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RELATÓRIO DE ATIVIDADES EM MEIO AMBIENTE COMPLEXO ENERGÉTICO CERAN Gerenciamento Ambiental Programas do Meio Físico Programas do Meio Biótico Programas do Meio Antrópico CR/C/RM/030/060/2005 Abril a Junho/2005

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES EM MEIO AMBIENTE COMPLEXO ENERGÉTICO CERAN

Gerenciamento Ambiental Programas do Meio Físico Programas do Meio Biótico

Programas do Meio Antrópico

CR/C/RM/030/060/2005

Abril a Junho/2005

MEIO BIÓTICO

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III. MEIO BIÓTICO

1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA

1.1. Descrição do Trabalho Desenvolvido No período de abrangência desse relatório foram iniciadas as atividades da 2ª Etapa do “Estudo da ictiofauna do rio das Antas na área de influência da UHE Monte Claro – processos iniciais de colonização e bases para as ações de mitigação de impactos e manejo”. Este trabalho está sendo executado pela empresa LIMNOBIOS Consultoria em Ambientes Aquáticos Ltda sob a coordenação do prof. Ângelo Agostinho.

Conforme informado no relatório de andamento dos programas do trimestre anterior, a Limnobios finalizou a 1ª Etapa do “Estudo da ictiofauna do rio das Antas na área de influência da UHE Monte Claro – processos iniciais de colonização e bases para as ações de mitigação de impactos e manejo”, tendo emitido o relatório final desse estudo. São apresentados aqui, de forma resumida os resultados do estudo. O volume contendo este documento será entregue a FEPAM separadamente.

Durante este trimestre foram realizadas cinco campanhas para resgate de peixes na alça de vazão reduzida e resgate de peixes dentro das estruturas da casa de força da UHE Monte Claro.

1.1.1. Primeira Etapa de Monitoramento na área de influência da UHE Monte Claro

Neste relatório são apresentados os resultados dos estudos ictiológicos realizados nos seis primeiros meses desde a formação do reservatório da UHE Monte Claro, compreendendo uma amostragem imediatamente antes do fechamento e três no período subseqüente.

Buscou-se, através de amostragens das assembléias de peixes realizadas na área de influência do empreendimento, avaliar o processo de ocupação do reservatório e as alterações nos padrões de abundância e distribuição das espécies de peixes.

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Paralelamente, foram monitoradas as condições limnológicas básicas no corpo do reservatório e áreas adjacentes.

Ressalta-se, no entanto, que estes padrões devem ser entendidos como transitórios e que o seu monitoramento decorreu de sua importância nos eventos de colonização subseqüentes. Os resultados obtidos nesta fase têm, portanto, importância para a compreensão dos processos que determinarão padrões futuros, servindo para a tomada de ações de manejo visando a correção de curso nos mecanismos de sucessão que possam resultar em prejuízos para a conservação da biodiversidade ictiofaunística.

1.1.1.1. Estações de Amostragem

Para este estudo foram estabelecidas seis estações de amostragem na área de influência do reservatório e trechos lóticos a montante:

Locais de amostragem da ictiofauna

Local Código Coordenadas Vista Geral

Jusante do Cachoeirão

JUCH

S 29º 04’01”

W 51º 22’48”

Reservatório-Remanso

RREM

S 29º 01’59”

W 51º 27’13”

Reservatório Lêntico

RLEN

S 29º 01’08”

W 51º 28’28”

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Antas Prata

PRAT

S 29º 04’01”

W 51º 22’48”

Jusante da Barragem

JBAR

S 29º 03’50”

W 051º 29’55”

Canal de Fuga

CFUG

S 29º 01’02,3”

W 51º 28’37,4”

Destas estações, cinco foram posicionadas no eixo principal do rio das Antas, sendo duas a jusante da barragem (alça de vazão reduzida – JBAR; próximo ao canal de fuga - CFUG), duas no corpo do reservatório (área lêntica – RLEN; área de remanso - RREM) e uma a montante, próxima ao Cachoeirão - JUCH). Uma estação adicional foi operada no rio da Prata (PRAT).

1.1.1.2. Metodologia adotada

a) Limnologia básica

Por ocasião da realização de cada amostragen da ictiofauna (17 h, 22 h e 9 h) foram obtidos dados das condições de tempo e de qualidade da água. Esses registros tiveram como objetivo caracterizar as condições atmosféricas e da água nas quais captura de peixes foram realizadas. Adicionalmente foram registradas, em cada estação de amostragem, as coordenadas geográficas, a largura do rio, a batimetria em uma secção transversal e a velocidade da água.

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b) Ictiofauna

Tem como objetivo de (i) monitorar os processos de ocupação e movimentação de peixes na área de influência do reservatório imediatamente após o enchimento, (ii) monitorar as assembléias de peixes no segmento imediatamente abaixo da barragem.

Essas coletas foram realizadas utilizando-se diferentes aparelhos de pesca (redes de espera, arrastes, tarrafas, espinhéis) com esforço padronizado para cada tipo de aparelho.

As amostragens com redes de espera foram realizadas próximo às margens, e ficaram expostas no período das 16:00 às 8:00h, com revistas à noite (22:00 h) e de manhã (8:00h). As tarrafas (5 lances cada) e os arrastos (1) foram operados nas estações amostradas com redes de espera, no período diurno e noturno. Espinhéis com a utilização de iscas foram instalados ao anoitecer e retirados ao amanhecer.

Após cada revista, os peixes foram fixados em formol 10% e acondicionados em sacos plásticos, contendo etiquetas com anotações sobre o tipo de aparelho de pesca, malhagem, estação de amostragem e período de captura. O material será remetido para ser processado em Maringá.

A seguir são apresentados os resultados principais para a Caracterização da Ictiofauna levantados e que se encontram no – Relatório Final da Limnobios.

1.1.1.3. Caracterização da ictiofauna O rio das Antas, pelas suas características topográficas e, provavelmente, pelo recebimento de afluentes poluídos, tem um número relativamente baixo de espécies, quando comparado com sistemas fluviais de mesmo porte em menores latitudes.

As amostragens realizadas anteriormente, em seu trecho compreendido entre a foz do rio São Marcos e a do Guaporé (onde passa a ser denominado Taquari), resultaram na captura de 54 espécies, metade das quais restritas ao trecho inferior ao Cachoeirão, incluindo-se entre elas todas as grandes migradoras, exceto o pintado Pimelodus maculatus, amplamente distribuído na bacia. Apenas duas espécies entre aquelas capturadas acima dessa barreira não foram registradas a jusante.

Estes resultados demonstraram claramente que as corredeiras do Cachoeirão se constituíam em uma eficiente barreira à dispersão de peixes a montante, mesmo considerando a capacidade natatória, em geral, maior dos grandes migradores. No período a que se refere este relatório, manteve-se o número de seis estações de

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amostragem, porém apenas na área de influência do reservatório de Monte Claro. Isto resultou na captura de 43 espécies, número que deverá ser ampliado na próxima etapa com a expansão das amostragens para os riachos da região.

Das espécies capturadas, nenhuma foi registrada anteriormente acima do Cachoeirão, fato que corrobora o caráter restritivo deste obstáculo natural à ascensão de peixes.

Embora o objetivo principal deste levantamento tenha sido o de avaliar os possíveis impactos da interceptação de rotas migratórias pelas barragens previstas, há a expectativa de que os resultados ora obtidos possam subsidiar futuras avaliações de modificações na comunidade impostas pelo represamento.

Pretende-se, também, com o conhecimento desses padrões, subsidiar as medidas de manejo da ictiofauna visando atenuar os efeitos dos possíveis impactos.

• Composição da Ictiofauna

A lista de espécies aqui transcrita foi baseada em identificação realizada pelo setor de Ictiologia do Museu de Zoologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

As amostragens realizadas durante o período no rio das Antas, como mencionado, resultaram em 43 espécies distribuídas em 13 Famílias e cinco Ordens, ou seja, Cypriniformes (1 espécie), Characiformes (20), Siluriformes (18), Gymnotiformes (1); Perciformes (3) e Synbranchiformes (1). Sete espécies, não registradas anteriormente, foram capturadas na região durante esta fase dos estudos.

A única espécie exótica registrada na área de influência do reservatório de Monte Claro foi a carpa comum Cyprinus carpio. Pelo menos mais uma espécie de carpa (carpa capim) tem sua ocorrência relatada para a área. 3 4567890123 456 78901 234 56 789 012 12 34

Tendo como base informações sobre as espécies ou gêneros obtidas na literatura (Vazzoler, 1996; Agostinho et al., 2003), apenas três espécies puderam ser classificadas como migradoras de média ou longa distância (Leporinus obtusidens, Prochilodus lineatus e Pimelodus maculatus), correspondendo a 7,1% do total. Esse percentual pode ser considerado baixo quando comparado com as grandes bacias brasileiras, onde alcança até 20% das espécies. A análise da distribuição das

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espécies de peixes nos diferentes locais amostrados revela que a menor riqueza de espécies foi registrada nas imediações do Cachoeirão (JUCH), a montante do reservatório. Todas as espécies registradas nesta localidade o foram também em outras. Nas estações do reservatório (RREM e RLEN) e aquela localizada nas imediações do canal de fuga (CFUG) o número de espécies foi maior.

As espécies que ocorreram na estação alocada no rio da Prata (PRAT) também não foram exclusivas. Já na área do reservatório e no trecho a jusante foram capturadas cinco e quatro espécies, respectivamente, que tiveram ocorrência exclusiva.

Em relação às espécies migradoras, cabe o destaque do piau Leporinus obtusidens, espécie migradora de longa distância, capturada apenas a jusante da barragem. O grumatã Prochilodus lineatus, por outro lado, foi registrado tanto a montante como a jusante do reservatório. O pintado Pimelodus maculatus mostrou ampla distribuição e abundância em todos os locais amostrados.

Os levantamentos realizados anteriormente revelam que, exceto esta espécie, todos os grandes migradores têm sua distribuição restrita ao segmento do rio das Antas inferior ao Cachoeirão.

Dezoito das 43 espécies registradas na área (43%) têm ampla ocorrência regional, sendo registradas em todas as estações de amostragem operadas durante o período. São elas os lambaris Astyanax sp.1, Astyanax sp.4, D. speculiferum, A. jacuhiensis e C. alburnus, a joana C. punctata, o biru C. voga, os cascudos H. puctulatus, H. commersoni, H. puctulatus e L. anus, o tambicu O. jenynsii, o pintado P. maculatus, o bagre R. quelen, o lambari-pequira B. iheringii, o manduvi Glanidium sp. e os carás G. gymnogenys e G. labiatus, Levantamentos anteriores revelam que a maioria destas espécies apresentam ampla distribuição ao longo do rio das Antas.

• Abundância e dominância

A análise a seguir é realizada com base no conjunto das capturas, independentemente dos aparelhos de pesca utilizados. Ressalta-se, no entanto, que a análise da abundância das espécies nas amostras pode ser afetada pela diferença na seletividade dos equipamentos de pesca, devendo, portanto, ser avaliada com cautela. Pondera-se, por outro lado, que como o conhecimento disponível na literatura mundial, não há maneiras de corrigir estas distorções e que as comparações espaciais são possíveis graças a padronização dos equipamentos e esforço de pesca entre os locais amostrados.

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Verifica-se que as 15 espécies com presença mais significativa contribuíram com 98% do total de indivíduos capturados, com amplo predomínio do lambari Cyanocharax alburnus que, sozinho, contribuiu com mais da metade das capturas (55,3%). É relevante o fato de que cerca de 80% de todos os indivíduos capturados pertencerem à subfamília Tetragonopterinae (lambarís), sendo que cinco espécies deste grupo posicionaram-se entre as seis mais capturadas.

