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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 0

Relatório e Contas 2007

Caixa Central

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 1

ÍNDICE

CONSELHO GERAL

Relatório do Conselho Geral e de Supervisão 5

Proposta de Aplicação de Resultados 11

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1. Economia Mundial 13

2. Economia Portuguesa 19

3. Mercados Financeiros – Perspectivas 24

4. Evolução e Perspectivas do Mercado Bancário 29

II. EVOLUÇÃO DA CAIXA CENTRAL

Referência Introdutória 35

Factos mais Relevantes da Actividade da Caixa Central 36

1. Análise Financeira

1.1. Demonstração de Resultados 43

1.2. Estrutura do Balanço 48

2. Evolução do Negócio da Caixa Central

2.1. Actividade Comercial 54

2.1.1. Depósitos e Outros Recursos 54

2.1.2. Evolução do Crédito 56

2.1.3. Meios Electrónicos de Pagamento 66

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2.1.4. Canais Complementares 70

2.1.5. Área Internacional, Emigração e Representações no Exterior 75

2.1.6. Novos Produtos e Campanhas 79

2.2. Actividade Financeira 82

2.2.1. Estratégia de Actuação na Área de Tesouraria 82

2.2.2. Caixas Associadas e Corporate Desk 84

2.2.3. Função Financeira no Grupo Crédito Agrícola 86

2.2.4. Controlo de Risco na Área de Tesouraria 86

2.2.5. Intermediação no Mercado de Capitais 87

2.3. Marketing 89

2.3.1. Nova Imagem 89

2.3.2. Outras Acções de Marketing 89

3. Áreas de Suporte, Enquadramento e Auditoria

3.1. Recursos Humanos e Formação 96

3.2. Organização e Sistemas de Informação 102

3.3. Meios Materiais e Logística 104

3.4. Auditoria e Controlo Interno 108

4. Supervisão, Acompanhamento e Fiscalização das Caixas Associadas

4.1. Políticas de Consolidação Económico-Financeira 113

4.2. Acompanhamento das Caixas Associadas 114

4.3. Sistemas de Informação de Suporte 116

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5. Programa de Modernização

5.1. Programa de Desenvolvimento Organizacional e de Qualidade 119 5.2. Sistemas de Informação – Programa Ruris + 128

6. Demonstrações Financeiras 134

7. Proposta de Aplicação de Resultados 140

III. ANEXOS

1. Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados 142

2. Certificação Legal de Contas 209

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CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 5

Relatório do Conselho Geral e de Supervisão

Exmos. Senhores

Presidentes e Representantes das Direcções

das Caixas Associadas,

Nos termos previstos na alínea d) do Artigo 17º e na alínea h) do Artigo 22º dos Estatutos

da Caixa Central, vem o Conselho Geral e de Supervisão apresentar à Assembleia Geral, o

Relatório Anual e o parecer sobre o relatório de gestão e as contas do exercício findo,

elaborado pelo Conselho de Administração Executivo, sendo de referir, em especial, o

seguinte.

Ao atingir um resultado líquido de 10,7 milhões de euros em 2007, a Caixa Central perfez o

quinto exercício consecutivo com resultados positivos, e deu assim mais um passo no

sentido da sua consolidação financeira, de importância fundamental para o Crédito Agrícola,

dadas as funções nucleares que à Caixa Central incumbem como instituição cimeira do

SICAM e do Grupo.

Nestes cinco exercícios, a Caixa Central realizou um lucro líquido acumulado de cerca de

46,7 milhões de euros, o que lhe permitiu, sem aumentos de capital, reforçar os seus

fundos próprios de base, que passaram de 95,5 milhões de euros em Dezembro de 2003

para 143,2 milhões no final do exercício findo.

A melhoria nas condições de exploração da instituição também se reflectiu no valor dos

resultados transitados (negativos), que no início de 2008 já estarão reduzidos a 76,2

milhões de euros, face ao valor de quase 130 milhões que ainda se registava no final de

2004.

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Em paralelo, e como prudente opção de gestão, a Caixa Central procedeu igualmente, ao

longo deste período, a um reforço sistemático de provisões, para além do exigido pelos

normativos aplicáveis, precavendo-se assim para quaisquer riscos potenciais na carteira de

crédito e outras contingências.

É igualmente importante referir que, durante todos estes anos, a Caixa Central pôde gerir o

seu rácio de solvabilidade, e em particular o chamado rácio “Tier 1” – referente aos fundos

próprios de base – de modo a cumprir sem problemas os normativos em vigor, e fê-lo sem

necessidade de solicitar sacrifícios adicionais às Caixas Associadas. Na verdade, desde 2002

que a Caixa Central não realiza qualquer aumento de capital, situação que contrasta com a

da maioria dos bancos de primeira referência no nosso sistema financeiro, onde têm

ocorrido aumentos de capital com alguma frequência, como forma de sustentar a expansão

do negócio.

Tal implicou, no entanto, a necessidade de contenção no crescimento do crédito, tendo

assim a prioridade nesta área incidido na gestão da carteira existente, com particular

enfoque na gestão das situações de maior risco aparente, de modo a melhorar a qualidade

e a estabilidade da carteira. Em 2007 verificou-se mesmo uma retracção no valor total da

carteira, de quase 4%, excluindo papel comercial, em grande medida resultante da

diminuição do crédito agenciado, cujo valor passou de 733,9 milhões de euros no final de

2006 para apenas 641,3 milhões em Dezembro de 2007: uma contracção de 92,5 milhões,

que mostra claramente que o modelo em vigor de crédito agenciado já não era interessante

para as Caixas e se encontrava esgotado.

No entanto, apesar da diminuição do valor global da carteira de crédito, que naturalmente

prejudica o rácio de crédito vencido, a Caixa Central apresentou em finais de 2007 um rácio

de crédito vencido a mais de 90 dias de apenas 1,7%, nível que traduz uma melhoria em

relação a 2006, ano em que o rácio se situara ainda acima de 2%, e se compara

favoravelmente com o da generalidade dos principais bancos. A redução observada no rácio

de crédito vencido em relação ao valor de exercícios anteriores, é em parte explicável pelo

abate ao activo de crédito vencido antigo totalmente provisionado. No entanto, a redução

do rácio reflecte também resultados positivos significativos no domínio da recuperação.

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Naturalmente, para que a Caixa Central possa atingir, sustentavelmente, um patamar mais

elevado de rentabilidade, torna-se necessário expandir a sua actividade comercial, e este é

o grande desafio que temos de assumir para o futuro no respeitante à Caixa Central.

As novas modalidades de crédito participado, ou seja, o crédito agenciado reformulado, o

crédito sindicado e o crédito financiado, oferecem virtualidades para a expansão do negócio

do Crédito Agrícola no seu todo, e terão reflexos na actividade da Caixa Central, dado o

papel que lhe cabe na gestão e dinamização destes novos instrumentos.

A expansão da rede da Caixa Central, que começou a concretizar-se, com a abertura de

novos balcões em Lisboa e no Porto, é outro dos requisitos para a dinamização da

actividade comercial, com particular relevância para o negócio de retalho, o qual tem

expressão ainda diminuta na Caixa Central e deve ser fortemente incrementado, tendo em

conta a maior estabilidade que o crescimento do seu peso relativo trará ao negócio e à

conta de exploração da Caixa Central, e o grande potencial existente nos dois grandes

centros populacionais do país, que o Crédito Agrícola subaproveitou até aqui. Refira-se que

a criação da área comercial de particulares da Caixa Central e a sua dinamização já

apresentam alguns frutos, tal como transparece do crescimento do crédito à habitação

(directo), que passou de cerca de 60,6 milhões de euros em 2006 para 74,2 milhões no

termo do exercício de 2007 --- um aumento de mais de 22% ---, do crescimento dos

depósitos Domiciliados nos balcões da Caixa Central - igualmente em cerca de 22%, graças

sobretudo aos depósitos de poupança - e à evolução positiva da venda cruzada.

No contexto da dinamização da actividade comercial do Grupo, a revisão do Regime

Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo constitui igualmente um imperativo, uma vez que o

regime em vigor, com as restrições que comporta, para além de se encontrar

completamente desajustado da actual dinâmica da economia e da sociedade portuguesa,

coloca o Crédito Agrícola em desvantagem face aos outros bancos, que cada vez mais

reforçam a sua presença nas zonas tradicionais de actuação das Caixas.

Assim, na sua actividade em 2007, o Conselho Geral e de Supervisão deu relevância à

questão da revisão do Regime Jurídico, tendo sido promovidas, em articulação com a

Direcção da FENACAM, um conjunto de reuniões com as Caixas Associadas sobre esta

matéria, e tendo sido preparado e oportunamente submetido à apreciação do Banco de

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Portugal, um projecto de revisão e a sua devida fundamentação, com diligências ulteriores

ao mais alto nível para seguimento do assunto.

Na actividade de 2007 merecem também realce os trabalhos que se inserem na

continuação do programa de modernização do Grupo, em que a Caixa Central tem

intervenção relevante, os quais, neste exercício, foram dominados pela aplicação das

Normas Internacionais de Contabilidade, pelas iniciativas na área do risco visando a

preparação do Grupo para o cumprimento dos requisitos de Basileia II, e pela necessidade

de darmos resposta às maiores exigências em termos de conformidade e cumprimento

regulamentar - a chamada função compliance. O Crédito Agrícola está a responder a todos

estes desafios com prontidão, eficácia e competência, deixando uma marca positiva junto

das entidades de supervisão e do mercado.

Ainda no âmbito do programa de modernização, o projecto SIBAL, desenvolvido no âmbito

do CA Serviços, mas com acompanhamento estreito da Caixa Central, deve merecer

especial relevância, dado o contributo muito importante que a disponibilização da nova

solução de balcão --- prevista, após alguma derrapagem do planeamento inicial, para data

já próxima --- vai ter para a melhoria da operacionalidade dos balcões e sustentabilidade da

sua actividade comercial.

A qualidade e a segurança dos sistemas de informação e bases de dados do Grupo constitui

hoje em dia uma preocupação maior, tendo o Conselho Geral e de Supervisão, na

sequência da criação do Centro de Dados Alternativos do Crédito Agrícola, fora da zona

sísmica de Lisboa, acompanhado as informações relativas aos diversos testes de resposta e

de fiabilidade do plano de continuidade do negócio realizados em 2007, testes que

permitiram concluir que os tempos de resposta e de recuperação se situam plenamente

dentro dos parâmetros técnicos exigidos.

O Conselho Geral e de Supervisão gostaria igualmente de manifestar o seu apreço pelo

profundo processo de reestruturação e reorganização que se está a desenrolar ao nível das

Caixas Associadas, de que o movimento de fusões em curso, apoiado e dinamizado pela

Caixa Central, tem sido um dos grandes impulsionadores. Este processo constitui um factor

importante para a consolidação do SICAM, que se tem manifestado nos resultados dos

últimos exercícios – resultados que voltaram a ser bastante positivos em 2007. Com efeito,

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para as Caixas fazerem face à concorrência, cada vez mais intensa, que se manifesta nos

seus mercados, e procurarem defender-se da entrada dos novos concorrentes, precisam de

se dotarem de estruturas de gestão sólidas e profissionalizadas, o que só conseguem com

dimensão adequada.

Nas condições actuais do mercado bancário, em que os outros principais bancos necessitam

de reforçar a sua liquidez, as Caixas enfrentam uma concorrência particularmente aguda

pelos recursos, perante o nível das taxas, desalinhado com as condições do mercado

interbancário e do crédito, que esses bancos estão a oferecer. Trata-se de uma fase

temporária, que poderá ter como contraponto algum ajustamento em alta nos spreads

praticados no crédito. É no entanto crucial para o Crédito Agrícola, nesta conjuntura,

defender a sua base de depósitos, mesmo que, num ou noutro caso, tal implique aceitar

um sacrifício da rentabilidade, uma vez que a base de depósitos constitui a principal valia

do Grupo no contexto do sistema financeiro nacional.

Neste contexto, a Caixa Central reconhece o esforço de todo o SICAM, que também procura

acompanhar, embora a margem de manobra para o fazer esteja limitada pelas condições

prevalecentes no mercado interbancário.

Simultaneamente, a crise financeira actual, ao obrigar os bancos a uma postura mais

prudente e conservadora na sua política creditícia, cria para o Grupo algumas

oportunidades de negócio no lado do crédito, que teremos que saber aproveitar, mas

escrutinando bem as oportunidades, de modo a não aceitar riscos desaconselháveis.

Com efeito, no contexto da actual crise bancária, o Crédito Agrícola é o único, dos principais

grupos bancários portugueses, que se encontra em condições de desenvolver a sua

actividade creditícia sem especiais condicionalismos, tendo em conta a sua confortável

situação de solvabilidade e, sobretudo, o reduzido rácio de transformação de recursos em

crédito, que no nosso caso pouco supera os 80%, contra níveis amplamente superiores a

100% na generalidade das outras instituições. Esta mesma circunstância implica que o

Crédito Agrícola seja o único grupo bancário em Portugal com uma posição interbancária

nitidamente credora, com créditos, em termos líquidos, sobre outras instituições que

excedem largamente os 1.000 milhões de euros.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 10

Este Relatório junta o Relatório elaborado pelo Conselho de Administração Executivo da

Caixa Central, a que o Conselho Geral e de Supervisão dá parecer favorável nos termos

previstos nos Estatutos da instituição, relatório que apresenta com detalhe os principais

aspectos da evolução da Caixa Central em 2007, quer no tocante às actividades realizadas

quer no respeitante às condições de exploração, e que é acompanhado da Certificação

Legal de Contas.

Lisboa, 10 de Março de 2008

O Conselho Geral e de Supervisão

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 11

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos do Artigo 43º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, e do Artigo 40º

dos Estatutos da Caixa Central, propõe-se, à Assembleia Geral, que o Resultado Líquido do

Exercício de 2007, um lucro de 10.764.029,05 Euros, seja inteiramente afecto à cobertura

dos prejuízos registados na conta de resultados transitados.

Lisboa, 10 de Março de 2008

O Conselho Geral e de Supervisão

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 12

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 13

1. Economia Mundial

A situação económica e financeira internacional encontra-se actualmente muito marcada

pela evolução negativa do mercado imobiliário nos EUA e pela crise financeira que essa

evolução entretanto desencadeou.

No entanto, o crescimento económico em 2007 ainda se manteve globalmente bastante

robusto, embora com desaceleração nos principais países desenvolvidos, em especial nos

EUA, em que a estimativa do crescimento para o conjunto do ano é de 2,2%, contra 2,9%

no ano anterior e 3,1% em 2005, e no Japão, onde o crescimento do PIB caiu para 1,9%,

contra 2,4% no ano anterior.

Na Zona Euro, no entanto, o abrandamento foi ligeiro, com o PIB a crescer, no conjunto da

Zona, 2,6% - contra 2,8% no ano anterior -, o que se explica essencialmente pelo menor

crescimento da economia alemã (2,4% em 2007 contra 2,9% em 2006). Nas outras

maiores economias da Zona, o ritmo de expansão sofreu apenas um pequeno

afrouxamento: França de 2,0% para 1,9%, Itália de 1,9% para 1,7% e Espanha de 3,9%

para 3,7%.

No conjunto das economias emergentes o crescimento manteve-se forte em 2007,

atingindo 7,8%, nível comparável ao do ano anterior, destacando-se uma vez mais a China,

com uma expansão de 11,4%, contra 11,1% em 2006.

Apesar de no conjunto de 2007 o crescimento económico global ter sido ainda bastante

expressivo, na evolução do quarto trimestre foram já manifestos os efeitos da crise,

verificando-se fortes desacelerações, nomeadamente nos EUA e em alguns países da Zona

Euro, havendo o receio de que a economia americana entre em recessão, provocando uma

quebra acentuada no crescimento a nível global.

As previsões para a economia mundial em 2008 estão rodeadas de apreciável grau de

incerteza, mas muito provavelmente deverá ocorrer uma significativa retracção do

crescimento global, o qual deverá cair para cerca de 4%.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 14

2007 2008Estimativa Previsão

Países Desenvolvidos 2,5 3,0 2,6 1,8 EUA 3,1 2,9 2,2 1,5

Japão 1,9 2,4 1,9 1,5

Zona Euro 1,5 2,8 2,6 1,6

Países em Desenvolvimento 7,0 7,7 7,8 6,9

Brasil 2,9 3,7 4,4 4,0

Índia 9,0 9,7 8,9 8,4

China 10,4 11,1 11,4 10,0

Rússia 6,4 6,7 7,0 6,5

Economia Mundial 4,8 5,0 4,9 4,1

Δ% Comércio Mundial 7,5 9,2 6,6 6,7

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Out. 2007 e Update Jan.2008

Evolução da Economia MundialTaxas de crescimento Δ% PIB

2005 2006

As expectativas negativas para a economia americana em 2008 advêm da quebra do

mercado imobiliário – já esperada, residindo as incertezas apenas no seu ritmo, extensão e

profundidade –, a qual foi exacerbada pela excessiva expansão dos empréstimos para

compra de habitação a clientes de alto risco (os chamados empréstimos subprime), nos

quais as taxas de incumprimento subiram em flecha logo que a Reserva Federal – o banco

central americano – começou a ajustar em alta as taxas de juro, e que os mutuários

deixaram de beneficiar das prestações suaves estabelecidas para o início da vida dos

empréstimos. Esta situação criou desde logo dificuldades às instituições financeiras que

tinham entrado nesse segmento de risco, e sobretudo àquelas que nele mais se tinham

envolvido. Segundo algumas estimativas, os empréstimos subprime representavam em

2006 cerca de 20% do valor total dos créditos à habitação nos EUA.

A queda brusca e acentuada de todo o mercado de subprime, e do mercado imobiliário

americano no seu conjunto, afectou o conjunto do sistema bancário – e não apenas nos

EUA – em virtude da prática generalizada da titularização dos empréstimos hipotecários,

incluindo os créditos subprime, e da inclusão posterior dos títulos assim criados em

estruturas de investimento complexas, que subitamente começaram a ser evitadas pelos

investidores, originando dificuldades de refinanciamento dessas estruturas, como mais

adiante se comenta.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 15

Este processo originou perdas significativas para os principais bancos americanos e também

europeus e de outros países, perdas que afectaram de modo muito negativo as suas contas

no terceiro e quarto trimestres de 2007.

A crise do imobiliário está a atingir, entretanto, outros sectores da economia americana,

dado o efeito multiplicador do imobiliário, o que deverá implicar uma redução do

investimento empresarial e do consumo dos particulares. Este factor, associado a maiores

restrições no acesso ao crédito, cria um clima pouco propício ao crescimento económico nos

EUA.

A situação económica e financeira da América está por sua vez ainda condicionada pelos

elevados défices das contas públicas e das relações comerciais com o exterior, o que,

conjuntamente com a deterioração das expectativas económicas e a redução das taxas de

juro, está a pressionar o valor do dólar no sentido da baixa.

No caso do Japão, a redução das taxas de crescimento projectadas reflecte o menor

crescimento do comércio mundial e uma relativa apreciação do iéne – retirando alguma

competitividade às exportações nipónicas.

Como já se disse, é nas economias emergentes que continua a verificar-se o maior

dinamismo, o que contribuirá para suportar o crescimento do produto a nível global. No

entanto, mesmo nesses países, o efeito da retracção não deixará naturalmente de se fazer

sentir, dado que dependem ainda muito das exportações. A economia chinesa,

nomeadamente, deverá crescer em 2008 cerca de 10%, contra a anterior previsão de

10,5%, verificando-se igualmente ajustamentos em baixa nas outras principais economias

em desenvolvimento.

No que se refere à Zona Euro, a redução projectada para o seu crescimento reflecte o

efeito adverso, a prazo, da valorização do euro e do menor crescimento americano nas

exportações europeias, e também as condições menos favoráveis de acesso ao crédito que

se traduzirão, a nível interno, em menor dinamismo do investimento empresarial e das

despesas de consumo.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 16

Evolução das Cotações EUR/USD; EUR/JPY; EUR/CNY (base 100 a 01/01/2007)

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104

106

108

110

112

114

01-01-2007 10-02-2007 22-03-2007 01-05-2007 10-06-2007 20-07-2007 29-08-2007 08-10-2007 17-11-2007 27-12-2007

EUR/USD EUR/JPY EUR/CNY

Nota: A subida das curvas corresponde a apreciação do Euro

Apesar do abrandamento no crescimento económico europeu, a situação mantém-se mais

favorável do que a verificada no início da década, o que tem permitido a redução

progressiva da taxa de desemprego na Zona Euro. As perspectivas para a Zona poderão

porém tornar-se mais problemáticas, caso se intensifique a apreciação que o euro tem

vindo a registar contra as outras principais divisas, e em especial em relação ao dólar, o

que naturalmente prejudica a competitividade dos bens e serviços da Zona em relação aos

concorrentes de outras áreas monetárias.

2007 2008Estimativa Previsão

Zona Euro 1,5 2,8 2,6 1,6

Alemanha 0,8 2,9 2,4 2,0

França 1,7 2,0 1,9 2,0

Itália 0,1 1,9 1,7 1,3

Espanha 3,6 3,9 3,7 2,7

Portugal 0,3 1,3 1,9 2,2 (*)

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Out. 2007(*) OGE

Evolução da Economia EuropeiaTaxas de crescimento Δ% PIB

2005 2006

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 17

Dos grandes países da Zona Euro, porém, o que deverá registar maior quebra no seu

crescimento é a Espanha, admitindo-se que o produto interno aumente apenas 2,7% em

2008 (uma baixa de 0,7 p.p. em relação à previsão de Julho) contra 3,7% em 2007.Como

se sabe, a Espanha cresceu a taxas sempre superiores a 3% ao longo de quase uma

década. Estas perspectivas menos favoráveis para a economia do país vizinho decorrem da

situação do seu mercado imobiliário, no qual se observa um vasto excesso de oferta, que

poderá conduzir a uma forte correcção dos preços. Refira-se que o imobiliário, fruto da

expansão dos últimos anos, representa cerca de 18% do PIB espanhol.

A evolução da economia mundial em 2008 pode vir a sofrer uma retracção mais forte do

que o previsto, se perdurarem as condicionantes negativas decorrentes da crise financeira,

o que conduziria a uma deterioração das expectativas e a condições de financiamento mais

restritivas e onerosas para os agentes económicos. Há concretamente o perigo de uma

recessão nos EUA, o que levou as autoridades deste país a anunciarem um pacote de

medidas fiscais para o relançamento da economia, que se somam às medidas na esfera

monetária que o Fed tem vindo a adoptar, referidas mais adiante.

Por outro lado, persistem grandes desequilíbrios nas contas externas de vários países com

peso no comércio internacional, coexistindo o já referido défice da balança de transacções

correntes dos EUA com os enormes excedentes da China – que tem acumulado elevadas

reservas externas – e de outros países, nomeadamente os exportadores de petróleo. Esta

situação, além de criar uma conjuntura de instabilidade cambial, pode dar azo a

perturbações adicionais no mercado financeiro e favorecer o surgimento de reacções

proteccionistas, sobretudo num contexto económico global de cariz recessivo.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 18

Evolução do Preço de Petróleo

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

01-01-2007 10-02-2007 22-03-2007 01-05-2007 10-06-2007 20-07-2007 29-08-2007 08-10-2007 17-11-2007 27-12-2007

USD

Evolução do Preço de Produções Agrícolas (base 100 a 01/01/2007)

80

100

120

140

160

180

200

01-01-2007 10-02-2007 22-03-2007 01-05-2007 10-06-2007 20-07-2007 29-08-2007 08-10-2007 17-11-2007 27-12-2007

%

Trigo Milho Soja

A volatilidade do preço do petróleo, que nesta altura1 anda pelos 90 dólares por barril, é

outro elemento crítico da presente conjuntura internacional, quer pelo efeito adverso que

pode ter no próprio crescimento, quer pelo seu impacto inflacionista. A recente subida dos

alimentos, resultante da utilização de milho e outros produtos alimentares para a produção

de bio-combustível e do mau ano agrícola em certas partes do globo, constitui outro factor

de risco para a estabilidade dos preços, o mesmo sucedendo com a alta dos preços de

outros materiais estratégicos.

1 Final de Janeiro de 2008

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 19

A inflação manteve-se porém contida durante 2007 nas principais economias desenvolvidas,

situando-se, em média anual, quer nos EUA quer na Zona Euro, em cerca de 2%, sendo

que nesta última a apreciação do euro tem contribuído para amortecer o impacto da subida

do petróleo e de outras matérias primas, cujos preços são expressos em dólares. No

entanto, a evolução mais recente suscita algumas preocupações. Na Zona Euro, a inflação

mensal, que em Outubro já atingira 2,6%, subiu em Janeiro de 2008 para 3,2%, nível

bastante acima do objectivo declarado pelo BCE, que é o de manter a taxa de inflação

ligeiramente abaixo de 2%.

2. Economia Portuguesa

O crescimento estimado para a economia portuguesa em 2007 é da ordem de 1,9%,

estando em linha com as previsões oficiais e dos diversos analistas, esboçando-se assim

uma ligeira retoma que, de acordo com as previsões do Governo, se intensificaria em 2008,

ano em que o PIB poderia crescer 2,2%. A crise internacional, e o seu possível impacto,

tem levado no entanto os principais analistas, e o próprio Banco de Portugal, a considerar

como pouco provável um crescimento acima de 2%, sendo mesmo de admitir, num cenário

agravado, que possa ser significativamente inferior.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 20

Portugal versus Zona Euro - Crescimento do PIB -

0,4

1,1

0,3

1,3

1,9 2

0,9

0,5

2,1

1,3

2,42,6

1,6

-0,1

2002 2003 2004 2005 2006 2007(E) 2008(P)

Portugal

Zona Euro

O crescimento verificado em 2007 foi essencialmente suportado pelo comportamento

positivo das exportações que registaram uma expansão muito apreciável (+7%) na

sequência do surpreendente aumento de 2006 (+9,1%). Nos últimos meses do ano,

verificou-se porém um marcado abrandamento, devido essencialmente ao crescimento mais

lento das economias que constituem os principais mercados da nossa exportação, e

também à subida do euro, sendo Portugal um dos países da Zona cujas exportações são

mais adversamente afectadas pela subida da moeda europeia. Em especial, os sectores de

exportação mais expostos à concorrência dos produtos provenientes dos países

emergentes, com baixos custos de produção, são bastante penalizados por disporem de

reduzida margem de manobra para ajustar os preços.

Como as importações cresceram em 2007 a ritmo inferior (4,1%) ao das exportações, o

contributo da procura externa líquida para a expansão do PIB voltou a ser positivo, como já

ocorrera em 2006 (+0,6% em 2007 contra +1% em 2006).

Contrariamente, porém, ao que sucedeu em 2006, o contributo da procura interna para o

crescimento do PIB em 2007 foi mais significativo, superando o impacto da procura externa

líquida.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 21

Essa evolução da procura interna beneficiou, em 2007, de um comportamento mais

favorável da formação bruta de capital fixo, que cresceu 2,6%, depois de vários anos de

variação negativa. Tal recuperação esteve ligada a alguma reanimação do investimento

empresarial, embora concentrada essencialmente na construção e material de transporte

(aéreo). Naturalmente que o investimento empresarial é a variável chave para a retoma, a

qual não estará consolidada enquanto esta componente do PIB não ganhar nova dinâmica.

O investimento das famílias em habitação teve um crescimento praticamente nulo, o

mesmo se passando com o investimento público, afectado pela política de contenção do

défice do Estado.

2007 2008Estimativa Previsão

Consumo Privado 1,8 1,1 1,2 1,1

Consumo Público 1,9 -0,3 0,0 0,0

Form.Bruta Cap.Fixo -2,7 -2,0 2,6 3,3

Exportações 0,9 9,1 7,0 4,9

Importações 1,7 4,2 4,1 2,9

PIB 0,3 1,3 1,9 2,0

Procura Interna 0,7 0,3 1,3 1,5

Procura Externa 0,4 1,0 0,6 0,5

Fonte: Banco de Portugal, Boletim Económico, Inverno 2007

Contributos % Δ PIB

Evolução da Economia PortuguesaTaxas de crescimento Δ% PIB

2005 2006

O papel que tem cabido ao consumo das famílias, ao longo dos últimos anos, como

sustentáculo do nível de actividade económica, está neste momento em grande medida

esgotado, face ao elevado nível de endividamento dos particulares, mas esta componente

da procura interna ainda apresentou, no entanto, um crescimento significativo em 2007,

embora com desaceleração na parte final do ano.

Já no tocante ao consumo público, e tal como sucedeu com o investimento estatal, as

medidas no domínio da política orçamental traduziram-se na estagnação, em termos reais,

dessa rubrica da despesa interna.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 22

Fruto do reduzido crescimento da actividade económica, o desemprego em Portugal

situava-se em finais de 20072 em torno de 8,1%, o que constitui um agravamento em

relação a 2006 e coloca o nível do desemprego em Portugal acima da média da Zona Euro

e da União Europeia no seu conjunto. A redução do desemprego em termos significativos

exigirá a manutenção, por vários anos, do crescimento económico em pelo menos 2,5% ao

ano. Especialmente preocupante é o facto de o desemprego de longa duração (de um ano

ou mais) se manter elevado, representando agora praticamente metade do total, contra

37% em 2002.

O nível da inflação (preços no consumidor) em 2007 rondou, em média anual, 2,5%, nível

que se situa acima do registado no conjunto da Zona Euro. Na conjuntura actual, a

evolução desta variável está marcadamente influenciada pela volatilidade do preço de

matérias-primas estratégicas, como o petróleo, metais industriais e produtos alimentares

básicos. Naturalmente, a apreciação do euro age como factor de atenuação das pressões

inflacionistas, mas não tem impedido o surgimento de picos altistas nos últimos meses e

uma gradual escalada nos preços.

O crescimento do PIB em 2007, em conjunto com a maior eficácia da máquina fiscal e com

o esforço de contenção das despesas públicas, e ainda algumas medidas adoptadas pelo

Governo com incidência orçamental, bem como as receitas das privatizações – 1.205

milhões de euros – permitiram, segundo as declarações oficiais, reduzir o défice do sector

público para menos de 3%, limite estabelecido no Pacto de Estabilidade e Crescimento, que

Portugal passou assim a cumprir. O peso do défice em relação ao PIB fora de 3,9% em

2006. Para a redução do défice do sector público em percentagem do PIB foi porém

especialmente importante o crescimento das receitas fiscais (em 9,2%) e a melhoria nas

contas da Segurança Social, resultante da redução nos pagamentos do subsídio de

desemprego e de menores encargos com reformas.

2 Novembro

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 23

Défice Público em % do PIB

-6,0%

-3,9%

-3,0%-2,4%

-1,5%

2005 2006 2007 (E) 2008 (P) 2009 (P)

Paralelamente, e na mesma linha, o peso da dívida pública no PIB também se reduziu –

pela primeira em vários anos – situando-se em 64,4% (diminuição de 0,4 pontos

percentuais em relação ao nível anterior).

Como já se referiu, as perspectivas para a evolução da economia portuguesa em 2008

estão condicionadas pela crise internacional, que tenderá a provocar uma desaceleração no

crescimento dos países que constituem os principais mercados da nossa exportação, pela

apreciação do euro em relação ao dólar e outras divisas, e também – aspecto que pode

revestir-se de grande relevância – pela possível quebra abrupta da dinâmica da economia

espanhola, perante o risco de ocorrer uma situação de crise no seu sector imobiliário.

O crescimento do PIB em Portugal pode assim ficar aquém das previsões formuladas no

âmbito do OGE para 2008, no qual o Governo antevia a redução do défice público para

2,4% do PIB, no seguimento de uma trajectória visando eliminar o défice em 2010. De

acordo com o cenário apresentado para a projecção das contas públicas, esta evolução

seria consentânea com alguma descompressão da despesa pública, quer de investimento,

quer de consumo. O contributo das receitas de privatizações para a melhoria do défice seria

da ordem de 760 milhões de euros, inferior ao registado em 2007.

O modesto crescimento previsto para a economia portuguesa para 2008 não é de molde a

permitir qualquer recuperação sensível na taxa de desemprego, que deverá manter-se

elevada. No respeitante à inflação, a pressão dos preços de matérias primas básicas e

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 24

estratégicas (petróleo, cereais, metais, …), que se fez sentir em 2007, poderá

eventualmente esbater-se, em virtude da desaceleração do crescimento mundial, o que, em

combinação com a força da moeda europeia, também contribuirá para uma moderação da

alta de preços na economia nacional (à semelhança do que se espera para a Zona Euro no

seu conjunto).

3. Mercados Financeiros – Perspectivas

A situação actual nos mercados financeiros continua fortemente marcada pela crise

iniciada nos EUA no sector do crédito imobiliário subprime, a qual se estendeu a todo o

sistema financeiro internacional, dada a existência de factores de contágio facilitados pelo

processo de globalização dos mercados e pelas sofisticadas inovações financeiras dos

últimos anos.

O longo período de baixas taxas de juro nos EUA, onde os fundos federais se mantiveram

abaixo de 2% durante vários anos, chegando ao nível de 1% entre Junho de 2003 e Maio

de 2007, período a que se seguiu um processo muito gradual de subidas, com

ajustamentos sucessivos de 0,25 pontos percentuais, criou um clima económico propício à

valorização dos activos imobiliários, o que por sua vez originou uma forte apetência pelo

crédito para a compra de habitações.

A esta apetência corresponderam os bancos expandindo o crédito hipotecário, conduzindo a

uma forte sustentação da procura de casas de habitação, o que contribuiu por sua vez para

inflacionar ainda mais o valor dos activos imobiliários e, através de um círculo vicioso,

formar uma bolha especulativa.

No processo de expansão do crédito à habitação, os bancos abriram-se a novos segmentos,

aligeirando os seus critérios de elegibilidade e criando modalidades de crédito que

comportavam um menor esforço para o cliente na fase inicial da vida do empréstimo.

Estava criado o fenómeno dos créditos subprime. Foram mesmo constituídas algumas

sociedades que se especializaram nestes créditos, e alguns grandes bancos criaram

unidades para o mesmo efeito, ou tomaram participações nas entidades especializadas.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 25

A crise dos subprime manifestou-se quando os níveis de incumprimento aumentaram

abruptamente, em virtude da subida das taxas de juro, tornando o serviço da dívida mais

pesado para os clientes, que viram as suas prestações adicionalmente oneradas por terem

terminado as condições suaves e aliciantes do início da vida dos empréstimos. Ao contrário

do que é comum com a maioria dos créditos à habitação nos EUA, que são em geral de

taxa fixa, os empréstimos subprime utilizavam predominantemente taxas indexadas.

A crise do subprime ficaria, no entanto, limitada aos EUA, sendo o seu impacto na

conjuntura económica e financeira mundial apenas indirecto – através da retracção que a

rotura da bolha especulativa imobiliária induziria no crescimento da economia americana –

se não fosse o papel da globalização e das inovações financeiras dos últimos anos, que

fizeram alastrar os efeitos dessa crise a um grande número de países e a todos os

mercados financeiros em geral.

Um veículo importante para o processo de contágio foi a grande expansão e carácter quase

generalizado que assumiu a titularização de créditos, processo pelo qual as entidades que

concedem os empréstimos originais se refinanciam periodicamente, através da titularização

desses empréstimos, junto de bancos de investimento, que repassam os títulos assim

criados a diferentes tipos de investidores. Ora, os empréstimos subprime foram também

objecto de operações de titularização.

Uma vez que os títulos que representavam ou incorporavam empréstimos subprime eram

por sua vez usados, juntamente com títulos de outra natureza, na construção de estruturas

de investimento complexas, estas estruturas foram contaminadas pelos índices de

incumprimento dos empréstimos subprime, criando grande incerteza e retracção no

mercado, e relutância dos investidores em continuarem a refinanciá-las. Mesmo as

estruturas em que não havia qualquer componente de subprime foram afectadas, face à

desconfiança que se criou no seio dos investidores.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 26

Financiando-se essas estruturas no mercado de papel comercial, esta situação deu origem à

quase secagem desse mercado, e também paralisou o mercado para as operações de

titularização, criando problemas às instituições mais dependentes do mercado de capitais

para o refinanciamento da sua actividade creditícia e, por extensão, criando uma crise de

liquidez sem precedentes no sector interbancário. Numa atitude generalizada de fuga ao

risco, os investidores passaram a canalizar os seus recursos quase exclusivamente para a

compra de obrigações do Tesouro, que se valorizaram fortemente no período, caindo em

desfavor as outras alternativas de aplicação, independentemente do rating das emissões, já

que a crise afectou também a credibilidade das notações de rating. Este mesmo processo

conduziu à subida do preço do ouro para os níveis mais altos dos últimos 25 anos (quase

9003 USD a onça troy).

Os bancos centrais, na Zona Euro e nos EUA, tiveram de intervir massivamente nos

mercados, injectando liquidez para evitar a ruptura das liquidações interbancárias. No Reino

Unido, como se sabe, a não disponibilização, durante algum tempo, deste mesmo tipo de

facilidades, conduziu à primeira corrida a um banco, nesse país, desde 1866.

A situação de tensão que assim se criou, conduziu a uma forte subida das taxas de juro no

mercado interbancário – ou seja, na Zona Euro, da Euribor. A Euribor para tomada de

fundos overnight chegou a 4,8% no dia 8 de Agosto 4 – quando a crise se declarou na

Europa – e, após a intervenção do BCE no dia seguinte, as taxas Euribor a 3 meses

mantiveram-se durante semanas a fio em quase 4,8%, chegando mesmo a passar durante

algum tempo dos 4,9%. O normal seria, com as taxas directoras do BCE em 4%, que

rondassem os 4,2%. Nestas circunstâncias, como seria de esperar, o BCE manteve, durante

o resto de 2007, as suas taxas de refinanciamento em 4%, interrompendo o ciclo de

subidas que vinha prosseguindo. A Reserva Federal americana (Fed), por sua vez, sentiu

ser necessário, para tentar inflectir a crise, reduzir em 0,5 p.p. a sua principal taxa de

referência – a taxa dos fundos federais –, baixando-a em Setembro de 5,25% para 4,75%,

e em Outubro voltou a descê-la para 4,5%. Já anteriormente tinha disponibilizado fundos

aos bancos, através da “janela” de desconto, raramente usada, de forma a proporcionar ao

sistema a liquidez necessária. Entretanto, no final de Janeiro de 2008, o Fed efectuou uma

3 Final de Janeiro 2008 4 O normal, face ao nível das taxas directoras do BCE, seria que estivesse próximo de 4%.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 27

nova descida da taxa dos fundos federias, primeiro para 3,75% e depois para 3,0%, o que

se traduziu numa redução invulgarmente forte (- de 1,25 p.p. em cerca de uma semana),

reflectindo o grau de preocupação das autoridades perante as perspectivas de uma

recessão nos EUA.

