Relatorio de viagem

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Relatório de viagem de estudos Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada - CECI Novembro de 2014 Ivana De Battisti Rocha

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Curso de Gestão e Prática de Obras de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural UFPE Viagem de estudos a Pernambuco, Alagoas e Sergipe

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Relatório de viagem de estudos Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada - CECI

Novembro de 2014Ivana De Battisti Rocha

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA CONSERVAÇÃO INTEGRADA – CECI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

Relatório de Viagem de Estudos

Nordeste Brasileiro – Estados de PE, PB, AL e SE

Ivana De Battisti Rocha

Belo Horizonte – Brasil

2015

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Igarassu - Pernambuco Igreja Matriz dos Santos Cosme e Damião 4

Museu Histórico de Igarassu 8

Ruína da Igreja de N.Sª. da Misericórdia 10

Sobrado do Imperador 12

Recolhimento do Sagrado Coração de Jesus 13

Convento Franciscano de Igarassu 14

Itamaracá - Pernambuco Forte Orange 21

Vicência - Pernambuco Engenho Poço Comprido 25

Goiana - Pernambuco Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos 27

Conjunto Carmelita 30

João Pessoa - Paraíba Igreja de Nossa Senhora do Carmo 34

Conjunto Franciscano 38

Sumário

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Cabedelo - Paraíba Igreja de Nossa Senhora da Guia 45

Marechal Deodoro - Alagoas Conjunto do Carmo 51

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição 54

Casa de Câmara e Cadeia 58

Convento de São Francisco 61

Penedo - Alagoas Igreja Nossa Senhora da Corrente 67

Convento Franciscano Santa Maria dos Anjos 70

Aracaju - Sergipe Palácio Museu Olímpio Campos 80

Prédio da antiga Alfândega 84

São Cristóvão - Sergipe Praça São Francisco 87

Igreja e antiga Santa Casa da Misericórdia 88

Laranjeiras - Sergipe Ruas e edificações

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Museu Histórico de Igarassu e a Matriz

24 de novembro de 2014

Segundo relatos históricos, o povoado de Igarassu foi fundado em 1535 quando os portugueses derrotaram os índios Caetés e construíram no local uma capela votiva consagrada aos santos Cosme e Damião.

A revista CLIO Série Arqueológica n°10, de 1994, transcreveu o Painel da memória votiva da Igreja:

“Vencidos os Índios pelos Portugueses em dia de SS. Cosme e Damião, em

reconhecimento de tão grande benefício, no mesmo lugar da vitória. que foi este de Igarassu,

fundaram logo este tempo, o primeiro que houve em Pernambuco, e o consagraram aos gloriosos

santos, donde foram sempre contínuas suas maravilhas, e debaixo da proteção dos mesmos

Santos, fundaram esta vila, que também foi a primeira ita.P.Raf.de J.F.B. in Cast.Lus.I.I. n.15 e para

maior memória se mandou por este quadro no ano de 1729, e o deu de esmola o R.Ldo.Felis

Machado Fr.Coadjutor do Recife.

Igarassu - Pernambuco Igreja Matriz dos Santos Cosme e Damião

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• A cantaria é original, todavia a matriz sofreu o procedimento de retirada do reboco, técnica adotada pelo IPHAN até os anos 50.

• Algumas tábuas do forro são originais

• O coro e piso são refazimentos

• As tribunas e balaústres são refazimentos ao estilo do século XVII

• Pinturas parietais e murais: na imagem acima observamos que o acabamento da cantaria não segue o mesmo padrão dos outros acabamentos da matriz e isto pode ser um indicador de que originalmente existia elementos decorativos sobre a pedra.

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• Abóbada de tijolos com o reboco em estado de desintegração

• Discutiu-se sobre a necessidade de consolidação do reboco e uso de paralóides como uma solução adequada, uma vez que a resina proporciona estanqueidade e permite a saída dos sais.

• Telhado com muitas falhas e causando goteiras na madeira do altar

• Forro do altar com marcas de infiltrações no exterior e interior

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• Pintura do Século XIII mostrando a fachada da Matriz antes da restauração e fotografias de intervenções na fachada da matriz

• Altar Neoclássico. O original foi perdido

• A conservação da Matriz apresenta graves problemas

• À direita, detalhe de pintura em cantaria

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• Construção do século XIII no estilo “Casa de Morada Inteira”

• A fachada possui detalhes em marmorino

• Do lado de fora a estrutura é de alvenaria mista e do lado de dentro de alvenaria estrutural

• Originalmente as telhas eram de bica, mas foram colocadas platibandas após legislação que exigia a instalação nas residências

Museu Histórico de Igarassu

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• Piso de tijoleira e detalhe da parede sem reboco mostrando a técnica construtiva

• Duas das “janelas” para observação da estrutura da construção

• As janelas do museu estavam presentes em todos os cômodos da casa, e esta prática gerou uma reflexão sobre a importância destas janelas versus preservar a estrutura sem agressões desnecessárias

