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Partner in Payments SIBS SGPS Contas Consolidadas Consolidated Accounts Comptes Consolidés Annual Report . Rapport Annuel Relatório e Contas 2019

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Partnerin Payments

SIBS SGPS

Contas ConsolidadasConsolidated AccountsComptes Consolidés

Annual Report . Rapport Annuel

Relatórioe Contas2019

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 1

Índice

I – RELATÓRIO DE ATIVIDADE 3 Introdução 5

Perspetiva sobre o Grupo SIBS 5 Principais destaques de negócio em 2019 8

Enquadramento de Mercado 12 Atividade SIBS em 2019 16

Atividade de processamento e gestão de rede 16 Atividade de gestão do Scheme MB 25 Prestação de serviços de acquiring 25 Atividades no mercado internacional 26 Soluções de outsourcing de processos de negócio 27 Produção de cartões 28

Recursos humanos do Grupo SIBS 30 Análise Financeira 32

Ganhos operacionais consolidados 32 Gastos operacionais consolidados 33 Resultados consolidados 34 Investimentos consolidados 34 Ativo consolidado 35 Capital Próprio e Passivo consolidados 36

Considerações finais 37

II – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 39 Demonstração da Posição Financeira Consolidada 41 Demonstração dos Resultados Consolidados 42 Demonstração Consolidada do Rendimento Integral 43 Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio 44 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 45 Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro

de 2019 e 2018 46

III – RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 107

IV – CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS 111

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01Relatório de AtividadeActivity ReportRapport d’Activité

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 5

Introdução

Perspetiva sobre o Grupo SIBS

A SIBS é uma holding tecnológica com áreas de atuação diversificadas nas vertentes

de pagamentos, processamento, segurança, fidelização e digitalização.

Em 1983, a SIBS iniciou a sua jornada como startup e cresceu tornando-se numa das

maiores e mais completas fintech em toda a cadeia de valor da indústria de

pagamentos. Hoje em dia, a SIBS disponibiliza a mais de 300 milhões de utilizadores

os mais modernos, fiáveis e seguros serviços financeiros, designadamente na área

dos pagamentos. Referência ainda em Business Process Outsourcing e na produção

e personalização de cartões, é um dos maiores processadores de pagamentos da

Europa e África, transacionando anualmente mais de três mil milhões de operações

financeiras no valor de cerca de 2,5 mil milhões de euros.

Entre as marcas mais reconhecidas pelos consumidores estão o MULTIBANCO, o MB

NET e o MB WAY. Com estes serviços, é possível pagar compras nas lojas físicas ou

online, com cartão ou smartphone, fazer transferências, pagar a conta da água ou

da luz, consultar o saldo, carregar o smartphone ou o passe dos transportes e, claro,

levantar dinheiro.

Esta oferta é disponibilizada pelas empresas que compõem o Grupo:

A SIBS SGPS é a holding do Grupo responsável pela gestão de várias participadas,

empresas especializadas em áreas de serviço críticas que atuam essencialmente no

sector dos pagamentos.

A SIBS e em particular a sua marca bandeira – MULTIBANCO— tornaram-se parte do

dia-a-dia dos Portugueses ao longo de mais de três décadas. A qualquer hora, e em

qualquer lugar, é sempre possível ter acesso a uma Caixa Automática MULTIBANCO,

para levantar dinheiro, fazer transferências, pagar contas, consultar saldos

bancários ou executar pagamentos ao Estado, entre outras operações. São inúmeros

os serviços que a SIBS coloca à disposição dos cidadãos e no qual se incluem também

ações de solidariedade através do serviço ‘Ser Solidário’. Agora com o MB WAY, os

portugueses têm o seu cartão bancário no telemóvel ou tablet para fazer compras

físicas e online, gerar cartões MB NET, levantar dinheiro com o smartphone e fazer

transferências imediatas de forma tão simples, como se de um SMS se tratasse, sem

precisarem de um NIB/IBAN e recorrendo apenas ao número de telemóvel do

destinatário.

A SIBS Forward Payment Solutions (SIBS FPS) é a empresa responsável pelo

processamento e soluções de pagamento. É à SIBS FPS que compete a gestão da Rede

MULTIBANCO nos seus múltiplos canais - desde os CA e TPA, aos meios online ou

telemóveis, assegurando o processamento completo das transações entre emissores

e acquirers em múltiplas redes (Visa, MasterCard, American Express, entre outros),

em múltiplos equipamentos e com múltiplos protocolos. A empresa funciona

também como câmara de compensação.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 6

O MULTIBANCO, criado a 2 de setembro de 1985 com a instalação da rede de Caixas

Automáticos, foi inovando ao longo dos anos com a introdução de uma série de

operações únicas, assumindo-se mais de 30 anos depois como o serviço de referência

do Grupo SIBS e caso de sucesso internacional, replicado inclusive nalguns mercados

internacionais. É a marca que representa a Rede de Terminais física, Caixas

Automáticos (CA) e Terminais de Pagamento Automático (TPA), e digital, Digital

Payment Gateway, mobile POS, MB WAY, geridos pela SIBS FPS.

A SIBS FPS é também a prestadora nacional do serviço de ligação à SWIFT através do

Service Bureau Premier que liga as Instituições Financeiras e empresas aderentes,

para troca de mensagens financeiras de forma rápida e segura, permitindo uma

redução substancial de investimentos e custos de manutenção dos clientes em

infraestruturas de suporte ao negócio.

A rede ATM Express, detida pela SIBS, foi pensada para o cliente estrangeiro na

sequência do desenvolvimento do turismo em Portugal, oferecendo aos seus

utilizadores a mesma fiabilidade e segurança da Rede MULTIBANCO. A SIBS FPS é

responsável pela gestão de todo o processo, desde a seleção e negociação de espaço

de instalação, até à logística inerente à prestação do serviço, que vai da

personalização de cada terminal até ao abastecimento e manutenção dos mesmos.

Esta empresa é ainda responsável pela prestação dos serviços PAYWATCH de

prevenção, deteção e investigação de fraude, ao nível das melhores práticas

mundiais, fazendo do sistema de pagamentos nacional um dos mais seguros da

Europa.

A SIBS Pagamentos, criada em março de 2011, é uma instituição de pagamento

licenciada pelo Banco de Portugal. É responsável pela aceitação, nas redes de Caixas

Automáticos MULTIBANCO e ATM Express, dos cartões de todas as marcas aceites em

Portugal, nomeadamente VISA, Mastercard, American Express, JCB e China Union

Pay.

A SIBS MB, gere a marca MB. Esta marca permite a cerca de 20 milhões de cartões

portugueses a realização de levantamento de dinheiro e o pagamento de compras

nos Caixas Automáticos e Terminais de Pagamento da rede MULTIBANCO de uma

forma segura e cómoda, com a autorização do pagamento em tempo real.

Com mais de uma década de existência, a SIBS Cartões é a empresa do Grupo SIBS

que disponibiliza um serviço especializado na área de personalização de cartões e

atividades complementares. É reconhecida como uma referência pela inovação e

capacidade de resposta às iniciativas de clientes e parceiros, bem como pela

experiência e a prática de certificação na personalização de cartões de pagamento,

com técnicas avançadas de segurança e controlo. Com a aquisição da CARTOSIS, em

2016, a SIBS tornou-se a empresa com maior capacidade instalada na Península

Ibérica e reforçou a sua oferta de produtos e serviços no mercado de fidelização,

passando a gerir um volume anual de personalização de mais de 12 milhões de

cartões de empresas públicas e privadas dos mais variados setores: bancário,

financeiro, retalho, transportes, grande distribuição e Estado. Os clientes dispõem

do mais completo serviço integrado, desde o design e conceção do cartão, até à sua

expedição, assim como de mais opções de personalização, em qualquer tecnologia

de cartões, com e sem chip, para qualquer ramo de atividade.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 7

A SIBS Processos tem como objetivo a conceção, implementação e gestão de

soluções de Business Process Outsourcing (BPO) através do desenvolvimento de

tecnologias inovadoras e soluções de otimização para fazer face aos desafios do

processamento intensivo, proporcionando mais eficiência aos clientes. Criada em

março de 2002, a SIBS Processos foi responsável pelo lançamento de soluções

inovadoras no âmbito do backoffice bancário, como o sistema de troca de imagens

eletrónicas de cheques, eliminando toda a consequente circulação de papel nos seus

clientes. Presentemente, trabalha com clientes bancários e não bancários, operando

soluções diversas, desde BPO mais simples até soluções integradas e automatizadas,

como onboarding e manutenção de clientes, digitalização, recolha e aplicação de

regras a documentos, gestão de faturação e reembolsos, gestão de penhoras, cash

letters, habilitação de herdeiros, entre outros.

A SIBS International é a empresa do Grupo que exporta o know how adquirido ao

longo dos anos, através da oferta de soluções de pagamento inovadoras, seguras e

flexíveis nos mercados internacionais. Da segurança dos sistemas financeiros à

personalização de cartões, tem um portefólio alargado que lhe permite uma forte

presença internacional. É um negócio de valor acrescentado para Portugal, pois tudo

o que exporta é 100% nacional. Está presente em mais de 12 países com destaque

para Angola, Argélia, Nigéria e Polónia. Tem ainda atividade noutros mercados como

Espanha e França. As transações de três das cinco maiores economias africanas são

asseguradas pelo EPMS da SIBS, sistema desenvolvido in-house exclusivamente com

know how português. Como características distintivas face a outros grandes players

internacionais, a empresa apresenta soluções customizadas às necessidades

específicas de cada país.

A SIBS Gest gere os serviços partilhados e o património do Grupo. Com um papel

transversal a todas as empresas, a SIBS Gest desempenha diversas atividades

essenciais para o funcionamento e apoio de todas as empresas, nomeadamente

contabilidade, gestão financeira e faturação, manutenção dos edifícios, gestão dos

sistemas corporativos e de suporte ao negócio, gestão de Recursos Humanos e

manutenção do sistema de contabilidade analítica e controlo operacional.

Com um vasto leque de oferta que vai desde as soluções de pagamento e software,

ao mercado de cartões de fidelização, a SIBS mantém-se empenhada em desenvolver

serviços que otimizem a sua geração de valor para clientes, parceiros e acionistas,

afirmando o seu posicionamento de inovação num contexto cada vez mais

concorrencial e exigente.

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Principais destaques de negócio em 2019

2019 foi um ano de recordes, tanto ao nível de transacionalidade, como no

lançamento de novos serviços e mesmo em prémios ganhos.

Dezembro foi o melhor de sempre na Rede MULTIBANCO, tanto ao nível de

processamento de transações como no número de compras efetuadas nos Terminais

de Pagamento Automático (TPA) que, em 2019, chegaram ao número recorde de

mais de 360 mil.

Paralelamente, a Rede ATM Express tem-se estendido continuamente, tendo

terminando o ano com mais de 300 terminais instalados em pontos estratégicos, por

várias regiões do país, dando assim seguimento ao plano da SIBS de disponibilizar o

acesso a serviços bancários e financeiros, quer aos Portuguesas, quer a estrangeiros,

cujo volume de visitas e presença se tem intensificado em Portugal.