A única espécie tipicamente piscívora entre as mais abundantes foi o tambicu O. jenynsii. Cinco espécies de Siluriformes foram registradas entre as principais, destacando-se entre elas um cascudo (H. punctulatus; 9,3%) e o pintado (P. maculatus; 1,4%). Os ciclídeos foram representados por duas espécies de carás (G. gymnogenys, 1%; G. labiatus, 0,7%) e uma de Joana (C. punctata, 0,5%) Cabe ressaltar que a única espécie migradora entre as 15 principais foi o pintado (P. maculatus) que, reconhecidamente, é um migrador moderado.

O lambari C. alburnus foi dominante em todos os locais amostrados, sendo esta menos pronunciada no trecho de remanso do reservatório (RREM), onde B. iheringii apresentou, também, alta freqüência nas capturas.

O cascudo H. punctulatus foi a segunda espécie mais abundante nos trechos a montante (JUCH) e a jusante do reservatório (JBAR, CFUG), sendo substituída pelo lambari B. iheringii nos trechos mais lênticos do reservatório (RLEN) e no rio da Prata (PRAT).

As águas mais velozes do rio da Prata, a montante e a jusante do reservatório podem explicar a distribuição do cascudo. É possível que o cascudo, tanto por suas restrições morfológicas adaptadas a fundos de corredeiras, como pelos requerimentos reprodutivos e alimentares, não ocupe os trechos mais internos do reservatório.

Sua abundância na porção de transição foi, entretanto, alta (3ª espécie mais abundante).

Constata-se, ainda, que a presença de espécies raras em cada local foi maior no canal de Fuga (CFUG) e nas áreas mais internas do reservatório (RLEN), e menor no trecho a montante (JUCH). Esta tendência foi, no entanto, inversa à da riqueza de espécies.

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• Padrões espaciais de diversidade

A diversidade específica das assembléias de peixes amostradas na região é analisada nesse tópico, com ênfase nas suas variações espaciais. Os atributos de assembléia relacionados à diversidade, analisados para o período, foram a riqueza de espécies (S), a equitabilidade (E) e o índice de diversidade de Shannon (H’).

A riqueza de espécies é simplesmente o número de espécies, a equitabilidade fornece uma idéia da proporção do número de indivíduos entre as espécies (dominância), sendo maior quando a proporção é semelhante (baixa dominância). O Índice de Diversidade é influenciado pelos dois últimos e é alto quando estes também são altos.

Como destacado anteriormente, a maior riqueza de espécies foi constatada na área do reservatório e nas imediações do canal de fuga, e menor na estação montante. O maior número de espécies observado na zona de transição do reservatório é esperado, visto que este ambiente mantém algumas características da área fluvial e as vantagens da maior disponibilidade de alimento características de áreas mais internas (Agostinho et al., 1999) Já a equitabilidade, também baixa na estação JUCH (montante), foi mais elevada na área mais interna do reservatório (RLEN), seguida pela estação do remanso (RREM) e do rio da Prata (PRAT). A ponderação entre os valores de dominância (maior equitabilidade) e riqueza de espécie resultou em maior índice de diversidade de espécies no reservatório e rio da Prata.

Conclui-se do exposto que o trecho da bacia onde se insere o reservatório de Monte Claro apresenta uma fauna típica de rios de corredeira e de médio porte, com alta incidência de espécies de pequeno porte, principalmente tetragonopteríneos (lambaris).

Uma espécie de lambari C. alburnus, foi responsável por mais da metade das capturas. A riqueza de espécies, excetuando o trecho a jusante do Cachoeirão (montante do reservatório), que mostrou menor número de espécies, não variou muito na área amostrada, sendo ligeiramente maior no reservatório e canal de fuga.

Os resultados apresentados demonstram, portanto, que a ictiofauna da área de influência do reservatório de Monte Claro e trecho a montante é composta essencialmente de espécies sedentárias (98,5%), tem sua maior atividade reprodutiva nos trechos a montante da barragem e nos meses de outubro a dezembro, com picos no mês de novembro.

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Estudos em andamento, com maior abrangência temporal, deverão permitir um melhor detalhamento do ciclo reprodutivo.

1.1.2. Segunda Etapa de Monitoramento na área de influência da UHE Monte Claro

Foi realizada a primeira campanha de coleta de ovos e larvas, no período de 20 a 27 de junho de 2005, prevista no Programa de Monitoramento e Resgate da Ictiofauna - Segunda Etapa do Monitoramento da Ictiofauna na Área de Influência da UHE Monte Claro. A metodologia executada é a mesma utilizada para a 1ª etapa desse trabalho.

Foram amostradas seis estações, sendo uma imediatamente abaixo do canal de fuga (CFUG), uma entre o canal de fuga e a barragem (JBAR), duas no corpo do reservatório (próximo à barragem – RLEN e no remanso - RREM), uma imediatamente abaixo do Cachoeirão (JUCH) e uma no rio da Prata (PRAT), a montante do remanso do reservatório. Nas estações localizadas no corpo do reservatório, foram realizadas amostragens no fundo, na superfície e na margem.

Com o propósito de ampliar a área e os habitats e, consequentemente, complementar o inventário ictiofaunístico, foram obtidas amostras com o uso da pesca elétrica em dois riachos na região do reservatório de Monte Claro, sendo eles o córrego Arroio Santi –Pasuch (CSAT) e o córrego Paco (CPAC).

Os resultados dessa atividade serão apresentados no próximo relatório trimestral, visto que o material ainda se encontra em análise laboratorial.

1.1.3. Resgate de peixes na alça de vazão reduzida da UHE Monte Claro Na execução do Programa de Resgate de peixes na alça de vazão reduzida da UHE Monte Claro, foram realizadas cinco campanhas de resgate de peixes no trecho do rio das Antas compreendido entre o barramento e a casa de força.

Conforme procedimento de rotina da operação da usina, uma equipe de resgate de peixes percorre o trecho da alça permanentemente na busca e execução do resgate. Procura-se manejar os peixes das poças remanescentes ao leito do rio com corrente ou para os tanques naturais maiores. Como o período caracterizou-se por chuvas regulares e aumento das vazões na alça, não houve necessidade de fazer resgate de peixes em caixas para o leito do rio fora da alça de vazão reduzida.

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Foi observado que o número de peixes retidos (mortos e vivos) foi muito pequeno, em termos de quantidades e de tamanhos dos animais. A maioria dos peixes encontrados mortos foi de lambaris (Astyanax sp. e outros) e cascudos (Hypostomus punctulatus).

1.1.4. Resgate de peixes nas estruturas da casa de força da UHE Monte Claro

No período de 16 e 17 de junho/05, durante a realização de serviços de inspeção na turbina 1 da UHE Monte Claro, foi executado o resgate de peixes retidos nas estruturas da casa de força.

No primeiro dia de trabalho foram resgatados nove peixes vivos, sendo sete pintados (Pimelodus maculatus) e dois lambaris (não identificados). Também foram recolhidos quatro pintados mortos.

No segundo dia, o resgate foi executado à noite, o que impossibilitou a contagem dos peixes. Nesse resgate foram salvos cerca de 25 kg de peixes de pequeno tamanho, na maioria pintados. As fotos 1 e 2 apresentam peixes recolhidos vivos e a foto 4 mostra a recolocação dos animais no rio das Antas.

Foto 1. Peixes recolhidos vivos no resgate dentro do canal de fuga da turbina 1

da UHE Monte Claro ��������.

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Foto 2. Peixes recolhidos vivos no resgate dentro do canal de fuga da turbina 1

da UHE Monte Claro

Foto 3. Devolução dos peixes resgatados ao ambiente natural – rio das Antas,

a jusante da casa de força da UHE Monte Claro

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1.2. Atividades previstas para o próximo trimestre Estão previstas para os meses de julho a setembro as seguintes atividades:

• Campanhas de resgate de peixes na alça de vazão reduzida da UHE Monte Claro quando necessário;

• campanhas de coleta de peixes, ovos e larvas da 2ª etapa do “Estudo da ictiofauna do rio das Antas na área de influência da UHE Monte Claro – processos iniciais de colonização e bases para as ações de mitigação de impactos e manejo”.

1.3. Conclusões Os estudos de monitoramento da Ictiofauna estão sendo realizados na usina de Monte Claro de acordo com o cronograma contratado. As atividades de resgates de peixes pela operação da usina têm sido realizadas permanentemente com boa eficiência em termos de prevenção e salvamento de acordo com os objetivos propostos pelo Programa.

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2. SALVAMENTO, RESGATE E MONITORAMENTO DA FAUNA

2.1. Descrição dos trabalhos desenvolvidos

No período abrangido por esse relatório foi realizada a segunda campanha de monitoramento pós-enchimento do reservatório da UHE Monte Claro, a primeira campanha de monitoramento pré-enchimento da UHE 14 de Julho e a quinta campanha de monitoramento pré-enchimento da UHE Castro Alves.

Os trabalhos foram realizados pela Biolaw Consultoria Ambiental, sob a coordenação do Biólogo Adriano Cunha.

Os resultados dos trabalhos de monitoramento estão em fase consolidação. Nesse relatório são apresentadas as metodologias utilizadas e descrição das atividades executadas nas campanhas de amostragem.

2.1.1. Primeira e Segunda campanhas de monitoramento pós-enchimento da UHE Monte Claro

O monitoramento pré-enchimento tem por objetivo avaliar, a partir da análise da listagem de espécies ocorrentes junto aos ambientes ribeirinhos e nos remanescentes florestais contíguos a estes, o nível de utilização destes ambientes pela fauna. E, a partir disto, indicar as espécies animais que apresentam afinidade com as áreas impactadas e/ou modificadas pela implantação do empreendimento, identificando aquelas a serem utilizadas como “indicadores da qualidade ambiental” e que, portanto, deverão ter suas populações monitoradas durante as próximas campanhas.

As campanhas de monitoramento foram realizadas em duas saídas de campo entre os dias 30 de março e 2 de abril e de 2 a 5 de maio de 2005.

2.1.1.1. Metodologia

Anfíbios

A primeira campanha de monitoramento dos anfíbios anuros, realizada após o enchimento do reservatório da Usina Hidrelétrica Monte Claro concentrou-se nas margens do rio das Antas, no entorno do reservatório.

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Dois métodos consagrados por HEYER et al. (1994) foram adotados para a realização dos levantamentos. No primeiro, a amostragem por encontros visuais (visual encounter survey – VES), uma determinada área é percorrida aleatoriamente, durante um período de tempo definido, sendo feita uma procura visual dos anfíbios em todos os microhábitats possíveis. Este procedimento foi aplicado em amostragens diurnas e noturnas. Já o segundo método, o das transecções auditivas (audio strip transect – AST), foi aplicado nas primeiras horas da noite, das 19h às 23h, horário no qual a maioria das espécies vocaliza. De acordo com este método, um trecho pré-definido é percorrido e todos os machos de anuros em atividade de vocalização são contabilizados. Durante todas as amostragens foram registradas as condições climáticas que podem exercer influência na atividade dos anfíbios, como vento, chuva e temperatura.

Na região do reservatório, a amostragem foi realizada principalmente ao longo da linha da estrada de ferro que corta a mata paralelamente à margem do reservatório. No total, foram feitas cinco amostragens (uma diurna e quatro noturnas), sendo que em apenas uma delas, a diurna, a margem esquerda do rio pode ser percorrida.

Na busca ativa por indivíduos e para a realização de pontos de escuta, longas distâncias foram percorridas seguindo os trilhos da ferrovia. Em vários pontos da encosta que forma o vale do rio escorrem filetes de água originários da mata, o que permite a fixação de líquens, briófitas e pteridófitas, que formam ambientes propícios à instalação e permanência de anfíbios. Com o objetivo de complementar o levantamento, outros corpos d’água dentro da área de influência do reservatório foram amostrados em pontos de escuta.

