Relatório Rodoviário e Dutoviário
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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA-IPACURSO DE ADMINISTRAÇÃO
AUREA FANTI SOARESFELIPE FAGHERRAZZI HOPPE
KELVIN PEREIRA BASSANILUANA DE PAULA MOREIRA
LUCIANO LEMOS DA LUZTHIAGO MAGNUS PEREIRA
LOGÍSTICA NA INDÚSTRIA E SERVIÇO
Porto Alegre2014
AUREA FANTI SOARESFELIPE FAGHERRAZZI HOPPE
KELVIN PEREIRA BASSANILUANA DE PAULA MOREIRA
LUCIANO LEMOS DA LUZTHIAGO MAGNUS PEREIRA
LOGÍSTICA NA INDÚSTRIA E SERVIÇO
Relatório de Logística na Indústria e Serviço, Curso de Administração, turno NoiteSupervisor Acadêmico: Prof. Max Roberto da Silva
Porto Alegre2014
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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................4
2.TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS E TRANSPORTE DUTOVIÁRIO.......................5
2.1.TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS...........................................................................5
2.2.TRANSPORTE DUTOVIÁRIO................................................................................................................6
3.PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS......................................................................................................... 8
3.1.PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO............................................8
3.1.2.OPERADORES DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO......................................................................................8
3.2.PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO...........................................9
3.2.1.OPERADORES DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS.........................................................9
4.REGULAMENTAÇÃO........................................................................................................................... 10
4.1.Rodoviário...............................................................................................................................................10
4.2.Dutoviário................................................................................................................................................17
4.2.1.EVOLUÇÃO/TECNOLOGIAS NO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO...............................................................19
4.2.1.2.CARACTERÍTICAS DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO...........................................................................19
5.Referências........................................................................................................................................................20
4
1.INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo fazer o levantamento das principais questões
relacionadas ao transporte rodoviário de passageiros e ao transporte dutoviário.
Dentre estas questões serão explorados os seguintes conceitos: a
contextualização histórica, a evolução e criação de tecnologias, as características,
os principais operadores, a regulamentação, as formas de operação e os principais
desafios para cada um destes tipos de transporte.
5
2.TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS E TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
Para melhor compreender os conceitos a cerca destas duas modalidades de
transporte foi feita uma grande pesquisa explanada abaixo.
2.1.TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS
Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década
de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no governo Vargas e
Gaspar Dutra. O presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que concebeu e
construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi
responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país
(Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um
dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de
rodovias.
Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes de
automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-Benz,
Hyundai e Toyota. O Brasil é o quinto mais importante país para a indústria
automobilística.
O transporte rodoviário no Brasil é o principal sistema logístico do país e
conta com uma rede de 1.751.868 quilômetros de estradas e rodovias nacionais (a
quarta maior do mundo), por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas
no território brasileiro. Esse sistema de rodovias é o principal meio de transporte de
cargas e passageiros no tráfego do país. A importância desse tipo de transporte se
dá desde o início da república, quando os governos começaram a priorizar o
transporte rodoviário, em detrimento ao transporte ferroviário e fluvial.
Atualmente, o Brasil é o quinto maior mercado da indústria automobilística
mundial e cerca de 10 mil quilômetros do seu sistema rodoviário são compostos por
autoestradas, principalmente no estado de São Paulo (ver Sistema rodoviário do
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estado de São Paulo). No entanto, cerca de 30% de toda a extensão da malha viária
brasileira está muito danificados pela falta de manutenção e apenas 96.353
quilômetros estão pavimentados. Além disso, parte relevante das ligações
interurbanas no país, mesmo em algumas regiões de grande demanda, ainda se dão
por estradas de terra ou com estado de conservação precário, especialmente nas
regiões Norte e Nordeste do país, o que resulta em prejuízos para o transporte de
cargas bem como acidentes e mortes. Por exemplo, somente em 2013 foram
registrados nas estradas brasileiras 185.877 acidentes, 103.075 feridos e 8.375
mortos.
