Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Coordenação de Estágio Francisco Carlos Gurgel da Silva Segundo Matrícula: 200722034 Relatório de Estágio: Engenharia Elétrica Industrial Elevadores Ltda. Orientador: Prof. D.Sc. Caio Dorneles Cunha Supervisor: José Estanislau Moreira Júnior Natal/RN Junho/2012

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Coordenação de Estágio

Francisco Carlos Gurgel da Silva Segundo

Matrícula: 200722034

Relatório de Estágio: Engenharia Elétrica

Industrial Elevadores Ltda.

Orientador: Prof. D.Sc. Caio Dorneles Cunha

Supervisor: José Estanislau Moreira Júnior

Natal/RN

Junho/2012

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Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Coordenação de Estágio

Francisco Carlos Gurgel da Silva Segundo

Matrícula: 200722034

Relatório de Estágio: Engenharia Elétrica

Industrial Elevadores Ltda.

Este relatório tem a finalidade de descrever as

atividades realizadas no estágio curricular

supervisionado realizado na empresa Industrial

Elevadores sendo este requisito necessário

para a obtenção do título de Engenheiro

Eletricista.

Orientador: Prof. D.Sc Caio Dorneles Cunha

Supervisor: José Estanislau Moreira Júnior

Natal/RN

Junho/2012

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Dedicatória

Dedico este trabalho a todos que acreditaram no meu potencial e contribuíram

de maneira significativa a minha formação.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus pela vida.

Aos meus pais, Geralda Nunes e Francisco Sales Júnior, pela educação

exemplar.

Ao meu “grande” irmão, Francisco Terceiro, minha inspiração, pelos conselhos.

A minha noiva, Patrícia Rafaela, pela paciência e pelas sábias palavras nos

momentos difíceis.

A todos que fazem parte das famílias Nunes, em nome de Severino Batista (in

memoriam)/Antonia Nunes (in memoriam) e Gurgel, no nome de Francisco

Sales/Francisca Gurgel, pela atenção e carinho.

Aos meus amigos do curso, pelos momentos compartilhados de alegria e tristeza.

A todos os professores, em nome de Caio Dorneles, pelos conhecimentos e

experiências transmitidas.

A todos que fazem e fizeram parte da empresa Industrial Elevadores: Francisco

de Assis Dantas, Suzy Alves, Marlene Mendonça, Alexandre Dantas, Sammy Dantas,

André Dantas, Janielly Araújo, Gabriel Weydt, Glênio Praxedes, Helder Segundo, e

todo corpo técnico pelos conhecimentos transmitidos.

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Sumário

Dedicatória ................................................................................................................................... iii

Agradecimentos .............................................................................................................................iv

1. Identificação ..........................................................................................................................vi

2. Termo de Compromisso ....................................................................................................... vii

3. Termo de Compromisso ...................................................................................................... viii

4. Introdução ............................................................................................................................. 9

5. A Empresa - Industrial Elevadores ...................................................................................... 10

6. As Plataformas .................................................................................................................... 11

7. Atividades Desenvolvidas ................................................................................................... 13

7.1. Controle do Almoxarifado .......................................................................................... 13

7.2. Projetos ........................................................................................................................ 15

7.3. Montagem e Manutenção de Plataformas ................................................................... 15

7.3.1. O Motor Elétrico Voges ...................................................................................... 21

7.3.2. O Quadro de Comando ........................................................................................ 23

7.3.3. Instalação de Portais ............................................................................................ 28

7.3.4. Instalação das paradas nos pavimentos ............................................................... 30

7.3.5. Instalação da Cabina ............................................................................................ 31

7.3.6. Manutenção ......................................................................................................... 33

8. Sugestão de Melhoria .......................................................................................................... 35

9. Dificuldades Encontradas .................................................................................................... 36

10. Áreas de Identificação com o curso ................................................................................ 37

11. Conclusão ........................................................................................................................ 38

12. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 39

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1. Identificação

Aluno

Francisco Carlos Gurgel da Silva Segundo

Rua Aníbal Brandão, 255, Nova Parnamirim – Parnamirim/RN

Fone: (84) 3208-7349 Cel.: (84) 8848-4472

e-mail: [email protected]

Empresa

Industrial Elevadores Ltda.

Rua 25 de Dezembro, 741, Praia do Meio – Natal/RN

Fone: (84) 3202-7900

Supervisor

José Estanislau Moreira Júnior Engenheiro Mecânico da Industrial Elevadores Ltda.

Fone: (84) 3202-7900 Cel.: (84) 9108-1138/8803-1310

Estágio

Setor de Projetos, Execução e Manutenção da Industrial Elevadores Ltda.

Data de Início: 19/12/2011

Data de Término: 19/06/2012

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2. Termo de Compromisso

Eu, Francisco Carlos Gurgel da Silva Segundo, portador do RG: 2048210 –

SSP/RN, residente a Rua Aníbal Brandão, 255, Nova Parnamirim – Parnamirim-RN, me

responsabilizo pela veracidade das informações contidas neste relatório e autorizo a

UFRN fazer uso de qualquer meio legal aplicável para comprová-las.