• Tijolos à vela - assentados na diagonal

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• A Igreja de N.Sª. da Misericórdia foi construída em meados do século XVI. Foi parcialmente destruída pelos holandeses em 1º de maio de 1632

• As estruturas construtivas originais estão preservadas nas paredes de alvenaria de pedra calcaria da ruínas da igreja

• No momento encontra-se em processo de pesquisa arqueológica

Ruína da Igreja de N.Sª. da Misericórdia

• Detalhe do processo de desintegração das pedras da estrutura

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O sobrado acomodou o Imperador Dom Pedro II em sua viagem ao Nordeste, ficando, a partir daí, conhecido como o Sobrado do Imperador. Ainda hoje, muitos acreditam que foi construído no Século 19, porém o pesquisador Jorge Paes Barreto faz referência à existência da Casa de Câmara e Cadeia desta cidade, na segunda metade do Século 16, datado de 1564, no Outeiro dos Santos Cosme e Damião, próxima à homônima Igreja Matriz.

A combinação desses dados históricos somados aos resultados das prospecções arqueológicas preliminares levou o Iphan a defender a realização de uma pesquisa aprofundada, visando o seu restauro, já que as evidências indicam que se trata da primeira Casa de Câmara e Cadeia de Pernambuco, talvez a mais antiga do Brasil.

O conjunto arquitetônico foi construído a partir do Século 16 para representar o poder colonial em Igarassu, concentrando todas as decisões da Capitania. Segundo os estudos, local existia até a chegada dos holandeses que a incendiaram em 1632.

Fonte: site do Iphan

Sobrado do Imperador

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• O sobrado foi restaurado ao estilo neoclássico para a visita do imperador

• A cantaria de pedra calcária foi exposta

• O reboco original foi removido

• Piso de tijoleira original e detalhe das patologias apresentadas na cantaria da fachada

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• Foi fundado em 1742 e tinha como principal função amparar e educar a juventude feminina, prestando assistência espiritual às recolhidas. Em 1758 teve sua capela inaugurada, sendo consagrada a Nossa Senhora da Conceição.

• Fachada em estilo barroco, desmoronou em 1850 e foi reconstruída.

• Foi o primeiro convento fundado no Brasil.

• Ferragens das janelas conservam os c r a v o s , o q u e é u m i n d i c a d o r d e autenticidade, pois os cravos não podem ser recolocados após retirados do local.

• Encontramos algumas cantarias pintadas com esmalte sintético

Recolhimento do Sagrado Coração de Jesus

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Com início em 1588, o Convento Franciscano de Igarassu foi o terceiro a ser construído no Brasil e o primeiro com o título e invocação a Santo Antônio. Durante a ocupação holandesa em Igarassu o convento foi utilizado pelos ministros protestantes. No Século XVII foi transformado em Escola de noviciado, motivo pelo qual foi iniciada sua ampliação, que só terminaria em meados do século XVIII.

Fonte: wikipedia

Convento Franciscano de Igarassu

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• Restauro da cantaria não foi exitoso do ponto de vista estético e chama atenção para os defeitos, prejudicando a observação da belíssima cantaria em pedra calcária

• No restauro foi empregada a técnica de enxerto de pedra. A resina escureceu e as pedras enxertadas não possuem a mesma textura e cor das originais

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• É recorrente este tipo de falha na técnica construtiva nas cantarias de rochas sedimentares: a não observação do sentido da sedimentação causa danos graves à cantaria, reduzindo a resistência ao peso das estruturas e intempéries.

• A sedimentação da rocha acontece de forma horizontal , e após retiradas das pedreiras são encaixadas no sentido vertical.

• Como consequência da falha na técnica construtiva, ocorre o aparecimento de fissuras e desagregações.

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• A Igreja foi restaurada da década de 90, os bens móveis, pinturas e azulejos.

• O Restauro da pintura é uma das provas deste refazimento e não segue o padrão cromático e o desenho da pintura original, o que não é perceptível visto do chão. Apenas com a observação atenta e a aproximação do zoom as diferenças entre original restauro são percebidas.

• Detalhe da pintura da sacristia na técnica Trompe-l'oeil

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• O restauro dos azulejos da sacristia foi realizado sem a recuperação das peças danificadas.

• observamos eflorescências de sais nos azulejos mais próximos ao chão da sacristia

• Painel de azulejo da sacristia do Convento Franciscano

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• Sacristia

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O Forte Orange foi construído em 1631 pelos holandeses para proteger o acesso dos navios que se destinavam aos portos de Igarassu e Vila da Conceição.

Sua constituição arquitetônica original consistia inicialmente em uma fortificação quadrangular, com quatro baluartes, e cercada por uma estacada em alvenaria de pedra bruta, localizada de forma estratégica, e dominando todo o acesso a estas duas importantes povoações em Pernambuco.