As rodovias do país que se encontram em boas condições, geralmente, foram
concedidas à iniciativa privada, assim, embora apresentem extrema qualidade, estão
sujeitas a pedágios. As rodovias Anhanguera (BR-040/SP-330), Bandeirantes (SP-
348), Imigrantes (SP-160), Castelo Branco (SP-280), Washington Luís (SP-310),
Régis Bittencourt (BR-116/SP-230), Dutra (BR-116/SP-060) e Fernão Dias (BR-381)
são exemplos deste sistema. O transporte rodoviário de passageiros do país
compreende uma rede extensa e intrincada, sendo possíveis viagens que, devido à
sua duração, em outras nações, só são realizadas por via aérea.
2.2.TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
Este tipo de transporte trata-se de uma modalidade bastante antiga na área
dos equipamentos urbanos, em especial na adução e distribuição de água à
população e na captação e deposição de esgotos domiciliares, funções que o
caracterizam até hoje como a modalidade de maior uso em tonelagem e volume,
embora por suas características nestes campos tenha saído da órbita dos
transportes para a do saneamento urbano.
A utilização de dutovias no Brasil, iniciou-se na década de 50, evoluiu
gradativamente nos anos 60, tendo apresentado importante incremento na década
de 70 e início de 80.
A década de 70 se caracteriza por importantes obras: a construção do
Oleoduto São Sebastião/Paulínia (226km) , Angra dos Reis / Caxias (125km), entre
outros.
7
Nas 2 últimas décadas ganhou o reforço de seu emprego no transporte de
granéis sólidos, como o minério de ferro e o carvão mineral em mistura com a água,
de modo a formar uma pasta fluida, nos chamados minerodutos e carbodutos.
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3.PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Neste tópico serão apresentados os conceitos relacionados aos modais
rodoviários de passageiros e também o modal dutoviário.
3.1.PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
Cada modal de transporte tem uma relativa diferença em termos de
carga, frequência, capacidade e tempo com isso temos a tonelagem por
quilometro (tKm) que mede a tonelagem por quilometro percorrido, já no
dutoviário existe a medida de gases por metro cubico na qual é distribuída por
esses pontos de dutos, sua medição de carga e gasto são medidas pela
válvula de escape final. A maior vantagem de usar o dutoviário é que seu
transporte é continuo e não para sua função tendo gás 24h por dia e usual
todos os dias da semana apenas sessa sua produção em casos de reparos,
seu custo fixo é muito alto, pois as manutenções do duto sempre ocorrem e por
isso seu preço se baseia nestes gastos com o duto, outro fator é a utilização
dos dutos quando uma empresa negocia este modal, com isso são criados
caminhos gerando mais gasto fixo pra manutenção, uma vantagem deste
modal é que não existe volta do produto nem perda da mesma, portanto a
economia é alta e a mão de obra é baixa sua segurança de produto é garantida
pelo alto desempenho e com isso mais vantajosa que os outros modais de
transporte.
3.1.2.OPERADORES DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
Os principais operadores de dutoviário no Brasil é o próprio Brasil com o
duto Brasil-Bolívia que mede 2000 km de dutos gerando gás mineral para
diversos pontos do Brasil, outro operador é a Petrobras que usa os dutos para
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transporte de petróleo para as refinarias, um novo modelo de duto são os dutos
de minério que esguicham água nos dutos e fazem esses transportes com este
tipo de pressão em queda não tendo êxito em grandes extensões, mas já é
usado com frequência.
