Relatorio Mineralogia

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UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “Julio de Mesquita Filho” CAMPUS DE GUARATINGUETÁ 1 Geologia Mineralogia Aluno: Hélio Henrique Costa Carneiro R.A: 11168-2 Turma 241L Professor Silvio Jorge Coelho Simões

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relatorio sobre mineralogia, Engenharia Civil Unesp Guaratingueta

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Geologia

Mineralogia

Aluno: Hélio Henrique Costa Carneiro R.A: 11168-2 Turma 241L Professor Silvio Jorge Coelho Simões

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SUMÁRIO

Introdução................................................................................................................................ 3

Conceitos e Classificação dos minerais..................................................................................... 3

Descrição dos minerais .................................................................................................... ........6

Aplicações dos minerais............................................................................................................ 22

Conclusão...................................................................................................................................26

Referências Bibliográficas ............................................................................ ..............................27

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INTRODUÇÃO

Mineral é todo elemento ou composto químico, sólido ou líquido, normalmente de origem

inorgânica, que ocorre naturalmente na crosta sólida da Terra. Apresenta composição química definida e, quando formado em condições favoráveis, mostra uma estrutura atômica característica que condiciona sua forma cristalina e suas propriedades físicas. Os minerais são constituídos de um ou mais elementos químicos, formando assim espécies desde muito simples, em termos de composição, como o diamante e o enxofre, até estruturas mais complexas como a cilindrita (Sb2S3.6SnS2.6PbS). O estudo dos minerais começa pela pesquisa de suas propriedades físicas, sejam elas ópticas, mecânicas, elétricas, magnéticas ou térmicas; e pela análise das características químicas, mediante diferentes procedimentos.

As mais importantes propriedades ópticas de um mineral são a cor, o traço e o brilho. Para grande número de minerais, a cor é uma propriedade bem definida, enquanto outros podem exibir uma ampla gama de cores sem alteração aparente de sua composição química. Para determinar o traço, que é a cor do pó de um mineral, observa-se a cor deixada ao esfregá-lo sobre uma placa de porcelana não polida. Segundo o brilho, os minerais podem ser metálicos e não metálicos. Usam-se vários termos para descrever o brilho dos não metálicos: vítreo, resinoso, nacarado, gorduroso, sedoso e adamantino.

Segundo o grau de luminescência os minerais podem ser opacos, translúcidos (transparentes nos cantos) e transparentes. Há ainda as propriedades ópticas especiais, como a dupla refração. Entre as propriedades mecânicas, tem notável interesse a dureza, medida por escalas como a de Mohs, que utilizam minerais como referência. Outra propriedade importante é a clivagem.

Clivagem é a propriedade que tem um mineral de, ao romper-se sob a aplicação de determinada força, produzir superfícies planas definidas. Outras características dos minerais são a tenacidade, segundo o qual pode ser quebradiço, maleável, dúctil, flexível ou elástico e a densidade relativa.

Neste relatório, que teve como base as aulas de laboratório de geologia, aprofundaremos mais nossos conhecimentos sobre esse tema, com o intuito de realizar a descrição detalhada dos principais minerais encontrados na crosta terrestre. Pois grande parte dos minerais abundantes na superfície terrestre tem alta aplicabilidade na Engenharia Civil e o conhecimento desses é de fundamental importância para a área. Ao longo deste relatório será retratado como os minerais são classificados, os parâmetros de análise utilizados e a aplicabilidade de cada mineral seja no laboratório, indústria, comércio e/ou Engenharia Civil.

CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS

A classificação dos minerais é feita, basicamente, pelo agrupamento dos minerais a partir de suas composições químicas, assim podemos distingui-los em dois grupos, o dos silicatos e dos não silicatos:

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Silicatos: Este é o grupo de maior importância entre os minerais, já que mais que 90% da crosta é formado por minerais desse grupo. Os minerais desse grupo são compostos por silício e oxigênio em combinação de cátions, como o sódio, o potássio, o cálcio, o magnésio, o alumínio e o ferro, assim formando estruturas químicas complexas.

Não Silicatos: Pertencentes a esse grupo temos algumas classes de minerais, como a classe dos:

-Sulfetos: Nesse grupo fazem parte os minerais, principalmente, que possuem em sua fórmula química, metais combinando-se com o enxofre, o selênio ou o telúrio.

-SULFATOS: Estão nessa classe os minerais que possuem o radical sulfato, SO4. Esse é subdividido em sulfatos anidros, mais importantes e mais comuns, e sulfatos básicos e hidratados.

-SULFOSSAIS: São os minerais compostos por chumbo, prata ou cobre em combinação com enxofre e antimônio.

-CARBONATOS: Aqui se encontram os minerais, cuja fórmula possui radical carbonato, CO3. Essa classe é subdividida em 2 grupos: o Grupo da Calcita, quando o carbonato bivalente se combina com cátions bivalentes, de tal maneira que a relação de rios resultem em geometria simples; e o Grupo da Aragonita, quando o íon carbonato se combina com íons bivalentes grandes, resultando em estruturas ortorrômbicas.

