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preço 1$00 Quinta-feira, 9 de Junho de 1955 ▲no l - N / 1 5 Proprietário, dministrador e Editor V. S. M O T A P I N T O REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A — ------------------------ M O N T I J O --------------------------- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» MONTIJO DIRECTOR R U Y D E M E N D O N Ç A A SUINICULTURA NOS tSTÀDOS UN IDOS Especial para «A Província» • Do College Station - Texas *U . S. A. II Nada de luxos nas insta- lações, nada de braços a mais. Aproveitem-se ao má- ximo a maquina e os dispo- sitivos concebidos para evi- tar a despesa de mão de obra cara. Dois dos elementos que mais vieram contribuir para a economia da exploração foram o «Self Feeder» e a ração sêca que podem ser utilizados tanto no caso dos suínos mantidos em pasta- gem como nos mantidos em «Dry Lot» o que mais ou menos corresponde às nos- sas malhadas e de que mais tarde havemos de falar com pormenores. Passadas em revista as vantagens que a exloração porcina oferece ao produtor americano passemos a enu- merar as circunstância que a limitam. a) — O porco é de todos Silêncio 10 de Junho Mais uma data percorre os anais do tempo. Epopeia de glória no coração dos homens, no timbrar pátrio da terra Lusa. Envolto no mundo da pobreza e lançado à campa da incompreensão, dorme o sono eterno, o Epico. Da sua última morada, ainda rompe a neblina de rimas harmoniosas, onde as gera- ções vieram a beber, saciando a sede do belo. Ei-lo na saudade, bra- dando ao mundo a voz dos portugueses, nesse rosário de páginas sublimes que são os «LUSÍADAS». Olhai-o irto, «erguendo o braço às armas feito», como que desafiando a penumbra do dia, na sua imortalidade. Paira no espaço o mur- múrio da saudade. Silêncio... Calai-vos acordes dos bos - ques, aves que sulcais o Céu, parai vossos vôos, àguas da ribeira em turbi- lhão serpenteando, cessai vosso clamor, óh ondas do mar, beijando a areia dou- rada, suspendei vossos afa- gos! Silêncio... morreu o pOETA, morreu CAMÕES! Mais uma data percorre °s anais do tempo! Nuno de Menezes pelo Dr. Ramiro Ferrão os animais domésticos o que mais sujeito está a variadas moléstias e o que lhes paga muaior tributo. b) — A infestação por pa- rasitas (lombrigas, ténias e triquinoses) é considerável e os seus malefícios além de se manifestarem nas rejei- ções no momento da ins- pecção são ainda mais impor- tantes porque roubam ao criador a possibilidade de obter dos seus animais o rendimento máximo encon- trando animais definhados, de desenvolvimento lento, de fracas reposições. c) — O número de animais mortos à nascença e até à desmama é maior na espécie suína do que nas restantes. Nos E. U. 25 por cento morre até às oito semanas de idade. d) — O porco é um animal bastanta sensível ás condi- ções de calor ou frio intenso. Uma boa exploração não pode esquecer esta circuns- tância e pagá-la em termos de defesa contra aqueles factores. e) — Finalmente o apare- lho digestivo do porco exige, que se lhe deem alimentos concentrados, isto é, pouco grosseiros. Ora estes pro- dutos são cax-os. (Continua na página 7) Ha 348 anos!... O MEALHEIRO DE S. PEDRO pelo Prof. José Manuel Landeiro No nosso livro « No Rolar dos Anos», referente às fes- tas da Confraria dos pesca- dores de Aldeia Galega, sob a invocação de S. Pedro, tivemos ocasião de historiar, ainda que em súmula, a his- tória destas festas. Sabíamos que os dona- tivos para custear as des- pesas destas festas, eram arranjados pelos pescadores. Como e de que maneira é que não o dissemos, por o ignoramos. Chegou-nos há dias às mãos um documento de 1607 que, entre outros assuntos, nos veio a elucidar (Conclui na página 7) O MEU CANUDO N10 é do canudo de folha , onde se costuma guardar a carta de curso, que eu pre- tendo fa la r aos amáveis lei- tores d\A Provincia». Esse ficou-me na oficina onde me encaixilharam 0 precioso pergaminho, escrito em latim, com 0 selo da Universidade do Porto a prender as fitas amarelas. O canudo que eu venho apresentar é de vidro, fino e lavrado, quase um palmo de altura e a superfície duma rodela de limão. Foi 0 meu Pelo Dr. Cabral Adão caro amigo Dr. R. que, ven- do-me beber por ele, a uma refeição para que 0 convidei, mo baptizou: Eial Que valente ca- nudo I I I Inimigo como eu sou de copos pequenos e de copos mal cheios, fo i aquele pre- cioso vaso que me veio satis- fazer, em pleno, 0 ideal de franqueza, em questão de vasilhame; e é de canudo em punho, cheio de bom vinho de Algeruz, nítilo como um cristal, esperto como azougue, capitoso como uma garga- lhada, que eu venho clamar — PRESENTE I - ao Sr. A . M., que ri «O Século» de 22 de Mato, escreveu « O Há- bito de não beber vinho». Não sou de gente bem, nem de gente mal, antes pelo contrário, como usava dizer um conselheiro do meu conhe- cimento. Mas considero-me um português de responsabi- (Conclui na página 7) Sentinelas da Casa Lusitana O Castelo do Sabugal, do rei D. Diniz, nas margens do Côa, é original p e l a sua forma arqui- tectónica. A ele se refere onossopovonesta sua quadra: Castelo das cinco quinas/Não no há em Portu- gal /Senão ao ao cimo do Côa / Na vila do Sabu- gal! D. Diniz man- dou c o n s t r u i r uma ponte e uma fonte, e se mais não fez foi porque não quiz! Eu El Rei D. Diniz / Cas- telo, ponte e fonte fiz / E quem dinheiro tiver/Fará 0 que quiser. 0 papel guerreiro desempe- nhado por esta fortaleza evi- denciou-se na guerra da Res- tauração, e à sua volta anda 0 nome do poeta Guerreiro Gar- cia de Braz Mascarenhas, autor do «Viriato Trágico». (Izéniea da (íapitaL (Pelo Redactor ROLLIN DE MACEDO Endereço postal: Apartado 96 - Lisboa) Grupo «Amigos de Lisboa» — Vai este Grupo realizar no próximo dia 10 um pas- seio no Tejo, com visita à Base Aérea n.° 6, no Monti- jo. Esta visita será dirigida por um dos snr. oficiais da respectiva guarnição. Dado que sou sócio fundador des- te Grupo e redactor deste jornal, farei a respectiva re- portagem no número seguin- te. Desde já registo aqui 0 facto, que muito deve agra- dar aos montijenses. Revista de Imprensa — • Com 0 título «A invasão das saias», Fernando Quei- mada publicou no bi-sema- nário A Aurora do Lima um artigo 100% de aplaudir. A propósito da invasão da m ulher em todos os sectores de trabalho diz: «Vêmo-las, movimentando-se, garbosa - mente, nas repartições pú- blicas e escritórios, enquanto à mesa do café, no «bar» ou nas tertúlias, a rapaziada, saída do Liceu ou das Esco- las Comerciais, discute as proezas do Matateu...» e mais adiante: «Dar-se-á 0 caso da experiência ter de- monstrado que a mulher é superior ao homem no de- sempenho de cargos de se- cretaria? Não». Eu também sou da mesma opinião e tenho r a z õ e s , fortíssimas mesmo, para enfileirar na campanha contra a invasão das saias. E onde arranjar a mulher-lar? Eis 0 problema do homem sensato que pre- tende casar. À pedra de Guimarães — Segundo 0 «Diário Popular» na campanha que levantou contra a ideia do Vitória Sport Clube, de Guimarães, oferecer ao Ginásio Clube Português uma pedra do his- tórico castelo daquela cidade. E é de manter a discordância mesmo depois da carta do Ginásio Clube Português. Trata-se de um património nacional do mais sagrado e não queiramos, agora, com a cegueira do desporto andar para a escangalhar os monumentos. Por este andar, 0 «Benfica» ou 0 «Belenen- ses» lá iam à Batalha ou aos Jerónimos à pesca de algo histórico para dar bri- lhantismo aos seus actos. Assim, não.

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preço 1$00 Quinta-feira, 9 de Junho de 1955 ▲no l - N / 1 5

Pro prie tário , dm inistrador e Editor

V . S . M O T A P I N T O

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - RUA JOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A — ------------------------ M O N T I J O ---------------------------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» MONTIJO

D I R E C T O R

R U Y D E M E N D O N Ç A

A SUINICULTURA

NOS tSTÀDOS UNIDOSEspecial para « A Província» • Do College Station - Texas * U . S. A .

II

Nada de luxos nas insta­lações, nada de braços a mais. Aproveitem-se ao má­ximo a maquina e os dispo­sitivos concebidos para evi­tar a despesa de mão de obra cara.

Dois dos elementos que mais vieram contribuir para a economia da exploração foram o «Self Feeder» e a ração sêca que podem ser utilizados tanto no caso dos suínos mantidos em pasta­gem como nos mantidos em «Dry Lot» o que mais ou menos corresponde às nos­sas malhadas e de que mais tarde havemos de falar com pormenores.

Passadas em revista as vantagens que a exloração porcina oferece ao produtor americano passemos a enu­merar as circunstância que a limitam.

a) — O porco é de todos

Silêncio1 0 d e J u n h o

Mais uma data percorre os anais do tempo. Epopeia de glória no coração dos homens, no timbrar pátrio da terra Lusa.

Envolto no mundo da pobreza e lançado à campa da incompreensão, dorme o sono eterno, o Epico. Da sua última morada, ainda rompe a neblina de rimas harmoniosas, onde as gera­ções v i e r am a beber , saciando a sede do belo.

Ei-lo na saudade, bra­dando ao mundo a voz dos portugueses, nesse rosário de páginas sublimes que são os « L U S Í A D A S » . Olhai-o irto, «erguendo o braço às armas feito», como que desafiando a penumbra do dia, na sua imortalidade.

Paira no espaço o mur­múrio da saudade. Silêncio... Calai-vos acordes dos bos­ques, aves que sulcais o Céu, parai v os s o s vôos, àguas da ribeira em turbi­lhão serpenteando, cessai vosso clamor, óh ondas do mar, beijando a areia dou­rada, suspendei vossos afa­gos!

Silêncio... m o r r e u o pOETA, morreu CAMÕES!

Mais uma data percorre °s anais do tempo!

Nuno de Menezes

p e l o D r . R a m i r o F e r r ã o

os animais domésticos o que mais sujeito está a variadas moléstias e o que lhes paga muaior tributo.

b) — A infestação por pa­rasitas (lombrigas, ténias e triquinoses) é considerável e os seus malefícios além de se manifestarem nas rejei­ções no momento da ins­pecção são ainda mais impor­tantes porque roubam ao criador a possibilidade de obter dos seus animais o rendimento máximo encon­

trando animais definhados, de desenvolvimento lento, de fracas reposições.

c) — O número de animais mortos à nascença e até à desmama é maior na espécie suína do que nas restantes. Nos E. U. 25 por cento morre até às oito semanas de idade.

d) — O porco é um animal bastanta sensível ás condi­ções de calor ou frio intenso. Uma boa exploração não pode esquecer esta circuns­tância e pagá-la em termos de defesa contra aqueles factores.

e) — Finalmente o apare­lho digestivo do porco exige, que se lhe deem alimentos concentrados, isto é, pouco grosseiros. Ora estes pro­dutos são cax-os.

(Continua na página 7 )

Ha 348 an o s!...O MEALHEIRO

DE S. PEDROpelo Pr of. José Manuel Landeiro

No nosso livro «No Rolar dos Anos», referente às fes­tas da Confraria dos pesca­dores de Aldeia Galega, sob a invocação de S. Pedro, tivemos ocasião de historiar, ainda que em súmula, a his­tória destas festas.

Sabíamos que os dona­tivos para custear as des­pesas destas festas, eram arranjados pelos pescadores. Como e de que maneira é que não o dissemos, por o ignoramos. Chegou-nos há dias às mãos um documento de 1607 que, entre outros assuntos, nos veio a elucidar

(Conclui na página 7 )

O MEU CANUDON10 é do canudo de folha ,

onde se costuma guardar a carta de curso, que eu pre­tendo fa la r aos amáveis lei­tores d \ A Provincia». Esse ficou-me na oficina onde me encaixilharam 0 precioso pergaminho, escrito em latim, com 0 selo da Universidade do Porto a prender as fitas amarelas.

O canudo que eu venho apresentar é de vidro, f ino e lavrado, quase um palmo de altura e a superfície duma rodela de limão. Foi 0 meu

Pelo

D r . C a b r a l A d ã o

caro amigo Dr. R. que, ven­do-me beber por ele, a uma refeição para que 0 convidei, mo baptizou:

— E ia l Que valente ca­nudo I I I

Inimigo como eu sou de copos pequenos e de copos mal cheios, fo i aquele pre­cioso vaso que me veio satis­fazer, em pleno, 0 ideal de franqueza, em questão de vasilhame; e é de canudo em

punho, cheio de bom vinho de Algeruz, nítilo como um cristal, esperto como azougue, capitoso como uma garga­lhada, que eu venho clamar— P R E S E N T E I - ao Sr. A . M., que ri «O Século» de22 de Mato, escreveu « O Há­bito de não beber vinho».

Não sou de gente bem, nem de gente mal, antes pelo contrário, como usava dizer um conselheiro do meu conhe­cimento. Mas considero-me um português de responsabi-

(Conclui na página 7 )

S e n t i n e l a s d a C a s a L u s i t a n a

O Castelo do Sabugal, do rei D. D i n i z , nas margens do Côa, é original p e l a sua forma arqui­tectónica.

A ele se refere onossopovonesta sua quadra:

C a s t e l o das cinco quinas/Não no há em Portu­gal / S e n ã o ao ao cimo do Côa / Na vila do Sabu­gal!

D. Diniz man­dou c o n s t r u i r uma ponte e uma fonte, e se mais não fez foi porque não quiz!

Eu El Rei D. Diniz / Cas­telo, ponte e fonte fiz / E quem d i n h e i r o tiver/Fará 0 que quiser.

0 papel guerreiro desempe­nhado por esta fortaleza evi­

denciou-se na guerra da Res­tauração, e à sua volta anda 0 nome do poeta Guerreiro Gar­cia de Braz Mascarenhas, autor do «Viriato Trágico».

( I z é n i e ada (íapitaL

(Pelo Redactor R O L L I N D E M A C E D O Endereço p o sta l: Apartado 96 - Lisboa)

Grupo «Amigos de Lisboa»— Vai este Grupo realizar no próximo dia 10 um pas­seio no Tejo, com visita à Base Aérea n.° 6, no Monti­jo. Esta visita será dirigida por um dos snr. oficiais da respectiva guarnição. Dado que sou sócio fundador des­te Grupo e redactor deste jornal, farei a respectiva re­portagem no número seguin­te. Desde já registo aqui 0 facto, que muito deve agra­dar aos montijenses.

Rev i s t a de Imprensa — •Com 0 título «A invasão das saias», Fernando Quei­mada publicou no bi-sema- nário A Aurora do Lima um artigo 100% de aplaudir. A propósito da invasão da m ulher em todos os sectores de trabalho diz: «Vêmo-las, movimentando-se, garbosa­mente, nas repartições pú­blicas e escritórios, enquanto à mesa do café, no «bar» ou nas tertúlias, a rapaziada, saída do Liceu ou das Esco­las Comerciais, discute as proezas do Matateu...» e mais adiante: «Dar-se-á 0 caso da experiência ter de­monstrado que a mulher é superior ao homem no de­sempenho de cargos de se­cretaria? Não». Eu também sou da mesma opinião e tenho r a z õ e s , fortíssimas mesmo, para enfileirar na campanha contra a invasão das saias. E onde arranjar a mulher-lar? Eis 0 problema do homem sensato que pre­tende casar.

À pedra de Guimarães —

Segundo 0 «Diário Popular» na campanha que levantou contra a ideia do Vitória Sport Clube, de Guimarães, oferecer ao Ginásio Clube Português uma pedra do his­tórico castelo daquela cidade. E é de manter a discordância mesmo depois da carta do Ginásio Clube Português. Trata-se de um património nacional do mais sagrado e não queiramos, agora, com a cegueira do desporto andar para aí a escangalhar os monumentos. Por este andar, 0 «Benfica» ou 0 «Belenen­ses» lá iam à Batalha ou aos Jerónimos à pesca de algo histórico para dar bri­lhantismo aos seus actos. Assim, não.

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2 A PROVINCIA 9-6*955

M O N T I J O D I A A D I Ac/tfLi£CÍaitd& e eômeidamtô

O Relatório e Contasda Câmara Municipal de MonNjo

n o an o de 1 9 5 4

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O D E M I R A

f a r m á c ia s de Serviço

De 9 a 15 de Junho

(Continuação)

Jardins e a rbo riza ção

Falar de jardins é quase o mesmo que falar do Parque Municipal, pois o resto pouco representa.

Infelizmente, p o u c o se adiantou ne s t e sector, e quase se poderia respetir o que se disse no relatório anterior.

Na Verdade, a solução prevista num dos arranjos do anteplano de urbanização não obteve o acordo da Câ­mara e isso contrariou o projecto de há muito ideali­zado para a futura remode­lação do belo recinto.

Cremos que a solução terá de ser encontrada na próxima revisão do ante- -plano de urbanização, tanto mais que também já desapa­receu o óbice da localização do Palácio da Justiça.

Entretanto, foram enceta­das negociações com um arquitecto paisagista, para a elaboração dos estudos da almejada remodelação.

Posta a questão neste pé, não se justificam grandes despesas no actual Parque, pois corre-se o risco de inu­tilização.

Assim se compreende que tivesse baixado a despesa respectiva.

Cadeia

A Cadeia Comarca — uma das «obras notáveis» que um dia visionámos para pro­gresso da nossa terra e ga­rantia da manutenção da nossa comarca - vai tomando corpo, lenta mas segura­mente.