3.2.PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
No modal rodoviário a função característica é de pequenas e medias
quilometragem para gerar mais lucro do que perda, pois sua carga ao longo de
grandes viagens poderá ocorrer grandes riscos de furto e de perda dos
materiais transportados. Sua vantagem é que a inicialização de montar uma
empresa deste modal não requer um custo muito excessivo e tendo em vista
seu custo maior na parte de mão de obra e uma maior contratação de pessoas
e serviços terceirizados faz com que este modal seja caro e só eficaz em
pequenos e médios trechos, sua baixa capacidade de carga dificulta o
barateamento do produto em seu destino final tendo uma variação dos
produtos nas demais cidades com isso mudando a grade econômica da região
por base deste gasto em transporte rodoviário. Sua utilização é de fácil aceso
nos diversos estados do Brasil por isso este modal ganha uma confiança maior
dos seus clientes. O modal rodoviário é o modal que mais polui o meio
ambiente pela emissão do gás carbono e também a parda dos produtos nas
estradas que acabam parando em rios e plantações, mas o maior risco para o
meio ambiente é a perda de produtos tóxicos nas estradas e os riscos de
catástrofes ambientais são maiores.
3.2.1.OPERADORES DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS
Os serviços regulares de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros são os únicos que têm a natureza jurídica de
serviços públicos, sendo classificados em convencional e semiurbano. O
serviço de transporte rodoviário convencional, por sua vez, divide-se, em
10
função das características técnicas dos veículos e do tipo de pavimento das
rodovias, em: (a) com sanitário: tipo I (asfalto) e tipo II (revestimento primário);
(b) sem sanitário: tipo I, tipo II e tipo III (leito natural). Já o serviço de transporte
rodoviário semiurbano é aquele que transpõe os limites de um Estado ou do
Distrito Federal, em ligações com extensão igual ou inferior a 75 km, sendo
empregado o ônibus de duas portas com catraca. Neste segmento, é permitido
o transporte de passageiros em pé.
Além dos serviços regulares, também é oferecido o serviço diferenciado
que é executado no itinerário da linha com emprego de ônibus especiais do
tipo: leito com ou sem ar condicionado, executivo, semi-leito e misto.
As melhores empresas do País são: a Viação Fortaleza (Ceará),
Expresso Medianeira (Rio Grande do Sul), Viação Nobel (Paraná) e Itamaracá
Transportes (Pernambuco).
4.REGULAMENTAÇÃO
4.1.Rodoviário
LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007.
Mensagem de veto
Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e
mediante remuneração e revoga a Lei no6.813, de 10 de julho de 1980.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o Transporte Rodoviário de Cargas - TRC
realizado em vias públicas, no território nacional, por conta de terceiros e
mediante remuneração, os mecanismos de sua operação e a responsabilidade
do transportador.
§ 1o No caso de transporte de produtos perigosos, será observado
exclusivamente o disposto em lei federal, considerando-se as competências
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estabelecidas nos arts. 22 e 24 da Lei no 10.233, de 5 de junho de 2001.
(Incluído pela Lei nº 12.667, de 2012)
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.667, de 2012)
Art. 2o A atividade econômica de que trata o art. 1o desta Lei é de natureza
comercial, exercida por pessoa física ou jurídica em regime de livre
concorrência, e depende de prévia inscrição do interessado em sua exploração
no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas - RNTR-C da
Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, nas seguintes categorias:
I - Transportador Autônomo de Cargas - TAC, pessoa física que tenha no
transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional;
II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas - ETC, pessoa jurídica
constituída por qualquer forma prevista em lei que tenha no transporte
rodoviário de cargas a sua atividade principal.
§ 1o O TAC deverá:
I - comprovar ser proprietário, co-proprietário ou arrendatário de, pelo menos, 1
(um) veículo automotor de carga, registrado em seu nome no órgão de trânsito,
como veículo de aluguel;
II - comprovar ter experiência de, pelo menos, 3 (três) anos na atividade, ou ter
sido aprovado em curso específico.
§ 2o A ETC deverá:
I - ter sede no Brasil;
II - comprovar ser proprietária ou arrendatária de, pelo menos, 1 (um) veículo
automotor de carga, registrado no País;
III - indicar e promover a substituição do Responsável Técnico, que deverá ter,
pelo menos, 3 (três) anos de atividade ou ter sido aprovado em curso
específico;
IV - demonstrar capacidade financeira para o exercício da atividade e
idoneidade de seus sócios e de seu responsável técnico.