-FOSFATOS: Incluem nessa classe os minerais que possuem radical fosfato, PO4. Suas estruturas e relações químicas, em geral, possuem relativas complicações, por possuir uma substituição iônica complexa, típica de fosfatos.

-TUNGSTATOS: São os minerais que possuem o radical tungstato, WO4, em suas fórmulas. -ÓXIDOS: Estes são agrupados, de forma simplificada, em óxidos, o qual engloba os minerais

que contêm um metal em combinação com oxigênio, e hidróxidos, neste estão os minerais que contêm água. Dentro da classe dos óxidos existem grupos minerais importantes, notadamente, como o grupo da hematita, no grupo dos óxidos também que se encontram os principais minérios de ferro, cromo, manganês, estanho e alumínio.

-HALÓIDES: Esta classe se caracteriza pela presença dos íons halogênios eletronegativos, Cl-, Br-, F- e I-. Estes íons são grandes, carregados fracamente e de fácil polarização.

-BORATOS: São aqueles que possuem BO3. Estes são de grande interesse para a mineralogia, pois eles são capazes de formar grupos aniônicos polimerizados, tendo a forma de cadeias, camadas ou grupos múltiplos isolados. Classificação Física dos Minerais HÁBITO – Entende-se como hábito a forma como o mineral se encontra na natureza, sendo que os mais comuns são o prismático, cúbico, micáceo, euédrico, dendrítico e o divergente. CLIVAGEM – É a facilidade que os minerais apresentam de se romperem com uma facilidade segundo determinados planos. Todo plano de clivagem é paralelo a uma face do cristal ou a uma face possível do cristal. A clivagem pode ser obtida por simples pressão ou por choque mecânico mais forte. Os minerais podem apresentar superfícies de clivagem em: 3 direções (Figura A); 2 direções (Figura B); 1 direção (Figura C); Ausente.

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FRATURA – É o tipo da superfície não plana apresentada por um mineral, após o mesmo ter sido submetido a um choque mecânico. PARTIÇÃO – A partição é uma superfície de fratura relativamente plana, que em muitas vezes se confunde com a clivagem. Entretanto, os planos de partição são irregularmente espaçados e com traços muito grossos, além de não ser constante o seu aparecimento entre os grãos de uma mesma espécie mineral. DUREZA – A dureza de um mineral é a resistência que sua superfície oferece ao ser riscada. Será adotada a escala de dureza de MOHS, estabelecida em 1824, na qual dez minerais comuns são ordenados em relação à resistência que oferecem ao risco.

As durezas são classificadas como: Dureza Baixa: Minerais riscados pela unha (minerais de dureza 1 e 2); Dureza Média: Minerais não riscados pela unha, mas riscados pelo canivete (minerais com dureza até 5 – 5,5); Dureza Alta: Não riscado pelo canivete. Tenacidade - A tenacidade nada mais é que sua resistência em ser quebrado , rasgado ou dobrado, sendo que os termos seguintes expressam a tenacidade de um mineral - Quebradiço: O mineral é pulverizado com facilidade - Maleável: Facilidade em se transformar em lâminas - Séctil: O mineral pode ser cortado por uma lâmina de aço - Dúctil: O mineral forma fios ao ser estirado -Flexível: O mineral pode ser curvado, porém não retorna a sua forma original -Elástico: O mineral pode ser curvado e volta a sua forma original

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DENSIDADE RELATIVA – É a relação entre o peso do mineral e o peso de um volume igual de água pura. BRILHO – O brilho de um mineral é a capacidade de reflexão da luz incidente sobre sua superfície. O brilho de um mineral pode ser dividido em: Metálico – Brilho semelhante a um metal. Não metálico – Outros tipos de brilhos observados nos minerais. Exemplos: - Vítreo – Brilho semelhante ao vidro. - Sedoso – Brilho semelhante a seda. - Resinoso – Brilho semelhante a resina. - Perláceo – Brilho semelhante a pérola. COR – A cor do mineral é um caráter importante em sua determinação. A cor de uma substância depende do comprimento de onda da luz que ela absorve. Por exemplo, um mineral que apresenta cor verde absorve todos os comprimentos de onda do espectro exceto aquele associado ao verde. Deve-se assinalar, entretanto, que podem ocorrer minerais das mais diversas tonalidades. TRAÇO – A cor do pó fino de um mineral é designada de traço. Enquanto as cores dos minerais podem ser muito variáveis, as cores dos traços são normalmente constantes. O traço é obtido riscando-se com o mineral uma placa de porcelana não polida.

DESCRIÇÕES DOS MINERAIS

Não Silicatos BARITA

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Composição Química: Sulfato de Bário, BaSO4. BaO – 65,7% e SO3 – 34,3%. Classificação: Sulfato. Hábito: Tabular, fibroso, prismático, lamelar, granular. Clivagem: Perfeita. Dureza: 3 a 3,5. Densidade: 4,5. Cor: Branca. Brilho: Vítreo.