Com a derrota dos holandeses, o forte foi abandonado chegando ao estado de ruínas, sendo reconstruído pelos portugueses que colocaram, sobre seu portão de entrada, as armas do reino de Portugal. Os trabalhos de reconstrução tiveram início em 1696.

O Forte Orange, atualmente, compreende uma construção em forma de quadrilátero, tendo os ângulos agudos em forma de vértice.

Fonte: Iphan

24 de novembro de 2014

Itamaracá - Pernambuco

Forte Orange

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Em novembro de 2014, durante a visita, a equipe responsável pelo restauro em andamento apresentou os planos para a turma do Ceci.

O restauro atual compreende 4 frentes:

• Limpeza e recuperação da fachada: higienização, prótese, enxertos e ao final, proteção.

• Revisão das cobertas e Guarda-pó

• Desmatamento da lateral: localizar pedras perdidas e realizar anastilose na área leste e norte

• Revelar a estrutura holandesa

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• Fachada de pedra calcária, com afloramentos de quartzo e ilita

• Contaminantes: fungos e algas.

• Na limpeza, a escova de nylon foi descartada, pois esfarelava as pedras.

• Foram realizados testes progressivos com bicarbonato de sódio, bicarbonato de amônia e compressas de algodão para a limpeza das pedras

• Em algumas áreas a limpeza foi feita com hidrojato com pressão leve e sabão neutro.

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• Os embrechamentos foram feitos com argamassa pigmentada

• A consolidação foi feita com água de cal e em alguns pontos acrescentou-se pigmento à água de cal para mimetizar a cor original

• Foram removidos os rebocos de cimento

• A proteção foi feita com resina solúvel em água

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O Engenho Poço Comprido, localizado em Vicência - Pernambuco é um importante exemplar da arquitetura e do modus vivendi que caracterizaram um longo período da economia e da cultura açucareira do Estado. É um bem tombado nacionalmente, que foi restaurado e sua permanência no cenário sócio-econômico e cultural do país representa um testemunho vivo da história da população.

Além disso, a edificação apresenta importância arquitetônica e histórica. A construção do Engenho conserva traços peculiares que o distingue dos demais ainda existentes no Estado. A casa-grande e a capela apresentam a forma de um só edifício. Com esse partido, é o único exemplar remanescente do século XVIII.

Fonte: Gestão dos bens culturais: estudo de caso Engenho Poço Comprido – Vicência/PE” Fabiana Gonçalves Gameiro

25 de novembro de 2014

Vicência - Pernambuco

Engenho Poço Comprido

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• Capela foi inaugurada em 1731, e a comprovação desta data veio do registro de um batizado

• O Conjunto, tombado pelo IPHAN em 1961, é considerado um clássico em termos de arquitetura

• Na década de 60, houve uma reforma do Iphan que retirou grande parte dos rebocos originais

• O Engenho promove ações culturais nas comunidades, incentivando a cultura popular, educação e turismo educacional

• O conjunto possui moita (fábrica), casa grande, capela, senzala, armazéns e vacaria.

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A Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Homens Brancos é uma igreja em estilo barroco construída no século XVII e reconstruída em 1705.

Foi declarada como Patrimônio Histórico Nacional, no ano de 1938. A fachada frontal da Igreja apresenta, em seu nível térreo, cinco portadas compostas de duas folhas de abrir em madeira almofadada pigmentadas na cor verde, vergas em arco abatido e enquadramento constituído de cantaria trabalhada. Na porção frontal da fachada, entre o frontão e as janelas, observa-se um óculo emoldurado em alto relevo de argamassa na cor bege, em formato quadrilobada. Na região central do frontão observa-se um nicho vazado, de partido vertical e verga em arco pleno, onde está situada a imagem de Nossa Senhora do Rosário. Na torre sineira observa-se um óculo onde foi inserido um relógio e acima deste uma sineira, constituída de partido vertical e verga em arco pleno.

Goiana - Pernambuco Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos

Fonte: ARIC – FACULDADE DAMAS DA INSTRUÇÃO CRISTÃ ARCHITECTON - REVISTA DE ARQUITETURA E URBANISMO – VOL. 03, Nº 04, 2013 Márcia Maria Vieira Hazin

25 de novembro de 2014

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• O restauro iniciou em 2009 e foi interrompido em 2011 por falta de recurso.

• Houve o desmonte do altar principal sem garantia de recurso para o restauro e montagem, e as partes do altar estão espalhadas pela igreja

• O telhado não foi consertado, e há infiltrações e goteiras.

• As partes desmontadas do altar estão infestadas de cupim

• As atividade da Matriz foram transferidas para a igreja do Rosário dos Homens Pretos

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O Conjunto carmelita é formado pelo Convento de Santo Alberto, a Igreja da Ordem terceira do Carmo e o Cruzeiro.

