Relacao Pedagogica e Animacao de Grupos de Formacao
Transcript of Relacao Pedagogica e Animacao de Grupos de Formacao
RH Center- Formação e Consultoria em Recursos Humanos Lda.
R. Engº Adelino Amaro da Costa, 15, 2º- Sala 2.2 4400- 351 V. N. Gaia Telf. 22 370 15 46 Telefax. 22 371 11 30 Email: [email protected]
Entidade Acreditada
RREELLAAÇÇÃÃOO PPEEDDAAGGÓÓGGIICCAA EE
AANNIIMMAAÇÇÃÃOO DDEE GGRRUUPPOOSS DDEE
FFOORRMMAAÇÇÃÃOO
Conteúdos
Aspectos
relacionados com a
dinâmica de grupos em
contexto de formação;
Fenómenos
psicossociais
associados à dinâmica
de grupos;
Especificidades e
ritmos individuais;
Gestão dos
percursos diferenciados
de aprendizagem.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
2
ÍNDICE Modelo básico de comunicação 4
Elementos da comunicação 5
A importância da linguagem não verbal 7
Barreiras à comunicação 8
Atitudes facilitadoras a comunicação 11
Auto-estima 11
Capacidade de escutar 11
Atitude empática 12
Capacidade de dar feed-back 12
Atitude assertiva 13
Atitude passiva 13
Atitude agressiva 14
Animação de grupos atitude empática– O grupo e a sua dinâmica 15
Grupo de formação 15
Dinâmica do grupo de formação 16
Ciclo de vida do grupo de formação 16
Desenvolvimento orientado para a relação 17
Desenvolvimento orientado para a tarefa 17
Funções do grupo e papel do formador 17
Técnicas de grupo 20
Liderança do processo 22
O formador enquanto líder 22
Estilos de liderança 22
Contextualização da formação pedagógica de adultos 24
Escola e formação profissional 24
Diferenças entre ambos os contextos da aprendizagem 25
Métodos e técnicas pedagógicas 26
Como aprendem os adultos 27
Princípios da formação de adultos 27
Exercícios de Auto-Avaliação 28
Proposta de correcção 33
Bilbiografia 38
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
3
OBJECTIVOS:
• Identificar os processos de comunicação interpessoal
• Reconhecer as atitudes facilitadoras da comunicação
• Identificar os comportamentos facilitadores da resolução de conflitos
• Identificar os mecanismos de motivação
• Distinguir e adoptar estratégias de motivação
• Identificar os estilos de liderança e os seus efeitos na prática
pedagógica.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
4
MODELO BÁSICO DE COMUNICAÇÃO
A comunicação é uma das dimensões principais no universo Homem.
A capacidade de comunicar oferece a cada ser humano a possibilidade de
concretizar o seu desenvolvimento psíquico e social pleno, e permite a
existência de grupos, organizações, sociedades e culturas.
Podemos definir comunicação como o processo de transmissão de informação
entre dois ou mais indivíduos ou organizações.
É um fenómeno dinâmico e evolutivo, cujo principal objectivo é permitir a
interacção entre indivíduos ou grupos.
Neste sentido, o processo comunicativo diz respeito ao conjunto de técnicas
verbais e não verbais de influenciar ou manipular o ambiente social.
A situação de ensino / aprendizagem é um ambiente de comunicação por excelência.
Da comunicação gerada no seio do grupo em formação depende o sucesso da aprendizagem, o concretizar dos objectivos pedagógicos, o clima afectivo e o nível motivacional do grupo e a realização pessoal do Formador.
Torna-se vital para o Formador conhecer os fundamentos do processo
comunicativo e algumas das suas implicações, para que lhe seja possível gerir
a comunicação de forma positiva, desenvolvendo uma relação
pedagogicamente eficaz com os seus formandos.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
5
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Emissor ou Fonte
É o indivíduo, ou grupo de pessoas, ou organização com ideias, intenções,
necessidades, informações, enfim, com uma razão para se empenhar na
comunicação.
Mensagem
Na comunicação humana a mensagem existe em forma física: há a intenção de
ideias, intenções e objectivos num código. O Emissor utiliza uma combinação
de signos e símbolos para expressar a sua intenção comunicativa.
Canal
É o condutor da mensagem, o meio que permite a circulação da informação
enviada pelo Emissor.
Receptor
É o alvo da comunicação. É o indivíduo ou audiência que recebe e descodifica
a mensagem. Constitui o elo mais importante do processo, pois se a mensagem
não atingir o Receptor, de nada serviu enviá-la.
Feed-Back
O Feed-back é a reacção do Receptor ao comportamento do Emissor. Fornece
informação ao Emissor sobre o impacto da sua acção sobre o Receptor, sobre
o sucesso na realização do seu objectivo comunicativo.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
6
Ao responder, o receptor exerce controle sobre as futuras mensagens que o
Emissor venha a codificar, promovendo a continuidade da comunicação.
O feed-back é, assim, um poderoso instrumento de influência ao nível de quem
envia informação. Se o feed-back for compensador, o emissor mantém o seu
comportamento; se não for, este modifica-o, a fim de aumentar as suas
probabilidades de êxito.
