudos da Comunicao. ODonnell, ex-presidente da emissora de rdio de seu grupo, ocupou bom nmero de cargos de superviso e execuo no rdio e na televiso. Foi premiado com o Frank Stanton Fellowship pela International Radio and Television Society e recebeu o New York State Chancellors Award pela sua Excelncia no ensino.
Philip Benoit (M.A., State University of New York, Oswego), professor adjunto de jornalismo na Pennsylvanias, Millersville University, Pennsylvania, oferece consultoria em comunicao para empresas e organizaes sem fins lucrativos. coautor de quatro livros no campo das relaes pblicas em radiotelecomunicaes e escreveu anlises publicadas no The New York Times, The Chronicle of Higher Education e outros grandes jornais. Apoiado na expertise que adquiriu durante sua carreira acadmica como integrante da faculdade e administrador, Benoit trabalhou como consultor em comunicaes e relaes com a mdia para grandes corporaes e empresas sem fins lucrativos, incluindo a Armstrong World Industries em Lancaster, PA, e a Choose Responsibility, estabelecida em Washington, DC. Entre outras atividades, como oficial do Exrcito dos Estados Unidos, esteve frente das operaes militares de radiotransmisso na Alemanha e no Vietn e lecionou por nove anos na State University of New York, Oswego, onde ajudou a implantar o programa de radiotelecomunicao. Tambm ocupou cargos como executivo snior em faculdades de artes.
Outras obrasManual de FotografiaJames A. Folts, Ronald P. Lovell & Fred C. Zwahlen, Jr.
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