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Conselho Nacional de Justiça
MANUAL DE ATOS OFICIAIS ADMINISTRATIVOS DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Brasília
2009
Conselho Nacional de Justiça
Min. Gilmar Mendes, Presidente
Min. Gilson Dipp, Corregedor Nacional de Justiça
Conselheiros
Rui Stoco
Mairan Gonçalves Maia
Altino Pedrozo dos Santos
Andréa Maciel Pachá
Jorge Maurique
Antonio Umberto de Souza Júnior
José Adonis Callou de Araújo Sá
Felipe Locke Cavalcanti
Técio Lins e Silva
Paulo Lôbo
Joaquim Falcão
Marcelo Nobre
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 5
PRINCÍPIOS GERAIS ................................................................................................................... 6
Os pronomes de tratamento ..................................................................................................... 8
A história dos pronomes de tratamento................................................................................ 9
Concordância com os pronomes de tratamento .................................................................. 9
Emprego dos pronomes de tratamento .............................................................................. 10
Fecho para as comunicações ................................................................................................. 13
Identificação do signatário ...................................................................................................... 14
Título de representante diplomático........................................................................................ 15
NORMAS BÁSICAS PARA A REDAÇÃO DE ATOS OFICIAIS ADMINISTRATIVOS ............. 16
Simplicidade ............................................................................................................................ 18
Objetividade ............................................................................................................................ 18
Concisão ................................................................................................................................. 19
Clareza .................................................................................................................................... 20
Importante recomendação: colocar-se no lugar do receptor .................................................. 20
Do geral para o particular ....................................................................................................... 21
O que deve ser evitado ........................................................................................................... 21
Remissão a texto legal ............................................................................................................ 22
Numeração dos documentos .................................................................................................. 23
Citações .................................................................................................................................. 23
Folhas de continuação ............................................................................................................ 25
ATOS OFICIAIS ADMINISTRATIVOS ....................................................................................... 26
Ata ........................................................................................................................................... 28
Elementos ........................................................................................................................... 28
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 29
Modelo de Ata ..................................................................................................................... 31
Atestado .................................................................................................................................. 32
Elementos ........................................................................................................................... 32
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 33
Modelo de Atestado ............................................................................................................ 35
Certidão ................................................................................................................................... 36
Elementos ........................................................................................................................... 36
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 37
Modelo de Certidão ............................................................................................................ 39
Comunicado ............................................................................................................................ 40
Elementos ........................................................................................................................... 40
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 41
Modelo de Comunicado ...................................................................................................... 43
Declaração .............................................................................................................................. 44
Elementos ........................................................................................................................... 44
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 45
Modelo de Declaração ........................................................................................................ 47
Despacho ................................................................................................................................ 48
Elementos ........................................................................................................................... 48
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 49
Modelo de Despacho .......................................................................................................... 51
Fac-Símile (FAX) ..................................................................................................................... 52
Requisitos para o envio de um fax: .................................................................................... 52
Informação .............................................................................................................................. 54
Elementos ........................................................................................................................... 54
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 55
Modelo de Informação ........................................................................................................ 57
Instrução Normativa ................................................................................................................ 58
Elementos ........................................................................................................................... 58
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 59
Modelo de Instrução Normativa .......................................................................................... 61
Memorando e Memorando-Circular ........................................................................................ 63
Elementos ........................................................................................................................... 63
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 65
Modelo de Memorando ....................................................................................................... 67
Mensagem Eletrônica (e-mail) ................................................................................................ 69
Recomendações ................................................................................................................. 69
Elementos ........................................................................................................................... 71
Modelo de Mensagem Eletrônica (e-mail) .......................................................................... 73
Ofício e Ofício-Circular ............................................................................................................ 74
Elementos ........................................................................................................................... 74
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 76
Modelo de Ofício-Circular ................................................................................................... 78
Ordem de Serviço ................................................................................................................... 80
Elementos ........................................................................................................................... 80
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 81
Modelo de Ordem de Serviço ............................................................................................. 83
Portaria .................................................................................................................................... 84
Elementos ........................................................................................................................... 84
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 85
Modelo I de Portaria ........................................................................................................... 87
Modelo II de Portaria .......................................................................................................... 88
Recomendação ....................................................................................................................... 89
Elementos ........................................................................................................................... 89
Requisitos mínimos de Leiaute .......................................................................................... 90
Modelo de Recomendação ................................................................................................. 92
Relatório .................................................................................................................................. 94
Elementos ........................................................................................................................... 94
Modelo de Relatório ............................................................................................................ 99
Requerimento ........................................................................................................................ 104
Elementos ......................................................................................................................... 104
Requisitos mínimos de Leiaute ........................................................................................ 105
Modelo de Requerimento ................................................................................................. 107
Resolução ............................................................................................................................. 108
Elementos ......................................................................................................................... 108
Requisitos mínimos de Leiaute ........................................................................................ 109
Modelo de Resolução ....................................................................................................... 111
Elementos Acessórios........................................................................................................... 112
Anexos .............................................................................................................................. 112
Tabelas, gráficos, figuras e quadros ................................................................................ 113
PROJETO BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO ....................................................................... 115
Projeto Básico ....................................................................................................................... 116
Requisitos ......................................................................................................................... 118
Padronização .................................................................................................................... 118
Elementos ......................................................................................................................... 118
Elaboração ........................................................................................................................ 119
Projeto executivo ................................................................................................................... 126
Apresentação .................................................................................................................... 128
Justificativa ....................................................................................................................... 128
Procedimentos metodológicos ......................................................................................... 128
Matriz operacional ............................................................................................................ 129
Orçamento ........................................................................................................................ 129
Metas de resultado ........................................................................................................... 129
Monitoramento .................................................................................................................. 129
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................... 131
5
APRESENTAÇÃO
O Conselho Nacional de Justiça, visando à comunicação eficiente
e à documentação uniformizada, traz a público este Manual de Atos Oficiais
Administrativos. Uma obra deste porte encontra o seu lugar no cenário
nacional, pois atende a uma demanda da sociedade brasileira: a celeridade das
atividades administrativas desenvolvidas pelo Estado.
O intuito deste manual é auxiliar o consulente na elaboração de
textos que seguem os preceitos da redação oficial — clareza, objetividade e
concisão da informação — e as regras gramaticais da língua portuguesa.
Pretende, ainda, orientar os usuários acerca da estrutura dos diferentes
documentos oficiais, para que sejam concebidos em conformidade a padrões
específicos.
Espera-se que este manual, elaborado com fundamento em
bibliografia técnica especializada, dinamize os trabalhos desenvolvidos por este
Conselho. A conclusão desta obra, certamente, não exaure os assuntos aqui
abordados.
Por esse motivo, declara-se aberto o espaço para contribuições
que levem ao aprimoramento deste trabalho.
Brasília, maio de 2009.
6
PRINCÍPIOS GERAIS
7
A redação de atos oficiais não deve ser exercida como uma
atividade arbitrária, alheia às regras que disciplinam toda atuação pública. Ao
contrário, deve ter como base dois dos princípios constitucionais
fundamentadores dos atos da administração: a impessoalidade e a publicidade.
Diz o Manual de redação da Presidência da República,
publicação muito utilizada pelos órgãos do Poder Executivo:
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão
culto da linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Fundamentalmente, esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no
artigo 37: ―A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência [...]‖. Sendo a publicidade e a impessoalidade
princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem
igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.1
Decorrentes do princípio da publicidade, a clareza, a objetividade
e a concisão são elementos que devem orientar a elaboração dos atos oficiais,
sobretudo porque evitam a obscuridade e a incompreensão, vícios
incompatíveis com o que rege a Constituição.
A mensagem de caráter público deve comunicar de modo
cristalino. Por isso, é necessário que os atos encontrem, na padronização do
seu leiaute e de seus textos, meios de alcançar sua finalidade básica:
comunicar com impessoalidade e clareza. A clareza do texto, aliada à correta
diagramação do documento, possibilita a imediata compreensão do conteúdo.
Sobre os atributos do bom texto, oficial ou não, vale destacar a
afirmativa do professor William Strunk Jr., estudioso da língua inglesa:
A prosa vigorosa é concisa. A frase não deve ter palavras desnecessárias nem
o parágrafo frases desnecessárias, pela mesma razão que o desenho não
deve ter linhas desnecessárias, nem a máquina partes desnecessárias. Isso
não quer dizer que o autor faça breves todas as suas frases, nem que evite
1 Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República.
2. ed. Brasília: Presidência da República, 2002. p. 8.
8
todo detalhe, nem que trate seus temas só na superfície: apenas que cada
palavra conta.2
Lembre-se ainda o que João Luiz Ney afirma em seu Prontuário
de redação oficial:
A dinâmica administrativa encontra, na capacidade de redação de
seus servidores, recursos dos mais eficazes para o seu processamento.
Ausente essa capacidade num setor da administração, mais difícil se torna ao
seu dirigente dedicar-se aos problemas que lhe são pertinentes – o
planejamento, a coordenação e o comando. Seu tempo estará quase
totalmente absorvido na revisão e emenda de textos mal redigidos e suas
energias logo se esgotarão no esforço diário de reescrever o que seus
auxiliares não souberam estruturar em linguagem apropriada e correta.3
É exigência ainda da redação oficial que ela possua unidade, que
seja escrita em padrão culto de linguagem e que siga, como veremos adiante,
formalidades que a caracterizam de modo inconfundível.
Os pronomes de tratamento
Quase todas as modalidades de comunicação oficial seguem
padrões rigorosos quanto ao emprego dos pronomes de tratamento, à forma
dos fechos e à identificação do signatário.
A gramática denomina pronomes de tratamento certas palavras
ou expressões que valem por pronomes pessoais, tais como: Senhor, Vossa
Excelência, Sua Santidade, Vossa Senhoria, você.
2 Correio Braziliense, Brasília, mar. 1999. Apud SQUARISI, Dad. Dicas de
Português. 3 NEY, João Luiz. Prontuário de redação oficial. 14. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1988.
9
A história dos pronomes de tratamento
O filólogo Said Ali, em sua Gramática secundária e gramática
histórica da língua portuguesa 4, traz uma breve história dos pronomes e
locuções pronominais de tratamento. Ele esclarece que, após serem
incorporados ao português os pronomes latinos tu e vós, ―como tratamento
direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra‖, passou-se a
empregar, como recurso linguístico de distinção e de respeito, a segunda
pessoa do plural no tratamento de indivíduos de hierarquia superior.
Diz ainda o filólogo:
Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a
um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a
ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de
vossa mercê, vossa senhoria [...]; assim usou-se o tratamento ducal de vossa
excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa
paternidade, vossa eminência, vossa santidade.5
Esse modo de tratamento indireto passou a vigorar, a partir do
final do século XVI, também para os ocupantes de certos cargos públicos.
Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. O
pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. Dessa tradição provém o atual
emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de se dirigir às
autoridades civis, militares e eclesiásticas.
Concordância com os pronomes de tratamento
Os pronomes de tratamento, embora se refiram à pessoa com
quem se fala, levam a concordância para a terceira pessoa. O verbo concorda
com o substantivo que integra a locução: ―Vossa Excelência falará aos
jurados‖; ―Vossa Senhoria saberá encaminhar o problema‖. Também os
4 SAID ALI, Manoel. Gramática secundária e gramática histórica da língua
portuguesa. 3. ed. Brasília: Edunb, 1964. p. 93-94. 5 SAID ALI, Manoel. Gramática secundária e gramática histórica da língua
portuguesa. 3. ed. Brasília: Edunb, 1964. p. 93-94.
10
pronomes possessivos referentes a pronomes de tratamento são sempre os da
terceira pessoa: ―Vossa Senhoria encaminhará seu pedido‖ (e não ―vosso
pedido‖).
Quando a palavra é dirigida à pessoa com quem se fala, são
usadas Vossa Excelência, Vossa Senhoria, etc.; quando a ela se faz
referência, usam-se Sua Excelência, Sua Senhoria.
O gênero gramatical dos adjetivos que se referem a esses
pronomes deve remeter ao sexo da pessoa, e não ao substantivo. Assim, o
correto é dizer ―Vossa Excelência está atarefado‖, se o interlocutor for homem;
―Vossa Senhoria deve estar satisfeita‖, se for mulher.
Evite-se, apesar de correto gramaticalmente, substituir os
pronomes de tratamento pelas formas seu, sua, lhe e o, principalmente em
relação a Vossa Excelência, Vossa Eminência e outros de alta cerimônia.
Em comunicações dirigidas a altas autoridades dos poderes da
República e eclesiásticas, recomenda-se que não se abreviem os pronomes de
tratamento.
Emprego dos pronomes de tratamento
O emprego dos pronomes de tratamento como recurso lingüístico
de distinção e respeito obedece à tradição secular. O Manual de redação da
Presidência da República assim fixou o emprego dos seguintes pronomes de
tratamento:
[...] Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo:
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e vice-governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-executivos de ministérios e demais ocupantes de cargos de
natureza especial;
11
Secretários de Estado dos governos estaduais;
Prefeitos municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados federais e senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados estaduais e distritais;
Conselheiros dos tribunais de contas estaduais;
Presidentes das câmaras legislativas municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos tribunais superiores;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos chefes de Poder é
Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do
cargo respectivo:
Senhor Senador;
Senhor Juiz;
Senhor Ministro;
Senhor Governador.
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades
tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de tal
Ministro de Estado da Justiça
70.064-900 – Brasília.DF
A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
12
Senado Federal
70.165-900 – Brasília.DF
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10ª Vara Cível
Rua ABC, nº 123,
01.010-000 – São Paulo.SP
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD)
às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que
se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares.
O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
[...]
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
70.123-000 – Curitiba.PR
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do
superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de
Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de
tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em
comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído
curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis,
especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o
tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada, por força da
tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-
lhe o vocativo:
Magnífico Reitor,
13
[...]
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia
eclesiástica, são:
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo
correspondente é:
Santíssimo Padre,
[...]
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos
cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
[...]
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a
arcebispos e bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria
Reverendíssima para monsenhores, cônegos e superiores religiosos. Vossa
Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.6
Fecho para as comunicações
O Manual de redação da Presidência da República apresenta
também normas para o fecho das comunicações oficiais. Estabelece quanto a
isso que:
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de
arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que
vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria nº 1 do Ministério da
Justiça, de julho de 1937, que estabelecia cerca de quinze padrões diferentes.
Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, estabelece o emprego de somente
dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
Atenciosamente,
6 Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República.
2. ed. Brasília: Presidência da República, 2002. p. 13-15.
14
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados
no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores [...].7
O fecho das correspondências é também denominado de
antefirma. Há autores que consideram o fecho das comunicações composto da
antefirma e da assinatura.
Identificação do signatário
Fazer uso do traço para a assinatura é considerado deselegante,
porque supõe a necessidade de ―demarcar‖ um campo para o ―correto‖
preenchimento pelo subscritor. Dessa forma, em qualquer documento esse
procedimento é dispensável.
Abaixo do nome de quem assina, coloca-se o cargo ou função
que o signatário ocupa na organização.
Com exceção daquelas assinadas pelo Presidente da República,
as comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as
expede. Isso facilita a identificação da origem das comunicações. A forma da
identificação deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura)
RIGOBERTO ALENCASTRO
Secretário-Geral
(espaço para assinatura)
PEDRO MALASARTE
Ministro de Estado da Justiça
(espaço para assinatura)
LÚCIO CASTANHEIRA
7 Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República.
2. ed. Brasília: Presidência da República, 2002. p. 13-15.
15
Secretário de Administração
Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará
Pode-se utilizar o nome do signatário em caixa-alta/baixa
(maiúscula/minúscula). Há farta recomendação de autores quanto a isso.