§ 3o Para efeito de cumprimento das exigências contidas no inciso II do § 2o
deste artigo, as Cooperativas de Transporte de Cargas deverão comprovar a
propriedade ou o arrendamento dos veículos automotores de cargas de seus
associados.
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§ 4o Deverá constar no veículo automotor de carga, na forma a ser
regulamentada pela ANTT, o número de registro no RNTR-C de seu
proprietário ou arrendatário.
§ 5o A ANTT disporá sobre as exigências curriculares e a comprovação dos
cursos previstos no inciso II do § 1o e no inciso III do § 2o, ambos deste artigo.
Art. 3o O processo de inscrição e cassação do registro bem como a
documentação exigida para o RNTR-C serão regulamentados pela ANTT.
Art. 4o O contrato a ser celebrado entre a ETC e o TAC ou entre o dono ou
embarcador da carga e o TAC definirá a forma de prestação de serviço desse
último, como agregado ou independente.
§ 1o Denomina-se TAC-agregado aquele que coloca veículo de sua
propriedade ou de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto seu,
a serviço do contratante, com exclusividade, mediante remuneração certa.
§ 2o Denomina-se TAC-independente aquele que presta os serviços de
transporte de carga de que trata esta Lei em caráter eventual e sem
exclusividade, mediante frete ajustado a cada viagem.
Art. 5o As relações decorrentes do contrato de transporte de cargas de que
trata o art. 4o desta Lei são sempre de natureza comercial, não ensejando, em
nenhuma hipótese, a caracterização de vínculo de emprego.
Parágrafo único. Compete à Justiça Comum o julgamento de ações oriundas
dos contratos de transporte de cargas.
Art. 5o-A. O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao
Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de
crédito em conta de depósitos mantida em instituição bancária ou por outro
meio de pagamento regulamentado pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres - ANTT. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)
§ 1o A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá ser de
titularidade do TAC e identificado no conhecimento de transporte. (Incluído pelo
Lei nº 12.249, de 2010)
§ 2o O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de
cargas, assim como o cossignatário e o proprietário da carga, são
solidariamente responsáveis pela obrigação prevista no caput deste artigo,
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resguardado o direito de regresso destes contra os primeiros. (Incluído pelo Lei
nº 12.249, de 2010)
§ 3o Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa de Transporte
Rodoviário de Cargas - ETC que possuir, em sua frota, até 3 (três) veículos
registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas -
RNTRC e as Cooperativas de Transporte de Cargas. (Incluído pelo Lei nº
12.249, de 2010)
§ 4o As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o pagamento
aos seus cooperados na forma do caput deste artigo. (Incluído pelo Lei nº
12.249, de 2010)
§ 5o O registro das movimentações da conta de depósitos ou do meio de
pagamento de que trata o caput deste artigo servirá como comprovante de
rendimento do TAC. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)
§ 6o É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio ou forma diverso
do previsto no caput deste artigo ou em seu regulamento. (Incluído pelo Lei nº
12.249, de 2010)
Art. 6o O transporte rodoviário de cargas será efetuado sob contrato ou
conhecimento de transporte, que deverá conter informações para a completa
identificação das partes e dos serviços e de natureza fiscal.
Art. 7o Com a emissão do contrato ou conhecimento de transporte, a ETC e o
TAC assumem perante o contratante a responsabilidade:
I - pela execução dos serviços de transporte de cargas, por conta própria ou de
terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino;
II - pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua
custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em sua entrega, quando
houver prazo pactuado.
Parágrafo único. No caso de dano ou avaria, será assegurado às partes
interessadas o direito de vistoria, de acordo com a legislação aplicável, sem
prejuízo da observância das cláusulas do contrato de seguro, quando houver.
Art. 8o O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus
empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados
para a execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou
omissões fossem próprias.
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Parágrafo único. O transportador tem direito a ação regressiva contra os
terceiros contratados ou subcontratados, para se ressarcir do valor da
indenização que houver pago.
Art. 9o A responsabilidade do transportador cobre o período compreendido
entre o momento do recebimento da carga e o de sua entrega ao destinatário.