A Câmara, fiel à palavra dada ao ilustre Ministro da Justiça, cessante, continua a entregar pontualmente os quinhentos contos anuais.

No ano findo, porém, além dessa despesa, o Município adquiriu mais uma faixa de terreno julgada necessária, que importou em seis contos.

Figura igualmente na des- desa a verba de 131.150110 paga aos técnicos autores

do projecto, mas que foi concedida pelo Ministério da Justiça.

Propriamente nos serviços normais a despesa foi restrin­gida. Deu-se a substituição do carcereiro Joaquim dos Santos Frazão por António Alves da Cruz. -

Serviço de o[ilamenlos

No ano que findou, estes serviços continuaram insta­lados na mesma casa da Rua Tenente Valadim, nas condi­ções mais que precárias.

Porém, como já tivemos ocasião de referir no relatório anterior, pretendia-se apetre­char a oficina com o material indispensável ao desempenho cabal da sua missão, isto é; conseguir que todo o serviço seja executado pelo aferidor municipal e não por técnicos da Inspecção Geral dos Pro-

Dr. Jorge Antunes, 6 peças de pano para 40 camas,1.500$00 ; Reverendo Manuel Gonçalves dos Santos, Vários géneros, 300$00 ; Reverendo António Pólvora, (por seu intermédio), 500$00 ; Casã Victor, 20$00 ; Farmácia Ge­raldes, L.da, 100$00 ; Bar­reiras & Rodrigues, (25 litros de feijão), 75$00 ; I grej a E v a n g é l i c a de Mont i j o , 100$00 ; Manuel Gonçalves, (4 litros de leite), 10$00 ; D. Emília Farreu, (2 móveis de cozinha), 500$00 ; José Bap­tista Cardoso, (1 saco de favas), 20$0 0 ; António Ta­vares Rodrigues Júnior, (150 quilos de batatas), 200$00; Tecnarte, L.da, 1 lava-loiça no Valor de 800$0 0 ; José Salgado de Oliveira (500 tijolos burros e 1 saco de batatas); Joaquim da Fon­seca Júnior, (1500 tijolos) 414$0 0 ; Sacor, 200$00; Com­panhia Industrial de Portugal e Colónias, (30 quilos de massa), 180S00 ; Manuel Tei­xeira Morais, 30$0 0 ; Sr.

dutos Agrícolas e Industriais, que se fazem pagar de modo a sobrecarregar os contri­buintes.

Fiel a este princípio, foi gasta a i m p o r t â n c i a de11.165$60 com a aquisição de material, o que representa um passo decisivo para a desejada meta.

No momento em que escre­vemos, porém, o problema está já resolvido mas não queremos fazer-lhe referên­cia por a solução ser poste­rior a Dezembro de 1954.

Entrou em Vigor a nova postura sobre este serviços, devidamente aprovado pela Câmara, pelo Concelho Mu­nicipal e sancionada pela Inspecção Geral dos Produ­tos Agrícolas e Industriais.

(Continua)

Presidente da Câmara, (2 sacos com sal); Do sr. Go­vernador Civil de Setúbal, Dr. Miguel Bastos, à conta do val or para m ó v e i s , 10.000$00, assim como da Direcção Geral de Assis­tência, para obras, 15.000$00; Banco Espírito Santo e Co­mercial de Lisboa, 300$00 ; Francisco Luís Bal dr i c o, 50$00 ; José Feliciano Fer­reira, 50$0 0 ; Barco da União, (diversos transportes), 5$50 ; David Lopes , Estabeleci­mentos Ciba Lisboa (uma telefonia), 1 .500$00 ; Ano- nimo, 120$00.

A Direcção confessa-se encareci dament i e grata a todos os benfeitores desta Instituição, e em nome dos pobres rapazes que serão os homens de amanhã, agra­dece sinceramente reconhe­cida.

Montijo, 24 deMaio de 1955

O Presidente da DirecçãoFrancisco Pedro Farreu

Ensino Prim á rio flem entar

Inquérito sobre matrículasO Ministério da Educação

Nacional ordenou um inqué­rito às condições de matrí­cula no ensino primário em todo o país, a fim de saber não só o número de crianças que presentemente recebem ensino, mas ainda o número e a identidade das que não recebem ensino, apesar de abrangidas pela obrigatorie­dade escolar.

Este inquérito destina-se a tomar as necessárias pro­vidências para que todas as crianças portuguesas este­jam em condições de receber as técnicas elementares da cultura e ao menos uma instrução rudimentar.

A realização deste inqué­rito foi confiada não só aos agentes de ensino primário mas também as autoridades administrativas de quem se espera a melhor colabora­ção numa obra de tão largc e profundo alcance.

Mas não pode a população do país deixar de interes­sar-se por esta verdadeira cruzada contra o analfabe­tismo.

Os pais de maneira espe­cial não podem deixar de colaborar, prestando todos os esclarecimentos àcerca dos seus filhos. Nem mesmo se compreende que os pais revelem um interesse infe­rior aquele que o Estado vem revelando na ânsia de ministrar a todas as crianças portuguesas aquele mínimo de conhecimentos hoje con­siderados indispensáveis à vida.

O Estado conta com a boa vontade e a colaboração de todos numa obra que é de todos, porque é da Nação.

Não acusamos... Mas lamentamos...H á m e s e s j á q u e n a r u a d a A ldeia

V e lh a se a s s is te d iá r ia m e n te a um e s p e c tá c u lo , q u e n ã o só é d o loroso p a ra a s e n s ib i l id a d e d o s m o ra d o res d a q u e la a r t é r ia c o m o p e r ig o s o para a in t e g r id a d e f í s ic a d e ca d a um, em e s p e c ia l as c r ia n ç a s .

T r a t a - s e d e u m a in f e l iz m u lh er, c u ja s fa cu ld i d es m e n ta is e s tã o p ro ­fu n d a m e n te a b a la d a s , p ro v o ca n d o a ca d a m o m e n to c o n f l i t o s e dis­tú r b io s , b a te n d o em c r ia n ç a s ou m u lh e r e s n a su a in c o n s c iê n c ia de lo u c a .

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3 A PROVINCIA 9-6-955

N O T I C I A S D A S E M A N Aflinda a estrada da Atalaia

P a r t i d a s e c h e g a d a s_ D eve c h e g a r a m a n h ã , v in d o

da Alemanha o n o s s o a m ig o e d e ­dicado a s s in a n te s r . A n tó n io C a - m alhão, s ó c io da c o n c e itu a d a f ir m a m o n tije n s e T a m a r c a L d a , q u e àquele p a ís se d e s lo c o u em v ia g e m de n e g ó c io s .

A n i v e r s á r i o s

— D ia 9 , o n o sso b o m a m ig o e assin an te s r . J o s é R ib e ir o V in té m , ca teg o riz a d o e le m e n to d a « O r ­q u e s tra R ib a t e ja n a » .

— D ia 9 , o m e n in o J o s é Jo a q u im Pialgata V ic t o r , f i lh o d o n o s s o a ssin a n te s r . J o s é M a ria V ic t o r J . or.

Agradecimento— A C o m issã o A n g a r ia d o ra de

F u n d o s p a ra os B o m b e ir o s V o lu n ­tá r io s de M o n ti jo , to r n a p ú b lic o por n o s s o in te r m é d io o s e u p r o ­fundo a g r a d e c im e n to às g e n t is m en in as q u e f iz e r a m a c o lo c a ç ã o do c a p a c e te d u ra n te u m e n c o n t r o de fu te b o l n o C a m p o L u ís d ’ A l­m eid a F id a lg o . E s te a g r a d e c im e n to é e x te n s iv o ao p o v o d e M o n ti jo qu e tão p r o n ta e g e n e r o s a m e n te c o n tr ib u iu c o m os se u s d o n a tiv o s p ara os B o m b e ir o s .

0 Àfeneu P. de MontijoE AS FESTAS

Está a aproximar-se o dia 25, dia do início das grandes Festas P o p u l a r e s de S. Pedro, e é de toda a conve- niencia aprontar com ante­cedência os mais pequenos pormenores dos números do programa.

O Atedeu Popular de Montijo, colectividade que à causa da instrução e da cultura popular tem dado o melhor do seu esforço, anda empenhado mais uma vez em realizar nesta altura a sua Exposição de Trabalhos.

E’ pois urgente que todos aqueles que tencionam en­viar trabalhos pora este certame, se apressem, de contrário não poderão ser incluidos, pois que a orga­nização necessita ser cui ­dada e os dirigentes pre. cisam ter em seu poder elementos de trabalho.

Bordados à máquinaE c o r d o n e t t , e x e c u ta m -s e to d o s

°s tr a b a lh o s . C o r te G e o m é tr ic o e n s in a -s e . R . Jo a q u im d ’ A lm e id a - ■17 - M o n t i jo .

São constantes sobre a nossa banca de trabalho, as c a r t a s com reclamações acerca do estado deplorável am que se encontra a es­trada da Atalaia.

Escolhemos h o j e , para ilustrar esta crónica, um tre­cho de uma carta que 0 Sr. Latino dos Santos nos es­creveu : . a Direcção de Estradas do Distrito de S e­túbal, já começou novamente a tapar buracos com areia.! Este. Jacto constitui indigna­ção para quem é jorçado a transitar naquele troço de es­trada. Vão já decorridos al­guns anos e o sistema é tapar buracos com arei! .. .

Quanto custam estes tra­balhos?. . .»

Ora este jornal já disse no seu número 7, de 14 de Abril, em que situação se encontra 0 assunto, o qual parecia estar em vias de solução.

Vendas a pronto e com

: : pagamentos suaves * : •

frax.Se

Vende-se em Montijo na

R E P A L , L.DA

Certo é porém que, quasi dois meses volvidos nada se Vislumbra além de promessas e abaixo assinados, sendo 0 resto paisagem que positi­vamente não nos interessa.

Destas colunas solicitamos aos poderes públicos que possuem interferência na re­solução do problema, em nome da população do Mon­tijo e dos milhares de auto­mobilistas e camionistas que por necessidade têm que percorrer esta estrada que urgentemente se mande pro- deder à sua completa repa­ração.

Não podemos ficar indefi­nidamente à espera que «O Processo» que está em baixo passe para cima, ou que a burocracia empate meses e meses a resolução de um assunto, que, sem favor se pode considerar de interesse Nacional.

B I A S D A S I L V A A U G U S T O , F R A N C IS C O J O S E L O U R O D E S O U S A G A G O e A N T O N IO S A N ­T A N A F A R R I M , fo i c o n s t i tu íd a u m a so c ie d a d e c o m e r c ia l p o r c o ta s de r e s p o n s a b il id a d e L d a . q u e s e r á r e g id a p e la s c lá u s u la s e c o n d iç õ e s c o n s ta n te s d o s a r t ig o s s e g u i n t e s :

1 .° — A so c ie d a d e a d o p ta a d e n o ­m in a ç ã o « T O F A L - IN D U S T R IA D E T R A N S F O R M A Ç Ã O D E C O R - 1 I Ç A , L I M I T A D A » f ic a c o m a su a se d e n e s ta v ila .

2 . ° — A s u a d u ra ç ã o é p o r te m p o in d e te r m in a d o , c o n t a n d o -s e , p a ra to d o s o s e fe ito s , le g a is , o se u c o m e ç o , d e sd e h o je .

3 .° — O se u o b je c t o p r in c ip a l, é o e x e r c íc io d a in d ú s t r ia d a c o r t i ç a , p o d e n d o , p o r é m , e x p lo r a r q u a lq u e r o u tro r a m o d e n e g ó c io , e m q u e os só c io s a c o r d a r e m , d e sd e q u e s e ja p e r m it id o p o r le i.

4 .” — 0 c a p ita l s o c ia l é d e ce m m il e s c u d o s em d in h e ir o , to d o re a liz a d o e c o r r e s p o n d e à so m a de tr ê s c o ta s ; u m a d e q u a r e n ta m il e s c u d o s , s u b s c r i t a p e lo s ó c io T Q - B I A S ; u m a d e t r in t a m il e s c u d o s , s u b s c r it a p e lo s ó c io S O U S A G A G O ; e u m a d e t r in t a m il e sc u d o s , s u b s ­c r i t a p e lo s ó c io F A R R I M :

5 .° — N ão sã o e x ig ív e is p r e s ta ­çõ e s s u p le m e n ta r e s d e c a p ita l , m a s q u a lq u e r d o s s ó c io s p o d e rá fa z e r à C a ix a S o c ia l , o s s u p r im e n to s q u e e s ta c a r e c e r p a ra o b o m a n d a m e n to d o s n e g ó c io s , e n a s c o n d iç õ e s q u e fo r e m a p ro v a d a s e m A s s e m b le ia G e ra l, e c o n s ta r e m d a r e s p e c t iv a a c t a :

6 .° — A se s s ã o d e c o ta s , n o to d o ou em p a r te , a fa v o r d e e s t r a n h o s , f ic a d e p e n d e n te d o e x p r e s s o c o n ­s e n t im e n to d a so c ie d a d e , e d os s ó c io s , in d iv id u a lm e n te , q u e , n o c a so d e p r e fe r ir e m , p a g a r ã o a c o ta a l ie n a n d a , s e g u n d o o b a la n ç o a q u e se p r o c e d e r á , p ara ta l f im . O p r e ç o d a c o ta s e r á p a g o , em q u a t r o p r e s ta ç õ e s , se n d o a p r im e ir a , n o a c to d a e s c r i t u r a , e as t r e s r e s t a n ­te s , r e s p e c t iv a m e n t e , a t r e s , se is e d o z e m e s e s , t itu la d a s p o r le t r a s .

7 .° — O s ó c io q u e q u is e r a l ie n a r a su a c o ta , a s s im , o c o m u n ic a r á , à s o c ie d a d e , e a o s r e s ta n te s s ó c io s , p o r c a r ta r e g is ta d a , c o m a v is o d e r e c e p ç ã o , in d ic a n d o o n o m e do a d q u ir e n te , e , se d e n tr o do p ra z o de t r in t a d ia s , n ã o r e c e b e r q u a lq u e r r e s p o s ta , p o d e r á r e a l iz a r l iv r e ­m e n t e , a in t l ic a d a a l ie n a ç ã o .

8 .° — A s o c ie d a d e s e r á r e p r e s e n ­ta d a , e m ju iz o e fo r a d e le , a c t iv a e

B AILt S P O P ULA R KBanda Democrática

2 de JaneiroComeçam no próximo do­

mingo 12, os tradicionais bailes ao ar livre na espla­nada desta colectividade.

Para início da época es­colheu a Comissão a explen- dida orquestra de Lisboa «Odeom esperando poder manter pelo verão adiante a apresentação de bons con­juntos musicais de forma a manter o brilhantismo e in­teresse dos anos anteriores.

OrfanatoTambém na esplanada do

Orfanato Dr. César Ventura, começam no próximo do­mingo 12 os bailes populares, organizados pelo Orfanato em colaboração com 0 conhe­cido e apreciado conjunto musical «Os Reis da Ale. gria».

p a s s iv a m e n te , p o r to d o s o s s ó c io s , os q u a is f ic a m n o m e a d o s g e r e n te s , c o m d is p e n s a d e c a u ç ã o , e c o m ou sem r e t r ib u iç ã o , c o n f o r m e fo r r e - so lv id o e m A s s e m b le ia G e r a l e c o n s t a r d a r e s p e c t iv a a c ta ;

§ I . ° — P a r a q u e a so c ie d a d e se c o n s id e r e o b r ig a d a , sã o n e c e s s á r ia s as a s s in a tu r a s , e m c o n ju n t o , de d o is d o s g e r e n te s .

§ 2 .° — E m a c to s d e m e r o e x p e ­d ie n te , b a s ta r á , c o n tu d o , a a s s in a ­tu ra d e u m só d o s g e r e n te s .

§ 3 .° — N ão p o d e a s o c ie d a d e s e r o b r ig a d a e m le t r a s d e fa v o r , f ia n ­ç a s , a v a le s , a b o n a ç õ e s o u o u tr o s a c to s e d o c u m e n to s , e s t r a n h o s aos n e g ó c io s s o c ia is .

9 .° — O s b a la n ç o s d a r -s e - ã o , co m r e fe r ê n c ia a t r in ta e u m d e D e z e m ­b r o d e c a d a a n o , e d o s lu c r o s l í - q u íd o s a p u ra d o s , d e p o is d e d e d u ­z id o s c in c o p o r c e n to p a ra fu n d o d e r e s e r v a le g a l , s e r ã o d iv id id o s p e lo s s ó c io s , n a p ro p o r ç ã o d as su as c o ta s ; N a m e s m a p r o p o r ç ã o s e r ã o s u p o r ta d a s a s p e r d a s .

1 0 .° — N o c a s o d e m o r te o u in t e r ­d iç ã o d e q u a lq u e r d o s s ó c io s , os se u s h e r d e ir o s o u r e p r e s e n t a n t e s , c o n t in u a r ã o n a S o c ie d a d e , c o n s e r - v a n d o -s e a r e s p e c t iv a c o ta in d iv is a , e , d e v e n d o n o m e a r , d e n tr o e le s , u m q u e a to d o s r e p r e s e n t e n a s o c ie ­d ad e , se m o q u e n ã o te r ã o n e la q u a lq u e r in g e r ê n c ia .

1 1 .° — E m to d o o o m is s o r e g u ­la r ã o a s d is p o s iç õ e s le g a is a p l ic á ­v e is .

M o n t i jo , 5 d e J u n h o d e 1 9 5 5 .

O A ju d a n te d o C a r tó r io

M aria Cipriano R odrlg. Futre

Dinheiro a longo p ra zo

Empresta-se sob hipoteca de 40 a 2.000 contos. Ope­rações rápidas. I n f o r m a Sousa Gago. R. José Joa­quim Marques, 44— Montijo.

Correspondência com ercialPortuguês-Francês. Curso

intensivo.Lições individuais ou em grupo. R. José Joa­quim Marques, 44 — Mon­tijo.

