Registos daRegistos da transplantação em Portugal ... · transplantes de pâncreas em todo o...

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Registos da Registos da Registos da Registos da transplantação em transplantação em Portugal Portugal Portugal Portugal – transplante pancreático transplante pancreático La Salete Martins Unidade de Transplante Reno-Pancreático Unidade de Transplante Reno-Pancreático Hospital Santo António, CHP Porto Portugal Portugal Reunião SPT, Curia, de 27/11 a 28/11/2009

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Registos daRegistos daRegistos da Registos da transplantação em transplantação em

PortugalPortugalPortugal Portugal –– transplante pancreáticotransplante pancreático

La Salete Martins

Unidade de Transplante Reno-PancreáticoUnidade de Transplante Reno-PancreáticoHospital Santo António, CHP

PortoPortugalPortugal

Reunião SPT, Curia, de 27/11 a 28/11/2009

Que tipos de transplantes deQue tipos de transplantes deQue tipos de transplantes de Que tipos de transplantes de pâncreas existem?pâncreas existem?pp

Em DM1 antes de desenvolver Insuf RenalEm DM1 antes de desenvolver Insuf Renal Crónica (IRC)

O transplante de pâncreas isolado – maisO transplante de pâncreas isolado mais raro, c/ piores resultados

E DM 1 já IRCEm DM 1 já com IRCO transplante de rim-pâncreas simultâneo (TRP)O transplante de pâncreas após rim (PAR)

O Transplante de rimO Transplante de rim--pâncreas (TRP)pâncreas (TRP)

Representa a grande maioria dosRepresenta a grande maioria dos transplantes de pâncreas em todo o mundo: >70% são TRPmundo: >70% são TRP

É o tipo de transplante de pâncreas com melhores resultados de sobrevivênciamelhores resultados de sobrevivência (comparativamente ao pâncreas isolado ou após transplante de rim prévio)ou após transplante de rim prévio)

O enxerto renal “ajuda” a monitorizar a ã ârejeição do pâncreas

TRP versus Tx Pâncreas isolado TRP versus Tx Pâncreas isolado ou Pâncreas após Rimou Pâncreas após Rim

O TRPO TRPO TRPO TRPReceptores < 45 anos (excepcionalmente <50)p ( p )

Sem doença CV major

Bem sucedido “cura” as 2 doenças:Bem sucedido, cura as 2 doenças:– a Diabetes tipo1

a Insuf Renal Crónica- a Insuf. Renal Crónica

Comparativamente ao TR isolado (e manter insulina)

Tem > morbi-mortalidade no imediato e a curto-prazo… mas melhor sobrevida a médio e longo-prazo!

…“SPK can be expected to live 10 years longer than KTA p y gform deceased donors”… – White SA, Lancet 2009; 23:1808

DM tipo 1 submetidos a TR vs TRPDM tipo 1 submetidos a TR vs TRPidade = 18idade = 18--45 anos45 anos

Fonte: dados do US Renal Data System3168 d t3168 doentes. até final do 1º ano (década de 90):( )

9.7% dos TRP falecidos9.8% dos TR falecidos9.8% dos TR falecidos16.8% dos enxertos no TRP perdidos ao fim de 1 ano25.2% dos rins no TR perdidos ao fim de 1 ano

o risco de morte dos DMID no TRP não é superior o risco de morte dos DMID no TRP não é superior ppe o rim “dura mais”e o rim “dura mais”

TRP em Portugal TRP em Portugal -- evoluçãoevolução* dados * dados até 20/Nov/2009até 20/Nov/2009 (n=88 TRP até fim de 2008)

HUCHUC: primeiro TRP em 1993/94; total 3 TRPtotal 3 TRPHUCHUC: primeiro TRP em 1993/94; total 3 TRPtotal 3 TRP

HGSAHGSA: : primeiro TRP em 02/05/2000; total 103 TRPtotal 103 TRP

HCCHCC 1 TRP 2007HCCHCC: : 1 TRP em 200718

16

18

1311

15

12

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8

10

12

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8

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8

4

6

3 34

10

2

1993/94 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Técnica cirúrgica do TRPTécnica cirúrgica do TRPTécnica cirúrgica do TRP Técnica cirúrgica do TRP

--Derivacão exócrina: entéricaDerivacão exócrina: entérica--Anastomoses venosas: à Anastomoses venosas: à circulação sistémicacirculação sistémica