Francisco Carlos Gurgel da Silva Segundo

Natal/RN

Junho/2012

Page 8: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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3. Termo de Compromisso

Eu, José Estanislau Moreira Júnior, portador do RG: 2048210 – SSP/RN,

residente a Rua 25 de Dezembro, 741, Praia do Meio – Natal-RN, me responsabilizo

pela veracidade das informações contidas neste relatório e autorizo a UFRN fazer uso

de qualquer meio legal aplicável para comprová-las.

José Estanislau Moreira Júnior

Natal/RN

Junho/2012

Page 9: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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4. Introdução

Atualmente, o uso de plataformas elevatórias de acessibilidade se tornou uma

exigência na sociedade graças ao decreto de Lei nº 5.296/04 que regulamenta as leis

10.048 e 10.098. Estas promovem a acessibilidade das pessoas com deficiência ou com

mobilidade reduzida com enfoque na mobilidade urbana, construção dos espaços e nos

edifícios de uso público e legislação urbanística.

A Industrial Elevadores é uma empresa que no mercado de instalação de

plataformas, elevadores e monta-cagas até quatro paradas e está sempre preocupada

com a inovação sempre aliando seus produtos a qualidade e robustez. A sua missão de

oferecer transporte vertical com conforto e segurança a todas as pessoas com limitações

físicas faz com que a empresa, com área de atuação no Nordeste, figure com destaque

entre as principais empresas do ramo.

O relatório descreverá as atividades desenvolvidas pelo estagiário ao longo de 06

meses de estágio na empresa registrando as principais atividades realizadas nesse

período. As atividades realizadas podem ser divididas em: Controle de Almoxarifado,

Projetos, Montagem e Manutenção de plataformas.

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5. A Empresa - Industrial Elevadores

A Industrial Elevadores surgiu no ano de 2003,quando o Físico Francisco de

Assis Dantas trabalhava desenvolvendo máquinas sob encomenda para indústria. Esse

Mercado passava por um momento de dificuldade, pois os principais concorrentes

tinham o poder da produção em grande escala. O então fundador da empresa foi

convidado após indicação de um amigo a desenvolver uma plataforma elevatória para

um prédio de dois pavimentos.

A partir desse projeto, o mesmo percebeu uma necessidade no mercado já

que naquele ano havia sido aprovado um decreto de lei-Art. 227, § 2º. "A lei disporá

sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de

fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às

pessoas portadoras de deficiência;"

Art. 244. "A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de

uso público e dos veículos de transporte coletivos atualmente existentes, a fim de

garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme disposto no

artigo 227, § 2º;".

A empresa passou a ganhar mercado após a construção da terceira

plataforma localizada em um shopping. Observando a oportunidade de crescimento, o

fundador pesquisou com o apoio do Sebrae e da Fapern novas tecnologias para o

desenvolvimento de um produto que atendesse todas as normais técnicas da ABNT no

que diz respeito a locomoção vertical a um baixo custo.

O trabalho deu tão certo que atualmente a empresa é composta por um

quadro de 15 funcionários que atuam na montagem e manutenção de elevadores de até

quatro paradas, monta-cargas e plataformas elevatórias para pessoas com dificuldades

de locomoção, atendendo principalmente a clientes corporativos.

A organização tem como estrutura organizacional a base familiar, mas está

passando por uma transição onde estão recrutando mão de obra qualificada para que

ocorra a profissionalização da empresa. A industrial elevadores vêm conquistando cada

vez mais espaço no mercado tornando-se uma das principais líder no nordeste.

A organização tem por missão oferecer transporte vertical com conforto e

segurança a todas as pessoas, independente de suas limitações físicas.

Page 11: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Visão: Ser reconhecida pelos melhores serviços, pelas melhores soluções,

com a melhor tecnologia.

Valores Clientes: construir relacionamentos de confiança. Resultados:

desafio permanente. O corpo técnico é o diferencial da empresa.

6. As Plataformas

A Industrial Elevadores instala plataformas e elevadores com diferentes formas

de movimentação, tais como: Máquina de Tração, Rosca sem fim e Óleodinâmico.

As plataformas do tipo contrapeso (Máquina de

Tração), figura 1, funcionam da seguinte forma, na parte

superior encontra-se o grupo motor-redutor no qual o

motor aciona o redutor de velocidade por meio das

correias realizando o movimento da cabina. O contrapeso

é usado para fazer o balanço

da força reduzindo o esforço

do motor. O redutor tem a

função de reduzir a rotação

do motor a uma velocidade

compatível com a descrita na

Norma ISO 9386-1/NBR

15655 para plataformas de

acessibilidade.

A plataforma do tipo

fuso, figura 2, consiste no

movimento da cabina através

de uma barra roscada

acionada por motor elétrico.

