Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PUC MINAS CICLO 2014/2015 Belo Horizonte 2016

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

PUC MINAS

CICLO 2014/2015

Belo Horizonte

2016

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Comissão Própria de Avaliação – CPA

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

PUC MINAS

CICLO 2014/2015

Belo Horizonte

2016

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DADOS DA INSTITUIÇÃO

A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) caracteriza-se

por ser uma universidade comunitária, confessional, filantrópica e privada, de caráter

público não estatal. A sua mantenedora é a Sociedade Mineira de Cultura, através do

decreto Lei n.º 45.046, de 12 de dezembro de 1958. O código da IES no eMEC é o 338

e está situada à Avenida Dom José Gaspar, 500 – Coração Eucarístico. Belo Horizonte /

MG - Brasil. CEP: 30535-910, Telefone: (31) 3319-4444/ 4337 Fax: (31) 3319-4225.

Homepage: http://www.pucminas.br.

A atual Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Instituição foi designada

através do Ato de Designação, por meio da Portaria RN 154/2015, e está situada à Rua

Padre Pedro Evangelista, nº 377 – 500 – Coração Eucarístico. Belo Horizonte / MG -

Brasil. CEP: 30535-490. Telefones: (31) 3319-3301/ 3319-3305. Site:

www.pucminas.br/cpa.

Email: [email protected] /[email protected].

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COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO – CPA

Presidente: Prof.ª Maria Carolina Tomás

Vice-presidente: Prof.ª Liza Fensterseifer

REPRESENTANTES

Docentes

Prof.ª Jane Carmelita das Dores Garandy Arruda Barroso

Prof.ª Luciana de Nardin

Prof. Moacir Leomil Neto

Prof.ª Tânia Fernandes Bogutchi

Corpo Técnico-Administrativo

Michael Albino Andrade dos Santos

Renato Luiz Cotta de Paiva

Corpo Discente

Amanda Vitória Santos

Letícia Oliveira Alves

Sociedade Civil Organizada

Jobson Andrade – CREA MG

Saulo L. Coelho – Santa Casa Misericórdia de BH

Comissão de Assessoramento Técnico da CPA

Prof.ª Angélica Aparecida de Oliveira Bicalho

Prof. Erich Vale e Sousa

Prof. José Agnaldo Fonseca

Prof.ª Mércia Aleide Ribeiro Leite

Equipe Técnico-Administrativa

Isabel Cristina Correia dos Passos – Analista Técnica

Marisaura dos Santos Cardoso – Analista Técnica

Maytê Cabral Mesquita – Analista Técnica

Naiane Loureiro dos Santos - Analista Técnica

Yankow Oliveira Peçanha – Técnico de Informática

Leandro Figueira Lessa – Técnico de Informática

Nathália Leiliane Machado Neves – Técnica de Informática

Equipe de Apoio Administrativo

Alexandra Moreira de Oliveira – Auxiliar de Serviços

Carolina Barone dos Santos Bicalho – Assistente

Weslley Ferreira Canuto – Auxiliar Administrativo

Estagiária

Cheila Nunes de Ávila (até agosto de 2015)

Colaboradores

Analistas da Gerência de Tecnologia da Informação (GTI) Cláudio Elias Marques

Júnia Peixoto Rios

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Número de projetos de pesquisa desenvolvidos na PUC Minas

– 2012 a 2014............................................................................. 51

Gráfico 2 - Número de bolsas de iniciação científica disponibilizadas ao

corpo discente da PUC Minas – 2012 a 2014............................ 52

Gráfico 3 - Grupos de pesquisa por Institutos/Faculdades – 2014.............. 53

Gráfico 4 - Participação dos discentes nas atividades comunitárias,

acadêmico-científicas, ligadas ao meio ambiente, atividades

culturais e esportivas da PUC Minas, no segundo semestre de

2014 e primeiro semestre de 2015............................................. 58

Gráfico 5 - Avaliação do corpo discente da PUC Minas de aspectos

relacionados à sua formação, no segundo semestre de 2014 e

primeiro semestre de 2015......................................................... 59

Gráfico 6 - Avaliação do corpo discente da contribuição do curso para

aspectos de sua formação, no segundo semestre de 2014 e

primeiro semestre de 2015......................................................... 61

Gráfico 7 - Número de visitantes no Museu da PUC Minas, no ano de

2012 e 2014............................................................................... 62

Gráfico 8 - Avaliação do corpo discente da contribuição do curso para

aspectos de sua formação, no segundo semestre de 2014 e

primeiro semestre de 2015........................................................ 70

Gráfico 9 - Número de alunos atendidos pela Coordenadoria de Apoio

Comunitário da SECAC, nos anos de 2010 a agosto de 2015,

na PUC Minas........................................................................... 73

Gráfico 10 - Participação nas atividades da Pastoral segundo os discentes

da PUC Minas, no segundo semestre de 2014 e primeiro

semestre de 2015....................................................................... 76

Gráfico 11 - Participação dos discentes nas atividades da Pastoral PUC

Minas, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de

2015 .......................................................................................... 77

Gráfico 12 - Frequência ao Complexo Esportivo e Centro Olímpico em

2014........................................................................................... 84

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Gráfico 13 - Avaliação do corpo discente da contribuição do curso para as

ações voltadas para a questão ambiental, no segundo semestre

de 2014 e primeiro semestre de 2015........................................ 87

Gráfico 14 - Modos de atendimento realizados pela Ouvidoria em 2012,

2013 e 2014................................................................................ 109

Gráfico 15 - Tipo de demanda atendida pela Ouvidoria em 2012, 2013 e

2014............................................................................................. 111

Gráfico 16 - Percentual de egressos graduados em 2013 – por núcleo........... 115

Gráfico 17 - Atuação na área em que o egresso se graduou............................ 115

Gráfico 18 - Motivo pelo qual o egresso não atua na área em que se

graduou....................................................................................... 116

Gráfico 19 - Setor de atuação do egresso........................................................ 117

Gráfico 20 - Remuneração do egresso............................................................ 117

Gráfico 21 - Retorno do curso às necessidades do mercado de trabalho na

percepção dos egressos............................................................... 118

Gráfico 22 - Reconhecimento do diploma da PUC Minas pelo mercado de

trabalho....................................................................................... 119

Gráfico 23 - Qualidade dos cursos da PUC Minas......................................... 119

Gráfico 24 - Qualidade do corpo docente da PUC Minas.............................. 120

Gráfico 25 - Atendimento dos funcionários da PUC Minas........................... 120

Gráfico 26 - Relação custo-benefício avaliada pelos egressos........................ 121

Gráfico 27 - Nível de satisfação geral dos egressos com a PUC Minas.......... 122

Gráfico 28- Número de vagas para docentes e seu preenchimento por meio

da seleção interna - 2012 a 1º semestre de 2015........................ 126

Gráfico 29 - Número de vagas para docentes e seu preenchimento por meio

da seleção externa – 2012 a 1º semestre de 2015....................... 127

Gráfico 30 - Percentual de professores da PUC Minas por categoria

funcional – 1º e 2º semestres de 2014........................................ 129

Gráfico 31 - Número de funcionários que participaram dos tipos de

treinamentos nos anos de 2012 a 2015 na PUC Minas............... 139

Gráfico 32 - Quantidade de respondentes por cursos das Ciências Sociais

Aplicadas e da Área da Saúde e o Serviço social – 2015 (%).... 148

Gráfico 33 - Abordagem dos cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas 154

Page 7: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

ao conteúdo geral, na opinião dos alunos (%)............................

Gráfico 34 - Avaliação dos alunos dos cursos da área das Ciências Sociais

Aplicadas quanto ao nível de abordagem dos cursos ao

conteúdo geral (%)...................................................................... 155

Gráfico 35 - Contribuição dos cursos da área das Ciências Sociais

Aplicadas para desenvolvimento das habilidades e

competências gerais, na opinião dos alunos (%)........................ 157

Gráfico 36 - Forma de contribuição dos cursos da área das Ciências Sociais

Aplicadas para o desenvolvimento das habilidades e

competências gerais (%)............................................................. 158

Gráfico 37 - Contribuição dos cursos da Área da Saúde e o Serviço Social

para apreensão do conteúdo geral, na opinião dos alunos (%)... 160

Gráfico 38 - Contribuição dos cursos da Área da Saúde e o Serviço Social

para o desenvolvimento das habilidades e competências gerais,

na opinião dos alunos (%).......................................................... 162

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Participações da CPA junto à comunidade acadêmica nos

anos de 2013 a 2015.............................................................. 30

Quadro 2 - Número de atividades artístico-culturais realizadas na PUC

Minas, no ano de 2014.......................................................... 56

Quadro 3 - Programas de treinamento e desenvolvimento para o corpo

docente, realizados no período de 2012 a 2015.................... 134

Quadro 4 - Quantitativo de cadastrados, respondentes e não

respondentes por curso campus/unidade da área das

Ciências Sociais Aplicadas – 2015....................................... 149

Quadro 5 - Quantitativo de cadastrados, respondentes e não

respondentes por curso campus/unidade da Área das

Ciências Sociais Aplicadas – 2015........................................ 151

Quadro 6 - Conteúdo geral dos cursos da Área das Ciências Sociais

Aplicadas............................................................................... 152

Quadro 7 - Habilidades e Competências gerais dos cursos da área das

Ciências Sociais Aplicadas................................................... 156

Quadro 8 - Conteúdo geral dos cursos da área da Saúde e o Serviço

Social.................................................................................... 159

Quadro 9 - Habilidades e Competências gerais dos cursos da Área das

Ciências Sociais Aplicadas.................................................... 161

Page 9: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Número de participantes nos processos de avaliação institucional

por tipo de público – PUC Minas, 2011 a 2015.............................. 33

Tabela 2 - Participação no processo de avaliação docente.............................. 35

Tabela 3 - Número de alunos participantes nos processos de Avaliação de

Conteúdo dos cursos de acordo com a área do ENADE – PUC

Minas, 2011 a 2015......................................................................... 40

Tabela 4 - Públicos envolvidos nos diagnósticos situacionais conduzidos em

2014................................................................................................. 42

Tabela 5 - Número de programas e projetos de extensão e beneficiados– por

unidade de origem – PUC Minas,2014........................................ 48

Tabela 6 - Acervo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, tombados

e em preparação, no ano de 2014................................................ 64

Tabela 7 - Número de alunos atendidos pelo NAI por necessidade

apresentada, no período de 2010 a 2015........................................ 69

Tabela 8 - Informativos produzidos pela SECOM, de acordo com sua

periodicidade e público.................................................................. 95

Tabela 9 - Número de acessos ao Portal PUC Minas, 2013-2015 96

Tabela 10 - Número de seguidores e de postagens no Facebook da PUC

Minas, 2013-2015.......................................................................... 97

Tabela 11 - Eventos realizados/apoiados pela Assessoria de Relações

Públicas em 2014 e 2015............................................................... 98

Tabela 12 - Número de Escolas e Alunos Participantes do Programa PUC

Aberta, por unidade/campus, de 2013 a 2015................................ 100

Tabela 13 - Eventos do Programa PUC Com Você em 2014............................ 101

Tabela 14 - Eventos do Programa PUC Com Você em 2015............................ 102

Tabela 15 - Número de notícias publicadas sobre a PUC Minas em

2014................................................................................................. 105

Tabela 16 - Histórico dos modos de atendimento da Ouvidoria – 2012, 2013

e 2014............................................................................................ 110

Tabela 17 - Distribuição do corpo docente por regime de trabalho (definido

pelo MEC), 2012 a 2014................................................................ 125

Page 10: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

Tabela 18 - Distribuição de professores da PUC Minas com titulação de

mestre e doutor por categoria funcional, no 2º semestre de

2014.............................................................................................. 130

Tabela 19 - Panorama do processo de titulação do corpo docente de 2012 a

2014.............................................................................................. 132

Tabela 20 - Dados sobre a concessão de auxílio viagem ao corpo docente, no

período de 2013 e 2014................................................................. 133

Tabela 21 - Bolsas concedidas na Instituição ao corpo técnico-administrativo

da PUC Minas – 2012-2014............................................................ 136

Tabela 22 - Escolaridade do corpo técnico administrativo, considerando os

anos de 2012, 2013 e 2014............................................................. 137

Tabela 23 - Processos de seleção do corpo técnico-administrativo – PUC

Minas, 2012-2014........................................................................ 140

Page 11: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

LISTA DE SIGLAS

ADPUC – Associação dos Docentes da PUC Minas

Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

ARI – Assessoria de Relações Internacionais

Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CCPD – Comissão Central de Pessoal Docente

CE – Complexo Esportivo da PUC Minas

CEFAP – Centro de Formação de Agentes de Pastoral

CEGIPAR – Centro de Geoprocessamento de Informações e Pesquisa Pastorais e

Religiosas

CEP – Comitê de Ética em Pesquisa

CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CER – Crédito Educacional Rotativo Especial

CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais

CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa

CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior

CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

CONGESP – Conselho de Gestão e Política

CONSUNI – Conselho Universitário

CPA – Comissão Própria de Avaliação

DAES – Diretoria de Avaliação da Educação Superior

DRH – Diretoria de Recursos Humanos

DW – Data Warehouse

EIA/Rima – Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental

FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

FIES – Fundo de Financiamento Estudantil

FIP – Fundo de Incentivo à Pesquisa

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

GDP – Gerência de Desenvolvimento de Pessoas

GPE – Sistema de Gestão de Pesquisa e Extensão

GPP – Gestão de Projetos Pedagógicos

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICBS – Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

ICEG – Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais

ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IEF – Instituto Estadual de Florestas

IES – Instituição de Ensino Superior

IFTDJ – Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

IPUC – Instituto Politécnico

Libras – Língua Brasileira de Sinais

LLM – Limitação Locomotora

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MEC – Ministério da Educação e Cultura

MPB – Música Popular Brasileira

NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Especiais

NEPAC – Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pastoral da Cultura

NESP – Núcleo de Estudos Sociopolíticos

NVDA – Non Visual Desktop Access

PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional

PPA – Programa Permanente de Avaliação

PPC – Projeto Pedagógico Curricular

PPCD – Plano Permanente de Capacitação Docente

PPI – Projeto Pedagógico Institucional

PROBIC – Programa de Bolsas de Iniciação Científica

PROEX – Pró-Reitoria de Extensão

PROGRAD – Pró-Reitoria de Graduação

PROPPG – Pró-Reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação

PRORH – Pró-Reitoria de Recursos Humanos

ProUni – Programa Universidade para Todos

PUC Minas – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

RTI – Regime de Tempo Integral

RTP – Regime de Tempo Parcial

SAJ – Serviço de Assistência Judiciária

SATED-MG – Sindicato dos Artistas Técnicos em Espetáculos e Diversões de Minas

Gerais

SECAC – Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários

SECOM – Secretaria de Comunicação

SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

Sinep/MG – Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais

Sinpro/MG – Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais

SMC – Sociedade Mineira de Cultura

SUS – Sistema Único de Saúde

TEIAS – Trabalhos Ecológicos de Integração Social

Unesco – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

Page 13: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

APRESENTAÇÃO

A autoavaliação exerce um papel essencial na análise do desempenho obtido

pela Universidade e é uma grande oportunidade para verificar suas próprias realizações,

visando planejar possíveis melhorias. Entretanto, para que tal processo seja uma

ferramenta de análise eficaz e que retrate fielmente a realidade, é necessário que sua

execução se dê baseada nos princípios da ética moral e profissional. Ainda, é

fundamental que todos os setores envolvidos no objeto a ser avaliado participem ativa e

conscientemente da avaliação.

Um adequado processo de autoavaliação possibilita que a Instituição identifique

seus pontos fortes e suas fraquezas, as dificuldades que ainda são enfrentadas, e

vislumbre oportunidades de melhoria. Além de permitir mensurar os resultados, a

autoavaliação possibilita a percepção de erros e acertos empreendidos até o momento da

avaliação. Nesse sentido, a autoavaliação institucional permite uma visão ampliada dos

processos desenvolvidos e fornece um retrato da realidade institucional, orientando,

assim, a formulação de ações que levem a alcançar os objetivos da Instituição, sempre

visando aos melhores resultados possíveis.

A avaliação das atividades que vêm sendo desenvolvidas pela PUC Minas, em

consonância com o seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2012-2016, é

parte integrante e cotidiana da vida universitária, atuando como instrumento de análise e

de fortalecimento de ações. O processo avaliativo é bastante complexo, uma vez que

reúne os pontos de vista de diversos setores sobre várias dimensões da Universidade,

exigindo de quem participa dele comprometimento e sintonia com a missão e com os

princípios institucionais.

A Comissão Própria de Avaliação (CPA) propõe-se, portanto, a conduzir a

autoavaliação nos setores da Universidade, através da coleta de dados para aquisição de

conhecimento sobre sua dinâmica e seu funcionamento, e da consequente apresentação

do Relatório de avaliação institucional. O envolvimento de toda a comunidade

acadêmica na elaboração desse retrato da Instituição é de suma importância, uma vez

que cada um desempenha um importante papel nos processos de implantação e

consolidação dos projetos desenvolvidos pela Universidade.

Nesse contexto, o presente documento apresenta-se como um esforço da CPA da

PUC Minas para identificar os avanços alcançados, as deficiências a serem superadas e

Page 14: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

os principais desafios a serem enfrentados, para que a PUC Minas prossiga crescendo e

evoluindo em relação à sua missão institucional. Os resultados aqui apresentados

congregam diversas reflexões, opiniões e avaliações sobre os rumos da Universidade e

indicam contribuições importantes para o contínuo aperfeiçoamento institucional,

estabelecendo diretrizes para tomadas de decisão que visam promover avanços para a

Universidade como um todo.

Amanda Vitória Santos

Representante discente da CPA

Page 15: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

SUMÁRIO

PARTE I

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 17

1.1. Metodologia ................................................................................................................................................ 19

2. ANÁLISE DOS EIXOS AVALIATIVOS .................................................................................................... 22

2.1. Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional .................................................................................... 22

2.1.1. Apresentação do PDI ................................................................................................................................. 22

2.1.2. Evolução institucional e processos de planejamento e avaliação ........................................................... 24

2.1.3. Autoavaliação institucional: projeto, participação da comunidade acadêmica, análise e

divulgação dos resultados ................................................................................................................................... 30

2.1.4. Avaliação Institucional .............................................................................................................................. 31

2.1.5. Avaliação docente ...................................................................................................................................... 35

2.1.6. Acompanhamento dos cursos de graduação ............................................................................................ 38

2.1.7. Avaliação de conteúdo ............................................................................................................................... 39

2.1.8. Avaliação feita pelo coordenador do curso .............................................................................................. 41

2.1.9. Diagnósticos situacionais de cursos de graduação .................................................................................. 41

2.1.10. Acompanhamento das visitas do MEC ........................................................................................... 43

2.2. Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional ................................................................................................... 44

2.2.1. Missão institucional, metas e objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) ................. 44

2.2.2. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Ensino de Graduação e de Pós-graduação ........... 45

2.2.3. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a Extensão .................................................................. 46

2.2.4. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), a Pesquisa e a Iniciação Científica, na PUC

Minas .................................................................................................................................................................... 50

2.2.5. Desenvolvimento Institucional e Responsabilidade Social ..................................................................... 55

2.2.5.1. Atuação da Pastoral PUC Minas ..................................................................................................... 73

2.2.5.2. Serviços Prestados à Comunidade Externa .................................................................................... 78

2.2.5.3. Formação dos alunos e Responsabilidade Social ........................................................................... 85

2.2.6. Internacionalização .................................................................................................................................... 86

2.2.7. Potencialidades percebidas nas descrições do Eixo II. ............................................................................ 88

2.2.8. Necessidades e desafios detectados nas descrições do Eixo II. ............................................................... 89

2.3. Eixo 3 – Políticas Acadêmicas ................................................................................................................... 90

2.3.1. Comunicação com a sociedade .................................................................................................................. 90

2.4. Eixo 4 – Políticas de Gestão ..................................................................................................................... 122

2.4.1. Políticas de Pessoal para Docentes ......................................................................................................... 122

2.4.2. Políticas de Pessoal para o Corpo Técnico-Administrativo .................................................................. 133

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................... 140

PARTE II

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 143

2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................................. 150

2.1. Área das Ciências Sociais Aplicadas ...................................................................................................... 150

2.2. Área da Saúde e o Serviço Social ............................................................................................................ 155

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................... 161

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 163

Page 16: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

16

PARTE I

Relatório de autoavaliação institucional

Page 17: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

17

1. INTRODUÇÃO

A Lei nº 10.861/2004 atribui à Comissão Própria de Avaliação (CPA) a função

de coordenar o processo de autoavaliação institucional. Na PUC Minas, esse processo é

contínuo e tem como referência os princípios e diretrizes do Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior (SINAES) e o padrão de qualidade da Instituição. A

principal função da autoavaliação é analisar as ações e as políticas da Instituição, tendo

como objetivo produzir informações claras e confiáveis para gestores, pesquisadores,

educadores e para a comunidade em geral. Para atender a isso, a CPA desenvolve

atividades com diferentes enfoques: 1) geral, contemplando a Instituição como um todo;

2) específico dos cursos; e 3) nos docentes. O Relatório de Autoavaliação da Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), ora apresentado, é um dos

produtos dessas atividades.

Este Relatório foi elaborado com base na descrição, análise e avaliação inserida

no contexto do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que

foi instituído pela Lei n. 10.861 de 14 de abril de 2004 e em conformidade com a Nota

Técnica Inep/Daes/Conaes n. 065, de 09 de outubro de 2014. Essa Nota Técnica tem

como proposta a apresentação de dois relatórios parciais, nos dois primeiros anos do

triênio (2016 e 2017), e uma versão final no terceiro ano (2018). As versões parciais

deverão contemplar as informações e ações desenvolvidas pela CPA, no ano de

referência, explicitando os eixos trabalhados, e serão postadas no Sistema e-MEC. A

versão integral deverá contemplar as informações e ações desenvolvidas pela CPA, a

discussão do conteúdo relativo aos dois relatórios parciais e a apresentação de um plano

de ações de melhoria à IES.

Desse modo, além desta introdução e da conclusão, este Relatório parcial

contempla a análise dos seguintes eixos e de suas dimensões:

a) Eixo 1 – Planejamento e avaliação institucional. Esse eixo considera a dimensão

8 do SINAES (Planejamento e Autoavaliação) e se constitui um Relato

Institucional, que inclui o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e os

relatórios da CPA.

b) Eixo 2 – Desenvolvimento institucional. Esse eixo considera as dimensões 1

(Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional) e 3 (Responsabilidade

Social da Instituição) e consiste na verificação da coerência existente entre o

Page 18: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

18

PDI e as ações institucionais nas diferentes vertentes de sua atuação acadêmica –

ensino, pesquisa, extensão e gestão. Também verifica o comprometimento da

Instituição quanto ao seu engajamento social.

c) Eixo 3 – Políticas Acadêmicas. Esse eixo considera apenas as dimensões 4

(Comunicação com a Sociedade) e 9 (Políticas de Atendimento aos Discentes,

considerando apenas os indicadores referentes à política e às ações de

acompanhamento de egressos).

d) Eixo 4 – Políticas de Gestão. Esse eixo considera apenas a dimensão 5 (Políticas

de Pessoal) e consiste em uma análise das políticas para o corpo docente e para

os funcionários técnico-administrativos.

No ano de 2017, será postado o segundo relatório parcial, que será assim

composto:

Eixo 3 – Políticas Acadêmicas: Dimensão 2: Políticas para o Ensino,

Pesquisa e Extensão; e restante da Dimensão 9: Política de Atendimento

aos discentes.

Eixo 4 – Políticas de Gestão: Dimensão 6: Organização e Gestão da

Instituição; e Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira.

Eixo 5 – Infraestrutura Física: Dimensão 7: Infraestrutura Física.

Por fim, no ano de 2018, será postada a versão integral do Relatório.

Para a elaboração deste Relatório, a CPA contou com a contribuição de

diferentes setores da PUC Minas, por meio da disponibilização e discussão de

informações e dados específicos relacionados à sua área de atuação. Nesta versão

parcial, houve a contribuição da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), Pró-Reitoria

de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG), Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), Pró-

Reitoria de Recursos Humanos (PRORH), Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Institucional (SEPLAN), Secretaria de Cultura e Assuntos

Comunitários (SECAC), Secretaria de Comunicação (SECOM) e Ouvidoria.

Ao final de cada eixo, foram incluídos as potencialidades e os desafios

detectados, visando à melhoria das ações e atividades da PUC Minas. Considera-se que

os objetivos da autoavaliação foram cumpridos e que este Relatório seja subsídio para

um amplo debate na PUC Minas, além de que resulte em desenvolvimento e melhorias

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em seus diversos âmbitos.

1.1. Metodologia

Esta seção apresenta o processo de trabalho específico para o desenvolvimento

deste Relatório. A coleta de dados em 2014 e 2015 priorizou os eixos que foram

trabalhados no presente Relatório, conforme apresentado na Introdução. Os resultados

da avaliação institucional são oriundos de duas metodologias diferentes de coleta de

informações: a primeira, de natureza quantitativa, contou com a aplicação de

questionários a alunos e ex-alunos da Instituição; a segunda, de natureza qualitativa,

baseou-se no preenchimento de roteiros e na realização de entrevistas junto aos setores

da Universidade. Além disso, foram utilizados dados secundários retirados do Relatório

de Atividades da PUC Minas, do ano de 2014.

A coleta de dados junto aos alunos foi realizada pela CPA, no período de 14 de

maio a 15 de julho de 2015. Foram amostrados 21.072 alunos de graduação, através de

um processo aleatório, no nível do curso. Para esses alunos, o questionário foi

disponibilizado para preenchimento no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA). Dentre os

amostrados, 8.425 alunos responderam ao questionário. O intervalo de confiança da

pesquisa foi de 95%.

A pesquisa junto aos egressos é responsabilidade da Assessoria de Marketing da

Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da PUC Minas, ainda que a

construção dos instrumentos seja feita em conjunto com a CPA. A coleta de dados junto

aos egressos foi realizada por telefone, pela equipe da Central de Relacionamento, no

período de 31 de março a 30 de abril de 2015, a partir de um questionário cadastrado no

sistema de ERP PUC Minas/ Sistema de Gestão de Questionários (SGQ). Nessa

pesquisa tomaram-se como referência os 3.439 egressos formados no segundo semestre

de 2013, dos quais foi feita uma amostragem probabilística utilizando 1.780 egressos. A

amostra possui um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 10%,

considerando o nível do curso. Participaram efetivamente 1.747 alunos, o que ajusta a

margem de erro para 1,7%, considerando toda a Instituição. (PUC MINAS, 2015e).

Os dados secundários são provenientes de documentos institucionais,

principalmente o Relatório de Atividades da Universidade, do ano de 2014, o qual é

construído sob a coordenação da Secretaria Geral, envolvendo vários setores da

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Universidade, a quem compete informar os dados referentes ao seu setor. O Relatório é

organizado em 10 itens: informações gerais, organização institucional, ensino, pesquisa,

produção intelectual, extensão universitária, eventos, setores de apoio acadêmico,

serviços à comunidade e gestão de pessoas. Esse documento fica disponível no início do

primeiro semestre do ano seguinte, no site da PUC Minas. Ressalta-se que a escolha por

essa fonte de dados se dá por ela apresentar dados já consolidados e validados pelos

próprios setores da Instituição, que são públicos e têm o mesmo período de referência.

O Relatório de Atividades apresenta os dados apenas de forma descritiva, não tendo

como objetivo uma discussão crítica ou analítica dos resultados, o que compete, então,

ao presente Relatório. Além disso, os dados descritivos podem aqui ser mais bem

compreendidos e complementados pelas entrevistas realizadas pela CPA. Outros

documentos consultados foram o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o

Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e a Política de Extensão Universitária.

No que diz respeito à coleta de dados de natureza qualitativa, a CPA envia

roteiros a serem preenchidos pelos próprios setores sobre as informações necessárias à

avaliação de cada eixo. Em um segundo momento, retorna-se ao setor para a realização

de uma entrevista em profundidade, para discussão das informações fornecidas e o

melhor entendimento dos processos de trabalho específicos daquele setor. Ademais, isso

propicia um momento de reflexão e de autoavaliação quanto a potencialidades e

desafios encontrados no desenvolvimento de suas atividades.

Para a construção do presente Relatório, foram realizadas entrevistas na Pró-

reitoria de Recursos Humanos (PRORH), na Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Institucional (SEPLAN), na Secretaria de Comunicação (SECOM),

na Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários (SECAC) e na Ouvidoria. Isso não

significa que outros setores não foram envolvidos com o desenvolvimento do relatório,

por exemplo, PROGRAD, PROPPG e PROEX, mesmo não respondendo a um roteiro

específico. Para o Relatório Parcial II, planeja-se a realização de entrevistas em

profundidade com a Pró-reitoria de Graduação, Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-

graduação, Pró-reitoria de Extensão, Pró-reitoria de Infraestrutura e Logística,

Biblioteca, Pró-reitoria de Gestão Financeira e, novamente, SEPLAN, tendo em vista a

análise dos eixos que entrarão no segundo Relatório Parcial.

A análise dos dados quantitativos foi feita através de tabulação de dados, usando

recursos de gerenciamento de banco de dados, gerando relatórios que são

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disponibilizados à comunidade acadêmica. Os dados qualitativos foram tratados através

da análise de seu conteúdo. Cumpre ressaltar que todos os dados coletados foram

organizados de modo a possibilitar a compreensão da realidade da Instituição,

considerando tanto os dados objetivos, obtidos e expressos nos números registrados em

documentos institucionais, quanto os subjetivos, capturados a partir da percepção dos

atores que compõem o ambiente acadêmico. Desse modo, a análise aqui proposta

considerou o desempenho das estruturas institucionais, as potencialidades antevistas e

ainda não apropriadas pela Instituição com relação aos propósitos estabelecidos pelo

PDI e a busca contínua pela melhoria na qualidade da oferta dos serviços educacionais.

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2. ANÁLISE DOS EIXOS AVALIATIVOS

A avaliação institucional interna (autoavaliação) está inserida no contexto do

SINAES, que tem entre suas finalidades a melhoria da educação superior e a expansão

de sua oferta. A autoavaliação, em consonância com o Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI 2012-2016) da Instituição de Ensino Superior (IES), deve ser vista

como um processo de autoconhecimento conduzido pela CPA, envolvendo todos os

sujeitos que atuam na Instituição.

O processo de autoavaliação da PUC Minas é apresentado no presente Relatório

e tem como missão precípua o fomento da cultura de avaliação institucional junto à

comunidade acadêmica, de modo a subsidiar os demais processos de avaliação, a gestão

e as políticas internas da IES. Nessa perspectiva é que este primeiro Relatório parcial foi

elaborado pela CPA da PUC Minas.

2.1. Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional

2.1.1. Apresentação do PDI

A missão da PUC Minas perpassa o compromisso de promover o

desenvolvimento humano e social, o que contribui para a formação humanista e

científica de profissionais qualificados. Além disso, promove como alicerce da

formação dos alunos o bem comum, por meio da produção e disseminação das ciências,

das artes e da cultura, a interdisciplinaridade e a integração entre a Universidade e a

sociedade. Desse modo, a Instituição empenha-se em propiciar aos alunos uma

formação acadêmica de qualidade, cientificamente balizada e comprometida com o

desenvolvimento responsável da sociedade.

Para o planejamento e o cumprimento da sua missão, a PUC Minas conta com

um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Esse documento é fruto de amplo

debate entre todos os setores da Universidade, levando-se em consideração as

avaliações feitas em períodos anteriores. O PDI da PUC Minas norteia o planejamento

macropolítico da Instituição e a elaboração de um plano de gestão, com atribuições

específicas para o desenvolvimento e a implementação da política educacional, dos

programas, projetos e ações acadêmicas e administrativas da Universidade. O PDI tem

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as seguintes diretrizes:

desenvolvimento das políticas de qualificação e contratação do corpo

docente e técnico-administrativo e daquelas relacionadas à promoção da

saúde ocupacional e à segurança e qualidade do ambiente de trabalho;

cultivo permanente de um ambiente de respeito e relacionamento ético

entre os diversos fatores da comunidade universitária, favorecendo o

crescimento pessoal de cada um e o maior comprometimento com a missão

da Universidade;

melhoria da infraestrutura da Universidade, buscando condições físicas

propícias ao desenvolvimento das atividades educacionais, de pesquisa e de

extensão, superando as estipulações da legislação ambiental, de

acessibilidade e de segurança pertinentes;

aperfeiçoamento dos processos de aquisição e manutenção de acervos

bibliográficos que atendam com rapidez à demanda das atividades de

pesquisa, ensino de graduação e pós-graduação e extensão, e da integração

com outras bibliotecas, através da contínua atualização das tecnologias de

informação;

otimização dos processos de gestão de compras de equipamentos e

materiais de consumo para atividades administrativas e de ensino, pesquisa e

extensão;

aprimoramento do planejamento orçamentário e sua execução, visando ao

fortalecimento da sustentabilidade da instituição e ao melhor desempenho de

suas funções filantrópicas e sociais;

atualização constante dos sistemas de informação para atendimento

sempre aprimorado da demanda das atividades-fim e atividades-meio

(registro acadêmico, sistemas de gestão, laboratórios, dentre outros);

desenvolvimento de planos de expansão, em consonância com as

demandas do mundo do trabalho e da própria Universidade;

desenvolvimento de processos administrativos mais ágeis (sistemas de

controle, avaliação etc.) e descentralizados. (PDI – PUC Minas, 2011, p. 32).

O PDI enfatiza que a PUC Minas deve ser ágil e flexível para adaptar-se às

novas realidades e, por isso, destaca a necessidade de zelar pelo desenvolvimento

constante de seu corpo docente e administrativo. Além disso, a Instituição deve se

organizar de forma a corresponder a uma dinâmica institucional complexa, plural e

diversificada, identificando, dentro dessa diversidade, princípios comuns para embasar

um novo padrão de política de formação universitária, mais flexível e em sintonia com

as novas demandas do mercado e da sociedade. Para atingir esses objetivos, o

envolvimento de toda a comunidade acadêmica é muito importante.

Outra questão relevante é a relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão, um dos

principais objetivos da Universidade. Um dos ganhos dessa indissociabilidade é, por um

lado, a criação de conhecimentos que contribuem para a melhoria da sociedade e, por

outro, o avanço acadêmico. Os docentes assumem um papel fundamental nesse processo

ao promoverem, juntamente com os gestores de cursos, espaços de interlocução e

produção de conhecimento, mediante desenvolvimento de projetos e ações acadêmicas.

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Ao desenvolver essas atividades, o processo de formação dos alunos fica mais rico e

construtivo.

O PDI aponta, igualmente, as condições gerais necessárias ao desenvolvimento

da Instituição, de modo a produzir e disseminar conhecimento técnico-científico

condizente com sua missão. Desse modo, a Instituição busca promover essas condições,

considerando sempre a autonomia e a liberdade do pensamento acadêmico. O

documento ressalta a necessidade de se refletir sobre o ato de ensinar e de aprender,

considerando que alunos e professores, cada um com seu perfil, identidade, expectativas

e necessidades, são os principais partícipes desse processo. Assim, evidencia-se que o

PDI reafirma que, para além dos conteúdos mínimos tidos como fundamentais à

formação profissional, fazem-se necessárias a adequação metodológica e a

suplementação curricular apropriadas ao perfil do egresso que a Instituição pretende

formar.

O PDI em vigência, planejado para o período de 2012-2016, é um dos principais

documentos que baliza as ações de planejamento e gestão, bem como da autoavaliação

institucional, com o objetivo de monitorar a situação atual da Universidade,

considerando seu desenvolvimento nos últimos anos. A análise desse período indica

que, a partir de 2012, a PUC Minas expandiu seus programas de pós-graduação,

aumentou a produção do conhecimento, o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento da

extensão universitária junto aos cursos de graduação e o ensino à distância. Esse cenário

demonstra uma evolução positiva da Universidade, que vem cumprindo sua missão e as

diretrizes estabelecidas no PDI.

2.1.2. Evolução institucional e processos de planejamento e avaliação

Outro documento norteador importante, ao qual cabe organizar a implementação

das ações sinalizadas no PDI, é o Planejamento de Gestão Estratégica (PGE),

organizado em três temas estratégicos – qualidade, inovação e sustentabilidade – e em

quatro perspectivas – da sociedade, a econômico-financeira, dos processos internos e do

desenvolvimento profissional, tecnológico e organizacional.

Para a efetivação das ações, a PUC Minas conta com a Secretaria de

Planejamento e Desenvolvimento Institucional (SEPLAN), que é o órgão responsável

pelo planejamento econômico e estratégico da Universidade; pelas informações

corporativas institucionais, relacionamento, marketing e relações institucionais e

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internacionais, a partir das quais é pensado o horizonte de gestão da Universidade,

buscando contribuir para o alinhamento e o balanceamento dos resultados em todas as

instâncias institucionais.

