Reator Batelada

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    Reator em Batelada com Volume Variável

    Estes reatores são muito mais complexos que os simples reatores em batelada comvolume constante.

    O seu uso principal seria no campo de microprocessamento, onde um tubo capilar comesfera móvel representaria o reator (veja figura abaixo).

    O progresso da reação é seguido pelo movimento da esfera com o tempo,procedimento este muito mais simples que tentar medir a composição da mistura,

    especialmente para microrreatores. Assim,

    V o = Volume inicial do reator

    V = volume em um tempo t

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    Este tipo de reator pode ser usado para reações tendo uma estequiometria simples,em operações isotérmicas e a pressão constante. Para tais sistemas, o volume é

    linearmente relacionado a conversão:

    )1(0   A A X V V      Ou A

     A

    V V  X 

     0

    0 )(  

    Ou ainda A

     AV 

    dV 

    dX   0

    Onde ε A  é uma fração de variação no volume do sistema, entre conversão nula e

    conversão completa do reagente A, Logo:

    0

    01

     

     A

     A A

     X 

     X  X 

     A

    V V  

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    Como exemplo do uso de ε A, considere a reação isotérmica em fase gasosa:

     R A   4   

    Começando com o reagente A puro,

    31

    14

     A 

    Mas com 50% de inertes presentes no início, dois volumes de mistura reacional resultam

    em cinco volumes de mistura final, considerando conversão completa.

    5,12

    25

     A 

    Vemos então que ε A  leva em consideração tanto a estequiometria da reação como apresença de inertes. Notando que:

    )1(0   A A A   X  N  N   

    Combinado com a equação para a variação de volume, temos:

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    4

     A A

     A

     A

     A A

     A A A

     A

     X 

     X C 

     X V 

     X  N 

     N C 

        

    1

    1

    )1(

    )1(0

    0

    0

    Assim:

    0

    0

    0   /1

    /1

    1

    1

     A A A

     A A

     A

     A A

     A

     A

     A

    C C 

    C C  X ou

     X 

     X 

        

    Que é a relação entre conversão e concentração para sistemas isotérmicos com volume

    variável (ou densidade variável), satisfazendo a suposição de linearidade da equação quedescreve o volume variável.

    A taxa de reação (consumo do reagente e A ) é em geral:

    dt 

    dN 

    V r 

      A

     A

    1

    Substituindo V  dado pela eq. de volume e N  A, temos:

    dt 

    dX 

     X 

    C r 

      A

     A A

     A

     A

    )1(

    0

      Em termos

    de V : dt 

    V d C 

    dt 

    dV 

    C r 

     A

     A

     A

     A

     A

    )(ln00

      

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    Método Diferencial de Análise

    O procedimento para análise diferencial de dados isotérmico com volume variável é o

    mesmo usado na situação com volume constante, exceto que troca-se:

    dt 

    V d C ou

    dt 

    dV 

    C  por 

    dt 

    dC 

     A

     A

     A

     A A   )(ln00

      

    Esta transformação indica que a partir de um gráfico de lnV   em função de  t , é possível

    determinar os valores de – r  A, ou seja, -dC  A /dt   em qualquer ponto através da inclinação da

    reta que passa sobre este ponto.

    Método Integral de Análise

    Infelizmente, apenas algumas das formas simples de taxa conseguem ser integradas de

    modo a se obter expressões de V  versus t  que sejam manipuláveis, conforme indicaremos a

    seguir:

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    Reações de Ordem Zero

    Para uma reação homogênea de ordem zero, a taxa de variação de qualquer reagente A

    é independente da concentração dos materiais:

    k dt 

    dX 

     X 

    dt 

    V d C r    A

     A A

     A

     A

     A A  

         1

    )(ln 00

    Separando as variáveis e Integrando-se, temos:

    kt  X C 

    V C 

     X 

    dX C   A A

     A

     A

     A

     A

     X 

     A A

     A A

     A

      )1ln(ln10

    0

    0

    0

    0       

    Conforme indicado na figura abaixo, o logaritmo da fração de variação do volume em

    função do tempo resulta em uma linha reta com inclinação k ε A /C  A0 .

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    7

    Obs.: A coordenada do eixo Y, ln(V/V 0  )  pode ser substituída por ln(1+ ε A X  A )  quando se

    mede a evolução da reação através da conversão X  A.

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    8

    Reações de Primeira Ordem

    Para uma reação unimolecular de primeira ordem, a taxa de variação do reagente A é:

     A A

     A A A

     A

     A A

     X 

     X kC kC 

    dt 

    V d C r 

        

    1

    )1()(ln0

    0

    Separando as variáveis e Integrando-se, temos:

    kt V 

    V  X 

     X 

    dX  A X 

     A

     A

     A

     A  

      

       

    0   0

    1ln)1ln(1    

    Conforme indicado na figura abaixo, um gráfico de – ln(1- V/ ε AV 0  )  em função de t resulta

    em linha reta com inclinação igual a k .