Ao longo do ano, a SIBS lançou diversos serviços confirmando assim a sua capacidade

inovadora e de desenvolvimento tecnológico, contribuindo para uma sociedade cada

vez mais digital em Portugal e nos vários mercados onde opera, assumindo-se como

um player destacado a nível europeu, com um desempenho de excelência em

eficiência e segurança.

A SIBS lançou a solução de fidelização Descontos MULTIBANCO, que permite

associar o cartão de fidelização das entidades aderentes ao serviço a um cartão

bancário, transformando as compras efetuadas com esse cartão, nos comerciantes

aderentes, em benefícios adicionais.

No caso específico de mobilidade, a SIBS, já com um longo historial de

desenvolvimento de soluções convenientes para o utilizador, alargou a

disponibilização do Pay-as-you-go, através da disponibilização do VIVA Go (em

parceria com a OTLIS). Uma solução inovadora simples e prática que facilita a

utilização do transporte público aos utilizadores ocasionais que não precisam

carregar títulos de transporte, passando a viajar livremente e realizando o

pagamento da viagem à medida da sua utilização.

Com o SIBS Analytics, a SIBS também passou a oferecer a empresas e instituições o

acesso a relatórios e análises customizadas, baseadas nos dados reais que processa.

Com este serviço de Business Intelligence, as estatísticas SIBS passaram a estar

disponíveis como uma ferramenta adicional para as empresas tomarem decisões de

negócio mais eficazes. Em simultâneo, e como complemento deste novo serviço, foi

disponibilizado um novo Portal de Indicadores de Consumo, que permite consultar

mais de mil milhões de indicadores sobre o consumo em Portugal, acessíveis de

forma simples, em vários formatos, tais como gráficos, mapas e infografias.

Um dos marcos mais importantes, foi o lançamento de um novo ciclo na história do

sistema de pagamentos nacional, com a disponibilização do SIBS API Market, uma

plataforma aberta de API, que agrega 24 entidades, que representam mais de 95%

das contas bancárias, que vem revolucionar a forma como os clientes bancários

interagem com as suas contas de pagamento e tem como objetivo habilitar novos

serviços inovadores e modelos de negócio de valor acrescentado baseados em API,

impulsionando o ecossistema de pagamentos e serviços financeiros. Numa primeira

fase, foram disponibilizadas API regulatórias, gratuitas e de acesso livre para

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entidades TPP (Third Party Providers) devidamente constituídas e certificadas. O

SIBS API Market disponibiliza ainda API dos serviços MULTIBANCO, exclusivos em

Portugal, como Pagamento de Serviços, Pagamentos ao Estado e o Carregamento de

Telemóveis. O SIBS API Market, plataforma com fatores distintivos que a tornam

única, está em constante evolução para disponibilizar outras API, dando

oportunidade às entidades mais precursoras, comunidade bancária e novos

prestadores de serviços de pagamento, para desenvolverem serviços inovadores e

modelos de negócio de valor acrescentado, acompanhando o atual contexto,

altamente dinâmico e competitivo.

A Rede de Caixas MULTIBANCO foi dotada de mais serviços oferecendo aos seus

utilizadores maior comodidade no acesso a conteúdos digitais através da emissão de

Vouchers MULTIBANCO.

Para assinalar este novo ciclo, a SIBS adotou, na mesma ocasião, uma nova imagem:

mais moderna, dinâmica e sofisticada, que reflete o ADN, os valores da empresa -

Excelência, Integridade, Confiança e Inovação – e a sua Missão: ser o parceiro de

referência nos pagamentos e criar valor para a sociedade através do

desenvolvimento e gestão de soluções de pagamento, processos e serviços conexos

baseados em tecnologia, que combinem segurança, conveniência e inovação,

respeitando os bons princípios comportamentais e as condições de sustentabilidade.

O empenho da SIBS na digitalização da economia concretizou-se no desenvolvimento

de novas funcionalidades para o MB WAY, o serviço de pagamentos móvel que é,

cada vez mais, o favorito dos portugueses e atingiu o número recorde de 2 milhões

de utilizadores: o acesso ao Caixa MULTIBANCO, a possibilidade de aderir com

números de telemóvel internacionais e o alargamento da funcionalidade Ser

Solidário, que até agora era disponibilizada nos Caixas MULTIBANCO. O serviço MB

WAY tornou-se ainda mais universal e conveniente ao passar a ser disponibilizado

através das apps dos principais Bancos. A SIBS abriu ainda caminho para a

interoperabilidade do MB WAY com outros sistemas de pagamentos móveis,

possibilitando o seu uso num contexto internacional, juntando-se a outros serviços

de pagamento móveis domésticos para criar a Associação Europeia de Sistemas de

Pagamentos Móveis (European Mobile Payment Systems Association - EMPSA).

Foi com essa mesma missão, de construir uma economia cada vez mais digital, que

a SIBS estabeleceu uma parceria a 3 anos com a Web Summit que envolve a

disponibilização de pagamentos eletrónicos em todo o recinto da conferência, com

vista a um evento cashless. Para tal, a SIBS montou uma operação que dotou todos

os comerciantes com Terminais de Pagamento MULTIBANCO, que permitiram

pagamentos cómodos e seguros quer com cartões, de várias tecnologias, quer com

aplicações móveis, como o MB WAY. O balanço da primeira edição foi bastante

positivo, com compras realizadas com cartões de mais de 100 países.

Esta estratégia de promoção de uma sociedade cashless é acompanhada a par e

passo de uma aposta na disponibilização de ferramentas para promoção do comércio

online, pelo que em 2019 a SIBS investiu em programas de promoção de uma

economia digital como o MUDA (Movimento nacional que assume o compromisso de

incentivar a participação dos portugueses no espaço digital e ajudar a tirar partido

dos benefícios associados aos serviços digitais, disponibilizados por empresas e pelo

Estado) e Comércio Digital, programa que tem por objetivo a capacitar a

digitalização dos negócios de micro, pequenas e médias empresas.

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Este foi um ano de consolidação das competências da Paywatch. Lançaram-se novos

serviços, incluindo o serviço de monitorização de fraude em online banking, e foi

alargado o âmbito geográfico de atuação à Polónia com a PayTel, enquanto se

desenvolveram novos modelos de atuação core.

Na vertente internacional, a SIBS mantém-se como um player internacional de

relevo, presente em diversos mercados, nomeadamente na Europa e África, onde as

suas soluções operam em mais de 330 mil terminais que processam cerca de 2 mil

milhões de transações, destacando-se a atividade na Polónia, onde detém a PayTel,

um dos operadores de terminais de pagamento que mais tem dinamizando o

mercado. Em 2019, esta empresa que foi adquirida pela SIBS há apenas um ano,

registou um crescimento de mais de 50% nas transações processadas por mês, mais

do que duplicando os indicadores de crescimento do mercado. No último ano, a

PayTel esteve entre o Top 3 das principais empresas na angariação de novos

comerciantes e na colocação de terminais eletrónicos de pagamento. Em Angola, a

SIBS desenvolveu diversas soluções móveis, como o levantamento sem cartão e o

Multicaixa Express, e lançou neste mercado uma gateway de pagamentos móveis.

Destaca-se também o crescimento na Nigéria, onde mais de 400 mil TPA utilizam a

tecnologia da SIBS, e na Argélia, onde a empresa apoiou o desenvolvimento uma

solução de mobile banking/mobile payments que permite aos clientes de uma das

principais operadoras realizarem várias operações, desde o carregamento aos

pagamentos de faturas, transferências e consultas de saldo. A SIBS teve ainda uma

participação importante na implementação dos sistemas interbancários de Timor-

Leste e de Moçambique.

Em Portugal, a SIBS reforçou o investimento na sua Unidade de Business Process

Outsourcing (BPO) em Castelo Branco, para acolher 200 novos colaboradores,

cumprindo assim a empresa o seu objetivo de reforço naquela cidade, em

complemento das equipas em Lisboa, descentralizando as operativas de BPO e

assegurando assim um sistema ativo-ativo operacional, proporcionando ao mesmo

tempo um melhor serviço e garantia de satisfação dos clientes.

Também a aposta na sustentabilidade marca o ano de 2019, com a SIBS a lançar para

o mercado a produção de cartões em PVC Biodegradável, permitindo assim uma

alternativa mais sustentável face ao PVC tradicional, reduzindo o impacto para o

ambiente. A SIBS, empresa líder na Península Ibérica na produção e personalização

de cartões passa assim a ocupar um lugar na linha da frente também na produção

de cartões biodegradáveis adequados a diferentes tipologias e níveis de segurança,

incluindo os cartões bancários.

Todas estas inovações permitiram que diversos serviços e soluções SIBS fossem

galardoados, em 2019, por 7 entidades distintas, num total de 13 prémios: A SIBS

ganhou pela primeira vez o prémio IRGA AWARDS da Deloitte para o “Melhor projeto

de Transformação Digital” reconhecendo desta forma um projeto estruturante cujo

desenvolvimento desencadeou de forma significativa a transformação da atividade

e do negócio da SIBS.O SIBS API Market foi distinguido pelos “Portugal Digital

Awards” como “Best Digital Plataform”; o SIBS Analytics e a Plataforma Câmara de

Penhoras receberam uma menção honrosa dos Portugal Digital Awards nas categorias

““Best Digital Strategic Tools” e “Best Digital Operational Process”, respetivamente.

O MB WAY foi o serviço da empresa mais galardoado em diferentes categorias, por

diversas entidades: “Melhor Projeto de Transformação Digital”, pelos Prémios ACEPI

Navegantes XXI, “Best Use of Technology” nos Iberian Festival Awards, o prémio

“Mercurio” atribuído pela Confederação Portuguesa de Comércio e Serviços, o

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prémio “Internet” em “Os melhores do Portugal Tecnológico 2019” e o melhor do

“E-commerce”, pelos Marketeer Awards 2019. O MB WAY foi ainda distinguido pelo

4.º ano consecutivo pelos leitores da revista PC Guia como a “Melhor App Nacional”.

O SIBS Analytics foi ainda distinguido pelos prémios ACEPI Navegantes XXI, na

categoria “Melhor Site/ App Indústria & Serviços”. Também a nível internacional a

PayTel foi reconhecida pela Fundação Polaca Polska Bezgotówkowa pelo projeto de

Instalação de terminais de pagamento automático. A SIBS foi ainda objeto de um

estudo da Gartner - “Transformation That Accelerates Digital Innovation”.

Em 2020, a SIBS vai continuar a trabalhar para oferecer os melhores serviços e

soluções que contribuam de forma efetiva para uma economia digital, facilitando o

dia a dia dos milhões de utilizadores, particulares e empresas, que diariamente

usufruem da inovação e eficiência de processos geradas pela Sociedade.

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Enquadramento de Mercado

O setor de pagamentos tem evoluído a um ritmo bastante elevado a nível mundial.