O bom uso do feed-back aumenta a eficácia da comunicação interpessoal. As
pessoas que são consideradas “boas comunicadoras” normalmente estão
atentas aos sinais comunicativos do interlocutor, são boas observadoras de
reacções.
O comportamento dos Formandos, a sua postura, expressões, humor,
brincadeiras ou sarcasmos, questões, dúvidas, afirmações e opiniões, enfim,
toda a riqueza da situação face-a-face em termos de feed-back, é
extremamente útil para o Formador regular e corrigir a sua forma de comunicar
com o grupo.
Por todas estas razões é essencial que o feedback seja treinado e
intencionalizado. Neste sentido existe um conjunto de directrizes contribuem
para a sua boa aplicação.
Emissor
Receptor
Receptor
Emissor
Feed-Back
ESCUTA / REFORMULAÇÂO / SÍNTESE
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
7
O Feedback deve ser:
• Específico: concreto e objectivo, e não de carácter geral, para que o
formando possa perceber a pertinência da informação;
• Aplicável: pertinente (há características pessoais dos formandos que
são incontornáveis e, portanto, não faz sentido apontá-las);
• Oportuno: há situações em que faz sentido aguardar até que o
formando esteja receptivo para aceitar o feed-back; no entanto, muitas
vezes, será tão eficaz quanto mais imediato for (adiá-lo pode levar à
diminuição do seu impacto);
• Solicitado: existem pistas verbais e não verbais que nos indicam se o
formando se encontra ou não disponível para recebê-lo;
• Neutro: baseado em factos, evitando-se a emissão de opiniões ou
julgamentos de valor;
• Directo: dirigido à pessoa ou pessoas envolvidas, sendo que o uso de
intermediários pode levar à deturpação da mensagem;
• Comprovado: é essencial que o formador se assegure de que a
descodificação da mensagem pelo formando está em concordância com
a intenção comunicativa.
A importância da Linguagem não verbal
Estar atento ao comportamento não verbal dos formandos, permite ao formador
retirar várias conclusões:
• Os gestos ajudam a interpretar o conteúdo das comunicações, definir os
papéis e os desempenhos sociais
• As expressões faciais comunicam sentimentos e reacções, permitindo
aceder a informações tais como: grau de percepção da mensagem, nível
de motivação e atenção, cansaço, interesse suscitado pelos conteúdos.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
8
BARREIRAS À COMUNICAÇÃO
Comunicar é trocar mensagens. Sabemos que não é fácil (é talvez impossível)
dissociar o que é dito, de quem o diz. E isto porque no nosso discurso está
sempre presente, de forma manifesta ou latente, aquilo que somos.
Cada sujeito é uma entidade complexa, resultante da combinação de factores
biológicos e psicológicos, e dos resultados das experiências por que passa, e
que lhe deixam marcas positivas ou negativas, mais superficiais ou mais
profundas.
Existem diversos factores que o Formador / Animador não deve desconhecer,
de modo a poder superá-los.
a) Ao nível do Emissor e do Receptor
Estas barreiras aparecem por vezes designadas por distância psicológica.
Imaginemos, numa sequência linear, um tanto artificial, o processo de envio de
uma mensagem do sujeito A para o sujeito B.
1. Construção da ideia a nível conceptual. Remete para o âmbito cognitivo,
uma vez que se faz apelo à capacidade de abstracção e ao raciocínio,
estando implicado o quadro de referências em que se move o sujeito;
2. Codificação. É o domínio do código, neste caso da língua e da capacidade
verbal;
3. Expressão. Refere-se, nomeadamente, às dificuldades de pronúncia;
4. Audição. Colocam-se, relativamente ao receptor, questões como a surdez,
ou excesso de cansaço que dificulta a concentração, ou uma preocupação
que impossibilite a mobilização de capacidades para o processo de
comunicação;
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
9
5. Descodificação. Aponta para o conhecimento do código utilizado. Se for a
língua portuguesa, será necessário que os vocábulos sejam conhecidos, ou
compreensíveis, e que as construções sintácticas criem uma lógica
linguística e conceptual que possibilite ao emissor passar da mensagem às
ideias;
6. Interpretação. Indica o confronto da mensagem com o quadro referencial
do receptor, isto é, os seus conhecimentos, opiniões, valores, crenças, etc.
que lhe permitem dar um sentido ao que lhe foi transmitido.
b) Ao Nível do Código
Se o emissor usar sinais (sons, gestos, grafismos) que sejam desconhecidos do
receptor, este não tem hipótese de descodificar a mensagem e perceber o que
o outro lhe envia.
