Relatório de Antiguidade Clássica

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Departamento de Filosofia e Ciências Humanas Centro de Ciências Humanas Faculdade de História Antiguidade Clássica Prof. Dr. Cláudia Beltrão Tamara Paulino de Oliveira Relatório sobre o documentário “Tróia: antigos mitos e mistérios” 1

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Universidade Federal do Estado do Rio de JaneiroDepartamento de Filosofia e Cincias HumanasCentro de Cincias HumanasFaculdade de HistriaAntiguidade ClssicaProf. Dr. Cludia Beltro

Tamara Paulino de Oliveira

Relatrio sobre o documentrio Tria: antigos mitos e mistrios

Rio de Janeiro2013

SUMRIO

Introduo...........................................................................................................3Desenvolvimento................................................................................................4Consideraes Finais..........................................................................................7Imagens...............................................................................................................8Bibliografia.........................................................................................................11

INTRODUO

Este relatrio tem com base o documentrio Tria: antigos mitos e mistrios idealizado e produzido pela National Geographic e tem como objetivo discorrer sobre as relaes entre diferentes disciplinas (Literatura, Histria e Arqueologia) e a reconstruo do passado atravs de estudos arqueolgicos e da interpretao com base na Histria da Arte. O presente relatrio tem como pretenso, tambm, dissertar a respeito da Guerra de Tria e da interpretao de sua existncia, assim como o interesse no mundo antigo a partir de pesquisas na Modernidade.A guerra de Troia ao mesmo tempo uma histria de amor e uma das mais picas histrias de guerra de todos os tempos. Quando ouvimos falar da Guerra, logo nos vem mente o famoso cavalo que adentrou os muros da cidade, do calcanhar de Aquiles... Mas at onde mito e at onde aconteceu de verdade? Dentre a gama de obras conhecidas, as mais famosas so Ilada e a Odisseia. Tais obras contam a histria da guerra e foram adaptadas ao cinema e ao teatro, o que no surpreendente. Uma histria que envolve interesses econmicos, amor e guerra se torna muito interessante. Tem um pouco do que a grande maioria das pessoas gostam. At Hollywood fez filmes sobre a guerra.

