Relatório Prática II
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UNIVERSIDADE FEEVALE
GREICE CRISTIANE VARGAS KEHL
HSBC BANK BRASIL S/A
Novo Hamburgo2011

GREICE CRISTIANE VARGAS KEHL6V7I
RELATÓRIO ATIVIDADES DE PRÁTICA PROFISSIONAL II
HSBC BANK BRASIL
CORPORATE
Universidade Feevale
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Curso de Administração
Prática Profissional II
Profª. Cleusa Maria Marques Frezza
Novo HamburgoSetembro 2011

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Divisões e Subdivisões do Commercial Bank..........................................................................5

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3
1 EMPRESA............................................................................................................................................4
1.1 CORPORATE....................................................................................................................5
2 AREA ORGANIZACIONAL: CONTABILIDADE.......................................................................7
2.1 DEMONSTRA’COES CONTABIES................................................................................8
2.2 ANALISE DAS DEMONSTRACOES CONTABEIS......................................................9
2.3 ANALISE TEORICO PRATICA: CORPORATE MME................................................10
3 TEORIA ADMINISTRATIVAESTRUTURALISTA......................................................13
3.1 CARACTERISTICAS DO ESTRUTURALISMO..........................................................14
3.1.1 O Homem Organizacional..........................................................................................14
3.1.2 Conflitos Inevitáveis....................................................................................................15
3.1.3 Os Incentivos Mistos....................................................................................................15
3.2 O ESTRUTURALISMO E A ORGANIZAÇAO.............................................................16
3.3 ANALISE TEORICO-APLICADA.................................................................................16
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................19
REFERÊNCIAS......................................................................................................................20

INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como objetivo relatar as análises feitas no período de prática
profissional na Plataforma Porto Alegre I MME do Corporate do Banco HSBC, serão
descrevidas suas principais relacionadas com as teorias propostas.
A empresa analisada atua no setor financeiro, possuindo uma imensa gama de
serviços em sua área de atuação, por ser um ramo de extrema relevância nacional e mundial o
presente trabalho proporcionara diversos e interessantes fatores a serem conhecidos e
avaliados.
A relevância deste trabalho esta ligada ao conhecimento proporcionado pela analise
da instituição como um todo e com um enfoque especial para o segmente Corporate, setor
amplo e com inúmeros aspectos importantes que será utilizado como referencia para o estágio
e ligação com as teorias propostas, tal como proporcionar uma visão mais ampla, analítica e
critica da estrutura do setor, possibilitando a comparação das teorias aprendidas em aula com
a realidade da instituição, para que como acadêmica possa visualizar as teorias antes
aprendidas com as praticas na referida instituição, como funcionam na pratica para que possa
ter uma visão mais critica e consistente, sendo capaz de compreender melhor suas metas e
objetivos.
O objetivo geral deste relatório é proporcionar uma visão ampla e fundamentada do
funcionamento do Corporate do Banco HSBC, capacitando a percepção de falhas e possíveis
melhorias. Quanto aos objetivos específicos consistem basicamente em conhecimento, analise
e descrição do setor.
Este relatório objetiva ser uma pesquisa descritiva de campo, para tanto utilizar-se-à
da observação do funcionamento organizacional e do setor especifico relatado, segundo
Prodanov (2009) esta é uma técnica muito boa para obtenção de informações, pois é possível
constatar o funcionamento organizacional do setor escolhido, além de pesquisa em sites da
empresa e relacionados e bibliografia relacionada ao assuntos propostas que trará veracidade
de fundamentação a observação a ser realizada.
Os capítulos estão estruturados de forma que primeiramente apresentar-se-á um
histórico da empresa e introdução ao setor, posteriormente as teorias relacionadas as
principais tarefas do setor que em seguida serão relacionadas com a pratica, trazendo também
a fundamentação teoria de uma teoria através da qual será analisada o setor.