Segundo a SEPLAN, em resposta à entrevista realizada pela CPA,

a tomada de decisões na PUC Minas é baseada na análise sistemática do

macroambiente (elaboração de cenários mercadológicos e educacionais), do

microambiente (mapeamento da concorrência e análise público-alvo) e do

ambiente organizacional (análise dos indicadores de desempenho dos cursos/

Unidades/Institutos – Painel do Gestor). Estes estudos permitem que a

tomada de decisões, com relação à gestão de ofertas – proposição de portfólio

de cursos nas Unidades e proposição de novas Unidades – seja mais objetiva,

reduzindo a subjetividade das escolhas. (PUC MINAS, 2015a)

No que tange ao planejamento, a SEPLAN apoia-se em estratégias de

geoprocessamento e de geração de dados quantitativos. Isso possibilita, no

entendimento da SEPLAN, uma visão mais analítica e precisa do cenário da Instituição

na atualidade. Outros recursos utilizados pela SEPLAN são: 1) o Painel do Gestor,

ferramenta que compila informações sobre os cursos (relacionados aos discentes e

docentes). Permite uma análise histórica, um acompanhamento de tendências,

possibilitando apontamentos para ações estratégicas, de forma a atuar na antecipação

dos problemas e na tomada de decisão para soluções dos problemas, quando necessário.

2) Relatório de Autoavaliação Institucional, elaborado pela CPA, no qual são

considerados as potencialidades e os desafios dos diferentes setores da Universidade.

Objetivando analisar as ações acadêmico-administrativas desenvolvidas pela

SEPLAN, ao longo do ano de 2014, consultou-se o Relatório de Atividades da

Instituição e observou-se que as ações vinculam-se, principalmente, ao desenvolvimento

institucional. De acordo com informações colhidas junto à SEPLAN, deram-se destaque

às seguintes ações durante esse período: definição de política de internacionalização da

Universidade; estudo de cenários para criação de novos campi e desenvolvimento de

novas ferramentas de gestão. Em resposta a esses objetivos, a PUC Minas investiu em:

a) ampliação da unidade da Praça da Liberdade, que até então era utilizada apenas para

cursos de pós-graduação e poucos cursos da graduação (Direito, Administração); b)

abertura do campus em Uberlândia, configurando-se como uma iniciativa de inovação e

c) definição de políticas de internacionalização da Universidade, com a criação de 150

convênios para intercâmbio.

De acordo com o Relatório de Atividades da Instituição do ano de 2014,

algumas das ações desenvolvidas pela SEPLAN, decorrentes de avaliações interna e

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externa, foram as seguintes:

a) Análise de viabilidade econômico-financeira de campi e unidades; cursos de

graduação, pós-graduação lato sensu, programas de pós-graduação stricto sensu;

projetos de pesquisa e de extensão; projetos de estágio dos cursos de graduação;

implantação e monitoramento do Quadro de Vagas anual de estagiário e monitor

interno da PUC Minas.

b) Acompanhamento e atualização do PDI 2012 a 2016.

c) Elaboração de documento para subsidiar o Relatório de Autoavaliação

Institucional da CPA.

d) Elaboração do “Relato Institucional” (documento para o credenciamento do

campus de Uberlândia), juntamente com a Pró-reitoria de Graduação

(PROGRAD) e com a CPA.

e) Participação no processo de implantação do campus de Uberlândia.

f) Análise e estudos de tendências da Educação Superior no Brasil e em Minas

Gerais, bem como análises setoriais dos cursos superiores disponíveis no Brasil,

Minas Gerais e Belo Horizonte.

g) Análise e pareceres mercadológicos para novos cursos no Sistema de

Gerenciamento de Projetos (GPP).

h) Realização de pesquisa junto a alunos egressos da PUC Minas, em conjunto com

a CPA.

i) Aprimoramento e desenvolvimento de pesquisa junto a candidatos ao processo

seletivo da Universidade.

j) Desenvolvimento de campanhas de relacionamento com os inscritos nos

processos seletivos, desde a pré-inscrição até a efetivação da matrícula.

k) Aplicação de pesquisas com os candidatos aprovados e não matriculados nos

processos seletivos, alunos evadidos, em conjunto com a CPA.

l) Atualização e implantação no SGA do Quadro de Vagas dos cursos de

graduação, organizados por currículo e por período.

m) Atualização e aperfeiçoamento do sistema de acompanhamento de resultados

(cursos de graduação) por turno, com o apoio da Gerência de Tecnologia da

Informação (GTI) e da Pró-Reitoria de Gestão Financeira (PROGEF).

n) Atualização e aperfeiçoamento do Painel do Gestor e elaboração do Painel dos

Processos Seletivos, no sistema DW, juntamente com a GTI.

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o) Criação e implementação do Painel do Espaço Físico, que visa a otimizar a

utilização de salas de aula e laboratórios, juntamente com a GTI.

p) Desenvolvimento e implantação do Sistema de Simulação de Preços (SPR) para

os cursos de especialização, com o apoio da GTI e em articulação com a

Diretoria de Educação Continuada e a PUC Minas Virtual.

q) Execução e monitoramento do relacionamento do candidato/prospects da Pós-

graduação Lato Sensu.

r) Elaboração e aplicação de pesquisas de campo diversas, para subsidiar as

análises de viabilidade econômico-financeira de campi, unidades e cursos.

s) Implantação do sistema de Gestão de Relacionamento (CRM), juntamente com a

GTI, e treinamento dos agentes de relacionamento nas unidades da PUC Minas.

t) Coordenação das campanhas de Evasão de Alunos Adimplentes e Inadimplentes,

Risco de Evasão, Reabertura de Matrículas e Casos Especiais.

u) Atendimento à comunidade acadêmica da PUC Minas por e-mail (suporte e

projetos: 10.897; programas acadêmicos: 10.949) e por telefone.

v) Intermediação, junto a mais de 155 instituições de Ensino Superior, empresas e

órgãos governamentais, para celebração de convênios de cooperação técnica e

científica, promovendo-se o intercâmbio de 118 alunos da graduação.

w) Recepção de 103 alunos estrangeiros, de universidades parceiras, para orientação

dos processos internos da PUC Minas e divulgação de informações diversas.

x) Aprovação de 553 alunos bolsistas no Programa Ciência sem Fronteiras, do

Governo Federal.

y) Divulgação, no site e nos meios de comunicação internos da Universidade, de

oportunidades de bolsas de estudo (graduação, especialização, mestrado,

doutorado e pós-doutorado) e de estudos de idiomas no exterior, de estudo de

idiomas no Brasil, de eventos internacionais e de palestras nos campi.

z) Desenvolvimento de Atividades Preparativas do Programa de Estágio para a

Copa de 2014, pela HBS Intern Program.

aa) Organização dos documentos dos candidatos à bolsa de pós-graduação na

Alemanha, oferecida pelo Katholischer Akademischer Ausländer-Dienst (Kaad),

e envio das candidaturas para a banca examinadora da PUC Minas e sede alemã.

bb) Desenvolvimento e cooperação para a criação do Consórcio de Universidades

Minas-França-Minas – Rede Uniminas.

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cc) Recepção de visitas de 48 delegações estrangeiras.

dd) Participação em 21 receptivos de delegações estrangeiras fora da Universidade.

ee) Organização do Café Internacional (1º e 2º semestres).

ff) Eventos para Cooperação Internacional – Academia/Governo/Indústria –

Delegações da União Europeia, Austrália, Holanda, Reino Unido e Irlanda,

promovido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

de Minas Gerais do Governo de Minas (SECTES), na Cidade Administrativa.

gg) Participação na PUC Aberta.

hh) Programas de Parceria com a Divisão Global Santander Universidades: Bolsas

Ibero-Americanas de Graduação 2014, Bolsas TOP China 2014, Programa

Fórmula Santander de Bolsas de Mobilidade Internacional 2014, Prêmios

Santander Universidades 2014.

ii) Assinatura e renovação de convênios de cooperação em Educação Superior com

universidades, institutos de pesquisa, escolas de idiomas, Santander

Universidades.

jj) Lançamento dos editais para o Programa de Intercâmbio Acadêmico da PUC

Minas 2015/2016 de 92 instituições de diferentes países, bem como o

acompanhamento do processo, da seleção de alunos até as reuniões de

orientação.

kk) Divulgação dos Programas de Estudantes-Convênio de Graduação e de Pós-

Graduação/PEC-G e PEC-PG, oferecidos pelo CNPq-MCIT, Capes-MEC, DC-

MRE, e organização dos documentos de 20 candidatos.

ll) Bancas de Seleção para o Programa de Intercâmbio.

mm) Desenvolvimento e conclusão do Projeto aprovado pela FAPEMIG

“Consolidação das Assessorias de Relações Internacionais do Estado de Minas

Gerais”.

nn) Elaboração de Projeto para a FAPEMIG “Consolidação da Política de

Cooperação Internacional da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais”.

oo) Desenvolvimento e expansão da parceria com o Instituto Cervantes, Aliança

Francesa, Cultura Alemã, ICBEU e Fundação Torino.

pp) Reunião com os participantes do Programa Padrinho Internacional (1º e 2º

semestres).

qq) Participação no Programa Municipal de Voluntariado Internacional das

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Secretarias Municipais Adjuntas de Relações Internacionais e de Recursos

Humanos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, destinado aos alunos

intercambistas da PUC Minas (1º e 2º semestres).

rr) Ampliação de meios de hospedagem para os estrangeiros e organização de

documentos, recepção e orientação aos alunos dos Programas de Intercâmbio da

PUC Minas, do PEC-Graduação e do PEC-Pós-graduação.

ss) Evento de lançamento e promoção do exame de proficiência em inglês (English

Proficiency Index) da Education First (EF) (1º e 2º semestres).

tt) Divulgação dos Programas da SEPLAN/Assessoria de Relações Internacionais

no Programa Espaço PUC – PUC TV.

Quanto às ações desenvolvidas pela SEPLAN para a melhoria contínua dos

processos que envolvem a Universidade, o principal objetivo dessa secretaria é garantir

a autossustentabilidade da PUC Minas. No caso do incentivo à pesquisa, a PUC Minas

segue a sua política interna, a saber: via Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP), Programa

de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC) e Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação Científica (PIBIC), que contam com fomentos da própria Instituição, além da

captação de recursos externos junto à Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais

(FAPEMIG) e ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

A SEPLAN também sinalizou que o PGE teve metas não atingidas, e outras

alterações foram promovidas no documento, devido a fatores externos, tais como a crise

atual do país e o atraso no repasse de recursos do Fundo de Financiamento Estudantil

(FIES). Foi relatada, também, a necessidade de um pensamento desenvolvimentista,

além do rigor no controle financeiro da Universidade e do monitoramento das demandas

de mercado e da concorrência, o que implica considerar e analisar a vocação do

Brasil/Minas Gerais/Belo Horizonte/regiões da cidade para determinadas ofertas e

propostas de cursos.

Mesmo em um cenário de crise econômica, em que o financiamento para

algumas ações foi comprometido, a Universidade continuou investindo em sua melhoria

e em seu crescimento, desenvolvendo ações nas áreas de pesquisa, ensino e extensão, na

formação de seu corpo docente e técnico, na ampliação de seus campi, questões que

serão abordadas nos próximos eixos avaliativos, em maiores detalhes. Dessa forma,

entende-se que os apontamentos e as atividades realizadas pela SEPLAN estão em

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consonância com o plano, a gestão e a missão da Universidade.

2.1.3. Autoavaliação institucional: projeto, participação da comunidade

acadêmica, análise e divulgação dos resultados

Esta seção tem por objetivo apresentar o projeto de autoavaliação institucional

da PUC Minas, elaborado pela CPA. Para que a Instituição possa aprimorar seus

processos acadêmicos e de gestão, é necessário que o trabalho da CPA possibilite:

a) a apropriação, por parte da Universidade, dos resultados e do conhecimento

produzido, em prol da busca por melhorias em seus processos;

b) a condução da autoavaliação na PUC Minas, buscando a participação de

diferentes segmentos da Instituição, por meio de reuniões, seminários e

encontros com a administração superior, pró-reitorias, direção de institutos e

faculdades, chefias de departamentos, coordenação de cursos e setores

administrativos;

c) a promoção da reflexão dos diversos segmentos da Universidade sobre seus

processos, tendo em vista os princípios e diretrizes estabelecidos no PDI, a fim

de subsidiar a revisão de políticas, programas e projetos, buscando a melhoria da

qualidade acadêmica e administrativa da Instituição.

Para que seu trabalho alcance os objetivos propostos, a CPA atua de modo

articulado com diferentes esferas da Instituição, participando de variados fóruns de

discussão e de decisão, tais como os realizados pelas pró-reitorias, Reitoria, Vice-

reitoria, reuniões do Conselho de Pesquisa, Ensino e Extensão (CEPE), do Conselho

Universitário (CONSUNI) e do Conselho de Gestão e Política (CONGESP). A CPA

participou, ainda, de atividades da Semana de Avaliação e Planejamento, de reuniões

com a Gerência de Tecnologia da Informação (GTI), dentre outras, conforme

apresentado no Quadro 1. Além disso, cabe à CPA acompanhar as visitas in loco

realizadas pelo MEC na Instituição.

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Quadro 1 – Participações da CPA junto à comunidade acadêmica nos anos

de 2013 a 2015 UNIDADE/PAUTA 2013 2014 2015

Fóruns acadêmicos da PROGRAD 03 09 04

Reuniões com os órgãos de deliberação superior (CEPE,

CONSUNI e Conselho de Gestão e Política) - - 10

Reuniões com os órgãos da administração superior (Reitoria e

Vice-Reitoria) 10 03 03

Reuniões com as pró-reitorias - 06 07

Reuniões com as secretarias da Universidade 01 15 14

Reuniões com os demais setores (PUC Virtual, GTI, Pastoral

Universitária, Ouvidoria, Editora, etc.) 06 25 16

Reuniões com os institutos e faculdades (Conselho Diretor e

Diretoria) 08 21 02

Reuniões com as coordenações e colegiados de cursos de

graduação 74 03 07

Reuniões com administração de departamento (Câmara de

Departamento e Chefia de Departamento) - - -

Reuniões com a administração de campi, de Núcleos

Universitários e de Unidades Acadêmicas (Conselho

Acadêmico-Administrativo e Pró-Reitoria Adjunta)

- - 02

Reuniões internas com equipe da CPA 26 32 23

Atividades na Semana de Avaliação e Planejamento - 04 -

Outras - - 01

Total 128 118 89

Fonte: CPA. PUC Minas, 2015.

Observa-se uma variação no número de reuniões de trabalho ao longo do

período, o que se deve à dinâmica do cronograma de atividades desenvolvido pela CPA.

Destaca-se que os processos são pensados frente às exigências estabelecidas pelo

SINAES, principalmente a Nota Técnica Inep/Daes/Conaes n° 065, de outubro de 2014.

Desse modo, no ano de 2015 iniciou-se um trabalho de reestruturação da condução dos

processos avaliativos na Universidade. A CPA, de acordo com suas atribuições, realiza

as avaliações institucional, docente e o acompanhamento dos cursos de graduação

(avaliação de conteúdo, avaliação feita pelo coordenador do curso, diagnósticos

situacionais e acompanhamento das visitas do MEC), apresentadas a seguir.

2.1.4. Avaliação Institucional

A avaliação institucional pauta-se em uma série de ações e operações que visam

controlar e retroalimentar o conjunto de atividades da Universidade, tendo como alvo o

aprimoramento institucional, de forma a possibilitar à PUC Minas a integração da

diversidade de propósitos, sujeitos, instrumentos e espaço temporal, na busca pelo

autoconhecimento institucional e na definição de suas políticas. Desse modo, destaca-se

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que é imprescindível que a Instituição tenha subsídios para a tomada de decisões, a

partir dos resultados da avaliação, criando-se condições favoráveis para a execução de

seus serviços com qualidade. Isso significa que os processos avaliativos só têm sentido

na medida em que norteiam o delineamento de planos de melhorias e avanços na e para

a Universidade.

A autoavaliação é uma atividade que envolve toda a Universidade e todos os

seus segmentos. Seus resultados são fruto de um processo de coleta de dados e

informações, realizado através de consulta a documentos institucionais, retorno de

questionários respondidos por discentes, egressos, docentes e funcionários do corpo

técnico-administrativo. Os questionários ficam disponíveis eletronicamente, no Sistema

de Gestão Acadêmica (SGA), para participação de todos os alunos e professores, e os

funcionários respondem através do Portal RH. O contato com egressos é feito via

telefone, pela SEPLAN. Outra estratégia adotada são as entrevistas e os roteiros

preenchidos pelos responsáveis por diferentes setores estratégicos da PUC Minas, tais

como PROGRAD, SEPLAN, PROPPG, PRORH, PROINFRA, PROGEF, PROEX,

SECAC, SECOM e Ouvidoria. Esse material, compilado, agregado e analisado, compõe

os relatórios que são entregues ao MEC e divulgados a toda a comunidade, através da

página da CPA, no portal da PUC Minas.

Em cumprimento à nota técnica de outubro de 2014, que possibilitou a entrega

de dois relatórios parciais e um integral, ao fim de um ciclo de três anos, conforme

explicitado na Introdução, a sistematização dos processos de avaliação interna, aqui

apresentados, vincula-se diretamente à forma e aos setores envolvidos na coleta de

dados.

Para a coleta de dados sobre os diferentes setores da Universidade são

elaborados roteiros específicos, que devem ser preenchidos pelos responsáveis, e

realizadas entrevistas e reuniões com cada setor, de modo a alinhar e qualificar as

informações coletadas, bem como garantir que o Relatório contemple e registre

adequadamente as peculiaridades de cada segmento da Instituição, no processo de

autoavaliação. Os dados são organizados visando à melhor compreensão da realidade

institucional e buscando averiguar as percepções dos diferentes atores sobre os vários

aspectos da vida institucional, no cotidiano de suas vivências e relações com a

comunidade universitária.

Considerando a produção de relatórios parciais de avaliação institucional, a CPA

Page 33: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

33

propôs um calendário de coleta de dados sobre a percepção de alunos e professores,

quanto à instituição, que prevê eixos temáticos rotativos, oportunizando que o

instrumento utilizado não seja muito extenso, já que abordará, a cada semestre,

diferentes setores e aspectos da Universidade, o que tende a garantir maior adesão ao

processo de avaliação. Para isso, os temas de avaliação institucional serão distribuídos

ao longo dos três primeiros semestres do triênio de referência, começando pelas

questões relacionadas à infraestrutura, depois àquelas relativas ao ensino, à pesquisa, à

extensão, aos estágios, às monitorias e à internacionalização e, por fim, serão avaliadas

a comunicação e a visão geral sobre a Instituição. Esse ciclo de coleta de dados se

repetirá ao longo de cada triênio que compõe a produção de dois relatórios parciais e um

integral. Para a coleta de dados junto aos funcionários da PUC Minas prevê-se um

instrumento único, que contemple todos os eixos temáticos da avaliação institucional.

Entendendo que o processo de autoavaliação é mais proveitoso quanto maior a

participação e envolvimento de toda a comunidade acadêmica, a CPA propõe três ações:

1. Consulta pública: sempre que for necessário, no semestre anterior à

disponibilização para preenchimento dos questionários de avaliação

institucional, toda a comunidade acadêmica poderá acessar os instrumentos,

disponíveis na página da CPA, para que possa dar suas sugestões e

contribuições. Essa estratégia proporciona a potencialização dos processos

avaliativos, principalmente em relação ao engajamento e comprometimento dos

sujeitos envolvidos, já que os convoca à participação, e também facilita o

acompanhamento e a assessoria da CPA junto aos cursos e aos setores da

Universidade.

2. Reuniões com os Conselhos Acadêmico-administrativos (CAA’s) das unidades

educacionais da PUC Minas, com diretores de institutos e faculdades e com

coordenadores dos cursos da unidade do Coração Eucarístico, com pró-reitores e

responsáveis por setores da Universidade, com o objetivo de mobilizar todos

para participação no processo de consulta pública quanto aos instrumentos de

avaliação institucional e docente. Finalizado esse processo, a CPA debruçou-se

sobre as sugestões e apontamentos recebidos, validando e consolidando o novo

instrumento, que será aplicado no 1° semestre de 2016.

3. Divulgação dos resultados: além da publicação do Relatório de Autoavaliação

Institucional, historicamente postado no site da CPA, no Portal da PUC Minas,

Page 34: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

34

são produzidas peças de divulgação de partes da avaliação institucional, de

modo a ampliar o conhecimento de todos os participantes do processo quanto

aos resultados alcançados e às ações propostas em atendimento a eles. Ou seja,

busca-se dar amplo conhecimento à comunidade acadêmica dos resultados e das

ações empreendidas para melhorar os aspectos frágeis identificados pela

avaliação.

A Tabela 1 refere-se à participação dos diferentes públicos no processo de

autoavaliação institucional.

Tabela 1 - Número de participantes nos processos de avaliação institucional por

tipo de público – PUC Minas, 2011 a 2015

Ano

Públicos respondentes

Alunos Professores Funcionários Egressos

2011 6.881 276 363 1306 2012 - - - - 2013 2.231 202 167 576 2014 6.105 - - 1428 2015 8.425 - - 1747

Fonte: CPA. PUC Minas, 2015.

As variações no número de respondentes aos questionários podem ser entendidas

em função de mudanças nas metodologias adotadas para a coleta dos dados. No ano de

2011, a aplicação de questionários para os alunos da graduação foi feita de forma

presencial; professores e funcionários responderam via SGA, e os egressos, através de

contato telefônico. Em 2012, não houve coleta de dados para a avaliação institucional.

Nos anos de 2013 e 2014, a aplicação dos questionários para os alunos foi feita de

acordo com as áreas do ENADE dos referidos anos, visando facilitar o processo. Em

2015, a coleta envolvendo todos os alunos da Universidade foi retomada, dada a

necessidade de se ter dados de uma avaliação institucional que contemplasse alunos de

todas as áreas do conhecimento. O atual plano de trabalho da CPA parte dessa ideia,

mas rotaciona os temas abordados a cada semestre, tentando equilibrar o tamanho do

questionário e a cobertura de todo o público envolvido.

Após a coleta, para a elaboração dos relatórios de autoavaliação institucional, os

dados são sistematizados, e sínteses tabulares são elaboradas para leitura e análise do

material.

Page 35: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

35

2.1.5. Avaliação docente

A avaliação docente atende à determinação do Estatuto da Universidade (2010),

que, em seu artigo 46, prevê que cabe à CPA a concepção, formulação, proposição e

implementação de políticas e diretrizes para a avaliação institucional e docente da PUC

Minas, mediante aprovação do Conselho Universitário da Instituição. Além disso, essa

atividade ganhou destaque por ocasião da aprovação do novo Estatuto da Carreira

Docente, em julho de 2012, que, em seu artigo 32, prevê que

a cada período de três anos, contados da data de início da vigência deste

Estatuto, a Câmara do Departamento procederá à avaliação do desempenho

funcional e acadêmico do professor lotado no correspondente departamento,

subsidiada pelo resultado da Avaliação Docente realizada pela Comissão

Permanente de Avaliação (CPA), por meio do seu órgão executivo, o Comitê

Permanente de Avaliação Institucional, e levando em consideração os

deveres do docente, estipulados no artigo 5º. (PUC Minas, 2012).

A proposta da avaliação docente decorre da necessidade de se estabelecer um

instrumento para subsidiar a análise do desenvolvimento das atividades dos professores,

nas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, além daquelas exercidas em cargos

acadêmico-administrativos da Universidade. Nesse sentido, esta avaliação consiste em

gerar subsídios sobre as atividades desempenhadas pelos docentes da PUC Minas, de

modo a que possam ser úteis aos colegiados e núcleos docentes estruturantes dos cursos,

às câmaras departamentais, às diretorias de institutos e faculdades, às diretorias

acadêmicas de unidades e aos demais setores a quem cabe deliberar sobre o exercício

docente.

A primeira avaliação foi idealizada em 2013, e um estudo-piloto foi conduzido

no primeiro semestre de 2014, referente à atuação dos professores no 2º semestre de

2013. Esse estudo contemplou todos os professores que lecionavam na unidade de

Arcos. No segundo semestre de 2014, foi realizado o primeiro ciclo de avaliação de

todos os docentes da Universidade e teve como período de referência o primeiro

semestre de 2014. A participação por público, nessas duas avaliações, consta na Tabela

2.

Page 36: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

36

Tabela 2 – Participação no processo de avaliação docente

Período Tipo de avaliação

docente

Aluno Professor

Amostra Respondentes Amostra Respondentes 1º2014 Piloto professores do

campus de Arcos

2.727 1.571

104 74

2º2014 Piloto da Instituição 46.024 21.931 2.120 1.597

Fonte: Relatório de Atividades / CPA. PUC Minas, 2014.

A partir dos resultados dos dois primeiros processos de avaliação docente, a

CPA realizou uma série de análises dos dados e divulgou resultados agregados por

curso e por unidade, no Portal de Acesso Restrito do professor, no site da PUC Minas,

através de uma aba de “Avaliações da CPA”. Por meio desse link, cada professor tem

acesso aos resultados da avaliação institucional, às sínteses tabulares referentes à

avaliação de conteúdo dos cursos nos quais leciona e aos resultados da avaliação

docente, conduzida em 2014, agregados por curso. Além disso, chefes de departamento

tiveram acesso aos mesmos relatórios e a partes específicas da avaliação docente,

devido às atribuições pertinentes ao cargo ocupado.

Também foram realizadas reuniões com coordenadores de cursos, pró-reitores

de unidades, diretores de institutos e faculdades, para que o processo e os instrumentos

de avaliação docente fossem discutidos e, com isso, se ampliasse a compreensão da

melhor forma para a condução da avaliação docente na PUC Minas. Dentre as

alterações promovidas, destaca-se a mudança nos instrumentos de coleta de dados, o

período de referência para a avaliação (do semestre anterior para o corrente) e para a

aplicação do questionário (no início do semestre para o final do semestre), a abordagem

dos envolvidos (por amostragem para censitária) e a forma de divulgação dos resultados

(estava prevista uma divulgação à Câmara do Departamento, a quem competia dar

ciência aos professores; a nova proposta envolve o acesso direto do professor ao

resultado de sua avaliação, além daquele enviado às câmaras).

Entendendo que as funções dos docentes da PUC Minas são diversas, optou-se

por uma implementação gradativa das diferentes dimensões e aspectos da avaliação

docente, que será concluída ao longo de três semestres. A CPA propõe um calendário

gradativo de inclusão de novas dimensões no instrumento de avaliação, que

contemplam diferentes aspectos do trabalho docente. Vale ressaltar que para cada

dimensão ou aspecto considera-se a avaliação de diferentes públicos, tais como diretores

de institutos e faculdades, chefes de departamento, dentre outros.

No que diz respeito à definição dos questionários, assim como para a avaliação

Page 37: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

37

institucional, no semestre anterior àquele que contemplará a avaliação de determinada

dimensão, o questionário a ser utilizado será disponibilizado a toda a comunidade

acadêmica para consulta pública, por cerca de 30 dias, de modo a convocar a todos –

especialmente os próprios docentes – a se engajarem em um processo coletivo e

participativo de definição dos instrumentos para condução de sua avaliação.

Para a operacionalização da coleta de dados, o questionário para avaliação

docente é disponibilizado via SGA e deve ser respondido por todos os professores

(autoavaliação), pelos alunos, referente à atuação do professor, e pelo colegiado do

curso, no que diz respeito à atividade do docente em sala de aula. O instrumento fica

disponível para preenchimento, aproximadamente, durante os últimos 40 dias do

semestre letivo, garantindo que a avaliação do docente correrá ao final de cada semestre

trabalhado. Destaca-se que essa avaliação será feita, sistematicamente, ao fim de todo

semestre letivo.

A devolução dos resultados da Avaliação Docente será divulgada a cada

professor, através do Portal de Acesso Restrito e do SGA, na aba “Avaliações da CPA”,

conforme mencionado. Cada professor terá vistas ao seu relatório individual, assim

como ao agregado do(s) curso(s) em que lecionou no semestre em que foi conduzida a

avaliação, um comparativo com a avaliação geral dos professores de outros cursos de

seu departamento e da PUC Minas como um todo. Além do próprio professor, outras

instâncias terão acesso aos resultados da avaliação docente:

1. Diretor(a) de instituto ou faculdade: receberá os resultados agregados dos cursos

de seu instituto ou faculdade;

2. Diretor(a) Acadêmico(a) das unidades educacionais e de núcleos universitários

da PUC Minas: receberá os resultados agregados dos cursos da unidade em que

atua como Diretor(a) Acadêmico(a);

3. Chefe de Departamento: receberá a avaliação de cada professor de seu

departamento e o agregado dos cursos que pertencem ao departamento;

4. Coordenador(a) de curso: receberá a avaliação de cada professor que deu aula

em seu curso, no semestre em que foi realizada a avaliação, mesmo dos

professores de outro departamento, e o agregado de seu curso;

5. Alunos: ficará a cargo do colegiado do curso notificar os alunos quanto aos

resultados da avaliação dos professores do curso. A forma e a periodicidade

dessa notificação também são de responsabilidade dos colegiados, podendo a

Page 38: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

38

CPA dar sugestões ou orientações quanto à sua divulgação.

Cumpre salientar que a análise dos resultados produzidos pela avaliação docente

cabe às câmaras departamentais e aos institutos e faculdades, uma vez que há

especificidades que apenas a área é capaz de considerar. À CPA compete subsidiar esses

setores e órgãos com os resultados, mas não é de sua responsabilidade a tomada de

quaisquer decisões em relação a eles. Destaca-se, ainda, que a avaliação docente está

sendo implementada em atendimento ao que prevê o Estatuto da Carreira Docente

(2012), a partir do qual uma série de processos sobre a carreira do professor na

Universidade está vinculada à avaliação produzida pela CPA. Entretanto, em uma

compreensão mais ampla, essa avaliação deve produzir elementos que subsidiem as

ações propostas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no Planejamento e

Gestão Estratégica (PGE) da Instituição, no que toca à questão docente. Além disso,

deve contribuir para o estabelecimento de metas que sustentem a implementação de

melhorias e promovam a qualidade das atividades acadêmico-pedagógicas dos cursos,

norteando ações de desenvolvimento didático-pedagógico para os docentes.

2.1.6. Acompanhamento dos cursos de graduação

Outro eixo de enfoque da CPA é o acompanhamento dos cursos de graduação,

objetivando subsidiar núcleos docentes estruturantes, colegiados e coordenadores com

informações sobre os cursos, que possam ser úteis em seu monitoramento e em sua

tomada de decisões quanto à organização de seus projetos pedagógicos. Vale lembrar

que o SINAES, instituído pela Lei nº10. 861, de 14 de abril de 2004,

fundamenta-se na necessidade de promover a melhoria da qualidade da

educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento

permanente da sua eficácia institucional, da sua efetividade acadêmica e

social, e, especialmente, do aprofundamento dos seus compromissos e

responsabilidades sociais. (Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior, 2004 – SINAES/INEP).

Da mesma forma, em observância ao que preconiza a Nota Técnica Daes/Inep n°

08, de 2015, que define que a CPA deve considerar os cursos de graduação no relatório

de autoavaliação institucional, cabe a esta comissão buscar dados de avaliação no nível

de cada curso da Universidade, o que se entende ser possível através de um processo

regular e sistemático de acompanhamento dos cursos. Além disso, essa iniciativa

favorece a aproximação da CPA com a coordenação dos cursos, contribuindo para a

Page 39: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

39

melhoria do ensino-aprendizado e para a atuação da Universidade no mercado. Por ser

uma iniciativa inovadora da Instituição, passa a integrar o novo PDI (2017-2021). Para a

operacionalização desse acompanhamento, têm-se quatro frentes de trabalho, conforme

a seguir.

2.1.7. Avaliação de conteúdo

A avaliação de conteúdo é realizada com o intuito de averiguar a percepção dos

alunos com relação ao conteúdo que é abordado em cada curso, de acordo com o

exigido pelas portarias do ENADE. Entre 2011 e o primeiro semestre de 2015, esse

estudo envolveu os alunos com, no mínimo, 60% da carga horária cursada, de cursos

das áreas do conhecimento participantes do ENADE, em cada ano. A pesquisa é

realizada através de um questionário respondido pelos alunos, disponível no SGA.

Para o ano de 2015, a CPA redefiniu essa avaliação nos seguintes aspectos:

1. Formato do questionário a ser respondido pelos alunos: o instrumento deixou de

enfocar a profundidade dada pelo curso aos conteúdos previstos na portaria que

referenda as provas do ENADE de cada ano e passou a enfocar o quanto o curso

contribuiu para que o aluno apreendesse (ou adquirisse) conteúdos, habilidades e

competências gerais, e o grau de domínio em relação a conteúdos, habilidades e

competências de cada área específica. Considerando essa nova proposta,

definiram-se como público-alvo do questionário aqueles alunos que, na ocasião

de sua aplicação, concluíram pelo menos 75% da carga horária de seu curso – já

que se pretende avaliar contribuição do curso e domínio de conteúdos, entende-

se que, se alunos pouco avançados no curso respondessem ao instrumento, isso

poderia comprometer os resultados.

2. Apresentação dos resultados: com a alteração do questionário, o formato de

apresentação e divulgação dos resultados aos coordenadores e colegiados dos

cursos foi alterado.

3. Momento de coleta de dados junto aos cursos: optou-se por antecipar o envio

dos resultados da aplicação desse questionário aos coordenadores e colegiados,

de modo a subsidiá-los com informações sobre seu curso um ano antes de sua

participação no ENADE. Para isso, os alunos respondem ao instrumento no mês

de abril do ano anterior ao ENADE, de modo que, até outubro do mesmo ano, os

resultados estejam disponíveis aos coordenadores, colegiados, diretores de

Page 40: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

40

faculdades e institutos e diretores acadêmicos de unidades, núcleos

universitários e campi.

4. Concepção da proposta: tendo em vista as mudanças enumeradas, o foco de

avaliação deixou de ser um diagnóstico dos alunos que farão a prova ENADE e

passou a ser um retrato do perfil dos alunos concluintes (alunos com pelo menos

75% de conclusão do curso) no momento da pesquisa. Com isso, os alunos que

respondem a esse instrumento não são mais, necessariamente, os mesmos alunos

que representarão cada curso na prova do ENADE, mas o ganho é a antecipação

dos resultados para adequações que se fizerem necessárias um ano antes da

prova do ENADE. Ressalta-se que os resultados dessa avaliação, além de

apontarem as potencialidades e fragilidades dos cursos, também servem para se

estabelecer uma comunicação mais sistemática e profunda com os alunos, a fim

de se qualificar os dados apresentados.

Neste sentido, destaca-se que, no segundo semestre de 2015, foram aplicados os

questionários aos alunos dos cursos que passarão pelo ENADE no ano de 2016. A

integralização dessa nova proposta dar-se-á, portanto, no primeiro semestre de 2016,

ocasião em que serão aplicados os questionários aos alunos que farão ENADE em 2017.

A participação dos alunos na avaliação de conteúdo é demonstrada na Tabela 3.

Tabela 3 – Número de alunos participantes nos processos de Avaliação de

Conteúdo dos cursos de acordo com a área do ENADE – PUC Minas, 2011 a 2015

Ano Avaliação de conteúdo dos cursos

Cursos População cadastrada Respondentes

2012 46 8.916 5.402

2013 16 1.820 1.101

2014 44 5.640 1.746

2015 66 7.451 3.429

Fonte: CPA. PUC Minas, 2015

O relatório referente a esse estudo é enviado por e-mail aos coordenadores dos

cursos e aos diretores de institutos e faculdades, assim como fica disponível a todos os

professores do curso, através do Portal de Acesso Restrito, na aba de “Avaliações da

CPA”. Ressalta-se que uma análise detalhada dos resultados alcançados na avaliação de

conteúdo dos cursos das áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Saúde e Serviço Social

consta da Parte II deste Relatório (ver página 143).

Page 41: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

41

2.1.8. Avaliação feita pelo coordenador do curso

Outra estratégia vinculada ao acompanhamento dos cursos de graduação é o

preenchimento pelo coordenador e pelos colegiados de um protocolo de registro e

avaliação de ações e iniciativas desenvolvidas pelos cursos, nos âmbitos das políticas e

práticas pedagógicas de ensino, pesquisa e extensão, acompanhamento de egressos,

infraestrutura do curso e da unidade em que o curso está inserido. Essa iniciativa

pretende contribuir para o gerenciamento das informações relacionadas às atividades

desenvolvidas no curso, por parte da coordenação, do colegiado e do Núcleo Docente

Estruturante, com o objetivo de facilitar o fornecimento dessas informações no ato das

visitas in loco realizadas pelo MEC.

Além disso, entende-se que esse acompanhamento incrementará o processo de

autoavaliação e automonitoramento de cada curso, tanto no que diz respeito aos

procedimentos acadêmicos quanto administrativos e de gestão. Esse movimento, por

sua vez, favorece o acompanhamento, o planejamento e a execução de ações junto a

todos os envolvidos com o desempenho dos cursos, como é o caso dos diretores de

instituto e de faculdades, chefes de departamentos, coordenadores, colegiados, núcleos

docentes estruturantes, professores e alunos dos cursos.

Para operacionalização desta frente de trabalho, a CPA construiu um protocolo

de registro de avaliação de atividades e iniciativas, que é preenchido pelos

coordenadores de curso a cada três anos, conforme o ciclo do ENADE e em paralelo à

condução da avaliação de conteúdo dos cursos, mencionada anteriormente. Desse modo,

no ano anterior à participação de determinada área do conhecimento no ENADE, a CPA

terá elementos, frutos do preenchimento do protocolo e dos resultados do questionário

de conteúdo, que serão úteis para a eventual tomada de decisão dos cursos, no que diz

respeito a mudanças ou reorientações em seus projetos pedagógicos.