Quando o motor aciona o movimento do fuso através do

acoplamento pela correia, a cabina se movimenta para cima

Figura 2 - Plataforma a Máquina de

Tração

Figura 1 - Plataforma a Fuso

Page 12: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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ou para baixo. Este é o tipo de plataforma mais simples de instalar.

A procura pelas plataformas a fuso é muito baixa,

sendo utilizada somente em plataformas que o curso é

muito baixo, como: plataformas de calçadas, palco de

teatros etc. Após esta breve explicação sobre as

plataformas iniciará de fato o curso de montagem da

plataforma elevatória.

A plataforma hidráulica é um tipo de elevação

vertical especificada pela norma NBR 15655/ISO 9386-1.

A cabina é movimentada para subir com o acionamento

da bomba hidráulica pelo motor elétrico que transmite

fluido hidráulico a um pistão.

A bomba hidráulica possui duas válvulas: uma de

pressurização e outra de antiqueda livre (VQL).

A válvula de pressurização é usada transferir o

óleo do reservatório para o cilindro hidráulico

movimentando a cabina na subida por meio da

pressão. A válvula de Antiqueda Livre (VQL) garante a segurança da plataforma em

caso de ruptura da mangueira. A cabina realiza o movimento de descida na liberação da

VQL e desce somente por meio do peso da cabine sem o acionamento do motor.

Os motores utilizados são do tipo indução trifásico.

Figura 3 - Plataforma a Óleodinâmico

Page 13: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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7. Atividades Desenvolvidas

A Industrial Elevadores é uma empresa que seu crescimento foi absurdo ao

longo desses 10 anos e havia somente o fundador Francisco de Assis para tratar de todos

os assuntos desde controle de estoque, confecção de peças, montagem e instalação da

plataforma. Por isso, a empresa cresceu de maneira desordenada e atualmente está

passando por uma transição para melhorar seu rendimento e alcançar o sucesso no ramo

de instalação de plataformas elevatórias.

Para obter o máximo de conhecimento na empresa, as atividades de estágio

foram divididas nos seguintes segmentos: Controle do Almoxarifado, Projetos e

Acompanhamento de Montagem e Manutenção de plataformas.

7.1. Controle do Almoxarifado

A primeira atividade desempenhada foi a organização do almoxarifado. Antes,

não havia o mínimo de controle nem indicação da localização do material estocado

conforme pode ser visto na figura 4.

Figura 4 - Situação do Almoxarifado antes da organização

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A organização se deu por meio de separação do material por seções: Elétrica,

Mecânica, Segurança do Trabalho. As prateleiras foram etiquetadas com código e

registrado no computador do escritório para saber a localização do produto sem perder

tempo procurando no almoxarifado.

Todo o material do estoque foi contabilizado e registrado em um programa de

controle de estoque para sabermos o momento que há a necessidade de efetuar compras

para repor o estoque, pois antigamente, pela falta de controle só havia compra de

material quando faltava.

No processo de organização do almoxarifado, foram adquiridos conhecimentos

necessários para entender o processo de instalação de uma plataforma.

Figura 5 - Almoxarifado após organização

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7.2. Projetos

Na segunda fase do estágio, foram transmitidos conhecimentos dos projetos em

AutoCAD para instalação de plataformas elevatórias de acessibilidade, discriminando as

dimensões mínimas para o poço, alturas dos pavimentos, localização do quadro de

comando, tomada de uso específico trifásico + Neutro + Proteção. Nessa fase, foram

desenvolvidos projetos para plataformas elevatórias em Juazeiro/BA, Petrolina/PE,

Caixa Econômica/BA, Mercado Público de Natal/RN.

Além de projetos para plataformas, nessa fase, fiquei encarregado de realizar

pedidos de vidros para plataformas e elevadores panorâmicos junto ao fabricante. Foram

realizados pedidos para elevadores: da UEPB – Campina grande/PB, Porto do

Recife/PE, CETENE/PE, IFAL/AL. Um fato importante nesse período foi a visita de

grande valia a empresa que fabrica os vidros para a Industrial Elevadores, no caso, a

Distribuidora de Vidros de Pernambuco (DIVEPE) na companhia do sócio proprietário

Francisco de Assis. Nessa visita, visualizamos o processo de têmpera do vidro,

acessamos os quadros de comando, inversores de frequência da fábrica.

O projeto de construção do Manual do Usuário e o catálogo da empresa foram

tarefas de grande orgulho, pois ficou sob minha responsabilidade o seu

desenvolvimento. A industrial Elevadores pecava muito pela falta do Manual. Ao ver

esta deficiência, foi apresentado o projeto de desenvolvimento do manual e hoje em dia,

no momento da entrega da plataforma, é entregue o manual com todas as instruções

para o melhor desempenho da plataforma.

No manual, são abordados os aspectos de montagem, instalação elétrica,

manutenção e funcionamento da plataforma. Ver Anexo.