Orienta-se, no entanto, que seja utilizada no CNJ a grafia em
maiúsculas/minúsculas do nome de quem assina o documento. O que não
pode acontecer em nenhuma hipótese é o cargo do signatário vir grafado
inteiramente em maiúsculas. Evite-se, portanto:
Pedro Malasarte
MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA;
ou, pior ainda:
PEDRO MALASARTE
MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA.
Recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do
expediente. Transfiram-se para essa página ao menos as duas linhas
anteriores ao fecho.
Título de representante diplomático
O título de representante diplomático ou cônsul não deve
preceder o nome da pessoa. Assim, registre-se: O Sr. Norberto Benjamim,
Embaixador do Brasil na Guatemala; O Sr. Norbert Nobbio, Cônsul da
Guatemala.
16
NORMAS BÁSICAS PARA A REDAÇÃO DE
ATOS OFICIAIS ADMINISTRATIVOS
17
A redação de atos oficiais deve obedecer, para sua maior
eficiência, a princípios elementares de estruturação de texto. Esses princípios,
contudo, são válidos não apenas para o ato oficial, mas também para qualquer
tipo de escrita que privilegie a transparência e a comunicabilidade, a clareza da
exposição.
Aponta-se, a seguir, um conjunto de observações que podem
auxiliar nessa tarefa.
Redigir bem resulta do desenvolvimento de técnicas de escrita.
Por isso, envolve trabalho sistemático e supõe a possibilidade de
aperfeiçoamento. Redigir bem, portanto – e nisso parecem unânimes
especialistas e teóricos do texto –, origina-se do redigir sempre, do exercitar-se
na linguagem escrita. Um texto eficiente e claro (diga-se também elegante)
deve suas qualidades ao modo de dizer, não àquilo que diz.
O que valoriza um assunto é a maneira de contá-lo, de expô-lo.
Um enunciado capaz de transmitir com clareza e simplicidade uma mensagem
é uma conquista que se obtém pouco a pouco, no duro ofício de redigir e
redigir criticamente, mas isso guarda alguns segredos: simplicidade,
objetividade, concisão e clareza. Diz Quintiliano:
―[...] que seja tal a clareza, que a mais fraca atenção baste para
compreender e o pensamento impressione os espíritos, como o
sol impressiona a vista. Não basta que o ouvinte possa
compreender-nos; mister é, mais do que isso, que de nenhum
modo nos possa deixar de compreender‖.
Apud RIBEIRO FILHO, Ernesto Carneiro. Serões Grammaticaes: Língua
Portugueza ou Nova Grammatica Portugueza. 6. ed. Salvador (BA): Livraria Progresso Editora Aguia & Souza, 1956.
18
Simplicidade
Um dos principais problemas de quem passa a dedicar-se mais
intensamente à escrita é a inclinação a dizer da forma mais complicada. Talvez
por ser a linguagem escrita mais artificial, menos espontânea que a linguagem
falada, é comum que o redator iniciante seja levado a fazer rodeios, a falar
difícil, a ser prolixo, como se a forma obscura (até incompreensível) da escrita
fosse sinônimo de erudição e sabedoria. Nada mais falso. A escrita admirável é
aquela que é reta naquilo que diz, sem rodeios ou labirintos. Dizer
eficientemente é dizer de forma simples. Escreva indo diretamente ao ponto; se
possível, como se conversasse.
Objetividade
Use no seu texto frases curtas, preferencialmente. Frases longas
cansam e levam o leitor à dispersão. Enunciados breves facilitam a
compreensão. Evite contaminar o seu texto com uma infinidade de vírgulas.
Uma frase longa nada mais é do que o acúmulo de duas ou mais frases curtas.
Prefira também palavras breves. Entre duas palavras, opte pela de menor
extensão.
Ensina a jornalista Dad Squarisi, do Correio Braziliense,
especialista em questões da linguagem: ―Em vez de falar falecer, escreva
morrer; em lugar de somente, só; de matrimônio, casamento; de féretro, caixão;
de morosidade, lentidão‖.8 Organize suas sentenças de forma positiva, evite
dizer por meio de negativas: não lembrar é esquecer; não comparecer é faltar;
não chegar no horário é atrasar. Opte também pela voz ativa. A voz passiva é
uma estrutura sem vigor, apática. Em vez de: A portaria foi assinada pelo
diretor-geral, prefira: O diretor-geral assinou a portaria.
8 SQUARISI, Dad. Dicas de Português. Correio Braziliense. Brasília, mar.
1999.
19
Concisão
A concisão consiste em dizer o máximo com um mínimo de
palavras. Isto não guarda nada de abstrato ou subjetivo. Um dos caminhos
para a concisão, aliás, resulta da adoção de um procedimento simples, que
pode ser extraído de conselhos de Dad Squarisi:
Abuse de substantivos e verbos: escreva com a convicção de que no idioma só
existem essas duas classes de palavras. As demais – sobretudo adjetivos e
advérbios – devem ser usadas com a sovinice do Tio Patinhas. Na dúvida,
deixe-os pra lá: (Normalmente) ao redigir textos (informativos), use
substantivos (fortes) e verbos (expressivos).9
Essa, aliás, como ressalta a jornalista, é uma lição de Veuillot: ―É
preciso escrever com a convicção de que só há duas palavras no idioma – o
substantivo e o verbo. Ponhamo-nos em guarda contra as outras palavras‖.10
Bem, o que se pretende dizer com isso não é que se deixem de
lado as outras classes gramaticais, mas apenas que se usem adjetivos e
advérbios com sua função específica: tornar preciso e exato aquilo que
realmente necessita de especificação. Quanto à precisão, valemo-nos mais
uma vez do ensinamento da jornalista:
Gato siamês é mais singular que simplesmente gato; homem, mais do que
animal; laranjeira, mais do que árvore; árvore, mais do que planta ou vegetal.
Escrever ―foi um período difícil‖ constitui uma vagueza. ―Estive desempregado
durante três meses‖ dá o recado. Não foi por acidente que Gonçalves Dias
compôs: ―Minha terra tem palmeiras/Onde canta o sabiá‖. Se tivesse dito,
―Minha terra tem árvores/Onde canta o pássaro‖, seus versos estariam mortos
e enterrados. Sem direito a missa.11
9 SQUARISI, Dad. Dicas de Português. Correio Braziliense. Brasília, mar.
1999. 10
Id. Ibid.. 11
Id. Ibid.
20
Clareza
A clareza do texto resulta da conjugação da simplicidade, da
objetividade e da concisão. Texto claro, assim, é aquele que possibilita
compreensão imediata, porque congrega a normatividade no uso do padrão
linguístico, a predominância da ordem direta nas frases, a rejeição a termos
obscuros ou de difícil compreensão e o esclarecimento da terminologia técnica,
entre outras qualidades que atribuem leveza e brevidade à exposição.
Vale a pena conferir o que João Bosco Medeiros recomenda em
seu livro Correspondência: técnicas de comunicação criativa (São Paulo: Atlas,
1996. p. 29). Diz ele que existem várias técnicas que permitem captar a
atenção do leitor, entre elas:
– escrever parágrafos curtos e sem muitos pormenores;
– usar orações coordenadas para ser bem claro;
– manter o leitor em constante curiosidade quanto ao objeto da
comunicação, apresentando os fatos gradativamente, até chegar ao ponto
central da correspondência;
– falar somente do que se conhece bem;
– dividir as ações em partes;
– juntar apenas o que é significativo;
– ter sempre em mente o objetivo da comunicação;
– sugerir soluções, mais do que explicar acontecimentos.
Importante recomendação: colocar-se no lugar do receptor
João Bosco (1996) afirma também que, antes de dar início à
redação, deve o redator:
– ter um objetivo em mente;
– colocar-se no lugar do receptor;
– ter informações suficientes sobre o fato;
– planejar a estrutura da comunicação a ser feita;
– dominar todas as palavras necessárias;
– tratar o assunto com propriedade;
21
– selecionar fatos e evitar dar opiniões (deve-se, isto sim, fazer
sugestões, desde que fundamentadas);
– refletir adequada e suficientemente sobre o assunto;
– ser natural, conciso e correto;
– usar linguagem de fácil compreensão;
– prestar informações precisas e exatas;
– responder a todas as perguntas feitas anteriormente pelo
destinatário.
João Bosco (1996) diz ainda que a linguagem da comunicação é
adequada quando o redator preocupa-se com a capacidade de entendimento
do receptor: pode-se usar sem empecilhos o vocabulário técnico se o
destinatário for um técnico; do mesmo modo, deve-se proceder ―em relação a
pessoas de nível escolar elevado, quando será possível usar padrão linguístico
mais elaborado‖. Isso não quer dizer que palavras raras e desconhecidas
sejam aceitáveis, muito pelo contrário. Elas devem ser evitadas em qualquer
situação.
Do geral para o particular
No texto dos atos, deve-se partir do geral para o particular. Se a
comunicação contiver mais de uma ideia sobre um mesmo assunto, elas
devem ser tratadas em parágrafos distintos. Isso dá à exposição organicidade
e clareza.
O que deve ser evitado
Na redação dos atos e comunicações oficiais, devem ser
evitados:
– a repetição das palavras e a utilização de palavras cognatas,
tais como: ―designação‖ e ―designado‖, ―compete‖ e ―competente‖, etc.;
– o uso de expressão ou palavra que configure duplo sentido no
texto;
– as expressões regionais;
22
– as palavras ou expressões de língua estrangeira, exceto
quando indispensáveis, em razão de serem designações ou expressões de uso
já consagrado ou que não tenham exata tradução. Nesse caso, a palavra ou
expressão deve ser grafada em itálico ou entre aspas. Tomem-se como
exemplos: ad referendum ou ―ad referendum‖, royalties ou ―royalties‖.
Também deve ser evitada a divisão silábica das palavras. Caso
isso seja inevitável, as recomendações a seguir darão ao texto maior
legibilidade e elegância:
1. nunca dividir grupos vocálicos: ai, ui, ão, etc.;
2. não deixar letra isolada em uma linha;
3. não deixar isoladas sílabas às quais se possa atribuir outro
sentido;
4. não separar números;
5. nos casos de palavras compostas, não se deve repetir o hífen
na linha seguinte;
6. evitar a separação de hiatos e de nomes próprios;
7. evitar a separação de palavras de língua estrangeira;
8. no caso de cifras, pode-se colocar o cifrão numa linha e o
número da cifra em outra.
Os múltiplos e submúltiplos das unidades de medida devem ser
designados pelo nome ou pelo símbolo. Este não deve ser seguido de ponto (.)
ou da letra ―s‖ para indicar plural.
Caso a grandeza seja expressa em número fracionário, o símbolo
deve ser escrito no final, exceto quando se tratar de horas e minutos.
Exemplos: 18,98m; 19h32
Os símbolos podem ser escritos na mesma linha dos números ou
em forma de expoente.
Exemplos: 19m2 ou 19m²
Remissão a texto legal
Quando for necessária a remissão a texto legal, a primeira
referência deve indicar o número da norma, seguido da data, sem abreviação
23
de mês e ano (exemplo: Lei no 4.860, de 26 de novembro de 1965). Nas
referências subsequentes, serão indicados apenas o número e o ano (exemplo:
Lei no 4.860, de 1965; ou Lei no 4.860/65).
Numeração dos documentos
Os documentos devem ser numerados em ordem crescente
cronológica ou, em situações especiais, de acordo com critério estabelecido
pelo emissor. Deve-se reiniciar a numeração a cada ano, a partir do número 1.
Ex.: Memorando nº 8 / DGE.
Ofícios, portarias e instruções normativas possuem, cada um,
numeração única para todo o Conselho, centralizada na Secretaria-Geral. Ao
redigir um desses documentos, deve-se solicitar um número específico à SG.
Após o envio, deve-se encaminhar àquela seção cópia do documento. Em caso
de desistência da expedição após o recebimento do respectivo número, é
necessário encaminhar à SG motivação de cancelamento, por escrito.
A numeração é um dos indicadores (ou índices) de recuperação
do documento. Consiste, portanto, em informação que deve ser registrada com
atenção, para evitar a atribuição de um mesmo número a documentos diversos.
Citações
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)12,
a citação é definida como a menção de uma informação extraída de outra
fonte. O objetivo da citação é agregar ao texto conceito, dado ou informe para
esclarecer, ilustrar ou sustentar o que está sendo discutido. As citações podem
ser diretas, quando contêm a transcrição literal de um texto ou de parte dele,
ou indiretas, quando redigidas com base em ideias de outros autores.
A citação com até três linhas, ou citação curta, é transcrita entre
aspas, com o mesmo tipo e tamanho da letra utilizados no parágrafo no qual
será inserida. O uso das aspas delimita a citação direta. As aspas duplas são
usadas no início e no fim da citação direta e as aspas simples em citação
12
NBR 10250:2002 - Informação e documentação - Citações em documentos - Apresentação.
24
inserida no trecho transcrito. Caso o texto citado já contenha sinal de
pontuação encerrando a frase, as aspas finais são colocadas após este sinal;
caso contrário, elas delimitam o final da citação.
A citação com mais de três linhas, ou citação longa, é transcrita
em parágrafo distinto, que deve apresentar recuo de 3cm à esquerda. Inicia-se
sem entrada de parágrafo e estende-se até a margem direita. O texto citado é
apresentado sem aspas e transcrito com tamanho de letra menor. Deve-se
deixar uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e posterior.
Quando se tratar de texto de lei, deve-se recuar a citação
independentemente do número de linhas. Nos atos do Conselho, o recuo será
de 2,5cm à esquerda, e a fonte utilizada na transcrição será a arial, tamanho
10, entrelinhamento 1,5.
Veja-se o exemplo a seguir:
Diz-se que há uma disciplina jurídica autônoma quando corresponde a um
conjunto sistematizado de princípios e normas que lhe dão identidade,
diferenciando-a das demais ramificações do Direito. (MELLO, Celso Antônio
Bandeira de.Curso de Direito Administrativo. 12. ed. rev. e atual. São Paulo:
Malheiros, 2000.)
As supressões feitas numa transcrição são indicadas por
reticências entre colchetes ―[...]‖ e os acréscimos ou comentários feitos pelo
autor também aparecem entre colchetes.
Exemplo:
Segundo João Barbalho, a cláusula final do art. 28 resultara de uma falha da
redação, pois a emenda aditiva [...] dizia: representação das minorias [e não da
minoria] com mais propriedade e acerto.
Deve-se manter a fidedignidade às ideias do autor, se paráfrase,
ou ao texto citado, se transcrição, fazendo neste caso apenas a correção de
erros tipográficos. Se houver outros tipos de erro, deve-se empregar a palavra
latina sic (assim) entre colchetes, logo após a palavra ou expressão estranha
ou incorreta, para indicar que se trata de reprodução fiel do original. Por
25
exemplo: ―À unanimidade, negar provimento o [sic] recurso‖, já que o correto
seria ―À unanimidade, negar provimento ao recurso‖.
Folhas de continuação
Em qualquer ato oficial administrativo do CNJ, as folhas de
continuação deverão conter, no mínimo, as seguintes informações, entre
parênteses: número respectivo da folha sequencial, tipo do ato com a sua
numeração institucional e data:
Exemplo:
(Fl. 2 do Ofício nº 194 / GP, de 18.3.09.)
As folhas sequenciais não devem trazer o timbre apresentado na
primeira página.
26
ATOS OFICIAIS ADMINISTRATIVOS
27
A padronização oferecida para cada ato visa melhorar a
identificação do documento, propiciar rapidez na sua elaboração e na
compreensão da mensagem pelo destinatário e facilitar sua juntada a
processos ou sua inclusão em arquivos tradicionais e eletrônicos.
Para alcançar estes objetivos sugere-se ainda a diagramação a
seguir para todos os tipos de documentos:
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2 cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação equivale a 1,25
cm.