c) Ao Nível da Mensagem
Se a mensagem não for oportuna, pertinente, motivadora, pode não suscitar
sequer a atenção do receptor. Se for demasiado dissonante com o quadro
referencial do receptor é provável que este a recuse. Os valores culturais e
éticos do receptor podem provocar uma forte recusa da mensagem, não
chegando mesmo a “ouvir” o que se quer dizer.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
10
QUADROS DE REFERÊNCIA
ESTEREÓTIPOS, CRENÇAS E PRECONCEITOS
DIFERENÇAS DE ESTATUTO (IDADE,
EXPERIÊNCIA, HABILITAÇÕES LITERÁRIAS)
INCOERÊNCIA ENTRE O COMPORTAMENTO
VERBAL E NÃO VERBAL
CAPACIDADES DE EXPRESSÃO
CAPACIDADES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS
EMISSOR INTERESSE / ATENÇÃO / MOTIVAÇÃO RECEPTOR
CARGA EMOCIONAL
TIPOS DE CONTEXTO
INCOERÊNCIA DE ELEMENTOS
COMPLEXIDADE OU INADEQUAÇÃO
DA MENSAGEM
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
11
ATITUDES FACILITADORAS DA COMUNICAÇÃO
Auto-estima Corresponde à imagem que temos de nós próprios e ao valor que atribuímos à
nossa pessoa. A estima de si próprio depende muito da percepção, isto é, da
forma como tomamos conhecimento das coisas, e neste caso, da forma “como
nos vemos”. De entre as várias características que possuímos, valorizamos
mais umas do que outras. Tudo isto vai provocar atitudes e comportamentos
diferentes, como reacção a essas maneiras de nos vermos.
Há uma correlação elevada entre estima por si próprio e o estilo de
comunicação. As pessoas que possuem um bom nível de auto-estima dão mais
provas de competências relacionais, mostrando maior iniciativa e criatividade.
Tendem a exprimir com clareza as suas posições, procurando compreender
pontos de vista diferentes.
Capacidade de Escutar
A comunicação interpessoal dificilmente será satisfatória se o emissor não
adoptar duas atitudes relacionais fundamentais a escuta activa e a atitude
empática.
Escuta Activa: Começar a ouvir desde a primeira palavra;
manter uma atitude calma e receptiva
Concentrar-se no que está a ser comunicado, sem se precipitar tentando
adivinhar o que os seus interlocutores vão dizer...;
Manifestar a sua atenção e receptividade através de comportamentos e
sinais verbais – “sim, sim”, “hum, hum”, acenando com a cabeça e
mantendo contacto ocular com o interlocutor;
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
12
Gerir os silêncios sem impaciência ou ansiedade;
Não interromper a comunicação do interlocutor, deixando-lhe espaço
para se expressar;
Não interpretar o que o outro diz sem “chão” suficiente, mas sim fazer
perguntas e colocar questões de forma a suscitar a participação do
interlocutor e obter esclarecimentos sobre o que ele quer expressar.
Atitude Empática
Esta atitude remete para capacidade de inferir estados internos ou traços da
personalidade do outro, comparando-os com as suas próprias atitudes e,
simultaneamente, de tentar perceber o mundo tal como essa pessoa o percebe
Esta atitude, que respeita o outro e a sua expressão, caracteriza-se por um
esforço sincero de nos colocarmos no seu lugar, “vestirmos a sua pele”, de
compreender o seu contexto emocional e vivencial.
A Capacidade de Dar Feed-back
Tendo em conta o papel desempenhado pelo feedback na ligação e reforço do
sistema de comunicação, e a sua capacidade de transmitir segurança ao
emissor e aumentar a confiança mútua dentro do grupo de formação, pode
dizer-se que este se reveste de grande importância para a relação pedagógica.
Assim, é conveniente que seja desenvolvido um esforço consciente por parte do
formador no sentido do treinado e uso intencional do feedback.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
13
Atitude Assertiva
Esta atitude pode ser definida como a capacidade de expor um ponto de vista
pessoal com argumentos expressos de forma clara e objectiva, evitando a
atribuição de duplos sentidos por parte dos interlocutores.
Características do comportamento assertivo
• Respeito pelo próprio e defesa dos direitos pessoais
• Respeito pelas necessidades e direitos dos outros
• Expressão de sentimentos e opiniões de forma directa e honesta,
adequada à situação e que não viole os direitos dos outros
Como termo de comparação, podem ser referidos dois outros tipos de atitude: a
Atitude Passiva e a Atitude Agressiva. Atitude Passiva
CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO PASSIVO
• Anulação perante os outros, denotando falta de respeito pelas
necessidades e direitos do próprio
• Evitamento activo de conflitos e tentativa de agradar o outro
• Violação dos direitos pessoais na medida em que a pessoa não expressa
os seus pensamentos, sentimentos e opiniões de forma honesta
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
14
Atitude Agressiva
CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO
• Violação sistemática dos direitos dos outros e defesa directa dos direitos
pessoais
• Tentativa constante de dominar o outro e impor a sua posição
• Expressão de pensamentos, sentimentos e opiniões de forma
predominantemente desonesta e geralmente inapropriada
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
15
ANIMAÇÃO DE GRUPOS – O GRUPO E A SUA DINÂMICA
GRUPO DE FORMAÇÃO
A vida em grupo assume extrema importância no contexto da vida social, pois o
Homem só logra realizar alguns do seus objectivos existenciais quando
integrado em diversos grupos.