Este crescimento tem sido maioritariamente alavancado pelo aumento da população

bancarizada e por movimentos de fundo de progressão da preferência do consumidor

em favor de métodos de pagamentos digitais. Embora estes fatores sejam

contribuidores diretos para a evolução de negócio da SIBS, o crescimento económico

dos diferentes países onde opera continua a ser uma variável mais intensamente

ligada à atividade da SIBS, uma vez que os pagamentos acompanham proximamente

as decisões de consumo dos agentes económicos. Deste modo, a evolução do Produto

Interno Bruto é um forte indicador para perspetivar o crescimento interno da

atividade da SIBS FPS.

Apesar do forte crescimento da indústria dos pagamentos, durante 2019 a economia

mundial começou a apresentar alguns sinais de arrefecimento. O panorama

internacional com perspetivas de evolução pouca claras sobre futuros acordos

comerciais entre potências internacionais, e um crescimento anémico da

produtividade industrial, têm criado pressão para que as empresas adiem

investimentos estratégicos, relevantes para o crescimento a prazo da atividade

económica, que vêm juntar-se a economias desenvolvidas cada vez mais sem

grandes motores de crescimentos e presas a uma demografia desfavorável e pesos

elevados de endividamento externo.

Estes efeitos também têm sido sentidos em Portugal, apesar de persistir um

crescimento económico relevante. Em 2019, a economia portuguesa mostrou ser

menos dinâmica quando comparada com o período transato, tendo a taxa de

crescimento do PIB sido fixada em 1,9%, menos 0,5 p.p. do que o período homólogo.

Apesar da redução, este valor continua a suplantar o crescimento médio dos

membros da zona euro em 0,7 p.p. no mesmo período. Relativamente aos seus

subcomponentes, face a 2018 foi possível denotar um contributo superior do

investimento, que cresceu 7,6 p.p., essencialmente alavancado no elevado

dinamismo do setor de construção civil, em resposta ao crescimento da procura

imobiliária em Portugal. Também a procura interna, sustentada pela redução da

taxa de desemprego e pelo crescimento do setor do turismo, tem tido um contributo

positivo, crescendo 2,7 p.p. em relação ao ano transato. Em sinal contrário, a

balança de pagamentos evoluiu de forma negativa, com as exportações a crescerem

menos que as importações, levando a uma redução das exportações líquidas em 0,8

p.p. em 2019.

Em relação ao setor bancário, um dos principais parceiros de negócio do Grupo SIBS,

persiste a pressão sobre a margem financeira devido a taxas diretoras reduzidas,

mas tem-se verificado uma melhoria das restantes componentes de rentabilidade, e

os bancos nacionais conseguiram melhorar a sua performance financeira em 2019.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 13

Apesar da melhoria generalizada, o Banco de Portugal continua a lançar avisos sobre

alguns riscos estruturais do setor. A banca continua a ter níveis elevados de

exposição ao setor imobiliário e à divida soberana nacional, podendo eventuais

sobrevalorizações do mercado imobiliário causar impactos estruturais na

estabilidade do setor e aumentar o rácio de non performing loans, que a banca tem

trabalhado arduamente para reduzir.

Tendências de mercado

O mercado de pagamentos em 2019 voltou a ser um setor em ebulição, com

virtualmente todos os pontos da cadeia de valor a serem desafiados por novos tipos

de concorrentes que tradicionalmente não estariam relacionados com a esfera dos

pagamentos. No entanto, pelas oportunidades de monetização existentes (através

da participação na last mile da jornada de consumo, por exemplo) tentam tirar

vantagem das suas capacidades competitivas para penetrarem num setor altamente

dinâmico e de valor acrescentado. Estas movimentações estratégicas são

potenciadas tanto por uma uniformização e simplificação dos requisitos de entrada,

nomeadamente pela operacionalização da Diretiva de Serviços de Pagamento 2 (DSP

2), como pelo crescimento continuado do número de utilizadores de serviços

desmaterializados e transnacionais.

Globalmente, as economias mais desenvolvidas têm sido responsáveis pelo

lançamento de vários avanços legislativos com o objetivo de promover a evolução

de novos métodos de pagamento e práticas conhecidas por Open Banking. Em

especial na Europa, o desenrolar DSP2, em efeito após 14 de setembro, está a

resultar na expansão dos volumes e diversidade de pagamentos, operacionalizando

também outros serviços de valor acrescentado com recurso a APIs, reduzindo

barreiras de entrada para novos players não tradicionais.

Este novos players podem ser agrupados em dois grandes tipos: os ASPSP (Account

Service and Payment Service Provider), que são as entidades responsáveis pela

gestão das contas de pagamentos (tradicionalmente os bancos por exemplo), e os

TPP (Third Party Providers), entidades que irão usufruir do acesso às contas dos

primeiros para prestarem os seus serviços, dividindo-se por sua em vez em AISP

(Account Information Service Provider) – que são entidades prestadoras de serviços

de informação sobre contas dos clientes dos ASPSP – e em PISP (Payment Initiation

Service Provider) – que são entidades elegíveis para a iniciação de uma ordem de

pagamento através de uma conta de um consumidor final e a pedido deste, sem

necessitarem de estabelecer um contrato com o ASPSP detentor da conta em causa.

Com o intuito de responder à necessidade regulatória imposta pela DSP2 e às

necessidades funcionais deste novo tipo de operadores, a SIBS desenvolveu o SIBS

API Market. Esta plataforma permitiu, por um lado, aos ASPSP cumprirem com os

dispostos legais da diretiva e, por outro lado, aos TPP um ponto de acesso único à

maioria das contas nacionais, com todos os benefícios que isso representa em termos

de escala para disponibilização de serviços de valor acrescentado para o consumidor

final.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 14

Tecnologicamente, também o mercado tem sido alvo de enorme disrupção. A

introdução de ferramentas de Artificial Intelligence e Machine Learning tem

permitido automatizar um conjunto elevado de tarefas de baixo valor acrescentado,

a uma velocidade muito superior à cognitiva humana. Nos serviços financeiros, estas

tecnologias têm tornado possível acompanhar o aumento da sofisticação do setor,

tanto em termos de novos produtos – através de análises mais robustas sobre oferta

potencial – como em termos de prevenção de riscos operacionais ou financeiros. O

ano de 2019 foi também um ano de desenvolvimento de outras tecnologias, como

aplicações baseadas em blockchain e disseminação de autenticação via métodos

biométricos, algo que deve ser acentuado durante o ano de 2020.

A nível de inovação de modelo de negócio, estes fatores, aliados à facilidade de

obtenção de capital, têm levado ao aparecimento de várias fintechs com ofertas de

valor diferenciadas, avaliadas em valores elevados (Klarna, avaliada em $5.5 mil

milhões ou o N26 avaliado em $3,5 mil milhões em outubro de 2019 por exemplo)

demonstrado o elevado dinamismo do setor.

Este contexto fértil tem levado a um crescimento elevado das operações de M&A no

setor dos pagamentos, atingindo no primeiro semestre de 2019 um valor geral de 67

mil milhões de dólares, um crescimento de 38% face ao final de 2018. Os maiores

negócios passaram por fusões de grandes players internacionais, que tiveram como

objetivos garantir uma maior capacidade de atuação em outros mercados e a

obtenção de economias de escala. Além destes fatores, também os detentores das

principais marcas internacionais realizaram investimentos estratégicos para

melhorar a sua oferta e capitalizar em capacidades complementares para as suas

carteiras de serviços de valor acrescentado.

Neste contexto altamente concorrencial e dinâmico, o desenvolvimento do mercado

de pagamentos e das suas infraestruturas acompanha naturalmente a evolução das

atividades que lhe são adjacentes e as necessidades dos consumidores.

Do lado da oferta, continuamos a encontrar diversos fatores contribuidores para o

crescimento.

Primeiro, um aumento generalizado do número de estabelecimentos que aceitam

pagamentos eletrónicos. Este fenómeno deve-se ao facto de as compras eletrónicas

serem mais convenientes, tanto para os comerciantes como para os consumidores,

e às necessidades de modernização por parte da generalidade dos operadores da

economia portuguesa, para responderem às exigências dos consumidores, levando a

um aumento do leque de tecnologias e canais de aceitação.

Em segundo, no comércio eletrónico, continua-se a observar um ritmo de

crescimento cada vez mais acelerado, impulsionado tanto pela maior digitalização

e rotina dos consumidores em comprar online, como pela dinamização dos

comerciantes dos seus canais digitais. Em termos domésticos, as empresas nacionais

têm vindo a aumentar o volume de negócios com origem em canais digitais,

representando já perto de 20% do volume de negócios das empresas com mais de 10

funcionários. Acompanhando esta tendência, verificou-se um aumento de 2 p.p. na

população com idades compreendidas entre 16 e 74 que recorreu ao comércio

online. Por fim, o ano de 2019 foi também o ano em que, segundo a Marktest, a

penetração de internet banking foi superior a 30% (do total de população

bancarizada) o que indicia maiores níveis de familiaridade com os avanços

tecnológicos.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 15

Do lado da procura, encontramos também condições de crescimento económico que

fomentam o desenvolvimento da atividade. O rendimento disponível português

aumentou em 2019, o que por sua vez alimenta a transacionalidade de pagamentos

na economia doméstica.

Desta forma, podemos concluir que em 2019 em Portugal observou-se um conjunto

de movimentações do consumidor e dos operadores de serviços de pagamentos, que

se têm concretizado no seguinte:

Aparecimento de operadores financeiros internacionais, com soluções com

capacidade de competir diretamente com os principais bancos nacionais,

mas também com plataformas alavancadas em serviços de valor

acrescentado;

Bancos nacionais e internacionais iniciam operação numa ótica de Open

Banking, tornando cada vez mais central a experiência digital dos clientes

bancários;

Aumento generalizado da procura por parte de consumidores e comerciantes

em canais digitais, que procuram cada vez mais fornecer melhorias a nível

de consumer experience numa lógica omnicanal, com os últimos a

procurarem soluções de venda mais sofisticadas, apoiadas no segmento

mobile, e com propostas de valor acrescentado, capacitando-se de novas

ferramentas de captação de clientes e apoio à tomada de decisão dos

consumidores;

Desenvolvimento de players de mobilidade no mercado nacional e

plataformas internacionais no contexto de transações card not present,

iniciadas muitas vezes com recurso a meios de pagamento mobile;

Disseminação de operadores internacionais de acquiring em TPA (físico,

mPOS, SmartPOS e online) no mercado nacional com uma oferta integrada,

com uma presença crescente em comerciantes internacionais com

necessidades de centralização e harmonização das suas propostas de valor;

Consolidação da atividade de operadores de Independent ATM Deployment,

com presença relevante em pontos de grande tráfego de turistas, com foco

em captar receita proveniente de transações com cartões internacionais.

Estes desenvolvimentos de mercado que têm criado alterações substanciais na

operação das instituições de pagamentos, têm sido acompanhados pela SIBS que se

tem preparado para responder de forma cabal e imperativa a estes desafios.