Grémio do Comérciodos concelhos de

Montijo e AlcocheteNa passada quarta-feira,

dia 1 do corrente, tomaram posse nesta vila, os corpos gerentes do Grémio do Co­mércio dos Concelhos de Montijo e Alcochete, cuja gerência foi eleita para o triénio 1955-57.

E’ a seguinte a constituição desses corpos gerentes:

Mesa da Assembleia Geral— Presidente, Abe l Justi­niano Ventura; 1.° Secre­tário, Jorge de Sousa Se­queira ; 2.° Secretário, Diogo Martins Ianez.

Direcção —- Presi dent e, Fernando Ferreira; Secre­tário, David Sanchez Al- varez; Tesoureiro, Emídio Ribeiro Henriques.

Ao entrar no exercício das suas funções, quiz muito amàvelmente, a nova Di­recção deste Grémio, diri­gir-nos as suas saudações em cativante ofício que pe- nhoradamente agradecemos; por nossa parte desejamos sinceramente as maiores ven­turas e prosperidades para este Grémio e seus asso­ciados e bem assim para os seus novos dirigentes, con­ceituados e probos comer­ciantes da nossa praça.

EspectáculosC a r t a z d a S e m a n a

C IN E P O P U L A R

5 .a- fe ir a , 9 : «O A m e r ic a n o » e «O P a lá c io d o P e r d iç ã o » .

S á b a d o , 1 1 : «N as G a r r a s d o V íc io » co m c o m p le m e n to s .

D o m in g o , 1 2 : « M o u lin R o u g e » .2 .a- f e ir a , 1 3 : "A T o r t u r a d e um

P a i» .

C IN E M A 1 .° D l£ D E Z E M B R O

S á b a d o , 1 1 : « C a m é l i a » c o m M a ria F é l i x e J o r g e M is tr a l (p a r a 18 a n o s ).

D o m in g o , 12 e 2 .a- f e ir a , 13 : «A L a n ç a Q u e b r a d a » E m C in e m a S c o p e (p a r a 13 a n o s ).

4 .a- f e i r a , 1 5 : «O S e g r e d o d o s 4» c o m « G iu h ia n o o B a n d id o da S ic i l ia » (p a r a 18 a n o s» .

C IN E T E A T R O S Ã O JO Ã O P a lm e ia

5 .a- f e ir a , 9 : M a tin é e às 1 5 ,3 0 h . S o ir é e à s 2 1 ,4 5 h . «O M u n d o c d os S á b io s » e « Z o n a L iv r e » .

6 .a- f e ir a 1 0 : S o ir é e à s 2 1 ,4 5 h . « J iv a r o » ( n e s t e p r o g r a m a s e rá a p r e s e n ta d a a c é le b r e o b r a s in fó ­n ic a « T a n h a u s e r » p e la g r a n d e Orquestra Sinfón ica de F ila ­délfia».

D o m in g o , 1 2 : C in e m a e B a i le .

Nova iluminaçãoE’ com satisfação que ve­

rificamos estarem a ser substituidas algumas lam- padas dos candeeiros da Praça da República, rua Al­mirante Reis e rua José Joa­quim Marques, por outras florescentes, que dão muito maior e melhor luminosidade. Julgamos tratar-se de uma experiência, que oxalá re­sulte em sistema definitivo, pois que há muito se faz sentir a necessidade de uma melhor e mais eficiente ilu­minação nas ruas da nossa Vila.

Praça Gomei fre ire de findrade, 22Te le fo n e 0 2 6 37 8

S Á N F E R , 1L» D A

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1 9 5 5 , la v r a d a a fls . 32 e s e g u in te s d o r e s p e c t iv o l iv r o n .° 2 B — d e s te c a r tó r io , e n tr e F R A N C IS C O 1 '0 -

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4 A PROVINCIA 9-6-955

B / t/ B á f) Ê / B / / O £ MI I I I Í Í U ^ I / L L O - 3 1 1 1

Saibamos ser humildes, como humildes nós nascemos.

Nos panoramas paisagísticos da Natureza está um caminho aberto^para compreensão das coisas divinas.

Nos homens e nas mulheres, há sentimentos adormecidos que serviriam para construir um Munio maior e melhor, necessário se torna que todos nós despertemos, e demos as mãos como irmãos que somos, uns dos outros.

Na meditação está o melhor livro da sabedoria humana.

Crer sem ver, só pela Fé, ver e não crer, ne m da razão o é.

Queimamos a vida em utopias, mas se trabalharmos, gozamos melhor nossos dias,

Am ar o semelhante, não é uma obrigação, nem um dever, é apenas um gesto natural das almas bem formadas, sem egoismos nem ódios.

O pensar é toda a nossa concentração^ em actividade mental, numa análise de incidente ou acidente, a nós ou a outrem.

Os homens encontraram até hoje a razão de existir de muitas coisas entretanto nunca desvendarão, a sua própria razão de nascer e viver.

A ambição è mais nefasta que estimulante, sem ela não existia o sucesso progressivo, ela existindo, chamam ao insucesso a Lei gravitante dos corpos mortos.

A Primavera colorida enche os campos de canções, assim é a Mocidade em continuas ilusões.

Broa honrada em dura tez, vale mais que ouro de Marquez.

L i s b o a , A b r i l d e 1 9 5 4

Mínda Pires

Set fu%elaAo António Gonçalves Dias

Ser poeta E ’ ter a mão aberta em despedida. E ’ ser a própria vida, E, acima de tudo, não ser n ad a .. .

Ser poeta E ’ ser humano e verdadeiro, E ’ ter a mão fechada E dá-la aberta ao Mundo in te ir o ! . . .

( V i d a s e x í e u L p l a i e j

F l o r e n c e N i g h t i n g a l eC Â

Mesão Frio Pinto da Costa

H á s e r e s , q u e n a s u a b r e v e o u l o n g a p a s s a g e m p e l a T e r r a , r e a l i z a m t a i s p r o d í g i o s , q u e n u n c a é d e m a i s r e l e m b r a r a s s u a s v i d a s m a g n í f i c a s .

V i d a s q u e s e p r o j e c t a t n p e l o s a n o s f o r a , e n c o r a j a n d o - n o s a a c t o s s u b l i m e s , i n s p i r a d o s n e s ­s a s c r i a t u r a s , s e m d u v i d a d o ­t a d a s d i v i n a m e n t e .

H á o s q u e s a c r i f i c a r a m o b e m e s t a r , o c o n f o r t o d u m a v i d a l u x u o s a , e m p r o l d u m i d e a l , e s e m j a m a i s s e a f a s t a r e m d e s s a l i n h a d e c o n d u t a , r e a l i s a r a m m a r a v i l h o s a s e p o p e i a s .

O u t r o s h á q u e , t o c a d o s p o r i n s p i r a ç ã o i n v u l g a r c o m p o - s e r a m o b r a s p r i m a s q u e t ê m s i d o o d e l e i t e d e g e r a ç õ e s e g e r a ç õ e s , q u e s e c u r v a m a n t e e s s a s o b r a r g e n i a i s .

D o s p r i m e i r o s , s a l i e n t a r e m o s e n t r e t a n t o s , a q u e l e s q u e d e i ­x a r a m m a r c a i n d e l é v e l n o s a ­c e r d ó c i o a q u e s e d e v o t a r a m m u i t o e m b o r a t e n h a m h a v i d o m u i t o s m a i s q u e , o b s c u r o s , m o d e s t o s , s e m a q u e l a a u r a d e f a m a i n d i s p e n s á v e l , p r a t i c a ­r a m i m e n s o s a c t o s d e a b n e ­g a ç ã o .

A g r a n d e F l o r e n c e N i g h t i n - g a l e , l i n d í s s i m a s e n h o r a i n ­g l e s a , d e f a m í l i a s n o b r e s d i s ­t i n t a s e r i c a s , d o t a d a d e p r i ­m o r e s d e e s p í r i t o i n v u l g a r e s , d e i x o u b o q u i a b e r t a e v e x a d a a a l t a s o c i e d a d e l o n d r i n a , q u a n d o a n u n c i o u a s u a r e s o ­l u ç ã o d e a b r a ç a r a c a r r e i r a d e e n f e r m a g e m .

A f i l h a d e u m a d a s m a i s r i ­c a s f a m í l i a s i n g l e s a s , d e d i c a r - - s e a u m a d a s m a i s b a i x a s p r o ­f i s s õ e s , s e n ã o a m a i s b a i x a q u e e x i s t i a a o t e m p o .

U m a p r o f i s s ã o q u e s ò e r a d e s e m p e n h a d a n a m a i o r i a p o r

, p r o í . t i t u t a s é b r i a s , q u e a p r e ­f e r i a m à i m i n e n t e p r i s ã o .

E ’ d e c a l c u l a r q u a n t a s t e ­r i a m s i d o a s d i f i c u l d a d e s q u é e s t a c o r a j o s a m u l h e r t e v e d e e n f r e n t a r , n a é p o c a v i t o r i a n a , i s t o p o r v o l t a d e 1 8 6 0 .

A p ó s t e r f r e q u e n t a d o u m a e s c o l a d e e n f e r m a g e m e m P a ­r i s , f u n d o u e m L o n d r e s , u m h o s p i t a l p a r a s e n h o r a s .

A l i d e m o n s t r o u a q u a n t o s d u v i d a v a m d e l a , q u e t i n h a n a s c i d o p a r a a e f e r m a g e m .

M e t e u o m b r o s a u m a t a r e f a h e r c ú l e a , e d e l a s a i u v i t o r i o s a .

E s p a n t o u o s m a i s c é p t i c o s , q u e v i a m n e l a a p e n a s u m a e s t r a n h a c r i a t u r a c o m i d e i a s e x t r a v a g a n t e s .

A o m e s m o t e m p o q u e c u r a v a f e r i d a s , e s f r e g a v a o s s o a l h o s , s e m r e c e i o d e e s t r a g a r a s s u a s a r i s t o c r á t i c a s m ã o s , e s a b i a , c o m o n i n g u é m f a z e r v o l t a r a s e s p e r a n ç a s , a o m a i s d e s i l u ­d id o d o s d o e n t e s .

D a s u a l i n d a b o q u i n h a , a l i n g u a d e s f e r i a g o l p e s v i b r a n ­t e s , e m r e s p o s t a a s c r í t i c a s d o s s e u s d e l a t o r e s m a s c u l i n o s .

P o r e s s a a l t u r a , e s t a v a m c h e g a n d o é c a p i t a l b r i t â n i c a , h o r r í v e i s i n f o r m a ç õ e s , à c e r c a d o p é s s i m o e s t a d o d o s h o s p i ­t a i s d e g u e r r a n a C r i m e i a .

O p ú b l i c o c l a m o u p o r u m a s o l u ç ã o , e q u e m , s e n ã o M i s s N i g h t i n g a l e t e r i a c o m p e t ê n c i a e c o r a g e m s u f i c i e n t e s , p a r a s o l u c i o n a r a q u e l e c á o s d e m i ­s é r i a e m o r t e , o n d e o s s o l d a ­d o s t r a t a d o s c o m o q u a l q u e r m á q u i n a d e g u e r r a a v a r i a d a , a p o d r e c i a m a o s m o n t õ e s , n a s e n f e r m a r i a s , i m u n d a s , t i r i t a n ­d o d e f r i o , i n s u f i c i e n t e m e n t e a l i m e n t a d o s , m i n a d o s d e p a ­rasitas.

R e c r u t o u t r i n t a e o i t o e n f e r ­m e i r a s e p a r a l á s e d i r i g i u .

A v i a g e m a g i t a d a , a t i n g i d a p o r u m f u r a c ã o n o M e d i t e r r â ­n e o , e a d i r a c ç ã o d a s e n f e r ­m e i r a s d e s o b e d i e n t e s , p r o s t a - r a m - n a .

A ’ s u a c h e g a d a 08 s o l d a d o s d i s p u t a r a m e n t r e s i , a h o n r a d e t r a n s p o r t a r - l h e a m a c a .

D e p r e s s a s e r e c o m p ô s e s s a e x t r a o r d i n á r i a m u l h e r , e , d i s ­p o s t a a c u m p r i r a t a r e f a q u e s l i a l e v a r a , l o g o d e i n í c i o e s ­b a r r o u n a t e i m o s i a d o s e n c a r ­r e g a d o s d o h o s p i t a l , q u e n ã o s u p o r t a v a m a i n t e r f e r ê n c i a d e ti :n a m u l h e r a e m b a r a ç a r a s u a e f i c i ê n c i a .

E f i c i ê n c i a , e f i c i ê n c i a c h a m a ­v a m e l e s a t u d o a q u i l o q u e M i s s N i g h t i n g a l e d i v i s o u , m a l p e n e t r o u n o h o s p i t a l . Q u e b l a s ­f é m i a I

P l a n e o u g r a n d e s r e f o r m a s s a n i t á r i a s q u e i m e d i a t a m e n t e e x e c u t o u , j u n t a m e n t e c o m a s e n f e r m e i r a s s o b a s s u a s o r ­d e n s .

D o c h ã o à s p a r e d e s , t u d o f o i e s f r e g a d o e l i m p o . M i n i s t r o u a o s d o e n t e s d o s e s d e a l i m e n ­t o s v i t a m i n a d o s , p a s s o u a s u ­p e r i n t e n d e r n o d e s e m b a r q u e d o s f o r n e c i m e n t o s d e m a t e r i a l , j á q u e o s e n c a r r e g a d o s m a l b a ­r a t a v a m t e m p o p r e c i o s o , e m c o m p l i c a ç õ e s r o t i n e i r a s .

N à o t o r n a r a m a s u c e d e r e p i ­s ó d i o s c o m o e s t e : d e s e m b a r ­c a d a s v i n t e e s e t e m i l c a m i s a s , a s s i m s e m a n t i v e r a m , e n f a r ­d a d a s , d u r a n t e t r ê s s e m a n a s , m u i t ó e m b o r a M i s s N i g h t i n g a l e s u p l i c a s s e q u e a s d i s t r i b u í s ­s e m p e l o s d o e n t e s , q u e t i r i t a ­v a m n a s u a n u d e z .

Q u e o b r a g r a n d i o s a r e a l i z o u e s t a m u l h e r s o b a i n s p i r a ç ã o d i v i n a , q u e l h e i n d i c o u u m c a m i n h o c e r t o .

D e v o l t a a L o n d r e s , j á c o m a s a u d e a r r u i n a d a , m e s m o a s s i m , c o n t i n u o u a t r a b a l h a r i n c e s s a n t e m e n t e , d e v o t a d a d e c o r p o e a l m a à o b r a q u e i d e a - l i s a r a , e p e l a q u a l c o m b a t e r i a a t é a o f i m d o s s e u s d i a s .

E a s s i m f e z , a p e s a r d e p a r a ­l í t i c a e c e g a , d i t a v a a i n d a c e n ­t e n a s d e c a r t a s , c r i t i c a n d o , a c o n s e l h a n d o , e n s i n a n d o .

D e t o d o e s t e i n s a n o t r a b a l h o , r e s e n t i u - s e o o r g a n i s m o d e b i ­l i t a d o , e e m 191 0 c o m n o v e n t a a n o s , m o r r e u n a s u a c a s a d e L o n d r e s , a b e n ç o a d a p e l o p o v o q u e a a d o r a v a .

E p o p e i a g r a n d i o s a , r e a l i z a d a p o r u m a m u l h e r .

U m a v i d a a s s i m , v a l e a p e n a s e r v i v i d a , a d e s p e i t o d a s v i ­c i s s i t u d e s q u e l h e a m a r g u r a ­r a m a e x i s t ê n c i a .

Mário Martins

«A Provincia»ASSIN A TU R A S

Pagam ento ad ian tado10 n ú m ero s— 9S90 20 núm eros — 20S00 52 núm eros — 50S00 (um ano) P r o v ín c ia s U ltr a m a r in a s e E s t r a n ­g e ir o a c r e s c e o p o r te d e c o r r e io

P N E U S

M À B O RAgência oficial:

Viuva & filhos de Román Sanchez

semana k u f ê i i e a

C o o r d e n a ç ã o d e

fr e i Agostinho de Penamacor

JUNHODia 9 — 1854— Nasce Al.

fredo Keii, notável pintor e músico, autor do Hino Na­cional.

Dia 10 — 1580 — Morre em Lisboa, Luís de Camões.

Dia ix — 1557 — Morre D. João III.

Dia 12 — 1850 — Nasce na Ilha de S. Miguel, 0 explo­rador Roberto Ivens.

Dia 13 — 1233 — Morreu Santo António.

Dia 14 - 1491 — Transfe­rência da Corte de D. João II para Santarém.

Dia 15 — 1875— Morre na capital António Feliciano Castilho.

NAZÁRÉ(Continuação)

Nazaré, é por conseguinte um importante ponto de Turismo na costa portu­guesa.

Nesta praia, o banhista nunca se pode aborrecer,— embora exista apenas um ou dois divertimentos — ainda que o Sol desapareça e os temporais inundem os paredões da praia.

O própria mar, com as marés, devia proporcionar diversões sempre inéditas, embora a administração da praia, que tem sido muito prestante, se esforce por distrair o mais possível os seus hospedes. Assim, os acordes e o ritmo das or­questras de dança, convi­dam os banhistas a fre­quentar os locais elegantes, e os ritmos prolongam-se até ao areal onde se mis­turam depois com o mur­múrio perpétuo da m ar...

A ’ tarde, sentados nas esplanadas da praça ou na esplanada do paredão, apre­ciamos as «toiletes» das senhoras, estudamos a psi­cologia do nazareno, e 0 movimento não é menor, nem menos elegante do que na esplanada de q u a l q u e r outra praia de renome inter­nacional.

Quando os dias de calor chegam à vila da N a z a r é vestem-se de claro, homens em ulheres de roupas leves, pelas ruas empedradas, ba­nhadas de sol. Sem dúvida, a praia ocupa um g r a n d e lugar na vida moderna, E só no nosso século é que elas têm a celebridade mun­dial de que, antes, as fontes térmicas ou minerais dis- frutavam.