2.1.9. Diagnósticos situacionais de cursos de graduação

Frente ao Conceito Preliminar de Curso (CPC) e ao desempenho dos alunos no

ENADE, alguns cursos de graduação, visando a uma melhoria de sua avaliação junto ao

MEC, procuram a CPA para o desenvolvimento de um diagnóstico situacional, que

permita a identificação de questões críticas e, a partir disso, possa ser desenhado um

plano que norteie ações de melhorias do curso. Nesse contexto, a autoavaliação

Page 42: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

42

constitui-se como um processo que auxilia na identificação de fragilidades e

potencialidades do curso, assim como propicia a reflexão e a reelaboração de práticas e

de atividades inerentes ao ensino, à pesquisa e à extensão.

No ano de 2014, a CPA conduziu diagnósticos mais aprofundados junto aos

cursos de Engenharia Civil e Serviço Social, ambos situados no campus Coração

Eucarístico. Tendo em vista o CPC 2 obtido por esses cursos na avaliação do MEC, foi

realizada uma análise mais específica e detalhada de cada um, através de um

acompanhamento técnico-pedagógico. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram

aplicados questionários em alunos e professores e realizadas entrevistas com as

coordenações dos cursos. Dessas duas fontes de informações, foram extraídos dados

para análises quantitativa e qualitativa. Os dados buscaram averiguar a implantação dos

projetos pedagógicos dos referidos cursos, com destaque para as articulações entre as

práticas docentes e entre a relação ensino-aprendizagem. Esses estudos foram entregues

para as coordenações dos cursos e para os diretores dos respectivos institutos. Os

públicos participantes do diagnóstico situacional nos cursos de Engenharia Civil e

Serviço Social constam na Tabela 4.

Tabela 4 – Públicos envolvidos nos diagnósticos situacionais conduzidos em 2014

Curso Alunos Professores

Amostra Respondentes Amostra Respondentes

Engenharia Civil –

Coração Eucarístico 999 560 70 60

Serviço Social – Coração

Eucarístico 250 192 40

28

Fonte: CPA. PUC Minas, 2014.

Ainda que os diagnósticos situacionais sejam conduzidos em face de uma

avaliação ruim dos cursos, entende-se que eles se constituem como processos

importantes de autorreflexão, que acabam por culminar em ações pedagógicas e/ou

estruturais profícuas e positivas. Em função disso, geralmente, na ocasião da visita in

loco do MEC, o curso apresenta diferentes estratégias já adotadas para o enfrentamento

das dificuldades.

Page 43: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

43

2.1.10. Acompanhamento das visitas do MEC

Outra atividade que compete à CPA é o acompanhamento das visitas in loco

realizadas pelo MEC, seja em função de um baixo CPC alcançado por determinado

curso, seja para renovação de reconhecimento do curso ou supervisão. Considerando

que é fundamental que os processos de autoavaliação fomentem ações e iniciativas de

melhorias ou adequações, o papel da CPA é o de garantir às coordenações, colegiados e

NDE’s o retorno sobre as avaliações internas conduzidas junto aos cursos, com dados

da avaliação de conteúdo, docente e institucional.

Para tanto, a CPA mantém contato com os coordenadores de cursos,

subsidiando-os com os resultados das avaliações realizadas pela CPA, e auxiliando-os

na melhor forma de discutir os dados com os corpos docente e discente. Além disso, a

avaliação feita pelo coordenador possibilita o registro das ações realizadas pelo curso

em face dos resultados obtidos pelos processos de avaliação interna, conduzidos pela

CPA.

No período previsto para a realização da visita dos avaliadores do MEC, sempre

há a previsão de uma reunião com os membros da CPA, com vistas a esclarecer os

procedimentos adotados na PUC Minas para condução da autoavaliação, bem como

para uma discussão das ações e providências tomadas em função dos resultados das

avaliações.

Page 44: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

44

2.2. Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional

O foco desse eixo é a apresentação do Plano de Desenvolvimento Institucional

(PDI 2012-2016) da PUC Minas em relação ao Ensino, à Pesquisa, à Extensão, à

Gestão, os caminhos percorridos ou a percorrer, em face da promoção da inclusão e do

desenvolvimento econômico e social. Consiste na verificação da coerência existente

entre o PDI e as ações institucionais nas diferentes vertentes de sua atuação acadêmica.

2.2.1. Missão institucional, metas e objetivos do Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

O PDI vigente apresenta as diretrizes definidas pela Universidade para o período

2012-2016. Os princípios e valores contidos nesse documento são balizadores da missão

e do compromisso firmados pela Instituição e assumidos pelos gestores, com finalidade

precípua de proporcionar uma formação superior de qualidade e que seja também

promotora da cidadania e do bem comum. Assim, a Universidade promove as condições

necessárias para produção do conhecimento, visando à autonomia e à liberdade do

pensamento acadêmico, mediante a produção e disseminação das ciências, das artes, da

cultura, da interdisciplinaridade e da interlocução com a sociedade, para garantir uma

formação comprometida com as questões sociais e, ao mesmo tempo, corresponder às

exigências do mercado de trabalho.

A PUC Minas dedica-se ao ensino, à pesquisa e à extensão nas mais variadas

áreas do conhecimento de tal maneira que a formação acadêmica oferecida pela

Universidade adquire uma marca de excelência na qualidade do ensino superior,

acompanhada pela formação humanista, ética e crítica dos seus alunos. Os saberes

produzidos pela comunidade acadêmica não estão somente voltados para as demandas

do mercado de trabalho, mas também contribuem para a promoção da dignidade

humana e da cidadania. Tendo o humanismo como fundamento, a PUC Minas baliza

suas ações nos princípios de igualdade, liberdade, autonomia, pluralidade, solidariedade

e justiça, os quais expressam sua identidade institucional e, associados às legislações

pertinentes, orientam suas atividades educacionais.

A PUC Minas propõe-se a desempenhar um papel fundamental em toda a sua

Page 45: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

45

área de atuação. Ela pretende ser agente de busca de conhecimento, respeitando a

liberdade da ciência e do pensamento acadêmico, mas também participando ativamente

da transformação ética da sociedade, do acompanhamento crítico das mudanças pelas

quais ela passa e da investigação sistemática e criteriosa das questões relevantes a ela e

a toda sociedade. A busca pela manutenção da qualidade do ensino superior para

garantir formação profissional, científica, ética e humana faz desta Universidade uma

Instituição cuja vocação de educar a destaca como uma das melhores instituições de

ensino superior do país.

O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) apresenta, em linhas gerais, as

orientações de longo prazo para construção de ações e estratégias, com vistas ao

atendimento de objetivos que serão retomados e ampliados no PDI. O PDI, por sua vez,

especifica, em nível operacional, as estratégias adotadas pela Instituição e, por isso, ele

se torna o documento que rege as ações da Universidade e a participação da comunidade

acadêmica na construção dos rumos que essa Instituição deverá adotar.

Ao reforçar a missão e os princípios institucionais, o PDI reitera o papel

desempenhado pela PUC Minas e sua busca incessante pela qualidade da formação

superior. A articulação constante entre Ensino, Pesquisa e Extensão constitui-se,

portanto, num pressuposto para proporcionar ao seu alunado formação profissional,

humana e cidadã, contribuindo para a formação de um profissional qualificado, que

encare os desafios e as demandas do mercado de trabalho, mas também que se envolva e

se comprometa com os problemas sociais.

2.2.2. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Ensino de Graduação e de

Pós-graduação

As diretrizes do PDI, do PPI e da PROGRAD para a graduação da PUC Minas,

referendadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), norteiam a

condução das atividades de ensino e nos diversos cursos da PUC Minas (PUC MINAS,

2011; 2006; 2004). Elas configuram-se como texto norteador das ações em todas as

dimensões da graduação na Instituição. As diretrizes da graduação preconizam

articulação entre teoria e prática, considerada como um princípio de aprendizagem, o

que possibilita aos alunos o envolvimento com situações e problemas reais e a

possibilidade de propor soluções; flexibilização curricular, que consiste na premissa de

que no processo de criação do conhecimento não há hierarquias e nem linearidade. Com

Page 46: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

46

o objetivo de acompanhar o cumprimento dessas diretrizes, foram criados pela

PROGRAD sistemas informacionais e definidas estratégias de monitoramento, tais

como o sistema de Gestão de Projetos Pedagógicos (GPP), destinadas a viabilizar a

gestão acadêmica dos cursos de graduação e, assim, manter consonância com o proposto

no PDI.

O PDI apresenta as políticas e ações de âmbito institucional que, ao mesmo

tempo, possuem princípios comuns, mas também respeitam a diversidade dos cursos, na

perspectiva da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e na “orientação

político-acadêmica da Universidade, no sentido de assegurar que todos os seus cursos

tenham o mesmo padrão de qualidade de ensino” (PUC MINAS, 2011, p. 35).

Em relação à pós-graduação, os pressupostos do PDI e a forma de condução das

atividades também apresentam coerência entre si. Essa afirmativa ancora-se na

constatação do cumprimento dos princípios estabelecidos e na adoção de estratégias

específicas para a pós-graduação na PUC Minas, explicitados a seguir.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação (PROPPG) integra a estrutura da

PUC Minas e, de acordo com o PDI (PUC MINAS, 2011), tem como objetivos o

planejamento, a coordenação e o acompanhamento das ações de pesquisa e de pós-

graduação, conforme os padrões estabelecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Inep.

O investimento da PUC Minas na pós-graduação decorre dos múltiplos objetivos

que esse nível de ensino traz para os indivíduos, para a Instituição e para a sociedade. A

pós-graduação possibilita a capacitação dos docentes e demais profissionais, a fixação

dos professores doutores na Universidade, sendo, igualmente, o ambiente mais propício

à realização de projetos de pesquisa, pois recebe apoio da própria Instituição e de outros

órgãos de fomento, além de alavancar os cursos de graduação (PUC MINAS, 2011).

2.2.3. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a Extensão

A articulação entre ensino, pesquisa e extensão é assumida pela PUC Minas

como parte essencial de sua missão institucional. O processo de formação superior tem

essa tríade como base fundante do ensino oferecido pela Universidade. A extensão

torna-se, portanto, uma ação pedagógica que contribui para a promoção de uma

formação técnica e ética, aliando conhecimento científico e vivência comunitária, além

de aproximar a sociedade dos saberes produzidos pela academia. Na sua interlocução

Page 47: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

47

com o ambiente externo, a extensão abre espaço à comunidade, agindo diretamente na

dinâmica social, cultural e política de várias comunidades. Na sala de aula, amplia-se o

debate e estimula-se a construção do saber dentro e fora da academia. Nesse sentido, a

extensão universitária realiza sua interlocução com o ambiente externo, abrindo espaço

à comunidade para desenvolver ações que contribuam para uma formação de excelência

dos alunos.

Na relação com a comunidade interna, as ações para fortalecer a política de

extensão passam pela inserção de suas atividades nos projetos pedagógicos dos cursos,

na interface com o ensino e com a pesquisa, no incentivo do corpo docente e corpo

discente para a produção do conhecimento, sua sistematização e divulgação.

Na relação universidade-sociedade destacam-se duas dimensões que consolidam

o compromisso social da PUC Minas. A primeira diz respeito à participação da

comunidade universitária na produção e socialização do conhecimento, estabelecendo o

diálogo entre a cultura, a pesquisa científica e a tecnológica. E a segunda refere-se às

ações de solidariedade assentadas na relação entre a Instituição e a comunidade, os

órgãos públicos e privados, agências não governamentais, sob a forma de consórcio,

redes ou parcerias (PPI, 2006a).

O gerenciamento da extensão universitária é realizado de forma colegiada, por

meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), dos coordenadores de gestão acadêmica e

de programas, projetos, cursos de extensão, coordenadores de extensão de cursos,

campi/unidades, núcleos temáticos, Institutos e Faculdades. O Fórum de Coordenadores

de Extensão assume, juntamente com a PROEX, um modelo de gestão compartilhada,

para fortalecer e consolidar ainda mais a extensão na Universidade.

Uma importante meta estabelecida no PDI 2012-2016 diz respeito ao

fortalecimento dos colegiados existentes no âmbito da extensão universitária. Na

expectativa de fortalecimento das representações da extensão no âmbito dos institutos e

faculdades, o PDI do período em questão trouxe como destaque a proposta de

articulação com essas instâncias acadêmicas, visando à alocação de docentes que

pudessem desempenhar a função de coordenadores de extensão, meta cumprida em

2014, com a definição de coordenadores dos 10 (dez) institutos e faculdades da

Universidade. No encerramento do período, 91 cursos de graduação também haviam

definido coordenadores de extensão, contribuindo para o reforço do que se está

convencionando nomear “Rede PROEX”.

Page 48: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

48

Outra meta é a revisão dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação

(PPC), com a expectativa de inserir, efetivamente, a extensão universitária nos

pressupostos da formação acadêmica, da definição do perfil de egresso e na composição

da matriz curricular de cada curso. Para tanto, a PROEX integra a Comissão da

PROGRAD, a quem compete a avaliação dos PPCs. Cabe explicitar que esse processo

tem sido gradual, uma vez que se realiza ou na revisão de um projeto pedagógico ou na

análise inicial de implantação de cursos. Assim, em fins de 2014, a maioria dos cursos

de graduação já cumpria o requisito previsto no PDI, com a indicação, inclusive, de

processos operacionais no âmbito da extensão universitária. Espera-se que, até 2016,

100% dos cursos de graduação da PUC Minas, nas modalidades presencial e à distância,

elaborem essa alteração curricular e incorporem a extensão universitária em seu

cotidiano acadêmico.

Em relação ao ensino, as atividades de extensão ampliam o espaço da sala de

aula, permitindo a construção do saber dentro e fora da academia. Dessa forma, a

extensão integrada ao ensino e à pesquisa favorece a convergência entre a vocação

técnico-científica e humanizadora, reforçando seu compromisso para com a sociedade.

O PDI elucida a indissociabilidade entre a extensão e as demais atividades

acadêmicas, bem como a sua relevância no processo de formação acadêmica. Os

princípios e diretrizes da extensão na Universidade estão reunidos em sua política,

aprovada pelo Conselho Universitário (CONSUNI), no ano de 2006:

a extensão consolida-se como um dos meios que permite ampliar os canais de

interlocução com os segmentos externos à universidade. Simultaneamente, o

contato com a sociedade retroalimenta o ensino e a pesquisa e a própria

extensão possibilitando o desenvolvimento de novos conhecimentos

científicos (PUC MINAS, 2006b, p.17).

Embora as políticas para o desenvolvimento das ações de extensão estejam

contempladas nos principais documentos institucionais, a perspectiva normativa só será

suficiente para atender à realidade da comunidade interna e externa à Universidade se,

de fato, ela for colocada em prática por toda a comunidade acadêmica. Em relação a

isso, vê-se que, em 2014, houve incentivo às práticas de extensão, como pode ser visto

na Tabela 5, que apresenta os dados referentes aos programas e projetos de extensão

implementados em 2014, por campus e unidade. Ressalta-se que os projetos são

diversos e envolvem todos os segmentos da Universidade, como alunos, professores e

funcionários, além de contemplar um número expressivo de beneficiários, que são

Page 49: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

49

majoritariamente indivíduos, mas os dados também incluem instituições.

Tabela 5 – Número de programas e projetos de extensão e beneficiados– por

unidade de origem – PUC Minas – 2014

Unidade PUC Minas

Pro

gra

ma

s e

pro

jeto

s

Equipe Beneficiados

Alu

no

s

Pro

fess

ore

s e

fun

cio

rio

s

Dir

eto

s

Ind

iret

os

To

tal

Belo Horizonte

Coração Eucarístico 43 588 83 13.506 37.297 50.803

Barreiro 09 265 20 1.353 4.677 6.030

São Gabriel 13 146 20 4.642 29.861 34.503

Betim 13 241 22 3.634 17.608 21.242

Contagem 10 211 18 784 2.680 3.464

Arcos 08 64 10 1.636 6.130 7.766

Guanhães - - - - - -

Poços de Caldas 19 641 46 4.534 23.517 28.051

Serro 01 14 03 872 800 1.672

Multicampi (1)

27 228 107 2.995 16.698 19.693

Total 144 2.591 316 39.384 147.644 187.028

Fonte: Sistema de Gestão de Pesquisa e Extensão (GPE); Pró-reitoria de Extensão; Coordenações de

Extensão das Unidades e Campi; Coordenações de Extensão dos Institutos e Faculdades.

(1) Iniciativas que tiveram a participação de cursos de mais de uma unidade/campus.

Obs.1: O número de professores e de alunos foi registrado tomando-se por base os projetos em que atuam,

assim, se um professor e/ou aluno atuou em mais de um projeto, foi computado, estatisticamente, mais de

uma vez.

Obs.2: O número de beneficiados indiretos foi apurado por estimativa.

Destaca-se que o número de programas e projetos de extensão implementados

em 2014 é maior (8,3%) em relação a 2013, que foi de 132. Houve, também, aumento

da participação dos alunos, de 1.842, em 2013, para 2.591, em 2014, ou seja, um

aumento de 28,9%. (PUC MINAS, 2013a, 2014).

A PUC Minas se faz presente em diversas localidades do estado de Minas

Gerais, e a extensão também produz intervenções nessas regiões, por meio de ações

extensionistas, assim como contribui para oferecer ao corpo discente aproximação das

realidades regionais e locais do estado. Neste sentido, cabe observar que os programas e

projetos de caráter multicampi representam mais de 18% do total das ações, o que

evidencia um avanço significativo na gestão da extensão universitária na PUC Minas.

Estes propõem, de forma integrada e interdisciplinar, articular diversas áreas do

conhecimento em diferentes espaços geográficos (unidades/campi).

É importante destacar as orientações da PROEX para que as ações de extensão

Page 50: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

50

sejam estruturadas a partir de princípios e estratégias capazes de permitir, teórica e

metodologicamente, a articulação de saberes, de áreas do conhecimento ou disciplinas,

no sentido de produzir conhecimento e uma práxis acadêmica sobre um objeto de

pesquisa ou de intervenção. Assim, é bastante relevante a articulação de diferentes

cursos, inclusive vinculados a mais de um instituto e/ou faculdade, que buscam, numa

ação compartilhada, a produção de um conhecimento multi e interdisciplinar.

Os cursos de extensão da PUC Minas, ofertados nas modalidades presencial ou à

distância, são outro tipo de atividade fomentado pela PROEX e representam ações

pedagógicas de caráter teórico ou prático, com carga horária mínima de oito horas e

com processos formais de avaliação. Em 2014, foram ofertados 34 cursos de extensão,

conforme os dados do Relatório de Atividades para o mesmo ano. Desses, 22 foram

promovidos pelos cursos de graduação dos mais diversos campi/unidades; 9 foram

promovidos pela PROEX e 3 pela Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários

(SECAC). Geralmente, os cursos de extensão são de iniciação de curtíssima duração e

objetivam divulgar um tema ou oferecer noções introdutórias em uma área específica do

conhecimento, não exigindo nível de escolaridade ou experiência profissional. Há

também os de atualização, que objetivam dar continuidade aos conhecimentos ou

experiências anteriormente adquiridas, reciclando ou ampliando conhecimentos,

habilidades ou técnicas, em uma ou mais áreas, e podem exigir ou não determinado

nível de escolaridade ou experiência profissional. Os cursos de capacitação/qualificação

são de natureza profissionalizante e visam atender a um setor específico do mercado de

trabalho, com programas de qualificação profissional e, do mesmo modo, podem ou não

exigir nível de escolaridade ou experiência profissional. Já os cursos de

aperfeiçoamento têm como objetivo aprofundar o conhecimento sobre um campo

específico e exigem nível específico de escolaridade (PUC MINAS, 2014).

2.2.4. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), a Pesquisa e a Iniciação

Científica, na PUC Minas

Fiel à sua missão, a PUC Minas tem como proposta, por meio da Pesquisa e da

iniciação científica, desenvolver junto aos alunos conhecimento alicerçado no exercício

da autonomia da ciência e da liberdade do pensamento acadêmico, além de realizar a

investigação sistemática e criteriosa das questões atinentes à realidade social, atualizar e

produzir novos conhecimentos que perpassam a formação acadêmica. Neste sentido, a

Page 51: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

51

investigação científica é uma importante expressão da identidade da Universidade, que

centra seus esforços na condução de processos de produção do conhecimento sobre a

realidade social, abrindo caminho para novas intervenções e para o aumento do acervo

em torno do conhecimento produzido.

Ciente dos desafios enfrentados no que toca à produção do conhecimento

científico, a PUC Minas responsabiliza-se pela construção de novos saberes e, para

tanto, tem adotado políticas sólidas no campo da pesquisa, associadas ao ensino e à

extensão. Assim, a pesquisa na PUC Minas está consolidada graças às políticas internas

de fomento e, também, aos investimentos de órgãos externos, como o Conselho

Nacional de Pesquisa (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas

Gerais (FAPEMIG), e de diferentes institutos e organizações governamentais e não

governamentais.

Assim como a pesquisa, a iniciação científica é um instrumento que permite o

desenvolvimento científico na Universidade, introduz os estudantes de graduação na

prática da pesquisa científica, por meio dos programas de fomento próprios da

Instituição ou daqueles promovidos por órgãos externos. Entre os programas

financiados pela PUC Minas destacam-se o Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP), criado

em 1982, pela Portaria R/Nº. 17/82, que visa estimular as atividades de pesquisa na

Instituição. Por meio dele, meio por cento (0,5%) do orçamento da Universidade é

destinado a projetos de pesquisa apresentados por professores, sendo os recursos

distribuídos segundo critérios estabelecidos pela Pró-reitoria de Pós-graduação e

Pesquisa (PROPPG). O FIP, além de ajudar a fomentar a cultura de pesquisa na PUC

Minas, auxilia na continuidade dos seus grupos de pesquisa. O financiamento conta,

igualmente, com bolsas para os alunos que participam da pesquisa do docente

contemplado com o FIP, e é mantido com recursos provenientes da própria

Universidade.

Já o Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), criado em 1985, tem

como alvo incitar o desenvolvimento da pesquisa junto aos estudantes da graduação,

que apresentam seus projetos sob a orientação de um professor, e os projetos são

financiados pela própria Universidade, com verba suplementar. Os alunos de graduação

da PUC Minas, além de participarem de projetos de iniciação científica pelos programas

da própria Instituição, podem também participar de pesquisas financiadas pelos órgãos

externos. O gráfico 1 mostra a evolução do número de projetos desenvolvidos na PUC

Page 52: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

52

Minas no período de 2012 a 2014.

Gráfico 1 – Número de projetos de pesquisa desenvolvidos na PUC Minas – 2012 a

2014

Fonte: Relatório de Atividade da PUC Minas, 2014

No período de 2012 a 2014 foram desenvolvidos 964 projetos, sendo 306 com

recursos da FAPEMIG, 300 com recursos do FIP e 358 com recursos do PROBIC. Em

2014, foram desenvolvidos 322 projetos, ou seja, 4,73% a menos em relação a 2013.

Outro dado importante revela que a maioria (mais de 65%) dos projetos desenvolvidos

pela Universidade no período foi fomentada com recursos da própria Instituição. Esse

dado mostra que, mesmo diante dos desafios, a PUC Minas tem assumido a

responsabilidade pelo fomento das práticas de pesquisa realizadas por docentes e

discentes, o que reforça o seu compromisso com a atualização e a produção de novos

conhecimentos. O gráfico 2 mostra o número de bolsas de iniciação científica

disponibilizadas ao corpo discente da PUC Minas entre 2012 e 2014.

Page 53: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

53

Gráfico 2 – Número de bolsas de iniciação científica disponibilizadas ao corpo

discente da PUC Minas – 2012 a 2014

Fonte: Relatório de Atividade da PUC Minas, 2014.

Junto com recursos externos, a PUC Minas investe na formação do estudante

pesquisador, destinando bolsas de iniciação científica para o corpo discente, associadas

aos projetos de pesquisa. Entre 2012 e 2014, já foram destinadas 1.302 bolsas de

iniciação científica. Em 2013, o investimento foi o maior do período, mas com um

pequeno decréscimo no ano seguinte.

Segundo informações da PROPPG, a variação no quantitativo de bolsas de

iniciação científica no período, especialmente a redução deste em 2014, está relacionada

à extinção da modalidade de bolsas para dedicação de 10 horas, mantendo-se apenas as

bolsas para dedicação de 20 horas. O gráfico 3 reforça essa queda, uma vez que o

número de projetos do PROBIC foi o menor em 2014. Além disso, a FAPEMIG reduziu

o número de concessão de bolsas para projetos de pesquisa, em 2014.

A PUC Minas também fomenta a produção científica por meio de grupos de

pesquisa das mais diversas áreas, produzindo e disseminando novos conhecimentos, por

meio de práticas de pesquisa. O gráfico 3 revela a quantidade de grupos de pesquisa por

institutos e faculdades.

Page 54: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

54

Gráfico 3 – Grupos de pesquisa por Institutos/Faculdades - 2014

Fonte: Relatório de Atividade da PUC Minas, 2014.

A PUC Minas possui 181 grupos cadastrados no site do CNPq, dos quais

22,65% estão concentrados no Instituto de Ciências Humanas, 12,15% no Instituto de

Ciências Biológicas e da Saúde, e o mesmo percentual na Faculdade Mineira de Direito.

(PUC MINAS, 2014). Quase metade dos grupos de pesquisa está concentrada nesses

três institutos/faculdades. Uma explicação para esses dados pode estar relacionada ao

fato de que o Instituto de Ciências Humanas possui quatro programas de pós-graduação

e sete áreas de concentração vinculadas (Letras - Mestrado e Doutorado - Linguística e

Língua Portuguesa; Literaturas de Língua Portuguesa. Educação - Mestrado e

Doutorado - Educação Escolar e Profissão; Docente. Geografia: Tratamento da

Informação Espacial Mestrado e Doutorado - Análise Espacial. Ensino de Ciências e

Matemática - Mestrado Profissional - Ensino de Biologia; Ensino de Física; Ensino de

Matemática). Acredita-se que esses valores explicam o fato de que esse Instituto

concentra o maior número de grupos de pesquisa. Em segundo está a Faculdade Mineira

de Direito com um programa de pós-graduação, mas com quatro áreas de concentração

(Direito Privado, Direito Processual, Direito Público e Teoria do Direito). E o ICBS

possui dois programas de pós-graduação e quatro áreas de concentração. (Zoologia de

Vertebrados – Mestrado - Zoologia de Vertebrados de Ambientes Impactados.

Odontologia – Mestrado Acadêmico, Profissional e Doutorado – Clínicas

Page 55: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

55

Odontológicas; Implantodontia; Ortodontia)1.

No sentido de qualificar a pesquisa produzida na Instituição, foi criado, em julho

de 2000, o Comitê de Ética em Pesquisa da PUC Minas (CEP/PUC Minas), vinculado à

PROPPG. Seu objetivo é atender à demanda de avaliação ética dos projetos de pesquisa

provenientes dos cursos de graduação e pós-graduação, bem como das demais

atividades de pesquisa envolvendo seres humanos, realizadas pela Instituição. “Além do

trabalho de avaliação dos projetos de pesquisa, o CEP realiza palestras e atividades

educativas, no intuito de orientar e promover o tema da ética em pesquisa na

Universidade”. (PUC MINAS, 2011, p. 54).

Em 2014, o Comitê recebeu 219 projetos de pesquisas para apreciação, sendo

que, destes, 173 (79%) foram aprovados. Os membros do Comitê participaram do

Encontro Extraordinário de Comitês de Ética em Pesquisa e do 1º Encontro Nacional de

Representantes de Usuários do Sistema CEP/CONEP, promovidos pela CONEP/MS,

em Atibaia, de 17 a 19 de novembro de 2014.

A Comissão de Ética no Uso de Animais da PUC Minas (CEUA PUC Minas),

que tem como atribuição fomentar a educação em torno da ética na ciência e o uso de

animais, recebeu e analisou, em 2014, 332 projetos para desenvolvimento de pesquisas;

destes, 23 foram aprovados, 08 considerados pendentes, 01 em análise e 01 considerado

sem necessidade de julgamento, por tratar-se de pesquisa com animais mortos. Além

disso, ao longo de 2014, o CEUA também realizou discussões com o Instituto de

Ciências Biológicas e da Saúde, com o Hospital Veterinário de Betim e com os

colegiados dos cursos de Medicina Veterinária de Betim e de Poços de Caldas sobre a

instalação de biotérios na Universidade (Portal da PUC Minas).

2.2.5. Desenvolvimento Institucional e Responsabilidade Social

No PDI da PUC Minas consta que uma instituição de educação superior deve

estar ciente da realidade que a cerca, dos seus problemas, das questões sociais, políticas

e econômicas de sua região. Sendo assim, a PUC Minas incorpora “à formação técnico-

científica, os princípios relativos à promoção da justiça social, da preservação do meio

ambiente, da solidariedade e do respeito entre os povos” (PUC MINAS, 2011, p. 63) e

reforça os valores éticos e morais, priorizando o humanismo em todas as suas atividades

1 Informações do Portal da PUC Minas.

2 Os dados foram validados pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Page 56: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

56

e ações, com registro nos seus documentos e nos projetos pedagógicos de seus cursos.

Na PUC Minas, o ensino, a pesquisa e a extensão possibilitam o cumprimento de

ações institucionais relacionadas à responsabilidade social. As várias modalidades de

extensão permitem a construção do conhecimento a partir do “fazer acadêmico unido ao

popular” (PUC MINAS, 2011, p. 64), sendo, portanto, o lugar do exercício da função

social da Universidade. Os temas e projetos ligados à extensão contribuem para a

inclusão e desenvolvimento social, a promoção e a prevenção relacionadas com o

processo saúde-doença, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção

artística e do patrimônio cultural, sendo, portanto, relacionados com a responsabilidade

social, como definido na Lei nº 10.861, de 14 abril de 2004, que instituiu o Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) (BRASIL, 2004).

Com o intuito de ampliar e difundir ações que contribuam para a realização da

missão institucional, ao desenvolver ações e serviços relacionados com a inclusão social

de alunos em situação de pobreza, com os portadores de necessidades especiais, com a

cultura e a arte, e com ações de preservação do patrimônio histórico, cultural e

ambiental, a PUC Minas criou, em 2008, a Secretaria de Cultura e Assuntos

Comunitários (SECAC).

A SECAC é composta pelos seguintes órgãos e setores: Coordenadoria de Apoio

Comunitário; Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Especiais;

Museu de Ciências Naturais; Coordenadoria de Atividades Artísticas e Culturais; PUC

TV; Escola de Teatro; Grupo de Teatro Filhos da PUC; Coral da PUC Minas (PUC

MINAS, 2011). Essa estrutura busca sistematizar os procedimentos que a integram,

tendo por objetivos identificar políticas comunitárias e culturais e torná-las coerentes

com o PDI da Instituição.

A Coordenadoria de Atividades Artísticas e Culturais, órgão da SECAC,

desenvolve atividades que estimulam a produção e o consumo de atividades artístico-

culturais pelos públicos interno e externo e contribuem para a transferência de

conhecimento e para o desenvolvimento regional. Neste sentido, no ano de 2014, foram

mantidas as atividades relacionadas com os projetos Concertos Dominicais Peter Lund,

Conexão Ciência e Cultura, MPB Quarta e Sexta de Música Erudita, principalmente no

campus Coração Eucarístico. Nos demais campi e unidades educacionais aconteceram

audições da Sexta de Música Erudita, palestras do projeto Conexão Ciência e Cultura,

assim como outras ações culturais, conforme descrito no Quadro 2:

Page 57: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

57

Quadro 2 – Número de atividades artístico-culturais realizadas na PUC Minas, no

ano de 2014

Evento Número de

eventos

Audições do Coral da PUC Minas 15

Concertos Dominicais Peter Lund 23

Conexão Ciência e Cultura 11

Eventos diversos 6

Exposições diversas 22

Grupo de Teatro Filhos da PUC 11

Lançamentos de livros 19

MPB Quarta 24

Museu de Ciências Naturais 5

Programações culturais em eventos diversos 18

Sexta de Música Erudita 19

Fonte: PUC MINAS, 2015b.

Segundo a SECAC (2015b), desta lista de eventos e atividades, vale destacar “as

apresentações do Coral da PUC Minas e do Grupo de Teatro Filhos da PUC, ambos

formados por membros da comunidade universitária, e que se apresentam para o público

universitário e em diversos espaços no estado de Minas Gerais”, o que atesta o

investimento e o envolvimento dos membros da PUC Minas em atividades de cunho

cultural, para além de seu compromisso acadêmico.

A Escola de Teatro é considerada “como um centro de referência na formação de

atores do estado de Minas Gerais” (PUC MINAS, 2011, p. 75) e oferece cursos

profissionalizantes, para a formação e capacitação profissional, em convênio com o

Sindicato dos Artistas Técnicos em Espetáculos e Diversões (SATED-MG), e cursos

nas áreas de iniciação teatral para crianças, adolescentes e adultos (PUC MINAS,

2015b). Como trabalho de conclusão de curso, os alunos da Escola de Teatro

apresentam cerca de dez espetáculos por semestre, proporcionando rico painel das

tendências mais significativas do teatro contemporâneo. Segundo a SECAC (2015b), o

Grupo de Teatro apresentou-se sete vezes em ambientes externos à PUC Minas, entre

2014 e 2015, e o Coral fez nove apresentações externas. Ainda são destacadas oficinas,

varais de poesia e exposições realizadas, além da publicação Nonada – coletânea de

artigos, ideias, charges e indicadores na área de cultura.

O projeto “Sonoro Despertar” é uma parceira da PUC Minas com a Paróquia São

Marcos, por meio da SECAC e PROEX, abrangendo os bairros Eymard, Maria Goretti,

São Marcos, Ipê e União e o bairro Alvorada, em Sabará, que são regiões conhecidas

pela carência socioeconômica de seus moradores. Sonoro Despertar é um projeto

Page 58: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

58

“criado pela paróquia São Marcos há aproximadamente 15 anos, que auxilia na

educação de cerca de 180 crianças e adolescentes que aprendem uma arte, produzindo-a

e difundindo-a por meio de CDs, DVDs e apresentações por todo o estado de Minas

Gerais”. (PUC MINAS, 2015b). Nesse projeto, compete à PROEX “o suporte

socioeducativo às famílias desses jovens e à SECAC a responsabilidade pela

manutenção de uma regente, de monitores e de instrumentos utilizados na orquestra de

flautas”, da qual participam crianças e adolescentes. Entre 2014 e 2015, o grupo

produziu e apresentou 18 espetáculos (PUC MINAS, 2015b).

Os Concertos Dominicais Peter Lund, iniciados em 2014, têm permitido levar

aos públicos interno e externo audições de grupos de música popular e erudita, muitos

deles egressos da Fundação de Educação Artística das orquestras do Sesiminas e

Sinfônica de Minas Gerais. (PUC MINAS, 2015b).

O projeto Conexão Ciência e Cultura, patrocinado até 2015 pela FAPEMIG, é

uma parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e com os cursos da PUC

Minas e se propõe a debater temas relevantes para a sociedade. O projeto é franqueado

ao público universitário e da cidade de Belo Horizonte, que tem acesso a palestras e

debates sobre temas diversificados, com convidados de renome nacional e internacional.

Os projetos MPB Quarta e Sexta de Música Erudita, este último em parceria

com a Fundação de Educação Artística e com a Universidade do Estado de Minas

Gerais, são também fomentadores da transferência de conhecimento e desenvolvimento

regional, uma vez que, por meio deles, são apresentados, em diversos espaços da

Universidade, expoentes das músicas popular e erudita. Podem ser ainda citados

lançamentos de livros, varais de poesia e exposições de artes realizados no Espaço

Cultura e Fé, bem como em outros espaços no âmbito de toda a PUC Minas.

O gráfico 4 mostra a participação dos discentes nas atividades comunitárias,

acadêmico-científicas, ligadas ao meio ambiente, atividades culturais e esportivas

promovidas pela PUC Minas, no segundo semestre de 2014 e no primeiro semestre de

2015.

Page 59: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

59

Gráfico 4 – Participação dos discentes nas atividades comunitárias, acadêmico-

científicas, ligadas ao meio ambiente, atividades culturais e esportivas da PUC

Minas, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Responderam a essa questão referente à participação nas atividades

comunitárias, acadêmico-científicas, ligadas ao meio ambiente, atividades culturais e

esportivas da PUC Minas, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015,

6.928 alunos. Destes, 58,98% dos discentes participaram de atividades acadêmico-

científicas, e dos que não participaram, 16,58%, assinalaram ser por falta de tempo. As

atividades culturais tiveram a participação de 23,4% dos discentes, e 26,66% não

participaram por falta de tempo. Em relação às atividades comunitárias, 12,4%

participaram delas, e 33,01% alegaram que não participaram por não terem ficado

sabendo delas.

As atividades esportivas tiveram a participação de 9,9% dos discentes, e 24,25%

alegaram que não participaram por falta de tempo. Quanto às atividades ligadas ao meio

ambiente, 8,11% dos discentes participaram delas, e 40,85% não participaram por não

terem ficado sabendo delas. No gráfico observa-se que o percentual de alunos que não

participaram, porque consideram que as atividades não contribuem para sua formação, é

Page 60: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

60

muito pequeno, o que mostra que os discentes reconhecem o valor das atividades na sua

formação cultural e social. O total de NR (não resposta) para a questão é de 2.143.