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1 EMPRESA
A empresa estudada é uma Instituição Financeira de atuação mundial. O Banco
HSBC (Hong Kong and Shanghai Banking Corporation) teve sua origem em Hong Kong no
dia 3 de março de 1865, com o objetivo de financiar e servir comerciantes de chá da região, o
Banco expandiu-se rapidamente, inaugurando no mesmo ano mais duas agencias.
Atualmente figura como um dos maiores bancos do mundo, presente em 87 países,
com mais de 8.000 agencias bancarias, mais de 195 milhões de clientes, com faturamento de
mais de US$ 103.7 bilhões ao ano e com uma marca que em 2010 foi considera a mais valiosa
do mercado financeiro.
Por ser um banco 146 anos de tradição possui metas e valores que foram
fundamentais para tornar o pequeno e local banco de Hong Kong o banco local do mundo.
Missão
Garantir a excelência na entrega de produtos e serviços financeiros, maximizando valor para clientes e acionistas.
Visão
Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para clientes, acionistas e colaboradores.
Valores
Nossa conduta deve refletir os mais altos padrões de ética;
Nossa comunicação deve ser clara e precisa;
Nosso gerenciamento deve ser em equipe, consistente e focado;
Nosso relacionamento com clientes e colaboradores deve ser transparente e baseado na responsabilidade e confiança entre as partes. (HSBC, 2011)
Uma vez que a missão, visão e os valores da empresa tenham sido estabelecidos o
trabalho dos colaboradores direciona-se a fim de concretizar e manter os mesmo, definindo as
estratégias para seu desenvolvimento.
Sua área de atuação é o mercado financeiro, através de diversos produtos
disponíveis, como banco de varejo, commercial, corporate, investment e private banking;
trade services; cash management; serviços de tesouraria e mercados de capital; seguros e
previdência; empréstimos e financiamentos; fundos de pensão e investimento e muito mais.

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1.1 CORPORATE
Uma vez que a instituição HSBC seja uma instituição muito ampla para analise foi
escolhido um produto dentre os citados acima, Corporate, para que seja realizado a pratica
setorial.
O Corporate é uma segmentação do Commercial Bank (CMB, setor PJ para grandes
empresas), que possui duas subdivisões (Business Bank e Corporate), que ocorrem na maioria
das vezes em função do faturamento das empresas, para que essas divisões fiquem mais claras
abaixo será observado uma pirâmide com as divisões dos produtos do Commercial Bank.
Figura 1 - Divisões e Subdivisões do Commercial BankFonte: Elaborado pelo Aluno
A pirâmide acima consiste no topo, que é o GB (Global Business), que são grandes
multinacionais ou órgãos governamentais. O BB (Business Bank) é dividido em SME (Small
Market Enterprise) que são empresas atingiram faturamento superior R$ 5 milhões e
migraram da pessoa Jurídica normal para CMB, já o SME UPPER são empresas em ascensão
com faturamento conforme descrito na pirâmide.

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No Corporate existem duas subdivisões também, o MME (Middle Market
Enterprise) e o LLC (Local Large Company), dentre estas duas ramificações o estágio será
voltado para o MME.
O MME em que será realizado o estágio localiza-se na Agência de Novo Hamburgo
e faz parte da plataforma Porto Alegre I.
No próximo capitulo será apresentada uma revisão bibliográfica sobre a área
contábil, que servira como base para a relação a ser realizada de teoria e pratica do setor
MME do Corporate.

2 AREA ORGANIZACIONAL: CONTABILIDADE
Há indícios de que a contabilidade tenha surgido 4000 anos a.c. através da
necessidade do homem de controlar seus bens e dividas, ela é uma ciência que registra e
analisa os dados financeiros de uma empresa.
O objeto da contabilidade é o patrimônio. A contabilidade fornece informações e
contabiliza os fatos acontecidos de certo patrimônio, através dos quais pode-se verificar qual
o rumo que a empresa esta tomando e qual a dimensão do seu patrimônio.
A contabilidade pode ser considera um dos principais instrumentos de gestão, pois
fornece as principais informações de uma empresa. Para Marion (1998), a contabilidade é o
instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e
fora da empresa. Um bom administrador planeja suas decisões, para tanto precisa de uma base
de dados solida e confiável que somente a contabilidade é capaz de oferecer.
A contabilidade é um dos principais sistemas de controle e informações econômico-
administrativas, uma vez que, através das demonstrações contábeis é possível verificar a
situação das empresas, sob os mais diversos enfoques.
Para SILVA (2008) as principais áreas de aplicação da contabilidade são:
Contabilidade Financeira:
Contabilidade Tributaria
Contabilidade Custos
Contabilidade Gerencial
Auditoria Contábil
Pericia Contábil
A mais relevante para o presente relatório é a financeira pois fornece as informações
sobre o patrimônio e dividas da empresa.
As informações contábeis são de grande interesse para os investidores, fornecedores
e instituições financeiras, pois pode-se verificar qual o capital disponível, faturamento, lucro,
grau de endividamento e todas as informações de maior relevância.

