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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RÉGIS ARAÚJO DE ALMEIDA ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM UMA EMPRESA DE AGRONEGÓCIO, SITUADA NO MUNICÍPIO DE EUSÉBIO (CE). FORTALEZA 2014

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

RÉGIS ARAÚJO DE ALMEIDA

ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM UMA EMPRESA

DE AGRONEGÓCIO, SITUADA NO MUNICÍPIO DE EUSÉBIO (CE).

FORTALEZA 2014

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RÉGIS ARAÚJO DE ALMEIDA

ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO, EM UMA EMPRESA

DE AGRONEGÓCIO, SITUADA NO MUNICÍPIO DE EUSÉBIO (CE).

Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Administração de Empresas, como requisito parcial para obtenção do grau de graduação.

Orientadora: Ma. Rosangela Soares de Oliveira.

FORTALEZA 2014

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RÉGIS ARAÚJO DE ALMEIDA

Trabalho de conclusão de Curso como pré-requisito

para obtenção do titulo de Bacharelado em

Administração, outorgado pela Faculdade Cearense

(FaC), Tendo sido aprovado pela banca examinadora

composta pelos professores.

Data de aprovação: ___/___/___

Conceito:___________________________

____________________________________________

ROSANGELA SOARES DE OLIVEIRA, Ms.

Orientador

____________________________________________

Membro

_____________________________________________

Membro

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Dedico este trabalho a todos que de forma direta

ou indireta contribuíram para a realização de um

sonho.

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“Não se acostume com o que não o faz feliz,

revolte-se quando julgar necessário. Alague seu

coração de esperança, mas não deixe que ele se

afogue nela. Se achar que precisa voltar volte! Se

perceber que precisa seguir siga! Se estiver tudo

errado, comece novamente. Se estiver tudo certo,

continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder

um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!”

Fernando Pessoa

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que me mostrou o caminho a seguir, que foi criativo. Que me fez ser

perseverante, que me deu coragem para questionar realidades e propor sempre um

novo mundo de possibilidades.

À minha família, por acreditar em meu potencial. Mãe e meus avós, seus

cuidados e dedicação foram o que me deu, em alguns momentos, a força para

seguir; a presença de vocês significou segurança e certeza de que não estou

sozinho nessa caminhada.

Aos meus amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhas. Com vocês,

as pausas entre um parágrafo e outro na construção deste trabalho contribuiu para a

melhoria de tudo o que tenho produzido na vida.

Ao curso de administração da FAC e aos professores ao longo de todo o

curso. Posso dizer que a minha formação e as pessoas com quem convivi nesses

espaços ao longo dos anos foram muito enriquecedores. As experiências de uma

produção compartilhada com amigos foram a melhor etapa da minha formação

acadêmica.

À professora Rosangela Soares, por seus ensinamentos, paciência e

confiança ao longo das supervisões e orientações. A todos aqueles que de alguma

forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a

pena.

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RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo investigar se a logística de uma empresa de agronegócio é eficiente, se a eficiência na logística de transporte aumenta a competitividade da empresa frente a seus concorrentes e constatar se realmente os estudos sobre a eficiência logística estão certos ao afirmar que ela oferece vantagem competitiva para as organizações. Para atingir os objetivos da pesquisa, primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica e, na busca da confirmação da teoria na prática, realizou-se um estudo de caso. Quanto ao propósito, optou-se por um estudo exploratório-descritivo e de abordagem ou natureza quantitativa. Na segunda etapa, a técnica utilizada para obtenção dos dados primários foi a aplicação de um questionário. Ele foi aplicado com dez colaboradores em uma abordagem não probabilística, utilizando-se o critério de amostragem intencional. Desta forma, pode-se dizer que o objetivo geral e os objetivos específicos da pesquisa foram atingidos, pois verificou que, se a empresa trabalhar a logística de transporte de maneira eficaz e eficiente, terá uma vantagem competitiva frente a seus concorrentes. Palavras-chave: logística, transporte rodoviário e eficiência.

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ABSTRACT

The present study aimed to investigate the logistics of an agribusiness company is efficient, the efficiency in transportation logistics increases the competitiveness of the company compared to its competitors and really see if the studies on logistics efficiency are right to say that it offers a competitive advantage for organizations. To achieve the research objectives, primarily a literature search was performed and in the pursuit of confirmation of the theory in practice, performed a case study. As to purpose, we chose an exploratory-descriptive and quantitative approach or study. In the second stage, the technique used to obtain the primary data was a questionnaire. It was applied with ten employees in a non-probabilistic approach, using the criterion of purposive sampling. Thus, can say that the general objectives and specific research objectives were achieved, they found that, if the company working transportation logistics effectively and efficiently, will have a competitive advantage over your competitors. Keywords: logistics, road transport and efficiency.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Frota utilizada para transferência dos CDs para a fabrica................. 36

Gráfico 2 Frota utilizada para distribuição da fabrica até o cliente final ............. 36

Gráfico 3 Modais de transporte utilizado pela empresa...................................... 37

Gráfico 4 Logística como diferencial competitivo................................................ 38

Gráfico 5 Empresa trabalha logística de maneira eficaz e eficiente................... 38

Gráfico 6 Empresa recebe Feedback dos clientes relacionado ao nível

de satisfação....................................................................................... 39

Gráfico 7 Empresa busca saber nível de satisfação de clientes em

relação a prazo de entrega e condições de recebimento................... 39

Gráfico 8 Estrutura e ferramentas adequada para obter resultados

positivos na logística de transporte..................................................... 40

Gráfico 9 Indicadores de medição de eficiência logística de transporte............ 41

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABIC Associação Brasileira da Indústria do Café

BRTUV Organismo certificador credenciado pelo IMETRO

CD Centro de distribuição

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ISO Organização Internacional para Padronização

PIB Produto Interno Bruto

TI Tecnologia da Informação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 12

2 LOGÍSTICA E TRANSPORTE................................................................... 15

2.1. Conceituando logística............................................................................... 15

2.2 Histórico e evolução da logística................................................................ 16

2.3 Logística como agregador de valor............................................................ 17

2.4 Estrutura de transporte............................................................................... 18

2.5 Modais de transporte.................................................................................. 18

3 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO........................................ 21

3.1 Transporte rodoviário................................................................................. 21

3.2 Eficiência logística dos transportes rodoviários......................................... 23

3.3 Gargalos logísticos do transporte rodoviário ............................................. 24

4 ESTUDO DE CASO................................................................................... 27

4.1 Área geográfica e histórico do município de Eusébio (CE)....................... 27

4.2 Caso: empresa de agronegócio ................................................................ 27

4.2.1 Segmento e atuação no mercado.............................................................. 29

4.2.2 Portfólio de produtos.................................................................................. 29

4.2.3 Clientes...................................................................................................... 29

5 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA................................... 31

5.1 Natureza da pesquisa................................................................................ 31

5.2 Tipologia da pesquisa................................................................................ 31

5.3 Universo, população e amostra................................................................. 32

5.4 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados................................... 33

6 ANÁLISE E INTERPRETAÇAO DOS RESULTADOS............................. 35

6.1 Perfil dos respondentes............................................................................. 35

6.2 Análise dos resultados............................................................................... 35

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 42

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 45

APÊNDICE................................................................................................. 47

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1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa consiste em um estudo de caso realizado em uma

empresa do segmento de agronegócio, localizada no município de Eusébio (CE);

uma organização privada, de capital fechado, atuando no mercado brasileiro, com

uma equipe de vendas própria. Possui atuação nacional, produzindo e distribuindo

marcas fortes e consagradas de produtos alimentícios, líderes de mercado em suas

categorias. A empresa conta com unidades de exportação, unidades de compra e

beneficiamento de café verde e exporta seus produtos para mais de 30 países.

A escolha da empresa para a realização deste estudo, referente à análise

na logística de transporte rodoviário, partiu de um desejo particular do pesquisador

em analisar se a eficiência da logística de transporte rodoviário oferece vantagem

competitiva. A opção pelo tema se deu também pelo fato de que as empresas hoje

em dia devem estar preparadas para a competição logística em nível mundial,

prontas para fazer entregas do outro lado do mundo em menos de 24 horas.

A logística de transporte rodoviário hoje está sendo muito utilizada nas

empresas devido à redução de custos e otimização de tempo. No Brasil, por

exemplo, a logística ainda não é utilizada como diferencial de estratégia competitiva;

as empresas que não utilizam a logística de forma eficiente e estratégica têm sofrido

com várias consequências geradas pela ineficiência da logística de transporte e isto

influencia diretamente sobre os custos de transporte.