A solenidade de assentamento da pedra fundamental foi no dia 1 de novembro de 1666, pelo general André Vidal de Negreiros, que teve fundamental importância na construção desse templo, em terreno doado pelo Capitão Mor Felipe Cavalcanti de Albuquerque.

Construída em 1672, a Igreja da Ordem terceira do Carmo traz estilo barroco maneirista. Possui imagens em madeira de lei dos séculos XVI e XVII.

O conjunto também apresenta elementos da arquitetura árabe através de traços simétricos e leves, percebidos principalmente nas torres. Ao lado esquerdo do altar-mor existe uma capelinha dedicada a Bom Jesus dos Passos com a imagem de Nossa Senhora das Lágrimas.

O Cruzeiro, esculpido em uma única peça, está postado em frente à Igreja de Santo Alberto e ali foi colocado em 1719. A Igreja da Ordem Terceira Carmelita é dedicada a Santa Tereza d’Ávila.

Fonte: wikipedia

Conjunto Carmelita

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• As paredes preservam o reboco autêntico, indicado pelas ondulações típicas dos rebocos tradicionais

• A técnica construtiva do telhado é a canga de porco

• O cruzeiro está contaminado por algas e fungos.

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• Pintura do teto bastante danificada

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• Os sais cloretos oriundos do aerossol marinho são um dos fatores de escamação da cantaria de pedra calcária da fachada

• Detalhe do ornamento do piso

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João Pessoa - Paraíba Igreja de Nossa Senhora do Carmo

26 de novembro de 2014

Uma das mais antigas igrejas de João Pessoa esteve presente nos primeiros relatos sobre a Capitania da Parahyba. Caracterizada pelo estilo barroco, sua fachada é dotada de portas e janelas e um grande óculo circundados por cantaria de pedra calcária.

Destaca-se seu frontão, como traço mais característico da fachada, o brasão da Ordem do Carmo com três estrelas no centro e uma grande coroa de pedra, emoldurada por duas volutas em relevo.

Fonte: wikipedia

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• Porta falsa em cantaria

• Detalhe das intervenções de restauração na cantaria

• Pedra calcária cortada e utilizada no sentido oposto da sedimentação diminui a resistência e apresenta rachaduras e patologias

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• Exemplo de falha no corte das colunas durante a construção. A solução foi o enxerto de pedra em toda a colunata de um lado do claustro

• Piso de ladrilhos cerâmicos. Não foram protegidos do desgaste

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• A igreja foi ornamentada com cantaria onde normalmente se utiliza o estuque

• Reboco com ondulações indicadoras de autenticidade

• Raspagem das camadas de tinta danificaram o douramento e deixaram exposta a camada de bolo armênio

• Em muitas áreas a raspagem desgasta o que sobrou do douramento original

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O Conjunto Franciscano simboliza uma das maiores expressões do barroco brasileiro do Século XVIII. A Igreja, de nave única e galilé, possui frontispício em três divisões, apresentando cinco portas em arco pleno, fechadas por torneados em madeira no estilo românico, três janelas do coro com balaustrada de pedra, enquadradas por cunhais e cornijas, com datação de 1779.

No frontão encontra-se o escudo da ordem franciscana e ornatos de cantaria, encimado por uma cruz. A torre sineira, de 1783, é revestida de azulejos e apresenta cunhais de pedra coroados por pináculos. No alto da cúpula um galo de ferro indica as direções do vento.

Fonte: wikipedia

Conjunto Franciscano

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• O estado de conservação dos azulejos nos muros laterais é crítica, com eflorescências de sais e perda do vidrado

• A Cantaria de pedra calcária com múltiplos estilos de modenaturas (galilé).

• Forro do galilé

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• Os painéis de azulejos policromados do galilé estão bem preservados e são de excelente qualidade, sem bolhas ou imperfeições advindos do processo de fabricação

• Os painéis de azulejos da igreja e pátio estão bem conservados

• Na sacristia o ladrilho cerâmico deveria estar protegido. O ideal seria usar pantufas ou impedir a passagem para evitar o desgaste do piso original. Neste detalhe a mirra que preenchia o orificio já foi perdida e resta pouco da mirra que fazia parte do piso original.

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• Esta é uma imagem do altar mor, porém ele não existe mais. Foi destruído por cupins ( há relatos sobre um padre que mandou retirar e queimar) quando os franciscanos deixaram o local, em 1885.

• Atualmente, em seu lugar, há apenas um crucifixo e a foto antiga

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• Altar da Capela Dourada

• Casa de oração da ordem Terceira de São Francisco em estilo barroco-rococó. Há uma cripta funerária subterrânea que servia de repositório de ossos.