28
Ata
Ata é o registro sucinto, escrito, das decisões e acontecimentos
havidos em reunião, congresso, mesa-redonda, convenção, etc. No âmbito do
Conselho, podem ser tomados como exemplos de ata o registro dos resultados
das sessões plenárias – ordinárias ou solenes, extraordinárias ou
administrativas – e o registro das reuniões da Comissão Permanente de
Licitação.
O texto da ata deve ser escrito seguidamente, sem rasuras,
emendas, entrelinhas ou entradas de parágrafos. Também não se deixam
espaços em que possam ser inseridas modificações posteriores. Os numerais
devem ser escritos sempre por extenso e evitadas as abreviaturas.
Quando houver necessidade de correção, ela deverá ser feita
imediatamente ao erro, após a expressão digo. Por exemplo, se o registro
deveria ter sido: A ―reunião‖ foi encerrada (em vez de ―sessão‖), o redator
corrigiria assim: A sessão, digo, a reunião foi encerrada...
Se o erro só for descoberto depois de confeccionada a ata, deve-
se fazer a ressalva: Em tempo: na linha..., onde se lê..., leia-se...
A ata é normalmente redigida por um secretário efetivo ou, na
falta deste, por um secretário designado para a ocasião.
Costumava-se lavrar a ata em livro próprio, autenticado, e suas
páginas eram rubricadas pela autoridade que redigia os termos de abertura e
encerramento. Hoje a ata pode ser digitada em papel A4, com a dispensa do
livro tradicional. É o tipo que se adota no CNJ.
Elementos
São apresentados, a seguir, os elementos necessários à
elaboração da ata.
Timbre
Identifica o órgão Conselho Nacional de Justiça e a unidade
responsável pela elaboração.
29
Identificação do documento
Grafada em negrito, em letras maiúsculas e posicionada de forma
centralizada no papel.
No caso de a reunião ou assembléia tratar de um único assunto,
é recomendável que ele seja mencionado logo abaixo da identificação, para
facilitar consultas posteriores.
Quando houver várias sessões ou reuniões sobre o mesmo
assunto, recomenda-se numerar as atas.
Texto
É o conteúdo da ata, que deve ser elaborado em linguagem clara
e concisa e seguir o padrão da língua culta, observando-se a impessoalidade e
a formalidade.
Compõe-se de: 1) dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso);
2) local da reunião; 3) pessoas presentes (com seus respectivos cargos); 4)
ordem do dia; 5) fecho (que deverá iniciar-se com a expressão Nada mais
havendo a tratar... ou... Nada mais a deliberar...); e 6) assinaturas do
presidente, do secretário e de alguns participantes. Essas partes não se
encontram subdivididas no documento, mas apresentam-se seqüenciadas,
acompanhando o fluxo da informação. É possível, assim, reconhecê-las na
estrutura do texto.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da ata, deve-se atender a requisitos formais
mínimos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Nos atos do CNJ, optou-se por usar no ―corpo‖ dos documentos a
letra (fonte) Arial como padrão. O tamanho da letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
30
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
Documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
Documento e Texto. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Texto e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
Desde o campo Identificação do Documento até o campo Texto, é
utilizado espaçamento simples. Entre as assinaturas, dois espaços simples.
31
Modelo de Ata
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Secretaria Processual
A
ATA DA 81ª SESSÃO ORDINÁRIA (31 DE MARÇO DE 2009)13
B
Às nove horas e seis minutos do dia trinta e um de março de dois mil e nove, reuniu-se o plenário do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, em sua sede, localizada no edifício do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Presentes os Conselheiros, Ministro Gilson Dipp, Ministro João Oreste Dalazen, Conselheiro Rui Stoco, Conselheiro Mairan Gonçalves Maia Júnior, Conselheiro Altino Pedrozo dos Santos, Conselheira Andréa Pachá, Conselheiro Jorge Maurique, Conselheiro Antonio Umberto de Souza Júnior, Conselheiro José Adonis Callou de Araújo Sá, Conselheiro Felipe Locke Cavalcanti, Conselheiro Paulo Luiz Netto Lôbo, Conselheiro Técio Lins e Silva, Conselheiro Marcelo Nobre e Conselheiro Joaquim Falcão. Presentes à Sessão o Secretário-Geral do Conselho Nacional de Justiça, Juiz Álvaro Ciarlini, os Juízes Auxiliares da Presidência Dr. Paulo Tamburini e Dra. Fabiana Zilles. O Ministro Gilmar Mendes esteve presente à Sessão a partir de treze horas e cinqüenta e oito minutos. Ausentes, justificadamente o Procurador-Geral da República, Dr. Antonio Fernando Barros e Silva de Souza. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil foi representado pelo Advogado e Secretário-Geral Adjunto Dr. Alberto Zacharias Toron. Às nove horas e oito minutos verificado o quorum regimental, o Ministro Gilson Dipp declarou aberta a Sessão, passando à aprovação da Ata da 80ª Sessão Ordinária, que foi aprovada, à unanimidade, com as retificações que se seguem: ... A Sessão foi encerrada definitivamente às dezenove horas e cinqüenta e seis minutos, convocando o Ministro Gilson Dipp, o Plenário, desde logo, para a Sessão do dia catorze de abril próximo, a partir das nove horas, podendo ser prorrogada para o dia quinze de abril, às nove horas subsistindo procedimentos a serem julgados. Foi convocada, ainda, a Sessão administrativa para o dia treze de abril às quinze horas. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Sessão. E, para constar, eu, secretário, lavrei a presente ata, que vai assinada pelo Sr. Presidente, Sr. Corregedor e demais Conselheiros.
C
Presidente
Assinatura e nomes dos demais Conselheiros
1,5
cm
ou 2
cm
2 cm
13
Para fins deste modelo optou-se por demonstrar apenas parte da ata da 81ª Sessão Ordinária, mas essa medida não dificultará o entendimento do modelo apresentado.
32
Atestado
O atestado é ato comprovador de situação ou fato conhecido pela
Administração, mas que não consta de qualquer documento em poder da
organização. Diz respeito a eventos passíveis de frequentes modificações. Um
servidor público pode, em razão de seu ofício ou de sua função, fornecer
atestado a outrem.
O Decreto n. 83.936/79, artigos 1º e 2º, aboliu os atestados de
vida, residência, pobreza, dependência econômica, idoneidade moral e bons
antecedentes na Administração Federal direta e indireta.
Elementos
O atestado possui estrutura simples. Consta somente de Timbre,
Identificação do documento, Texto, Local e data e Assinatura.
Timbre
Compõe-se do brasão e da identificação do órgão Conselho
Nacional de Justiça.
Identificação do documento
Os atestados não são numerados, basta nominá-los, com letras
maiúsculas. Convém numerá-los no caso de se tornarem rotineiros.
Texto
Constitui a exposição do que se atesta, se possível com a
indicação específica da finalidade do ato.
O atestado é geralmente estruturado em um único parágrafo. Se
houver mais de dois, convém numerá-los a partir do primeiro. O parágrafo
correspondente ao local e data não deve ser numerado.
Local e data
33
São registrados por extenso e sem qualquer supressão. O mês
deve ser grafado em letras minúsculas (rejeitem-se, portanto, formas como
BSB, 14.6.04 ou assemelhadas).
Exemplo:
Brasília, 30 de abril de 2009.
Assinatura
É composto pelo conjunto assinatura, nome e cargo da
autoridade expedidora. Esses elementos devem ser centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração do atestado, deve-se atender a requisitos formais
mínimos apresentado a seguir:
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Nos atos do CNJ, optou-se por usar com padrão de letra (fonte) a
Arial. O tamanho da letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
34
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Texto. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Texto e Local e data.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Local e data e Assinatura,
formado por dois espaço simples.
35
Modelo de Atestado
3 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
ATESTADO
B
Atesto que o servidor LUIS CARLOS, analista judiciário, matrícula nº 913921, do quadro de pessoal permanente deste Conselho Nacional de Justiça, participou, no período de 9.2 a 2.3.2009, do Curso de Formação para Novos Servidores desta instituição.
C
Brasília, 30 de abril de 2009.
D
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
36
Certidão
Ato por meio do qual a administração afirma a existência de fato
ou situação que pode ser verificada em assentamento público (autos,
procedimentos, despachos, etc.). Difere do atestado em dois aspectos:
1. atém-se obrigatoriamente a documentos que se encontram em
poder da organização; e
2. refere-se a situações de natureza permanente.
A certidão faz fé pública, até prova em contrário. Desde que
autenticada, tem a mesma força probante do original.
Pode ser fornecida por qualquer dirigente da instituição, no
âmbito de sua competência.
Elementos
Consta apenas dos seguintes elementos: Timbre, Identificação do
documento, Texto, Local e data e Assinatura.
Timbre
Compõe-se do brasão e da identificação do órgão Conselho
Nacional de Justiça.
Identificação do documento
As certidões não são numeradas. Basta escrever a palavra
CERTIDÃO em letras maiúsculas, em negrito e de forma centralizada no papel.
Convém numerá-las no caso de se tornarem rotineiras.
Texto
É o teor do que se certifica, se possível com a indicação
específica da finalidade do ato (Certifico, para fins de comprovação na
Secretaria da Receita Federal).
37
Na redação da certidão, devem-se evitar ambiguidades ou
incertezas acerca do que está sendo certificado.
A certidão é geralmente estruturada em um único parágrafo. Se
houver mais de dois, devem-se numerá-los a partir do primeiro. O parágrafo
que corresponde ao campo local e data não deve ser numerado.
Local e data
São registrados por extenso sem qualquer supressão. Na grafia
do mês, devem ser utilizadas letras minúsculas (rejeitem-se, portanto, formas
como BSB, 14.6.04 ou assemelhadas). Esse parágrafo não é numerado.
Exemplo:
Brasília, 30 de abril de 2009.
Assinatura
Item que consta de assinatura, nome e cargo da autoridade
expedidora. Esses elementos devem ser centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Devem-se observar, na elaboração da certidão, os seguintes
requisitos:
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na certidão utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
38
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Texto. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Texto e Local e data.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Local e data e Assinatura,
formado por dois espaço simples.
39
Modelo de Certidão
3 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
CERTIDÃO
B
Em cumprimento ao despacho exarado no requerimento de 20 de abril de 2009, em que WALTER DOS SANTOS, analista judiciário deste Conselho Nacional de Justiça, mat. nº 923421, solicita comprovação de sua participação no Curso de Formação para Novos Servidores, promovido pelo CNJ, certifico que, das buscas nos arquivos desta Subsecretaria de Gestão de Pessoas, apurou-se que o referido servidor integrou a primeira turma do Curso de Formação para Novos Servidores, realizado no período de 09 de fevereiro a 02 de março de 2009.
C
Brasília, 30 de abril de 2009.
D
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
40
Comunicado
É o ato expedido pelo Secretário-Geral do Conselho Nacional de
Justiça, por Secretários, Subsecretários, Assessores e Diretores para
transmitir breves instruções de serviço, ordens, avisos, decisões ou
esclarecimentos acerca de objetivos, políticas, programas de trabalho e normas
administrativas e operacionais do Conselho.
Elementos
O comunicado possui estrutura simplificada. Compõe-se de
Timbre, Identificação do documento, Texto, Local e data e Assinatura.
Timbre
Identifica o órgão Conselho Nacional de Justiça e a unidade
responsável pela elaboração.
Identificação do documento
Os comunicados não precisam ser numerados, basta escrever a
palavra COMUNICADO em letras maiúsculas, em negrito e de forma
centralizada no papel. Convém numerá-los no caso de se tornarem rotineiros.
Texto
É o teor do comunicado. Como é, em geral, breve, utiliza um ou
dois parágrafos. Se houver mais de dois, devem-se numerá-los a partir do
primeiro.
Local e data
São registrados por extenso sem qualquer supressão. Na grafia
do mês, devem ser utilizadas letras minúsculas (rejeitem-se, portanto, formas
como BSB, 14.6.04 ou assemelhadas). Esse parágrafo não é numerado.
Exemplo:
41
Brasília, 30 de abril de 2009.
Assinatura
Item que consta de assinatura, nome e cargo da autoridade
expedidora. Esses elementos devem ser centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração do comunicado, observem-se os requisitos
mínimos apresentados a seguir:
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
No comunicado utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho
da letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
42
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Texto. Utiliza-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Texto e Local e Data.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Local e Data e Assinatura,
formado por dois espaços simples.
43
Modelo de Comunicado
3 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Secretaria Processual
A
COMUNICADO
B
Comunico que, a partir desta data, o horário de funcionamento do Setor de Protocolo deste Conselho será de 12 às 20 horas, para ampliar o horário de atendimento aos usuários.
C
Brasília, 30 de abril de 2009.
D
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
44
Declaração
Ato por meio do qual o servidor ou a administração afirma a
existência ou inexistência de um direito ou de um fato.
Se a manifestação parte do servidor, mesmo que sob demanda
da instituição, a declaração é pessoal. É o que ocorre, por exemplo, quando um
servidor se manifesta, em processo administrativo disciplinar, acerca de um
fato do qual tenha conhecimento. Quando a manifestação é da própria
instituição, por intermédio de seus titulares, a declaração é administrativa. A
declaração de lotação de um servidor é exemplo de declaração administrativa.
A declaração difere do atestado apenas quanto ao objeto.
Enquanto o atestado é expedido a favor, a declaração é feita em relação a
alguém, apontando ou afirmando, às vezes, coisas adversas.
Elementos
A declaração consta somente de Timbre, Identificação do
documento, Texto, Local e data e Assinatura.
Timbre
Compõe-se do brasão, identificação do órgão Conselho Nacional
de Justiça e da unidade responsável pela elaboração.
Identificação do documento
As declarações, como os atestados e as certidões, são atos de
emissão esporádica, bastando, portanto, escrever a palavra DECLARAÇÃO
em letras maiúsculas, em negrito e de forma centralizada.
A numeração desses documentos faz-se necessária tão-somente
quando forem eles expedidos de forma rotineira, a fim de facilitar a localização.
45
Texto
É o teor do que se declara, se possível com a indicação
específica da finalidade do ato (declaro, para fins de comprovação na
Secretaria da Receita Federal...). Se a declaração for a respeito de alguém,
deve conter referência aos seus documentos de identificação.
Deve o texto do ato ser redigido de maneira clara e precisa, a fim
de afastar ambiguidades ou incertezas quanto ao conteúdo e ao objeto da
declaração.
A declaração é geralmente estruturada em um único parágrafo.
Se houver mais de dois, devem-se numerá-los a partir do primeiro.
Local e data
São registrados por extenso sem qualquer supressão. Na grafia
do mês, devem ser utilizadas letras minúsculas (rejeitem-se, portanto, formas
como BSB, 14.6.04 ou assemelhadas). Esse parágrafo não é numerado.
Exemplo:
Brasília, 30 de abril de 2009.
Assinatura
Item que consta de assinatura, nome e cargo da autoridade
expedidora. Esses elementos devem ser centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da declaração, devem-se observar as seguintes
características:
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na declaração utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
46
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Texto. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Texto e Local e data.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Local e data e Assinatura,
formado por dois espaços simples.
47
Modelo de Declaração
3 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Seção de Legislação e Registros Funcionais
A
DECLARAÇÃO
B
Declaro, para os devidos fins, que o servidor JOÃO CARLOS, analista judiciário deste Conselho Nacional de Justiça, mat. nº 914345, se encontra no exercício regular de suas atribuições desde 19 de dezembro de 2008.
C
Brasília, 30 de abril de 2009.
D
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
48
Despacho
É a decisão ou o encaminhamento emanado de autoridade
administrativa acerca de assunto submetido a sua apreciação.
O despacho pode ser:
a) decisório: dá solução e põe termo à questão;
b) ordinatório: apenas dá andamento ao documento;
c) interlocutório: não resolve terminantemente a questão, apenas
a transfere a autoridade superior ou a autoridade de outra
unidade da estrutura organizacional do órgão;
d) saneador: aquele que resolve as falhas que porventura
ocorram no procedimento.