DESENVOLVIMENTO: Uma guerra intrigante. Essa seria a principal constatao a ser feita sobre a lendria (ou histrica) Guerra de Troia. Ao longo de anos, diversos historiadores, arquelogos e estudiosos discutem se o evento blico narrado na obra clssica Ilada foi um fato consumado ou consequncia da imaginao e do pensamento religioso fortemente arraigado entre gregos.De acordo com as vrias narrativas sobre esse evento, que contou com diversas obras, a Guerra de Troia tem incio com o casamento de Peleus e Tethis, deusa dos mares. A deusa da discrdia, Eris, no sendo convidada para o evento, resolveu lanar um desafio contra aqueles que estavam na festa. Chegando repentinamente festa de casamento, Eris ofereceu uma ma de ouro quele deus que demonstrasse maior senso de justia.As deusas Hera, Afrodite e Atena tentaram possuir o valioso apetrecho. A disputa entre as deusas impeliu Zeus a convocar o prncipe troiano Paris, o mais belo dos homens, a julgar que mereceria o referido prmio. Ansiosas pela conquista da ma, as trs deusas ofereceram uma oferta distinta Paris. Atena lhe prometeu sade; Hera lhe jurou poder, e Afrodite lhe prometeu o amor da mais bela mulher do mundo. Paris cedeu oferta de Afrodite, que em troca lhe prometeu o amor de Helena, mulher do rei espartano Menelau.O rei Menelau teve que ausentar para acompanhar um funeral. Aproveitando da oportunidade, Paris capturou a rainha Helena e roubou parte das riquezas de Menelau. Chegando Troia, Paris organizou os preparativos para o seu casamento com Helena. Enfurecido, Menelau mobilizou todos os antigos pretendentes de Helena para que juntos recuperassem a honra do rei espartano. Entre os integrantes da tropa, destacava-se Agamenon, irmo de Menelau e rei de Micenas.Ao longo dos preparativos da fora grega, Ulisses ficou sabendo que a esquadra no teria sucesso caso no recorresse ao apoio de Aquiles. Dessa maneira, Ulisses foi at a cidade de Ciros para tentar persuadir o bravo guerreiro a participar dos combates contra Troia. Mesmo com os guerreiros reunidos, um novo problema veio a complicar a situao grega. A deusa rtemis exigia que Agamenon sacrificasse sua filha Ifignia, para que os ventos conduzissem os gregos cidade de Troia.Durante os ataques contra os troianos, os gregos tiveram grandes dificuldades de organizar os combates. Agamenon e Aquiles entraram em desavena durante a partilha das riquezas obtidas com os conflitos. O desentendimento entre os guerreiros ameaou seriamente a vitria dos gregos, que s voltaram a bater as tropas troianas quando Aquiles voltou ao combate.Os conflitos com os troianos se alongaram durante muito tempo. Alm disso, a cidade de Troia, sendo uma regio cercada por muralhas intransponveis, resistia inclume s tentativas de invaso dos gregos. Visando dar um fim ao combate, o astuto Odisseu ordenou a construo de um enorme cavalo feito de madeira. Em seu interior, centenas de soldados ficariam espreita.As tropas martimas gregas foram todas dispensadas, enquanto o cavalo recheado com os mais bravos guerreiros gregos seria posto nas portas da cidade de Troia. Os troianos ao receberem o presente de grego e perceberem a partida dos navios, pensaram que a guerra tivesse sido ganha. Pensando que o cavalo fosse um presente dos deuses, os troianos receberam a construo de madeira para dentro da cidade e realizaram uma grande festividade.No alto da noite, quando todos os troianos estavam bbados e sonolentos, o grego Sinon (nico guerreiro deixado para fora do cavalo de madeira) tratou de libertar os guerreiros escondidos. Aproveitando da situao, os guerreiros gregos finalmente conseguiram conquistar a cidade de Troia. Menelau, que havia prometido matar Helena por ter se casado com Paris, no resistiu aos encantos de sua bela esposa e voltou atrs em sua deciso.Tendo em mente o quanto os achados arqueolgicos podem ser positivos e/ou negativos para a reconstruo de um fato histrico. Estes apesar de serem fundamentais para a reconstruo de um fato e/ou de uma civilizao, tambm so suscetveis a mltiplas avaliaes e devem ser julgados com cautela. Alguns fatos como de que em diversos momentos da Histria, alguns arquelogos podem ter adulterado materiais com interesses pessoais, como mostrado no documentrio, o caso de Schliemann. A divulgao de informaes falsas em seu dirio gera mais perguntas a cerca de suas descobertas, ainda que hoje a cincia possa provar com clareza a que perodo e de que maneira era a maior parte dos objetos encontrados.Assim como a arqueologia, tambm a literatura hoje deve ser criticada, e avaliada com cautela para que o Historiador possa se afastar ao mximo de anacronismos, ainda que tal crtica no exclua a literatura da anlise como documento histrico. Se os arquelogos nunca se utilizassem da literatura, Schliemann no teria trazido tona descobertas arqueolgicas maravilhosas para todos que pesquisam as antigas civilizaes do Mar Mediterrneo, ao descobrir Tria em diversas camadas. Ainda assim, a anlise exige muito cuidado porque os escritos da antiguidade, em sua maioria, so escritos a partir de uma percepo narrada pelos vencedores. Ou seja, quem escreveu as narrativas pode escrever o que pensa e no necessariamente a realidade..

CONSIDERAES FINAISEste relatrio apresentou com base no documentrio Tria: antigos mitos e mistrios idealizado e produzido pela National Geographic discorreu sobre as relaes entre Literatura, Histria e Arqueologia e como a interligao entre as trs disciplinas influenciou na reconstruo do passado. O presente relatrio tambm, dissertou e apresentou a respeito da Guerra de Tria e da interpretao de sua existncia (ou no), assim como o interesse no mundo antigo a partir de pesquisas na Era Moderna.Neste relatrio foi descrito que a guerra de Troia foi uma narrativa que envolveu muitos temas na mesma histria: interesses econmicos, polticos, a histria de amor entre Pris e Helena, o surgimento do termo presente de grego, dentre outras coisas. No relatrio foi colocado em pauta at aonde a guerra de Tria seria um mito e at onde seria verdade. No relatrio, assim como no documentrio, tambm colocado como interesses pessoais podem deturpar (ou no), o modo de narrar o fato histrico.

IMAGENS

nfora da regio da tica representa o assassinatodo rei Pramo por Neoptlemo, filho de Aquiles.

Uma das entradas da cidade de Tria, local prximo residncia do rei Pramo

Localizao geogrfica de cidades-estados gregas e de Tria

Representao do cavalo de Tria para um filme que conta a histria da Guerra.

Representao de algumas construes de alguns dos stios arqueolgicos de Troia, chamados de "cidades" por Schliemann.

Esttua de Aquiles no Hyde Park Corner, Londres, Inglaterra

BIBLIOGRAFIANAVARRO, Roberto (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-guerra-de-troia)PITTA, Walter (http://universodahistoria.blogspot.com.br/2010/03/troia-guerra-dos-deuses-1-parte.html)http://veja.abril.com.br/230501/imagens/arquologia2.jpghttp://cfrbpensandoalto.blogspot.com.br/2013/10/a-guerra-de-troia.html http://2.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/S5UDTCECfBI/AAAAAAAAESc/odiuwEqa50E/s1600/Imagem+6.jpg http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2012/09/troia.html http://www.ifimages.com/public/image/1240163/view.html

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