Répteis

A amostragem de répteis na área do reservatório da UHE Monte Claro foi feita a partir de duas campanhas de campo, adotando-se o método da procura visual. Foram realizadas caminhadas próximas às margens do reservatório a procura de répteis em atividade de forrageio ou termorregulação. Locais usualmente utilizados por répteis como abrigo (sob pedras e troncos caídos, tocas e o folhiço do chão da mata) foram vasculhados a procura de indivíduos inativos.

Aves

As aves foram registradas visualmente, com vista desarmada ou binóculo 10x50, e auditivamente, através de caminhadas por trilhas, pelos trilhos da ferrovia, pela margem do rio e, ainda, de barco pelo reservatório.

Foram realizadas observações em diversos tipos de ambientes, em um total de 54 horas de amostragem. A taxonomia e nomes vulgares das aves listadas seguiram o COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS (2005). Ameaças de extinção foram consideradas nos níveis regional (BENCKE et al. 2003), nacional

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(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2003) e global (BIRDLIFE INTERNATIONAL, 2004).

Mamíferos

Os mamíferos foram monitorados nas duas margens do reservatório em duas campanhas de campo. Para tanto, foram utilizadas armadilhas não-letais de dois tipos diferentes. O registro de mamíferos terrestres de médio e grande porte foi possível através da utilização de armadilhas fotográficas. Tais equipamentos funcionam a partir de um sensor de movimento, que é acionado sempre que algo passa em frente à câmera. Este sensor dispara a máquina fotográfica, registrando o animal.

Para a captura de pequenos mamíferos não-voadores, como roedores e marsupiais, foram utilizadas gaiolas de arame galvanizado de dois tamanhos: 40x15x15 cm e 20x6x6 cm. Estas gaiolas, com sistema de ganchos, foram preparadas com iscas de milho e pasta de amendoim. Além disto, foram realizadas transecções através de trilhas e estradas existentes no entorno do reservatório, para a visualização direta ou de vestígios deixados por mamíferos. Um barco motorizado também foi utilizado para a observação de registros nas margens do reservatório. Os pontos amostrados e o método de amostragem adotado estão listados na tabela 1.

Tabela 1. Pontos de amostragem de mamíferos não-voadores na área do reservatório da UHE Monte Claro durante as duas campanhas de

monitoramento

Método: AF = armadilha fotográfica G = gaiola T = transecção visualização direta/vestígios

Ponto Coordenadas (UTM) Método adotado Margem do rio

1 22 J 450020 / 6789295 G direita

2 22 J 453128 / 6788588 AF, G, T esquerda

3 22 J 453317 / 6788848 G, T esquerda

4 22 J 453176 / 6788864 G, T direita

5 22 J 453504 / 6789090 - 22 J 453367 / 6788936 T esquerda

6 22 J 453791 / 6789976 - 22 J 454803 / 6790002 AF, G, T esquerda

7 22 J 453223 / 6788701- 22 J 453318 / 6788845 T esquerda

8 22 J 450310 / 6789029 - 22 J 450783 / 6788925 AF, T esquerda

9 22 J 453514 / 6789904 AF, T direita

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2.1.2. Quinta campanha de monitoramento pré-enchimento UHE Castro Alves

Em continuidade às atividades previstas no PBA, foi realizada a 5ª campanha de monitoramento pré-enchimento do reservatório da UHE Castro Alves.

2.1.1.1. Metodologia As campanhas de amostragem que embasaram este estudo foram realizadas entre os dias 18 e 22 de abril de 2005, envolvendo levantamentos em um trecho da margem direita do rio das Antas, que futuramente estará sujeito ao alagamento em função do enchimento do reservatório da UHE Castro Alves.

Foram definidas três estações amostrais, denominadas ponto 1 (UTM 22 J 463931 / 6793992), ponto 2 (UTM 22J 0464469 / 6794496) e ponto 3 (UTM 22J 0464770 / 6795129), no entorno dos quais e sem se limitar a eles foram realizadas as amostragens. A localização da área amostrada e dos pontos está detalhada na figura 1 a seguir.

Figura 1. Localização da área e dos pontos de amostragem

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As amostragens da fauna foram realizadas a partir da aplicação de diversos métodos de coleta de informações zoológicas, adequadas a cada um dos grupos estudados. A seguir, é apresentado um detalhamento desses métodos divididos por grupo faunístico.

Anfíbios

A campanha de monitoramento dos anfíbios anuros concentrou-se nas margens do rio das Antas, no entorno da futura área de alague.

Dois métodos consagrados por HEYER et al. (1994) foram adotados para a realização do levantamento. No primeiro, a amostragem por encontros visuais (visual encounter survey – VES), uma determinada área é percorrida aleatoriamente, durante um período de tempo definido, sendo feita uma procura visual dos anfíbios em todos os microhábitats possíveis. Esse procedimento foi aplicado em amostragens diurnas e noturnas. Já o segundo método, o das transecções auditivas (audio strip transect – AST), foi aplicado nas primeiras horas da noite, das 19 h às 23 h, intervalo de horário no qual a maioria das espécies vocaliza. Através deste método, um trecho pré-definido é percorrido e todos os machos de anuros em atividade de vocalização são contabilizados. Durante todas as amostragens foram registradas condições climáticas que podem exercer influência na atividade dos anfíbios como vento, chuva e temperatura.

Os levantamentos se concentraram em pontos que serão diretamente impactados pelo enchimento. Com a construção da barragem, a hidrologia e o fluxo d’água no rio e nos arroios laterais serão alterados, assim como algumas áreas de mata próximas ao rio serão perdidas por conseqüência do alagamento. Por isso, foram selecionados pontos de amostragem que abrangessem esses tipos de ambiente.

- Ponto 1: é o limite inferior do trecho amostrado no rio das Antas. Nesse ponto deságua um arroio com seis metros de largura na foz, com água levemente turva. Esse arroio apresenta alguns paredões rochosos em suas margens e possui diversos pontos com água parada. O acesso à beira do rio é possível através de uma pequena margem de substrato rochoso onde se formam algumas poças. A vegetação da encosta e das margens do arroio é formada por uma mata bem estruturada, com os estratos herbáceos, arbustivos e arbóreos bem representados, sendo constatadas algumas epífitas como orquidáceas e bromeliáceas. Além disso, uma camada densa de serrapilheira se acumula no chão da mata, apesar do declive acentuado. Estas características do ambiente são bastante propícias para a instalação e permanência de anfíbios. Neste ponto foi feita uma amostragem diurna e outra noturna. A amostragem diurna concentrou-se no arroio, na procura de girinos e indivíduos adultos. Quando bromélias eram avistadas, essas também eram cuidadosamente examinadas. Já na amostragem noturna, a procura cobriu um número maior de ambientes. A busca de anuros no chão da mata foi feita em uma trilha lateral ao arroio e em

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outra que leva até a margem do rio. Nos locais de acesso à beira do rio e nas margens do arroio também foram feitas observações. Além disso, uma transecção foi realizada na estrada de acesso ao ponto de amostragem, com a finalidade de obterem-se registros auditivos.

- Ponto 2: está localizado na porção intermediária da área de amostragem de fauna. As áreas próximas ao rio são pouco íngremes e o substrato da margem é arenoso. Há uma trilha por dentro da mata que leva a uma laje rochosa, próxima à lateral do rio. Esta laje apresenta um grande número de poças, sendo que as maiores atingem uma profundidade de até 60 cm, acumulando matéria orgânica e ocupadas por macrófitas. A água que abastece algumas dessas poças verte de um pequeno córrego que tem origem no interior da mata. A estrada que dá acesso a esse ponto tem um trecho de substrato pedregoso, por onde correm alguns filetes d’água. Assim como no Ponto 1, estas características do ambiente são bastante favoráveis aos anfíbios. Esse ponto foi visitado durante o dia e amostrado criteriosamente à noite. A procura foi feita na margem do rio, no chão da trilha da mata que leva à laje, na laje e seus ambientes alagados, no córrego que verte do interior da mata e no trecho pedregoso da estrada.

- Ponto 3: é o limite superior do trecho estudado. Esse é o ponto de maior declividade e é limitado por um arroio de difícil acesso. Nesse ponto foi feita apenas amostragem diurna, buscando anuros na serrapilheira.

Répteis

Para a amostragem de répteis foi adotado o método da procura visual. Foram realizadas caminhadas próximas às margens direita e esquerda do reservatório a procura de répteis em atividade de forrageio ou termorregulação. Locais usualmente utilizados por répteis, como abrigo (sob pedras e troncos caídos, tocas e o folhiço do chão da mata), foram vasculhados a procura de indivíduos inativos. Toda a faixa de margem localizada entre os Pontos 1 e 3 foi verificada, além das áreas com rochas soltas encontradas no trajeto de descida da encosta.

Aves

A área de estudo foi amostrada qualitativa e quantitativamente. Amostragens quantitativas foram realizadas em 35 pontos de contagem, espalhados pela margem direita do rio das Antas. Cada ponto de contagem era definido como o centro de um círculo imaginário com raio de 25 m, no interior do qual todas as aves presentes no momento da contagem eram registradas. A distância mínima entre um círculo e outro era de 200 m. As contagens foram conduzidas pela manhã, iniciando 30 minutos depois do nascer do sol. Cada contagem tinha a duração de dez minutos, iniciados a partir da chegada do observador ao centro do ponto, quando se registravam todas as aves detectadas auditiva ou visualmente. A abundância de cada espécie foi calculada através do Índice Pontual de Abundância (IPA) que é igual ao número de contatos obtidos dividido pelo número de pontos de contagem (ALEIXO & VIELLIARD, 1995), sendo nesse caso n/35.

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Mamíferos

O diagnóstico da fauna de mamíferos não-voadores da área de estudo foi desenvolvido a partir de uma campanha de amostragem na margem direita do rio das Antas. Para tanto, foram escolhidos três pontos de amostragem:

- Ponto 1: onde foram dispostas armadilhas do tipo gaiola em duas transecções, uma paralelamente à margem esquerda de um arroio tributário do rio das Antas que será alagado pelo enchimento do reservatório (44 armadilhas x duas noites), e a outra em uma encosta cerca de 40 m distante, que não será alagada (30 armadilhas x duas noites). Durante duas noites, por cerca de 14 horas, foi armada uma armadilha fotográfica nesse ponto.

- Ponto 2: no qual foram colocadas armadilhas em uma transecção paralela à margem direita do rio das Antas, área que também será alagada pelo enchimento do reservatório (63 armadilhas x duas noites).

- Ponto 3: onde as armadilhas foram dispostas em uma transecção paralela à margem direita de outro arroio tributário do rio das Antas, também sujeito a alagamento (63 armadilhas x duas noites). Da mesma forma que ocorrera no ponto 1, durante duas noites, por cerca de 14 horas, foi armada uma armadilha fotográfica nesse ponto.

Os procedimentos adotados para amostragem de mamíferos não-voadores consistiram na utilização de dois tipos de armadilhas não-letais: a fotográfica, com sensor de movimento, para os mamíferos terrestres de médio porte e a do tipo gaiola, de arame galvanizado, de dois tamanhos, 40x15x15 cm e 20x6x6 cm, dispostas apenas no nível do solo para a captura de pequenos mamíferos não-voadores. Além disso, foram realizadas transecções através de trilhas e estradas existentes na área a ser inundada e naquelas imediatamente acima do futuro reservatório para a visualização direta ou de vestígios deixados por estes animais.