Os despachos podem conter apenas uma palavra (Autorizo,
Aprovo, Indefiro, etc.), expressões (De acordo, etc.) ou textos mais longos.
Quando o despacho for curto, pode ser escrito no próprio corpo do documento
de que é parte.
Elementos
O despacho possui estrutura bastante simplificada. Pode ser
composto apenas de Timbre, Identificação do documento, Destinatário, Texto,
Local e data e Assinatura.
Timbre
Identifica o órgão Conselho Nacional de Justiça e a unidade
responsável pela elaboração.
Identificação do documento
Compõe-se do número do documento seguido do ano. Esses
dados são sempre separados por barra e complementados pela indicação do
processo a que se refere o despacho, e do qual ele fará parte, e pelo assunto
do ato. Nas unidades que produzem poucos despachos, a numeração é
49
dispensada. Se o despacho for de pequena extensão e registrado no próprio
documento, conterá apenas texto, data e assinatura.
Destinatário
Indica o receptor do despacho. Alinhado à esquerda, é composto
pela forma de tratamento adequada ao destinatário seguida do cargo que
ocupa.
Texto
Contém as informações da decisão ou do encaminhamento. Se
houver mais de um parágrafo, devem-se numerá-los a partir do primeiro.
Local e data
São registrados por extenso e sem qualquer supressão. Grafa-se
o mês com inicial minúscula. Esse parágrafo não é numerado.
Assinatura
Campo formado pela assinatura, pelo nome e pelo cargo da
autoridade expedidora. Esses elementos devem ser centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração do despacho, devem-se observar as seguintes
características:
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
No despacho utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
50
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm. No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados de dois a quatro espaços simples entre os dois
campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Destinatário. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois
campos.
C – É o espaçamento entre os campos Destinatário e Texto.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Texto e local Data,
formado por dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre os campos Local e data e Assinatura,
formado por dois espaços simples.
51
Modelo de Despacho
3 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Departamento de Gestão Estratégica
A
Despacho n. 10/2009 Referência: Processo Administrativo n. 334.171 – Contrato 12/2009 Assunto: Atesto de fatura para prestação de serviços de suporte técnico
B
Ao Senhor Subsecretário de Orçamento e Finanças
C
Encaminho, após ter atestado, a Nota Fiscal n. 426, apresentada pela empresa BCA Serviços de Informática LTDA – ME, fl. 12, bem como fazer constar, fl. 15, Ordem de Serviço n. 01/2009 – DGE, conforme determina o inciso III da Cláusula Quarta do Contrato 12/2009.
D
Brasília, 30 de abril de 2009.
E
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
52
Fac-Símile (FAX)
É um instrumento de transmissão de mensagens que se
caracteriza pela agilidade. Deve, por isso, ser utilizado para a transmissão de
assuntos oficiais de urgência. A comunicação chega ao destinatário por via
telefônica, e o original do documento fica com o expedidor. No caso de ações
judiciais, é obrigatório que a documentação transmitida seja encaminhada
posteriormente.
O fax tanto pode ser o ato administrativo em si (com mensagem e
numeração próprias — mensagem-fax) quanto servir apenas de folha de rosto
para o encaminhamento de outro ato (ofício, portaria, relatório, entre outros).
A rapidez e o baixo custo da mensagem-fax diminuíram o uso do
telegrama e tornaram o telex obsoleto. A economia e a velocidade, no entanto,
só são possíveis quando o documento a ser transmitido apresenta pequena
quantidade de páginas. Por isso, para um grande volume de páginas, é
recomendável o envio da comunicação pelo correio.
São recomendáveis o uso de caneta preta para garantir maior
legibilidade à transmissão e a confirmação de que o fax foi bem recebido.
Requisitos para o envio de um fax:
que a mensagem seja acompanhada de uma folha de
rosto (se o texto da comunicação for pequeno, pode-se utilizar o
campo ―mensagem‖ da folha de rosto — esse é o caso em que o
fax é o ato administrativo em si);
que contenha a rubrica ou a assinatura do emissor e em
seguida o primeiro nome legível do servidor responsável pelo
conteúdo da mensagem;
que as páginas sejam numeradas e estejam legíveis.
53
3 c
m
3 cm
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
FOLHA DE ROSTO PARA FAX
Dados do Remetente
Nome:
Cargo:
Referência:
Número de folhas (incluindo a de rosto):
Telefone/Fax:
Dados do Destinatário
Nome:
Cargo:
Aos Cuidados de:
Telefone:
Fax:
Mensagem
( ) Urgente
2 cm
1,5
cm
ou
2 c
m
54
Informação
Informação é o ato por meio do qual o servidor se manifesta
acerca de assunto submetido a sua apreciação, com o objetivo de melhor
fundamentar questões levantadas ou aclarar fatos não suficientemente
relatados. Serve essencialmente ao fornecimento de elementos exigidos ao
bom trâmite documental, a fim de que os dados apresentados auxiliem a
autoridade competente nos seus despachos e na solução de problemas. Tem
como fundamento o exame de processo ou de fato de que se tenha
conhecimento.
A informação deve ater-se somente ao necessário para a solução
do que consta no procedimento, sem afirmações subjetivas ou incertas.
O resumo da questão que motivou o ato poderá iniciar a
informação, de modo a permitir que o leitor tome conhecimento do assunto
tratado.
Elementos
São apresentados, a seguir, os elementos indispensáveis à
elaboração da informação.
Timbre
Identifica o órgão Conselho Nacional de Justiça e a unidade
responsável pela elaboração.
Identificação do documento
Inclui o nome e o número do ato. Esses dados são
complementados pela referência ao processo a que se refere a informação, e
do qual ela fará parte, e pelo assunto do ato.
Vocativo
Invoca o destinatário pelo cargo que ocupa e é seguido de
vírgula.
55
Texto
Consiste no conteúdo da informação, elaborado com clareza e
concisão. A introdução relata brevemente a questão que motivou o ato, de
modo a permitir que o leitor identifique de imediato o assunto tratado no
documento. O desenvolvimento contém todas as questões demandadas ou
consideradas essenciais para o esclarecimento da situação analisada. Além
disso, à exceção do fecho, todos os demais parágrafos são numerados para
facilitar possíveis remissões.
Fecho
Apresenta-se de forma sintética, impessoal, sem delongas.
Exemplo: É o que informo, ou É o que vai informado.
O fecho é desnecessário nas situações em que o campo Texto já
se inicia com o Informo...
Local e data
São registrados por extenso sem qualquer supressão. Na grafia
do mês, devem ser utilizadas letras minúsculas (rejeitem-se, portanto, formas
como BSB, 14.6.04 ou assemelhadas). Esse parágrafo não é numerado.
Exemplo:
Brasília, 30 de abril de 2009.
Assinatura
Item que consta de assinatura, nome e cargo da autoridade
expedidora. Esses elementos devem ser centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da informação, observem-se os requisitos mínimos
apresentados a seguir:
56
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na informação utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Vocativo. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Vocativo e Texto.
Utilizam-se um espaço simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Texto e Fecho, formado
por dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre os campos Fecho e Local e data,
formado por dois espaços simples.
F – É o espaçamento entre os campos Local e data e Assinatura,
formado por dois espaços simples.
57
Modelo de Informação
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Subsecretaria de Material, Compras e Contratos
A
Informação n. ... Processo n. .... Assunto: Reembolso de despesa decorrente de tratamento odontológico
B
Senhor Subsecretário de Orçamento e Finanças,
C
1. Trata-se de reembolso, a servidor, de despesas decorrentes de tratamento odontológico. 2. Ocorre que a perícia inicial e final não vêm sendo realizadas. O Serviço de Assistência Médica e Social, instalado a se pronunciar sobre o assunto, justificou não ter condições de realizar as referidas perícias. 3. Considerando a justificativa apresentada, sugere-se o encaminhamento deste procedimento à Secretaria de Administração – SAD, a fim de que esta informe as providências tomadas para contratação de auxiliares odontológicos.
D
É o que informo.
E
Brasília, 30 de abril de 2009.
F
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
58
Instrução Normativa
A instrução normativa é um documento de organização e
ordenamento administrativo interno que tem como objetivo estabelecer
diretrizes, normatizar métodos e procedimentos e regulamentar matéria
específica já disciplinada, a fim de orientar dirigentes e servidores no
desempenho de suas atribuições. No Conselho Nacional de Justiça, as
instruções normativas são expedidas pelo Presidente e dispõem sobre a
organização e o funcionamento de diversas unidades do Conselho.
Elementos
A instrução normativa compreende a ordem normatizadora e a
matéria normatizada. A ordem normatizadora constitui o preâmbulo, e a
matéria normatizada diz respeito à própria comunicação do ato, que é o texto.
Timbre
Compõe-se do brasão e da identificação do órgão Conselho
Nacional de Justiça.
Identificação do documento
Inclui o nome do ato em letras maiúsculas, seguido do número de
registro e da data do documento.
Ementa
Contém o resumo do assunto que motivou a instrução normativa.
A ementa ficará alinhada à direita.
Preâmbulo
Inicia a instrução normativa e não integra a matéria normatizada,
que corresponde ao texto. Abre com a nominação ―O PRESIDENTE DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA‖, seguida normalmente da expressão
59
―no uso das atribuições legais e tendo em vista inciso XV do art. 6º do
Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça‖ e das considerações que
justificam a expedição da instrução normativa. Nas considerações, devem-se
citar a norma que fundamenta o ato e outros motivos. É comumente finalizado
com a expressão ―RESOLVE‖, registrada em um novo parágrafo e em letras
maiúsculas.
Texto
Constitui o próprio conteúdo da instrução normativa, o que ela
regula ou expressa. Tem a mesma estrutura do texto legislativo e da portaria,
com a divisão do assunto em artigos, parágrafos, incisos e alíneas.
Assinatura
Item constituído pela assinatura e pelo nome da autoridade
expedidora, no caso o Presidente. Esses elementos ficarão centralizados na
página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da instrução normativa, há requisitos formais
mínimos que devem ser atendidos para assegurar a boa apresentação do
documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na informação utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
60
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Ementa. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Ementa e Preâmbulo.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre o campo Preâmbulo e a expressão
RESOLVE. Utilizam-se dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre a expressão RESOLVE e o campo
Texto. Utilizam-se dois espaços simples.
F – É o espaçamento entre os campos Texto e Assinatura,
formado por dois espaços simples.
61
Modelo de Instrução Normativa
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 3, DE 2 DE SETEMBRO DE 2008
B
Dispõe sobre o uso dos crachás de identificação de servidores, prestadores de serviços e estagiários do Conselho Nacional de Justiça.
C
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso XXXIV do artigo 29, do Regimento Interno,
D
RESOLVE:
E
Art. 1º Os servidores, os prestadores de serviços e os estagiários, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, farão uso de crachá de identificação, nos termos desta Instrução Normativa e conforme os modelos e especificações constantes dos anexos.
§ 1º A Secretaria de Administração, por meio da Subsecretaria de Gestão de Pessoas, providenciará a confecção dos crachás.
§ 2º Durante a permanência no CNJ, o crachá de identificação deve ser usado de modo visível.
Art. 2º Aquele que não estiver portando o crachá de identificação pessoal deverá dirigir-se a uma das Portarias do órgão para identificação e recebimento de um crachá provisório, o qual será devolvido por ocasião da saída.
Art. 3º Compete aos gestores de contratos, quando for o caso: I - manter cadastro atualizado de dados pessoais de empregados e
prepostos; II - exigir a devolução dos crachás de identificação, quando houver
substituição de empregado ou preposto, ou por ocasião do término da vigência do ajuste.
Art. 4º Em caso de perda ou extravio do crachá, a emissão de outra via será feita mediante requerimento do interessado, por escrito, correndo a despesa de confecção de novo crachá às expensas do servidor, prestador de serviços ou estagiário.
1,5
cm
ou 2
cm
2 cm
62
2 cm
3 c
m
(fl. 2 da IN n. 8 CNJ, de 2.9.2009) Art. 5º O crachá será restituído à Subsecretaria de Gestão de
Pessoas nos casos de exoneração, dispensa, demissão, retorno ao órgão de origem e falecimento.
Art. 6º Os casos omissos e as dúvidas surgidas em decorrência da aplicação desta Instrução Normativa serão dirimidos pelo Secretário-Geral.
Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor a partir desta data.
F
Assinatura Nome
1,5
cm
ou 2
cm
2 cm
63
Memorando e Memorando-Circular
O memorando (adaptação do latim memorandum, que significa o
que deve ser lembrado) é um tipo de correspondência interna e caracteriza-se
pela ágil comunicação entre servidores e unidades de um mesmo órgão. Pode
conter qualquer assunto que diga respeito à atividade administrativa, inclusive
comunicações extensas, como exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc.,
mas sua tramitação deve pautar-se pela simplicidade. Os despachos que a ele
se seguem, portanto, devem ser dados no próprio documento e, na ausência
de espaço, em folha de continuação.
O memorando-circular apresenta as mesmas características do
memorando e diferencia-se dele apenas por ser endereçado a vários
destinatários.
Se o texto for longo, usa-se folha de continuação. Repetem-se o
tipo e o número do expediente na folha de continuação, devidamente
numerada. Esses elementos devem constar posicionados à esquerda, na
primeira linha da folha de continuação, assim dispostos: (Fl. 2 do memorando
n. 6 / DGE, de 10.3.09). O texto prossegue após dois espaços simples.
No texto, à exceção do fecho, todos os demais parágrafos devem
ser numerados para facilitar possíveis remissões.
Elementos
São apresentados, a seguir, os elementos indispensáveis à
elaboração do memorando. Deve-se observar rigorosamente seu
posicionamento na página e a sequência que aqui se demonstra.
Timbre
Compõe-se do brasão, identificação do órgão Conselho Nacional
de Justiça e da unidade responsável pela elaboração.
Identificação do documento
64
Composta pelo tipo do memorando, registrado por extenso,
seguido diretamente do número de registro e da identificação da unidade
expedidora.
Local e Data
Deve estar alinhada à direita, na linha imediatamente inferior à da
identificação do documento, e escrita por extenso.
Exemplo:
Em 30 de abril de 2009 ou Brasília, 30 de abril de 2009.
Destinatário e Assunto
O destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa e o
assunto consiste no que está sendo tratado no memorando.
Texto
Constitui o conteúdo do documento. O objeto que motivou o
memorando deve ser sempre mencionado, evitando-se, dessa forma,
informações vagas ou incompletas, tais como: Em atenção ao Memorando n.
03/04, informo que a data é 1º.12.03. O assunto deve ser abordado de forma
clara: Em atenção ao Memorando n. 03/04, que trata das horas-extras dos
servidores desta Subsecretaria, informo que elas se iniciaram no dia 1º.12.03.
Fecho
Consiste no arremate da comunicação, com a saudação do
destinatário. Utilizam-se as expressões Respeitosamente (para autoridades
superiores) e Atenciosamente (para autoridades de mesma ou de inferior
hierarquia). Não deve constar centralizado na página. Apresenta afastamento à
direita, com a mesma margem fixada para as entradas de parágrafo.
Assinatura
Item composto por assinatura, nome e cargo do remetente. Esses
elementos ficarão centralizados na página.
65
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração do memorando, há requisitos formais mínimos que
devem ser atendidos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
No memorando utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho
da letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Local e Data e
Destinatário/Assunto. Formado por dois espaços simples.
C – É o espaçamento entre os campos Destinatário/Assunto e
Texto. Formado por dois espaços simples.
66
D – É o espaçamento entre o campo Texto e Fecho. Utilizam-se
dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre os campos Fecho e Assinatura,
formado por dois espaços simples.