Luís Bonifácio(Continua)

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9-6*955 A PROVINCIA 5

As comemoracões do 28 de M aio em Canha

5.° — O momento culminante — quando o Sr. Governador Civil estabeleceu a ligação da luz eléctrica.

6.° — O Sr. Governador Civil acompanhado do Sr. Director Escolar de Setúbal, Presidente da Câmara Municipal de Montijo e mais convi­dados dirige-se para a Casa do Povo, onde vai ter início a sessão solene.

Electrificação da vila

Inauguração de edifícios para o Posto de Maíança

e CanHna Escolar

(Reporfagem fotográfica)

1.° — O Posto de Matança.

2.° — A Cantina Escolar

3.° -- Os primeiros cumprimentos a S. Ex.a o Sr. Governador Civil — no local onde começa Concelho de Montijo.

4.° - Na estrada de Taipadas centenas de ciclistas saudaram o Sr. Dr. Miguel Bastos.

As ligações fluviais do Norte com o Sul do TejoCarreira de Ferry-Boals

Porque se trata de um tra­balho valioso e do mais alto interesse para a nossa região, a que *A Provincia» tem dado todo o aòoio e auxiliado na propaganda, com a devida vénia transcrevemos do B o­letim de Junho da Casa do Ribatejo a m em ória descritiva e projecto da car­reira de Ferry-Boats entre Xabregas e o Espigão do Montijo, da autoria do sr. Engenheiro António Belo.

São muito deficientes os meios de transporte princi­palmente de veículos entre as duas margens do Tejo, o que afecta gravemente as comunicações de Lisboa com as regiões do Sul do País.

A grande largura do Tejo 6m frente a Lisboa, aliada a sua grande profundidade dificultam consideravelmente & construção de pontes ou tuneis para ligação das duas margens.

0 elevadíssimo custo de qualquer destas obras em relação às suas possibili­dades económicas, impedirá ainda por largo período a sua realização.

Carreiras de ferry-boats, apidas e frequentes, cons-

utuem no momento actual

a solução do problema de transportes de Veículos entre Lisboa e o Sul do País.

A carreira de ferry-boats da Parceria dos Vapores Lisbonenses entie Lisboa e Cacilhas, apesar das suces­sivas melhorias introduzidas nos seus serviços, está longe de corresponder às necessi- dodes actuais, quer pela sua limitada capacidade de trans­porte, manifestamente em certas horas ao dia, quer pela falta de abrigo das es­tações de embarque, expos­tas à acção nociva da ondu­lação das fortes correntes do rio, sobretudo a de Ca­cilhas, dificultando as ope­rações de acostagem e che­gando, em ocasião de mau tempo, a dar lugar à inter­rupção das comunicações.

O sistema de embarque lateral dos Veículos, adoptado nos seus Vapores, exigindo demoradas o p e r a ç õ e s de arrumação, tanto à entrada como à saída, somando-se ao tempo gasto com as tra­vessias, bem como a falta de

resistência das pontes e dos próprios barcos, que não permitem o transporte de Veículos pesados, como ci­lindros compressores de es­tradas, certas máquinas in­dustriais, grandes camions, mais ag r a v a m os males apontados.

E s s a s deficiências são ainda agravadas pelo enorme c u s t o dos transportes de Veículos, quer de passagei­ros, quer de carga (estes principalmente) o que res­tringe consideravelmente as possibilidades de comunica­ção entre as duas regiões separadas pelo Tejo, cons­tituindo, por um lado, obstá­culo à natural expansão da Capital para a margem Sul do Tejo, e por outro à valo­rização das regiões do sul do País, pela impossibilidade de enviarem os seus produ­tos em condições económi­cas aos mercados da Capital. Com tais deficiências, o ser­viço de ferry-boats entre Lisboa e Cacilhas está longe de constituir uma solução

aceitável do problema dos transportes entre as duas margens do Tejo.

Importa melhorar este es­tado de coisas com insta­lação de novos serviços de ferry-boats, em locais que permitam utilizar percursos mais curtos para o Sul do País, estabelecidos com ca­racterísticas técnicas ten­dentes a reduzir a duração das travessias do rio, au­mentar a sua frequência e assegurar a sua regularidade.

Prevê-se, para atingir este desideratum o estabeleci­mento de uma nova carreira de ferry-boatsentreXabregas e o espigão de Montijo, sen­sivelmente no local indicado por Miguel Pais para a cons­trução da ponte para tra­vessia do Tejo, o qual pro­porciona às ligações com o centro e sul do País impor­tantíssimas Vantagens.

Com efeito, ela permite ao trânsito com destino a Setú­bal e regiões do Sul do País a utilização das estradas do Montijo a Pegões e Montijo

— P o c e i r ã o — Aguas de Moura, em substituição da de Cacilhas a Setúbal, mais extensa, perigosa e inconve­niente da travessia de Setú* bal.

Para bem se ajuizar das enormes vantagens desta solução julgamos interes­sante comparar as extensões dos diversos percursos nos trajectos por Cacilhas e Mon­tijo. Assim temos:

a) Comunicações com o Alentejo. As distâncias entre Lisboa e Pegões ponto onde os dois trajectos se encon­tram são as seguintes:

1.° — Por Cacilhas

Lisboa — Cacilhas (tra­vessia) 2 km. Cacilhas — Setúbal, 43 km. Setúbal — Pegões, 55 km. Total 80 km.

2.° — Pelo Montijo

Lisboa — Es p. Montijo (trav.) 5,5 km. Espigão do Montijo — Vila 7,5 km. Mon­tijo — Pegões, 33 km. Total46 km.

Diferença eutre os dois percursos: 80-46 = 34 Kiló- metros.

( Continua no próximo número)

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A PROVINCIA 9-6-955

Ql&Ueiíu& (R&fyi&tialPinhal NovoE S T R A D A N A C IO N A L 2 5 2 -

In s p ir a d o n a d iv u lg a ç ã o de u m a p ro s a s e n s a ta e p s ic o ló g ic a , sem in f lu ê n c ia s d e e s p é c ie a lg u m a q u e n ã o s e ja o b e m e s ta r d a C o m u n i­d ad e e a d e fe s a d o s in t e r e s s e s de P in h a l N o v o , d e n tro do m á x im o re s p e ito p a ra c o m a s e n tid a d e s q u e s u p e r ie n te n d e n o s v á r io s a s ­s u n to s .

N o n .° 10 d e s te s e m a n á r io , d i r i ­g im o -n o s a S . E x .a S r . P r e s id e n t e c'a J u n t a A u to n o m o d e E s tr a d a s , ir is a n d o b e m q u e os b u r a c o s ta ­p ad o s d o tr o ç o d e e s tr a d a — 2 5 2 , q u iló m e tr o 6 ,7 0 0 a 1 3 ,6 0 0 , n ã o e r a a s o lu ç ã o d e s e ja d a , n e m p r o v e i­to s a , m a s s im u m a g r a n d e r e p a r a ­çã o .

C h e g a -n o s a té n ó s a in fo r m a ç ã o d e q u e fo i d a d a o rd e m p a ra s u s ­p e n d e r o s t r a b a l h o s d e ta p a r b u r a c o s .

A f ig u r a - s e -n o s q u e o s n o s s o s c la m o r e s fo r a m a te n d id o s , tu d o in d ic a n d o q u e a g r a n d e r e p a r a ­çã o s e rá u m f a c to , em v ir tu d e do e s ta d o e m q u e s e e n c o n t r a a e s ­tra d a em r e fe r ê n c ia .

O s n a tu r a is p a ra s a ire m ou e n ­tr a re m p e la p a r te S u l da lo c a lid a d e , têm q u e s u p o r ta r o c a s t ig o , q u ei e p r e s e n ta u t i l iz a r a q u e le t r o ç o de e s tra d a , in t e i r a m e n te im p o s s ív e l d e se t r a n s i t a r .

C o n tin u a m o s a p e d ir a q u e m de d ir e ito . — C .

fundãoP R E V I A E X P L I C A Ç Ã O — Ao

c o m e ç a r m o s e s ta c o r r e s p o n d ê n c ia n a s c o lu n a s d e «A P r o v ín c ia » , (d a­d o q u e o n o s s o a n te c e s s o r se te v e q u e a u s e n ta r p o r m o tiv o s d e o r ­dem p r o f is s io n a l) , c u m p r e -n o s e s ­ta b e le c e r d e sd e j á p e r a n te v ó s , c o n fr a d e s e le i to r e s , as d ir e c tr iz e s d e is e n ç ã o e in d e p e n d ê n c ia q u e sã o a p a n á g io e p a rte in t e g r a n t e d o s n o s s o s p r in c íp io s . N ão n o s m o v e r ã o p o r ta n to , os m o tiv o s d e o rd e m m e r a m e n te p e s s o a l, a ss im c o m o a s n o t íc ia s d e fa c to s p u ra ­m e n te c o r r iq u e ir o s , te n d o em v is ta q u e a a te n ç ã o n u n c a s e r á p o r d e ­m a is e n c a r e c id a fo c a n d o a c o n te ­c im e n t o s e e v o lu ç õ e s d e s ta in c o n - te s tá v e lm e n te p r o g r e s s i v a e a c o lh e d o r a v i la . P o r is to , e p o rq u e n ã o n o s m o v e m s o b s e r v iê n c ia s n e m in im iz a d e s , s e g u ir e m o s sem r e c e io p o r e s te c a m in h o a in d a q u e o m e sm o e s t e ja « m in a d o » p ela in c o m p r e e n s ã o , q u a n d o e s t a é a p a n á g io d a e s t u l t íc ia .

B A IL A D O S D E M A R G A R ID A D E A B R E U — A D e le g a ç ã o do P r ó - A r te n a C o v ilh ã , le v o u a e fe ito n o T e a t r o - C in e d a q u e la c id a d e , u m e s p e c tá d u lo d e B a l le t do C ír c u lo d e In ic ia ç ã o C o r e g r á - f ic a s o b a o r ie n ta ç ã o da D . M a r­g a r id a d e A b re u .

L o n g e d e n ó s o a tr e v im e n to de c r i t i c a r m o s u m a a r te q u e n ão c o n h e c e m o s . E n ã o é p a ra is s o q u e n o s r e fe r im o s à r e p r e s e n ta ç ã o , sa b id o q u e p a ra fa la r d e a r t e é n e c e s s á r io « d o m in á -la » p e la in t e ­l ig ê n c ia e p e la e m o ç ã o , p e lo s c o n h e c im e n t o s té c n ic o s e f i lo s ó ­f ic o s . J u l g a r sem fu n d a m e n to é p r e te n c io s is m o d e s c a b id o e d aí o n o sso r e la t iv o in d ife r e n t is m o p e ­ra n te o s a r a b e s c o s s in u o s o s e r o m â n t i c o s de « P a p il lo n s » d e S c h u m a m , e m b o ra e n c o n tr e m o s n o fu n d o a n o s s a im p re s s ã o de e s p e c ­ta d o r . P r a o u tro ta n to n ã o s e d eu co m o u t r a p a r te d o p r o g r a m a :< a b I n i t io » d e C h o p in e m b o r a e s te e a q u e la c o m c o r o g r a f ia de M a r­g a r id a d e A b r e u . U m q u a d ro fe é r ic o e d e s o b r ia e m o tiv id a d e , q u e n o s a g r a d o u p le n a m e n te . N ão n o s e s q u e c e m o s p o r é m , q u e o e s p e c tá c u lo fo i n a C o v ilh ã o e q u e se a lg o o p o d e r e la c io n a r c o m e s ­ta s c o lu n a s , ta lv e z o fu n d a m e n to do n o s s o r e g o z i jo p e la m a r c h a c r e s c e n te d a s o b ra s d o n o v o C in e - - T e a t r o d o F u n d ã o q u e p r e n c h e r á e n fim a la c u n a d e n o s s e r v ed ad o a q u i o s o r t i lé g io d e v e r d a d e ir o s e s p e c tá c u lo s a r t ís t ic o s p e la c o n h e ­c id a in c a p a c id a d e d a s a la a c tu a l.

S Í N T E S E S E R E S U M O S — N o c a m p o d e a c tiv id a d e s c u l tu r a is , n a d a h á a a s s in a la r , in fe l iz m e n te .

— N o s e c t o r d e s p o r t iv o , a n u l i ­d ad e é a b s o lu t a , d ad o q u e a té n a P is c in a o te m p o n e m r e c r e io te m p e r m it id o . — C.

BejaO 6 5 .° A N I V E R S A R I O D O S

B O M B E I R O S — C o m e m o r o u n o d ia 2 2 d o m ê s p a ssa d o o se u 6 5 .° a n i ­v e r s á r io p a ssa d o a 1 2 d o m e s m o , a b e n e m é r it a A s s o c ia ç ã o d o s B o m ­b e i r o s V o lu n tá r io s d e B e ja , q u e n e s te d is t r i to te m d e s e n v o lv id o a c ç ã o m u ito n o tá v e l , a in d a q u e m u ita s v e z e s , c o m o p r e s e n te m e n t e , te n h a d e lu ta r co m g r a n d e s d if i ­c u ld a d e s f in a n c e ir a s .'

P o r ta l m o tiv o , d a q u i lh e e n d e ­r e ç a m o s as n o ssa s fe l ic i ta ç õ e s e os d e s e jo s d e q u e ao m e n o s p a ra o fu tu r o a c a u s a d o s B o m b e ir o s s e ja o lh a d a , p e lo s b e je n s e s e a le n te - ja n o s , c o m o c a r in h o q u e m e r e c e .

T R Ê S N O T Í C I A S — A g o ra so b n o v a r e g ê n c ia c o n t in u a m o s e n sa io s d o o r fe ã o « P a x - J u l i a » .

— E s te v e p a te n te a o p ú b lic o d u ­r a n t e a lg u n s d ia s , u m a e x p o s iç ã o o rg a n iz a d a p e la s d e le g a ç õ e s fe m i­n in a s d o A lto e B a ix o - A le n t e jo da M o c id a d e P o r tu g u e s a .

— A fim d e a s s is t i r , a o C o n g re s s o E u c a r ís t i c o d o R io d e J a n e i r o , d e v e p a r t i r b r e v e m e n te p a ra o B r a s i l , o d ig n o b is p o d a d io c e s e de B e ja , S r . D . J o s é d o P a tr o c ín io .

D E S P O R T O S — D iz -s e q u e M a r c ia l C a m ir u a g a q u e n a s ú l t i ­m a s d u a s é p o ca s tr e in o u o D e s ­p o r t iv o d e B e ja s e r á o n o v o t r e i ­n a d o r d o D e s p o r t iv o d o M o n t i jo .

— A A la de S in e s , fo i a b r i lh a n t e v e n c e d o r a do C a m p e o n a to P r o v i n ­c ia l d e F u te b o l d a M o c id a d e P o r ­tu g u e s a n a c a te g o r ia de ju n io r e s . N o ú l t im o jo g o v e n c e u a d e B e ja ( L i c e u ) p o r 4 - 2 .

— A n u n c ia o C lu b e D e s p o r t iv o d e B e ja q u e p o r m o tiv o d o « d é fic it» q u e te v e n o s ú lt im o s jo g o s p a r ­t ic u la r e s , n ão o r g a n iz a r á m a is n e ­n h u m e s ta é p o c a . — C .

MértolaP O N T E -B A R C A - J á h á a lg u m

te m p o q u e a p o n te q u e s e p a ra a s d u a s m a r g e n s d o G u a d ia n a n e s te c o n c e lh o se a fu n d o u co m u m a c a m io n e ta c a r r e g a d a d e c e v a d a .

A té h o je a in d a n ã o fo i p o sta d e n o v o a f lu tu a r e n e s ta c o n f o r m i­d a d e e s tá o t r â n s it o se n d o fe ito p o r u m a b a r c a ç a , f ic a n d o a s s im is o la d a s e fr a c c io n a d a s em d u as p a r te s e s te c o n c e i t o .

U m a c o m is s ã o c o n s t i tu íd a p e la s f o r ç a s v iv a s , a u to r id a d e s e f ig u r a s m a is r e p r e s s n t a t iv a s do c o n c e lh o fo i a L is b o a p e d ir a in t e r fe r ê n c ia d o E x . mo S r . M in is t r o d a s O b ra s P ú b l ic a s , q u e p r o m e te u in t e r e s ­s a r - s e n ã o só p e la r e p a ra ç ã o da p o n te v e lh a , c o m o a in d a p e la c o n s ­tr u ç ã o d u m a n o v a p o n te .

M ese s tê m d e c o r r id o e a in d a n ã o te v e q u a lq u e r r e s o lu ç ã o p r á ­t ic a e s ta p re te n s ã o c o n c e lh ia , q u e s e e s tá a r r a s ta n d o d ia a d ia , m ê s a m ê s , sem r e a liz a ç ã o c o n c r e ta e c o m p r e ju íz o s d e to d o s o s q u e n e s te c o n c e lh o e x e r c e m a s su a s p r o f is s õ e s ,

A q u e m c o m p e t i r se p e d e m a s n e c e s s á r ia s p r o v id ê n c ia s .

P N E U S

Mabor▲ GENTES

TAMARCA, Lda. Telef. 026152 Montijo

A N O A G R ÍC O L A — O a n o 1 9 5 5 p ro m e te p o u co s o b o a s p e c to c e ­r e a lí fe r o . A a v e ia é e s c a s s a , o t r ig o d o e n t io e c o m r a r a s s e m e n te s , a b a ta ta e o g r ã o ta m b é m d e v e m fa lh a r , tu d o le v a a c r e r q u e n e s ta r e g iã o o a n o d e v e s e r d o s m a is in f e r io r e s em p r o d u ç ã o q u e te m h a v id o n e s te s ú lt im o s te m p o s .— C .

CoimbraQ U E IM A D A S F I T A S - N u m

a m b ie n te d e g r a n d e a n im a ç ã o e e s fu s ia n te a le g r ia te r m in a r a m n o d ia 25 d e M a io p . p . as tr a d ic io n a is fe s ta s a c a d é m ic a s da Q u e im a d a s F i t a s q u e à c id a d e d e C o im b ra tra z e m d e z e n a s d e m ilh a r e s d e fo r a s te ir o s q u e a p ito r e s c a g ír ia c o im b r ã d e n o m in a d e « ja p ã o » .