No que diz respeito ao cumprimento de ações sociais, além das realizadas pela

SECAC, os cursos de graduação da PUC Minas também propõem atividades com esse

intuito e natureza. O gráfico 5 apresenta a avaliação feita pelos alunos que responderam

ao questionário de Avaliação Institucional sobre a contribuição de seu curso em relação

à promoção do desenvolvimento humano e social da comunidade acadêmica, à

formação humanística, aos desafios da sociedade brasileira, ao desenvolvimento

regional e nacional e ao acompanhamento de políticas e diretrizes que englobem a

educação em direitos humanos. A avaliação dos discentes usou como critério valores de

1 a 5, sendo que 1 indica uma menor contribuição do curso para os aspectos analisados

e 5, uma maior contribuição.

Gráfico 5 – Avaliação do corpo discente da PUC Minas de aspectos relacionados à

sua formação, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015

Fonte: CPA – PUC MINAS, 2015.

Entre os 7.127 discentes que responderam a essa questão, 29,94% avaliaram

com 5 a contribuição do curso na promoção do desenvolvimento humano e social da

comunidade acadêmica, 35,88% avaliaram com 4, e 24,06% com 3. Em relação à

contribuição para uma formação humanista e científica, 35,88% dos alunos avaliaram

com 5, 36,42% com 4 e 21,79% com 3. Quanto ao comprometimento com os desafios

Page 61: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

61

da sociedade brasileira, 27,74% avaliaram com 5, 34,74% com 4 e 26,14% com 3. Em

relação ao desenvolvimento regional e nacional, 21,03% avaliaram com 5, 30,6% com

4, e 29,55% com 3. No item acompanhamento de políticas e diretrizes que englobem a

educação em direitos humanos, 22,79% avaliaram com 5 a contribuição do curso,

30,28% avaliaram com 4 e 26,87% com 3. Considerando o padrão das avaliações dos

discentes, observa-se que as contribuições dos cursos são reconhecidas por eles, uma

vez que mais da metade delas foi avaliada com as notas 4 e 5. O total de NR (não

resposta) para a questão é de 1.944.

Os alunos avaliaram, igualmente, sua percepção em relação à contribuição do

curso para a “disseminação da arte e da cultura” e a “corresponsabilidade com o

patrimônio da humanidade”. Os resultados encontrados podem ser observados no

gráfico 6.

Gráfico 6 – Avaliação do corpo discente da contribuição do curso para aspectos de

sua formação, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dentre os 7.127 alunos que responderam a essa questão, 24,27% avaliaram com

nota 5 a contribuição do curso para a produção e disseminação do conhecimento, da arte

e da cultura, 31,35% com 4 e 28,22% com 3. Em relação à corresponsabilidade para

com o patrimônio da humanidade, 23,42% avaliaram com 5, 31,6% com 4 e 27,47%

com 3. A partir desses achados, observa-se que as contribuições dos cursos, segundo a

Page 62: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

62

avaliação dos alunos, coadunam-se com os pressupostos do PDI da PUC Minas, ou seja,

têm relação com sua identidade, sua missão e seus valores. O total de NR (não resposta)

para a questão é de 1.944.

Retomando os setores pelos quais a SECAC é responsável, destaca-se a PUC TV

Minas, que sedia e opera o Canal Universitário de Belo Horizonte e “tem destaque na

difusão do conhecimento, na medida em que dissemina ações e conteúdos produzidos

pela Universidade”. (PUC MINAS, 2011, p. 70). A PUC TV Minas é considerada uma

das mais importantes emissoras universitárias do país. Ela produz e exibe conteúdo

audiovisual de caráter cultural, informativo e educacional, divulgando, assim, a

produção de conhecimento da PUC Minas na graduação, pós-graduação e extensão,

bem como as ações socialmente responsáveis praticadas no âmbito da universidade.

(PUC MINAS, 2015b).

No ano de 2014, por intermédio de acordos de cooperação técnica e de

intercâmbio de produção com a TV Horizonte e o Canal Futura, a PUC TV Minas

aumentou quantitativa e qualitativamente sua grade de programação e sua audiência.

Ressalta-se que a parceria com o Canal Futura se desdobrou no estabelecimento da Sala

Futura no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. A PUC TV recebeu, em 2014,

uma Menção Honrosa pelo relacionamento com a equipe do Canal Futura e pelo

empenho na realização de produções em conjunto. Além disso, ela contribui para a

formação dos acadêmicos dos cursos de graduação em Comunicação Social,

representando importante veículo de experimentação. (PUC MINAS, 2015b).

O Museu de Ciências Naturais, outro órgão integrante da SECAC, tem a missão

de promover o conhecimento sobre a história natural do estado de Minas Gerais e sobre

práticas para a conservação ambiental. Para isso, conta com uma equipe de

pesquisadores qualificada e multidisciplinar, responsável pelo desenvolvimento de

estudos e orientação de discentes em programas de estágios e de iniciação científica.

Além disso, o Museu tem importante compromisso com a comunidade externa. O

gráfico 7 mostra o número de visitantes no Museu, no período de 2012 a 2014.

Page 63: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

63

Gráfico 7 - Número de visitantes no Museu da PUC Minas, no ano de 2012 e 2014

Fonte: PUC MINAS, 2015a.

O gráfico 7 revela que o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas recebe uma

visitação significativa, tendo tido mais de quarenta mil visitantes no ano de 2012 e

2014. Em 2013, a visitação foi suspensa, uma vez que aconteceu um incêndio em suas

dependências. Os visitantes do Museu são compostos por: estudantes da educação

básica, grupos especiais, visitantes do Programa Nacional de Educação, pesquisadores e

turistas, nacionais e estrangeiros. O Museu é uma forma de levar cultura e

conhecimento para aqueles cujo acesso a essas atividades é mais difícil. Ovigli (2011)

salienta que a utilização do espaço de um museu para o ensino e aprendizagem promove

uma alfabetização científica e permite ao sujeito refletir sobre o conhecimento

científico, sobre o seu entorno e, assim, perceber a ciência como uma construção

humana, tornando-se, portanto, mais consciente da época em que vive. Além disso, as

ações do Museu, direcionadas para os públicos interno e externo, propiciam a crianças,

adolescentes e adultos, a partir da experiência e do contato direto com manifestações

culturais variadas, um incremento no seu conhecimento, apropriação e valorização da

herança cultural e a produção e geração de novos saberes (BRASIL, 2010).

O museu tem um acervo considerável e dispõe de uma das principais coleções de

mamíferos fósseis da América do Sul, além de coleções da atual fauna brasileira de

mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, invertebrados e botânica, com destaque para

as espécies da vegetação do cerrado. Na tabela 6 pode ser observado o acervo do Museu

no ano de 2014, tombado e em preparação.

Page 64: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

64

Tabela 6 – Acervo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, tombados e em

preparação, no ano de 2014

Fonte: PUC MINAS, 2015a.

Segundo a SECAC, o acervo do Museu, formado ao longo de mais de 30 anos,

tem se constituído por meio de doações individuais, projetos de levantamentos

faunísticos e florísticos, estudos ambientais (EIA/Rima), convênios e parcerias com

órgão públicos ligados ao meio ambiente (ICMBio, IEF, Fundação Zoo-Botânica, e

Cemig), permuta com empresas de consultoria ambiental e outras instituições de ensino

e pesquisa em meio ambiente. Ele é organizado em 11 coleções científicas, uma reserva

técnica e um vasto acervo expositivo. Entre 2014 e 2015, o Museu produziu 31

publicações, 25 projetos de iniciação científica, 6 trabalhos de conclusão de curso e

fomentou 51 eventos de lazer cultural. É importante mencionar que os curadores das

coleções do Museu participam dos conselhos consultivos de unidades de conservação

do estado de Minas Gerais. (PUC MINAS, 2015b).

Destaca-se, ainda, um elevado número de atividades de divulgação e

popularização científicas que se realizam em diferentes formatos: exposições

temporárias, cursos e palestras, eventos culturais, parcerias institucionais, dentre outros.

O Museu tem um auditório com capacidade para cerca de 300 pessoas e realiza

atividades acadêmicas e culturais, tais como palestras, debates e os Concertos

Dominicais Peter Lund. (PUC MINAS, 2015b).

Nos limites posteriores do terreno no qual está localizado o Museu de Ciências

Naturais, existe uma densa mata, protegida como reserva natural, cedida pela Prefeitura

Exemplares Tombados Em preparação

Briófitas 765 300

Carpoteca 69 250

Exsicatas - -

Fanerógramas 3.052 3.500

Lichen 193 -

Pteridófitas 221 50

Xiloteca 44 11

Paleontologia 60.000 20.000

Zoologia dos vertebrados

Ictiologia – peixes (lotes) 1.525 ~600

Herpetologia

Anfíbios 19.158 500

Répteis 5.788 100

Mastozoologia – mamíferos 4.016 550

Ornitologia – aves 4.124 ~200

Zoologia dos Invertebrados

Insetos 26.668 7.000

Moluscos (lotes) 445 15

Neontologia - total 61.724 8.965

Page 65: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

65

de Belo Horizonte para a PUC Minas, em regime de comodato, e é utilizada para

atividades de educação ambiental no Museu. (PUC MINAS, 2015b).

Segundo a SECAC, o contato direto com um recorte de mata atlântica e

informações sobre sua fauna e flora representam momento ímpar de sensibilização dos

públicos interno e externo em relação às questões que envolvem o meio ambiente.

Na busca pela sustentabilidade ambiental, o Museu, segundo a SECAC (PUC

MINAS, 2015b), tomou algumas iniciativas, a saber:

a) Impressão de material gráfico, ou parte dele, em papel certificado e uso da

via digital para convidar as pessoas para os diversos eventos que promove.

b) Inclusão de frases educativas alusivas à preservação do meio ambiente no

seu material de divulgação e comunicação. Além disso, as exposições

relacionadas à fauna, extinta e atual, bem como os dioramas3 do cerrado são

um apelo, contundente, em prol da conservação da biodiversidade.

c) Coleta seletiva de resíduos e sua correta destinação, e está em fase de

instalação o processamento de material proveniente de poda para fins de

compostagem.

d) Inclusão de ações educativas pertinentes à educação ambiental e educação

para a sustentabilidade em todas as suas ações (palestras, oficinas, cursos,

informações no site etc.). O próprio sentido das exposições conduz para o

entendimento da memória da vida, sua evolução e preservação.

e) Doação de banners de eventos para reciclagem, que são enviados em parte

para o projeto “Trabalhos Ecológicos de Integração Social – TEIAS”, que

desenvolve ações inovadoras de reciclagem de materiais. Outra parte é

encaminhada para a organização “Economia Solidária”, que o utiliza na

produção de bolsas.

A CPA percebe que as ações e atividades desenvolvidas pelo Museu têm se

mostrado eficazes e eficientes, pois atingem de forma direta mais de 40 mil visitantes

por ano. Isso denota que a política de responsabilidade social e ambiental da PUC

Minas está alinhada com sua missão, seus princípios, valores e visão, e em consonância

com o seu PDI 2012-2016, o que reafirma o seu compromisso com a comunidade

acadêmica, com o seu entorno e com a sociedade.

3 Modo de apresentação artística tridimensional, que de maneira realística mostra cenas da vida real para

exposição, com a finalidade de instruir e entreter.

Page 66: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

66

A SECAC, consoante com a missão da PUC Minas, e por meio da sua

Coordenadoria de Apoio Comunitário, presente em todos os campi e unidades, executa

políticas que objetivam o atendimento a discentes em situação de vulnerabilidade

socioeconômica. No que se refere à promoção da cidadania e de atenção a setores

excluídos, devem ser destacadas as ações do Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com

Necessidades Especiais (NAI), que oferece suporte didático-pedagógico a alunos

portadores de deficiências auditiva, locomotora, visual e com transtornos de

desenvolvimento e aprendizagem. Como tem por premissa a inclusão desse alunado, o

NAI oferece inúmeros recursos especializados realizados por psicopedagogos e outros

profissionais da área. Nos campi e unidades, o atendimento é feito por assistentes

sociais e estagiários do Apoio Comunitário, que encaminham as demandas à sede do

Núcleo na unidade do Coração Eucarístico.

O objetivo do NAI é articular e coordenar as ações de atendimento a discentes,

docentes e pessoal técnico-administrativo, quanto às necessidades educacionais

especiais e à inclusão. O NAI pretende manter sua atual política, buscando sempre

aprimorar o atendimento, especialmente dos alunos que dele necessitam. Pretende,

também, ampliar suas visitas aos vários órgãos e setores da PUC Minas, para dar

melhor conhecimento à comunidade acadêmica de suas atribuições e ações.

As ações institucionais do NAI têm início quando os estudantes se inscrevem no

vestibular, pois cabe a esse setor o apoio especializado a esse público (PUC MINAS,

2015b). O atendimento aos alunos já matriculados inicia-se através de seu mapeamento

por questionário disponibilizado no SGA, a partir disso o Núcleo elabora um plano de

apoio a esses discentes e fornece a coordenadores e professores a orientação necessária.

Aos portadores de déficit visual, o NAI digitaliza, formata e/ou adapta material

didático, produz e transcreve material didático para o sistema Braille (atividades,

provas, textos, gráficos, tabelas, fluxogramas etc.), transcreve o conteúdo em Braille

para tinta, produz material didático em áudio (MP3, extensão doc/PDF/ampliado),

disponibiliza áudio, descrição de filmes, imagens, telas, objetos, slides, dentre outros.

Também oferece suporte ao uso de Leitor de Tela – NVDA, dentre outros recursos.

(PUC MINAS, 2015b).

Aos alunos com déficit auditivo, o Núcleo “disponibiliza intérprete da Língua

Brasileira de Sinais (Libras) ou intérprete repetidor para aluno deficiente auditivo, que

não é usuário da Libras”. Para a efetivação de suas ações, um “profissional do NAI

Page 67: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

67

acompanha o discente nas aulas presenciais, visitas técnicas, estágios supervisionados

obrigatórios, apresentação e orientação de monografias, trabalhos de conclusão de curso

e outros, e está presente em seminários dos cursos, palestras, solenidades de formatura e

outras atividades da Universidade”. O Núcleo também promove oficinas com o objetivo

de proporcionar a professores, funcionários e alunos o conhecimento básico da Libras.

(PUC MINAS, 2015b).

O NAI mantém parceria com a Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura

(PROINFRA), com vistas a ampliar a acessibilidade arquitetônica da Instituição. Além

disso, segundo a SECAC, o Núcleo “orienta o aluno sobre rotas acessíveis e

disponibilização de elevadores e aloca o deficiente em sala acessível, disponibiliza

mobiliário adequado, tais como carteira universitária especial e mesa com altura

regulável, disponibiliza apoio de transcritor e, quando solicitada, cadeira de rodas”.

(PUC MINAS, 2015b).

Na busca pela inclusão de alunos com todos os tipos de déficits, o NAI criou, no

segundo semestre de 2014, a área de Transtornos do Desenvolvimento e Aprendizagem,

que atende ao preconizado no Decreto 7.611, de 17 de novembro de 2011, que tem

como público-alvo “pessoas com deficiência, com transtornos globais do

desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação, e na Lei 12.764, de 17 de

dezembro de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa

com Transtornos do Espectro Autista”. (PUC MINAS, 2015b). Segundo a SECAC, a

área tem também o intuito de elaborar “planos de apoio pedagógico especializado para

alunos que apresentem Transtorno do Espectro Autista, Altas

Habilidades/Superdotação, Transtorno Específico de Aprendizagem, Dislexia, Dislalia

ou Disgrafia, dentre outros”.

As ações do NAI, propostas no PDI da Universidade, buscam “conhecer as

necessidades individuais de cada aluno, acompanhar o seu desenvolvimento global e

disponibilizar o suporte necessário à sua condição especial”. (PUC MINAS, 2011, p.

68). Observa-se que as ações realizadas pelo NAI mostram a atenção contínua para a

manutenção e ampliação da assistência aos alunos com deficiência cognitiva, física,

auditiva, visual, portanto, elas evidenciam o compromisso assumido no PDI, em relação

à inclusão de pessoas com deficiência.

Segundo o relatório preenchido pela SECAC, o NAI tem ainda as seguintes

iniciativas: “ação conjunta com serviços clínicos disponíveis na Universidade; parceria

Page 68: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

68

com a Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH), no processo de recrutamento e

seleção de candidatos com deficiência, com prioridade para alunos da Universidade;

oferta de eventos informativos e de sensibilização para interessados no campo da

inclusão”. (PUC MINAS, 2015b).

A tabela 7 mostra o número de alunos atendidos em relação a deficiência

auditiva, física, visual e transtornos de aprendizagem, realizados pelo NAI, no período

de 2010 a 2015.

Tabela 7 - Número de alunos atendidos pelo NAI por necessidade

apresentada, no período de 2010 a 2015

Fonte: CPA – SECAC. PUC MINAS, 2015.

*área criada no 2º/2014.

**atendimentos feitos antes mesmo de a área ser implantada.

De 2010 até o segundo semestre de 2015, o Núcleo fez 2.800 atendimentos a

alunos, dos quais 43,46% estão relacionados com limitação locomotora (LLM), 28,18%

a distúrbios visuais e 25,86% a surdez. Na área de Transtornos, criada mais

recentemente, 2,5% do total de alunos foram atendidos no período. A CPA percebe que

o NAI, ao ampliar os tipos de atendimentos realizados, mantém a coerência com os

pressupostos indicados no PDI, ou seja, a relação com a identidade, a missão e os

valores da PUC Minas, na busca pela “formação integral de seus membros”, na

promoção do desenvolvimento humano e social, com base em valores éticos e de

ALUNOS ATENDIDOS

Período/ano Auditiva LLM Visual Transtornos* Total

1º/2010 41 85 51 - 177

2º/2010 37 85 67 - 189

1º/2011 35 94 73 - 202

2º/2011 83 121 82 - 286

1º/2012 90 117 67 -

274

2º/2012 78 122 76 -

276

1º/2013 85 119 80 - 284

2º/2013 85 111 78 10** 284

1º/2014 71 117 76 13***

277

2º/2014 60 121 67 19

267

1º/2015 59 125 72 28

284

TOTAL 724 1217 789 70 2800

Page 69: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

69

solidariedade, “mediante a produção e disseminação das ciências, das artes e da cultura”

(PUC MINAS, 2011, p. 24).

Ainda no âmbito da inclusão de pessoas com déficits auditivo, visual,

psicomotor e cognitivo, cabe destacar, igualmente, a política educacional do Museu de

Ciências Naturais, que, segundo a SECAC, “assume como diretrizes a valorização e o

respeito à sociodiversidade, tendo como meta oferecer experiências de conhecimento ao

maior e mais variado público possível”. Neste sentido, a política educacional do Museu

busca, por meio de pesquisas, alternativas diversificadas de atendimento ao público,

com o intuito de remover qualquer tipo de barreira ao conhecimento, quer sejam

relativas à infraestrutura física, linguística ou as impostas por limitações cognitivas ou

físicas. Para isso, diferentes iniciativas têm sido adotadas para aumentar a acessibilidade

das pessoas ao Museu, dentre as quais podem ser citadas as atividades pedagógicas

voltadas para deficientes visuais e o atendimento planejado a grupos com necessidades

especiais.

Com esses dados e apontamentos, evidencia-se que as ações do NAI têm, cada

vez mais, se mostrado resolutivas e eficazes, uma vez que atendem e acompanham o

discente desde o vestibular até a pós-graduação lato e stricto sensu. A implementação,

em 2014, da área de Transtornos do Desenvolvimento e Aprendizagem, potencializou a

inclusão de alunos. Também vale destacar que o Núcleo tem participado de eventos em

todos os setores da PUC Minas, de maneira a dar maior publicidade às atribuições e

iniciativas do NAI. (PUC MINAS, 2015b).

O gráfico 8 mostra a avaliação dos discentes em relação à contribuição do curso

no que diz respeito à atenção a setores excluídos e à promoção da cidadania, uma das

pautas e compromissos específicos do NAI, mas pela qual a Universidade tem se

empenhado como um todo, assim como seus cursos.

Page 70: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

70

Gráfico 8 – Avaliação do corpo discente da contribuição do curso para aspectos de

sua formação, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dos 7.127 discentes respondentes dessa questão, 23,92% avaliaram com nota 5 a

contribuição de seu curso à atenção aos setores excluídos e à promoção da cidadania,

29,38% com 4 e 27,89% com 3. Em relação à contribuição ao conhecimento das

culturas afro-brasileira, africana e indígena, 16,07% avaliaram com 5, 19,7% com 4,

24,67% com 3 e 22,79% avaliaram com 1 a contribuição do curso no alcance desse

quesito. Pode-se observar, pela avaliação dos alunos, que eles reconhecem que o curso

de graduação que frequentam contribui para o alcance da atenção aos excluídos e à

promoção da cidadania e também para o conhecimento das culturas afro-brasileiras,

africanas e indígena. O total de NR (não resposta) para a questão é de 1.944.

Buscando ampliar o acesso, o conhecimento e a visibilidade da SECAC e de

seus órgãos e setores, como o NAI, por exemplo, e

em razão de levantamento anteriores da CPA, desde 2014, além de

participações semestrais na Semana de Avaliação da PROGRAD e PRORH,

a Coordenadoria de Apoio Comunitário e o NAI têm feito visitas periódicas

aos campi, unidades acadêmicas, diretorias de Institutos e Faculdades e

colegiados de coordenação didática, de modo a dar maior e melhor

conhecimento à comunidade universitária das funções e políticas desses

setores, bem como da unicidade e otimização de suas ações, conforme

previsto no documento de criação da SECAC, aprovado pelo CONSUNI em

26 de setembro de 2008 (Resolução nº 06/2008). (PUC MINAS, 2015b).

Outra estratégia utilizada para dar visibilidade ao setor é a divulgação de todas

as atividades desenvolvidas pela SECAC em programas veiculados na PUC TV e,

eventualmente, na TV Horizonte e no Canal Futura. Há também a divulgação no Portal

Page 71: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

71

da PUC Minas e no Informativo PUC Minas, de forma destacada e muito frequente. Há

que se ressaltar a permanência, no Portal, de links relativos ao ProUni, FIES, Crédito

Rotativo, assim como à Escola de Teatro e ao Museu, entre outros órgãos da SECAC.

(PUC MINAS, 2015b).

Um outro campo de atuação da SECAC, através da Coordenadoria de Apoio

Comunitário, é o atendimento aos alunos carentes e/ou inadimplentes, e para isso aciona

sua equipe de assistentes sociais, que utilizam estudos de avaliação socioeconômica e

entrevistas para esclarecimentos sobre normas e critérios dos diversos programas de

bolsas, além de realizarem visitas domiciliares. As visitas têm o intuito de verificar “in

loco” as condições de vida, moradia e a realidade socioeconômica do aluno, com vistas

a embasar a concessão ou não de bolsa de estudos e financiamentos.

O Programa de bolsa de estudo é composto por:

a) Programa Universidade para Todos – ProUni: criado no 1º semestre de 2005

pela Lei nº 11.096, destina-se à concessão de bolsas de estudo integrais e

parciais de 50% para estudantes de instituições privadas de ensino superior,

com ou sem fins lucrativos. Entre o primeiro semestre de 2014 e o segundo

semestre de 2015, foram concedidos 6.741 benefícios do ProUni, na PUC

Minas.

b) Bolsa Institucional: esse benefício foi suspenso para concessão de novas

bolsas, no segundo semestre de 2013, mas ainda há em torno de 856

discentes usufruindo dele, na instituição.

A PUC Minas tem um projeto para acompanhamento de alunos bolsistas do

ProUni, com o intuito de orientá-los sobre a possibilidade de perda do benefício (em

casos de abandono, desistência, reprovações sucessivas), tempo de duração do benefício

versus tempo de duração do período acadêmico do aluno, e o reestudo de situações

socioeconômicas para possíveis reavaliações de bolsas. (PUC MINAS, 2015b).

Os programas de financiamento estudantil são:

a) Fundo de Financiamento Estudantil (Fies): programa de financiamento

estudantil do Governo Federal, operado desde 2010 pelo Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação – FNDE. Constituem responsabilidade dos

profissionais de cada Divisão de Apoio Comunitário da PUC Minas a

divulgação do calendário do Fies, das entrevistas, a conferência da

Page 72: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

72

documentação exigida e o encaminhamento do aluno a um agente financeiro

do Fies. Entre 2014 e 2015, foram concedidos, a alunos da PUC Minas,

4.962 financiamentos.

b) Crédito Educacional Rotativo Especial (CER): o Crédito Educacional

Especial é uma modalidade de financiamento da PUC Minas, exclusiva para

alunos com dificuldades para quitar suas mensalidades, visando prestar

ajuda para que possam acertar suas pendências financeiras e efetuar suas

matrículas para o semestre seguinte. De 2014 a 2015, foram concedidos 446

créditos desta natureza a alunos da PUC Minas.

Segundo a SECAC, as atividades desenvolvidas pela Coordenadoria de Apoio

Comunitário têm repercutido na promoção da cidadania e na atenção a setores

excluídos. O gráfico 10 mostra o número de atendimentos realizados no período de

2010 a agosto de 2015 e evidencia o crescimento no número de atendimentos realizados

pela SECAC, nos últimos cinco anos.

Gráfico 9 – Número de alunos atendidos pela Coordenadoria de Apoio

Comunitário da SECAC, nos anos de 2010 a agosto de 2015, na PUC Minas

Fonte: CPA – SECAC. PUC MINAS, 2015.

*atendimentos realizados até o mês de agosto de 2015.

A SECAC tem uma preocupação com o monitoramento e o acompanhamento de

suas iniciativas e, por isso, delega essas tarefas às coordenações de cada um dos órgãos

que a compõem e ao titular da Secretaria. Além disso, a comunidade acadêmica é

ouvida por meio dos vários setores da Universidade, os quais contribuem

Page 73: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

73

constantemente com suas críticas e sugestões. Especificamente no Museu, as atividades

voltadas para o público visitante são alvo de avaliação constante, realizada por meio de

questionário respondido por professores, alunos e visitantes e do livro de registros

disponível para todo o público. A equipe de profissionais do Museu preenche relatórios

semestrais relativos à produção e às atividades realizadas. (PUC MINAS, 2015b).

Segundo a SECAC,

embora considere significativo o volume de suas iniciativas e seu alcance,

sobretudo junto à comunidade interna, ela entende como fundamental o

fomento de suas ações nos demais campi e unidades acadêmicas. Para tanto,

discute formas de captação de recursos, uma vez que foram encerrados os

patrocínios tanto da FAPEMIG, quanto do Ministério da Cultura, os quais,

mesmo quando em fase de concessão, já se mostravam insuficientes para

atender à necessidade de expansão para além do campus sede. (PUC

MINAS, 2015b).

Desse modo, o principal desafio da SECAC é o de viabilizar incremento da

receita que permita potencializar suas ações. Para isso, ela tem promovido uma busca

incessante por novas parcerias e patrocínios, bem como apresentado projetos de

captação de recursos aos órgãos públicos nos níveis federal, estadual e municipal. (PUC

MINAS, 2015b).

2.2.5.1. Atuação da Pastoral PUC Minas

Uma outra frente de trabalho da PUC Minas que se associa ao desenvolvimento

institucional e à responsabilidade social são suas atividades de natureza confessional.

Portanto, em seu PDI consta que a “missão e a identidade da PUC Minas estão

profundamente marcadas pela tarefa evangelizadora, através da educação” (PUC

MINAS, 2011, p. 77), e para isso, a IES desenvolve atividades que explicitam a sua

dimensão confessional. O setor da Universidade envolvido com essas atividades é o

Sistema Avançado de Formação (Anima), que é um órgão do Instituto de Filosofia e

Teologia Dom João Resende Costa (IFTDJ). O Anima, além de abrigar a Pastoral PUC

Minas, tem outros seis núcleos: o Centro de Formação de Agentes de Pastoral (CEFAP),

o Núcleo de Estudos Sociopolíticos (NESP), o Centro de Geoprocessamento de

Informações e Pesquisa Pastorais e Religiosas (CEGIPAR), o Observatório da

Evangelização e o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pastoral da Cultura (NEPAC)

(PUC MINAS, 2015b).

A Pastoral PUC Minas desenvolve “atividades nas áreas de sensibilização,

Page 74: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

74

formação, ação social, avaliação e espiritualidade”, por meio de “estudos, debates,

reflexões, celebrações” e atividades que integram a Universidade com a sociedade.

(PUC MINAS, 2011, p. 80). Juntos, SECAC e Pastoral prestam assistência à

comunidade acadêmica, a colaboradores da PUC Minas ou a seus familiares em caso de

falecimento, doença grave ou situações fortuitas.

Todos os campi e unidades da PUC Minas contam com uma equipe da Pastoral.

Essas equipes estão empenhadas em potencializar suas ações, para permitir resgatar “os

valores morais e religiosos condizentes com uma postura ecumênica e cristã” e

favorecer a “atuação solidária” da comunidade acadêmica com os mais pobres. Neste

caminho, a Pastoral contribui para o cumprimento da missão da PUC Minas, estando em

consonância com o PDI, pois tem as “suas ações assentadas nos princípios cristãos e na

busca do resgate da dignidade humana, da cidadania e da ética nas relações”. (PUC

MINAS, 2011, p. 70).

As atividades da Pastoral são norteadas por quatro linhas de ação, a saber:

Diálogo, que se realiza no contexto do pluralismo religioso e cultural da sociedade

contemporânea; Testemunho, que se concretiza na cordialidade, no respeito e na

solidariedade, vivenciando os conselhos evangélicos, a correção fraterna, a

transparência nas relações e buscando a unidade dos corações; Anúncio, que consiste,

primeiramente, em reconhecer e incrementar toda e qualquer atividade que promova a

dignidade humana e outros pontos que caracterizam a Boa-Nova anunciada por Jesus,

criando espaços de trabalho conjunto e de mútua colaboração; Serviço aos mais

necessitados, que está atento à realidade social no entorno da Universidade, criando

possibilidades de desenvolvimento humano, a partir do despertar da consciência

política, cidadã e ecológica. (PUC MINAS, 2015b).

A Pastoral PUC Minas pretende atuar em comunhão efetiva com os demais

projetos da universidade (ensino, pesquisa e extensão), articulando pessoas, Instituição e

sociedade, tendo em vista a construção de um mundo mais justo e mais humano. Sendo

presença da Igreja no mundo universitário, ela é parte integrante da Pastoral do

Conjunto da Arquidiocese de Belo Horizonte e demais dioceses em que ela está

presente. O gráfico 10 retrata a resposta dos discentes da PUC Minas quanto à

participação nas atividades da Pastoral.

Page 75: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

75

Gráfico 10 – Participação nas atividades da Pastoral segundo os discentes da PUC

Minas, no segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Em relação à participação nas atividades da Pastoral, observa-se que dos 6.945

alunos que responderam a essa questão, 5,44% dos discentes da PUC Minas assinalaram

que participam delas. Quanto aos alunos que não participaram, os motivos foram:

25,34% por falta de disponibilidade de tempo; 22,68% por outro motivo não listado;

20,45% por falta de interesse; 17,21% por falta de conhecimento; e 8,88% por motivos

religiosos ou filosóficos. O total de NR (não resposta) para a questão é de 2.126.

Ressalta-se que, tendo em vista que várias atividades, promovidas pela Pastoral,

são consideradas de cunho religioso, não se pode esperar que todos os alunos que não

sejam católicos participem delas. Sabe-se que na população brasileira apenas 5%

declararam-se católicos praticantes no Censo de 2010, ou seja, justifica-se um

percentual pequeno de alunos envolvidos nessas atividades (MAYRINK, 2012).

O gráfico 11 mostra a participação nas atividades da Pastoral de alunos que

responderam sim a esse quesito na PUC Minas.

Page 76: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

76

Gráfico 11 – Participação dos discentes nas atividades da Pastoral PUC Minas, no

segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dentre os 6.945 alunos que responderam a essa questão, vê-se que a maioria

(55,02%) participa de missas; e as outras atividades foram: Campanha da Fraternidade

(15,46%), Celebrações da Páscoa e/ou do Natal (12,65%), Campanha da Solidariedade

(13,45%) e Crisma (3,41%). Destaca-se que cerca de 70% dos participantes se

envolvem em atividades de cunho religioso (missa, crisma e celebrações de Páscoa e

Natal). O total de NR (não resposta) para a questão é de 2.126.

Baptista (2014) realizou um estudo com estudantes da PUC Minas em 1990 e

outro em 2013 e uma das questões envolvia a Pastoral. Os dados coletados mostraram

que cerca de 70% dos alunos não conheciam esse setor da Instituição (em 1990, 69,4%

e, em 2013, 72,5%). Segundo o autor, no estudo de 2013, 80,3% dos discentes nunca

participaram das atividades da Pastoral, mas “33,5% têm interesse em participar de

grupos de reflexão, 43,6% têm interesse em participar de atividades em comunidades

carentes e 24,5% mostram interesse em participar de celebrações religiosas”.

(BAPTISTA, 2014, p.1217). Pode-se perceber, então, que há um número significativo

de alunos que deseja participar das atividades da Pastoral, e que talvez ainda seja

necessário investir em modos mais efetivos de divulgação de todas as atividades e não

apenas as de cunho religioso.

A Pastoral, utilizando a “metodologia ver-julgar-agir-avaliar-celebrar”,

desenvolve várias atividades nas áreas da sensibilização, formação, ação social,

avaliação e espiritualidade, como estudos, debates, reflexões, celebrações e ações que

promovem a integração entre Universidade e sociedade. A Pastoral tem frente de

trabalho e atividades em quatro pontos, a saber (PUC MINAS, 2015a):

Page 77: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

77

a) Celebrações: Celebração das Exéquias (Coração Eucarístico, Barreiro, São Gabriel,

Betim, Contagem); Celebração Ecumênica e Inter-religiosas (São Gabriel);

Celebração Eucarística – diária (Coração Eucarístico); Celebração Eucarística

(Betim, Contagem); Grupo de Oração Universitário – GOU (Coração Eucarístico,

Barreiro, Poços de Caldas); Missa especial de Páscoa (Coração Eucarístico,

Barreiro, São Gabriel); Missa especial para os professores (Coração Eucarístico);

Missa especial de Natal (Coração Eucarístico); Missas semanais (Poços de Caldas);

Momento de Adoração ao Santíssimo (Contagem); Momento de Oração com

alunos (Betim); Novena de Natal (Barreiro); O espaço da Pastoral (Capela) aberta,

para os estudantes (Contagem).

b) Cursos: Curso de Liturgia de Missa (Poços de Caldas); Encontro de formação

humana para funcionários da Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura (Coração

Eucarístico); Grupo de Estudos Bíblicos (Poços de Caldas); Oficina de Oração e

Vida (Poços de Caldas); Palestras sobre mística (Poços de Caldas).

c) Eventos: Acolhida aos Calouros (Coração Eucarístico, Betim); Acolhida Solidária

(Praça da Liberdade); Apoio à PUC Aberta (Coração Eucarístico, São Gabriel);

Café da Manhã – atividade com professores e alunos do curso de Ciências

Contábeis (São Gabriel); Campanha da Fraternidade (Coração Eucarístico,

Barreiro, São Gabriel, Betim, Contagem, Poços de Caldas); Campanha da

Solidariedade (Coração Eucarístico, Praça da Liberdade, Barreiro, São Gabriel,

Betim); Campanha do Agasalho (Praça da Liberdade); Campanha para a Semana da

Criança (Praça da Liberdade); Confraternização de Natal (São Gabriel); Eleição

Consciente (São Gabriel); Encontro de formação e espiritualidade para funcionários

(Betim); V Jornada Dom Helder Câmara (Barreiro); Natal Solidário – Beira Linha

na PUC Minas (São Gabriel); Natal Solidário (Betim); Outras Margens – reflexão e

espiritualidade para professores (Coração Eucarístico); Palestra: Conscientização

sobre o Tráfico Humano (Praça da Liberdade); Participação na organização e

execução: Jornada de Confraternização de Final de Semestre (Contagem);

Reciclagem de Papéis (São Gabriel); Retiro Espiritual (Betim e Poços de Caldas);

Semana de Ciência, Arte e Política – SCAP (São Gabriel).

d) Diversos: Ações de formação humana voltadas para os funcionários da PUC Minas;

Adoração ao Santíssimo Sacramento (Barreiro, São Gabriel, Poços de Caldas);

Atendimento de confissão e orientação (Coração Eucarístico, Barreiro, São Gabriel,

Page 78: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

78

Betim, Contagem, Poços de Caldas); Atividades de espiritualidade (São Gabriel);

Atividades em parceria com a Arquidiocese/Pastoral Carcerária Ação Social e

Jurídica (Coração Eucarístico); Conselho Pastoral da unidade (São Gabriel);

Convite aos cristãos para refletir sobre igualdade, solidariedade, união das culturas

e religiões (São Gabriel); Grupo de Trabalho Interdisciplinar sobre Ocupações

Urbanas (Coração Eucarístico); Leitura e encaminhamentos das cartas das pessoas

privadas de liberdade (presos, egressos e familiares) (Praça da Liberdade); Liturgias

da Palavra (São Gabriel); Orientação para as comissões de formaturas (Coração

Eucarístico); Participação do Conselho Acadêmico Administrativo (São Gabriel);

Preparação para a Crisma (Coração Eucarístico); Presença em datas comemorativas

(Coração Eucarístico); Preparação para a Crisma (Coração Eucarístico); Presença

em datas comemorativas (Coração Eucarístico); Projeto: Beira Linha (São Gabriel);

Projeto: Café Interativo (Barreiro); Projeto: Cruz Vermelha (Barreiro); Projeto:

Cuidando da Pessoa Privada de Liberdade (Praça da Liberdade); Projeto: Encontro

de Convivência Solidária (Barreiro); Projeto: Ponto de Informação para Juventude

(São Gabriel); Visitas às unidades prisionais (Praça da Liberdade).