Desta forma, a SIBS vai continuar a inovar através de soluções tecnológicas capazes

de assegurar as necessidades cada vez mais distintas e sofisticadas de todos os

agentes económicos, tal como tem feito ao longo dos mais de 30 anos da sua história.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 16

Atividade SIBS em 2019

Atividade de processamento e gestão de rede

Em 2019, a SIBS processou mais de 3,8 mil milhões de transações, um crescimento a

rondar os 12% face a 2018. Durante o exercício, o processamento da rede

MULTIBANCO aumentou marginalmente a sua preponderância (+1 p.p.),

representando 85% do total das transações processadas, com a restante quota a ser

preenchida pelos outros subsistemas do Sistema de Compensação Interbancária

(SICOI) – com 12% do volume – e os restantes 3% por outros sistemas internacionais

ou de redes internas domésticas.

Evolução e perfil global das transações na rede MULTIBANCO

Analisando em detalhe a transacionalidade da rede MULTIBANCO, observamos um

crescimento a um ritmo elevado em 2019, tendo o volume aumentado 12% em

relação a 2018, cifrando-se em mais em 3,2 mil milhões de transações.

Todos os canais continuam a apresentar uma tendência de crescimento positiva,

excetuando a rede de Caixas Automáticos que viu o seu volume reduzido em 1% face

ao ano transato o que, dado o crescimento elevado dos restantes canais, fez baixar

a preponderância do desse mesmo canal para valores abaixo dos 30% do total da

Rede MULTIBANCO. De realçar também o crescimento das transações no canal TPA,

que se materializou no terceiro ano consecutivo como o canal mais relevante da

Figura 1

Número de operações processadas pela SIBS Milhões

13%

20182017 2019

3.166

3.454

3.862

2%

3%

84%

3%

84%

13%

85%

12%

+12%

Outros SistemasSICOIRede MULTIBANCO

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 17

Rede MULTIBANCO. Este canal teve um crescimento de 10% do número de

transações.

Os restantes canais têm demonstrado ser cada vez mais relevantes na esfera da SIBS,

representando em conjunto cerca de um terço do total de transações processadas

na Rede MULTIBANCO.

Em relação ao valor transacionado, continua a observar-se a substituição dos

pagamentos em numerário, analisados pelos levantamentos em canal CA

MULTIBANCO, por outros meios de pagamento eletrónicos. Apesar disso, o canal CA

continua a representar o canal com maior valor transacionado, com 73 mil milhões

de euros movimentados (um valor superior ao de 2018 em 4 mil milhões de euros),

dos quais se destacam as operações de levantamento e transferências.

O canal de TPA mantém o segundo lugar na tabela de canais mais preponderantes a

nível de valor, com cerca de cerca de 49 mil milhões de euros movimentados.

Tabela 1

Transações realizadas na Rede MULTIBANCO de 2018 a 2019 Milhares de Euros

O dia 23 de dezembro foi o dia com maior número de transações processadas pela

SIBS na Rede MULTIBANCO. Nesse dia, a rede de CA processou um total de 3,3

milhões de transações, com o pico horário a ocorrer entre as 11 e as 12 horas (325

mil transações), e a rede de TPA processou um total de 6 milhões de transações,

com o pico horário a ser atingido entre as 17 e as 18 horas (548 mil transações).

Nº Valor Nº Valor Nº Valor

CA MULTIBANCO 888.830 73.154.404 901.790 69.034.988 -1% 6%

TPA MULTIBANCO 1.289.265 49.298.135 1.168.920 45.568.265 10% 8%

Outros 1.091.126 41.802.626 843.486 33.943.599 29% 23%

Total 3.269.222 164.255.165 2.914.196 148.546.851 12,2% 10,6%

Variação2019 2018

Figura 2

Número de operações processadas na Rede MULTIBANCO Milhões

40%

34%

26%

40%

2017

31%

29%

2018

27%

39%

33%

2019

2.672

2.914

3.269

+12%

CA MULTIBANCO Outras operaçõesTPA MULTIBANCO

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 18

Figura 3

Número de operações por hora realizadas no dia 23 de dezembro 2019 Milhares

Analisando o parque de terminais que integram a rede MULTIBANCO, tem-se

assistido a uma evolução expressiva do número de TPA nos últimos 3 anos, com um

crescimento médio anual de 7% para um total de mais de 362 mil TPA no final de

2019, demonstrando o interesse dos consumidores em realizar pagamentos

eletrónicos e a resposta dos comerciantes a essa exigência.

Relativamente à rede de CA, 2019 demonstrou ser um ano de inversão de tendência,

tendo a rede crescido pela primeira vez desde 2010, ainda que marginalmente,

atingindo os 11,6 mil terminais.

O número de cartões parqueados na SIBS subiu para cerca de 23 milhões,

acompanhando a tendência dos anos anteriores.

325

548

3h

1h

2h

22h

17h

4h

5h

7h

8h

6h

9h

10h

11h

12h

13h

14h

15h

16h

18h

19h

20h

21h

23h

24h

CA TPA

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 19

Figura 4

Terminais e cartões

Relativamente ao MB WAY, o ano de 2019 continuou a ser de elevado crescimento

para a solução desenvolvida pela SIBS. No final de 2019, o número de utilizadores

ascendeu a 2,1 milhões, crescendo 86% em relação ao ano anterior, o que é

demonstrativo da relevância deste serviço a nível nacional. Também durante este

período um numero significativo de bancos passaram a disponibilizar o MB WAY

também nas suas apps, aumentando a conveniência e abrangência do serviço para

os seus clientes.

Apesar do rápido crescimento de utilizadores únicos observado durante 2019, o ritmo

de utilização cresceu a uma velocidade bastante superior - 2019 registou quase o

triplo das operações de 2018 - consolidando o MB WAY como um dos métodos de

pagamento mais relevantes do sistema de pagamentos nacional e, certamente, um

dos com crescimento mais expressivo. Este elevado crescimento representou mais

181 p.p. face ao período homólogo, demonstrando a predisposição dos portugueses

em substituir os pagamentos eletrónicos tradicionais por operações digitais através

do MB WAY.

Evolução e perfil global das transações SEPA e outros instrumentos

Complementarmente, a SIBS processa transações de outros instrumentos, incluindo

transações SEPA, que em 2019 atingiram um volume total de 464 milhões de

transações e um valor de 2,3 mil milhões de euros. Desta forma, foi observado um

aumento do número de operações realizadas (+ 4.3 p.p. face a 2018), dando

continuidade à tendência de crescimento do ano anterior, e um aumento de valor,

contrapondo a tendência de decréscimo desde 2016.

Relativamente à utilização de Cheques e Efeitos (letras) desde 2000 que estes

instrumentos têm vindo a decrescer, tendo estes alcançado em 2019 novos mínimos

históricos, tanto em número como em valor.

20,7

2017

23,1

2018 2019

22,0

CAGR +5,5%

Cartões

Milhões

CA MULTIBANCO

20192017 2018

11.823 11.64611.570

CAGR -0,8%

TPA MULTIBANCO

2017 2018

344.208

2019

317.135362.322

CAGR +6,9%

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 20

Em sentido inverso, os volumes de SEPA DD e SEPA CT têm continuado a aumentar,

com um crescimento de 2018 para 2019 na ordem dos 10% e 6% em valor,

respetivamente, sendo as operações mais representativas em número absoluto.

Respetivamente às operações do TARGET2, observou-se um aumento de 1,3% em

valor e uma variação em sentido inverso do número de operações, diminuíram 22%.

Tabela 2

Operações SEPA e outros instrumentos de 2018 a 2019 Milhares

Nº Valor Nº Valor Nº Valor

TARGET 2 1.970 1.836.497.811 2.527 1.813.332.856 -22,1% 1,3%

SEPA CT SIBS 165.342 269.283.727 155.857 248.190.525 6,1% 8,5%

SEPA2 SCT 35.434 157.924.891 30.838 140.767.764 14,9% 12,2%

Cheques 24.619 22.020.344 29.909 50.956.389 -17,7% -56,8%

SEPA DD 233.259 36.456.399 224.873 34.348.345 3,7% 6,1%

Efeitos 113 1.107.588 133 1.247.356 -14,8% -11,2%

Outros 3.517 5.563.418 1.051 1.759.569 234,7% 216,2%

Total 464.254 2.328.854.179 445.188 2.290.602.805 4,3% 1,7%

2019 Variação2018

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 21

Principais desenvolvimentos na oferta para o mercado nacional

Seguidamente se destacam as evoluções de oferta em cada unidade de negócio da

atividade de processamento e gestão de rede.

Payments and Infrastructure

No contexto do acompanhamento das evoluções do mercado de pagamentos para os

clientes institucionais na banca e a adequação da oferta para evoluções ou novos

produtos e serviços, registaram-se vários desenvolvimentos relevantes.

Na sequência de convénio entre Union Pay e a SIBS, arrancou em abril a

emissão de cartões de crédito e débito Union Pay pela SIBS, bem como o

processamento direto com este sistema de operações de cartões desta

marca, sendo o primeiro processador europeu a fazê-lo sem recurso a

processadores intermediários. A SIBS criou a infraestrutura necessária para

que os bancos emissores com presença na Rede MULTIBANCO pudessem

emitir cartões sob o sistema de pagamentos Union Pay e para que a SIBS

pudesse processar as transações com tais cartões, à semelhança do que já

acontece com outros sistemas de pagamentos nacionais e internacionais. Em

abril iniciou a operação do primeiro Banco Emissor com a marca UnionPay,

sendo que esta capacidade está disponível para poder ser iniciada por outros

bancos.

Este projeto sucede à criação da infraestrutura de aceitação de pagamentos

com cartões UnionPay na Rede MULTIBANCO, em 2016, que conta já com 4

acquirers a operar.

Arranque do serviço Descontos MULTIBANCO, solução pioneira para o

mercado da fidelização. Esta solução está disponível para os promotores de

programas de fidelização, permitindo que os utilizadores e aderentes

acumulem benefícios sempre que fizerem compras nos terminais da Rede

MULTIBANCO nos comerciantes integrantes desses programas, de forma

imediata, simples, cómoda e prática.

Ajustamento aos serviços de carregamento de títulos de transporte em

ATM, ajustando-os aos novos passes criados em abril de 2019.

Assegurada mais uma migração técnica de serviços de pagamentos no

contexto da fusão da operação de duas instituições financeiras, sem

perturbação nos serviços, abrangendo emissão de cartões e processamento

das respetivas operações, bem como os serviços SEPA Direct Debits e SEPA

Credit Transfers.

Tendo por objetivo o cumprimento dos normativos legais e regulatórios, bem como

adequação a schemes internacionais, foram ainda alcançados os seguintes

resultados:

No contexto da evolução do sistema 3D Secure (protocolo que confere

maiores níveis de segurança nas compras online) para a versão 2.1, indo ao

encontro de novos requisitos dos sistemas de pagamentos internacionais e

prevendo evoluções a nível de interface com utilizadores, foi lançada em

novembro, após certificação com sistemas de pagamento internacionais, a

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 22

nova solução das vertente emissão e ACS, e disponibilizada solução para

secure customer authentication baseada em SDK da app MB WAY, que os

emissores poderão usar como ferramenta de autenticação forte para os seus

clientes. Em paralelo prossegue a preparação da vertente acquiring

(aceitação de transações em e-commerce), que abrange também a

adequação da Digital Payments Gateway.