F o r a m n ú m e r o s d e in c o m p a ­r á v e l a n im a ç ã o o B a i le d a s F a ­cu ld a d e s , a G a r ra ia d a da F ig u e ir a d a F o z , a V e r b e n a , o C o r t e jo da Q u e im a d as F i t a s , o C h á d a n s a n te e as N o ite s d o P a r q u e da C id a d e .

O te m p o , q u e s e a p r e s e n ta v a de m a u c a r iz , s o u b e s e r c o m p r e e n s iv o p a ra c o m a v e lh a A c a d e m ia p e r ­m itin d o q u e os m a is d e s ta c a d o s n ú m e ro s d os fe s te jo s d e c o r re s s e m n o r m a lm e n te e o c id a d e s e e n ­c h e s s e d e a le g r ia m o ç a e q u e os ca p a s n e g r a s e x ib is s e m as su a s f ita s e g r e lo s e m b a r u lh e n to c o n ­c e r to d e m ú s ic a s e « g a i t e ir o s » . O C o r te jo d o d ia 2 3 a p r e s e n to u n u ­m e r o s o s e v is to s o s c a r r o s d e "d o u ­to r e s d e to d a s a s F a c u ld a d e s , se n d o im p r e s s io n a n te o n ú m e r o d e s e n h o r a s q u e p u s e ra m f i ta s .

OdemiraE s tá p r e v is ta , p a ra o p r ó x im o

m ê s de A g o sto , a in a u g u r a ç ã o do P a v ilh ã o p a ra D o e n ç a s I n f e c t o - -C o n ta g io s a s , a n e x o ao H o sp ita l d a S a n ta C a sa d a M is e r ic ó r d ia de O d e m ira .

— V ão i n i c ia r - s e as o b r a s de c o n s t r u ç ã o d a s e sc a d a s q u e dão a c e s s o ao c a s te lo , o q u e m u ito e m ­b e le z a r á o la r g o q u e lh e f ic a f r o n ­te ir o .

— A n o v a G e r ê n c ia d o C in e - -L u z -O d e m ir e n s e , v a i p r o m o v e r a re a liz a ç ã o d e « m a t in é e s . in f a n t i s .

F e l ic i ta m o s a E m p r ê s a , p e la e x ­c e le n te in ic ia t iv a , fa z e n d o v o to s p ara q u e a id e ia te n h a a r e c o m ­p e n sa q u e m e r e c e .

— E s t á p a ra b r e v e a in a u g u r a ­çã o da p o n te s o b r e o r io M ira , e n tr e S a n ta C la r a - a -V e lh a e S a - b ó ia , o q u e v e m a o e n c o n t r o d as a s p ir a ç õ e s da p o p u la ç ã o , d e s ta s lo ca lid a d e s e d e p a rte do A lg a r v e . - C.

fernandez, OculistaExecução de to d o o re c e itu á rio m édico

com perfeição e ra p id e z

I E N I E S DE COI! GRADUADAS — ÓCULOS PflRfl SOL M O D iSHO S

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BARREIRO—R. dos Co m batente s, 70 Te le f 0 2 3 3 0 8

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— C o m a p r e s e n ç a de S u a E x c e ­lê n c ia o M in is t r o da J u s t i ç a , a lto s fu n c io n á r io s , e n tid a d e s o f i c i a i s , G o v e rn a d o r C iv il e P r e s id e n te da C â m a ra M u n ic ip a l d e P o r ta le g r e , in a u g u r o u -s e n o p a ssa d o d ia 2 8 d e M aio em P o r ta le g r e o n o v o E d if íc io d o T r ib u n a l J u d ic ia l , o b r a g r a n d io s a to ta lm e n te c o n s t r u íd a co m m ã o d’o b r a p r is io n a l .

O im p o n e n te im ó v e l q u e c o n ­c e n tr a to d o s o s s e r v iç o s d e p e n ­d e n te s d o M in is té r io d a J u s t iç a , c o m o R e g is t o C iv il e P r e d ia l , e a in d a a S e c r e ta r ia N o ta r ia l , f ic a a s e r u m a d as m e lh o r e s c o n s t r u ç õ e s d e P o r ta le g r e e u m d o s p r in c ip a is e d if íc io s do g é n e r o , n o P a ís .

Na s a la d e a u d iê n c ia s , a s e r v ir d e fu n d o , u m a ta p e ç a r ia e x e c u ta d a p o r M a n u fa c tu ra s de T a p e te s d e P o r ta le g r e , s o b « c a rtã o » d o p in to r p o r ta le g r e n s e Jo ã o T a v a r e s , r e p r e ­s e n ta n d o a B a t a lh a do M o n t i jo .

O e d if íc io f ic a s itu a d o n o lad o or ie n ta l da A v e n id a d a L ib e r d a d e , ju n t o ao n o v o M e rca d o , in a u g u ra d o ta m b é m h á p o u co te m p o .

C o n s i d e r a n d o q u e e s tá em v ia s de c o n c lu s ã o o m a g e s to s o S e m in á r io M a io r D io c e s a n o , em a d ia n ta d a c o n s t r u ç ã o o n o v o C in e - - T e a tr o , e c o n c lu íd a s as t e r r a p la ­n a g e n s p a ra a u o v a e g r a n d io s a E s c o la C o m e r c ia l e In d u s tr ia l , f a r - - s e - à u m a id e ia d o p e r ío d o d e e x t r a o r d in á r io r e ju v e n e s c im e n t o q u e P o r ta le g r e a tr a v e s s a , g u ia n ­d o -s e , a s s im , à su a c a te g o r ia d e c a p ita l d e D is tr i t o , e c id a d e d e in e g á v e is tr a d iç õ e s e b e le z a s n a ­tu ra is , d e g e n te h o s p ita le ir a e b a ir ­r i s t a .

F E S T A S P O P U L A R E S A S Ã O P E D R O E M M O N T I J O — C o m e x t r a o r d in á r io e n tu s ia s m o se e s tá p re p a ra n d o u m a e x c u r s ã o à l in d a v ila de M o n t i jo , p o r o c a s iã o d os s e u s fa m o so s fe s te jo s de J u n h o . O o r g a n iz a d o r , o m o n t i je n s e s r . A u ­g u s to A n tó n io F e r n a n d e s , e s tá p ro v id e n c ia n d o p a r a q u e a e x ­c u rs ã o c o n s t i tu a u m a v e rd a d e ira e m b a ix a d a do A le n te jo , e n a m o ra d o da r e g iã o do M o n ti jo e su a s g e n te s , d o s se u s fe s te jo s e d a su a a le g r ia .

T E A T R O D E S M O N T Á V E L - A c é le b r e e c o n c e itu a d a C o m p a n h ia R a fa e l d e O l iv e ir a , s u b s id ia d a p e lo F u n d o do T e a t r o , c o n t in u a a su a a c tu a ç ã o n e s ta c id a d e , j á e m 4 .° m ê s , c o m o m e sm o a g r a d o de se m p r e e a p ro b id a d e e v a lo r a r ­t ís t ic o q u e P o r tu g a l c o n h e c e . P o r ­ta le g r e f ic a d e v e n d o a e s te s g r a n ­d e s a r t is ta s m o m e n to s in o lv id á v e is d e b o m te a tr o ao s e r v iç o d a A rte de D iz e r .

M O N U M E N T O A O B O M B E I R O— U m a c o m is s ã o d e p o r t a le g r e n s e co m o a p o io d e to d a a c id a d e e su a s a u to r id a d e s , a n g a r io u fu n d o s p a ra a e r e c ç ã o d e u m m o n u m e n to q u e p e r p e tu e a g r a tid ã o d e P o r ­ta le g r e a o s se u s d e d ic a d o s e v a lo ­ro so s b o m b e ir o s v o lu n tá r io s , c o ­n h e c id o s e a p r e c ia d o s e m to d o o P a ís .

O m o n u m e n to fo i in a u g u r a d o n o p a ssa d o d ia 5 , n a P r a c e t a do B a i r r o D r . O l iv e ie r a S a la z a r , n a C id a d e -N o v a , e n t r e n ú m e r o s de f e s t iv o e fe ito , c o m o p a ra d a de b o m b e ir o s d e to d o o d is t r i t o , d e ­m o n s tr a ç õ e s n o E s tá d io d a F o n te - d e ira , d e sa fio d e fu te b o l e n t r e o P o r ta le g r e n s e e os a n tip o s « a se s» d o S p o r t in g , ro m a g e m a o c e m i­t é r io , e t c .

A n o v a a u t o -m a c a d o s B . V . P . u n id a d e m o d e r n ís s im a e e f ic ie n te fo i b e n z id a n a m e s m a o c a s iã o , e P o r t a le g r e p a g o u u m a d ív id a q u e t in h a c o n tr a íd o p a ra c o m o s se u s v a lo r o s o s S o ld a d o s d a P a z — C .

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C A L C U L A R - C H E Q U E S

ás palavras de sempre

Os homens, às vezes cus- ta-lhes a dizer adeus. 0 adeus significa lágrimas e homem não. O adeus, está de permeio entre os homens e as lágrimas.

A ’s vezes o afastamento é provocado pelos outros.

E o adeus vem. O gesto de acenar quer tenha vida ou não, significa sempre algo que se quebra e que— quem sabe ? — jàmais se poderá unir, porque às ve­zes o tempo significa muito, e não deixa que as coisas voltem com a força inicial.

È necessário, pois, que nada se quebre. íl necessá­rio que tudo se mantenha, sem que haja sequer uni gesto que signifique partida, um gesto que obrigue a mudar os sentimentos.

Disse há pouco que o homem diz adeus e chora porque não é os outros. Mas há sempre novos outros, Aquele que hoje chora será amanhã, talvez, um novo outro, que terá na mSo direita a distância que obri­ga ao adeus.

Tudo provocado pelo es­quecimento, afinal. De tudo nos esquecemos para voltar­mos a sofrer do mesmo ma] a que obrigámos.

E tão fácil seria a trans­mutação. Tão simples ! Bas­tava haver um pouco de como que saudade, uma saude que nos levasse a sermos bons para os que têm a infelicidade de estar à beira de conhecê-la. Mais não seria necessário. E no entanto...

Era uma vez um rapaz. Era uma vez uma rapariga. Era uma vez um rapaz e uma rapariga.

V o l t a mo s ao princípio, para todos os que são ra­pazes e raparigas.

E o rapaz gostava da ra­pariga. E a rapariga gos­tava do rapaz.

Crescei e multiplicai-vos— disse Cristo — e enchei a Terra.

Bastava recordar. Deixar­mos o corpo no presente e voltarmos ao passado com o coração. Construirmos a nossa vida sem nos esque­cermos do que ficou para trás, e porque ficou para trás deve ser recordado. E sermos para os outros com os olhos postos no passado, no que já fomos também.

Que importa que o rapM tenha por futuro um punha­do de s a l das suas l á g r im a s ■ Que importa que a r a p a r ig a apenas saiba desenhar o perfil incompleto do amor!

Era uma vez um rapaz e uma rapariga.

Eis as palavras de sempre César Pratas

S P I M Trabalhos

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e p o r l s g e m F o í o g r â f l c » 5

R . Buihão Pa to , 11 fllOHTllO__

Page 7: REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - mun-montijo.pt · tória destas festas. ... prevista num dos arranjos do anteplano de urbanização ... Dr. Jorge Antunes, 6 peças de pano para 40

ç»í»955 A PROVINCIA 7

O MEU CANUDO A s u i n i c u l t u r a( C o n c l u s ã o d a p r i m e i r a p á g i n a ) ( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )

lidades, de há muito, e espe­cialmente desde que li num cartaz que «beber vinho édar o pão a um milhão de por­tugueses-*.

Em nossa casa, à mesa, a sequência dos copos, desde os filhos mais pequenos, aos médios, aos maiores, à mãe e a mim, parece uma ma­rimba com tubos de dimen­sões crescentes, do dedal ao canudo.

Jesus Cristo, o nosso sábio Mestre, quando instituiu a Eucaristia, não se serviu de á<ma, nem de limonadas, nem de chá, nem sequer de leite. Foi de vinho, desse precioso sumo das vinhas do Jordão, a bebida real, a bebida cor de sangue, ou cor de mel, por excelência.

A Igreja conserva a tra­dição, consagrando, o clero, no altar, o vinho em cálices de prata ou de oiro.

As sociedades, que o be­biam mesmo profano, é que o vão relegando para plano secundário dando ainda neste capítulo, a prova do seu amolecimento. Em vez dele, a cerveja, as laranjadas, os sumos agri-doces de mil e uma trutas, o chàzinho, o leitinho e a àguinha de Cas­telo!

Mendês - France, quando Primeiro Ministro, pôs a França a beber leite. Pois apareça um estadista portu­guês que ponha Portugal ( o Portugal bem, porque o ou­tro — o da velha guarda — ainda se não deixou conta­minar) a beber tinto.

As populações rurais atra­vessam uma crise tremenda, em breve agravada (pasme- se 1) com os auspícios de uma Jarta colheita de uvas 1 Na peninsula de Setúbal, as uvas são o desafogo da gente que vive da terra. O vinho não se exporta, nem se vende para o Ultramar, coisa que se veja. De form a que a so­lução está cá dentro, no lar do cidadão, na ração suf i­ciente que cada um se im­puser.

Peça-se aos médicos que não sejam tão rigoristas com as dietas dos seus doentes de

figadeira ou de tensão arte­rial; peça-se aos organismos competentes que encham essas paredes de cartazes de pro­paganda, adequados a cada época : «Estás constipado ? — Abaja-te, abifa-te e avinha- -te». «P or cima de melão, vinho carrascão». «P or cima de peras vinho bebas, tanto que nadem as peras mas nem tanto que andem de canto em canto!». «Antes da sopa re­ga-se a boca».«Sopa acabada, boca regada!».

Peça-se às vidrarias na­cionais que encham o mer­cado de canudos, retirando os copinhos da circulação, como se fe z há muito tempo ás notas de io$oo, j§oo e 25 tostões; peça-se às cantadei­ras de Fado que introduzam na letra respectiva, esta mo­dificação de grande alcance vinícola'.«De quem eu gosto Nem ao canudo confesso !»

Serão medidas humanas de muito mais racionalefeito do que pedir uma chuva de picaretas que estrague as vinhas e reduza a produção a um quinto, para a escoar e valorizar.

Agora por F a d o . ..Aqui há anos, assisti a um

grande repasto ao ar livre, junto duma fonte de àguas minerais, em que se viam m uit os hidrologistas, mé­dicos, professores, comercia- listas, em jornada de propa­ganda a essa fonte privile­giada. Quando foi a vez de eu falar, pedi viola, tomei fôlego e eis que desdobro uma letra improvisada, mas bem Jeita, no estilo do Fado do Ciume, elogiando a «Ja- zenda» 0 melhor que era possível. E entre as garga­lhadas dos assistentes e 0 riso amarelo do proprietário do manancial virtuoso, ter­minei a cantata desta sorte'. « .. .Amigo Couto Desculpe as irreverências,E 0 pensar doutoDe todas Vossas ExcelênciasMas melhorzinhoQue essas águas milagrosas,E ‘ este vinhoQue até ja z chorar as rosas!»

Cabral Adão

Até mesmo nas regiões onde o milho é abundante e barato, até mesmo nas áreas que dispõem de abun­dantes pastagens, há que dar aos animais, sêmeas, bagaços, farinhas de origem animal que assegurem a indispensável quantidade e qualidade de vitaminas e sais minerais e forneçam às rações certos tfpos de ácidos aminados, produtos indis­pensáveis ao desenvolvi­mento do organismo.

Um destes amino ácidos sem o qual é impossível que um animal cresça rápida e economicamente é a lisina de que o milho carece em absoluto. Outro igualmente indispensável e t a m b é m

(Conclui na prim eira p á g in a )

este. O próprio Mestrado da Ordem de Santiago, de que a Matriz do Divino Espírito Santo de Aldeia Galega era comenda, se interessava por este assunto das festas em Aldeia Galega, e na visi- tação que a esta matriz fi­zeram em 2/2/1607, F rei Jacome V i e i r a da Silva, desembargador da Casa da Suplicação e Fernão Velho de Azevedo, Prior da Igreja de S. Julião da vila de Se- tróbal, ambos professores da Ordem de Santiago, vi- s i t a d o r e s e procuradores gerais no espiritual e tem­poral das igrejas e comendas da dita ordem, deixaram exarado o s e g ui nt e que transcrevemos ipsis verbis:

v-Epolia informação q achamos depessoal de cre­dito e tementes aDeus, man­damos q daqui Emdiante os Mareantes que tiuerem Eti- uessem mealhejros Enasuas barcas p.a nelles recolherem as esmolas q os fie is Chris- tãos, q nellas possão p.a a Confraria os tragaõ no fim de todos os meses hâ mesa dadita (S. Pedro) (1) Con­fraria onde os abriraõdiante do Iuiz Escrivão Emordo- mos delia E o iuiz manda-

inexistente naquele cereal é o triptofane

Ainda não há muito tempo os criadores alimentavam os seus porcos exclusiva­mente com milho.

Disto resultava que os animais se desenvolviam lentamente e à custa de enormes q u a n t i d a d e s de comida, para não falarmos dos que morriam ou ficavam na condição de «aguadeiros».

Nos últimos anos as expe­riências de alimentação e os progressos da ciência da nutrição levaram a muitas revelações.