Parágrafo único. A responsabilidade do transportador cessa quando do
recebimento da carga pelo destinatário, sem protestos ou ressalvas.
Art. 10. O atraso ocorre quando as mercadorias não forem entregues dentro
dos prazos constantes do contrato ou do conhecimento de transporte.
Parágrafo único. Se as mercadorias não forem entregues dentro de 30 (trinta)
dias corridos após a data estipulada, de conformidade com o disposto no caput
deste artigo, o consignatário ou qualquer outra pessoa com direito de reclamar
as mercadorias poderá considerá-las perdidas.
Art. 11. O transportador informará ao expedidor ou ao destinatário, quando não
pactuado no contrato ou conhecimento de transporte, o prazo previsto para a
entrega da mercadoria.
§ 1o O transportador obriga-se a comunicar ao expedidor ou ao destinatário,
em tempo hábil, a chegada da carga ao destino.
§ 2o A carga ficará à disposição do interessado, após a comunicação de que
trata o § 1o deste artigo, pelo prazo de 30 (trinta) dias, se outra condição não
for pactuada.
§ 3o Findo o prazo previsto no § 2o deste artigo, não sendo retirada, a carga
será considerada abandonada.
§ 4o No caso de bem perecível ou produto perigoso, o prazo de que trata o §
2o deste artigo poderá ser reduzido, conforme a natureza da mercadoria,
devendo o transportador informar o fato ao expedidor e ao destinatário.
§ 5o Atendidas as exigências deste artigo, o prazo máximo para carga e
descarga do veículo de Transporte Rodoviário de Cargas será de 5 (cinco)
horas, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino; após este
período será devido ao TAC ou à ETC o valor de R$ 1,00 (um real) por
tonelada/hora ou fração.
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§ 6o O disposto no § 5o deste artigo não se aplica aos contratos ou
conhecimentos de transporte em que houver cláusula ou ajuste dispondo sobre
o tempo de carga ou descarga. (Incluído pela Lei nº 11.524, de 2007)
Art. 12. Os transportadores e seus subcontratados somente serão liberados de
sua responsabilidade em razão de:
I - ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga;
II - inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor da carga;
III - vício próprio ou oculto da carga;
IV - manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente pelo
expedidor, destinatário ou consignatário da carga ou, ainda, pelos seus
agentes ou prepostos;
V - força maior ou caso fortuito;
VI - contratação de seguro pelo contratante do serviço de transporte, na forma
do inciso I do art. 13 desta Lei.
Parágrafo único. Não obstante as excludentes de responsabilidades previstas
neste artigo, o transportador e seus subcontratados serão responsáveis pela
agravação das perdas ou danos a que derem causa.
Art. 13. Sem prejuízo do seguro de responsabilidade civil contra danos a
terceiros previsto em lei, toda operação de transporte contará com o seguro
contra perdas ou danos causados à carga, de acordo com o que seja
estabelecido no contrato ou conhecimento de transporte, podendo o seguro ser
contratado:
I - pelo contratante dos serviços, eximindo o transportador da responsabilidade
de fazê-lo;
II - pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante.
Parágrafo único. As condições do seguro de transporte rodoviário de cargas
obedecerão à legislação em vigor.
Art. 14. A responsabilidade do transportador por prejuízos resultantes de
perdas ou danos causados às mercadorias é limitada ao valor declarado pelo
expedidor e consignado no contrato ou conhecimento de transporte, acrescido
dos valores do frete e do seguro correspondentes.
Parágrafo único. Na hipótese de o expedidor não declarar o valor das
mercadorias, a responsabilidade do transportador será limitada ao valor de 2
16
(dois) Direitos Especiais de Saque - DES por quilograma de peso bruto
transportado.
Art. 15. Quando não definida no contrato ou conhecimento de transporte, a
responsabilidade por prejuízos resultantes de atraso na entrega é limitada ao
valor do frete.