Adaptação às releases de sistemas de pagamentos internacionais,

assegurando a adequação do processamento das transações com marcas

internacionais de acordo com as respetivas normas.

Implementação de alterações anuais nos serviços SEPA CT e DD, AT2 e no

novo serviço IPS - Instant payments, com origem no Banco de Portugal e

no European Payments Council, a que se juntaram evoluções acordadas com

a comunidade bancária.

No SWIFT Service Bureau da SIBS registaram-se dois importantes upgrades:

o Novo pacote de segurança SIPv3, implementando-se cifra forte nas

várias componentes de comunicação (entre clientes e Service

Bureau, e entre a infraestrutura do Service Bureau e os serviços AT2,

Portal de Estatísticas SWIFT e SEPA).

o Implementação dos novos standards SWIFT 2019 e da release da

SWIFT Alliance Access (SAA) 7.3 na ligação das instituições de

crédito ao SWIFT Services da SIBS, de maneira a continuarem a

poder trocar mensagens financeiras com as respetivas contrapartes

a partir de novembro de 2019.

Digital e e-commerce

No contexto de preparação de produtos digitais e inovadores direcionados para

clientes empresa não banca e consumidores finais, elencam-se de seguida os

principais resultados.

Lançamento do SIBS API Market, primeira plataforma nacional de Open API

que conta com 24 entidades financeiras de referência associadas, dando

acesso a 95% das contas bancárias. Esta plataforma permite que sejam

lançados novos serviços e modelos de negócio, impulsionando o ecossistema

de pagamentos e serviços financeiros. A nova oferta da SIBS surge da

oportunidade gerada pela necessidade de disponibilizar aos bancos

aderentes, de forma eficiente, uma plataforma que permitisse corresponder

às exigências da DSP2 (Diretiva de Serviços de Pagamento da União

Europeia). A DSP2, que entrou em vigor em setembro de 2019, torna

obrigatória a possibilidade de acesso por terceiras entidades (TPPs) às

contas bancárias de pagamento disponíveis nos canais online, tendo os

bancos de criar condições para disponibilizar a estas entidades o acesso às

contas para consultas e iniciação de operações de pagamentos.

Entre as APIs disponibilizadas encontram-se APIs de iniciação de pagamentos

(SEPA, SWIFT, Instant Payments e Features MULTIBANCO), consulta de

saldos, consulta de movimentos e validação de fundos, Instant Payments, e

diversos serviços de valor acrescentado da rede Multibanco.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 23

Continuação do reforço da oferta do MB WAY, com a disponibilização de

funcionalidades como a possibilidade de realização de operações em ATM

sem cartão (recorrendo ao QR Code do MB WAY), nova operação “Ser

Solidário”, e possibilidade de associação de números de telemóvel

internacionais. Referência ainda para a implementação de nova versão da

app, com novo interface utilizador, e preparação do serviço para permitir

aos emissores disponibilizar as operações MB WAY nas suas próprias

aplicações móveis.

Disponibilização de novas funcionalidades na Digital Payments Gateway

(compra imediata, operações recorrentes) e possibilidade de matrícula de

comerciantes estrangeiros.

Monitorização Fraude

A nível de serviços de prevenção, deteção e investigação de fraude, arrancou a nova

oferta de monitorização de fraude para canais de online banking.

ATM Express & Network Management

No âmbito do serviço prestado nas redes ATM, POS (físico ou virtual) ou outras,

realçam-se os seguintes marcos:

Arranque de atualização da Rede CA Multibanco para suportar o sistema

operativo Windows 10, tendo em vista reforçar os níveis de segurança da

rede, alinhando com os standards mais exigentes. Trata-se de um projeto

que envolve a homologação da nova configuração dos ATMs, adaptação e

certificação da respetiva aplicação, e gestão de toda a logística de

upgrade/substituição de terminais na rede. No final de 2019 foi iniciado

piloto, num projeto que é dos pioneiros a nível mundial.

Adaptação da rede CA MULTIBANCO a novos modelo de ATM, indo ao

encontro de necessidades dos clientes e assegurando a constante

atualização do catálogo de ATMs disponíveis para instalação.

A rede ATM Express foi também preparada para aceitar novos modelos de

ATM. A nível de funcionalidades destaca-se a disponibilização do serviço

venda de vouchers eletrónicos, que está disponível na rede CA Multibanco

desde 2018, através do qual se disponibiliza aos cardholders um meio

simples, cómodo e seguro para adquirir Vouchers Eletrónicos (códigos) que

podem ser usados na compra de conteúdos digitais de vários fornecedores.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 24

Evoluções da infraestrutura de processamento e suporte

O ARCTIC, para além da continuidade enquanto projeto de transformação da

plataforma tecnológica, consolidou-se em 2019 como sistema de referência, tendo

atingido no final de 2019 mais de 85% do processamento total (ATM e POS) com

valores diários em pico de mais de 9 milhões de transações. Para estes marcos,

contribuiu o aumento substancial do parque POS a processar no novo sistema para

perto de 90% (a migração da rede ATM Multibanco encontra-se desde 2017 no nível

desejado, acima de 95% do parque), e também a inclusão progressiva de mais

operações a serem processadas, tais como operações com cartões internacionais,

Descontos Multibanco, Pagamentos à Segurança Social, Carregamento de

Telemóveis, operações com DCC, alteração de PIN, abertura de ATM com QR Code e

envio em tempo real ao sistema de monitorização de fraude de informação de

levantamentos e compras.

Para além das funcionalidades mencionadas, como plataforma de referência durante

2019 o ARCTIC continuou a endereçar novas necessidades de negócio.

Referência final para a implementação ao longo do ano de diversas medidas técnicas

para maior resiliência e robustez do novo sistema, para redução mais rápida de

consumos do sistema Legacy, e para uma maior eficiência na alocação do parque de

ATMs e POS aos dois sistemas de processamento que operam em simultâneo (solução

ativo-ativo).

Ainda no contexto de infraestruturas de suporte, foi iniciada a implementação do

novo sistema de faturação, que ao longo dos próximos anos irá progressivamente

abranger toda a faturação do grupo.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 25

Atividade de gestão do Scheme MB

Em termos globais, o scheme MB tem demonstrado um crescimento em termos de

transacionalidade desde 2015, atingindo em 2019 mais de mil milhões de transações,

o que representa um crescimento de 6,1% face a 2018.

Para este crescimento tem contribuído, essencialmente, o crescimento continuado

das compras MB, que apresentaram uma variação positiva de 10% face a 2018

atingindo cerca de 600 milhões de compras e que compensam um crescimento mais

contido dos levantamentos, mas ainda assim positivo.

Prestação de serviços de acquiring

O ano de 2019 ficou vincadamente marcado por duas iniciativas que permitem à SIBS

Pagamentos continuar a oferecer serviços distintivos nos Caixas Automáticos,

nomeadamente a disponibilização da operação de Consulta de Saldos às marcas

internacionais VISA, Mastercard e UPI e a conclusão do processo de adesão e

certificação como Principal Member Acquirer da UnionPay Internacional.

Alinhado com a tendência europeia de um ligeiro abrandamento no crescimento

económico, 2019 demonstra uma ligeira subida no número de operações (+1%),

apesar de uma ligeira descida de igual valor percentual nos volumes transacionados

( -1%).

Destacamos ainda a execução superior a 2 milhões de operações com recurso ao

serviço de Dynamic Currency Conversion (DCC). Este aumento de operações teve

uma importante contribuição do facto de a VISA ter alterado as suas regras na oferta

do serviço, alargando o universo existente aos cartões emitidos fora da Europa.

A aceitação de pagamentos por cartão foi lançada pela SIBS Pagamentos em

2018, tendo naturalmente crescido ao longo de 2019, ultrapassando os 1,3 milhões

de transações e atingindo um volume transacionado superior a 85 milhões de euros.

Ainda em 2019, a SIBS Pagamentos iniciou, junto das respetivas entidades detentoras

das marcas, os processos de certificação para a aceitação de pagamentos com

cartões emitidos por dois dos maiores sistemas de pagamentos internacionais – a

American Express e a UnionPay International – permitindo-lhe um alargamento na

aceitação das diversas marcas internacionais, fortalecendo deste modo um dos seus

principais objetivos, que é estar mais próxima das necessidades das entidades

financeiras suas parceiras e dos comerciantes.

Além da oferta de serviços e plataformas digitais e físicas, a atividade da SIBS

Pagamentos complementa a sua oferta com a aceitação de pagamentos em

Portagens, tanto para cartões de marca doméstica como para cartões de gasolineiras

e de frota.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 26

Atividades no mercado internacional

Principais desenvolvimentos na oferta para o mercado internacional

Em 2019, manteve-se a tendência de anos anteriores de reforço da relevância dos

negócios internacionais no total dos negócios da SIBS, o que evidencia a consolidação

da estratégia internacional do Grupo.

Na Europa, o principal destaque é o mercado polaco, que se mantém como um dos

mercados de maior crescimento na Europa, e o processo de integração da PayTel e

respetiva consolidação no Grupo SIBS, após a sua compra em 2018. Em 2019, a PayTel

aumentou o seu parque de terminais em 30%, um dos crescimentos mais acentuados

do mercado, e terminou o ano com mais de 45.000 terminais instalados. O

crescimento no parque de terminais foi acompanhado de um crescimento ainda mais

significativo, superior a 50%, no número de transações processadas, que ultrapassou

em 2019 a marca dos 87M. Simultaneamente, foram desenvolvidas diversas

iniciativas de desenvolvimento de produto e de partilha de soluções tecnológicas

desenvolvidas pelo Grupo em Portugal, destacando-se a plataforma de prevenção e

deteção de fraude, que deixa a PayTel mais bem preparada para a prevenção e

deteção de fraude nos clientes atuais e para a entrada em novos segmentos de

clientes e sectores, onde é fundamental um serviço de prevenção e deteção de

fraude de excelência. Estes resultados confirmam a estratégia de crescimento no

mercado europeu, com uma clara aposta no relevante mercado polaco.

Ainda no continente europeu, destacamos o desenvolvimento e evoluções na

atividade de processamento de ATMs, que continua a apresentar níveis de

resiliência, segurança e eficiência de referência.

Angola continuou a ser um mercado em destaque para a SIBS International ao longo

do ano 2019. Nesta geografia, foram executados com sucesso diversos projetos com

o processador interbancário local, um parceiro de longa data da SIBS. Entre os mais

relevantes, podem ser destacados a conclusão de um projeto disruptivo no sistema

de pagamentos angolano de uma solução gateway de pagamentos online, o

lançamento das transferências P2P e das compras online para a solução de

pagamentos móveis do país, o pagamento de serviços ao Estado Angolano e múltiplas

funcionalidades nos diversos canais de pagamentos, isto é, ATM, POS ou Mobile.

Na Nigéria, a plataforma EPMS disponibilizada à interbancária do país já processa

transações de mais de 400 mil terminais, +50% face a 2019 e um crescimento

transacional de 20% face a 2018 - claros sinais do potencial deste mercado.