BAUXITA

Composição Química: Mistura de óxidos de alumínio hidratados de composição indefinida. Classificação: Óxido. Hábito: É uma mistura dos hábitos pisolítico, granular, terroso e maciço. Clivagem: Não possui clivagem definida. Dureza: 1 a 3. Densidade: 2 a 3. Cor: Marrom avermelhado, mas podem ser encontrados também na cor branca, cinza e amarelo. Brilho: Opaco e terroso. Traço: Marrom.

CALCITA

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Composição Química: Carbonato de Cálcio, CaCO3. Cao – 56% e CO2 – 44%. Calssificação: Carbonato. Hábito: Prismático e romboédrica. Clivagem: Perfeita com ângulo de clivagem de 74º55’. Partição: Ao longo das lamelas de geminação. Dureza: 3. Densidade: 2 a 3. Cor: Branca, podendo encontrar de varias cores dependendo de suas impurezas. Usualmente branca ou incolor. Brilho: Vítreo.

CASSITERITA

Composição Química: Bióxido de Estanho, composto por 78,7% de Sn, 21,3% de O. Pode estar presente pequenas quantidades de ferro. Classificação: Óxido. Hábito: Prismáticos agregados ou massas informes, seixos rolados, cristais prismáticos. Clivagem: Clivagem prismática imperfeita. Partição: Partição. Dureza: 6 a 7. Densidade relativa: 6,8 a 7,1. Brilho: Brilho adamantino a submetálico e fosco. Cor: Marrom a preto, às vezes amarelo, vermelho, cinza, branco a quase incolor. As cores podem aparecer irregularmente distribuídas ou distribuídas em zonas ou bandas. Traço: Branco, cinza, castanho esverdeado ou incolor.

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DOLOMITA

Composição Química: Carbonato de Cálcio e Magnésio, CaMg(CO3)2. CaO – 30,4%, MgO – 21,7% e CO2 – 47,9% . Classificação: Carbonato. Hábito: Romboédrico. Clivagem: Perfeita com ângulo de clivagem de 73º45’. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 2,5 a 3. Cor: Usualmente possui alguma tonalidade rósea, podendo ser também incolor, branco, cinzento, verde, castanho ou preto. Brilho: Vítreo. Traço: Branco. ESFARELITA

Composição Química: Sulfeto de zinco, composto por 67,0% Zn, 33,0% S. Quase sempre contem ferro em sua fórmula. Classificação: Sulfeto. Hábito: Tetraédrico, dodecaédrico. Clivagem: Dodecaédrica perfeita, mas em algumas localidades é de granulação excessivamente fina para mostra clivagem. Dureza: 3,5 a 4. Densidade relativa: 3,9 a 4,1. Brilho: Não metálico resinoso a adamantino. Cor: Amarelo, marrom ou preto.

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Traço: Branco a amarelo e castanho.

FLUORITA

Composição Química: Fluoreto de Cálcio, CaF2. Ca – 51,3% e F – 48,7%. Classificação: Halóide. Hábito: Maciço, geralmente cúbico. Clivagem: Usualmente octaédrica perfeita. Dureza: 4. Densidade: 3 a 3,5. Cor: Verde-claro, podendo varia para amarelo, verde-azulado e purpúreo. Brilho: Vítreo. Traço: Branco.

GALENA

Composição Química: Sulfeto de chumbo, PbS. Pb – 86,6% e S – 13,4%. Classificação: Sulfeto. Hábito: Cúbico. Clivagem: Perfeita. Dureza: 2,5. Densidade: 7 a 7,5. Cor: Cinza. Brilho: Metálico reluzente. Traço: Cinza.

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GIPSITA

Composição Química: Sulfato de Cálcio Hidratado, CaSO4.2H2O. CaO – 32,6%, SO3 – 46,5% e H2O – 20,9%. Classificação: Sulfato. Hábito: Prismático. Clivagem: Em quatro direções. Fratura: Fibrosa. Dureza: 2. Densidade: 2 a 2,5. Cor: Bege, mas a cor pode variar devido as impurezas. Ele se apresenta frequentemente na cor branca, cinza ou incolor. Brilho: Sedoso, usualmente seu brilho é vítreo, podendo ser também nacarado. Traço: Branco.

GRAFITA

Composição Química: Carbono, C. Classificação: Elemento Nativo. Hábito: Apresenta-se sob a forma de massas laminadas, mas pode ser radiadas ou granulosas. Clivagem: Perfeita

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Fratura: Porosa. Dureza: 1 a 2. Densidade: 2 a 2,5. Cor: Cinza metálico, podendo a chegar a preto. Brilho: Metálico e em algumas partes terroso ou opaco. Traço: preto.