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2.1 DEMONSTRAÇOES CONTABIES
As demonstrações contábeis consistem em documentos que evidenciam a situação do
patrimônio da empresa, tornando documentos de extrema importância não apenas para a
empresa, mas para pessoas ou demais organizações ligadas a ela.
Em uma visão mais moderna percebemos que estas analises já não estão sendo utilizadas somente pela empresa, mas estão sendo utilizadas tanto por ela como por outras entidades, principalmente o setor financeiro, se tornando assim ferramenta indispensável para tomada de decisões. (KRUG, 2004, p14)
As demonstrações contábeis são estabelecidas pela LEI 6.404/76,e devem ser
elaboradas ao final de cada exercícios social. Estas demonstrações devem conter
obrigatoriamente:
Balanço Patrimonial: Composto pelo Ativo (bens, direitos e recursos),
Passivo (obrigações) e Patrimônio Liquido (recursos próprios);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): mostra o resultado do
período;
Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
Demonstração do Fluxo de Caixa;
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL): evidencia a
movimentações do patrimônio liquido;
Notas Explicativas as Demonstrações Financeiras.
Para uma melhor compreensão segue abaixo um modelo de Balanço Patrimonial.
Colocar scaner do quadro do livro assaf neto pag 60
Como mostra o quadro 1 o balanço mostra 3 aspectos de suma importância da
empresa, sendo vital para a analise de qualquer empresa, mas além dele existe outro
componente de igual importância que deve ser destacado dentre as demonstrações contábeis,
que é o DRE, este informa qual o faturamento, despesas e especialmente o lucro ou prejuízo
da empresa, para melhor compreensão das informações fornecidas pelo DRE segue no quadro
2 sua estrutura definida por lei.
Colocar scaner do quadro do livro assaf neto pag 76.

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As demonstrações contábeis são popularmente conhecidas apenas como balanço,
existem também os balancetes, previas dos balanços finais, enquanto os balanços são
realizados uma vez ao ano (no final de cada exercício) os balancetes não possuem uma data
especifica, não são auditados, logo não são documentos oficiais, são usados como previas
para o balanço final.
2.2 ANALISE DAS DEMONSTRACOES CONTABEIS
A analise das demonstrações contábeis transforma os dados fornecidos em índices e
indicadores, que tratam das principais informações a cerca de uma empresa.
Os principais indicadores extraídos das demonstrações contábeis são:
Indicadores de liquidez: Liquidez corrente, imediata, seca e geral.
Endividamento e Estrutura: Endividamento total e do patrimônio liquido,
Garantia de Capitais de Terceiros, Imobilização dos Recursos permanente e
Grau de Imobilização.
Indicadores de Atividade: Prazo Médio de Estocagem, de duplicatas a pagar
e de duplicatas a receber, analise dos prazos de recebimentos e de pagamento,
ciclo operacional e hiato financeiro.
Indicadores de Rentabilidade: Retorno do Capital Próprio, Retorno sobre o
Ativo, Giro do Ativo e Rentabilidade das Vendas.
Todos estes indicadores fornecem dados que proporcionam uma analise plena da
empresa, o que comumente é utilizado para aprovação de empréstimos, pois mostra um
panorama geral da situação da empresa, possibilitando a analise do risco da operação de
credito.
A Analise das Demonstrações Financeiras, inclusive para fins de concessão de credito, engloba a interpretação das demonstrações financeiras em conjunto com as notas explicativas, por meio de uma metodologia própria, visando obter o melhor entendimento possível (embora limitado, em razão de tratar-se de uma visão externa) da situação econômica-financeira da empresa, objetivando identificar e explicar fatores não-contábeis que podem afetar a mensagem das demonstrações financeiras. (BLATT, 2001,p 1)
Para FRANCO (1993), “Análise de Balanços consiste na decomposição do todo em
partes que o integram. Analisar o balanço é decompô-lo nas partes que formam, para melhor
interpretação dos seus elementos.”