Devido à grande concorrência e a busca de uma fatia maior do mercado

as empresas estão inovando suas estratégias, mas se deparam com grandes

problemas estruturais que impactam diretamente na logística de transporte

rodoviário, que são: grande volume de empresas no setor, o que provoca o

acirramento da competição e a perda de poder de barganha junto aos clientes;

“comoditização” do produto transporte; rodovias em péssimas condições de uso;

roubo de cargas; idade da frota de caminhões; carga tributária elevada; pouca carga

retorno; tempo de carga e descarga elevado e alto custo com pedágios. Por este

motivo, foi criado o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), com o intuito

de orientar as ações nacionais publicas ou privadas em infraestrutura de transporte

e logística.

Atualmente as organizações encontram-se em um cenário cada vez mais

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competitivo e desta maneira se deparam com a necessidade de ter uma logística

mais eficiente.

Diante desse cenário, as empresas buscam uma maior participação no

mercado, inovando suas estratégias e visando a redução de custos e otimização do

tempo, tornando-se um diferencial frente a seus concorrentes e gerando um alto

nível de satisfação pelo serviço prestado aos clientes. A partir daí, propõe-se o

seguinte questionamento: A logística de transporte rodoviário, de uma empresa

especificamente do setor de agronegócio no município de Eusébio (CE) é

eficiente ou não?

Com vista a dar resposta à problemática de partida, foi traçado como

objetivo geral: Analisar a logística de transporte rodoviário de uma empresa do

segmento de agronegócio, situada no município de Eusébio (CE).

Para atingir o objetivo geral, foi necessário delinear os seguintes objetivos

específicos:

conceituar logística, logística de transporte rodoviário e transporte

rodoviário destacando a importância dessas atividades para uma empresa

especificamente do setor de agronegócio no município de Eusébio-CE.

averiguar a logística de transporte rodoviário nas empresas do estado

do Ceará e

verificar a eficiência da logística de transporte rodoviário

especificamente do setor de agronegócio da empresa em questão.

A metodologia a ser utilizada foi de caráter bibliográfico e análise

quantitativa; de tipologia exploratória descritiva quanto aos fins e meios e estudo de

caso por meio de um estudo de campo, através da análise das principais atividades

logísticas de transportes rodoviários, realizada através de atividades do dia a dia a

eficiência na logística de transporte da empresa pesquisada.

A pesquisa teve fundamentação teórica baseada na bibliografia de

autores como Ballou (2006) e Bowersox; Closs; Cooper (2007) Pereira (2006),

Choopra (2003), dentre outros.

O presente trabalho foi estruturado da seguinte forma: o primeiro capitulo

apresenta a introdução; o segundo contém a fundamentação teórica voltada para os

conceitos e histórico e evolução da logística, sua definição e importância nas

organizações, bem como os conceitos e estrutura de transporte e a classificação de

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modais de transporte; o terceiro capitulo apresenta uma contextualização sobre a

logística de transporte rodoviário e são abordados também os principais gargalos da

logística de transporte, definições de eficiência logística e a logística como forma de

agregar valor e aumentar a competitividade das organizações; o quarto capitulo

apresenta um panorama da empresa pesquisada, bem como sua localização,

histórico, segmento e atuação de mercado, portfólio de produtos e principais

clientes; o quinto capítulo mostra a abordagem metodológica utilizada para o

desenvolvimento da pesquisa.

Para atingir o objetivo da pesquisa, primeiramente fez-se uma pesquisa

bibliográfica, na busca da confirmação da teoria na prática e realizou-se um estudo

de caso. Quanto ao propósito, optou-se por um estudo de caso exploratório-

descritivo. Quanto à abordagem ou natureza da pesquisa, optou-se por uma

pesquisa quantitativa.

Na segunda etapa da pesquisa as técnicas utilizadas para obtenção dos

dados primários foram: coleta documental e aplicação de questionário. O

questionário foi aplicado em dez colaboradores aptos a respondê-los, em uma

amostragem não probabilística, utilizando-se o critério de amostragem intencional.

O sexto capítulo refere-se à análise e interpretação dos resultados, em

que são expostos e comentados os dados coletados na pesquisa aplicada na

empresa de agronegócio; tais dados são apresentados por meio de percentuais e

gráficos.

Por fim, nas considerações finais, são apresentados os principais

resultados obtidos na pesquisa e sugestões de melhoria, tendo como base o

referencial teórico. São expostas também sugestões para continuidade desta

pesquisa.

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2 LOGÍSTICA E TRANSPORTE

O objetivo deste capítulo é apresentar a base teórica que deverá

sustentar a pesquisa do trabalho, em que serão abordados o histórico e a evolução

da logística, definição e a importância da logística como um diferencial competitivo,

conceito de transporte e classificação de modais e atualidades.

2.1 Conceituando logística

Conforme Christopher (2007), a logistica é o processo de gerenciar de

forma estratégica a aquisição de materiais, do transporte e da armazenagem de

matérias-primas, elementos e produtos acabados (acrescidos dos fluxos de

informação relacionados) tanto por partes das empresas e de seus canais de

marketing, de forma que sua lucratividade atual e futura seja maximizada mediante a

entrega de encomendas acompanhadas pelo menor custo.

Segundo Bowersox, Closs e Cooper (2007), a logística é um processo de

planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias,

serviços e das informações, indo desde o ponto de origem até o ponto de consumo,

com o objetivo de atender às exigências dos clientes. Reafirma ainda que a logística

é a adaptação do gerenciamento de pedidos, do estoque, da armazenagem, do

manuseio de materiais e da embalagem de uma empresa interligados por uma rede

de instalações.

Para Christopher (2007), a logística é o processo de gestão estratégica

que vai desde a compra, passando pela armazenagem e transporte de matérias-

primas e produtos acabados por parte da organização e de seus fornecedores com

menor custo associado, de maneira que a lucratividade da organização seja

maximizada diante do atendimento ao cliente, objetivando apoiar as necessidades

operacionais de compra, produção e atendimento às expectativas do cliente.

Para Ballou (2006), a logística tem um papel de fundamental importância

na geração de valor de um produto; isto ocorre desde fornecedores da empresa até

o cliente. A logística deve atender às necessidades do cliente, por meio de uma boa

comunicação e administração logística, a fim de prover bons níveis de serviço ou

produto que se adequem às necessidades destes a um preço justo.

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Para Carvalho (2002, p. 31), “logística atual deve abranger desde os

fluxos físicos, a gestão da produção (materiais, insumos e produtos acabados) e

toda a indução da informação, tanto no sentido direto como no reverso”. O referido

autor ainda ressalta que a logística, na atualidade, desempenha um papel

fundamental e de suma importância nas decisões das organizações públicas e

privadas. No novo conceito de fazer logística verifica-se que pelo ambiente

globalizado em que vivemos a logística é mais global e mais abrangente e isto pode

ser observado com o passar dos anos através do histórico e evolução desta.

2.2 Histórico e evolução da logística

Segundo Ballou (2006), a logistica teve início em atividades militares e

existe desde a década de 1940. Estava relacionada à movimentação e coordenação

de tropas militares, armamentos e munições para os locais em que fossem

necessária a sua movimentação. A sua principal finalidade consistia em fazer o

planejamento militar, que compunha o estudo dos pontos fortes e fracos dos

adversários de guerra, a fim de utilizar a melhor estratégia.

Segundo Novaes (2007), a logística está classificada em quatro fases,

sendo que a primeira ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, no momento em que

a indústria procurava preencher espaços existentes e ainda não tinha um sistema de

comunicação e informática e todos os processos eram feitos manualmente. O

estoque era considerado o principal elemento da cadeia de suprimento (NOVAES,

2007).

A segunda fase da logística foi marcada pela diversificação dos produtos,

tendo em vista que as organizações começaram a focar os segmentos do mercado e

também analisar a real importância e a sinergia da cadeia de suprimento (PIRES,

2007). De acordo com Novaes (2007), foi nesta etapa que surgiu a multimodalidade

no transporte das mercadorias e também a inserção da informática nas operações

na década de 1960, caracterizando a otimização de atividades e o planejamento

como elementos-chave nesta nova fase.

A terceira fase da logística teve o início da integração entre os agentes da

cadeia de suprimento. Como a TI (tecnologia da informação) já estava sendo

instalada de forma avançada nas organizações, os processos transcorriam de

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maneira mais rápida, já que tecnologias novas, como a introdução do código de

barras, tinham sido instaladas. O pensamento era voltado para a redução de custos

em nível de estoque, uma vez que estoque parado é sinônimo de dinheiro perdido

(NOVAES, 2007).

A quarta fase da logística, que é considerada como fase atual da logística,

iniciou-se na década de 1990 e foi marcada pela globalização, ou seja, as indústrias

se tornaram mais competitivas, baseadas em valores de desempenho globais, tendo

em vista que fatores como custos, qualidade, desempenho na entrega e flexibilidade

se tornaram fatores de distinção competitiva (PIRES, 2007). A integração entre os

processos ao longo da cadeia de suprimento foi descrita por Novaes (2007) como o

principal acontecimento desta fase.