HALITA

Composição Química: Cloreto de sódio, NaCl. Na – 39,3% e Cl – 60,7%. Classificação: Halóide. Hábito: Cúbico. Clivagem: Cúbica perfeita. Dureza: 2,5. Densidade: 2 a 2,5. Cor: Incolor, podendo ser branco, e quando impura exibe tonalidades de diversas cores. Brilho: Vítreo.

HEMATITA

Composição Química: Óxido Férrico, Fe2O3. Fe – 70% e O – 30%, podendo conter titânio. Classificação: Óxido. Hábito: Romboédrico, podendo ser também tabular, granular, laminar, botroidal, compacto ou terroso. Clivagem: Partição {0001} e {1011} com ângulos quase cúbicos.

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Dureza: 5,5 a 6,5. Densidade: 5 a 5,5. Cor: Preto, isso devido ao aquecimento, pode-se encontra-la na cor ocra vermelha. Brilho: Metálico nos cristais e opaco nas variedades terrosas. Traço: Escuro.

MAGNETITA

Composição Química: Óxido de Ferro, Fe3O4. Fé – 72,4% e O – 27,6%. Classificação: Óxido. Hábito: Octaédrico, raramente dodecaédrico. Clivagem: Octaédrica. Fratura: Ausente. Dureza: 6. Densidade: 5 a 5,5. Cor: Preto de ferro. Brilho: Metálico. Traço: Preto. Obs: Fortemente Magnética.

MALAQUITA

Composição Química: Carbonato básico de cálcio, Cu2CO3(OH)2. CuO – 71,9%, CO2 – 19,9% e H2O – 8,2%. Cu – 57,4%. Classificação: Carbonato.

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Hábito: Botroidal, fibroso. Clivagem: Perfeita. Dureza: 3,5 a 4. Densidade: 3,5 a 4. Cor: Verde brilhante. Brilho: Entre adamantino e vítreo. Traço: Verde claro.

PIRITA

Composição Química: Bissulfeto de ferro. 53,4% S, 46,6% Fe. Pode ocorrer pequenas quantidades de níquel e cobalto. Classificação: Sulfeto. Hábito: Cúbico, octaédrico, dodecaédrico pentagonal. Clivagem: Muito fraco. Fratura: Quebradiça. Dureza: 6,0 a 6,5. Densidade: 4,95 - 5,10. Brilho: Metálico, reluzente. Cor: Amarelo-claro, amarelo-latão a preto. Traço: Esverdeado ou preto acastanhado.

Silicatos AMIANTO-SERPENTINA

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Fórmula Química: Mg6(Si4O10)(OH)8 Composição Química: Silicato de Magnésio hidratado, composto por MgO 43,0%, SiO2 44,1%, H2O 12,9%. Ferro ferroso e níquel podem estar presentes em pequenas quantidades. Hábito: Prismático, em placas ou fibroso. Clivagem: Perfeita. Dureza: 2 a 5. Densidade relativa: 2,2 nas variedades fibrosas e 2,65 nas variedades maciças. Brilho: Gorduroso nas variedades maciças e sedoso nas variedades fibrosas. Cor: Esverdeado, com variação na tonalidade. Traço: Verde claro. Propriedades Diagnósticas: Reconhecida pela sua cor verde e brilho gorduroso ou natureza fibrosa.

BERILO

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Fórmula Química: Be3Al2Si6O18. Composição: Silicato de aluminio e berílio, composto por 13,96 % BeO, 18,97 % Al2O3, 67,07 % SiO2 . Hábito: Prismático, estriado, colunar, granular. Clivagem: Imperfeita. Fratura: Conchoidal. Dureza: 7,5 a 8. Densidade relativa: 2,75 a 2,8 Brilho: Vítreo, resinoso. Cor: Verde-esmeralda (esmeralita), verde-pálido, azul (água marinha), amarelo, branco, vermelho-rosa pálido (morganita), incolor. Transparente a translúcido. Propriedades Diagnósticas: Reconhecido, ordinariamente, por sua forma cristalina hexagonal e pela cor. Distingue-se da apatita pela sua maior dureza.

CAULINITA

Fórmula Química: Al2Si2O5(OH)4. Composição Química: Silicato de alumínio hidratado, com 39,5% Al2O3 - 46,5% SiO2 - 14,0% H2O. Cristalografia: Pseudo hexagonal, prismática. Hábito: Micáceo. Clivagem: Perfeita. Dureza: 2 - 2,5. Densidade: 2,6 - 2,63. Brilho: Terroso, opaco. As placas de cristal são de brilho nacarado. Cor: Geralmente branco, variando conforme grau de impureza. Propriedades Diagnósticas: Reconhecida usualmente por seu caráter semelhante ao da argila. CLORITA

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Fórmula Química: (Mg,Al,Fe)12(Si, Al)8O20(OH)16. Composição Química: Silicato de magnésio e alumínio hidratado. Hábito: Micáceo. Clivagem: Perfeita, laminas flexíveis, mas inelásticas. Dureza: 2 a 2,5. Densidade relativa: 2,6 a 3. Brilho: Vítreo a nacarado. Cor: Verde de varias combinações. Propriedades Diagnósticas: Caracterizada por sua cor verde, por seu hábito e sua clivagem micáceos e pelo fato de serem laminas inelásticas.