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Os principais interessados nesta analise, além da empresa, são as instituições
financeiras, bancos comerciais e de investimento, conforme ASSAF (2002) o processo de
avaliação de empresas foi desenvolvido, em grande parte, no sistema bancário americano, o
que procurava relacionar o risco das diversas empresas com suas solicitações de empréstimos.
2.3 ANALISE TEORICO PRATICA: CORPORATE MME
Uma vez apresentadas as teorias relacionadas a áreas escolhida, estas serão
devidamente relacionadas com a pratica no Corporate MME do Banco HSBC.
Segundo Marion (2002), no final do século passado que banqueiros americanos
solicitavam as Demonstrações Contábeis para as empresas que desejavam contrair
empréstimos, e por essa razão surgiu a expressão “Análise de Balanços”:
Hoje da mesma forma instituições financeiras tem os balanços como documentos
primordiais para aprovação de credito de uma empresa.
As empresas clientes devem obrigatoriamente fornecer seu balanço anualmente bem
como pelo menos 1 de seus balancetes, os dados fornecidos são cadastrados em um sistema
chamado SAN, este possui as principais contas de uma demonstração financeira, sendo
necessário apenas inserir os valores informados pela empresa.
Os balanços são utilizados para liberação de credito, aumento de limite e demais
operações da empresa, pois nele constam todas as informações financeiras da empresa, o
próprio sistema gera a analise do balanço informando dados como grau de endividamento,
liquidez, e demais dados básicos da analise de um balanço.
Além da analises das demonstrações contábeis, os dados fornecidos são utilizados
também para a realização de um Scorecard, que contem informações quanto a historia da
empresa, ramo e tempo de atuação, tipo de administração e dados contábeis, como últimos
faturamentos, provisão de clientes duvidosos e outros resultados que em um âmbito geral
interfiram na capacidade de pagamento da divida a ser contraída.
Os dados do Scorecard juntamente com o dos balanços fornecem o Grading da
empresa, que é o grau de risco final de inadimplência, logo, quanto mais baixo o Grading da
empresa menores as suas chances de inadimplência, tornando maiores as chances de
negociação de taxas de juros e do valor a ser tomado.

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Como pode ser visto as principais informações financeiras provem dos balanços e
devido a isso estes são de extrema importância para o Banco, auditorias periódicas cobram
que além dos valores serem lançados no sistema os balanços assinados e auditados constem
na pasta dos clientes para compor cadastro e também em virtude das notas explicativas que
podem ser solicitadas pelo setor de Credito, para casos em que certos valores tornam-se muito
altos para serem genéricos e enquadrados apenas como Outros, por exemplo.
Para evitar esse tipo de erro o MME possui um manual explicativo com diversas
contas possíveis para os Balanços e onde enquadrar cada uma dela dentro das definições do
SAN, porém ainda assim por mais amplo que fosse o Manual ele não compreendia todas as
possibilidades de contas de um Balanço o que causava classificações indevidas ou genéricas
de algumas contas.
Os valores eram inseridos normalmente pelos estagiários que auxiliam os gerentes ou
pelos próprios, porém devido a falta de especialização de ambos em certas contas, e de ser
comum diversos valores significativos serem lançados de forma genérica em categorias como
Outros por exemplo, o Banco está solicitando que todos os balanços sejam enviados para um
setor especifico que será responsável pelo lançamento no sistema, visando diminuir os erros
de lançamentos.
Acredito que essa alteração, quanto aos responsáveis pelos lançamentos, será uma
significativa melhoria, ela foi proposta no final do mês de agosto para ter inicio no dia 01/09,
posterior ao inicio deste relatório, a falta de qualificação seria apontada como uma falha,
porém agora ao invés disso cabe salientar que esta falha foi corrigida e melhorada, o que é
uma característica do banco, estar sempre em busca de aprimorar e agilizar os processos, esta
alteração esta em fase experimental então ainda não se pode dizer o quão boa foi a melhoria e
quais as falhas desse novo processo, acredito que o que poderá vir a ser uma falha trata-se da
questão de serem diversos balanços, o setor que será denominado FAU, ira receber balanços
dos MME’s do Brasil inteiro, podendo gerar acumulo de serviço e atraso na digitação dos
dados, em principio da data prevista no comunicado é de 2 dias uteis.
Concluindo acredito que os benefícios serão maiores, uma vez que, as pessoas desse
setor serão devidamente treinadas para realização desta tarefa, o que não acontecia com os
estagiários que eram os encarregados desta tarefa antes.