O grupo de formação é o exemplo disso. Considerado como um grupo primário
ou grupo restrito, pode classificar-se quanto à sua natureza como Artificial – os
formandos são colocados numa situação em que “têm” de interagir com outros
que lhe são estranhos.
Grupo é:
Conjunto de pessoas que são interdependentes na tentativa de realização
de objectivos comuns e que visam um relacionamento interpessoal
satisfatório.
Definição de grupo segundo Minicucci (1987)
Importância do grupo na formação
• Dispõe de uma maior quantidade e variedade de informações e ideias
• Os indivíduos, em grupo, aprendem mais do que isoladamente
• As decisões tomadas em grupo tendem a tornar-se comportamentos
estáveis
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
16
DINÂMICA DO GRUPO DE FORMAÇÃO
Quando abordamos a dinâmica de um grupo como é o caso do grupo de
formação, devemos ter em conta as relações que se estabelecem entre os
diferentes elementos do grupo e o formador bem como a influência exercida
pelo grupo, como entidade, sobre o comportamento dos seus membros.
Nesta perspectiva, existem determinados aspectos que nos permitem definir os
grupos em situação de formação.
CICLO DE VIDA DO GRUPO DE FORMAÇÃO
1- Início
Informar
Motivar
2 – Crescimento e Identificação dos Membros
Neutralidade atenta
Reformulação
Clarificação
3 – Maturação e Integração do Grupo
Progressão em direcção ao objectivo
Falando ainda das diferentes fases de desenvolvimento de um grupo, Tuckman
(1965) identifica duas etapas gerais que evoluem simultaneamente e que
representam as dimensões centrais a que o formador deve estar atento e
acompanhar ao longo do processo de formação.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
17
Desenvolvimento orientado para a relação
Conjunto de fases do desenvolvimento do grupo em que os comportamentos
visam a manutenção da união e coesão grupais.
• Ansiedade, primeiras impressões
• Conflito intragrupal
• Desenvolvimento da coesão do grupo
• Papéis funcionais e flexíveis e comprometimento com o grupo como
entidade
Desenvolvimento orientado para a tarefa
Conjunto de fases do desenvolvimento do grupo em que os comportamentos
são orientados para a prossecução dos objectivos.
• Estabelecimento da tarefa
• Resposta emocional às exigências da tarefa
• Intercâmbio aberto das interpretações relevantes
• Surgir das soluções
FUNÇÕES DO GRUPO E PAPEL DO FORMADOR
Podem ser internas:
Função de produção: prossecução dos objectivos delineados pelo
desenvolvimento e concretização das actividades e
tarefas.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
18
O papel de Animador / Formador relativo a esta função, consiste em garantir
que os objectivos foram compreendidos e aceites pelos diversos membros do
grupo e dirigir o grupo para o esforço de os atingir.
Função de facilitação: estabelecer as normas de funcionamento e as regras
de comportamento, por forma a reger os
desempenhos de modo a facilitar a realização dos
objectivos do grupo.
Definir quais os meios necessários à realização das
tarefas.
O Animador / Formador deve assegurar o desempenho dos papéis definidos
por cada membro, e gerir os meios necessários à execução desses papéis.
Função de regulação: regulação das trocas interpessoais e dos conflitos.
Ao Animador / Formador cabe gerir a vida interna do grupo, a comunicação
interna, de modo a salvaguardar a união e a cooperação no seio do grupo.
O formador enquanto gestor da comunicação
• Orienta as mensagens de acordo com os objectivos delineados e
estimula a discussão
• Fomenta o intercâmbio entre o papel de emissor e de receptor
• Regula intervenções e trocas interpessoais
• Suscita a escuta activa e a atitude empática no seio do grupo, evitando
situações de “escalada” emocional
• Podem ser externas – intercâmbio com o meio ambiente envolvente (a
empresa, a instituição organizadora, etc.)
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
19
O formador enquanto animador / facilitador de aprendizagem
Assumir o papel de formador consiste em adoptar todo um conjunto de atitudes
e comportamentos adequados ao conteúdo da formação e relacionados com as
funções de formador.
Como elemento facilitador da aprendizagem e na posse de determinadas
competências técnicas, o formador possui o papel de Animador da Formação.
Nesta perspectiva a sua atitude deverá:
- suscitar nos formandos os comportamentos necessários ao
desenvolvimento dos objectivos da formação;
- estabelecer relações de cooperação e apoio com os membros do grupo
em formação sendo um comunicador, isto é, um indivíduo que consegue
estabelecer um clima de confiança e solidariedade no interior do grupo;
- incentivar a procura autónoma de novos conhecimentos no decurso do
processo formativo;
- realçar a importância do papel individual dos formandos, isto é, o seu
empenhamento e responsabilidade no desenvolvimento do processo de
aprendizagem;
- colaborar com os formandos na pesquisa de novos conhecimentos;
- ser um “moderador de conflitos” utilizando a energia interpessoal em
favor da formação.
O formador deve ter facilidade em conduzir a sessão de formação, através de:
- uma atitude de confiança face ao grupo com o recurso a uma linguagem
simples e adequada ao nível de escolaridade dos formandos;
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
20
- uma percepção da dinâmica do grupo em formação:
• análise das interacções, das atitudes e papéis dos formandos.
