Relatorio 123guinebissau

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Relatório do projecto 123GuineBissau por: Susana Teixeira Março - Junho 2013

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Relatório do projecto 123GuineBissau

por:

Susana Teixeira

Março - Junho 2013

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Índice COMO SURGIU O PROJECTO .............................................................................................. 1 BISSAU - VARELA ........................................................................................................... 3 O MEU PRIMEIRO DIA NA CRECHE ....................................................................................... 4 UM MÊS DEPOIS ............................................................................................................ 5 OS 3 MESES SEGUINTES ................................................................................................... 6

OUTRAS ACTIVIDADES .................................................................................................. 9 REGRESSO E AGRADECIMENTOS ....................................................................................... 10

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Como surgiu o projecto Desde 2010 sensivelmente que eu andava a procurar um projecto de voluntariado

fora de Portugal, contactei diversas associações, mas as coisas nunca chegaram a avançar, ou porque as missões tinham uma duração que não era compatível com a minha disponibilidade ou por questões monetárias.

Quase no final de 2012, inscrevi-me no My Social Project (http://mysocialpro-ject.org/), uma plataforma de voluntariado a nível nacional, onde é possível criar um perfil e estar atento às ofertas que vão aparecendo. Passado pouco tempo, depois de me ter inscrito, eis que recebo um comentário da ONGD Afectos com Letras:

Respondi de imediato e o diálogo entre mim e a Afectos foi ganhando forma. Depois de fazer uma busca mais detalhada sobre esta ONGD descobri que a mesma tem sede na minha terra natal: Pombal! O mundo de facto é mesmo pequenino, como uma vez a directora da Afectos me disse : " O mundo é mesmo uma tabanka".

L ogótipo do projecto,, da autoria de

Diogo Dimas.

L ogótipo da Afectos com Letras

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Posteriormente reunimos pessoalmente e depois de uma longa conversa, onde pelo meio ela me mostrou fotografias de missões anteriores, descreveu como era a situação do país e as condições que eu iria encontrar quando chegasse.

De seguida, tratei de oficializar o meu despedimento, comprei o bilhete de avião, marquei a consulta do viajante e comecei a estudar mais sobre crianças em idade de frequentarem a creche, visto que esta não é a minha área profissional, mas sim uma área que já tenho contacto faz algum tempo e pela qual tenho uma enorme atracção. Ao longo do tempo fui devorando imensos artigos e livros da especialidade e claro tive a oportunidade de praticar durante o tempo em que trabalhei como babysitter em part - time.

Criei a página do facebook com o nome do projecto e posteriormente o blogue : 123guinebissau.wordpress.com, mas em relação a este ultimo, infelizmente não tive como o manter actualizado devido às condições de internet encontradas no local.

Preparei as malas, despedi-me da família e dos amigos e lá fui eu rumo à Guiné-Bissau, no dia 1 de Março de 2013.

Onde tudo começou.

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Bissau - Varela Quando cheguei a Bissau, senti uma enorme diferença de clima, apresentava-se

muito mais quente do que estava em Portugal e muito mais húmido. A Valentina, que é a filha da Fá e do Franco, os donos do Aparthotel e da Creche onde eu estive em Varela, foi-me esperar ao aeroporto Osvaldo Vieira ( o único a funcionar na Guiné-Bis-sau) e depois ficámos instaladas no Hotel Coimbra (http://www.hotelcoimbra.net/). No dia a seguir, logo de manhã e com o sol já a brilhar seguimos caminho rumo ao nosso destino : Varela. Demorámos cerca de 4h30 para percorrer um caminho com cerca de 170km, sendo que os últimos 53km, que vão de S. Domingos a Varela são, sem dúvida,os mais complicados, devido às condições da estrada. As paisagens são bonitas, ficam na memória e o cheiro a África é único, concluindo: a viagem até se fez bastante bem :)

Ao chegar a Varela fiquei instalada no Aparthotel Chez Helene ( www.facebook.com/pages/aparthotelchezhelene), num bungalow só para mim, com casa de banho privada.

Conheci logo a restante família e os trabalhadores do Aparthotel. Fui muito bem recebida por todos e rapidamente me senti integrada. Agora que penso nisso, ainda me lembro da minha primeira refeição: fritatta de queijo e tomate para entrada, peixe com molho de ervilhas e arroz para prato principal e crostatta de compota caseira para sobremesa. Normalmente quem cozinha é o Franco, ele é italiano, daí o menu que eu acabei de descrever. Mais para frente irei abordar outras iguarias que ele preparou durante o tempo em que eu lá estive.

A entrada do Aparthotel.

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O meu primeiro dia na creche Escrever este relatório está a ser algo bastante nostálgico para mim, ainda passou

tão pouco tempo, desde que me "despedi" da Guiné-Bissau, mas algumas coisas parece que já aconteceram há tanto tempo.