7.3. Montagem e Manutenção de Plataformas

Nessa etapa, assimilei conhecimentos não somente na área de engenharia

elétrica, mas na engenharia mecânica também, pois como a Industrial Elevadores

desenvolve todas as peças que compõem a plataforma, obtive experiência na parte de

Page 16: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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serralheria e soldagem. No período, foi acompanhado todo o processo de confecção de

peças, montagem e instalação elétrica de uma plataforma.

Para construir as peças da plataforma, primeiramente é desenvolvido o projeto

de todas as peças a serem confeccionadas. A Industrial Elevadores baseia-se na

terceirização da mão de obra e a execução das peças é realizada por um profissional que

se enquadra nesse quesito. A confecção das cabinas também é terceirizada pela Metal

Móveis, empresa esta que sempre acompanhava os pedidos e tinha acesso a todo

processo de fabricação das cabinas. As chapas de Aço Inox ou Aço Galvanizado que

compõem a cabina são cortadas e viradas em máquinas eletromecânicas. Após essa fase,

se a chapa for de aço galvanizado, estas iam para o departamento de pintura

eletrostática.

Quando todas as peças que compõem a plataforma estão prontas, estas são

transportadas para o local onde será instalada a plataforma. No período que fiquei nesta

área da empresa, acompanhei a instalação de várias plataformas em todo o Nordeste. As

plataformas/elevadores acompanhados foram:

03 Plataformas de contrapeso no Porto do Recife - Recife/PE

01 Elevador de contrapeso na UEPB - Campina Grande/PB

01 Elevador de contrapeso no IFAL – Maceió/AL

01 Plataforma de contrapeso no CETENE – Recife/PE

02 Monta-cargas de contrapeso em Natal/RN

01 Plataforma hidráulica na CODERN – Natal/RN

06 Plataformas de contrapeso na UFC – Fortaleza/CE

01 Plataforma de contrapeso na UFC – Quixadá/CE

01 Plataforma na CODERN – Natal/RN

01 Plataforma residencial – Natal/RN

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Figura 6 - Cabina de Aço Inox Escovada

Figura 7 - Plataforma com cabina eletrostática instalada em Quixadá-CE

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As plataformas de máquina de tração e a óleodinâmico são instaladas em três

etapas: montagem da estrutura, instalação elétrica e acabamento. A estrutura da

plataforma é equipada com:

Guia T89 - Perfis instalado no fosso que faz com que a cabine realize o

movimento de subida e descida. Item 5.1 da Norma ISO 9386-1. São posicionado

horizontalmente e fixado aos braquetes por meio de solda. Instalado nos dois tipos de

plataformas;

Guia T50 - Perfis instalados no fosso para guiar a movimentação do carro de

contrapeso. São posicionado horizontalmente e fixado aos braquetes por meio de solda.

Esses guias são instalados somente na plataforma de máquina de tração;

Braquete - Prende as guias na posição vertical e são instalados na parede do

fosso por meio de paraboutos. Instalado nos dois tipos de plataformas;

Motor - É uma máquina de indução trifásica que aciona o movimento do redutor

de velocidade por meio das correias A47. O motor utilizado nas plataformas foi do

fabricante Voges com potência de 1,5 cv. É fixado a base do motor-redutor por meio de

parafusos e porcas de 3/8” . Instalado somente nas plataformas de máquina de tração;

Redutor de velocidade - Dispositivo mecânico que reduz a velocidade (rotação)

do motor para a velocidade requerida na plataforma. É fixado a base do motor-redutor

por meio de parafusos de ½”. Instalado somente nas plataformas de máquina de tração;

Base do Motor-Redutor - Suporte para o motor e o redutor da plataforma. É

inserido no final dos guias acima do braquete da base do motor-redutor com parafusos e

porcas de ½”. Instalado somente nas plataformas de máquina de tração;

Suporte de microinterruptor 1 - Base que são fixados os dispositivos de

controle da plataforma. O suporte de microinterruptor 2 possui a mesma função. Em

cada suporte, são instalados dois microinterruptores do tipo 2604. Instalado nos dois

tipos de plataformas;

Cabos de Aço - São cabos que faz a conexão do carro da cabina passando pelo

redutor de velocidade até o carro do contrapeso. O cabo de aço possui o diâmetro de ½

polegada. A sua fixação é por meio de clips de 3/8” . Instalado nos dois tipos de

plataformas;

Page 19: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Rampa - Peça conectada ao carro do contrapeso que realiza o acionamento dos

dispositivos de controle da plataforma. Outra rampa é instalada na cabina da plataforma

para realizar a abertura da porta de pavimento. Instalado nos dois tipos de plataformas;

Carro da cabina - Estrutura que serve de suporte para a cabina realizar o

movimento de subida e descida. É inserido entre os guias do tipo T89. Instalado nos

dois tipos de plataformas;

Carro do Contrapeso - Estrutura na qual é colocado os blocos de cimento. É

inserido entre os guias do tipo T50. Instalado somente nas plataformas de máquina de

tração;