• Adro cercado de arcadas e colunas em estilo toscano, formando duas séries, uma superior e uma inferior, com azulejos policromados ornando as paredes

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• As pias batismais estão passando por um processo de dessalinização e consolidação da pedra

• Detalhe do púlpito

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Cabedelo - Paraíba Igreja de Nossa Senhora da Guia

26 de novembro de 2014

A construção da igreja de Nossa Senhora da Guia teve início no final do século XVI e foi concluída na segunda metade do século XVIII. É uma construção sólida em pedra calcária, construída em estilo barroco. Plantas silvestres e frutas típicas da região estão representadas em sua fachada. È uma das mais antigas do país, localizada numa área de preservação onde ainda há resquícios de Mata Atlântica. Devido a sua localização chegou a ser utilizada como ponto de observação contra os ataques de invasores. Da colina onde se localiza pode-se se ver, ao mesmo tempo, mar e zona rural com plantações de cana-de-açúcar e coqueiros. Em 1763 a igreja foi demolida e reconstruída pelos esforços do Frei Manuel de Santa Teresa. A partir de 1866 sofreu reformas e depois ficou abandonada por longo período. Recentemente foi restaurada segundo o Projeto da Fundação Cultural do Estado da Paraíba.

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• Altar e vista do telhado

• Detalhe da cantaria em pedra calcária

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• Vista dos fundos da Igreja e detalhe da torre sineira, com fissuras na estrutura e perda da argamassa

• Madeiras das atuais janelas jogadas no fundo do terreno

• Problemas de conservação da cantaria do arco e telhado, causado por infiltração de água do telhado

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• “Grafite" de uma caravela na parede da torre sineira, local com vista para a Foz do Rio Soé

• Frente e lateral da Igreja, com a Foz do Rio Soé ao fundo

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Marechal Deodoro - Alagoas Conjunto do Carmo

27 de novembro de 2014

Igreja do Carmo – a obra de autoria dos religiosos carmelitas não tem data conhecida de construção, mas estima-se que seja anterior ao ano de 1715. Serviu de moradia para os religiosos que construíram o Convento do Carmo e, em 1872, passou a ser Capela do Cemitério do Carmo.

Convento do Carmo – também conhecido como Convento Caiado, sua construção teve início em 1722, mas nunca foi dada como concluída, por conta da quizila judicial entre os responsáveis pela sua construção, os religiosos carmelitas, e os franciscanos. Os dois grupos religiosos disputavam a soberania religiosa local.

Fonte: wikipedia

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• Parede lateral

• Reboco do interior da igreja com fungos e infiltrações

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• Parte do que restou do coro da Igreja e detalhe da situação atual de preservação das paredes

• Estrutura metálica no restauro do telhado

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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

Sem registros para precisar a data de construção da matriz de Nossa Senhora da Conceição, algumas fontes indicam que a mesma já existia em 1654 e que foi edificada pelo português João Esteves, em troca das terras do atual distrito de Massagueira. Foi queimada e destruída pelos holandeses quando da invasão do território.

No ano de 1672 os habitantes da vila voltaram a levantar o monumento, que foi concluído muito anos depois, em 1783. A obra é marcada pelo predomínio dos traços do estilo rococó.

Além de toda significação religiosa que inspira, foi na matriz, em 1819, que foi empossado o primeiro governador da Capitania de Alagoas. Em 1860, o Imperador D. Pedro I, juntamente com a Imperatriz Dona Teresa Cristina visitaram o monumento. Nesta igreja foi, também, celebrado o casamento do Major Mendes da Fonseca com Rosa da Fonseca. Assim como foram, neste templo, batizados todos os seus filhos, entre eles, Marechal Deodoro.

Fonte: wikipedia

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• Nave da Matriz

• Detalhes dos problemas causados por infiltrações no telhado e goteiras

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• Ataque de cupim de solo e detalhe da goteira caindo em cima da instalação elétrica

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• Pintura com esmalte sintético, manutenção mais comum executada por diocesanos.

• Descolamento da madeira do Púlpito

• Madeira pintada com várias camadas de tinta e completamente infestada por cupins embaixo da pintura, deixando apenas uma "casca de ovo” na superfície.

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Casa de Câmara e Cadeia

Cadeia Pública e Casa da Câmara – construção iniciada em janeiro de 1850, aproveitada de um antigo prédio de armazém de sal. O prédio foi estrategicamente construído na parte alta da cidade, de onde se tem a vista de toda a parte lagunar do município. Atualmente abriga o escritório do Iphan e uma sala de exposições.

Fonte: Iphan

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Nossa Senhora Rosário dos Homens Pretos

A edificação já existia por volta de 1777 sob a forma de capela, sendo orago de grande devoção entre os homens negros. Registros mostram que a construção do atual templo, maior que o anterior, foi iniciada em 1834 pela irmandade do Rosário para ser freqüentada pelos escravos e ex-escravos. Sua fachada é marcada por traços neoclassizantes.