67
Modelo de Memorando
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Departamento de Gestão Estratégica
A
Memorando n. 6 / DGE
Em 10 de março de 2009.
B
À Senhora Secretária de Administração Assunto: Sugere alterar forma pagamento à empresa contratada
C
1. Trata-se do Contrato nº 12/2009, que versa sobre a prestação de serviço de suporte técnico para instalação, parametrização e personalização de softwares Microsoft específicos para gerenciamento de portfólio de projetos, em certame licitatório realizado por meio do Pregão Eletrônico nº 38/2008.
2. O item 10 da tabela 1 – Especificação e quantitativos, do Anexo I do Edital/Termo de Referência prevê uma quantidade máxima de 400 horas de serviços prestados, solicitados por demanda da contratante até o teto contratado, conforme tópico 2.2.1 do Termo de Referência.
Ocorre que o referido contrato, celebrado entre a União, por intermédio do Conselho Nacional de Justiça e a empresa BCA Serviços de Informática Ltda – ME, dispõe em sua cláusula onze que: ―Os pagamentos serão efetuados em moeda corrente nacional, em até 10 (dez) dias úteis após o recebimento definitivo, mediante apresentação das notas fiscais devidamente atestadas pelo Gestor‖. O Edital em seu item 17.2 estabelece que o Departamento de Gestão Estratégica é o responsável pelo recebimento definitivo, após vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais e às especificações técnicas do anexo I – Termo de Referência. 3. Pela simples leitura do dispositivo acima, podemos entender que somente após a prestação de todo o serviço, pelo atingimento do teto em horas contratado, ou quanto não mais houver necessidade dos serviços da contratada, é que a administração poderia efetuar o pagamento.
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
68
2 cm
3 c
m
(Fl. 2 do memorando n. 6 / DGE, de 10.3.09) 4. Entretanto, faz-se necessário observar que o suporte técnico é mensurado em horas, que deverá ser prestado na maior parte do tempo por um único representante da contratada, com previsão de duração entre dois e três meses.
5. Observamos assim que existe uma inadequação na periodicidade dos pagamentos relativos aos serviços prestados, e sugerimos que os pagamentos ocorram ou mensalmente, com base no total de horas prestadas, ou mediante recebimento definitivo dos produtos que caracterizam as fases de instalação, parametrização e personalização, previstas no objeto do Pregão.
D
Atenciosamente,
E
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
69
Mensagem Eletrônica (e-mail)
A mensagem eletrônica ou e-mail, pela sua agilidade, constitui um
dos mais eficientes meios de comunicação, visto que pode ser lido
praticamente ao mesmo tempo em que é remetido. Por isso, vem sendo usado
como mais uma alternativa para a correspondência no serviço público.
Se o e-mail vai tratar de assuntos de trabalho, deve obedecer aos
mesmos princípios que norteiam a redação oficial, ou seja, a clareza, a
concisão, a formalidade, a objetividade e principalmente a observância às
regras do padrão culto da língua. O texto deve ter um vocativo (saudação
inicial), a mensagem propriamente dita, uma despedida respeitosa e a
assinatura (nome do remetente).
O uso do e-mail tem-se generalizado nas comunicações entre os
setores do Tribunal. Muitas vezes as mensagens são impressas e anexadas a
processos administrativos como documentos probatórios de procedimentos
praticados pelo servidor. Por essa razão, é necessário decidir se o e-mail é o
melhor canal para transmitir a mensagem. Em algumas situações, deve-se
refletir se uma conversa, um telefonema, uma reunião ou outro tipo de
documento não seriam mais convenientes.
O correio eletrônico pode ser utilizado para a comunicação entre
os servidores da organização, entre a instituição e o cidadão e entre a
instituição e outros órgãos.
Recomendações
Digite o endereço do destinatário por último. Isso evitará
remessas equivocadas e outros problemas semelhantes.
Verifique sempre se o endereço eletrônico está correto.
Faça todas as revisões antes de enviar a mensagem, para
que não seja necessário reenviar o e-mail retificando
possíveis erros.
Certifique-se de que os anexos realmente estão sendo
enviados e de que são os adequados para a mensagem.
70
Não mande várias vezes o mesmo e-mail para ter certeza de
que chegou. Se o endereço eletrônico estiver correto, ele
chegará. Além disso, o sistema oferece alternativas para
saber se o texto foi recebido e se foi aberto.
O campo assunto sempre deve ser preenchido. Esse
procedimento tornará a comunicação mais rápida e eficiente,
pois o destinatário perceberá imediatamente o motivo da
mensagem. Por isso, seja objetivo e claro ao delimitar o
assunto.
Tenha cuidado com a lista de endereços que já fica impressa
em seu correio eletrônico. Pode acontecer de um e-mail ou
uma informação confidencial serem enviados a um
destinatário que não deveria recebê-los.
Como em qualquer tipo de texto oficial, procure redigir
mensagens curtas. Se o texto que você precisa encaminhar
for muito longo, é conveniente que seja enviado em arquivo
anexo.
Procure limitar a troca de e-mails. Se, depois de enviar e
receber várias mensagens, o problema ainda não tiver sido
resolvido, talvez seja melhor discutir o assunto
pessoalmente.
Só use abreviaturas quando forem absolutamente
necessárias e gramaticalmente corretas. O vocabulário
informal e as abreviaturas esdrúxulas — como naum, tb e vc
em vez de não, também e você — empregados na internet
devem ser abolidos em mensagens eletrônicas que tratem
de assuntos profissionais.
Seja econômico na formatação, pois o destinatário pode não
ter acesso a determinados programas e recursos, como
Page Maker, Power Point, animação e outros. A melhor
opção é formatar o mínimo necessário. Evite também
gráficos, tabelas e textos pesados.
Tome cuidado ao utilizar símbolos, pois eles podem
aparecer de maneira diferente no sistema do destinatário. Se
71
o formato do documento for importante, envie-o em anexo
processado no Word.
Deve-se fazer distinção entre as mensagens particulares e
as profissionais. Recomenda-se criar pastas para diferenciá-
las e, acima de tudo, não classificar as pessoais como
prioritárias. Ao encaminhar uma mensagem profissional, é
conveniente evidenciar que se trata de assunto de trabalho.
Não divulgue informações confidenciais.
A criação de listas de endereços por grupos de pessoas é
útil quando se enviam mensagens regularmente para um
mesmo grupo.
Alguns sistemas anexam todo o histórico das mensagens
trocadas à resposta dada a um e-mail. Entretanto quase
sempre esse histórico é desnecessário e só aumenta o
tamanho da mensagem. Além disso, retransmitir o conteúdo
recebido anteriormente pode ser inadequado.
Não escreva textos só em letras maiúsculas — podem
parecer agressivos — ou só em minúsculas — podem dar a
impressão de que o emissor estava apressado ou com
preguiça.
Elementos
Identificação do e-mail
Composta pelos campos que indicam o remetente, a data de
envio, o destinatário e o assunto.
Vocativo
Invoca o destinatário e é seguido de vírgula. O uso dos pronomes
de tratamento não é tão rígido quanto nos outros atos oficiais administrativos,
no entanto é necessário tratar o leitor com o devido respeito, visto que se trata
de um texto profissional. É suficiente mas também imprescindível que se use o
72
tratamento senhor/senhora no vocativo, acompanhado do nome ou do cargo do
destinatário.
Texto
Constitui o conteúdo do documento.
Fecho
Apresenta a saudação do signatário. As expressões utilizadas
são: Respeitosamente — para autoridades de hierarquia superior à do
destinatário — e Atenciosamente — para autoridades de mesma ou inferior
hierarquia.
Assinatura
A mensagem eletrônica, como qualquer outro ato oficial, deve
conter uma assinatura, que pode apresentar, além do nome do signatário, o
cargo, a titularidade, o telefone e o endereço do site da instituição, entre outros
detalhes. Essa assinatura deve ser curta, com no máximo quatro linhas.
73
Modelo de Mensagem Eletrônica (e-mail)
2 cm
3 c
m
Nome do Signatário
1,5
cm
ou
2 c
m
De: Nome ou e-mail do signatário
Enviado em: Data e hora
Para: Nome ou e-mail do destinatário
Assunto: Solicitação de senha
Senhor Chefe do Serviços de Atendimento ao Usuário,
Solicito que seja fornecido usuário e senha para acesso ao sistema metas de nivelamento para responder ao questionário – 10 metas de nivelamento do Poder Judiciário.
Atenciosamente, Assinatura eletrônica
2 cm
74
Ofício e Ofício-Circular
Ofício é um tipo de carta expedida por autoridade pública para
tratar de assunto de ordem administrativa ou predominantemente oficial.
Cada ofício deve abordar um único assunto. Se o texto for longo,
usa-se a folha de continuação. Repetem-se o tipo e o número do expediente na
folha de continuação, devidamente numerada. Esses elementos devem constar
posicionados à esquerda, na primeira linha da folha de continuação, assim
dispostos: (Fl. 2 do Ofício n. 194 / GP, de 18.3.09). O texto prossegue após
dois espaços simples.
No texto, à exceção do fecho, todos os demais parágrafos devem
ser numerados para facilitar possíveis remissões.
Se o ofício for acompanhado de outros documentos, deve-se
mencionar tal ocorrência no corpo do texto.
O ofício-circular recebe um mesmo número de controle,
independentemente da quantidade de destinatários.
Ex.: Ofício-Circular n. 194 / GP
Apesar de o ofício-circular veicular um mesmo conteúdo para
receptores diversos, cada destinatário e seu endereçamento devem ser
apresentados no início da primeira página do documento, alinhados à
esquerda, no campo Destinatário.
Elementos
São apresentados, a seguir, os elementos indispensáveis à
elaboração do ofício. Deve-se observar rigorosamente sua disposição na
página e a sequência que aqui se demonstra.
75
Timbre
Inclui o brasão, a identificação do órgão Conselho Nacional de
Justiça e a da unidade responsável pela elaboração.
Identificação do documento
Composta pelo tipo de ofício, registrado por extenso, seguido do
número de registro e da sigla da unidade expedidora.
Local e data
Posicionam-se à direita, na linha imediatamente inferior à da
identificação do documento. Não se usa abreviatura. O mês é grafado por
extenso. Rejeitem-se registros como BSB, 30.4.09. A forma correta é Brasília,
30 de abril de 2009.
Destinatário
Item que indica o receptor do ofício. Composto pela forma de
tratamento adequada ao destinatário, pelo nome da autoridade em letras
maiúsculas e pelo cargo ou função do destinatário, seguidos do órgão a que
pertence, alinhados à esquerda.
Caso o ofício tenha mais de uma folha, o destinatário será
mencionado apenas na primeira.
Assunto
Contém referência ao assunto que motivou o ofício.
Vocativo
Invoca o destinatário e é seguido de vírgula.
Texto
O texto do ofício deve conter introdução, desenvolvimento e
conclusão, nos casos em que o objetivo não seja apenas o de encaminhar
documentos.
76
A introdução apresentará de forma objetiva o assunto que motiva
o expediente: Encaminho a Vossa Excelência..., Informo a Vossa Senhoria
que..., Submeto à apreciação de Vossa Senhoria..., em vez de É com pesar
que comunicamos que..., Temos a honra de informar que...
O assunto deve ser detalhado no desenvolvimento. Se houver
mais de uma ideia, cada uma delas será abordada em parágrafos distintos a
fim de que o texto flua com clareza.
A conclusão simplesmente reafirma a proposição que motivou o
ato.
Fecho
Apresenta a saudação ao destinatário. São utilizadas as
expressões Atenciosamente e Respeitosamente. A primeira para autoridades
de mesma ou de inferior hierarquia e a segunda para autoridades de hierarquia
superior à do signatário. O fecho segue o mesmo alinhamento dos parágrafos
do texto.
Assinatura
Item composto por assinatura, nome e cargo do emitente. Esses
elementos ficarão centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração do ofício, há requisitos formais mínimos que
devem ser atendidos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
No ofício utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da letra
(corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
77
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Local e Data e
Destinatário. Utiliza-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Destinatário e Assunto.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre os campos Assunto e Vocativo.
Utiliza-se um espaço simples.
E – É o espaçamento entre os campos Vocativo e Texto, formado
por um espaço simples.
F – É o espaçamento entre os campos Texto e Fecho. Utilizam-se
dois espaços simples.
G – É o espaçamento entre os campos Fecho e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples.
78
Modelo de Ofício-Circular
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Gabinete da Presidência
A
Ofício-Circular n. 194 / GP Brasília, 18 de março de 2009.
B
A Sua Excelência o Senhor Ministro CARLOS AUGUSTO AYRES DE FREITAS BRITTO Presidente do Tribunal Superior Eleitoral Brasília – DF
C
Assunto: 10 Metas Nacionais de Nivelamento
D Senhor Presidente,
E 1. Como é do conhecimento de Vossa Excelência, no II Encontro Nacional do Judiciário, ocorrido no último dia 16 de fevereiro, em Belo Horizonte, os presidentes dos tribunais brasileiros aprovaram ―10 Metas Nacionais de Nivelamento para o ano de 2009‖, inseridas no contexto do Planejamento Estratégico do Poder Judiciário. 2. Com o intuito de conhecer a realidade dos tribunais em relação a cada uma das metas bem como subsidiar medidas concretas com vistas ao cumprimento dos objetivos já definidos, o Conselho Nacional de Justiça elaborou questionário eletrônico cuja cópia segue anexada. 3. Certo de poder contar com a colaboração de Vossa Excelência, solicito a adoção de medidas que viabilizem a resposta ao questionário no prazo de 30 dias, diretamente no sistema disponibilizado no Portal do CNJ (www.cnj.jus.br/metasdenivelamento). 4. Para agilizar o procedimento, a indicação do responsável pela resposta deverá ser encaminhada ao endereço eletrônico [email protected], com nome, cargo/função, e-mail institucional e telefone do indicado. 5. Para acompanhar o cumprimento das metas, novos questionários eletrônicos serão disponibilizados em meados e no final de 2009.
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
79
2 cm
3 c
m
(Fl. 2 do ofício n. 194 / GP, de 18.3.09) 6. No tocante à Meta 2 - Identificar e julgar todos os processos judiciais distribuídos até 31/12/2005 -, em 1º grau, 2º grau ou tribunais superiores - informo que, até 31 de maio de 2009, será solicitado o detalhamento do quantitativo de processos por unidade judiciária - zona eleitoral e gabinete de desembargador/ministro. Diante disso, sublinho a necessidade de, desde já, serem adotadas as providências cabíveis para possibilitar o envio tempestivo dessa informação. 7. Por fim, peço-lhe que dê ampla divulgação das 10 Metas Nacionais de Nivelamento no âmbito desse tribunal, e que faça chegar cópia do presente ofício a todos os magistrados, com solicitação de especial empenho para o seu efetivo cumprimento.
F
Atenciosamente,
G
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
80
Ordem de Serviço
Constitui incumbência determinada por escrito, de caráter
eminentemente operacional, expedida pelo chefe imediato, com vigência
limitada ao tempo de execução da tarefa.
Elementos
A ordem de serviço compreende a ordem normatizadora e a
matéria normatizada. A ordem normatizadora constitui o preâmbulo, e a
matéria normatizada diz respeito à própria comunicação do ato, que é o texto.
Timbre
Compõe-se da identificação do órgão Conselho Nacional de
Justiça e da unidade responsável pela elaboração.
Identificação do documento
Composta pelo nome do ato por extenso e em letras maiúsculas,
seguido do número e da data de expedição.
Preâmbulo
Inicia a ordem de serviço e não integra a matéria normatizada,
que corresponde ao texto. O preâmbulo é aberto com a nominação do
expedidor do ato seguida normalmente da expressão ―no uso de suas
atribuições‖ e das considerações que justificam a expedição da ordem de
serviço. Nas considerações, devem-se citar a norma que fundamenta o ato e
outros motivos. É comumente finalizado com a expressão ―resolve‖.
