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    APOSTILA 2009.2

    TECNOLOGIA EM GESTO DE

    RECURSOS HUMANOS

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    Sumrio

    1. SOCIODIVERSIDADE ____________________________________________________________________________________ 32. MULTICULTURALISMO___________________________________________________________________________________ 33. TOLERNCIA ____________________________________________________________________________________________ 34. INCLUSO ______________________________________________________________________________________________ 45. EXCLUSO E MINORIAS _________________________________________________________________________________ 46. BIODIVERSIDADE _______________________________________________________________________________________ 57. ECOLOGIA ______________________________________________________________________________________________ 68. MAPAS SCIO E GEOPOLTICO __________________________________________________________________________ 79. GLOBALIZAO _________________________________________________________________________________________ 710. ARTE, CULTURA E FILOSOFIA _________________________________________________________________________ 811. CULTURA _____________________________________________________________________________________________ 812. FILOSOFIA ___________________________________________________________________________________________ 913. POLTICAS PBLICAS: EDUCAO, HABITAO, SANEAMENTO, SADE, SEGURANA EDESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL __________________________________________________________________________ 1014. REDES SOCIAIS E RESPONSABILIDADE: SETOR PBLICO, PRIVADO, TERCEIRO SETOR ______________ 1115. RELAES INTERPESSOAIS__________________________________________________________________________ 1116. VIDA URBANA E RURAL ______________________________________________________________________________ 1217. INCLUSO/EXCLUSO DIGITAL ______________________________________________________________________ 1218. DEMOCRACIA E CIDADANIA _________________________________________________________________________ 1319. VIOLNCIA __________________________________________________________________________________________ 1420. TERRORISMO________________________________________________________________________________________ 1421. AVANOS TECNOLGICOS___________________________________________________________________________ 1522. RELAES DE TRABALHO____________________________________________________________________________ 1623. TECNOCINCIA ______________________________________________________________________________________ 1924. PROPRIEDADE INTELECTUAL_________________________________________________________________________ 2025. DIFERENTES MDIAS E TRATAMENTO DE INFORMAO ______________________________________________ 2026. ACOMPANHAMENTO E COMPREENSO DAS TENDNCIAS NA REA DE RECURSOS HUMANOS_________ 2327. AVALIAO DO PAPEL DO COMPORTAMENTO HUMANO NA GESTO ORGANIZACIONAL_______________ 2328. GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE RECURSOS HUMANOS _______________________________________ 2429. PLANEJAMENTO, ELABORAO E IMPLANTAO DAS ESTRATGIAS DE RECURSOS HUMANOS DEACORDO COM AS ESTRATGIAS EMPRESARIAIS. ____________________________________________________________ 2430. CAPACIDADE DE LIDERANA, NEGOCIAO E DE TRABALHO EM EQUIPE_____________________________ 2531. GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE MUDANA ORGANIZACIONAL__________________________________ 2532. APLICAO DA TECNOLOGIA DA INFORMAO NA GESTO DE RECURSOS HUMANOS________________ 2633. AVALIAO E MONITORAMENTO DA CULTURA ORGANIZACIONAL DE ACORDO COM O CONTEXTO DASOCIEDADE BRASILEIRA ____________________________________________________________________________________ 2634. UTILIZAO E AVALIAO DE INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTO DE RECURSOS HUMANOS

    2635. MEDIAO DAS RELAES TRABALHISTAS E SINDICAIS_____________________________________________ 2736. TOMADA DE DECISES COM BASE NS PRINCPIOS DA GESTO DE RECURSOS HUMANOS____________ 2837. MODELO DE QUESTES APLICADAS NA PROVA ______________________________________________________ 28

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    1. SOCIODIVERSIDADESociodiversidade a posse de recursos sociais prprios, de modelos diferentes de autoridadepoltica, de acesso a terra ou de padro habitacional, de hierarquias prprias de valores ou prestgio.

    Alm de ser um princpio disciplinar da antropologia, a sociodiversidade um requisitoimprescindvel para a reproduo das sociedades indgenas nos nichos espaciais e polticos a elasreservados no panorama global, e, nesse sentido a reflexo sobre sociodiversidade precisa colocarem discusso como essa sociodiversidade tem sido tematizada no movimento ambientalista e naspolticas pblicas, avaliando-se as implicaes destas vises e destas polticas para asustentabilidade ambiental e para a continuidade sociocultural e qualidade de vida destaspopulaes.

    Para entender a sociodiversidade brasileira preciso refletir sobre o modo como os povos indgenana Amrica Tropical e Subtropical desenvolveram nas suas cosmologias - modos de objetivao danatureza (outras formas de vida, animais, humanos, astros, etc.) e da sociedade - avaliando asimplicaes desses modos de objetivao nas suas prticas de reproduo societria e ambiental,aprofundado a nossa compreenso desses modos de identificao (Descola, 2000) e permitido umaconscincia mais profunda de nossos prprios regimes de objetivao e dos princpios diretores denossas prprias cosmologias. Com base nesse debate poderemos tambm aprofundar acompreenso de nossa forma de conceber natureza e sociedade e suas implicaes nas prticassociais.

    2. MULTICULTURALISMOForma moderna de luta poltico-econmica que fomenta a miscigenao. Visando a massificao dosindivduos, retirando-lhes todas as suas referncias e ligaes culturais, este recente movimentofilosfico abre a porta globalizao quer econmica, defendida pelos liberais moderados, quercultural, defendida pelos revolucionrios. Uns e outros, por motivos diferentes, vem interesses nodesenraizamento humano. Contudo a experincia do multiculturalismo no positiva, pois os

    confrontos entre os diferentes grupos tnicos so freqentes. Como conseqncia aumenta odesespero, a infelicidade, a depresso e a criminalidade. O multiculturalismo mata a diferena eprovocar a extino da riqueza tradicional como os costumes e os povos menos adaptados smudanas antinaturais.

    a. Os limites do multiculturalismoPara vrios autores, o multiculturalismo aparece como um mal necessrio. Discute-se muito comoaperfeioar o sistema, limitando seus efeitos perversos e melhorando a vida dos atores sociais. Emalguns casos, o multiculturalismo provoca desprezo e indiferena, como acontece no Canad entrehabitantes de lngua francesa e os de lngua inglesa. Nos EUA, esta militncia s fez acentuar asrivalidades tnicas. Ao denunciar seus adversrios, tais polticas terminam por estigmatiz-los e

    acabam, tambm, por dar uma dimenso tnica s relaes sociais.

    Sabemos que nem todos os membros das minorias so desfavorecidos e os que sabem aproveitar asvantagens so raramente os mais desfavorecidos. Por outro lado, existem grupos da populaorealmente desfavorecidos que no pertencem s minorias tnicas. Neste caso, todas as diferenaspodem ser defendidas? Sabemos que h o risco de opresso do grupo cultural sobre seus membros:como proteger a minoria das outras minorias, os explorados dos excludos? Por vezes, ocorre atcontrrio, pois foi invocando a noo de Direito que os brancos de origem holandesa defenderam osistema do "apartheid". Muitos pensadores, entre eles Charles Taylor, autor de Multiculturalismo,Diferena e Democracia, acreditam que toda a poltica identitria no deveria ultrapassar a liberdadeindividual. Indivduos, no seu entender, so nicos e no poderiam ser categorizados.

    3.

    TOLERNCIAA palavra tolerncia, provm da palavra Tolerare que significa etimologicamente sofrer ou suportarpacientemente. O conceito tolerncia radica numa aceitao assimtrica de poder: a) Tolera-seaquilo que se apresenta como distinto da maneira de agir, pensar e sentir de quem tolera; b) Quem

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    tolera est, em princpio numa posio de superioridade em relao aquele que tolerado. Nestesentido pode ou no tolerar.A tolerncia pressupe sempre um padro de referncia, as margens de tolerncia e aquilo que seassume como intolervel.

    A tolerncia pode surgir como a simples aceitao das diferenas entre aquele que tolera e otolerado, ou como a disponibilidade do primeiro para integrar ou assimilar o segundo.

    4. INCLUSOA idia de incluso uma manifestao social bastante contempornea, que vem sendo defendida edifundida entre os mais variados setores da sociedade.Contudo, as evidncias histricas demonstram que esse fenmeno surgiu e se desenvolveurelacionado, principalmente, causa da defesa da pessoa com deficincia.

    Tal movimento teve incio a partir da dcada de 80, mais precisamente em 1981, quando aOrganizao das Naes Unidas ONU, realizou o Ano Internacional das Pessoas Deficientes.

    A Assemblia Geral da ONU, ocorrida em Dezembro de 1990, um marco desse desenvolvimento,pois, atravs da Resoluo N. 45/91, que explicitou o modelo de Sociedade Inclusiva, tambmdenominada Sociedade para Todos, determina que esta deve ser estruturada para atender snecessidades de cada cidado, baseando-se no princpio de que todas as pessoas tm o mesmovalor perante a sociedade (FERREIRA,1999).

    A sociedade aberta s diferenas aquela em que todos se sentem respeitados e reconhecidos nassuas diferenas. O pluralismo respeita as diferenas e se constitui como eixo central de um processodemocrtico. Saber respeitar as diferenas talvez seja a tarefa mais difcil da sociedadecontempornea, pois a mesma sociedade que homogeneza a partir da construo de modelos pr-estabelecidos.

    Sendo assim, Werneck (1997, p.21) afirma que a sociedade para todos, consciente da diversidadeda raa humana, estaria estruturada para atender s necessidades de cada cidado, das maiorias sminorias, dos privilegiados aos marginalizados.

    Mantoan (2001, p.51) destaca ainda que no lidar com as diferenas no perceber a diversidadeque nos cerca nem os muitos aspectos em que somos diferentes uns dos outros e transmitir,implcita ou explicitamente, que as diferenas devem ser ocultadas, tratadas parte.

    O conceito de incluso se expande medida que no somente defende grupos de pessoas comdeficincia, mas tambm reivindica igualdade de direitos para todos os cidados que, por um motivoqualquer, estejam excludos de um ambiente social e dos servios oferecidos pela sociedade.Caminha, portanto, no sentido de uma sociedade para todos e do reconhecimento de que a

    sociedade deve ser plural e aberta s diferenas.

    5. EXCLUSO E MINORIASO conceito excluso comeou a ser usado pelas cincias sociais em meados da dcada de 80,especialmente aps a crise dos Estados e paradigmas socialistas. A exemplo de muitos outrosconceitos, tais como: movimento, revoluo, massa, etc., este tambm foi emprestado deoutras cincias. Sua origem vem da lgica da matemtica, especificamente, da teoria dos conjuntos,segundo a qual forma-se conjunto com os elementos iguais. Portanto, pertencer ou no, estarincludo ou excludo depende do elemento ser igual ou diferente ao conjunto dos elementospredominantes.