A situação nos mercados mantém-se complexa, e agudizou-se de modo manifesto com a

aproximação do final do ano, levando as taxas do mercado interbancário a atingir novos

máximos. Os bancos centrais da Zona Euro, dos EUA e do Reino Unido, entre outros,

decidiram neste contexto proceder a uma injecção massiva e concertada de liquidez no

mercado, a que se seguiram novas operações similares, nomeadamente por parte do BCE.

Estas intervenções trouxeram alguma calma ao mercado interbancário, mas os bancos mais

dependentes dos mercados de capitais para o seu financiamento continuam a enfrentar

dificuldades na obtenção de financiamentos de médio prazo, o que cria condicionantes à

sua actividade, estando os bancos centrais a substituir-se aos mercados no financiamento

dos bancos.

Evolução das Taxas Directoras da Zona Euro e dos EUA e Evolução da Euribor 3M

1,75

2,25

2,75

3,25

3,75

4,25

4,75

5,25

01-07-2005 22-09-2005 14-12-2005 07-03-2006 29-05-2006 20-08-2006 11-11-2006 02-02-2007 26-04-2007 18-07-2007 09-10-2007 31-12-2007

%

FED FUNDS BCE (TAXA REDESCONTO) EUR 3M

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 28

Evolução dos Principais Índices Accionistas (base 100 a 01/01/07)

80

90

100

110

120

01-01-2007 10-02-2007 22-03-2007 01-05-2007 10-06-2007 20-07-2007 29-08-2007 08-10-2007 17-11-2007 27-12-2007

PSI 20 DJ Euro STOXX 50 NIKKEI 225 DJIA

Esta perturbação nos mercados bancários teve naturalmente reflexo nos mercados

bolsistas, assistindo-se, em algumas sessões, a quebras bruscas no valor das acções de

importantes bancos, a que se sucediam recuperações noutras sessões, embora, em termos

líquidos, o valor da capitalização bolsista das principais instituições tenha registado fortes

descidas em relação aos valores do período que precedeu a crise. Para além das

instituições financeiras, foram fortemente penalizadas as cotações das acções das empresas

do sector imobiliário. Excluindo o impacto nestes sectores, esta crise, no entanto, e ao

contrário de outras que se registaram no passado, não teve inicialmente um impacto muito

marcado nas bolsas, centrando-se antes nos mercados monetários, pelo que os índices dos

principais mercados continuaram a evidenciar ganhos em relação aos níveis do início do

ano, apesar da queda do valor das acções de algumas das principais instituições financeiras

a nível internacional. No entanto, com o agudizar da crise e com o anúncio de perdas

brutais em grandes bancos internacionais decorrentes das suas exposições aos créditos

subprime, as bolsas afundaram-se preocupantemente, registando-se em particular, nas

primeiras semanas de 2008, quedas abruptas nas acções de numerosas empresas,

alargando-se esse processo a novos sectores da economia – e já não apenas bancos e

imobiliárias.

Admite-se como cenário mais provável que a situação nos mercados monetários continue

particularmente tensa, e que só paulatinamente a situação se normalize ao longo do

primeiro semestre de 2008, desde que não se verifique a entrada em recessão da economia

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 29

dos EUA, que teria sérias repercussões negativas a nível mundial. A verificar-se essa

recessão, a diluição da crise será naturalmente mais prolongada e difícil e poderá rodear-se

de aspectos preocupantes. Neste contexto, a ocorrência ou revelação de qualquer novo

facto grave, que constitua um choque para os mercados, poderá ter consequências

imprevisíveis.

Neste ambiente, não é, naturalmente, de prever que o BCE retome proximamente o ciclo

de subida das taxas de juro. Com efeito, a situação de crise no mercado bancário mantém-

se e, além disso, do outro lado do Atlântico a Reserva Federal já reviu, de novo, as suas

taxas em baixa. Assim, uma subida da taxa do BCE iria acentuar ainda mais a pressão para

a valorização do euro em relação ao dólar americano, intensificando a actual instabilidade

cambial, que constitui outro dos ingredientes da presente crise financeira, porventura com

impacto mais directo e mais imediato na economia real da Zona Euro do que a crise do

crédito. Na verdade, pode mesmo considerar-se como provável que o BCE venha a sentir

necessidade de reduzir as suas taxas directoras, se a ameaça à estabilidade económica na

Zona Euro se tornar manifesta.

O eventual surgimento de pressões inflacionistas, decorrentes da subida do preço do

petróleo e dos produtos alimentares de base, viria tornar a situação mais complexa, e

colocaria o BCE e as outras autoridades monetárias perante um grande dilema na escolha

das suas opções políticas.

4. Evolução e Perspectivas do Mercado Bancário

O facto mais saliente no comportamento do mercado bancário em 2007 foi a evolução do

crédito a empresas5, que confirmou a recuperação que vinha a constatar-se nesse agregado

desde finais de 2005.

5 Sociedades não financeiras, na terminologia das estatísticas do Banco de Portugal.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 30

2003 2004 2005 2006 2006 2007

Dez Dez Dez Jun Dez Nov

Crédito a Empresas (**) 2,7 2,5 5,0 6,7 7,1 10,4

Crédito à Habitação 11,8 10,5 11,1 10,8 9,9 8,6

Crédito Pessoal (Consumo,…) 2,4 4,4 4,5 6,9 10,1 10,9

(*) Com base nos saldos médios ajustados de operações de t itularização.(**) Sociedades não financeirasFonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Janeiro 2008.

Evolução dos Agregados de Crédito no Sistema BancárioVariação Homóloga em % (*)

Com efeito, o crédito a empresas (saldo médio da carteira) cresceu em Novembro de 2007,

em termos homólogos, 10,4%, o que constitui uma aceleração nítida em relação ao ritmo

de expansão observado em Dezembro de 2006 (+7,1%) e em Junho desse mesmo ano

(+6,7%), e contrasta de modo bem manifesto com os modestos níveis de crescimento que

se observaram nesse agregado em 2003 e 2004.

Esta evolução permitiu que, nos últimos meses, se interrompesse a tendência de o crédito

sobre empresas perder continuamente peso relativo em favor do crédito a particulares no

conjunto do crédito concedido pelo sector bancário.

É sobretudo a retracção observada na variação dos saldos de crédito à habitação que

explica a menor expansão em termos relativos do crédito a particulares.

Com efeito, o crescimento do crédito à habitação tem vindo a declinar continuamente

desde o final de 2005, quando crescia ainda a um ritmo de mais de 11% ao ano. Em finais

de 2007, a taxa de crescimento já se reduzira para 8,6%, evidenciando um declínio mensal

contínuo.

O menor dinamismo do crédito à habitação explica-se, em parte, pela subida das taxas de

juro de referência que torna as prestações mais onerosas, mas poderão ser factores

igualmente importantes a maior incerteza das famílias portuguesas face à evolução da

economia e o seu nível de endividamento já consideravelmente elevado.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 31

2003 2004 2005 2006 2006 2007

Dez Dez Dez Jun Dez Nov

Depósitos até 2 anos 2,04 2,04 2,06 2,22 2,72 3,45Crédito a Empresas 4,38 4,31 4,41 4,88 5,39 6,10Crédito à Habitação 3,84 3,78 3,73 4,22 4,79 5,45Crédito Pessoal (Consumo,…) 7,79 7,60 7,68 8,01 8,07 8,73

Fonte: Ibid.

Nível de Taxas de Juro Médias no Sistema Bancário

Tal situação não impede, porém, que continue a verificar-se, embora com alguma

desaceleração, um forte ritmo de crescimento no crédito pessoal para consumo (e outros

fins), cujo saldo médio no sistema bancário em 2007 evidenciou uma variação de quase

11%.

Estes ritmos de aumento do crédito ao consumo contrastam fortemente com a situação que

se registava até 2005, em que as taxas de variação eram bem mais modestas, ficando

muito longe das que ocorriam no crédito à habitação, e podem reflectir um efeito de oferta.

Ou seja, foi o facto de os bancos terem direccionado as suas campanhas de marketing para

este produto, que originou a expansão que o crédito ao consumo tem evidenciado no

período mais recente. No entanto, o crédito ao consumo continua a representar apenas

uma pequena parcela do endividamento dos particulares face ao sistema financeiro, ficando

o seu peso no total muito aquém do que regista o crédito à habitação.

No respeitante à evolução do nível médio das taxas de juro, verifica-se, como aspecto de

maior destaque, que as taxas dos depósitos (até 2 anos) têm vindo ultimamente a

acompanhar, ou até – mais recentemente – a ultrapassar, a evolução das taxas médias do

crédito, o que contrasta com a situação que se verificava até perto do final de 2006, em

que a evolução das taxas dos depósitos (nível médio) ficava abaixo da das taxas do crédito.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 32

Crédito a EmpresasCrédito à HabitaçãoCrédito Pessoal (Consumo,…)Depósitos até 2 anos

Evolução Comparativa das Taxas de Juro

Dez 03 – Jun 06

30 meses

Jun 06 – Jun 07 Jun 07 – Nov 07

12 meses 5 meses

+ 0,18+ 0,22

+ 0,83+ 0,89+ 0,56

Médias dos Depósitos e do Crédito no Sistema Bancário(∆ p.p.)

+ 0,82

+ 0,39+ 0,34+ 0,16+ 0,41

+ 0,50+ 0,38

Esta situação tem naturalmente a ver com a intensificação da concorrência interbancária na

área da captação de recursos, com algumas instituições, em resultado da sua situação de

liquidez, a oferecerem, por sistema, níveis de remuneração elevados, mas é também o

reflexo de a concorrência, no lado do crédito, ter reduzido acentuadamente os spreads.

Este último aspecto parece porém estar a sofrer uma inflexão, dado que as taxas médias

dos diferentes tipos de crédito registaram significativas subidas nos últimos meses do ano.

Os valores relativos à evolução dos agregados de crédito e níveis da taxa de juro acima

apresentados já espelham, naturalmente, os efeitos da actual crise financeira no mercado

bancário português.

Com efeito, a subida abrupta das taxas de juro interbancárias que se verificou a partir do

início de Agosto de 2007, está a reflectir-se em todas as taxas bancárias, activas e passivas,

pelo que o seu nível médio subiu significativamente nos últimos meses do ano.

No tocante à evolução do crédito, é de esperar uma desaceleração, dado que a crise que se

manifesta no mercado interbancário obriga os bancos a seguirem uma gestão de liquidez

particularmente rigorosa, o que se traduzirá nalguma contenção na actividade creditícia.

Esta mesma circunstância já contribuiu, como referimos acima, para esbater

temporariamente a tendência para o esmagamento dos spreads, ao aliviar a pressão

concorrencial entre as instituições na área do crédito.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 33

Em contrapartida, é de esperar que continue a forte concorrência na captação de recursos,

pois as diferentes instituições financeiras vão procurar reforçar a sua base de depósitos, a

fim de diminuírem a dependência do mercado de capitais.

Os elementos ainda pouco consistentes de que nesta altura se dispõe sobre a evolução do

crédito vencido no sistema bancário, sugerem que, apesar de algum agravamento – fruto

da fraca expansão da economia, da subida dos juros e do nível de endividamento dos

particulares e empresas –, se mantém em níveis relativamente baixos.

É de esperar, no entanto, que a crise financeira venha também a ter impacto no crédito

vencido, por efeito de um maior agravamento das taxas de juro, e também porque as

instituições bancárias vão mostrar menor disponibilidade para refinanciarem os seus

clientes menos interessantes, reservando os seus recursos para os melhores clientes.

O Crédito Agrícola – que, ao contrário da maioria das instituições, se encontra numa

situação muito confortável de liquidez -, deve seguir este processo com particular atenção e

adequada avaliação dos riscos, pois é natural que os clientes preteridos das restantes

instituições tendam a procurar obter, com insistência crescente, financiamentos no nosso

Grupo.

Em conclusão, podemos antever que a actual crise implica para o Crédito Agrícola:

Maior folga no lado do crédito, com atenuação da concorrência nos spreads, e

surgimento de oportunidades de negócio, exigindo no entanto uma avaliação dos

riscos especialmente rigorosa.

Intensificação da pressão concorrencial na captação de recursos, sendo importante,

nesta conjuntura, preservarmos os nossos melhores clientes, mesmo com alguns

sacrifícios na rentabilidade.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 34

II. EVOLUÇÃO DA CAIXA CENTRAL

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 35

Referência Introdutória

A Caixa Central registou em 2007 o quinto exercício consecutivo com resultados positivos

significativos, tendo em paralelo, nesse período, continuado a política de reforço de

provisões prudenciais, visando a consolidação financeira da Instituição.

Esta orientação reveste-se naturalmente da máxima importância, dadas as funções

nucleares que cabem à Caixa Central no quadro do Grupo Crédito Agrícola e do SICAM.

A política de provisionamento seguida permitiu à Caixa Central atingir, em finais de 2007,

um nível de provisões específicas para crédito e riscos relacionados, de quase 300% do

valor do crédito vencido a mais de 90 dias, nível de cobertura que sobe para cerca de

348% quando se considera a totalidade das provisões disponíveis para fazer face ao risco

de crédito.

Pode concluir-se, em suma, que em virtude da evolução positiva da sua exploração e da

política prudencial adoptada, a Caixa Central dispõe de uma margem acrescida para fazer

face a riscos e situações de contingência.

A par da prossecução da consolidação financeira, o exercício de 2007 fica assinalado pela

continuação do processo de reestruturação e de reorganização da Caixa Central, em que

avultaram os trabalhos relacionados com a preparação da instituição e do Crédito Agrícola

para o novo enquadramento de Basileia II.

Avançou igualmente em 2007 a preparação das condições para a dinamização da actividade

comercial da Caixa Central, com um nível de realização já significativo na área de

particulares e com o arranque, no final do ano, da área comercial de empresas.

Finalmente refira-se que o ano de 2007 foi o primeiro exercício de aplicação das NCA, facto

que cria alguns condicionalismos na análise da evolução das condições de exploração na

comparação com o exercício findo.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 36

Factos mais Relevantes da Actividade da Caixa Central

O ano de 2007 foi assumido como o último ano do Programa de Modernização do Grupo

Crédito Agrícola, lançado há cerca de quatro anos com o objectivo de dotar o Grupo de

uma infra-estrutura organizacional e tecnológica que lhe permitisse encarar os desafios do

futuro com as mesmas ferramentas que os seus principais competidores.

Neste último ano, o Programa foi fortemente marcado pelo desenvolvimento de iniciativas

relacionadas com o vector de regulamentação, supervisão e controlo, com vista não só a

preparar o SICAM para a adaptação aos requisitos de Basileia II, como também retirar daí

os benefícios possíveis, e pelo início da aplicação das Normas Internacionais de

Contabilidade, que na versão NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas) entraram em vigor

em Janeiro de 2007.

No âmbito da Caixa Central, o Programa de Modernização abarca duas vertentes:

• O Programa de Desenvolvimento Organizacional e de Qualidade;

• O Programa Ruris +.

Neste contexto, o Programa de Desenvolvimento Organizacional e de Qualidade foi

em 2007 orientado à geração de valor através da optimização dos meios disponibilizados no

Programa Ruris+, tendo por principais vectores de actuação a melhoria da eficiência e

produtividade, o desenvolvimento do negócio, a gestão do risco e o cumprimento dos

requisitos regulamentares. São de se destacar as seguintes iniciativas:

Formalização, no Grupo CA, da função compliance;

Implementação da Função ALM – Gestão de Activos e Passivos, visando através de

um comité ALCO, uma gestão efectiva dos riscos inerentes à actividade de

intermediação financeira, em particular do risco de liquidez e do risco de taxa de

juro;

Concepção de Políticas e de Modelos de Gestão de Risco, cujo principal objectivo

nesta fase, foi o de promover a evolução dos processos da gestão do risco de

crédito, na prossecução das orientações oriundas do Comité de Basileia;

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 37

Criação do Middle-Office e Definição do Modelo de Balcão, projecto de importância

vital para suportar a expansão da rede da Caixa Central;

Segregação da Função Comercial de Empresas e Capacitação do Gabinete Comercial

de Empresas;

Operacionalização do Departamento de Títulos que veio permitir a manutenção no

Grupo da actividade de custódia de valores mobiliários, a gestão e manutenção das

emissões de títulos de investimento da Caixa Central, a supervisão da actividade de

transmissão e recepção de ordens de bolsa por conta de outrem e a função de

depositário dos Fundos de Investimento;

Desenho e Reengenharia de Processos da CCCAM, que teve em 2007 a sua fase de

desenho e mapeamento das principais áreas de Negócio, incluindo os processos em

modo de contingência;

Revisão do Modelo Organizacional de Referência para as CCAM, um projecto

interdepartamental desenvolvido ao longo do ano de 2007, que constitui a base da

evolução organizacional do grupo para 2008, respeitando as exigências

regulamentares decorrentes de Basileia II e da implementação do MAR – Modelo de

Avaliação de Riscos – do Banco de Portugal;

Reorganização do DCCC – Definição do Modelo, que tem por objectivo proceder a

uma reorganização da Função Contabilidade da Caixa Central, enquanto prestador

de informação financeira, orçamental e patrimonial de suporte à gestão;

Reorganização e Capacitação do DMEP – Departamento de Meios Electrónicos de

Pagamentos;

Reorganização e Capacitação do GCC – Gabinete de Canais Complementares;

Criação de um Gabinete especializado na recuperação de crédito em situação de

incumprimento ou com elevada probabilidade de incorrer nessa situação, em linha

com as melhores práticas do mercado, processo apoiado numa estruturação dos

princípios, condições e procedimentos a serem respeitados na recuperação judicial e

extra judicial deste tipo de crédito, de acordo com o novo paradigma.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 38

Quanto ao Programa Ruris+ destaca-se em 2007 a actividade da Caixa Central nos

seguintes projectos, em estreita articulação com o CA Serviços, e com as Caixas

seleccionadas para o respectivo acompanhamento:

Normas Internacionais de Contabilidade (como referido acima)

Plano de Continuidade de Negócio – Swift e Consolidação

Risco II – Propostas e Scoring de ENI’s, Crédito à Habitação e Cartões de Crédito

ALM – Infra-estrutura de Gestão de Activos e Passivos

Infra-Estrutura de Suporte ao Risco – Requisitos

On Line Empresas (Internet Banking)

Linha Directa 2

Elo – Cliente Grupo

Trevo +

Foram realizadas acções visando o início da expansão da rede de retalho da Caixa Central,

no âmbito da actividade da área comercial de particulares e procedeu-se ao arranque da

área comercial de empresas.

A actividade da Caixa Central foi ainda marcada pelo impacto das alterações estruturais

no mercado de pagamentos europeu com a criação da SEPA (Single Euro Payments

Area). O Crédito Agrícola, através da Caixa Central, foi um dos nove bancos que

participaram na avaliação preliminar que procurou identificar os impactos a nível do

Plano de Negócio e na vertente tecnológica.

Nesta área, destaque-se ainda o desenvolvimento da infra-estrutura tecnológica e

ligação à SIBS, para o Scheme Credit Transfer e participação do grupo restrito de

Bancos portugueses que procederam aos Testes com a EBA (Clearing House Pan-

Europeia).

O Crédito Agrícola participou ainda em dois estudos com a VISA PORTUGAL, no âmbito

das orientações da Comissão Europeia relativamente às Interchange Fees, procurando a

convergência do mercado português com os restantes países europeus.

Em 2007 continuou a dar-se particular ênfase à promoção de fusões de CCAM, como

veículo de consolidação económico-financeira e reorganização estrutural do SICAM, e já não

como uma mera forma de ultrapassar situações de desequilíbrio em algumas CCAM.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 39

Em termos de imagem, o Grupo Crédito Agrícola em 2007 deu continuidade ao processo de

evolução do posicionamento do Grupo, como uma Instituição moderna e próxima das

pessoas. O ano de 2007 foi o ano de consolidação da nova imagem do Crédito Agrícola,

tendo-se dado como concluído o processo de renovação da imagem corporativa, expressão

indispensável da evolução do Grupo.

Destaque-se ainda a Campanha de Nova Imagem dos Cartões, com ênfase na

inovação (Cartões Verticais), na segurança (Chip e Seguros) e outras vantagens (Programas

de Fidelização).

O Grupo Crédito Agrícola deu especial enfoque às parcerias com os Clientes, tendo para

isso levado a cabo o lançamento de vários cartões co-branded.

Ao nível do projecto pricing e margem complementar, realizou-se a Campanha de

Recuperação de Valor cujas acções conduziram a uma maior sensibilização do SICAM

para a temática do comissionamento, que se traduziu num aumento da eficácia de

cobrança média face ao período anterior.

A campanha multimédia “Regresso às Aulas”, com o objectivo principal de divulgar a

imagem institucional do Grupo junto do segmento Jovem, contou, pela primeira vez no

Crédito Agrícola, com a presença de uma figura pública.

Ao nível da oferta de produtos de recursos reforçámos a diversidade da nossa oferta de

soluções, através do lançamento do Fundo Especial de Investimento Raiz Valor Acumulado

– CA Rendimento Duplo 2007 e o CA TOP CAPITAL.

O desenvolvimento de novos canais complementares assumiu significativa importância,

destacando-se nesta área:

• O lançamento do Serviço On-Line Empresas, serviço de Internet Banking, com

características de segurança, adesão e funcionalidades próprias para o segmento;

• O Serviço Linha Directa transaccional, que veio permitir aos Clientes do Grupo CA,

aderentes ao Sistema MultiCanal, a realização de transacções financeiras às suas

contas, através de atendimento automático 24 h/dia, todos os dias do ano, e de

atendimento personalizado, de acordo com a sua preferência.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 40

Como resposta às mais variadas necessidades dos nossos Clientes foram criados novos

canais no Site do Crédito Agrícola, nomeadamente o CA Imóveis e a Sala de Imprensa.

Durante o ano de 2007 procurou-se ainda a dinamização comercial das representações

exteriores, nomeadamente as localizadas em países da União Europeia.

As Sucursais (SFE) do Grupo Crédito Agrícola (Cabo Verde e Madeira) continuaram a

afirmar-se como meios importantes na captação, diversificação, complementaridade e

competitividade do negócio direccionado para os não residentes.

De assinalar, a criação de uma sociedade com o objecto de gestão de activos, domiciliada

em Cabo Verde e que conta já com diversos projectos de gestão de fundos mobiliários e

imobiliários.

Ainda durante o ano de 2007, e com o intuito de desenvolver o negócio com o segmento da

imigração, a Caixa Central tornou-se Agente da empresa Western Union.

Procedeu-se ainda à venda da CA Dealer, detida pela Crédito Agrícola SGPS (CA SGPS) à

Corretage e Información Monetária Y de Divisas (CIMD), sociedade espanhola com a qual

se estabeleceu uma parceria para a prestação de serviços de corretagem e colaboração em

consultadoria financeira especializada. Simultaneamente a CA SGPS adquiriu uma pequena

participação na CIMD.

A CA SGPS, durante 2007, adquiriu também uma participação na empresa Floresta Atlântica

– Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, sociedade que irá gerir o

Primeiro Fundo Floresta Atlântica e cujo objectivo estratégico consiste na promoção do

desenvolvimento sustentado da floresta, através do empenhamento da iniciativa privada.

Perto do final do ano, procedeu-se igualmente à transmissão das acções das seguradoras

do Grupo detidas pela Caixa Central para a CA SGPS, na totalidade no caso da CA Vida e de

49% do número total das acções, no caso da CA Seguros.

Com a obrigatoriedade do reporte ao Departamento de Supervisão Bancária do Banco de

Portugal através do Sistema BPnet, deu-se como concluído o processo de adesão das

CCAM ao BPnet que, entre outras funcionalidades, dá a possibilidade de consulta on-line à

Central de Riscos de Crédito do BP, importante instrumento na análise do risco de crédito.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 41

Em 2007, foi alargada a Bolsa de Formadores Internos aos colaboradores das Caixas

Associadas, tendo-se realizado em Maio o “I Encontro de Formadores Internos do CA”,

concretizando-se em Setembro o primeiro curso com a sua participação.

Ainda em 2007 foram concretizadas as primeiras iniciativas em e-learning, com três

cursos piloto, concretamente Crédito a Empresas, Excel XP e Mediadores de Seguros

Ligados.

Realizou-se o 2º Encontro de Quadros do Crédito Agrícola, que teve como objectivo

fortalecer a motivação e o espírito de Grupo e que contou pela primeira vez com o

testemunho de algumas CCAM que apresentaram as suas “Melhores Práticas”em diversas

vertentes: comerciais, crédito vencido e contencioso, auditoria interna e certificação de

qualidade.

No âmbito do programa de modernização da Caixa Central e na sequência da entrada em

funcionamento da Área de Classificação e Custódia Documental, em 2007 deu-se enfoque

ao desenvolvimento tecnológico e crescimento do novo Modelo de Arquivo.

Destaque igualmente para o Acordo com a Caixa do Algarve, perante a melhoria das suas

condições de exploração, definindo o processo de reembolso ao Grupo, através da Caixa

Central, dos apoios recebidos para o seu reequilíbrio financeiro.

Finalmente, mas sendo ponto da máxima relevância, e de grande expectativa para

numerosas Caixas, refira-se que a Caixa Central, através dos seus órgãos próprios e em

articulação com a Direcção da FENACAM, fez entrega no Banco de Portugal do projecto de

revisão do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, e diligenciou na realização de vários

contactos com o Banco de Portugal, ao mais alto nível, para acompanhar a evolução do

processo.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 42

1. Análise Financeira

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 43

Evolução dos Resultados Líquidos

10.76311.27410.574

2006 2006 2007

Valores em milhares de euros

PCSB NCA NCA

1. Análise Financeira

1.1. Demonstração de Resultados

As contas da Caixa Central referentes ao exercício de 2007 foram preparadas em

conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade Ajustadas (NCA), que estão

em vigor desde 1 de Janeiro. De forma a reportar a informação relativa ao período

homólogo anterior em base comparável, as demonstrações financeiras referentes a 2006

foram reajustadas aos mesmos critérios.

A Caixa Central obteve no

exercício de 2007 um

Resultado Líquido de 10.764

milhares de euros. Com base

nas NCA, os resultados em

2006 ascenderiam a 11.274

milhares de euros, sendo o

menor valor de 2007

explicável por um reforço

prudencial de provisões

Valores em milhares de euros excepto percentagens

2007PCSB NCA NCA Absoluta Relativa

Margem Financeira 42.765 42.932 45.942 3.010 7,0%Comissões recebidas (líq.) 11.664 11.859 13.502 1.643 13,9%Resultados em operações financeiras (líq.) 3.525 1.347 24 -1.323 -98,2%Outros Proveitos líquidos 5.204 1.609 8.161 6.552 407,2%Produto Bancário 63.158 57.747 67.629 9.882 17,1%Custos de estrutura 37.834 37.263 41.216 3.953 10,6%Provisões e imparidade 3.070 3.070 12.020 8.950 291,5%Resultado antes de impostos 18.369 17.414 14.393 -3.021 -17,4%Impostos correntes 7.795 8.304 8.979 675 8,1%Impostos diferidos -2.163 -5.350 3.187 147,3%Resultado Líquido 10.574 11.274 10.764 -510 -4,5%ROA 0,28% 0,28% 0,26%ROE 8,83% 8,38% 8,04%Resultado antes de Impostos/Activo Líquido 0,49% 0,43% 0,35%Produto Bancário/Activo Líquido 1,73% 1,43% 1,62%Resultado antes de Impostos/Capitais Próprios 15,35% 12,95% 10,76%Rácios calculados considerando os valores médios do Activo Líquido e Capitais Próprios de cada exercício, excepto para as NCA em 2006

em que, por inexistência de histórico, foram considerados os saldos de fim de exercício

SÍNTESE DE INDICADORES

Variação (NCA)2006SÍNTESE DE INDICADORES

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 44

Produto Bancário

63.158

57.747

67.629

2006 2006 2007PCSB NCA NCA

Valores em milhares de euros

extraordinárias, mantendo assim a Caixa Central a série de resultados positivos que tem

evidenciado nos últimos anos.

Considerando a evolução do Produto Bancário, verifica-se que, em base NCA, aumentou de

57.747 milhares de euros em 2006 para 67.629 milhares de euros em 2007 (+17,1%), mais

do que compensando o efeito do aumento dos custos de estrutura em 3.953 milhares de

euros (+10,6%).

Para o crescimento do Produto

Bancário contribuiu o

comportamento favorável de

todas as suas componentes, à

excepção dos Resultados

Líquidos de Operações

Financeiras, rubrica cujo

comportamento no período foi

penalizado pelas incidências da

crise financeira internacional.

Nas rubricas com evolução mais positiva destaca-se a Margem Financeira, com o maior

acréscimo em termos absolutos, 3.010 milhares de euros, a que corresponde uma variação

percentual de 7,0%.

Composição do Produto Bancário

67,7%74,3% 67,9%

18,5%20,5%

20,0%

5,6%2,3%

0,0%

2,8%8,2% 12,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2006 2006 2007

Outros Proveitos LÍquidos

Resultados de OperaçõesFinanceirasComissões Líquidas

Margem Financeira

PCSB NCA NCA

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 45

Custos de Estrutura e Rácio de Eficiência

37.83437.263

41.21659,90%

64,53%

60,94%

35.000

37.500

40.000

42.500

45.000

2006 2006 2007

Cus

tos

de E

stru

tura

50%

52%

54%

56%

58%

60%

62%

64%

Rác

io d

e Ef

iciê

ncia

PCSB NCA NCA

Valores em milhares de euros, excepto percentagens

Ao crescimento da Margem Financeira, esteve associado um aumento no volume de juros

recebidos (43.001 milhares de euros) e no montante de juros pagos (39.991 milhares de

euros), ainda que evidenciando os primeiros um crescimento menor em termos relativos

(28,7% e 37,5%, respectivamente).

Os custos de estrutura, mantendo a tendência dos dois exercícios anteriores, aumentaram

10,6% em 2007, crescimento explicado em mais de 77% pelo aumento dos Gastos Gerais

Administrativos (+18,3%), que

se ficou a dever quer à

alteração de políticas

contabilísticas (consideração

em GGA de custos que em

PCSB eram contabilizados em

imobilizado), quer aos custos

de desenvolvimento de

projectos informáticos relativos

a necessidades de negócio e

crescentes requisitos regulamentares. Os Gastos Gerais Administrativos foram ainda

onerados pela incidência dos custos informáticos ligados aos cartões de crédito, cujo

número total se expandiu em virtude das emissões realizadas e das campanhas de

promoção.

Além disso, quer em 2006, quer em 2007, o crescimento destes custos reflecte também os

encargos associados ao Programa de Modernização em curso, que tenderão a esbater-se

com a conclusão dos principais projectos que o integram.

unidade: milhares de euros excepto percentagens

2007PCSB NCA NCA Absoluta Relativa

Juros recebidos 149.634 149.668 192.669 43.001 28,7%Juros pagos 106.869 106.736 146.727 39.991 37,5%

Margem Financeira 42.765 42.932 45.942 3.010 7,0%

DETALHE DA MARGEM FINANCEIRA2006

DETALHE DA MARGEM FINANCEIRA

Variação (NCA)

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 46

2007PCSB NCA NCA absoluta relativa

Custos Com Pessoal 19.020 19.088 20.162 1.074 5,6%Gastos Gerais Administrativos 16.267 16.840 19.916 3.076 18,3%Amortizações 2.547 1.335 1.138 -197 -15%

Custos de estrutura 37.834 37.263 41.216 3.953 10,6%

2006 Variação NCA

Evolução dos Resultados antes de Impostos

14.393

17.41418.369

2006 2006 2007NCA NCAPCSB

Valores em milhares de euros

Os Custos com Pessoal sofreram um aumento de 5,6% em 2007, em resultado do

necessário recrutamento de quadros em áreas chave de apoio ao SICAM, mas em linha,

porém, com a tendência de redução progressiva dos últimos exercícios.

O valor registado em provisões e imparidade, que evidencia um aumento de quase 9

milhões de euros em relação a 2006, reflecte essencialmente a prossecução da política de

reforço de provisões prudenciais, que permite que a Caixa Central tenha acrescido

significativamente a cobertura do crédito vencido por provisões (ver adiante). No entanto,

no período há também a assinalar a constituição de uma provisão para investimentos

financeiros destinada a fazer face a eventuais perdas que possam decorrer da evolução dos

mercados financeiros internacionais.

No que se refere às amortizações, a redução ocorrida deveu-se em grande parte à

reclassificação de activos intangíveis na conversão do PCSB para as NCA, com

correspondente impacto em Resultados Transitados de exercícios anteriores.

Apesar dos custos excepcionais que a Caixa Central suportou em 2007, o rácio de eficiência

situou-se nos 60,94%, que evidencia ainda assim uma evolução positiva quando

comparado com o rácio de eficiência de 2006 recalculado numa base NCA.

O decréscimo de 3.021

milhares de euros que se

verificou nos Resultados

antes de Impostos resulta

de, por opção de gestão e à

semelhança do que vem

sendo prática nos últimos

anos, se terem canalizado

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 47

proveitos de carácter excepcional (impostos diferidos activos) para o reforço de provisões

prudenciais.

A rentabilidade do Activo médio e dos Capitais Próprios (médios) sofreu uma ligeira quebra,

baixando para 0,26% e 8,04% respectivamente, em consequência da contabilização da

estimativa de imposto sobre lucros, que absorveu parte considerável dos Resultados antes

de Impostos.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 48

Evolução do Activo

4.040.436 4.032.536

4.207.684

2006 2006 2007

Valores em milhares de euros

PCSB NCA NCA

1.2. Estrutura do Balanço

A análise do balanço da Caixa Central não pode ser efectuada sem ter presente as

características específicas da sua actividade enquanto instituição central do Grupo Crédito

Agrícola. De facto, parte substancial da rubrica de Créditos a Clientes refere-se a

financiamento agenciado (cerca de 46% em 2007, expurgando o papel comercial da

carteira, o que compara com 51% em 2006) e a rubrica de Recursos de Instituições de

Crédito é quase totalmente constituída por depósitos das Caixas Associadas (99% em

2007).

O Activo líquido da Caixa

Central cifrou-se em 4.208

milhões de euros em

Dezembro de 2007, contra

4.033 milhões de euros em

2006, traduzindo um

crescimento de 4,3%.

Valores em milhares de euros, excepto percentagens

2007PCSB NCA NCA Absoluta Relativa

Disponibilidades 212.212 212.212 677.634 465.422 219,3%Aplicações em Instituições de Crédito 982.937 1.064.230 1.103.981 39.751 3,7%Crédito a Clientes (líquido) 1.380.362 1.727.818 1.535.809 -192.009 -11,1%Aplicações em Titulos (líquido) 1.282.671 853.087 675.989 -177.098 -20,8%Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 107.874 99.913 114.698 14.785 14,8%Outros Activos 74.380 75.276 99.573 24.297 32,3%Total do Activo (líquido) 4.040.436 4.032.536 4.207.684 175.148 4,3%

Recursos de Instituições de Crédito 3.518.754 3.538.088 3.618.739 80.651 2,3%Recursos de Clientes 217.185 216.957 228.048 11.092 5,1%Outros passivos 67.754 56.570 107.896 51.326 90,7%Provisões 43.395 16.487 16.454 -33 -0,2%Empréstimos Subordinados 69.496 69.946 93.366 23.420 33,5%Responsabilidades repres por titulos 0 0 0Situação Líquida 123.852 134.488 143.180 8.693 6,5%Total do Passivo e da Situação Liquída 4.040.436 4.032.536 4.207.684 175.148 4,3%

2006SÍNTESE DE INDICADORES

SÍNTESE DE INDICADORES

Variação (NCA)

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 49

Ressalta da análise dos valores do Balanço que o Crédito líquido a Clientes, que em NCA

integra a carteira de papel comercial, sofreu um decréscimo de 11,1% (10,5% em termos

brutos) em relação ao saldo que evidenciava no final do exercício de 2006 (reajustado às

NCA e incluindo o papel comercial então contabilizado na carteira de títulos).

Este decréscimo é contudo menos acentuado (3,7% no crédito bruto) se ignorarmos a

participação da Caixa Central em programas de papel comercial.

Esta evolução decorreu da prioridade atribuída à consolidação da carteira de crédito

existente, e melhoria da sua qualidade média, em detrimento da sua expansão, face à

necessidade de gestão cuidadosa do rácio de solvabilidade da Caixa Central. Foi no entanto

igualmente importante para a contracção observada no crédito, o facto de o crédito

agenciado ter vindo a perder relevância, dada a maior capacidade e margem de manobra

das CCAM para a expansão da sua actividade creditícia.

O Crédito vencido registou um decréscimo significativo de 2006 para 2007, quer no que se

refere ao Crédito vencido total (-26,0%) quer no que se refere ao crédito vencido a mais de

90 dias (-23,6%), em resultado da melhoria na gestão da carteira e da prioridade atribuída

ao seu saneamento, bem como do esforço acrescido das áreas de recuperação e ainda do

abate ao activo de créditos considerados incobráveis e integralmente provisionados.

Consequentemente, o rácio de crédito vencido a mais de 90 dias reduziu-se de 2% em

Estrutura do Activo

1,84% 1,87% 2,37%2,73%2,67% 2,48%

31,75%21,16% 16,07%

34,16%42,85%

36,50%

26,39%24,33%

26,24%

5,25% 5,26%16,10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2006 2006 2007

Disponibilidades

Aplicações em Instituições de Crédito

Crédito a Clientes (líquido)

Aplicações em Titulos (líquido)

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis

Outros Activos

PCSB NCA NCA

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 50

finais de 2006 (NCA) para 1,7% em finais de 2007, e o de crédito em incumprimento,

conforme Instrução 16/2004 do Banco de Portugal, baixou para 2,1% contra 2,5% em

2006. Em virtude desta evolução favorável, o rácio de crédito com incumprimento líquido

manteve um valor negativo, -3,2%, denotando a existência de provisões superiores ao

crédito em incumprimento.