FELDSPATO PLAGIOCLÁSIO

Fórmula Química: Feldspato potássico, também chamado de calco-sódico. Albita - CaAl2Si2O8 Anortita - CaAlSi3O8. Composição: Silicatos de Alumínio, sódio e cálcio. Uma série de solução sólida que se estende da albita até a anortita. Hábito: tubular. Clivagem: Em duas direções. Dureza: 6. Densidade: 2,62 a 2,76. Brilho: Vítreo a nacarado. Translúcido a transparente. Cor: Apresentam cores brancas, incolores, cinza; com menor frequência esverdeada, amarelada. Traço: Branco.

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Propriedades Diagnósticas: Os feldspatos plagioclásios podem distinguir-se dos outros feldspatos, descobrindo-se a presença, sobre a clivagem basal, das estriações causadas pela geminação da albita. Entre a série dos plagioclásios a densidade relativa pode ajudar na distinção dos minerais.

FELDSPATO POTÁSSICO

Fórmula Química: Feldspato potássico, ex: ortoclásio (KAlSi3O8); Composição: Ortoclásio - (KAlSi3O8) silicato de potássio e alumínio, K2O- 16,9%; Al2O3 – 18,4% e SiO2 – 64,7%. Hábito: Prismático e alongado. ou “c”, é achatado paralelamente ao lateral . Clivagem: prismática observada com frequência. Fratura: Desigual, estilhaçada, granulada. Dureza: 6 a 6,5. Densidade: 2,57. Brilho: Vítreo a nacarado. Translúcido a transparente. Cor: Apresentam cores brancas, incolores, cinza. Traço: Branco. Propriedades Diagnósticas: O ortoclásio é reconhecido por sua cor, dureza e clivagem em ângulo reto, além de ausência de lamelas de geminação sobre sua melhor superfície de clivagem.

LEPIDOLITA

Fórmula Química: K2Li3Al3(AlSi3O10)2(O,OH,F)4.

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Composição: Fluossilicato de potássio, lítio e alumínio, composto por 12,13 % K2O, 7,70 % Li2O, 13,13 % Al2O3, 61,89 % SiO2, 2,32 % H2O. Hábito: Micáceo. Clivagem: Perfeita em {001}. Dureza: 2,5 a 4. Densidade Relativa: 2,8 a 3. Brilho: Perláceo, nacarado. Cor: Rosa, violeta, cinza-amarelada, lilás e às vezes incolor. Propriedades Diagnósticas: Caracterizado principalmente por sua clivagem micácea e, usualmente, por sua cor que vai do lils ao róseo. Como a moscovita também pode ser lilás, ou a lepidolita, branca, para distinguir uma da outra faz-se necessário o teste da chama.

MICA BIOTITA

Fórmula Química: K(Mg,Fe)3(AlSi3O10)(OH)2. Composição Química: Silicato de potássio, magnésio-ferro-alumínio, hidratado, composto essencialmente por 10,86 % K2O, 23,24 % MgO, 11,76 % Al2O3, 8,29 % FeO, 41,58 % SiO2, 3,64 % H2O. Hábito: Micáceo. Clivagem: Perfeita. Dureza: 2,5 a 3. Densidade relativa - 2,7 a 3,5. Brilho: Reluzente. Cor: Usualmente verde escuro, castanho a preto. Mais raramente amarelo claro. Propriedades Diagnósticas: Caracterizada por sua clivagem micácea e cor escura.

MICA MOSCOVITA

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Fórmula Química: KAl2(AlSi3O10)(OH)2. Composição Química: Composto essencialmente por 11,82 % K2O, 38,38 % Al2O3, 45,23 % SiO2, 4,29 % H2O. Frequentemente, contem pequenas quantidades de Fe2+ e Fe3+, magnésio, cálcio, sódio, lítio, flúor e titânio. Hábito: Micáceo. Clivagem: Perfeita, permitindo o desdobramento do mineral em folhas muitíssimo finas. Dureza: 2 a 2,5. Densidade Relativa: 2,76 a 3,1. Brilho: Vítreo a sedoso ou nacarado. Cor: Transparente e incolor nas folhas delgadas. Em blocos mais espessos, translúcida, com variações claras do amarelo, castanho, verde e vermelho. Propriedades Diagnósticas: Caracterizada por sua clivagem extremamente perfeita e por sua cor clara.

QUARTZO

Fórmula Química: SiO2. Composição: Óxido de Silício composto de Si = 46,7%, O = 53, 3%. Usualmente, quase puro. Hábito: Granular, prismático, compacto. Clivagem: Sem clivagem Dureza: 7. Densidade: 2,65.