    Essa idia da lgica da matemtica, para as cincias sociais tem sido um achado. O conceito uminstrumento para explicar de maneira clara, objetiva, precisa e didtica o fenmeno que ocorre nomundo da globalizao. A sociedade determinada, organizada e regida pela lgica do mercado denatureza excludente. H na sua essncia a mesma lgica inspiradora, ordenadora e fundante dateoria dos conjuntos.

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    Como chave hermenutica, o conceito excluso nos permite entender e explicar um fenmenoextremamente situado no seio da sociedade contempornea, o qual, os velhos conceitos da teoriamarxista, tais como: luta de classes, dominao, explorao, oprimidos ou empobrecidos,no conseguiam atingir essa complexidade. Em geral, esses conceitos tinham uma forte influncia

    de uma concepo economicista dos conflitos sociais. Por sua vez, o conceito excluso nos permiteperceber as diversas formas de se excluir na sociedade. A excluso no ocorre apenas por motivoseconmicos, mas tambm, por motivos polticos, culturais, tnicos, religiosos, etrios, sexuais, etc.De qualquer maneira, h no conceito uma forte carga poltica de denncia. O conceito no neutro,ingnuo ou inofensivo. Ele, entre outras coisas, denncia uma situao de conflito e desigualdade. Aexcluso decorrente de uma lgica perversa que determina as relaes sociais. No conceito estimplcito o outro aquele que faz excluso, o vencedor. Os excludos so seres concretos,historicamente derrotados e humilhados, margem da vida social, descartveis, quase semperspectivas de vida. So os pobres, miserveis, indigentes, desempregados, doentes, portadoresde deficincias, ndios, negros, gays, lsbicas, etc., os que no tem acesso ao mercado, emprego,previdncia, educao, sade, terra, moradia e qualquer direito fundamental. So aqueles aos quaisse lhes nega sistematicamente a cidadania.

    Os excludos tm na luta pela cidadania no s uma nova estratgia, mas um novo paradigma. Aluta pela cidadania a luta pelos direitos iguais. Isso, no s tem inspirado e mobilizado osexcludos, mas, assim de tudo, tem nos permitido refletir sobre os fundamentos de uma novasociedade baseada no direito igual entre os diferentes. Partimos do pressuposto de que asdiferenas so naturais e no podem ser eliminadas e que o direito uma condio civilizatria. Istofica claro quando passamos a entender que a luta das mulheres pelos direitos iguais, no uma lutapara ser igual aos homens.

    A natureza as fez diferentes. Elas no podem, nem querem ser igual aos homens. Elas querem terdireitos iguais, para preservar, inclusive, suas diferenas. A mesma coisa podemos refletir acercade todos os diferentes: estrangeiros, ndios, negros, pessoas com deficincia, etc. Este paradigma radicalmente contrrio lgica da excluso. Segundo ele, h uma diferena substancial entre ser e

    ter. Somos seres diferentes, mas mesmo na diferena podemos TER direitos iguais.

    Assim a luta dos excludos pela cidadania tambm uma luta contra todo e qualquer discurso,poltica ou estratgia de incluso. A luta pela cidadania a luta pela erradicao de toda e qualquerforma de excluso. Ela uma luta radical, contrria lgica e s polticas compensatrias, onde osque praticam a excluso, a fim de aliviar as conseqncias da mesma, so capazes de crias cotas,para incluir um e outro, mas no so capazes de pensar nem lutar pela erradicao da excluso.Incluir significa admitir que haja excluso. As polticas de incluso pressupem um direito tutelado.O problema quem diz: Vamos incluir e quem decide sobre que critrio, princpios, abrangncias evalores se incluem a quem dentro de qu? De tal maneira que, a luta por uma nova sociedadepressupe de fato a erradicao de toda e qualquer forma de excluso.

    6. BIODIVERSIDADEA biodiversidade pode ser conceituada como o complexo resultante das variaes das espcies e dosecossistemas existentes em determinada regio e segundo Edward O.Wilson (Diversidade de Vida,Ed. Companhia das Letras, 1994) nunca a terra teve tanta diversidade de vida como em nossa era,havendo muito ainda a se estudar e descobrir, principalmente na Amaznia, regio pouco exploradacientificamente.

    O estudo da biodiversidade tem relao direta para a preservao ou conservao das espcies, poisentendendo a vida como um todo teremos mais condies de preserv-la, bem como de sumaimportncia para o nosso desenvolvimento, resultando o aproveitamento dos recursos biolgicospara que sejam explorados de maneira menos prejudicial natureza, conservando-a o mais

    possvel, permitindo a harmonia entre o desenvolvimento das atividades humanas e a preservao,chamando-se isso modernamente de desenvolvimento sustentvel.

    Sem a conservao da biodiversidade no h garantia de sobrevivncia da grande maioria dasespcies de animais e vegetais, ante a interdependncia e conseqentemente no poder haver um

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    desenvolvimento sustentvel, pois com a humanidade perder fontes vitais de recursos para a suasustentao, de forma que devemos desenvolver mtodos e aes concretas para a suaconservao. Para isso necessrio conjugar esforos de toda a sociedade, discutindo-se temasimportantes como: controle da natalidade, desenvolvimento industrial e depredao, nova polticaeducacional etc.

    Portanto, a conservao da biodiversidade importantssima e fundamental para umdesenvolvimento adequado aos anseios mundiais de preservao, constituindo-se a base dodesenvolvimento sustentvel.

    Para se alcana esse desenvolvimento sustentvel, sugerimos, entre outros: desenvolver umaadequada educao ambiental nas escolas pblicas e privadas do pais; fortalecer as instituiespblicas que tem o poder-dever de fiscalizar a preservao do meio ambiente; rever a legislao,adequando-a nova realidade e aos anseios mundiais de preservao ambiental; desenvolveramplos estudos dos recursos naturais existentes, instituindo parques e reservas ecolgicas,conservando e dando meios aos j existentes, fortalecendo suas condies de sustento; estimular osmeios de comunicao no sentido de divulgao de matrias ambientais ou correlatas; direcionar odesenvolvimento industrial mediante incentivos fiscais, propiciando a criao de plos industriais emreas de menos impacto ambiental possvel; desenvolver uma educao sexual adequada aosparmetros atuais de ocupao demogrfica; incentivar prticas agrcolas que preservem o meioambiente, fornecendo condies especiais de financiamento e escoamento dos produtos, criandosimultaneamente rgos fiscalizadores efetivos e atuantes, evitando assim desvio de finalidade.

    7. ECOLOGIAEcologia o estudo das interaes dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.

    A palavra Ecologia tem origem no grego oikos" que significa casa e "logia", estudo, reflexo. Logo,seria o estudo da casa, ou de forma mais genrica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemoErnst Haeckel, em 1869, quem primeiro usou este termo para designar a parte da biologia que

    estuda as relaes entre os seres vivos e o meio ambiente em que vivem alm da distribuio eabundncia dos seres vivos no planeta.

    Para os eclogos, o meio ambiente inclui no s os fatores abiticos como o clima e a geologia, mastambm os seres vivos que habitam uma determinada comunidade ou bitipo.

    Para que possamos delimitar o campo de estudo em ecologia, devemos em primeiro lugar,compreender os nveis de organizao entre os seres vivos. Portanto, podemos dizer que o nvelmais simples o do protoplasma, que definido como substncia viva. O protoplasma oconstituinte da clula, portanto, a clula a unidade bsica e fundamental dos seres vivos. Quandoum conjunto de clulas, com as mesmas funes est reunido, temos ali como se convencionou umtecido. Vrios tecidos formam um rgo e um conjunto de rgos forma um sistema. Todos os

    sistemas reunidos do origem a um organismo. Quando vrios organismos da mesma espcie estoreunidos em uma mesma regio, temos uma populao. Vrias populaes em um mesmo localtemos uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando em harmonia temos um ecossistema.Todos os ecossistemas reunidos em um mesmo sistema como aqui no Planeta Terra temos abiosfera.

    O meio ambiente afeta os seres vivos no s pelo espao necessrio sua sobrevivncia ereproduo -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas tambm s suas funes vitais, incluindoo seu comportamento (estudado pela etologia, que tambm analisa a evoluo doscomportamentos), atravs do metabolismo. Por essa razo, o meio ambiente -- a sua qualidade --determina o nmero de indivduos e de espcies que podem viver no mesmo hbitat.

    Por outro lado, os seres vivos tambm alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem.O exemplo mais dramtico a construo dos recifes de coral por minsculos invertebrados, osplipos coralinos.

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    As relaes entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema incluem a competio peloespao, pelo alimento ou por parceiros para a reproduo, a predao de organismos por outros, asimbiose entre diferentes espcies que cooperam para a sua mtua sobrevivncia, o comensalismo,o parasitismo e outras (ver a pgina Relaes Ecolgicas).

    Da evoluo destes conceitos e da verificao das alteraes de vrios ecossistemas --principalmente a sua degradao -- pelo homem, levou ao conceito da Ecologia Humana que estudaas relaes entre o Homem e a Biosfera, principalmente do ponto de vista da manuteno da suasade, no s fsica, mas tambm social.

    Por outro lado, apareceram tambm os conceitos de Conservao e do conservacionismo que seimpuseram na atuao dos governos, quer atravs das aes de regulamentao do uso doambiente natural e das suas espcies, quer atravs de vrias organizaes ambientalistas quepromovem a disseminao do conhecimento sobre estas interaes entre o Homem e a Biosfera.

    A ecologia est ligada a muitas reas do conhecimento, dentre elas a economia. Nosso modelo dedesenvolvimento econmico se baseia no capitalismo, que promove a produo de bens de consumocada vez mais caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois no pode haver uma produoilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.

    8. MAPAS SCIO E GEOPOLTICOA geopoltica uma extenso da geografia. Ambas usam conceitos extrados de outras disciplinasdas cincias humanas em suas abordagens.

    A geopoltica como rea de estudo se desenvolveu no fim do sculo XIX. A consolidao do Sistemade Estados moderno com a unificao da Alemanha e da Itlia, o apogeu do Imperialismo europeu,o aparecimento dos EUA e do Japo como novas potncias imperialistas, o rpido crescimentopopulacional e a conseqente presso sobre os recursos naturais, foram fatores fundamentais quecontriburam para o aparecimento desta nova disciplina.