O meu primeiro dia na creche foi talvez dos momentos mais marcantes durante esta missão.

De manha acordei, preparei-me e fui para o pé da carrinha, até chegarem todos os meninos, para depois começarmos a subir para a carrinha e seguirmos para a creche. Alguns vieram logo dar-me a mão e tentaram brincar comigo, mas outros estavam um pouco reticentes. Às 8h00 lá vamos nós. Chegámos à creche, vi como as professoras e auxiliares davam o pequeno-almoço aos meninos (normalmente é um copo de leite com bolachas ou pão com chocolate) e, por volta das 8h30, entramos para as salas. A creche tem 3 salas de aula: a primeira até aos 3 anos, a segunda dos 4 aos 5 e a terceira dos 5-6 anos. Cada uma delas tem uma professora que fica responsável por olhar pelos meninos e desenvolver com eles pequenas actividades ao longo do dia.

Por volta das 11h00 saiem para o recreio para brincar ao ar livre, depois por volta das 12h30 almoçam (normalmente o menu é composto por um prato único que pode ser puré com peixe, arroz com peixe ou guisado de massa, feijão e carne1). A partir dai muitos deles dormem a sesta, numa outra sala da creche, que tem várias camas prontas a serem ocupadas pelos meninos.

No primeiro dia fiquei na sala dos mais crescidos e ao longo dos 4 meses acabei por ficar mais tempo nesta sala, pelo facto de serem os meninos que vão este ano em Out-ubro para a primeira classe e para, de certa forma, tentar que fossem já a saber mais algumas coisinhas.

Quando a professora se ausentou por uns minutos da sala de aula, eu fiquei no quadro e continuei a explicar-lhes as letras que a professora estava a dar. De repente tinha metade da sala à minha volta, a quererem tocar-me, sentir a minha pele, alcançar o meu cabelo, perceber o porquê das unhas dos meus pés serem diferentes ( pois tinha-as pintadas). Fui apanhada completamente desprevenida, por momentos

1 Note-se que para a maioria destas crianças, esta é a única refeição que ingerem ao longo

do dia, pois em casa, muitas delas apenas comem depois de os pais comerem, caso sobre

alguma coisa, sendo normalmente colocado apenas arroz à disposição.

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fiquei sem saber como reagir, mas rapidamente comecei a brincar com eles e a tentar convence-los a sentarem-se para continuarmos o resto da aula.

Quando saímos para o recreio, ai sim, a brincadeira começou de novo. Foi um dia bastante agitado, com muitos nomes novos e complicados, mas diverti-me bastante e fiquei muito motivada e expectante relativamente aos dias seguintes.

Um mês depois A minha rotina diária normalmente era: acordar às 7h00, ir para a creche às 8h00,

depois quando voltava da creche ajudava as filhas da Fá e do Franco com os trabalhos de casa ou a treinarem o Português através de leituras, ditados, composições, etc. En-sinava a Fá a utilizar o computador, nomeadamente a consultar notícias, aceder ao e-mail e ao facebook e, mais tarde, ensinei também o Franco a fazer as mesmas coisas.

No primeiro mês a Valentina esteve comigo na creche, então também ajudou na minha integração, os meninos adoravam-na e, depois de ela se ter ido embora, constantemente perguntavam por ela.

Ao fim de semana não havia creche, então aproveitava para ler, fazer outras actividades com as meninas e dar uma ajuda no Aparthotel. E claro, estava bastante calor, então uma ida à praia de vez em quando era inevitável.

Uma das minhas primeiras fotos na creche.

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No primeiro mês, pensando bem, após alguns dias, habituei-me a uma rotina diferente da minha, a um novo local, novas pessoas, novos costumes, novos hábitos alimentares, a acordar com o som dos passarinhos e a adormecer no silêncio total.

Os 3 meses seguintes Na creche desenvolvemos bastantes actividades, ensinei as professoras a utilizar os

recursos existentes na creche, pois havia muitos jogos e materiais que nunca tinham sido utilizados por falta de conhecimento.

Durante as primeiras utilizações das canetas de filtro, passados breves minutos os meninos estavam umas verdadeiras obras de arte, uns com as unhas pintadas, outros os braços e os mais atrevidos até os dentes pintaram.

Com plasticina fizemos pulseiras, anéis, animais, comida e tantas outras coisas, rapidamente aprenderam a jogar ao loto de figuras, a completar pequenos puzzles, a gostar de folhear livros, ouvir histórias, contar histórias e fazer pequenos teatros.