2.1.3. Primeira campanha de monitoramento pré-enchimento da UHE 14 de Julho

2.1.3.1. Metodologia

As campanhas de amostragem que embasaram este estudo foram realizadas entre os dias 20 e 26 de maio de 2005, envolvendo levantamentos em um trecho da margem direita do rio das Antas, que futuramente estará sujeito ao alagamento em função do enchimento do reservatório da UHE 14 de Julho.

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Foram realizadas amostragens de fauna através de diversos métodos, de acordo com as especificidades de cada grupo, descritos adiante. A área amostral e alguns dos pontos estudados estão indicados no mapa de localização apresentado na Figura 2, a seguir.

Figura 2. Localização esquemática dos pontos de amostragem, com indicação

da área de alagamento (em azul)

Anfíbios

A primeira campanha de monitoramento dos anfíbios foi realizada em um trecho da margem direita do rio das Antas, no entorno do ponto destinado à implantação do barramento. Foram aplicados dois métodos consagrados de amostragem de anfíbios, descritos por HEYER et al. em 1994. No primeiro deles, denominado amostragem por encontros visuais (visual encounter survey – VES), uma determinada área é percorrida aleatoriamente, durante um período de tempo

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definido, sendo feita uma procura visual dos anfíbios em todos os microhábitats possíveis. Este procedimento foi aplicado em amostragens diurnas e noturnas. Quando algum girino era encontrado através dessa busca, era coletado e levado ao laboratório para completar a sua metamorfose, possibilitando sua identificação. Já o segundo método, o das transecções auditivas (audio strip transect – AST), foi aplicado nas primeiras horas da noite, das 19h às 23h, intervalo de horário no qual a maioria das espécies vocaliza. Através desse método, um trecho pré-definido é percorrido e todos os machos de anuros em atividade de vocalização são contabilizados. Durante todas as amostragens foram feitos registro das condições climáticas vigentes, como vento, chuva e temperatura, que podem exercer influência na atividade dos anfíbios.

Adotou-se como foco de estudo as áreas onde a obra para implantação da UHE 14 de Julho irá exercer maior influência, alterando o ambiente atualmente encontrado. Portanto, foram selecionados para a amostragem locais como a margem do rio, a mata próxima ao rio e arroios e córregos laterais, que serão diretamente afetados pelo enchimento do reservatório. Foi estabelecida uma transecção principal que corresponde à estrada de acesso à zona imediatamente a jusante do eixo do barramento, na margem direita do rio das Antas. Além da área da transecção foram também amostrados três riachos que cortam a estrada. O primeiro riacho (UTM 22J 433859 / 6784848) media meio metro de largura e apresentava fundo lodoso. O segundo riacho (UTM 22J 433920 / 6784863), um pouco maior, apresentava cerca de um metro de largura e possuía tanto substrato lodoso como pedregoso. O terceiro riacho (UTM 22J 433830 / 6785117), com aproximadamente 1,5 metro de largura, possuía uma cachoeira com cerca de cinco metros de altura e apresentava fundo pedregoso em toda sua extensão.

Em função da dificuldade de acesso às margens do rio, foram selecionados pontos onde havia trilhas, ou onde a declividade era menor, para que as margens e os locais próximos a ela fossem devidamente amostrados. Selecionaram-se quatro pontos: o primeiro deles, localizado nas coordenadas UTM 22J 435055 / 6784779, era cercado por uma mata secundária em meio a um cultivo de bananeiras abandonado, que dava acesso a uma margem pedregosa e com mata ciliar relativamente bem conservada. O segundo ponto (UTM 22J 434815 / 6784706) estava inserido em uma mata secundária em estágio intermediário. O terceiro ponto (UTM 22J 433939 / 6784716) localizava-se em um pomar abandonado, com capoeira densa e alguns arbustos. O quarto ponto (UTM 22J 433890 / 6785139) apresentava um gramado com algumas grandes árvores esparsas e com uma margem limpa, com pouca vegetação, ficando com o aspecto de praia (Foto 1).

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Foto 1. Aspecto do Ponto 4, junto ao rio das Antas

Devido à chuva intensa, ocorrida durante o primeiro dia de amostragem, formaram-se ambientes lênticos como pequenas poças e ambientes lóticos como pequenos riachos, os quais também foram examinados.

Répteis

Para a amostragem de répteis foi adotado o método da procura visual. Foram realizadas caminhadas em toda a área de amostragem, junto à margem direita do rio a procura de répteis em atividade de forrageio ou termorregulação. Locais usualmente utilizados por répteis, como abrigo (sob pedras e troncos caídos, tocas e o folhiço do chão da mata), foram vasculhados a procura de indivíduos inativos.

Aves

A área de estudo foi amostrada qualitativa e quantitativamente. Amostragens quantitativas foram realizadas em 35 pontos de contagem, espalhados pela margem direita do rio das Antas. Cada ponto de contagem era definido como o centro de um círculo imaginário com raio de 25 m, no interior do qual todas as aves presentes no momento da contagem eram registradas. A distância mínima entre um círculo e outro era de 200 m. As contagens foram conduzidas pela manhã, iniciando 30 minutos depois do nascer do sol. Cada contagem tinha a duração de dez minutos, iniciados a partir da chegada do observador ao centro do ponto, quando se registravam todas as aves detectadas auditiva ou visualmente. A abundância de cada espécie foi calculada através do Índice Pontual de Abundância (IPA) que é igual ao número de contatos obtidos dividido pelo número de pontos de contagem (ALEIXO & VIELLIARD, 1995), sendo nesse caso n/35.

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Mamíferos

O levantamento da fauna de mamíferos não-voadores da área de influência direta da UHE 14 de Julho, no rio das Antas, foi desenvolvido a partir de amostragens centradas em dois pontos próximos ao eixo da futura barragem. Em cada um deles foram utilizados dois tipos de armadilhas não-letais: a fotográfica, com sensor de movimento, para os mamíferos terrestres de médio porte e a do tipo gaiola, de dois tamanhos, 40x15x15 cm e 20x6x6 cm, colocadas ao nível do solo e iscadas com milho e pasta de amendoim. As armadilhas para pequenos mamíferos foram armadas em linhas paralelas ao rio, com 116 armadilhas no Ponto 1 (entre as coordenadas 22J 435210 / 6784800 e 22J 435074 / 6784766) e 53 no Ponto 2 (entre as coordenadas 22J 434822 / 6784694 e 22J 434752 / 6784695). Em ambos, as armadilhas permaneceram armadas por três noites, completando um esforço de captura de 507 armadilhas/noite. Além disso, foram realizadas quatro transecções para a visualização direta ou de vestígios deixados por estes animais – uma mais longa, perpendicular ao rio (localizada entre as coordenadas UTM 22J 433832 / 6785189 e 22J 435677 / 6784909) e as outras três mais curtas e transversais à anterior, em incursões na direção da margem do rio, sendo uma entre as coordenadas UTM 22J 435210 / 6784800 e 22J 435196 / 6784836, a segunda entre as coordenadas UTM 22J 433915 / 6784861 e 22J 433850 / 6784873 e a terceira entre as coordenadas UTM 22J 433832 / 6785189 e 22J 433890 / 6785139.

2.2. Atividades Previstas para o Próximo Trimestre

Para o período de julho a setembro de 2005 está prevista a realização das seguintes atividades:

• Emissão dos relatórios finais das campanhas de monitoramento pré-enchimento da UHE Castro Alves e 14 de Julho e pós-enchimento da UHE Monte Claro.

• 6ª campanha de monitoramento pré-enchimento da UHE Castro Alves.

• 2ª campanha de monitoramento pré-enchimento da UHE 14 de Julho.

• 3ª campanha de monitoramento pós-enchimento do reservatório da UHE Monte Claro.

• Também será dada continuidade ao acompanhamento do desmatamento dos canteiros de obras da UHE 14 de Julho (segunda etapa).

2.3. Conclusões

O programa vem sendo realizado conforme estabelecido no PBA, com alterações de cronograma advindas das alterações do cronograma das obras.

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2.4. Referências Bibliográficas ALEIXO, A. & VIELLIARD, J. M. E. Composição e dinâmica da mata de Santa

Genebra, Campinas, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 12:493-511. 1995.

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BRAUN, P. C. & BRAUN, C. A. S. Lista prévia dos Anfíbios do Estado do Rio Grande do Sul. Iheringia Ser. Zool., Porto Alegre (56): 121-146. 1980.

COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. Listas das aves do Brasil. Versão (3/3/2005). Disponível em http://www.ib.usp.br/cbro, acesso em 10 de abril de 2005.

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HEYER, W.R. et al. Measuring and monitoring biological diversity. Standard methods for amphibians. Smithsonian Institution Press, Washington. XIX + 364pp. 1994.

SILVANO, D. L. & SEGALLA, M. L. Conservation of Brazilian Amphibians. Conservation Biology 19 (3):653-658. 2005.

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3. PROGRAMA DE SALVAMENTO, MONITORAMENTO E RESGATE DA FLORA

No período de abrangência desse relatório foram realizadas atividades de monitoramento de epífitas, instalação de parcelas para monitoramento de encostas florestais e manutenção dos transplantes de Dyckia brevifolia no reservatório da UHE Monte Claro. O relatório final do Mapeamento de espécies endêmica Callisthene, Dyckia e Lafoensia nas áreas de influência das UHE Castro Alves e 14 de Julho está em fase de consolidação e será apresentado no próximo relatório de andamento do programa.

3.1.Descrição dos trabalhos desenvolvidos 3.1.1. Monitoramento de epífitas transplantadas e/ou em quarentenário 3.1.1.1. Atividades realizadas No período foram executadas atividades de monitoramento das espécies epifíticas resgatadas nas áreas de influência das áreas da UHE Castro Alves e reservatório da UHE Monte Claro, além das áreas da UHE 14 de Julho, esta última com relocação das espécies para a área da Associação Paludo, em Cotiporã. 3.1.1.2. Resultados As espécies de epífitas coletadas são pertencentes à Mata Atlântica, entre elas, as espécies de bromeliáceas, cactáceas, orquidáceas e piperáceas (Anexo 1). As causas das perdas nos transplantes estão sendo verificadas em relação à troca de substrato (planta hospedeira ou forófito), alteração na localização da epífita em relação à distância de relocação até o solo e em relação à borda da mata. Os resultados desses estudos serão apresentados no primeiro relatório trimestral de 2006. 3.1.2. Monitoramento de encostas florestais e afloramentos rochosos 3.1.2.1. Metodologia O monitoramento da vegetação florestal, realizado nas encostas situadas ao longo dos reservatórios, visa avaliar de que maneira o enchimento do reservatório e a alteração de parâmetros físicos, como umidade do ar e nebulosidade afeta as populações arbóreas e epifíticas.

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Com a instalação de unidades amostrais permanentes nas áreas da CERAN, ao longo das encostas dos reservatórios e alças de vazão reduzida, para monitorar espécies florestais epífitas e arbóreas, objetiva-se:

� acompanhar os fenômenos fenológicos das espécies epífitas e arbóreas; � avaliar o ingresso, a mortalidade, o crescimento e as mudanças nos parâmetros

fitossociológicos das espécies arbóreas; � para as espécies epifíticas, avaliar a variabilidade específica, a presença x

ausência e a abundância de indivíduos.