Na Argélia, apesar da instabilidade política no país, 2019 foi um ano de consolidação

do negócio, continuando a solução da SIBS a destacar-se da concorrência no

panorama daquele país.

Em Timor-Leste, 2019 voltou a ser um ano de sucessos, tendo a equipa da SIBS

suportado o processo de integração de mais um banco no sistema da interbancária

local - iniciativa do Banco Central -, contribuindo de forma significativa para o

acesso da população Timorense aos serviços disponibilizados pela solução SIBS.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 27

Em São Tomé e Príncipe, após alguns projetos de consultoria de apoio e formação

para potenciar o desenvolvimento do sistema de pagamentos São Tomense, 2019 foi

um ano marcante pelo arranque do projeto de revamping do sistema de pagamentos

eletrónicos deste país, com o arranque de um projeto de colaboração entre a SIBS,

a interbancária local e os restantes operadores deste mercado que levará à adoção

da solução EPMS como a plataforma de processamento interbancário nacional.

Soluções de outsourcing de processos de negócio

Como tem vindo a ser destacado como base importante da sua linha de receitas ao

longos dos últimos anos, a SIBS Processos tem de continuar a contrariar uma

tendência natural da redução do produto cheques, efeitos e cheques pré-datados.

Para isso, a empresa tem vindo a diversificar para novos produtos e serviços e, em

simultâneo, para novos clientes fora do setor bancário.

O mercado de BPO continuou a evolução descrita nos últimos anos, acompanhando

o ciclo económico positivo que se vive. Com uma dose elevada de tecnologia de

transformação e automação, onde a SIBS Processos atua e que designamos de BTO,

Business Transformation Outsourcing, é um segmento mais exclusivo, mas

competitivo. Há uma competição entre empresas do setor pelos clientes e há uma

competição crescente por pessoas e seus talentos, sejam operacionais ou gestão.

Acresce que muitas empresas internacionais estabeleceram em Portugal os seus

centros de serviços partilhados, com consequências naturais no nível salarial, que

acresce à pressão dos aumentos continuados do salário mínimo, que inevitavelmente

é uma referência para o setor. A pressão sobre as margens continua elevada, com

muitos dos clientes a resistirem a fazer atualizações de preços relevantes, ficando

um desafio permanente de eficiência a endereçar.

Esse é um pano de fundo das tendências em que a SIBS Processos tem atuado e que

não há sinais de mudanças significativas nos próximos tempos, sendo a resposta

estrutural uma aposta permanente em complementar a tecnologia com uma gestão

eficiente das operações, valorizando cada vez mais as suas pessoas.

Destacamos que em 2019 o produto camara de penhoras. Recordamos que este

serviço envolve uma quantidade e complexidade de regras que as penhoras e outras

figuras similares envolvem, e que incorpora tecnologia intensiva de integração com

entidades externas como a Autoridade Tributária, Segurança Social e outras, com

grande poder de processamento e automação e, quando necessário, distribuição e

controlo de trabalho automatizado das filas de trabalho manual.

No final de 2019 foi inaugurado em Castelo Branco mais um edifício, contíguo ao

atual, representando um importante crescimento de capacidade, direcionada

eminentemente para serviços bancários. Seja por crescimento orgânico, seja por

transferência de serviços de Alfragide, em 2020 vai-se assistir progressivamente à

ocupação do novo espaço, que tem valências e qualidade superior.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 28

Em 2019 foi igualmente importante o amadurecimento da solução de abertura de

contas tanto para a solução empresas como onboarding. Esta é uma solução que visa

tornar mais eficiente e rápido o processo, bem como trazer elevados níveis de

controlo operacional no processo que é bastante regulado e envolve bastantes

validações e integrações de análise de risco.

Fora do setor bancário, damos nota de novas atividades na área de retalho com uma

nova linha de serviço, nomeadamente na área de digitalização de processos.

Finalmente, não deixamos de destacar que há uma agenda permanente de

investigação de novos serviços e oportunidades que nos motiva sempre na procura

de diversificação e crescimento.

Produção de cartões

Na SIBS Cartões, o ano de 2019 foi focado na estabilização da operação de

personalização de cartões através do desenvolvimento e introdução de melhorias

operacionais que permitam dar resposta aos futuros desafios de mercado.

Durante este ano foi desenvolvido e implementado um projeto de dotação da linha

de produção de cartões da capacidade de produzir cartões com chip de contacto

(linha de embedding de chips). Esta nova valência permite à firma total autonomia

no fornecimento de smart cards, bancários e não bancários, com tecnologias de

contacto e dual interface.

De modo a tirar partido do investimento realizado na linha de colocação de chips

foi, ainda durante 2019, obtida a certificação VISA de fabricante de cartões e

implante de chips, tendo os primeiros cartões VISA sido inteiramente fabricados pela

SIBS Cartões em dezembro de 2019.

Seguindo as regras definidas pelo esquema doméstico MB, foi obtida a certificação

de personalizador MB sendo, até ao momento, a SIBS Cartões o único personalizador

certificado MB.

Seguindo os princípios de sustentabilidade do grupo SIBS, foram lançados cartões

feitos a partir de PVC degradável que, quando deixados num composto orgânico, se

degradam naturalmente.

No sector bancário, salienta-se a redução na quantidade de cartões personalizados

(cerca de 6,1%) que se deveu ainda à redução de atividade com alguns clientes

importantes iniciada em 2018, mas que foi parcialmente compensada com o

aumento na venda de plástico (cerca de 19,8%), refletindo assim a reconquista da

relação com clientes chave perdida entre 2017 e 2018. Este aumento na venda de

plástico terá impacto na personalização durante 2020.

Assistimos a uma redução global das margens do sector, com especial impacto na

revenda de plástico, fruto do aumento de competitividade provocado, em parte,

pela entrada de um novo player no fornecimento de cartões que iniciou também

operações de personalização na segunda metade do ano.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 29

A SIBS Cartões manteve a certificação, enquanto personalizador, de quatro marcas

internacionais, VISA, Mastercard, Union Pay International e American Express, e da

única marca nacional, MB, de acordo com os rigorosos critérios de garantia de

segurança física e lógica impostos pelas regras de certificação destas marcas – PCI

CP.

Foi, uma vez mais, renovada com êxito a certificação ISO 9001:2008, que atesta o

compromisso da empresa em prestar serviços de qualidade aos seus clientes, dentro

das mais estritas regras de segurança.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 30

Recursos humanos do Grupo SIBS

Os últimos anos têm vindo a ser desafiantes face à mudança e transformação

constantes com que se depara o negócio do Grupo SIBS. O foco tem sido em atuar

no alinhamento entre a estratégia e respetivos objetivos, assegurando as expetativas

dos colaboradores através de uma estrutura dividida em diferentes áreas de

especialidade de RH, que contou em 2019 com a criação de uma função de caráter

mais generalista, o HR Business Partner, que assegura uma maior proximidade com

a estrutura organizacional e um maior conhecimento da realidade e das

necessidades das várias áreas operacionais.

Diariamente, procuramos ter um papel ativo na gestão global e na promoção do

desenvolvimento transversal dos Recursos Humanos, em todas as suas áreas de

negócio e geografias em que desenvolvem a sua atividade.

Figura 7

Número de empregados (final de ano)

Também nestes últimos anos, temos assistido a um aumento do número de

colaboradores alinhado com o contexto em geral que nos direciona para uma maior

abertura nas nossas áreas de atuação. O surgimento de novas skills e conhecimentos,

que nos permitem dar resposta a novas necessidades, competências e desafios,

decorrentes principalmente da atual transformação digital.

Em 2019, o Grupo SIBS continuou a apostar no talento jovem através da dinamização

do seu Programa de Trainees START assim como na criação de uma Academia de IT,

que permite a disseminação de conhecimento e fomenta o desenvolvimento de

competências core na organização. A par disso, apostamos no recrutamento de

novos perfis e skills fundamentais para o desenvolvimento de novas áreas de negócio

e consolidação das atuais.

56%57% 54%

44%

43% 46%

815

959 991

2017 2018 2019

Mulheres

Homens

Crescimento anual 18% 3%

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 31

Atrair, reter e desenvolver o talento, em condições que promovam a inovação, a

colaboração e um verdadeiro sentimento de orgulho por parte dos nossos

colaboradores, é o grande objetivo da SIBS em matéria de gestão de pessoas.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 32

Análise Financeira

Ganhos operacionais consolidados

Os ganhos operacionais consolidados ascenderam a 224,9 milhões de Euros,

verificando-se um acréscimo de 16% face a 2018.

Tabela 3 – Evolução dos ganhos operacionais consolidados

O aumento nos ganhos operacionais do Grupo resulta da combinação dos seguintes

fatores:

Aumento de cerca de 6,0 milhões de Euros nas vendas, resulta

essencialmente:

o Acréscimo do volume de negócios com a venda de CA-MB, em 2,7 milhões de Euros, refletindo um aumento de 23% face ao ano anterior do número de máquinas vendidas, 780 em 2019 e 634 em 2018, em virtude da diretiva legal sobre a instalação dos sistemas de tintagem;

o Acréscimo na venda de cartões em cerca de 0,3 milhões de Euros face ao ano anterior;

o Acréscimo na venda de e-vouchers em cerca de 2,7 milhões de Euros, da participada PayTel integrada em julho de 2018.

Aumento de cerca de 24,7 milhões de Euros na Prestação de serviços resulta,

essencialmente, do aumento de atividade transacional, de gestão de rede e

Acquiring, na qual tem particular relevância o contributo da PayTel.

Aumento de cerca de 0,8 milhões de Euros nos outros ganhos operacionais,

rubrica que inclui 4,5 milhões de Euros de trabalhos para a própria empresa,

registando um acréscimo de 0,7 milhões de euros face ao ano 2018, reflete

o custo dos recursos internos dedicados ao desenvolvimento de novos

produtos e serviços (ver Nota 25 do anexo às demonstrações financeiras).

2019 2018 Var. Abs. Var. %

Total 224.917 193.372 31.545 16%

Vendas 23.116 17.155 5.961 35%

Prestação de serviços 190.273 165.529 24.744 15%

Pagamentos, segurança e soluções software 64.300 65.780 -1.480 -2%

Gestão de rede 65.961 55.153 10.808 20%

Outros serviços de pagamentos 44.411 29.589 14.822 50%

Personalização de cartões 5.978 5.990 -12 0%

Outsourcing de processos de negócio 16.465 15.729 737 5%

Descontos e abatimentos -6.842 -6.711 -131 -2%

Outros ganhos operacionais 11.528 10.688 839 8%

Em milhares de Euros

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 33

Gastos operacionais consolidados

Os gastos operacionais consolidados atingiram cerca de 183,2 milhões de Euros,

representando um acréscimo de cerca de 13% face ao ano anterior.