Fonte: wikipedia

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• Marca da escada do coro no reboco da parede e o púlpito fechado com tijolos e problemas graves de umidade vinda da parte externa

• Altar da capela em deterioração causada por grande quantidade de umidade e cupins

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Convento de São Francisco

O conjunto arquitetônico Santa Maria Madalena retrata um dos mais belos exemplares da arquitetura barroca em Alagoas, merecendo destaque entre os demais monumentos históricos do Estado pela riqueza de detalhes que compõem a obra e por ter sido cenário para as mais diversas ocupações ao longo dos três últimos séculos.

O marco inicial de sua construção remonta a 1635, quando na antiga Vila de Alagoas do Sul foi construído o recolhimento de palha e ramagem para abrigar Frei Cosme de São Damião e seu secretário, que integravam a leva de fugitivos oriundos de Pernambuco no período da dominação holandesa.

Em 1657, a câmara e o povo de Santa Maria Madalena da Lagoa Sul dirigiram uma petição a Frei Panta Leão Batista, prelado maior da custódia de Santo Antônio, da capitania da Bahia, solicitando a construção de um mosteiro em alvenaria no lugar de onde esteve o primeiro recolhimento.

A 4 de dezembro de 1660, Frei Pedro de São Paulo dá início à construção do convento franciscano. Em 1684 foi lançada a primeira pedra para a construção do atual edifício – Igreja e Convento. As obras sofreram uma longa paralisação de trinta anos, tendo sido o prédio concluído em 1723, embora, muito antes os religiosos já residentes utilizassem algumas dependências para ministrar aulas de Gramática para a população local.

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Em 1793 veio a ser terminada a fachada da Igreja, dando conclusão à obra – mais de três séculos e meio desde a sua iniciação.

No início do século XX, na decorrência de um processo de esvaziamento gradual sócio-econômico e religioso da cidade, o edifício que abrigou o Convento passou a ser utilizado como acampamento para soldados do 20º Batalhão de Caçadores de Maceió, entre os anos de 1821 a 1839; abrigo para desabrigados das secas do sertão; e ainda outros usos que acarretaram danos de diversas ordens ao edifício.

Prestou-se ainda para abrigar o Seminário Diocesano de Alagoas durante dois anos, e em 1915, a instalar o Orfanato de São José, o qual foi transferido para uma edificação anexa, construída no próprio terreno do Convento.

Em 1984, a estrutura física do conjunto arquitetônico sofreu mais algumas alterações para instalar o Museu de Arte Sacra do Estado de Alagoas, que perdura até hoje.

Fonte: wikipedia

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• A cantaria está bastante desgastada e apresenta esfarelamento

• Enxerto de pedra sem nenhuma tentativa de mimetização

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Penedo - Alagoas Igreja Nossa Senhora da Corrente

28 de novembro de 2014

A Igreja Nossa Senhora da Corrente foi construída pela Família Lemos que era contra a escravidão. Então, ao construir a igreja eles fizeram uma passagem secreta para esconder os escravos fugitivos. Foi iniciada em 1764 pelo capitão-mor José Gonçalo Garcia Reis e concluída por volta de 1790 pelo capitão de ordenança André de Lemos Ribeiro.

A origem do nome do templo é explicada por várias origens, associadas ao imaginário popular. A primeira está associada ao sobrenome de uma das suas benfeitoras, Ana Felícia da Corrente, e à padroeira da igreja, Nossa Senhora, além da proximidade com um rio. Outros acreditam que o nome foi dado pelo português José Gonçalo Garcia Reis, que, conseguindo libertar-se de uma prisão da sua pátria, fugiu para o Brasil e chegou a Penedo ainda com um pedaço da corrente.

A igreja tem como elementos decorativos destacáveis o altar-mor, arco-cruzeiro, sanefas e púlpitos. O concheado tem sinuosidade preciosa, colocado sobre um fundo jaspeado com detalhes em vermelho e ouro, valorizado pelo fundo branco e por feixes de luz que chegam da fachada. Pequenas estátuas portuguesas, em estilo presépio, também são elementos graciosos do conjunto.

Germain Bazin disse que a decoração da igreja é "um conjunto admirável", o que faz do templo "quase desconhecido", "um dos mais bonitos do Brasil”.

Fonte: wikipedia

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Convento Franciscano Santa Maria dos Anjos

O primeiro convento, fundado em 1661, atendeu aos pedidos dos habitantes da vila. O novo convento começou a ser construído em 1682 e as obras se prolongaram até 1694. No século XVIII, o Convento teve sua arquitetura bastante enriquecida. Os adornos em pedra tem motivos fitomórficos, conchóides e de figuras humanas atarracadas e infantis que criam uma fantasia barroca muito criativa. O exterior do convento é sóbrio seguindo a linha das demais casas franciscanas do Brasil. O interior possui talha do século XVIII, em estilo rococó, onde se conserva a tradição da talha barroca do norte de Portugal.