Na hora do recreio e durante o dia da ginástica, que normalmente era à quarta-feira, ensinei-lhes vários jogos tradicionais portugueses, andámos nos balancés, corre-mos, saltámos, ouvimos rádio2, aprendemos músicas em português, dançámos e

2 A Afectos com Letras ofereceu um rádio para a creche, quando eu iniciei o projecto.

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nunca a barreira linguística3 foi impedimento para que estas crianças manifestassem muitos sorrisos e gargalhadas quando eu lhes fazia cócegas ou brincava com elas.

Quando fazia uma brincadeira com alguma delas, inevitavelmente, segundos depois tinha logo várias crianças ao meu redor a pedirem para fazer a mesma brincadeira com elas ou para as agarrar ao colo e andar com elas aos saltinhos. Outras vezes acabavam por adormecer quando as pegava ao colo durante algum tempo. Por aquilo que me fui apercebendo a falta de afectos e diálogo, por parte das famílias, para com estas cri-anças é bastante grande.

Todos os dias havia algum menino com uma ferida na perna, no braço, manchas es-tranhas na pele, etc etc. Lá ia eu ou a Valentina com eles ao centro de saúde tratar das feridas ou tentar perceber o que estava errado com eles. O centro de saúde fica a cerca de 500 metros da creche, não tem muitas condições, mas presta os cuidados básicos.Em S. Domingos, que fica a cerca de 50Km, existe um centro de saúde com mais con-dições e recursos.

Passados breves minutos lá voltávamos nós para a creche e as brincadeiras continuavam, mas o que me deixava ligeiramente "chateada" era o facto dos pais não acreditarem nas propriedades dos medicamentos utilizados no centro de saúde e por exemplo retirarem as ligaduras e colocarem "mezinhas da terra" (folhas, pós, plantas, peles) para curarem feridas, dores, etc. Muitas vezes as coisas até ficavam melhores, mas outras nem por isso e custava-me ver as crianças a sofrer com aquelas feridas.

Ao longo dos 4 meses foram muitas as fotografias que tirei, no inicio eles mostravam-se um pouco apreensivos, mas depois eram eles próprios que me pediam constantemente para lhes tirar fotografias, porque depois ficavam completamente fas-cinados a ver as poses que tinham feito, na câmara.

As meninas estavam sempre a querer fazer-me trancinhas no cabelo, era tão engraçado vê-las com tanta agilidade a mexer no cabelo, com aqueles dedinhos tão pequeninos.

3 Apesar da língua oficial ser o Português, a população, especialmente fora de Bissau, não

domina o idioma, as línguas utilizadas são o crioulo e outros dialectos locais. Note-se também

que este é um pais com 33 etnias diferentes.

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Para finalizar a minha passagem pela creche de Varela criei um pequeno manual onde registei algumas actividades que fizemos, jogos tradicionais, músicas, trabalhos manuais e as primeiras letras e números. Assim futuramente a educadora ou voluntário que comece a colaborar na creche tem algo por onde se guiar, um pequeno manual adaptado às necessidades destas crianças.

Podem dar uma espreitadela no manual aqui: http://www.youtube.com/watch?v=21dimKZ-Msw&feature=youtu.be

Um dia eu decidi deixar alguém fazer tranças e o

meu cabelo ficou assim.

Algumas imagens do manual. 100% escrito à mão ;)

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Outras actividades Durante os 4 meses estive praticamente sempre em Varela, estive em Bissau algu-

mas vezes, o que me permitiu descobrir um pouco mais sobre a cidade. Durante uma das visitas à Guiné-Bissau da Afectos com Letras, nomeadamente da Joana Benzinho e da Marta Rosa tive a oportunidade de participar na inauguração de mais uma escolinha, " Lassama Cassama" no Bairro do Quelele, de conhecer a Creche de Djoló, que foi o primeiro projecto da associação na Guiné-Bissau, de dar um saltinho a Quinhamel, um local bastante concorrido ao Domingo, pelas famosas ostras e de conhecer muitas outras pessoas que também vivem em Bissau.

Destaco por exemplo o projecto do Tiago Conde, treinador de futebol, que se mudou este ano para Bissau, com um projecto ambicioso (https://www.facebook.com/pages/Academia-Fidjus-di-Bideras/107616015987586) e que recentemente viu uma entrevista sua publicada no site do coração Luso, podem consultar a mesma aqui : http://www.coracaoluso.com/2013/07/tiago-conde-treinador-de-futebol-na.html

Varela é uma localidade bastante pequena como já deu para perceber e a

comemoração que fazem, assim com mais força e empenho, são os festejos do dia 1

de Maio, neste dia vai toda a gente para a praia, acampar, dançar e festejar, cerca de 3

dias antes começam a passar carrinhas cheias de pessoas, totalmente equipadas para

passarem alguns dias na praia. Fiquei curiosa quanto a este "movimento" e decidi ir

ver mais de perto e foi isto que encontrei:

No dia da inauguração de mais um projecto da

Afectos com Letras.