Na verdade, a cobertura do crédito vencido por provisões específicas totalizava, em

Dezembro de 2007, quase 300% (crédito vencido a mais de 90 dias), subindo essa

cobertura para 348% quando se considera a totalidade das provisões (para riscos gerais de

crédito e provisões prudenciais).

valores em milhares de euros excepto percentagens

2007PCSB NCA NCA Absoluta Relativa

Crédito total sobre clientes 1.430.648 1.809.878 1.619.261 -190.617 -10,5%crédito e juros vencidos 44.522 44.522 32.937 -11.585 -26,0%

do qual: vencido há mais de 90 dias 36.450 36.450 27.855 -8.595 -23,6%Provisões totais para Crédito 69.825 97.640 96.792 -848 -0,9%

Provisões específicas 54.245 82.060 83.452 1.392 1,7%Para riscos gerais de crédito 15.580 15.580 13.340 -2.240 -14,4%

RáciosCrédito vencido há mais de 90 dias /crédito total 2,5% 2,0% 1,7%Crédito vencido/crédito total 3,1% 2,5% 2,0%Rácio de crédito com incumprimento (a) 3,1% 2,5% 2,1%Rácio de crédito com incumprimento líquido (b) -0,7% -2,1% -3,2%Provisões específicas/crédito vencido há mais de 90 dias 148,8% 225,1% 299,6%Provisões totais para crédito/crédito vencido a mais de 90 dias 191,56% 267,87% 347,48%(a) (b) Rácios definidos de acordo com a Instrução 16/2004 do Banco de Portugal

Variação2006QUALIDADE DO CRÉDITO

Evolução dos Recursos de Clientes e de OIC's

3.518.753 3.538.088 3.618.739

217.185216.957

228.048

2006 2006 2007

Débitos para com clientes

Débitos com Instituições deCrédito

Valores em milhares de euros

PCSB NCA NCA

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 51

SOLVABILIDADE 2007

(NCA)

FUNDOS PRÓPRIOS DE BASE 123.236.958

FUNDOS PRÓPRIOS COMPLEMENTARES 72.583.953

DEDUÇÕES 17.443

FUNDOS PRÓPRIOS TOTAIS 195.803.468

ACTIVOS PONDERADOS 1.693.647.000

EXTRAPATRIMONIAIS PONDERADAS 99.250.780

OUTROS RISCOS PONDERADOS 306.651

RISCOS PONDERADOS TOTAIS 1.793.204.430

RACIO TIER I 6,9%

RÁCIO TIER II 4,0%

RACIO DE SOLVABILIDADE 10,9%

Evolução da Situação líquida

123.851

134.488

143.180

2006 2006 2007

Valores em milhares de euros

PCSB NCA NCA

Não se tendo registado grandes alterações na macro-estrutura de recursos da Caixa

Central, são de relevar o aumento de 219 milhões de euros de recursos provenientes do

SICAM e de 10 milhões de euros nos recursos de clientes – essencialmente depósitos a

prazo e de poupança –, o que é certamente resultante de maior agressividade comercial,

numa conjuntura caracterizada por forte concorrência na captação de recursos, face à

actual crise de liquidez do sistema financeiro em geral.

A variação positiva da Situação

Líquida em 8.693 milhares de

euros (quando comparada em

base NCA), traduz o impacto

dos Resultados Líquidos

obtidos em 2006. Refira-se

contudo também o impacto

positivo dos ajustamentos de

transição do PCSB para as

NCA, que impulsionou a redução dos Resultados Transitados negativos da Caixa Central até

ao nível dos 87 milhões de euros, e que, com os resultados positivos do corrente exercício,

se situará em 76,2 milhões de euros em 2008.

Solvabilidade

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 52

A alteração de políticas contabilísticas decorrente da adopção das Normas de Contabilidade

Ajustadas, retira significado à comparação dos valores apurados em 2007 com os valores

apurados nos anos anteriores com base no Plano de Contas do Sector Bancário, razão pela

qual se optou por evidenciar apenas os valores referentes a 2007.

No final do exercício de 2007, o rácio de solvabilidade global da Caixa Central situou-se nos

10,9%, e o rácio TIER I atingiu 6,9%.

Estes valores sobem para 11,2% e 7,2% respectivamente se incluirmos os Resultados do

Exercício no cômputo dos fundos próprios de base.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 53

2. Evolução do Negócio da Caixa Central

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 54

2.1 Actividade Comercial

2.1.1. Depósitos e Outros Recursos

Valores em milhares de €, excepto %

Absoluta %Depósitos à Ordem 48.796 53.900 5.104 10,5%Depósitos a Prazo e Poupanças 167.663 173.215 5.552 3,3%Encargos a pagar líquidos 498 933 435 87,3%

Recursos no Balanço 216.957 228.048 11.091 5,1%

Fundos de Investimento 36.582 43.151 6.569 18,0%Seguros de Capitalização 2.067 2.617 550 26,6%

Recursos fora do Balanço 38.649 45.768 7.119 18,4%

TOTAL 255.606 273.816 18.210 7,1%

2006 2007Variação

Em 2007, a captação de recursos foi condicionada, por um lado, pela actual conjuntura

económica que continua a revelar-se pouco propícia à constituição de poupanças e, por

outro, pela necessidade de um melhor equilíbrio na gestão de taxas de juro de operações

activas e passivas.

No entanto, na sua totalidade (recursos no balanço e fora do balanço), a carteira de

recursos da Caixa Central ainda registou um crescimento de 7,1% (versus 37% em 2006),

atingindo os 273,8 milhões de euros.

Refira-se ainda que, apesar da intensificação da concorrência interbancária na área da

captação de recursos, com algumas instituições, em resultado das suas carências de

liquidez, a oferecerem níveis de remuneração particularmente elevados, a fim de

diminuírem a sua dependência do mercado de capitais, a Caixa Central manteve, com

variação ligeiramente positiva, os volumes dos Depósitos a Prazo e de Poupança de

clientes. Aliás, considerando apenas os depósitos domiciliados nos balcões da Caixa Central,

sob coordenação da área comercial de particulares, o crescimento nos depósitos em 2007

foi bastante expressivo, da ordem de 22%, com particular incidência nos Depósitos de

Poupança, conforme quadro abaixo.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 55

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

Absoluta %

Depósitos à Ordem 40 41 1 2,5%

Depósitos a Prazo e Poupanças 78 103 25 32,1%

TOTAL 118 144 26 22,0%

2006 2007 Variação

DA

ÇDA MARGEM FINANRA

Relativamente aos recursos fora do balanço verificou-se igualmente uma evolução

favorável, apesar da concorrência dos depósitos a prazo tradicionais e do desfavor junto

dos aforradores em que, durante parte do ano, os fundos de investimento e seguros de

capitalização se encontraram.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 56

2.1.2. Evolução do Crédito

Referência introdutória

A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objectivamente de um

rigoroso controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira.

Neste sentido, deu-se elevada prioridade ao projecto de Transformação da Função Risco no

Crédito Agrícola, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e

enquadrado no cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II e na

implementação das IAS. Para a coordenação desse projecto, foi criado o Gabinete de Riscos

da Caixa Central que centraliza na sua unidade de estrutura as competências e funções de

coordenação em matéria de análise e controlo integrado de riscos, articulando a actividade

desenvolvida com a dos departamentos especializados (v.g. Risco de Crédito, Risco de

Mercado e Gestão de Balanço, Risco Operacional).

O risco de crédito associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação

da qualidade da contraparte em operações de crédito constitui o risco mais relevante da

actividade de qualquer instituição financeira. O programa de Transformação da Função

Risco é constituído, em matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas

iniciativas complementares que, iniciadas em 2006, se desenvolveram no decurso do

exercício de 2007 e que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica,

exigindo o desenvolvimento de competências internas específicas:

o Solução de propostas e credit scoring – Pretende criar um fluxo de trabalho

padronizado para os processos de concessão de crédito a particulares e pequenos

negócios associado a um modelo de credit scoring por segmento, onde se salienta o

crédito ao consumo, o crédito a ENI’s (na vertente de tesouraria e na vertente de

investimento) e o crédito à habitação, que deverão estar em produção logo no início

de 2008.

o Central de balanços – Visa a implementação de uma aplicação que materializa o

repositório de dados único de informação financeira dos clientes do SICAM. Desta

forma será possível assegurar a consistência da informação e a sua integração com

outras aplicações, designadamente workflow de propostas de crédito, sistemas de

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 57

alertas de risco, imparidade, modelo de rating, entre outros. O desenvolvimento

desta ferramenta ficou concluído no final do ano, prevendo-se, por isso, a sua

entrada em produção no decurso do 1º trimestre de 2008.

o Modelo de imparidade – Decorrente da necessidade de desenvolver uma

metodologia e um processo recorrente de apuramento das perdas por imparidade

subordinado à Norma Internacional de Contabilidade 39. Sendo um processo de

avaliação económica da carteira é também uma componente do processo de

acompanhamento de crédito. Durante o ano de 2007 efectuaram-se duas avaliações

tendentes a estruturar o modelo definitivo e a preparar o processo, já de carácter

regulamentar, de informação a incluir doravante em todas as demonstrações

financeiras consolidadas.

o Ferramenta de gestão de garantias (recebidas) – Visa definir um novo processo

de registo de todas as garantias subjacentes às operações de crédito do Grupo e

que assegure a sua adequada caracterização e avaliação. Neste ano ficou concluída

a análise funcional e a especificação de requisitos, esperando-se o arranque no

desenvolvimento desta ferramenta logo no princípio de 2008, de forma a obter a

sua operacionalidade até ao final do 3º trimestre de 2008.

o Rating empírico – Como ferramenta de apoio à decisão nos processos de

concessão de crédito a clientes empresa, desenvolveu-se um modelo de rating

interno com base em critérios quantitativos e qualitativos, através dos quais se

pretende avaliar o perfil de risco de cada cliente deste segmento de negócio não só

com base na sua evolução económico-financeira e no histórico do seu

relacionamento com o CA, mas sobretudo reflectindo em torno do sector de

actividade em que se insere e das características do negócio e, ainda, das

competências de gestão de que dispõe. Já na fase de testes, espera-se a sua

implementação na CCCAM no decurso do 1º trimestre de 2008 e o posterior recurso

a Caixas piloto, preparando o desenvolvimento do futuro rating de base estatística.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 58

o Repositório de informação de risco – A criação de um repositório de dados

(datamart) adequado às necessidades da Função Risco do Grupo, designadamente

ao especificado por Basileia II, constitui outro dos objectivos do Programa.

Concluída a fase de especificação de requisitos e de análise de gaps, prevê-se para

2008 o processo de desenvolvimento desta ferramenta crítica para o processo de

gestão de risco.

o Manual de risco de crédito – Implementou-se um Manual de risco de crédito que

estabelece as políticas, processos e procedimentos de risco para a Caixa Central, de

modo a alcançar uma padronização e homogeneidade de comportamentos e

práticas neste domínio. Este documento constituirá doravante o referencial no

estudo e na elaboração do corpo normativo da Caixa Central no que se refere à

gestão do risco de crédito.

o Segregação de funções – Para o desenvolvimento das actividades da Caixa

Central e seguindo as recomendações de Basileia II quanto à resolução de eventuais

conflitos de interesses na organização funcional, numa lógica de independência e

especialização, promoveu-se a segregação de funções no DRC, detalhando as

funções e o modelo de competências necessário no âmbito da gestão comercial de

empresas, da análise de risco de crédito, do acompanhamento e da recuperação de

crédito. A publicação de normas reguladoras das diversas funções e actividades

continuará a desenvolver-se durante 2008.

o Modelo de desenvolvimento de competências – A partir do Plano de

Transformação da Função Risco e com o suporte de um modelo pedagógico

entretanto concluído, mas cujo desenvolvimento só irá ocorrer durante os próximos

anos, deu-se já início à formação específica em gestão do risco de crédito, em

colaboração com Centro de formação do Departamento de Recursos Humanos. Este

projecto, bastante ambicioso, pretende o envolvimento de todos os colaboradores

do SICAM na apreensão e domínio dos principais temas e aspectos relacionados com

a gestão do risco.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 59

o Função compliance – Seguindo as recomendações de Basileia II neste capítulo,

deu-se início ao processo conducente à implementação e enquadramento orgânico

de um Gabinete de compliance na Caixa Central. O modelo de governação para o

SICAM constitui outra dos objectivos desta iniciativa cuja conclusão também se

admite possa ocorrer ao longo do 1º trimestre de 2008.

o Standard Approach – Para preparar o Grupo Crédito Agrícola para o cálculo dos

requisitos de capital a nível consolidado e individual, de acordo com os requisitos da

metodologia standard de Basileia II na vertente do risco de crédito (e de mercado)

deu-se início ao estudo e definição dos suportes, dos meios e da informação

necessários ao processo de cálculo.

A criação de um ambiente de gestão de risco de crédito apropriado implica a existência de

uma estrutura organizativa clara e definida. Apesar de ser uma actividade transversal a

todo a instituição, tem contudo estruturas organizacionais que participam e promovem a

actividade de forma mais directa e continuada.

O Gabinete de Riscos da Caixa Central viu alargadas as suas competências, assumindo

agora a função risco, de forma global, como estrutura central, em coordenação com as

restantes unidades orgânicas competentes, sendo designadamente responsável por:

recomendar ajustamentos nas políticas, regulamentos ou práticas; desenvolver um modelo

de avaliação de perdas por imparidade da carteira de crédito; desenhar, implementar e

assegurar a manutenção das estruturas e das ferramentas de gestão de risco de crédito

(e.g. rating, scoring, sistema de alertas, gestão de limites); e monitorizar as estruturas que

actuam directa e diariamente na gestão do risco.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 60

2.1.2.1. Evolução do Crédito

2007 EstruturaPCSB NCA NCA Absoluta Relativa 2007

Crédito 1.430.648 1.809.878 1.619.261 -190.617 -10,5% 95,1% Empresas 999.144 1.378.374 1.201.203 -177.171 -12,9% 70,6%

Particulares 431.504 431.504 418.057 -13.447 -3,1% 24,6%0Compromissos perante terceiros 1 91.040 91.040 83.254 -7.786 -8,6% 4,9%/ , TOTAL 1.521.688 1.900.918 1.702.515 -198.403 -10,4% 100,0%1 Inclui garantias e avales prestados e créditos documentários de importação

2006 Variação (NCA)CRÉDITO A CLIENTES

Em 2007, a actividade creditícia registou um decréscimo de 10,5% face ao período

homólogo anterior que, contudo, não considerando as aplicações de papel comercial, seria

de apenas 3,7%.

Outro factor que justifica a diminuição verificada no total do crédito é a transferência de

crédito agenciado para as CCAM. Este continua, com efeito, a perder importância na

carteira da Caixa Central, sofrendo uma quebra de 12,6% em 2007, reduzindo a sua

importância de 40,6% para 39,6% da carteira.

À excepção do leasing e dos cartões de crédito, todas as restantes tipologias de crédito

agenciado registaram quebras consideráveis, situação que é justificada pelo aumento da

capacidade de concessão de crédito por parte das Caixas Associadas, fruto do aumento dos

seus fundos próprios, do maior volume de recursos captados e do número crescente de

Caixas autorizadas pelo Banco de Portugal a ampliar o âmbito da sua actividade.

Valores em milhares de euros, excepto percentagens

Absoluta %Crédito à habitação 285.046 247.756 -37.289 -13,1%Cartões de crédito 17.565 20.962 3.397 19,3%Descontos comerciais 5.605 2.479 -3.126 -55,8%Contas correntes caucionadas 48.265 35.854 -12.412 -25,7%Financiamentos 278.005 222.930 -55.076 -19,8%Leasing 93.967 108.256 14.289 15,2%Operações com o estrangeiro 5.418 3.088 -2.330 -43,0% TOTAL 733.871 641.325 -92.547 -12,6%

Crédito Agenciado por tipologia de crédito

Crédito Agenciado 2006 Variação2007

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 61

2.1.2.2. Empresas

No segmento de empresas, a variação de -12,8% registada no final de 2007, resultou, em

grande parte, das alterações contabilísticas referidas no ponto anterior.

Estrutura absoluta relativa 2007

Crédito a Empresas 1.378.374 1.201.203 -177.171 -12,9% 93,7%

- Contas Correntes Caucionadas 102.867 101.417 -1.450 -1,4% 7,9% - Financiamentos 985.960 828.207 -157.753 -16,0% 64,6% do qual Papel Comercial 373.143 235.051 -138.092 -37,0% 18,3% - Locação Financeira (Leasing) 89.810 101.471 11.661 13,0% 7,9% - Outro Crédito 199.737 170.108 -29.629 -14,8% 13,3%

Compromissos perante terceiros 1 86.983 80.635 -6.348 -7,3% 6,3%

Total 1.465.357 1.281.838 -183.519 -12,5% 100,0% do qual Crédito a Empresas do Grupo 69.679 78.115 8.437 12,1% 6,1%1 Inclui garantias e avales prestados e créditos documentários de importação

Valores em milhares de euros excepto percentagens

EMPRESAS 2006 2007Variação

Contudo, evidencia-se a evolução favorável do crédito concedido em Leasing que registou

um incremento na sua carteira de 13%.

O crédito a empresas do Grupo evidencia um acréscimo de 12,1% face a igual período do

ano anterior, atingindo os 78 milhões de euros. Destes créditos destacam-se os

financiamentos à Rural Informática e ao SICAMSERV6 relacionados com a realização dos

diferentes projectos integrados no programa de desenvolvimento tecnológico do Grupo.

Relativamente aos compromissos perante terceiros, continua a verificar-se uma diminuição

do seu valor global, caindo 7,3% face ao exercício de 2006, consequência, essencialmente,

do fraco dinamismo registado no sector da Construção e Obras Públicas (actividade que se

desenvolve apoiada em Garantias Bancárias), mas contribui também para essa redução a

análise de risco mais exigente e criteriosa na concessão deste tipo de garantias.

Para o ano de 2008 perspectiva-se uma maior dinâmica do negócio no segmento das

empresas, impulsionado pelo Gabinete Comercial de Empresas, criado em finais de 2007, e

que passará por iniciativas que visam uma maior vinculação dos clientes actuais e a

fidelização de novos clientes, aumentando a oferta de soluções empresariais, de modo a

desenvolver serviços complementares nas várias áreas do Crédito Agrícola, com criação de

valor e risco mais diversificado.

6 Actuais CA Informática e CA Serviços, respectivamente

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 62

Estrutura absoluta relativa 2007

Crédito a Particulares 431.504 418.057 -13.446 -3,1% 99,4%

- Crédito à Habitação 345.682 321.938 -23.744 -6,9% 76,5% - Crédito ao Consumo 1 23.624 23.827 203 0,9% 5,7% do qual Cartões de Crédito 18.064 21.530 3.466 19,2% 5,1% - Locação Financeira (Leasing) 23.537 27.405 3.868 16,4% 6,5% - Outro Crédito por Desembolso de Fundos 2 38.660 44.887 6.226 16,1% 10,7%

Compromissos perante terceiros 3 4.058 2.619 -1.438 -35,5% 0,6%

Total 435.561 420.676 -14.885 -3,4% 100,0%

1 Valores apurados em função de linha, sublinha e finalidade de crédito (inclui descobertos)2 Inclui efeitos descontados, contas correntes e empréstimos de maturidades diversas. 3 Inclui garantias e avales prestados e créditos documentários de importação

Valores em milhares de euros excepto percentagens

PARTICULARES e MICRO-NEGÓCIOS 2006 2007Variação

2.1.2.3. Particulares e Micro-Negócios

No segmento de particulares, continua a verificar-se uma evolução desfavorável da carteira

de crédito concedido, tendo diminuído 3,1% em 2007.

Esta situação foi fortemente influenciada pela quebra registada no Crédito à Habitação

(-6,9%) em grande medida explicada pela diminuição registada no crédito à habitação

agenciado, que sofreu uma quebra na ordem dos 37 milhões de euros, justificada pela

cessão de créditos a algumas CCAM.

No entanto, o crédito à habitação próprio da Caixa Central registou um crescimento de 13,5

milhões de euros que se reflectiu numa variação de 22,3%, fruto da forte aposta na

colocação deste produto que, pelas suas características de produto âncora, permite

aumentar a vinculação dos clientes ao Grupo Crédito Agrícola.

Como factor positivo destaca-se o crescimento do volume de crédito associado a todos os

outros produtos, com maior relevância para a Locação Financeira que continua a registar

aumentos consideráveis - de 16,4% em 2007 - continuando a demonstrar ser uma das

áreas de grande potencial de crescimento do Crédito Agrícola.

Merece igualmente realce a expansão de 19,2% na utilização de cartões de crédito, tendo o

restante crédito ao consumo registado um decréscimo significativo no ano de 2007.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 63

Se valor, em milhares de euros

Estrutura carteiraAbsoluta % 2006 2007

Particulares e peq. negócios 23.537 27.405 3.868 16,4% 20,8% 21,3%Sector público estatal 443 523 80 18,0% 0,4% 0,4%Sector financeiro 1.618 1.489 -129 -8,0% 1,4% 1,2%Sector não financeiro 87.749 99.459 11.711 13,3% 77,4% 77,2%

Total 113.347 128.876 15.529 13,7% 100,0% 100,0%

Tipo de locatário2006 2007

Variação

No entanto, o crédito ao consumo continua a representar apenas uma pequena parcela do

endividamento dos particulares face ao sistema financeiro, ficando o seu peso no total

muito aquém do que regista o crédito à habitação, situação que igualmente se verifica no

Crédito Agrícola.

Refira-se que o papel que tem cabido ao consumo das famílias, ao longo dos últimos anos,

como sustentáculo do nível de actividade económica, e que se reflectia na evolução do

crédito a esse segmento, está neste momento em grande medida esgotado, face ao

elevado nível de endividamento dos particulares.

2.1.2.4. Locação Financeira

A locação financeira continuou a ter uma boa aceitação por parte dos clientes do Crédito

Agrícola, sendo de realçar que, à semelhança de anos anteriores, quase 90% das Caixas

Associadas intervieram na celebração de contratos de locação financeira destinados aos

seus clientes.

Em Dezembro de 2007, a carteira global de crédito em locação financeira ascendia a 128,9

milhões de euros, o que revela um crescimento de 13,7% em relação a 2006.

Com exclusão do sector financeiro que tem um peso residual, a carteira de crédito em

leasing teve uma evolução praticamente idêntica, pelo que não houve alterações

significativas na estrutura do crédito.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 64

Numa análise ao tipo de bem locado, é de realçar o aumento de quase 30% na carteira de

leasing imobiliário, que passou a ter um peso de 42% no valor global da carteira, o que

representa um aumento de 5 p.p. em relação a 2006.

Por sua vez, a carteira de crédito de viaturas teve um crescimento idêntico à média global,

mantendo, assim, o seu peso de 26% na carteira global de crédito em leasing.

2.1.2.5. Qualidade da Carteira de Crédito

Verifica-se uma contínua melhoria dos indicadores de qualidade dos activos como resultado

da política seguida em matéria de avaliação do risco, de gestão da carteira de crédito e do

esforço acrescido de recuperação. Refira-se ainda que o progressivo reforço de provisões

prudenciais contribuiu decisivamente para a redução dos níveis de crédito em

incumprimento líquido e obtenção de uma margem acrescida da cobertura por provisões

registada no final do exercício em análise.

Efectivamente, o crédito vencido total decresceu 26% e o crédito vencido a mais de 90 dias

reduziu-se em 23,6%, pelo que o rácio de crédito vencido relativamente ao crédito total se

reduziu de 2,5% para 2% e o do crédito vencido há mais de 90 dias (NCA) baixou de 2%

para 1,7%.

Valores em milhares de euros, excepto percentagens

2006 2007Absoluta Relativa

1. Crédito total sobre clientes 1.809.878 1.619.261 -190.617 -10,53%

1.1. Crédito sobre clientes (vincendo) 1.759.267 1.579.451 -179.816 -10,22%

crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido 13.947 9.045 -4.902 -35,15%

do qual de cobrança duvidosa ao abrigo da alínea a) do ponto1 do nº4 do Aviso 3/95 8.480 5.926 -2.554 -30,11%

1.2. Crédito e juros vencidos 44.522 32.937 -11.585 -26,02%

do qual: vencido há mais de 90 dias 36.450 27.855 -8.595 -23,58%

2. Provisões totais para Crédito 97.640 96.792 -848 -0,87%

2.1. Provisões específicas 82.060 83.452 1.392 1,70%

Para crédito e juros vencidos 30.473 27.216 -3.257 -10,69%

Para cobrança duvidosa 51.587 56.236 4.649 9,01%

2.2 Para riscos gerais de crédito 15.580 13.340 -2.240 -14%

QUALIDADE DA CARTEIRA NCAVariação

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 65

Sobressai o rácio de crédito com incumprimento líquido que continua a assumir valores

negativos (-3,2%), evidenciando a existência de provisões específicas superiores ao crédito

em incumprimento.

Na área do crédito, continuamos assim a consolidar a carteira e o reforço de provisões,

procurando reduzir o risco implícito através de uma maior diversificação, relevando-se

também a aplicação de critérios mais rigorosos na análise, numa óptica de mitigação e

contenção dos riscos. O desenvolvimento das novas metodologias de propostas, scoring e

rating, bem como os novos procedimentos já implementados nesta área, e a segregação de

funções entre a área comercial e de análise de risco, virão igualmente contribuir para novas

melhorias neste domínio.

O risco de crédito associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação

da qualidade da contraparte em operações de crédito continua a constituir o risco mais

relevante da actividade de qualquer instituição financeira, impondo objectivamente um

rigoroso controlo dos riscos, para o reforço da solidez financeira da instituição.

2007

Crédito vencido há mais de 90 dias /crédito total 2,0% 1,7%Crédito vencido/crédito total 2,5% 2,0%Rácio de crédito com incumprimento (a) 2,5% 2,1%Rácio de crédito com incumprimento líquido (b) -2,1% -3,2%Provisões (c)/crédito vencido há mais de 90 dias 225,1% 299,6%

(a) Rácio definido de acordo com a Instrução 16/2004 do Banco de Portugal: crédito em incumprimento/crédito total em que: crédito em incumprimento = crédito vencido há mais de 90 dias + crédito de cobrança duvidosa reclassificado

como vencido para efeitos de provisionamento (conforme alinea a) do nº1 do nº4 do Aviso3/95)(b) Rácio definido de acordo com a Instrução 16/2004 do Banco de Portugal: crédito em incumprimento liquído/crédito total líquido, em que: crédito com incumprimento líquido = crédito com incumprimento - (provisões p/ crédito vencido + provisões p/ crédito de cobrança duvidosa)

crédito total líquido = crédito total - (provisões para crédito vencido + provisões para crédito de cobrança duvidosa)(c) Provisões específicas

2006Rácios de Crédito Vencido, incumprimento e cobertura

NCA

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 66

2.1.3. Meios Electrónicos de Pagamento

No ano de 2007 a área de Meios Electrónicos de Pagamento deu especial enfoque à

dinamização do Negócio (Cartões, TPA’s e ATM’s), ao desenvolvimento organizacional, ao

controlo de riscos da actividade e à participação na implementação da SEPA (Single Euro

Payments Area) e nos estudos para a Autoridade da Concorrência.

A actividade foi também marcada por algumas alterações estruturais no mercado

português, cujo modelo de negócio, criado nos anos 70, com características cooperativas,

tem funcionado com reduzidas alterações e assenta no conceito de Acquirer único

(UNICRE), Processador único (SIBS) e múltiplos emissores (Bancos). Assim:

- a UNICRE alterou o seu estatuto, passando a Instituição Financeira, o que lhe

permitirá diversificar a sua actividade futura;

- a SIBS está a definir um novo Modelo de Negócio, como detentora da Marca

Multibanco para os Cartões e rede de ATM’s em Portugal, posicionando-se de forma

crescente na prestação de serviços aos Bancos;

- as principais Instituições Financeiras estão a redefinir a sua estratégia com enfoque

(i) na defesa da sua carteira de Clientes, (ii) na geração de novas fontes de receita

(diversificação de produtos e penetração) e (iii) na redução das componentes de

custos.

Das actividades que potenciaram o crescimento do negócio, destacam-se:

• O estudo para a Nova Imagem dos Cartões CA, visando a coerência na oferta de

produtos de Débito, Crédito e Pré Pagos, com a nova imagem do Crédito Agrícola;

• A migração para o CHIP/EMV dos Cartões de Crédito Classic e Premier;

• A negociação de um novo Pacote de Seguros, com a CA Seguros, com orientação

para a comodidade, inovação e segurança, no serviço a Clientes;

• A criação de novos Programas de Fidelização para os Cartões de Crédito/Mistos:

Descontos em Gasolineiras (Classic), Cash Back em Viagens (Premier), Apoio à

Selecção Nacional de futebol (Contacto);

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 67

2006 2007 %

Débito 874.182 851.428 -2,6%

Crédito* 135.981 197.401 45,2%

Total 1.010.163 1.048.829 3,8%

* Inclui Cartão Contacto e CoBranded

Nº de Cartões

• O lançamento inovador no mercado português dos Cartões Verticais (BeFree e

Super Jovem);

• A realização da Campanha de Nova Imagem dos Cartões, com destaque para a

inovação (Cartões Verticais), para a segurança (Chip e Seguros) e para mais

vantagens (Programas de Fidelização). Foram fixados objectivos de crescimento de

5% para a Rede Comercial e durante o período da Campanha foram colocados

19.254 Cartões de Débito e 1.761 Cartões de Crédito;

• As promoções de Produtos não Financeiros, que continuam a revelar-se um

importante meio de incentivo à Utilização de Cartões de Crédito. Em 2007 atingiu-se

um volume de facturação de 1,35 milhões de euros, registando-se um aumento e

diversificação nas parcerias realizadas. Destaca-se a Promoção da HP, com 804

equipamentos colocados e 664 mil euros de facturação, o que coloca o Crédito

Agrícola em 2º Lugar entre os diversos bancos nas Campanhas da marca;

• O desenvolvimento e consolidação da actividade orientada para o segmento

empresarial, com a realização de 13 Protocolos para cartões CoBranded destinados

a “Não Clientes”. Em Dezembro de 2007, contava-se com um total de 15 parcerias,

que potenciam o crescimento do envolvimento comercial, o cross selling e a

fidelização dos Clientes. Foram emitidos cerca de 62.000 cartões e concedidos cerca

de 2 milhões de euros em crédito na Conta Cartão.

Resumo dos principais indicadores:

A) Cartões de Débito e de Crédito

• Aumento do número de cartões de 3,8%, destacando-se o aumento dos cartões

Contacto em circulação bem como de parcerias CoBranded:

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 68

• Aumento do número e volume de Transacções efectuadas com cartões, de 7,1% e

10,8%, respectivamente.

• Evolução positiva do Crédito Concedido, de 18,6%.

• O parque de ATM´s da rede Multibanco atingiu no final de 2007 os 1.200

equipamentos, o que representa uma quota de mercado de 9,6% e um crescimento,

relativamente ao ano anterior, de 10%.

• A instalação de Terminais de Pagamento Automático continuou a registar uma

evolução positiva, tendo-se atingido os 13.486 equipamentos que têm o Crédito

Agrícola como Banco de Apoio (estimativa), dos quais 10.757 equipamentos são

Propriedade do Crédito Agrícola, demonstrando o elevado potencial de penetração

do Crédito Agrícola junto do segmento dos comerciantes.

ATM's 2006 2007 ∆ %

CA 1.091 1.200 10,0%

Mercado 11.440 12.510 9,4%

Q.M. 9,5% 9,6% +0,1 p.p.

2006 2007 ∆% 2006 2007 ∆%

Débito 54.473.182 58.294.107 7,0% Débito 2.072.268 2.300.481 11,0%

Crédito 2.936.006 3.164.975 7,8% Crédito 176.846 192.300 8,7%

Total 57.409.188 61.459.082 7,1% Total 2.249.114 2.492.781 10,8%

* Inclui Cartão Contacto e CoBranded * Inclui Cartão Contacto e CoBranded

Nº de Transacções Vol. de Transacções (em milhares de €)

**

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 69

Nº Cartões CoBranded em Circulação

1

10

100

1.000

10.000

100.000

Mar-06

Jun-06

Set-06

Dez-06

Mar-07

Jun-07

Set-07

Dez-07

C A - B a nc o de A po io 12.651 13.486 6 ,6 %

C A - P ro prie da de 10.091 10.757 6 ,6 %

M e rc a do 158.417 176.574 11,5 %

Q .M . 8 ,0 % 7 ,6 % - 0 ,4 p.p.

* Valo r estimado

T P A 's 2 0 0 6 2 0 0 7 ∆ %

*

• Em 2007, o Crédito Agrícola atingiu o 3º lugar no ranking das Instituições

Financeiras a operar no negócio de Cartões CoBranded em Portugal, quer a nível do

número de parcerias, quer a nível do número de cartões emitidos.

Actividade Cartões CoBranded

2007 Número de Cartões 61.971

Nº Transacções 37.884

Volume (milhares de €) 2.674

Crédito Concedido (milhares de €) 1.886

Número de Parcerias 15

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 70

2.1.4. Canais Complementares

A área de Canais Complementares teve como principais objectivos responder aos desafios

apresentados no Plano de Modernização Tecnológica e Operacional integrados num modelo

de negócio estratégico – Modelo MultiCanal – que tem vindo a ser desenvolvido com

vista a disponibilizar aos Clientes do Grupo CA novos serviços financeiros inovadores e

competitivos, de forma coerente e transversal aos vários Canais Complementares.

O desenvolvimento de novos canais complementares assume actualmente significativa

importância não só devido à crescente utilização dos actuais serviços disponíveis e à adesão

que estes têm registado por parte dos Clientes do CA, mas também pela oferta cada vez

mais vasta e agressiva da concorrência.

Destacaram-se ao longo do ano 2007 as seguintes iniciativas:

O arranque do Serviço Linha Directa (Transaccional), a funcionar 24h/dia, que permite

ao CA dispor de um Contact Centre, com integração de vários canais disponíveis para

contacto do Cliente;

O lançamento do Serviço On-Line Empresas, serviço de Internet Banking, com

características de segurança, adesão e funcionalidades próprias para o segmento;

O desenvolvimento e lançamento de novas funcionalidades no Serviço On-Line de

Particulares.

Foram ainda realizados desenvolvimentos no âmbito de manutenção evolutiva de modo

transversal a todos os canais, visando a melhoria dos serviços oferecidos, permitindo a

libertação de recursos do Canal Presencial (balcões) para as acções comerciais mais

complexas, promovendo a redução de custos operacionais e o aumento da carteira de

Clientes aderentes aos Canais Complementares.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 71

A) Evolução do Serviço de Internet Banking – CA On-Line

A1) On-Line Empresas

A primeira fase de desenvolvimento do Serviço On-Line Empresas ocorreu no 1º

semestre de 2007 e consistiu fundamentalmente na disponibilização aos Clientes Empresa

do Grupo CA de um novo processo de adesão com perfis adequados, na melhoraria das

funcionalidades disponíveis na anterior aplicação e no lançamento de novas

funcionalidades, das quais se destacam as Transferências Internacionais e as Consultas de

Operações com o estrangeiro.

Para promover a divulgação dos serviços lançados no 1º semestre, foi desenvolvida uma

campanha de Canais Complementares durante o período de Julho a Setembro. Esta

campanha tinha como objectivos adicionais alargar a base de Clientes aderentes ao Sistema

MultiCanal (Linha Directa e On-Line Particulares) e incrementar as adesões ao On-Line

Empresas.

A2) On-Line Particulares

No último trimestre de 2007, o On-Line Particulares foi dotado de mais e melhores

funcionalidades, das quais destacamos as transacções de Bolsa, Consultas e Reforços de

Depósitos e Prazo e Poupanças, Pagamentos da TSU e Débitos Directos.

O número de adesões ao serviço registou um crescimento de 29%. As adesões activas ao

serviço On-Line representaram um crescimento de 66% face ao ano 2006.

29%

On-Line - Total de Contratos

120.756

155.700

2006 2007

66%

On-Line - Adesões Activas

75.222

45.360

2006 2007

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 72

On-Line - Total de Operações Finaceiras / Consultas

251.822 269.614 268.468

1.951.005 1.938.113 1.861.4492.015.994

272.135

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Operações Consultas

B)

Evolução do Serviço Balcão 24

O Serviço Balcão 24, rede interna do CA, que assinalou em 2007 o seu 3º ano de

lançamento, contava já com 136 balcões instalados (representando um crescimento de

40% face ao ano anterior) dos quais 119 foram instalados em 2007 (+47%). Verifica-se

uma média mensal de 2.340 transacções/equipamento. O crescimento da rede Balcão 24

reflectiu a adesão de mais 12 CCAM sendo que, em final de 2007, eram 56 as CCAM

aderentes ao serviço B24, crescimento de 27% face a 2006.

47%

B24 - ATM's Instaladas

81

119

200 6 200 7

27%

CCAM com Balcões 24

5 6

4 4

2 0 0 6 2 0 0 7

TR

AN

SA

ÕE

S

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 73

78%

B24 - Total de Transacções

1.627.870

2.905.691

2006 2007

B24 - Total de Operações Finaceiras / Consultas

700.868

588.418633.962

488.075

147.782127.425116.732102.429

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Tra

nsa

cçõe

s

Operações Consultas

O total de transacções registou um crescimento de 78%, face ao ano 2006. O número de

transacções médias por mês representou um aumento de 21,5% em relação ao ano

anterior.

Por outro lado, a taxa média de transferência de transacções do canal presencial encontra-

se acima dos 20%.

É de notar que no serviço Balcão 24 as operações financeiras prevalecem marcadamente

em relação às consultas, sendo de destacar a sua forte utilização para a realização de

depósitos.

C) Serviço Linha Directa (Contact Center)

O serviço Linha Directa transaccional, foi lançado no 1º semestre de 2007 e veio

permitir aos Clientes do Grupo CA, aderentes ao Sistema MultiCanal, a realização de

transacções financeiras às suas contas, através de atendimento automático 24 h/dia, todos

os dias do ano, e de atendimento personalizado, de acordo com a sua preferência.

O ano 2007 registou um crescimento na ordem dos 121% nos contactos Inbound , isto é,

contactos recebidos. O número de Clientes que contactou o serviço registou um

crescimento de 254% face ao ano anterior.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 74

Relativamente às acções de Outbound realizadas, destacam-se as acções de Telecobranças

que incluem crédito próprio das CCAM (6 CCAM até final de 2007), crédito agenciado e

cartões de crédito, tendo o ano 2007 registado um crescimento nos montantes recuperados

de 11%.