Segundo Ballou (2006), é necessário refletir e gerenciar as funções

logísticas de forma coletiva, acrescentando a logística a um fator econômico, no qual

o consumo e a produção também tenham o menor custo possível. A compreensão

da logística em agregar as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços

para gerir de forma coletiva tem sido uma evolução natural do pensamento

administrativo. As atividades de transporte de material, além das demais atividades

decorrentes da logística, tiveram início antes mesmo da existência de um comércio

ativo entre regiões vizinhas (BALLOU, 2006).

Conforme Bowersox, Closs e Cooper (2007, p. 3), ”O que começou na

ultima década do século XX e continuará a se expandir no século XXI é o que os

historiadores chamaram de despertar da era da informação ou era digital”. Desta

maneira, a logística deve apresentar-se desde o pedido do produto até a entrega.

Isto faz com que a logística agregue valor ao produto ou serviço prestado pela

organização (BOWERSOX, CLOSS & COOPER, 2007).

2.3 Logística como agregador de valor

Segundo Faria (2007), de acordo com os termos logísticos, gerar valor ao

cliente significa envolver, conhecer de forma detalhada e mais aprofundada as suas

atividades e necessidades, sua estrutura de custos, necessidades e dinâmica de

mercado e visualizar se o benefício proposto agrega valor para ele e a organização.

Para Ballou (2006), é de fundamental importância que a logística da empresa

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possua uma estrutura de transporte que atenda às necessidades de seus clientes,

disponibilizando o produto certo, no local certo. Desta maneira, cria-se ao cliente um

valor único pelo nível de satisfação gerado por meio do produto ou serviço adquirido.

2.4 Estrutura de transporte

Para Chopra e Meindl (2003), transporte significa o movimento do produto

de um local a outro, partindo do início da cadeia de suprimento e chegando até o

cliente e o modal rodoviário é uma atividade fundamental na logística porque

movimenta os produtos através dos diversos estágios de produção e, por fim, até os

consumidores. Segundo Bowersox, Closs e Cooper (2007), o transporte é um

elemento de extrema importância na logística, pois através do aparecimento do

serviço de transporte a economia muda por meio da sua capacidade de locomoção,

podendo contribuir na competitividade do mercado.

A concorrência do transporte de cargas advém do direito preferencial de

passagem, veículos e transportadores que operam dentro de cinco modais de

operação: ferroviário, aeroviário, dutoviário, rodoviário e aquaviário; um modal

identifica um método ou forma básica de transporte em que cada um tem suas

características específicas que os tornam a opção mais adequada para cada tipo de

carga (BOWERSOX, CLOSS & COOPER, 2007).

Segundo Ballou (2006), os modais podem ser classificados pelo tempo

médio de entrega. A ferroviária tem a maior variação no tempo de entrega, já o

modal aéreo tem a menor variação de tempo e o modal rodoviário fica entre o

ferroviário e o aéreo. Se dentre as variáveis de escolha o fator determinante para a

escolha do transporte for determinada em relação ao tempo médio de entrega, o

transporte aéreo é o menos confiável e o rodoviário o mais confiável.

2.5 Modais de transporte

Atualmente existem cinco modais básicos de transporte comprovados

cientificamente através de estudos; são eles: rodoviário, ferroviário, dutoviário,

aeroviário, aquaviário e um novo modal ainda não muito divulgado que é o infoviário.

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O primeiro modal e mais utilizado no Brasil é o rodoviário, temática que será

abordada em um capitulo específico por ser o foco desta pesquisa.

O segundo modal mais utilizado no Brasil é o ferroviário. Para o Ministério

dos Transportes (2013), o transporte ferroviário no Brasil é aquele que é utilizado

através de linhas férreas, a fim de transportar pessoas e cargas com grandes

volumes de produtos homogêneos, em percursos longos. Dentre os produtos

transportados pelo modal ferroviário pode-se dar como exemplo os minérios de ferro

e manganês, carvões minerais, derivados de petróleo e cereais em grão, todos

transportados a granel. Ressalte-se que o tipo de mercadoria transportada através

deste modal não possui alto valor agregado.

Segundo Novaes (2007), suas principais vantagens são: transportar

grandes quantidades de carga com um menor custo e ser adequado para longas

distâncias. E como desvantagens por ter um alto custo para ser implantado e menor

flexibilidade em suas rotas, pois opera em pontos fixos; baixa integração entre os

estados e ser um meio de transporte lento, enquanto o transporte rodoviário é o

modal que apresenta uma menor capacidade de transporte de carga entre todos os

modais.

O terceiro modal mais utilizado no Brasil é o aquaviário. Segundo o

Ministério dos Transportes (2013), é aquele realizado por meio de embarcações

para deslocamentos de passageiros e mercadorias. Este modal utiliza como via o

mar aberto. Segundo Ballou (2007), o serviço de transporte aquaviário apresenta

como vantagens; grande capacidade para transportar cargas; menor custo e alta

competitividade quando utilizado para grandes distâncias. Desvantagens; tem

necessidade de transbordo nos portos e fica distante dos centros de distribuição e

enfrenta frequentes congestionamentos nos portos.

O quarto modal mais utilizado no Brasil é o modo dutoviário. Este tipo de

transporte é eficiente na movimentação de produtos líquidos ou gasosos

(geralmente petróleo e derivados, gases em grande volume e produtos suspensos

em líquidos ou fluidos) em grandes distâncias; os dutos de gás natural não

conseguem competir com outras formas de transporte, devido à limitação de

produtos que abarcam (BOWERSOX, CLOSS & COOPER, 2007).

Segundo Ballou (2007), suas principais vantagens são: as dutovias são

subterrâneas ou submarinas, minimizando os riscos; desta forma, possuem um

índice muito baixo contra percas e roubos. Desvantagens: em caso de acidente

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pode gerar um alto impacto ao meio ambiente em caso de rompimento das

tubulações.

O quinto modal mais utilizado no Brasil é o transporte aéreo, considerado

o mais novo modal e historicamente, segundo Novaes (2007), apresenta aumento

em sua demanda como serviço regular, ainda que o valor de seu frete seja duas

vezes maior que o transporte rodoviário e 16 vezes mais caro que as do transporte

ferroviário.

Segundo Ballou (2007), suas principais vantagens são: agilidade e

rapidez no transporte, o que dispensa o uso de embalagens especiais, devido ao

cuidado com o manuseio por parte das operadoras de transporte aéreo e ao fato de

os aeroportos se localizarem próximo aos grandes centros de produção. Suas

desvantagens são: valor elevado do frete, se comparado ao modal aquaviário, que

tem alta capacidade para transportar cargas e menor custo de transporte.

O sexto modal mais utilizado é o modal infoviário. Para Tapajós (2007), a

infovia é um modal virtual, um sistema de entrega de produtos intangíveis, entregue

ao cliente ou consumidor via Internet ou por transmissão eletrônica de dados. Na

infovia, trafegam enormes quantidades de dados para facilitar e dar agilidade aos

processos no transporte de informação.

Segundo Tapajós (2007), o modal virtual é um fato inevitável e irreversível

e suas principais vantagens são: redução de custos com estoques, custos de

embalagens e transportes e convergência de diversas tecnologias. Desvantagens:

está sujeito à ação de “hackers”.

No Brasil, segundo Novaes (2007), fica difícil utilizar todos os modais, por

múltiplos motivos: as ferrovias não formam uma rede com boa cobertura no território

nacional; o transporte aquaviário também possui pouca amplitude; o transporte

aéreo presta-se mais para transporte de passageiros, apesar de estar sendo

procurado para transporte de carga internacional, com tendência ao crescimento,

devido à globalização.

Com toda a problemática acima esplanada e segundo o Ministerio dos

Transportes (2013), o Brasil utiliza como modal mais expressivo em seu território o

modal rodoviário, que será abordado de forma mais detalhada no proximo capitulo.

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3 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Neste capitulo serão abordados conceitos e principais características do

transporte rodoviário, focando-se os principais gargalos logísticos e a eficiência

logística nas empresas brasileiras, com o objetivo de compreender os termos

relacionados aos processos do presente estudo de caso.

3.1 Transporte rodoviário

Para o Ministério dos Transportes (2013), transporte rodoviário é o que

utiliza vias de rodagem terrestres pavimentadas ou não e é utilizado para o

transporte de pessoas e mercadorias. Neste tipo de transporte são utilizados na sua

grande maioria veículos automotores como ônibus, caminhões, veículos de passeio,

motocicletas etc. O transporte rodoviário apresenta um custo superior quando

utilizado para grandes distâncias e na maioria dos casos o custo de frete chega a

ser superior ao hidroviário e ferroviário. Este modal de transporte é indicado para o

transporte de mercadorias que possuem alto valor agregado, produtos perecíveis,

produtos acabados ou semiacabados.