A Pastoral PUC Minas está empenhada em potencializar as suas ações junto à

comunidade acadêmica e, para isso, tem desenvolvido várias atividades de

sensibilização, formação, ação social e espiritual, para que seja promovida cada vez

mais a integração na Universidade e com a comunidade do seu entorno.

2.2.5.2. Serviços Prestados à Comunidade Externa

Considerando as atividades desenvolvidas e oferecidas pela PUC Minas à

comunidade externa, destacam-se os serviços prestados pelas Clínicas de Fisioterapia,

Centro Clínico de Fonoaudiologia, Clínica de Odontologia, Clínicas de Psicologia,

Hospitais Veterinários e Serviço de Assistência Judiciária (SAJ). Essas atividades estão

alinhadas à formação dos alunos, ou seja, ao ensino, à pesquisa e à extensão e

demonstram o compromisso institucional com a sua atuação junto à sociedade, como

um dos desdobramentos de sua proposta de responsabilidade social.

As Clínicas de Fisioterapia da PUC Minas prestam atendimento de qualidade à

população carente e também contribuem para a formação prática dos alunos. A PUC

Page 79: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

79

Minas possui três centros clínicos que estão situados no Coração Eucarístico, em Betim,

e o terceiro em Poços de Caldas, vinculados aos três cursos de graduação em

Fisioterapia oferecidos pela Universidade. As clínicas prestam atendimentos por meio

de convênio firmado entre a PUC Minas e o Sistema Único de Saúde (SUS), e atendem

usuários do sistema de saúde, professores, alunos e funcionários. (PUC MINAS,

2015d).

Em 2014, as Clínicas de Fisioterapia atenderam 1.761 pacientes e realizaram

26.357 sessões. Os atendimentos abrangeram as áreas uroginecológica e obstétrica,

neurológica, ortopédica, cardiovascular, respiratória, geriátrica e pediátrica (PUC

MINAS, 2015d).

A Clínica de Fisioterapia do Coração Eucarístico é também utilizada para

projetos e atividades de extensão e pesquisa do próprio curso e de outros cursos da

Instituição. As disciplinas de estágio obrigatório do curso de Fisioterapia permitem que

os alunos prestem atendimento aos pacientes da Associação Mineira de Reabilitação, do

Hospital da Santa Casa de Belo Horizonte, do Hospital Madre Teresa e em Unidades

Básicas de Saúde da cidade de Belo Horizonte. (PUC MINAS, 2015d).

A Clínica de Fisioterapia de Betim recebe usuários do Centro de Referência em

Reabilitação Anderson Gomes de Freitas, e os alunos também prestam atendimento aos

pacientes do Hospital Regional de Betim, da Maternidade Municipal de Betim, da

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e de Unidades Básicas de Saúde

do município. (PUC MINAS, 2015d).

A Clínica de Fisioterapia da unidade da cidade de Poços de Caldas, através dos

alunos, desenvolve atividades na Apae, no Balneário Mario Mourão e Thermas Antônio

Carlos (sessões de hidroterapia), na Associação Atlética Caldense (fisioterapia

desportiva), e atende a comunidade através da Clínica de Pilates, que, em 2014, atendeu

57 pacientes. (PUC MINAS, 2015d).

Em 2014, 8.743 pessoas foram beneficiadas com os projetos realizados pelos

alunos dos cursos de graduação em Fisioterapia da PUC Minas. As pessoas atendidas

têm relação com pelo menos um dos 20 projetos dos cursos e deles participam alunos,

professores e funcionários, que muitas vezes integram mais de um projeto. (PUC

MINAS, 2015d).

O Centro Clínico de Fonoaudiologia, vinculado ao curso de graduação em

Fonoaudiologia da unidade Coração Eucarístico, possui uma estrutura física de 604m2 e

Page 80: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

80

capacidade para atender 150 pacientes por dia. Os atendimentos realizados abrangem as

áreas de distúrbios neurológicos, temporomandibulares, fala, gerontologia e geriatria,

linguagem oral e escrita, estética facial, saúde vocal, voz e audiologia, e também há a

prestação de serviços no Programa de Atenção à Saúde Auditiva, de média

complexidade, por meio de um credenciamento junto ao Ministério da Saúde. (PUC

MINAS, 2015d).

Em 2014, o Centro Clínico atendeu 438 pacientes e realizou 2.500 sessões. Os

atendimentos, neste ano, passaram a ser organizados conforme as disciplinas de estágios

obrigatórios, em grandes áreas, e, em consequência, os registros dos atendimentos

passaram a ser agrupados em fonoaudiologia clínica – fonoterapia ou audiologia – e

exames audiológicos. (PUC MINAS, 2015d).

Assim como acontece com os alunos dos cursos de Fisioterapia, os do curso de

Fonoaudiologia realizam atividades relacionadas ao estágio obrigatório e prestam

atendimento às pessoas mediante convênios celebrados entre a PUC Minas, hospitais,

serviços de saúde (públicos e privados), unidades produtoras de refeição. No ano de

2014 foram beneficiados com esses atendimentos 256 pessoas. (PUC MINAS, 2015d).

A Clínica de Nutrição, vinculada ao curso de Nutrição da unidade do Barreiro,

em parceria com o curso de Enfermagem da mesma unidade, presta atendimentos

relacionados aos cuidados nutricionais, alimentação saudável, controle do Diabetes

Mellitus, orientações nutricionais e incentivo à amamentação e, para isso, trabalha-se

com gestantes no primeiro e no sétimo mês de gravidez. (PUC MINAS, 2015d).

No ano de 2014, a Clínica de Nutrição realizou 401 atendimentos, dos quais

52,62% (211) foram individuais. A Clínica de Nutrição é constituída por um espaço

com seis consultórios de atendimento individual e uma sala para atendimento de grupos,

dotados de modernos equipamentos para avaliação, diagnóstico e acompanhamento

nutricional. Os alunos, sob a orientação de professores, realizam atendimentos a

indivíduos e grupos da comunidade acadêmica e da população em geral. (PUC MINAS,

2015d).

A Clínica de Odontologia da PUC Minas é do curso de Odontologia da unidade

Coração Eucarístico, e os atendimentos realizados estão vinculados ao SUS e ao

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-Saúde),

dos Ministérios da Saúde e da Educação. É a partir desses atendimentos que se institui

um mecanismo de referência e contrarreferência com as clínicas de especialidades

Page 81: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

81

básicas da Odontologia. Os laboratórios da Clínica Odontológica atendem, também, às

atividades dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (PUC MINAS, 2015d).

Em 2014, a Clínica de Odontologia recebeu quase cinco mil pacientes e realizou

20.298 sessões. Os atendimentos foram nas especialidades de Cirurgia, Clínica de

biossegurança, Clínica de Odontologia, Dentística, Dores e disfunções

temporomandibulares, Endodontia, Estomatologia, Implante, Integrada,

Odontopediatria, Ortodontia, Periodontia, Prótese, Urgência. No curso de Odontologia,

os alunos realizam atendimentos internos, através da Clínica de Pronto Atendimento

Odontopediátrico e Manutenção Preventiva (Pamp), que visa à consulta clínica pré-

escolar e escolar, com enfoque preventivo, promovendo medidas de orientação e

educação em saúde bucal, voltadas para crianças e pais. Eles realizam, também,

atendimentos clínicos de urgência e emergência a pacientes do Departamento de

Odontologia da PUC Minas e atendimentos na Clínica de Extensão em Endodontia, para

a realização de tratamento endodôntico de molares, através de instrumentação rotatória

de níquel-titânio. (PUC MINAS, 2015d).

A PUC Minas possui cinco Clínicas de Psicologia, localizadas nas unidades de

Arcos, Betim, Coração Eucarístico, Poços de Caldas e São Gabriel, e, em 2014, elas

atenderam quase dois mil pacientes e realizaram mais de 16 mil sessões, nas diversas

modalidades de psicoterapia, avaliação psicológica, intervenções clínicas em diferentes

contextos, urgência subjetiva, assistência psicológica e psicopedagógica aos discentes

da Instituição e, principalmente, à comunidade externa. (PUC MINAS, 2015d).

Os alunos dos cursos de Psicologia realizam atividades de estágio obrigatório

nas Clínicas de Psicologia, mas também fazem atendimentos externos, mediante

convênios celebrados entre a PUC Minas, empresas e instituições das redes pública e

privada e as Unidades Básicas da rede municipal, sendo esses convênios gerenciados

pelas Clínicas de Psicologia e pelos setores de Estágio dos cursos de Psicologia. No ano

de 2014, as Clínicas de Psicologia atenderam 14.977 pessoas e 49 instituições nos

atendimentos externos. Dos atendimentos realizados, 58,18% foram no Coração

Eucarístico, 17,20% em Poços de Caldas e 11,93% no São Gabriel. Os atendimentos

envolveram professores, alunos e funcionários, que participam, muitas vezes, de vários

projetos em uma mesma unidade (PUC MINAS, 2015d).

A PUC Minas possui, também, dois hospitais veterinários, um em Betim e outro

em Poços de Caldas, vinculados aos dois cursos de graduação em Medicina Veterinária

Page 82: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

82

da Universidade, que, além de subsidiarem as aulas práticas, permitem o atendimento

aos animais (de pequeno, médio e grande portes) da comunidade do seu entorno. O

Hospital Veterinário de Betim tem 2.857 m2

de área construída, em um terreno de

5.000m2, cedido pela Prefeitura Municipal, e lá funcionam ambulatórios, área de

soroterapia, centro cirúrgico, setor de diagnósticos por imagem (radiologia,

ultrassonografia e endoscopia), laboratórios de análises clínicas e anatomopatológicas,

além de centro para internação de animais de pequeno, médio e grande portes. O bem-

estar dos animais e a qualidade de ensino são prioridades no respectivo hospital-escola,

que realiza cerca de 800 procedimentos mensalmente. (PUC MINAS, 2015d).

O Hospital Veterinário de Poços de Caldas, com 2.726m2 de área construída, em

um terreno de 18.123m2, é referência na Região Sul de Minas Gerais. Nele, funcionam

ambulatórios, área de fluidoterapia, centro cirúrgico de pequenos e grandes animais,

setor de diagnóstico por imagem (radiologia, ultrassonografia e endoscopia), laboratório

de reprodução animal e laboratórios de análises clínicas e patológicas. O Hospital

possui, ainda, um Centro Zootécnico, com criações modulares de caprinos, bovinos com

aptidões leiteiras e aves de corte e postura. (PUC MINAS, 2015d).

Em 2014, o Hospital Veterinário de Betim realizou 9.943 procedimentos, e o de

Poços de Caldas, 5.345, divididos em quatro modalidades: ambulatório clínico, bloco

cirúrgico, diagnóstico por imagem e patologia clínica. Essas intervenções permitem aos

discentes, orientados pelos docentes, a articulação entre teoria e prática no processo de

ensino e aprendizagem, além de prestarem auxílio à comunidade do entorno, na busca

pela qualidade da saúde dos animais.

Os cursos de Direito da PUC Minas também atendem pessoas carentes da

comunidade, fortalecendo sua organização e o exercício da cidadania. Para isso,

oferecem aos alunos atividades de estágio obrigatório de advocacia, por meio do

atendimento no Serviço de Assistência Judiciária, sob a supervisão direta dos

professores, nos campi de Belo Horizonte (unidades no Coração Eucarístico, Barreiro,

São Gabriel), Betim, Contagem, Arcos, Poços de Caldas e Serro. Os alunos do curso

realizam, também, atividades de estágio obrigatório mediante convênios celebrados

entre PUC Minas e escritórios de advocacia, órgãos do poder judiciário e empresas

privadas. No ano de 2014, os SAJ’s atenderam 3.831 pessoas. (PUC MINAS, 2015d).

A PUC Minas reconhece o esporte como um canal de socialização, promoção da

saúde e inclusão social, o que se coaduna com suas ideias de responsabilidade social.

Page 83: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

83

Para isso, ela mantém um Complexo Esportivo que abriga, desde 2007, o Centro

Olímpico da PUC Minas, que terá em 2016 a sua pista de atletismo cedida ao Comitê

Organizador das Olimpíadas. O complexo busca gerar projetos relacionados com o

esporte, com o desenvolvimento da comunidade acadêmica e da sociedade, permitindo a

melhoria de sua qualidade de vida.

O Complexo Esportivo da PUC Minas (CE) é vinculado ao Instituto de Ciências

Biológicas e da Saúde (ICBS), e tem como atividade central a gestão dos projetos de

esporte e lazer da Universidade. As atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas

no Complexo são organizadas conforme o Calendário Acadêmico, em função das

demandas do ICBS e dos cronogramas e projetos apresentados pelos demais setores da

Universidade. (PUC Minas, 2015d).

No mês de março, foi implantado o Sistema Eletrônico de Controle de Acesso

(FORacesso), que contribuiu para a melhoria da segurança da comunidade acadêmica

que frequenta o Complexo. O gráfico 12 mostra a frequência no Complexo Esportivo e

no Centro Olímpico, no ano de 2014.

Gráfico 12 - Frequência ao Complexo Esportivo e Centro Olímpico em

2014

Fonte: PUC MINAS, 2015a.

No ano de 2014, o Complexo Esportivo recebeu 233.715 pessoas, entre alunos,

funcionários, professores, visitantes e associados a academias. Pode-se notar que os

meses em que a frequência diminui são junho, julho e dezembro, o que pode ser

justificado pelo período de férias.

O Complexo Esportivo também desenvolve projetos com a comunidade e seu

entorno, a saber (PUC MINAS, 2015d):

Page 84: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

84

a) Projeto Criança Esperança – projeto social fruto da parceria com a Rede Globo, a

Unesco, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Sociedade Mineira de Cultura/PUC

Minas. O uso do CE é uma forma de garantir ao jovem o seu direito constitucional de

acesso a atividades esportivas. Em 2014, 100 atletas realizaram treinamento nas

modalidades de basquete, voleibol, futsal, ginástica, natação e atletismo no

Complexo Esportivo.

b) Atletismo na PUC Minas – projeto desenvolvido pelo Departamento de Educação

Física, com o apoio técnico/operacional da Equipe de Gestão do Complexo

Esportivo. Refere-se a uma ação direcionada para crianças e adolescentes, entre 09 e

17 anos, em que são desenvolvidas atividades de iniciação ao atletismo, visando à

mobilização e formação de praticantes. A proposta tem como objetivo contribuir com

a melhoria da qualidade de vida das crianças, adolescentes e jovens participantes,

através da prática regular da modalidade.

c) Educação Esportiva – objetiva oferecer à comunidade acadêmica e à comunidade em

geral um espaço ligado ao conhecimento, prática e estudo da cultura do movimento,

visando à construção de uma filosofia voltada para a qualidade de vida e para a

experiência socioeducativa democrática, crítica e transformadora para e pelo esporte.

d) Educação, Adolescentes e Futebol – projeto em interface com a pesquisa científica

na área da Educação e no ensino de competências e habilidades para o exercício da

cidadania, no âmbito do lazer e da saúde, por meio da vivência qualificada e crítica

do futebol de campo. O trabalho consiste em propiciar a adolescentes que estudam

em escolas públicas de Belo Horizonte momentos de formação conceitual,

procedimental e atitudinal sobre educação para o lazer, para a promoção da saúde e

para o exercício da cidadania. Para tanto, são realizados encontros para práticas de

futebol de campo, oficinas, palestras e filmes nas dependências do Complexo

Esportivo.

e) Ensino de Práticas Corporais na Educação Infantil: articulando a formação inicial e

continuada na/para saúde – projeto desenvolvido pelo Departamento de Educação

Física, com o apoio técnico/operacional da Equipe de Gestão do Complexo

Esportivo. Tem como objetivo ampliar a inclusão de crianças em vivências lúdicas e

educativas diversificadas. Atende em torno de 100 crianças entre 03 a 05 anos da

Creche Bom Pastor.

f) Qualidade de Vida Para Todos – destinado a pessoas com deficiência visual, física,

Page 85: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

85

intelectual, auditiva ou múltipla, moradores ou não da Região do Coração

Eucarístico. Tem como objetivo possibilitar a essas pessoas, historicamente excluídas

da sociedade e das vivências desportivas relacionadas às práticas corporais, acesso a

uma prática regular de atividade física em ambiente aquático, possibilitando a

formação de hábitos que contribuam para a melhoria de sua qualidade de vida.

As atividades e projetos realizados permitem afirmar que o Complexo Esportivo

é um dos espaços de valorização das atividades de responsabilidade social da PUC

Minas, por contribuir com a transformação da sociedade e com a construção do

conhecimento nas áreas ligadas ao esporte, à saúde e à cidadania.

Desse modo, fica evidente que as atividades científicas, técnicas, artísticas,

culturais e desportivas realizadas pela PUC Minas estão coerentes com o proposto no

seu PDI e contribuem para a transferência de conhecimento, para o desenvolvimento

humano e social, para a promoção da saúde e a prevenção de doenças, para o

desenvolvimento regional e nacional, para a promoção da cidadania e de atenção a

setores excluídos.

2.2.5.3. Formação dos alunos e Responsabilidade Social

Além das atividades que são realizadas pela PUC Minas nas comunidades

acadêmicas e no seu entorno, outra grande questão é a preocupação com o meio

ambiente. A Instituição, ciente do impacto da responsabilidade ambiental na vida das

pessoas e do planeta, prevê no seu PDI a sistematização de ações que fortaleçam as

políticas públicas e internacionais ligadas à sustentabilidade ambiental. (PUC MINAS,

2011). No gráfico 13 é apresentada a avaliação feita pelo corpo discente no que diz

respeito à contribuição do curso que frequentam, ao desenvolvimento de ações voltadas

para a questão ambiental.

Page 86: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

86

Gráfico 13 – Avaliação do corpo discente da contribuição do curso para as ações

voltadas para a questão ambiental, no segundo semestre de 2014 e primeiro

semestre de 2015

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dos 7.127 discentes que responderam a essa questão no questionário de

avaliação institucional, 18,35% avaliaram com nota 5 a contribuição do curso ao

desenvolvimento de ações voltadas para a questão ambiental, 24,85% avaliaram com 4 e

27,33% com 3. Portanto, observa-se que os cursos da PUC Minas têm contribuído para

a discussão de questões que envolvem o meio ambiente. Assim como a responsabilidade

social, a política ambiental da PUC Minas está alinhada com o seu PDI 2012-2016. O

total de NR (não resposta) para a questão é de 1.944.

2.2.6. Internacionalização

Nessa seção, busca-se analisar a coerência entre o PDI e as atividades voltadas

para a cooperação, intercâmbio e programas com finalidades de internacionalização da

Universidade. Para tal foram realizados procedimentos de leitura e consulta a

documentos institucionais, análise e utilização de roteiros preenchidos pelos setores

responsáveis para, então, fazer a apresentação dos dados a seguir.

Há mais de 40 anos a PUC Minas está integrada ao processo de

internacionalização, desenvolvendo convênios com instituições estrangeiras de ensino e

de pesquisa, com organismos internacionais e também com instituições privadas, cujos

objetivos sejam condizentes com a colaboração internacional. A Assessoria de Relações

Internacionais (ARI), órgão pertencente à SEPLAN, tem como finalidade desenvolver,

orientar e promover a política de internacionalização da PUC Minas. A essa assessoria

Page 87: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

87

compete “atuar no fomento e na supervisão das ações de internacionalização, por meio

da gestão da informação e do relacionamento internacional com instituições de ensino,

com vistas à busca de alternativas de suporte e financiamento para ações de cooperação

e intercâmbio” para alunos, professores e funcionários. (PUC MINAS, 2011, p. 91).

Segundo o PDI, as ações que efetivam o processo de internacionalização

consolidam-se em uma vertente acadêmica e outra organizacional e dividem-se em

Programas Acadêmicos e Suporte de Projetos. Desse modo, além de convênios, a ARI

apoia as unidades, órgãos, faculdades e departamentos da PUC Minas, na elaboração de

projetos para obtenção de financiamentos que possibilitem o efetivo intercâmbio dos

corpos discente e docente, e dos funcionários dispostos a enriquecer o universo do

ensino, da pesquisa e da extensão, na dimensão extraterritorial. Ela também busca

coadunar suas ações com as diretrizes dos órgãos de educação, ciência, tecnologia e de

relações exteriores do governo federal, especialmente no que tange aos acordos de

cooperação internacional, firmados no âmbito da União.

A PUC Minas vem ampliando as ações institucionais voltadas para a

cooperação, intercâmbio e programas, com finalidade de implementar a

internacionalização entre a Universidade e os outros países. Conforme estabelecido no

PDI, a busca de parcerias é dirigida “não apenas à internacionalização dos currículos de

graduação, mas também de pós-graduação, lato e stricto sensu, além de ofertas de

seminários e workshops dentro da Universidade, visando à internacionalização”. (PUC

Minas, 2011, p. 92).

A PUC Minas celebrou convênios de cooperação técnica e científica com mais

de 155 instituições em 2014, o que permitiu o intercâmbio de 118 alunos de graduação.

Além disso, a universidade recebeu 103 alunos estrangeiros, e 553 alunos foram

aprovados no Programa Ciência sem Fronteiras no ano de 2014. (PUC MINAS, 2015a).

A CPA destaca a tendência e o potencial da PUC Minas para atividades de

internacionalização e a capacidade demonstrada para projetar e realizar ações com essa

intenção. Portanto, entende-se que o conjunto de temas que constituem a

Internacionalização tem evoluído, mantendo coerência com as diretrizes do PDI. Nesse

sentido, a CPA reforça a avaliação positiva da evolução do tema, destacando a

relevância da sustentação das ações em desenvolvimento, visando estimular ainda mais

o processo de internacionalização de forma coerente com os propósitos institucionais.

Page 88: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

88

2.2.7. Potencialidades percebidas nas descrições do Eixo II

Presença da concepção e diretrizes gerais da extensão universitária na

explicitação da missão institucional, reforçando sua natureza confessional e

comunitária.

Existência de órgãos colegiados de extensão, resultando em estrutura de

funcionamento descentralizada e participativa.

Existência de orçamento e edital próprio para fomento de projetos

extensionistas.

A PROPPG vem intensificando suas ações para oferecer à comunidade

acadêmica resultados cada vez mais consistentes e que expressem a realidade

institucional e o que é proposto no PDI da Universidade.

Os resultados produzidos pela PROPPG e a relação de suas ações com o PDI e

os demais setores e públicos que envolvem toda a Instituição consolidam a

pesquisa na PUC Minas.

O compromisso com a pesquisa é evidenciado pelo fomento de recursos próprios

ao financiar projetos e bolsa de iniciação cientifica, através de editais e

orçamento próprios.

Crescimento da pós-graduação na Instituição.

A responsabilidade social da PUC Minas está incorporada ao seu PDI.

O ensino, a pesquisa e a extensão possibilitam o cumprimento da

responsabilidade social da Instituição.

A política de responsabilidade social da PUC Minas está alinhada com sua

missão, seus princípios, valores e visão, e consoante com o seu PDI, o que

reafirma o seu compromisso com a comunidade acadêmica, com o seu entorno e

com a sociedade.

O PDI reafirma o compromisso com a manutenção e o aprimoramento da

política de acesso a benefícios a alunos, retratado no trabalho desenvolvido pela

Coordenadoria de Apoio Comunitário.

Crescimento da assistência ofertada pelo NAI, que se destaca por suas políticas

de inclusão e maior inserção nos cursos da PUC Minas.

O NAI tem aprofundado suas parcerias, expandido as visitas realizadas, indo

além dos colegiados de curso e atingindo, por meio de encontros, institutos,

Page 89: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

89

faculdades, campi, unidades e demais setores da PUC Minas.

O NAI oferece suporte didático-pedagógico a alunos portadores de deficiências

auditiva, locomotora, visual e com Transtornos de Desenvolvimento e

Aprendizagem.

A Escola de Teatro tem expandido seus serviços às comunidades interna e

externa, aproximando-as da arte e da cultura.

O Museu de Ciências Naturais está consolidado como um espaço de preservação

e educação ambiental, tornando-se referência para a preservação do patrimônio

histórico e cultural do Brasil e tem potencial de ampliação do público visitante e,

consequentemente, do trabalho de educação e popularização científica.

A ampliação do processo de disseminação do conhecimento é reforçada pelas

ações e atividades da PUC TV.

O Complexo Esportivo consolida-se como mais um espaço de responsabilidade

social da PUC Minas.

2.2.8. Necessidades e desafios detectados nas descrições do Eixo II

Fortalecer os processos de formação da comunidade técnico-acadêmica,

permitindo a ampla divulgação da política de Extensão bem como o

desenvolvimento de metodologias e estratégias para incorporação dessa

atividade-fim ao cotidiano das atividades dos cursos.

Estreitamento do diálogo da PROEX com a PROGRAD, no sentido de viabilizar

e favorecer a incorporação da extensão nas práticas acadêmicas curriculares.

Proporcionar mais apoio ao professor de graduação, com estímulo à divulgação

de trabalhos e participação em eventos acadêmicos.

Tornar claros as ações e os eventos realizados pela Pastoral bem como a sua

inserção nas atividades artísticas e culturais da PUC Minas.

Expansão da capacidade de recebimento de discentes e pesquisadores

estrangeiros na instituição, por exemplo, incremento de aulas ministradas em

outros idiomas.

Divulgação e incentivo à participação de docentes, pesquisadores e discentes da

PUC Minas em cursos de idiomas – língua inglesa e outras línguas –,

imprescindíveis para o incremento da internacionalização.

Page 90: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

90

2.3. Eixo 3 – Políticas Acadêmicas

Esse eixo contempla diferentes dimensões do SINAES, mas neste Relatório

parcial considera-se apenas a dimensão 4 (Comunicação com a Sociedade) e alguns

aspectos da dimensão 9 (políticas de Atendimento aos Discentes – especificamente,

políticas de acompanhamento de egressos).

2.3.1. Comunicação com a sociedade

Para análise da comunicação da Instituição com as comunidades externa e

interna, foram realizadas leitura e análise de documentos, utilizado roteiro

contemplando alguns aspectos da avaliação institucional – enviado à Secretaria de

Comunicação (SECOM), que respondeu via e-mail –, feitas reuniões durante a escrita

do Relatório, para conferência e validação dos dados e consequente apresentação dos

resultados.

A SECOM é o órgão responsável pela comunicação da PUC Minas e, em

conformidade com o PDI 2012-2016 (2011), por atuar cotidianamente, observando os

objetivos e metas estabelecidos nas diretrizes do Planejamento Institucional para a área.

Tem o propósito de levar à comunidade externa, e principalmente à interna, informações

relevantes a respeito do conhecimento nela produzido, como forma de contribuir para

uma sociedade mais esclarecida e justa.

Na busca da concretização da missão institucional, a Secretaria de Comunicação

está envolvida no trabalho cotidiano de apoio aos mais diversos setores acadêmicos e

administrativos da Universidade, com a oferta de serviços e soluções especializadas.

Essa dinâmica tem por objetivo principal facilitar o fluxo e a socialização dos mais

diversos tipos de informação e convergir com o que estabelece o PDI (2012-2016):

A política de comunicação tem como parâmetros e critérios principais a

busca da qualidade, agilidade e transparência das informações de interesse de

toda a comunidade acadêmica, valorizado aí não apenas o aspecto

informacional, mas, em especial, o avanço nas estratégias de relacionamento

com os públicos envolvidos. (PUCMINAS, 2011, p.64)

A SECOM desenvolve trabalhos buscando ampliar e fortalecer a imagem

institucional da PUC Minas, por meio das assessorias de imprensa, de publicidade, de

relações públicas, da Central de Informações e do Portal da PUC Minas. Tem papel e

lugar estratégicos no processo de gestão comunicacional da Instituição. Nesse sentido,

todos os esforços das áreas que compõem a Comunicação Institucional (Relações

Page 91: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

91

Públicas, Publicidade, Imprensa, Portal e Central de Informações) se dão no sentido de

considerar que a comunicação é um mecanismo estratégico, alinhado com a missão,

identidade, princípios e visão da PUC Minas.

A tipologia de informações veiculadas pela SECOM é coerente com sua missão

e inclui os aspectos que abarcam os processos e dimensões institucionais. Por ela são

tratadas informações de natureza acadêmica, administrativa e de interesse geral, que são

divulgadas por diversos canais de comunicação utilizados para fortalecer a comunicação

interna e externa da PUC Minas, a saber:

a) Newsletter Canal Aberto (Reitoria): boletim para o contato do Reitor com a

comunidade acadêmica local, com periodicidade bimestral.

b) Newsletter Espaço Aberto (Pró-reitorias): boletim para o contato do Pró-reitor

com a comunidade acadêmica local, com versão impressa e por meio eletrônico

e com periodicidade bimestral.

c) PUC Informa: canal de comunicação produzido semanalmente em versão

eletrônica para professores, alunos e funcionários da Universidade com

divulgação de eventos e notícias institucionais de interesse de toda a

comunidade acadêmica, como recebimentos de prêmios de alunos e professores

e da própria Instituição; novos cursos, pesquisas desenvolvidas, projetos de

extensão, lançamentos de livros da Editora PUC Minas, defesas de dissertações

e teses da semana, ampliação e melhoria da infraestrutura, dentre outros. É

disponibilizada, também, uma versão em áudio do PUC Informa, assim, a

Universidade promove o acesso à informação às pessoas com deficiência visual.

d) Agenda das Unidades: cada unidade faz a divulgação de eventos/atividades e

notícias, com periodicidade semanal. É produzido pelas assessorias das unidades

e campi e direcionada aos professores, alunos e funcionários. São divulgados

notícias de congressos, seminários, simpósios, apresentações de trabalhos

acadêmicos, atividades culturais, projetos de extensão, pesquisa, prêmios em

geral, parcerias, lançamentos de livros, informações sobre formaturas, pós-

graduação, ensino à distância, dentre outras. Na PUC Minas Virtual, o Agenda

tem o nome de “Sem distância”.

e) No ponto: boletim dedicado aos funcionários técnico-administrativos, com

divulgação de atividades, eventos e ações da Universidade que são de interesse

dos seus funcionários. Possui versão impressa (afixada nos murais) e on-line

Page 92: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

92

(mais completa), com periodicidade mensal.

f) Folha do Professor: dedicada aos docentes e distribuída semanalmente,

juntamente com as listas de presença.

g) Quadro de avisos: alimentado sempre que há necessidade de renovação de

conteúdos. Hoje os quadros da PUC Minas, presentes em todas as unidades,

obedecem a uma política de visibilidade, com a categorização dos quadros:

Quadros institucionais: utilizados como um canal oficial de

informação destinado aos funcionários, de forma a permitir a

circulação das informações. É utilizado também como ferramenta

para divulgação da missão, valores e visão da PUC Minas.

Quadros de aviso “É bom saber”: destinados à divulgação geral,

obedecem a requisitos expostos na normatização, sendo de

responsabilidade da Secretaria de Comunicação, por meio de suas

assessorias.

Quadros de aviso de setores: destinados à divulgação de informações

pertinentes a determinado setor e suas rotinas, obedecendo a

requisitos expostos na normatização, sendo de responsabilidade do

setor o conteúdo das informações.

h) Outlook: disparo de email-marketing internos, avisos administrativos,

mensagens gerais da Reitoria e comunicados da Secretaria Geral e da SECOM.

i) O SGA também possui uma área de notícias alimentada pela SECOM e voltada

para alunos e professores.

j) Revista PUC Minas: o público interno recebe a versão impressa e eletrônica,

com periodicidade semestral. É o canal de comunicação que divulga notícias e

reportagens sobre atividades da Universidade em suas áreas de ensino, pesquisa

e extensão, como também sobre grandes temas da atualidade, em reportagens,

entrevistas e artigos. Possui versão impressa, distribuída para 18 mil assinantes,

e versão eletrônica, disponibilizada no Portal, na área da Sala de Imprensa,

desde o primeiro semestre de 2015.

k) Boletim Com Você – Instituto de Educação Continuada: informativo mensal

criado para todos os alunos de graduação da PUC Minas matriculados nos

últimos períodos de seus cursos, alunos e ex-alunos de pós-graduação, com

matérias relacionadas ao mercado de trabalho.

Page 93: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

93

l) A Central de Informações da PUC Minas faz atendimentos presenciais, por

telefone e via web, esclarecendo dúvidas, prestando informações e

estabelecendo diálogo permanente e direto entre a Universidade e seus públicos

interno e externo. Em média, são feitos 15 mil atendimentos mensais,

totalizando cerca de 180 mil atendimentos ao ano.

Na tabela 8Tabela , estão listados os informativos produzidos pela SECOM,

identificando a periodicidade, os respectivos públicos e a tiragem de cada um deles.

Tabela 8 – Informativos produzidos pela SECOM, de acordo com sua

periodicidade e público INFORMATIVO PERIODICIDADE PÚBLICO TIRAGEM

Agenda PUC Minas em

Contagem (eletrônico) semanal

funcionários, professores,

alunos de graduação, de pós-

graduação e aprendizes da

Cruz Vermelha

+05 mil

Agenda Semanal - Barreiro (eletrônico) semanal alunos +05 mil

Cá Entre Nós semanal

professores e funcionários

técnico-administrativos da

PUC Minas Virtual

01 mil

Com Você - IEC (eletrônico) mensal

alunos, ex-alunos de pós-

graduação lato sensu e alunos

de graduação do último

período

60 mil

Diário do São Gabriel (eletrônico) atualização diária alunos, professores,

funcionários e público externo ...

Folha do Professor semanal professores +02 mil

Newsletter Barreiro bimestral professores e funcionários da

PUC Minas no Barreiro + 500

Newsletter Canal Aberto - Coração

Eucarístico (eletrônico) bimestral funcionários e professores 04 mil

Newsletter Contagem bimestral professores e funcionários da

PUC Minas em Contagem + 500

Newsletter Espaço Aberto - São

Gabriel (eletrônico) bimestral

professores e funcionários da

PUC Minas no São Gabriel + 500

No Ponto (impresso e eletrônico) mensal funcionários 02 mil

Por Dentro da PUC - Barreiro (eletrônico) semanal professores e funcionários + 400

PUC Informa em Áudio semanal deficientes visuais ...

PUC Informa Online Coração Eucarístico semanal comunidade acadêmica e

imprensa 62 mil

Revista PUC Minas semestral

comunidade acadêmica,

imprensa, autoridades do

Legislativo,

Executivo, Judiciário e outras

instituições

60,5 mil

Sem Distância quinzenal alunos da PUC Minas Virtual 08 mil

Fonte: Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

Obs.: público estimado para os informativos eletrônicos.

Além desses canais de comunicação, o Portal da PUC Minas, com atualização

diária na divulgação de notícias, eventos acadêmicos e institucionais, cursos de

Page 94: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

94

extensão, dentre outros, apresenta diversos links de encaminhamento de interesse do

público em geral, e possui também duas áreas de informações, que são Destaques e

Notícias. A área Notícias apresenta informações sobre eventos, solenidades, novos

projetos e programas, dentre outras. A área de Destaques é destinada, prioritariamente,

aos processos seletivos em aberto na Universidade, bem como seus resultados,

procedimentos de matrícula e outros.

De acordo com a SECOM, o Portal da PUC Minas visa garantir uma

comunicação eficaz entre a Universidade e suas comunidades interna (alunos,

professores e funcionários) e externa, planejando, coordenando e desenvolvendo

projetos institucionais relativos a ferramentas, sites e sistemas eletrônicos, zelando pela

imagem institucional da PUC Minas, sua missão e seus valores.

O Portal PUC Minas é referência extremamente importante para toda a

comunidade acadêmica e o público externo, haja vista o número de acessos que o Portal

recebe: segundo a SECOM, são quase 200 mil acessos mensais, ou seja, em média,

cerca de 2 milhões e 400 mil acessos/ano.

O dinamismo das informações gera um constante processo de atualização do

conteúdo do portal. Dependendo da época do ano, alguns conteúdos podem concentrar

um maior número de acessos. Apesar disso, de maneira geral, as áreas mais acessadas

são as de notícias, destaques, formas de ingresso, processos seletivos e cursos.

Na tabela 9 está a quantidade de visitas recebida pelo Portal da PUC Minas.

Percebe-se uma redução no volume de acessos em 2015, em relação aos dois anos

anteriores. Uma possível explicação para esse dado é que os visitantes estão utilizando

outros canais como fontes de informação, por exemplo, as redes sociais, que também

fornecem dados relevantes sobre a Universidade. A Tabela reforça essa hipótese, pois

aponta o aumento no número de seguidores do perfil oficial da PUC Minas na rede

social Facebook.

Tabela 9 – Número de acessos ao Portal PUC Minas, 2013-2015

2013 2014 2015

Visitas ao Portal 2.658.179 2.733.102 2.316.318

Páginas acessadas 17.558.203 17.955.110 16.202.296

Páginas acessadas por visitante 6,6 6,6 7

Fonte: Agência PUC – SECOM, PUC Minas, 2015.