- oportunidade nas intervenções:
• análise da situação de forma a perceber a altura indicada para
sintetizar ideias, reformular questões...
O papel do formador é pois o de motivar o grupo para a aprendizagem,
implicando cada um dos formandos nesse processo. É assim que, orientado
pelo formador, o grupo se organiza no sentido da pesquisa de novos
conhecimentos ao longo do processo formativo. O formador deve “ensinar a aprender”, isto é, facilitar a cada formando a aquisição de conhecimentos face
á sua individual experiência de formação.
No sentido de um melhor acompanhamento das diferentes etapas de desenvolvimento grupal e da boa resolução das dificuldades comunicativas e de relacionamento com que o formador se irá deparar ao longo do processo de formação, podem ser sugeridas uma série de “técnicas desbloquedoras” em termos de interacção grupal e que facilitam o bom andamento do grupo.
TÉCNICAS DE GRUPO
Pré requisitos:
– Conhecer previamente as suas vantagens e os seus riscos
– Preparar a sessão de grupo (não improvisar)
– Assegurar a participação de todos
Modalidades de Técnicas:
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
21
Apresentação/Quebra Gelo Representam um tipo de técnicas que facilitam o início das interacções e
permitem que os diferentes elementos do grupo se conheçam. Pelas suas
características, permitem diluir reservas iniciais e diferenças de estatuto
existentes dentro do grupo.
Exemplos: “A feira”; “Auto retrato”; “Eu num grupo”; “Jogo dos conjuntos”.
Comunicação e participação
Estas técnicas servem como activadoras do grupo e indutoras da emissão
de opiniões e do debate sobre temas associados aos objectivos e conteúdos
da formação.
Exemplos: “Jogo do novelo”; “O que pensamos do assunto”; “Os recursos do
grupo. O grupo como recurso”; “Falar em público”; “O aquário”.
Assertividade Conjunto de técnicas vocacionadas para manter a comunicação num nível
positivo, evitando o despoletar de conflitos e participando na sua resolução.
Exemplos: “Grupos de escuta activa”; “As moedas”; “Reagir às críticas”;
“Transforma a negação em afirmação”.
Movimento Este tipo de técnicas constituem uma possibilidade de intervenção no grupo
quando este começa a manifestar cansaço ou desatenção.
Exemplos: “O diálogo gestual”; “O cego e o guia”; “A tribo”.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
22
LIDERANÇA DO PROCESSO O formador enquanto líder
A liderança entendida como um conjunto de atitudes do formador face ao grupo,
deve incidir ao nível do desenvolvimento das necessidades de aprendizagem
dos formandos que devem ser motivados a estabelecer relações com base na
troca e apropriação de novos conhecimentos.
Assim, o formador exerce uma atitude de líder, quer quando assume um
comportamento directivo, solicitando ao grupo a realização de um determinado
trabalho, por exemplo, quer quando dá apoio e encoraja facilitando a
aprendizagem e o desenvolvimento do processo formativo.
Dada a grande diversidade de características individuais dos formandos, o
formador tem de procurar uma adaptação permanente da sua conduta, face à
heterogeneidade e natureza dos grupos em formação.
Estilos de liderança
Estilo democrático Caracterização:
• O poder de decisão encontra-se distribuído e o grupo possui alguma
autonomia na tomada de decisões
• Objectivos e métodos de trabalho são estabelecidos juntamente com o
grupo
• O Formador intervém nas crises mais relevantes
• Os resultados são controlados pelo grupo e pelos seus elementos
• A comunicação é abundante e positiva, havendo alternância entre os papéis
de emissor e receptor dentro do grupo
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
23
Efeitos no grupo:
• Nível elevado de produtividade, podendo no entanto não atingir os
níveis do estilo autoritário
• Estimulação da criatividade dentro do grupo e aparecimento de novas
fórmulas e soluções de forma espontânea
• Clima sócio-afectivo positivo e motivação
• Aumento da coesão e da identidade grupal
Estilo liberal
Caracterização:
• O Formador apresenta as tarefas mas delega no grupo todo o poder de
decisão relativamente a métodos de trabalho
• Situa-se fora do grupo – O Grupo é sentido como uma
ameaça
• Não intervém nas crises ou afirma-se de fora incoerente
• Não controla os resultados, adoptando sempre uma postura não directiva
• Demite-se do seu papel de gestor e facilitador da
aprendizagem - É um falso líder
Efeitos no grupo:
• Níveis de produção muito baixos
• Comunicação elevada, tendendo a tomar-se anárquica
• Afastamento das actividades e objectivos estipulados
• Escalada do descontentamento e desmotivação
• Risco de desmembramento do grupo
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
24
Estilo autoritário ou autocrático
Caracterização:
• Poder de decisão centrado exclusivamente no Formador
• Não fornece uma cisão global das tarefas a realizar
• Mantém-se à margem do grupo não se envolvendo nas tarefas -
Imposição do seu estatuto de líder
• Domina o sentido e conteúdo da comunicação, impedindo a expressão
individual
• Controla as redes de comunicação
• Controla resultados por feedback individual – Preocupa-se
essencialmente em assinalar os erros e não reforça sucessos.