    Dentre os estudos de geopoltica que surgiram neste perodo mais de uma corrente terica distintapoderia ser destacada. Alguns acadmicos consideravam o Estado como organizao estticafortemente assentada sobre sua base geogrfica, j outros afirmavam que a geopoltica abarca oconflito e a transformao, a evoluo e a revoluo, o ataque e a defesa, a dinmica dos espaosterrestres e as foras polticas que lutam nestes (espaos) para sobreviver. (WEIGERT, 1943, p.24)

    9. GLOBALIZAOO conceito globalizao surgiu em meados da dcada de 1980, a qual vem a substituir conceitoscomo internacionalizao e transnacionalizao, porm se voltarmos no tempo podemos observar

    que uma prtica muito antiga. A humanidade desde o incio de sua existncia vem evoluindo,passou de uma simples famlia para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, naes e hojecom a interdependncia de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um fenmeno natural,denominado de "aldeia global".

    Globalizao ou mundializao a interdependncia de todos os povos e pases do nosso planeta,tambm denominado "aldeia global". As notcias do mundo so divulgadas pelos jornais, rdio, TV,internet e outros meios de comunicao, o mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, oatentado ao World Trade Center (as torres gmeas), a invaso americana ao Iraque, quem noassistiu o Brasil penta campeo mundial de futebol. Com toda essa tecnologia a servio dahumanidade, da a impresso que o planeta terra ficou menor. Podemos tambm observar que osbens de consumo, a moda, a medicina, enfim a vida do ser humano sofre influncia direta dessa tal

    Globalizao.Hoje uma empresa produz um mesmo produto em vrios pases e os exportam para outros, tambmpodemos observar a fuso de empresas, tudo isso tem como objetivo baixar custos de produo,

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    aumentar a produtividade, ento produtos semelhantes so encontrados em qualquer parte domundo.

    A Globalizao analisada pelo lado econmico-financeiro teve seu incio na dcada de 80, com aintegrao a nvel mundial das relaes econmicas e financeiras, tendo como plo dominante os

    Estados Unidos. Analisando a Globalizao podemos destacar o lado positivo como: o intercambiocultural e comercial entre naes, importante para todos os povos, os riscos reais, entre outros.Agora vamos ver o lado negativo: a Globalizao crescente os povos ficam a cada dia maisinterdependentes, porm os pases desenvolvidos so os maiores beneficiados ficando cada vez maisricos, enquanto os pases em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres. Ento algumas medidasdevero ser tomadas para tentar mudar este quadro.

    10.ARTE, CULTURA E FILOSOFIAO conceito de arte extremamente subjetivo e varia de acordo com a cultura a ser analisada,perodo histrico ou at mesmo indivduo em questo.O Novo Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa (Aurlio Buarque de Holanda Ferreira, segundaedio), em duas de suas definies da palavra arte assim se expressa:

    atividade que supe a criao de sensaes ou de estados de esprito, de carter esttico,carregados de vivncia pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamentoou renovao...; a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensaes ousentimentos ....Independente da dificuldade de definio do que seja a arte, o fato que ela est sempre presentena histria humana, sendo inclusive um dos fatores que a diferenciam dos demais seres vivos.

    Alm disso, a produo artstica pode ser de grande ajuda para o estudo de um perodo ou de umacultura particular, por revelar valores do meio em que produzida.Duas grandes tendncias se alternam na histria da arte:

    NATURALISMO, que parte da representao do mundo visvel.

    ABSTRACIONISMO, que no nos remete a objetos ou figuras conhecidas, preferindo as linhas, corese planos.

    Uma prova das oscilaes dessas tendncias pode ser dada pelo fato, por exemplo, de a arteabstrata estar presente tanto nas manifestaes vanguardistas do Sculo 20, quanto entre asprodues de homens primitivos.A arte pode se utilizar de vrios meios para sua manifestao. Nas artes visuais os mais conhecidosso a pintura, a escultura, o desenho, as artes grficas (gravura, tipografia e demais tcnicas deimpresso, inclusive a fotografia) e a arquitetura.

    11.CULTURAa. Conceito bsico de cultura

    Cultura tudo aquilo que no natureza, ou seja, tudo o que produzido pelo ser humano. Porexemplo: a terra natureza e o plantio cultura. o desenvolvimento intelectual do ser humano,so os costumes e valores de uma sociedade.

    b. Conceito filosfico de culturaSignifica que o homem no apenas sente, faz e age com relao cultura, mas tambm pensa ereflete sobre o sentido de tudo no mundo.

    Quanto mais minuciosamente investiga os dados empricos e as anlises particularizadasoferecidas pelas cincias, mais o filsofo se convence de que o existir humano essencialmentecultural. Em suma, os homens so seres culturais por natureza.

    c. Conceito humanista de cultura

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    Esse sentido humanizante de cultura floresceu entre os romanos, a partir do cuidado com a terra, a

    agricultura, isto , o trabalho do agro, o cultivo do campo.Atualmente, a perspectiva humanista da cultura perdeu a hegemonia, mas continua vlida efreqentemente exaltada.

    Na verdade, no foi a cultura humanista que perdeu o crdito, mas sim o humanismo retrico,estril e fechado em si prprio, conduzindo tristemente ao fascismo.

    d. Conceito etnolgico de culturaExistem vrias definies para essa cincia, o Aurlio nos d trs delas. Para ns, a primeira delas significativa: Etnologia um ramo da antropologia que estuda a cultura dos chamados povosprimitivos.

    Em termos simples, cultura no campo etnolgico, o modo de viver tpico, o estilo de vida comum,o ser, o fazer e o agir de determinado grupo humano, desta ou daquela etnia.

    e. Conceito de cultura em antropologia culturalH diferentes posies dos antroplogos de nosso tempo. Para fins didticos, podemos distinguirquatro tendncias:

    1) h os que vem cultura como sistema de padres de comportamento, de modos deorganizao econmica e poltica, de tecnologias, em permanente adaptao, em vista dorelacionamento dos grupos humanos com seus respectivos ecossistemas;

    2) h os que tratam a cultura como um sistema de conhecimento da realidade, como o cdigomental do grupo, no como um fenmeno material, mas cognitivo;

    3) h tambm os que encaram a cultura como um sistema estrutural, em que o eixo de tudo a

    bipolaridade natureza-cultura, tendo como campos privilegiados de sua concretizao o mito, a arte,a lngua e o parentesco;

    4) por fim, h os que entendem cultura como sistema simblico de um grupo humano, sistemaque s poder ser apreendido por outro grupo por meio de interpretao e no por mera descrio.

    12.FILOSOFIAA palavra "Filosofia" significa amor pela sabedoria, do grego philos (amigo ou amante) e sophia (sabedoria ou conhecimento). A Filosofia comea quando no tomamos mais as coisas como certas,questionamos como as coisas so. Para Plato (428 - 354 a.C.), um dos antigos filsofos que viveuh mais de dois mil anos, a filosofia fruto da capacidade do homem de se admirar com as coisas.

    Fsica, Qumica, Biologia e at Matemtica j fizeram parte da Filosofia. Mas, com o avano datecnologia, a filosofia e a cincia se separaram. Ento, para que serve a filosofia hoje em dia?Atualmente, os filsofos so muito mais procurados por serem preparados para pensar claramentesobre os problemas. comum jornais e outros meios de comunicao perguntarem a opinio defilsofos sobre os temas atuais. At governos, hospitais, museus e arquitetos pedem seus conselhose pareceres. Muitos filsofos trabalham em universidades. Eles ensinam aos jovens como pensar eargumentar claramente estudando outros filsofos.

    Enfim, a filosofia impede a estagnao e desvenda o que est encoberto pelo costume, peloconvencional, pelo poder. Ela a procura da verdade, no a sua posse, como disse Jaspers, filsofoalemo contemporneo, concluindo que "fazer filosofia estar a caminho; as perguntas em filosofia

    so mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta"."O que a filosofia nos ensina o risco de tomar por certo aquilo que deveramos prestar atenocuidadosa, bem como a possibilidade de descobrir, sob o prosaico comum e rotineiro, um universo

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    de extraordinria riqueza e variedade, diante do qual podemos somente nos maravilhar." Frase deMatthew Lipman, filsofo norte-americano.

    13.POLTICAS PBLICAS: EDUCAO, HABITAO, SANEAMENTO, SADE, SEGURANAE DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    Poltica pblica um conceito de poltica e da administrao que designa certo tipo de orientaopara a tomada de decises em assuntos pblicos, polticos ou coletivos.Embora, polticas pblicas seja um conceito oriundo dessas duas reas, vm sendo utilizadas namais variadas reas. Isso porque ele permite estudar o espao social antes da implementao. Paratanto, torna-se necessrio a montagem de equipe transdisciplinar, pois um projeto de polticapblica, necessariamente deve permitir a transversalidade, alm de estabelecer um dilogoconsencioso entre as partes. (Ferreira 2008)Entende-se por Polticas Pblicas o conjunto de aes coletivas voltadas para a garantia dos direitossociais, configurando um compromisso pblico que visa dar conta de determinada demanda, emdiversas reas. Expressa a transformao daquilo que do mbito privado em aes coletivas noespao pblico (Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004, pg. 180).

    Para Jos-Matias Pereira poltica pblica compreende um elenco de aes e procedimentos quevisam resoluo pacfica de conflitos em torno da alocao de bens e recursos pblicos, sendo queos personagens envolvidos nestes conflitos so denominados "atores polticos".

    Existem diferenas entre decises polticas e polticas pblicas. Nem toda deciso poltica chega aser uma poltica pblica. Deciso poltica uma escolha dentre um leque de alternativas, j polticapblica, que engloba tambm a deciso poltica, pode ser entendida como sendo um nexo entre ateoria e a ao. Esta ltima est relacionada com questes de liberdade e igualdade, ao direito satisfao das necessidades bsicas, como emprego, educao, sade, habitao, acesso terra,meio ambiente, transporte etc.

    Demandas Comuns em Polticas Pblicas

    Demandas novas - Para Maria das Graas Rua, no artigo Anlise de Polticas Pblicas, correspondemquelas que resultam do surgimento de novos atores polticos ou novos problemas.

    Demandas recorrentes: Tambm segundo Graas Rua so aquelas que expressam problemas noresolvidos ou mal resolvidos.

    Demandas reprimidas: Ainda segundo Graas Rua, so aquelas constitudas sob um estado decoisas ou por no-deciso.

    Tipos de Polticas Pblicas

    a) distributivas;b) redistributivas;c) regulatrias

    Fases ou Ciclo das Polticas Pblicas

    a) formao da agenda;b) formulao;c) implementao;d) monitoramento;e) avaliao;

    Atores em Polticas Pblicas

    Os atores polticos so as partes envolvidas nos conflitos.