Bloco de Cimento - Inserido no carro de contrapeso para realizar o balanço de

força da plataforma. Cada bloco de cimento possui 25 kg. Instalado somente nas

plataformas de máquina de tração;

Suporte da Cabina - Estrutura instalada no carro da cabina. Sua função é servir

de suporte para a cabina da plataforma. As plataformas com fechamento de alvenaria

possuem o suporte da cabina com tarugo de Aço 1045. Essa medida foi tomada, pois o

rebaixo do piso era insuficiente para o uso do suporte com perfil “U”. Instalado nos dois

tipos de plataformas;

Suporte para pistão hidráulico - Faz a base do pistão hidráulico e possui altura

variável dependendo da altura do fosso. Instalado somente em plataformas hidráulicas;

Reservatório de óleo - São fabricados com dupla camada isolante para

minimizar a transmissão do sistema característico de sistemas hidráulicos. Instalado

somente em plataformas hidráulicas;

Moto-Bomba - É o grupo que realiza a passagem do óleo para o cilindro por

meio da pressão movimentando o pistão para cima levantando a cabina. Instalado

somente em plataformas hidráulicas.

Page 20: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Figura 8 - Componentes da plataforma a Máquina de Tração

Figura 9 - Componentes da Plataforma a óleodinâmico

Page 21: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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No processo de montagem da plataforma, a instalação elétrica ficava sob minha

responsabilidade. Nesse processo, acompanhava as conexões do motor, instalação de

portais, cabinas e paradas nos pavimentos da plataforma.

Para instalação elétrica da plataforma, deve-se estar instalada dentro do poço da

plataforma uma tomada de uso específico com 3 fases, Neutro e aterramento.

7.3.1. O Motor Elétrico Voges

O motor de indução é o motor de construção mais simples. Estator e rotor são

montados solidários, com um eixo comum aos “anéis” que os compõem. O estator é

constituído de um enrolamento trifásico distribuído uniformemente em torno do corpo

da máquina, para que o fluxo magnético resultante da aplicação de tensão no

enrolamento do estator produza uma forma de onda espacialmente senoidal. A onda

eletromagnética produzida pelo enrolamento é uma função senoidal do espaço e do

tempo.

A aplicação de tensão alternada nos enrolamentos do estator irá produzir

um campo magnético variante no tempo que devido à distribuição uniforme do

enrolamento do estator irá gerar um campo magnético resultante girante na velocidade

proporcional à frequência da rede trifásica. O fluxo magnético girante no estator

atravessará o entreferro e por ser variante no tempo induzirá tensão alternada no

enrolamento trifásico do rotor. Como os enrolamentos do rotor estão curto-

circuitados essa tensão induzida fará com que circule uma corrente pelo enrolamento do

rotor o que por consequência ira produzir um fluxo magnético no rotor que tentará se

alinhar com o campo magnético girante do estator.

Os Motores Voges, utilizados pela Industrial Elevadores são trifásicos,

assíncronos de indução com rotor gaiola de esquilo, totalmente fechado com ventilação

externa (TFVF), potência de 1,5 cv, frequência de 60 Hz, tensão de 220/380 Volts e 4

polos.

Page 22: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Figura 10 - Motor em conexão do tipo Y

No momento da montagem, é necessário realizar fazer as conexões das espiras

do motor para o mesmo apresentar a configuração em Y para possuir tensão de 380

Volts fase-fase. Dessa forma, os dados de placa informam como devem-se proceder

com as conexões dos terminais do motor.

Figura 11 - Conexão dos terminais do motor para ligação em Y e instalação até o quadro de comando.

Page 23: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Com o motor devidamente instalado, é feita a ligação do eixo do motor a polia

do redutor de velocidade por meio de correias A47.

Figura 12 - Conexão do eixo do motor ao redutor por meio de correias

Nas plataformas a óleodinâmico, o motor-bomba utilizada é do fabricante WEG

e a ilustração da figura 10 apresenta o conjunto motor-bomba.

7.3.2. O Quadro de Comando

O quadro de comando desenvolvido pela Industrial Elevadores é bastante

simples, porém robusto e eficaz. Os quadros de comando possuem:

• 01 disjuntor trifásico;

• 02 contatoras principais;

• 02 contatoras auxiliares;

Page 24: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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• 02 barras de sidal;

• 01 Transformador de 15 + 15 Volts;

• 01 Relé;

• 01 Ponte de diodo.

A figura 7 mostra a disposição do quadro de comando instalado discriminando

todos os terminais da barra de sindal.

Figura 13 - Quadro de Comando

O disjuntor trifásico é uma chave de proteção para o quadro de comando. A

função do disjuntor é realizar a abertura do circuito caso ocorra surtos de sobrecorrente

protegendo o quadro de comando para não haver danificação nos seus componentes.

Contatores principais tem a função de estabelecer e interromper correntes de

motores e chavear cargas resistivas ou capacitivas. O contato é realizado por meio de

placas de prata cuja vida útil termina quando essas placas estão reduzidas a 1/3 de seu

valor inicial.