Tabela 4 – Evolução dos gastos operacionais consolidados

Contribuíram para a evolução dos gastos operacionais os seguintes fatores:

Fornecimentos e serviços externos aumentaram 9,4 milhões de Euros, por

via da conjugação dos seguintes fatores:

o Aumento da rubrica de comissões Interbancárias no montante de 4,3

milhões de Euros. O incremento desta rubrica pelo crescimento da

atividade e pela incorporação da PayTel em julho de 2018 (cerca de

3,1 milhões de Euros);

o Aumento na rubrica de infraestrutura tecnológica e comunicações

em cerca de 0,9 milhões de Euros, essencialmente devido ao

acréscimo com o licenciamento e manutenção dos sistemas de

processamento de transações;

o Aumento na rubrica de manutenção CA-MB no montante de 0,4

milhões de Euros resultado do aumento dos serviços de logística;

o Aumento na rubrica de trabalhos especializados em 4,0 milhões de

Euros, relativo ao desenvolvimento e manutenção dos sistemas

transacionais que suportam os produtos e serviços do Grupo;

2019 2018 Var. Abs. Var. %

Total 183.151 162.019 21.132 13%

Custo das vendas 19.798 14.643 5.155 35%

Fornecimentos e serviços externos 99.195 89.752 9.443 11%

Comissões Interbancárias 36.847 32.595 4.252 13%

Infraestrutura tecnológica e comunicações 17.703 16.779 924 6%

Manutenção CA-MB 12.267 11.876 391 3%

Trabalhos especializados 23.435 19.419 4.017 21%

Alugueres de instalações e outros alugueres 1.869 2.271 -402 -18%

Publicidade 2.175 1.831 344 19%

Outros 4.899 4.981 -82 -2%

Gastos com o pessoal 44.142 40.390 3.752 9%

Depreciações e amortizações 18.002 15.019 2.983 20%

Imparidades 1.842 396 1.447 -366%

Provisões -1.342 884 -2.225 -252%

Outros gastos operacionais 1.515 936 579 62%

Em milhares de Euros

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 34

o Aumento na rubrica de publicidade em cerca de 0,3 milhões de Euros

em virtude da continuação da promoção do MB WAY que resultou no

sucesso de mais de 2 milhões de aderentes à aplicação.

Aumento na rubrica de Gastos com pessoal diz respeito, essencialmente, ao

aumento de trabalhadores para o reforço das competências do Grupo e à

integração da PayTel em julho de 2018.

Resultados consolidados

O resultado operacional consolidado atingiu, em 31 de dezembro de 2019, a 41,8

milhões de Euros, um acréscimo de 33% face a 2018. A margem operacional

aumentou 2,4 p.p. relativamente a 2018, tendo atingido 18,6%.

O resultado líquido consolidado do exercício para o mesmo período atingiu os 31,1

milhões de Euros, um acréscimo de 25% face a 2018.

Tabela 5 – Evolução dos resultados consolidados

Investimentos consolidados

Os investimentos da rede empresarial SIBS atingiram, em 2019, cerca de 23,2

milhões de Euros.

Tabela 6 – Investimento bruto consolidado

2019 2018 Var. Abs. Var. %

Resultado operacional 41.766 31.353 10.413 33%

Resultados financeiros -750 -671 -79 -12%

Ganhos/perdas em associadas 995 1.471 -476 -32%

Outros ganhos e perdas 103 84 19 22%

Resultado antes de impostos 42.114 32.238 9.877 31%

Imposto sobre o rendimento -11.032 -7.455 -3.576 -48%

Resultado líquido consolidado do exerc íc io 31.082 24.782 6.300 25%

Em milhares de Euros

2019 2018 Var. Abs. Var. %

Total 23.240 24.095 -855 -4%

Investimentos em ativos fixos tangíveis 9.157 6.640 2.517 38%

Investimentos em ativos intangíveis 14.083 17.455 -3.372 -19%

Em milhares de Euros

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 35

Os investimentos efetuados decompõem-se, fundamentalmente, no seguinte:

Nos investimentos tangíveis, inclui-se fundamentalmente a aquisição de

equipamento informático de suporte ao processamento de transações,

hardware (servidores e processadores), e equipamentos de redes de

comunicação (switchs, bastidores).

Os investimentos incorpóreos dizem respeito, ao desenvolvimento de novos

produtos e plataformas transacionais, destacando-se a 3ª fase do projeto de

implementação da nova arquitetura de processamento (ARCTIC) e os

projetos de Instant Payments Solution, Open Banking API SIBS (SIBS API

Market), Digital Payments Gateway, Billing – novo sistema de faturação, 3D

Secure, Tokenização de cartões, CRM, Prevenção de Fraude em Online

Banking, Portal SIBS e evoluções MB WAY.

Ativo consolidado

O total de ativos atingiu 284,9 milhões de Euros, representando um aumento de

cerca de 41,0 milhões de Euros face a 2018.

Tabela 7 – Evolução do ativo consolidado

2019 2018 Var. Abs. Var. %

Total 284.879 243.883 40.995 17%

Ativos não correntes 165.085 150.089 14.996 10%

Existências 2.031 2.736 -706 -26%

Clientes 38.074 31.747 6.326 20%

Outros ativos correntes 39.185 25.199 13.986 56%

Disponibilidades 40.504 34.113 6.392 19%

Em milhares de Euros

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 36

Capital Próprio e Passivo consolidados

O total do Capital Próprio atingiu cerca de 161,3 milhões de Euros, representando

um aumento de 20% face ao período homólogo.

O total do Passivo atingiu cerca de 123,6 milhões de Euros, representando um

acréscimo de 13% face a 2018.

Tabela 8 – Evolução do Capital Próprio e Passivo Consolidados

2019 2018 Var. Abs. Var. %

Total 284.879 243.883 40.995 17%

Capital Próprio 161.317 134.308 27.009 20%

Capital social e reservas 130.235 109.526 20.709 19%

Resultado líquido 31.082 24.782 6.300 25%

Passivo 123.561 109.575 13.987 13%

Provisões 12.808 13.503 -695 -5%

Outros passivos não correntes 36.523 36.335 188 1%

Fornecedores 31.431 34.475 -3.045 -9%

Outros passivos correntes 42.800 25.262 17.538 69%

Em milhares de Euros

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 37

Considerações finais

A concretização dos objetivos do Grupo SIBS fica a dever-se à estreita colaboração

com um conjunto diverso de entidades, pelo que o Conselho de Administração

manifesta o seu agradecimento:

Aos Clientes e Acionistas do Grupo SIBS pela confiança demonstrada no atual

contexto económico;

Aos colaboradores do Grupo SIBS, que, pela sua colaboração, lealdade e

esforço, foram da maior importância no desenvolvimento da atividade e

renovação do Grupo;

Aos Fornecedores e Parceiros de negócio pela sua cooperação, empenho e

qualidade dos serviços prestados, que permite ao Grupo SIBS atingir os seus

objetivos estratégicos;

Aos Órgãos de Fiscalização, Supervisão e Autoridades Governamentais pelo

nosso reconhecimento pelo atento acompanhamento da atividade do Grupo

SIBS; e,

Às participadas da Rede Empresarial SIBS, pelo seu apoio constante através

de críticas e sugestões de progressão no nível de serviço, e a cujas

necessidades se procura corresponder da melhor forma.

Lisboa, 20 de abril de 2020

O Conselho de Administração

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02Demonstrações FinanceirasFinancial StatementsDémonstrations Financières

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 41

Demonstração da Posição Financeira Consolidada

SIBS SGPS, S.A.

Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1 1649-031 Lisboa

Nº Único de Matrícula na CRCL e Pessoa Coletiva 501 408 819 Capital Social 24 642 300€

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, em Euros

O anexo faz parte integrante desta demonstração.

Contabilista Certificado O Conselho de Administração

Sandra Bernardo

Posição financeira consolidada Notas

ATIVO

Ativos não correntes

Ativos fixos tangíveis 3 36.302.193 34.948.988

Ativos intangíveis 5 65.248.945 60.482.347

Ativos por direito de uso 6 1.483.235 -

Ativos financeiros disponíveis para venda 7 24.901.759 16.652.526

Investimentos em associadas 8 1.817.618 2.249.507

Goodwill 9 30.739.748 30.779.252

Ativos por impostos diferidos 10 4.451.228 4.808.373

Outros ativos 11 140.461 167.699

Total do ativo não corrente 165.085.187 150.088.692

Ativos correntes

Existências 12 2.030.632 2.736.166

Clientes 13 38.073.537 31.747.054

Outras contas a receber 14 32.715.732 16.616.830

Estado e outros entes públicos 15 1.079.280 1.131.285

Outros ativos 11 5.389.916 7.450.478

Caixa e seus equivalentes 16 40.504.422 34.112.746

Total do ativo corrente 119.793.519 93.794.559

Total do ativo 284.878.706 243.883.251

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 17 24.642.300 24.642.300

Ações próprias 17 (9.916.738) (9.916.738)

Prémios de emissão de ações 17 11.000.788 11.000.788

Reserva legal 17 13.444.488 13.444.488

Outras reservas 17 24.677.284 18.821.632

Resultados transitados 17 66.386.804 51.533.822

Resultado líquido consolidado do exercício 31.082.300 24.782.109

Total do capital próprio 161.317.226 134.308.401

PASSIVO

Passivos não correntes

Provisões 18 12.808.250 13.502.794

Fornecedores 19 3.717.637 254.309

Passivos por direito de uso 6 703.612 -

Passivos por impostos diferidos 10 4.717.443 2.202.749

Outros passivos 20 27.384.303 33.878.288

Total do passivos não corrente 49.331.245 49.838.140

Passivos correntes

Empréstimos obtidos 16 1.797.387 1.379.881

Fornecedores 19 31.430.570 34.475.092

Estado e outros entes públicos 15 6.607.590 4.083.363

Outras contas a pagar 22 3.213.039 3.408.179

Passivos por direito de uso 6 821.619 -

Outros passivos 23 30.360.030 16.390.195

Total do passivos corrente 74.230.235 59.736.710

Total do passivo 123.561.480 109.574.850

Total do Capital Próprio e do Passivo 284.878.706 243.883.251

2019 2018

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 42

Demonstração dos Resultados Consolidados

SIBS SGPS, S.A.

Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1 1649-031 Lisboa

Nº Único de Matrícula na CRCL e Pessoa Coletiva 501 408 819 Capital Social 24 642 300€

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, em Euros

O anexo faz parte integrante desta demonstração.