Ainda segundo o Ministério dos Transportes (2013), o transporte

rodoviário é o principal meio de transporte realizado no Brasil. Suas principais

vantagens são: adequado para curtas e médias distâncias, agilidade no acesso às

cargas, flexibilidade operacional, permitindo acesso a pontos isolados; o

desembarque no recinto alfandegado pode ser realizado pela própria empresa

transportadora. Desvantagens: menor capacidade de carga entre todos os modais,

menor competitividade a longas distâncias, frota antiga e sujeita a roubos; elevado

grau de poluição ao meio ambiente.

No entanto, devido às suas desvantagens em relação a outros modais,

houve uma mudança com o passar dos anos de pensamento e ações que devem

influenciar a sua participação na matriz modal. Historicamente, o transporte por

rodovias se expandiu de forma expressiva, após o fim da segunda Guerra Mundial.

Bowersox, Closs e Cooper (2007) assegura que isto foi consequência da velocidade

e capacidade de operar sistemas “porta a porta”.

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Conforme Ballou (2006, p. 155):

As vantagens inerentes do transporte rodoviário são o serviço porta-a-porta, sem necessidade de carga ou descarga entre origem e destino, transbordo esse inevitável nos modais ferroviários e aéreos; a frequência de disponibilidade do serviço, e a velocidade e comodidade inerentes ao serviço porta-a-porta.

Ainda conforme Ballou (2006) pode-se verificar que o modal de transporte

rodoviário para entrega de porta a porta é o mais recomendado, tendo em vista que

oferece a facilidade de entrega do produto ou serviço de maneira rápida e acessível,

portanto, tem maior flexibilidade do que as outras modalidades anteriormente

apresentadas. Porém, podem-se observar algumas desvantagens como menor

competitividade em longas distâncias, frota antiga sujeita a roubos e alto nível de

poluição ao meio ambiente.

Bowersox, Closs e Cooper (2007) também apontam vantagens, tais

como: flexibilidade, pois os transportes rodoviários são capazes de atuar em várias

rodovias e sua capacidade beneficia os negócios relacionados à indústria e à

distribuição.

Chopra e Meindl (2003, p. 266) ressalva a seguinte comparação “O

transporte rodoviário é mais caro que o ferroviário, mas oferece vantagens do envio

porta-a-porta, além de um tempo mais curto”. Os referidos autores continuam

ressaltando que o transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos e para

começar um negocio não requer um investimento elevado.

Nesse sentido, Ballou (2006) assegura que em contraste com a ferrovia, o

modal rodoviário é o transporte de produtos semiacabados ou acabados com linha

de alcance médio de 717 milhas para carga fracionada e têm sempre o menor porte

que as ferrovias.

O referido autor afirma ainda que o modal de transporte rodoviário

apresenta outra diferença do ferroviário. Nesta modalidade os caminhões são

capazes de transportar menor variedade de cargas, em decorrência das restrições

de segurança rodoviária, que limitam tamanhos e pesos de carregamento, portanto,

podem transportar todo tipo de carga e em qualquer quantidade. A maioria das

cargas não pode ter comprimento igual ao do caminhão padrão, que fica entre 40 e

45 pés (12,20 e 16,15 metros).

O modo de transporte rodoviário oferece ainda como benefício a

celeridade de suas entregas, que são razoavelmente mais ágeis e confiáveis de

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cargas fracionadas. O carreteiro rodoviário precisa preencher apenas um veiculo

antes de despachar a carga, enquanto a ferrovia deve lotar um trem de 50 ou mais

vagões (BALLOU, 2006).

3.2 Eficiência logística dos transportes rodoviários

Segundo Fleury (2009), a logística no Brasil está por fazer uma revolução,

em termos de práticas empresariais de eficiência, qualidade e infraestrutura de

transporte rodoviário e comunicação, que são elementos imprescindíveis para a

logística atual. Diante desses cenários, as empresas brasileiras estão expostas a

riscos advindos dessas mudanças, que precisam ser implementadas devido à

ausência de experiência, porém, existem oportunidades que são as melhorias dos

serviços e a produção e o aumento de produtividade, criando uma vantagem

competitiva junto a seus concorrentes.

Para Martel (2010), existem três variáveis de fundamental importância

para se atingir a eficiência logística: 1ª, a natureza dos produtos vendidos; 2ª; a

amplitude dos custos e tempo de resposta associados às atividades primárias e a 3ª,

economia alcançada por meio do transporte, levando em consideração o tamanho

do território que deverá ser atendido. Para que o sistema logístico de transporte de

uma empresa seja considerado eficiente, as atividades logísticas devem criar a

necessidade e gerar valor, melhorando o seu desempenho e minimizando o uso dos

custos.

Dessa maneira, é preciso que os gestores das organizações sejam

conscientes de que a eficiência logística impacta diretamente nos resultados

financeiros, já que o resultado financeiro é fruto de ações adotadas nos processos

empresariais. Novaes (2007) ressalta que a eficiência logística é medida

comparando-se as produtividades da empresa de maneira individualmente com a

máxima produtividade observada.

Segundo Ballou (2007), a logística de transporte rodoviário pode ser

considerada eficiente, quando consegue assegurar que o serviço de transporte seja

realizado de modo eficiente e eficaz, atendendo às necessidades dos clientes e

gerando satisfação pelo nível de serviço. Para o autor, estas considerações sobre

eficiência no transporte podem ser visualizadas em qualquer tipo de transporte.

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3.3 Gargalos logísticos de transporte rodoviário

Para Pereira (2006), no Brasil o modal rodoviário enfrenta múltiplos

problemas estruturais e se pode destacar: o grande número de empresas de

transporte que oferecem o serviço provocando uma alta competitividade no setor,

acarretando na perda do poder de barganha junto aos clientes; a “comoditização” do

transporte; insegurança nas estradas; roubo de carga; péssimas condições da malha

viária; frota antiga; carga tributária elevada; pouca carga de retorno e tempo elevado

para carga e descarga, todos estes fatores com impacto direto no custo final do

transporte rodoviário.

Ainda segundo Pereira (2006), o sistema logístico brasileiro no transporte

rodoviário encontra-se numa encruzilhada: por um lado, verifica-se um forte

empenho de modernização por parte do setor produtivo, com o intuito de reduzir

custos e melhorar o nível de serviço para seus clientes. Por outro, existe um

conjunto de dificuldades conjunturais, que alteram nossa matriz de transporte e

cooperam para o comprometimento não só da qualidade da infraestrutura e dos

serviços, mas, também, e especialmente, do desenvolvimento econômico e social do

país. (PEREIRA, 2006).

Para Christopher (2007), gargalos logísticos de transporte rodoviário são

a parte mais lenta da atividade logística numa cadeia e ainda que ele possa, na

maioria das vezes, ser uma máquina, pode ser também uma parte do fluxo de

informações, como o processamento de um pedido. Ainda segundo Christopher

(2007), seja qual for o tipo de estratégia adotada para distribuir, é possível observar

que todas as atividades da cadeia logística podem ser categorizadas como

‘gargalos’ ou ‘não gargalos’.

De acordo com Bueno (2007), o termo gargalo ou bottleneck tem sido

empregado na área de logística para indicar uma instalação, função, departamento

ou recurso que impede a produção, devido sua capacidade ser inferior ou igual à

demanda. Em decorrência de um gargalo incidem grandes filas na frente do centro

de trabalho, travando a fluidez da cadeia logística do produto, o que dificulta o

processo produtivo.

Segundo Vivaldine e Souza (2006), as áreas em que as atividades

logísticas estavam tornando-se grandes demais, complexas, caras e com muitos

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gargalos, passaram a merecer atenção especial, além da necessidade de

investimentos operacionais e tecnológicos.

Conforme Munoz e Palmeira (2006), os gargalos logísticos do transporte

rodoviário encontram-se em nossas estradas e caminhões, na baixa

representatividade do transporte ferroviário e hidroviário, na falta de infraestrutura

dos pátios dos portos, na falta de investimento para se criar rotas fluviais e de

cabotagem, o que praticamente inexiste em nossos rios e lagos. Estes são

problemas que, adicionados a vários outros fatores, acabam por gerar mais custos

ao transporte.

Segundo Pereira (2006), enquanto os Estados Unidos escoa 60% da

safra por suas hidrovias a um valor de US$ 9 dólares a tonelada, grande parte da

safra brasileira escoa via rodoviária a um custo médio de US$ 70 dólares a tonelada,

o que resulta em um custo de transportes oito vezes maior.