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• Obras de restauro das pinturas parietais, e estudo revelando as pinturas de diferentes épocas

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• Diversas camadas de pinturas parietais foram reveladas com o trabalho de prospecção e abertura de janelas estratigráficas

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• Os bens culturais móveis e obras de arte são restaurados no convento

• Uma “cozinha" será construída nesta escavação dentro do convento, que será transformado em hotel após as obras de restauro e adaptações

• A escavação dentro do convento foi muito questionada por causar danos a estrutura

• Mais ainda se questionou sobre os riscos de incêndio que uma cozinha industrial pode representar dentro de uma edificação histórica

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• O telhado não foi adequadamente restaurado e o peso do telhado não está bem distribuído

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• Enxertos na cantaria

• Restauro da pintura do teto executado com lápis de cor

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Aracaju - Sergipe Palácio Museu Olímpio Campos

28 de novembro de 2014

Idealizado na época do Brasil Império, inicialmente, pelo então Presidente de Sergipe, Dr. Salvador Correia de Sá, em 1856, o “Palácio Provincial” seria criado para funcionar como sede do Governo do Estado e residência do governador na capital sergipana, tendo em vista que a mesma já havia sido transferida de São Cristóvão para Aracaju. Este projeto, de autoria dos engenheiros Francisco Pereira da Silva e Sebastião Pirro, não foi aprovado naquela época e, posteriormente, em outras gestões, foram apresentadas novas propostas para a construção do Palácio, mas que também não obtiveram êxito.

Na presidência do Dr. Manuel da Cunha Galvão foi elaborado um novo projeto, também de autoria de Francisco Pereira da Silva, que foi, finalmente, aprovado pelo Governo Imperial. Este projeto sofreu alterações com a construção de um pavimento superior, tornando-se mais adequado às necessidades funcionais da sede do Governo Provincial. No pavimento térreo funcionariam as Secretarias de Governo e no pavimento superior, a sala de despachos e a residência do governador. Essas obras foram iniciadas em 1859 e concluídas em 1863, na presidência do Dr. Joaquim de Mendonça.

Fonte: wikipedia

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• Fachada e escadaria do Palácio

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• Fotografia antiga do Palácio

• Orelhão com uma impressão da fachada do Palácio nos arredores da edificação, o que demonstra a importância deste patrimônio para a cidade

• Maquete

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• Murais no hall de entrada do artista plástico sergipano Jordão de Oliveira, pintados na década de sessenta. As imagens retratam elementos da base econômica de desenvolvimento do Estado - do lado esquerdo, as atividades mais antigas como o ciclo da monocultura canavieira e a criação de gado. Do lado direito, atividades historicamente mais recentes, como a cultura do coco e da produção do sal. Fonte: wikipedia

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Prédio da antiga Alfândega

Localizado no Marco Zero de Aracaju, no coração do centro comercial da capital, a Praça General Valadão, o prédio foi erguido na segunda metade do século XIX, passando por reformas somente em meados do século seguinte, para então sediar a Receita Federal, depois foi desativado. Tombado por meio do decreto estadual nº 21.765, de 09 de abril de 2003, o prédio foi transferido da União para a Prefeitura dois anos depois.

Durante a visita técnica foram levantadas várias contradições em relação às boas práticas de restauro. Todavia, em pesquisa para o relatório, percebi quem em várias notícias relacionadas a esta obra o termo usado é "REFORMA" e não "RESTAURO", e talvez seja esta a explicação para o pouco cuidado dispensado à preservação dos detalhes originais, o que acarretou frustração na expectativa da turma em encontrar um exemplo de boas práticas em restauro.

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Prédio da antiga Alfândega

Localizado no Marco Zero de Aracaju, no coração do centro comercial da capital, a Praça General Valadão, o prédio foi erguido na segunda metade do século XIX, passando por reformas somente em meados do século seguinte, para então sediar a Receita Federal, depois foi desativado. Tombado por meio do decreto estadual nº 21.765, de 09 de abril de 2003, o prédio foi transferido da União para a Prefeitura dois anos depois.

Durante a visita técnica foram levantadas várias contradições em relação às boas práticas de restauro. Todavia, em pesquisa para o relatório, percebi quem em várias notícias relacionadas a esta obra o termo usado é "REFORMA" e não "RESTAURO", e talvez seja esta a explicação para o pouco cuidado dispensado à preservação dos detalhes originais, o que acarretou frustração na expectativa da turma em encontrar um exemplo de boas práticas em restauro.

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Prédio da antiga Alfândega

Localizado no Marco Zero de Aracaju, no coração do centro comercial da capital, a Praça General Valadão, o prédio foi erguido na segunda metade do século XIX, passando por reformas somente em meados do século seguinte, para então sediar a Receita Federal, depois foi desativado. Tombado por meio do decreto estadual nº 21.765, de 09 de abril de 2003, o prédio foi transferido da União para a Prefeitura dois anos depois.