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    Esses atores ao atuarem em conjunto aps o estabelecimento de um projeto a ser desenvolvidoonde as esto claras as necessidade e obrigaes das partes chegam a um estgio de harmonia queviabiliza a poltica pblica. (Ferreira, 2008)

    Atores Pblicos:

    Polticos Eleitos;Burocratas;Tecnocratas, etc.

    Atores Privados:

    Empresrios;Trabalhadores, etc.

    14.REDES SOCIAIS E RESPONSABILIDADE: SETOR PBLICO, PRIVADO, TERCEIROSETOR

    Rede Social o sistema capaz de reunir e organizar pessoas e instituies de forma igualitria edemocrtica, a fim de construir novos compromissos em torno de interesses comuns e de fortaleceros atores sociais na defesa de suas causas, na implementao de seus projetos e na promoo desuas comunidades.

    Terceiro Setor e Redes so hoje realidades intrinsecamente relacionadas. O Terceiro Setor ,essencialmente, uma rede e aqui se pode imaginar uma grande teia de interconexes. O TerceiroSetor caracteriza-se por iniciativas, cujos profissionais envolvidos percebem a participao ecolaborao como um meio eficaz de realizar transformaes sociais. As organizaes do TerceiroSetor procuram desenvolver aes conjuntas, operando em nvel local, regional, nacional einternacional e contribuindo para uma sociedade mais justa e democrtica. A partir de diversascausas, a sociedade civil organiza-se em redes para a troca de informaes, para a articulao

    institucional e poltica e para a implementao de projetos comuns. As experincias demonstram asvantagens e os resultados positivos dessas aes articuladas e dos projetos desenvolvidos emparceria.

    Na prtica, redes so comunidades, virtuais ou presencialmente constitudas. Essa identificao muito importante para a compreenso das redes. As definies referem-se a clulas, ns, conexesorgnicas, sistemas, etc. Tudo isso essencial e, historicamente, correto, mas a idia decomunidade que permite problematizar do tema e, conseqentemente, entender o seu significadopara o Terceiro Setor.

    Uma comunidade uma estrutura social estabelecida de forma orgnica, isto , constitui-se a partirde dinmicas coletivas e historicamente nicas. Sua prpria histria e sua cultura definem a sua

    organizao comunitria. Esse reconhecimento deve ser coletivo e ser fundamental para ossentimentos de pertencimento dos seus cidados e para o desenvolvimento comunitrio.

    A convivncia entre os integrantes de uma comunidade e o estabelecimento de laos de afinidadeser definida ou padres de relacionamento, estabelecidos nos grupos de convivncia.

    15.RELAES INTERPESSOAISEntende-se por relaes interpessoais o conjunto de procedimentos que, facilitando a comunicao ea linguagem, estabelece laos slidos nas relaes humanas.

    As relaes interpessoais so para o homem to inerente quanto sua prpria existncia. O homem

    um ser gregrio, ou seja, predominantemente social, e assim, desde o momento de seunascimento quando tece sua primeira relao com os grupos famlia e sociedade. Para seestabelecer uma relao interpessoal basta haver mais de uma pessoa, neste caso, dependendo dosfatores que levaram a este encontro esta relao ter maior ou menor durao. Se os motivos forama semelhana de objetivos o natural que esta relao tenda a se fortalecer. Caso contrrio, se esta

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    relao se formou a partir de opinies antagnicas, a tendncia que esta relao tenha o mnimode durao, no caso da divergncia persistir.

    Uma relao iniciada a partir de divergncias, somente ter durao maior, caso os indivduos quecompem esta relao, cheguem a um denominador comum sobre o assunto. Nas organizaes de

    trabalho acontece da mesma forma. A nossa entrada na organizao j por si uma grande relao,onde no interior desta, formaremos outras tantas relaes que iro de alguma forma se relacionarentre si.

    16.VIDA URBANA E RURALVida urbana diz respeito a vida que se desenvolve no interior dos grandes centros urbanos, dasgrandes cidades, principalmente nas grandes capitais. Vida rural refere-se a vida do campo. Umaimportante observao de diferenciao colocada por Sorokin e Zimmermann diz respeito aotamanho das comunidades, j que as comunidades rurais seriam menores (embora o termomenores j traga consigo problemas novos de definio), sua populao seria mais homognea quea urbana cultural e socialmente. No rural haveria tambm menos mobilidade social. A interaoentre os indivduos no mundo rural, devido a restrio do tamanho do grupo, mais direta econcreta, as pessoas conhecem mais intimamente seus interlocutores. Existe uma pessoalidadenas relaes em oposio impessoalidade que reina nas relaes urbanas. Finalmente, h aquesto da complexidade: o rural seria menos complexo que o urbano.

    17.INCLUSO/EXCLUSO DIGITAL"Incluso Digital" a denominao dada, genericamente, aos esforos de fazer com as populaesdas sociedades contemporneas - cujas estruturas e funcionamento esto sendo significativamentealteradas pelas tecnologias de informao e de comunicao - possam:Obter os conhecimentos necessrios para utilizar com um mnimo de proficincia os recursos detecnologia de informao e de comunicao existentes

    Dispor de acesso fsico regular a esses recursos.A incluso digital possui o papel de resgatar os excludos digitais ao contexto da sociedade movidapelos processos de criao, produo e sublimao da informao em conhecimento. Significaefetivar os excludos digitais na sociedade da informao, por meio de polticas que visem ao seucrescimento auto-sustentvel de forma colaborativa e gradual, no com medidas emergenciais epaliativas. Conseqentemente, incluso digital remete busca da reflexo do mundo e dalocalidade, das condies de sobrevivncia (emprego, alimentao, moradia etc.), do estmulo aoconhecimento renovado e crtica do j existente e da diminuio das desigualdades sociais.

    Incluso digital geralmente definida num pas pela relao entre a porcentagem de pessoas comacesso a computador e/ou Internet no domiclio e o total da populao. Para identificar as pessoasincludas, o critrio geralmente utilizado o nmero de computadores por domiclio e/ou de

    computadores por domiclio com acesso Internet. Essa metodologia j foi alvo de crticas, pois empases com um nmero significativo de pontos de acesso coletivo (comumente denominados telecentros ou cibercafs) o nmero de pessoas que acessam a Internet por computador muito maiorque a mdia de acesso por domiclio. Argumenta-se tambm que as famlias de classe mdianormalmente possuem mais de um computador por domiclio, fato que no ocorre nas famliaspobres, o que significaria um nmero maior de usurios por computador nas famlias pobres emenor nas famlias de classe mdia.

    No caso brasileiro, o impacto estatstico dos tele centros secundrio, dado que seu nmero emescala nacional ainda relativamente pequeno, embora, como veremos, esteja longe de serinsignificante para as comunidades onde se localizam. Por sua vez, a expectativa de um maiornmero de usurios por computador no domiclio das famlias pobres deve ser qualificada, j que,

    como indica a pesquisa, na maioria dos casos so poucos os seus membros que usam computador.Excluso digital no presente estudo diz respeito s conseqncias sociais, econmicas e culturais dadistribuio desigual do acesso a computadores e Internet. Exclui-se, portanto, o acesso telefonia.Embora pertena ao mesmo grupo de produtos de IC (Informtica e Comunicao), at por

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    compartilhar a mesma infra-estrutura, sob uma perspectiva sociolgica o telefone possuicaractersticas bem diferentes dos demais: parte da famlia de produtos "inclusivos paraanalfabetos" que podem ser utilizados por pessoas tecnicamente sem nenhuma escolaridade ,enquanto os computadores e a Internet exigem um grau mnimo de instruo. Se a futuraconvergncia de tecnologias desenvolver o uso de telefones celulares para a transmisso e leitura de

    mensagens escritas, possivelmente teremos novas formas de desigualdade entre os usurios detelefones.

    18.DEMOCRACIA E CIDADANIAA palavra democracia tem sua origem na Grcia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Estesistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grcia Antiga).Embora tenha sido o bero da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres,estrangeiros, escravos e crianas no participavam das decises polticas da cidade. Portanto, estaforma antiga de democracia era bem limitada. Atualmente, a democracia exercida, na maioria dospases, de forma mais participativa. uma forma de governo do povo e para o povo.

    a. FormasExistem vrias formas de democracia na atualidade, porm as mais comuns so: direta eindireta. Na democracia direta, o povo, atravs de plebiscitos ou consultas populares, pode decidirdiretamente sobre assuntos polticos ou administrativos de sua cidade, estado ou pas. No existemintermedirios (deputados, senadores, vereadores). Esta forma no muito comum naatualidade. Na democracia indireta, o povo tambm participa, porm atravs do voto, elegendo seusrepresentantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decises em novo daqueles que oselegeram. Esta forma tambm conhecida como democracia representativa.

    b. Democracia no BrasilNosso pas segue o sistema de democracia representativa. Existe a obrigatoriedade do voto,

    diferente do que ocorre em pases como os Estados Unidos, onde o voto facultativo (vota quemquer). Porm, no Brasil o voto obrigatrio para os cidados que esto na faixa etria entre 18 e 65anos. Com 16 ou 17 anos, o jovem j pode votar, porm nesta faixa etria o voto facultativo,assim como para os idosos que possuem mais de 65 anos.No Brasil elegemos nossos representantes e governantes. o povo quem escolhe os integrantes dopoder legislativo (aqueles que fazem as leis e votam nelas deputados, senadores e vereadores) edo executivo (administram e governam prefeitos, governadores e presidente da repblica).

    c. A CidadaniaOriginalmente, o conceito de cidadania referia-se condio daqueles que, pertencendo ao corpopoltico das cidades gregas, tinham o direito no apenas de viver em seu territrio, mas tambm de

    participar diretamente das decises que determinavam os rumos da vida da cidade. Para que issofosse possvel, era necessrio que os cidados fossem iguais, se no em tudo, o que impossvel,pelo menos em relao ao respeito das leis e quanto liberdade de agir no interior das instituiesque governavam os destinos da polis. Podemos, portanto, associar ao conceito de cidadania gregadois outros conceitos: o de igualdade e o de liberdade.Nos dias atuais, o debate sobre cidadania tornou-se ainda mais agudo diante do desafio levantadopelas transformaes sofridas pelas sociedades industriais. Em primeiro lugar, a associao entrecidadania e nao, que presidiu a vida poltica do Ocidente nos ltimos sculos, questionada pelofato de que a constituio de comunidades transnacionais exige uma nova compreenso da relaodo cidado com o corpo poltico. O que, antes, era definido por fronteiras conquistadas por meio delongas lutas e guerras, agora, passa a se referir a blocos de pases e a ordenamentos jurdicos muitomais amplos. Em segundo lugar, est o fato de que a migrao intensa de populaes culturalmente

    muito diversas, que passaram a habitar o mesmo territrio, fez nascer uma demanda por novosdireitos, que podemos chamar de culturais e expem a face complexa das sociedades multiculturais.Por fim, o progresso do individualismo e a apatia crescente que domina a vida das sociedadesdemocrticas pem em questo um conceito que foi essencialmente poltico em sua origem e que sedesenvolveu pela extenso progressiva de direitos totalidade dos componentes do corpo poltico.