De acordo com Paduan (2005), as empresas brasileiras perdem dez

bilhões por ano por causa dos gargalos logísticos do país. Esta perda significa

menos produtividade e consequentemente menos atividades econômicas. Segundo

Chernij (2005), os custos logísticos no Brasil ficam em torno de 17% do PIB.

O transporte, apesar de ser apresentado por último, é, provavelmente, o

componente que apresenta os maiores gargalos logísticos para o escoamento da

produção e de maior importância para o custo logístico na maior parte das

empresas, chegando a absorver dois terços do gasto logístico (BALLOU, 2007).

De acordo com Pereira (2006), as oportunidades de melhoria de

desempenho da infraestrutura logística brasileira são enormes, principalmente se

comparadas às melhores práticas nacionais. Os ganhos econômicos e sociais

podem ser grandiosos, mas para que seja possível alcança-los, torna-se

imprescindível um processo de conscientização, vontade politica e uma boa

estrutura de planejamento.

Ainda segundo Pereira (2006), investir em infraestrutura rodoviária sugere

comprometimento de longos prazos; o investimento em infraestrutura logística abre

oportunidades para deslanchar o desenvolvimento regional, abafado pela

incapacidade de deslocar sua produção e suas riquezas do ponto da produção para

o ponto de consumo.

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O referido autor ressalta que para resolver os graves problemas

estruturais do transporte rodoviário de cargas no Brasil, um conjunto de mudanças

nas politicas públicas precisa ser implantado.

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4 ESTUDO DE CASO

O presente capítulo apresenta a empresa analisada neste trabalho, bem

como sua localização, área de atuação e um breve histórico sobre a organização.

Aborda, ainda, a visão a missão e os valores da empresa de agronegócio e café.

4.1 Área geográfica e histórica do município de Eusébio (CE)

Conforme o site oficial do município de Eusébio (CE) (2013), este tem seu

nome oriundo do topônimo: homenagem ao abolicionista Eusébio de Queiroz

Matoso Câmara. Possui uma população: 46.033 mil habitantes, área de 79 Km², com

os seguintes limites: ao norte, Fortaleza; leste e sul Aquiraz e oeste Fortaleza e

Itaitinga.

Ainda segundo o site oficial do município (2013), as suas terras são

localizadas entre Aquiraz e Messejana ou entre os rios Pacoti e Coaçu. Eram

habitadas pelos índios potyguara e outras tribos pertencentes ao tronco tupi, como

os jenipapo-kanyndé, junto a religiosos e militares portugueses que vieram habitar a

região visando catequizar os nativos e impedí-los de comercializar com outros povos

europeus.

Conforme dados do IBGE (2009), Eusébio-CE é a cidade de maior

produto interno bruto (PIB) per capita do Ceará. Segundo dados do IBGE, o PIB per

capita da cidade é de R$ 26.172,98. Em 2008, o mesmo indicador, no Eusébio, era

de R$ 23.204,78, um crescimento de 12% em um ano. A economia local é baseada

principalmente no turismo, setor imobiliário, prestação de serviços e indústrias.

4.2 Caso: empresa de agronegócio

A pesquisa de campo foi realizada em uma empresa de agronegócio

localizada no município de Eusébio, situada na Região Metropolitana de Fortaleza e

distante 28,6 quilômetros da capital. A organização em estudo é uma empresa

vendedora e distribuidora de café, que optou por não divulgar seus dados e manter-

se no anonimato.

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Conforme informações disponibilizadas no próprio site da organização, a

empresa iniciou suas atividades na década de 1950, quando seu fundador, com

espirito empreendedor, começou com a venda de café no estado do Rio Grande do

Norte, na década seguinte de 1960. Além de vender café passou a torrar e moer

grãos do produto e lançou seu primeiro produto.

A partir da década de 1970 passou a comprar a matéria-prima em grãos

de café verde das regiões cafeeiras do país, dos estados de Minas Gerais, São

Paulo e Paraná e fundou a ABIC (Associação Brasileira da indústria de Café).

Depois de vários anos no comando da empresa, seu proprietário, na década de

1980, entregou o comando da operação da empresa para seus filhos. A partir deste

momento começa o processo de modernização tecnológica e a ampliação de

mercado.

Nessa nova etapa da empresa, onde passava por um processo de

modernização tecnológica, foram feitas alterações na embalagem do produto: houve

uma nova roupagem nas embalagens e o nome da marca inicial foi alterado. Após a

mudança no nome, foram inauguradas novas filiais, de venda e distribuição em

Mossoró-RN, consolidando a penetração da marca na região.

No final da década de 1980, foi inaugurada a fábrica na cidade de

Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, com a denominação de Indústria e

Comércio de Alimentos Ltda. Com a participação acionária dos três irmãos, nesse

momento começou a expansão da marca pelo Norte e Nordeste.

Já no início da década de 1990 a empresa inaugurou os armazéns gerais

em Manhuaçu-MG e, seguindo o processo de expansão da empresa, foi inaugurada

a planta industrial do moinho em Mossoró-RN, para desenvolver produtos ligados à

culinária nordestina, quando nasceu um novo produto. Foi então formalizada a

prática de governança cooperativa, consolidando a identidade organizacional e

estratégica do grupo.

Nessa mesma década foram criados novos produtos, mais um passo para

alcançar a liderança no setor de agronegócio; no final da década de 1990 o grupo

criou a plataforma de logística do grupo, mas ainda faltava a certificação de

qualidade. Desta forma, a empresa foi certificada como a primeira unidade industrial

com o sistema de gestão de qualidade ISO 9000, organização Internacional para

padronização (certificadora BRTUV).

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No ano 2000 foi implementado o Sistema Integrado de Informações da

SAP, através do qual a marca torna-se a Nº 1 no segmento de agronegócio no Norte

e Nordeste do Brasil.

A empresa expandiu seus negócios para o Sudeste, com a incorporação

de uma nova marca com forte atuação de mercado. Nesta mesma década, o grupo

automatizou todas as unidades industriais do grupo, até a sua fusão com uma

empresa israelense. Com a fusão, o grupo incorpora ao seu portfólio de produtos

uma nova marca.

Continuando com o processo de modernização, a empresa inaugurou em

Minas Gerais os mais modernos armazéns gerais e aumentou seu portfólio de

produtos com a aquisição de marcas com forte atuação no norte de Minas. E, no

final dos anos 2000, a empresa inaugurou a nova fábrica de refrescos em Mossoró

(RN). Na década seguinte foi incorporado aos seus produtos uma de café, a “Fino

Grão”, uma das maiores marcas de café de Minas Gerais.

4.2.1 Segmento e atuação de mercado

Trata-se de uma empresa do segmento de agronegócio atuando no

mercado brasileiro com uma equipe de vendas própria. Também possui atuação

nacional, produzindo e distribuindo marcas fortes e consagradas de produtos

alimentícios líderes de mercado em suas categorias. De acordo com o sitio da

empresa, pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) (2013), a empresa

é considerada líder de mercado em seu segmento.

4.2.2 Portfólio de produtos

A empresa tem em seu portfólio marcas diferenciadas no segmento de

agronegócio, tanto com café tradicional e de grãos finos, achocolatados e refrescos.

4.2.3 Clientes

Atualmente, a sua carteira de clientes é voltada para grandes magazines,

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distribuidores, cafeterias e atacadistas especializados no mercado de food service,

produtos da mais alta qualidade e o melhor serviço em soluções na medida certa

para cada cliente, aplicados e orientados por profissionais que se dedicam a

fortalecer o perfil de seus clientes.

Para realizar a distribuição de seus produtos, a empresa conta com uma

frota própria de 400 caminhões que atende a toda a região Nordeste e parte do

Norte e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Espirito Santo,

Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Utiliza-se de 100% de terceirização de

veículos para a distribuição dos produtos. A empresa atua em todo o país, mas em

alguns estados não é realizada a distribuição pela própria empresa e sim por meio

de parcerias com grandes distribuidoras de determinadas regiões que comercializam

as marcas do grupo.

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5 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

O presente capítulo apresenta os métodos e as técnicas utilizadas neste

trabalho. Deste modo, seguem as informações teóricas sobre o tipo de pesquisa, a

classificação quanto ao propósito e abordagem, as fontes e instrumentos de coleta

de dados, bem como o método para análise dos resultados.

De acordo com Lakatos e Marconi (2007), os trabalhos para serem

científicos devem proporcionar para outro pesquisador a reprodução de

experiências, de maneira que se tornem capazes de alcançar os resultados

descritos, repetir as ressalvas e avaliar as conclusões do autor.

5.1 Natureza da pesquisa

A natureza da pesquisa é caracterizada por uma ela ser quantitativa.

Almeida (2011) afirma que este tipo de pesquisa utiliza-se do emprego de técnicas

estatísticas no colhimento de informações e tratamento de dados. Segundo Silva e

Menezes (2001, p. 20), “a pesquisa quantitativa considera tudo pode ser

quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para

classificá-las e organizá-las”.