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Fratura: Conchoidal, quebradiça. Bilho: Predomina o brilho vítreo, mas em pode ocorrer brilho gorduroso, esplendente. Cor: Geralmente incolor ou branco, mas frequentemente colorido devido à presença de impurezas, além de poder apresentar mais de uma cor. Traço: Incolor. Variações: Variedades cristalinas de granulações: - Cristal de Rocha: Quartzo incolor, comumente em cristais bem desenvolvidos. - Ametista: Quartzo de cor purpúrea ou violeta, em cristais, muitas vezes. Pequenas quantidades de ferro férrico são, aparentemente, a impureza que determina a cor. - Quartzo Rosa: Cristalino de granulação grossa, mas usualmente sem forma geométrica. Cor: vermelho-rosa ou róseo. Quando exposto a luz pode desbotar. - Quartzo enfumaçado: Com frequência, em cristal de cor amarela a parda enfumaçada e quase preta. Uma analise mais detalhada mostra que essa variação de quartzo não possui impureza predominante, sendo semelhante ao quartzo incolor. - Quartzo Leitoso: Cor branca, leitosa pela presença de inclusões fluidas minúsculas, dentre outros TALCO

Fórmula Química: Mg3(Si4O10)(OH)2. Composição Química: Silicato de Magnésio hidratado composto por MgO 31,7%, SiO2 63,5% e H2O 4,8%. Pode estar presente pequenas quantidades de níquel. Hábito: Micáceo. Clivagem: Perfeita. Dureza: 1. Densidade Relativa: 2,7 a 2,8. Brilho: Nacarado a gorduroso. Cor: verde da maçã, cinza, branco ou branco prata. Traço: Branco. TURMALINA

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Formula Química: XY3Al6(BO3)3(Si6O18)(OH)4, onde X = Na e Y = Al, Fe3+, Li Mg. Composição Química: Silicato de boro e alumínio, complexo. Hábito: Prismático. Clivagem: Não possui. Fratura: Concóide. Dureza: 7 a 7,5. Densidade Relativa: 3,0 a 3,25. Brilho: Vítreo a resinoso. Cor: Variada dependendo da composição. A mais comum é a turmalina preta, contendo muito ferro. Composta por magnésio, parda. Mais raramente contem lítio na sua composição, produzindo um mineral com cor mais clara. Propriedades Diagnósticas: Reconhecida, usualmente, pela seção transversal triangular, arredondada, dos cristais e pela fratura concóide. Também pela ausência de clivagem prismática.

APLICAÇÕES DOS MINERAIS

Não Silicatos BARITA

Mais de 85% da barita é utilizada em perfurações de poços de petróleo e gás, como agente controlador da densidade das lamas de perfuração de poços de petróleo e gás.

O restante tem como destino à manufatura de carbonato de bário para a fabricação de vidros de televisões, a produção de tintas, de materiais esportivos, de papel, de borracha, entre outros. BAUXITA

É utilizada principalmente como matéria prima para a produção de alumínio metálico. Este metal, dadas sua baixa densidade e alta resistência, é muito usado nas indústrias para a fabricação de meios de transportes em geral, ligas metálicas, equipamentos resistentes a corrosão e aparelhos domésticos.

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É também usado no tratamento de água, utilizando sulfato de alumínio como coagulante, assim fazendo a remoção de matérias indesejáveis. Se fosse um mineral, a bauxita seria o terceiro mineral mais abundante na natureza e mesmo assim tornou-se uma recurso natural muito valorizado. CALCITA

É de extrema importância para a engenharia civil, sendo que sua maior aplicação é na fabricação de cimento e cal para argamassa.

A fabricação de cimento utiliza uma maior porcentagem de calcita, principalmente na produção de cimento portland, composto por aproximadamente 75% de carbonato de cálcio.

A calcita também vai funcionar como um corretivo de acidez do solo. CASSITERITA

É a principal fonte para obtenção de estanho. O estanho liga-se prontamente com o ferro, e foi muito usado na indústria automotiva para

revestimento e acabamento da lataria. O estanho que faz uma ótima liga com chumbo é usado como revestimento misturado ao zinco no aço para impedir a corrosão e evitar a eletrólise. O estanho também é muito usado em telhas, correntes e âncoras. DOLOMITA

Na engenharia civil, a dolomita é utilizada em pedra de construção e ornamental, além também na fabricação de certos tipos de cimentos.

Também é um corretivo de solos ácidos. ESFARELITA

É o mais importante minério de zinco, sendo amplamente utilizado em processos de galvanização. Também na fabricação do latão, baterias de zinco. Já o óxido de zinco, extensamente utilizado na fabricação de tintas. A esfarelita também é importante fonte de cádmio, índio, gálio e germânio. FLUORITA

É utilizada em siderurgia como fundente, na obtenção do ácido fluorídrico de onde se tira flúor e ítrio, bem como na indústria de vidros, esmaltes, instrumentos ópticos e cerâmica. A fluorita é relativamente pouco tóxica, quando comparada a outros compostos fluoretados. GALENA

Principal fonte de chumbo, o qual apresenta inúmeras aplicações como principal ingrediente de tintas brancas e de várias ligas metálicas, na fabricação de vidro, em acumuladores e em proteções contra substâncias radioativas. GIPSITA

Usado principalmente na fabricação de cimento, é também utilizado para a fabricação de ácido sulfúrico, cerveja, moldes para fundição, giz, vidros, esmaltes, gesso, como desidratante, aglutinante, corretivo de solo e na metalurgia.