TRPTRP -- experiência do HGSAexperiência do HGSATRPTRP experiência do HGSAexperiência do HGSAinício de actividade: Maio/2000início de actividade: Maio/2000

Responsável pela Unidade de TRPResponsável pela Unidade de TRP--Dr. Manuel TeixeiraDr. Manuel Teixeira (Cirurgia)(Cirurgia)

Equipa multidisciplinar:

Cirurgia Vascular; Nefrologia; Cuidados Intensivos;

Anestesia; Endocrinologia; Cardiologia; Urologia;

Neurofisiologia; OftalmologiaNeurofisiologia; Oftalmologia

No HGSANo HGSANo HGSANo HGSA

Realizados 103 TRP (rim e pâncreasRealizados 103 TRP (rim e pâncreas simultâneos)

â óRealizados 4 PAR (pâncreas após rim): 3 bem sucedidos, ficaram funcionantes, 1 , ,perda imediata por trombose

103 TRP103 TRP103 TRP103 TRP

DM tipo 1, com IRC terminal

Protocolo de Imunossupressão:ATG+Tacrolimus+MMF+CorticóidesATG+Tacrolimus+MMF+Corticóides

Todos de dador de cadáverTodos de dador de cadáver

… um programa nacional: mais de 40% são doentes no Centro, Sul e Ilhas.

Dos 103 TRPDos 103 TRPDos 103 TRPDos 103 TRP

em 4 casos foi feito um retransplante de rim, por trombose do primeiro;, p p ;

E t 4 f i f it t l t dEm outros 4 foi feito um retransplante de pâncreas - em doentes que tinham perdido o 1º pâncreas por hemorragia (n=1), infecção (n=1) e trombose (n=2)(n 1), infecção (n 1) e trombose (n 2)

CARACTERÍSTICAS DOS DOENTESCARACTERÍSTICAS DOS DOENTES

Média Mínimo-Máximo

Idade (anos) 34±6 23 47Idade (anos) 34±6 23-47% Sexo Masc. 43%D ã di b tDuração diabetes (anos) 23±5.5 14 – 38

IMC (Kg/m2) 22 4±2 7 16 9 – 32 5IMC (Kg/m2) 22.4±2.7 16.9 – 32.5

Dose insulina (U/dia) 39±12 14 - 82

Duração diálise(meses)*; ** 32±25 0 - 142( ) ;

idade dador (anos) 26±11 8-49

6 MM6 MM com o dador 19 4%19 4%6 MM6 MM com o dador 19.4%19.4%* 19.4 % (20 doentes) em diálise peritoneal; ** 4 preemptive

TRPTRPTRPTRP-- resultados internamento inicialresultados internamento inicial

* motivos de

Média Mediana Mínimo-Máximo

Intern. SCI 4 2 1 88 * motivos dereintervenção (inicial)

infecçãoinfecção 9 9 a)a)

(dias) 4 2 1 – 88

Internamento (dias) 28 22 9 – 148

hemorragiahemorragia 10 10 a)a)

trombose Pxtrombose Px” Rx” Rx

5533

(dias)

Necessidade insulina (dias) 1,3 1 0 – 18

Rx Rx 33

oclusão oclusão intestinal intestinal

22

insulina (dias)

nec de HD transitória n=18; 17.4%

fístula urináriafístula urinária 11

a)a)-- 4 destes evoluíram com trombose posterior

Re-intervenções*

em 30% (n=31) (1 a 12 reintervenções/doente)

pdo Px

TRP TRP –– rejeiçãorejeição

incidência de rejeição aguda incidência de rejeição aguda global= 11/93global= 11/93 = 11.8%11.8%

456

234

01

cr nal nx16 episódios em

Enx Pan

c

Enx Ren

a

Ambos e

nx

*1 doente com 4 episódios; 1 doente com 2 episódios

6 ep sód os e11 doentes

1 doente com 2 episódios

FALÊNCIA DE ENXERTOFALÊNCIA DE ENXERTO

dados de n= 93 TRP, até Maio/2009

FALÊNCIA DE ENXERTOFALÊNCIA DE ENXERTORenalRenal

Nº CausaNº Causa

3 Rejeição3 Rejeição

2 Morte do doente 3 Trombose

2 Sepsis p

Total=10*

*4 fizeram retransplante – 3 funcionantes, 1 morte com enxerto funcionante

TRP TRP –– função do enxerto renalfunção do enxerto renal

Funcionantes: 92.5%92.5%

função renal

Creat média = 1 12 ± 0 30 mg/dlCreat média = 1.12 ± 0.30 mg/dlCl Creat = 79.6 ±26.4ml/minProt U = 0.30 ±0.27g/dia