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    19.VIOLNCIA

    O que violncia? Segundo o Dicionrio Houaiss, violncia a ao ou efeito de violentar, deempregar fora fsica (contra algum ou algo) ou intimidao moral contra (algum); ato violento,

    crueldade, fora. No aspecto jurdico, o mesmo dicionrio define o termo como o constrangimentofsico ou moral exercido sobre algum, para obrig-lo a submeter-se vontade de outrem; coao.

    J a Organizao Mundial da Sade (OMS) define violncia como a imposio de um grausignificativo de dor e sofrimento evitveis. Mas os especialistas afirmam que o conceito muitomais amplo e ambguo do que essa mera constatao de que a violncia a imposio de dor, aagresso cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor um conceito muito difcil deser definido.

    Para todos os efeitos, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito, a violncia se manifesta devrias maneiras. Na comunidade internacional de direitos humanos, a violncia compreendidacomo todas as violaes dos direitos civis (vida, propriedade, liberdade de ir e vir, de conscincia ede culto); polticos (direito a votar e a ser votado, ter participao poltica); sociais (habitao,sade, educao, segurana); econmicos (emprego e salrio) e culturais (direito de manter emanifestar sua prpria cultura). As formas de violncia, tipificadas como violao da lei penal, comoassassinato, seqestros, roubos e outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimnio,formam um conjunto que se convencionou chamar de violncia urbana, porque se manifestaprincipalmente no espao das grandes cidades. No possvel deixar de lado, no entanto, asdiferentes formas de violncia existentes no campo.

    A violncia urbana, no entanto, no compreende apenas os crimes, mas todo o efeito que provocamsobre as pessoas e as regras de convvio na cidade. A violncia urbana interfere no tecido social,prejudica a qualidade das relaes sociais, corri a qualidade de vida das pessoas. Assim, os crimesesto relacionados com as contravenes e com as incivilidades. Gangues urbanas, pixaes,depredao do espao pblico, o trnsito catico, as praas malcuidadas, sujeira em perodo

    eleitoral compem o quadro da perda da qualidade de vida. Certamente, o trfico de drogas, talveza ramificao mais visvel do crime organizado, acentua esse quadro, sobretudo nas grandes eproblemticas periferias.

    Hoje, no Brasil, a violncia, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidadesmenores, medida que o crime organizado procura novos espaos. Alm das dificuldades dasinstituies de segurana pblica em conter o processo de interiorizao da violncia, a degradaourbana contribui decisivamente para ele, j que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acessopopular justia no so mais problemas exclusivos das grandes metrpoles. Na ltima dcada, aviolncia tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticirio e em conversas com amigos. Todosconhecem algum que sofreu algum tipo de violncia. H diferenas na viso das causas e de comosuper-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violncia urbana algo

    evitvel, desde que polticas de segurana pblica e social sejam colocadas em ao. preciso atuarde maneira eficaz tanto em suas causas primrias quanto em seus efeitos. preciso aliar polticassociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, represso ao crime organizado. Uma tarefa que no s do Poder Pblico, mas de toda a sociedadecivil.

    20.TERRORISMOA expresso "terrorismo" passou a integrar a linguagem cotidiana em todo o mundo, e passou a serum conceito largamente empregado no estudo das relaes internacionais. Contudo, trata-se de umtermo empregado de forma ampla e inadequada, com fortes conotaes polticas. Assim, tem sido

    objeto de manipulao para justificar uma nova agenda internacional.H pelo menos quatro sentidos para a expresso terrorismo. O primeiro se refere ao terrorismo deEstado, ou "terrorismo desde cima". Trata-se de atos generalizados de violncia sistemticapraticados por governos contra sua sociedade, contra minorias internas ou contra povos dominados,

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    com o objetivo de quebrar a resistncia sua autoridade e impor determinado projeto. A"passivizao" da populao foi praticada, mais modernamente, pela Alemanha nazista, pelostalinismo na URSS e pelos regimes militares latino-americanos. Trata-se de algo polmico, pois oEstado tende normalmente a usar meios repressivos como parte de suas atribuies. Ento, h umlimite que ultrapassado, e a represso se transforma em terror sistemtico.

    O segundo mais famoso e consensual, a execuo de atos violentos, especialmente atentados,contra alvos determinados, muitas vezes fora das fronteiras nacionais. Ocorreu largamente nos anos60 e 70, geralmente ligados a problemas europeus ou do Oriente Mdio. Estas aes tm objetivospolticos, para chamar ateno da opinio pblica internacional para certos conflitos, ou criar umasituao insustentvel para o inimigo. Estes atos geralmente so praticados por organizaesclandestinas, mas tambm por governos, e tiveram lugar na Espanha, Irlanda, Alemanha e Itlia,mas especialmente no Oriente Mdio, devido ao conflito entre israelenses e palestinos.

    O terceiro tipo de terrorismo o que produz o maior nmero de vtimas e destruies: o terrorismocomunal (ou comunitrio) das guerras civis ou "terrorismo desde baixo". Foi o caso da frica central,dos conflitos na ex-URSS e, especialmente, na ex-Iugoslvia. Trata-se de conflitos desordenados,em que a populao civil ou suas milcias intervm diretamente contra outras comunidades,geralmente minorias tnicas ou religiosas. Trata-se de uma espcie de "terror coletivo", visando aeliminao ou expulso destas. Por isto, o julgamento de um homem como Milosevic tocomplicado. De certa forma, este tipo de terrorismo est crescendo no Afeganisto, Paquisto endia.

    Finalmente, o quarto e ltimo tipo no representa um terrorismo real, mas uma espcie depercepo pnica ou "ansiedade global", como definiu o politlogo britnico Fred Halliday. Trata-sede uma gigantesca orquestrao, manipulando o sentimento de insegurana da populao, numapoca de crise e incertezas. Seu objetivo o de criar um consentimento a medidas repressivas que,basicamente, implicam em perseguio de opositores, simplesmente rotulados de terroristas.Justifica a supresso de direitos civis e o desencadeamento de guerras. Atualmente so estes doisltimos que constituem um grande perigo, o terror coletivo empregado nas guerras civis e o terror

    virtual, utilizado para provocar um estado de tenso global que justifique certos propsitos polticospor parte de governos. Por isto, necessrio refletir sobre o tema de uma forma cientfica, sem ahisteria que caracteriza certos crculos.

    21.AVANOS TECNOLGICOSOs avanos tecnolgicos tm sido muitos nestes ltimos tempos. As novas tecnologias oferecem-nos belos e atraentes aparelhos que fazem brilhar os olhos daqueles que se incluem entre os noexcludos da nova gerao digital. As novas tecnologias tm apresentado sociedade magnficosinstrumentos de mudanas do comportamento do indivduo social.

    Ao mesmo tempo em que vendem os seus produtos inovadores, a indstria vai fazendo o controle

    estatstico e econmico do comportamento dos seus clientes. Por um lado permite saberexatamente quem comprou os seus produtos, quando e quanto comprou e, por estatstica, saberquando novamente o seu cliente necessitar comprar. Com este controle estatstico o mercadocontrola o ponto de saturao, sabendo bem quando est na hora de mudar o produto.

    Hoje em dia, os fios foram substitudos, podendo-se obter ganhos significativos, com a excluso dadistribuio do sinal, posto a posto, sendo este sistema ultrapassado por instalaes de redes semfios wireless, sendo mais rpido e muito mais prtico, colocar uma rede de uma empresa afuncionar. As avarias tambm so detectadas mais facilmente, no sendo necessrio correr ocaminho de cabos para detectar a anomalia.

    Nos primrdios da informtica, havia um servidor central, que leva muito tempo a aquecer, para

    depois, fazer a distribuio dos dados pelos terminais, que no passavam disso mesmo. No tinhammais nenhum programa acoplado, apenas serviam para introduzir dados que ficavam guardados noservidor. Eram aparelhos pesados e estticos.

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    Com o evoluir dos tempos chegamos hoje era dos portteis, permitindo a deteco automtica darede, sendo facilmente transportados de um lado para outro, sendo um instrumento de trabalhobem mais prtico, podendo ser utilizado em casa ou no trabalho, acabando o seu custo de aquisiopor ser inferior ao que se registrava com os computadores fixos.

    Permitem-nos ainda estar em contato com o mundo, com a utilizao da internet, podemoscontactar clientes, fornecedores, poupando nas chamadas telefnicas, ou na deslocao.

    O Wi-Fi veio revolucionar por completo as comunicaes sem fios. A marca foi licenciadaoriginalmente pela Wi-Fi Alliance para descrever a tecnologia de redes sem fio embarcadas (WLAN)baseadas no padro IEEE 802.11. O termo Wi-Fi foi escolhido como uma brincadeira com o termo"Hi-Fi" e pensa-se geralmente que uma abreviatura para wireless fidelity, no entanto a Wi-FiAlliance no reconhece isso. O termo Wi-Fi entendido como uma tecnologia de interconexo entredispositivos sem fio, usando o protocolo IEEE 802.11. O padro Wi-Fi opera em faixas defreqncias que no necessitam de licena para instalao e/ou operao.

    22.RELAES DE TRABALHOA palavra trabalho tem origem do latim na palavra tripalium, que era um instrumento formadopor trs estacas para manter presos bois ou cavalos difceis de ferrar, [...] pena ou servido dohomem natureza (Carmo, 1997 p.16). Do sentido de esforo para a sobrevivncia, o trabalhotransformou-se em produtividade e ocupao. Segundo Codo, a palavra trabalho, no sentidocorrente, encontrada como sinnimo de atividade, ocupao, ofcio, profisso, tarefa, distinguindo-se de lazer, e aparecendo ainda como resultado de uma determinada ao. O trabalho consideradocomo processo entre a natureza e o homem. Durante tal processo e mediante sua ao a pessoarealiza mudanas, produz significados e se personifica.