Através da pesquisa de natureza quantitativa, os dados obtidos foram

analisados, descritos e interpretados, permitindo assim a análise dos seus efeitos no

ambiente estudado. Desta maneira, foi realizada uma pesquisa de natureza

quantitativa e por meio dela foi criado um instrumento com o objetivo de coletar os

dados necessários para chegar ao objetivo da investigação.

Com a finalidade de atender a pergunta de partida do presente estudo,

Vergara (2009) afirma que toda discussão cientifica deve ter como base um

problema no qual se deve apresentar uma solução provisória a que se deve criticar,

para que o erro seja eliminado.

5.2 Tipologia da pesquisa

Segundo Vergara (2009), a pesquisa pode ser caracterizada em dois

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aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. A presente pesquisa foi de tipologia

exploratório-descritiva, quanto aos fins, pois se encaixa entre as pesquisas que

expõem particularidades de uma determinada população ou de um fenômeno, sem a

obrigação de explicar os fenômenos que delineia, ainda que sirva de base para

explicação.

Quanto aos meios de investigação, pode se caracterizar como uma

pesquisa bibliográfica e o método utilizado foi o estudo de caso. Com o intuito de se

chegar ao objetivo proposto, inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica

através do material disponível na literatura. Conforme Bastos (2007), a pesquisa

bibliográfica beneficia o acesso às informações já processadas por outros

pesquisadores e também permite a comparação entre o conhecimento do

pesquisador e as novas informações adquiridas.

Conforme Lakatos e Marconi (2007), a pesquisa bibliográfica tem como

objetivo colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou

filmado. Desta maneira ele vai vivenciar todo o conteúdo teórico na prática sobre o

assunto pesquisado. Em seguida à pesquisa bibliográfica, realizou-se a pesquisa de

campo.

Segundo ainda Lakatos e Marconi (2007), a pesquisa de campo é aquela

que procura obter informações e/ou conhecimentos referentes a um determinado

problema no qual se procura obter uma resposta, ou de uma hipótese na qual busca

a sua comprovação, bem descobrir novos fenômenos e suas correlações. Para Gil

(2007), o estudo de caso pode envolver o levantamento bibliográfico, entrevistas

com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema e a análise de

exemplos, para se chegar ao objetivo proposto.

Quanto ao propósito da escolha por um estudo exploratório-descritivo, foi

que este estudo teve por objetivo delinear totalmente um determinado fenômeno,

como, por exemplo, o estudo de um caso no qual são realizadas avaliações

empíricas e teóricas (LAKATOS & MARCONI, 2007).

5.3 Universo, população e amostra

O universo refere-se ao objeto de estudo como um todo, em que a

amostra faz parte de um todo. Para Vergara (2009), trata-se de definir toda a

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população e a população amostral. Nesta pesquisa, o seu universo compreende os

funcionários de uma empresa de agronegócio , situada no município de Eusébio. De

acordo com Almeida (2011, p. 20), “população da pesquisa, ou seja, aqueles a quem

se refere o assunto”.

Para Almeida (2011), o tipo de amostra probabilística, em que se seguem

as leis de probabilidade e as não probabilísticas, nas quais se procura com todo o

rigor conseguir dados que reflitam a realidade estudada. Adota-se neste trabalho a

amostragem não probabilística, utilizando-se o critério de amostragem intencional,

em que foi possível por meio deste tipo de amostra facilitar para o pesquisador a

escolha dos elementos da sua população, com o fim de ser capacitado a responder

de uma forma mais adequada possível sua investigação.

A presente pesquisa foi aplicada em uma amostra de dez colaboradores,

funcionários capacitados para responder o instrumento de pesquisa que atuam

diretamente no foco da pesquisa, de modo a manter o grau de imparcialidade

necessário para realizar a análise dos resultados, distribuídos entre coordenadores,

gerentes e supervisores e analistas, especificamente no setor de logística. Este

setor é composto por trinta colaboradores, representando uma amostra de 33,33%

do total de colaboradores do setor analisado.

5.4 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

A coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira etapa, os

dados secundários foram colhidos por meio de pesquisa bibliográfica. Na segunda

etapa, foi utilizado questionário como obtenção dos dados primários, para qual o

contato realizado foi com um gestor responsável pela logística da empresa. Foi

aguardado o retorno da pesquisa e não houve nenhum tipo de contato com os

respondentes da pesquisa e por meio de uma entrevista com e gerente de logística

de transporte da empresa, e o outro por meio de uma conversa informal com o

supervisor de transporte rodoviário.

Para Cervo e Bervian (2002, p. 48), o questionário “refere-se a um meio

para obter respostas a questões por uma forma que o próprio informante preenche”.

Foi elaborado um único modelo de questionário, para ser aplicado aos

colaboradores. Por meio da aplicação do questionário, foi possível se chegar ao

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objetivo geral da pesquisa.

O questionário foi composto por dez questões fechadas, aplicado no dia

9 março de 2014, em dez funcionários do setor de logística da empresa analisada,

cujo setor é composto por 30 colaboradores, representando uma amostra de 33,33%

do total de colaboradores do setor analisado.

O instrumento de pesquisa foi aplicado pelo pesquisador no período da

manhã na empresa de agronegócio e café, sem a realização do pré-teste e através

de uma conversa informal com os colaboradores que ocupam a função de gerente

de logística e supervisor de frota. Após responderem o questionário, foram

fornecidas outras informações relativas à história da empresa e outras informações

necessárias à pesquisa, pois a organização optou por não realizar gravações e

manter-se no anonimato.

Para analisar os dados coletados, foram elaborados tabelas e gráficos

que serão apresentados no próximo capítulo.

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6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados e interpretados os dados coletados na

pesquisa aplicada na empresa de agronegócio e café. Os dados são expostos

através de percentuais e gráficos, com a finalidade de responder à problemática

proposta e atingir o objetivo geral e os objetivos específicos.

6.1 Perfil dos respondentes

Os dados apresentados a seguir, são resultados da pesquisa primária,

aplicada através de questionário, compostos exclusivamente por questões fechadas.

Quanto à caracterização dos respondentes, 20% são supervisores e 80% ocupam

outra função; 70% possuem curso superior completo, 10% são especialistas e 20%

possuem ou estão cursando (superior); 70% são homens e apenas 30% mulheres;

30% trabalham na empresa no período de 00 a 5 anos, 60% de 5 a 8 anos e

somente 10% de 8 a 10 anos. Dessa maneira, todos os respondentes são pessoas

capacitadas e conhecedoras dos processos existentes na organização, todas aptas

a responderem o instrumento de pesquisa apresentado.

6.2 Análise dos resultados

O respondente da entrevista afirma que, para a transferência da

mercadoria dos CDs, Centros de Distribuição para a fábrica utiliza-se 100% de

transporte rodoviário terceirizado. Entre os respondentes do questionário, 60%

respondeu que a frota é própria, porém, 40% respondeu que a empresa utiliza frota

terceirizada na distribuição de seus produtos da fábrica até o cliente final.

A empresa conta com uma frota de quatrocentos caminhões para a

distribuição de seus produtos, utiliza roteirização para otimizar o tempo e maximizar

o número de entregas feitas pela empresa; a distribuição dos produtos conta com

frota própria e com empresas que prestam serviço de distribuição. Baseados nas

informações apresentadas pelos respondentes, os gráfico 1 e 2 apresentam as

seguintes informações:

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Gráfico 1

Frota utilizada para transferência dos CDs para a fabrica

Fonte: dados da pesquisa (2013).

O gráfico acima demonstra que a frota de utilizada para a transferência

dos produtos dos CDs para a fabrica é 100% terceirizada.

Gráfico 2

Frota utilizada para distribuição da fabrica ate o cliente final Fonte: dados da pesquisa (2013).

O gráfico acima demonstra que a empresa para realizar a distribuição da

fabrica ate o cliente final a empresa utiliza 40% de frota própria e 60% de frota

terceirizada.

60%

40%

Frota terceirizada 60% Frota própria 40%

100%

0%

Frota terceirizada 100% Frota própria 0%

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Fonte: dados da pesquisa (2013).

Conforme informado pelos respondentes do questionário e o colaborador

entrevistado, a empresa utiliza 95% do modal rodoviário, 4% do modal aquaviário e

1% ficam entre o modal aeroviário e ferroviário. Segundo o entrevistado, a

dependência do modal rodoviário se dá devido à deficiência na infraestrutura de

transporte no Brasil, pois na realidade não se trata de uma escolha e sim de uma

imposição, devido à situação em que a infraestrutura brasileira de transporte se

encontra, pois o Brasil não disponibiliza uma estrutura que atenda a sua demanda,

pois o modal ferroviário e a cabotagem são insuficientes para que se possa suprir a

necessidade de transporte no Ceará e no Brasil.