Page 25: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

25

Os contatos auxiliares são dimensionados para comutação de circuitos auxiliares

para comando, sinalização e intertravamento elétrico. Eles podem ser do tipo NA

(normalmente aberto) ou NF (normalmente fechado) de acordo com a sua função.

A bobina eletromagnética quando alimentada por um circuito elétrico forma um

campo magnético que se concentra no núcleo fixo e atrai o núcleo móvel.

Como os contatos móveis estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel,

o deslocamento deste no sentido do núcleo fixo movimenta os contatos móveis.

Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também devem

se aproximar dos fixos, de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel, as peças

fixas imóveis do sistema de comando elétrico estejam em contato e sob pressão

suficiente.

Figura 14 - Funcionamento do Contator. Fonte: http://www.refrigeracao.net/Topicos/contatores.htm

O Comando da bobina é efetuado por meio de uma botoeira ou chave-bóia com

duas posições, cujos elementos de comando estão ligados em série com a bobina. A

velocidade de fechamento dos contatores é resultado da força proveniente da bobina e

da força mecânica das molas de separação que atuam em sentido contrário.

Page 26: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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As molas são também as únicas responsáveis pela velocidade de abertura do

contator, o que ocorre quando a bobina magnética não estiver sendo alimentada ou

quando o valor da força magnética for inferior á força das molas.

O transformador é um dispositivo eletromagnético constituído por duas bobinas

acopladas através de um núcleo magnético de elevada permeabilidade magnética, cuja

finalidade é a de transmitir, por meio de um campo magnético, energia eléctrica de um

circuito para outro sem ligação direta, com um nível tensão desejado sem alteração da

frequência.

O princípio de funcionamento do transformador baseia-se no fenômeno da

indução eletromagnética, e em particular da indução eletromagnética mútua entre

bobinas. A principal função de um transformador é elevar ou reduzir as amplitudes da

tensão ou da corrente entre as bobinas do primário e do secundário. O transformador

caracteriza-se pela relação de transformação de tensão entre o primário e o

secundário, n=N2/N1.

Os transformadores são utilizados numa gama muito variada de aplicações de

processamento de informação e de energia eléctrica. Salientam-se, entre outras, a

elevação e a redução da tensão e do número de fases em redes de transporte e

distribuição de energia eléctrica, a redução da tensão ou da corrente em instrumentos de

medida, a adaptação de impedâncias em amplificadores sintonizados em aplicações de

radiofrequência e frequência intermédia, a adaptação de resistências em aplicações

áudio, ou simplesmente o isolamento galvânico entre partes de um mesmo circuito

eléctrico.

Figura 15 - Indução Eletromagnética. Fonte: http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/39/37/

Page 27: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Os relés bimetálicos são aparelhos normalmente utilizados para proteção de

motores contra sobrecargas (impedindo a operação monofásica do motor). O relé

térmico é usado em circuitos AC 50/60 Hz, tensão de trabalho nominal até 690V e

corrente de 0,1A até 93A. Pode ser integrado em aparelhos de funções múltiplas, tais

como correspondente contator, contatores-disjuntores ou ser instalado

independentemente.

A proteção correta contra as sobrecargas é relevante para aumentar o tempo de

vida útil dos motores, impedindo o funcionamento em condições anormais de

aquecimento, assegurando a continuidade de serviços das máquinas, equipamentos e

instalações, evitando paradas bruscas e principalmente poder partir novamente o mais

rápido possível após um disparo nas melhores condições de segurança para os

equipamentos e usuários.

Nos elevadores, são utilizados os quadros de comando Genius. Desenvolvido

pela Infolev, a nova plataforma tem como base a placa-mãe integrada com o

processador mais rápido do mercado: 32 bits. Em sua arquitetura, esse novo hardware

foi projetado para alta capacidade de processamento, recursos, saídas e possibilidades

de expansão, além de ser compatível com grande variedade de modelos de elevadores,

de hidráulicos a corrente contínua e principalmente nos sistemas com inversores de

frequência VVVF. A figura abaixo ilustra o quadro de comando do elevador instalado

no IBAMA em Cabedelo-PB.

Page 28: Relatório de Estágio - Industrial Elevadores

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Figura 16 - Quadro de Comando Genius da INFOLEV

7.3.3. Instalação de Portais

Antigamente, não havia padronização na cor da fiação elétrica utilizada na

instalação das plataformas o que era bastante trabalhoso conhecer o que realizava cada

fiação elétrica. Por isso, foi realizada a padronização da fiação elétrica na instalação das

plataformas.

Circuito de Parada 1 – Azul;

Circuito de Parada 2 – Preto;

Circuito de cabine 1 – Verde;

Circuito de Cabine 2 – Branco;

Segurança – Vermelho.

Nos portais das plataformas, são instaladas travas de porta e botões de comando.

As travas de porta integram o circuito de Segurança. E o botão de comando integra o

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circuito de Cabine 1 ou 2, dependo do andar que será instalada o portal. Os botões são

com acionamento de impulso.