    Para Berger (1983, p.13) trabalho significa modificar o mundo tal qual ele encontrado, o queressalta a relao de interdependncia entre o homem e o trabalho. O trabalho sempre ocupou umlugar central nas diferentes comunidades e em tempos diversos, e lentamente foi sendo limitado

    pelas condies socialmente estabelecidas. Seu conceito vem evoluindo medida que o cenrioeconmico e poltico mudam, e com ele a concepo que a sociedade e as pessoas tm dele.Segundo Baztn desde as primeiras manifestaes de vida comunitria do ser humano, quando aprpria incapacidade do indivduo isolado o obrigou a se agrupar com outros seres que tinham suasmesmas limitaes, para obter os benefcios da colaborao e a ajuda dos demais, se iniciaram asrelaes bsicas que engendrariam, atravs do tempo, as de carter laboral, que foram a base dodesenvolvimento da sociedade humana.

    As diferentes concepes sociais, econmicas e polticas que se foram produzindo, comocaractersticas genunas das diferentes pocas, foram cristalizadas em sistemas e modalidadesdistintas de relaes de trabalho.

    O trabalho representou para os nmades a possibilidade de ter acesso ao consumo organizado deuma srie de bens que melhoravam sua vida. Eles trabalhavam por conta prpria no princpio eviviam basicamente da caa e da coleta. Quando se transformaram em sedentrios, precisaram deajuda para executar alguns tipos de atividades que no podiam realizar sozinhos, principalmente aagricultura e a pecuria. Formaram-se as tribos, onde as pessoas dividiam suas tarefas em umregime de cooperao. No entanto, as guerras vitoriosas produziram escravos, que eramconsiderados como coisas, e no como pessoas. Supunham riqueza para seu dono, e seuaproveitamento econmico provocou sua aceitao no mundo romano. Surgiu um regime polticochamado feudalismo, onde o senhor feudal concentrava vrios poderes pblicos e privados. Os seusvassalos que prestavam servios de forma dependente do senhor trabalhavam e recebiam comopagamento habitao, sustento e proteo para eles e suas famlias.

    Com o desenvolvimento das cidades, surgiu um tipo de economia urbana que foi substituindo aeconomia feudal. Pequenos descobrimentos tcnicos e prticos permitiram o surgimento de diversasprofisses que se desenvolveram nas cidades-burgos. Surgiu o trabalhador livre que se associavaformando grmios que regulavam o trabalho dos seus membros e lutavam para defender suapostura monopoltica e seus direitos ao trabalho. Esses grmios possuam uma estrutura hierrquica

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    e vrios processos formalizados. No entanto, relaes de poder e conflitos fizeram com quehouvesse uma decadncia dessas instituies, e os trabalhadores comearam a reivindicar otrabalho totalmente livre, com adeso voluntria a qualquer profisso, sem necessidade de solicitarautorizao aos grmios. Os grmios no conseguiram se adaptar s novas correntes sociais devidoa seu conservadorismo e sistemas de privilgios. O liberalismo influenciou todos os campos da

    atividade humana e se manifestou no nvel econmico pela lei da oferta e a demanda, comomecanismo que poderia fazer coincidir interesses gerais e particulares, onde as relaes eram teise complementares.

    No nvel poltico, a exaltao dos princpios de liberdade e igualdade baseados nas teorias deRousseau, Mostesquieu e outros, com a diviso e equilbrio dos poderes legislativo, executivo e

    judicirio. No aspecto legal se caracterizou por autonomia da vontade com a correspondenteliberdade contratual, que situava as relaes de trabalho sob um regime de dependncia voluntria,na qual a lei da oferta e da demanda assinalava os salrios a satisfazer.

    Com o xodo rural e o rpido crescimento das cidades, houve o aparecimento da era do maquinismoe as grandes indstrias, fizeram com que houvesse um excedente de mo-de-obra que levou asrelaes entre chefes - empregados a regredirem s relaes dos tempos de escravido. Jornadasenormes, salrios baixos, condies de higiene e segurana nulas.Como conseqncia do liberalismo, surgiu o individualismo, como forma do trabalhador defenderseus prprios interesses, e ento os movimentos operrios foram importantes para contrapor.

    Na primeira metade do sculo XIX, o liberalismo comeou a ser questionado devido s pssimascondies s quais a populao estava submetida. Surgiram vrios movimentos de protestos criandoa possibilidade de interveno pelo Estado. Em 1844, na cidade de Manchester, Inglaterra algunsoperrios inauguraram a primeira cooperativa de trabalhadores, iniciativa que at hoje teve granderepercusso no mundo, tendo em vista o fato de mais de dois bilhes de pessoas estaremenvolvidas com o cooperativismo no mundo. (Macedo, 2001) Em 1847 surgiu o Manifesto Comunistade Marx e Engels que levou ao fortalecimento do movimento sindical, como forte agrupamento detrabalhadores que lutavam pela defesa de seus direitos humanos e como trabalhadores.

    Em 1886 em Chicago, vrios trabalhadores foram perseguidos e assassinados por estaremreivindicando a legalidade de direitos trabalhistas, e por isso, em 1892 foi institudo pelaOrganizao Internacional do Trabalho, o dia 1 de maio como o Dia Internacional do Trabalho.

    Alguns empresrios adotaram uma atitude paternalista como ttica para enfraquecer o movimentodos operrios, mas principalmente nos Estados Unidos, o paternalismo perdeu sua fora quando osSindicatos tiveram legalmente algumas reivindicaes atendidas relacionadas defesa dos seusinteresses, como auxlio financeiro em caso de desemprego. Quanto mais o sindicalismo ganhavafora, mais o paternalismo se enfraquecia.

    O sindicalismo provocou uma sensvel melhoria nos nveis mdios de vida dos operrios na Europa e

    Estados Unidos. Surgiram as primeiras tentativas de organizar racionalmente a produo e aprestao de servios do trabalhador para reduzir custos e incrementar o rendimento com esforosmenores e melhor aplicados. Era o comeo do perodo que iria ser conhecido como o estudocientfico do trabalho e a pesquisa de reaes e relaes do homem que trabalhava. As teoriasadministrativas se iniciaram a partir da Revoluo Industrial, numa poca onde ocorriam na esferaeconmica e poltica problemas de injustia e insegurana indicados pela insatisfao, greves esabotagens (Macedo, 1990). A Revoluo Industrial fez com que o trabalhador fosse perdendo aidentidade com o seu trabalho e, em conseqncia, surgiu a abordagem clssica de administrao.

    Em 1900, Taylor foi um dos precursores da Escola da Administrao Cientfica baseando suapesquisa no princpio de que o homem era um ser de natureza econmica, dando nfase nastarefas. Pouco tempo depois Fayol deu nfase na estrutura das organizaes e foi o pioneiro no

    surgimento de uma nova corrente chamada Teoria Clssica. Ford revolucionou as indstrias quandoprops uma linha de produo em uma fbrica de automveis nos Estados Unidos. Com essa linhade produo, o trabalhador se desapropriou da sua relao com o produto de seu trabalho, o quemuito influenciaria em sua subjetividade. Em contraposio aos pressupostos formais das teoriaspropostas por Taylor e Fayol, surgiu, a partir da dcada de 1930, a abordagem humanstica da

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    administrao enfatizando as pessoas, os grupos e a organizao informal, em uma correntedenominada Escola das Relaes Humanas. Esta escola surgiu graas ao desenvolvimento dascincias sociais e em particular da psicologia social. Essa escola pesquisava os fatores queinfluenciavam na produo, procurando relaes entre condies de trabalho e a incidncia de fadigae monotonia entre os empregados.

    Entre as contribuies desta escola podem-se citar as expectativas dos empregados e suasnecessidades psicolgicas, a organizao informal e arede no convencional de comunicao. Aindafoi detectada a necessidade de conciliar a funo econmica da organizao industrial de produzirbens e/ou servios para garantir o equilbrio externo, com a funo social de distribuir satisfaesentre os participantes para garantir o equilbrio interno.

    Para Chiavenato (2000), Mayo teve mrito ao demonstrar que o salrio no o nico fator decisivona satisfao do trabalhador dentro da situao de trabalho. No perodo entre as duas guerrasmundiais, a composio da fora laboral se modificou enormemente, pois mulheres que at entohaviam sido donas de casa, pessoas idosas que estavam aposentadas, jovens de ambos os sexossem preparao e sem experincia foram os funcionrios que estiveram empregados nas indstrias,principalmente as blicas. Por causa disso, vrias tcnicas de recrutamento, seleo e treinamentode pessoal tiveram que ser desenvolvidas e utilizadas largamente para garantir a produtividade dasindstrias. A Teoria das Relaes Humanas foi duramente criticada por superestimar os aspectosinformais e emocionais da organizao, se mostrando incompleta e parcial, reforando apenas osaspectos omitidos e rejeitados pela teoria clssica. Com isso surgiu uma nova viso de teoriaadministrativa baseada no comportamento humano nas organizaes que redimensionou e atualizouos conceitos da Teoria das Relaes Humanas.

    Em 1950 surgiram os estudos sobre as relaes indivduo x trabalho x organizao.O estudo pioneiro foi a Abordagem Scio-Tcnica, que surgiu na Inglaterra quando Eric Trist e seuscolaboradores analisaram numa mina de carvo erros e conflitos interpessoais, paradas e diminuiode produo, alm, de problemas com absentesmo que surgiram aps a implantao, mecanizaoe reorganizao do trabalho. As novas teorias concebiam a organizao como um organismo social

    que tem vida e cultura prprias, um sistema. No campo motivacional destacaram-se as teorias deMaslow e Herzberg.

    A Teoria da Motivao de Maslow surgiu em 1954. Segundo essa teoria as necessidades humanasso organizadas em nveis. A escala das necessidades humanas est dividida em cinco nveishierrquicos que inclui desde as necessidades fisiolgicas, de segurana, sociais, de estima at asnecessidades de auto-realizao. Dessa forma, enfatiza as necessidades do ser humano, noconsiderando a situao onde est colocado. Sua maior contribuio foi o reconhecimento e aidentificao das necessidades individuais com o objetivo maior de motivar o trabalhador.

    Em 1957, Herzberg props uma teoria de motivao no trabalho denominada Teoria dos FatoresHiginicos. Para ele existiam dois fatores que influenciam no comportamento: os fatores higinicos,

    que se relacionam com a tarefa (segurana, salrio, ambiente de trabalho, etc.), ou seja, variveisextrnsecas ao cargo que no aumentam a satisfao, mas reduzem a insatisfao; e os fatoresmotivacionais, que se relacionam aos sentimentos de desafio ao realizar uma tarefa (realizao,reconhecimento, o trabalho em si, responsabilidade, etc.), ou seja, variveis intrnsecas ao cargo.