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3 TEORIA ADMINISTRATIVAESTRUTURALISTA
A teoria Estruturalista surgiu da necessidade de formular um referencial teórico que
abrangesse os aspectos humanos e os inerentes a tarefas, sendo um desdobramento da Teoria
Burocrática. A teoria estruturalista é uma síntese da Teoria Clássica e da Teoria das Relações
Humanas.
Fortemente influenciada pela Antropologia, Psicologia e Filosofia a Teoria
Estruturalista é inspirada na abordagem de Max Weber.
O movimento estruturalista, manifestado em vários domínios do conhecimento cientifico, ganhou extensão considerável em Antropologia, Linguística, Filosofia e Psicanálise. Em sua essência mais pura, o estruturalismo refere-se à concepção metodológica que consiste em conhecer o objeto situando-o em sua estrutura onde se encontra integrado e, posteriormente, em estruturas mais amplas. Uma estrutura define-se como um conjunto formado de elementos dispostos de tal modo que cada um depende dos outros, a ponto de só poderem ser o que são em função do seu relacionamento estreito com os outros. (KWASNICKA, 1989, p.106)
Para compreender o que é a Teoria Estruturalista antes é necessário evidenciar o que
é estrutura.
A palavra estrutura é de emprego muito antigo, tanto nas ciências físicas quanto nas sociais e em termos amplos significa tudo o que a analise interna de uma totalidade revela, ou seja, elementos, suas inter-relações, disposição. O conceito de estrutura é especialmente importante para a ciência porque pode ser aplicado a coisas diferentes, permitindo a comparação. (MOTTA, 2002, p.53)
Conceitualmente a abordagem estruturalista visa tratar sob o ponto de vista da
estrutura, das pessoas e o ambiente tratando a organização como um sistema aberto.
O principio do Estruturalismo é considerar a organização em todos os seus aspectos
como uma só estrutura, relacionando as partes na constituição do todo, gerando uma visão
integrada da organização. No estruturalismo a organização é considerada uma unidade social.
Para Motta (2002) de forma simplificada os conjuntos que interessam ao
estruturalista apresentam como característica básica o fato de que o todo é maior do que a
simples soma das partes.

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3.1 CARACTERISTICAS DO ESTRUTURALISMO
Serão expostas as ideias centrais do estruturalismo, visando obter um maior
conhecimento e compreensão da teoria abordada.
3.1.1 O Homem Organizacional
Conforme Chiavenato (2004) enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo
economicus e a Teoria das Relações Humanas “o homem social”, a Teoria Estruturalista
focaliza o “ homem organizacional”: homem que desempenha diferentes papeis em varias
organizações.
O homem organizacional nasceu especialmente da necessidade da sociedade
moderna e industrializada, que necessita de pessoas ágeis, flexíveis de fácil adaptação para
suprir suas necessidades que também se alteram constante com o crescimento e mutação do
mercado.
As características básicas e imprescindíveis para o homem organizacional são as
seguintes:
- Flexibilidade – Em uma sociedade que sofre constantes e bruscas alterações é
necessário flexibilidade para adaptar-se as novas exigências.
- Tolerância as frustrações – Uma vez que as tarefas desempenhadas nas
organizações costumam ser estressantes e prolongadas é necessário aceitar certas privações
pessoais, sem que isso afete sua capacidade produtiva.
- Mediação de Conflitos – Saber dividir necessidades pessoais e organizacionais.
- Permanente desejo de Realização – Este desejo é o que faz com que o individuo
aceite as normas da empresa, objetivando recompensas sociais e materiais.
Estas características seguem o movimento do mercado que exige que os profissionais
estejam preparados para ajustar-se aos rumos do mercado em que a empresa esta inserida.
O desejo de ascensão social e maior poder aquisitivo faz com que os indivíduos
submetam-se a realizar inúmeras atividades conforme necessidade da organização,
conformando-se com as predefinições e regras organizacionais.
Esta necessidade de conformismo e resignação é fator de geração de conflitos
causadores das mudanças organizacionais.