Figura 17 - Instalação de Portais (Plataforma da CETENE-PE)

Figura 18 - Portal instalado (Plataforma da CETENE-PE)

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7.3.4. Instalação das paradas nos pavimentos

As paradas das plataformas nos pavimentos são realizadas com

microinterruptores do tipo 2604. O microinterruptor que realiza a parada da plataforma

no último andar é instalado com a fiação na cor azul. E o microinterruptor do andar

térreo é instalado com fiação na cor preta. São inseridos microinterruptores após os

micros de paradas. Estes compõem o circuito de segurança juntamente com a trava das

portas e o dispositivo de emergência instalado na cabina. Todos são instalados com

fiação na cor vermelha.

Os micros são instalados nos suportes de reedswitch que são fixados aos guias

da plataforma.

Figura 19 - Microinterruptor que realiza a parada no primeiro andar

Nas plataformas a óleodinâmico é inserido mais um microinterruptor antes de

cada para parada. Conforme explicado anteriormente, o conjunto motor-bomba possuem

duas válvulas. A válvula antiqueda livre é diretamente ligada a 24 volts DC enquanto a

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válvula de pressurização é acionada por esses microinterruptores e são ligados a 12

volts DC.

7.3.5. Instalação da Cabina

Toda instalação da cabina é realizada antes de fixa-la no suporte que realiza a

movimentação da mesma. Na cabina são instalados os botões de comando, luminária e

dispositivo de emergência, pois segundo a Norma ISSO 9386-1, deve haver na cabina

um dispositivo que realize a parada da plataforma a qualquer momento. Esse dispositivo

de emergência pode ser do tipo: cancela, porta corrediça manual ou automática e

barreira eletrônica.

A cancela é uma haste metálica que habilita a movimentação da cabina quando

posicionada na posição horizontal como pode ser vista na figura 20. A porta corrediça

desliza nas soleiras realizando o fechamento da cabina (figura 21) e a barreira eletrônica

são duas réguas dispostas nos lados opostos da cabina e um feixe de luz é enviado de

uma régua para outra. Se o feixe for interrompido, a cabina da plataforma para

instantaneamente (figura 18).

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Figura 20 - Cabina com cancela

Figura 21 - Cabina com porta corrediça automática

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Os botões são instalados na botoeira juntamente com o interruptor de

acendimento da lâmpada da cabina. Essa instalação é feita através de um cabo de

manobra.

Figura 22 - Botões instalados em cabina

7.3.6. Manutenção

A Industrial Elevadores Ltda. trabalha com dois tipos de manutenção: a corretiva

e a preventiva. A manutenção corretiva é a forma mais óbvia e mais primitiva de

manutenção, pois o equipamento é reparado somente quando o mesmo quebra. Essa

atividade leva a baixa utilização anual dos equipamentos e máquinas; Diminuição da

vida útil dos equipamentos; Paradas inesperadas etc.

Cerca de 90% das manutenções corretivas realizadas forma problemas elétricos

no circuito de segurança da plataforma, ou seja, microinterruptores com problema, porta

mal reguladas com isso ocorre o não acionamento da trava de porta.

A manutenção preventiva, como o próprio nome sugere, consiste em um

trabalho de prevenção de defeitos que possam originar a parada ou um baixo

rendimento dos equipamentos em operação. Esta prevenção é feita baseada em estudos

estatísticos, estado do equipamento, local de instalação, condições elétricas que o

suprem, dados fornecidos pelo fabricante (condições ótimas de funcionamento, pontos e

periodicidade de lubrificação etc.). É necessário realizar a manutenção preventiva, pois

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reduz o número total de intervenções corretivas aumentando consideravelmente a taxa

de utilização anual dos equipamentos.

Nessa manutenção era visto o acionamento dos botões de comando, regulagem

do fechamento da porta, o quadro de comando, motor e redutor, lubrificação dos guias.

Na fase do estágio, foi realizado o acompanhamento nas seguintes manutenções:

02 plataformas a óleodinâmico – UFC – Fortaleza/CE – Em uma dessas

plataformas foi necessário a troca da unidade hidráulica e aperto do cilindro

hidráulico, pois estava havendo vazamento de óleo. Na outra plataforma, foi

necessário apenas a regulagem das paradas da plataforma nos pavimentos.

01 plataforma de máquina de tração – UFC – Fortaleza/CE – Foi necessário

o ajuste dos cabos de tração.

01 plataforma de máquina de tração – UFC – Sobral/CE – Nessa plataforma

foi necessária a instalação de toda a parte elétrica da plataforma.

01 plataforma de máquina de tração - Jocil Decorações – Natal/RN – Essa

plataforma foi necessário a troca do microinterruptor da trava da porta.

01 Monta-carga – Mangai – Natal/RN – A atividade realizada foi a troca da

porta corrediça da cabina.