Foram apresentadas ainda, aos respondentes, questões relacionadas ao

processo atual da empresa e a sua visão sobre a eficiência da logística de

transporte e os resultados podem ser visualizados nos gráficos seguintes.

Gráfico 3

Modais de transporte utilizado pela empresa

95%

4% 1%

Rodoviário

Ferroviário

Aquiaviário, Dutoviário,Aeroviário

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Gráfico 4

Logística como diferencial competitivo

Fonte: dados da pesquisa (2013).

O gráfico acima demonstra que para 90% dos respondentes, a empresa

em estudo tem o processo logístico como um diferencial competitivo e ferramenta

indispensável para o sucesso de seu planejamento estratégico e apenas 10%

afirmam que não.

Gráfico 5.

A empresa trabalha a logística de maneira eficaz e eficiente

Fonte: dados da pesquisa (2013).

90%

10%

Sim

Não

60%

40%

Sim

Não

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O gráfico acima demonstra que 60% dos respondentes da pesquisa,

afirma que a empresa trabalha a logística de transporte rodoviário de maneira eficaz

e eficiente e 40% informa que existem falhas no processo.

Gráfico 6.

A empresa recebe feedback dos clientes relacionado ao nível de satisfação

Fonte: dados da pesquisa (2013).

O gráfico acima demonstra que para 70% dos respondentes, a empresa

recebe feedback de seus clientes, buscando medir o nível de satisfação deles e para

30% dos respondentes a empresa não recebe feedback dos seus clientes .

Gráfico 7

Nível de satisfação de clientes em relação a prazo de entrega e condições de recebimento

Fonte: dados da pesquisa (2013).

70%

30%

Sim

Não

90%

10%

Sim

Não

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O gráfico acima apresentado demonstra o nível de satisfação dos clientes

da empresa, em relação a prazos de entrega e condições de recebimento da

mercadoria. Do total, 90% afirmaram que a empresa está atendendo de maneira

adequada, possibilitando uma otimização de tempo e redução de custo na

realização do processo logístico e apenas 10% afirmaram que não.

Gráfico 8

Estrutura e ferramentas adequadas para obter resultados positivos na logística de transporte

Fonte: dados da pesquisa (2013).

O gráfico acima demonstra que para 80% dos respondentes a empresa

oferece para seus colaboradores estrutura e ferramentas adequadas para se obter

resultados positivos na gestão estratégica da logística de transporte rodoviário da

empresa e apenas 20% afirmou que estas condições não são oferecidas.

Os respondentes na sua maioria concordam que a gestão logística da

empresa está atendendo à demanda, bem como os respondentes também

concordam que a empresa oferece condições que atendem às necessidades de

seus colaboradores que os levam a gerar resultados positivos para a organização

junto a seus clientes em tempo hábil e de maneira eficiente.

Conforme informando pelos respondentes, a empresa utiliza como

principais indicadores para medir a eficiência da logística de transporte planejamento

e tempo, conforme gráfico 9.

80%

20%

Sim

Não

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Gráfico 9

Indicadores de medição de eficiência logística de transporte.

Fonte: dados da pesquisa (2013).

Os respondentes, na sua totalidade, afirmam que os principais

indicadores para medir o nível de eficiência da logística de transporte são 90%

planejamento e tempo e 10% são outros, como informação e qualidade que,

segundo os respondentes, já estão inseridos no planejamento.

Reforçando o que foi obtido através dos respondentes do questionário, o

colaborador entrevistado informou que para verificar a eficiência da logística de

transporte é feito um cronograma de embarques todo dia 1º de cada mês. Este

cronograma contém todos os embarques que precisam ser entregue naquele mês.

Para medir a eficiência, é dividido o número de mercadoria que foi embarcado pelo o

volume de entregas que está programado. Assim, é possível se obter o percentual

de atendimento e para se alcançar a meta é necessário embarcar pelo menos 95%

do que está programado para o mês, para que as filiais não tenham problemas de

abastecimento.

Segundo o entrevistado, para aumentar o nível de eficiência procura-se

fazer com que o serviço seja executado da melhor maneira possível, otimizando o

tempo e com o menor custo com transporte rodoviário, utilizando operações de back

how, que significa conseguir parceiros que também são fabricantes e utilizam o

modal rodoviário para transportar suas mercadorias.

90%

10%

Planejamento e tempo 90% Outros 10%

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Por exemplo, já existe uma aliança logística com uma empresa do

segmento de massas e biscoitos que transporta seus produtos de Salvador-BA até o

Rio Grande do Norte-RN, e no retorno é transportado os produtos da empresa de

agronegócio, utilizando apenas um carro para fazer os dois circuitos.

Desta forma, o carro não volta vazio, conseguindo otimizar tempo e

reduzir custos, melhorando a eficiência do transporte rodoviário . Este tipo de

parceria já é utilizado por uma grande empresa de produtos de limpeza e higiene

pessoal entre as cidades de Belo Horizonte-MG, e São Paulo-SP.

O tempo médio de entrega para 80% dos respondentes é de 24 a 72

horas, após o processamento do pedido e 80% dos participantes da pesquisa

informaram que o percentual de avarias é 2% a 5% por entrega.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo partiu da proposição de que a logística de transporte pode ou

não trazer vantagem competitiva, se é eficiente ou não e verificar a importância

desta atividade para a empresa do segmento de agronegócio localizada no

município de Eusébio (CE), na perspectiva de seus funcionários. Levou-se em

consideração a problemática que orientou a pesquisa, ou seja, se a logística de

transporte rodoviário de uma empresa especificamente do setor de agronegócio no

município de Eusébio é eficiente ou não?

O presente estudo mostrou as vantagens competitivas obtidas através da

eficiência logística de transporte, as dificuldades existentes para alcançar a

eficiência logística e ser competitivo, otimizando o tempo e reduzindo custos e o

nível de satisfação dos clientes em relação à empresa.

No decorrer da pesquisa confirmaram-se as primeiras definições de

Ballou (2007), de que a logística de transporte rodoviário pode ser considerada

eficiente, quando consegue assegurar que o serviço de transporte seja realizado de

modo eficiente e eficaz, atendendo às necessidades dos clientes e gerando

satisfação pelo nível de serviço, tendo como foco para o estudo de caso a logística

de transporte de uma grande marca conhecida nacionalmente e em alguns países.

Deve-se salientar a importância da busca de informações, a significância

de expandir os conhecimentos e informações sobre os modais de transporte,

aprofundando-se no modal utilizado para a realização transferência e distribuição de

de produtos, neste estudo de caso especificamente, o rodoviário.

Os processos atuais existentes na empresa de agronegócio, que foram

apresentados através da percepção de seus colaboradores quanto ao atual modelo

de logística de transporte da organização, informou que ela utiliza frota própria,

terceirizada na distribuição de seus produtos, a partir da fábrica até os clientes finais.

Desta forma, a logística é encarada como um diferencial competitivo, frente a seus

concorrentes e como uma ferramenta de fundamental importância para gerar um alto

nível de satisfação a seus clientes.

Segundo informações obtidas por meio de entrevista com o gerente de

logística de transporte da empresa, em 2005 foi realizada uma consultoria em que a

empresa ainda estava numa estrutura familiar. Foi realizada uma nova

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reestruturação e a previsão era que em dez anos a empresa fosse líder de mercado

em seu segmento, mas em apenas oito anos este objetivo foi alcançado.

Ainda segundo o gerente de logística de transporte da empresa, hoje na

realidade não se trata de uma escolha pelo modal rodoviário e sim uma imposição,

devido à situação em que a infraestrutura brasileira de transporte se encontra, pois o

Brasil não disponibiliza uma estrutura que atenda a sua demanda, devido ao modal

ferroviário e a cabotagem serem insuficientes para que possa suprir a necessidade

de transporte no Ceará e no Brasil. Desta maneira as empresas se veem reféns do

transporte rodoviário.

Desconsiderando todos os gargalos da logística de transporte enfrentados

pela empresa, verificou-se que ela trabalha a logística de transporte rodoviário de

maneira eficiente e eficaz, atendendo sua demanda no processo de transferência de

seus produtos, dos centros de distribuição para a fábrica e da fábrica para o cliente

final, otimizando e reduzindo custos da logística de transporte, que é considerada

um dos maiores custos da logística da empresa.

Em resposta ao objetivo geral, verificou-se no caso analisado, que apesar

de existirem alguns processos á serem corrigidos, a empresa consegue superar

todas as problemáticas. E desta maneira torna-se indispensável aumentar a sua

competitividade e se diferenciar de seus concorrentes. Ela mostrou também ter um

processo eficaz e eficiente na logística de transporte, o que gera uma grande

vantagem competitiva frente a seus concorrentes.