121%

Total de Contactos Inbound

112 .594

249 .171

2006 2007

254%

Total de Contactos de Clientes

57.199

20 2.5 27

200 6 2 007

11%

Telecobranças - Taxa de Sucesso

58%64%

200 6 200 7

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 75

2.1.5. Área Internacional, Emigração e Representações no

Exterior

2.1.5.1. Área Internacional

O negócio internacional intermediado pela Caixa Central atingiu, em Dezembro de 2007,

1.550 milhões de euros, representando um crescimento de 42,3% em relação ao ano

anterior.

Valores em milhares €, excepto %

Dez-06Volume Estrutura % Volume Estrutura % ∆ % 06/07

Operações Documentárias 142.956 13,1% 125.657 8,1% -12,1%

Operações Não Documentárias 946.431 86,9% 1.424.681 91,9% 50,5%

Total 1.089.386 100,0% 1.550.338 100,0% 42,3%

Evolução do Negócio Internacional

Dez-07

Salienta-se que este crescimento seria apenas de 11,2%, se retirássemos, do volume de

operações não documentárias, o valor correspondente a ordens de pagamento relativas a

operações cambiais realizadas por dois novos clientes que, em conjunto, representaram

22% do volume das operações.

O crescimento ficou a dever-se a operações não documentárias uma vez que as operações

documentárias, de maior rentabilidade, tiveram um decréscimo de 12,1%.

A quota de mercado, calculada com base em valores de Setembro de 2007, atingiu 1,5%

demonstrando uma evolução positiva relativamente ao mês homólogo do ano anterior.

Valores em milhões de €

Nacional(*) CAQuota de Mercado

Set-06 65.033 790 1,2%Set-07 69.089 1.057 1,5%

∆ % 06/07 6,2% 33,8%(*) Valores referentes ao comércio internacional de mercadorias

Fonte Ministério da Economia e Inovação- Gabinete de Estratégia e Estudos

Comércio Internacional - Quota do CA

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 76

A actividade internacional, no que diz respeito às relações com outras instituições, foi

condicionada pela agitação internacional dos mercados e pelas alterações regulamentares

decorrentes do Acordo de Basileia II.

Neste contexto, a análise de risco de contraparte foi considerada uma prioridade pelo que

se procedeu, em colaboração com o Departamento Financeiro, à revisão da metodologia

para definição de limites de crédito para Instituições Financeiras.

2.1.5.2. Emigração e Representações no Exterior

Esta área de negócio está essencialmente vocacionada para o incremento e

desenvolvimento do segmento dos clientes não residentes em Portugal, com objectivos

estratégicos bem definidos, dos quais destacamos:

O alargamento da base de clientes;

A exploração de nichos de mercado ao nível de produtos e serviços especializados e

dedicados a emigrantes, imigrantes, empresas não residentes e mercados externos;

O funcionamento como antena de captação e detecção de oportunidades de negócio,

com origem no exterior, para todo o Grupo CA;

A gestão do negócio, no segmento de não residentes – particulares e empresas –, ao

serviço das Caixas Associadas.

Movendo-se em segmentos de clientes e mercados extremamente competitivos, o que foi

agravado em 2007 pela grande instabilidade dos mercados financeiros, foi colocada a

ênfase da actividade na procura de mercados alternativos que permitam uma expansão

num futuro próximo, e também na criação de condições que permitam ao Crédito Agrícola

ter uma presença mais competitiva, consubstanciada em maior notoriedade, e em maior e

melhor diversificação dos produtos disponibilizados aos clientes.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 77

Emigração

Consequência notória do dinamismo que o grupo Crédito Agrícola tem vindo a imprimir

neste segmento de clientes, é o facto de nos últimos anos a quota de mercado do Grupo,

quer no que diz respeito aos depósitos, quer principalmente no que diz respeito às

remessas de emigrantes, ter crescido a um ritmo bastante apreciável.

O volume de remessas cresceu 13,6% em 2007, ou seja, cerca de 320 milhões de euros em

volume, aumentando a quota do Grupo para 12,8%, face a 11,6% no ano anterior. Os

depósitos no CA registaram, por sua vez, um crescimento de 1,0%, enquanto que para os

valores totais nacionais se estima um decréscimo. Como corolário verifica-se um

crescimento das quotas de mercado do Grupo em depósitos de emigrantes de 3,4% para

3,5%.

N.º OPS VOLUME Q.M. NACIONAL GRUPO CA Q.M.2005 330.203 250.194 11.0% 2005 7.792.000 244.085 3,1%2006 369.788 281.524 11,6% 2006 7.365.000 252.764 3,4%2007 427.652 319.701 12,8% 2007 a) 7.250.000 255.312 3,5%∆ 06/07 15,6% 13,6% +1,2 p. p. ∆ 06/07 -1,6% 1,0% +0,1 p. p.

REMESSAS DE EMIGRAÇÃO DEPÓSITOS DE EMIGRAÇÃO

Não inclui os DP's de Emigrantes na SFE

Valores em milhares de €, excepto % Valores em milhares de €, excepto %

a) Valor Estimado

De destacar ainda o trabalho que tem sido desenvolvido na gestão e aperfeiçoamento dos

protocolos de cooperação com os nossos correspondentes na Alemanha, Bélgica, França,

Luxemburgo, Reino Unido e Suíça, que permitem a prestação de um serviço de qualidade a

custos reduzidos para os nossos clientes.

Sucursais Financeiras Exteriores

As Sucursais (SFE) do Grupo Crédito Agrícola (Cabo Verde e Madeira) continuam a afirmar-

se como meios importantes na captação, diversificação, complementaridade e

competitividade do negócio direccionado para os não residentes.

A SFE de Cabo Verde tem vindo a desenvolver uma actividade bastante intensa,

constituindo-se como pólo de difusão da imagem do Crédito Agrícola e captação de negócio

de interesse para o SICAM e também para várias empresas do Grupo.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 78

No que diz respeito à evolução do negócio que afecta directamente o seu balanço, assinala-

se o acentuado crescimento da actividade, que se traduz em activos sob gestão das SFE’s

da ordem de 63 milhões de Euros, o que representa um incremento de mais de 100%.

De assinalar ainda a criação de uma sociedade com o objecto de gestão de activos,

domiciliada também em Cabo Verde, e que conta já com diversos projectos de gestão de

fundos mobiliários e imobiliários. Desta sociedade espera-se que venha a criar condições

para o alargamento da oferta de produtos competitivos aos clientes não residentes em

Portugal, e simultaneamente que possa contribuir para a promoção do desenvolvimento do

mercado de capitais em Cabo Verde.

Ainda durante o ano de 2007, e com o intuito de desenvolver o negócio com o segmento da

imigração, a Caixa Central tornou-se Agente da empresa Western Union, iniciando desta

forma a abordagem a este segmento de clientes, com a oferta do serviço de transferências

com a máxima rapidez e segurança.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 79

2.1.6. Novos Produtos e Campanhas

Campanhas de Marketing

Em 2007 foram realizadas 18 campanhas de Marketing com uma distribuição muito

semelhante entre Recursos, Crédito e Seguros.

Resultados em milhões de €

Novos Canais

Nº Camp. Result. Nº Camp. Result. Nº Camp. Result. Nº Camp.

Estratégicas 4 318 2 137 0 0 1 7Tácticas 2 21 4 11 5 2 0 11

Total 6 339 6 148 5 2 1 18*Recursos = Depósitos, Fundos de Investimento e Seguros de capitalização

Total Nº Campanhas

Tipo de Campanha

Recursos* Crédito Seguros

Os resultados agregados destas acções totalizaram 487 milhões de euros, com destaque

para o nível de envolvimento das CCAM que progressivamente tem vindo a crescer,

atingindo em 2007 um valor médio de 75 participantes.

Tratou-se de uma campanha multimedia – Televisão, Rádio e Imprensa nacional e local –

que contou, pela primeira vez no Crédito Agrícola, com a presença de uma figura pública –

o humorista Marco Horácio.

A campanha “Regresso às Aulas” foi a campanha que

envolveu mais meios, com o objectivo principal de

divulgar a imagem institucional do Grupo junto do

segmento Jovem e, simultaneamente, promover um

Crédito Pessoal com taxa 0% para fins destinados à

actividade escolar.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 80

As restantes campanhas foram divulgadas nos balcões do Crédito Agrícola, através de

folhetos e cartazes, e através de Marketing Directo com o envio de cartas para os Clientes

alvo das campanhas.

Paralelamente a estas campanhas foi desenvolvido e implementado o Programa de

Fidelização de Cartões Classic, Premier e CONTACTO, que oferece vantagens aos

Clientes pela utilização dos mesmos.

Foram igualmente promovidas campanhas que permitem aos Clientes adquirir os mais

diversos produtos não-financeiros em condições especiais, com a possibilidade de optarem

por três prazos diferentes de pagamento.

Destaque ainda para a campanha SDI, também

esta multimedia – Televisão, Rádio e Imprensa

nacional e local - que pretendeu reforçar as

características do novo posicionamento do

Grupo – Modernidade, Âmbito Nacional e Oferta

diversificada de Produtos e Serviços capazes de

satisfazer todas as necessidades dos Clientes.

Destaque ainda para a campanha SDI, também esta

multimedia – Televisão, Rádio e Imprensa nacional e

local – que pretendeu reforçar as características do

novo posicionamento do Grupo – Modernidade, Âmbito

Nacional e Oferta diversificada de Produtos e Serviços

capazes de satisfazer todas as necessidades dos

Clientes.

A campanha Crédito Habitação,

mereceu igualmente destaque nos meios

de comunicação – Rádio e Imprensa

nacional e local e Rede Nacional de

Mupis – que pretendeu promover este

produto e mostrar uma solução

competitiva Banca/Seguros ao público

em geral.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 81

Novos Produtos

O Grupo Crédito Agrícola em 2007 deu especial enfoque às parcerias com os Clientes,

tendo para isso levado a cabo o lançamento de vários cartões co-branded de que se

destacam o Cartão Co-Branded com a CA Seguros, que oferece excelentes vantagens para

os Clientes da Seguradora, e o Co-Branded com o Centro de Cultura e Desporto, que

assumiu ainda a função de Cartão de Sócio.

TOP Top Capital CA T

Ao nível da oferta de produtos de recursos reforçámos a diversidade da nossa oferta de

soluções, dando cumprimento ao Plano de Marketing, através do lançamento do Fundo

Especial de Investimento Raiz Valor Acumulado – CA Rendimento Duplo 2007 e o CA

TOP CAPITAL.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 82

2.2. Actividade Financeira

2.2.1. Estratégia de Actuação na Área de Tesouraria

Através da Tesouraria, a Caixa Central opera a aplicação dos excedentes em recursos do

SICAM visando optimizar a sua rentabilidade sustentada e manter adequados níveis de

liquidez.

O ano de 2007 acabaria por ser marcado por uma crise financeira persistente, que alterou

significativamente o comportamento dos investidores face ao risco, reduziu drasticamente a

liquidez de muitos mercados e veio pôr em causa o modelo de financiamento da actividade

bancária que suportara a forte expansão do crédito verificada ao longo dos últimos anos.

Ao longo de 2007, procurou-se assim:

• Até ao eclodir da crise financeira, que se verificou no início do 2.º semestre e

persistia ainda no final do ano, continuando por 2008, tirar partido da subida da

taxa directora do BCE que ainda se verificou, tendo aumentado em 2007 de 3,5

% (valor que assumiu em 12/12/2006) para 4 % em 13/06/2007 (tendo entre

14/03/2007 e 12/06/2007 sido de 3,75%), nível em que se manteve até à

presente data;

• Com a precipitação da crise, e a suspensão – e mesmo inversão no caso do

Banco da Reserva Federal Norte-Americana – daquele movimento ascendente, e

o aumento sem precedentes dos spread nas operações de mercado

interbancário, promoveu-se algum alongamento dos prazos de aplicação da

Tesouraria, mantendo adequados níveis de liquidez e de segurança das

aplicações, sobre créditos de elevada qualidade, dado o perfil de risco das

contrapartes;

• Esta actuação, naturalmente só possível, pela forte liquidez do CA, traduziu-se

no aproveitamento da remuneração acrescida das aplicações dos excedentes em

recursos, sem prejuízo da qualidade do risco, e na capacidade – destarte

também reforçando a visibilidade do CA – de manter uma presença consistente

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 83

nos mercados interbancários, em circunstâncias que se caracterizaram por uma

abrupta rarefacção da profundidade e da liquidez destes últimos, o que acabaria

por motivar sucessivas intervenções dos Bancos Centrais;

• Gerir a cobertura de activos sensíveis ao comportamento das taxas de juro,

altamente instáveis ao longo do ano, como resultado da crise financeira,

nomeadamente as carteiras de obrigações de taxa de juro fixa resultantes da

aplicação de recursos do SICAM, com recurso a instrumentos financeiros

derivados, em especial os contratos de futuros sobre a dívida pública alemã. De

notar que, como reflexo da crise, se assistiu repetidamente, também, a

variações do spread entre diferentes emitentes de dívida, nomeadamente, entre

as obrigações de dívida pública portuguesa e alemã, o qual chegou a atingir, por

exemplo, no prazo de dois anos, 27 p.b., partindo de níveis de 4 p.b. Não

obstante, a gestão da cobertura destes activos viria a traduzir-se em resultados

largamente positivos. Considerando estas actividades de cobertura, a negociação

de conta própria e o aproveitamento de oportunidades de spread da curva de

rendimentos, o valor de futuros transaccionados ascendeu a 7,38 biliões de

euros (valor nocional) em 2007, o que corresponde a perto de 3.000 operações

e a 70.000 contratos negociados;

• Continuar o desenvolvimento da actividade no mercado de reportes,

acompanhando a importância crescente deste último como instrumento de

gestão e de financiamento eficiente da Tesouraria, tal como a persistência da

crise financeira viria aliás a tornar evidente. Intensificou-se esta actividade quer

no mercado fora de bolsa quer em Mercado Organizado, designadamente, neste

último caso, através da plataforma de negociação de operações de reporte

gerida pelo MTS, Entidade Gestora do Mercado Organizado de Dívida Pública em

que a Caixa Central participa. Este mercado permite ainda o aproveitamento de

oportunidades de arbitragem com os mercados interbancários, que se traduzem,

com regularidade, em operações de cobertura directa com oportunidades de

ganhos significativos;

• Continuar o desenvolvimento da actividade no mercado cambial, particularmente

a direccionada para a cobertura de operações de clientes do SICAM, mercado

natural cujo crescimento do volume negociado superou os 100%, incluindo

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 84

operações realizadas com grandes empresas nacionais que operam em moeda

estrangeira;

• Continuar a alargar a rede de contactos da Tesouraria e as alternativas de

aplicação dos excedentes em recursos, com benefício para a sua rentabilização.

Como corolário do desenvolvimento articulado destas acções, o Grupo CA pôde ainda

intensificar a sua presença e aumentar a sua visibilidade nos mercados monetário, cambial

e de capitais ao longo de 2007.

2.2.2 Caixas Associadas e Corporate Desk

Ao longo de 2007, o CEACD continuou a desenvolver o projecto de cooperação com as

Caixas Associadas e com as Áreas Comerciais da Caixa Central para a promoção, venda e

distribuição de produtos de tesouraria e de mercados financeiros.

Prosseguiu assim o programa de visitas às Caixas Associadas visando a apresentação do

Serviço Caixas Associadas e Corporate Desk e a inventariação e desenvolvimento de

oportunidades de cooperação conjunta neste domínio.

Naturalmente que com campo de aplicação diferenciado, dependendo das características do

mercado local, esta iniciativa foi sendo muito bem acolhida, sendo visíveis já os resultados

proporcionados por uma mais próxima cooperação com as Caixas Associadas e as Áreas

Comerciais da Caixa Central. Para além do seu vasto campo de aplicação comercial directa,

com especial incidência no domínio dos produtos e soluções de gestão e cobertura dos

Valores em milhares de €

2006 2007 Absoluta Relativa 2006 2007

M. Monetário, P. Comercial e Depósitos BdP 1.592.271 1.938.087 345.816 21,7% 67,0% 76,1%

Obrigações 784.434 610.043 -174.391 -22,2% 33,0% 23,9%

Total 2.376.705 2.548.130 171.425 7,2% 100 100

Evolução dos Activos sob Gestão do Departamento Financeiro

Montante Variação % do Total

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 85

riscos financeiros da actividade das empresas, o Serviço Caixas Associadas e Corporate

Desk disponibiliza produtos de negociação frequente, como cotações de divisa, ou a fixação

de taxas de juro ou opções sobre estas últimas, os quais tendem a favorecer, aproveitando

a frequência desse contacto, a criação de condições para a apresentação e venda de outros

produtos e serviços de interesse para as Caixas Associadas e as Áreas Comerciais da Caixa

Central. Podem assim constituir uma conveniente testa de ponte com importantes sinergias

comerciais, já que, independentemente da densidade de relações de trabalho que com elas

mantenham, as empresas procuram optimizar os seus resultados financeiros e inscrever na

sua agenda de consultas as Instituições de Crédito que recorrentemente lhes possam

apresentar prontamente cotações competitivas, como é o caso do CA neste domínio.

Decorreu ainda em 2007, em articulação com o CA Serviços, o desenvolvimento da

plataforma para a distribuição de depósitos estruturados que estará operacional nos

primeiros meses de 2008. Eivados de um perfil de risco conservador, com garantia de

capital e de rendimento mínimo, estes depósitos inscrevem-se, em termos de simplicidade e

de percepção de risco para o cliente, numa linha de aplicações imediatamente a seguir aos

depósitos a prazo convencionais e antes dos investimentos em fundos ou das aplicações

directas em bolsa. Sendo o risco do seu rendimento coberto com a Caixa Central, tal

permitirá às Caixas Associadas alargar a sua oferta de depósitos, e ainda dispor dos

correspondentes fundos para aplicar na sua carteira comercial.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 86

2.2.3. Função Financeira no Grupo Crédito Agrícola

Com a instalação de uma ferramenta especializada para a gestão dos riscos de liquidez e de

taxa de juro, puderam aprofundar-se em 2007 as actividades do Comité de Gestão de

Activos e Passivos (ALCO).

Esta solução técnica possibilita com efeito aprofundar a gestão dos riscos de balanço

associados a cada entidade do SICAM e ao CA como um todo, de forma integrada e

consistente, e assim também concorrer para a análise articulada e a tomada de decisão, no

âmbito deste Comité, das diferentes vertentes funcionais relevantes para a actividade,

nomeadamente a financeira, a de risco e a comercial.

Temas como a estrutura de pricing dos produtos, a gestão e controlo de limites de risco de

taxa de juro e de liquidez, o planeamento do financiamento e a dotação de fundos próprios

necessários à actividade, entre outros, integram a agenda corrente do ALCO.

2.2.4. Controlo de Risco na Área de Tesouraria

Numa segunda linha, o controlo das actividades da Tesouraria e dos riscos específicos

associados, nomeadamente de mercado, de crédito e de contraparte, e operacionais, é

assegurado através do Gabinete Técnico do Departamento Financeiro, o qual verifica

permanentemente a observância dos limites de risco definidos e produz diariamente

relatórios sobre as actividades realizadas.

Neste domínio, a intensificação e a diversificação das actividades da Tesouraria em

mercados e instrumentos, e a dinamização da promoção e venda de produtos e serviços de

tesouraria e mercados através do CEACD a que se aludiu, vieram colocar renovadas

exigências.

Neste sentido, procedeu-se em 2007 ao desenvolvimento da implementação, em

articulação com o CA Serviços e outras estruturas da Caixa Central, de uma nova solução

que dá suporte integrado ao front, back e middle office das actividades do Departamento

Financeiro. A par da revisão dos processos internos de funcionamento, esta solução permite

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 87

adequar a gestão dos riscos operacional, de mercado e de contraparte às mais elevadas

exigências da respectiva gestão e controlo. Possibilita ainda a disponibilização de produtos

adicionais, importantes para o reforço da eficiência da gestão da tesouraria, e com vasto

campo de aplicação comercial no âmbito da actuação do CEACD.

2.2.5. Intermediação no Mercado de Capitais

Em 2007 a Caixa Central procedeu à reestruturação do negócio de corretagem no seio do Grupo.

A actividade de custódia e execução de ordens tinha vindo a ser desempenhada pela Crédito

Agrícola Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem, S.A. (CA Dealer), que resultara da fusão

da NCO Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem, S.A. com o Central Banco de

Investimento, S.A. (CBI), por incorporação deste.

Deste modo, a CA Dealer constituiu-se com uma pesada estrutura operacional, que tornava

difícil assegurar a sua rentabilidade, numa actividade em que a escala é determinante. Foi assim

decidido alienar a CA Dealer, detida pela Crédito Agrícola SGPS (CA SGPS), à Corretage e

Información Monetária Y de Divisas, S. A. (CIMD), e estabelecer com esta sociedade espanhola

uma parceria para a prestação de serviços de corretagem, idênticos aos que presta a outras

instituições financeiras portuguesas e espanholas, e para colaboração na área de consultadoria

financeira especializada.

Aquela parceria envolveu a transferência de toda a actividade de retalho (corretagem e custódia)

da CA Dealer para a Caixa Central, passando as ordens de bolsa recebidas de clientes a ser

enviadas para execução, em nome da Caixa Central, para a Intermoney Valores (participada da

CIMD). Envolveu também a aquisição pela Caixa Central de uma pequena participação na CIMD.

Para o exercício das actividades de intermediação financeira no mercado de capitais,

designadamente a recepção e transmissão de ordens de bolsa por conta de outrem e o registo e

depósito de valores mobiliários, foi constituído o Departamento de Títulos na Caixa Central, que

mantém a relação, nesta área especializada, com as CCAM e Clientes do Grupo CA, e assegura a

gestão de produtos associados e dos canais onde aqueles serviços são disponibilizados.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 88

Com a colaboração do CA Serviços efectuou-se a instalação e configuração de aplicações

informáticas específicas para este negócio e a respectiva integração no RURIS e no CA On-line.

A alienação da CA Dealer concretizou-se a 16/11/2007, procedendo-se, com efeitos em

19/11/2007, à migração das carteiras e contas de títulos de clientes de custódia para a Caixa

Central, após prévia comunicação a esses clientes. Este processo envolveu cerca de 6.800

clientes activos com conta no Grupo Crédito Agrícola, e cerca de 1.100 clientes que poderão

abrir conta no Grupo Crédito Agrícola, tendo sido importante a colaboração das Caixas

Associadas no esclarecimento dos clientes, na recepção de documentação e na abertura de

novas contas. Foi garantida aos clientes a manutenção das condições contratuais existentes e a

ausência de encargos com a referida transferência de carteira.

A transferência da actividade de custódia para a Caixa Central permitiu passar a disponibilizar

funcionalidades de transacção em Bolsa no Internet Banking do Crédito Agrícola (CA On-line).

Incluiu também a recepção de ordens para negociação em contratos de futuros através da

Internet, passando o Sítio www.cafuturos.pt a ser detido pela Caixa Central.

A reestruturação realizada vai contribuir para uma maior integração e melhor qualidade dos

serviços de corretagem e custódia prestados aos actuais Clientes do Grupo Crédito Agrícola, bem

como a uma maior sinergia, reduzindo os custos numa perspectiva consolidada.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 89

2.3. Marketing

2.3.1. Nova Imagem

O Grupo Crédito Agrícola em 2007 deu continuidade ao processo de evolução do

posicionamento do Grupo, o de uma Instituição moderna e próxima das pessoas. O ano de

2007 foi o ano de consolidação da nova imagem do Crédito Agrícola, tendo-se dado como

concluído o processo de renovação da imagem corporativa, sem a qual não seria possível

dar visibilidade à evolução do Grupo. No final do ano a quase totalidade dos balcões

possuía a nova imagem nas fachadas. Os suportes de comunicação que ainda não tinham

sido alterados foram substituídos ao longo do ano.

O processo que teve maior expressão, e que foi igualmente alvo de uma campanha, foi a

mudança de imagem dos cartões.

2.3.2. Outras Acções de Marketing

No ano de 2007 deu-se também sequência ao acompanhamento do planeamento das

acções/campanhas do Plano de Marketing, por forma a disponibilizar as referidas acções às

CCAM nos prazos previstos.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 90

Além do planeamento foram asseguradas, em todas as campanhas, a segmentação de

clientes, a divulgação interna e externa das acções, a preparação de maillings, respectivo

material de merchandising e o acompanhamento e reporting de resultados.

Paralelamente, foram preparadas análises e segmentações da carteira de clientes do Grupo.

A base de dados resultante deste trabalho serve, igualmente, a aplicação do modelo de

Cross-Selling/Next Best offer, que permite identificar, face à posse de produtos de

cada Cliente, qual a sua próxima melhor oferta, potenciando a venda cruzada de produtos.

No início do ano procedeu-se à reestruturação do formato da Comissão de Marketing e

Política Comercial que passou a contar com membros permanentes e membros não

permanentes.

Fazem parte dos membros permanentes da Comissão de Marketing e Política Comercial 2

membros do Conselho Geral e de Supervisão, um membro do Conselho de Administração

Executivo, com o pelouro da actividade Comercial, nove membros em representação do

mesmo número de CCAM e o Departamento de Marketing.

Fazem parte dos membros não permanentes todas as unidades de negócio da Caixa Central

e empresas do Grupo, bem como as unidades de suporte às actividades de Marketing e

Comercial.

Os membros não permanentes são convocados para as reuniões da Comissão de Marketing

e Política Comercial sempre que os temas propostos justifiquem a sua presença.

Em 2007 foram realizadas 4 reuniões da Comissão de Marketing e Política Comercial, com 3

delas a realizarem-se no último trimestre do ano e tiveram como objectivo prioritário o

Planeamento e a preparação do Plano de Marketing do Grupo para 2008.

Merecem também destaque outros temas tratados nas reuniões das Comissões como

sejam: aprovação de regulamentos internos de participação nas campanhas de Marketing

para as unidades de negócio e para as CCAM, apresentação de novos produtos e

acompanhamento da evolução da actividade comercial no mercado e no Grupo Crédito

Agrícola.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 91

7 14 21 28 4 11 18 25 3 10 17 24 31 7 14 21 28 5 12 19 26 2 9 16 23 30 7 14 21 28 4 11 18 25 1 8 15 22 29 6 13 20 27 3 10 17 24 1 8 15 22 29

Mac

roca

mpa

nhas

Outras acções

C7- Emigração C10- Associados

C11- Soluções de Banca Seguros Empresas e

Empresários

C12 - PPR e Fundo de Pensões

C8- Soluções de Banca Seguros Particulares

Cam

panh

asO

utra

s A

cçõe

s

O2 - Divulgação de internet banking empresas

AgostoJaneiro Fevereiro Abril

CampanhasMacrocampanhas

C4 - Fundos de Investimento

O1 - Divulgação de plataforma no CA online para transacção

de acções

C5 - Leasing e Soluções Bancasseguros para

particulares

C6 - Produto Capitalização

C1- SDI

O3 - Divulgação da plataforma online de comercialização de Fundos de investimento, CDI, clientes private e consultas de

carteiras

M4 - SDC (associar produtos complementares)

C9 - Fundos de Investimento

O4 - Programa de Fidelização de Cartões (promoção de produtos não financeiros)

M3 - Cartões de Crédito (associar produtos complementares)

M2 - Crédito à Habitação (associar produtos complementares)

M1 - Crédito Pessoal (associar produtos complementares)

C2- Soluções Bancasseguros Empresas e Empresários

C3 - Produto Estruturado

Plano de Acções de Marketing 2008

Setembro Outubro Novembro DezembroMaio JunhoMarço Julho

No segundo semestre deu-se continuidade ao processo de articulação da oferta de

produtos e serviços, envolvendo as Unidades de Negócio do Grupo, de que resultou o

Plano de Acções de Marketing de 2008.

Pela primeira vez o Plano de Acções de Marketing tem uma organização das campanhas

numa base trimestral, por forma a corresponder às necessidades do que irá ser o modelo

de gestão de incentivos comerciais em 2008.

Merece igualmente destaque o desenvolvimento de uma ferramenta de definição e

simulação de objectivos comerciais e a respectiva adequação do SIGA Objectivos às

características e variáveis do novo modelo de incentivos comerciais.

No que concerne ao apoio prestado às CCAM destacam-se as seguintes iniciativas:

• Definição e implementação de Planos de Acção Comercial Local, com Acções

Comerciais e de Marketing resultantes dos objectivos e prioridades de actuação

definidos pelas Caixas e do proposto pelo Plano de Marketing do Grupo, dos quais

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 92

se destacam a captação de novos Clientes e o incremento da vinculação de Clientes

actuais;

• Realização de diagnósticos de caracterização do potencial do mercado de actuação e

carteira de Clientes para diversas Caixas, de forma a identificar acções relevantes

para realização no âmbito do Plano de Acção Comercial Local;

• Apoio à adopção e utilização pelas Caixas de ferramentas de suporte à definição de

objectivos comerciais, gestão de contactos com Clientes e dinamização da actividade

comercial;

• Realização de acções de formação para Colaboradores de diversas Caixas sobre

técnicas de contacto com Clientes, acções comerciais e produtos e no âmbito dos

programas de formação “Saberes +”.

Foi efectuado o acompanhamento da iniciativa “Infraestrutura de Suporte ao

Marketing e Comercial” - Fase de Implementação, no âmbito do programa Ruris+, que

tem como principal objectivo a capacitação do Marketing do CA, garantindo a

implementação de uma infraestrutura tecnológica que permita a operacionalização dos

processos de Gestão de Campanhas e Gestão Comercial.

Ao nível do projecto pricing realizou-se a Campanha de Recuperação de Valor, que se

realizou de Março a meados de Agosto de 2007 e que teve como objectivo principal o

aumento do comissionamento nos eventos com maior potencial. Esta Campanha consistiu

na realização de 3 acções, com 7 semanas de duração cada uma, promovendo a cobrança

de uma comissão específica:

- Acção I: Comissão de Gestão de Prestação por Regularizar

- Acção II: Comissão de Ordem de Levantamento ao Balcão

- Acção III: Comissão de Abertura de Crédito

Estas acções levaram a uma maior sensibilização do SICAM para a temática do

comissionamento, tendo havido uma grande participação das Caixas Agrícolas, assim como

um aumento da eficácia de cobrança média face ao período anterior.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 93

No que se refere à Comunicação Institucional Externa verificou-se uma maior

presença nos meios de maior audiência, dando assim maior consistência à marca CA e

consequentemente contribuir para o aumento da notoriedade do Grupo.

A comunicação com os Clientes do Grupo, que permite mantê-los informados quer sobre as

Campanhas do Grupo, quer da diversidade da nossa oferta, foi melhorada através da

criação de dois novos veículos de comunicação, a CA Notícias, adicional ao extracto

integrado, e a Loja CA, adicional ao extracto cartões.

Foi dada continuidade à CA Revista tendo sido alargada a sua divulgação para os Clientes

detentores do cartão Premier.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 94

Como resposta às mais variadas necessidades dos nossos Clientes foram criados novos

canais no Site do Crédito Agrícola, nomeadamente o CA Imóveis, a Sala de Imprensa e

os Patrocínios.

Para além dos habituais patrocínios às actividades de ciclismo, motociclismo, todo o

terreno e rali, para reforço da imagem institucional, marcámos novamente presença nas

Feiras tradicionais e apoiámos pela primeira vez a Feira Medieval de Sta. Maria da

Feira.

Ao nível da comunicação interna foi dada continuidade à CA Notícias enquanto veículo

interno da comunicação do Grupo e estão em desenvolvimento os conteúdos para a Nova

Intranet.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 95

3. Áreas de Suporte, Enquadramento e Auditoria

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 96

3.1. Recursos Humanos e Formação

A actividade de Recursos Humanos foi, ao longo de todo o ano de 2007, projectada e

acompanhada pela imprescindível acção da Comissão Interfuncional de Recursos Humanos

e Formação, de que se realizaram 7 reuniões.

A. Actividades Jurídico Laborais e Fundo de Pensões

Acompanhamento ao SICAM e Empresas do Grupo

• Criação de modelos de Regulamento Interno sobre Trabalho Suplementar adaptados

às CCAM e Empresas do Grupo;

• Produzidos cerca de 412 pareceres do foro jurídico-laboral;

• Elaboração de instrumentos jurídicos de Mobilidade Interna e acompanhamento do

processo de transição de colaboradores, designadamente para o CA Serviços.

ACT do Crédito Agrícola

• Negociação e concretização das alterações das cláusulas de expressão pecuniária,

por solicitação da FENACAM.

Fundo de Pensões

• Foi mantido o acompanhamento do Fundo de Pensões em colaboração com a

Entidade Gestora do mesmo, envolvendo todos os pensionistas e empregados,

respectivamente com pagamentos e contribuições mensais (num total de 304

pensionistas e 1.378 empregados), bem como a informação regular relativa aos

restantes potenciais beneficiários do Fundo;

• Acompanhamento do projecto de transição do Fundo de Pensões para a CA Vida,

com intervenção na formalização dos documentos de suporte;

• Acompanhamento da constituição da Comissão de Acompanhamento do Fundo de

Pensões, criada por determinação legal.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 97

Crédito à Habitação

• Foram desenvolvidos e formalizados os processos de Crédito à habitação de

empregados da Caixa Central, Fenacam e Empresas Associadas, num total de 7,5

milhões de euros, dos quais 6,3 milhões à Taxa do ACT.

B. Actividades de Recrutamento, Selecção e Mobilidade de Pessoal

• Foram desenvolvidos 98 processos de selecção para o Grupo Crédito Agrícola, tendo

sido aplicados testes a 1.646 candidatos e realizadas 404 entrevistas socio-

profissionais;

• Foi iniciado novo processo de revisão do Regulamento de Admissões e Mobilidade

Interna do SICAM, com vista à obtenção de maior capacidade de resposta e

celeridade processual, sem descurar o incremento da qualidade dos resultados;

• Prosseguimento dos processos de estágios académicos, profissionalizantes e de

ingresso na Caixa Central e restantes entidades do Grupo: efectuada selecção dos

candidatos, acompanhamento e avaliação dos estagiários;

• Efectuada gestão dos pedidos de mobilidade interna e dos contratos de trabalho

temporário na Caixa Central e empresas do Grupo;

• Manutenção da base de dados de candidaturas espontâneas.

C. Tecnologias e Informação para Gestão de Recursos no Grupo CA

• Desenvolvimento da Plataforma de e-Learning do Grupo Crédito Agrícola;

• Realização do IV Encontro de Utilizadores do CAMRH;

• Concretização da adesão da CA Vida, CA Seguros, CA Serviços, CA Informática e

Rurabela à Plataforma CAMRH – Portal de Recursos Humanos e módulo de Gestão

de Cadastro e Processamento de Salários;

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 98

• Produção de Estatísticas e Informação para Gestão, solicitadas por entidades

oficiais, APB, Banco de Portugal, Fundo de Garantia e estruturas internas.

D. Actividades Formativas/Centro de Formação

O Centro de Formação organizou 18 cursos em regime aberto, incluindo Sessões de

Divulgação e Esclarecimento, correspondendo a 517 acções, as quais registaram 6.713

participantes, totalizando 62.822 horas formativas, representando um investimento global

de 257,5 mil euros, 76,3% dos quais foram suportados através do Fundo de Formação.

Valores em €

Cursos em regime aberto Nº Part. Sessões Horas Montante F.F.(*)Encontro de Partilha de Experiências 80 6 480 (**) (**)Encontro Utilizadores do CAMRH 149 5 894 178 178FORBASIC 53 3 7.420 19.226 14.420FORCOORD 119 10 4.998 111.742 83.806S.E.- "IAS/IFRS Esclarecimento de Dúvidas" 217 7 3.038 0 0III Encontro de Quadros C.A. 275 1 1.925 0 0Mediadores de Seguros Ligados 109 2 2.180 (**) (**)SABERES+ 166 14 23.240 112.921 84.691S.A.- "Aplicação Cliente Grupo" 2.174 203 6.539 13.567 13.567Registos e Notariado 205 12 2.870 (**) (**)S.D. - "Cartões" 300 20 900 0 0S.D. - "CA Rendimento Duplo 2007" 268 20 804 0 0S.D. - "Conhecimento da Nota Euro" 1.164 149 3.492 0 0S.D. - "Leasing Automóvel" 241 7 723 0 0S.D - "Solução Investimento CA Gest" 257 20 771 0 0S.D. - "Imparidade" 283 12 849 0 0S.E. - "Canais Complementares" 393 20 1.179 0 0S.E. - "Imparidade" 260 6 520 0 0

TOTAIS 6.713 517 62.822 257.634 196.662S.A. - Sessões de Apresentação; S.E. - Sessões de Esclarecimentos; S.D. - Sessões de Divulgação(*) comparticipação do Fundo de Formação(**) Cursos ainda a decorrer, a cobrar em 2008

Em regime fechado foram organizados 24 cursos, correspondendo a 63 acções, nas quais

participaram 737 formandos, totalizando 10.348 horas de formação, representando um

investimento de 102,2 mil euros.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 99

Valores em €

Cursos em regime fechado Nº Part. Sessões Horas V. TotalAnálise de Risco de Crédito 26 2 260 2.288Atendimento e Venda 27 1 270 5.861Atitude Comercial face à Mudança 17 1 306 7.497Basileia II 47 1 188 0Crédito a Empresas 15 1 0 0Crédito à Habitação 22 1 66 0Excel XP 12 1 0 0Formação de Acolhimento 3 2 221 2.366Formação Outdoor 71 2 1.326 26.410Formação Pedagógica Inicial de Formadores 26 2 2.600 14.658Gestão de Activos e Passivos - ALM 18 1 720 18.372Gestão de Risco de Crédito 51 3 300 0Operações Bancárias Gerais 29 1 580 4.659Produtos de Capitalização CA Vida 8 1 24 0Produtos e Serviços C.A. 14 1 140 958Profile 3 1 12 0Risco de Crédito "on-job" 2 1 210 0Ruris 5 3 154 5.944Segurança Fisica 40 1 80 544Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho 10 1 40 0Seguros Ramos Reais 232 29 2.193 0Seminários de Boas Práticas 30 2 180 0SIGA - Sistema de Informação e Gestão de Alertas 4 2 28 0Time Manager com MS Outlook 25 2 450 12.674

TOTAIS 737 63 10.348 102.230

Para além destas acções, foram também da responsabilidade do Centro de Formação as

inscrições e respectivo acompanhamento, em 77 cursos em regime aberto, promovidos

por outras entidades, nos quais participaram 141 colaboradores, totalizando 2.182 horas

formativas, representando um investimento de 68,4 mil euros, dos quais 26,4% foram

suportados pelo Fundo de Formação.