    Herzberg props com os dois fatores que a motivao do indivduo est baseada noenriquecimento do cargo (Rodrigues, 1995).

    A era da Globalizao (Mundializao) do Capital, modificou o paradigma econmico financeiro, etransformou as sociedades nacionais em sociedades globais que, com a liberalizao do comercioexterior, facilitou o surgimento das multinacionais. A conseqncia desta nova era levou transformaes no modo de produo e nas relaes de trabalho.

    O Brasil, juntamente com os pases pobres do terceiro mundo, chegou na era da globalizao emcondies de defasagem com relao s grandes potncias, e mantendo sua situao dedependncia, enfrenta ento dificuldades em atualizar seu mercado de trabalho, para que sejaresponsivo s suas exigncias.

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    Abre-se para o capital financeiro estrangeiro especulativo, aumenta a dvida externa e interna,consome grande parte dos recursos fiscais. A condio do xito da poltica monetria diminuir ogasto social, eliminando a poltica social. O social deve subordinar-se ao econmico, e a proteosocial se transformou em custo Brasil.

    Algumas conseqncias se configuram na sociedade: o elevado nvel de desenvolvimento econmicoassociado a uma forte degradao do mercado de trabalho; a grande fragilidade dos vnculossociais, em particular no que se refere sociabilidade familiar e s redes de auxlio privado.

    Assim, pode-se afirmar que o trabalhador constri sua identidade tambm a partir das relaes quedesenvolve enquanto trabalhador, o que afeta sobremodo seus valores, representaes e sua visode mundo. Passa a valorizar o que valorizado pela sociedade (por exemplo, ter um emprego,carteira assinada, receber um salrio) e, muitas vezes se submete muitas situaes para manter-se includo dentro dessa populao ativa, economicamente valorizada pela sociedade. Assim,considerando a precariedade da vida profissional a que o trabalhador est inserido, e sabendo queela est correlacionada com uma diminuio da sociabilidade, Antunes (2001) prev comoconseqncia disso tudo, o risco de enfraquecimento dos vnculos sociais, que proporcional sdificuldade encontradas no mercado de trabalho. Segundo Statt (1994), o mundo do trabalho temcomo desafio para o terceiro milnio conseguir respostas para os problemas postos a partir dessecontexto. Doenas fsicas e mentais advindas do trabalho, e tambm do no-trabalho, aresponsabilidade social das empresas e a (im)possibilidade de se abordar as pessoas (diferentes)trabalhando juntas em um mesmo lugar, e esse trabalho (ou no-trabalho) fazendo sentido paraelas.

    23.TECNOCINCIAA palavra tecnocincia grosso modo se transparece como um recurso da linguagem para caracterizara ntima ligao entre cincia e tecnologia e a desconfigurao de seus limites. O termo tecnocinciano conduz necessariamente a terminar com as distines entre a cincia e tecnologia, mas, alerta-

    nos de que a pesquisa sobre elas, e as polticas praticadas em relao s mesmas sejamimplementadas a partir do tipo de afinidade que a palavra tecnocincia deseja sublinhar. Deve-setomar conscincia da natureza tecnocientfica da atividade cientfica e tecnolgica contempornea.No se trata s de insistir nas inter-relaes, mas tambm de apoiar o plo tcnico ou tecnolgicocomo preponderante.

    importante elucidar a importncia que a diferena entre a cincia e a Tecnologia exerceu nouniverso intelectual da fase imediatamente seguinte 2 Guerra Mundial. Uma vez escandalizadacom o impacto das bombas atmicas de Hiroshima e Nagasaki, a comunidade cientifica encontrou-secom a necessidade de diferenciar a cincia e Tecnologia.

    Atualmente, so bastantes as vezes em que a cincia tida e confundida com a tecnologia. Na

    verdade, e mesmo apesar da sua pequena relao, estas so totalmente diferentes.

    A cincia tem como base um conjunto de verdades, logicamente articuladas entre sim, de maneira aadministrarem um sistema concordante. Subjetivamente, um conhecimento exato das coisasdevido s suas causas ou princpios. Remete para um conhecimento mais objetivo da realidade emrelao ao Homem; tal conhecimento pode e deve ser posto em prtica para facilitar de uma formaeficiente a criao da vida material, assim, esta aplicao compe a tecnologia. Por sua vez, esta sevai confrontar com a tcnica, que se direciona a outros mtodos no informados pelo conhecimentocientfico, que so um apoio para o Homem solucionar algumas questes prticas.

    Se abordarmos a cincia por dois prismas, ento temos que: por um lado, a cincia confere agnese da tecnologia e administra-lhe as formas e o saber que vo conceder a criao de

    tecnologias tais como: microscpios, termmetros, entre muitos outro; por outro lado, o avano dacincia est dependente dessas tecnologias que (por exemplo), possibilitaram a criao dotermmetro, e assim que nos permitiu concluir que a ebulio e solidificao da gua esto entre os100C e os 0C, respectivamente. Mas e mesmo apesar das suas divergncias, a cincia e atecnologia esto profundamente ligadas, mesmo sendo possvel fazer a sua distino, faz-se com

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    que na prtica seja completamente impossvel a sua separao uma vez que o aperfeioamento e oavano de ambas, anui na sua colaborao mtua. Deste modo, devero ser tratadas como uma sentidade, da derivar o conceito Tecnocincia.

    A Tecnocincia uma espcie de afirmao radical do projeto de saber comeado pela cincia

    moderna. As alternativas da Tecnocincia ajustam-se no plano da ao, embora os seus defeitosno sejam menos decisivos na vertente tica. este o contexto do retorno da tica neste incio dosculo. O autoritrio tecnocientifico, admite que no h nenhum limite priori da tecnocincia. Nolado oposto encontramos a posio Tecnofbica que trespassa como a sobrevivncia do Homemenquanto ser. Entre a fuga e tica bem como a recusa da tecnocincia, provvel delimitar umterceiro meio, que coloca deveras a necessidade de fazer escolhas entre as possibilidadestecnocientficas. Alberga-se assim, tratar-se de se criar uma interao do simblico e dotecnocientifico, em termos da sua respectiva abertura. A idia de tecnocincia sublinha tambm oscomplexos laos sociais que conduzem o desenvolvimento cientfico-tecnolgico. O papel dosinteresses ou valores sociais na definio do seu curso tanto mais claro na medida em que adimenso tecnolgica passa a ser influente.

    Em suma, e muito sucintamente, temos que, a Tecnocincia um conceito muito vasto,amplamente usado na comunidade interdisciplinar de estudos ou pesquisas de cincia e tecnologiapara designar o contexto social e tecnolgico da cincia respectivamente. O termo remete aindapara um simples reconhecimento comum de que o conhecimento cientifico no apenassocialmente codificado e socialmente posicionado, mas tambm suportado e tornado duradouromediante redes materiais no humanas. Pode-se ainda mencionar que o termo Tecnocincia foicriado por Gilbert Hottois, filsofo belga; o termo foi criado em fins dos anos de 1970.

    24.PROPRIEDADE INTELECTUALExpresso genrica que pretende garantir a inventores ou responsveis por qualquer produo dointelecto (seja nos domnios industrial, cientfico, literrio e/ou artstico) o direito de auferir, aomenos por um determinado perodo de tempo, recompensa pela prpria criao. Segundo definio

    da Organizao Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), constituem propriedade intelectual asinvenes, obras literrias e artsticas, smbolos, nomes, imagens, desenhos e modelos utilizadospelo comrcio.

    A propriedade intelectual abrange duas grandes reas: Propriedade Industrial (patentes, marcas,desenho industrial, indicaes geogrficas e proteo de cultivares) e Direito Autoral (obras literriase artsticas, programas de computador, domnios na Internet e cultura imaterial). Quanto aosConhecimentos Tradicionais, ainda no possuem uma definio no atual sistema de proteo dapropriedade intelectual. objeto de discusso entre juristas, comunidades locais e organizaesmundiais de proteo da propriedade intelectual a adequao desse tema ao sistema patentrioatual.

    Sob a tica jurdica, Propriedade Intelectual o ramo do direito, que tem por finalidade primordial,tutelar o esforo dispendido pelo ser humano, voltado realizao de obras literrias, artsticas ecientficas.

    O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) uma Autarquia Federal, criada em 1970,vinculada ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC). de suacompetncia executar, em mbito nacional, as normas que regulam a Propriedade Industrial.

    25.DIFERENTES MDIAS E TRATAMENTO DE INFORMAOO processo de aprendizagem implica em como o indivduo recebe e trabalha as informaes parauso privado e pblico. Cada etapa do processo de aprendizagem importante. No Brasil, como em

    tantas outras naes, estamos convivendo com diferentes categorias de analfabetos seja da escrita(da palavra), funcionais e tecnolgicos. Surgem questes de como enfrentar esta realidade para quetodos sejam beneficiados.

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    Uma das possveis respostas seria atravs da disponibilizao, do acesso e uso da informao,indiferentemente se est impressa (papel), em bits (CD-ROM, pginas Web) ou ondas (rdio),imagens e sons (televiso, vdeo), etc. Mas, o importante como e onde o indivduo pode acessaras diferentes fontes de informao? Quais so estas fontes disponveis pelas novas mdias? Qual opapel do Estado e da sociedade para disponibilizar o acesso a informao? Enfim, por onde comear,

    a quem atender e quais os fatores implcitos nas diferentes formas de alfabetizao (da palavra,funcional e/ou tecnolgica)?

    Algumas dessas perguntas esto sendo respondidas de certa maneira pelas instituies voltadas aoaprendizado e provocando o aparecimento de outras referentes sobre a infra-estrutura, acapacitao das pessoas, e a importncia dada para o contnuo aprender (life long learning) nasdiferentes categorias profissionais e educacionais.

    Necessita-se conhecer os aspectos, sejam positivos ou negativos, dos meios de comunicao demassa, para que se possa entender e discutir outros aspectos, tais como: alienao em massas, doconsumo desenfreado ou da pssima qualidade de contedos.

    Faz-se necessrio identificar quais as estruturas existentes para que as diferentes redes e ossistemas de informao digitais possam funcionar. Nos espaos caractersticos da educao, seja atradicional ou a distncia, como detectar o fluxo da informao entre os professores, essestransmissores e motivadores do conhecimento e da criatividade para um pblico cada vez maisamplo e heterogneo? Outras reflexes nos levam ao descaso da poltica de informao para asociedade, principalmente sobre estruturas da rede de computadores (as auto-estradas dainformao) necessrias e desejveis tanto nas bibliotecas pblicas e escolares.