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3.1.2 Conflitos Inevitáveis
Os interesses individuais muitas vezes diferem dos do individuo o que causa os
conflitos organizacionais. Tanto a Administração Cientifica quanto a Teoria das Relações
Humanas não levantaram esta questão sustentando ideias de que poderia haver uma harmonia
entre ambos os interesses. O estruturalismo aponta que estes conflitos geram mudança e
inovação na empresa.
Para Motta (2002) é o conflito o grande elemento propulsor do desenvolvimento,
embora isso nem sempre ocorra.
Segundo Kwasnicka (1989) o conflito de interesses entre as necessidades
organizacionais e as individuais requer atitude corporativa.
O conflito gera desejo de mudança, e há mudanças que podem gerar inúmeros
benefícios para a organização, porém a outros que, ao contrário, prejudicam como os que
geram abandono do emprego ou propiciam acidentes.
3.1.3 Os Incentivos Mistos
Durante muito tempo acreditou-se que o único incentivo significativo fosse o
financeiro, teoria esta que era defendida pela Administração Cientifica e contrapartida a
escola da Relações Humanas superestimava as recompensas psicossociais.
De fato, os incentivos monetários tem um peso mais significativo, mas existe
também o valor social, o status que é muito estimado por diversos indivíduos. Em alguns
casos pessoas saem de seus empregos para ganhar um pouco menos, porém tendo um valor
social conferindo-lhe um prestigio maior o que muitas vezes trata-se de uma satisfação
pessoal, pois os incentivos monetários não tem a mesma visibilidade do que os sociais.
Os estruturalistas consideram estas duas questões, que ambos, incentivos financeiros
e sociais devem ser levados em consideração.

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3.2 O ESTRUTURALISMO E A ORGANIZAÇAO
Conforme Chiavenato (2004) os estruturalistas utilizam uma analise organizacional
mais ampla do que qualquer outra teoria anterior.
Para os estruturalistas as organizações são sistemas que possuem uma constante
relação com o ambiente em que estão inseridas, sendo vistas como sistemas abertos.
Etzioni, o precursor do estruturalismo, dividiu as organizações em 3 tipos, utilizando
como base o poder empregado pelos superiores no controle de seus subordinados.
- Organizações Coercitivas – Onde há um alto nível de coesão e alto grau de
alienação dos subordinados.
- Organizações Utilitárias – Baseia-se na recompensa financeira.
- Organizações Normativas – O envolvimento é baseado na interligação de diretivas
que são aceitas como legitimas.
Já Blau e Scott utilizaram-se de outro critério para definir a tipologia das
organizações, utilizando os principais beneficiários como critério base. Criando a seguinte
divisão:
- Beneficio Mutuo – principal beneficiário é o quadro social.
- Firmas Comerciais- onde os proprietários são os principais beneficiários.
- Organizações de Serviço – onde o cliente é o maior beneficiado.
- Organização de Bem-estar publico – onde o principal beneficiado é o grande
publico.
3.3 ANALISE TEORICO-APLICADA
Durante o período de estágio realizado no MME da Plataforma Porto Alegre I,
situada na Agencia de Novo Hamburgo pode-se realizar uma analise sob o enfoque da
selecionada, Teoria Estruturalista, uma vez realizada a pesquisa bibliográfica acerca da teoria
será realizada uma análise do que foi presenciado no período de estágio.
O estruturalismo prioriza o todo, e isso esta muito presente no banco, o MME da
Agencia de Novo Hamburgo conta apenas com 3 colaboradores, 2 gerentes e 1 estagiaria que
os auxilia, mesmo os clientes de cada gerente serem bem distintos, na ausência de 1 deles o
outro pode tranquilamente responder por ele e auxiliar os seus clientes.