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GRAFITA A grafite é utilizada em diversas aplicações na indústria, sendo as principais: tijolos e

peças refratárias, catodo de baterias alcalinas, aditivo na re-carburação do ferro e do aço, lubrificantes sólidos ou a base de óleo e água, escovas de motores elétricos, minas de lápis e lapiseiras, gaxetas de vedação, etc.

HALITA

É usado como tempero na alimentação humana, na fabricação de ácido clorídrico, cloro, soda, soda cáustica e outros compostos de sódio, conservante e para extração de sódio.

HEMATITA

É utilizada na indústria para obtenção de ferro, na fabricação de pigmentos, parafusos, pregos, panelas, eixos de motores, em joalheria, material para polimento e em catalizadores.

MAGNETITA

É usada como um agregado denso para a engenharia civil, encontrando aplicações em fundações do edifício, a estabilização à terra e a vibração que umedecem-se nas estruturas. É usada igualmente extensamente para contrapesos nas máquinas escavadoras, nos carregadores do navio e mesmo nas máquinas de lavar.

MALAQUITA

Um minério de cobre. Em certa escala usado como ornamentação de vasos e chapeamentos de mesas. E quando maciços, usados em joalherias e adornos. PIRITA

A maior aplicação de seu uso no âmbito mundial se refere à produção de ácido sulfúrico, estima-se que 87% de sua utilização é destinada a obtenção desse produto. Possui também extrema importância na fabricação da borracha, pois a vulcanização feita com enxofre é o meio mais simples e barato. Outra aplicação considerável é seu uso na composição de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Silicatos AMIANTO

Principal fonte de asbesto (amianto). A natureza fibrosa flexível do mineral permite que ele seja transformado em feltro para produção de tecidos. Devido ao fato de ser não combustível e de vagarosa condutibilidade de calor, é empregado como material isolante térmico e elétrico. Foi vastamente utilizado na construção civil para confecção de telhados.

Atualmente devido as propriedades cancerígenas do mineral seu uso foi proibido.

BERILO Duas coisas que tornam o metal berilo único são as suas características nucleares e a sua

elevada rigidez. Exemplos de aplicações que exploram estas propriedades são os escudos de calor, partes de sistemas de orientação, giroscópios, plataformas estáveis e acelerómetros e espelhos (neste caso o berílio é usado como substrato fixo para uma superfície altamente polida).

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CAULINITA A argila é uma das substancias industriais, naturais de extrema importância e aplicada e

inúmeros produtos, como tijolo comum, tijolo de pavimentação, telhas e manilhas de esgoto. É também matéria prima-básica da indústria cerâmica, para a fabricação da porcelana, louça sanitária, em mistura com outros produtos minerais.

Empregada também na preparação de pigmentos à base de anilina, veículo inerte para inseticidas, abrasivos suaves, endurecedor na indústria têxtil, fabricação de papel, melhorando sua superfície e sua opacidade, carga e revestimento de linóleos e oleados, em sabões e pós-dentifrícios, carga para gesso para parede, constituinte do cimento Portland branco, em tintas, e outros. Em medicina, como absorvente de toxinas do aparelho digestivo e como base para muitos desinfetantes. Na fabricação de borracha de alta qualidade, empregada a confecção de luvas para fins médicos e de revestimentos de fusíveis. Em cosméticos e certos plásticos. Substâncias inertes, como barita e talco, podem ser substituídas pelo caulim, em muitos casos. CLORITA

Pode ser usada na fabricação de papel. FELDSPATO PLAGIOCLÁSIO

Emprega-se a albita, conhecida comercialmente pelo nome de espato sódico na cerâmica de modo parecido com o ortoclásio

Também usado para fins ornamentais. FELDSPATO POTÁSSICO

O feldspato de interesse comercial varia em composição de feldspato potássico (ortoclásio e microclina). As principais indústrias que utilizam feldspato são a vidreira, a cerâmica tradicional (revestimentos cerâmicos, louça sanitária, louça de mesa e porcelana elétrica) e as indústrias de fritas metálicas e esmaltes.

O ortoclásio é empregado principalmente na manufatura de porcelana. Moído bem fino, é misturado com caulim ou argila e quartzo. Quando aquecido a temperaturas elevadas, o feldspato sofre fusão e age como cimento ligando o material. O ortoclásio fundido também fornece a maior parte do brilho dos artigos de porcelana. LEPIDOLITA

É empregada também na fabricação do vidro, além de ser resistente ao calor. MICA BIOTITA

Argamassas para revestimentos arquitetônicos.