    Maral (1999, p. 50) enfoca a necessidade de produzir a interao social onde "o acesso informao no vai resolver os problemas sociais, pois a disparidade social no o resultado da faltade acesso s fontes de informao, mas sim da falta de polticas pblicas de carter redistributivo,de modo que no basta fazer transferncia tecnolgica: primeiramente, devemos promover umatransformao dos processos sociais que dificultam a definio de polticas de inovaes

    tecnolgicas. Alm da desigualdade bsica, devemos salientar que o uso das novas tecnologias dainformao e comunicao apresenta desafios morais, polticos, legais e educacionais que nopodem ser apenas regulamentados, mas necessitam de uma tica que oriente o comportamento dosatores envolvidos no processo de comunicao. Concluindo, a sociedade da informao caracteriza-se pelo desenvolvimento quanto ao processamento e velocidade de transmisso da informao, oque no significa a converso da informao em conhecimento.

    Fica difcil retratar em um pas to rico em contrastes e, ao mesmo tempo, to deficitrio no que serefere a informao disponvel para o povo brasileiro. Para exemplificar, necessita-se pensar comoesto servidos os nossos 5.507 municpios brasileiros em termos de acesso a informao? Conformerelacionado pelo Cadastro das Bibliotecas Pblicas Brasileiras, elaborado pelo Sistema Nacional deBibliotecas Pblicas (http://www.bn.br/snbp/snbp.htm), atualmente encontram-se cadastradas

    cerca de 3.200 bibliotecas. Esse cadastro retrata a realidade, bem distante do desejvel. Precisamosagir tambm onde ainda no existem bibliotecas pblicas e escolares. Cabendo enfatizar aimportncia de oferecer acesso e disponibilizao da informao, indiferente de qualquer formatopara atender a populao sedenta de informao. Isto engloba tambm atividades de incentivo aleitura - seja impressa ou na tela do computador.

    Portanto, observam-se cada vez amplas perspectivas de atuao para profissionais como osbibliotecrios, os tcnicos e os auxiliares em bibliotecas quando se trata de atuao nas bibliotecaspblicas e escolares por todo este Brasil. Mas, cabe tambm questionar de como as escolas debiblioteconomia preparam um profissional para atuar em um pas com desigualdades sociais,econmicas, polticas e educacionais na era da informao.

    Como est sendo a formao e a educao continuada dos bibliotecrios, principalmente quando setrata em trabalhar na integrao das bases de dados e das prprias redes de computadores onde oparadigma est em acessar a informao digital online. Isto se reflete na Sociedade da Informao,ou seja, uma sociedade vinculada pelas redes de computadores para facilitar o acesso e uso dainformao nos diferentes aspectos: social, educacional, poltico e econmico.

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    Assim, com este cenrio mltiplo, teceremos alguns enfoques com o objetivo de entender oscaminhos abertos pelas mdias na educao pblica brasileira e, possivelmente, provocar reflexespara agirmos adequadamente na relao usurio versus acesso informao.

    O crescimento exponencial no uso da Internet comparando com as outras mdias, em se tratando detempo para atrair a ateno, ou como alguns preferem o termo penetrao, de 50 milhes depessoas para o rdio demoraram cerca de 38 anos, o mesmo nmero para televiso foi de 13 anos,e, para a Internet, aconteceu em apenas 4 anos, deixando claro a facilidade de absoro dessamdia pela populao.

    Dizard (2000, p. 23) menciona que a "mdia de massa, historicamente, significa produtos deinformao e entretenimento centralmente produzidos e padronizados, distribudos a grandespblicos atravs de canais distintos. Os novos desafiantes eletrnicos modificam todas essascondies. Muitas vezes, seus produtos no se originam de uma fonte central. Alm disso, a novamdia em geral fornece servios especializados a vrios pequenos segmentos de pblico. Entretanto,sua inovao mais importante a distribuio de produtos de voz, vdeo e impressos num canaleletrnico comum, muitas vezes em formatos interativos bidirecionais que do aos consumidoresmaior controle sobre os servios que recebem, sobre quando obt-los e sob que forma....

    Trata-se de momento crucial em conhecer os impactos resultantes das novas mdias na sociedade, eprincipalmente, pensar como evitar o caos social, que possa ser decorrente pela falta de acesso ainformao e seu controle. Necessitamos utilizar os recursos das mdias na educao de grandesmassas para que todos tenham igualdade de acesso a informao e possam utiliz-la em benefciossociais, profissionais e pessoais.

    As grandes transformaes nas tecnologias da mdia de massa, conforme menciona Dizard (2000, p.53), podem ser representados em trs fases:

    "... a primeira aconteceu no sculo XIX, com a introduo das impressoras a vapor e do papel de

    jornal barato. O resultado foi a primeira mdia de massa verdadeira - os jornais "baratos" e aseditoras de livros e revistas em grande escala. A segunda transformao ocorreu com a introduoda transmisso por ondas eletromagnticas - o rdio em 1920 e a televiso em 1939. A terceiratransformao na mdia de massa - que estamos presenciando agora - envolve uma transio para aproduo, armazenagem e distribuio de informao e entretenimento estruturadas emcomputadores. Ela nos leva para o mundo dos computadores multimdia, compact discs, bancos dedados portteis, redes nacionais de fibras ticas, mensagens enviadas por fax de ltima gerao,pginas de Web e outros servios que no existiam h vinte anos."

    Laudon & Laudon (1999, p. 168) mencionam como a Internet valorizada porque "permite que aspessoas se comuniquem de modo fcil, rpido e barato com outras pessoas em quase todos oslugares do mundo - ela praticamente elimina as barreiras de tempo e espao. A tecnologia que torna

    tudo isso possvel inclui redes, processamento cliente/servidor, padres de telecomunicaes ehipertexto e hipermdia."

    Um dos possveis caminhos a percorrer para atingir grandes massas est na educao a distncia.Sobre perspectivas para desenvolvimento futuro, Laaser (1994, p. 24) menciona:

    "a necessidade de se implantar a educao distncia nos pases em desenvolvimento so bviasdevido extenso regional, crescimento populacional e insuficincia de professores qualificados.Todavia, as idias de um mundo tornar-se uma "sala de aula global", com iguais oportunidades paratodos, so enganadoras e escondem o interesse dos pases industrializados em venderequipamentos de telecomunicaes e computadores de alta potncia. ...Sem dvida, a tecnologiadas telecomunicaes e do computador j chegou aos pases em desenvolvimento, tendncia que

    continuar no futuro. A curto prazo, sua aplicao principal ser mais na produo de materialimpresso, no apoio administrativo e na avaliao, e menos no ensino. Contudo, novas tecnologiastm que ser incorporadas progressivamente, aps se ter ganho experincia com mtodos simples dedistribuio e de ensino. As deficincias principais no so, com freqncia a falta de equipamentosou de recursos financeiros, mas a falta de recursos humanos qualificados para o ensino e

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    gerenciamento. Estas deficincias no sero resolvidas, de modo eficiente, pela adoo de sistemasprojetados para as caractersticas especiais dos pases industrializados. A educao distncia noresolver todos os problemas educacionais nem dos pases desenvolvidos nem dos emdesenvolvimento, mas ela pode dar uma contribuio muito importante se for aplicadacuidadosamente e dimensionada para as necessidades especficas do potencial econmico do pas."

    Nos casos em que os usurios dos cursos a distncia no tenham tido experincias prvias deestudo na modalidade, Litwin (1999, p. 19) menciona que "... torna-se imprescindvel informar oque significa estudar a distncia e em que consiste o contedo dos cursos com maior clareza epreciso possveis. se acrescentarmos a isso que a utilizao do suporte tecnolgico pode ser umanovidade para os usurios, tambm ser necessrio ensinar a utiliz-lo. Portanto, os sistemas ouprogramas de educao a distncia devero conter uma proposta propedutica para resolver osproblemas do incio e da organizao dos estudos."

    Em outras palavras, independente da mdia a ser usada na educao tradicional, ou a distncia, ouainda complementar (educao continuada) necessita-se preparar as audincias, observar oscontedos e principalmente trabalhar na absoro dos conhecimentos transmitidos. fundamentalque cada indivduo seja beneficiado pela qualidade e que possa utilizar seus descobrimentos deforma objetiva na sociedade.

    Na migrao de tecnologias usadas na educao, necessita-se verificar os prs e contras existentes,pois cada tecnologia, seja o lpis e o papel ou a tela do computador e mouse, precisa ser assimiladano cotidiano. O fundamental no a tecnologia em si, mas sim no contedo e a forma do que sertransmitido. Eis a importncia do momento da interao. Da construo do prprio indivduo.

    26. Acompanhamento e compreenso das tendncias na rea de Recursos HumanosA varivel humana tem sido como ponto crtico das empresas em todo programa de expanso, demelhoria da qualidade, de incremento da produtividade, de focalizao no cliente, de

    competitividade etc. Quase sempre, as pessoas constituem para as empresas o desafio crucial noalcance e na manuteno de padres elevados de qualidade, produtividade e competitividade. E, aomesmo tempo, as pessoas constituem a vantagem competitiva que representa o algo mais que umaempresa pode oferecer ao mercado e se mostrar competitiva.

    Assim, as pessoas podem tanto constituir o problema como pode constituir a soluo. O desafio ou aoportunidade. As duas faces da mesma moeda. que as pessoas so incrivelmente diferentes emsuas caractersticas individuais e dotadas de um formidvel elenco de potencialidades quedificilmente so localizadas e exploradas pelas empresas na plenitude. Mas, sempre e sempre, soas pessoas que fazem a diferena e personalizam a empresa e a fazem distinguir-se de todas asdemais.

    Mas, para que isto acontea, necessrio que as pessoas sejam selecionadas, integradassocialmente, treinadas, desenvolvidas, lideradas, motivadas, comunicadas, avaliadas, remuneradas,recebam retorno do seu desempenham, participem nas decises que as afetem direta ouindiretamente e possam externar seu ponto de vista etc.Sobretudo quando podem utilizar a sua matria-prima mais nobre e sofisticada, masinexplicavelmente a menos solicitada: a cabea com qualidade. E isto a nova tarefa da ARH.Contudo, o objetivo da ARH demasiado complexo e grande demais para ficar apenas em algumaspoucas mos ou em poucos crebros.

    27.Avaliao do papel do comportamento humano na gesto organizacional

    A participao de pessoas no processo de tomada deciso, a consulta contnua, as oportunidades dedilogo, as comunicaes diretas, os programas de sugestes, a utilizao de convenes ecomemoraes, a maior liberdade na escolha das tarefas e dos mtodos para execut-las, ostrabalhos em grupos e em equipes, as opes de horrios de trabalho, os planos de sugestes, adisponibilidad