Com a aplicação dos conhe­cimentos conseguidos com aqueles trabalhos, os porcos crescem cada vez mais de-

raa lançar EmReceita oquese achar Emcadahn dosditos Mealhejros por uerbas des- tintas cõ declaraçaõ dequan- tohe, Eonome do Arrais deq recebeo; oque cumprirão compena dequinhentos reis porcada mes q 0 não fiserem p.a a mesma Confraria, que o iuiz delia mandaraa exe­cutar..................................... »

«E mais adiante:«.Mandamos aos Mordo­

mos das Confrarias sitas na dita Igreja (estando por­tanto incluida também a de S. Pedro) q não dispendam nas festas tudo 0 q rende­rem as esmolas eoutros quais querbens q tiverem, mas Em cada hum anno deixaraõ sempre adita terçaparte do dinheiro q renderem p.a a fa­brica dos ditos ornamentos, p.a oq terão outro semelhante Ir." de reçeita Edespeza. .. »

Como se vê a ideia do mealheiro para a aquisição de donativos para custear as despesas de festa, não é já dos nossos dias. Entre os de agora e os de há 300 anos, há apenas as diferenças de que nessa altura eram de obrigação e agora, de devoção. Os de agora foram distribuidos pelos estabele­cimentos comerciais, indus-

pressa, comendo cada vez menos 0 que quer dizer p r o d u z e m- s e com maior economia.

Certos produtos como os antibióticos, as vitaminas e os sais minerais são hoje o «pão de cada dia» na ali­mentação de animais e os criadores sabem-no bem.

Em futuros artigos que faremos o possível por tor­nar mais claros e precisos tencionamos falar das expe­riências de alimentação e do uso que dos seus resul­tados tem feito os produto­res mais esclarecidos neste grande país.

Por eles veremos que hoje em dia o homem sabe mais sobre aquilo de que o porco precisa do que o próprio porco.

College Sfatio n, Texas— M aio de 1955

Dr. Ramiro Ferrão

triais, etc., e nesses já lon­gínquos tempos, pelos bar­cos, quer pelos dos pesca­dores, quer pelos restantes de Aldeia Galega, destina­dos a outros serviços. A terça parte da receita re­vertia a favor da fábrica de ornamentos do altar da con­fraria. Também achamos isso lícito, pois cada com- fraria erecta na igreja tinha obrigação de velar pela con­servação do altar, imagem do santo padroeiro e alfaias religiosas a ele pertencente.

1 ) N e s te n ú m e r o e s ta v a in c lu id a a C o n fr a r ia da M a d re d e D e u s .

Montijo, Nascimento de Junho de 1955.

José IDanuel Landeiro

lendo V. f * .a que efectuar Seguros em qualquer ramo não d e i x e de c o n s u l t o r

Luís Moreira da SilvaRua Almirante Reis, 2 7

T e l e f o n e 0 2 6 1 1 4

M O N T I J O

O Mealheiro de S. Pedro

f o l h e t i m d e « P r o v í n c i a » N . ° 1 2

Q àeqredc do espelhop o r

(A iufuA tm J í I llíi

Um horrível assassinato havia-se cometido naquela casa. E nós estávamos apri­sionados pela neve e sem Possibilidade de comunicar­mos com a vila mais pró­xima.

- Quanto tempo durará esta situação, Dunstan? — Perguntei ao velho criado.

— Pelo menos uma sema- na — murmurou ele.

Não pude deixar de sol- ter uma exclamação.

~~Quereis dizer. . - que vamos aqui estar seques- rados durante uma se­

mana . Teremos provi­

sões suficientes?— Oh! Quanto a isso tudo

irá bem — respondeu Duns* tan, e continuou— estamos acostumados.

Enquanto ele falava, re­parei que olhava pela ja­nela em direcção do vale,

O seu olhar sereno fixava uma pequena casa a um quarto de mi l ha. . .

Era * Falcon Lodge», pro­priedade do homem de quem o criado me havia falado.

Dunstan havia-me asse­gurado que estava fechada, mas atentando melhor, vi

que pela chaminé subia tranquilamente uma espiral de fumo azulado.

— «Mister» German, está em casa? — observei.

— Ontem não e s t a v a — respondeu-me com ar de es­tupefacção o criado.

Acendi o cachimbo e ra­ciocinei :

Roger German havia che­gado à sua casa de campo durante a noite. Que moti­vo imperioso a isso, o obri­gara? . . . Co m tal tempo e numa época em que não era natural que viesse até * F a l­con Lodge» /. . .

Enquanto assim pensava, mostrava-me com o dedo o flanco da colina que domi­nava 0 vale.

Saindo de uma pequena mata de pinheiros a silhue­ta de um homem acabava de aparecer e trilhava o a t a l h o que conduzia de «Falcon Lodge» até «F a c - con Castle*.

— E’ «Mister» German!— gritou Dunstan — Parece que vem para c á ! . ..

Fiquei alguns momentos olhando o homem que avan­çava, depois desci.

Dunstan havia-me dito que «Mister* German tinha sido grande amigo de meu avô, mas que há cerca de um ano a sua amizade pa­recia ter esfriado.

Seria interessante saber que laços ligavam estes dois homens.

E fiz intenção íntima de estudar aquele novo per­sonagem, antes de lhe falar no que havia acontecido naquela noite.

A nossa conversa, ia pois ser de vivo interesse.

A campainha da porta ressoou; pouco depois Duns­tan introduzia na casa de jantar, um homen de cabe­los grizalhos, aproximada­mente de 50 anos, um bigo­de bem cuidado e um olhar

vivo e risonho.O seu aperto de mão foi

muito afável.— «Mister* Alan Irvine —

proferiu ele num sorriso.— O meu nome, é já vos­

so conhecido, «Mister» G er­man ?

— Sim. o seu advogado de Londres falou-me de si... Segundo sei «Mister Swim- burn m orreu!... Foi justa­mente por isso qne v i m. . . Fiz a viagem de auto. .. e f o i verdadeiramente tor­mentosa.

— Com este tempo não me a d mi r a — ObserVei — Quando chegou?

— Bastante tarde. Quasi à

meia noite. Tomei 0 cami­nho do vale por uma outra estrada.

E aceitando um cigarro que lhe oferecia, acendeu-o e continuou:

(Continua)

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8 ▲ PROVINCIA 9-6-93J

i „

•/Mi.

P A S S A . .%■■OA:

Para rirNo Dentista

C U R I O S I D A D E SO d en tista : — N ão é p r e c is o

a b r i r ta n to a b o c a , s e n h o r a .A cliente : — M a s , s e n h o r d r .,

n ã o m e d is s e q u e ia « e n t r a i» co m as p in ç a s ?

O d en tista : — S im ,’ co m as p i n ç a s ; m a s eu f ic o fo r a .

llm e não— D o i- lh c a c a b e ç a ? — p e r g u n ta

o c l ín ic o .— D o i-m e e n ã o m e d o i — r e s -

j o n d e o d o e n te .— E a g a r g a n ta ?— U m a s v e z e ? s im o u tr a s n ã o .— E o e s tô m a g o ?— Id e m . H á m o m e n to s q u e sim

e m o m e n to s q u e n ã o .— B e m , b e m — e x c la m a o m é ­

d ic o — O lh e . A q u i e s tá a m in h a r e c e ita . S e q u is e r m a n d e a v ia r . N a fa r m á c ia d a r - lh e -ã o o re m é d io ou n ã o lh o d a rã o O s e n h o r to m a -o ou n ã o o to m a . F a r - lh e - á b e m ou f a r - lh e - á m a l e e u v o lta r e i a m a n h ã o u n ã o v o lta r e i .

A loira ineendiás-ia— S a b e s q u e o R o b e r t o está n o

h o s p ita l ?— N ão p o d e s e r . O n te m à n o ite

a in d a o v i e u a d a n ç a r n o c lu b e co m u m a lo i r a v e rd a d e ira m e n te in c e n d iá r ia .

— P r e c is a m e n t e , a m u lh e r d e le ta m b é m o v iu .

Penssr duas vezes

A q u e le h o m e m p e n s a v a s e m p r e d u a s v e z e s a n te s d e s a ir d e c a sa . P r im e ir o p e n s a v a n u m a d e sc u lp a p a ra s a ir e , d e p o is , n o u tr a p a ra n ão le v a r a m u lh e r .

Restaurante económico— D ig a -m e , q u a n to c u s ta u m

p ra to d e b a ta ta s g u is a d a s co m c a r n e ?

— S e is e s c u d o s .— E a c a r n e sem b a ta ta s ?— A m e s m a c o is a .— E n tã o as b a ta ta s f ic a m de

g r a ç a .— P o is f ic a m .— T r a g a - m e u m p r a to d e b a ta ta s .

Esta palavra ch arad a...Q u e m in v e n to u o n o m e d e c h a ­

ra d a n ão se s a b e . Q u e m c r io u o p a s s a te m p o , ta n to d e g o s to , a in d a , d o s h o m e n s do n o s s o te m p o — m u ito m e n o s se c o n h e c e .

M a ig n e , p o r é m , q u e m u ito se d e d ic o u a in v e s t ig a ç õ e s d e c a r á c te r h is tó r ic o e e n c ic lo p é d ic o , in fo r m a q u e m o lê de q u e , d u r a n te m u ita s é p o c a s — c o m o h o je , n a m o d e r n a e s p io n a g e m — a c h a r a d a e r a u t i l i ­zad a p a r a fa z e r c o r r e r id e ia s , c o n ­c e ito s e in fo r m a ç õ e s v e d a d a s à o p in iã o p ú b lic a , p elo q u e fo i p r o i ­b id o e p e r s e g u id o o se u c u lt iv o .

C o m o te r ia n a s c id o e ssa a d e s ­tr a d a e x p r e s s ã o d e in t e l ig ê n c ia h u m a n a ?

O te m p o tu d o r e v e s te d e in c ó ­g n ita s e m a l p o d e i r a lé m d e s u ­p o s iç ã o a id e ia d e q u e , n o s é c u lo X V , a c h a r a d a a p a r e c ia , p e la p r i ­m e ir a v e z , n a su a fo r m a a c tu a l , n a v e lh a P ic a r d ia , p o r o c a s iã o d o C a r n a v a l.

A v e rd a d e , p o ré m , é q u e n a e s ­tra d a d e D e lfo s n o s s u r g e j á a E s ­f in g e a p r o p o r e n ig m a s e c h a r a d a s à s o lu ç ã o d o s q u e p a ssa m — e n i ­g m a s a c h a r a d a s q u e se c h a m a v a m Gryphos e a o s q u a is só E d ip o p ô d e ou s o u b e r e s p o n d e r . . .

A c h a r a d a p r o p o s ta p e lo m o n s tr o e s f in g ic o , q u e d e v o ra v a o s v ia n ­d a n te s q u e n ã o s a b ia m r e s p o n ­d e r - lh e , e r a a n u n c i a d a n e s te s t e r m o s :

— Qual é o anim al que anda sôbre quatro p és de manhã, tôbre dois ao meio dia e sôbre três â noite ? -

E d ip o a c h o u a s o lu ç ã o d a c h a ­ra d a — e is s o v a le u o s u ic íd io da E s f in g e e u m a m a rg o c a s a m e n to co m a p r ó p r ia m ã e d o d e c i f r a d o r , q u e e ra J o c a s t a — n o s te r m o s f i lo ­s ó f ic o s s a b id o s :

— O homem è o anim al de que fa las, p o is se arrasta pelo chão quando è m enino, cam i­nha erecto na idade adulta e, 11a velhice, m archa encostado à bengala.

E c la r o q u e a c iê n c ia m o d e r n a n ão p o d e e n c a r a r s é r ia m e n te a p r ó p r ia m ito lo g ia . M as, se as i n ­v e s t ig a ç õ e s de M a ig n e n ã o c o n s e ­g u ira m r o m p e r p a ra lá d o s é c u lo

X V e L a r o u s s e n a d a a d ia n ta a ta l r e s p e ito , te r e m o s d e c o n c lu ir q u e e s ta p a la v r a charada . . . c o n t in u a p o r d e c i f r a r . . .

A bocêta de PandoraJ á o u v iu fa la r n a B o c ê t a d e P a n ­

d o ra ? C om c e r te z a . E s a b e q u e a e x p r e s s ã o s e u sa c o m o q u e m diz u m a c a ix in h a de s u r p r e s a s . . . P o is bocêta q u e r e d iz e r is s o m e s m o : c a ix a . E Pândora é n o m e p r ó ­p r io , n o m e de m u lh e r , n o m e de u m a f ig u r a m ito ló g ic a g r e g a , a p r im e ir a m u lh e r q u e v iv e u n a T e r r a , se g u n d o e ssa m ito lo g ia , a E v a d o s g r e g o s . . .

S e g u n d o a m ito lo g ia , P â n d o r a fo i fo r m a d a p o r V u lc a n o , in s t r u íd a p o r M in e r v a e p re s e n te a d a p o r J ú p i t e r c o m a fa m o sa c a ix in h a — a b o c ê ta — o n d e se g u a rd a v a m , c u id a d o s a m e n te , to d o s o s m a le s , to d a s as d e s g r a ç a s , to d o s o s p e r i ­g o s . M as P â n d o r a e r a m u lh e r e , p a ra d a r v id a à v id a , te v e q u e te r u m A d ã o , q u e p a r a o s g r e g o s se c h a m a v a È p im e te u . O p o b r e E p i - m e te u d e sp o so u a s e d u to r a P â n ­d o ra e , c u r io s o c o m o h a v ia m de s e r , a f in a l , as m u lh e r e s , n ã o d e s- c a n ç o u e n q u a n to n ão d e s ta p o u a c a ix in h a — p a ra v e r c o m o e r a . . . F o i a su a fa ta lid a d e : to d a s as m i ­s é r ia s d o m u n d o f ic a r a m à s o lta e, n o fu n d o d a b o c ê ta , a p e n a s f i c o u a e s p e r a n ç a — o g r a n d e r e m é d io de to d o s o s q u e s o f r e m . . .

Números extraordináriosA fir m a -s e q u e e m c a d a p o le g a d a

q u a d ra d a d a s u p e r f íc ie d o c o rp o h u m a n o h á u m m ilh ã o d e p o ro s . F a z e n d o u m c á lc u lo a p r o x im a d o d a s u p e r f íc ie m é d ia d o c o r p o d as p e s s o a s , c h e g a -s e à c o n c lu s ã o d e q u e c a d a in d iv íd u o d e v e t e r u n s 2 .0 1 6 .0 0 0 d e p o ro s .

A s m o s c a s sã o d o s a n im a is m a is p r o l í f ic o s d o m u n d o . Só u m a p r o ­d u z 2 0 .0 0 0 la rv a s , c a d a u m a d a s q u a is p o d e rá s e r ta m b é m em p o u ­co s d ia s m ã e d e o u tr a s 2 0 .0 0 0 .

A fo r m ig a b r a n c a , c o n tu d o , n ã o f ic a a tr á s da m o sc a . D u r a n te o p e r ío d o da p o s tu ra , p ro d u z 8 4 .0 0 0 o v o s p o r d ia , o s q u a is tê m u m m ê s d e in c u b a ç ã o .

P A L A V R A S C R U Z A D A SH O R IZ O N T A IS : 1 — A v e ssa a o s c o s tu m e s d e

h o je . 2 — G o v e r n a d o r d e p r o v ín c ia n a P é r s i a ; d ito n g o . 3 — C u r s o d e á g u a n a t u r a l ; c o m p o s iç ã o p o é t i c a ; d e b a ix o d e . 4 — G ir a r a m . 5 — A n im a l d u m a n o . 6 — F r u to s d as v id e i r a s ; h o je ( i ta lia n o ) 7 — N in fa d as á g u a s . 8 — D is t in g u ia . 9 — P r o n o m e in ­d e fin id o ; a d v é r b io d e a f ir m a ç ã o ; c a m in h e i . 10 — S e g u i r ; d o is e m r o m a n o . 11 — M a ta r .

V E R T I C A I S : 1 — C u lt iv o d o s c a m p o s . 3 — I r e is ao la d o . 4 — c a b e lo b r a n c o ; p u ro ; b a tr á q u io . 5 — O v á r io d e p e ix e ; p r e f ix o de n e g a ç ã o (p l .) 6 — M u n - g ir ia s . 7 — E p o c a ; f ig u r a s im b o liz a d o r a d a A m é r ic a . 8 — C a m in h a v a ; f e r r o c o m b in a d o c o m c a r b o n o q u e e n d u r e c e p e la te m p e r a ; p r e f d e n e g a ç ã o . 9 — D e s c r iç ã o a s t r o n ó m ic a d o u n iv e r s o . 11 — F iz e r a as v e z e s d e .

Solução do Problema N.° 11

H O R I Z O N T A I S : 1 — S e tú b a l . 2 — E le v a d a . 3 —

A r ; e m a n a ; a r . 4 — N a s ; id a ; a le . 5 — G r u a ; M C M V 6 — I b e r o ; a d u e i. 7 — N o t o ; v a is . 8 — A s o ; f a z ;

id a . 9 — S a ; a u r a s ; a r . 10 — A lg e ro z . 1 1 — C o im b r a

V E R T I C A I S : 1 — A n g in a s . 2 — B a r r o s a . 3 — S e ! s u e t o ; A . C .. 4 — E l e ; a r o ; a lo . 5 — T e m i ; fu g i. 6 — U v a d a ; h a r e m . 7 — B a n a ; z a r b . 8 — A d a ; M D V ; s o r . 9 — L a ; a c u a i ; z a . 1 0 — A lm e id a . 11 — R e v is a r .

P r o b l e m a ]V,° 12

4 6 8 9 10 11

10

11

*

w;

m:

José António M oedas

Que sabemos sobre a duração da vida?A longa vida e a maneira de a conseguir eram antj.

gamente questões sobre as quais a opinião de qualquer pessoa era tão boa como a de outra. A ciência abordou estas questões muito tarde e ainda não obteve a certeza sobre muitas coisas acerca delas. Mas as afirmações que todos temos feito ou ouvido fazer — sabe-se já se são certas ou falsas. Vamos analizá-las.

V IV E M O S MAIS DO QUE OS N O SSO S A V Ô S E B IS A V Ó S

F A L S O . E ’ certo que a s probabi­lid a d es de vida foram aumen­

tadas em cerca de dez anos desde o século XIX. M as isto ê apc nas o resultado da dim inuição da m ortalidade infantil. Uma ve; que os nossos avós chegavam d ida de m adura, muitos deles vi­viam o suficiente pa ra estabelecer « records» de longevidade, qui nòs não podem os esperar. Os que sobreviviam a esta idade nos tem pos antigos, eram suficientem ente fortes p a ra continuar« viver.