Page 95: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

95

Vale ressaltar que em 2015, o Portal passou por outra reformulação em seu

layout, arquitetura de informação e sistema de gestão de conteúdo, com previsão de

lançamento para março de 2016.

Ainda, segundo a SECOM, o Portal Institucional também é responsável pela

divulgação e coordenação de projetos de comunicação eletrônica dos processos

seletivos, das campanhas e dos eventos institucionais, bem como pela gestão e

monitoramento dos perfis institucionais nas redes sociais. Para inserir e propagar a PUC

Minas nas redes sociais, são utilizadas inúmeras estratégias. Desde 2012, a PUC Minas

possui um perfil oficial na rede social Facebook, que é um importante canal de

relacionamento ente a Universidade e o seu público, onde são divulgados comunicados

institucionais, serviços, cultura, bolsas de estudos, premiações, dentre outros.

A Agência de Publicidade e Web (interna) tem uma funcionária dedicada ao

monitoramento e alimentação desse perfil institucional no Facebook, que é atualizado

ao longo do dia, tendo já se tornado uma referência para o relacionamento entre a

Instituição e os alunos e os próprios alunos entre si. O objetivo é fazer uma utilização

inteligente e racional desse perfil, buscando uma boa equalização entre posts de

divulgação institucional, de aprimoramento de relacionamento e de divulgação

publicitária.

Observa-se, na tabela 10, um significativo aumento no número de seguidores do

perfil oficial da PUC Minas na rede social Facebook. No ano de 2014, o número de

seguidores do perfil da PUC Minas era 66.175 e, em 2015, o número aumentou para

100.307 seguidores, o que representa um aumento de 151,58%. Tal dado demonstra a

importância crescente dessa ferramenta como forma de comunicação da Instituição com

os seus públicos, bem como uma forma de aperfeiçoar o relacionamento e consolidar a

sua imagem.

Tabela 10 – Número de seguidores e de postagens no Facebook da PUC Minas,

2013-2015

Ano Número de seguidores Número de postagens

2013 29.458 338

2014 66.175 405

2015 100.307 310

Fonte: Agência PUC – SECOM, PUC Minas, 2015.

Page 96: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

96

Como obstáculo na inserção e/ou disseminação da PUC Minas nas redes sociais,

a SECOM destaca a falta de recursos humanos diante do rápido crescimento da

presença da Instituição nas redes sociais. Há apenas um funcionário responsável pelas

redes sociais, ficando ele muito sobrecarregado para o importante trabalho de

monitoramento e postagem de conteúdos e informações.

Outra forma de comunicação com as comunidades interna e externa da PUC

Minas são os eventos realizados/apoiados pela Assessoria de Relações Públicas da

SECOM, que tem como funções fortalecer a imagem institucional e desenvolver ações

de comunicação e de relacionamento com os diversos públicos. A tabela 11 quantifica

esses eventos:

Tabela 11 – Eventos realizados/apoiados pela Assessoria de Relações Públicas em

2014 e 2015

Eventos realizados/apoiados pela assessoria de

Relações Públicas/SECOM 2014 2015

Seminários, congressos, workshop e simpósios 16 18

Inaugurações e comemorações 3 8

Visitas à Universidade 1 2

Campanhas Institucionais** SD* 6

Eventos culturais SD* 4 Fonte: Assessoria de Relações Públicas – SECOM, PUC Minas, 2015.

* SD – sem dado.

** Algumas dessas campanhas são realizadas em parceria com a Pastoral – ver página 73.

No ano de 2015, a Assessoria de Relações Públicas realizou/apoiou 18 eventos

entre seminários, congressos, workshops e simpósios. Dentre eles, podem ser

destacados:

Seminário Conexão, Ciência e Cultura – Conselheiro Mo Hongjun

“Desenvolvimento Científico e Tecnológico: o processo de cooperação Brasil /

China”.

Solenidade de abertura do Seminário Internacional - "A cooperação sul-sul e

suas implicações para a política externa e para a internacionalização das

subunidades nacionais".

Congresso Internacional Soter.

MiniONU, 16 – modelo intercolegial da Organização das Nações Unidas.

Simpósio PUC Minas sobre o uso de animais em ensino e pesquisa (Dom Mol).

II Congresso Latino-americano de Direito Material e Processual do Trabalho.

Page 97: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

97

Já dentre os eventos culturais e as campanhas institucionais realizados no ano de

2015, podem ser salientados:

Exposição: Astronomia na Arte Rupestre em Minas Gerais

Campanha da Solidariedade (Ação Pastoral Universitária)

Campanha de Vacinação Contra a Gripe

Além disso, a Assessoria de Relações Públicas da SECOM também conduz o

cerimonial da Universidade e sua aplicação nas atividades mais formais,

prioritariamente de natureza institucional. Um exemplo disso é o setor de Formaturas,

que realiza todas as solenidades de formatura e atendimento às comissões de formatura,

tendo contato direto com os públicos interno e externo. Conforme o Relatório de

Atividades (2014), no ano de 2014, o Setor de Formaturas realizou 237 solenidades de

formatura e 936 atendimentos às comissões.

A SECOM evidencia, ainda, que a PUC Minas realiza campanhas de divulgação

de ofertas de cursos em todos os meses do ano. Há meses, como abril e setembro, em

que o setor está diretamente envolvido na divulgação de quatro campanhas distintas de

ofertas de cursos. Em resposta ao roteiro enviado pela CPA, essa secretaria destaca que

possui hoje a estrutura necessária e qualificada, em termos de recursos materiais e

humanos, mas é preciso muita atenção quanto ao planejamento do trabalho, de modo a

fazer frente às demandas regulares e aquelas de última hora, que costumam não ser em

pequena quantidade.

Com relação à comunicação com a comunidade externa, a Secretaria de

Comunicação estrutura sua ação por meio de um conjunto de mídias, eventos, contatos e

publicações, de modo a atingir o variado público da Instituição. O maior evento

institucional da PUC Minas, voltado para a comunicação com o público externo, o

programa PUC Aberta, é gerido pelo Núcleo de Relacionamento da Instituição, sendo

conduzido pela Secretaria de Comunicação por meio da assessoria de Relações

Públicas.

A PUC Aberta ocorre dentro da Universidade e é dedicada aos estudantes do

ensino médio e pré-vestibulandos, a fim de contribuir para a preparação e

conscientização dos mesmos para com suas escolhas, no que diz respeito ao curso

superior de graduação. No evento, os jovens têm a oportunidade de conhecer os cursos

Page 98: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

98

que a PUC Minas oferece e as disciplinas que compõem a grade curricular, as áreas de

atuação, assim como as profissões e o mercado de trabalho.

Tabela 12 – Número de Escolas e Alunos Participantes do Programa PUC Aberta,

por unidade/campus, de 2013 a 2015

PUC MINAS 2013 2014 2015

ESCOLAS ALUNOS ESCOLAS ALUNOS ESCOLAS ALUNOS

Sede Belo Horizonte

Campus de Coração

Eucarístico 117 7.051 90 5.243 164 7.020

Unidade Educacional

do Barreiro 44 1.200 32 1.900 24 760

Unidade Educacional

do São Gabriel 23 951 13 780 83 997

Campus de Betim 43 2.300 42 1.900 43 2.215

Campus de Contagem 32 1.282 25 1.043 39 898

Campus de Arcos - - - - - -

Campus de Guanhães - - - - - -

Campus de Poços de

Caldas 22 815 23 602 76 705

Campus de Serro - - - - - -

Total 281 13.599 225 11.468 429 12.595

Fonte: Assessoria de Relações Públicas – SECOM, PUC Minas, 2015.

* Campus e Unidades Educacionais localizados na sede.

A Tabela 12 revela que, no ano de 2013, o programa contou com a participação

de 13.599 alunos; em 2014, com 11.468 alunos; e, em 2015, com 12.595 alunos,

distribuídos pelas unidades/campi. Detalhes sobre a distribuição dos alunos pelas

unidades podem ser observados nessa tabela. Segundo a SECOM, o programa PUC

Aberta, ofertado há 17 anos, já atendeu mais de 168 mil estudantes. Nos anos de

referência de 2014 e 2015, a Universidade recebeu mais de 24 mil jovens do ensino

médio e pré-vestibulares nesse programa de relacionamento.

Outro programa de relacionamento que tem como público as escolas de Ensino

Médio é o Programa PUC Com Você, no qual a Assessoria de Relações Públicas da

SECOM vai até as escolas para representar a PUC Minas, promovendo palestras,

montando stand, distribuindo material do vestibular e esclarecendo dúvidas dos

estudantes. Essa ação tem como intuito dar maior visibilidade à Instituição e fazer a

aproximação da Universidade junto ao público externo.

A seguir, estão listados os eventos do Programa PUC Com Você nos anos de

Page 99: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

99

2014 e 2015.

Tabela 13 – Eventos do Programa PUC Com Você em 2014 INSTITUIÇÃO EVENTO DATA

Colégio São Paulo Participação na III Feira das Profissões 12 e 13/05

Colégio e Pré-vestibular Bernoulli Participação na 9ª Jornada das Profissões 12/05

SD*

Projeto Conexão Ciência e Cultura -

Conferência Professor Ives de La Taille -

Tema: “A Ética e a Pós-modernidade”

15/05

Colégio ICJ – Instituto Coração de

Jesus Participação da Feira das Profissões 22 e 23/05

Empresa BFR – Sabará Participação na Feira de Benefícios 06/05

Colégio Pio XII Participação na Feira das Profissões 29 e 30/05

Colégio Santa Maria Pampulha Participação no evento Orientação Profissional 30/05 -

02 e 05/06

Colégio Bernoulli Visita dos alunos aos Laboratórios do IPUC 06/10

Fonte: Assessoria de Relações Públicas – SECOM, PUC Minas, 2015.

* SD – sem dado.

Page 100: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

100

Tabela 14 – Eventos do Programa PUC Com Você em 2015 INSTITUIÇÃO EVENTO DATA

Colégio Santa Maria - Nova Lima Palestras 16/04

17/04

Colégio Santa Dorotéia Fórum de Orientação

Profissional

27/04

28/04

12/05

Colégio Logosófico Gonzales Pecotche

(Funcionários) Feira de Profissões 28/04

Colégio Bernoulli 10ª Jornada das Profissões

11/05

18/05

25/05

Colégio Santa Maria - Pampulha Palestras 13/05

14/05

Colégio Batista Mineiro - Buritis Palestras 21/05

22/05

Instituto Coração de Jesus - ICJ Palestras e Estande 28/05

29/05

Escola Estadual Miguel José da Cunha -

Porteirinha / MG Visita à Universidade 10/06

Coleguium (5 Unidades de Ensino) Ouro

Preto/Integral/Alípio de Melo/Santa

Amélia/Carlos Prates

Palestras

17/06

26/06

Colégio Santa Maria Floresta Palestras 18/06

25/06

Colégio Santa Marcelina

Seminário das

Profissões do Colégio Santa

Marcelina

24/06

25/06

Colégio Loyola Palestras

23/06

25/06

30/06

01/07

Centro Educacional Beldani -

Barão de Cocais Visita à Universidade 25/09

Colégio Marista Dom Silvério Palestras e Estande 21/10

Colégio Bernoulli Visita à Universidade

no Instituto Politécnico 09/11

Fonte: Assessoria de Relações Públicas – SECOM, PUC Minas, 2015.

Page 101: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

101

A PUC Minas também se relaciona com outras instituições de ensino, órgãos

governamentais, organizações não governamentais, empresas, dentre outras entidades,

por meio da assinatura de convênios, acordos e contratos que visam, principalmente,

promover ações que culminam no desenvolvimento do Ensino, Pesquisa e Extensão.

Portanto, tais relacionamentos se transformam em uma via de mão dupla, na qual as

atividades internas da Universidade são melhoradas, principalmente, pela atuação dos

discentes e docentes, bem como os resultados dessas ações são devolvidos à sociedade,

melhorando o bem comum.

No ano de 2014, o total de convênios, acordos e contratos firmados pela PUC

Minas foi 118, de acordo com o Relatório de Atividades de 2014 da PUC Minas, sendo

44 deles de abrangência internacional. Como exemplo, pode ser mencionado o acordo-

quadro de cooperação - desenvolver atividades de cooperação em todas as áreas

acadêmicas oferecidas por ambas as universidades firmado entre a PUC Minas e

algumas universidades listadas:

Universidad Autónoma de Manizales – Colômbia;

Universidad Católica de Salta – Argentina;

Universidad Católica del Norte – Chile;

Universidad Católica del Uruguay;

Universidad Católica Santa Teresa de Jesús de Ávila – Espanha;

Universidad de Alicante – Espanha; Universidad de las Californias Internacional

– México;

Universidad del Sagrado Corazón - Porto Rico;

Universidad Nacional de Córdoba – Argentina;

Universidad Nacional de Rosário – Argentina;

Universidade de Lisboa;

Universitá di Pisa – Itália;

Universidade Fernando Pessoa – Portugal;

Universitat - Katholische Universitat Eichstatt - Ingolstadt – Alemanha;

Universitatea Tehnicã de Constructii Bucuresti – Romênia;

Université - Aix Marseille Université – França;

Université de Cergy Pontoise – França.

Page 102: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

102

A PUC Minas também participou dos seguintes eventos, com o intuito de

promover a articulação do relacionamento institucional com órgãos públicos e privados

bem como com autoridades civis e militares e entidades sociais e econômicas,

reforçando a imagem institucional:

Cerimônia de abertura do III Fórum Mineiro sobre os Direitos do Idoso.

Encontro com o Embaixador da Polônia - Exmo. Sr. Andrzej Maria Braiter, na

PUC Minas.

27ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Brasileira de Universidades

Comunitárias, em Brasília.

Cerimônia de abertura do I Fórum de Diretores e Coordenadores dos Cursos de

Direito da ANEC.

Cerimônia de abertura do Programa Quilombola e outros Comunidades

Tradicionais.

Cerimônia de abertura do IX Seminário de Extensão Universitária: universidade

e sociedade: desafios e perspectivas contemporâneas.

Cerimônia de Posse do Coordenador Regional de Ação Pastoral Universitária e

dos colegiados de cursos de graduação da PUC Minas em Poços de Caldas bem

como apresentação do Anima, Sistema Avançado de Formação da PUC Minas.

Cerimônia de abertura da XXVIII Jornada de Biologia da PUC Minas.

Cerimônia de abertura da 15ª MiniONU - Modelo Intercolegial da Organização

das Nações Unidas.

Cerimônia de abertura do XXII Seminário de Iniciação Científica da PUC

Minas.

Visita institucional à empresa Localiza.

Evento da ABRUC - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, na

PUC Goiás.

Encontro do Conselho de Gestão e Políticas da PUC Minas.

Recebimento do Cônsul Geral Britânico Senhor Richard Turner.

Visita institucional à Empresa Ativas Data Center.

Em termos de mídia espontânea (imprensa), a empresa Ideia Fixa, especializada

na gestão de informação, faz um levantamento quantitativo do que a mídia impressa

veicula sobre a PUC Minas. Esses clippings, com atualização diária, são

Page 103: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

103

disponibilizados no portal institucional da PUC Minas, pela Assessoria de Imprensa da

Secretaria de Comunicação. O visitante do Portal tem acesso a todas as notícias

veiculadas na imprensa relacionadas à PUC Minas, seja utilizando professores como

fontes ou falando diretamente sobre a Universidade, políticas educacionais e/ou

educação. Geralmente, tais publicações dizem respeito às atividades da comunidade

acadêmica, resultados obtidos pela Instituição, entre outros aspectos que envolvem a

Universidade como um todo.

A SECOM esclareceu que até o momento não existe um monitoramento

sistemático desses clippings, mas a Assessoria de Imprensa faz um acompanhamento

diário do que é veiculado sobre a Instituição, e pode-se garantir que as notícias positivas

são a grande maioria.

Tabela 15 – Número de notícias publicadas sobre a PUC Minas em 2014

MÊS/2014 CLIPPING (1)

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

136

149

180

217

316

197

164

273

247

402

297

168

Total 2.746

Fonte: Adaptado de Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

(1) Notícias sobre a PUC Minas publicadas em jornais impressos, portais e revistas.

Em resposta ao roteiro enviado ao setor, a SECOM destacou as seguintes ações

que foram planejadas e executadas no período de 2014/2015:

a) Criação da agência de publicidade/web interna.

b) Contratação de nova agência de publicidade de atendimento externo.

c) Consolidação dos comitês de comunicação interna implantados em 2014.

d) Criação da versão digital para a Revista PUC Minas.

e) Intensificação das ações de relacionamento com as escolas públicas e

privadas de ensino médio.

f) Realização de encontros “Conversa com o Reitor”, em todas as unidades e

Page 104: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

104

campi.

g) Treinamento dos funcionários da Central de Informações no novo sistema

CRM.

h) Realização de avaliações dos setores da SECOM, incluindo-se as unidades.

Desse modo, vê-se que as ações desenvolvidas pela SECOM mantêm coerência

com as perspectivas da Comunicação na PUC Minas, constantes do PDI 2012-2016, que

são:

estender o Programa de Comunicação Interna para toda a Universidade e

minimizar os obstáculos e ilhamentos na circulação da informação;

estender o Programa de Comunicação interna a todos os campi e

unidades da PUC Minas, com o estabelecimento de Comitês Locais de

Comunicação;

implantar uma intranet que contribua para os processos de

relacionamento e informação dos públicos internos;

tornar a Revista PUC Minas autossuficiente financeiramente, a partir da

possibilidade de publicidade no veículo. (PUC MINAS, 2011, p. 65)

Com base nessas ações e propostas, reforça-se a relevância de sua sustentação

com o intuito de estimular e aprimorar ainda mais o processo de comunicação da

Instituição com as comunidades interna e externa, de forma coerente com os propósitos

institucionais. Entretanto, alguns desafios e obstáculos ainda precisam ser superados, os

quais estão diretamente ligados à própria dinâmica da vida institucional da Universidade

(prazos, processos e reordenamentos que se fazem necessários, em termos das ações de

natureza acadêmica e administrativa), e também ao grande volume de demandas que

chegam constantemente à SECOM. Para seu enfrentamento, a SECOM ressalta que

deve haver:

Permanente qualificação de nosso pessoal; capacitação permanente em

função de novos cenários comunicativos, em especial, das Instituições

de Ensino Superior concorrentes; dar as necessárias e ágeis respostas às

demandas da mídia em geral [...]; apoio às ações de relacionamento com

as escolas e instituições em geral [...]. (PUC MINAS, 2015c)

Além disso, destaca-se que para a transposição das dificuldades o trabalho da

SECOM tem sido no sentido de estabelecer caminhos alternativos de atendimento às

demandas urgentes, mas também procurar conscientizar os demandantes de que as

solicitações devem chegar até o setor com a maior antecedência possível. Deve ser

compreendido, também, que, muitas vezes, um evento, uma publicação ou um projeto

depende de inúmeras variáveis e condicionantes, para que as informações finais

cheguem até a SECOM para, aí sim, serem produzidos os materiais e tomadas as ações

Page 105: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

105

demandadas.

Outro canal de comunicação da Universidade, que pode ser entendido como uma

conexão direta entre a Instituição e todos os segmentos que compõem a comunidade

acadêmica (alunos, professores e funcionários), bem como com a comunidade externa,

incluídos os usuários dos serviços e projetos de extensão oferecidos pela Universidade,

é a Ouvidoria Geral da PUC Minas. Esse órgão foi criado pela Portaria R/Nº 034/2000 e

é ligado à Reitoria, o que lhe confere autonomia funcional em relação aos demais

órgãos da Universidade. (PUC MINAS, 2011).

O serviço prestado pela Ouvidoria tem como princípio o compromisso com a

verdade e com o resguardo respeitoso do requerente. Cabe à Ouvidoria acolher as

pessoas de forma humanizada, além de analisar e orientar a condução das demandas de

forma isonômica, dentro das normas da Instituição, bem como encaminhar, acompanhar

e garantir que a resposta de cada processo chegue ao demandante com o intuito de

reforçar a qualidade dos serviços com transparência e dinamismo. Como órgão

democrático, cabe a esse setor transmitir a segurança de um espaço aberto a receber e

trabalhar as diversidades, atuando como mediadora em questões conflituosas, visando à

melhoria contínua da Instituição. Somam-se às atividades anteriormente mencionadas a

identificação de áreas que necessitam de um redirecionamento para atitudes mais

assertivas, dentro de uma visão técnica e humanista, através de acompanhamento e

monitoramento produzido pela Ouvidoria em relatórios periódicos enviados à Reitoria e

à CPA, além do auxílio prestado por um software de gestão de relacionamento, utilizado

pelo setor.

A Ouvidoria recebe as demandas por telefone, pessoalmente e via web. Todas as

demandas são recebidas e cadastradas conforme sua natureza: informação, solicitação,

reclamação, elogio e sugestão, descritos a seguir:

a) Orientação: o demandante requer esclarecimentos de suas dúvidas. Geralmente

essas demandas são respondidas pela própria Ouvidoria ou é informado o

contato do setor competente, Central de Informações, para o devido

esclarecimento.

b) Solicitação: o demandante requer algo da Ouvidoria que, muitas vezes, é

referente a outros setores. Geralmente essas demandas são encaminhadas ao

setor competente.

c) Reclamação: são reivindicações advindas de alunos, professores, funcionários e

Page 106: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

106

usuários externos, na busca de seus direitos e na tentativa de resolução dos

problemas. Essas demandas, quando não compete à Ouvidoria atender, são

encaminhadas aos setores responsáveis.

d) Elogio: são manifestações de agradecimentos e/ou satisfações com os serviços

prestados pela PUC Minas. Essas demandas são sempre encaminhadas ao

responsável pelo setor elogiado.

e) Sugestão: são ideias advindas de alunos, professores, funcionários e usuários

externos, na busca de uma melhoria dos serviços prestados pela PUC Minas.

Essas demandas são sempre encaminhadas aos setores responsáveis, para

conhecimento.

Algumas demandas são prontamente respondidas pela própria Ouvidoria. Para

outras, é necessário o suporte e/ou intervenção de outros setores, e há ainda casos que

necessitam ser encaminhados para averiguação e providências. Segundo a Ouvidoria,

para todos os casos é necessário dar retorno ao usuário, seja uma resposta final ou a

notícia sobre encaminhamentos e/ou providências tomadas, uma vez que o

compromisso da Ouvidoria é de encaminhar e responder a todas as solicitações

devidamente registradas por meio do link da Ouvidoria no Portal da PUC Minas, que é

o meio considerado como registro oficial desse setor.

Em 2014, a Ouvidoria realizou mais de cinco mil atendimentos à comunidade

acadêmica. Entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014, recebeu uma demanda de 12.657

atendimentos, cujos modos de atendimento estão demonstrados no gráfico 14.

Page 107: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

107

Gráfico 14 – Modos de atendimento realizados pela Ouvidoria em 2012,

2013 e 2014

Fonte: Adaptado de Relatório de Atividades. PUC MINAS, 2014.

A maior parte das demandas é recebida via web (77,24% em 2012, 70,49% em

2013 e 50,22% em 2014). Além disso, a Ouvidoria fica aberta de segunda-feira a sexta-

feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 20 horas, o que possibilita o atendimento via telefone

(17,10% em 2012, 23,57% em 2013 e 33,28% em 2014) e pessoalmente (5,65% em

2012, 5,94% em 2013 e 16,50% em 2014). Ao comparar os dados sobre as formas de

atendimento das demandas da Ouvidoria nos anos de 2013 e 2014, pode-se perceber que

a forma de contato via web obteve uma queda de 20,27%, enquanto que o atendimento

por telefone obteve um aumento de 9,71%, e os contatos feitos pessoalmente

aumentaram 10,56%.

De acordo com a Ouvidoria, esses aumentos são justificados devido à desativação da

Central de Atendimento Telefônico da PUC Virtual, no segundo semestre de 2014, o

que acarretou um maior volume de atendimentos telefônicos na Ouvidoria, e também a

mudança na forma de registro das ligações telefônicas e atendimento pessoal,

formalizado em 2014. Antes eram feitas anotações e lançadas, posteriormente, em uma

planilha de Excel. Com essa mudança, elas passaram a ser registradas de imediato,

evitando, assim, uma eventual perda de dados. A Ouvidoria acredita que essa nova

forma de registro tem sido mais eficiente, o que culminou em um aumento significativo

de registros de atendimentos presenciais, de 204 em 2013 para 862 em 2014, e por

telefone, de 809 no ano de 2013 para 1739 em 2014. Já o total de atendimentos, no ano

Page 108: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

108

de 2013 apresentou 3433 registros, e em 2014 aumentou para 5225 registros, o que

representa um aumento de 52,20%, conforme a tabela 16.

Tabela 16 – Histórico dos modos de atendimento da Ouvidoria – 2012, 2013 e 2014

ATENDIMENTO 2012 2013 2014

Presenciais 226 204 862

Via web 3089 2420 2624

Por telefone 684 809 1739

Total 3.999 3.433 5.225*

Fonte: Relatório de Atividades. PUC MINAS, 2014.

* O próprio setor atualiza esse número de atendimentos no ano de 2014 para 5.241

atendimentos realizados.

A CPA avalia que o aumento do total de atendimentos realizados pela Ouvidoria

é justificável, devido à adequação do processo de registro, evitando possíveis falhas e

perdas de dados, tornando o processo e o monitoramento mais assertivos e fidedignos,

além de se considerar a desativação da Central de Informações, conforme mencionado

anteriormente. Essa explicação é corroborada com o próximo gráfico, no qual se vê um

aumento da demanda por orientação e uma diminuição das reclamações registradas, o

que será abordado em seguida. No gráfico 15, é apresentado o percentual do tipo de

demanda atendida pela Ouvidoria da PUC Minas, nos anos de 2012, 2013 e 2014.

Gráfico 15 - Tipo de demanda atendida pela Ouvidoria em 2012, 2013 e 2014

Fonte: Adaptado de Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

Page 109: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

109

O principal tipo de demanda de atendimento realizado pela Ouvidoria refere-se a

Reclamações (43,49% em 2012, 50,63% em 2013 e 44,63% em 2014), seguido das

Orientações (32,43% em 2012, 29,25% em 2013 e 40,98% em 2014) e Solicitações

(19,95% em 2012, 16,78% em 2013 e 11,67% em 2014). Os dados demonstram que as

demandas sobre Reclamações tiveram uma diminuição de 6%, as demandas referentes a

Orientações tiveram um aumento de 11,73%, e as demandas sobre Solicitações tiveram

uma diminuição de 5,11%. Os demais tipos de atendimento sofreram uma pequena

queda.

O crescimento das Orientações também pode ser justificado pela desativação da

Central de Atendimento Telefônico da PUC Virtual, no segundo semestre de 2014, e

pela mudança na forma de registro das ligações telefônicas e atendimento pessoal,

conforme já indicado. Em relação à diminuição do número de Reclamações, a CPA não

tem elementos suficientes para avaliar o que a pode ter motivado, mas acredita-se que

uma possível justificativa pode ser o acolhimento e atendimento humanizados, a partir

das normas da Instituição, no sentido de orientar o caminho para solução das questões

apresentadas. Sugere-se que isso seja acompanhado pelo órgão competente.

Vale destacar que em 2015 foi realizada a implantação-piloto do Sistema CRM,

um software que será utilizado para monitoramento das atividades, de maneira

sistemática, a partir de 2016. Ele foi adaptado às necessidades da Ouvidoria, e não

desenvolvido para supri-las, logo, há aspectos que ainda precisam de soluções e ajustes,

e não é descartada a possibilidade de alterações nos registros, uma vez que eles ainda

não estão consolidados, principalmente no que tange ao atendimento presencial e

telefônico. A tentativa é de buscar integrar uma solução mais prática, a exemplo da

planilha anterior, que estava aberta todo o tempo e funcionando concomitantemente

com os demais programas e situações de atendimento.

Complementarmente, a Ouvidoria acredita que a implantação do CRM traz as

seguintes perspectivas positivas para 2016, após a consolidação do programa e de suas

bases de operação: fomento de informações para os setores da Instituição que trabalham

nos processos de qualidade, em especial de recursos humanos e infraestrutura, uma vez

que grande parte das reclamações recebidas é referente ao trato com as pessoas que

representam a Instituição; estudo da implantação de um tutorial, visando à divulgação

do processo de encaminhamento das questões acadêmicas e principais regras e prazos;

trabalhar a imagem da Ouvidoria junto aos setores e unidades da PUC Minas, sob as

Page 110: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

110

perspectivas da transparência, seriedade, confiabilidade e comprometimento com a

Instituição.

Ainda de acordo com a Ouvidoria, em resposta ao roteiro enviado ao setor pela

CPA, podem ser destacados os seguintes resultados como fruto das ações que foram

implementadas no período de 2014/2015:

a) Diminuição de pedidos de recursos ao CEPE, devido à forma humanizada de

comunicação da resposta, em especial em relação ao pleito corretamente

indeferido.

b) Diminuição do tempo de resposta das demandas.

c) Maior facilidade de consulta e filtragem de dados.

d) Relatórios do CRM visualizados em tempo real.

Em relação aos principais desafios/dificuldades enfrentados pela Ouvidoria,

podem ser destacados:

a) Obter as respostas às demandas encaminhadas aos diversos setores dentro do

novo prazo máximo de sete dias corridos.

b) Tratar as situações com olhar humanizado frente à diversidade de normas,

setores e informações da PUC Minas.

c) Contatar todos os segmentos da PUC Minas, visando a uma maior compreensão

do trabalho da Ouvidoria.

d) Atender à grande demanda dos inícios e finais de semestres, bem como

problemas pontuais de grande vulto, em função do tamanho da equipe.

e) Checar se a ocorrência recebida de fato já teve suas possibilidades esgotadas no

departamento responsável, antes do seu encaminhamento.

f) Manter a qualidade do trabalho da Ouvidoria num momento de mudança de

sistema operacional.

A Ouvidoria recebe uma quantidade significativa de depoimentos espontâneos

dos diversos públicos da Universidade, principalmente por parte dos alunos. Esse

processo permite que várias demandas sejam identificadas, sem que haja uma

padronização, diferentemente de um questionário, permitindo que situações não

previstas sejam expostas pelos usuários. Diante disso, esse setor torna-se,

Page 111: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

111

potencialmente, um fomentador de informações para a Alta Administração da

Universidade.

Por meio de uma catalogação sistemática dos elogios, orientações solicitadas,

reclamações recebidas, solicitações e sugestões recebidas, a Ouvidoria pode auxiliar a

gestão da PUC Minas. Diante disso, podem ser destacadas as seguintes potencialidades

desse setor:

A Ouvidoria é conhecida pela comunidade acadêmica e registra todas as

demandas recebidas, atendendo às particularidades de cada situação.

Mapeamento dos principais problemas, sugerindo formas de correção.

Direcionamento das sugestões aos responsáveis para que sejam

analisadas e, se factíveis, implementadas.

Avaliação das ações elogiadas e, se possível, ajudar no processo de

replicação para toda a comunidade acadêmica.

Analisar as demandas recebidas à luz das normas internas da Instituição,

permitindo que ações sejam pensadas com o intuito de melhorar o

atendimento à comunidade acadêmica.

Aumentar a satisfação do solicitante, ao garantir uma resposta, sendo ela

favorável ou não.

Facilitar as relações entre as partes, principalmente nas questões

conflituosas, quando solicitado.

Garantir a isonomia no atendimento às demandas e um atendimento

humanizado às pessoas.

Ainda que caracterizado como um setor à parte, a Ouvidoria, com seu registro de

dados, contribui para a comunicação da PUC Minas, uma vez que sua atuação

possibilita o diálogo permanente da Instituição com os seus principais públicos e dá

visibilidade às ações da Instituição. Percebe-se que as ações desenvolvidas por esse

setor mantêm coerência com o que é estabelecido pelo PDI, sendo importante sua

manutenção e a implementação de novas ações, visando ao aperfeiçoamento da

comunicação da Instituição com os diversos públicos (interno e externo), possibilitando

a aproximação da comunidade acadêmica e o relacionamento democrático com a

sociedade.

Page 112: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

112

2.3.2. Política e ações de acompanhamento dos egressos

Além das políticas e práticas de avaliação do corpo discente regularmente

matriculado na Universidade, a PUC Minas também conduz um processo avaliativo e o

monitoramento dos alunos egressos. Essas ações estruturam-se a partir das definições de

perfil definidas nos PPC’s, estabelecidas em conformidade com as peculiaridades de

cada curso, e estão estabelecidas no PDI (2011).

A participação dos egressos no processo de autoavaliação da Instituição

possibilita à PUC Minas aferir a qualidade de seus cursos; identificar a necessidade de

revisão de programas e planos de ensino; vislumbrar a demanda por novos cursos e criar

novas oportunidades para formação continuada. Dessa forma, perenizam-se os laços de

relacionamento sociocultural e educacional e consolidam-se os vínculos entre a

Instituição e seus egressos.

O levantamento de dados, conforme já descrito na Metodologia, é realizado pela

SEPLAN e abrange três esferas: o diagnóstico e mapeamento de carreiras; a atuação

profissional e a integração com a sociedade e o mercado. O Gráfico 16 apresenta o

percentual de egressos graduados em 2013 que participaram da pesquisa conduzida em

2015, um total de 1747 egressos. Dentre eles, 42% graduaram-se em cursos no campus

Coração Eucarístico (que inclui o Núcleo Acadêmico Praça da Liberdade) e 58% nos

demais campi/unidades e núcleo EAD da PUC Minas.

Gráfico 16 – Percentual de egressos graduados em 2013 – por local

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

A análise do perfil dos egressos, respondentes da pesquisa, com relação à sua

Page 113: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

113

atuação no mercado de trabalho, é feita através dos gráficos 17 a 22. O gráfico 17

aponta que 30,90% dos ex-alunos da PUC Minas trabalham em sua área de formação.

Gráfico 17 – Atuação na área em que o egresso se graduou

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Dentre os 539 egressos que não atuam na área em que se graduaram, 44% deles

atribuem o fato à falta de oportunidade na área de formação; 26% indicaram motivos

que não se enquadravam nas opções apresentadas; 15% por terem optado por outra

profissão mais rentável; 10% por terem permanecido na mesma função desempenhada

anteriormente à graduação; 4% por terem abandonado a profissão em função do

desencanto com o seu exercício e 1% por ter usado o diploma apenas para fins de

ascensão funcional (gráfico 18).

Page 114: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

114

Gráfico 18 – Motivo pelo qual o egresso não atua na área em que se graduou

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Os resultados no gráfico 19 indicam o predomínio de atuação no setor de

serviços (61%), seguidos pela indústria (14%), comércio (8%), administração pública

(4%), terceiro setor, que engloba ONGs, OSCIPs e entidades sem fins lucrativos (2%) e

a categoria outros (10%).

Page 115: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

115

Gráfico 19 – Setor de atuação do egresso

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Cerca de 64% dos ex-alunos da PUC Minas têm um rendimento de até 5 salários

mínimos (R$3.940,00), apenas 0,4% deles tem um rendimento acima de 20 salários

mínimos (R$15.760,00), conforme o gráfico 20.

Gráfico 20 – Remuneração do egresso

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Foi investigada a percepção dos respondentes quanto ao retorno dado pelo curso

Page 116: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

116

às necessidades do mercado de trabalho, como mostra o gráfico 21. Em uma escala de

cinco conceitos de avaliação e com a opção de não responder à questão, os egressos

consideraram positiva a contribuição do curso ao atender às necessidades do mercado de

trabalho ao avaliar com 81,3% nos conceitos ótimo e bom.

Gráfico 21 – Retorno do curso às necessidades do mercado de trabalho na

percepção dos egressos

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

O reconhecimento do diploma da Instituição por parte do mercado de trabalho

foi levantado junto aos respondentes, como mostra o gráfico 22. A maioria dos

respondentes (58,1%) avaliou como conceitos ótimo ou bom o reconhecimento do

diploma da Instituição por parte do mercado de trabalho.

Page 117: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

117

Gráfico 22 – Reconhecimento do diploma da PUC Minas pelo mercado de trabalho

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Foi pesquisada a avaliação dos egressos em relação à qualidade dos cursos da

PUC Minas, como demonstra o gráfico 23. A qualidade dos cursos da Instituição foi

avaliada positivamente por 87,6% dos egressos nos conceitos ótimo ou bom.

Gráfico 23 – Qualidade dos cursos da PUC Minas

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Page 118: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

118

A qualidade dos professores é outro forte indicador de qualidade da Instituição

investigado junto aos respondentes, cujos resultados são apresentados no gráfico 24. Os

conceitos ótimo ou bom foram apontados por 87,2% dos respondentes.

Gráfico 24 – Qualidade do corpo docente da PUC Minas

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Outro indicador de qualidade é a avaliação do atendimento dos funcionários da

Instituição, e os respondentes avaliaram-no positivamente, tendo sido considerado por

90,8% deles como sendo ótimo ou bom, conforme gráfico a seguir.

Gráfico 25 – Atendimento dos funcionários da PUC Minas

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Page 119: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

119

Foi pesquisada a percepção da relação custo-benefício junto aos egressos, como

mostra o gráfico 26, que foi considerada positiva pelos respondentes, uma vez que

67,7% deles avaliaram essa questão nos conceitos ótimo e bom.