dados de n= 93 TRP, até Maio/2009

FALÊNCIA DE ENXERTOFALÊNCIA DE ENXERTOdados de n= 93 TRP, até Maio/2009

FALÊNCIA DE ENXERTOFALÊNCIA DE ENXERTOPancreáticoPancreático

Nº Causa

4 Rejeição4 Rejeição

9 Trombose

3 Hemorragia

5 Infecção / sepsis5 ção / p

2 Morte do doente

Total=23**4 fizeram retransplante – 2 funcionantes, 1

perdido por rejeição, e 1 por trombose

TRP TRP –– função do enxerto pancreáticofunção do enxerto pancreático

Funcionantes = 79.6%79.6%

função do pâncreasfunção do pâncreas glicemia média = 80.0 ± 9.4 mg/dl HbA1c, média = 4.8 ± 0.4% Pept C média = 3 06 ± 1 46 ng/mlPept C, média = 3.06 ± 1.46 ng/ml

dados de n= 93 TRP, até Maio/2009

TRP:TRP: causa de morte dos causa de morte dos doentesdoentes

6 doentes falecidos: 6 doentes falecidos: 6 doentes falecidos: 6 doentes falecidos:

••1 em HD, (5 meses após perda dos enxertos) 1 em HD, (5 meses após perda dos enxertos)

morte cardiomorte cardio--vascular*vascular*morte cardiomorte cardio vascularvascular

••1 por AVC, com ambos os enxertos funcionantes1 por AVC, com ambos os enxertos funcionantes

••2 por sepsis no pós2 por sepsis no pós--opop

••1 por Aspergilose pulmonar e cerebral, 4 meses após 1 por Aspergilose pulmonar e cerebral, 4 meses após Tx, com ambos os enxertos funcionantesTx, com ambos os enxertos funcionantes

••1 de causa desconhecida 1 de causa desconhecida 1 de causa desconhecida 1 de causa desconhecida

SobrevivênciaSobrevivência TRPTRPSobrevivência Sobrevivência -- TRPTRP

Anos0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Rim 1 0,95 0,94 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90

P 1 0 81 0 81 0 79 0 79 0 79 0 79 0 79 0 79 0 79Pancreas 1 0,81 0,81 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79

Doente 1 0,96 0,95 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93, , , , , , , , ,

dados de n= 93 TRP, até Maio/2009

Resultados globaisResultados globaisResultados globaisResultados globais

93%93%96% 95% 93% 93% 93% 93% 93%95% 94%90% 90%90%90%90% 90% 90% 90%

81% 81% 79% 79% 79% 79% 79% 79% 79%

90%

doenterim *

70% pâncreas

50%

1° 2° 3° 4° 5º 6º 7º 8º 9ºano ano ano ano ano ano ano ano ano

dados de n= 93 TRP, até Maio/2009

COMPARAÇÃO COM OUTROS COMPARAÇÃO COM OUTROS CENTROSCENTROS

sobrevivências HGSA UNOS/IPTR*

US Não-USUNOS/IPTR**

DadosUK***

****Dados Sollinger, UIPTR UK Sollinger, U Winsconsin(1000 TRP)

1 ano1 ano 5 anos5 anos 9 anos9 anos 1 ano1 ano 1 ano1 ano 4 anos4 anos 5 anos5 anos 1 ano1 ano 10 anos10 anos

DoenteDoente 96%96% 93%93% 93%93% 95%95% 98%98% 90.3%90.3% 90.4%90.4% 97%97% 80%80%

Rim Rim 95%95% 90%90% 90%90% 93%93% 94%94% 91%91% 63%63%

pâncreaspâncreas 81%81% 79%79% 79%79% 85%85% 88%88% 78.6%78.6% 88%88% 63%63%

*G Cli T l 2004 21 51*Gruessner, Clin Transpl 2004;:21-51 **Gruessner, Am J Transpl 2004;4:2018

***M Akyol, Abstract OP-002, IPITA Congress 2005**** Sollinger HW; Ann Surg 2009; 250:618