A D U RAÇÃO M ÉD IA D A V ID A AUMEN- C E R T O . Em 1837 n TOU NOS ÚLTIM OS CEM ANOS duração m édia da

vida era de trinta e cinco anos. Cem anos m ais tarde, tinha che­gado aos setenta, ultrapassando esta idade 16,5 0/° d a s pessoas,

A N O SSA VI DA P R O V Á V E L Ê M UITO F A L S O . O termo wida LONGA, MAS NINGUÉM V IV E T A N T O provável» representa uma cifra obtida p o r cálculo a pa rtir de qualquer idade dada, e a m aior parte de nòs vive m ais do que é prom etido p ela s nos­sa s probabilidades de vida. Conform e a s cifras de 1940, uma criança de dez anos tem uma vida provável de cincoenta e cinco anos m ais. M as se chega aos sessenta e cinco, ainda lhe resta uma vida provável de m ais dez a treze anos. Se consegue atingir os oitenta, terá ain d a uma vida provável de m ais cinco a sete anos.

A S M ULHERES V IV E M M AIS C E R T O . O sexo «fraco» parecei DO QUE OS HOMENS na realidade, ser o verdadeiro

sexo forte desde o seu nascimento. M orrem m ais ra pazes peque­nos do que raparigas ; dos sobreviventes, as raparigas terão, regra geral, vida m ais longa.

A S P E SSO A S CASADAS V I V E M C E R T O . Passando de largo 0 M AIS QUE A S SO L T E IR A S gracejo de que o «tédio da

vida de casado a torna m a is longa», é uma realidade que as p essoa s casadas vivem m ais do que a s outras. A s estatísticas dem onstram que os viuvos regressam de m á vontade ao estado solitário e morrem m ais cedo se não tornam a casar.

PODE SA B E R -SE O TEM PO QUE C E R T O . A predisposiçãopa- VAM OS V IV E R PELA D U R AÇAO ra a longevidade parece

DA VID A DOS N O SSO S P A IS s e r hereditária. O doutorR aym ond Peai estudou recentem ente uma fam ília , um de cujos m embros vivos tinha com pletado um século, e verificou que as idades com binadas de seis dos seu antepassados eram de cento e noventa e nove anos; quer dizer, á volta de cem anos por cabeça. D ois deles haviam m orrido p o r acidente I

A S P E SSO A S E X C IT Á V E IS M O R R E M F A L S O . A vida mais A N T E S QUE A S CALM AS longa dos tempos mo­

dernos, absolutam ente com provada p ela s certidõês de nasci­mento e de òbito, fo i a de um impetuoso dinam arquês chamado Christien Jacobsen D rankenburgo. Nasceu a dezoito de Novembro de 1626 e morreu a 9 de Outubro de 1772 , contando, portanto, cento e quarenta e seis anos de idade. Os estudos de outros tem­peram entos excitáveis não m ostram nenhum a relação entre esta qualidade e a duração da vida.

AS PESSOAS, QUE T IV E R A M D O EN ÇAS F A L S O . A s doenças G R A V E S NÃO POD EM E SP E R A R TAO qraves não parecem

LONGA VID A ÇOM O AQ U E LA S afectar a duraçãoQUE / IS N ÃO T IV E R A M da vida das pessoas

que se curam. Um estudo de cem anciãos, entre os oitenta e os cem anos, demonstrou que m etade deles haviam estado alguma vez gravem ente doentes. O que verdadeiram ente encurta a vida são as doenças crónicas não tratadas.

A G EN TE DO CAMPO V IV E M AIS D O QUE A D A S C ID A D ES

C E R T O . Em bora a vida se]a m ais rigorosa, é prova­

velm ente m ais sã, o que p o de ser a causa da vantagem da geni* do camgo.

S f l L I H f I R f l M O N T I l E N f tDE

J A I M i P i f t i l R Á C R A T O A R A Ú J O

Sal jan Cisio pilim, aos melhores rasí l o m e r c a d o

Á Salineira Montijense,Sempre pronta a bem servirr aguarda as ordens dos seus estimados clientes

e amigos.

R . António Semedo, 12 (ju n to ao novo mercado) — Telef. 0 2 6 4 1 3 —■_

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9.6-955 A PROVINCIA 9

= D E S P O R T O S HS I N A L D E A L A R M E

O Desportivo de M ontijo em perigo!®.»FEIRA DE M A IO R E U N I R !

Nâo é a posição de respon- s á v e l , involuntariamente assumida e gostosamente cumprida, que nos afasta da cómodo penumbra dum mutismo fácil de conservar; não é também a autoridade técnica, jàmais possuida ou reivindicada, a força impul­sionadora duma atitude que a peito descoberto vimos ocupar num terreno tão in­grato e tão difícil; não é tão pouco — importa subli­nhá-lo— a defesa de inte­resses de A ou de B o nosso móbil e a razão da nossa vinda a terreiro, correndo porventura o risco involun­tário de ferir susceptibili­dades, agravar azedumes, suscitar antagonismos laten­tes, escalpelizar erros e cul­pas de tantos — se os h á — , acusar impiedosamente res­sonâncias ôcas, balofas, per­niciosas.

Responsáveis, ao fim e ao cabo, somos todos nós, inca­pazes até aqui de definir uma ideia, emprestar-lhe força, viver por ela, realizá- •la, dando lhe forma e con­teúdo.

Nas boas horas do êxito embriagador, nas horas dos vivas e das palmas, quando todo o céu é de um azul transparente e a brisa morna do mar das fagueiras ilusões nos ac a r i c i a a epiderme ainda mal estratificada de montijenses de pat ac o e meio, nesses momentos fá­ceis quantos «pais» tem a célebre e dacantada F U ­SÃO? Nem se sabe ao certo, tantos essa qualidade se arrogam, se tanta paterni­dade, tanto amor e tantos carinhos não ma t a r ã o a criança.

E’ vê-los. Tomam ares importantes e infalíveis de alquimistas da pedra filo­sofal, sujeitos sem o esforço e sem a bolsa dos quais nada se haveria feito; dão conselhos e definem direc­trizes, em ar paternal a solí­cito, ciosos da invulnerabi­lidade duma obra que rei­vindicam como lavra pró­pria; gesticulam, gritam e zangam-se mesmo quando alguém, na melhor fé, dis­cute os seus sábios juizos.

Todos os conhecemos, porque são numerosos e dão muito nas vistas nas marés de Lua Nova. E nós vamos, quantas vezes, no enchurro dest a verbosidade esfu- siante, contaminados por aquele entusiasmo transbor- dante e louco que nos parece tão sincero e que é tão fugaz como qualquer outra piro­tecnia de arraial. Tecem-se então os melhores encómios a todos, jogadores, directo­

res, treinador, massagista, porteiros, etc.

A mar é vai al ta! O «nosso» D e s p o r t i v o ! O «nosso»! Dezenas de auto­móveis e autocarros trans­portam uma massa associa­tiva entusiasta e fiel; agi- tam-se bandeiras; organi­zam-se s u b s c r i ç õ e s que rápidamente c o b r e m as necessidades visadas; pro­movem-se banquetes; fa­z e m- s e discursos, glorifi­cam-se nomes imorredoiros na história do Clube e da terra. E há azedumes e olha­res de soslaio na reivindi­cação dos louros!

Mas também é verdade que, às vezes, para pagar a renda da casa ou a conta da água e da luz, e outras coi­sas de maior monta, o caudal das paternidades se reduz duma forma que chega a ser escandalosa!

Quando é chegada a hora da desdita, cada qual trata muito comodamente de se escapulir por onde pode, e até por onde às vezes não c a b e ; quando é chegada a hora de assumir responsa- biJidades ninguém tem va­gar, uns porque têm o em- prêgo, outros porque estão desempregados, outros por­que não podem fazer mais (quando ainda nada fizeram), outros porque «compreende, tenho a minha vida», outros porque «estou sempre ao dispor do Desportivo para o que for necessário, mas isso não», outros ainda por­que sofrem de reumático, bicos de papagaio ou unha «encravada». Feitas as con­tas devidamente todos estão prontos a todos os sacrifícios (oh generosa gente!) e nin­guém faz nada, ninguém toma uma posição, ninguém sacrifica literalmente nada. Esta coisa, assim vista, ao de leve, parece desprovida de toda a lógica e incom- preensívol, mas diga-se de passagem que é a verdade.

Há excepções? Claro que as há. São aqueles, poucos, que, silenciosamente com devotado amor e persistên­cia, não esmorecem o seu entusiasmo, não perdem a sua fé, não recusam sacrifí­cios, não invocam paterni­dades.

Não t e m o s procuração para defender a Direcção do Clube, mas faltaríamos a um dever elementar de jus­tiça se não reconhecessemos e não proclamássemos aber­tamente os sacrifícios con­sentidos por esses compa­nheiros através dum cam­peonato cheio de peripécias, de contrariedades e de des­

pesas. A Direcção nunca foi devidamente apoiada por uma massa associativa cons­ciente, una. solidária. Ao sabor de bons ou maus ventos a massa associativa acorria ou fugia, exultava ou insultava, louvava ou denegria. A falta de comba­tividade e de amor pela camisola com que tantas vezes temos acusado e visto acusar os atletas do clube são o r e f l e x o natural e expontâneo duma falta de v o n t a d e colectiva, duma ausência de comunhão nos mesmos p e n s a me n t o s e ideais. A última assembleia geral veio revelar, mais uma vez, o desinteresse, o alheamento, o desamor dos responsáveis, daqueles que são os decantados pais do Desportivo. Quem estava lá? Todos sabemos.

O livro de presenças do­cumentará para o futuro a pobreza franciscana dos sen­timentos clubistas da única agremiação desportiva de vulto em Montijo.

Nao teremos afinal a sorte que merecemos ?

Lançamos o nosso apêlo a toda a massa associativa e a todo o povo de Montijo para que nao deixe perecer no caos uma colectividade que pode e deve ser o nosso orgulho. Lançamos o nosso apêlo ao amigos do Clube, que os há, para que o não abandonem nesta hora de sacrifício e de amargura. O Clube será o que nós qui­sermos qne seja, será o espe­lho da nossa vontade, do nosso ardor na luta, dos nossos sentimentos.

Correm os mais vexatórios boatos' fazem-se acusações de toda a espécie, fala-se na venda de quási todos os jogadores ao desbarato, mui­tas pessoas com sérias res­ponsabilidades nao mostram pejo em negociar contra os supremos i n t e r e s s e s do Clube. Onde queremos che­gar com este descalabro ? A que situação pretendem levar as cores de Montijo V Que frenesim e inconsciên­cia se apoderaram de quási todos que ninguém cuida da salvaguarda dum patri mónio que temos o dever de preservar e defender?

Onde estão os homens da fusão nesta difícil hora?

Lançamos o nosso apelo igualmente à Ex.ma Câmara, na certeza de a repercussão que a vida do Desportivo tem na projecção do valor e progresso da nossa teria não pode ser-lhes indife­rente.

Defensor intransigente e infatigável, desde a primeira hora, dum homem que pela sua honestidade e amor à causa de Montijo tem sido o feliz artífice duma obra de

(Continua na página seguinte)

Já tinhamos apanhado no ar qualquer coisa, aliás fo­cado no artigo do Ex.mo Presidente da A. G. do C. D. M. Por motivo de doença dum dos nossos redatores, encarregado de tais assuntos não nos tem sido possível ultimamente acompanhar o Clube Desportivo de Mon­tijo na própria séde. Nao queriamos também escal­pelizar o que vagamente temos ouvido, simplesmente pelo que se diz no café, mas. . . como alguns dos nossos colegas de Lisboa, têm noticiado a «venda» de vários jogadores do C. D. M. «venda» essa que a torna-se realidade, pelo menos, é o descalabro do único Clube da nossa Terra, parece-nos que nos cumpre também tratar o problema em defesa unicamente dos interesses do Clube e portanto de Montijo.

Estranhamos qué numa altura em que todos os clu­bes de maior ou menor pro­jecção andam empenhados na valorização das suas equipas, quer conseguindo jogadores quer treinadores capazes, quer elencos direc­tivos dispostos a trabalhar e a elevar o Clube a um plano superior ou a pelo menos a manter num plano estável e seguro as suas tradições; o Desportivo de Montijo ao invés dos outros, pensa em vender a sua prin­cipal turma de F utebol!

Se a massa associativa era já deminuta numa altura em que se vivia sob a eu­foria da passagem à Divisão principal, que sucederá a essa massa associativa na espectativa de baixa de D i­visão? Parecerão errados e exagerados os nossos ra­ciocínios e receios ?

Então vejamos.Não terminaram os seus

contratos os jogadores es­panhóis, Gimenez, FabregasI e II?

Não se fala da venda de Rodrigues e Albertino?

Não se fala em dispensar Quim Zé para o Sporting ou para o Benfica ou até para outros clubes • .. dis­tantes? Não se pensa ainda em desobrigar Raul, Benje e José Luís ?

Porque não se arranjou ainda uma direcção para tomar conta dos destinos do Clube ?

Não há verdadeiramente elementos à altura das res­ponsabilidades, ou não hà elementos que perante tal expectativa queiram assu­mir responsabilidades, cer­tos já daimproficuidade dos seus esforços ?

Para onde caminha o Des­

portivo sem Direcção e sem jogadores ?

Não há que acautelar a p e r ma n ê n c i a e so,brevi­vência do Desportivo naII Divisão? Não será esse mesmo o problema que deve subsistir na mente da futura e da actual direcção ?

Reconhecemos que a di­recção cessante do Despor­tivo trabalhou, pugnou pelos interesses do Clube, sacri­ficou-se dando o melhor do seu esforço por vezes até com evidente prejuízo dos seus deveres profissionais e particulares e até empres­tando importâncias mais ou menos elevadas.

Reconhecemos ainda de justiça, que tais elementos possam reaver o capital que de tão boa vontade cederam na hora em que tal foi ne­cessário.

E’ compreensível que o elenco d i r e c t i v o procure com esses mesmos elemen­tos que adquiriu ir buscar o dinheiro que empatou, mas ds cordamos em abso­luto que se desobriguem aqueles jogadores que afinal são património exclusivo do Clube Desportivo de Mon­tijo, nomeadamente aqueles, feitos no Clube ou os nao adquiridos pela actual di­recção.

Esses jogadores não po­dem nem devem ser dis­pensados, salvo que a sua permanencia afecte o Clube e mesmo assim tal dispensa pertencerá ao âmbito da próxima vigência.

E meus senhores justifi- car-se-à, à direcção cessante que salvaguarde os seus interesses mas desde que os meios a usar, não firam, não façam perigar a vida pre­sente ou futura do C. D. M.

Interessa acima de tudo a vida do Clube, essa tem que estar àparte de todas as conveniêncas pessoais.

Que se deverá fazer?Imediatamente, uma A s ­

sembleia Geral, na qual a massa associativa deverá comparecer na máxima força mas não para fazer barulho.

Deve ir sim, mas ordeira cônscia das suas obrigações,

Deve ir para ponderar, para discutir com acerto, com inteligência os seus problemas. Deve ir para elegera nova direcção, cujos eleitos deverão aceitar, por compreensão e por dever para com o seu Clube t como obrigação perante os respectivos estatutos.

Todos os que pensam ir para glosar o ambiente e estabelecer a c o n f u s ã o , esses, mais vale não porem lá os pés.

(Continua na página seguinte)

Page 10: REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - mun-montijo.pt · tória destas festas. ... prevista num dos arranjos do anteplano de urbanização ... Dr. Jorge Antunes, 6 peças de pano para 40

10 A PROVINCIA 9-6-955

M o n t i jo o r g u l h o - s e d e a p r e s e n t a r as m e l h o r e s f e s t a s populares que s e realizam no sul d e P o r t u g a l V IS IT E-N O S DE 25 A 30 DE J U N H O

SOBíRÁHÁ C0RT1CEIRA, LIMITADA f e l 1 * 3 d 6 M l l B O R e u n i r !P o r e s c r i t u r a d e 2 5 d e M aio de

1 9 5 5 , la v r a d a a f ls . 3 0 v . e s e ­g u in te s d o r e s p e c t iv o l iv r o n .° 2B , do C a r tó r io N o ta r ia l d e M o n ­t i jo , fo i c o n s t i tu íd a u m a so c ie d a d e c o m e r c ia l p o r c o ta s d e r e s p o n s a ­b ilid a d e l im ita d a , q u e s e r á re g id a p e la s c la u s u la s e c o n d iç õ e s c o n s ­ta n te s d o s a r t ig o s s e g u i n t e s :

1 .° — A so c ie d a d e a d o p ta a d e ­n o m in a ç ã o d e « S o b e r a n a C o r t i - c e i r a , L im ita d a » , e f ic a c o m a su a

I f è d e e ê s t a b e le c im e n t o em M o n ti jo .2 .° — O se u o b je c t o é a in d u s tr ia

e c o m é r c io d e c o r t iç a s , p o d en d o , c o n tu d o , p o r a c o rd o d o s s ó c io s , e x p lo r a r , ta m b é m , q u a lq u e r o u tr o ra m o d e in d u s tr ia o u c o m é r c io , d e n tr o d o s l im it e s da le i .

3 . ° — A su a d u ra ç ã o é p o r te m p o in d e te r m in a d o , c o n t a n d o -s e , p a ra tod os o s e fe ito s , o se u c o m e ç o d e sd e h o je .