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    Obs.: A coordenada do eixo Y, – ln(1- V/ ε AV 0  ) pode ser substituída por – ln(1-X  A ) quando se

    mede a evolução da reação através da conversão X  A.

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    10

    Reações de Segunda Ordem

    Para uma reação bimolecular de segunda ordem:

    2

    2

    0

    20

    1

    1)(ln 

      

     

     A A

     A A A

     A

     A A

     X 

     X kC kC 

    dt 

    V d C r 

      

    Trocando XA por V e integrando, obtemos após algumas manipulações algébricas:

    t kC V 

    V V 

    V  A

     A

    a

     A

     A0

    000

    0 1ln)1(

     

      

       

     

     

     

     

    00,  B A   C C com produtos B A    produtos A 2 ou

    A taxa é dada por:

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    11

    Conforme indicado na figura abaixo, um gráfico de ((1+ε A ) V/(V 0 ε A- V))+ε Aln(1- V/ ε AV 0  ) 

    em função de t resulta em linha reta com inclinação igual a kC  A0 .

  • 8/19/2019 Reator Batelada

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    Introdução a Projeto de Reatores 

    Em projeto de reatores, nós queremos saber que capacidade, tipo de reator e método

    de operação  são melhores para uma dada reação. Como isto pode requerer que as

    condições no reator variem com a posição  e o tempo, esta questão só pode serrespondida por uma integração adequada da equação de taxa para a operação.

    Isto pode ser difícil porque a temperatura e a composição dos reagentes podem variar 

    ao longo do reator, dependendo do caráter exotérmico ou endotérmico da reação, da

    taxa de adição/remoção de calor e do tipo de escoamento do fluido através do reator.

    O equipamento em que as reações homogêneas são realizadas pode ser de três tipos:

    • Reator descontínuo (em Batelada);

    • Reator contínuo (em estado estacionário);

    • Reator em estado transiente (semibatelada).

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    13

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    14

    Balanço Material

    O ponto de partida para o projeto de um reator é o balanço material expresso para

    qualquer reagente (ou produto). Assim como ilustrado na figura abaixo, temos:

    Reagente consumido pela reação no

    elemento de volume

    Acúmulo de reagente no

    elemento de volume

    Elemento de volume do reator

    Sáida de reagenteEntrada de reagente

    Velocidade do

    fluxo reagente

    entrando no

    elemento

    Velocidade do

    fluxo reagente na

    saída do

    elemento

    = +

    Velocidade das perdas

    de reagente, devidas a

    reações química no

    elemento e volume + Velocidade de

    acumulação do

    reagente no

    elemento

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    15

    Quando a composição no interior do reator do reator for uniforme (independente

    da posição), o balanço material poderá ser feito sobre todo o reator.

    Quando a composição variar com a posição, o balanço material deverá ser feito

    sobre um elemento diferencial de volume e integrado ao longo de todo o reatorpara as condições próprias de escoamento e concentração.

    Obs.: Os diversos tipos de reatores admitem certas simplificações, e a expressão

    resultante integrada, torna-se a equação básica de projeto da unidade.

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    16

    Balanço de Energia

    Em operações não isotérmicas, os balanços de Energia têm de ser usados em conjunção

    com os balanços materiais

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    17

    O balanço material e o de energia estão conectados pelo terceiro termo de ambas as

    equações, uma vez que o efeito térmico é produzido pela reação.

    Reatores Contínuos e Descontínuos

    iI inertescomrRbBaA     

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    18

    Símbolos e Relações entre CA e XA

    Existem duas medidas de extensão (ou grau de avanço) da reação, que se relacionam: a

    concentração C  A e a conversão X  A. No entanto, a relação entre C  A e  X  A  freqüentemente

    não é óbvia e depende de muitos fatores. Isto leva a três casos especiais:

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    19

    Caso Especial 1: Sistemas Descontínuos e Contínuos com densidade Constante 

    Este caso inclui a maioria das reações líquidas e também aquelas gasosas realizadas a

    temperatura e densidade constante. Aqui C  A e X  A estão relacionado da seguinte forma:

    00

    01

     A

     A A

     X 

     X  X 

     AV 

    V V  

    000

    0 1

    /

    /1

     A

     A

     A

     A

     A

     A A A

    V  N 

    V  N 

     N 

     N  N  X   

    0 A

     A A

    dC dX    e

     A

     A

     A  X C 

    C 1

    0

     A AO A   dX C dX    e

    Para

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    20

    De modo a relacionar as variações de B e R com A, nós temos:

    C C 

    b

    C C 

    a

    C C   R R B B A A   000  

    ou

    b

     X C 

    a

     X C   B B A A   00

    Caso Especial 2: Sistemas Descontínuos e Contínuos de gases com densidade

    variando, porém com T e π constantes 

    A densidade varia por causa da variação no número de mols durante a reação. Além

    disto, nós requeremos que o volume de um elemento fluido varia linearmente com a

    variação da conversão: V=Vo(1+εA.XA)

     A

     A A A

     A A A

     A A A

     A A A   dC 

    C C 

    C dX e

    C C 

    C C  X 

    2

    0

    0

    0

    0

    )(

    )1(

     

     

       

     A

     A A

     A

     A

     A

     A A

     A

     A

     A dX  X C 

    dC e

     X 

     X 

    C 2

    00   )1(

    1

    1

    1

     

     

       

    00

    01

     A

     A A

     X 

     X  X 

     AV 

    V V  

    Para

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    21

    A fim de seguir as mudanças em outros componentes, temos: 

    Entre

    Reagentes

     B B A A   X  X        

    00   B

     B

     A

     A

    b

    a     

    Paraprodutos

    e Inertes

     A A

     A R A

     A

     R

     X 

    C C  X ar 

     

    1

    /)/( 00

    0

     A A I 

     I 

     X C 

     

    1

    1

    0

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    22

    Caso Especial 3: Sistemas Descontínuos e Contínuos para gases em geral (variando ,

    T, π) 

    Que reagem de acordo com: 

    r barRbBaA      

    Escolha uma reagente como a base para determinar a conversão. Nós chamamos este

    componente de reagente chave. Faça A este reagente, Então, para o comportamento de

    gás ideal : 

     

      

     

    0

    0

    0000

    000

    1

    1

    )/)(/(1

    )/)(/(1

      

      

          

        

     X 

     X 

    C ou

    T T C C 

    T T C C  X 

     A A

     A

     A

     A

     A A A

     A A A

     

      

     

    0

    000

    0

    000

    00000

    1

    )/()/(

    )/)(/()/()/)(/()/(

      

      

     

         

        

     X 

     X abC C 

    ouT T C C abT T C C C C  X 

     A A

     A A B

     A

     B

     A B A

     A B A B A

  • 8/19/2019 Reator Batelada

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    23

     

      

     

    0

    000

    0   1

    )/()/(

      

      

        T 

     X 

     X ar C C 

     A A

     A A R

     A

     R

    Para o comportamento de gás não ideal a alta pressão, troque: 

     

      

     

     

      

     

    0

    00

    0

    0

      

      

      

      

     zT 

    T  z 

    Onde z é o fator de compressibilidade. Para mudar o reagente chave, por B

    por exemplo: 

    b

     X C 

    a

     X C e

    b

    a  B B A A

     B

     B

     A

     A   00

    00

        

    Para líquidos ou gases sem variação de p, T e  : 

    10

    0

    0   

      

     

    T e A

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    24

    Reatores Ideais para Reações Simples 

    Principais reatores Ideais:

    i) Reator em Batelada (batch reactor - BR);

    ii) Reator com escoamento pistonado ( plug flow, slug flow ou piston flow );

    iii) Reator de mistura perfeita (mixed reactor, backmix reactor  ou CSTR).

  • 8/19/2019 Reator Batelada

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    25

    i) Reator Descontinuo Ideal (reator em batelada);

    Fazendo-se um balanço material para qualquer componente A. Geralmente selecionamos

    o componente limitante. Em um reator em batelada, uma vez a composição é uniforme

    em todo o reator em qualquer t, podemos fazer um balanço global. Desde que nenhum

    fluido seja adicionado ou retirado da mistura durante a reação:

    Entrada = Saída + Consumo na reação + Acúmulo

    = 0  = 0 

    Avaliando os termos da equação anterior:

    Taxa de consumo do reagente A Taxa de acúmulo

    no interior do reator, devido do reagente A, no

    à reação química interior do reator  

  • 8/19/2019 Reator Batelada

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    26

    Projeto para Reações Simples 

    Há diversos modos de se processar um fluido: em um único reator descontínuo

    (batelada) ou contínuo; em uma série de reatores, em um reator com reciclo, usando

    várias condições e razões de alimentação. Qual esquema devemos usar?

    Muitos fatores dever sem considerados para responder esta questão.

    O tipo de reação;

     A escala planejada de produção;

    O custo do equipamento e de operação;

     A segurança, estabilidade e a flexibilidade de produção;

     A expectativa de vida do equipamento;

    O tempo necessário para produzir o produto;

     A facilidade de adaptação do equipamento a novas condições operacionais oua novos e diferentes processos.