Percebeu-se que a empresa analisada tem como foco além da venda a

distribuição. De acordo com o referencial teórico, Ballou (2006) afirma que para ser

eficiente a logística tem que dispor a mercadoria ou serviço certo, no lugar certo, no

tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em que se fornece a

maior contribuição para a empresa.

O resultado da presente pesquisa foi suficiente para produzir resposta à

problemática, ao objetivo geral e aos objetivos específicos propostos. Entretanto,

partindo da importância do assunto pesquisado, sugere-se que outras pesquisas, de

níveis mais aprofundados de estudos, sejam realizadas devido à necessidade das

organizações em manterem-se competitivas no mercado, que a cada dia está

inovando, buscando reduzir custos e aumentar sua competitividade frente a seus

concorrentes e alcançar cada vez mais uma fatia maior de mercado.

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REFERÊNCIAS

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abordagem simples, prática e objetiva. São Paulo: Atlas, 2011.

BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. _______ Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. Tradução Raul Rubenich. 5ª ed. Porto Alegre Bookman, 2006.

BASTOS, N. M. Garcia. Introdução à metodologia do trabalho de pesquisa.

Fortaleza: Nacional, 2007.

BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2007. ___________, Donald J. CLOSS, David J.COOPER, Bixby. Gestão de cadeia suprimentos e logística. 5ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2007. CARVALHO, J. C. de. Logística. 3 ed. Lisboa: Edições Sílabo, 2002. CERVO, A. L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CHERNIJ, C. Solução para os gargalos. Revista Exame (Guia Exame). pp. 25-27, 2005.

CHOOPRA, S; MEINDEL, P. Gerenciamento de cadeia de suprimentos, Estratégia, Planejamento e Operação. 1ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.

CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento de cadeia de suprimentos:

Criando Redes que Agregam Valor. 2 ed. São Paulo: Cengage Larning, 2007.

EUSÉBIO, Prefeitura Municipal. História. Disponível em:

<http://www.eusebio.ce.gov.br> Acesso em 05 Nov. 2013.

FARIA, A. C. de – Gestão de custos logísticos – 1ª Ed. – São Paulo – Atlas, 2007.

FLEURY, Paulo et al. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2009. Cadeia de

suprimentos: o papel dos provedores de serviços logísticos.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,

2007.

Page 46: RÉGIS ARAÚJO DE ALMEIDA - … · DE AGRONEGÓCIO, SITUADA NO MUNICÍPIO DE EUSÉBIO (CE). Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Administração de Empresas,

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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos da Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007. MARTEL, Alain – Análise e projeto de redes logísticas – 2ª Ed – São Paulo – Saraiva, 2010. NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. PADUAN, R. Cadê o dinheiro das PPPs?.Revista Exame, Ed. 843, n.39, p.36-38, 2005. PEREIRA, L.C.B. Economia brasileira na encruzilhada. São Paulo: Ed. FGV, 2006. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos: conceitos, práticas e casos –Supplychain management. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, E. L.; MENEZES. E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração da Dissertação. Florianópolis: UFSC, 2001. TAPAJÓS, O. Transporte infoviário pode ser considerado o sexto modal de transporte Jornal do Comercio – Manaus. AM 26/06/07. TRANSPORTES, Ministério do, Banco de informações e Mapas de Transporte. Disponível em:<http://www.transportes.gov.br/> Acesso em 01 de Jun. 2013. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 10. ed. São Paulo: Atlas 2009.

VIVALDINI, Mauro; SOUZA, Fernando B. Análise crítica de um dos Primeiros

casos de quarteirização logística (4PL) no Brasil: o caso CVRD e IPQ. Fortaleza:

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APÊNDICE

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FACULDADE CEARENSE Curso de Administração de Empresas Trabalho de Conclusão de Curso Instrumento de Pesquisa

Pesquisa orientada pela Prof. Msa. Rosangela Soares de Oliveira Data: Novembro / 2013

Este instrumento de pesquisa acadêmica tem a finalidade de levantar informações para subsidiar a elaboração de um trabalho de conclusão de curso. Objetiva-se, mostrar à luz dos conceitos de autores como Ballou (2006), Bowersox; Closs; Cooper (2007), Porter (1993), dentre outros, as informações sobre a eficiência logística como vantagem competitiva para as organizações. CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE

Função na empresa

( ) Presidente ( ) Diretor ( ) Gerente ( ) Supervisor ( ) Outra

Sexo

( ) F ( ) M

Grau de Instrução

( ) Médio ( ) Superior incompleto ( ) Superior Completo ( ) Especialização

Tempo na Empresa ( ) Menos de 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Mais de 10 anos

1. Como você conceitua a logística da empresa? Boa ( ) Muito Boa ( ) Precisa melhorar ( ) 2. Na situação atual em que a empresa se encontra é possível afirmar que a empresa trabalha a logística de maneira eficaz e eficiente? ( ) Sim ( ) Não 3. A empresa encara o processo logístico como um diferencial competitivo frente a seus concorrentes? ( ) Sim ( ) Não 4.Que nota você daria para a logística do estado do Ceará? ( ) De 0 a 5 ( ) De 5 a 8 ( ) De 8 a 10 5. Na atual conjuntura em que a empresa se encontra, você considera que a empresa trabalha a logística de transporte de maneira eficaz e eficiente? ( ) Sim ( ) Não

Responda as questões abaixo, caso a empresa sua resposta for não.

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_______________________________________________________________ 6. Quais modais de transporte à empresa utiliza? ( ) Rodoviário ( ) Ferroviário ( ) Aquaviário ( ) Dutoviário ( ) aeroviário 8. A logística de transporte da empresa utiliza frota própria? ( ) Própria ( ) Terceirizada ( ) Outros

Se a empresa utiliza outros descreva quais são. ______________________________________________________________ 9. Qual tempo máximo ou mínimo que a empresa leva para entregar o produto ao cliente após o processamento do pedido? ( )De 3 a 5 hs ( )De 10 a 24 hs ( )De 24 a 72 hs ( )Acima de 72 hs. 10. Qual média de avarias de produtos por entrega? ( ) 1% ( ) 2% ( ) 3% ( ) 4% ( )5% ( ) mais de 5% 11. Dentre esses indicadores qual ou quais são considerados mais importantes para se chegar à eficiência na logística de transporte? ( ) Tempo ( ) Planejamento ( ) Informação ( ) Qualidade 12. Seus clientes passam um feedback relacionado ao nível de satisfação com a empresa? ( ) Sim ( ) Não 13. A empresa busca medir o nível de satisfação de seus clientes em relação a prazos de entrega, condições de recebimento do produto, a fim de fidelizar o cliente? ( ) Sim ( ) Não 14. A empresa dispõe de estrutura e ferramentas adequadas que possibilitem aos seus colaboradores obter resultados positivos quanto à operação logística de transporte? ( ) Sim ( ) Não

Obrigado por sua participação e colaboração!

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FACULDADE CEARENSE Curso de Administração de Empresas Trabalho de Conclusão de Curso Instrumento de Pesquisa

Pesquisa orientada pela Prof. Msa. Rosangela Soares de Oliveira Data: Novembro / 2013

Este instrumento de pesquisa acadêmica tem a finalidade de levantar informações para subsidiar a elaboração de um trabalho de conclusão de curso. Objetiva-se, mostrar à luz dos conceitos de autores como Ballou (2006), Bowersox, Closs, Cooper (2007) e Porter (1993), dentre outros, as informações sobre a eficiência logística como vantagem competitiva para as organizações.

CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE

Função na empresa

( )Presidente ( )Diretor ( ) Gerente ( ) Supervisor ( ) Outra

Sexo

( ) F ( ) M

Grau de Instrução

( ) Médio ( ) Superior incompleto ( ) Superior Completo ( ) Especialização

Tempo na Empresa ( ) Menos de 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Mais de 10anos

Entrevista

1. Como a empresa vem trabalhando a sua logística de transporte rodoviário? 2. Tem algum indicador que gere o nível de eficiência e eficácia da logística de transporte? 3. Porque a escolha do modal “x”? 4. Como você vê a escolha do modal rodoviário para as empresas cearenses? 5. Você avalia o modal rodoviário como competitivo? 6. Qual a importância da logística de transporte para as empresas? 7. Qual a importância do modal rodoviário para sua empresa? 8. Quais os principais gargalos do transporte rodoviário para a sua empresa? 9. E feito um planejamento logístico? 10. Quais os indicadores de eficiências utilizados pela empresa para medir a eficiência da logística de transporte da empresa? 11. Como a empresa faz para que a sua logística de transporte se torne eficiente?

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12. A maior parte dos custos logísticos está ligado à logística de transporte. O que é feito para reduzir estes custos?

Obrigado por sua participação e colaboração!