Texto
É o conteúdo da ordem de serviço, o que ela regula ou expressa.
Pode conter tantos parágrafos quantos forem necessários, numerados por
algarismos arábicos, os quais, se for o caso, poderão desdobrar-se em alíneas.
81
Assinatura
Item composto pela assinatura e pelo nome da autoridade
expedidora. Esses elementos ficarão centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da ordem de serviço, há requisitos formais
mínimos que devem ser atendidos para assegurar a boa apresentação do
documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na ordem de serviço utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O
tamanho da letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28. A letra
(fonte) utilizada na indicação da unidade responsável pela elaboração do
documento deve ser Arial tamanho 14.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
82
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Preâmbulo. Utiliza-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Texto e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples.
83
Modelo de Ordem de Serviço
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Departamento de Gestão Estratégica
A
ORDEM DE SERVIÇO N. 2, DE 13 DE ABRIL DE 2009.
B
O Gestor do Contrato n. 12/2009, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no inciso III da Cláusula Quarta do referido Contrato, celebrado entre a União, por intermédio do Conselho Nacional de Justiça e Empresa BCA Serviços de Informática Ltda – ME para contratação de serviços de suporte técnico para implantação de softwares de Escritório de Projetos (Pregão Eletrônico n. 38/2008 – Processo Administrativo/CNJ n. 334.171, resolve: 1. Solicitar a Prestação de serviço de suporte técnico para parametrização (segunda fase) dos softwares do Escritório de Projetos do Conselho Nacional de Justiça, conforme as especificações e condições estabelecidas nos Anexos I, III e IV do Edital.
C
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
84
Portaria
Portaria é ato emanado de ministro de Estado, secretário de
Estado, dirigente de entidade da Administração Pública Federal, presidente ou
diretor-geral de secretaria de tribunal, destinado a instruir sobre assuntos
concernentes à administração, especialmente os relacionados a pessoal
(admissão, exoneração, delegação de competência, designação, elogio,
punição, etc.).
A portaria é usada ainda para orientar os servidores na aplicação
de textos legais, além de disciplinar matéria não regulada em lei, entre outros.
Elementos
A portaria compreende a ordem normatizadora e a matéria
normatizada. A ordem normatizadora constitui o preâmbulo, e a matéria
normatizada diz respeito à própria comunicação do ato, que é o texto.
Timbre
Compõe-se do brasão e da identificação do órgão Conselho
Nacional de Justiça.
Identificação do documento
Composta pelo nome do ato por extenso e em letras maiúsculas,
seguido do número e da data de expedição.
Ementa
Contém o resumo do assunto que motivou a portaria. A ementa
ficará alinhada à direita.
Preâmbulo
Inicia a portaria e não integra a matéria normatizada, que
corresponde ao texto. O preâmbulo é aberto com a nominação do expedidor do
85
ato:―O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA‖ ou ―O
SECRETÁRIO-GERAL DO CONSELHO NACIONAL DE JUSITÇA‖, seguida
normalmente da expressão ―no uso de suas atribuições‖, ou equivalente, e das
considerações que justificam a expedição da portaria. Nas considerações,
deve-se citar a norma que fundamenta o ato. O preâmbulo se encerra com a
expressão ―RESOLVE‖, registrada em um novo parágrafo utilizando-se letras
maiúsculas e em negrito.
Texto
É o conteúdo da portaria, o que ela regula ou expressa. Tem a
mesma estrutura do texto legislativo, com a divisão do assunto em artigos,
parágrafos, incisos e alíneas.
Assinatura
Item composto pela assinatura e pelo nome da autoridade
expedidora. Esses elementos ficarão centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da portaria, há requisitos formais mínimos a serem
atendidos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na portaria utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
86
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Ementa. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Ementa e Preâmbulo.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre o campo Preâmbulo e a Expressão
RESOLVE. Formado por dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre a Expressão RESOLVE e o campo
Texto. Formado por dois espaços simples.
F – É o espaçamento entre os campos Texto e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
87
Modelo I de Portaria
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
PORTARIA N. 527, DE 5 MAIO DE 2009.
B
Designa integrante do Grupo Gestor Nacional do Programa Casas de Justiça e Cidadania.
C
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais e regimentais;
CONSIDERANDO o disposto nas Portarias Nº 499 e 500, de 07 de abril de 2009, que criou o Grupo Gestor Nacional do Programa Casas de Justiça e Cidadania,
D
RESOLVE:
E
Art. 1º Designar BRUNO TERRA DIAS, Juiz de Direito da Comarca de Belo Horizonte - MG para compor o Grupo Gestor Nacional das Casas de Justiça e Cidadania.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
F
Assinatura Nome
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
88
Modelo II de Portaria
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
PORTARIA N. 434, DE 20 ABRIL DE 2009.
B
Designa gestor do Acordo de Cooperação Técnica n. 022/2009.
C
O SECRETÁRIO-GERAL DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, nos termos do artigo 67 da Lei n° 8.666/93, com fundamento na Portaria nº 238, de 02 de maio de 2008, e tendo em vista o que consta do Processo n° 334.441,
D
RESOLVE:
E
Art. 1º Designar o servidor Otávio Nery Cipriani, matrícula n. 1245, como gestor do Acordo de Cooperação Técnica n. 022/2009, e como gestor substituto o servidor Marcelo Nogueira Lino, matrícula n. 1198, para acompanharem e fiscalizarem o referido Acordo, celebrado entre Conselho Nacional de Justiça e a Caixa Econômica Federal.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua assinatura.
F
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
89
Recomendação
É o ato de competência do Plenário, com numeração seguida e
ininterrupta, destinado ao aperfeiçoamento das atividades dos órgãos do Poder
Judiciário em matérias relacionadas com a competência do Plenário.
Elementos
A recomendação compreende a ordem normatizadora e a matéria
normatizada. A ordem normatizadora constitui o preâmbulo, e a matéria
normatizada diz respeito à própria comunicação do ato, que é o texto.
Timbre
Compõe-se do brasão e da identificação do órgão Conselho
Nacional de Justiça.
Identificação do documento
Composta pelo nome do ato por extenso e em letras maiúsculas,
seguido do número e da data de expedição.
Ementa
Contém o resumo do assunto que motivou a recomendação.
Preâmbulo
Inicia a recomendação e não integra a matéria normatizada, que
corresponde ao texto. O preâmbulo é aberto com a nominação do expedidor do
ato: ―O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA‖, seguida
normalmente da expressão ―no uso de suas atribuições constitucionais e
regimentais‖, ou equivalente, e das considerações que justificam a expedição
da recomendação. Nas considerações, deve-se citar a norma que fundamenta
o ato. O preâmbulo normalmente se encerra com a expressão ―RESOLVE
RECOMENDAR aos Tribunais‖, registrada em um novo parágrafo com as
90
palavras Resolve e Recomendar em letras maiúsculas e em negrito e as
demais palavras em letras minúsculas sem negrito.
Texto
É o conteúdo da recomendação, o que ela regula ou expressa. O
assunto, dividido em parágrafos, deve ser indicado em algarismos romanos
exceto o fecho.
Fecho
Apresenta-se usualmente com a expressão Publique-se e
encaminhe-se cópia desta Recomendação a todos os Tribunais de Justiça, ou
expressão equivalente.
Assinatura
Item composto pela assinatura e pelo nome da autoridade
expedidora. Esses elementos ficarão centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da recomendação, há requisitos formais mínimos a
serem atendidos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na recomendação utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O
tamanho da letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
91
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Ementa. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Ementa e Preâmbulo.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre o campo Preâmbulo e a Expressão
RESOLVE RECOMENDAR aos Tribunais. Formado por dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre a Expressão RESOLVE
RECOMENDAR aos Tribunais e o campo Texto. Formado por dois espaços
simples.
F – É o espaçamento entre os campos Texto e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
92
Modelo de Recomendação
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
RECOMENDAÇÃO N. 21, DE 16 DEZEMBRO DE 2008.
B
Recomenda aos Tribunais ações no sentido da recuperação social do preso e do egresso do sistema prisional.
C
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições, e
CONSIDERANDO o art. 1º da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84), que dispõe que um dos objetivos da execução penal é o de proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado;
CONSIDERANDO o disposto no art. 28 da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84), que estabelece o trabalho do condenado como dever social e condição de dignidade humana, com finalidade educativa e produtiva;
CONSIDERANDO que a realidade constatada pelo Conselho Nacional de Justiça, nos mutirões carcerários, indica a necessidade de medidas concretas de capacitação profissional e reinserção do preso e do egresso do sistema prisional;
CONSIDERANDO o que dispõe o artigo 24, XIII, da Lei nº 8.666/93, quanto à possibilidade de dispensa de licitação na contratação de instituição dedicada à recuperação social do preso;
CONSIDERANDO a vigência do termo de cooperação técnica celebrado entre o Conselho Nacional de Justiça e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – com a interveniência da Confederação Nacional da Indústria;
CONSIDERANDO o que foi decidido na sessão do dia 16/12/2008;
D
RESOLVE RECOMENDAR aos Tribunais:
E
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
93
2 cm
3 c
m
(Fl. 2 da recomendação n. 21, de 16.12.08) I – A implementação do termo de cooperação técnica celebrado
entre o Conselho Nacional de Justiça e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, com a interveniência da Confederação Nacional da Indústria, notadamente com relação à qualificação profissional de presos e egressos do sistema prisional;
II – A adoção de programas de recuperação e reinserção social do preso e do egresso do sistema prisional, inclusive com o aproveitamento de mão-de-obra para serviços de apoio administrativo no âmbito da administração do Poder Judiciário, tendo como fundamento o disposto no artigo 24, XIII, da Lei nº 8.666/93;
III – a celebração de convênios com as Secretarias de Estado responsáveis pela administração carcerária, a fim de viabilizar os programas referidos no item II.
Publique-se e encaminhe-se cópia desta Recomendação a todos os Tribunais de Justiça.
F
Assinatura Nome
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
94
Relatório
O relatório é uma descrição pormenorizada de determinada
atividade, de um projeto específico ou do período de tempo em que se
desenvolveu uma ou várias tarefas e normalmente destina-se a autoridade
superior.
Os relatórios, com freqüência, são submetidos a pessoas que não
participaram das atividades de maneira efetiva. Muitas vezes, a avaliação de
um trabalho depende da linguagem do relatório. Por esse motivo, o discurso
deve ser fluente, com parágrafos bastantes a separarem os assuntos entre si, e
a escrita suficientemente clara para não deixar dúvida quanto ao método
empregado ou à interpretação dos resultados.
O remetente do relatório é o titular do setor ou os membros de
comissão designada para objetivo específico.
No plano de trabalho, nada deverá ser esquecido, e as tarefas
devem ser mencionadas pela ordem em que foram desenvolvidas. Elabore
uma lista exaustiva de todas as tarefas, procure reunir o maior número de
informações sem desprezar nenhum tipo de minúcia. Ordene cronologicamente
a lista, pois umas atividades poderão ter conduzido a outras e assim
sucessivamente. Idealize uma estrutura para o relatório, que deverá conter
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Elementos
Preliminares ou pré-texto
Capa/Folha de rosto: é a fonte principal de identificação,
facilita a consulta e dá informação imediata sobre o trabalho.
Deve conter as seguintes informações: cabeçalho, número,
título e data do relatório.
a) Cabeçalho: centralizado no documento, com o nome
da instituição em letras maiúsculas e o da unidade à
95
qual pertence o remetente em letras maiúsculas e
minúsculas.
b) Número: relatórios só são numerados quando se
referem ao acompanhamento periódico de uma
atividade ou projeto, ou quando houver mais de um
sobre o mesmo assunto. A numeração deverá ser
colocada dois espaços abaixo do cabeçalho,
centralizada, e conterá o nome do documento:
Relatório (com inicial em letra maiúscula); a
expressão abreviada n. (número) em letra minúscula;
o número seqüencial, controlado pela comissão ou
unidade responsável pela emissão do relatório; a
barra, seguida do ano vigente (utilizam-se quatro
dígitos); e o hífen seguido da sigla da unidade
emitente. Ex.: Relatório n. 5/2004-CDJU.
c) Título: em letras maiúsculas e em negrito, posicionado
no centro vertical e horizontal da capa/folha de rosto,
contém o objetivo do relatório ou o ato que designou a
comissão. Ex.: Relatório de Elaboração do ―Manual de
Atos Oficiais Administrativos‖ do Conselho Nacional
de Justiça ou Relatório de Atividades do
Departamento de Gestão Estratégica no exercício de
2009.
d) Local e data (mês e ano): inseridos na parte inferior da
capa/folha de rosto, por extenso, centralizados,
apenas a inicial do nome do local em letra maiúscula,
sem pontuação final.
Ficha técnica: pode conter as seguintes informações:
a) solicitante do trabalho;
96
b) responsável pela elaboração do texto — pessoa ou
grupo;
c) instituições, órgãos ou unidades que contribuíram para
a execução do projeto ou das atividades relatadas;
d) outros documentos que o trabalho cancela ou substitui
parcial ou integralmente;
e) modificações técnicas significativas introduzidas
relativamente a edições desse mesmo trabalho;
f) a estrutura do trabalho: como ele foi subdividido e se
existem anexos.
Observação: o solicitante do trabalho e o responsável pela
elaboração do texto são itens obrigatórios na ficha técnica.
Resumo executivo: é uma versão condensada do documento.
Deve apresentar a tese do relatório, dados objetivos que
confirmem essa tese e, ao final, as medidas que
podem/devem/convêm ser tomadas e, eventualmente, os
custos financeiros inerentes à sua implementação.
Sumário: é a indicação, no início de um relatório ou projeto, de
como se subdivide o trabalho. Deve ser feito para facilitar a
consulta.
Texto
Introdução: deverá abordar, na sua globalidade, o projeto em
que se integra o trabalho individual do autor ou dos autores do
relatório, como as atividades se iniciaram e qual a duração
real ou estimada. Deverá referir ainda qual a posição do
sujeito em relação à sua participação: se se tratou de um
trabalho isolado, em grupo, ou integrado em uma equipe mais
97
vasta, com divisão de tarefas, além de explicitar a estrutura de
desenvolvimento do relatório. Podem-se acrescentar ainda
alguns antecedentes relevantes, a metodologia usada, a tese
central a ser defendida e a síntese dos argumentos.
Desenvolvimento: deverá referir, por fases e em pormenores,
a maneira como se desenvolveu a participação do sujeito no
projeto, o decorrer do trabalho em si e enumerar os aspectos
positivos ou, eventualmente, os negativos dos métodos
utilizados. As informações e a seqüência do relatório variam
de acordo com o tipo de trabalho a ser relatado. Devem-se
apresentar fatos, dados, análises e argumentos que
justificarão a validade da argumentação e do posicionamento
com relação à tese já apresentada na introdução. Divide-se
em tantos tópicos, seções e subseções quantos forem
necessários para o detalhamento do assunto. A subdivisão em
núcleos temáticos e a apresentação de dados estatísticos e
ilustrações, seguidas das respectivas análises e comentários,
são estratégias motivadoras para a leitura do texto.
Conclusão: o relatório poderá ser rematado com uma
autoavaliação consciente, objetiva e realista. Basta apenas
recapitular os principais argumentos descritos no corpo,
reafirmar as informações para enfatizá-las e, se for o caso,
recomendar, sugerir ou propor ações e procedimentos que
devam ser adotados para solucionar a questão.
Local e data
Inseridos dois espaços abaixo do final do texto, por extenso,
centralizados, sem qualquer supressão, apenas com a inicial do nome do local
em letra maiúscula.
98
Assinatura
Item que consta de assinatura, nome e cargo do signatário. Esses
elementos devem ser centralizados na página.