Gráfico 26 – Relação custo-benefício avaliada pelos egressos

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Encerrando a pesquisa, foi investigado o nível de satisfação geral dos egressos

com a Instituição. 89,2% responderam conceitos ótimo ou bom, conforme o gráfico 27.

Gráfico 27 – Nível de satisfação geral dos egressos com a PUC Minas

Fonte: SEPLAN, PUC Minas, 2015.

Page 120: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

120

Os dados referentes ao acompanhamento dos egressos, formados em 2013,

indicam duas situações distintas do ponto de vista avaliativo: em relação ao perfil dos

egressos, percebe-se uma situação de retraimento e uma avaliação positiva em todas as

questões atinentes à PUC Minas, que obtiveram indicação acima de 80% considerando

os conceitos ótimo ou bom. Entretanto, a questão referente ao reconhecimento do

diploma pelo mercado de trabalho obteve apenas 58,1% nos conceitos ótimo e bom e a

indicação de 33,6% no conceito indiferente. Esses dados podem ser um reflexo da

situação econômica desfavorável enfrentada pelo país, sinalizada nos dados coletados

referentes à existência de poucas oportunidades na área de formação, a opção por uma

profissão mais rentável e a permanência na função anterior à graduação, associada

também ao posicionamento dos egressos em faixas salariais mais modestas, bem como a

predominância de atuação no setor de serviços.

Salienta-se que os dados apresentados referentes aos egressos contaram com

uma análise mais rica por parte da SEPLAN, mas que extrapolam o objetivo do presente

Relatório. Ela é destinada ao acompanhamento e à definição de estratégias de gestão dos

cursos, institutos e unidades da PUC Minas, uma vez que os dados são detalhados para

atender às respectivas particularidades de cada integrante da estrutura acadêmico-

organizacional da Instituição.

As mudanças na sociedade, vislumbradas pela dinâmica de evolução do

ambiente socioeconômico, cultural e tecnológico, demandam a transformação individual

por meio do conhecimento. Uma das formas encontradas pela Instituição para

possibilitar o alinhamento das demandas da sociedade e do mercado em relação aos seus

egressos é a disponibilização de meios para atualização do conhecimento. Essa ação se

viabiliza pela investigação sobre o percurso profissional deles após a formatura, pela

identificação de tendências em diversos campos do saber e pelo estímulo à formação

continuada.

Para estimular a continuidade dos estudos, a PUC Minas concede bolsas

especiais de estudo para obtenção de novo título aos egressos de curso de graduação

concluído na Instituição. Para esse fim, a Portaria da Reitoria No. 130/2015 de

02/12/2015 estabelece critérios de concessão e define o percentual de 50% do valor da

semestralidade, a título de bolsa especial de estudos aos seus egressos. Da mesma

maneira, há um programa de bolsas para a Pós-Graduação Lato Sensu, em que os

recém-formados têm uma bolsa nos cursos da Instituição.

Page 121: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

121

Identificam-se outras iniciativas institucionais destinadas à valorização dos

egressos e à manutenção do relacionamento, destacando-se sua participação em

jornadas, seminários, simpósios e palestras, para fins de disseminação da experiência e

vivência profissionais aos discentes.

Consideram-se como potencialidades da política de acompanhamento de

egressos da PUC Minas o programa de bolsas para cursos de graduação e pós-

graduação, a participação de ex-alunos em eventos nos cursos, o trabalho da SEPLAN

em contatar os alunos formados. Já dentre os desafios, pode-se citar a necessidade de

aprimorar a política de relacionamento com os egressos em nível institucional e não

apenas nos cursos, de modo a garantir que se mantenham vinculados à Instituição,

mesmo após o término de seu curso.

Page 122: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

122

2.4. Eixo 4 – Políticas de Gestão

Esse eixo tem como foco a verificação do desenvolvimento das políticas de

pessoal, da organização e gestão da Instituição, e abrange elementos do planejamento e

da sustentabilidade financeira da IES, para garantir seu pleno desenvolvimento de forma

sustentável. Neste Relatório foram contempladas as Políticas de Pessoal para Docentes

e para o Corpo Técnico-Administrativo.

2.4.1. Políticas de Pessoal para Docentes

A gestão do corpo docente da PUC Minas ampara-se pelas definições de ordem

legal e estatutária, de âmbitos interno e externo. No âmbito interno, pelo Estatuto da

Carreira Docente, PDI, Estatuto e Regimento Geral da Instituição, assim como pelas

normas acadêmicas para graduação e pós-graduação. No âmbito externo, pela legislação

do ensino superior, legislação trabalhista, acordo coletivo de trabalho e demais

disposições complementares estabelecidas por órgão ou autoridade competente.

Com caráter normativo, o Estatuto da Carreira Docente dispõe sobre atribuições,

deveres e direitos dos professores, assim como define critérios para a gestão da carreira

docente, abrangendo as condições de ingresso e os critérios para avaliação de

desempenho; incentivo à formação; ascensão via promoção horizontal e vertical;

enquadramento por regime de trabalho; concessão de férias, licenças e afastamentos;

exercício de atividades acadêmico-administrativas e lotação funcional. (PUC MINAS,

2012).

Atendendo ao que dispõe o Estatuto da Carreira Docente e o PDI, compete à

Comissão Central de Pessoal Docente (CCPD) – órgão consultivo da Reitoria – zelar

pelo cumprimento dos preceitos daquele Estatuto. Esse órgão é formado por quatro

membros indicados pela Reitoria e dois representantes da Associação dos Docentes da

PUC Minas (ADPUC) e atua de forma colegiada. Cabe à CCPD examinar e emitir

pareceres relativos às políticas da carreira docente, abrangendo os processos de seleção

interna e externa, contratação de professores por tempo determinado, promoções,

licenças, dispensa de professores por motivação acadêmica e o atendimento às

solicitações da Reitoria, dos diversos órgãos da Universidade e do corpo docente.

A gestão do corpo docente na Instituição é de competência da Câmara do

Departamento, como definem os parágrafos IX e X do Art. 76 do Estatuto da

Page 123: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

123

Universidade. Segundo esses dispositivos, compete à Câmara do Departamento

conduzir e monitorar os processos de provimento interno, promoção na carreira e de

seleção externa, assim como indicar professores aos cursos e programas, com perfil

adequado ao projeto pedagógico de curso.

Complementando a análise do corpo docente sob a perspectiva de gestão,

necessário se faz apresentar a variável regime de trabalho. De acordo com o PDI (2012),

a Instituição tem como meta atender à prescrição de manutenção de 1/3 dos professores

em regime de trabalho de tempo integral. O Art. 50 do Estatuto da Carreira Docente

estabelece como modalidades de regime de trabalho o tempo contínuo de 20, 30 ou 40

horas semanais e o regime de hora-aula. A tabela 17 apresenta a distribuição do corpo

docente por regime de trabalho, no período de 2012 a 2014.

Tabela 27 – Distribuição do corpo docente por regime de trabalho (definido pelo

MEC), 2012 a 2014

Regime de trabalho 2012/2 2013/2 2014/2

Qtd % Qtd % Qtd %

Tempo Integral (RTI)

Tempo Parcial (RTP)

Horista

716

535

434

42,49

31,75

25,76

623

658

367

37,80

39,93

22,03

615

645

353

38,13

39,99

21,88

Total 1685 100,00 1648 99,76 1613 100,00

Fonte: DW – DM Ensino. Dados de 2014 extraídos em março/2015. Obs: Os dados correspondem ao somatório dos professores do quadro permanente da PUC Minas, não

computados os professores licenciados. Adaptado do Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

O tempo contínuo é composto pelo Regime de Tempo Integral (RTI), que

corresponde a uma carga horária semanal de 40 horas, e pelo Regime de Tempo Parcial

(RTP), que abrange carga horária de 20 ou 30 horas semanais. A maioria do corpo

docente atende à definição do MEC em relação ao regime de trabalho, uma vez que o

percentual de regime de tempo contínuo – integral ou parcial –, nos períodos analisados,

situa-se acima de 70% em relação aos aulistas, sendo 74,24% em 2012/2; 77,73% em

2013/2 e 78,12% em 2014/2. Os dados indicam que a Instituição superou a meta

definida no PDI quanto à proporção de alocação dos professores em regime de tempo

integral.

De acordo com o Art. 52 do Estatuto da Carreira Docente, a definição/alteração

do quadro de vagas para contratação de professores em regime de tempo contínuo (RTI

ou RTP) deverá ser proposta pela Câmara de Departamento. O processo deverá ser

Page 124: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

124

submetido previamente ao CEPE, ser homologado por meio de resolução do CONSUNI

e aprovado pelo Reitor.

Na hipótese de existência de vaga, o Reitor autorizará a abertura de processo

seletivo, cabendo sua condução ao órgão de administração de pessoal da Instituição. Os

editais de seleção interna e externa são publicados no site institucional e divulgados por

veículos adequados a cada tipo de público. Neles são informadas as condições para

participação e estabelecidos os requisitos necessários a cada vaga. Encerradas as

inscrições, a avaliação de sua regularidade compete à CCPD. De acordo com o disposto

nos artigos 12 e 13 do Estatuto da Carreira Docente, a condução do processo é de

responsabilidade das comissões examinadoras – compostas por professores indicados

pela Câmara do Departamento, cujo presidente é designado pela Reitoria. Cabe à

comissão examinadora a avaliação das provas de conteúdo, de didática, de títulos e

entrevistas com os candidatos. Compete à PRORH conduzir a avaliação de capacidade

dos candidatos e a divulgação final dos resultados. Os

Gráfico 28 e 29 apresentam, respectivamente, o comparativo entre as vagas

ofertadas e as preenchidas na PUC Minas nos processos de seleção interna e de seleção

externa, no período de 2012 até o primeiro semestre de 2015.

Gráfico 28 – Número de vagas para docentes e seu preenchimento por

meio da seleção interna - 2012 a 1º semestre de 2015

Fonte: Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

Page 125: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

125

Gráfico 29 – Número de vagas para docentes e seu preenchimento por meio da seleção

externa – 2012 a 1º semestre de 2015

Fonte: Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

Os dados indicam um desnível entre a quantidade ofertada de vagas e seu

respectivo preenchimento. Em relação à seleção interna, a quantidade de vagas é

superior à quantidade de professores selecionados, o que pode ter como explicação um

dos aspectos relacionados a seguir ou a combinação entre eles: a falta de interesse pelas

vagas ofertadas; a inadequação da experiência profissional do docente em relação ao

conteúdo da disciplina ofertada; a indisponibilidade de carga horária, e os impedimentos

legais decorrentes da legislação trabalhista, especialmente no que concerne ao intervalo

de descanso de 11 horas e de deslocamento entre unidades, o que decorre em processos

de seleção externa.

Os dados indicam similaridade em relação ao processo de seleção externa de

docentes, em que a quantidade de vagas ofertadas situa-se acima da quantidade de

professores selecionados. Destacam-se entre os motivos para essa situação o não

atendimento por parte dos candidatos aos requisitos definidos para a ocupação do cargo,

estabelecidos no processo seletivo, especialmente titulação e a falta de interesse em

determinadas áreas do conhecimento.

Uma vez aprovado no processo de seleção, o ingresso na carreira docente se dará

após o período de experiência de 90 dias de exercício de magistério na Instituição, como

define o Art.7º. do Estatuto da Carreira Docente. Já os professores contratados nas

modalidades visitante, substituto ou convidado não integram a carreira docente da

Instituição. Para esse grupo, dispensa-se o processo de seleção externa, de acordo com o

Page 126: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

126

Art. 26 do Estatuto da Carreira Docente, e seu enquadramento ocorrerá no nível inicial

da categoria correspondente à sua titulação acadêmica. Entende-se por professor

visitante aquele altamente qualificado que prestar serviços à PUC Minas em caráter

temporário, não superior a dois anos; por professor substituto aquele contratado

transitoriamente, quando da inexistência de docente integrante da carreira docente

disponível para exercer as atividades demandadas, e por professor convidado o docente

contratado exclusivamente para lecionar em curso de pós-graduação.

A carreira docente na PUC Minas estrutura-se por categoria, em função da

titulação: Professor Auxiliar, Adjunto e Titular. De acordo com o Art. 37 do Estatuto da

Carreira Docente, para ingresso na categoria de Professor Auxiliar, exige-se o título de

especialista; título de mestre, para Professor Assistente, e doutor para Professor Adjunto

e Professor Titular.

As categorias de Professor Auxiliar, Assistente e Adjunto são subdivididas em

quatro níveis, vinculados ao tempo de exercício do magistério na PUC Minas, e o

ingresso na carreira docente ocorre sempre no primeiro nível. A categoria de professor

titular é constituída de um único nível, de acordo com o Art. 6º do Estatuto da Carreira

Docente (PUC MINAS, 2012), e exigem-se como requisitos adicionais a existência de

vaga disponível, que o candidato ocupe o último nível da categoria de Professor

Adjunto e que seja aprovado em processo seletivo especifico para esse fim, organizado

por determinação da Reitoria.

O gráfico 30 apresenta o quadro de docentes da PUC Minas nos 1º e 2°

semestres de 2014, por categoria funcional.

Page 127: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

127

Gráfico 30 – Percentual de professores da PUC Minas por categoria funcional – 1º

e 2º semestres de 2014

Fonte: DW – DM Ensino. Dados extraídos em 10/03/15, referentes aos meses de maio e outubro.

Ao número dos professores doutores estão somados os que possuem estágio pós-doutoral.

Os dados correspondem ao somatório dos professores do quadro permanente da PUC Minas, não

computados os professores licenciados. Foram considerados 1646 professores no 1° semestre e 1613 no

2° semestre.

Adaptado do Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014.

No segundo semestre de 2014, a categoria de Professor Titular teve uma

diminuição de 8,06%; a de Adjunto sofreu um aumento de 2,35%; a de Assistente teve

uma redução de 4,36%, e a de Auxiliar uma redução de 55,56%. A explicação para

essas variações é a movimentação entre categorias da carreira docente, em função de

admissão, promoção vertical ou desligamento.

Em relação à titulação e enquadramento por categoria funcional, a tabela 18

apresenta os docentes da Instituição, no 2º semestre de 2014, com titulação de mestre e

doutor.

Page 128: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

128

Tabela 18 – Distribuição de professores da PUC Minas com titulação de mestre e

doutor por categoria funcional, no 2º semestre de 2014

Categoria Funcional Titulação (em percentual)

Mestre Doutor

Professor Titular 2,77 3,81

Professor Adjunto 6,55 95,28

Professor Assistente 90,55 0,91

Professor Auxiliar 0,13 0,00

Total 100,00 100,00

Fonte: DW – DM Ensino. Dados extraídos em 10/03/15, referentes aos meses de maio e outubro.

Ao número dos professores doutores estão somados os que possuem estágio pós-doutoral.

Os dados correspondem ao somatório dos professores do quadro permanente da PUC Minas, não

computados os professores licenciados.

Adaptado do Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014

Analisando o quadro de docentes com título de mestre e doutor distribuído por

categoria funcional, identifica-se que o cargo de Professor Assistente tem 90,55% dos

docentes com o título de mestre, e o de Professor Adjunto concentra 95,28% dos

portadores do título de doutor. Esses dados ratificam a importância dada pela Instituição

à titulação do seu corpo docente.

Para operacionalizar a política de formação e capacitação docente, a Instituição

mantém o Plano Permanente de Capacitação Docente (PPCD), sob responsabilidade da

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG), que tem por objetivo incentivar a

titulação do corpo docente em nível de doutorado. O professor que atender aos

requisitos, definidos no edital semestral, pode se candidatar à obtenção de um auxílio

em horas-aula, solicitar renovação do que lhe foi concedido no semestre anterior ou

optar por uma bolsa de estudos.

Os critérios contidos no edital constam na Cláusula 16ª do Acordo Coletivo de

Trabalho, firmado entre o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais

(SINPRO/MG) e a Sociedade Mineira de Cultura (SMC), mediante interveniência da

ADPUC (PUC MINAS, 2013b). São previstas a concessão de 10 horas-aula, se o

professor estiver regularmente matriculado em curso oferecido na mesma cidade onde

se localiza o campus em que estiver lotado; 12 horas-aula, se regularmente matriculado

em curso oferecido em outra cidade ou estado onde se localiza o campus em que estiver

lotado, ou 10 horas-aula, para professor que tiver bolsa na modalidade “sanduíche”.

Outra definição da Cláusula 16ª do Acordo Coletivo de Trabalho refere-se à

Page 129: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

129

possibilidade de o professor optar por receber o Auxílio PUC Carga Horária ou a bolsa

de estudo para cursos de pós-graduação, prevista na Convenção Coletiva de Trabalho,

firmada pelo SINEP/MG e SINPRO/MG.

Os editais semestrais para concessão do auxílio PPCD têm como regra

fundamental a exigência de que o professor tenha ministrado/cumprido,

ininterruptamente, nos últimos dois anos, pelo menos 20 horas semanais, e ter, no

mínimo, 10 anos completos de serviços prestados à Instituição. Esse benefício abrange

seis semestres regulares, sendo facultado ao professor o direito de usufruir mais um

semestre, improrrogável, para a finalização de sua tese. A PUC Minas exige, em relação

aos cursos realizados no país que sejam recomendados pela Capes e para os realizados

no exterior, que a Instituição tenha renomada excelência acadêmica. Esse benefício traz

como resultado a elevação da qualidade do ensino, o incremento dos grupos formais de

pesquisa e a consolidação dos programas de pós-graduação.

A Instituição concede, ainda, afastamento para estágio pós-doutoral aos docentes

que atendam aos seguintes critérios: ser professor permanente de um programa de pós-

graduação stricto sensu da PUC Minas; possuir o título de doutor há mais de três anos;

possuir tempo de casa superior a quatro anos; atender aos critérios de avaliação de

desempenho estabelecidos pelo programa de pós-graduação ao qual estiver vinculado;

fazer parte de um grupo de pesquisa cadastrado na Instituição e vinculado a uma área de

concentração de um programa de pós-graduação stricto sensu; estar em exercício de

docência e pesquisa na Instituição com carga horária de 40 horas e ter a carta de aceite

do supervisor da instituição receptora. O estágio pós-doutoral pode ser concedido por

um período mínimo de seis e um máximo de doze meses.

O incentivo ao estágio pós-doutoral ocorre por meio de liberação da carga

horária e pagamento de 30 horas semanais, para os docentes vinculados aos programas

de pós-graduação, e, em caráter excepcional, podem ser concedidas 20 horas semanais

aos não vinculados. O professor deverá receber bolsa de uma agência de fomento

nacional ou internacional, exigência essa que poderá, em caráter excepcional, ser

dispensada. De acordo com a Secretaria Geral (2014), foram beneficiados com o auxílio

para realização do estágio pós-doutoral sete professores em 2012, oito em 2013 e seis

em 2014.

Para mestrado, a PUC Minas concede bolsas de estudo de 50% em cursos

realizados na própria Instituição ou em outra, atendendo à cláusula 22ª do Acordo

Page 130: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

130

Coletivo de Trabalho, firmado entre o Sindicato dos Professores do Estado de Minas

Gerais (SINPRO/MG) e a Sociedade Mineira de Cultura (SMC), com interveniência da

ADPUC. Em 2014, foram beneficiados 42 professores em processo de titulação para

esse nível, sendo 45% deles realizados na própria Instituição. A tabela 19 apresenta o

panorama do processo de titulação do corpo docente de 2012 a 2014.

Tabela 19 – Panorama do processo de titulação do corpo docente de 2012 a 2014

Curso 2012 2013 2014

Mestrado

Doutorado

Estágio pós-doutoral

52

192

07

47

203

08

42

200

06

TOTAL 251 258 248 Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação; Plataforma PUC de Currículos. PPCD -

Programa Permanente de Capacitação Docente.

Relatório de Atividades. PUC Minas, 2014. Adaptado pela CPA.

A tabela 19 apresenta o número de professores em processo de formação no ano

indicado, o que significa que se pode ter um mesmo professor contabilizado em dois ou

mais anos, principalmente, no caso do doutorado. Ainda assim, esses dados indicam um

esforço conjunto – da PUC Minas e do docente – em prol do aperfeiçoamento e

fortalecimento da Instituição e do indivíduo.

Com objetivo de valorizar a atuação do docente, a cada intervalo de três anos a

Câmara do Departamento realiza a avaliação do desempenho funcional e acadêmico do

professor, tomando por subsídio o resultado da avaliação docente conduzida pela CPA,

como determina o Art. 32 do Estatuto da Carreira Docente. Os resultados desse

processo avaliativo são considerados como referências para a promoção do docente,

como prevê os Artigos 35 e 36 do mesmo Estatuto (PUC MINAS, 2012). No caso do

professor recém-admitido, a respectiva avaliação de desempenho funcional e acadêmico

ocorrerá após o efetivo exercício de suas atividades durante dois semestres letivos.

A promoção dos docentes ocorre de forma horizontal e vertical. Na promoção

horizontal, o critério de sua concessão é o mérito, independentemente da existência de

vaga, como define o Art. 34 do Estatuto da Carreira Docente. Essa modalidade não tem

época definida de realização, podendo ser requerida pelo interessado a qualquer

momento, resguardado o interstício de três anos de exercício do magistério na

Instituição, contados a partir da data do requerimento precedente. (PUC MINAS, 2012).

O requerimento da promoção horizontal é analisado pela Câmara do

Page 131: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

131

Departamento, levando em conta o resultado da mais recente avaliação de desempenho

realizada pela CPA, em que se consideram como referência os seguintes fatores:

participação em atividades, eventos e cursos voltados ao aperfeiçoamento e atualização

acadêmica; desenvolvimento de atividades relacionadas ao ensino, à pesquisa e à

extensão; exercício de funções ou cargos acadêmico-administrativos na Universidade;

desenvolvimento de atividades técnico-profissionais externas à Universidade, em área

de conhecimento relacionada à atuação docente e sua produção científica. (PUC

MINAS, 2012).

A promoção do docente na modalidade vertical independe da existência de vaga

e ocorre mediante comprovação pelo integrante da carreira docente da obtenção do

título adequado à categoria postulada e requerimento à Reitoria, que o submeterá à

análise da CCPD, de acordo com os Art. 37 e 38 do Estatuto da Carreira Docente. (PUC

MINAS, 2012).

Outra forma de incentivar o desenvolvimento do corpo docente reside no apoio

concedido para a participação em eventos de caráter acadêmico-técnico-científicos,

como demonstra a tabela 20.

Tabela 20 – Dados sobre a concessão de auxílio viagem ao corpo docente, no

período de 2013 e 2014

Tipo

Docente da PUC Minas Docente

Convidado Total

Evento nacional Evento

internacional

2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014

Apresentação

Outros

Banca

26

51

-

49

58

-

43

04

48

19

-

22

-

148

27

-

154

91

55

148

124

77

154

Total 77 107 47 67 170 181 294 355

% de aumento 38,96% 42,55% 6,47% 20,75

Fonte: Adaptado de Relatórios de Atividades. PUC MINAS, 2013a e 2014.

Em 2014, a Instituição concedeu 174 auxílios-viagem aos seus professores,

sendo 97 deles destinados à apresentação de trabalhos resultantes de projetos de

pesquisa em eventos nacionais e internacionais. Foram concedidos, ainda, 181 auxílios-

viagem a docentes convidados, sendo 154 destinados à participação em bancas na PUC

Minas, contabilizando-se a concessão de um total de 355 auxílios-viagem. Em relação

aos auxílios viagem concedidos em 2013, constata-se um aumento de 38,96% na

participação em eventos nacionais; 42,55% em eventos internacionais; 6,47% de

docentes convidados e um aumento global de 20,75%. (PUC MINAS, 2013, 2014).

Page 132: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

132

A realização da Semana de Avaliação e Planejamento é outra estratégia para

capacitação do corpo docente, adotada pela PUC Minas. Esse evento, sob a coordenação

da PROGRAD, realiza-se semestralmente e consiste em reuniões com a participação de

todo o corpo docente e representantes da estrutura acadêmico-organizacional da

Universidade. Essa estratégia já se consolidou como uma prática institucional, sendo

referenciada como um instrumento de gestão. Por meio dela viabiliza-se a atualização

do conhecimento dos docentes, estimula-se o planejamento das atividades, o diálogo e a

proposição de medidas que visem ao aperfeiçoamento individual e institucional.

Nestas semanas, é ofertada uma série de atividades, dentre reuniões com

professores, colegiados de curso e NDE’s. Nelas são analisadas e debatidas questões

relativas ao planejamento do próximo semestre; projetos pedagógicos de curso;

apresentação de projetos de pesquisa e extensão; debates sobre a reforma política;

processos do ENADE; avaliação institucional e docente; avaliação de trabalhos de

conclusão de curso, dentre outros, com foco nas especificidades de cada curso.

Com foco no aperfeiçoamento de habilidades gerenciais e acadêmicas, no

período de 2012 a 2015, a Instituição realizou programas de treinamento e

desenvolvimento destinados ao corpo técnico-administrativo e docente. Especificamente

para o corpo docente, foram realizados três eventos, como demonstra o quadro 3.

Quadro 3 – Programas de treinamento e desenvolvimento para o corpo docente,

realizados no período de 2012 a 2015

Evento Tipo de

evento

Carga

horária

Quantidade

de

participantes

II Encontro com Coordenadores de Curso,

Chefes de Departamento e Diretores de

Institutos e Faculdades

Mesa

redonda

03 100

Instrumentos Normativos aplicados à

atividade de Coordenação na PUC Minas

Seminário 04 68

Liderança Consciente Workshop 08 26 Fonte: SMC. Gerência de desenvolvimento de pessoas/Treinamento, 2015.

Os eventos realizados atenderam a demandas identificadas pela área de

desenvolvimento de pessoas, integrante da estrutura organizacional da mantenedora. O

desenvolvimento de habilidades comportamentais foi a essência do evento do qual

participaram os representantes da estrutura acadêmica da PUC Minas – coordenadores

de curso, chefes de departamento, diretores de institutos e de faculdades. Os aspectos

Page 133: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

133

técnicos e processuais foram a tônica de condução do seminário conduzido junto aos

coordenadores de curso, para discussão dos instrumentos normativos afetos ao exercício

da atividade. O desenvolvimento de habilidades e competências da liderança foi o foco

do workshop, do qual participaram gestores de diversos setores da Universidade.

As informações ora apresentadas, referentes à gestão da carreira docente,

possibilitam identificar coerência entre o plano e a ação efetiva da Instituição no sentido

de assegurar condições de trabalho que valorizam e estimulam o corpo docente. Nessa

direção, salienta-se uma iniciativa pioneira com o objetivo de se estabelecer um

processo democrático na construção e aprimoramento conjuntos dos processos

avaliativos. Abriu-se uma consulta pública direcionada aos professores e postada no

Sistema de Gestão Acadêmica no final do segundo semestre de 2015, com a

disponibilização do questionário e o acolhimento das sugestões, possibilitando a

participação do corpo docente, mediante o estabelecimento de uma rede de colaboração

da comunidade acadêmica, o que viabilizará a melhoria do processo e dos instrumentos

de avaliação.

2.4.2. Políticas de Pessoal para o Corpo Técnico-Administrativo

A Pró-reitoria de Recursos Humanos é o setor responsável por propor políticas e

estratégias de recursos humanos, bem como executar as atividades de administração e

desenvolvimento de recursos humanos, de assessoramento na melhoria da execução das

atividades de suporte administrativo, financeiro e acadêmico e de aprimoramento dos

processos e da estrutura organizacional da Universidade. A composição do corpo

técnico-administrativo na PUC Minas, no ano de 2014, foi de 2.347 funcionários, que

exercem atividades de apoio, administrativas ou técnicas, no âmbito da Instituição.

A PUC Minas oferece alguns benefícios para o corpo técnico-administrativo, tais

como auxílio-creche para as funcionárias, por até seis meses após o nascimento do filho;

plano de saúde Unimed; previdência complementar; seguro de vida; vale-transporte.

Atendendo às negociações com os sindicatos das categorias, a Instituição também

disponibiliza bolsas de estudos para seu corpo funcional, em casos de inserção em

cursos de graduação, podendo variar o percentual de desconto até o limite de 100%.

Para a pós-graduação lato sensu, são ofertadas bolsas de acordo com o acordado com o

sindicato e programa interno de incentivo, podendo chegar até 70% de desconto nas

Page 134: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

134

mensalidades, em função de vagas remanescentes. As bolsas para pós-graduação stricto

sensu são também fruto da negociação sindical, sendo ofertada uma bolsa de até 50%

por programa. A PUC Minas entende que o incentivo de bolsas proporciona aos

funcionários uma contínua qualificação e atualização. Nesse sentido, as tabelas

seguintes apresentam alguns dados referentes à qualificação do corpo técnico-

administrativo da PUC Minas (Tabela 21), bem como o histórico de sua formação

(Tabela 22).

Tabela 21 - Bolsas concedidas na Instituição ao corpo técnico-administrativo da

PUC Minas – 2012-2014

Tipo de Bolsa 2012 2013 2014 2015

Total % Total % Total % Total %

Graduação

Especialização

Mestrado

Doutorado

1.745

65

24

2

95,04

3,54

1,31

0,11

1.272

83

31

5

91,45

5,97

2,23

0,35

1.223

206

23

5

83,94

14,14

1,58

0,34

1.536

254

23

5

84,49

13,97

1,27

0,27

Total Geral 1.836 100 1.391 100 1.457 100 1.818 100

Fonte: Relatório contabilizado DW - DM Bolsa.

De acordo com os dados fornecidos, nos anos de 2012 a 2015 a Instituição

proporcionou ao corpo técnico-administrativo o benefício de bolsas para a sua

formação. Os benefícios concedidos foram para a graduação, especialização, mestrado e

doutorado. Quanto à escolaridade do corpo técnico-administrativo, observa-se um

pequeno aumento no número de funcionários com formação até o ensino fundamental e

ensino superior, e os demais sofreram uma pequena queda, entre os anos de 2012 e

2014, como pode ser observado na tabela 22.

Page 135: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

135

Tabela 22 - Escolaridade do corpo técnico administrativo, considerando os anos de

2012, 2013 e 2014

FORMAÇÃO 2012 2013 2014

Total % Total % Total %

Até Ensino Fundamental 339 15,1 382 16,7 391 17

Ensino Médio (2º grau) 837 37,4 760 33,3 855 36

Ensino Superior 776 34,6 903 39,5 871 37

Especialização (lato sensu) 230 10,3 195 8,5 189 08

Mestrado/Doutorado (stricto sensu) 59 2,6 45 2,0 41 02

Total 2.241 100,0 2.285 100,0 2.347 100,0

Fonte: Pró-reitoria de Recursos Humanos; INT - Banco de Currículos Internos; SISPRO. Dados de

2014 extraídos em fev./2015.

Para a capacitação do corpo técnico-administrativo são oferecidos treinamentos,

entendidos pela Instituição como uma forma de educação corporativa, já que envolvem

a transmissão de conhecimentos específicos e relativos ao trabalho, atitudes

corporativas, aspectos das tarefas e do ambiente de desenvolvimento de competências

organizacionais e individuais. É de responsabilidade da Diretoria de Recursos Humanos

(DRH)/Gerência de Desenvolvimento de Pessoas (GDP) a elaboração anual e o

levantamento de necessidades de treinamento, em conformidade com as demandas

encaminhadas pelos gestores, que são os responsáveis pelo mapeamento das

necessidades de capacitação profissional em suas equipes. Cabe a eles informar suas

percepções à DRH, para que possam integrar o levantamento de necessidades de

treinamento. As solicitações são encaminhadas à GDP, que analisa e responde às

solicitações de treinamento (individuais ou destinadas a equipes). Caso a solicitação

seja aprovada pelo DRH, a GDP elabora o programa de treinamento e desenvolvimento,

de acordo com o Levantamento de Necessidades de Treinamento e em conformidade

com os objetivos e interesses da Instituição.

A PRORH ofertou 54 treinamentos entre 2012 e 2015, com o intuito de

atualização profissional para o corpo técnico-administrativo. Os principais tipos de

treinamento realizados foram:

a) Comportamental: esse tipo de treinamento estendeu-se para todos os

funcionários. Temas abordados: Etiqueta Profissional, Programa de

Capacitação de Deficientes para o Trabalho, Capacitação de Pessoas com

Deficiência, Gestão Econômica de Recursos, Integrando Equipes de

Trabalho para a Qualidade em Serviços, Liderança Consciente, Palestra "O

Novo Perfil Profissional", Programa de Acompanhamento de Funcionários

Page 136: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

136

PD's, Programa de Capacitação no Trabalho para Deficientes, Programa de

Desenvolvimento de Competências, Segurança Digital e Treinamento

Introdutório.

b) Gerencial: foram realizados principalmente para atender à necessidade de

capacitação no trabalho para gestores. Temas abordados: Programa de

Desenvolvimento de Competências (Desenvolvimento de Liderança,

Liderança Assertiva), Formação de Líderes - Gestão Emocional, COMRH

2015 e Workshop "Liderança Consciente".

c) Técnico: apenas para cargos específicos. Temas abordados: A Arte de Falar

em Público, Capacitação de Prepostos de Recursos Humanos, Configuring

Advanced Windows Server 2012, Controle e Erradicação da Brucelose e

Tuberculose, Curso Marc 21 - Formato Bibliográfico, Fórum das Relações

Trabalhistas, Gestão de Compras e Estoque, Installing and Configuring

Windows Server 2012, NR-35 Trabalho em Altura, Operador de Caldeira,

Plano de Gerenciamento de Resíduos, Redes Sociais para Empresas,

Trabalho em altura (já consta acima), XIII Encontro Nacional dos Usuários

da Rede Pergamum e XVII Seminário Nacional de Bibliotecas

Universitárias.

O gráfico 31 apresenta os tipos de treinamentos e o número de funcionários

participantes nos anos de 2012 e 2015.

Page 137: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

137

Gráfico 31 – Número de funcionários que participaram dos tipos de treinamentos

nos anos de 2012 a 2015 na PUC Minas

Fonte: PRORH. PUC Minas, 2015.

Em cumprimento à missão e aos valores da Instituição, os treinamentos

comportamentais são fundamentais para propiciar aos funcionários uma melhoria na

qualidade dos serviços prestados, e neles houve a maior participação do corpo técnico-

administrativo, no período entre 2012 a 2015, seguido do técnico e depois do gerencial.

As ações de aperfeiçoamento e qualificação profissional são realizadas sob a demanda

dos setores. Geralmente, são realizados treinamentos necessários para lidar com

modificações técnicas ou de procedimentos rotineiros de determinado setor. (PORTAL

– PUC Minas, 2014).

De acordo com as informações encontradas no Portal RH (PUC MINAS, 2014),

mantidas pela PRORH, a estrutura de cargos e salários da Instituição é entregue aos

gestores a cada três anos e está organizada de acordo com os diversos cargos e funções

que a compõem. Essa estrutura possui aproximadamente 100 cargos genéricos, que

abrigam uma multiplicidade de funções, distribuídas de acordo com as suas

particularidades e requisitos formais.

Os mecanismos de ascensão na carreira estão alinhados com a existência de

vagas nos setores. A política de remuneração, por sua vez, ampara-se em levantamento

de dados constantes do mercado, com vistas a estabelecer uma remuneração adequada

Page 138: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

138

no que diz respeito à média regional das empresas que exercem cargos e funções

semelhantes às da PUC Minas. As tabelas salariais são elaboradas conforme as áreas de

atuação ou regiões geográficas nas quais a PUC Minas atua. (PUC MINAS, 2014).

O processo de admissão e contratação dos profissionais que irão compor o

quadro de funcionários da PUC Minas está amparado pela Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT) e pode ocorrer de duas formas: contratação por prazo indeterminado e

contratação por prazo determinado. Esse processo realiza-se com base na aprovação das

solicitações de contratação junto à DRH, que recebe e analisa as solicitações de

contratação de profissional técnico-administrativo para determinado setor. A Tabela 23

apresenta dados sobre o processo de seleção de funcionários na PUC Minas.

Tabela 23 – Processos de seleção do corpo técnico-administrativo – PUC MINAS,

2012-2014

PROCESSO

2012 2013 2014

Pro

cess

os

Pa

rtic

ipa

nte

s

Pro

cess

os

Pa

rtic

ipa

nte

s

Pro

cess

os

Pa

rtic

ipa

nte

s

Avaliação de conhecimentos de informática

Avaliação psicológica

Avaliação psicológica (empresa externa)

Entrevista coletiva

Entrevista psicológica individual

Entrevista psicológica individual - PPD

Provimento interno

89

02

525

25

2.225

75

33

89

02

525

315

2.225

75

341

93

-

837

20

1.017

492

33

93

-

837

235

1.017

492

300

87

-

819

10

1.070

209

34

87

-

819

85

1.070

209

194

Total 2.941 3.256 2.492 2.759 2.229 2.464

Fonte: Sociedade Mineira de Cultura/Gerência de Desenvolvimento de Pessoas.

PPD - pessoa portadora de deficiência.

O processo de recrutamento e seleção dos candidatos leva em consideração o

quadro de vagas aprovado e o orçamento anual previsto para o corpo funcional da

Instituição. No processo de recrutamento de pessoal administrativo, a seleção é

realizada por meio da análise de currículo, entrevista e avaliação psicológica, e

contempla, ainda, uma avaliação do gestor do setor em que o contratado vai atuar. (PUC

MINAS, 2014). A PRORH realiza estudos para verificar a possibilidade de criação de

procedimentos para avaliação de desempenho do corpo técnico-administrativo, os quais

Page 139: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

139

poderão servir de balizadores para sua ascensão profissional.