As unidades amostrais possuem formato retangular com dimensão de 10 x 20 m. Em cada parcela são consideradas todas as árvores com circunferência à altura do peito (CAP) maior ou igual a 10 cm. Cada árvore amostrada recebe uma plaqueta de identificação com numeração seqüencial amarrada com fio de nylon na altura do peito. Para a identificação das espécies utiliza-se um microscópio esteroscópio “Zeiss aus Jena” e consulta à literatura especializada, principalmente: Reitz R. (ed.) 1965-1997 “Flora Ilustrada Catarinense”, Burkart, A. (ed.) 1969-1987 “Flora Ilustrada de Entre Rios” (Argentina)”, Cabrera, A.L. (ed.) 1963-1970 “Flora de la Província de Buenos Aires, Pabst, G.F.J. & Dungs, F. (1977) “Orchidaceae Brasiliensis”, Hoehne, F.C. (1949) “Iconografia de Orchidaceas do Brasil”; além de comparação com exsicatas do herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ICN). São verificadas as espécies presentes nas Angiospermas, sendo observado aquelas perrtencentes às famílias da classe Magnoliopsida (Dicotiledôneas) e da Liliopsida (Monocotiledôneas), segundo a classificação de Cronquist (1981). Em 2005/2006 o monitoramento será realizado em 10 parcelas nas encostas do reservatório da UHE Monte Claro, uma parcela na alça de vazão reduzida da UHE Castro Alves e uma parcela em afloramento rochoso na alça de vazão reduzida da UHE Monte Claro. Em 2007 o monitoramento será expandido para os reservatórios das UHE Castro Alves e 14 de Julho. a. Monitoramento do estrato arbóreo Para o monitoramento do estrato arbóreo, as seguintes informações serão registradas anualmente, por um período de três anos:

� nome vulgar: a identificação das espécies mais comuns será feita in loco, anotando-se o nome vulgar. Em caso de dúvidas, será feita a coleta de material

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botânico para posterior classificação no Herbário do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria;

� circunferência à altura do peito: esta variável será medida a 1,30 m acima da superfície do solo por meio de fita métrica metálica com precisão de milímetros;

� posição sociológica: compreende a caracterização da posição vertical da árvore com relação às suas vizinhas. O indivíduo será classificado como pertencente ao estrato: (1) superior, (2) médio e (3) inferior;

� sanidade: classificação de acordo com quatro situações: (1) saudável, (2) baixa intensidade de dano, (3) média intensidade de dano e (4) alta intensidade de dano. Alta intensidade indica um sério comprometimento do indivíduo, demonstrando poucos sinais de vitalidade. Baixa intensidade mostra que menos de 30% da árvore encontra-se comprometida, e média intensidade o comprometimento é de aproximadamente 50%;

� liberação da copa: esta variável informa o grau de exposição da copa à luz solar, e será codificada como sendo: (1) mais que 75% da copa exposta à luz, (2) entre 50 e 75% da copa exposta à luz, (3) entre 25 e 50% da copa exposta à luz e (4) menos que 25% da copa exposta à luz; e

� vitalidade para o crescimento futuro: esta variável é subjetiva e complexa, envolvendo aspectos da sanidade da árvore, liberação da copa, idade fisiológica, posição sociológica e competição. Os códigos a serem utilizados para descrever esta variável serão: (1) crescimento futuro promissor, baixa competição, elevada vitalidade intrínseca, sem danos, (2) média vitalidade intrínseca, tendência de crescimento futuro médio, e (3) baixa vitalidade, crescimento futuro insignificante, elevada competição, doente, senil, suprimida.

Paralelamente, a cada trimestre será feita uma avaliação fenológica das árvores presentes na metade de cada unidade amostral. Deste modo, cada parcela será subdividida ao meio em sua maior extensão, gerando duas subparcelas de 5 x 20 m. Serão avaliadas as subparcelas situadas no lado mais próximo do rio. Para cada árvore considerada serão anotados os seguintes eventos fenológicos:

� floração = evento qualificado conforme sua progressão em três períodos: botões florais, floração adiantada ou árvore totalmente florida e floração terminada ou terminando;

� frutificação = evento também qualificado em três períodos: frutos novos, frutos maduros e frutos caindo ou sementes dispersas; e

� mudança foliar = serão observados os períodos de brotação, folhas novas e folhas adultas e, ou, maduras. Nesta fenofase, estas informações além de serem qualificadas, serão quantificadas em intervalos de porcentagem de 25%, conforme critérios visuais.

b. Monitoramento do estrato epifítico Para o monitoramento do estrato epifítico serão identificados os exemplares encontrados sobre as espécies arbóreas presentes em cada uma das unidades amostrais.

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Em cada árvore amostrada considerar-se-á anualmente, durante três anos, os seguintes registros:

• presença x ausência de espécies epifíticas; • identificação botânica de epífitos; e • quantificação por espécie de epífitos

Trimestralmente, far-se-á uma avaliação dos eventos fenotípicos floração e frutificação de todas as epífitas amostradas. c. Monitoramento de afloramentos rochosos Para os afloramentos rochosos serão instaladas três parcelas, uma em cada alça de vazão reduzida, monitoradas pelo período de três anos. Nesses locais, será feito um levantamento das espécies ocorrentes, comparativo com os resultados do mapeamento de espécies endêmicas (Dyckia, Lafoensia e Callisthene), e acompanhamento das espécies raras e endêmicas, considerando-se os seguintes aspectos: • - sobrevivência; • - fenologia (caracteres vegetativos); • - fenologia (caracteres reprodutivos); e • - recrutamento. 3.1.2.2. Resultados A atividade de instalação de parcelas foi iniciada no final do mês de junho e deverá ser finalizada no próximo trimestre. Foram instaladas duas unidades amostrais: uma no terço médio do reservatório, na metade da encosta, próxima à casa de força da UHE Castro Alves – coordenadas UTM 455400,678600 e a segunda, próxima ao rio, na alça de vazão reduzida da UHE Castro Alves coordenadas UTM 461300, 6785700 (Anexo 2). Ambas apresentam tanto em seus componentes arbóreos, como epifíticos, espécies botânicas nativas que já haviam sido registradas nas áreas de influências das usinas hidrelétricas do Complexo Energético Rio das Antas. A baixa densidade de epífitos era esperada, visto se tratar de áreas com estrato arbóreo em estágio médio de regeneração, ainda sem condições para desenvolvimento em alta densidades dete grupo vegetal.

3.2. Atividades previstas para o próximo trimestre Para o próximo trimestre estão previstas a seguintes atividades:

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� emissão do relatório final do Mapeamento de espécies endêmicas Callisthene

inundata, Lafoensia nummularifolia e Dyckia brefivolia nas áreas de influência das UHE Castro Alves e 14 de Julho

� acompanhamento do desmatamento do canteiro de obras da UHE 14 de Julho; � monitoramento de vegetação encostas e afloramentos; � relocação das epífitas e rupícolas, incluindo Dyckia sp, atualmente armazenadas no

quarentenário do Núcleo de Referência Ambiental para a Área de Preservação Permanente do reservatório da UHE Monte Claro;

� coleta de material para xiloteca no desmatamento do canteiro de obras da UHE 14 de Julho;

� monitoramento de epífitas transplantadas; � elaboração do projeto do pomar porta-sementes; � coleta de sementes; � manutenção de plantas transplantadas; e � acompanhamento de transplantes no canteiro de obras da UHE 14 de Julho.

3.3. Conclusões O programa vem sendo executado conforme o estabelecido no PBA, com algumas alterações de cronograma, por readequação das atividades ao cronograma das obras.

3.4. Bibliografia BEGON, M., HARPER, I.L., TOWNSEND, C.R. 1988. Ecología: individuos, poblaciones y

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RICHARDS, P.W. 1983. The three-dimensional structure of tropical rain Forest. In: SUTTON, S.L., WHITMORE, T.C. & CHADWICK, A.C. Tropical rain forest: ecology and management. Oxford: Black-well. p.3-10.

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3.5. Anexos Anexo 1: Resultados do monitoramento de epífitas relocadas/transplantadas. Anexo 2: Resultados do monitoramento de encostas florestais

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Anexo 1

Resultados do Monitoramento de Epífitas Relocadas/Transplantadas

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Área 1

Situada na montante da usina, junto À primeira ponte da estrada no sentido Nova Roma do Sul – Nova Pádua

Descrição: a área apresenta um córrego, com rochas distribuídas em seu entorno e uma vegetação em estágio médio de regeneração.

As espécies de epífitas relocadas nesta área são provenientes do Reservatório da UHE Monte Claro e da Casa de Foça da UHE Castro Alves. As tabelas a seguir apresentam as espécies coletadas, bem como o número de mudas correspondente.

Tabela 1. Espécies relocadas do Reservatório da UHE Monte Claro

Família Nome científico Nome popular No Inicial

No jan/05

No jun/05

BROMELIACEAE Tillandsia sp. cravo-do-mato 02 02 02 Aechmea sp. bromélia 10 10 18 ORCHIDACEAE Isochillus

linearis orquídea 100 20 09

Octomeria sp. orquídea 05 - - Sophronitis sp. orquídea 20 - - PIPERACEAE Peperomia sp. erva-de-vidro 30 30 50

Tabela 2. Espécies relocadas da Casa de Força da UHE Castro Alves Família Nome científico Nome

popular No

Inicial No jan/05 No mai/05

BROMELIACEAE Aechmea sp. bromélia 23 23 04 Billbergia nutans gravatá-de-

brinco 05 05 03

Tillandsia sp. cravo-do-mato 02 - - Tillandsia sp. cravo-do-mato 03 03 01 CACTACEAE Rhipsalis sp. ripsalis 10 10 25 ORCHIDACEAE Campylocentrum

sp. orquídea 10 10 -

Habenaria sp.* orquídea 10 10 09 PIPERACEAE Peperomia sp. erva-de-vidro 10 - - Peperomia sp. erva-de-vidro 10 - -

* esta espécie está localizada na própria área de relocação.

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Área 2 Situada na jusante da usina, junto ao depósito de lenha

Descrição: a área apresenta um córrego, com rochas distribuídas em seu entorno e uma vegetação em estágio médio de regeneração.

As espécies de epífitas relocadas nesta área são provenientes da Casa de Força da UHE Castro Alves. A tabela a seguir apresenta as espécies coletadas, bem como o número de mudas correspondente:

Tabela 3. Espécies relocadas da Casa de Força da UHE Castro Alves Família Nome científico Nome popular No Inicial No jan/05 No mai/05

BROMELIACEAE Aechmea sp. bromélia 05 - - Billbergia nutans gravatá-de-brinco 05 - - CACTACEAE Rhipsalis sp. ripsalis 10 02 01 ORCHIDACEAE NI orquídea 05 05 05 NI orquídea 05 05 05 PIPERACEAE Peperomia

tetraphylla erva-de-vidro 20 02 -

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Tabela 4 Monitoramento das espécies epífitas da trilha da Associação Paludo

CR/C/RM/030/060/2005 128

Tabela 4. Monitoramento das espécies epífitas da trilha da Associação Paludo

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (10) 10 Isochillus linearis (6) 06

Tillandsia gardneri (1) 01

Tillandsia sp. (2) 02

Aspidosperma paravifolium Tillandsia sp. (12) 12 Peperomia sp. (1) 01

Machaerium paraguariense Microgramma squamulosa (5) 05 Tillandsia sp. (9) 09

Orchidaceae (1) 01

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (5) 05

Tillandsia sp. (2) 02

Sebastiania commersoniana Tillandsia sp. (2) 02 Orchidaceae (1) 01

Tillandsia tenuifolia (5) 05 Rhipsalis sp. (2) 02

Microgramma squamulosa (5) 05

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (4) 02 Orchidaceae (1) 01

Tillandsia tenuifolia (6) 06

Machaerium stipitatum Tillandsia sp. (5) 05 Encyclia sp. (5) 05

Machaerium stipitatum Tillandsia sp. (5) 05

Cupania vernalis Tillandsia sp. (10) 10

Tillandsia mallemontii (2) 02

Microgramma squamulosa (4) 04

Machaerium stipitatum Tillandsia sp. (10) 10

Microgramma squamulosa (4) 04

Machaerium stipitatum Tillandsia sp. (10) 10

CR/C/RM/030/060/2005 129

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Microgramma squamulosa (4) 04