Relatórios mais simples podem conter apenas cabeçalho, número
do relatório, quando for o caso, título, texto, local e data, e assinatura. Tais
elementos podem vir em seqüência, separados por espaços simples,
dispensando a divisão em páginas.
99
Modelo de Relatório
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça Departamento de Gestão Estratégica
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DE ELABORAÇÃO DO MANUAL DE ATOS OFICIAIS ADMINISTRATIVOS
DO CONSLEHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Brasília, maio de 2009
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
100
2 cm
3 c
m
FICHA TÉCNICA
Solicitante do trabalho: ... Supervisão: ... Coordenação: ... Equipe de pesquisa, elaboração e revisão: ... Colaboração: ... Formatação: ... Estrutura da obra: O Manual de Atos Oficiais Administrativos divide-se em cinco capítulos: Princípios Gerais, Norma Básicas para Elaboração de Atos Oficiais Administrativos, Atos Oficiais Administrativos, Projeto Básico e Bibliografia.
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
101
2 cm
3 c
m
RESUMO
Este relatório descreve as etapas de elaboração do Manual de Atos Oficiais Administrativos do Conselho Nacional de Justiça. Os itens descritos são a metodologia do trabalho, baseada em pesquisa bibliográfica e documental, o desenvolvimento de cada fase, que compreendeu atividades individuais e em grupo, os recursos necessários, o cronograma e a supervisão do trabalho. O relatório inclui, ainda, levantamento da bibliografia utilizada durante a pesquisa.
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
102
2 cm
3 c
m
SUMÁRIO
Introdução..............................................................................................................8 Metodologia utilizada.............................................................................................9 Etapas de elaboração..........................................................................................11 Recursos.............................................................................................................13
Humanos.........................................................................................................13 Materiais..........................................................................................................13 Financeiros......................................................................................................13
Coordenação e supervisão..................................................................................15 Cronograma de atividades..................................................................................16 Bibliografia...........................................................................................................17 Anexo único – Levantamento bibliográfico para elaboração do manual.............18
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
103
2 cm
3 c
m
Texto
Brasília, 30 de abril de 2009.
Assinatura Nome Cargo
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
104
Requerimento
É o instrumento por meio do qual o requerente se dirige a
autoridade administrativa para solicitar o reconhecimento de um direito ou a
concessão de um pedido, sob o amparo de lei ou norma reguladora.
De acordo com Oliveira Lima, ―o requerimento só contém dois
parágrafos. O primeiro terá um só período, com a identidade completa do
peticionário, inclusive a profissão, residência e domicílio, bem como a
explicitação do direito ou da concessão pedida. No segundo, ocorre a forma
terminal, em uma ou duas linhas. Será sempre redigido em terceira pessoa‖.
Elementos
São apresentados, a seguir, os elementos indispensáveis à
elaboração do requerimento.
Identificação do documento
Basta escrever a palavra requerimento em letras maiúsculas, em
negrito e de forma centralizada no papel.
Vocativo
Invoca o destinatário, com a forma adequada de tratamento, a
indicação do cargo da autoridade e o nome do órgão a que se dirige.
Não se menciona o nome da autoridade. Ex.: Senhor Secretário-
Geral do Conselho Nacional de Justiça.
Texto
É o conteúdo do requerimento, aquilo que se solicita. Inicia-se
com o nome do requerente e sua identificação, composta do maior número
possível de informações, seguido do objeto do requerimento, com a indicação
dos fundamentos legais que dão base à solicitação.
105
Fecho
O fecho mais comumente utilizado é Nesses termos, pede
deferimento. Usa-se também Pede deferimento.
Local e data
O local e a data devem ser escritos por extenso.
Assinatura
Esse elemento ficará centralizado na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração do requerimento, há requisitos formais mínimos a
serem atendidos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
No requerimento utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho
da letra (corpo) deve ser 12.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
106
A – É o espaçamento entre a margem superior da página e o
campo Identificação do documento. São utilizados cinco espaços simples entre
os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Vocativo. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Vocativo e Texto.
Formado por dois espaços simples.
D – É o espaçamento entre os campos Texto e Local e data.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
E – É o espaçamento entre os campos Local e data e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
107
Modelo de Requerimento
2 cm
3 c
m
A
REQUERIMENTO
B
Senhor Secretário-Geral do Conselho Nacional de Justiça,
C
Matheus Alencar Sousa, servidor deste Conselho, Analista Judiciário, matrícula 12345, lotado no Departamento de Gestão Estratégica, requer a Vossa Senhoria licença para tratar de assuntos particulares pelo prazo de quatro meses a contar de 30 de abril de 2009, com base no artigo 91 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Nesses termos, pede deferimento.
D
Brasília, 6 de abril de 2009.
E
Matheus Alencar Sousa Analista Judiciário
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
108
Resolução
É o ato de competência do Presidente, com numeração seguida e
ininterrupta, destinado a comunicar as deliberações do Plenário.
Elementos
A resolução compreende a ordem normatizadora e a matéria
normatizada. A ordem normatizadora constitui o preâmbulo, e a matéria
normatizada diz respeito à própria comunicação do ato, que é o texto.
Timbre
Compõe-se do brasão e da identificação do órgão Conselho
Nacional de Justiça.
Identificação do documento
Composta pelo nome do ato por extenso e em letras maiúsculas,
seguido do número e da data de expedição.
Ementa
Contém o resumo do assunto que motivou a resolução.
Preâmbulo
Inicia a resolução e não integra a matéria normatizada, que
corresponde ao texto. O preâmbulo é aberto com a nominação do expedidor do
ato: ―O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA‖, seguida
normalmente da expressão ―no uso de suas atribuições constitucionais e
regimentais‖, ou equivalente, e das considerações que justificam a expedição
da resolução. Nas considerações, deve-se citar a norma que fundamenta o ato.
O preâmbulo se encerra com a expressão ―RESOLVE‖, registrada em um novo
parágrafo e em letras maiúsculas.
109
Texto
É o conteúdo da resolução, o que ela regula ou expressa. Tem a
mesma estrutura do texto legislativo, com a divisão do assunto em artigos,
parágrafos, incisos e alíneas.
Assinatura
Item composto pela assinatura e pelo nome da autoridade
expedidora. Esses elementos ficarão centralizados na página.
Requisitos mínimos de Leiaute
Na elaboração da resolução, há requisitos formais mínimos a
serem atendidos para assegurar a boa apresentação do documento.
Tipo de letra (fonte) a ser utilizado
Na resolução utiliza-se o tipo de letra (fonte) Arial. O tamanho da
letra (corpo) deve ser 12.
No Timbre, o nome Conselho Nacional de Justiça deve constar
com as letras iniciais em caixa-alta (maiúsculas), em negrito e de forma
centralizada. A tipologia do Timbre será a Kunstler Script, tamanho 28.
Formatação
PapeI A4;
Fonte (letra) Arial tamanho 12;
Espaço simples entre as linhas;
Margem superior: 3 cm;
Margem inferior: 2 cm;
Margem direita: 1,5 cm ou, se o texto for muito pequeno, 2
cm;
Margem esquerda: 3 cm;
Parágrafo: 2,5 cm No computador, a tecla de tabulação
equivale a 1,25 cm.
110
A – É o espaçamento entre os campos Timbre e Identificação do
documento. São utilizados dois espaços simples entre os dois campos.
B – É o espaçamento entre os campos Identificação do
documento e Ementa. Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
C – É o espaçamento entre os campos Ementa e Preâmbulo.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
D – É o espaçamento entre o campo Preâmbulo e a Expressão
RESOLVE. Formado por dois espaços simples.
E – É o espaçamento entre a Expressão RESOLVE e o campo
Texto. Formado por dois espaços simples.
F – É o espaçamento entre os campos Texto e Assinatura.
Utilizam-se dois espaços simples entre os dois campos.
111
Modelo de Resolução
2 cm
3 c
m
Conselho Nacional de Justiça
A
RESOLUÇÃO N. 67, DE 3 MARÇO DE 2009.
B
Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça e dá outras providências.
C
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições, tendo em vista o decidido em 79ª Sessão Ordinária de 03.03.2009, nos autos do procedimento Comissão 20090000008320, e com base no disposto no § 2º do art. 5º da Emenda Constitucional nº 45, de 8.12.2004, publicada no Diário Oficial da União de 31.12.2004,
D
RESOLVE:
E
Art. 1º Aprovar o Novo Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, que sob a forma de anexo passa a integrar a presente Resolução.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução nº 2, de 16 de agosto de 2005 e suas alterações.
F
Assinatura Nome
1,5
cm
ou
2 c
m
2 cm
112
Elementos Acessórios
Anexos
Anexos são documentos acessórios que acompanham e
complementam a correspondência principal.
Recomendações:
Os anexos podem ser designados por algarismos arábicos ou
por letras maiúsculas.
Se houver apenas um anexo, dá-se a ele o nome de Anexo
único. Se houver vários, no primeiro escreve-se Anexo n. 1 e
no último, Anexo n. x e último.
Quando se faz referência a alguma página de um anexo,
procede-se da seguinte forma: Anexo 1/2 (que significa anexo
n. 1, página 2); Anexo 9/3 (que significa anexo n. 9, página 3);
Anexo n. x e último/5 (que significa anexo n. x e último, página
5).
Quando são vários anexos, no texto do documento
principal deve-se mencionar a quantidade. Ex.: Anexos: 6.,
o que indica que há seis anexos no total.
Havendo apenas um anexo, escreve-se no texto principal o
nome do anexo. Ex.: Anexas: Notas promissórias.
Observe-se rigorosamente a concordância nominal. Ex.:
Anexas: notas promissórias; Anexos: documentos
assinados; Anexa: guia de recolhimento; Anexo: pedido
assinado.
113
Não utilize a expressão em anexo.
Tabelas, gráficos, figuras e quadros
Tabelas, gráficos, figuras e quadros organizam as informações
em ordem lógica e tornam as comparações mais fáceis e acessíveis ao leitor,
além de economizarem espaço. Assim, servem para ilustrar e agilizam o
entendimento da informação.
Recomendações:
As tabelas, figuras ou ilustrações contidas em um
documento devem ser intercaladas no texto, logo após
serem citadas pela primeira vez, e numeradas em
algarismos arábicos, seqüencialmente.
Nas tabelas os títulos vêm acima; nas figuras, abaixo.
Evite abreviar palavras dentro de gráficos, tabelas e
quadros.
As legendas internas devem obedecer a um padrão.
Prefira a letra maiúscula apenas no início da primeira
palavra.
As palavras figura, quadro, anexo e tabela, no texto,
quando seguidas de numeração, devem ser grafadas com
a letra inicial maiúscula. Ex.: Figura 1.7; Quadro 2.5;
Tabela 3.7.
Somente a primeira palavra da legenda terá letra inicial
maiúscula. Após a numeração não se usa o ponto. Ex.:
Figura 1.7 Números de computadores.
114
Não se destacam as palavras figura, quadro e tabela nas
legendas. Os números são separados por ponto e a
legenda vem em itálico. Ex.: Figura 1.7 Número de
computadores.; Quadro 3.2 Consumo de energia.; Tabela
4.4 Servidores exonerados.
Após toda e qualquer legenda, coloque o ponto final.
Não abrevie as palavras figura, tabela, quadro e anexo no
texto ou na legenda.
115
PROJETO BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO
116
Projeto Básico
A licitação de obras e serviços no âmbito da administração
pública deve ter início a partir de projeto básico que apresente o que se quer
realizar, como, quando, onde e por quê. Dispõe o art. 7º da Lei no 8.666/93,
verbis:
Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços
obedecerão ao disposto neste e, em particular, à seguinte sequência:
I – projeto básico;
II – projeto executivo;
[...].
Diz ainda o § 2º do mesmo artigo:
As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I – houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível
para exame dos interessados em participar do processo licitatório. (Grifo
nosso.)
O professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, autor do livro
Contratação direta sem licitação (5. ed., Editora Brasília Jurídica, 1999)
publicou artigo intitulado Projeto básico nas licitações no caderno Direito e
Justiça do jornal Correio Braziliense, assim defendendo:
Entre as boas inovações trazidas pela Lei nº 8.666/93, que disciplinou no
âmbito da administração pública o tema licitações e contratos, está a
obrigatoriedade do projeto básico para a contratação de qualquer obra ou
serviço. Conquanto ainda continuem alguns a sustentar que essa exigência só
cabe para as contratações na área de engenharia, a interpretação literal indica,
de forma clara, que esse requisito foi pontualmente estabelecido pelo
legislador pátrio de modo amplo. Efetivamente o art. 7º, notadamente no § 2º,
inciso I, da lei em epígrafe, coloca a necessidade da prévia elaboração de
projeto básico, estabelecendo que somente poderão ser licitados os serviços e
obras depois de atendida essa exigência.
117
Antes de passar aos requisitos do projeto básico, convém
conceituá-lo, como também projeto executivo, obra e serviço, de acordo com
as disposições do art. 6º da Lei no 8.666/93.
Projeto básico é entendido como:
O conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou
serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos
técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a
avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de
execução.14
Isso quer dizer fundamentalmente que o projeto básico consiste
no mais amplo detalhamento do objeto, de modo que seja perfeitamente
identificado o que pretende o órgão licitante e as circunstâncias e o modo
exatos de realização da obra ou do serviço.
Obra é definida como toda construção, reforma, fabricação,
recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta.15
Serviço recebe a definição de:
Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a
administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem,
operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.16
Projeto executivo é conceituado como:
14
Lei no 8.666/93, art. 6o, inciso IX. 15
Lei no 8.666/93, art. 6o, inciso I. 16
Lei no 8.666/93, art. 6o, inciso II.
118
[...] O conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa
da obra, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT)[...].17
Requisitos
A Lei de Licitações e Contratos dispõe:
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão
considerados principalmente os seguintes requisitos:
I – segurança;
II – funcionalidade e adequação ao interesse público;
III – economia na execução, conservação e operação;
IV – possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e
matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação;
V – facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da
durabilidade da obra ou do serviço;
VI – adoção das normas técnicas de saúde e de segurança do trabalho
adequadas;
VII – impacto ambiental.18
Padronização
As obras e serviços destinados aos mesmos fins deverão ter
projetos básicos padronizados, classificados por tipos, categorias ou classes,
exceto quando o projeto-padrão não atender às condições peculiares do local
ou às exigências especificadas do empreendimento (art. 12 da Lei nº 8.666/93).
Elementos
O projeto básico deverá conter, de acordo com o inciso IX do art.
6º da Lei no 8.666/93, os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da
obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
17
Lei no 8.666/93, art. 6o, inciso X. 18
Redação dada pela Lei no 8.883, de 1994.
119
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de
forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as
fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e
montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos
a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os
melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra,
sem frustrar o caráter competitivo para sua execução;
e) subsídios para a montagem do plano de licitação e gestão da obra,
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas
de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.
Elaboração
Considerações iniciais
É essencial que o projeto básico apresente todas as referências
do material a ser comprado ou do serviço a ser contratado.
Quem faz o projeto básico
É conveniente que o projeto básico seja elaborado pela unidade
que solicita o serviço ou a obra. Ela é quem sabe exatamente o que deseja e o
que será necessário para a satisfação de sua necessidade. Sabe o que quer,
como, por que, quando, de que forma e em que condições, o que lhe permite
fazer todo o detalhamento do serviço ou da obra. Pode ainda ser contratado
pessoal técnico especializado para a elaboração do projeto básico. Isso irá
depender do objeto do contrato, como no caso de ele exigir, por exemplo,
informação técnica de alta complexidade.