Efeitos no grupo:
• Maior produção, uma vez que há uma centração exclusiva na tarefa
• De efeito rápido em situações de crise
• Clima negativo do grupo e nível motivacional baixo
• Ausência de expressão de conflitos por parte do grupo
• Ausência de espaço para a criatividade e a expressão individual
CONTEXTUALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE ADULTOS
Escola e Formação Profissional É provável que, para um observador ingénuo, os contextos escolar e de
formação profissional sejam similares.
Também para os participantes em formação o modelo tradicional funciona como
um apelo quase irresistível, já que é um contexto de aprendizagem conhecido
por todos.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
25
Assim, é frequente Formador e Formandos perspectivarem-se mutuamente
como professor e alunos.
A analogia do modelo escola faz com que se caia na “armadilha” de viver uma
situação escolar tradicional pouco favorável à formação profissional.
DIFERENÇAS ENTRE AMBOS OS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM:
Objectivos: No âmbito escolar tradicional, pretende-se dotar as crianças e os
jovens de um conjunto vasto de conhecimentos teóricos e
abstractos, sem aplicação imediata, mas que os tornem
membros aptos de uma sociedade e de uma cultura.
Na formação profissional, o objectivo não é a socialização em
geral, mas a aquisição de competências que permitam prosperar
ou melhorar a produção, abrange um leque variado de idades e
centra-se no meio específico do trabalho, promovendo a
integração profissional.
Mensagens: Na escola pretende-se transmitir conceitos e conteúdos teóricos
com um grau de abstracção considerável. As mensagens
transmitidas traduzem um saber generalizado e as orientações
necessárias para que o indivíduo defina um projecto de vida, de
forma a assumir um papel e um estatuto na sociedade.
Na formação, no entanto, os constructos deverão ser mais
operativos e complementados com competências práticas que
incrementem o nível técnico e relacional do trabalhador,
respondendo a necessidades muito específicas.
Cenário: O espaço físico em ambos os contextos pode ser muito diverso
A escola e a sala de aula com disposição em conferência ou em
anfiteatro por um lado, e por outro, a sala de formação teórica
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
26
com mesas dispostas em U, ou a oficina e posto de trabalho que
tanto se podem enquadrar na empresa como num centro de
formação.
MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS
Tanto os métodos como os meios pedagógicos a utilizar na formação deverão
ser diferentes dos empregues, pelo menos tradicionalmente nas escolas. Para
além do quadro, de manuais e livros de apoio, o formador deverá recorrer a
sistemas multimédia e imprimir um ambiente o mais participativo e activo
possível.
Avaliação: Na escola a avaliação recai sobre o aluno. Na formação, sobre o
próprio sistema e resultados atingidos.
Actores: No contexto Escola, os actores são Professores e Alunos.
Na Formação Profissional, existem Animador e Formandos, num
estado de desenvolvimento mais maduro.
Quem são, então, os participantes na Formação Profissional?
- São adultos.
- Estão em grupo
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
27
Como Aprendem Os Adultos A pedagogia de adultos deve ser uma pedagogia Activa (Prática-Teórica-
Prática) e de Sucesso (prevenir o sucesso, evitando situações de fracasso ou
frustração).
Nos adultos a motivação para aprender é intrínseca, estando normalmente
associada a estatutos, papeis, auto-estima, reconhecimento por parte de
outrem, actualização de saberes.
PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO DE ADULTOS
• Utilização de métodos activos
• Recurso a pedagogias individualizadas
• Utilização de material prático e útil
• Apelo à experiência de vida e contexto profissional dos formandos
• Prevenção do insucesso
• Partilha do conhecimento dos resultados
• Respeito pela autonomia e independência dos formandos
• Transmissão de conhecimentos práticos e de aplicabilidade imediata
• Construção de novos conhecimentos tendo como ponto de partida e
referência competências previamente adquiridas pelos formandos
• Estabelecimento conjunto de objectivos e conteúdos de aprendizagem
• Percepção do adulto/formando como protagonista do seu processo de
aprendizagem
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
28
Exercícios de Auto Avaliação
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
29
Verifique os seus Conhecimentos
I. Assinale o carácter VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) das seguintes afirmações (20%):
1____ A relação interpessoal é possível sem comunicação.
2____ O processo de comunicação é sempre consciente.
3____ Num processo de comunicação, dar feedback não é relevante.
4____ A linguagem verbal, oral e escrita são formas de comunicar.
5____ Não é possível comunicar através do silêncio.
6____ A comunicação proporciona a interacção entre indivíduos ou grupos.
7____ Comunicar não implica partilhar ideias, sentimentos nem experiências.
8____ A mensagem transmitida deve ser clara, concreta e concisa.
9____ As barreiras à comunicação impedem a sua fidelidade.
10____ O ruído e os rumores não impedem a comunicação.
II – Refira 2 (dois) aspectos que a comunicação gerada no grupo pode determinar .
1. __________________________________________________________ 2. __________________________________________________________
III - Enumere as 3 (três) atitudes facilitadoras da comunicação na relação pedagógica.