01 plataforma de máquina de tração – SEBRAE – Mossoró/RN – O

problema estava no microinterruptor da cabina. Portanto, foi realizada a

troca.

01 plataforma de rosca sem fim – UFC – Fortaleza/CE – Ajuste de portas e

lubrificação.

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8. Sugestão de Melhoria

Atualmente, a instalação da plataforma demora em torno de 5 dias. Se houvesse

um trabalho para enviar o material da plataforma pré-montado, ou seja, levar a cabina

montada e com instalação elétrica, portas nos portais com mola e trava de porta, botões

de comando nos portais etc. Essas medidas reduziria drasticamente quantidade de dias

para instalar uma plataforma e o trabalho no local de instalação.

Por ser uma empresa que antigamente estava ligada somente a montagem de

plataformas, a Industrial Elevadores não possuía um Manual de Usuário para instruir o

cliente a usar o equipamento de maneira correta, caso haja parada inesperada da

plataforma qual procedimento a ser realizado, manutenção etc. Ou seja, ao final da

montagem, a plataforma o cliente era instruído verbalmente. E pensando na satisfação

do cliente, atualmente, juntamente com a plataforma, é entregue o manual ao cliente.

Visando a melhor preparação do corpo técnico da empresa, a Industrial

Elevadores deve organizar mensalmente um curso preparatório e de reciclagem de

montagem de plataformas e elevadores apresentando ao pessoal as novidades na área e

reforçar a necessidade do uso de equipamento de proteção para a segurança do

trabalhador.

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9. Dificuldades Encontradas

No processo de escrita do manual, uma grande dificuldade foi o acesso a Norma

Internacional ISO 9386-1. Norma esta que informa os equipamentos necessários para a

instalação de uma plataforma elevatória de acessibilidade. Para resolver este problema,

foi necessária a compra da norma.

Um problema detectado são as poucas aulas práticas e o contato com

equipamentos, como: contatores, microinterruptores, inversores de frequência são

mínimos ou nenhum. Mas com o contato diário nas instalações essa dificuldade foi

superada.

Nas instalações elétricas das plataformas, percebi a falta de uso da Norma NBR

5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão nas edificações tanto em prédios antigos

como em prédios recém-construídos, pois houve casos do condutor de fase está

representado pela cor verde que na maioria dos casos é utilizado para representar o

condutor de aterramento elétrico.

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10. Áreas de Identificação com o curso

As principais disciplinas que foram bastante exigidas foram: Expressão Gráfica,

Máquinas Elétricas, Acionamento de Máquinas e Instalações Elétricas.

A matéria de Expressão Gráfica foi de suma importância devido o uso dos

desenhos auxiliado por computador (CAD) para o projeto das plataformas elevatórias

que eram executados no software computacional AutoCAD 2007.

O uso do motor elétrico trifásico de Indução pela empresa mostrou a necessidade

de domínio dos conteúdos da matéria máquinas elétricas I e II. E nos elevadores utilizar

inversor de frequência, foi importante lembrar-se dos conteúdos ministrados na

disciplina de acionamento de máquinas, como a forma de controle vetorial que é

utilizada pelos inversores os quais foram acessados.

E a matéria de instalações elétricas foi exigida nos momentos de projeto para

informar a seção do condutor, local de instalação, tipo de disjuntor a ser utilizado.

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11. Conclusão

O estágio na Industrial Elevadores foi de grande valia para por em prática meus

conhecimentos na engenharia elétrica enfatizando a área de eletrotécnica e controle.

Muitos conhecimentos foram adquiridos não somente na área de atuação, mas também

em outras como: segurança do trabalho, mecânica, logística etc.

No período do estágio, foi possível acompanhar todo o processo de montagem

de plataformas elevatórias de acessibilidade e elevadores desde a fase de compra de

material para confecção das peças dos elevadores até a montagem em si do

equipamento.

As tomadas de decisões nos projetos e o contato com profissionais da área de

engenharia de outros estados foram de suma importância para o crescimento

profissional e obter experiência na área. É uma satisfação ver a plataforma instalada e

ter o trabalho reconhecido. Agradeço a Industrial Elevadores pela oportunidade de

realizar esse estágio.

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12. Referências Bibliográficas

1.Norma Internacional ISO 9386-1. Power-operated lifting platforms for persons with

impaired mobility - Rules for safety, dimensions and functional operation.

2. Norma brasileira ABNT NBR 15655-1. Plataformas de elevação motorizadas para

pessoas com mobilidade reduzida - Requisitos para segurança, dimensões e operação

funcional.

3. Norma brasileira ABNT NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços

e equipamentos urbanos.

4. Norma brasileira ABNT NBR 5410. Instalações elétricas de baixa tensão.

5. Fluhydro Systems; Movimentação Vertical - Manual Técnico.

6. www.voges.com.br. Acessado em 15/06/2012 às 15h40min.

7. CAMARA, João Maria; ARAUJO, Igor Mateus de; SANTOS, Crisluci Karina Souza.

Manutenção Elétrica Industrial. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.