Campomanesia xanthocarpa Tillandsia sp. (5) 03

Tillandsia gardneri (5) 05

Machaerium stipitatum Tillandsia tenuifolia (5) 05

Lonchocarpus campestris Microgramma squamulosa (4) 04 Orchidaceae (1) -

Tillandsia sp. (10) 10

Tillandsia tenuifolia (10) 10

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (10) 10 Orchidaceae (3) 03

Tillandsia gardneri (5) 05

Microgramma squamulosa (4) 04

Sebastiania commersoniana Tillandsia gardneri (1) 01 Rhipsalis sp. (1) 01

Tillandsia sp. (10) 10

Sebastiania commersoniana Rhipsalis sp. (1) 01 Encyclia sp. (1) 01

Tillandsia sp. (10) 10

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (10) 10

Tillandsia tenuifolia (4) 04

Tillandsia mallemontii (2) 02

Sebastiania commersoniana Tillandsia mallemontii (2) 02 Peperomia sp. (5) -

Tillandsia gardneri (3) 03

Tillandsia sp. (7) 07

Rhipsalis sp. (1) 01

Lonchocarpus campestris Tillandsia tenuifolia (4) 04

Tillandsia mallemontii (4) 04

CR/C/RM/030/060/2005 130

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Rhipsalis sp. (1) 01

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (8) 08

Tillandsia mallemontii (4) 04

Lonchocarpus campestris Tillandsia tenuifolia (5) 05

Tillandsia sp. (4) 04

Microgramma squamulosa (2) 02

Aspidosperma parvifolium Tililandsia sp. (6) 06 Rhipsalis sp. (2) 02

Tillandsia gardneri (3) 03

Microgramma squamulosa (2) 02

Chrysophyllum marginatum Tillandsia sp. (10) 10 Encyclia sp. (1) 01

Tillandsia mallemontii (5) 05

Microgramma squamulosa (2) 02

Sebastiania commersoniana Orchidaceae (3) 03

Tillandsia sp. (3) 03

Tillandsia mallemontii (4) 04

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02 Encyclia sp. (1) 01

Tillandsia tenuifolia (10) 10

Tillandsia sp. (5) 05

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (8) 08

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02 Orchidaceae (1) 01

Tillandsia sp. (4) 04

Tillandsia tenuifolia (5) 05

CR/C/RM/030/060/2005 131

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Machaerium paraguariense Tillandsia sp. (20) 10 Rhipsalis sp. (2) 02

Tillandsia mallemontii (10) 10

Tillandsia tenuifolia (8) 08

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia tenuifolia (10) 10

Tillandsia gardneri (5) 05

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (8) 08

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia tenuifolia (3) 03

Sebastiania commersoniana Tillandsia tenuifolia (3) 03

Tillandsia sp. (1) 01

Sebastiania commersoniana Tillandsia sp. (1) 01

Tillandsia mallemontii (5) 05

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (10) 10

Tillandsia tenuifolia (10) 10

Randia armata Tillandsia mallemontii (5) 05

Tillandsia tenuifolia (10) 10

Matayba elagnoides Tillandsia mallemontii (5) 05 Isochillus linearis (3) 03

Tillandsia tenuifolia (10) 10

Tillandsia sp. (10) 10

NI Tillandsia sp. (5) 05 Rhipsalis sp. (1) 01

CR/C/RM/030/060/2005 132

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Tillandsia tenuifolia (7) 07 Encyclia sp. (5) 05

Ocotea pulchella Tillandsia sp. (1) 01

Tillandsia tenuifolia (8) 08

árvore morta

Myrocarpus frondosus Rhipsalis sp. (1) 01

Lonchocarpus campestris Vrisea sp. (1) 01

Lonchocarpus campestris Orchidaceae (1) 01

Myrocarpus frondosus

Machaerium paraguariense Orchidaceae (3) 03

Maytenus ilicifolia Microgramma squamulosa (2) 02 Orchidaceae (3) 03

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Casearia sylvestris Microgramma squamulosa (2) 02

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (1) 01

Cupania vernalis Tillandsia sp. (3) 03

Microgramma squamulosa (2) 02

Machaerium paraguariense Tillandsia sp. (3) 03

Microgramma squamulosa (2) 02

Sebastiania commersoniana Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (5) 05

Matayba elagnoides Peperomia sp. (3) -

CR/C/RM/030/060/2005 133

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Matayba elagnoides Peperomia sp. (3) -

Lonchocarpus campestris Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (5) 05

Campomanesia xanthocarpa Tillandsia sp. (6) 06

Microgramma squamulosa (4) 04

Lonchocarpus campestris Microgramma squamulosa (4) 04

Tillandsia sp. (4) 04

Maytenus ilicifolia Tillandsia sp. (4) 04

Dasyphyllum spinescens Tillandsia geminifolia (1) 01

Dasyphyllum spinescens Tillandsia sp. (2) 02

Cupania vernalis Rhipsalis sp. (1) 01

Randia armata Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

Randia armata Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

Randia armata Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

Randia armata Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (2) 02

NI Rhipsalis sp. (1) 01

Campomanesia xanthocarpa Tillandsia sp. (2) 02

NI Tilliandsia sp. (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 134

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 NI Tillandsia sp. (2) 02

NI Tillandsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Microgramma squamulosa (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Microgramma squamulosa (2) 02

Myrocarpus frondosus Microgramma squamulosa (2) 02

NI Tillaindsia sp. (2) 02 Orchidaceae (1) 01

Parapiptadenia rigida Tillandsia sp. (2) 02 Encyclia sp. (6) 06

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillaindsia sp. (2) 02

Randia armata Tillaindsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillaindsia sp. (2) 02

Cupania vernalis Tillandsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillaindsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (2) 02

Randia armata Tillandsia sp. (2) 02

Cupania vernalis Tillandsia sp. (2) 02

Randia armata Tillaondsia sp. (2) 02

Myrocarpus frondosus Tillansia sp. (2) 02

Syagurus rommanozifolium Tillandsia sp. (2) 02

Cereus sp. Tillandsia sp. (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 135

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Cupania vernalis Tillandsia sp. (2) 02

Cupania vernalis Tillandsia sp. (2) 02

Campomanesia xanthocarpa Tillanidsia sp. (2) 02

Cordia sp. Peperomia sp (1) 01

Sebastiania commersoniana Tillandsia sp. (2) 02

Cupania vernalis Tillandsia sp. (2) 02

Matayba elagnoides Tillandsia sp. (2) 02

Maytenus ilicifolia Tillandsia sp. (2) 02

Microgramma squamulosa (2) 02

Randia armata Tillandsia sp. (2) 02

Randia armata Tillandsia sp. (2) 02

Dasyphyllum spinescens Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (1) 01

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (3) 03

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (3) 03

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (2) 02

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (6) 06

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (4) 04

CR/C/RM/030/060/2005 136

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Cupania vernalis Tillandsia sp. (3) 03

Cupania vernalis Tillandsia sp. (5) 05

Cupania vernalis Tillandsia sp. (3) 03

Nectandra megapotamica Tillandsia sp. (2) 02

Microgramma squamulosa (5) 05

Matayba elagnoides Tillandsia sp. (6) 06

Microgramma squamulosa (2) 02

Cupania vernalis Tillandsia sp. (8) 08

Cupania vernalis Tillandsia sp. (6) 06

Ilex paraguariensis Tillandsia sp. (4) 04

Ilex paraguariensis Microgramma squamulosa (10) 10

Cupania vernalis Microgramma squamulosa (10) 10

Tillandsia sp. (3) 03

Ilex paraguariensis Tillandsia sp. (3) 03

Ilex paraguariensis Tillandsia sp. (3) 03

Cupania vernalis Tillandsia sp. (5) 05

�epe uruguaiensis Microgramma squamulosa (10) 10

Allophylus edulis Microgramma squamulosa (2) 02

Cupania vernalis Tillandsia sp. (4) 04

Aechmea sp. (1) 01

Cupania vernalis Tillandsia sp. (3) 03

Cupania vernalis Tillandsia sp. (3) 03

Nectandra megapotamica Tillandsia sp. (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 137

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Machaerium paraguaiense Tillandsia sp. (5) 05

Nectandra megapotamica Tillandsia sp. (5) 05

Microgramma squamulosa (10) 10

Matayba elagnoides Tillandsia sp. (2) 02

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

NI Tillandsia sp. (2) 02 Peperomia sp (1) 01

Syagrus rommanozifolia Tillandsia sp. (2) 02 Peperomia sp (1) 01

Machaerium paraguaiense Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

NI Tillandsia sp. (2) 02

Microgramma squamulosa (2) 02

Posocheria latifolia Tillandsia sp. (4) 04

Microgramma squamulosa (2) 02

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (2) 02

Nectandra megapotamica Aechmea sp. (1) 01

Machaerium paraguaiense Tillandsia sp. (5) 05

Matayba elagnoides Tillandsia sp. (8) 08

Syagrus rommanozifolia Tillandsia sp. (8) 08 Tillandsia sp. (2) 02

NI Tillandsia sp. (3) 03

Microgramma squamulosa (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 138

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 NI Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (4) 04

Capcicodendrum dinisi Tillandsia sp. (6) 06 Encyclia sp. (2) 02

Machaerium paraguaiense Tillandsia sp. (6) 06

Microgramma squamulosa (2) 02

NI Aristolochia sp. (2) 02

Cupania vernalis Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (3) 03

NI Encyclia sp. (2) 01

NI Microgramma squamulosa (2) 02 Orchidaceae (2) 02

Rhipsalis (2) 02

Sorocea bomplandii Microgramma squamulosa (2) 02

Lonchocarpus campestris Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (3) 03

NI Tillandsia sp. (3) 03

Microgramma squamulosa (2) 02

Machaerium paraguaiense Tillandsia sp. (4) 04

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (10) 10

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

NI Tillandsia sp. (6) 06

NI Tillandsia sp. (6) 06

Microgramma squamulosa (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 139

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (4) 04

Microgramma squamulosa (2) 02

Luehea divaricata Microgramma squamulosa (2) 02 Orchidaceae (3) 03

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (6) 06

Lonchocarpus campestris Tillandsia sp. (10) 10

Aechmea sp. (1) 01

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

NI Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (4) 04

Nectandra opsitifolia Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (4) 04

NI Microgramma squamulosa (2) 02

NI Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (4) 04

NI Tillandsia sp. (6) 06

Microgramma squamulosa (2) 02

NI Tillandsia sp. (4) 04

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Syagrus rommanozifolia Microgramma squamulosa (2) 02

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (4) 04

Matayba elagnoides Tillandsia sp. (4) 04

Microgramma squamulosa (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 140

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 NI Tillandsia sp. (6) 06

Roupala brasiliensis Microgramma squamulosa (2) 02

Machaerium paraguaiense Tillandsia sp. (10) 10

Roupala brasiliensis Tillandsia sp. (10) 10

Cupania vernalis Tillandsia sp. (10) 10 Aechmea sp. (1) 01

Microgramma squamulosa (2) 02

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02 Orchidaceae (6) 05

NI Tillandsia sp. (10) 10

Cupania vernalis Tillandsia sp. (6) 06 Peperomia (1) 01

Syagrus rommanozifolia Microgramma squamulosa (2) 02 Vrisea sp. (1) 01

Casearia sylvestris Microgramma squamulosa (2) 02 Peperomia (2) 02

Casearia sylvestris Microgramma squamulosa (2) 02

Matayba elagnoides Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (6) 06

Myrocarpus frondosus Tillandsia sp. (10) 10

Ficus sp. Microgramma squamulosa (2) 02

Casearia sylvestris Microgramma squamulosa (2) 02

Casearia sylvestris Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (6) 06

Casearia sylvestris Microgramma squamulosa (2) 02

Maytenus ilicifolia Microgramma squamulosa (2) 02

Tillandsia sp. (6) 06

Maytenus ilicifolia Microgramma squamulosa (2) 02

CR/C/RM/030/060/2005 141

arbórea epífita local (nº inicial) Nº jun/2005 epífita CERAN (nº inicial) Nº jun/2005 Tillandsia sp. (6) 06