4 . ° — O c a p ita l s o c ia l é d e q u i ­n h e n to s m il e s c u d o s , já , in t e g r a l ­m e n te r e a lis a d o , em d in h e ir o , e c o r r e s p o n d e à so m a d as c o ta s s e ­g u in t e s : U m a de c e m m il e sc u d o s q u e f ic a p e r te n c e n d o em c o n ju n to e em c o m u m e p a r te s ig u a is , aos s ó c io s J o s é M o u s in h o D ia s P o n t e s , A rm a n d o d e S o u s a G a g o , e M a n u e l C o r r e ia A r r o ja J u n i o r , e q u a tro ta m b é m d e ce m m il c s c u d o s , cad a f ic a n d o p e r te n c e n d o u m a a cad a u m d o s r e s ta n te s s ó c io s . « F . B ra z da C r u z , L im ita d a » , « B e a tr iz e s C o r t ic e ir o s , L im ita d a » « E u z e b io & A lv e s , L im ita d a » e « S a n c h o B a r ­r e ir a & C a b r i t a » .

5 . o __O s s ó c io s J o s é M o u s in h oD ia s P o n t e s , A rm a n d o d e S o u sa G a g o , e M a n u e l C o r r e ia A r r o ja J u n io r , q u e f ic a m p o s s u in d o em c o m u m , a q u o ta r e fe r id a , d e s ig n a ­rã o d e e n tr e s i , u m q u e a tod os r e p r e s e n t e n a s o c ie d a d e , p a ra t o ­d o s o s e f e i to s , p o r m e io d e p r o ­c u r a ç ã o o u o u tr o d o c u m e n to .

6 . " — C a d a s ó c io , c o n s id e r a n ­d o -s e c o m o tà l o c o n ju n t o in d iv is o d os o u to r g a n te s J o s é M o u s in h o D ia s P o n t e s , A rm a n d o d e S o u sa G a g o , e M a n u e l C o r r e ia A r r o ja J u n i o r , f ic a o b r ig a d o , à e n tra d a d e p r e s ta ç õ e s s u p le m e n ta r e s , a té ó e n tr a d a d ig o â q u a n t ia d e q u a ­tr o c e n t o s m il e s c u d o s , o q u e se rá e x ig ív e l , c o n fo r m e á s n e c e s s id a d e s da S o c ie d a d e , d e v e n d o a g e r ê n c ia a v is a r o s s ó c io s , c o m a a n te ­c ip a ç ã o d e t r in t a d ia s , p a ra cad a u m e fe c tu a r a e n tr a d a o u e n tra d a s q u e s e ja m n e c e s s á r ia s a té a q u e le r e fe r id o l im i t e .

7.° — P o d e r ã o , a in d a , o s só c io s ** fa z e r à s o c ie d a d e s u p r im e n to s q u e ,

p o r v e n tu r a , v e n h a m a s e r n e c e s ­s á r io s , d e v e n d o , em ta l c a so , s e r f ix a d a s e m d e lib e r a ç ã o d a A sse m - b lé ia G e r a l , a s im p o r tâ n c ia s , ju r o s e c o n d iç õ e s d e r e e m b o ls o .

8 .° — E ’ v ed ad o a q u a lq u e r d os s ó c io s fa z e r ou c e le b r a r , p o r s i, in t e r p o s ta p e s s o a o u a sso c ia d o c o m o u tr e m , o s s e g u in te s a c to s d e in d u s t r ia e c o m e r c io , q u e são in t e g r a n t e s d o o b je c t o da s o c ie ­d ad e : a ) F a b r ic a ç ã o o u c o m é r c io de fa lc a s o u a n e x o s e d e g r a n u la ­d o s d e c o r t iç a ; b ) E x p o r ta ç ã o de q u a is q u e r p r o d u c to s c o r t ic e i r o s ; c ) C o m p ra s e v e n d a s d e p ro d u c to s d e c o r t i ç a ig u a is a q u e le s a q u e a s o c ie d a d e se d e d ic a p a ra s e u c o n ­su m o o u e x p o r ta ç ã o .

§ ú n ic o — A fa b r ic a ç ã o p o r esta so c ie d a d e d e q u is q u e r p ro d u c to s d e c o r t i ç a , q u e n ã o e s t e ja m m e n ­c io n a d o s n a s re fe r id a s a lín e a s a) e b ) — d e s te a r t ig o , a p e n a s , é p e r ­m it id o , m e d ia n te a u to r is a ç ã o d ad a p o r a c o r d o u n a n im e d o s s ó c io s .

9 .° — A c e s s ã o , v e n d a q u a lie n a ­çã o d e q u a lq u e r q u o ta n o to d o ou em p a r te , b e m c o m o a s u a d iv isã o , f ic a d e p e n d e n te do c o n s e n t im e n to d a s o c ie d a d e .

1 0 .° — A so c ie d a d e te m o d ir e ito y d e a m o r t is a r o u a d q u ir i r co ta s ,

n o to d o ou em p a r te , d e q u a lq u e r d o s s ó c io s , n o s c a s o s s e g u in t e s :

a ) P o r a c o r d o c o m o s r e s p e c ­t iv o s p r o p r ie tá r io s ; b ) Q u a n d o a q u o ta t iv e r s id o p e n h o r a d a , a r r e s ­ta d a , d ad a em p e n h o r <;u s u je ita a e x e c u ç ã o , a r r e m a ta ç ã o o u a d ju ­d ic a ç ã o ju d ic ia is ; c.) Q u a n d o o s ó c io p r e te n d e r c e d ê - la o u p o r q u a lq u e r fo r m a a l ie n a - la .

1 1 .° — O p re ç o d a a m o r tis a ç ã o o u c e d ê n c ia da q u o ta s e r á , em r e g r a , o q u e f ô r a co rd a d o , e n tr e a s o c ie d a d e e o r e s q e c t iv o p r o ­p r ie tá r io .

§ 1 .° — N o c a s o d e d e s a c o r d o , s e r á o p r e ç o l ix a d o p o r a r b i t r a g e m e d e c is ã o , de c in c o p e r ito s , se n d o n o m e a d o s d o is p e la so c ie d a d e o u p o r s ó c io o u s ó c io s p r e fe r e n te s , s e f o r c a so d is s o , d o is p e lo p r o ­p r ie tá r io da q u o ta , e u m p o r a c o rd o d a s d u a s p a r te s .

§ 2 ." — A n te s d o s c in c o m e m ­b r o s p e r ito s , e n tr a r e m em fu n ç ã o , f ix a r ã o p r e v ia m e n te o v a lo r da c a u ç ã o a d e p o s ita r p e la s p a r te s c o n tr a ta n te s , p e r d e n d o , a q u e d e ­s i s t i r ou a q u e p o r q u a lq u e r m o d o s e d e s in t e r e s s a r do n e g ó c io , o v a lo r da c a u ç ã o f ix a d a , a fa v o r da o u t r a p a r te .

1 2 .° — 0 p re ço da c o ta a m o r t i - sa d a ou c e d id a s e r á p a g a , s a lv o a c o rd o em c o n t r á r io , em q u a t r o p r e s ta ç õ e s ig u a is , se n d o a p r i ­m e ir a n o a c to le g a l d a a m o r tis a ç ã o o u c e d ê n c ia , e as t r ê s r e s ta n te s , r e s p e c t iv a m e n te , a tr e s , s e is e n o v e m e se s d a d a ta , t itu la d a s p o r le t r a s .

1 3 .° — 0 s ó c io q u e p r e te n d e r c e d e r ou a l ie n a r a su a q u o ta , a ss im o c o m u n ic a r á à S o c ie d a d e e aos r e s ta n te s s ó c io s , p o r c a r ta r e g i s ­ta d a , co m a v is o d e re c e p c ç ã o .

1 4 .° — O d ir e i to d e a m o r t is a ç ã o o u a q u is iç ã o da q u o ta , p e r te n c e à s o c ie d a d e e , n ã o q u e r e n d o e la u s a r d e s te d ir e ito , p e r te n c e r á o m e sm o a o s s ó c io s .

§ ú n ic o — S e m a is d e u m s ó c io , p r e te n d e r a d q u ir ir a c o ta , s e r á e s ta d iv id id a p e lo s q u e a q u iz e r e m , n a p ro p o rç ã o d a s s u a s c o ta s .

1 5 .” — N o c a s o d e a q u is iç ã o da q u o ta p e la so c ie d a d e ou s ó c io s , s e r á o p re ç o e o p a g a m e n to da m e sm a , r e s p e c t iv a m e n t e , d e t e r ­m in a d o e fe ito , n o s te r m o s e c o n ­d iç õ e s r e fe r id o s n o s a r t ig o s o n z e e d o ze e r e s p e c t iv o s p a ra g ra fo s .

1 6 .° — A so c ie d a d e e b e m a s s im , o s s ó c io s d e v e rã o c o m u n ic a r , p o r c a r ta r e g is ta d a , c o m a v is o d e r e ­c e p ç ã o , ao p r o p r ie tá r io da q u o ta a lie rrad a , d e n t r o d e t r in t a d ia s , se q u e r e m o u n ã o a q u ir i - la , n o s t e r ­m o s e c o n d iç õ e s a tr a z r e fe r id o s .

§ ú n ic o — S e as re s p o s ta s fo r e m n e g a t iv a s , o u n ã o fo r e m e n v ia d a s d e n t r o d o p ra s o r e fe r id o , p o d e rá o p r o p r ie tá r io da q u o ta a lie n a n d a fa ­z e r , l iv r e m e n te , a c e s s ã o da m e s m a .

1 7 .° — A s o c ie d a d e s e r á r e p r e ­s e n ta d a em ju iz o e fo ra d e le , a c t iv a e p a s s iv a m e n te , p o r u m a g e r ê n c ia c o m p o s ta d e t r e s m e m b r o s , se m c a u ç ã o , n e m r e m u n e r a ç ã o , b a s ­ta n d o , p a ra q u e a s o c ie d a d e f iq u e v a lid a m e n te , o b r ig a d a , e m to d o s e q u a is q u e r a c to s , c o n t r a to s e d o ­c u m e n to s , as a s s in a tu r a s em c o n ­ju n t o e em n o m e da s o c ie d a d e , de d o is m e m b r o s g e r e n te s .

§ l . 8 — O s g e r e n te s d is t r ib u ir ã o e n t i e s i c o m o ju lg a r e m m a is c o n ­v e n ie n te o s s e r v iç o s a d m in is t r a ­t iv o s .

§ 2 .° — A os g e r e n te s é e x p r e s ­s a m e n te p r o ib id o o b r ig a r a s o ­c ie d a d e em f ia n ç a s , a b o n a ç õ e s o u l e t r a s d e fa v o r e m a is a c to s e d o ­c u m e n to s e s t r a n h o s a o s n e g ó c io s s o c ia is .

1 8 .° — O s b a la n ç o s d a r - s e - ã o em t r in t a e u m d e D e z e m b r o d e c a d a a n o , r e u n in d o a a s s e m b le ia g e r a l a té t r in t a e u m d e J a n e i r o s e g u in te p a ra a p ro v a ç ã o d e c o n ta s e n o m e a ç ã o d e n o v o s c o r p o s g e ­r e n t e s , s e m p r e q u e o s a n te r io r e s h a ja m d e s e r s u b s t i tu id o s .

§ 1 .° — O s lu c r o s l íq u id o s a n u a is a p u ra d o s d e p o is d e d e d u z id a a p e r c e n ta g e m d e c in c o p o r c e n to p a ra fo r m a ç ã o o u r e in t e g r a ç ã o d o fu n d o d e r e s e r v a le g a l , s e r ã o d i­v id id o s p e lo s s ó c io s n a p ro p o rç ã o e s ta em q u e , ta m b é m , s e r ã o s u ­p o rta d a s as p e r d a s .

§ 2 .° — P o d e r ã o h a v e r ta m b é m re u n iõ e s d e A s s e m b le ia s G e r a is c o n v o c a d a s , e x t r a o r d in a r ia m e n t e p e la g e r ê n c ia , ou a p e d id o de d o is s ó c io s , s e m p r e q u e o ju lg u e m c o n ­v e n ie n te .

1 9 .° — A s A s s e m b le ia s G e r a is , s a lv o o s c a s o s e m q u e a le i e x i ja o u tro s r e q u is i to s , se rã o c o n v o c a ­d as p o r m e io d e c a r ta s - r e g is ta d a s , c o m a v iso d e r e c e p ç ã o , e n v ia d a s

(Conclusão da página an te rio r)

vulto, merecendo a nossa gratidão e nosso respeito, para ele apelamos igual­mente com a consciência de defendermos uma causa justa e digna de todo o apoio.

Façamos todos acto de contrição e cumpramos o nosso dever, evitando o in­decoroso espectáculo dum Clube em queda vertical por covardia de uns e aban­dono de quase todos.

Feira de Maio. Feira de Maio. Feira de ilusões e feira de vaidades. O Clube Desportivo de Montijo pa­

rece em leilão. A próxima Assembleia Geral será de­cisiva para o futuro da colectividade. Aguardamos serenamente que a massa associativa do Clube dê uma nota de bom senso, de consciência das p r ó p r i a s responsabilidades, e de de­dicação pelos seus superio­res interesses. E lá estare­mos prontos a dar a palavra e as rédeas do poder às múltiplas pater idades.

Acabemos a feira meus senhores!O Presidente da Assembleia

GeralAvelino José da Rocha

Barbosa

(Conclusão da página an te rio r)

P o d e s e r que dessa Assembleia não saia um elenco directivo, mas é ne­cessário que saia qualquer coisa de proveitoso, pelo menos uma directriz com cabeça tronco e membros,

Deve ser essa Assembleia, calma, reflectida sem polí­ticos por A ou B, porque apenas está em causa o Clube Desportivo de Mon­tijo.

M. P.3 1 <

Telefone 026 576

tyatu hoai Cfioioqtafiai

Fofo Montijense

Um ja n ta r de hom enagem A O S I R M Ã O S F Á B R E G A S

Per i n i c i a t i v a de um grupo de amigos, composta pelos Srs. José António Gouveia, José Paulo Futre, José Maria dos Santos e A n ­tónio Cacheirinha, serão ho­menageados com um jantar no salão do Café Portugal 110 próximo dia 16 pelas 20 horas, os conhecidos atletas da nossa primeira equipa de Futebol, irmãos Fabre- gas.

Para este jantar de home­nagem está aberta a inscri­ção a todos aqueles que q ue i r a m associar-se, nos Cafés Portugal e Nacional, em Montijo.

Sensacional!..Baixa de Preços!,.

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A gentes ex c lu s iv o s :

T R A M A G A LEsta modalidade de des­

porto está despertando nesta localidade Verdadeiro entu­siasmo entre os possuidores destas preciosas aves, tendo sido já realizadas muitas provas ganhas por diversos concorrentes.

No p. p. dias 29/5 e 4/6/55 disputaram-se as seguintes:

Régua — Tramagal — 200 Klm. — Pombos 120.

Classificação 1 — Luís Branco; 2° —

Mendes Silva; 3 .° — Manuel

Grácio; 4.° — Mendes Silva; 5.° — Manuel Grácio.

Média do 1.° pombo — 1300 metros por minuto.

Burgos — Tramagal — 500 Klm. — Pombos 18.

Classificação 1.°— Bonifácio Grácio; 2.°

— José Godinho; 3.° — Luis Branco; 4.° — Bento Jesus; 5.° — Augusto Jacob.

Médio do 1.° pombo — 1090 metros por minuto.Afonso da Silva Campante

SPA

M Á R P Á L, Lim itadaTe le f. 0 2 6 151 - Rua José

J. M arques, 27M O N T IJ O

O primeiro SCOOTER doMundo

ffSTÀS POPULARES DE S. PEDRO

ao s s ó c io s , c o m a a n te c e d ê n c ia m ín im a d e c in c o d ia s , d e v e n d o c o n s ta r d e la s o a s s u n to o u a s s u n ­to s a tr a ta r .

2 0 .° E m ca so d e d is s o lu ç ã o d e q u a lq u e r s o c ie d a d e s o c ia l , a su a c o ta s e r á p o s s u id a s r e p r e ­se n ta d a n a so c ie d a d e , o r a c o n s t i ­tu íd a , p e lo s ó c io d a d is s s o lv id a s o c ie d a d e q u e , p o r q u a lq u e r fo rm a a d q u ir ir a r e p e c t iv a q u o ta .

2 1 .° — P o r fa le c im e n to o u i n ­te r d iç ã o d e q u a lq u e r s ó c io , o s seu s h e r d e ir o s o u r e p r e s e n t a n t e s , p o ­d e rã o c o n t in u a r n a s o c ie d a d e , co m a c o ta em c o m u m e in d iv is a , p o r in te r m é d io d e u m só q u e a to d o s r e p r e s e n t e .

22° — A so c ie d a d e d is s o lv e -s e a p e n a s , n o s c a s o s le g a is , e o s s ó ­c io s p ro c e d e r ã o à l iq u id a ç ã o e p a r t i lh a c o n fo r m e a c o rd a r e m e fo r de d ir e i to .

2 3 .° — E m to d o o o m is s o r e g u ­la rã o a s d is p o s iç õ e s le g a is a p l i ­c á v e is .

M o n t i jo , 5 d e J u n h o d e 1 9 5 5

O A ju d a n te do c a r t ó r io ,

(IHanuel Cipriano Rodrigues fu tre )

São estas as Bondas de música que de 25 a 30 de Junho v irã o a IHcntijo abrilhantar as nossos festas:

Sábado, 25Sociedade Filarmónica 1.° de Dezembro— Montijo Sociedade F • Humanitária - Palmeia

Domingo, 26Ateneu Artístico Vilaíranç/uense Sociedade Filarmónica União Seixalense Sociedade F. Proéresso e Labor Samouçluense

Segunda-feira, 27Sociedade Musical SesimbrenseSociedade F. Perpétua AzeitonenseSociedade Instrução Musical Quinta do Anjo

Terça-feira, 28Sociedade F. Democrática Timbre Seixalense Academia Musical U■ e Trabalho — S. Grandes Banda Democrática 2 de Janeiro — Montijo

Quarta-feira, 29Sociedade F. Palmelense (Loureiros)Grupo Desportivo da C U F BarreiroSociedade Previdência — Azeitão

Quinta-feira, 30Sociedade Filarmónica Incrível Almadense Academia de Inst. e Recreio Familiar Almadense Sociedade União Artística Piedensc

OIMEIRIMO VINHOque m elhor

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M ONTIJO

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