A exemplo dos anos transactos, para além da presença em cursos nesta tipologia de curta

duração, os empregados do Crédito Agrícola também frequentaram cursos de ensino à

distância, nomeadamente Fundamentos de Banca (50 formandos); Complementar de

Banca (1 formando); BancaSeguros (1 formando), Alemão (1 formando) Espanhol (1

formando) e Inglês (19 formandos), totalizando 73 participantes, representando um

investimento de 35,3 mil euros, dos quais 25 mil euros foram suportados pelo Fundo de

Formação.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 100

No que concerne a formação superior, para além dos 18 formandos que frequentaram o

Curso de Gestão Bancária, foram apoiados mais 12 colaboradores (5 licenciaturas e 7

Mestrados), ascendendo o investimento a 47 mil euros tendo 28,7 mil euros sido

suportados pelo Fundo de Formação.

Resumindo, participaram nas diversas iniciativas levadas a cabo 7.694 formandos

(variação negativa de 40%), representando um total de 72.352 horas formativas (-

44%), não estando aqui incluídos os cursos à distância, com um investimento global de

510.396,06€ (variação negativa de 11%), o qual foi comparticipado pelo Fundo de

Formação em 280.027 € (variação negativa de 10%).

Em 2007, foi alargada a Bolsa de Formadores Internos aos colaboradores das

Associadas, tendo-se realizado em Maio o “I Encontro de Formadores Internos do CA”,

concretizando-se em Setembro o primeiro curso com a sua participação.

Ainda em 2007 foram concretizadas as primeiras iniciativas em e-learning, com três

cursos piloto, concretamente Crédito a Empresas, Excel XP e Mediadores de Seguros

Ligados.

E. Actividades de Gestão de Competências e Desenvolvimento Profissional

• Implementação do Processo Relação Activa na CCCAM: identificação de

interlocutores; entrevista a todos os colaboradores; definição de perfis de

competências, caracterização do efectivo da Caixa Central e acompanhamento

regular de situações específicas;

• Manutenção das bases de dados do Modelo de Competências dos colaboradores da

CCCAM e das CCAM;

• Manutenção e preenchimento progressivo da base de dados do Modelo de

Competências do efectivo das CCAM;

• Apoio à implementação do SAGE nas 58 CCAM que solicitaram a adesão ao sistema;

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 101

380

365

375

390

403

410Evolução do nº de colaboradores

2000 2002 2004 2005 2006 2007

• Análise e pareceres no âmbito da remuneração, reenquadramentos funcionais,

conversão de contratos de trabalho e propostas de carreira;

• Parametrização do SAGE, avaliação de desempenho e tratamento de dados

referente a 2006;

• Gestão do processo de incentivos e promoções referentes ao ano 2006;

• Conclusão de estudos sobre competências e meios humanos nas CCAM Santo Tirso,

Évora, Ferreira do Alentejo, Cantanhede e Mira, Alto Minho, Alto Corgo, Tâmega e

Barroso;

• Actualização e manutenção da base de dados de Funções, decorrentes dos

processos de mobilidade e reestruturações organizacionais internas;

• Apoio ao projecto da Plataforma Organizacional;

F – Efectivo da Caixa Central

O incremento de colaboradores entre 2006 e 2007 reporta-se ao quadro de pessoal com

funções técnicas.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 102

3.2. Organização e Sistemas de Informação

A implementação do Programa de Modernização do Grupo Crédito Agrícola e o

desenvolvimento das Funções Organização e Sistemas de Informação continuaram a ser,

em 2007, as grandes linhas de actuação desta área, agrupadas em dois programas: o

PDOQ-Programa de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade (consubstanciando

a reorganização da Caixa Central) e o Programa Ruris+, de modernização tecnológica e

de sistemas de informação.

Apesar de detalhadamente explicitadas no Capítulo 5, enunciam-se, de seguida, as

principais iniciativas que marcaram a actividade nesta área em 2007, quer relativas ao

PDOQ, quer relativas ao Programa Ruris+, quer em termos de actividade corrente.

Assim, relativamente ao PDOQ, são de referir os seguintes projectos:

• Segregação de Funções da área comercial Empresas (a funcionar no

Departamento de Risco de Crédito), levando à criação do Gabinete Comercial de

Empresas;

• Adaptação do Middle Office da Caixa Central a esta nova realidade (ainda em

curso em 2008);

• Reorganização e Capacitação do DMEP – Departamento de Meios Electrónicos de

Pagamentos;

• Reorganização e Capacitação do GCC – Gabinete de Canais Complementares;

• Operacionalização do Departamento de Títulos da Caixa Central;

• Renovação da Plataforma Organizacional de Referência.

No que diz respeito aos estudos organizacionais realizados nas CCAM, foram realizados

cinco estudos, e procedeu-se ao acompanhamento do processo de certificação de qualidade

de três CCAM. Já no final de 2007, teve início o processo de análise de mais quatro

projectos de reorganização, que se concretizarão em 2008.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 103

Relativamente ao Programa Ruris+, destaca-se o envolvimento da Caixa Central nos

seguintes projectos:

Concluídos em 2007

o Risco II – Propostas e Scoring Crédito à Habitação

o Normas Internacionais Contabilísticas

o PCN – Fase II

o Modelo Inicial de Imparidade

o Elo - Cliente de Grupo

o ALM – Infra-estrutura de Gestão de Activos e Passivos

o Internet Banking Empresas

o Linha Directa 2

o Manual de Risco de Crédito

o Infra-Estrutura de Suporte ao Risco – Requisitos

No que concerne à actividade de gestão de pedidos, em 2007 foram tratados cerca de

800 pedidos de Sistemas de Informação, dos quais 84% foram encerrados.

Neste âmbito, é de destacar a operacionalização do Comité de Gestão de Pedidos de

Sistemas de Informação (no âmbito do CA Serviços), bem como do Comité de

Acompanhamento das CCAM (criado no âmbito da CCCAM) com o objectivo de

racionalizar o apoio da Caixa Central às Caixas Associadas.

O Comité de Gestão de Pedidos de Sistemas de Informação funciona, por sua vez, em

articulação com a Comissão de Organização, Meios e Sistemas de Informação (COMSI),

através da participação no Comité de três CCAM que integram a COMSI.

Iniciados em 2007 e transitando para 2008

o Central de Balanços - Implementação

o Pricing e Margem Complementar

o Infra-estrutura Suporte Marketing – Implementação

o Solução para Sala de Mercados

o SIBAL – Implementação

o Trevo +

o Solução de Trade Finance – Upgrade do Sistema Eximbills

o C@IS – Implementação

o Gestão de Garantias – Requisitos

o Standard Approach

o Implementação da Função Compliance

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 104

3.3. Meios Materiais e Logística

A política de contenção de custos e de rigor na despesa, bem como a procura de soluções

que contribuam para o aumento da produtividade, tem continuado a pautar a actuação

desta área. Neste âmbito, a actividade desenvolvida caracterizou-se pela racionalização e

pela economia dos meios necessários para cumprir os objectivos, com enfoque na

dinamização do novo modelo de arquivo, que está englobado no Programa de

Modernização, na melhoria de condições técnicas de gestão do património afecto à

actividade da Caixa Central, dos seus equipamentos e instalações, e no desenvolvimento do

software ERP Navision, enquanto ferramenta de apoio às actividades administrativas e

logísticas, e sua integração automática na contabilidade. No âmbito da segurança física das

instalações, deu-se ênfase à sensibilização dos colaboradores para a importância do seu

comportamento na minimização dos efeitos da criminalidade.

Em conformidade com o acima exposto, salientamos que a partir do final do 1º semestre,

entrou em produção o novo modelo de compras e facturação. Potencializámos, assim, a

utilização de uma ferramenta no sentido de se alcançar uma maior “performance” tanto no

controlo das compras ao exterior como no processamento da contabilização das respectivas

facturas.

Relativamente à facturação de terceiros, o processo de lançamento de facturas passou

também a ser responsabilidade desta área. A implementação deste projecto possibilitou

eliminar a utilização do papel nestas operações ao permitir a visualização dos documentos

por via digital e, por outro, permitiu o desenho e a definição do novo processo de

classificação analítica da facturação.

Foi dada continuidade à gestão dos imóveis provenientes das dações por cumprimento de

créditos, quer promovendo a sua divulgação pelos meios tradicionais, junto do potencial

mercado, para a sua venda, quer preparando a sua promoção por via do sítio do Crédito

Agrícola na internet, entre outras.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 105

Instalações

Relativamente às instalações adequou-se a organização espacial à nova estrutura orgânica

da Caixa Central, nomeadamente no Edifício Castilho e no Edifício República. Quanto ao

primeiro modernizaram-se duas áreas de negócio de grande importância, como a Sala de

Mercados e a Linha Directa – Call Center, tendo ambas sido dotadas das condições

adequadas às suas funções e aos meios tecnológicos usados.

Com a transferência da CA Vida do Edifício Castilho para o Edifício República, que está hoje

ocupado na sua totalidade, procedeu-se, também, a um investimento significativo na rede

de comunicações e de sistemas em todo o Edifício. Construiu-se uma nova sala de

sistemas, que permitiu integrar este Edifício na rede cooperativa do SICAM, abrangendo

não só esta empresa, como todas as outras já ali instaladas: CA Consult e a CA Gest. Ficou

também abrangido por este investimento o recém-criado Departamento de Títulos da Caixa

Central assim como a Área de Emigração e Representações Exteriores.

Relativamente ao Arquivo Central do Crédito Agrícola, em Castanheira do Ribatejo,

procedeu-se à elaboração do projecto de ampliação da capacidade de arquivo, visando

dotar os depósitos de novas estruturas metálicas e de condições de ventilação apropriadas.

Entretanto, concretizou-se a obra de colocação de um grupo gerador, para assegurar a

continuidade de funcionamento destas instalações, mesmo em situações de falha de

energia.

Concretizou-se o projecto da Caixa Central para o Balcão de Telheiras, que será de

referência para o Crédito Agrícola, e cuja abertura se concretizou em final de Fevereiro.

Foram aplicados os materiais da nova imagem, desenvolvidos em 2007, nas suas diferentes

componentes. Procurou-se reproduzir um modelo que combinasse o conforto, o espaço e o

ambiente de negócio, de forma a minimizar o custo de investimento e de funcionamento.

Assinalamos, também, a conclusão do Balcão da Damaia, que entrará em funcionamento

em 21 de Janeiro. Ainda, em 2007, foram elaborados os três projectos de arquitectura dos

futuros balcões da Caixa Central a abrir na cidade do Porto, no 1º semestre de 2008, cuja

consulta de mercado decorre.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 106

Segurança

No ano em análise procurou-se manter com as CCAM Associadas um contacto que

potenciasse a sua sensibilidade para os aspectos mais relevantes da conjuntura em matéria

de segurança física e comportamental, de forma a ir ao encontro das principais ocorrências

verificadas, que se centraram sobretudo na forte incidência sobre os equipamentos de ATM.

Arquivo

No âmbito do programa de modernização da Caixa Central e na sequência da entrada em

funcionamento da Área de Classificação e Custódia Documental, deu-se enfoque ao

desenvolvimento tecnológico e crescimento do novo modelo de arquivo. Assim, durante o

mês de Março iniciou-se o pedido de consultas ao arquivo em portal próprio, residente na

intranet.

Neste quadro, e até ao final de 2007, foram efectuados 3.276 pedidos ao Arquivo, num

total de 4.479 solicitações (cada pedido pode ter várias solicitações), tendo sido, ainda,

digitalizadas 75.856 páginas (26.000 em 2006), apresentando-se de seguida os quadros de

evolução trimestral.

Pedidos

0200400600800

1000120014001600

1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre

pedidos solicitações

Páginas digitalizadas

2292019988

14565

18383

1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre

Os serviços da Caixa Central adaptaram-se ao modelo implementado, nomeadamente

quanto ao recurso às imagens digitais para consulta de documentos, tendo 89% dos

pedidos sido respondidos desta forma. Apesar do aumento de cerca de 221% na média de

pedidos mensais face a 2006, houve uma melhoria significativa dos níveis de serviço.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 107

Apresentam-se de seguida os resultados trimestrais, bem como o último trimestre de 2006.

Respostas fora de prazo 2007

18%

13%

11%

8%9%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

4.º trim. 2006 1.º trim. 2.º trim. 3.º trim. 4.º trim.

Relativamente ao alargamento da actividade desta Área, em Agosto iniciou-se a

classificação documental nos Balcões da Caixa Central e na Área de Middle-Office. Visando

alargar este modelo de arquivo às Caixas Associadas, procedeu-se a um levantamento de

necessidades, através do envio de um questionário, nos meses de Julho e Agosto, para as

referidas CCAM, tendo-se verificado um retorno de resposta de cerca de 64,4%.

Ainda, no contexto de centralização do Arquivo do Grupo CA, em Outubro foi transferida

para o Arquivo Central documentação que a Caixa Central tinha em custódia externa,

relativamente às Áreas de Telecompensação de Documentos e de Serviços de Estrangeiro,

representando uma significativa economia mensal. Em virtude desta política passou-se a

assegurar as recolhas, o arquivo e a disponibilização para consulta da totalidade dos

documentos produzidos por todas as estruturas da Caixa Central.

Visando regulamentar a actividade da Área de Classificação e Custódia Documental foi

preparado um preçário de enquadramento das actividades do Arquivo, a implementar junto

das CCAM e das empresas do Grupo CA, tendo sido elaborado o respectivo contrato

modelo. Neste contexto, iniciou-se a contratualização do serviço de arquivo com a CA Vida,

CA Gest, CA Informática, CA Serviços e a CCAM de Évora, iniciando-se em Janeiro a

prestação de serviços de custódia de arquivo à CCAM do Algarve.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 108

3.4. Auditoria e Controlo Interno

Durante o ano 2007 a actividade desta área foi desenvolvida tendo como vectores de

referência os objectivos estratégicos do Grupo Crédito Agrícola, o risco inerente à

actividade da Instituição e as regras emanadas da entidade de supervisão, com o objectivo

de contribuir para a criação de valor, para o cumprimento das normas e procedimentos

regulamentares e para a minimização do risco na organização.

Foi dado seguimento à implementação funcional de um modelo de estrutura resultante da

reorganização iniciada em meados de 2006. Na sequência deste projecto foi desenhado um

novo método de gestão interna de processos e agilização de fluxos de informação assente

numa Aplicação Web designada GESTAI, a qual já se encontra em funcionamento desde o

início do ano 2008.

Na actividade de Auditoria e Controlo Interno a outras entidades, consolidou-se a

metodologia na execução de Auditoria Interna e Avaliação do Controlo Interno a estruturas

diferentes da Caixa Central, tendo alargado o seu universo de entidades auditáveis a

Caixas Agrícolas e Empresas do Grupo. Neste âmbito, foram desenvolvidos trabalhos de

Monitorização do Sistema de Controlo Interno, Controlo à Distância e Auditorias

Programadas.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 109

Assim, e decorrente do processo piloto desenvolvido durante o ano 2007, o GAI encontra-

se em condições de alargar esta metodologia a outras entidades que demonstrem interesse

para o efeito.

A intervenção em processos de Investigação, Fraude e Prevenção do Branqueamento de

Capitais, bem como a Gestão de Reclamações são actividades exercidas de forma corrente

e transversais ao SICAM e que têm conhecido um número crescente de ocorrências.

É de realçar que, no âmbito do processo de Gestão de Reclamações, o GAI assegura a

análise, resposta e posterior tratamento estatístico das reclamações apresentadas. Por

forma a satisfazer as novas regras decorrentes da legislação e instruções do Banco de

Portugal, imprimir maior rigor nas análises e celeridade nas respostas, optimizar os

procedimentos relacionados com as informações reportadas ao Banco de Portugal,

proceder à identificação de possíveis áreas problemáticas e sugerir correcções com vista ao

aperfeiçoamento dos procedimentos em vigor no Crédito Agrícola, tem vindo a avaliar o

processo actual, tendo-se concluído as seguintes etapas:

Quanto ao Desenvolvimento de Metodologias para a função Auditoria Interna do

SICAM, na vertente de Assistência ao Modelo de Auditoria Interna do SICAM, no ano 2007

foi dada continuidade ao apoio prestado pelo GAI aos Auditores Internos, à manutenção e

actualização das ferramentas de trabalho ao dispor dos Auditores e à participação nas

actividades da Comissão de Auditoria e Controlo Interno. Nesse sentido, foram

desenvolvidos diversos trabalhos, como:

Desenvolvimento e disponibilização da Versão 2 do SIAI – Sistema de Informação

de Auditoria Interna;

Implementação

Levantamento do processo

actual

2008

Identificação de pontos críticos

Concepção de um novo modelo

Implementação

Levantamento do processo

actual

2008

Identificação de pontos críticos

Concepção de um novo modelo

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 110

Qual a mais-valia obtida com a implementação da função Auditoria

Interna?

Salvaguarda, de que o ambiente de controlo está agora mais sustentado, com o

suporte que a função Auditoria Interna proporciona à Direcção.

Atingiu-se a uniformização de Conceitos, de Métodos e de Ferramentas de Trabalho ao

serviço do Auditor.

Qual a mais-valia obtida com a implementação da função Auditoria

Interna?

Salvaguarda, de que o ambiente de controlo está agora mais sustentado, com o

suporte que a função Auditoria Interna proporciona à Direcção.

Atingiu-se a uniformização de Conceitos, de Métodos e de Ferramentas de Trabalho ao

serviço do Auditor.

Relativamente às Caixas que ainda não têm Auditoria Internaimplementada, é fundamental que considerem o reforço que a

função confere ao ambiente de

controlo da estrutura.

Relativamente às Caixas que ainda não têm Auditoria Internaimplementada, é fundamental que considerem o reforço que a

função confere ao ambiente de

controlo da estrutura.

Relativamente às Caixas que ainda não têm Auditoria Internaimplementada, é fundamental que considerem o reforço que a

função confere ao ambiente de

controlo da estrutura.

Cada Grupo irá centrar-se, especificamente, em iniciativas que

permitam:Institucional

Metodologias

Competências

Controlo Interno

informação adequada ao SICAM

aumentar a eficácia no exercício da função

aumentar o conhecimento e as competências dos Auditores

reforçar o Sistema de Controlo Interno

O FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNOO FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO

Cada Grupo irá centrar-se, especificamente, em iniciativas que

permitam:InstitucionalInstitucional

MetodologiasMetodologias

CompetênciasCompetências

Controlo InternoControlo Interno

informação adequada ao SICAM

aumentar a eficácia no exercício da função

aumentar o conhecimento e as competências dos Auditores

reforçar o Sistema de Controlo Interno

O FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNOO FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO

Criação de um logótipo da Comissão de Auditoria e Controlo Interno no sentido de

certificar os trabalhos por ela realizados;

Optimização do Plano de Integração de novos Auditores no Modelo de Auditoria

Interna.

De forma a optimizar o funcionamento da Comissão de Auditoria adoptou-se uma nova

metodologia de trabalho, através da constituição de 4 Grupos, especializados em diferentes

áreas.

No âmbito do desenvolvimento do

Modelo de Auditoria Interna para

o SICAM e da assistência e

formação aos Auditores, tem sido

seguida uma dinâmica de

continuidade. As vantagens

obtidas pelas Caixas Associadas

com a função implementada –

Auditoria Interna – na sua

estrutura organizativa foram

testemunhados por dois Auditores

Internos no III Encontro de

Quadros do Grupo CA:

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 111

4. Supervisão, Acompanhamento e Fiscalização das

Caixas Associadas

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 112

As funções exercidas pelo DFOA têm vindo a tornar-se mais complexas e exigentes, na

medida em o quadro regulamentar tem vindo a evoluir com vista a acomodar a

transposição das mais recentes Directivas comunitárias e o acordo de Basileia II. Por outro

lado, a actividade das Caixas Associadas estende-se a novos tipos de operações conduzidas

no meio de uma clientela cada vez mais heterogénea.

Estes factores levam a que as metodologias utilizadas para garantir uma correcta e

atempada fiscalização, orientação e acompanhamento das CCAM tenham que estar

suportadas em processos que garantam uma operacionalidade adequada à evolução

organizativa das CCAM e do seu negócio. Assiste também a este desafio uma crescente

preocupação na promoção de condições financeiras e organizativas que possibilitem às

CCAM o cumprimento das exigências que se vão colocando ao sector financeiro no que

respeita a matéria prudencial e competitividade.

Neste sentido esta área continuou a dotar-se de meios que assegurem de forma

continuada:

• A implementação de controlos internos que possibilitem a evolução das

condições financeiras e organizativas;

• O reforço de uma gestão de situações de risco via ferramentas estruturadas de

informação de gestão e sistema de alertas;

• A evolução e actualidade dos processos, por via de uma área funcional dedicada

ao desenvolvimento de suportes, estudos e procedimentos;

• A capacitação das CCAM com informação actualizada que potencie o seu

desempenho e melhore o seu controlo interno.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 113

4.1. Políticas de Consolidação Económico-Financeira

Em 2007 continuou-se a dar particular ênfase à promoção de fusões de CCAM, como

veículo de consolidação económico-financeiro e reorganização estrutural do SICAM, e não

como uma mera forma de ultrapassar situações de insolvência.

O processo de fusões entre CCAM permitiu que em 2007 o número destas se reduzisse a

100.

Foram as seguintes as fusões ocorridas em 2007:

• CCAM de Viseu -Tondela e CCAM de Nelas e Carregal do Sal -> CCAM Terras do

Viriato

• CCAM de Baixo Vouga e CCAM de Águeda -> CCAM Baixo Vouga

• CCAM de Portalegre e Alter do Chão e CCAM de Ponte de Sôr -> CCAM Nordeste

Alentejano

• CCAM de Sintra e Litoral e CCAM de Loures -> CCAM Loures, Sintra e Litoral

Foi celebrado um Contrato de Assistência Financeira com a CCAM da Costa Azul (ex. –

CCAM de Santiago do Cacém) dada a incorporação nesta Caixa dos balcões de Setúbal e

Sesimbra da CCAM de Entre Tejo, no quadro de um processo de Fusão/Cisão envolvendo a

CCAM de Entre Tejo e Sado e a CCAM da Costa Azul, processo único no SICAM de

saneamento de uma CCAM (ETS) com insuficiência de Fundos Próprios, por alienação de

parte da sua Área Social a outra CCAM.

Foi ainda assinado entre a Caixa Central e a CCAM de Moravis um Contrato de Empréstimo

Subordinado como complemento à assistência recebida do FGCAM, e contratualizada, com

a CCAM do Algarve, a devolução dos Fundos recebidos no âmbito do saneamento da CCAM.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 114

4.2 Acompanhamento das Caixas Associadas

Em 2007, esta área continuou a execução de um conjunto de iniciativas estruturais e

funcionais, com vista a dotar-se dos meios necessários ao desempenho das suas funções

de forma cada vez mais eficaz, utilizando para o efeito metodologias de trabalho que tiram

partido dos sistemas de informação existentes.

O DFOA on line, processo tecnologicamente evoluído, desenhado e implantado para o

acompanhamento à distância das Caixas Associadas, e que incorpora um vasto conjunto de

indicadores prudenciais, de negócio e financeiros, continua a revelar-se um poderoso

instrumento de acompanhamento e fiscalização das Caixas Associadas.

Durante 2007, e em articulação com outros Departamentos das Caixa Central, foi lançado

um trabalho dirigido à preparação de um novo quadro organizativo – Plataforma

Organizacional - de referência para as CCAM, que passará a servir de modelo para aquelas

que sintam necessidade de se modernizar e tornar-se mais eficientes e competitivas.

Dando continuidade ao trabalho iniciado em exercícios anteriores, a actuação do DFOA

centrou-se em questões organizacionais e prudenciais, bem como na aferição do

cumprimento das orientações normativas emitidas pela Caixa Central para as Caixas

Associadas.

No final de 2007 o número de CCAM intervencionadas pela Caixa Central era de nove, sete

ao abrigo do artigo 77º-A e duas ao abrigo do artigo 77º do RJCAM. Por outro lado, é de

destacar a redução do número de CCAM acompanhadas localmente.

1ºQ 2ºQ 3ºQ 1ºQ 2ºQ 3ºQ77A 8 6 7 6 7 7

77 3 3 1 0 0 2

Local 38 45 35 42 34 28

Controlo à Distância 61 54 62 56 61 63

Total 110 108 105 104 102 100

Tipo de Acompanhamento

2006 2007

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 115

Para além das intervenções referidas, verificam-se acções pontuais para corrigir aspectos

específicos do funcionamento ou prevenir certas situações, que têm carácter de curta

duração.

Saliente-se que os indicadores do Normativo aplicável às CCAM evoluíram genericamente

de uma forma favorável, designadamente os indicadores relacionados com crédito vencido

bruto, produtividade, eficiência e cobertura do risco.

No momento actual, e considerando o conjunto das CCAM, verifica-se uma situação de

cumprimento pleno de todos os indicadores definidos, embora algumas CCAM incumprem

em algum(ns) indicadores.

Merece realce a acção iniciada no final de 2006 e continuada em 2007 relativa a Abates de

Crédito ao Activo integralmente vencido e provisionado no âmbito do Aviso n.º 3/95 do

Banco de Portugal, que possibilitou realinhar a prática seguida nas CCAM com os

procedimentos do sector, resultando num rácio de crédito vencido das CCAM de 4,4 % a

31/12/2007, versus 5,5% a 31/12/2006 e 7,7% a 31/12/2005.

A acção do DFOA tem tido em vista a consolidação financeira, com base em rácios de

capital e de resultados suficientemente robustos que permitam encarar o futuro com

confiança, consolidando a posição do Grupo Crédito Agrícola nos lugares de referência do

sector financeiro nacional.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 116

4.3. Sistemas de Informação e Suporte

Fornecendo informação atempada e adequada para o apoio e ajuda à ultrapassagem dos

contingentes desequilíbrios patrimoniais das CCAM, foi possível desde 2005 o reforço das

competências técnicas e operacionais, tornando possível um novo modelo de

acompanhamento das CCAM.

Por outro lado, produziu-se informação indispensável à acção dos Técnicos do DFOA junto

das CCAM, libertando-os dos trabalhos rotineiros de recolha de informação, alertando-os

para situações não conformes à boa gestão financeira que, eventualmente, ocorram, para

além de lhes permitir ocuparem-se preferencialmente com a organização e desempenho

das CCAM. Capacitou-se assim o incremento da actividade comercial, incluído o “cross-

selling”, permitindo ao DFOA crescer em produtividade, reduzir a necessidade de recursos

humanos e aumentar a sua eficiência, contribuindo para a consolidação do SICAM.

Presentemente, este sistema permite ainda fornecer às CCAM a análise económica –

financeira da sua situação com base nos respectivos registos contabilísticos. Estão em

estudo, por outro lado, novos desenvolvimentos que disponibilizarão informação adicional

julgada de relevo para o apoio do desenvolvimento das suas actividades.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 117

5. PROGAMA DE MODERNIZAÇÃO

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 118

O ano de 2007 foi o último ano do Programa de Modernização do Grupo Crédito Agrícola.

Este Programa foi lançado há cerca de 4 anos com o objectivo de dotar o Grupo de uma

infra-estrutura organizacional e tecnológica que lhe permitisse encarar os desafios do futuro

com as mesmas ferramentas que os seus principais competidores, consolidando,

simultaneamente, a sua base financeira.

A Caixa Central teve, neste contexto, um papel relevante na organização e estruturação de

tal programa, em articulação em especial com o CA Serviços, pela natureza tecnológica dos

objectivos que lhe estavam associados.

Efectivamente, estas duas estruturas implementaram mecanismos de controlo que

permitam acompanhar a evolução do Programa de Modernização de uma forma proactiva,

mas consciente dos desafios decorrentes de uma contenção orçamental sempre presente,

introduzindo os necessários ajustes pela dinâmica do contexto em que a execução do

Programa foi evoluindo. Desenvolveram, também, as competências necessárias para

estruturar um programa que foi muito abrangente e complexo, em especial devido às

exigências regulamentares que o influenciaram, assim como o estágio de desenvolvimento

do ponto de partida do Grupo Crédito Agrícola em matéria das competências necessárias

para a sua condução.

O ano de 2007 foi fortemente marcado pelo desenvolvimento de iniciativas relacionadas

com o vector de regulamentação, supervisão e controlo, com vista, não só a preparar o

SICAM para a adaptação aos requisitos decorrentes de Basileia II através da definição de

um Programa de Transformação da Função de Risco, como, também, captar todos os

benefícios internos que esses desafios e investimentos potenciam.

De seguida apresenta-se com maior detalhe as iniciativas estratégicas concluídas em 2007

e que consubstanciaram o Programa de Modernização nas vertentes organizacional e

tecnológica, ou seja, Programas PDOQ e Ruris+, respectivamente.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 119

5.1. Programa de Desenvolvimento Organizacional e de

Qualidade

O forte investimento realizado no Programa de Modernização do Grupo Crédito Agrícola, na

sua vertente tecnológica, permitiu disponibilizar um grande conjunto de novas ferramentas,

que, em conjunto com imperativos regulamentares, vieram criar uma grande pressão

organizacional.

Para fazer face a essa pressão, o Programa de Desenvolvimento Organizacional tem como

principal objectivo o desenvolvimento funcional e organizacional para melhor poder

aproveitar as novas ferramentas, adaptando as melhores práticas na sua utilização,

respeitando sempre os requisitos regulamentares.

É assim um programa orientado à geração de valor através da optimização dos meios

disponibilizados no RURIS+.

Os principais vectores de actuação são:

- Melhoria da eficiência e produtividade;

- Desenvolvimento do negócio;

- Redução do risco inerente à nossa actividade;

- e, cumprimento dos requisitos regulamentares.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 120

No próximo gráfico apresentamos as principais iniciativas realizadas.

Programa de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade

Sup

ervi

são

Reg

ula

m.

e C

ontr

olo

Ris

coN

egóc

io

Efic

iên

cia,

P

rodu

tivi

dade

1ºTrim. 2ºTrim. 3ºTrim. 4ºTrim.4ºTrim.20072006

Expansão Rede CCCAM

Segregação Função Comercial Empresas

Desenho Processos – Piloto

Revisão e Imp. do Modelo Referência CCAM

Desenho e Reengenharia de Processos da CCCAM - Fase II

Função Compliance e Preparação Informação de Disclosure

Concep. Políticas Gestão Risco

Reorganização e Capacitação do DMEP

Definição do Modelo Balcão

Qualidade Dados – Requisitos

Recuperação Crédito - CP

Criação do Middle Office

Reorganização DCCO – Def Mod

Reorganização e Capacitação do GCC

Operacionalização Departamento Títulos

Capacitação GCE

Função ALM - Implementação

Tendo em conta a relevância funcional das iniciativas que constituem o plano apresentado,

detalhamos nas próximas páginas o seu âmbito.

• Função Compliance e Preparação da Informação de Disclosure

Formalização, no Grupo CA, da função compliance, que terá como missão garantir que

os Órgãos de Gestão, as estruturas funcionais e os colaboradores em geral cumprem

com as disposições definidas internamente, que permitam garantir o cumprimento das

regras impostas por entidades externas. No caso específico do Acordo de Capital do

Comité de Basileia II, preparação de informação para supervisor (disclosure

requirements) nas vertentes Risco Crédito, Operacional e Mercado, que permitam a

aferição e aprovação das abordagens criadas.

Em Curso Concluídas

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 121

• Implementação da Função ALM – Gestão de Activos e Passivos

Inserida no plano de modernização da Função Financeira do GCA, a implementação da

função ALM, que decorreu em 2007, teve como principal objectivo, a operacionalização

da ferramenta de Gestão de Activos e Passivos realizada em final de 2006, formalizando

a existência de um comité ALCO.

• Concepção de Políticas de Gestão de Risco

O principal objectivo desta iniciativa foi promover a evolução dos processos da gestão

Risco e da Organização de forma a maximizar os benefícios das iniciativas que

compõem o Programa de Modernização.

Esta evolução foi conseguida através da actualização do Manual de Procedimentos de

Risco, para além da descrição dos próprios procedimentos e a identificação de eventuais

constrangimentos.

• Criação do Middle-Office e Definição do Modelo de Balcão

Iniciada ainda em 2006, a criação do Middle-Office revela-se como um projecto de

grande importância na expansão da rede do Caixa Central, parecendo-nos por isso

relevante apresentar, novamente o seu detalhe.

De acordo com os principais analistas de mercado, os bancos estão a reposicionar o seu

modelo de relacionamento com os clientes, focando num novo conceito de balcão que

permita dar uma resposta mais abrangente às suas necessidades.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 122

Essa tendência é confirmada pelos bancos, que, para o futuro, assumem o balcão como

o elemento nuclear do relacionamento bancário com o cliente, implementando uma

estratégia de grande complementaridade com o “self-service ” financeiro.

Esta evolução dos balcões,

obrigou a alteração do seu

modelo funcional, alterando

as características mais

transaccionais, para uma

abordagem totalmente

orientada à actividade

comercial. Passamos assim

a estar perante Lojas

Financeiras.

Este projecto pretendeu criar, na Caixa Central, as condições processuais que permitam

essa evolução com base num novo paradigma de balcão, libertando-o de cargas

administrativas que não tem que ser efectuadas no Front-Office, garantindo que os

colaboradores passarão a poder dedicar cerca de 80% da sua carga diária à actividade

comercial e permitindo a abertura de novos Balcões de menor dimensão.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 123

Este modelo só é possível com a evolução que o Grupo Crédito Agrícola tem efectuado

nos Canais Complementares, sendo hoje possível ter meios (como o Balcão 24) que

permitem criar zonas totalmente automatizadas, que garantem resposta às transacções

mais rápidas (depósitos, levantamentos, etc…).

Foi por isso implementado um modelo operativo de Balcão, com o apoio de um Middle-

Office centralizado, que suporta a actividade de todos os balcões, e que irá assegurar as

tarefas que não têm que ser obrigatoriamente efectuadas no Front-Office (salvo

algumas excepções), mantendo ou melhorando os actuais níveis de serviço.

• Segregação da Função Comercial de Empresas e Capacitação do Gabinete

Comercial de Empresas

Tendo em conta a dinamização comercial da Caixa Central no segmento empresas, foi

criado, no segundo semestre de 2007, o Gabinete Comercial de Empresas, tendo

incorporado algumas funções que eram anteriormente asseguradas pelo Departamento

de Risco de Crédito, no relacionamento com clientes empresas.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 124

Este Gabinete foi criado tomando em consideração a existência do Middle-Office de

particulares, que foi adaptado para também prestar serviço a este segmento.

• Operacionalização do Departamento de Títulos

Considerando a alienação da CA Dealer, durante o ano de 2007, a criação e

operacionalização do Departamento de Títulos da Caixa Central, veio permitir a

realização da:

o Manutenção da actividade de custódia de valores mobiliários

o Gestão e Manutenção das Emissões de Títulos de Investimento da Caixa

Central;

o Supervisão da actividade de transmissão e recepção de ordens de bolsa por

conta de outrem;

o Função de depositário dos Fundos de Investimento.

• Desenho e Reengenharia de Processos da CCCAM

O Projecto de desenho de processos da Caixa Central teve, em 2007, a sua fase de

desenho e mapeamento de algumas das principais áreas de Negócio, tendo também

sido identificados e desenhados os processos em modo de contingência.

PROCESSOSDocumentar é o primeiro

passo para a gestão de processos

Funções e Responsabilidades

Custos Gestão porCompetência

Performance eProdutividade

Riscos e Controlos

Contingência

Qualidade

Balanced Scorecards(Estratégia)

Documentação

Integraçãode processos e TI

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 125

Considerando que o levantamento e modelação dos processos é o primeiro passo para

um conjunto de outras iniciativas de grande importância dentro do banco, optou-se por

utilizar uma abordagem que permitisse ter um resultado de fácil reutilização para outras

iniciativas para além da preparação da situação de contingência. Desta forma, o

projecto de modelação de processos foi conduzido de acordo com as seguintes linhas

orientadoras:

• Desenho de processos transversal aos departamentos e orientado aos

produtos/serviços;

• Desenho do fluxo do processo end-to-end de forma a identificar claramente

todas as trocas de informação entre as áreas e departamentos;

• Identificação de todos os suportes tecnológicos utilizados pelos processos;

• Identificação exaustiva de todos os processos utilizados e não apenas os que

cumprem determinado nível de criticidade para o negócio;

• Construção de um repositório de processos (na ferramenta ARIS) que permita

uma fácil consulta, manutenção e divulgação da informação;

• Criação de manuais de processos e procedimentos para cada uma das áreas,

com todos os processos onde a área intervém.

O projecto foi realizado de acordo com a seguinte metodologia:

• Recolha de documentação jáexistente

• Reuniões com as áreas para levantamento da informação sobre o processo.

• Desenho preliminar dos processos, já no formato final

• Revisão do desenho com a área a que respeita.

• Desenho final do processo;

• Enquadramento no catálogo de serviços;

• Criação do manual de processos e procedimentos.

• Revisão do manual pelo DOSI;

• Validação do manual de processos por cada uma das áreas.

Desenho Preliminar

Levantamento de Informação

Etapa I Etapa II

DesenhoDesenho

Desenho Final e Elaboração do

Manual

Etapa III

Validação pela área

Aprovação pela Administração

Etapa IV Etapa V

AprovaAprovaççãoão

Publicação às áreas utilizadoras

PublicaPublicaççãoão

Manutenção e revisão periódica

• Envio dos manuais à administração para aprovação e instituição como normativo.

• Publicação das versões finais às áreas;

• Envio dos manuais ao GAI e ao GR.

No início de 2008 o projecto entrará na sua fase IV, avançando com a publicação no fim

do primeiro trimestre.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 126

• Revisão do Modelo Organizacional de Referência para as CCAM

A revisão do Modelo de Referência, foi um projecto interdepartamental desenvolvido ao

longo do ano de 2007 e que constitui a base da evolução organizacional do grupo, para

2008.