1. __________________________________________________________ 2. __________________________________________________________ 3. __________________________________________________________
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
30
IV – Indique se as seguintes afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F). “Os princípios que regem a formação de adultos são:
V F
a) Utilização de métodos activos
b) Utilização de material prático e útil
c) Ensinar a estudar
d) Apelo à experiência
Verifique os seus resultados no Anexo I.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
31
Avaliação Sumativa
I. Assinale o carácter VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) das seguintes afirmações (20%):
1____ A relação interpessoal é possível sem comunicação.
2____ O processo de comunicação é sempre consciente.
3____ Num processo de comunicação, dar feedback não é relevante.
4____ A linguagem verbal, oral e escrita são formas de comunicar.
5____ Não é possível comunicar através do silêncio.
6____ A comunicação proporciona a interacção entre indivíduos ou grupos.
7____ Comunicar não implica partilhar ideias, sentimentos nem experiências.
8____ A mensagem transmitida deve ser clara, concreta e concisa.
9____ As barreiras à comunicação impedem a sua fidelidade.
10____ O ruído e os rumores não impedem a comunicação.
II. Em que medida a comunicação assume um papel de relevância no contexto da formação? (15%) III. Reflicta sobre a importância da motivação dos formandos numa sessão de formação e de que forma é que o formador os pode motivar. (15%) IV. O comportamento assertivo pode e deve ser utilizado como facilitador na resolução de conflitos. Porquê? (20%)
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
32
V. Assinale o carácter VERDADEIRO (V) ou ALSO (F) das seguintes afirmações (12%):
1____ Um grupo é um conjunto de indivíduos com objectivos comuns e que
interagem entre si.
2____ Um grupo evolui quando todos os elementos trabalham conjuntamente.
3____ O papel desempenhado pelo formando e formador é importante na
dinâmica do grupo.
4____ A liderança autocrática provoca sentimentos de pertença e colaboração.
5____ O líder democrático assume-se e é assumido como elemento do grupo.
6____ A liderança liberal pode levar ao caos e a sentimentos de desorientação.
VI. Complete a seguinte afirmação (18%): O formador enquanto líder deve :
Nota: A correcção da avaliação encontra-se no anexo II.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
33
ANEXO I
Proposta de Correcção I. Assinale o carácter VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) das seguintes afirmações (20%):
1__F__ A relação interpessoal é possível sem comunicação.
2__F__ O processo de comunicação é sempre consciente.
3__F__ Num processo de comunicação, dar feedback não é relevante.
4__V__ A linguagem verbal, oral e escrita são formas de comunicar.
5__F__ Não é possível comunicar através do silêncio.
6__V__ A comunicação proporciona a interacção entre indivíduos ou grupos.
7__F__ Comunicar não implica partilhar ideias, sentimentos nem experiências.
8__V__ A mensagem transmitida deve ser clara, concreta e concisa.
9__V__ As barreiras à comunicação impedem a sua fidelidade.
10__F__ O ruído e os rumores não impedem a comunicação.
II - Refira 2 (dois) aspectos que a comunicação gerada no grupo pode determinar: - O sucesso da aprendizagem;
- O concretizar dos objectivos pedagógicos;
- O clima afectivo;
- O nível motivacional do grupo;
- A realização pessoal do formador.
III - Enumere as 3 (três) atitudes facilitadoras da comunicação na relação pedagógica: - Estima por si próprio;
- Capacidade de escutar: escuta activa; atitude empática;
- Capacidade de dar feed-back
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
34
IV – Indique se as seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F) : “Os princípios que regem a formação de adultos são:
a) Utilização de métodos activos – Verdadeira (V)
b) Utilização de material prático e útil – Verdadeira (V)
c) Ensinar a estudar – Falsa (F)
d) Apelo à experiência – Verdadeira (V)
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
35
ANEXO II
Avaliação Sumativa Proposta de Correcção I. Assinale o carácter VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) das seguintes afirmações (20%):
1__F__ A relação interpessoal é possível sem comunicação.
2__F__ O processo de comunicação é sempre consciente.
3__F__ Num processo de comunicação, dar feedback não é relevante.
4__V__ A linguagem verbal, oral e escrita são formas de comunicar.
5__F__ Não é possível comunicar através do silêncio.
6__V__ A comunicação proporciona a interacção entre indivíduos ou grupos.
7__F__ Comunicar não implica partilhar ideias, sentimentos nem experiências.
8__V__ A mensagem transmitida deve ser clara, concreta e concisa.
9__V__ As barreiras à comunicação impedem a sua fidelidade.
10__F__ O ruído e os rumores não impedem a comunicação.
II. Em que medida a comunicação assume um papel de relevância no contexto da formação? (15%) - Conceitos de comunicação eficaz
- Dinâmica de grupos III. Reflicta sobre a importância da motivação dos formandos numa sessão de formação e de que forma é que o formador os pode motivar. (15%) - Motivação dos formandos – interesse suscitado – atingir objectivos
- O formador deve criar ambientes informais, permitir a participação activa dos
formandos, deve comunicar os objectivos da sessão e deve contextualizar e
fundamentar o interesse e a aplicabilidade do assunto
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
36
IV. O comportamento assertivo pode e deve ser utilizado como facilitador na resolução de conflitos. Porquê? (20%) Definição de comportamento assertivo e sua importância na relação com os
outros.