Cedrela fissilis Microgramma squamulosa (2) 02 Rhipsalis (2) 02

NI Aechmea sp. (1) 01

Microgramma squamulosa (2) 02

Luehea divaricata Microgramma squamulosa (2) 02 Orchidaceae (3) 03

Tillandsia sp. (6) 06

Ilex paraguariensis Tillandsia sp. (6) 06

Randia armata Aechmea (5) 05

CR/C/RM/030/060/2005 142

Anexo 2

Resultados do monitoramento de encostas florestais

CR/C/RM/030/060/2005 143

Tabela 1. Monitoramento do Estrato Arbóreo CAP = circunferência à altura do peito; PS = posição sociológica – (1) superior, (2) médio, (3) inferior; Sn = sanidade – (1) saudável, (2) baixa densidade de dano, (3) média densidade de dano, (4) alta densidade de dano; Lc = liberação da copa – (1) mais que 75% da copa exposta à luz, (2) entre 50% e 75% da copa exposta à luz, (3) entre 25 e 50% da copa exposta à luz e (4) menos que 25% da copa exposta à luz; V = vitalidade – (1) crescimento futuro promissor, baixa competição, elevada vitalidade intrínseca, sem danos, (2) média vitalidade intrínseca, tendência de crescimento futuro médio, (3) baixa vitalidade, crescimento futuro insignificante, elevada competição, doente, senil, suprimida.

Unidade Amostral nº 01 - Local: Casa de Força da UHE Castro Alves – encosta - Data: 23/06/2005

No arbórea Nome vulgar CAP PS Sn Lc V Floração Frutificação 01 Angico-vermelho 36,0 2 3 2 3 - - 02 Angico-vermelho 27,5 3 1 3 2 - - 03 Camboatá-vermelho 14,2 3 1 4 2 - - 04 Angico-vermelho 38,0 1 1 1 1 - - 05 Angico-vermelho 20,9 3 2 4 2 - - 06 Angico-vermelho 49,5 1 1 1 1 - - 07 Angico-vermelho 37,0 1 1 1 1 - - 08 Mirsine 61,2 1 1 1 2 - - 09 Camboatá-vermelho 15,5 3 1 4 2 - - 10 Camboatá-vermelho 23,1 3 1 3 1 - - 11 Angico-vermelho 26,8 2 2 2 2 - - 12 Camboatá-vermelho 17,7 3 1 4 2 - - 13 Camboatá-vermelho 18,2 3 1 4 2 - - 14 Angico-vermelho 14,0 3 2 4 2 - - 15 Pata-de-vaca 10,5 3 3 4 3 - - 16 Angico-vermelho 46,6 1 1 1 1 - - 17 Limeira 56,9 2 3 2 3 - - 18 Camboatá-vermelho 31,3 2 1 1 1 - -

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No arbórea Nome vulgar CAP PS Sn Lc V Floração Frutificação 19 Caroba 28,0 2 1 3 3 - - 20 Açoita-cavalo 51,1 1 1 1 1 - - 21 Canela-preta 36,3 1 1 1 1 - - 22 Aroeira-brava 29,0 2 1 3 2 - - 23 Angico-vermelho 41,8 1 2 2 1 - - 24 Angico-vermelho 12,5 3 1 4 2 - - 25 Chá-de-bugre 16,5 3 1 4 2 - - 26 Guaicá 11,2 3 1 4 2 - - 27 Açoita-cavalo 17,0 3 3 4 3 - - 28 Cedro 17,0 3 1 4 2 - - 29 Açoita-cavalo 43,5 2 2 1 2 - - 30 Capororocão 16,3 3 1 4 2 - - 31 Chá-de-bugre 54,0 2 1 2 2 - - 32 Angico-vermelho 17,0 3 1 4 2 - - 33 Gerivá 21,4 3 2 4 2 - - 34 Angico-vermelho 43,0 1 1 1 1 - - 35 Angico-branco 31,2 2 2 1 2 - - 36 Açoita-cavalo 32,5 2 2 3 2 - - 37 Angico-branco 12,9 3 4 4 3 - - 38 Caroba 46,0 2 1 3 3 - - 39 Pata-de-vaca 10,0 3 2 4 2 - - 40* Camboatá-vermelho 16,7 3 1 4 2 - - 41 Açoita-cavalo 16,0 2 2 3 2 - - 42 Angico-vermelho 51,0 1 1 1 1 - - 43 Angico-vermelho 13,0 3 1 4 3 - - 44 Camboatá-vermelho 11,5 3 1 4 2 - - 45 Angico-vermelho 20,0 3 2 3 2 - - 46 Angico-vermelho 38,5 1 1 1 1 - - 47 Camboatá-vermelho 18,0 3 1 4 2 - - 48 Farinha-seca 13,5 3 1 3 2 - - 49 Angico-vermelho 27,0 2 1 1 1 - - 50 Camboatá-vermelho 21,8 2 1 4 2 - -

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No arbórea Nome vulgar CAP PS Sn Lc V Floração Frutificação 51 Camboatá-vermelho 21,0 3 1 4 2 - - 52 Pata-de-vaca 15,5 3 3 4 3 - - 53 Angico-vermelho 20,3 3 3 4 3 - - 54 Açoita-cavalo 28,1 3 2 4 3 - - 55 Pata-de-vaca 12,5 3 1 4 2 - - 56 Camboatá-vermelho 17,0 3 1 4 2 - - 57 Angico-vermelho 22,0 3 1 4 2 - - 58 Camboatá-vermelho 24,0 1 1 1 1 - - 59 Guajuvira 18,3 3 1 3 2 - - 60 Chá-de-bugre 57,0 2 1 1 1 - - 61 Açoita-cavalo 42,0 1 2 1 2 - - 62 Farinha-seca 10,0 3 1 4 2 - - 63 Açoita-cavalo 52,5 1 2 1 2 - - 64 Camboatá-vermelho 11,2 3 3 4 3 - - 65 Guaicá 53,5 2 2 2 2 - - 66 Angico-vermelho 21,1 3 3 4 3 - - 67 Angico-vermelho 17,2 3 3 4 3 - - 68 Angico-vermelho 47,0 1 1 1 1 - Frutos verdes 69 Camboatá-vermelho 42,4 3 1 4 2 - - 70 Angico-vermelho 15,2 3 1 4 2 - -

* 40 em diante – lado da unidade voltado para o rio.

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Unidade Amostral nº 02 - Local: Ponte Nova Roma do Sul / Farroupilha – Alça de Vazão Reduzida da UHE Castro Alves –

beira do rio das Antas - Data: 23/06/2005

No arbórea Nome vulgar CAP PS Sn Lc V Floração Frutificação 71 Canjerana 30,5 3 1 4 2 - - 72 Pau-leiteiro 33,0 3 4 4 3 - - 73 Ingá 17,6 3 1 3 1 - - 74 Ingá 14,1 3 1 4 2 - - 75 Açoita-cavalo 18,2 3 3 4 3 - - 76 Carne-de-vaca 16,1 3 3 4 3 - - 77 - - - 78 Chá-de-bugre 16,1 3 4 4 3 - - 79 Açoita-cavalo 57,6 2 4 3 3 - - 80 Ingá 16,3 3 1 4 2 - - 81 Pata-de-vaca 19,9 2 1 3 2 - - 82 Canjerana 20,2 2 1 3 1 - - 83 Pata-de-vaca 17,4 3 1 4 2 - - 84 Ingá 18,1 3 1 4 2 - - 85 Angico-vermelho 51,3 2 2 3 2 - - 86 Açoita-cavalo 35,5 3 1 3 2 - - 87 Chal-chal 10,0 3 1 4 2 - - 88 Pata-de-vaca 10,0 3 4 4 3 - - 89* Angico-vermelho 39,5 2 1 2 2 - - 90 Canela-preta 146,4 1 1 1 1 - - 91 Angico-vermelho 20,5 2 1 3 2 - - 92 Açoita-cavalo 24,2 3 3 4 3 - - 93 Açoita-cavalo 32,6 2 1 4 2 - - 94 Açoita-cavalo 31,9 2 1 3 1 - - 95 Ingá 10,3 3 1 4 2 - - 96 Açoita-cavalo 15,6 3 1 4 2 - - 97 Carne-de-vaca 13,0 3 1 3 2 - - 98 Angico-vermelho 10,5 3 1 4 3 - - 99 Angico-vermelho 43,2 2 1 3 2 - -

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No arbórea Nome vulgar CAP PS Sn Lc V Floração Frutificação 100 Angico-vermelho 30,3 2 1 3 2 - - 101 Molinédia 14,2 3 1 4 3 - - 102 Angico-vermelho 37,0 2 1 3 2 - - 103 Carne-de-vaca 22,2 3 2 4 3 - - 104 Canela-preta 138,0 1 2 1 2 - - 105 Pata-de-vaca 29,0 2 2 4 3 - - 106 Chá-de-bugre 14,4 3 1 4 2 - - 107 Angico-vermelho 11,5 3 1 3 1 - - 108 Guaicá 131,5 1 1 1 1 - - 109 Guaçatunga 40,1 2 1 3 2 - - 110 Chá-de-bugre 15,3 3 3 4 3 - - 111 Camboatá-branco 20,3 1 3 4 3 - - 112 Angico-vermelho 23,2 3 1 4 2 - - 113 Ingá 36,0 2 1 2 1 - - 114 Açoita-cavalo 13,2 3 3 4 3 - - 115 Canela-amarela 90,3 1 2 1 2 - - 116 Ingá 16,0 3 1 4 1 - - 117 Angico-vermelho 10,1 3 1 4 2 - - 118 Angico-vermelho 36,2 2 1 3 2 - - 119 Ingá 14,0 3 1 4 2 - - 120 Aguaí 11,1 3 1 4 3 - - 121 Chá-de-bugre 16,0 3 2 4 2 - - 122 Camboatá-branco 12,5 3 1 4 3 - - 123 Angico-vermelho 35,7 2 1 2 1 - - 124 Carne-de-vaca 14,0 3 1 4 3 - - 125 Angico-vermelho 12,7 3 2 4 3 - - 126 Chá-de-bugre 30,6 3 1 3 2 - - 127 Açoita-cavalo 65,0 2 1 3 2 - - 128 Guaicá 139,0 1 4 1 3 - -

Obs.: Nº arbórea refere-se à tabela anterior. * 89 em diante – lado da unidade voltado para o rio.

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Tabela 2. Monitoramento do Estrato Epifítico

Unidade Amostral nº: 01 - Local: casa de força da UHE Castro Alves – encosta - Data: 23/06/2005

Nº arbórea nome popular família nome científico quantidade floração frutificação 17 Erva-de-vidro PIPERACEAE Peperomia sp. 05 X - 46 cravo-do-mato BROMELIACEAE Tillandsia cf. recurvata 02 - - 56 erva-de-vidro PIPERACEAE Pepromia sp. 02 X -

* do n. 40 em diante – lado da unidade voltado para o rio.