MICA MOSCOVITA É utilizada como material transparente, nas portas de forno, lanternas, e substituição do

vidro. Os restos do mineral, ou seja, o desperdício verificado na fabricação de folhas de mica, usam-se na manufatura de papeis de parede, proporcionando um brilho reluzente, misturado a óleos para fins de lubrificação, isolamento do calor e na fabricação de material combustível.

QUARTZO

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Os principais setores de consumo dos cristais, osciladores e filtros de quartzo no Brasil são as indústrias de relógios, de automóveis, jogos eletrônicos e de informática.

O emprego do quartzo nos diversos segmentos industriais é função do conteúdo em impurezas, defeitos no cristal e outras especificações. As lascas de quartzo de alta pureza, além de serem usadas na produção de quartzo cultivado, são utilizadas na produção do quartzo fundido, cerâmicas, especiais e carga para microcircuitos de alta integração.

O quartzo fundido é empregado em uma vasta gama de indústrias de alto valor agregado: óptica, equipamentos elétricos, química de base, cerâmicas especiais e de precisão e fibra óptica.

As formas coloridas de quartzo são usadas como gemas ou material. Na indústria, o quartzo é aplicado à:

- Automobilística - sensores, transdutores, fibra óptica, vidraria especial, aços especiais, ligas especiais, silicones, transdutores, transistores, tristores, chips, detentores e vidros planos. - Bélica - osciladores, filtros, sensores, transdutores, lã de sílica, fios de sílica, aços especiais, ligas especiais, silicones, célula fotovolte, sensores, chips, detentores, abrasivos e refratários. - Da computação - osciladores, silicones e chips. - Da construção civil - aços especiais, ligas especiais, silicones, refratários, vidros planos e areia. - Elétrica - tubos de sílica, bulbos ampolas, silicones, tubos de sílica, bastões de sílica, refratários e resistores. - Eletrônica - osciladores, filtros, transdutores, tubos de sílica, tubos para difusão, vidraria especial, silicones, tubos de sílica, célula fotovolte, transdutores, transistores, tristores, sensores, chips e detentores. - Eletrodoméstica - osciladores, silicones, transistores, tristores e chips. - De equipamento médico - osciladores, tubos de sílica, fibra óptica, vidraria especial, cadinho, silicones, chips, vidros planos, vasilhames e vidraria em geral. - Metalúrgica - tubos de sílica, aços especiais, ligas especiais, silicones, refratários, resistores. - Óptica - vidro óptico, vidraria especial, placas de sílica, blocos de sílica, silicones, detentores e abrasivos. - Química - transdutores, tubos para difusão, vidraria especial, ampolas, cadinhos, silicones, tubos de sílica, vasilhames e vidraria em geral. - Relojoaria - osciladores, silicones, célula fotovolte e sensores. - De telecomunicações - osciladores, filtros, fibra óptica, silicones e chips. TALCO

Indústria de papel, sabões e cerâmica, moldes refratários, bicos de lâmpadas de acetileno, isoladores de alta tensão, aparelhos de calefação elétrica, cargas para artigos de borracha, inerte para veículos de inseticidas, polimento de arroz, branqueador para algodão, velas para automóveis, produtos medicinais etc. TURMALINA

É considerada semipreciosa, com cores variadas, sendo as principais combinações de cores o verde oliva, o róseo ao vermelho e o azul.

CONCLUSÃO

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Através das aulas de laboratório e do relatório realizado, conseguimos conhecer diferentes tipos de minerais empregados na Engenharia Civil.

Além de conhecer os minerais, conseguimos aprender sobre suas características, na maioria das vezes por um método empírico.

Depois de ter feito tal método, comparamos, ao realizar este relatório, com outras literaturas como o manual de mineralogia de J. D. Dana e sites acadêmicos e notamos que os valores na maioria das vezes era parecido, concluindo com isso, que o método empírico é valido.

Com a realização deste relatório, notamos a variedade de minerais e como a grande maioria deles contribui para engenharia civil, desde simples decorações a materiais em empregados em grande escala em obras.

Além disso, é evidente a maior importância dos silicatos em comparação aos não silicatos, pois como dito em aula e anteriormente no relatório, os silicatos constituem mais do que 90% da crosta, ou seja, o solo em que construímos e que retiramos a matéria prima para os materiais de construção são em sua maioria, silicatos, dai sua importância na Engenharia Civil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros Consultados DANA, J. D. (1969). Manual de Mineralogia. Rio de Janeiro, Livros Técnicos S. A. e Editora da Universidade de São Paulo, Vol 1 e 2. TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.), Decifrando a Terra. São Paulo, Oficina de Textos, 2000. Sites http://www.cetem.gov.br/ http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/grm.html http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/n3.pdf http://vsites.unb.br/ig/cursos/FundMineral/FundMineral_Apostila2.pdf http://www.ige.unicamp.br/site/aulas/ http://www.lapes.ufrgs.br/discpl_grad/geologia1/peroni/apostilas/3mineralogia_2003.pdf