Durante a visita técnica foram levantadas várias contradições em relação às boas práticas de restauro. Todavia, em pesquisa para o relatório, percebi quem em várias notícias relacionadas a esta obra o termo usado é "REFORMA" e não "RESTAURO", e talvez seja esta a explicação para o pouco cuidado dispensado à preservação dos detalhes originais, o que acarretou frustração na expectativa da turma em encontrar um exemplo de boas práticas em restauro.

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• Respingos de cimento e tinta e o pouco cuidado com os materiais originais chamaram atenção nesta obra

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• Alguns dos muitos exemplos da não adoção de boa práticas, pois a pintura está sendo refeita com os moldes e sem a recuperação da original

• Piso original está danificado por andaimes

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São Cristóvão - Sergipe Praça São Francisco

29 de novembro de 2014

O convento de Santa Cruz também é conhecido como São Francisco.

O terreno onde se encontra o convento de Santa Cruz foi doado pelo Sargento-mor Bernardo Correa Leitão através de escritura emitida em 1659. A pedra fundamental para o convento só foi lançada em 1693. O capital investido na construção foi conseguido através de esmolas recolhidas entre a população da cidade.

Durante o século XIX as instalações do convento foram utilizadas pela Assembléia Provincial, bem como pela Tesouraria-Geral da província. As tropas que foram combater os revoltosos de Canudos, em 1897, ficaram hospedadas naquele local.

Ainda em meados do século XIX, a primeira torre sineira ameaça desabar em virtude da sua base ser de adobe e não suportar o peso. Então o governo estadual resolve construir uma nova torre, porém com a mudança da capital para Aracaju, a segunda torre não é acabada.

Fonte: wikipedia

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Igreja e antiga Santa Casa da Misericórdia

Sabe-se que no início do século XVII já existia a Igreja da Misericórdia, fato atestado pelo testamento de Baltazar Barbuda, de março de 1627, que solicitou que o seu corpo fosse enterrado na Igreja da Santa Misericórdia.

O hospital da Misericórdia estava funcionando na época da visita de S.M. Dom Pedro II em 1860. Porém, em torno de 1870, o hospital perde a subvenção governamental, da qual fora dependente desde a independência do país, por ter ficado os anos precedentes sem "médico ou botica"12 e portanto não ter tido condições de prestar os serviços esperados de auxílio aos enfermos. Esta é a razão pela qual o hospital fechou pouco tempo depois.

A partir de 1922, após o período de abandono do prédio, as Irmãs Missionárias da Irmandade Conceição Mãe de Deus começam a administrar e utilizar o prédio, iniciando nesse período o funcionamento do orfanato.

É formado pela Igreja e a ala do antigo hospital que são ligadas pela torre sineira com grande equilíbrio e riqueza de estilo. Este conjunto forma um pátio interno quadricular com jardim e partes cobertas. Portada de capela trabalhada em cantaria. Janelas do antigo hospital com coroamento em pedra calcária.

Fonte: wikipedia

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• Interior da Igreja e detalhe do telhado com ganchos de cobre para fixar as telhas

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• Torre sineira

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A fachada da igreja é enquadrada por cunhais. A parte inferior possui pórtico formado por cinco arcos em pedra (três frontais e dois laterais). A igreja possui uma portada principal ao centro com ombreira e verga curva em pedra, vedação em folhas almofadadas. Existem duas outras semelhantes ao lado desta última, mas de menor tamanho. A parte superior possui frontão ladeado por coruchéus, com volutas e decoração com anjos e motivos florais. No frontão também está localizado o óculo. Na altura do coro existem três janelas retangulares com ombreiras e vergas retas. As janelas são encimadas por cimalha e decoração em motivos florais. O telhado é em duas águas. Do lado esquerdo há janela sineira com sino datado de 1831. O interior possui altares em madeira com entalhamento em motivos fitomórficos. O púlpito possui taça esculpida. As tribunas possuem gradil em madeira, assemelhando-se ao gradeamento existente no coro.

O convento possui janelas externas retangulares com ombreiras lisas. Internamente a construção possui claustro circundado por arcos (cinco de um lado e nove do outro). Os arcos são sustentados por colunas em cantaria. A parte superior possui janela de ombreiras lisas e verga curva possuindo guarda-corpo em alvenaria.

Fonte: wikipedia

Convento do Carmo

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• Enxerto na cantaria com alteração cromática

• Detalhes do douramento com tom avermelhado e opaco

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Laranjeiras - Sergipe

29 de novembro de 2014

• Vista da Matriz e detalhe do restauro dos azulejos no interior

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• Museu do Artesão e na imagem abaixo uma coluna de escaiola

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• Sobrado com restauro apenas na metade e detalhe da técnica construtiva, que consiste em inserir madeiras junto às pedras para facilitar o assentamento de portas

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• Calçamento de rua em Laranjeiras e fachada da Igreja

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• Ponte em técnica construtiva românica em excelente estado de conservação

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• Calçamento da ponte

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• Restauro do antigo armazém e hoje Campus da Universidade Federal de Sergipe

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