Esta evolução visa disponibilizar às Caixas Agrícolas as melhores práticas funcionais e as

ferramentas que lhes permitam estruturar a sua organização, incrementando a sua

eficiência e produtividade, respeitando as exigências regulamentares decorrentes do

Basileia II e da implementação do MAR – Modelo de Avaliação de Riscos – do Banco de

Portugal, em torno de 4 grandes objectivos:

o Focalização nas actividades de negócio;

o Reforço de funções específicas na vertente prudencial e de controlo;

o Intensificação do princípio da segregação de funções e da especialização em

competências críticas como sejam as de análise de risco;

o Maior flexibilidade na gestão dos recursos e das estruturas operacionais.

A divulgação e implementação deste modelo ocorrerão durante o ano de 2008.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 127

• Reorganização do DCCC – Definição do Modelo

Este projecto, iniciado no último trimestre de 2007, tem por objectivo proceder a uma

reorganização da Função Contabilidade da Caixa Central, enquanto prestador de

informação financeira, orçamental e patrimonial de suporte à gestão da CCCAM e Grupo

Crédito Agrícola.

Para isso o projecto foi estruturado de forma a promover uma revisão do processo

contabilístico actual e da informação financeira produzida, num âmbito individual e

consolidado, de forma a assegurar uma maior celeridade na prestação de contas e

melhorar a qualidade da informação financeira, assim como alargar o espectro e

actuação do DCCC a todos os domínios da Função Contabilística, incluindo o

planeamento, orçamentação, controlo e informação de gestão. Pretende, também,

disponibilizar os mecanismos construídos ou informação produzida a todas as unidades

do Grupo, assegurando a sua apropriação como um instrumento útil e de valor

acrescentado para a sua gestão corrente.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 128

5.2. Sistemas de Informação – Programa Ruris+

À semelhança dos 3 anos anteriores, o Programa Ruris+ marcou novamente em 2007 a

actividade da Caixa Central no que diz respeito a Sistemas de Informação, como se pode

verificar no quadro seguinte:

Supe

rvis

ãoR

egu

lam

. e

Con

trol

oR

isco

20071ºTrim. 2ºTrim. 3ºTrim. 4ºTrim.

Neg

ócio

Efic

iên

cia

e P

rodu

tivi

dade

Em Curso Concluídas

ALM

Modelo inicial de Imparidade

NIC’s

Gestão Garantias – Def. mod.

Rep. Inf. Risco - Requisitos

Central de Balanços - Implementação

Risco II - Scoring CH

Standardized Approach

IB Empresas – Fase 0

Linha Directa 2

ISM - Implementação

SIBAL - implementação

Crescimento da Margem Complementar

Solução para Sala Mercados

C@is - Implementação

Trevo+

Solução de Trade Finance

PCN – Swift e Consolidação

ELO/Cliente Grupo

Risco II – ENI’s

Neste contexto e no âmbito das suas responsabilidades, a Caixa Central contribuiu

decisivamente para a implementação de projectos tecnológicos estruturantes para o Grupo,

não só através da gestão e acompanhamento da concretização do programa, em conjunto

com a CA Serviços, como, também, na definição dos requisitos de negócio, que nortearam

o âmbito das funcionalidades implementadas.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 129

Esse contributo foi consubstanciado pelas estruturas orgânicas directa ou indirectamente

relacionadas com cada um dos vectores de desenvolvimento que compõem o Programa de

Modernização, conforme explanado na introdução deste Capítulo, complementado pela

participação de diversas Caixas Associadas Piloto em cada projecto, assim como pelo

acompanhamento e validação da Comissão de Organização, Meios e Sistemas de

Informação e outras Comissões directamente relacionadas com os temas respectivos.

Em complemento ao referido no Capítulo 3.2., onde foram já identificados os projectos do

Programa Ruris+ concluídos ou em curso que marcaram a actividade de 2007, procede-se

em seguida à sua descrição mais detalhada, especialmente aqueles com maior impacto na

actividade da Caixa Central.

Assim, os projectos do Programa Ruris+ concluídos em 2007 foram os seguintes:

• Normas Internacionais Contabilísticas

Esta iniciativa visou a implementação das adequações tecnológicas identificadas na fase

de diagnóstico do projecto (Fase I), com vista a que no dia 01 de Janeiro de 2007, o

Grupo CA esteja apto a cumprir os requisitos identificados no âmbito das Normas

Internacionais de Contabilidade.

As actividades relacionadas com a preparação de informação para reporte (interno e

externo) e a elaboração de um manual contabilístico foram finalizadas no 1º trimestre

de 2007.

• Plano de Continuidade de Negócio – Swift e Consolidação

Em complemento à fase anterior, que abrangeu os sistemas Profile, Eximbills, Opics,

Lease e Cogen, este projecto incluiu na plataforma de recuperação do negócio do Grupo

Crédito Agrícola em cenários de contingência, toda a infra-estrutura relacionada com o

Swift.

Envolveu, também, a realização de 2 simulacros que envolveram as diversas áreas de

negócio quer da CCCAM quer das CCAM, ao nível dos seus balcões, consubstanciando o

processo de consolidação da fase anterior, implementada em 2006.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 130

• Risco II – Propostas e Scoring de ENI’s, Crédito à Habitação e Cartões de

Crédito

Este projecto implementou no decorrer de 2007 as funcionalidades de registo e gestão

de propostas de Crédito à Habitação com impressão automatizada de contrato e

integração com o sistema de empréstimos, ao nível das CCAM Piloto, prevendo-se a

extensão às restantes CCAM no decorrer do 1º trimestre de 2008.

Esta iniciativa integra o Programa de Transformação da Função de Risco.

• ALM – Infra-estrutura de Gestão de Activos e Passivos

Foi objectivo desta iniciativa dotar, numa primeira fase, a Caixa Central de uma infra-

estrutura de suporte que suportasse do ponto de vista informacional a

operacionalização do Comité ALCO (Comité de Gestão de Activos e Passivos) que tem

por principal objectivo facilitar a articulação da acção das diversas áreas de negócio

conducente a uma gestão integrada do balanço balizada pela definição de limites de

risco e taxa de juro e de liquidez e objectivos de rentabilidade dos activos e capitais

próprios previamente definidos.

• Infra-Estrutura de Suporte ao Risco – Requisitos

Conceptualização funcional de um repositório de dados único, consistente, estruturado,

flexível e com elevada capacidade de armazenamento de dados históricos de Risco que

se adeqúe ao estabelecido por Basileia II no que se refere ao risco de crédito, risco de

mercado e risco de taxa de juro e de liquidez no balanço e adicionalmente, que permita

dotar o Grupo Crédito Agrícola de um sistema de informação de Risco adequado a cada

nível da organização

• On Line Empresas (Internet Banking)

Este projecto permitiu disponibilizar ao Segmento Empresas do Grupo Crédito Agrícola

um novo serviço de Internet Banking.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 131

Esta fase consistiu em:

o Elaborar o desenho do Modelo Funcional, com a especificação das

funcionalidades disponibilizadas na sua versão inicial e que são as

funcionalidades existentes no On-Line e as transferências internacionais

(Operações e Consultas);

o Desenhar e implementar

o novo processo de

adesão, com perfis de

acesso específicos e

matriz de autorização;

o Implementar tecnologia

de suporte, tirando

partido da plataforma

integradora e multicanal,

implementada no âmbito dos projectos Internet Banking Particulares e Elo.

• Linha Directa 2

Consistiu na implementação do Contact Center do Grupo, através do desenvolvimento

de um sistema de autenticação de Clientes, mais uma vez sustentado na plataforma

integradora e multicanal referida no projecto anterior, permitindo a disponibilização ao

Cliente de um serviço

transaccional através de

atendimento automático

(IVR), 24h por dia, 7 dias por

semana e/ou personalizado,

em horário alargado, 365 dias

por ano.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 132

Este projecto contemplou igualmente o desenvolvimento da integração técnica entre a

aplicação de suporte à actividade dos operadores da Linha Directa (Sistema Altitude) e

o Sistema Profile, dando origem à Aplicação de Gestão de Canais, tornando mais

eficiente e rápido o serviço de atendimento prestado ao Cliente.

• Elo – Cliente Grupo

A solução ELO pretende ser a plataforma tecnológica, transversal a todo Grupo, que

permite a integração de informação e de aplicações. Disponibiliza ainda a Aplicação

Cliente Grupo contendo uma visão agregada do Cliente no contexto do Grupo,

integrando, desde já, informação contratual oriunda dos seguintes sistemas:

o Profile – Retalho (Activo, Passivo e Extra patrimoniais)

o Eximbills – Operações em moeda estrangeira

o Opics – Operações de sala de mercados e produtos de tesouraria

o Lease – Operações de Leasing Mobiliário e Imobiliário

o Cogen – Seguros Reais

o GIS – Seguros Vida

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 133

• Trevo +

Esta iniciativa visou a implementação de uma rede privada telefónica universal ao Grupo

Crédito Agrícola, com os seguintes objectivos:

Criação e uniformização da rede telefónica interna

Redução dos custos de comunicação (chamadas inter-CCAM sem custos)

Melhoria de comunicação entre entidades do GCA

Gestão centralizada da rede de voz do SICAM.

Quanto aos projectos iniciados em 2007 e cuja conclusão se prevê em 2008, estão

previstos os seguintes:

• Modelo Inicial de Imparidade

• Central de Balanços – Implementação

• Standardized Approach

• Crescimento da Margem Complementar

• Infra-estrutura Suporte Marketing – Implementação

• Solução para Sala de Mercados

• SIBAL – Implementação

• Solução de Trade Finance – Upgrade do Sistema Eximbills

• C@IS – Implementação

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 134

6. Demonstrações Financeiras

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 135

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 136

RUBRICA Notas 2007 2006(Próforma)

Juros e rendimentos similares 27 192.669.013 149.667.804Juros e encargos similares 28 (146.726.826) (106.735.875)

Margem financeira 45.942.187 42.931.929

Rendimentos de instrumentos de capital 29 340.882 270.063Rendimentos de serviços e comissões 30 19.785.617 16.869.979Encargos com serviços e comissões 31 (6.283.760) (5.010.931)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 32 (489.103) 256.964Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 33 (692.867) 190.254Resultados de reavaliação cambial 34 864.818 630.005Resultados de alienação de outros activos 35 (970.355) (1.101.101)Outros resultados de exploração 36 9.131.683 2.710.202

Produto bancário 67.629.102 57.747.364

Custos com pessoal 37 (20.162.043) (19.087.816)Gastos gerais administrativos 38 (19.916.011) (16.840.401)Amortizações do exercício 14 e 15 (1.137.608) (1.334.604)Provisões líquidas de reposições e anulações 21 1.786 146.918Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 21 (12.761.284) (17.164.917)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 21 739.019 13.947.900

Resultado antes de impostos 14.392.961 17.414.444

Impostoscorrentes 17 (8.978.463) (8.303.721)diferidos 17 5.349.531 2.163.406

Resultado líquido do exercício 10.764.029 11.274.129

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (PRÓFORMA)

(Montantes expressos em Euros)

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 137

2007 2006(Próforma)

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimento de juros e comissões 212.454.630 166.308.918Pagamento de juros e comissões (148.233.001) (111.677.933)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (39.993.096) (35.208.280)Contribuições para o fundo de pensões (84.958) (78.744)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (3.628.932) (8.303.721)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 9.996.501 4.505.334Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 30.511.144 15.545.574

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao justo valor 324.894.194 (18.746)Activos disponíveis para venda (739.381.627) 53.752.311Aplicações em instituições de crédito 116.895.166 297.510.140Crédito a clientes 185.525.413 31.996.595Investimentos detidos até à maturidade (210.801.147) 23.616.231Activos não correntes detidos para venda 958.392 (2.107.057)Outros activos 64.295.360 (714.148)

(257.614.249) 404.035.326

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 19.790 -Recursos de outras instituições de crédito 80.650.963 387.943.698Recursos de clientes e outros empréstimos 10.365.012 60.745.256Outros passivos 65.348.589 (3.536.358)

156.384.354 445.152.596

444.509.747 56.662.844

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Variação de activos tangíveis e intangíveis (887.418) 1.448.907Recebimento de dividendos (340.882) (270.063)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 12.299.880 1.759.861

11.071.580 2.938.705

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento de capital 600.545 436.700Variação de passivos subordinados 23.419.630 3.134.483Reservas 7.964.054 -

31.984.229 3.571.183

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 465.422.396 57.295.322

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 212.211.754 154.916.432

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 677.634.150 212.211.754

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Caixa líquida das actividades de financiamento

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS

Caixa líquida das actividades operacionais

Caixa líquida das actividades de investimento

(Montantes expressos em Euros)

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (PRÓFORMA)

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 138

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doIAS/IFRS Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 (PCSB) 218.270.785 460.998 1.210.564 (117.260.031) (116.049.467) 10.158.782 112.841.098

Impacto da adopção das NCA:Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 - - - (1.365.596) (1.365.596) - (1.365.596)Activos intangíveis IAS 38 - - - (2.498.959) (2.498.959) - (2.498.959)Prémio de antiguidade IAS 19 - - - (1.987.096) (1.987.096) - (1.987.096)Encargos com saúde IAS 19 - - -Impostos diferidos IAS 12 - (235.953) - 13.972.531 13.972.531 - 13.736.578Provisões IAS 37 - - - (971.427) (971.427) - (971.427)Aplicação do IAS 32 e IAS 39:

Diferimento de comissões associadas a operações de crédito IAS 18 - - - (1.036.296) (1.036.296) - (1.036.296)Mais valias potenciais IAS 39 - 890.387 - 2.735.318 2.735.318 - 3.625.705

Saldos em 1 de Janeiro de 2006 (Proforma NCA) 218.270.785 1.115.432 1.210.564 (108.411.556) (107.200.992) 10.158.782 122.344.007

Aplicação do resultado do exercício de 2005: -Transferência para reservas - - - 10.158.782 10.158.782 (10.158.782) -

Aumento de capital 436.700 - - - - - 436.700Variação da reserva de justo valor - 589.553 - - - 589.553Impostos diferidos associados à variação da reserva de justo valor - (156.231) - - - - (156.231)Resultado líquido do exercício de 2006 - - - - - 11.274.129 11.274.129

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 (NCA) 218.707.485 1.548.754 1.210.564 (98.252.774) (97.042.210) 11.274.129 134.488.158

Amortização anual do impacto de transição das pensões - - - (126.937) (126.937) - (126.937)Outros - - - 101.931 101.931 - 101.931Aplicação do resultado do exercício de 2006: -

Transferência para reservas - - - 11.274.129 11.274.129 (11.274.129) -Aumento de capital 600.545 - - - - - 600.545Variação da reserva de justo valor - (3.601.875) - - - - (3.601.875)Impostos diferidos associados à variação da reserva de justo valor - 954.497 - - - - 954.497Resultado líquido do exercício de 2007 - - - - - 10.764.029 10.764.029

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 219.308.030 (1.098.624) 1.210.564 (87.003.651) (85.793.087) 10.764.029 143.180.348

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Outras Reservas e resultados transitados

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 139

7. Proposta de Aplicação de Resultados

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 140

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos do Artigo 43º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, e do Artigo 40º

dos Estatutos da Caixa Central, propõe-se ao Conselho Geral e de Supervisão que o

Resultado Líquido do Exercício de 2007, um lucro de 10.764.029,05 Euros, seja

inteiramente afecto à cobertura dos prejuízos registados na conta de resultados transitados.

Lisboa, 28 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração Executivo

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 141

III. ANEXOS

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 142

1. Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 143

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, C.R.L.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Valores expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (adiante designada por Caixa Central ou CCCAM)

é uma instituição de crédito constituída em 20 de Junho de 1984 sob a forma de Cooperativa de

responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais

actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa Central forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é

formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas (Caixas Associadas). Compete à Caixa Central assegurar a

orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do

Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2007, a Caixa Central opera através da sua sede, situada na Rua Castilho

n.º 233, em Lisboa e através de uma rede de quatro balcões situados no concelho de Lisboa.

Dos factos mais relevantes ocorridos no exercício de 2007, salienta-se a alienação da totalidade das

participações financeiras detidas na Crédito Agrícola Vida, S.A., correspondente a 53,83% do seu

capital e na Crédito Agrícola Seguros, S.A., correspondente a 49,00% do seu capital, à Crédito

Agrícola, SGPS, S.A. por 17.928.937 Euros e 20.709.360 Euros, respectivamente. Com estas

vendas, a Caixa Central registou mais valias no montante de 6.791.862 Euros (Nota 36).

Dos factos ocorridos durante o ano de 2006, aqueles que tiveram maior relevância foram:

- No início do exercício de 2006 foi constituída pela Caixa Central, uma Sucursal Exterior

Financeira em Cabo Verde, denominada “Instituição Financeira Internacional (IFI) – Cabo Verde”.

- Foram repostas no exercício provisões líquidas no montante de 19.814.229 Euros sobre a

participação financeira na Crédito Agrícola Seguros S.A., por alteração do critério de apuramento

das menos valias latentes, passando a enquadrar-se nas regras de provisionamento do Aviso

4/2002 do Banco de Portugal (Nota 21).

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 144

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa Central foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de

acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos

termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do

Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº

1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o

ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005,

de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e

contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser

reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os

proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de

operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês,

nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão

ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo

com o método referido na alínea anterior;

iii) Mantém-se o anterior regime de provisionamento do crédito e contas a receber, sendo

definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do

Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de

Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de

Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites,

garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo

deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 –

Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações

extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são

registadas em “Reservas de reavaliação”.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 145

v) É permitido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição

para os critérios do IAS 19 dos custos e responsabilidades assumidos relativamente a

pensões, custos com saúde e outros benefícios a que os colaboradores da Caixa Central

têm direito após o período activo de trabalho.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº

12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto

apurado com referência a 1 de Janeiro de 2006, decorrente da transição para os IAS/IFRS

pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações

uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da

alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos

pós-emprego (SAMS), para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro

de 2013.

Em 2007 a Caixa Central apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de

acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 4.

As demonstrações financeiras da Caixa Central em 31 de Dezembro de 2007, estão

pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do

Conselho de Administração Executivo da Caixa Central que estas demonstrações financeiras

virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem

como as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de

2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as

normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa Central apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de

acordo com as NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as

demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA

(demonstrações financeiras próforma).

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa Central adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em

relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e

proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 146

seu pagamento ou recebimento.

b) Operações em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e

moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo

Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, às taxas de câmbio em vigor na data em que foram realizadas.

Adicionalmente, são adoptados os seguintes procedimentos contabilísticos:

- a posição cambial à vista por moeda, que corresponde ao saldo líquido dos activos e

passivos numa determinada moeda, é reavaliada diariamente de acordo com os

câmbios de “fixing” indicados pelo Banco de Portugal, por contrapartida de

resultados;

- a posição cambial a prazo numa moeda, que corresponde ao saldo líquido das

operações a prazo a aguardar liquidação, é reavaliada à taxa de câmbio a prazo de

mercado ou, na ausência desta, a uma taxa calculada com base nas taxas de juro de

mercado para essa moeda e para o prazo residual da operação. A diferença entre os

saldos convertidos para Euros às taxas de reavaliação utilizadas e os saldos

convertidos às taxas contratadas, corresponde à reavaliação da posição cambial a

prazo, sendo registada em resultados.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa Central exerce controlo sobre a

gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa Central

exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa

entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder

de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas

sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de

análises de perdas por imparidade.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal,

de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 147

relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são

reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da

taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de

um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos

imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria

devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos,

segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de

provisões, nos termos descritos abaixo.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são

registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros,

comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos

gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações

introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de

Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as

seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens

provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e

são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou

que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos

termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os

seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros,

pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 148

. Estarem em incumprimento há mais de:

. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos

mas inferior a dez anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis

ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a

classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações

relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os

créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas

aplicáveis aos créditos vencidos.

A Caixa Central classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou

juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com

prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito

aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa Central abate ao activo os créditos considerados incobráveis

por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos

referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de

exploração”.

Em 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica inclui provisões registadas acima dos

mínimos exigidos pelo normativo do Banco de Portugal no montante de 52.505.759

Euros, para fazer face a potenciais problemas na recuperabilidade de créditos para

os quais existem indícios de imparidade.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 149

imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços

desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os

IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou

recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com

valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos

financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a

pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos

para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa Central optou por

registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao

justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os

ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são

reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição

e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da

taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos

similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com

este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício

em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em

mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um

preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com

base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou

técnicas de “discounted cash-flows”.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 150

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros

futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto

utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com

características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados

utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com

base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em

análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade

creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para

negociação, ao justo valor através de resultados, investimentos a deter até à

maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo

valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao

custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são

reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua

venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são

transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários

são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o

custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo

com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e

rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na

data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos

antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua

distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento

fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso

determinada, sendo do interesse da Caixa Central mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de

aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das

diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 151

calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na

rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são

registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num

mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos

financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de

eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos

incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos

são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por

imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite

calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A

taxa efectiva é aquela que é utilizada para descontar os fluxos futuros estimados

associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam

originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação,

em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que

corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são

posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo

Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de

Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i)

garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem

assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do

Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 152

Em 2007, a Caixa Central possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo

de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo no montante de 33.496.194 Euros, descritos

na

Nota 22.

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa Central efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros

com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões são

calculadas conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros,

as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação

de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para

títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto

no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa

ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas

por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido

através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é

reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título

ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de

reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados.

As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser

revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo

valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade.

As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser

revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o

reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor.

Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada

imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas

em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade,

a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 153

f) Derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua

contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo

valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados

pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente

reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e

passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e

negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de

resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa Central para o desenvolvimento da sua

actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos

directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do

período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em

edifícios que não sejam propriedade da Caixa Central, são amortizadas em prazo

compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006

foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que

corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes

da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento

das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos

fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por

imparidade.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 154

Activos intangíveis

A Caixa Central regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de

projectos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação,

bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto

esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados. Anualmente é

efectuada uma análise para apuramento de perdas por imparidade.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e

perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo

da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

h) Activos tangíveis disponíveis para venda

A Caixa Central regista em “Outros activos” os imóveis, equipamentos e outros bens

recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, sendo registados

pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da

dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de

avaliações periódicas que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o

valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por

que se encontram contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir

do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

A Caixa Central não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

i) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de

crédito (de acordo com o Aviso 3/95 do Banco de Portugal), riscos fiscais, processos

judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa Central, de

acordo com o IAS 37 (Nota 21).

j) Benefícios de empregados

A Caixa Central subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o

Crédito Agrícola (denominado por Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de

Crédito Agrícola Mútuo) pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a

pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados

estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa Central com pensões

relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face

aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa Central integra o Fundo de Pensões

do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de

reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela

Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 155

acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente

entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e o número total de

anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo

Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de

um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito

Agrícola Vida S.A..

A repartição dos activos do Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola pela Caixa

Central e pelas Caixas Associadas foi efectuada com base no total das responsabilidades

individuais de cada uma das entidades a 31 de Dezembro de 2007.

De acordo com os estatutos da Caixa Central, os membros dos seus órgãos sociais não

são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir

das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de

Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado e da data de antiguidade para efeitos de nível e diuturnidades para o tempo de serviço total, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por

velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por

invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente

casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de

três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício

encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo

VI do ACTV.

A Caixa Central regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões

que é estimada pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida S.A. para cada

entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 156

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento

integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de

um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados

de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos

relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do

IAS 19.

Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos

(SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as

responsabilidades com complementos de pensões.

Os ganhos e perdas actuariais resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos

actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das

alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo

numa rubrica de desvios actuariais e o seu valor acumulado é imputado a resultados com

base no método do corredor.

De acordo com o método do corredor os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados

no início do ano que excedam 10% do valor actual das responsabilidades totais ou do

valor do fundo, dos dois o maior, reportados igualmente ao início do ano, são imputados a

resultados durante o período estimado de serviço remanescente dos trabalhadores

abrangidos pelo plano. Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situem dentro

do referido limite, não são reconhecidos em resultados.

k) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa Central assumiu o compromisso de atribuir aos

colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e

efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua

retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

A Caixa Central determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade

através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos

actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos

salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das

responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas

de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da

liquidação das responsabilidades.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa Central é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 157

As contas das sucursais são integradas nas contas da Caixa Central para efeitos fiscais.

As Sucursais Financeiras Exteriores na Região Autónoma da Madeira e na Região

Autónoma dos Açores beneficiam, ao abrigo do artigo 34º do Estatuto dos Benefícios

Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos da aplicação desta

isenção, de acordo com o disposto na Portaria nº 555/2002, de 4 de Junho, considera-se

que pelo menos 80% do lucro tributável da actividade global da Caixa Central é resultante

de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona franca da Madeira e dos

Açores.

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes

e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do

resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou

proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros

períodos.

Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e

a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um

activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os créditos fiscais também são

registados como impostos diferidos activos.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças

temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até

ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam

a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No

entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa Central tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às

taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do

exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido

reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de

activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é

igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do

exercício.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 158

m) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito

concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do

plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como

proveitos financeiros.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de

pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim

como de passivos contingentes divulgados.

Capital Social

Nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2007, o montante considerado na rubrica de

Capital Social pressupõe a aprovação e concretização da proposta de alteração ao Regime Jurídico

do Crédito Agrícola (RJCA) na qual se prevê condicionar o reembolso dos títulos de capital à

aprovação pela Assembleia Geral.

Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas

utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade,

crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores

reais podem diferir das estimativas efectuadas.

Impostos diferidos

O reconhecimento de impostos diferidos activos pressupõe a existência de resultados e de matéria

colectável futura. Adicionalmente, os impostos diferidos activos e passivos foram determinados com

base na legislação fiscal actual. Deste modo, alterações na legislação fiscal podem ter impacto no

valor dos impostos diferidos.

Avaliação dos colaterais nas operações de crédito

As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente hipotecas de imóveis, foram

efectuadas com o pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário,

durante o período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor

dos referidos colaterais na data da concessão do crédito.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 159

4. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um

impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa Central em 1 de Janeiro de 2006 no montante

de 9.502.909 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras

preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos:

Capitais Próprios

Valores de acordo com o PCSB em 31 de Dezembro de 2005 112.841.098

Alterações resultantes da introdução das NCA:

IAS 18 e 39 Periodificação de comissões (1.036.296)IAS 39 Carteira de títulos 3.625.705IAS 19 Prémio de antiguidade (1.987.096)IAS 38 Activos intangíveis (2.498.959)IAS 16 e 36 Activos tangíveis e imparidade de activos (1.365.596)IAS 37 Provisões, passivos contingentes e activos contingentes (971.427)IAS 12 Impostos diferidos 13.736.578

Valores de acordo com as NCA em 1 de Janeiro de 2006 122.344.007

Ajustamento de transição

Periodificação de comissões (IAS 18 e 39)

De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros

registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das operações pelo método da

taxa efectiva. As comissões contabilizadas em proveitos até 31 de Dezembro de 2005, mas que de

acordo com as NCA deveriam ser reconhecidas ao longo da vida das operações, foram abatidas a

resultados transitados.

Carteira de títulos (IAS 39)

De acordo com o IAS 39, os títulos classificados na anterior carteira de investimento foram

reavaliados ao justo valor e as respectivas mais valias potenciais (líquidas de impostos) foram

reconhecidas numa rubrica do capital próprio designada reserva de reavaliação de justo valor.

Adicionalmente a amortização do prémio/desconto dos títulos classificados à data da transição na

carteira de investimentos detidos até á maturidade foi reconhecida na rubrica de resultados

transitados.

Prémio de antiguidade (IAS 19)

O valor actual dos prémios de antiguidade a pagar no futuro por serviços passados em 31 de

Dezembro de 2005 foi reconhecido por contrapartida de resultados transitados. De acordo com o

anterior normativo do Banco de Portugal, os prémios de antiguidade eram reconhecidos como custo

no momento do respectivo pagamento.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 160

Activos intangíveis (IAS 38)

A Caixa Central regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por amortizar dos

activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 38. Estes activos correspondiam

essencialmente a campanhas de publicidade, que de acordo com o PCSB eram amortizados em 3

anos.

Activos tangíveis e imparidade de activos (IAS 16)

A Caixa Central regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por amortizar dos

activos tangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 16. Estes activos correspondiam

essencialmente a obras em imóveis, mobiliário e instalações interiores.

Provisões, passivos contingentes e activos contingentes (IAS 37)

Foram registadas em 1 de Janeiro de 2006, provisões para fazer face a duas acções movidas contra

a caixa Central. Ambas as situações reportam-se a contingências anteriores a 1 de Janeiro de 2006,

pelo que foram ajustadas por contrapartida de resultados transitados.

Impostos diferidos (IAS 12)

O apuramento dos impostos diferidos à data de transição detalha-se da seguinte forma:

Provisões tributadas 11.730.402 Activos intangíveis (IAS 38) 662.224 Responsabilidades com Pensões (IAS 19) 526.580 Activos tangíveis (IAS 16) 361.883 Rédito (IAS 18) 274.619 Provisões, activos e passivos contingentes (IAS 37) 257.428 Prejuízos fiscais reportáveis 157.050 Posição cambial a prazo 2.345 --------------- Impacto registado por contrapartida de resultados transitados 13.972.531 Instrumentos financeiros (IAS 39) - Impacto registado por contrapartida de reservas ( 235.953 ) --------------- 13.736.578 =========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 161

5. RELATO POR SEGMENTOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a segmentação dos resultados da Caixa

Central por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à banca de retalho e desenvolvida em

Portugal.

6. CAIXA CENTRAL E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006 Caixa: Moeda nacional 2.698.904 4.022.213 Moedas estrangeiras 2.444.798 3.000.170 -------------- --------------- 5.143.702 7.022.383 ----------------- ----------------- Depósitos à ordem no Banco de Portugal 656.836.964 192.559.591 ----------------- ----------------- 661.980.666 199.581.974 ========== =========

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu,

a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros

participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais

Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e

em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de

clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante

de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das

operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 162

7. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Cheques a cobrar 9.408.825 8.390.769 Depósitos à ordem 51.525 48.991 -------------- -------------- 9.460.350 8.439.760 -------------- -------------- Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro: Organismos financeiros internacionais Depósitos à ordem 6.138.451 4.188.774 Cheques a cobrar 54.683 1.246 --------------- --------------- 6.193.134 4.190.020 --------------- --------------- 15.653.484 12.629.780 ======== ========

8. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de capital 720.126 133.504 Instrumentos financeiros derivados - Futuros 9.305 - ----------- ----------- 729.431 133.504 ====== ======

O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica é apresentado no Anexo I.

9. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida 218.245.304 173.714.829 Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida 105.563.860 23.316.319 ----------------- ----------------- 323.809.164 197.031.148 ========== =========

O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica é apresentado no Anexo I.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 163

10. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida 9.578.771 93.151.871 Instrumentos de capital 59.881.049 59.819.179 Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida 31.844.543 37.226.031 Instrumentos de capital 46.937 46.938 ---------------- ---------------- 101.351.300 190.244.019 ---------------- ----------------

Imparidade (Nota 21) ( 37.142 ) ( 37.142 ) ---------------- ---------------- 101.314.158 190.206.877 ========= =========

Para fazer face a eventuais problemas na realização de títulos emitidos por não residentes, foram constituídas provisões no montante de 3.345.650 Euros na rubrica “Provisões para créditos de cobrança duvidosa” (Nota 21). O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica é apresentado no Anexo I.

11. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2007 2006 Aplicações em Instituições de Crédito no País: Em outras instituições de crédito: Depósitos 357.000.000 99.000.000 Mercado monetário interbancário 33.000.000 87.000.000 Aplicações subordinadas 10.000.000 5.000.000 Papel comercial a desconto 13.409.600 77.144.269 Empréstimos 7.060.724 2.113.090 Outras aplicações 489.215 - ----------------- -----------------

420.959.539 270.257.359 ----------------- ----------------- Sucursais de outras instituições de crédito nacionais: Depósitos - 17.293.671 Em outras instituições de crédito no estrangeiro: Depósitos 673.078.943 767.161.097 Empréstimos 236 369.399 Outras aplicações - 5.000.000 ----------------- -----------------

673.079.179 789.824.167 ----------------- ----------------- Juros a receber 9.942.188 4.148.483 ------------------- ------------------- 1.103.980.906 1.064.230.009 =========== ===========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 164

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

2007 2006 Até três meses 1.063.993.495 874.081.526 Entre três meses e um ano 19.135.486 181.000.000 Entre um ano e três anos 285.157 - Entre três e cinco anos 277.037 - Mais de cinco anos 10.347.543 5.000.000 ------------------- ------------------- 1.094.038.718 1.060.081.526 ------------------- ------------------- Juros a receber 9.942.188 4.148.483 ------------------- ------------------- 1.103.980.906 1.064.230.009 =========== =========== 12. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006 Crédito interno Médio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado 133.762.785 156.567.126 Empréstimos à habitação regime geral 181.107.400 185.378.774 Empréstimos com garantia real 576.271.557 578.327.175 Empréstimos sem garantia real 127.350.281 68.921.006 Empréstimos empresas do grupo 49.804.638 46.583.550 Contratos de locação financeira Clientes 125.950.382 111.186.836 CCAM - 562.889 Empresas do grupo 384.522 432.058 Empréstimos subordinados (CA Seguros) 4.000.000 4.000.000 Papel comercial 220.301.006 373.142.572 Curto prazo Outros créditos Cartão crédito 20.314.675 16.725.048 Outros créditos 19.221.987 104.924.055 Créditos em conta corrente Clientes 77.902.027 86.595.358 Empresas do grupo 22.980.482 16.297.175 Descobertos em depósitos à ordem Empresas do grupo 483 2.365.719 Outros residentes 1.919.066 4.100.388 ------------------- ------------------- 1.561.271.291 1.756.109.729 ------------------- ------------------- Crédito ao exterior Médio e longo prazo Empréstimos 2.917.436 2.201.467 Papel comercial a desconto 14.750.000 - Curto prazo Outros créditos Descobertos dep.ordem - não residentes 149.755 167.392 Outros créditos a clientes 362.152 789.911 --------------- -------------- 18.179.343 3.158.770 --------------- --------------

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 165

2007 2006 Juros a receber 9.831.587 9.853.074 --------------- --------------- Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido 65.826 - Receitas com rendimento diferido ( 3.024.253 ) ( 3.763.923 ) --------------- --------------- ( 3.024.188 ) ( 3.763.923 ) ------------------- ------------------- Total crédito não vencido 1.586.323.794 1.765.357.650 ------------------- ------------------- Crédito e juros vencidos Crédito vencido 30.686.411 42.854.894 Juros vencidos 2.250.435 1.667.019 ------------------- ------------------- 32.936.846 44.521.913 ------------------- ------------------- 1.619.260.640 1.809.879.563 ------------------- ------------------- Provisões (Nota 21) Para crédito e juros vencidos ( 27.216.345 ) ( 33.609.866 ) Para crédito de cobrança duvidosa ( 56.235.465 ) ( 48.451.263 ) ------------------- ------------------- ( 83.451.810 ) ( 82.061.129 ) ------------------- ------------------- 1.535.808.830 1.727.818.434 =========== ===========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 166

13. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2007 2006 Titulos detidos até à maturidade: Títulos cotados: Títulos emitidos por residentes Instrumentos de dívida De dívida pública portuguesa 216.355.226 427.965.421 Títulos emitidos por não residentes Instrumentos de dívida De emissores públicos estrangeiros 28.611.052 28.778.208 ----------------- ----------------- 244.966.278 456.743.629 ----------------- ----------------- Juros a receber 5.170.432 8.971.813 ----------------- ----------------- 250.136.710 465.715.442 ========== ==========

O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica é apresentado no Anexo I.

14. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:

2007

Valor Amortizações Amorti- Valor Amortiz. Valor Amorti- Valor Amortiz. ValorDescrição bruto acumuladas zações bruto acumul. bruto zação bruto acumul. líquido

Imóveis: De serviço próprio: 11.108.571 (1.182.334) - (172.440) - (14.895) (58.423) (16.711) 11.050.148 (1.386.380) 9.663.768 Obras em imóveis arrendados 644.545 (78.117) 55.218 (33.349) - - (352.465) 60.541 347.298 (50.925) 296.373

11.753.116 (1.260.451) 55.218 (205.789) - (14.895) (410.888) 43.830 11.397.446 (1.437.305) 9.960.141Equipamento: Mobiliário e material 1.819.222 (1.478.760) 128.789 (55.991) (88.185) 8.846 (21.096) 19.496 1.838.730 (1.506.409) 332.321 Máquinas e ferramentas 1.269.057 (1.205.052) 13.429 (36.617) 2.724 45.366 (88.714) 86.915 1.196.496 (1.109.388) 87.108 Equipamento informático 6.781.555 (6.512.531) 3.408 (206.051) 11.663 (451) (54.344) 42.325 6.742.282 (6.676.708) 65.574 Instalações interiores 1.542.222 (959.242) 957.487 (151.556) 350.507 (9.218) (265) - 2.849.951 (1.120.016) 1.729.935 Material de transporte 1.946.794 (877.081) 866.990 (329.053) (57.551) - (380.957) 281.963 2.375.276 (924.171) 1.451.105 Equipamento de segurança 194.309 (179.106) 7.560 (6.842) 1 (1.113) (1) 1 201.869 (187.060) 14.809 Outro equipamento (82.078) 35.446 2.070 (1.280) 113.971 (58.744) - - 33.963 (24.578) 9.385

13.471.081 (11.176.326) 1.979.733 (787.390) 333.130 (15.314) (545.377) 430.700 15.238.567 (11.548.330) 3.690.237

Património artistico 109.123 - 2.400 - (1.138) - - - 110.385 - 110.385

Equipamento em locação financeira:Equipamento 257.151 (248.717) - (6.395) (130.969) 157.388 (57.288) 48.638 68.894 (49.086) 19.808

257.151 (248.717) - (6.395) (130.969) 157.388 (57.288) 48.638 68.894 (49.086) 19.808Activos tangíveis em curso 61.880 - - - (4.184) - - - 57.696 - 57.696

25.652.351 (12.685.494) 2.037.351 (999.574) 196.839 127.179 (1.013.553) 523.168 26.872.988 (13.034.721) 13.838.267

Regularizações Abates Saldo em 31.12.2007 31-12-2006

Aquisições

ajustamentos transiçãoValor Amortizações Valor Amorti- Transfe- Amorti- Valor Amortiz. Valor Amorti- Valor Amortiz. Valor

Descrição bruto acumuladas bruto zação rências zações bruto acumul. bruto zação bruto acumul. líquido

Imóveis: De serviço próprio: 11.780.701 (1.153.362) 55.336 (727.905) 128.901 252.853 (172.768) (252.414) 14.895 - - 11.108.571 (1.182.334) 9.926.237 Obras em imóveis arrendados 330.851 (32.518) 37.347 - - 276.347 (45.599) - - - - 644.545 (78.117) 566.428

12.111.552 (1.185.880) 92.683 (727.905) 128.901 529.200 (218.367) (252.414) 14.895 - - 11.753.116 (1.260.451) 10.492.665Equipamento: Mobiliário e material 2.108.976 (1.625.073) 89.189 (604.581) 177.802 - (54.958) 243.068 6.894 (17.430) 16.575 1.819.222 (1.478.760) 340.462 Máquinas e ferramentas 1.374.627 (1.244.517) 29.987 (78.131) 66.320 4.242 (40.059) (2.852) (45.366) (58.816) 58.570 1.269.057 (1.205.052) 64.005 Equipamento informático 7.674.729 (7.138.015) 13.072 (504.725) 503.365 - (276.313) 1 451 (401.522) 397.981 6.781.555 (6.512.531) 269.024 Instalações interiores 2.101.440 (875.136) 42.590 (357.511) 52.178 - (138.186) (242.395) - (1.902) 1.902 1.542.222 (959.242) 582.980 Material de transporte 1.744.351 (733.047) 338.187 85.335 43.892 (386.253) - - (264.971) 242.219 1.946.794 (877.081) 1.069.713 Equipamento de segurança 192.432 (177.790) 8.437 (6.472) 2.574 - (5.003) (88) 1.113 - - 194.309 (179.106) 15.203 Outro equipamento 104.545 (74.890) 80.703 (139.087) 71.761 - 14.755 (76.457) 22.014 (51.782) 1.806 (82.078) 35.446 (46.632)

15.301.100 (11.868.468) 602.165 (1.605.172) 874.000 48.134 (886.017) (78.723) (14.894) (796.423) 719.053 13.471.081 (11.176.326) 2.294.755

Património artistico 109.123 - - (1.138) - - - 1.138 - - - 109.123 - 109.123

Equipamento em locação financeira:Equipamento 366.517 (244.271) - (39.100) 4.818 - (56.193) (18.965) - (51.301) 46.929 257.151 (248.717) 8.434

366.517 (244.271) - (39.100) 4.818 - (56.193) (18.965) - (51.301) 46.929 257.151 (248.717) 8.434Activos tangíveis em curso 153.427 - 868.956 - - (832.644) - (127.859) - - - 61.880 - 61.880

28.041.719 (13.298.619) 1.563.804 (2.373.315) 1.007.719 (255.310) (1.160.577) (476.823) 1 (847.724) 765.982 25.652.351 (12.685.494) 12.966.857

Saldo em 31.12.20062006

Regularizações Abates

Aquisições

31-12-2005

Durante os exercícios de 2007 e 2006, as mais e menos valias apuradas na alienação de activos tangíveis encontram-se registadas na rubrica “Resultados de alienação de outros activos – Outros activos tangíveis” (Nota 35).

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 167

Durante os exercícios de 2007 e 2006, a Caixa Central regularizou por contrapartida de gastos

gerais administrativos, os bens que não cumpriam os requisitos do IAS 16. Durante o exercício de

2007 regularizou também as amortizações acumuladas associadas ao valor residual do material de

transporte.

Durante o exercício de 2006, a Caixa Central reclassificou o montante de 255.310 Euros para a

rubrica de Activos intangíveis.

15. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:

AbatesValor Amortizações Amorti- Valor Amortiz. Valor Valor Amortiz. Valor

Descrição bruto acumuladas zações bruto acumul. bruto bruto acumul. líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.940.746 (4.733.067) 448.009 (138.034) 25.459 (56.298) (2.449) 5.411.765 (4.927.399) 484.366Outros activos intangíveis 592.996 (626.355) - - (1) 33.360 - 592.995 (592.995) -

5.533.742 (5.359.422) 448.009 (138.034) 25.458 (22.938) (2.449) 6.004.760 (5.520.394) 484.366

31-12-20072007

31-12-2006

Aquisições

Regularizações

2006Abates

Valor Amortizações Valor Amorti- Transfe- Amorti- Valor Valor Amortiz. ValorDescrição bruto acumuladas bruto zação rências zações bruto bruto acumul. líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 8.520.290 (8.261.115) 33.851 (3.705.355) 3.656.628 91.960 (128.580) - 4.940.746 (4.733.067) 207.679Outros activos intangíveis 11.829.372 (9.367.053) 60.853 (11.236.377) 8.786.145 163.350 (45.447) (224.202) 592.996 (626.355) (33.359)

20.349.662 (17.628.168) 94.704 (14.941.732) 12.442.773 255.310 (174.027) (224.202) 5.533.742 (5.359.422) 174.320

Aquisições

31-12-2005 ajustamentos transição Saldo em 31.12.2006

Durante o exercício de 2007 a Caixa Central desenvolveu internamente uma aplicação informática

de apoio à gestão de recursos humanos, tendo registado o montante de 243.977 Euros. Este

montante corresponde aos custos incorridos entre 2003 e 2006 com os colaboradores afectos a este

projecto.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 168

16. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2007 31-12-2007 31-12-2006

Rural Rent S.A Comércio e Aluguer de Veículos Automóveis Lisboa 100,00% 154.868 154.868CCCAM - SGPS, Unipessoal Lda Sociedade Gestora de Participações Sociais Lisboa 100,00% 1.323.547 1.323.547Crédito agrícola SGPS S.A. Sociedade Gestora de Participações Sociais Lisboa 100,00% 62.500.000 17.350.000Portugal Blue Chip Fund (3) 100,00% 1.065.291 1.065.291Crédito Agrícola Informática S. A. (4) Serviços de Informática Lisboa 79,20% 5.335.403 5.335.403Agrocapital SCR, S. A. Sociedade de Capital de Risco Lisboa 66,67% 500.000 500.000Crédito Agrícola Seguros S.A. Companhia de Seguros Ramos Reais Lisboa 47,72% 17.971.501 36.425.752FIQ Central Frie Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualif icados Lisboa 30,00% 2.252.129 2.252.129FIQ Agrocapital 1 Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualif icados Lisboa 27,78% 4.167.000 4.167.000FCR InovCapital Global 2 (7) Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualif icados Lisboa 26,05% 5.259.673 5.259.673Crédito Agrícola Serviços ACE (2) (5) Agrupamento Complementar de Empresas Lisboa 12,42% - -CCAM do Algarve Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Lisboa 0,14% 6.484 6.484Fenacam FCRL (1) Federação de Cooperativas de Responsabilidade Limitada Lisboa 0,09% 500 500Crédito agrícola Vida S.A. (6) Companhia de Seguros Ramo Vida Lisboa 0,00% - 14.395.869

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 100.536.396 88.236.516

Imparidade (Nota 21) (161.352) (1.464.970)

100.375.044 86.771.546

(1) A Fenacam detém 92,23% do seu próprio capital, sendo o total do GFCAM = 99,94%(2) Agrupamento complementar de empresas sem capital social(3) Deixou de ter actividade a partir de Outubro 2006, encontrando-se em processo de liquidação(4) Alterou a sua denominação no ano de 2007. Anteriormente designada por Rural Informática SA(5) Alterou a sua denominação no ano de 2007. Anteriormente designada por Sicamserv ACE(6) Vendida em 2007 à participada Crédito Agrícola SGPS(7) Mudou de denominação a partir de 1 de Outubro de 2007. Anteriormente designado FIQ PME Investimentos Global

Durante o exercício de 2007, a Crédito Agrícola, SGPS, S.A. procedeu à liquidação dos suprimentos prestados pela Caixa Central que em 31 de Dezembro de 2006 ascendiam a 13.850.000 Euros. Posteriormente esta participada efectuou um aumento de capital no montante de 59.000.000 Euros totalmente subscrito pela Caixa Central, tendo ficado pendente de realização em 31 de Dezembro de 2007, o montante de 20.000.000 Euros (Nota 23). Este aumento de capital foi realizado com o objectivo desta participada adquirir as participações detidas pela Caixa Central na Crédito Agrícola Vida, S.A. e na Crédito Agrícola Seguros, S.A. (Nota introdutória). Em 31 de Dezembro de 2007, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras não auditadas destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Rural Rent S.A 64.533 (324.027) (40.117)CCCAM - SGPS, Unipessoal Lda 1.220.946 1.219.136 11.771Crédito agrícola SGPS S.A. 64.226.119 63.433.845 949.890Portugal Blue Chip Fund n.d. n.d. n.d.Crédito Agrícola Informática S. A. 43.178.847 4.975.205 28.573Agrocapital SCR, S. A. 917.712 789.377 128.066Crédito Agrícola Seguros S.A. 132.621.731 23.462.871 4.206.423FIQ Central Frie 7.848.169 7.845.545 176.355FIQ Agrocapital 1 14.715.627 14.684.163 5.131FCR InovCapital Global 2 n.d. n.d. n.d.Crédito Agrícola Serviços ACE 41.537.496 - -CCAM do Algarve 441.513.952 27.779.560 5.563.435Fenacam FCRL 6.311.977 3.329.300 195.071Crédito agrícola Vida S.A. 599.796.097 31.259.727 4.418.408

n.d.: não disponível

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 169

17. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2007 e

2006 eram os seguintes:

2007 2006 Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias 21.505.239 15.976.542 Por prejuízos fiscais reportáveis 157.050 157.050 -------------- -------------- 21.662.289 16.133.592 Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias ( 71.200 ) ( 454.347 ) -------------- -------------- 21.591.089 15.679.245 ======== ======== Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar 2.782.584 4.243.776 ======== ========

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o

seguinte:

2007

Saldo Variação Variação Saldo em em em em

31-12-2006 Regularizações resultados reservas 31-12-2007

. Activos tangíveis e imparidade 436.540 - (81.539) - 355.001

. Activos intangíveis 437.687 - (108.878) - 328.809

. Prémio de antiguidade 526.580 (116.880) - 409.700

. Encargos com saúde 95.604 15.577 - 111.181

. Provisões não aceites fiscalmente:Provisões para cobrança duvidosa 12.933.875 - 980.151 - 13.914.026Provisões para crédito vencido 246.164 - 4.243.619 - 4.489.783Provisões para riscos gerais de crédito 563.174 - - - 563.174Provisão para aplicações financeiras 2.734 - (47) - 2.687Provisões para outras aplicações - - 156.856 - 156.856Provisões para outros riscos e encargos 253.254 - 314.409 - 567.663Provisões para outros riscos e encargos - IAS 37 257.428 (257.428) - -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (56.155) - - - (56.155)

. Reavaliação da posição cambial a prazo (6.008) - (9.037) - (15.045)

. Prejuízos fiscais reportáveis 157.050 (134.756) - - 22.294

. Comissões 223.502 - (44.700) - 178.802

. Valorização dos activos disponíveis para venda (392.184) - 954.497 562.313

15.679.245 (392.184) 5.349.531 954.497 21.591.089

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 170

2006Saldo Variação Variação Saldo

em Ajustamentos em em em31-12-2005 de transição resultados reservas 31-12-2006

. Activos tangíveis e imparidade - 361.883 74.657 - 436.540

. Activos intangíveis - 662.224 (224.537) - 437.687

. Prémio de antiguidade - 526.580 - - 526.580

. Encargos com saúde - - 95.604 - 95.604

. Provisões não aceites fiscalmente: -Provisões para cobrança duvidosa - 10.193.296 2.740.579 - 12.933.875Provisões para crédito vencido - 383.978 (137.814) - 246.164Provisões para riscos gerais de crédito - 563.174 - - 563.174Provisão para aplicações financeiras - 54.930 (52.196) - 2.734Provisão para risco país - 35.099 (35.099) - -Provisões para outros riscos e encargos - 499.925 (246.671) - 253.254Provisões para outros riscos e encargos-ias 37 - 257.428 - - 257.428

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (56.155) - - - (56.155)

. Reavaliação da posição cambial a prazo (8.353) 2.345 - - (6.008)

. Prejuízos fiscais reportáveis - 157.050 - - 157.050

. Comissões - 274.619 (51.117) - 223.502

. Valorização dos activos disponíveis para venda - (235.953) - (156.231) (392.184)(64.508) 13.736.578 2.163.406 (156.231) 15.679.245

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida

pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos,

podem ser apresentados como se segue:

2007 2006

Impostos correntes 8.978.463 8.303.721 Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias ( 5.349.531 ) ( 2.163.406 ) -------------- --------------

Total de impostos reconhecidos em resultados 3.628.932 6.140.315 Lucro antes de impostos 14.392.961 17.414.444

Carga fiscal 25,21% 35,26%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por

parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações

fiscais da Caixa Central relativas aos anos de 2004 a 2007 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão

e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração Executivo, não é previsível que ocorram

correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 171

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2007 e 2006

pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 14.392.961 17.414.444

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 26,50% 3.814.135 27,50% 4.788.972

Custos não aceites fiscalmente 5,26% 757.317 9,08% 1.581.526Mais valias na venda de imobilizado financeiro (5,10%) (734.206) - -Benefícios fiscais (1,45%) (208.314) (1,32%) (230.183)

Imposto registado na demonstração de resultados 25,21% 3.628.932 35,26% 6.140.315

2007 2006

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 172

18. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 2007 2006 Outros activos Outras disponibilidades 84.706 449 Ouro e outros metais preciosos 61.637 63.864 Devedores por operações sobre futuros 28.426 351.837 Sector Público Administrativo IVA a recuperar 664.100 7.164.824 IMT - reembolsos pedidos 938.132 875.850 Despesas de crédito em contencioso 710.509 823.437 Bonificações a receber 1.959.003 1.734.392 Devedores diversos - CCAMs 1.928.318 2.992.133 Devedores diversos - Empresas do Grupo 1.168.702 1.411.905 Outros devedores diversos Propaço 1.160.787 1.160.787 Mandata 1.128.981 1.128.981 Outros 2.426.126 1.531.218 --------------- --------------- 12.259.427 19.239.677 --------------- --------------- Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 40) Responsabilidades totais ( 2.424.745 ) - Valor patrimonial do fundo de pensões 2.400.108 - Desvios actuariais Incluídos no corredor 240.011 - Fora do corredor 480.783 - ----------- ----------- 696.157 - ----------- ----------- Rendimentos a receber Por compromissos irrevogáveis assumidos 17.846 1.121 Por serviços bancários prestados 163.311 - Outros rendimentos a receber - 682.797 ----------- ----------- 181.157 683.918 ----------- ----------- Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões 532.234 659.170 Seguros 273.612 241.747 Outras despesas a diferir - S.A.M.S. 2.164.607 2.525.375 Comissões por prestação de serviços 3.962.095 - Rendas e alugueres 195.999 197.926 Outras 149.897 225.820 -------------- -------------- 7.278.444 3.850.038 -------------- --------------

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 173

2007 2006 Valores a regularizar Posição cambial 7.801 - Operações cambiais a liquidar 35.366.720 7.608.213 Economato - 117.556 Operações sobre valores mobiliários a regularizar 904.939 - ATM a regularizar 787.705 307.425 Compensação de valores 73.680 1.661.383 Rotina PCSB - FMS - saldos devedores - 783.695 Facturação SIBS 293.773 753.982 Acordos protocolares 2.396.663 - Sistemas informáticos 4.813.068 3.371.646 Outras operações a regularizar 681.636 336.301 --------------- --------------- 45.325.985 14.940.201 --------------- --------------- Activos tangíveis disponíveis para venda Imóveis 17.968.677 25.875.098 Equipamento 2.981 79.377 --------------- --------------- 17.971.658 25.954.475 --------------- --------------- 83.712.828 64.668.309 --------------- --------------- Imparidade: (Nota 21) Imóveis ( 5.802.525 ) ( 5.503.153 ) Equipamento - (23.089 ) --------------- --------------- 77.910.303 59.142.067 ========= ========= O movimento dos activos tangíveis disponíveis para venda durante os exercícios de 2007 e 2006

pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações Utilizações Dotações Reposições bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 25.875.098 (5.503.153) 1.107.561 (9.013.982) 264.355 (683.837) 120.110 17.968.677 (5.802.525) 12.166.152Equipamento 79.377 (23.089) 433.198 (509.594) 23.961 (9.102) 8.230 2.981 - 2.981

25.954.475 (5.526.242) 1.540.759 (9.523.576) 288.316 (692.939) 128.340 17.971.658 (5.802.525) 12.169.133

31-12-2006 Imparidade 31-12-2007

Valor Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações Utilizações Dotações Reposições bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 31.980.519 (4.581.174) 16.009.992 (22.115.413) 3.069.546 (4.486.702) 495.177 25.875.098 (5.503.153) 20.371.945Equipamento 9.826 (386) 79.377 (9.826) 386 (23.089) - 79.377 (23.089) 56.288

31.990.345 (4.581.560) 16.089.369 (22.125.239) 3.069.932 (4.509.791) 495.177 25.954.475 (5.526.242) 20.428.233

31-12-2005 Imparidade 31-12-2006

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica “Despesas de crédito em contencioso” inclui

montantes suportados pela Caixa Central relativos a despesas com créditos em contencioso a

imputar aos clientes, encontrando-se totalmente provisionados na rubrica “Provisões para créditos

de cobrança duvidosa”.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2007 encontra-se registado na rubrica de “Devedores Diversos”, um

montante de 1.160.661 Euros, referente a um crédito concedido à Propaço, o qual não apresenta

plano de reembolso definido.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 174

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2007 o valor de 1.128.981 Euros referente à sociedade Mandata,

inclui o montante de 953.981 Euros referente a garantias bancárias, a favor do IAPMEI, que foram

honradas e o montante de 175.000 Euros relativo a créditos adquiridos pela Caixa Central a esta

sociedade. Em 31 de Dezembro de 2006 e 2007 este valor encontra-se totalmente provisionado na

rubrica “Provisão para cobrança duvidosa” (Nota 21).

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Comissões por prestação de serviços” diz respeito ao

montante pago à Cotavalor pela aquisição do negócio de agenciamento da Western Union. O

montante pago ascendeu a 4.100.000 Euros e encontra-se a ser diferido ao longo do período de

duração do contrato, que ascende a 5 anos, pelo método da taxa efectiva.

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Valores a regularizar - Acordos protocolares” refere-se a

valores a receber relativos a cobranças efectuadas a clientes de entidades com acordo junto da

Caixa Central.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica “Valores a regularizar – Sistemas informáticos”

refere-se a montantes pendentes de regularização que se encontram a aguardar data-valor,

nomeadamente remessas de cheques sobre o estrangeiro, para serem registadas nas contas

nostro. Estes montantes foram regularizados na sua maioria no início de Janeiro de 2008 e 2007,

respectivamente.

19. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006

Recursos de instituições de crédito no país Depósitos . Caixas Associadas 3.578.616.742 3.359.030.348 . Outros 4.328.000 5.088.554 ------------------- -------------------

3.582.944.742 3.364.118.902 ------------------- -------------------

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Outras instituições de crédito Depósitos 6.731.624 24.224.191 Operações de venda com acordo de recompra - 128.770.605 Outros recursos 26.709 106.288 -------------- ----------------- 6.758.333 153.101.084 --------------- ----------------- Juros a pagar . Caixas Associadas 29.004.476 20.665.681 . Outros 31.824 202.745 ------------------- ------------------- 3.618.739.375 3.538.088.412 =========== ===========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 175

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito

apresenta a seguinte estrutura:

2007 2006

Até três meses 2.103.547.075 1.978.772.622 Entre três meses e um ano 1.065.806.000 1.059.170.364 Entre um ano e três anos 313.032.000 345.216.000 Entre três e cinco anos 72.449.000 71.158.000 Mais de cinco anos 34.869.000 62.903.000

------------------- ------------------- 3.589.703.075 3.517.219.986 --------------- ---------------- Juros a pagar 29.036.300 20.868.426 ------------------- -------------------

3.618.739.375 3.538.088.412 =========== ===========

20. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006

Depósitos À ordem 53.900.226 48.794.609 A prazo 170.382.027 157.874.724 De poupança 2.321.500 1.782.806 Outros recursos de clientes 42.014 159.145 Cheques e ordens a pagar 1.589 7.846.911 Outros 468.076 - ----------------- -----------------

227.115.432 216.458.195 ----------- -----------

Juros a pagar 932.919 498.243 ----------------- ----------------- 228.048.351 216.956.438 ========== ==========

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros

empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

2007 2006

Até três meses 169.697.724 176.335.397 Entre três meses e um ano 47.621.248 31.693.450 Entre um ano e três anos 9.793.960 6.354.348 Entre três e cinco anos 2.500 2.075.000 ----------------- -----------------

227.115.432 216.458.195 ----------- -----------

Juros a pagar 932.919 498.243 ----------------- ----------------- 228.048.351 216.956.438 ========== ==========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 176

21. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2007 e 2006

foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Ajustam. por Saldos em31-12-2006 Reforços anulações Utilizações dif. cambiais 31-12-2007

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 48.451.263 15.586.812 (6.593.908) (1.208.702) - 56.235.465- Crédito e juros vencidos 33.609.866 16.282.856 (12.514.476) (10.169.428) 7.527 27.216.345

82.061.129 31.869.668 (19.108.384) (11.378.130) 7.527 83.451.810Provisões: - Riscos gerais de crédito 13.652.725 4.211.756 (4.518.416) - (6.075) 13.339.990 - Outros riscos e encargos 2.834.020 1.574.124 (1.269.250) - (25.345) 3.113.549

16.486.745 5.785.880 (5.787.666) - (31.420) 16.453.539

Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros

Activos financeiros disponíveis para venda (Nota 10) 37.142 - - - - 37.142Investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntos (Nota 16) 1.464.970 - (1.303.618) - - 161.352

- Imparidade de outros activos:Outros activos 5.526.242 692.940 (128.341) (288.316) - 5.802.525

7.028.354 692.940 (1.431.959) (288.316) - 6.001.019

105.576.228 38.348.488 (26.328.009) (11.666.446) (23.893) 105.906.368

2007

Saldos em Reposições e Ajustam. por Ajustam. Saldos em01-01-2006 Reforços anulações Utilizações dif. cambiais transição 31-12-2006

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 40.319.705 28.582.549 (17.506.312) (762.225) 953.981 (3.136.435) 48.451.263- Crédito e juros vencidos 35.229.340 20.945.975 (14.616.268) (11.051.584) (34.032) 3.136.435 33.609.866- Risco-país 264.898 - (241.027) - (23.871) - -

75.813.943 49.528.524 (32.363.607) (11.813.809) 896.078 - 82.061.129Provisões: - Riscos gerais de crédito 13.881.609 7.859.962 (8.075.471) - (13.375) - 13.652.725 - Outros riscos e encargos 1.886.508 1.268.011 (1.199.421) - (27.996) 906.918 2.834.020

15.768.117 9.127.973 (9.274.892) - (41.371) 906.918 16.486.745

Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros

Activos financeiros disponíveis para venda (Nota 10) 649.472 3.130.627 (1.204.180) (4.395) - (2.534.382) 37.142Investimentos em filiais , associadas e emp. conjuntos (Nota 16) 21.391.073 563.339 (20.452.300) - - (37.142) 1.464.970

- Imparidade de outros activos:Outros activos 4.581.560 4.509.791 (495.177) (3.069.932) - - 5.526.242

26.622.105 8.203.757 (22.151.657) (3.074.327) - (2.571.524) 7.028.354

118.204.165 66.860.254 (63.790.156) (14.888.136) 854.707 (1.664.606) 105.576.228

2006

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Provisões para créditos de cobrança duvidosa” inclui o

montante de 3.345.650 Euros para fazer face ao risco de crédito associado a títulos em carteira

(Nota 10). Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 a rubrica “Provisões para créditos de cobrança

duvidosa” inclui ainda provisões no montante de 2.000.000 Euros e 5.000.000 Euros,

respectivamente, para fazer face a riscos de crédito e operacionais de outras rubricas do balanço.

Durante o exercício de 2006, a Caixa Central efectuou a reposição da provisão constituída para a

participação financeira na Crédito Agrícola Seguros S.A., no montante líquido de 19.814.229 Euros,

por alteração do critério de apuramento das menos valias latentes, passando a enquadrar-se nas

regras de provisionamento do Aviso 4/2002 do Banco de Portugal ((Nota introdutória).

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 177

22. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006 Empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM: Não titulados 33.496.194 33.496.194 Títulos de investimento: Emitidos 59.000.000 36.000.000 --------------- ---------------

92.496.194 69.496.194 --------------- --------------- Juros a pagar 869.828 450.198 --------------- --------------- 93.366.022 69.946.392 ========= =========

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual

do saldo em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 analisa-se como segue:

2007 2006

Entre três meses e um ano 7.696.800 - Entre um ano e três anos 42.799.394 37.037.060 Entre três e cinco anos 32.000.000 27.459.134 Mais de cinco anos 10.000.000 5.000.000 --------------- --------------- 92.496.194 69.496.194 ========= =========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 178

O saldo dos Passivos Subordinados emitidos pela Caixa Central analisa-se como segue:

Taxa deValor Data de Taxa de juro

Número de nominal vencimento vigor em Data de Saldo em Saldo emDescrição obrigações Moeda unitário dos juros 31.12.2007 vencimento 31.12.2006 Emissões 31.12.2007

Empréstimo do FGCAM - Euro - 28-Abr 0,7500% 28-04-2008 7.696.800 - - 7.696.800Empréstimo do FGCAM - Euro - 28-Abr 0,7500% 28-04-2009 6.340.260 - - 6.340.260Empréstimo do FGCAM - Euro - 28-Abr 1,0000% 28-04-2010 7.459.134 - - 7.459.134Empréstimo do FGCAM - Euro - 23-Dez 5,0000% 23-12-2011 12.000.000 - - 12.000.000

33.496.194 - - 33.496.194

Tit.Investimento/2004 46.000 Euro 500,00 19-Mar 4,3750% 19-03-2009 23.000.000 - - 23.000.000Tit.Investimento/2005 20.000 Euro 300,00 06-Jun 4,2500% 06-06-2010 8.000.000 2.000.000 - 6.000.000Tit.Investimento/2006 20.000 Euro 500,00 28-Jun 4,5000% 28-12-2013 5.000.000 - - 5.000.000Tit.Investimento/2007-1ªE 10.000 Euro 500,00 27-Mar 4,7000% 27-03-2014 - - 5.000.000 5.000.000Tit.Investimento/2007-2ªE 40.000 Euro 500,00 10-Out 5,4000% 10-10-2012 - - 20.000.000 20.000.000

36.000.000 2.000.000 25.000.000 59.000.00069.496.194 2.000.000 25.000.000 92.496.194

2007

Reembolsos

Taxa deValor Data de juro em

Número de nominal vencimento vigor em Data de Saldo em Saldo emDescrição obrigações Moeda unitário dos juros 31.12.2006 vencimento 31.12.2005 Emissões 31.12.2006

Empréstimo do FGCAM - Euro - 28-Abr 0,7500% 28-04-2008 7.696.800 - - 7.696.800Empréstimo do FGCAM - Euro - 28-Abr 0,7500% 28-04-2009 6.340.260 - - 6.340.260Empréstimo do FGCAM - Euro - 28-Abr 1,0000% 28-04-2010 7.459.134 - - 7.459.134Empréstimo do FGCAM - Euro - 23-Dez 5,0000% 23-12-2011 12.000.000 - - 12.000.000

33.496.194 - - 33.496.194

Tit.Investimento/2004 46.000 Euro 500,00 19-Mar 4,3750% 19-03-2009 23.000.000 - - 23.000.000Tit.Investimento/2005 20.000 Euro 500,00 06-Jun 4,2500% 06-06-2010 10.000.000 2.000.000 - 8.000.000Tit.Investimento/2006 20.000 Euro 500,00 28-Jun 4,5000% 28-12-2013 - - 5.000.000 5.000.000

33.000.000 2.000.000 5.000.000 36.000.00066.496.194 2.000.000 5.000.000 69.496.194

2006

Reembolsos

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 179

23. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006

Credores e outros recursos Credores por operações sobre futuros 7.953 4.849 Outros recursos 953.722 722.052 Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte 958.460 967.300 Contribuições para a Segurança Social 294.525 276.929 Cobranças por conta de terceiros 20.035 16.761 Contribuições para outros sistemas de saúde 69.616 69.133 Credores diversos Credores por fornecimento de bens (locação financeira) 1.309.869 1.690.402 Credores por fornecimento de bens (empresas grupo) 1.104.350 730.315 Credores por fornecimento de bens (outros) 2.423.690 3.773.352 Credores diversos - capital subscrito 20.000.000 - Outros credores – Caixas Associadas 4.493.628 5.739.092 Outros credores 2.214.891 3.797.198 Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 40) Responsabilidades totais - 1.479.597 Valor patrimonial do fundo de pensões - ( 820.427 ) Desvios actuariais - 100.144 Encargos a pagar Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias 2.242.096 2.110.254 Prémio de antiguidade 1.921.750 1.987.096 Cuidados de saúde (S.A.M.S.) 2.084.632 2.525.375 Outros 539.851 97.130 Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas 136.533 165.791 Outras 3.269 - Valores a regularizar Posição cambial 19.790 22.295 Operações cambiais a liquidar 35.374.521 7.563.246 Operações sobre valores mobiliários a regularizar 902.533 - Outras operações a regularizar - transf. electrónicas 6.631.547 6.378.585 Outras operações a regularizar - SDD 8.749.507 4.743.222 Outras operações a regularizar - acordos protocolares 8.915.990 4.988.513 Outras operações a regularizar 3.669.441 2.743.078 ---------------- ---------------- 105.042.199 51.871.282 ========= =========

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Credores diversos – capital subscrito” diz respeito ao

aumento de capital subscrito mas ainda não realizado da Crédito Agrícola SGPS, S.A..

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 180

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo da rubrica “Outras operações a regularizar – transf.

electrónicas” é relativo a transferências bancárias a expedir na respectiva data-valor, através do

Banco de Portugal.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo da rubrica “Outras operações a regularizar – SDD”

inclui montantes ao abrigo do sistema de débitos directos. Os valores registados nesta rubrica foram

cobrados ao cliente da entidade ordenante, tendo sido compensados através do Banco de Portugal

nos primeiros dias de Janeiro de 2008 e 2007, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo da rubrica “Outras operações a regularizar – acordos

protocolares”, inclui montantes cobrados a clientes da Caixa Central, ao abrigo dos acordos

protocolares celebrados entre esta e outras entidades, tendo sido regularizados nos primeiros dias

de Janeiro de 2008 e 2007, respectivamente.

24. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se

registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

2007 2006 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados 75.656.502 81.936.231 Créditos documentários abertos 7.485.920 8.992.232 Activos dados em garantia - títulos 15.558.753 15.411.058 Outros passivos eventuais 111.967 111.967 Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis 141.790.423 155.048.245 Compromissos revogáveis 249.015.367 178.354.647 Responsabilidade potencial para com o sistema de indemnização aos investidores 232.432 178.088 Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores 1.340.662.753 232.280.662 Valores recebidos para cobrança 114.460.638 141.405.939 ------------------- ----------------- 1.944.974.755 813.719.069 =========== ==========

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica “Activos dados em garantia - títulos” refere-se aos

títulos dados em garantia ao Banco de Portugal para cobertura da linha de crédito intradiária

disponibilizada no montante de 15.000.000 Euros.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 181

25. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital estatutário da Caixa Central, dividido e representado por títulos de capital nominativos, é

de 219.308.030 Euros e é detido a 100 % pelas Caixas Agrícolas que compõem o SICAM (Sistema

Integrado de Caixas Agrícolas Mútuo). No decurso do exercício de 2007, o capital registou um

aumento de 600.545 Euros referente à CCAM de Nelas e Carregal do Sal (52.415 Euros), CCAM de

Beira Centro (138.930 Euros) e à CCAM do Algarve (409.200 Euros), para dar cumprimento ao

artigo 6.º dos Estatutos da Caixa Central.

De acordo com a actual redacção do Artigo 7º dos estatutos da Caixa Central, as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo associadas podem exonerar-se a seu pedido desde que satisfeitas todas as suas

obrigações, não estando este facto dependente de uma decisão da Caixa Central, situação que de

acordo com o definido na Norma Internacional de Contabilidade (IAS) 32 poderá implicar a

classificação de parte do capital como um passivo. O Crédito Agrícola Mútuo já propôs a alteração

do seu regime jurídico, com as necessárias implicações nos estatutos da Caixa Central, de forma a

sujeitar a uma decisão da Assembleia Geral a exoneração dos associados, motivo pelo qual

manteve a classificação como capital dos títulos nominativos subscritos pelas caixas agrícolas que

integram o Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo. As condições de exoneração são as

seguintes:

• A exoneração só pode ocorrer decorridos três anos contados da data da admissão, tornando-se eficaz no último dia do ano seguinte àquele durante o qual tiver a associada comunicado ao Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central a sua vontade de se exonerar;

• A Caixa Central pode condicionar a eficácia da exoneração à prévia satisfação de todas as obrigações da associada perante a CCCAM, o que deve ser comunicado por esta no prazo de 90 dias, contados a partir da recepção da renúncia. Nesta data, vencem-se igualmente todas as obrigações da Caixa Central para com a associada;

• A associada exonerada terá direito ao reembolso dos seus títulos de capital pelo seu valor nominal, se outro mais baixo não resultar do balanço;

• O reembolso dos títulos poderá ser realizado em uma ou mais prestações, conforme decisão do Conselho Geral e de Supervisão, mas deverá estar concluído no prazo de um ano, contado da data em que a exoneração se tiver tornado eficaz;

• A associada que se exonerar não poderá ser readmitida sem que passem três anos sobre a data em que a exoneração se tornou eficaz, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral da Caixa Central.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 182

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a estrutura accionista da Caixa Central é a seguinte:

N.º de títulos de capital Montante

C.C.A.M. Costa Azul 2.414.305 12.071.525C.C.A.M. Pombal 2.400.566 12.002.830C.C.A.M. Batalha 1.710.854 8.554.270C.C.A.M. Açores 1.461.832 7.309.160C.C.A.M. Baixo Mondego 1.185.974 5.929.870C.C.A.M. Alcobaça 1.083.153 5.415.765C.C.A.M. Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo 894.550 4.472.750C.C.A.M. S. João da Pesqueira 865.503 4.327.515C.C.A.M. Loures,Sintra e Litoral 835.628 4.178.140C.C.A.M. Região de Bragança 821.178 4.105.890C.C.A.M. C. da Rainha, Óbidos e Peniche 795.599 3.977.995C.C.A.M. S. Teotónio 757.306 3.786.530C.C.A.M. P.Varzim, V.Conde e Esposende 744.805 3.724.025C.C.A.M. Alto Minho 730.900 3.654.500C.C.A.M. Terras do Sousa,Ave ,Basto e Tâmega 719.888 3.599.440C.C.A.M. Baixo Vouga 688.102 3.440.510C.C.A.M. Coruche 688.095 3.440.475C.C.A.M. Zona do Pinhal,Sertã 682.683 3.413.415C.C.A.M. Sotavento Algarvio 678.637 3.393.185C.C.A.M. Vale do Sousa e Baixo Tâmega 662.235 3.311.175C.C.A.M. Minho 604.972 3.024.860C.C.A.M. Cantanhede e Mira 595.377 2.976.885C.C.A.M. Vagos 584.072 2.920.360C.C.A.M. Guadiana Interior 581.061 2.905.305C.C.A.M. Porto de Mós 575.240 2.876.200C.C.A.M. Moravis 568.520 2.842.600C.C.A.M. Amares 562.974 2.814.870C.C.A.M. Beja e Mértola 562.294 2.811.470C.C.A.M. Coimbra 538.391 2.691.955C.C.A.M. Seia 491.183 2.455.915C.C.A.M. Alenquer 485.018 2.425.090C.C.A.M. Algarve 460.828 2.304.140C.C.A.M. Ribatejo Norte 451.657 2.258.285C.C.A.M. Lamego e Castro Daire 434.444 2.172.220C.C.A.M. Ferreira do Alentejo 419.304 2.096.520

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 183

N.º de títulos de capital Montante

C.C.A.M. Lourinhã 414.785 2.073.925C.C.A.M. Alto Corgo, Tâmega e Barroso 414.069 2.070.345C.C.A.M. Oliveira de Azeméis 413.958 2.069.790C.C.A.M. Silves 408.335 2.041.675C.C.A.M. Alto Guadiana 375.402 1.877.010C.C.A.M. Região do Fundão e Sabugal 372.870 1.864.350C.C.A.M. Terra Quente 368.728 1.843.640C.C.A.M. Do Vale do Douro 363.468 1.817.340C.C.A.M. Salvaterra de Magos 361.132 1.805.660C.C.A.M. Ovar 359.835 1.799.175C.C.A.M. Vila Franca de Xira 348.948 1.744.740C.C.A.M. S.Bart.Messin. e S.Marcos Serra 348.546 1.742.730C.C.A.M. Costa Verde 344.398 1.721.990C.C.A.M. Nordeste Alentejano 343.718 1.718.590C.C.A.M. Bairrada e Aguieira 336.098 1.680.490C.C.A.M. Cadaval 331.685 1.658.425C.C.A.M. Arouca 331.595 1.657.975C.C.A.M. Terras de Viriato 322.015 1.610.075C.C.A.M. Elvas 321.159 1.605.795C.C.A.M. Évora 309.576 1.547.880C.C.A.M. Arruda dos Vinhos 307.527 1.537.635C.C.A.M. Sousel 301.807 1.509.035C.C.A.M. Albufeira 299.299 1.496.495C.C.A.M. Barcelos 273.816 1.369.080C.C.A.M. Vila Nova de Famalicão 257.678 1.288.390C.C.A.M. Sobral de Monte Agraço 257.602 1.288.010C.C.A.M. Alto Douro 251.433 1.257.165C.C.A.M. Estremoz 249.938 1.249.690C.C.A.M. Borba 242.522 1.212.610C.C.A.M. Vale do Távora 236.512 1.182.560C.C.A.M. Aljustrel e Almodovar 232.845 1.164.225C.C.A.M. Azambuja 227.357 1.136.785C.C.A.M. Lafões 224.390 1.121.950C.C.A.M. Beira Baixa ( Sul ) 218.802 1.094.010C.C.A.M. Paredes 211.268 1.056.340C.C.A.M. Pernes 194.013 970.065C.C.A.M. Cartaxo 190.277 951.385C.C.A.M. Fornos de Algodres 189.224 946.120C.C.A.M. Estarreja 187.234 936.170C.C.A.M. Santo Tirso 177.563 887.815C.C.A.M. Vale de Cambra 174.962 874.810C.C.A.M. Vale do Dão 174.511 872.555C.C.A.M. Ribatejo Sul 165.072 825.360C.C.A.M. Tramagal 160.251 801.255C.C.A.M. Albergaria e Sever 158.430 792.150C.C.A.M. Guarda e Celorico da Beira 156.374 781.870C.C.A.M. Anadia 153.639 768.195C.C.A.M. Oliveira do Bairro 149.985 749.925

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 184

N.º de títulos de capital Montante

C.C.A.M. Alcanhões 146.814 734.070C.C.A.M. Vila Nova de Tazém 145.275 726.375C.C.A.M. Armamar e Moimenta da Beira 144.579 722.895C.C.A.M. Vila Verde e Terras do Bouro 135.180 675.900C.C.A.M. Oliveira do Hospital 130.392 651.960C.C.A.M. Favaios 127.927 639.635C.C.A.M. Satão e Vila Nova de Paiva 127.213 636.065C.C.A.M. Campo Maior 118.359 591.795C.C.A.M. Serras de Ansião 117.141 585.705C.C.A.M. Tarouca 112.396 561.980C.C.A.M. Guimarães 110.367 551.835C.C.A.M. Mogadouro e Vimioso 107.246 536.230C.C.A.M. Entre Tejo e Sado 98.372 491.860C.C.A.M. Norte Alentejano 87.005 435.025C.C.A.M. Terras de Miranda do Douro 75.932 379.660C.C.A.M. Área Metropolitana do Porto 68.034 340.170C.C.A.M. Beira Centro 57.595 287.975

43.861.606 219.308.030

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a

aquisição de acções próprias.

26. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO

DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a

seguinte composição:

2007 2006 Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda: Valias potenciais ( 2.121.935 ) 1.479.940 Impostos diferidos 562.313 ( 392.184 ) ------------- ------------- ( 1.559.622 ) 1.087.756 ------------- ------------- Reservas de reavaliação do imobilizado 460.998 460.998 ------------- ------------- ( 1.098.624 ) 1.548.754 ------------- ------------- Outras reservas 1.210.564 1.210.564 Resultados transitados ( 87.003.651 ) ( 98.252.774 ) --------------- --------------- ( 85.793.087 ) ( 97.042.210 ) --------------- --------------- Lucro do exercício 10.764.029 11.274.129 --------------- --------------- ( 76.127.682 ) ( 84.219.327 ) ========= =========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 185

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa Central e as CCAMs constituem um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Existindo prejuízos acumulados de anos anteriores, o valor do lucro do exercício é na sua totalidade utilizado para cobertura dos prejuízos registados em resultados transitados, até que estejam totalmente cobertos. Assim o descrito no parágrafo anterior não é ainda aplicável à realidade da Caixa Central.

27. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006 Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal 5.859.770 4.475.329 Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 6.806 - Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro 99.919 65.561 Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país 14.215.328 6.866.723 Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 41.277.697 21.636.869 Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.210.292 1.272.638 Empréstimos 71.249.471 60.239.790 Créditos em conta corrente 5.409.334 5.807.001 Descobertos em depósitos à ordem 953.721 871.349 Papel comercial 16.691.348 11.359.551 Particulares Cartão de crédito 3.350.063 2.886.366 Crédito externo Empresas e administrações públicas Empréstimos 131.330 127.694 Descobertos em depósitos à ordem 1.064 1.199 Papel comercial 185.700 - Particulares Habitação Outros créditos 18.235 - Consumo Cartão de crédito 3.565 4.965 Outros créditos 1.510 18.194 Outras finalidades Empréstimos 1.137 - Juros de crédito vencido 1.236.745 1.073.129 Juros de activos financeiros detidos para negociação 37.569 181.361 Juros de outros activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 9.904.991 5.377.715 Juros de activos financeiros detidos para venda 4.156.927 6.910.477 Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes 15.508.031 19.252.504 Títulos de dívida emitidos por não residentes 1.124.669 844.940 Fundo de pensões (Nota 40) 33.791 33.528 Outros juros e rendimentos similares - 360.921 ----------------- ----------------- 192.669.013 149.667.804 ========= =========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 186

28. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006

Juros de recursos de outras instituições de crédito no país 124.564.140 89.591.618 no estrangeiro 8.124.980 2.882.764 Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 6.261.485 3.260.929 Juros de passivos subordinados 2.927.929 1.805.372 Desconto das operações sobre obrigações no mercado de capitais 4.777.585 9.113.465 Fundo de pensões (Nota 40) 69.086 68.873 Outros juros e encargos similares 1.621 12.854 ---------------- ----------------- 146.726.826 106.735.875 ========= =========

29. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006

Activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes 58.269 54.263 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais: Crédito Agrícola Vida, S.A. 282.613 215.800 ----------- ----------- 340.882 270.063 ====== ======

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 187

30. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006 Por garantias prestadas Garantias e avales 1.386.672 1.270.968 Créditos documentários abertos 291.171 239.196 ------------- ------------- 1.677.843 1.510.164 ------------- ------------- Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis 177.321 - Outros compromissos irrevogáveis 197.892 441.350 ----------- ------------ 375.213 441.350 ----------- ------------ Por serviços prestados Depósito e guarda de valores 1.745.782 470.504 Cobrança de valores 1.191.921 668.640 Administração de valores 12 28 Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão 149.639 155.919 Transferência de valores 3.331.105 2.796.991 Gestão de cartões 13.568 - Anuidades 668.205 614.502 Operações de crédito Outras operações de crédito 1.011.698 894.742 Outros serviços prestados Outros 5.686.930 5.250.650 --------------- --------------- 13.798.860 10.851.976 --------------- --------------- Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa 19.592 - Outras operações realizadas por conta de terceiros 153.799 355.270 ------------ ----------- 173.391 355.270 -------------- -------------- Outras comissões recebidas 3.760.310 3.711.219 -------------- -------------- 19.785.617 16.869.979 ======== ========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 188

31. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006

Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores 436.847 214.242 Operações de crédito 2.605.528 2.475.182 Cobrança de valores 115.420 42.314 Por operações realizadas por terceiros 231.509 30.578 Outras comissões pagas 2.894.456 2.248.615 ------------- ------------- 6.283.760 5.010.931 ======== ========

32. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE

RESULTADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Ganhos Perdas Líquido Ganhos Perdas Líquido

ActivosActivos financeiros detidos para negociação:

Títulos 34.350 (73.600) (39.250) - - -Derivados de negociação 6.644.361 (6.035.143) 609.218 4.904.708 (2.621.509) 2.283.198

Outros activos financ. ao justo valor através de resultados 779.983 (1.839.054) (1.059.071) 152.250 (2.178.484) (2.026.234)7.458.694 (7.947.797) (489.103) 5.056.958 (4.799.993) 256.964

2007 2006

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 189

33. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006

Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida ( 882.564 ) ( 56.511 ) Instrumentos de capital 302.874 195.765 Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida ( 113.177 ) 51.000 ----------- ----------- ( 692.867 ) 190.254 ====== ======

34. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 2007 2006

Operações cambiais à vista 864.818 613.832 Operações cambiais a prazo - 16.173 ----------- ----------- 864.818 630.005 ====== ======

35. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006

Resultados em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda ( 976.884 ) ( 1.118.072 ) Outros activos tangíveis (Nota 14) 6.455 16.971 Outros activos não financeiros 74 - ------------- -------------- ( 970.355 ) ( 1.101.101 ) ======= ========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 190

36. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 2007 2006

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais 6.882.788 26.930 -------------- ---------- Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional 282.374 375.659 Reembolso de despesas 1.126.176 1.901.070 Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis 37.528 1.515.445 Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 474.586 634.709 Rendimentos da prestação de serviços diversos 510.095 651.074 Ganhos relativos a anos anteriores 436.047 119.885 Outros 1.606.998 1.940.689 -------------- -------------- 4.473.804 7.138.531 -------------- -------------- Outros encargos de exploração Quotizações e donativos ( 133.637 ) ( 219.702 ) Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo ( 181.353 ) ( 202.271 ) Outros encargos e gastos operacionais ( 1.909.919 ) ( 4.033.286 ) -------------- -------------- ( 2.224.909 ) ( 4.455.259 ) -------------- -------------- 9.131.683 2.710.202 ======== ======== Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica “Ganhos em investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos” inclui o montante de 6.791.862 Euros relativos à alienação da

totalidade das participações financeiras detidas na Crédito Agrícola Vida, S.A. e na Crédito Agrícola

Seguros, S.A. (Nota introdutória).

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 191

37. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006

Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização 1.810.157 1.837.233 Empregados 14.169.257 13.556.722 Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 40) 64.054 68.026 Encargos relativos a remunerações: Segurança Social 2.575.892 2.507.122 SAMS 700.528 706.838 Outros encargos sociais obrigatórios: Outros 20.905 78.744 Seguros de acidentes de trabalho 230.463 151.373 Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais 50.000 2.778 Outros 540.787 178.980 --------------- --------------- 20.162.043 19.087.816 ========= ========

O número médio de colaboradores da Caixa Central em 2007 e 2006 apresenta a seguinte composição:

2007 2006

Direcção 35 31 Chefias e gerência 41 22 Quadros técnicos 172 169 Administrativos 146 166 Outros 16 17 ----- ------ 410 405 === ===

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 192

38. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

2007 2006

Com fornecimentos: Água energia e combustíveis 462.094 403.812 Material de consumo corrente 236.700 294.040 Publicações 60.899 34.285 Material de higiene e limpeza 51.706 54.368 Material para assistência e reparação 30.174 28.274 Outros fornecimentos de terceiros 548.923 71.673 --------------- --------------- 1.390.496 886.452 --------------- --------------- Com serviços: Rendas e alugueres 2.938.883 2.366.957 Comunicações 1.005.820 1.059.265 Deslocações, estadas e representação 598.364 579.085 Publicidade e edição de publicações 1.448.169 1.282.558 Conservação e reparação 1.205.096 1.343.868 Transportes 32.246 35.858 Formação de pessoal 483.390 573.857 Seguros 565.154 665.840 Serviços especializados: Avenças e honorários 1.054.549 931.781 Judiciais contencioso e notariado 67.981 120.434 Informática 3.479.515 3.134.007 Segurança, vigilância e limpeza 645.218 353.808 Informações 429.144 238.555 Bancos de dados 52.012 149.781 Mão de obra eventual 128.182 117.790 Outros serviços especializados: Avaliadores externos 44.095 51.511 Serviços multibanco 450.642 451.472 Outros serviços de terceiros – empresas do grupo 125.801 400.972 Outros serviços de terceiros 3.771.254 2.096.550 --------------- --------------- 18.525.515 15.953.949 --------------- --------------- 19.916.011 16.840.401 ======== ========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 193

39. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 16), a Caixa Central consolida com as

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as demonstrações financeiras da Caixa Central incluem os

seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas ColigadasCaixas

Associadas Total Associadas ColigadasCaixas

Associadas TotalActivos:

Aplicações em instituições de crédito - - 17.667.733 17.667.733 - - 2.126.783 2.126.783

Crédito a clientes - 78.937.859 65.826 79.003.685 - 70.549.582 564.267 71.113.849

Outros activos - 2.103.413 2.176.932 4.280.345 - 1.741.018 1.982.684 3.723.702

Passivos:

Recursos de outras instituições de crédito - - 3.607.621.218 3.607.621.218 - - 3.379.696.029 3.379.696.029

Recursos de clientes e outros empréstimos 3.339.355 39.508.564 - 42.847.919 15.450.819 66.418.734 - 81.869.553

Passivos subordinados - - 44.658.089 44.658.089 - - 22.277.876 22.277.876

Outros passivos - 1.395.288 4.623.085 6.018.373 - 3.530.166 5.739.375 9.269.541

Custos:

Juros e encargos similares - 741.178 124.734.219 125.475.397 - 473.969 87.705.412 88.179.381

Encargos com serviços e comissões - 455.906 4.373.407 4.829.313 - 549.820 2.575.390 3.125.210

Gastos gerais administrativos - 4.019.044 - 4.019.044 - 4.203.724 - 4.203.724

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - 3.779.089 792.128 4.571.217 - 2.486.020 209.665 2.695.685

Rendimentos de instrumentos de capital - 282.613 - 282.613 - 215.800 - 215.800

Rendimentos de serviços e comissões - 1.125.348 5.944.449 7.069.797 - 938.685 5.160.569 6.099.254

Outros resultados de exploração - 7.505.623 585.537 8.091.160 - 328.366 990.804 1.319.170

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - 649.770 678.680 1.328.450 - 54.713 252.892 307.605

Garantias recebidas - - 46.310.273 46.310.273 - - 53.702.115 53.702.115

Compromissos perante terceiros - 1.903.518 689.440 2.592.958 - 21.615.000 674.500 22.289.500

2007 2006

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de

mercado nas respectivas datas.

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante de créditos concedidos a membros dos órgãos sociais da

Caixa Central, apresenta-se de seguida:

Conselho Consultivo 678.062 Conselho Geral e de Supervisão 320.257 Conselho Fiscal 84.652 Conselho de Administração Executivo 1.737 Mesa da Assembleia Geral 1.181 -------------- 1.085.889 ========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 194

40. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados

no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros

Crédito Agrícola Vida, S.A..

Os pressupostos utilizados a 31 de Dezembro de 2007 e 2006 e em 1 de Janeiro de 2007 foram os

seguintes:

NCA’s NCA’s PCSB

(31/12/2007) (1/1/2007) (31/12/2006)Pressupostos financeiros:Taxa de desconto 5,25% 4,50% 6%Taxa de rendimento 4,50% 4,50% 6%Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios

3% 3% 3%

Taxa de crescimento das pensões 2% 2% 2%

Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 TV – 73/77Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 EVK 80Idade de reforma 65 65 65Método de avaliação “Projected Unit

Credit”“Projected

Unit Credit”“Projected Unit

Credit” As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e prémio de antiguidade em 31

de Dezembro de 2007, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 1.873.386 . Licenças sem vencimento 4.488 . Pré-reformados 11.856 . Pensões em pagamento 434.723 -------------- 2.324.453 ----------- Contribuições dos empregados 100.292 -------------- Total de responsabilidades (Nota 18) 2.424.745 ======== Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo (Nota 18) 2.400.108 ---------- Valor financiado em excesso ( 75.655 ) =====

As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e prémio de antiguidade em 1 de

Janeiro de 2006, assumindo os novos pressupostos para NCA, assim como a respectiva cobertura,

apresentam o seguinte detalhe:

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 195

Estimativa das responsabilidades por serviços passados:

. Responsabilidades em PCSB 696.802 Impacto transição para IAS 19 . Tábua de mortalidade 85.704 . Pressupostos financeiros 697.091 ------------- Responsabilidades IAS 19 (Nota 23) 1.479.597 ------------- Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo (Nota 23) 820.427 ----------- Valor não financiado 659.170 ======

O valor não financiado corresponde ao aumento das responsabilidades decorrente da alteração da

tábua de mortalidade, da adopção de novos pressupostos financeiros, do reconhecimento das

responsabilidades com cuidados de saúde e prémio de antiguidade. Este valor poderá ser financiado

ao longo de cinco anos com início em 2007, com excepção das responsabilidades com cuidados de

saúde e alterações de tábua que poderão ser financiadas ao longo de sete anos, conforme disposto

pelo Banco de Portugal.

Anos a 01-01-2006 diferir 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade 85.704 7 12.243 12.243 12.243 12.243 12.243 12.243 12.243 . Alteração de pressupos tos financeiros 697.091 5 139.418 139.418 139.418 139.418 139.418 - - . Excesso de cobertura em PCSB (123.625) 5 (24.725) (24.725) (24.725) (24.725) (24.725) - -

659.170 126.937 126.937 126.937 126.937 126.937 12.243 12.243

Benefícios de assistência médica (SAMS) 2.525.375 7 360.768 360.768 360.768 360.768 360.768 360.768 360.7685.171.641 487.704 487.704 487.704 487.704 487.704 373.011 373.011

De acordo com o Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, o custo do exercício relativo a pensões

inclui o encargo com os serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado.

Nos exercícios de 2007 e 2006, os custos com pensões têm a seguinte composição:

2007 2006 Custo do serviço corrente (Nota 37) 64.054 68.026 Custo dos juros (Nota 28) 69.086 68.873 Rendimento esperado dos activos do Fundo (Nota 27) ( 33.791 ) ( 33.528 ) Ganhos e perdas actuariais 741.698 100.144 ----------- ----------- Acréscimo anual de responsabilidades 841.047 203.515 ====== ======

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros

utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao

rendimento esperado dos fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de

pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de

10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor dos fundos de

pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais

excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no mínimo, um montante

correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos colaboradores

no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 196

Em 31 de Dezembro de 2007 a decomposição do corredor é a seguinte: Corredor 240.011 ----------- Ganhos e perdas actuariais . Desvio financeiro 14.748 . Desvio actuarial 726.950 ----------- 741.698 ====== Desvios incluídos no corredor (Nota 18) . Desvio financeiro 4.772 . Desvio actuarial 235.239 ----------- 240.011 ====== Desvios fora do corredor (Nota 18) . Desvio financeiro 9.976 . Desvio actuarial 491.711 ----------- 501.687 ----------- Amortização em 2007: . Desvio financeiro ( 416 ) . Desvio actuarial ( 20.488 ) ----------- ( 20.904 ) ----------- 480.783 ======

O movimento ocorrido no valor das responsabilidades durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2006 1.479.597 Custo do serviço corrente 64.054 Custo dos juros 69.086 Ganhos e perdas actuariais 726.950 Pensões pagas ( 15.234 ) ------------- Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2007 2.324.453 ======== Os desvios actuariais em 2007 foram originados pela alteração à lei da Segurança Social em que a

comparticipação da Caixa Central aumentou.

O movimento no Fundo de Pensões durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2006 820.427 Contribuições da Caixa Central 1.475.580 Contribuições dos empregados 100.292 Rendimento líquido do Fundo 19.043 Pensões pagas ( 15.234 ) ------------- Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2007 2.400.108 ========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 197

41. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de

mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas

de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras

variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pelo Departamento Financeiro da Caixa

Central para cada carteira, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a

risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de

perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se

implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado

e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como

pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos

autorizados.

Risco Cambial

O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre

que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

O controlo e a avaliação do risco cambial são efectuados diariamente a nível individual, para cada

uma das Sucursais e a nível consolidado. São calculados valores e cumprimento de limites em

termos posição aberta total.

Na Caixa Central, a gestão do risco cambial encontra-se centralizada, sendo responsabilidade do

Departamento Financeiro sob enquadramento de limites aprovados pelo Conselho de Administração

Executivo.

A Caixa Central apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil

definido para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura

seguida.

Risco de Taxa de Juro

A Caixa Central incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade,

contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das

taxas de juro.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 198

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

• diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva); • variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas

patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e • existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada pelo Comité de Activos e

Passivos (ALCO).

A Caixa Central avalia mensalmente a sua exposição a este tipo de risco com recurso a uma

metodologia baseada no agrupamento dos diversos activos e passivos sensíveis em intervalos

temporais de acordo com as respectivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são

calculados os cash flows activos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de

taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da

margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das

taxas de juro.

A relação risco/ rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados

mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a

variações adversas das taxas de juro.

Em 31 de Dezembro de 2007 a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como se

segue (valores em milhares de Euros):

Taxa Fixa Taxa Variavel Sujeito a risco

de taxa de juro

Não sujeito a risco de taxa de

juroIndeterminado Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais - 661.981 661.981 - - 661.981Disponibilidades em outras instituições de crédito - 6.190 6.190 9.463 - 15.653Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 309.257 - 309.257 14.552 - 323.809Activos financeiros disponiveis para venda 15.390 16.476 31.866 69.448 - 101.314Aplicações em Instituições de Crédito 1.079.613 14.419 1.094.032 9.949 - 1.103.981Crédito a Clientes(bruto) 355.843 1.223.253 1.579.096 7.228 32.937 1.619.261Investimentos a deter até a maturidade 238.822 - 238.822 11.315 - 250.137

1.998.925 1.922.319 3.921.244 121.955 32.937 4.076.136

Passivo

Recursos de outras instituições de Crédito 3.549.313 55.726 3.605.039 13.700 - 3.618.739Recursos de clientes e outros empréstimos 226.925 - 226.925 1.058 65 228.048Outros passivos subordinados - 92.496 92.496 870 - 93.366

3.776.238 148.222 3.924.460 15.628 65 3.940.153

Futuros sobre Taxa de juro (equivalentes a passivo) 210.667 - 210.667 - - 210.667

Exposição Liquida (1.987.980) 1.774.097 (213.883) 106.327 32.872 (74.684)

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 199

Em 31 de Dezembro de 2007 o desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco

de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro

seguinte (valores em milhares de Euros):

À vista Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 3 anos de 3 a 5 anos Mais de 5 anos Subtotal

Não sujeito a risco de taxa de

juroIndeterminado Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 497.607 164.374 - - - - 661.981 - - 661.981Disponibilidades em outras instituições de crédito 6.190 - - - - - 6.190 9.463 - 15.653Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - 55.761 186.508 50.625 16.363 309.257 14.552 - 323.809Activos financeiros disponiveis para venda - 12.355 12.061 7.449 - - 31.865 69.449 - 101.314Aplicações em instituições de crédito 3.935 1.060.477 29.003 47 256 314 1.094.032 9.949 - 1.103.981Crédito a clientes ( saldos brutos) 21.739 935.400 540.360 25.287 6.661 49.651 1.579.098 7.226 32.937 1.619.261Investimentos a deter até à maturidade - - 56.553 109.050 73.219 - 238.822 11.315 - 250.137

529.471 2.172.606 693.738 328.341 130.761 66.328 3.921.245 121.954 32.937 4.076.136

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 190.331 2.000.815 1.023.378 294.178 63.963 32.375 3.605.040 13.699 - 3.618.739Recursos de clientes e outros empréstimos 67.419 104.563 45.108 9.835 - - 226.925 1.058 65 228.048Outros passivos subordinados - 23.000 43.697 25.799 - - 92.496 870 - 93.366

257.750 2.128.378 1.112.183 329.812 63.963 32.375 3.924.461 15.627 65 3.940.153

Derivados

Futuros sobre Taxa de juro (equivalentes a passivo) - - - 174.179 31.539 4.950 210.668 - - 210.668

Exposição Liquida 271.721 44.228 (418.445) (175.650) 35.259 29.003 (213.884) 106.327 32.872 (74.685)

Datas de Refixação/Datas de Maturidade

Considerando os valores apurados, os quadros anteriores apresentam uma exposição ao risco de

taxa de juro, tanto da margem financeira como do valor económico do capital, pouco significativa.

Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou negativa, sobre os

referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais.

Apresenta-se de seguida a análise de sensibilidade para o risco de taxa de juro a que a Caixa

Central se encontra exposta em 31 de Dezembro de 2007, efectuada a partir da simulação, nos

activos e passivos sensíveis, da variação até 200 pontos base na taxa de referência, incluindo o

impacto na margem financeira (valores em milhares de Euros):

Impacto resultante da variação da taxa de juro de referência

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp

ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 779 399 202 (205) (414) (839)Disponibilidades em outras instituições de crédito 125 62 31 (30) (60) (119)Outros activos financeiros valorizados ao justo valor através de resultados 12.269 6.021 2.983 (2.929) (5.806) (11.408)Activos Financeiros disponíveis para venda 319 158 79 (78) (155) (307)Aplicações em instituições de crédito 2.633 1.307 651 (647) (1.289) (2.560)Crédito a clientes 11.833 5.663 2.773 (2.665) (5.230) (10.088)Investimentos etidos até a maturidade 9.821 4.816 2.385 (2.340) (4.637) (9.104)Outros Activos 204 100 49 (48) (95) (187)

37.982 18.526 9.153 (8.943) (17.687) (34.612)

PassivosRecursos de outras instituições de crédito 36.563 18.013 8.941 (8.813) (17.501) (34.514)Recursos de clientes e outros empréstimos 1.734 856 425 (420) (835) (1.650)Outros passivos subordinados 1.281 633 315 (312) (620) (1.227)

39.577 19.502 9.681 (9.545) (18.956) (37.391)

DerivadosFuturos sobre Taxa de juro (equivalentes a passivo) (19.615) (9.607) (4.755) 4.660 9.227 18.096

Impacto na margem financeira (21.210) (10.583) (5.283) 5.261 10.497 20.875

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 200

Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa Central financiar o seu activo

satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO),

estando a sua gestão diária cometida ao Departamento Financeiro.

Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazos, são elaborados

relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica

dos mesmos. É também realizado um acompanhamento por parte do Grupo e da Caixa Central dos

rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo

Banco de Portugal.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política

conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades

claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde

são centralmente aplicados em activos de elevada qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente

obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações de prazo curto sobre Instituições

de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de

forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 642 balcões e numa base de

funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos

em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 201

Em 31 de Dezembro de 2007 os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros

apresentam a seguinte composição (valores em milhares de Euros):

À vista Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 3 anos de 3 a 5 anos Mais de 5 anos Indeterminado Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 661.981 - - - - - - 661.981Disponibilidades em outras instituições de crédito 15.653 - - - - - - 15.653Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - 55.761 186.508 52.484 23.688 5.368 323.809Activos financeiros disponiveis para venda - 2.500 12.061 7.449 6.489 12.377 60.438 101.314Aplicações em instituições de crédito 3.935 1.060.055 19.144 306 278 10.314 9.949 1.103.981Crédito a clientes ( saldos brutos) 19.963 317.032 380.078 270.115 150.167 471.442 10.464 1.619.261Investimentos a deter até à maturidade - - 56.553 109.050 73.219 - 11.315 250.137

701.532 1.379.587 523.597 573.428 282.637 517.821 97.534 4.076.136

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 190.331 1.970.448 1.031.978 328.225 63.963 32.375 1.419 3.618.739Recursos de clientes e outros empréstimos 67.419 104.563 45.108 9.835 - - 1.123 228.048Outros passivos subordinados - - 7.697 42.799 32.000 10.000 870 93.366

257.750 2.075.011 1.084.783 380.859 95.963 42.375 3.412 3.940.153

Diferencial 443.782 (695.424) (561.186) 192.569 186.674 475.446 94.122 135.983

Prazos residuais contratuais

Os “gaps” negativos até 1 ano reflectem o elevado montante de depósitos efectuados por CCAM

junto da Caixa Central com prazo de vencimento até 1 ano, classificados de acordo com o seu prazo

residual contratual, tal como exigido pelas IAS, mas que na prática apresentam características de

passivos estruturais, sendo renovados no seu vencimento.

Considerando os aspectos acima referidos, poder-se-á concluir pela existência de um risco de

liquidez praticamente inexistente.

Risco de Crédito

A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objectivamente de um rigoroso

controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira.

Neste sentido, deu-se elevada prioridade ao projecto de Transformação da Função Risco no Crédito

Agrícola, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e enquadrado no

cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II e na implementação das IAS. Para a

coordenação desse projecto, foi criado o Gabinete de Riscos da Caixa Central que centraliza na sua

unidade de estrutura as competências e funções de coordenação em matéria de análise e controlo

integrado de riscos, articulando a actividade desenvolvida com a dos departamentos especializados

(v.g. Risco de Crédito, Risco de Mercado e Gestão de Balanço, Risco Operacional).

O risco de crédito associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação da

qualidade da contraparte em operações de crédito constitui o risco mais relevante da actividade de

qualquer instituição financeira. O programa de Transformação da Função Risco é constituído, em

matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas iniciativas complementares que,

iniciadas em 2006, se desenvolveram no decurso do exercício de 2007 e que compreendem uma

forte articulação com a vertente tecnológica, exigindo o desenvolvimento de competências internas

específicas:

Solução de propostas e credit scoring: Pretende criar um fluxo de trabalho padronizado para os

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 202

processos de concessão de crédito a particulares e pequenos negócios associado a um modelo de credit

scoring por segmento, onde se salienta o crédito ao consumo, o crédito a ENI’s (na vertente de tesouraria

e na vertente de investimento) e o crédito à habitação, que deverão estar em produção logo no início de

2008.

• Central de balanços: Visa a implementação de uma aplicação que materializa o repositório de dados único de informação financeira dos clientes do SICAM. Desta forma será possível assegurar a consistência da informação e a sua integração com outras aplicações, designadamente workflow de propostas de crédito, sistemas de alertas de risco, imparidade, modelo de rating, entre outros. O desenvolvimento desta ferramenta ficou concluído no final do ano, prevendo-se, por isso, a sua entrada em produção no decurso do primeiro trimestre de 2008.

• Ferramenta de gestão de garantias (recebidas): Visa definir um novo processo de registo de todas as garantias subjacentes às operações de crédito do Grupo e que assegure a sua adequada caracterização e avaliação. Neste ano ficou concluída a análise funcional e a especificação de requisitos, esperando-se o arranque no desenvolvimento desta ferramenta logo no princípio de 2008, de forma a obter a sua operacionalidade até ao final do 3º trimestre de 2008.

• Rating empírico: Como ferramenta de apoio à decisão nos processos de concessão de crédito a clientes empresa, desenvolveu-se um modelo de rating interno com base em critérios quantitativos e qualitativos, através dos quais se pretende avaliar o perfil de risco de cada cliente deste segmento de negócio não só com base na sua evolução económico-financeira e no histórico do seu relacionamento com o CA, mas sobretudo reflectindo em torno do sector de actividade em que se insere e das características do negócio e, ainda, das competências de gestão de que dispõe. Já na fase de testes, espera-se a sua implementação na CCCAM no decurso do 1º trimestre de 2008 e o posterior recurso a Caixas piloto, preparando o desenvolvimento do futuro rating de base estatística.

• Repositório de informação de risco: A criação de um repositório de dados (datamart) adequado às necessidades da Função Risco do Grupo, designadamente ao especificado por Basileia II, constitui outro dos objectivos do Programa. Concluída a fase de especificação de requisitos e de análise de gaps, prevê-se para 2008 o processo de desenvolvimento desta ferramenta crítica para o processo de gestão de risco.

• Manual de risco de crédito: Implementou-se um Manual de risco de crédito que estabelece as políticas, processos e procedimentos de risco para a Caixa Central, de modo a alcançar uma padronização e homogeneidade de comportamentos e práticas neste domínio. Este documento constituirá doravante o referencial no estudo e na elaboração do corpo normativo da Caixa Central no que se refere à gestão do risco de crédito.

• Segregação de funções: Para o desenvolvimento das actividades da Caixa Central e seguindo as recomendações de Basileia II quanto à resolução de eventuais conflitos de interesses na organização funcional, numa lógica de independência e especialização, promoveu-se a segregação de funções no DRC, detalhando as funções e o modelo de competências necessário no âmbito da gestão comercial de empresas, da análise de risco de crédito, do acompanhamento e da recuperação de crédito. A publicação de normas reguladoras das diversas funções e actividades continuará a desenvolver-se durante 2008.

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 203

• Modelo de desenvolvimento de competências: A partir do Plano de Transformação da Função Risco e com o suporte de um modelo pedagógico entretanto concluído, mas cujo desenvolvimento só irá ocorrer durante os próximos anos, deu-se já início à formação específica em gestão do risco de crédito, em colaboração com Centro de formação do Departamento de Recursos Humanos. Este projecto, bastante ambicioso, pretende o envolvimento de todos os colaboradores do SICAM na apreensão e domínio dos principais temas e aspectos relacionados com a gestão do risco.

• Standard Approach: Para preparar o Grupo Crédito Agrícola para o cálculo dos requisitos de capital a nível consolidado e individual, de acordo com os requisitos da metodologia standard de Basileia II na vertente do risco de crédito (e de mercado) deu-se início ao estudo e definição dos suportes, dos meios e da informação necessários ao processo de cálculo.

A criação de um ambiente de gestão de risco de crédito apropriado implica a existência de uma

estrutura organizativa clara e definida. Apesar de ser uma actividade transversal a todo a instituição,

tem contudo estruturas organizacionais que participam e promovem a actividade de forma mais

directa e continuada.

O Gabinete de Riscos da Caixa Central viu alargadas as suas competências, assumindo agora a

função risco, de forma global, como estrutura central, em coordenação com as restantes unidades

orgânicas competentes, sendo designadamente responsável por: recomendar ajustamentos nas

políticas, regulamentos ou práticas; desenvolver um modelo de avaliação de perdas por imparidade

da carteira de crédito; desenhar, implementar e assegurar a manutenção das estruturas e das

ferramentas de gestão de risco de crédito (e.g. rating, scoring, sistema de alertas, gestão de limites);

e monitorizar as estruturas que actuam directa e diariamente na gestão do risco.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2007, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento

financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

2007 2006 Patrimoniais: Crédito a clientes 1.612.387.480 1.803.790.412 Disponibilidades em outras instituições de crédito 15.653.484 12.629.780 Aplicações em instituições de crédito 1.094.038.718 1.060.081.526 ------------------- --------------- 2.722.079.682 2.876.501.718 ------------------- --------------- Extrapatrimoniais: Garantias prestadas 75.656.502 81.936.231 Compromissos irrevogáveis 141.790.423 155.048.245 ---------------- ---------------- 217.446.925 236.984.476 ------------------- ------------------- 2.939.526.607 3.113.486.194 =========== ==========

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 204

Qualidade do crédito dos activos financeiros sem incumprimentos ou imparidade

Em 31 de Dezembro de 2007, a qualidade de crédito dos activos financeiros da Caixa Central de

acordo com o rating de referência interno, pode ser resumida como se segue:

Activo AAA AA A BBB BB Indeterminado Total

Aplicações em instituições de crédito - 79.736.792 817.342.387 30.000.000 94.000.000 72.959.539 1.094.038.718Activos financeiros detidos para negociação - - - - - 729.431 729.431Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.860.350 225.570.422 96.378.392 - - - 323.809.164Activos financeiros disponíveis para venda 2.521.800 13.399.042 12.079.087 11.399.219 - 61.915.010 101.314.158Activos financeiros detidos até à maturidade - 216.355.226 28.611.052 - - 244.966.278

4.382.150 535.061.483 954.410.918 41.399.219 94.000.000 135.603.980 1.764.857.749

A Caixa Central define o seu rating de referência de médio e longo prazo como sendo o mais baixo

dos ratings divulgados pelas agências internacionais Fitch, Moody’s e Standard & Poors.

Relativamente ao crédito a clientes, e tal como referido acima, Caixa Central não dispõe actualmente

ratings internos ou externos de modo a aferir da qualidade da sua carteira. A CCCAM implementou

recentemente um sistema de scoring para particulares para auxílio à decisão da concessão de

crédito e planeia implementar brevemente um sistema de rating para empresas.

Reestruturações

Em 31 de Dezembro de 2007 o valor de balanço de crédito a clientes cujos termos tenham sido

renegociados ou considerados em incumprimento ou com imparidade é o seguinte:

Crédito vivo 288.619.737 Garantias 6.614.741 Crédito vencido 6.919.647 ----------------- 302.154.125 ==========

O montante de crédito vencido diz respeito aos contratos cujos termos tenham sido renegociados ou

considerados em incumprimento ou com imparidade em 31 de Dezembro de 2007.

Antiguidade do incumprimento das operações de crédito vencidas

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a antiguidade do incumprimento das operações de crédito

vencidas pode ser resumida como segue:

2007 2006

Até 3 meses 2.831.140 6.404.964De 3 a 6 meses 2.168.684 1.730.779De 6 a 12 meses 2.938.946 4.657.084De 1 a 3 anos 10.589.101 12.449.643De 3 a 5 anos 12.158.540 17.612.425Juros vencidos 2.250.435 1.667.018

32.936.846 44.521.913

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 205

Justo valor de activos e passivos financeiros

A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais activos e passivos registados

pelo custo amortizado em 31 de Dezembro de 2007 é apresentado no quadro seguinte (montantes

em milhares de Euros):

Saldos não analisados

Valor de balanço Justo valor Diferença Valor de balanço

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 661.981 661.981 - - 661.981Disponibilidades em outras instituições de crédito 15.653 15.653 - - 15.653Aplicações em Instituições de Crédito 1.103.981 1.113.847 9.866 - 1.103.981Crédito a Clientes (Liq. de provisões) 1.502.872 1.508.860 5.988 32.937 1.535.809

3.284.487 3.300.341 15.854 32.937 3.317.424

Passivo

Recursos de Bancos Centrais e outras instituições de Crédito 3.618.739 3.618.331 (408) - 3.618.739Recursos de clientes e outros empréstimos 228.048 228.050 2 - 228.048Outros passivos subordinados 93.366 93.379 13 - 93.366

3.940.153 3.939.760 (393) - 3.940.153

Saldos AnalisadosValor de

balanço Total

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 206

As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes:

• Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor;

• O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em

modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

a) Taxas de juro de mercado para “Aplicações em Instituições de Crédito” e “Outros

Passivos Subordinados”; b) Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa Central para tipos de

créditos comparáveis; c) Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho. d) Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime

Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente tomada de recursos das Caixas Associadas para aplicação centralizada na Caixa Central.

Fundos próprios

Em 31 de Dezembro de 2007, o detalhe dos fundos próprios da Caixa Central apresenta-se de

seguida:

Fundos próprios de base 123.236.958 Fundos próprios complementares 72.583.953 Deduções ( 17.443 ) ---------------- Fundos próprios totais 195.803.468 ========= Activos ponderados 1.693.647.000 Extrapatrimoniais ponderadas 99.250.780 Outros riscos ponderados 306.651 ------------------- Riscos ponderados totais 1.793.204.431 =========== Rácio TIER I 6,9% Rácio TIER II 4,0% Rácio de solvabilidade 10,9%

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 207

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 208

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 209

2. Certificação Legal de Contas

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Relatório e Contas 2007 – Caixa Central Página 212