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No fim de semana antes de regressar a Lisboa tive ainda a oportunidade de dar mais uma volta pela cidade, de voltar a apreciar a paisagem de Quinhamel e de conhecer Cacheu:

Regresso e agradecimentos Deixar Varela às 5h da manhã e partir rumo a Bissau, naquela última sexta-feira de

Junho, sabendo que não havia uma data de regresso àquela localidade foi complicado, por um lado estava feliz por voltar a ver a minha família e amigos muito em breve, por outro lado, sentia um aperto no coração por deixar de ter todas aquelas crianças à minha volta.

A espera no aeroporto, para entrar dentro do avião, parecia nunca mais terminar, assim que se deu o embarque, instalei-me no meu lugar, comecei a pensar em tudo o que vivi na Guiné-Bissau e acabei por adormecer, pois já era bastante tarde. Alguns minutos depois de acordar, anunciam que estamos prestes a aterrar na Portela. Foi uma sensação entranha, confesso que também eu é que sou péssima com despedidas! Como iria ser o meu regresso à Europa? A um local tão movimentado? Aeroporto, metro, autocarros, comboios, centros comerciais?

Nos dois primeiros dias havia uma série de coisas que ainda me faziam muita confusão, mas a pouco e pouco as coisas foram voltando ao normal.

Passados alguns dias fui juntamente com a Joana Benzinho e a Marta Castro ao pro-grama " Alô Portugal" falar sobre a Afectos com Letras, podem consultar o programa aqui: http://sic.sapo.pt/Programas/aloportugal/2013/08/22/alo-portugal---17-de-julho

Que coisas, recordações, trouxe eu da Guiné-Bissau? Comprei um livro de crioulo, outro com receitas guineenses, tecidos africanos e muitas variedades de fruta, e falando nisso, digam o que quiserem mas a Guiné-Bissau tem a melhor manga do

No forte de Cacheu.

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mundo! Descobri frutos que desconhecia completamente e voltei a rever frutos que tinha experimentado em Saõ Tomé há 4 anos atrás e que nunca mais tinha tido a opor-tunidade de os voltar a saborear.

E para concluir este testemunho não podia deixar de fazer uma série de agradecimentos. Vamos lá começar:

Ao MySocial Project, especialmente à Cristina Duarte; à Afectos com Letras, muito obrigada Joana por toda a paciência em esclarecer todas as minhas dúvidas antes de partir em missão e todo o apoio prestado durante a mesma; A Fá e o Franco, um dos casais mais maravilhosos que eu já conheci, a filha a Valentina, a N'djaba, a Adéli e a Helena, por me receberem como se fosse um membro da vossa família; ao Sar, Inácio, Omar, Ampa e Doca, os trabalhadores do Aparthotel que foram sempre muito prestá-veis para comigo; à Dona Francelina, ao Miguel, ao Xia, à Sofia, à Telma, que tão bem me acolheram no Hotel Coimbra, em Bissau; ao Miguel e ao Zé Carlos por me darem a conhecer mais alguns locais ao redor de Bissau e por partilharem comigo algumas histórias do povo guineense; à minha família pelo apoio incondicional; aos meus ami-gos no geral, mas especialmente ao Fernando Gonçalves por me ter ajudado a resolver questões que para mim estavam a ser complicadas de resolver, devido à velocidade da internet que dispunha em Varela e por todo o apoio que me deu ao longo dos 4 meses; ao Nuno Silvério que teve sempre uma palavra de apoio para me dar e esteve sempre disponível para me ouvir e ajudar ( os printscreens que foste enviando ajudaram-me muito!); ao André Gomes, pelas palavras de incentivo e pela disponibilidade em ajudar; ao Luís Simões por todo o apoio e pela disponibilidade em viver também um pouco do que se passa na Guiné-Bissau; à Júlia Realinho, à Mafalda Roque, ao Roger, à Maria Genoveva e a tantas outras pessoas por me acompanharem

Alfarroba, Ondjo e cabaceira, alguns frutos

secos ideais para fazer sumo.

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e estarem constantemente em contacto comigo e aos seguidores da página do 123guinebissau, com quem fui partilhando o meu dia a dia através de palavras e fotografias.

A todos vocês: Muito Obrigada! Foram 123 dias inesquecíveis, tal como a Joana Benzinho me avisou ao inicio que iriam ser.

Um grande abraço e até um dia Guiné-Bissau. P.S. Este testemunho encontra-se incompleto, eu já o li várias vezes, acrescentei novas

informações mas sinto que ainda faltava relatar mais alguns episódios ao pormenor, mas isso também o ia tornar bastante extenso. Por isso caso alguém pretenda entrar em contacto comigo, para questões relacionadas com este projecto, pode fazê-lo através do e-mail: [email protected]

Com uma menina muito querida na

escolinha do Quelele.