Quando elaborar o projeto básico
O projeto básico é a peça inicial que servirá para instruir o
processo licitatório e deverá acompanhar a solicitação. Isso agilizará a análise
120
do pedido. É provável que a Subsecretaria de Material, Compras e Contratos
ou a Comissão Permanente de Licitação venham a ter dúvidas em relação a
alguns pontos do projeto, o que exigirá entrosamento e permanente diálogo
entre as unidades envolvidas.
Quando se faz um projeto básico, por mais que se tenha
detalhado o objeto, não se deve dar o trabalho por concluído; antes, deve-se
auxiliar no desenvolvimento das atividades da equipe de licitação, até a
finalização do serviço ou da obra.
Desenvolvimento do projeto básico
Para o bom desenvolvimento do projeto básico, deve o seu
elaborador:
1. Ter visão global do objeto a ser licitado
Deve-se conhecer integralmente o objeto da licitação, para
identificar os elementos que constituirão o projeto básico. Começa-se pela
necessidade identificada e o objetivo que se pretende atingir.
– A necessidade permitirá delinear, além do conteúdo do objeto, a
fundamentação da justificativa.
– O objetivo a ser atingido ajudará na especificação do objeto do
projeto básico.
2. Informações técnicas e especializadas
De acordo com o projeto, caso não se disponha de informações
técnicas e especializadas sobre o serviço ou obra, deve-se solicitá-las de
outras unidades e fazer pesquisas sobre o assunto. A Internet é hoje um
excelente instrumento para a obtenção de informações atuais sobre as
diversas áreas do conhecimento.
A preocupação do projetista deve ser assegurar o melhor
resultado possível à execução da obra ou do serviço, de modo que não haja
problema em qualquer das fases de sua contratação ou da execução.
3. Execução da obra ou do serviço
Não se deve deixar de pensar na execução da obra ou do
serviço. Não basta dizer o que se quer. Em qualquer caso, serviço ou obra, o
121
projetista deverá planejar toda a sua execução. Durante o planejamento, serão
decerto identificadas muitas das necessidades que deverão ser contempladas
no projeto básico.
4. Imaginação e criatividade
É fundamental para a elaboração de um projeto básico que se
lance mão da imaginação e da criatividade. Imaginar e criar mentalmente todas
as fases do projeto e todos os recursos necessários para a execução da obra
ou do serviço evita omissões ou impropriedades.
A melhor maneira de trabalhar com essas duas variáveis é:
a) colocar-se no lugar de quem vai usufruir do serviço ou do
material;
b) colocar-se no lugar da pessoa que analisará o projeto; e,
finalmente
c) colocar-se no lugar da empresa ou da pessoa física que
oferecerá as propostas.
5. Planilha de custo
Deve-se apresentar uma planilha do custo estimado para a obra
ou serviço, a fim de subsidiar a tomada de decisão da autoridade
administrativa.
6. Disponibilidade orçamentária
No caso de a unidade solicitante gerenciar algum programa
orçamentário e a despesa constar do orçamento, deve-se fazer essa
observação e informar o saldo orçamentário. Caso contrário, essa informação
deverá ser prestada pela Subsecretaria de Orçamento e Finanças ou pela
Secretaria de Administração – conforme a situação de cada órgão.
Finalizando, deve-se justificar a ausência de um modelo de
projeto básico neste trabalho.
Considera-se que apresentar um padrão de projeto traria mais
desvantagens que benefícios à organização, pois poderia redundar numa
espécie de ―engessamento‖ de forma para o projetista.
122
Uma forma livre de elaborar o projeto básico atende mais às
exigências de especificação de obras ou serviços a serem contratados pela
administração. Isso possibilita ao projetista usar sua criatividade, para que
conceba o projeto que melhor especifique os elementos do serviço ou da obra.
Por isso, optou-se por apresentar apenas um roteiro com os
elementos básicos para elaboração de um projeto básico:
a) Objeto
Apresenta, sucintamente, a definição e as características do
serviço a ser contratado ou da aquisição a ser feita, com os requisitos técnicos
e sua quantificação, conforme o disposto no art. 6º, IX, da Lei nº 8.666/93. As
especificações mais complexas não devem constar deste tópico; serão objeto
dos anexos deste projeto.
O texto do objeto deve ser claro e objetivo, uma vez que a
publicidade dos processos licitatórios é feita com a divulgação do objeto no
respectivo extrato licitatório.
b) Justificativa
Demonstra a necessidade da contratação, o que a motivou, os
benefícios diretos e indiretos esperados, a natureza do serviço (se continuado
ou não, se se trata de caso de inexigibilidade/dispensa de licitação ou não), etc.
A justificativa deve informar se a contratação/aquisição é enquadrada como
serviço comum – indicação necessária para cabimento de inexigibilidade ou
dispensa de licitação –, bem como apresentar estudos preliminares, se houver.
c) Legislação e normas aplicáveis
Relaciona leis e decretos com restrições ou recomendações que
devam ser consideradas para formulação do objeto a ser licitado ou para a
execução do contrato. Caso existam normas e padrões definidos internamente
no órgão público responsável pela licitação ou definidos por entidades
normativas reconhecidas publicamente (ABNT, ISO, etc.), elas devem ser
citadas.
123
d) Especificações técnicas do objeto a ser contratado ou
descrição detalhada dos serviços.
Se o objeto exigir maior detalhamento, as especificações técnicas
devem constar do anexo do projeto básico. Caso contrário, podem vir dispostas
em subitem do objeto.
Para complementar a especificação, é permitida a utilização de
fotos, croquis e qualquer outro elemento que sirva para dirimir eventuais
dúvidas. No entanto, propostas comerciais ou material publicitário de empresas
não podem ser utilizados, pois poderiam induzir à contratação de determinada
empresa (serviço ou produto). A utilização desse material só é permitida com
justificativa técnica.
A descrição dos serviços a serem realizados deve compreender,
entre outros itens aplicáveis a cada tipo de objeto, a frequência e a
periodicidade; ordem de execução; procedimentos, metodologias e tecnologia a
serem empregados; deveres e disciplina exigidos; e demais especificações
referentes à execução do serviço.
Se sucinta, essa descrição pode integrar o corpo do projeto
básico. Caso contrário, deve vir como anexo do projeto.
e) Modelo de ordem de serviço, quando for o caso
Caso a execução contratual exija expedição de ordens de
serviços, sugere-se que o projeto básico apresente o modelo a ser adotado,
que facilitará o acompanhamento da execução e servirá para a elaboração de
relatórios estatísticos.
Esse modelo deve conter definição e especificação dos serviços a
serem realizados; volume de serviços solicitados e realizados, com definição
de métricas; resultados ou produtos solicitados e esperados; estimativa
demandada e respectiva metodologia para quantificação da estrutura;
cronograma de realização dos serviços; custos, com a metodologia utilizada
para quantificar; avaliação da qualidade dos serviços realizados; justificativa do
avaliador; identificação do emitente da ordem de serviço e do avaliador, entre
outros itens que se fizerem necessários.
124
f) Metodologia de avaliação da qualidade e de aceite dos serviços
Indica os critérios a serem utilizados para aferição de qualidade e aceite dos
serviços.
g) Requisitos para execução do contrato
Indica o local de realização dos serviços e se haverá necessidade
de vistoria do local, com a devida justificativa (a vistoria poderá ser substituída
por foto detalhada do local); o local de entrega do equipamento ou material; os
dias e horários de realização dos serviços ou de recebimento do equipamento
ou material, com indicação do horário de funcionamento do órgão; os
procedimentos formais para início do contrato, com indicação de restrições da
área de execução dos serviços e identificação de questões de segurança e de
privacidade do órgão; a forma de apresentação dos profissionais envolvidos
com a execução do contrato (perfil técnico, crachá, uniforme,
material/equipamento de uso pessoal); os prazos de execução do contrato;
entre outros.
h) Forma e prazo para aceitação dos bens e serviços fornecidos
Indica os documentos e prazos aplicáveis para efetuar cada uma
das aceitações definidas: plano de teste de aceitação, período de
funcionamento experimental, prazos para aceitação provisória e definitiva, etc.
i) Forma de garantia de serviços, de equipamentos, de softwares
e de material Indica o prazo de garantia (fornecida pelo fabricante ou por
outro); a forma de atendimento da assistência técnica; as empresas
credenciadas para efetuar a assistência técnica; os tipos de manutenção
(preventiva, corretiva, evolutiva, adaptativa); a forma de suporte técnico; a
previsão de atualizações; entre outros.
Prazos de garantia superiores ao que o mercado oferece
normalmente geram contratos mais onerosos à administração pública; por isso,
a necessidade de prazos específicos deve ser minuciosamente avaliada e
justificada.
j) Documentação a ser fornecida
125
O contratante pode exigir que a empresa apresente plano de
gerenciamento, em que deve constar a metodologia que a contratada vai
adotar para gerenciar a execução do objeto da licitação. Se necessária a
comprovação de capacidade técnica, é neste item que deve ser discriminada a
forma (se por meio de cópia; se há necessidade de reconhecimento de firma ou
de comprovação da origem do documento, etc.).
Pode-se exigir também projeto executivo (item descrito em tópico
próprio deste manual) e plano de testes de aceitação (descrição de testes e
procedimentos a serem aplicados para aceitação do serviço/produto).
k) Cronograma de entrega e/ou de execução dos serviços
Apesar de não ser um item indispensável, é um facilitador.
Entretanto, uma vez apresentado o cronograma, a execução contratual fica
vinculada a este. Por isso, o cronograma deve apresentar datas exequíveis.
Os eventos descritos no cronograma geral devem basear-se,
inicialmente, na data de assinatura do contrato. Assim, a entrega de
documentos exigidos, por exemplo, pode ser estabelecida no cronograma para
um determinado número de dias após a assinatura do contrato e não para uma
data expressa.
Os itens para composição do cronograma são flexíveis, uma vez
que cada objeto merecerá itens próprios.
l) Definição da forma de pagamento
A definição da forma de pagamento no projeto básico é útil para
que as empresas licitantes possam se programar com relação aos recursos
que irão receber ao cumprir cada uma das etapas, fases ou obrigações que
fazem parte do objeto licitado, e também para que os setores administrativos
do órgão responsável pela licitação possam prever quais serão os
desembolsos a serem efetuados no decorrer da execução do contrato.
m) Obrigações da contratada
Aqui são descritas as obrigações gerais da contratada, como
obrigações fiscais, trabalhistas, de execução, de fornecimento, de
administração de recursos humanos, entre outras.
126
n) Obrigações da contratante
Este item descreve as obrigações gerais da administração.
o) Anexos
Os anexos conterão as especificações técnicas mais complexas
do objeto (equipamento, material ou serviço) e outros tópicos necessários ao
esclarecimento do projeto que, estruturalmente e de acordo com a
conveniência, devam ser isolados e apresentados dessa forma.
Projeto executivo
O projeto executivo (PE) é um instrumento normativo exigido pela
Lei nº 8.666/93 para a execução de obras licitadas no âmbito da administração
pública. Pressupõe a existência de um anteprojeto ou projeto básico de
arquitetura ou de engenharia, a partir do qual são detalhados no projeto
executivo as fases e os modos de execução da obra.
Apesar de a exigência de elaboração de projeto executivo
restringir-se à execução de obras, nada obsta que possa ser ele produzido
para a prestação de serviços de relativa complexidade ou cuja realização exija
um maior nível de detalhamento e planejamento. Aliás, avaliando-se a estrutura
dos projetos executivos que vêm sendo elaborados pela administração pública,
percebe-se que um dos aspectos de maior valia do PE consiste em ser ele um
instrumento eficiente de planejamento de execução de atividades.
A título de exemplo, tome-se como referência o projeto executivo
de arquitetura, para cuja elaboração são utilizadas comumente as seguintes
informações, entre outras:
a) anteprojetos ou projetos básicos de arquitetura e/ou
engenharia;
b) anteprojetos ou projetos básicos produzidos por outras áreas
técnicas necessários à execução da obra em questão;
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c) informações de outra natureza consideradas relevantes para a
execução do projeto.
Entre os documentos técnicos apresentados para a elaboração
do projeto executivo de arquitetura constam, por exemplo:
a) desenhos:
– planta geral de implantação;
– planta de terraplenagem;
– cortes de terraplenagem;
– plantas das coberturas;
– cortes (longitudinais e transversais);
– elevações (frontais, posteriores e laterais);
– plantas, cortes e elevações de ambientes especiais (banheiros,
cozinhas, lavatórios, oficinas e lavanderias);
– detalhes (plantas, cortes, elevações e perspectivas) de
elementos da edificação e de seus componentes construtivos (portas, janelas,
bancadas, grades, forros, beirais, parapeitos, pisos, revestimentos e seus
encontros, impermeabilizações e proteções);
b) textos:
– memorial descritivo da edificação;
– memorial descritivo dos elementos da edificação, das
instalações prediais (aspectos arquitetônicos), dos componentes construtivos e
dos materiais de construção;
– memorial quantitativo dos componentes construtivos e dos
materiais de construção;
c) perspectivas interiores ou exteriores, parciais ou gerais
(opcionais);
d) maquetes interior e exterior (opcionais);
e) fotografias, diapositivos, microfilmes e montagens (opcionais);
f) recursos audiovisuais, tais como filmes, fitas de vídeo e
disquetes (opcionais).
Apresenta-se a seguir um roteiro básico para a elaboração do
projeto executivo. Convém notar que os itens são desenvolvidos apenas em
linhas gerais, tendo em vista que a natureza de cada obra certamente irá impor
os níveis de detalhamento necessários ao PE.
128
O projeto executivo pode ser elaborado com a seguinte estrutura:
Apresentação
A apresentação discorre sobre o projeto em seus aspectos gerais,
diz da finalidade e da utilidade da obra e das expectativas em torno da
execução do projeto.
Justificativa
Fundamenta a necessidade de realização da obra.
Objetivos
Fala do que se pretende alcançar com a obra em âmbito geral e
específico.
Objetivo geral
O objetivo geral diz do que se pretende atingir ao final da
execução do projeto.
Objetivos específicos
Os objetivos específicos constituem o que se espera alcançar em
cada parte da execução do projeto. Da consecução de cada um dos objetivos
específicos resulta a obra finalizada.
Procedimentos metodológicos
Esta parte do projeto detalha os diversos procedimentos que
devem ser adotados na execução da obra. Pode ser dividida em várias
subpartes, dentre as quais se destacam: levantamentos de toda ordem
(ambientais, situacionais, orçamentários, etc.); diagnósticos (que consistem na
descrição detalhada de dados e informações que possam contribuir para a boa
129
condução do projeto); e recomendações (conjunto de informações que devem
ser levadas em consideração na execução do projeto), entre outras.
As principais recomendações devem estar em consonância com
os problemas identificados nos diagnósticos e observar as condições
limitadoras da execução do projeto.
Matriz operacional
A matriz operacional é o conjunto de dados, que podem inclusive
ser fornecidos graficamente, que apontam, se possível em ordem cronológica
ou sequencial, as atividades a serem realizadas, os prazos de execução, os
responsáveis pelo desenvolvimento dos trabalhos e os equipamentos ou
instrumentos necessários para a viabilização dos serviços, entre outras
informações que possibilitem o monitoramento das ações.
Orçamento
As ações a serem desenvolvidas devem ser orçadas, se possível
com a discriminação das despesas por atividade. As despesas que podem ser
assumidas em âmbito interno e as que demandem negociações externas
(recursos estaduais, federais e internacionais, entre outros) devem ser
discriminadas em separado.
Metas de resultado
As metas são estabelecidas tendo como parâmetros, ou
indicadores, as situações apontadas nos diagnósticos.
Monitoramento
O monitoramento destina-se ao acompanhamento das metas
parciais e de resultado. A periodicidade do monitoramento é determinada
conforme critérios técnicos estabelecidos pela instituição responsável pelo
130
projeto e visa a assegurar o exato cumprimento dos cronogramas e a detectar
oportunidades de melhoria na condução das atividades.
131
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