Art. 16. Os operadores de terminais, armazéns e quaisquer outros que
realizem operações de transbordo são responsáveis, perante o transportador
que emitiu o conhecimento de transporte, pelas perdas e danos causados às
mercadorias no momento da realização das referidas operações, inclusive de
depósito.
Art. 17. O expedidor, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei,
indenizará o transportador pelas perdas, danos ou avarias:
I - resultantes de inveracidade na declaração de carga ou de inadequação dos
elementos que lhe compete fornecer para a emissão do conhecimento de
transporte, sem que tal dever de indenizar exima ou atenue a responsabilidade
do transportador, nos termos previstos nesta Lei; e
II - quando configurado o disposto nos incisos I, II e IV do caput do art. 12 desta
Lei.
Art. 18. Prescreve em 1 (um) ano a pretensão à reparação pelos danos
relativos aos contratos de transporte, iniciando-se a contagem do prazo a partir
do conhecimento do dano pela parte interessada.
Art. 19. É facultado aos contratantes dirimir seus conflitos recorrendo à
arbitragem.
Art. 20. (VETADO)
Art. 21. As infrações do disposto nesta Lei serão punidas com multas
administrativas de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta reais) a R$ 10.500,00
(dez mil e quinhentos reais), a serem aplicadas pela ANTT, sem prejuízo do
cancelamento da inscrição no RNTR-C, quando for o caso.
Art. 22. Na aplicação do disposto nesta Lei, ficam ressalvadas as disposições
previstas em acordos ou convênios internacionais firmados pela República
Federativa do Brasil.
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se
aos que já exercem a atividade de transporte rodoviário de cargas inscrição no
17
RNTR-C e a continuação de suas atividades, observadas as disposições desta
Lei.
Art. 24. Revoga-se a Lei no 6.813, de 10 de julho de 1980.
Brasília, 5 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Bernard Appy
Paulo Sérgio Oliveira Passos
Este texto não substitui o publicado no DOU de 8.1.2007.
4.2.Dutoviário
A ANTT tem entre as suas atribuições, "Promover levantamentos e
organizar cadastro relativos ao sistema de dutovias do Brasil e às empresas
proprietárias de equipamentos e instalações de transporte dutoviário."
• Regimento Interno e a Estrutura Organizacional da Agência, aprovado
pela Resolução nº 01 de 20 de fevereiro de 2002, alterada pela Resolução n.º
104, de 17 de outubro de 2002, define como competência da Superintendência
de Logística e Transporte Multimodal - SULOG, em seu artigo 46 - inciso XIII
"elaborar o cadastro do sistema de dutovias e das empresas proprietárias de
equipamentos e instalações de transporte dutoviário.O transporte Dutoviário
pode ser dividido em:
1. Oleodutos, cujos produtos transportados são, em sua grande maioria:
petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e
outros.
2. Minerodutos, cujos produtos transportados são: Sal-gema, Minério de
ferro e Concetrado Fosfático.
3. Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural. O Gasoduto
Brasil-Bolívia (3150 km de extensão) é um dos maiores do mundo.
Esta modalidade de transporte vem se revelando como uma das formas mais
econômicas de transporte para grandes volumes principalmente de óleo, gás
natural e derivados, especialmente quando comparados com os modais
rodoviário e ferroviário.
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A ANTT deverá se articular com Agência Nacional de Petróleo - ANP, visando
a criação de Cadastro Nacional de Dutovias, eficiente e seguro, que sirva para
orientar suas ações e projetos.
Transporte de Produtos Perigosos
A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor
federal de transporte, estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à
ANTT regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e
ferrovias.
No âmbito da ANTT, essa atividade compete à Gerência de Regulação do
Transporte Rodoviário de Cargas – GEROC.
O regulamento brasileiro do transporte terrestre de produtos perigosos baseia-
se nas recomendações emanadas pelo Comitê de Peritos em Transporte de
Produtos Perigosos das Nações Unidas, que são atualizadas periodicamente, e
publicadas no Regulamento Modelo conhecido como ”Orange Book”, bem
como no Acordo Europeu para o Transporte Rodoviário e no Regulamento
Internacional Ferroviário de Produtos Perigosos na Europa.