Cabe ressaltar que as relações de trabalho para essa categoria são ajustadas

através do acordo coletivo de trabalho com o Sindicato das Escolas Particulares de

Minas Gerais (SINEP/MG) e mantém as relações sindicais próprias, como as

estabelecidas com o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas

Gerais (SAAE/MG), o Sindicato dos Radialistas, e outros vinculados à função técnica

exercida no âmbito da Sociedade Mineira de Cultura.

Considerando as ações promovidas em prol do desenvolvimento do corpo

docente e técnico-administrativo da PUC Minas, podem ser destacadas algumas

potencialidades:

Existência de políticas que permitem uma contínua qualificação do corpo

docente e técnico-administrativo.

A crescente qualificação do corpo docente, nos últimos anos, demonstra que a

IES dispõe de um quadro de profissionais com habilidades e competências, que

buscam garantir uma educação de qualidade.

A PUC Minas garante, pelo seu Regimento e Estatuto, a participação dos

docentes nos processos decisórios e em cargos eletivos, no nível dos cursos, o

que os torna democráticos.

Em contrapartida, alguns desafios e necessidades de aprimoramento também

podem ser vislumbrados, dentre os quais podem ser destacados:

Ausência de critérios objetivos para alguns aspectos da progressão da carreira de

funcionários.

Incorporação da valorização do aumento da escolaridade na carreira dos

funcionários.

Potencializar o preenchimento de vagas para docentes, em processos de seleção

interna.

Buscar novas fontes de recrutamento ou investir mais na divulgação dos editais

de seleção externa, de modo a obter os candidatos adequados ao preenchimento

das vagas de professor.

Page 140: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

140

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A autoavaliação na PUC Minas já se consolidou como um processo dinâmico e

contínuo, integrado à cultura institucional. Os procedimentos, diretrizes e políticas

definidas para a condução da autoavaliação na Instituição vêm sendo aplicados e

aprimorados desde 2003, antes mesmo do advento do marco regulatório instituído em

2004.

A evolução dos processos avaliativos ganhou solidez e consistência por sua

natureza participativa e pelo engajamento e comprometimento da comunidade

acadêmica. Assim instaurada, a cultura de autoavaliação apresenta um caráter formativo

e diagnóstico, por possibilitar a identificação de potencialidades e fragilidades, a

investigação do cumprimento dos objetivos, missão, visão, políticas e diretrizes

institucionais, a avaliação de necessidades de aperfeiçoamento nos níveis operacional,

tático e estratégico, no âmbito da gestão, acadêmico e pedagógico. O processo de

autoavaliação na PUC Minas configura-se como uma iniciativa de reflexão e

autoconsciência, tendo como norteador a promoção da melhoria da gestão e da

qualidade do ensino.

No que tange à gestão, os anos de 2014 e 2015 representaram um grande desafio

para organizações de todos os setores econômicos, de modo especial para as instituições

de ensino superior. Como um prenúncio do cenário que se descortinava, a mudança das

regras de concessão de bolsas pelo Fies e a consequente redução de alunos colocou em

risco a saúde financeira das IES. A crise que se instaurou nas esferas econômica,

política e judicial no país, em decorrência de vários fatores, como a alta da inflação, o

aumento do desemprego e a redução na renda familiar, o aumento de juros, o

desequilíbrio fiscal, o aumento de gastos públicos, o corte de investimentos e os vários

casos de corrupção indicaram a falta de confiança nos governantes e uma trajetória de

recessão no país. O esforço por se adaptar a esse novo cenário postergou a implantação

de planos e projetos traçados, demandando uma mudança de rumos das organizações de

vários setores, em todo o país.

Apesar desse contexto desfavorável, a PUC Minas convocou a comunidade

acadêmica à reflexão e avaliação institucional, ciente de que esse clima poderia

contaminar o processo, refletindo o pessimismo geral em avaliações negativas. Mas

identificou-se que os corpos discente, docente e administrativo conduziram o processo

Page 141: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

141

de autoavaliação com isenção, reconhecendo que a Instituição manteve inalterado o

nível de qualidade do ensino.

Page 142: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

142

PARTE II

Avaliação dos Conteúdos, Habilidades e Competências no âmbito dos cursos da

Área de Ciências Sociais Aplicadas, Área da Saúde e o Serviço Social

Page 143: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

143

1. INTRODUÇÃO

A avaliação institucional é fundamental para o aprimoramento das ações e

projetos desenvolvidos pela Universidade. Ela subsidia o processo de produção do

conhecimento acerca do contexto institucional, apontando os aspectos críticos que

precisam ser sanados e as potencialidades em que a Instituição deve investir. Assim, a

autoavaliação é um instrumento que orienta os órgãos gestores em momentos de tomada

de decisão.

O SINAES integra três modalidades principais de instrumentos de avaliação de

Instituição de Ensino Superior aplicadas em diferentes momentos:

a) Avaliação das Instituições de Educação Superior, através de avaliação interna

(autoavaliação), coordenada pela CPA e avaliação externa realizada por

comissões designadas pelo INEP.

b) Avaliação dos Cursos de Graduação, por meio de instrumentos e procedimentos

que incluem visitas in loco de comissões externas.

c) Avaliação do Desempenho dos Estudantes (Exame Nacional de Avaliação de

Desempenho dos Estudantes – ENADE). Esse exame compõe o Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e foi criado pela Lei n°

10.861, de 14 de abril de 2004.

Neste sentido, a avaliação de conteúdos, habilidades e competências realizada

pela CPA na PUC Minas, com os alunos que concluíram, pelo menos, 75% do curso,

tem como finalidade verificar o quanto os cursos contribuíram para que eles

apreendessem os conteúdos e desenvolvessem as habilidades e competências exigidas

para seu curso de graduação, em seu processo de formação.

Em 2015 foram realizados dois processos avaliativos, um no primeiro semestre,

aplicado aos alunos dos cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas, e outro no

segundo semestre, aos alunos dos cursos da área da Saúde e do Serviço Social.

Os questionários aplicados no segundo semestre sofreram uma pequena

modificação na estrutura das questões, em relação aos aplicados no primeiro semestre,

que contemplavam o grau de domínio dos alunos em relação a conteúdo, habilidades e

competências específicos de cada curso. Esta avaliação não tem como intuito identificar

como esses elementos estão sendo trabalhados nos cursos apenas para avaliar o

desempenho dos alunos para o ENADE, uma vez que os resultados obtidos contribuem

Page 144: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

144

para uma leitura mais ampla e que diz respeito à dimensão da formação acadêmica do

corpo discente. Desse modo, os resultados encaminhados aos cursos subsidiam as

decisões das coordenações e colegiados, contribuindo para a adoção de medidas, a fim

de dirimir os problemas e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem dos discentes.

Seguindo o ciclo do ENADE, no primeiro semestre de 2015 (maio e junho),

foram aplicados os questionários aos alunos dos cursos da área das Ciências Sociais

Aplicadas. Entretanto, com as modificações realizadas para o segundo semestre, essa

avaliação é antecipada em um ano, para que os cursos recebam os resultados um ano

antes da realização do ENADE. Assim, em 2015, foi necessário realizar duas aplicações

de questionário: uma no primeiro semestre, nos meses de maio e junho, para os cursos

da área das Ciências Sociais Aplicadas; e outra no segundo semestre, nos meses de

novembro e dezembro, para os cursos da área da Saúde e do Serviço Social, cujos

alunos farão ENADE em novembro de 2016.

As portarias do INEP estabelecem que os alunos aptos para o ENADE sejam

aqueles que concluíram 80% da carga horária mínima do currículo dos cursos de

graduação, e 75% para os concluintes dos cursos superiores de tecnologia, e tenham,

ainda, a expectativa de conclusão do curso, até dezembro de cada ano. Baseando-se

nesses parâmetros, a CPA definiu um novo que amplia o público a responder aos

questionários, contemplando os alunos dos últimos períodos de cada curso, uma vez que

esses concluíram praticamente toda ou quase toda grade curricular. No processo

avaliativo que ocorreu no primeiro semestre e no do segundo semestre definiu-se,

portanto, pelos alunos que concluíram, no mínimo, 75% da grade curricular. Assim,

ampliou-se o alcance da avaliação de conteúdos, habilidades e competências ao maior

número de alunos concluintes e que cumpriram grande parte dessa grade. Atendendo à

solicitação das coordenações de três cursos de Enfermagem (Betim, Coração

Eucarístico e Poços de Caldas), esse percentual abrangeu também os alunos com mais

de 60% de conclusão desses cursos.

A CPA adotou a pesquisa quantitativa, com aplicação de questionários contendo

questões fechadas, contemplando conteúdos geral e específico e as habilidades e

competências gerais e específicas. O conteúdo geral contempla temáticas relativas à

formação de um profissional ético, competente e comprometido com a sociedade, que,

para além de ter o domínio de conhecimentos e de níveis diversificados de

competências e capacidades para perfis profissionais específicos, espera-se que

Page 145: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

145

evidencie a compreensão de temas que transcendam ao seu ambiente próprio de

formação e alcance as demandas e desafios postos para a sociedade. O conteúdo

específico de cada área identifica necessidades, demandas e problemas do processo de

formação, considerando-se as exigências sociais, econômicas, políticas, culturais e

éticas, assim como os princípios expressos nas diretrizes curriculares nacionais de cada

curso.

As habilidades e competências gerais e específicas definidas para cada perfil

profissional deverão encontrar no processo de formação superior um terreno fértil para

seu desenvolvimento. Assim, espera-se que os cursos consigam oferecer as condições

necessárias para que os alunos desenvolvam as habilidades e competências gerais e

específicas concernentes à sua atuação profissional, a fim de que se tornem profissionais

competentes tecnicamente e comprometidos com as questões mais gerais da sociedade.

A primeira versão desses questionários foi encaminhada aos coordenadores de

cursos, a fim de que eles contribuíssem para aprimorá-los, modificá-los, se necessário, e

validar seu conteúdo. Ao serem cadastrados no sistema, eles passaram por um pré-teste,

com o intuito de identificar problemas a serem sanados antes da sua disponibilização

aos alunos. Os questionários aplicados aos alunos dos cursos da área das Ciências

Sociais Aplicadas ficaram disponíveis no SGA nos meses de maio e junho de 2015, e os

dos alunos dos cursos da área da Saúde e o Serviço Social ficaram disponíveis nos

meses de novembro e dezembro do mesmo ano.

Os trabalhos de sensibilização e de mobilização dos alunos para aderirem ao

processo avaliativo, tanto em uma quanto na outra área do conhecimento, aconteceram

numa etapa anterior à sua aplicação, com e-mail encaminhado aos coordenadores de

curso, aos representantes de CPA de campi e unidades, aos diretores de institutos,

dentre outros sujeitos, informando-os sobre a realização do processo de avaliação.

Durante o período de aplicação dos questionários, foram encaminhados relatórios

estatísticos de respostas parciais, para que tanto coordenadores e diretores quanto

representantes da CPA intensificassem o trabalho de sensibilização e mobilização dos

alunos para participação.

Além desses sujeitos, outros foram acionados para contribuírem com a condução

dos trabalhos nas duas avaliações, como a GTI, para dar suporte técnico na utilização

desses sistemas e a Secretaria de Comunicação, ao disponibilizar os veículos de

comunicação da PUC para divulgação. Outras estratégias de sensibilização e de

Page 146: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

146

divulgação da avaliação foram adotadas internamente, como encaminhamento de e-mail

aos alunos, por meio do PPA, divulgação na fanpage da CPA etc.

Foram cadastrados um total de 6.608 alunos dos cursos da área das Ciências

Sociais Aplicadas para responderem aos questionários, o que foi feito por 2.910 alunos,

o que equivale a 44,04% do total dos cadastrados. 3.698 não responderam ao

questionário, ou seja, um valor equivalente a 55,96% do total de alunos cadastrados.

O total de alunos cadastrados dos cursos da área da Saúde e Serviço Social foi

843, e, destes, 519 alunos, o que equivale a 61,57%, responderam aos questionários que

foram disponibilizados no SGA, e 324 alunos, o que equivale a 38,43%, não

responderam a eles. Observa-se, a partir da comparação dos resultados apresentados no

gráfico, que houve uma adesão maior dos alunos dos cursos da área da Saúde e do

Serviço Social. O gráfico a seguir mostra esses resultados para as duas áreas.

Gráfico 32 - Quantidade de respondentes por cursos das Ciências Sociais

Aplicadas e da Área da Saúde e do Serviço social – 2015 (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

O quadro a seguir mostra o quantitativo de alunos cadastrados, respondentes e

não respondentes por curso campus/unidade da área das Ciências Sociais Aplicadas.

Page 147: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

147

Quadro 4 – Quantitativo de cadastrados, respondentes e não respondentes por

curso campus/unidade da área das Ciências Sociais Aplicadas - 2015

CURSO CADASTRADOS RESPONDENTES NÃO

RESPONDENTES

PERCENTUAL DE

RESPONDENTES

Administração - EAD 34 18 16 52,94

Administração - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 186 65 121 34,95

Administração - (ARCOS) 99 27 72 27,27

Administração - (BETIM) 88 42 46 47,73

Administração - (BARREIRO) 126 48 78 38,10

Administração - (CONTAGEM) 199 90 109 45,23

Administração - (GUANHÃES) 38 11 27 28,95

Administração - (POÇOS DE CALDAS) 164 63 101 38,41

Administração - (PRAÇA DA

LIBERDADE) 126 48 78 38,10

Administração - (SÃO GABRIEL) 65 30 35 46,15

Administração (Com. Ext.) - (ARCOS) 1 0 1 0,00

Administração (Empr. G. Estr.) - (SÃO

GABRIEL) 138 64 74 46,38

Ciências Contábeis - (BARREIRO) 121 49 72 40,50

Ciências Contábeis - (CONTAGEM) 117 59 58 50,43

Ciências Contábeis - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 77 33 44 42,86

Ciências Contábeis - (SÃO GABRIEL) 121 49 72 40,50

Ciências Econômicas - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 117 46 71 39,32

Direito - (ARCOS) 114 48 66 42,11

Direito - (BETIM) 372 162 210 43,55

Direito - (BARREIRO) 330 162 168 49,09

Direito - (CONTAGEM) 333 174 159 52,25

Direito - (CORAÇÃO EUCARÍSTICO) 467 205 262 43,90

Direito - (POÇOS DE CALDAS) 268 128 140 47,76

Direito - (PRAÇA DA LIBERDADE) 434 155 279 35,71

Direito - (SÃO GABRIEL) 715 337 378 47,13

Direito - (SERRO) 113 52 61 46,02

Page 148: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

148

Quadro 4 – Quantitativo de cadastrados, respondentes e não respondentes por

curso campus/unidade da área das Ciências Sociais Aplicadas – 2015 (continuação)

CURSO CADASTRADOS RESPONDENTES NÃO

RESPONDENTES

PERCENTUAL DE

RESPONDENTES

Jornalismo - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 97 48 49 49,48

Jornalismo - (SÃO GABRIEL) 60 28 32 46,67

Psicologia - (ARCOS) 82 34 48 41,46

Psicologia - (BETIM) 113 46 67 40,71

Psicologia - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 303 144 159 47,52

Psicologia - (POÇOS DE CALDAS) 75 44 31 58,67

Psicologia - (SÃO GABRIEL) 209 119 90 56,94

Publicidade e Propaganda - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 171 72 99 42,11

Publicidade e Propaganda - (POÇOS DE

CALDAS) 67 18 49 26,87

Publicidade e Propaganda - (SÃO

GABRIEL) 75 30 45 40,00

Relações Internacionais - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 195 81 114 41,54

Relações Públicas - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 102 43 59 42,16

Teologia - (CORAÇÃO EUCARÍSTICO) 17 5 12 29,41

Gestão de Turismo - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 6 3 3 50,00

Gestão Financeira - (BARREIRO) 35 11 24 31,43

Logística - (BARREIRO) 38 19 19 50,00

TOTAL 6.608 2.910 3.698 44,04

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Foram 42 cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas da PUC Minas a

participarem da avaliação que foi realizada em 2015. Pode-se observar, pelos números

do quadro, que destes, 23 cursos obtiveram uma adesão de alunos que ficou na faixa de

40% em relação ao total de alunos cadastrados de cada curso; sete cursos obtiveram

uma adesão na faixa de 50% de respondentes; em sete cursos a adesão atingiu uma faixa

de 30%; quatro cursos tiveram uma adesão que ficou na faixa de 20%. No curso de

Administração, com ênfase em Comércio Exterior, no campus de Arcos, havia um aluno

selecionado para participar da pesquisa, o qual não respondeu ao questionário. O quadro

a seguir mostra o quantitativo de alunos cadastrados, respondentes e não respondentes

por curso campus/unidade da área da Saúde e do Serviço Social da PUC Minas.

Page 149: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

149

Quadro 5 – Quantitativo de cadastrados, respondentes e não respondentes por

curso campus/unidade da Área das Ciências Sociais Aplicadas - 2015

CURSO CADASTRADOS RESPONDENTES NÃO

RESPONDENTES

PERCENTUAL DE

RESPONDENTES

Educação Física - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 94 44 50 46,81

Enfermagem - (ARCOS) 21 5 16 23,81

Enfermagem - (BETIM) 53 32 21 60,38

Enfermagem - (BARREIRO) 32 26 6 81,25

Enfermagem - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 69 61 8 88,41

Enfermagem - (POÇOS DE CALDAS) 32 24 8 75,00

Fisioterapia - (BETIM) 30 23 7 76,67

Fisioterapia - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 61 35 26 57,38

Fisioterapia - (POÇOS DE CALDAS) 20 6 14 30,00

Fonoaudiologia - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 19 17 2 89,47

Medicina Veterinária - (BETIM) 91 57 34 62,64

Medicina Veterinária - (POÇOS DE

CALDAS) 87 68 19 78,16

Nutrição - (BARREIRO) 67 37 30 55,22

Odontologia - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 111 51 60 45,95

Serviço Social - (CONTAGEM) 18 16 2 88,89

Serviço Social - (CORAÇÃO

EUCARÍSTICO) 38 17 21 44,74

TOTAL 843 519 324 61,57

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Foram 16 cursos da área da Saúde da PUC Minas, contando com o Serviço

Social do Coração Eucarístico e de Contagem, a participarem da avaliação dos

conteúdos, habilidades e competências realizada no mesmo ano. Pode-se observar, a

partir dos números, que destes, em quatro cursos a adesão de alunos que responderam

aos questionários atingiu uma faixa de 80% de respondentes em relação ao total de

alunos cadastrados de cada curso; em três cursos essa adesão atingiu uma faixa de 70%.

Em dois cursos essa faixa ficou em 60%, em outros dois em 50%. Em três cursos, a

adesão de alunos ficou na faixa de 40%; em um curso essa mesma adesão atingiu a faixa

de 30% e, em outro, a faixa de 20%.

Page 150: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

150

2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

2.1. Área das Ciências Sociais Aplicadas

Os resultados apresentados, a seguir, foram sistematizados e organizados a partir

das respostas dos alunos que acessaram os questionários pelo SGA. Foi solicitado a eles

que assinalassem a abordagem dada pelos cursos aos conteúdos listados a seguir:

Quadro 6 - Conteúdo geral dos cursos da Área das Ciências Sociais Aplicadas

Conteúdos Abordado em

profundidade

Abordado

superficialmente

Não foi

abordado

Não sei

responder

Não

respondeu

Total de

respondentes

Arte e cultura 287 1069 648 206 700 2.910

Ciência, tecnologia e

inovação 374 1173 462 201 700 2.910

Democracia, ética e

cidadania 1093 904 102 111 700 2.910

Ecologia/biodiversid

ade 177 940 892 201 700 2.910

Globalização e

geopolítica 663 1092 312 143 700 2.910

Políticas públicas:

educação, habitação,

saneamento, saúde,

transporte,

segurança, defesa,

desenvolvimento

sustentável

844 1025 216 125 700 2.910

Relações de trabalho 1108 855 131 116 700 2.910

Responsabilidade

social: setor público,

privado, terceiro

setor

957 964 164 125 700 2.910

Sociodiversidade:

multiculturalismo,

tolerância,

inclusão/exclusão,

relações de gênero

750 999 318 143 700 2.910

Tecnologias de

Informação e

Comunicação

413 1005 601 191 700 2.910

Vida urbana e rural 317 1043 653 197 700 2.910

Violência 697 993 373 147 700 2.910

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dos 2.910 alunos que responderam aos questionários, 700 não assinalaram as

opções relacionadas à abordagem realizada pelo curso aos conteúdos do componente

geral dos questionários. Logo, 24% deixaram de responder a essa parte dos

Page 151: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

151

questionários. O gráfico a seguir apresenta os resultados apontando se os cursos

abordaram esses conteúdos, na opinião dos alunos.

Gráfico 33 – Abordagem dos cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas ao

conteúdo geral, na opinião dos alunos (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Os conteúdos mais abordados na opinião dos respondentes são “Democracia,

ética e cidadania”, atingindo um percentual de 69% (1.997) dos respondentes;

“Relações de trabalho”, com 67% (1.963) e “Responsabilidade social: setor público,

privado, terceiro setor”, com 66% (1.921) de respondentes. Em seguida, “Políticas

públicas: educação, habitação, saneamento, saúde, transporte, segurança, defesa,

desenvolvimento sustentável”, com 64% (1.869). “Sociodiversidade: multiculturalismo,

tolerância, inclusão/exclusão, relações de gênero” e “Globalização e geopolítica”

atingiram, cada um, 60% (1.755) de respondentes. Os conteúdos menos abordados, na

opinião dos respondentes, são “Ecologia/biodiversidade”, com 38% (1.117), e “Arte e

Cultura” e “Vida Urbana e Rural”, com 47% (1.356) dos respondentes. A média dos que

marcaram a opção “Não sei responder” foi de 5%.

A partir desses resultados, observa-se que os conteúdos do componente geral dos

questionários foram abordados para a grande maioria dos respondentes, haja vista que,

dos doze conteúdos do componente geral, apenas quatro ficaram com um percentual

abaixo de 50% de respostas.

O gráfico que será mostrado a seguir considerou apenas os alunos que

Page 152: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

152

assinalaram um dos níveis de abordagem do curso aos conteúdos do componente geral

dos questionários.

Gráfico 34 – Avaliação dos alunos dos cursos da área das Ciências Sociais

Aplicadas quanto ao nível de abordagem dos cursos ao conteúdo geral (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015

Observa-se pelos resultados que os conteúdos “Relações de trabalho” (1.108) e

“Democracia, ética e cidadania” (1.093 respondentes), além de serem os dois conteúdos

mais abordados pelos cursos, são também os mais aprofundados, na opinião dos alunos.

Os conteúdos “Ecologia/biodiversidade” (177) e “Arte e cultura” (287 respondentes)

foram os menos abordados e também os menos aprofundados, segundo os alunos.

O quadro, a seguir mostra a avaliação dos alunos a respeito da contribuição dos

cursos para o desenvolvimento das habilidades e competências gerais.

Page 153: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

153

Quadro 7 – Habilidades e Competências gerais dos cursos da área das Ciências

Sociais Aplicadas

Habilidades e

competências

Contribuiu

muito

Contribuiu

pouco

Não

contribuiu

Não sei

responder

Não

respondeu

Total de

respondentes

Análise crítica das

informações 1696 398 37 57 722 2.910

Argumentação

coerente 1549 512 66 61 722 2.910

Estabelecimento de

relações,

comparações e

contrastes em

diferentes situações

1414 611 80 83 722 2.910

Extração de

conclusões por

indução e/ou dedução

1360 653 80 95 722 2.910

Identificação de

contradições 1370 634 96 88 722 2.910

Leitura e

interpretação de

textos

1595 479 59 55 722 2.910

Questionamento da

realidade 1527 498 97 66 722 2.910

Realização de

escolhas avaliando

consequências

1341 638 111 98 722 2.910

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015

Dos 2.910 alunos que responderam aos questionários, 722 não assinalaram as

opções relacionadas à contribuição dos cursos para o desenvolvimento das habilidades e

competências gerais. Logo, 25% destes deixaram de responder a essa parte dos

questionários.

Foi perguntado aos alunos o quanto o curso contribuiu para que eles

desenvolvessem as habilidades e/ou competências. O gráfico apresenta os resultados

apontando se os cursos contribuíram para o desenvolvimento das habilidades e

competências gerais, na opinião dos respondentes.

Page 154: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

154

Gráfico 35 – Contribuição dos cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas para

desenvolvimento das habilidades e competências gerais, na opinião dos alunos (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Segundo a grande maioria dos alunos, os cursos contribuíram para o

desenvolvimento das habilidades e competências gerais. Em todas as habilidades e

competências, o gráfico mostra um percentual acima de 65% de respondentes que

reconhecem a contribuição dos cursos para o desenvolvimento de sua formação. Uma

média de 3% dos respondentes considera que os cursos não contribuíram para o

desenvolvimento das habilidades e competências gerais, e uma média de 3% marcou a

opção “não sei responder”.

O gráfico que será mostrado a seguir considerou apenas os alunos que

assinalaram uma das formas de contribuição dos cursos para o desenvolvimento das

habilidades e competências gerais.

Page 155: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

155

Gráfico 36 – Forma de contribuição dos cursos da área das Ciências Sociais

Aplicadas para o desenvolvimento das habilidades e competências gerais (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Os respondentes reconheceram que os cursos contribuíram de alguma forma

para o desenvolvimento das habilidades e competências gerais. Mais de 65%

reconhecem que os cursos contribuíram muito. A competência “Análise crítica das

informações” (1.696) foi a que alcançou o índice mais alto de respondentes, e as

competências “Realização de escolhas avaliando consequências” (1.341), “Extração de

conclusões por indução e/ou dedução” (1.360) e “identificação de contradições” (1370)

atingiram o menor índice de respondentes.

2.2. Área da Saúde e o Serviço Social

Foi solicitado aos alunos que assinalassem o quanto o curso contribuiu para que

apreendessem os conteúdos listados a seguir, considerando 1 como “não contribuiu” e 5

como “contribuiu muito. Os resultados apresentados foram sistematizados e

organizados a partir das respostas dos alunos que acessaram os questionários pelo SGA.

Page 156: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

156

Quadro 8 - Conteúdo geral dos cursos da área da Saúde e o Serviço Social

Conteúdo geral 1

(nã

o

con

trib

uiu

)

2 3 4 5

(co

ntr

ibu

iu

mu

ito)

o s

ei

resp

on

der

o

resp

on

deu

To

tal

de

resp

on

den

tes

Arte e cultura 84 101 122 101 96 9 6 519

Ciência, tecnologia e sociedade 47 85 141 127 106 7 6 519

Democracia, ética e cidadania 34 56 108 137 175 3 6 519

Ecologia 75 96 151 116 65 10 6 519

Globalização e política internacional 82 99 129 121 74 8 6 519

Inovação tecnológica 56 101 135 120 95 6 6 519

Políticas públicas: educação, habitação,

saneamento, saúde, transporte, segurança,

defesa e questões ambientais

26 53 96 121 209 8 6 519

Relações de trabalho 17 51 95 141 200 9 6 519

Responsabilidade social: setor público,

privado, terceiro setor 31 46 103 134 190 9 6 519

Sociodiversidade e multiculturalismo:

violência, tolerância, inclusão/exclusão,

relações de gênero

45 66 105 123 166 8 6 519

Tecnologias de Informação e

Comunicação 70 88 136 107 103 9 6 519

Vida urbana e rural 58 83 142 112 106 12 6 519

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dos 519 alunos que responderam aos questionários, seis não assinalaram as

opções relacionadas à contribuição do curso para a apreensão dos conteúdos do

componente geral. Logo, 1,16% deixou de responder a essa parte dos questionários. O

gráfico a seguir apresenta os resultados apontando a contribuição dos cursos para que os

alunos apreendessem esses conteúdos, considerando 1 como “não contribuiu” e 5 como

“contribuiu muito”.

Page 157: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

157

Gráfico 37 – Contribuição dos cursos da Área da Saúde e o Serviço Social para

apreensão do conteúdo geral, na opinião dos alunos (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Os resultados que o gráfico apresenta mostram que o percentual de respondentes

que assinalou a opção “1 (não contribuiu)” para todos os conteúdos ficou abaixo de

20%. Ao somar esse percentual com o da opção “2”, o resultado não ultrapassa os 35%

de respondentes. Na outra ponta do gráfico, a soma das opções “4” e “5 (contribuiu

muito)” ultrapassa 55% de respondentes para 5 conteúdos: “Relações de trabalho”

(66%); “Políticas públicas: educação, habitação, saneamento, saúde, transporte,

segurança, defesa e questões ambientais” (64%); “Responsabilidade social: setor

público, privado, terceiro setor” (62%); “Democracia, ética e cidadania” (60%) e

“Sociodiversidade e multiculturalismo: violência, tolerância, inclusão/exclusão, relações

de gênero” (56%).

Os três conteúdos com menores percentuais, considerando-se a mesma soma,

são “Ecologia” (35%); “Arte e cultura” (38%) e “Globalização e política internacional”

(38%). Os demais conteúdos ficaram na faixa dos 40%. O percentual médio para

aqueles que marcaram a opção “3” é de 23%. O percentual médio daqueles que

marcaram a opção “Não sei responder” é de 2%, e o percentual de “Não resposta” (NR)

é de 1% para todos os conteúdos.

Page 158: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

158

Esses resultados revelam que, na opinião dos respondentes, os cursos da Área da

Saúde e Serviço Social contribuíram muito para que os alunos apreendessem os

conteúdos do componente geral do questionário.

Foi solicitado aos alunos que assinalassem o quanto o curso contribuiu para que

desenvolvessem as habilidades e/ou competências listadas a seguir, considerando 1

como “não contribuiu” e 5 como “contribuiu muito”. O quadro 9 mostra a avaliação dos

alunos a respeito da contribuição dos cursos para o desenvolvimento das habilidades e

competências gerais.

Quadro 9 – Habilidades e Competências gerais dos cursos da Área das Ciências

Sociais Aplicadas

Habilidades e competências gerais 1

(nã

o

con

trib

uiu

)

2 3 4 5

(co

ntr

ibu

iu

mu

ito)

o s

ei

resp

on

der

o

resp

on

deu

To

tal

de

resp

on

den

tes

Administração de conflitos 22 38 89 149 202 9 10 519

Desenvolvimento de argumentação

coerente 15 29 74 142 241 8 10 519

Elaboração de sínteses 17 23 97 163 202 7 10 519

Estabelecimento de relações, comparações

e contrastes em diferentes situações 13 26 97 145 220 8 10 519

Extração de conclusões por indução e/ou

dedução 15 29 92 167 197 9 10 519

Leitura, interpretação e produção de textos 16 22 82 151 232 6 10 519

Projeção de ações de intervenção 14 23 79 129 256 8 10 519

Proposição de soluções para situações-

problema 10 20 72 156 244 7 10 519

Realização de escolhas, avaliando suas

consequências 10 22 85 133 252 7 10 519

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Dos 519 alunos que responderam aos questionários, 10 não assinalaram as

opções relacionadas à contribuição dos cursos para que desenvolvessem as habilidades e

competências gerais. Logo, 2% deixaram de responder a essa parte dos questionários. O

gráfico a seguir apresenta os resultados apontando a contribuição dos cursos para que os

alunos desenvolvessem as habilidades e competências gerais, considerando 1 como

“não contribuiu” e 5 como “contribuiu muito”.

Page 159: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

159

Gráfico 38 – Contribuição dos cursos da Área da Saúde e o Serviço Social para o

desenvolvimento das habilidades e competências gerais, na opinião dos alunos (%)

Fonte: CPA. PUC MINAS, 2015.

Os resultados que o gráfico apresenta mostram que o percentual de respondentes

que assinalou a opção “1 (não contribuiu)” para todos as habilidades e competências

listadas ficou abaixo de 5%. Ao somar esse percentual com o da opção “2”, o resultado

não ultrapassa os 10% de respondentes, exceto na competência: “Administração de

conflitos”, que atingiu um percentual de 11%, somando-se as duas opções. A opção “3”

foi assinalada por um percentual médio de 16% dos respondentes.

A competência que atingiu o percentual mais elevado foi “Proposição de

soluções para situações-problema” (77%). As competências e habilidades:

“Desenvolvimento de argumentação coerente”; “Leitura, interpretação e produção de

textos”; “Projeção de ações de intervenção” e “Realização de escolhas, avaliando suas

consequências” ficaram com o segundo maior percentual de respostas (74%).

O percentual mais baixo de respostas ficou com a “Administração de conflitos”

(68%). Marcaram a opção “Não sei responder” um percentual médio de 1% de

respondentes. O percentual médio daqueles que marcaram a opção “Não sei responder”

é de 1%. O percentual de “Não resposta” (NR) é de 2% para todas as habilidades e

competências.

Page 160: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

160

Os resultados revelam que, na opinião dos respondentes, os cursos da Área da

Saúde e Serviço Social contribuíram significativamente para que desenvolvessem as

habilidades e competências gerais, o que foi demonstrado pelo baixo percentual de

respondentes que marcaram as opções “1 (não contribuiu)” e “2” e o alto percentual dos

que marcaram as opções “4” e “5 contribuiu muito”, principalmente essa opção, que

atingiu um percentual médio de 44% de respostas, ou seja, o maior, se for comparado

aos percentuais médios de cada uma das quatro opções.

Page 161: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

161

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a descrição do componente de formação geral (conteúdos, habilidades e

competências gerais) realizada na parte II do relatório, foram considerados os elementos

que integram o perfil profissional, como leitura crítica, postura ética, comprometimento

e responsabilidade sociais, conforme as portarias do INEP4 que trata do componente

geral para as áreas do conhecimento. Neste sentido, as IES devem se empenhar para

garantir que os profissionais transcendam o conhecimento específico da área, ampliando

a sua compreensão para temas que extrapolam o ambiente específico da sua formação.

Uma vez que esses temas são relevantes para compreender a realidade social, para o

desenvolvimento e o avanço da ciência, é preciso que o profissional esteja em sintonia

com valores éticos e humanos e possa ser capaz de compreender e analisar criticamente

a realidade, estar apto para socializar conhecimentos com públicos diferenciados em

vários contextos e ser comprometido eticamente com as questões mais gerais da

sociedade.

A avaliação de conteúdos, habilidades e competências realizada em 2015, nos

cursos das áreas das Ciências Sociais Aplicadas, da Saúde e Serviço Social possibilitou

a identificação da forma como seus cursos têm abordado esses conteúdos e como os

alunos os têm apropriado. Os resultados apresentados expressam o reconhecimento dos

alunos quanto à qualidade do ensino superior oferecido pela PUC Minas e demonstram

o empenho da Instituição para formar perfis profissionais qualificados que sejam

capazes de corresponder às demandas do mercado de trabalho, e também, proporcionar

ao corpo discente espaços de discussões e de reflexões sobre questões e temas mais

amplos da sociedade.

Esses resultados são informações essenciais que podem subsidiar as

coordenações e colegiados dos cursos na identificação das potencialidades e das

dificuldades na formação do aluno bem como contribuir nos processos de tomada de

decisões com vistas às melhorias necessárias.

É importante salientar que a avaliação de conteúdos, habilidades e competências

será incorporada ao novo eixo de trabalho que está sendo construído pela CPA,

direcionado para o acompanhamento direto e sistemático dos cursos de graduação, que

4 Formação geral para os cursos da Área das Ciências Sociais Aplicadas: Portaria nº 207 de 22 de junho de 2012.

Formação Geral para os cursos da Área da Saúde e o Serviço Social: Portaria nº 244 de 10 de maio de 2013.

Page 162: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

162

possuem CPC 3 e inferior. Assim, espera-se que, com essa nova frente de trabalho, a

CPA consiga desenvolver ações que contribuam para maior aproximação com esses

cursos de graduação, envolvendo docentes, colegiados, NDEs, discentes, corpo técnico-

administrativo, etc., nesse trabalho que será contínuo e necessário.

Page 163: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

163

REFERÊNCIAS

BAPTISTA, Paulo Agostinho N. Geração universitária da PUC Minas: o que mudou

entre 1990 e 2013? Horizonte, Belo Horizonte, v. 12, n. 36, p. 1190-1227, out./dez.

2014.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Nota Técnica nº 65/2014. Roteiro para Relatório de Autoavaliação Institucional.

BRASIL Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 Institui o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior – SINAES, e dá outras providências. 2004.

Disponível em: <www.Inep.gov.br/superior/Enade>.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 239 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Educação Física. 2013f. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 240 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Enfermagem. 2013g. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 242 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Fisioterapia. 2013h. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 243 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Fonoaudiologia. 2013i. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 244 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Formação Geral. 2013j. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 246 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

Page 164: Relatório Autoavaliação Institucional 2014 - 2015

164

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Medicina Veterinária. 2013k. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 247 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Nutrição. 2013l. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 248 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

dispõe sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Alunos (ENADE), parte integrante

do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área de

Odontologia. 2013m. Disponível no site do INEP.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep). Portaria nº 249 de 10 de maio de 2013. Publicada no Diário Oficial de 2013,

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integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área

de Adminsitração. 2015o. Disponível no site do INEP.

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(Inep). Portaria Inep nº 219, de 10 de junho de 2015. Publicada no Diário Oficial de

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integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área

de Ciências Econômicas. 2015p. Disponível no site do INEP.

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integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área

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integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) da área

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