V. Assinale o carácter VERDADEIRO (V) ou ALSO (F) das seguintes afirmações (12%):
1__V__ Um grupo é um conjunto de indivíduos com objectivos comuns e que
interagem entre si.
2__V__ Um grupo evolui quando todos os elementos trabalham conjuntamente.
3__V__ O papel desempenhado pelo formando e formador é importante na
dinâmica do grupo.
4__F__ A liderança autocrática provoca sentimentos de pertença e
colaboração.
5__V__ O líder democrático assume-se e é assumido como elemento do grupo.
6__V__ A liderança liberal pode levar ao caos e a sentimentos de
desorientação.
VI. Complete a seguinte afirmação (18%): O formador enquanto líder deve ser competente, criativo, ter experiência.
Deve estimular a comunicação, deve ser moderador de conflitos, ser flexível,
reconhecer e identificar as capacidades de aprendizagem de cada formando
(...).
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
37
CONTROLE DE RESULTADOS
Se obteve entre 0 e 49% - deve repensar o método de estudo e rever os
conteúdos programáticos. Não atingiu os objectivos.
Se obteve entre 50 e 90 % - atingiu os objectivos mas pode aprofundar a
temática. Aconselha-se a leitura atenta do manual. Se obteve entre 91 e 100% - parabéns! Atingiu plenamente os objectivos.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
38
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, Lemos de – “Comunicar com Assertividade” , Colecção
Gestão Criativa (nº6), IEFP, Lisboa, 1996.
ALMEIDA, Fernando Neves de – “Psicologia para Gestores – Comportamentos de Sucesso nas Organizações”, McGraw Hill, Alfragide,
1995.
BAGINHA, Maria de Lurdes G. Vicente – “Dinâmica de grupo”, Colecção
Aprender (nº25), IEFP, Lisboa, 1996.
BEAUCHAMP, GRAVELINE, R,; OLIVIER, C. – “ Como animar um grupo”,
Layola.
CARDIM, Luís, MARQUES, Pedro – “ A Comunicação”, Colecção Aprender
(nº2), IEFP, Lisboa, 1992
DIAS, José Manuel – “A Comunicação pedagógica”, Colecção Formar
Pedagogicamente (nº8), IEFP, Lisboa, 1992.
DUPONT – “Dinâmica do grupo: a turma”, Coimbra, Colecção
Psicopedagógica, Coimbra Editora, 1985.
ENRIQUE, Shulze Trudy – “ O Trabalho de grupos”, in Education
Permanente, Paris, 1989, p 19-33.
ESPERANÇA, Eduardo Jorge – “ A Comunicação não verbal”, Colecção
Aprender (nº20), IEFP, Lisboa, 1993.
GOLEMAN, Daniel – “Inteligência Emocional”, Temas e Debates, Lisboa,
2001.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
39
JESUINO, J. Correia – “ Processo de liderança”, Lisboa, livros Horizonte,
1987.
J-M, de Ketel, M. Chastrette, D. Cros, P. Mettelin, J, Thomas, “Guia do Formador”, Horizontes Pedagógicos, Instituto PIAGET.
MÃO-DE-FERRO, António, FERNANDES, Viriato – “O formador e o grupo”, Colecção Aprender (nº22), IEFP, Lisboa, 1992.
MONTEIRO, Manuela, Santos, Milice Ribeiro –“Psicologia”, Porto Editora.
PARREIRA, Artur – “ Liderança de grupos e condução de reuniões”,
Lisboa, Didáctica Editora.
PESCE, Cristina – “Aprender a trabalhar em grupo”, in Revista Formar
(nº4), IEFP, Lisboa, 1991, p,24-28.
PINTO, Avelino – “ A Dinâmica do relacionamento interpessoal – Roteiro de animação pedagógica“, Colecção Formar Pedagogicamente (nº16),
IEFP, Lisboa, 1991.
PINTO, Avelino – “ A Dinâmica do relacionamento interpessoal”, Colecção Formar Pedagogicamente (nº12), IEFP, Lisboa, 1992.
SACADURA, Ana – “Relação pedagógica”, Companhia Nacional de
Serviços.
SEGURADO, Margarida – “Animação de Grupos e liderança”, Colecção
Formar Pedagogicamente (nº19), IEFP, Lisboa, 1992.
UNESCO – “As técnicas de grupo na formação”. Colecção
Educação/Estudos e Documentos, Livros Horizonte, 1984.
Relação Pedagógica e Animação de Grupos de Formação
40
VIALSONNEUVE, Jean – “A dinâmica dos grupos”, Colecção Vida e
Cultura, Livros do Brasil, 1981.
CRÉDITOS
Coordenação: Dr. Gaspar Ferreira
Revisão: Dra. Ana Vaz e Dra. Carla Cerqueira
Concepção: Dra. Carla Cerqueira