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O MME na tipologia de Etzioni, enquadra-se como Organização Utilitária, onde
todos os colaboradores trabalham em prol do recebimento de seus devidos pagamentos e
devido a eles submetem-se as regras do Banco.
Já quanto a tipologia de Blau e Scott, mesmo sendo uma Instituição prestadora de
serviço, o seu objetivo maior é o lucro do sócios, certamente os clientes possuem diversos
benefícios que lhes são ofertados, mas estes benefícios também estão diretamente ligados ao
lucro que o correntista pode fornecer aos sócios, por exemplo, é possível isentar diversas
tarifas de uma empresa que contraia empréstimos e emita boletos pelo HSBC, pois este obtém
um percentual sobre estas operações, sendo mais lucrativo isentar o valor que o cliente
pagaria diretamente e recebe-lo indiretamente por serviços prestados.
Também foi possível encontrar traços do homem organizacional no setor estudado,
pois é necessária muita flexibilidade, uma vez que atende-se diversas empresas que possuem
contratos diferentes, situações econômicas diferentes, enfim cada empresa tem suas
peculiaridades e estas devem receber a devida atenção do gerente para que cada cliente recebe
um atendimento único. Mas o mais relevante acredito que seja a questão do Permanente
desejo de realização característica do Homem Organizacional e praticamente todos os
bancários, uam vez que existem muitas chances de crescimento e um estruturado plano de
carreira, em diversas conversas paralelas é possível perceber o desejo dos colaboradores de
ascensão profissional.
O Banco HSBC como um todo trabalha muito com a questão dos Incentivos Mistos,
um dos principais enfoques do estruturalismo, tradicionalmente trabalhar em Banco significa
status, acrescendo aos colaboradores um prestigio social que atua como incentivo extra para
permanência na instituição, além de claro oferecer bons salários e diversos benefícios extras
aos colaboradores, como descontos em viagens, compras em lojas e eletroeletrônicos, moda,
veículos e os mais diversos estabelecimentos que possuem convenio com o Banco.
O ambiente em que está inserido também é altamente levado em consideração, pois
uma crise no setor calçadista pode afetar indiretamente o setor, pois possui diversos clientes
nesta área, que irão parar que realizar operações e podem contrair dividas que não terão
condições de pagar gerando um grau de risco para a instituição, logo o setor MME está
inteirado não somente com o seu ambiente, mas com o de seus clientes também. Deste modo
o setor especifico analisado tem um alto grau de dependência de seus clientes que são também
seus fornecedores.
Para Chiavenato (2004), o conflito consiste na existência de ideias, sentimentos ou
atitudes que podem se chocar.

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Neste sentido de conflito exposto pelo Chiavenato todos os colaboradores são
incentivados a propor melhorias e novas ideias para melhorar a realização dos processos e
também do ambiente organizacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização desta analise prática proporcionou muitos esclarecimentos acerca da
empresa e especialmente do setor analisado, tal como uma visão prática das teorias já
estudadas e aplicação das mesmas dentro de uma organização.
A visualização das teorias no dia a dia empresarial proporciona uma maior
compreensão da estrutura organizacional, dando ao administrador uma ferramenta necessária
para identificação e resolução ágil de problemas, tal como possibilidades de melhorias e
expansões benéficas a organização.
Na organização observada procura-se sempre inovar e buscar novas soluções e
posição no mercado em que atua, investindo assim em sistemas cada vez mais completos e
ágeis que facilitem o trabalho dos colaboradores, bem como, colaboradores cada vez mais
capacitados para a realização das tarefas pré-determinadas. As melhorias que seriam
sugeridos neste relatório foram realizadas no decorrer de sua realização, sendo assim, pode-se
verificar o quanto a instituição esta atenta as falhas dos processos e em constante busca por
melhorias.
A relação com as teorias foi o mais relevante do trabalho, pois estudando apenas a
teoria e analisando casos em que não convivemos diariamente muitas vezes é difícil indicar as
teorias utilizadas, uma vez que se vivencie o processo há uma maior facilidade em
compreendê-lo.
Por meio deste também foi possível relatar as atividades de um setor especifico da
organização, o qual muitos não têm conhecimento de como funciona, especialmente por
tratar-se de um Banco de atuação mundial e com setores específicos de instituições
financeiras.
É possível concluir que para o sucesso de uma organização é necessário que haja
bons profissionais, com conhecimento teórico e prático das atividades a serem realizadas, pois
ambos são necessários para o crescimento individual e coletivo, e que conhecer a organização
e o setor onde se atua é fator essencial para a realização de um bom trabalho.

REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BLATT, Adriano. Análise de Balanços. São Paulo: Makron Books, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsiever, 2004.
HSBC.Bem-vindo. Disponível em <http://www.hsbc.com.br> Acesso em 28 de agosto de 2011.
KWASNICKA, Eunice Lacava. Teoria Geral da Administração: uma síntese. São Paulo; Atlas, 1989.
KRUG, Heins Gerhardt. Analise de Balanço: Uma Ferramenta de Gestão. 2004.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1998
MOTTA, Fernando C.P. Teoria Geral da Administração: Uma introdução. São Paulo; Pioneira, 2002.
MUNDO DAS MARCAS. MARCAS. Disponível em <http://mundodasmarcas.blogspot.com> Acesso em 30 de agosto de 2011.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Legislação. Disponível em <http://www.portaldecontabilidade.com.br> Acesso em 3 de setembro de 2011.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas da pesquisa do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2009.
SILVA, Edson Cordeiro. Contabilidade Empresarial para Gestão de Negócios. São Paulo: Atlas, 2008.