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Unidade Amostral nº: 02 - Local: Ponte Nova Roma do Sul / Farroupilha – Alça de Vazão Reduzida da UHE Castro Alves – beira do rio das Antas - Data: 23/06/2005

No arbórea nome popular família nome científico quantidade floração frutificação

75 samambaia PTERYDOPHYTA NI 02 - - 79 cipó-cabeludo POLYPODIACEAE Microgramma vaciinifolia 05 - - 83 cravo-do-mato BROMELIACEAE Tillandsia gardneri 01 - X 90 cravo-do-mato BROMELIACEAE Tillandsia sp. 02 - - cipó-cabeludo POLYPODIACEAE Microgramma vacciinifolia 01 - - cáctus CACTACEAE Rhipsalis teres 02 - -

93 cáctus CACTACEAE Rhipsalis teres 02 - - cravo-do-mato BROMELIACEAE Tillandsia sp. 01 - -

94 cáctus CACTACEAE Rhipsalis teres 01 - - 99 cáctus CACTACEAE Rhipsalis teres 02 - -

104 cipó-cabeludo POLYPODIACEAE Microgramma vacciinifolia 05 - - cravo-do-mato BROMELIACEAE Tillandsia gardneri 02 - - Cáctus CACTACEAE Rhipsalis teres 02 - - Erva-de-vidro PIPERACEAE Peperômia sp. 05 - -

111 Cipó-cabeludo POLYPODIACEAE Microgramma vaccinifolia 02 - - samambaia PTERYDOPHYTA NI 01 - -

115 Orquídea ORCHIDACEAE Polystachia sp. 02 - - 116 cáctus CACTACEAE Rhipsalis sp. 01 - - 126 Cactus CACTACEAE Rhipsalis teres 05 - -

* 89 em diante – lado da unidade voltado para o rio.

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4. PROGRAMA DE CONTROLE DA PROLIFERAÇÃO DE MACRÓFITAS

Neste período, houve continuidade das atividades de monitoramento da proliferação de macrófitas no reservatório da UHE Monte Claro, conforme estabelecido no PBA, e foi realizada a segunda campanha de monitoramento trimestral.

4.1. Descrição dos trabalhos desenvolvidos 4.1.1. Segunda campanha de monitoramento trimestral 4.1.1.1. Objetivos e Metodologia Nesta fase do acompanhamento das condições do reservatório, os objetivos foram: 1. prosseguir com o levantamento e identificação das espécies de macrófitas

aquáticas ocorrentes na área de inundação do reservatório; 2. acompanhar as condições de crescimento e dispersão de estandes de

macrófitas aquáticas localizadas e identificadas em qualquer trecho do reservatório;

3. propor medidas de eliminação e controle de espécies consideradas de risco de proliferação.

Para atender a estes objetivos, foi empregada a seguinte metodologia de campo e laboratório:

- vistoria no trimestre de todas as margens do reservatório, cujo percurso foi feito por embarcação;

- localização visual, ao longo das margens do reservatório, de estandes de plantas, especialmente junto aos “palitos” da vegetação lenhosa remanescente nas margens;

- registro das espécies encontradas e com potencial de se tornarem invasoras na área do represamento;

- observações dos estandes marcados de Hedychium corunarium para

acompanhar o seu crescimento ao longo dos próximos trimestres (Foto 1). 4.1.1.2. Resultados Na vistoria do segundo trimestre de 2005 foi definida a estratégia de acompanhar as modificações havidas a partir dos levantamentos do primeiro trimestre, inclusive da erradicação de Pistia stratiotes, conforme recomendado na oportunidade. Deste

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modo, os resultados são apresentados conforme condição do trimestre anterior, bem como das alterações acontecidas no intervalo entre um trimestre e outro. a) Ocorrência de Hedychium coronarium Nas vistorias dos trimestres anteriores foram localizados vários estandes de Hedychium coronarium Koening (lírio-do-brejo-branco), tendo sido, na oportunidade, decidido efetuar a marcação de vários talos vegetativos de alguns estandes, buscando acompanhar possíveis riscos de proliferação e invasão descontrolada nas margens do reservatório, conforme pode ser visto na Foto 1. Tal decisão deveu-se à constatação de que, ao longo do último semestre, os estandes se mantinham “ancorados” na vegetação lenhosa remanescente, bem como haviam aumentado de tamanho e vigor vegetativo. Na vistoria de 27 de junho passado (relativa ao segundo trimestre) todos os estandes marcados haviam desaparecido, certamente arrastados pelas cheias do rio das Antas, que ocorreram a partir de maio do corrente ano. Permaneceram poucos estandes (não marcados) em alguns locais, com pouco vigor e com tendência ao desaparecimento.

Foto 1. estande de Hedychium coronarium marcado, ancorado na vegetação

remanescente da antiga mata ciliar

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Pode-se depreender que a dinâmica de alta e rápida mudança de vazão do rio das Antas, com a conseqüente elevação periódica do nível do reservatório, provoca o arraste rio abaixo, através do vertedouro, de estandes flutuantes ou fracamente ancorados na vegetação lenhosa remanescente. Essas “cheias”, conforme intensidades, podem constituir-se em formas naturais de controles das populações dessa espécie. De todo modo é necessário o acompanhamento da evolução de Hedychium coronarium ao longo do tempo, em parte por não se conhecer suficientemente a biologia da multiplicação dos talos dos estandes em ambiente de reservatório, em parte pelas incertezas de cheias suficientes para o seu arraste, assim como da crescente disponibilidade de nutrientes para o seu vertiginoso crescimento. b) Ocorrência de Pistia stratiotes Na expedição do primeiro trimestre/2005 foram encontradas significativas quantidades de Pistia stratiotes, dispersas em ambas as margens do reservatório, a jusante do início do represamento. Isso certamente significou que a fonte de dispersão é de trecho de rio ou arroio situados a montante do reservatório, já que não houve, nesse período, cheia que drenasse essa planta flutuante dos locais anteriormente detectados (Foto 2).

Foto 2. estande de Pistia stratiotes em fase de crescimento exponencial,

ancorado na vegetação residual da antiga mata ciliar

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No relatório do primeiro trimestre/2005 foi recomendada a remoção dos extensos trechos de estandes de Pistia stratiotes, o que ocorreu, com extenuante esforço, pois alcançar as plantas entre a vegetação lenhosa remanescente nas margens só pode ser feito com pequenos barcos a remo. Na oportunidade pode-se observar que nesses estandes se encontravam plantas em diferentes estágios de crescimento vegetativo, cuja tendência era de rapidamente se espalhar pelo reservatório (Foto 3).

Foto 3. ramos jovens de Pistia stratiotes isoladas e dispersas junto à foz do rio

da Prata, sinalizados com seta c) Outras ocorrências Foram encontrados ainda alguns estandes de outras espécies de plantas. A maioria dessas espécies é de borda de mata e apenas crescem junto à água enquanto houver condições de ancoramento de seus “baraços” na vegetação lenhosa remanescente, como Comelina sp. Não foi encontrado nenhum estande de Hydrocotyle ranunculoides, freqüente em alguns locais no trimestre anterior. Períodos de cheias que provocam grande vazão através do vertedouro parecem ser eficiente mecanismo de arraste e remoção das espécies de macrófitas aquáticas encontradas fracamente ancoradas na vegetação lenhosa das margens.

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4.1.2. Remoção de Pistia stratiotes no reservatório da UHE Monte Claro No trimestre foram finalizadas as atividades de remoção de Pistia stratiotes no reservatório da UHE Monte Claro. A remoção foi realizada durante o período de 15 de março a 11 de maio, com um total de 36 dias de trabalho. A maior dificuldade encontrada para a remoção foi provocada pela dificuldade de movimentação de barcos ao longo das margens, locais onde estavam os maiores focos, devido à presença de rochas e galhos de árvores. Em 26 de junho (segundo trimestre/2005) foi realizada outra inspeção, tendo sido encontrados apenas alguns indivíduos de Pistia stratiotes na margem direita, a jusante da saída do túnel da UH Castro Alves/montante da foz do rio da Prata, que deverão ser removidos para evitar novas infestações.

4.2. Atividades Previstas para o Próximo Trimestre No próximo trimestre será realizada uma campanha para remoção dos indivíduos encontrados de Pistia stratiotes para evitar novos focos e em setembro deve ser realizada a terceira campanha trimestral de monitoramento.

4.3. Conclusões A continuação do acompanhamento, mediante marcação, do crescimento de Hedychium coronarium, deixou de ser uma necessidade, pois todos os estandes marcados no primeiro trimestre/2005 foram arrastados pelas cheias. Como é provável um crescimento pouco expansivo, pode-se cogitar manter sob controle os estandes remanescentes, sem erradicá-los totalmente, para que sirvam para futuras observações e possível local e substrato de desova de peixes. É um item a ser mantido sob controle ao longo dos próximos trimestres. É necessário acompanhar o crescimento dos estandes das outras espécies citadas acima, sem necessidade, enquanto em observação, de realizar a sua remoção. Futuras condições poderão resultar na necessidade de sua remoção. Deixou de ser uma necessidade de maior observação para Hydrocotyle ranunculoides, visto que o mesmo não foi encontrado nesta vistoria. O curto tempo de residência da água nesta fase possivelmente seja um fator que deixou de contribuir para o rápido crescimento de algumas espécies de macrófitas aquáticas, diminuindo a concentração de nutrientes no reservatório. Toda vez que houver um aumento do tempo de residência da água no reservatório, acompanhado de enriquecimento de nutrientes, deve ser feita uma maior vigilância quanto ao crescimento das macrófitas aquáticas.

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5. PROGRAMA DE REFLORESTAMENTO

5.1. Descrição dos trabalhos desenvolvidos Com o encerramento das atividades de obra na UHE Monte Claro, decidiu-se transferir o viveiro de mudas para a cidade de Nova Roma do Sul. O novo viveiro terá a mesma capacidade de produção que o anterior, 50.000 mudas/ano. No Anexo 1 são apresentadas fotos do andamento das obras dessas instalações As mudas em estoque no viveiro serão utilizadas em plantios para recuperação de áreas degradadas no canteiro e na APP do reservatório da UHE Monte Claro. A produção de mudas deverá ser retomada na segunda quinzena de julho.. Em junho de 2005 foi finalizada a proposta de apoio para o projeto de reflorestamento das margens do arroio Retiro, no município de Nova Prata. A iniciativa deste projeto é do DEFAP daquela cidade. A CERAN firmará convênio com o DEFAP para executar o plantio de mudas arbóreas nativas, a partir da identificação e liberações das áreas por parte do DEFAP. Estes plantios servirão para a reposição obrigatório conforme diretrizes de licenciamentos. Nesse período foi realizado o processo de solicitação e análise das propostas para a execução do plantio arbóreo na APP de Monte Claro em 25 ha.

5.2. Atividades Previstas para o Próximo Trimestre Para o próximo trimestre estão previstas as seguintes atividades:

− plantio nas áreas de canteiros de obras das UHE Monte Claro e Castro Alves; − plantios na APP da UHE Monte Claro − plantios nas margens de arroio Retiro conforme indicação do DEFAP; − manutenção dos plantios realizados até o momento; e − doação de mudas para a comunidade, conforme as solicitações.

5.3. Conclusões O Programa de Reflorestamento está sendo desenvolvido visando cumprir a reposição florestal e está seguindo o cronograma de obras das usinas do Complexo. A partir da

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implantação final dos canteiros das UHE’s Castro Alves e 14 de Julho será revisada a necessidade de reposição com o DEFAP, haja visto a redução da supressão florestal nesses locais.

5.4. Anexos Anexo 1: Fotos das obras das novas instalações do viveiro florestal.

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Anexo 1

Fotos das obras das novas instalações do viveiro florestal

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Foto 1. Vista geral da área do viveiro, em junho/05

Foto 2. Estágio da construção das sementeiras, em junho/05

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Foto 3. Depósito de materiais e ferramentas e local para enchimento de

embalagens