Tal regulamentação compreende, basicamente, os Decretos 96.044, de 18 de
maio de 1988, e 98.973, de 21 de fevereiro 1990, que aprovam,
respectivamente, os Regulamentos para o Transporte Rodoviário e Ferroviário
de Produtos Perigosos, complementados pelas Instruções aprovadas pela
Resolução ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, e alterações posteriores.
Os documentos citados especificam exigências detalhadas aplicáveis ao
transporte terrestre de produtos perigosos, estabelecendo prescrições
referentes à classificação do produto, marcação e rotulagem das embalagens,
sinalização das unidades de transporte, documentação exigida entre outras.
19
A Resolução ANTT 420/04 foi resultado da análise da equipe técnica da ANTT,
tendo como parâmetro as recomendações internacionalmente praticadas, bem
como as contribuições encaminhadas pelos agentes envolvidos em toda a
cadeia dessa atividade, quando da submissão do texto da referida resolução a
processos de Audiência Pública.
4.2.1.EVOLUÇÃO/TECNOLOGIAS NO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
4.2.1.2.CARACTERÍTICAS DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
O transporte dutoviário é o modo de transporte que utiliza um sistema de
dutos – tubos ou cilindros previamente preparados para determinado tipo de
transporte, formando uma linha chamada de dutovia ou via composta por dutos
onde se movimentam produtos de um ponto a outro.
O transporte de cargas neste modal ocorre no interior de uma linha de tubos ou
dutos e o movimento dos produtos se dá por pressão ou arraste destes por
meio de um elemento transportador.
Os elementos que constituem uma dutovia são: os terminais, com os
equipamentos de propulsão do produto; os tubos e as juntas de união destes.
Esta modalidade de transporte vem se revelando como uma das formas mais
econômicas de transporte para grandes volumes principalmente de petróleo e
derivados, gás natural e álcool (etanol), especialmente quando comparados
com os modais rodoviário e ferroviário.
Por apresentar características ímpares, como alto nível segurança,
transportabilidade constante, baixo custo operacional, as dutovias possibilitam
o transporte dos seguintes produtos:
• Petróleo e seus derivados (Oleodutos): este tipo de carga pode ser
transportado por oleodutos ou gasodutos.
• Não derivados de petróleo (polidutos ou alcooldutos): algumas cargas
não derivadas do petróleo, como álcool, CO2 (Dióxido de Carbono) e CO3
(Trióxido de carbono), também podem ser transportadas por oleodutos.
20
• Gás Natural (gasodutos): esse gás é transportado pelos gasodutos e é
bastante semelhante aos oleodutos, embora tenha suas particularidades,
principalmente no sistema de propulsão da carga - compressores.
• Minério, cimento e cereais (minerodutos ou polidutos): o transporte
destes materiais é feito por tubulações que possuem bombas especiais,
capazes de impulsionar cargas sólidas ou em pó. Também se dá por meio de
um fluido portador, como a água para o transporte do minério a média e longas
distâncias ou o ar para o transporte de cimento e cereais a curtas distâncias.
• Correspondências - carvão e resíduos sólidos (minerodutos): para o
transporte deste tipo de carga utiliza-se o duto encapsulado que faz uso de
uma cápsula para transportar a carga por meio da tubulação impulsionada por
um fluido portador, água ou ar.
• Águas Servidas – esgoto (dutos de esgoto): as águas servidas ou
esgotos produzidos pelo homem devem ser conduzidos por canalizações
próprias até um destino final adequado.
• Água Potável (dutos de água): após a água ser coletada em mananciais
ou fontes, a mesma é conduzida por meio de tubulações até estações onde é
tratada e depois distribuída para a população, também por meio de tubulações.
As tubulações envolvidas na coleta e distribuição são denominadas adutoras.
5.Referências
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm
http://www.foccus.adm.br/dutoviaacuterio.html