O Contabilista Certificado O Conselho de Administração

Sandra Bernardo

Demonstração dos resultados consolidados Notas 2019 2018

Vendas 24 23.115.819 17.154.761

Prestações de serviços 24 190.273.064 165.529.036

Outros rendimentos 25 11.527.845 10.688.415

Total de rendimentos operacionais 224.916.728 193.372.212

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 12 (19.797.679) (14.642.915)

Fornecimentos e serviços externos 26 (99.194.526) (89.751.806)

Gastos com o pessoal 27 (44.142.024) (40.389.852)

Depreciação e amortização de ativos [(gastos)/reversões] 3, 4, 5 e 6 (18.001.900) (15.019.374)

Imparidade de ativos não depreciáveis [(perdas)/reversões] 13 (1.842.193) (395.631)

Provisões [(aumentos)/reversões] 18 1.341.867 (883.622)

Outros gastos 28 (1.514.688) (936.053)

Total de gastos operacionais (183.151.143) (162.019.253)

Resultado operacional 41.765.585 31.352.959

Juros e rendimentos similares obtidos 29 936.746 690.722

Juros e gastos similares suportados 29 (1.686.828) (1.361.592)

Ganhos em ativos financeiros disponíveis para venda 26 25

Ganhos imputadas de empresas associadas 8 995.313 1.471.006

Rendimentos de instrumentos de capital 30 103.375 84.446

Resultado antes de impostos 42.114.217 32.237.566

Imposto sobre o rendimento do exercício 31 (11.031.917) (7.455.457)

Resultado líquido consolidado do exerc íc io 31.082.300 24.782.109

Resultado líquido por ação 17 6,71 5,35

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 43

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral

SIBS SGPS, S.A.

Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1 1649-031 Lisboa

Nº Único de Matrícula na CRCL e Pessoa Coletiva 501 408 819 Capital Social 24 642 300€

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, em Euros

O anexo faz parte integrante desta demonstração.

O Contabilista Certificado O Conselho de Administração

Sandra Bernardo

Demonstração consolidada do rendimento integral Notas 2019 2018

Resultado líquido consolidado do exercício 31.082.300 24.782.109

Outro rendimento integral do exercício:

Itens que não poderão vir a ser reclassificados para resultados:

Ganhos e (perdas) atuariais, líquido de efeito fiscal10 e 21 (592.637) (5.317.628)

Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados:

Variação da reserva de justo valor, líquido de efeito fiscal 7 e 10 6.391.000 2.254.201

Ajustamentos de conversão cambial de operações em moeda estrangeira 17 57.289 (262.346)

Rendimentos / (gastos) reconhecidos diretamente no capital próprio 5.855.652 (3.325.773)

Rendimento integral consolidado do exercício 36.937.952 21.456.336

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 44

Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio

SIBS SGPS, S.A.

Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1 1649-031 Lisboa

Nº Único de Matrícula na CRCL e Pessoa Coletiva 501 408 819 Capital Social 24 642 300€

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, em Euros

O anexo faz parte integrante desta demonstração.

O Contabilista Certificado O Conselho de Administração

Sandra Bernardo

Demonstração Consolidada de alterações

no Capital Próprio Notas Capital

Ações

próprias

Prémio

emissão de

ações

Reserva

legal

Outras

reservas

Resultados

transitados

Resultado

líquido

consolidado

do exercício

Capitais

próprios

Saldo em 31 de dezembro de 2017 24.642.300 (9.916.738) 11.000.788 13.444.488 22.147.405 33.958.599 24.574.289 119.851.131

Aplicação de resultados do exercício de 2017:

- Distribuição de dividendos 17 - - - - - - (7.003.467) (7.003.467)

- Incorporação em reultados transitados 17 - - - - - 17.570.822 (17.570.822) -

Variação da reserva de justo valor, líquido de efeito fiscal 7 - - - - 2.254.201 - - 2.254.201

Variação da equivalência patrimonial em empresas associadas 8 - - - - - 4.401 - 4.401

Ajustamentos de conversão cambial de operações

em moeda estrangeira- - - - (262.346) - - (262.346)

Resultado líquido consolidado do exercício - - - - - - 24.782.109 24.782.109

Desvios atuariais, líquido de efeito fiscal 10 e 21 - - - - (5.317.628) - - (5.317.628)

Saldo em 31 de dezembro de 2018 24.642.300 (9.916.738) 11.000.788 13.444.488 18.821.632 51.533.822 24.782.109 134.308.401

Aplicação de resultados do exercício de 2018:

- Distribuição de dividendos 17 - - - - - - (9.872.524) (9.872.524)

- Incorporação em reultados transitados 17 - - - - - 14.909.585 (14.909.585) -

Variação da reserva de justo valor, líquido de efeito fiscal 7 - - - - 6.391.000 - - 6.391.000

Variação da equivalência patrimonial em empresas associadas 8 - - - - - (56.603) - (56.603)

Ajustamentos de conversão cambial de operações

em moeda estrangeira- - - - 57.289 - - 57.289

Resultado líquido consolidado do exercício - - - - - - 31.082.300 31.082.300

Desvios atuariais, líquido de efeito fiscal 10 e 21 - - - - (592.637) - - (592.637)

Saldo em 31 de dezembro de 2019 24.642.300 (9.916.738) 11.000.788 13.444.488 24.677.284 66.386.804 31.082.300 161.317.226

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 45

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

SIBS SGPS, S.A.

Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1 1649-031 Lisboa

Nº Único de Matrícula na CRCL e Pessoa Coletiva 501 408 819 Capital Social 24 642 300€

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, em Euros

O anexo faz parte integrante desta demonstração.

O Contabilista Certificado O Conselho de Administração

Sandra Bernardo

Ano 2019

Notas 2019 2018

Atividades operac ionais

Recebimentos de clientes 219.034.767 210.470.385

Pagamentos a fornecedores (112.669.420) (129.281.859)

Pagamentos ao pessoal (40.888.590) (38.891.242)

Fluxo gerado pelas operações 65.476.757 42.297.284

Pagamento do imposto sobre o rendimento (7.360.830) (5.292.721)

Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à atividade operacional (23.635.036) 6.239.703

(30.995.866) 946.982

Fluxos das atividades operac ionais [ 1 ] 34.480.891 43.244.266

Atividades de investimento:

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (2.719) (7.473.715)

Outros investimentos financeiros (39.533) (1.328.813)

Ativos fixos tangíveis (8.447.386) (6.072.585)

Ativos intangíveis (9.543.421) (13.686.526)

Financiamentos concedidos (250.000) -

(18.283.059) (28.561.639)

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis 2.151.320 344.371

Investimentos financeiros - 16.014

Dividendos 8 e 30 1.473.998 1.439.541

3.625.318 1.799.926

Fluxos das atividades de investimento [ 2 ] (14.657.741) (26.761.713)

Atividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 403.804 419.144

Juros e rendimentos similares 409.907 369.864

813.711 789.008

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos (1.897.280) (1.198.017)

Juros e gastos similares (1.287.758) (1.357.473)

Direitos de uso 6 (926.478) -

Dividendos 17 (9.872.524) (7.003.467)

Outras operações de financiamento (261.145) (113.265)

(14.245.185) (9.672.222)

Fluxos das atividades de financiamento [ 3 ] (13.431.474) (8.883.214)

Variação de caixa e seus equivalentes [ 4 ] = [1] + [2] + [3] 6.391.676 7.599.339

Caixa e seus equivalentes no iníc io do exerc íc io 16 34.112.746 26.513.407

Caixa e seus equivalentes no fim do exerc íc io 16 40.504.422 34.112.746

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 46

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2019 e 2018

1. Nota Introdutória

A SIBS SGPS, S.A. (Sociedade ou SIBS SGPS) é uma sociedade anónima, com sede em

Lisboa, constituída em 30 de setembro de 1983 e que, desde 31 de março de 2011,

adotou a atual denominação social e passou a ter como objeto social a gestão das

participações sociais de outras sociedades como forma indireta de exercício de

atividades económicas.

A Sociedade detém participações no capital social das seguintes empresas do Grupo

SIBS (“Grupo”):

i) SIBS – Forward Payment Solutions, S.A. (SIBS FPS) constituída no exercício de

2000, e que, desde 31 de dezembro de 2010 ficou responsável pela atividade

de processamento e gestão de redes;

ii) SIBS Processos – Serviços Interbancários de Processamento, S.A. (SIBS

Processos), constituída em 2002, cujo objeto principal é a prestação de serviços

ligados à gestão e tratamento automático de informação relativa a formas,

sistemas ou operações de pagamento;

iii) SIBS Gest, S.A. (SIBS Gest), adquirida em 2003, e que tem como principal

objetivo a prestação de serviços nas áreas de gestão de edifícios, gestão

administrativa e financeira, gestão de recursos humanos, aprovisionamento e

logística. Os seus clientes são, essencialmente, as sociedades do Grupo SIBS;

iv) SIBS Cartões – Produção e Processamento de Cartões, S.A. (SIBS Cartões),

constituída em 2004, cujo objeto principal é a prestação de serviços de

produção e processamento de cartões utilizados em sistemas eletrónicos de

pagamentos;

v) SIBS MB, S.A. (SIBS MB), constituída em 2008, com o objetivo principal de

regulação, gestão e exploração do sistema de pagamentos MB ou do “Cartão

Multibanco”, incluindo a definição das regras de acesso ao mesmo e de todas

as condições do respetivo funcionamento;

vi) SIBS – International, S.A. (SIBS International), constituída em 2009, com o

objetivo principal de prestar serviços, com enfoque no mercado internacional,

ligados a sistemas eletrónicos de pagamentos e a sistemas eletrónicos de

transmissão e gestão de informação de dados. A SIBS International tem sucursais

em Angola e na Argélia e filiais na Nigéria e Polónia, tendo esta última adquirido

em 2018 55% do capital da PayTel;

vii) SIBS Pagamentos, S.A. (SIBS Pagamentos) constituída em 2011, com o objetivo

principal de prestar serviços de think-tank para os sistemas de pagamento em

Portugal e acquiring em CA MULTIBANCO; e

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 47

viii) Processos CB, S.A., constituída em fevereiro de 2014 e detida a 100% pela SIBS

Processos, com o objetivo de desenvolver a atividade de Call Center e serviços

de back office associados na sua unidade de Castelo Branco.

Adicionalmente, a Sociedade detém participações num conjunto de outras empresas

associadas, cuja informação é apresentada na Nota 8.

Em 31 de dezembro de 2019, as sociedades que integram o Grupo SIBS são as

seguintes:

Directa EfectivaCapitais

Próprios

Ativo

líquido

Resultado

líquido do

exercício

Capitais

Próprios

Ativo

líquido

Resultado

líquido do

exercício

Empresas do Grupo

SIBS SGPS Lisboa n/a n/a 102.246.447 147.541.753 10.472.367 97.403.334 134.894.662 12.937.501 n/a

SIBS FPS Lisboa 100% 100% 56.624.553 118.163.012 12.121.585 42.702.207 100.732.102 11.396.405 Integração global

SIBS Pagamentos Lisboa 100% 100% 22.984.093 33.207.775 16.505.001 15.979.092 22.770.422 9.771.768 Integração global

SIBS Processos Lisboa 100% 100% 8.967.125 11.496.304 710.082 8.757.043 10.864.674 1.198.420 Integração global

SIBS Cartões Lisboa 100% 100% 8.732.635 11.180.249 1.584.932 7.147.703 9.597.363 1.402.594 Integração global

SIBS International Lisboa 100% 100% 10.501.060 54.034.550 (261.768) 9.340.810 49.912.818 (122.002) Integração global

SIBS Gest Lisboa 100% 100% 21.103.014 24.477.938 118.829 21.529.853 24.556.941 451.920 Integração global

Processos CB Castelo Branco 100% 100% 697.600 1.567.523 632.693 373.078 1.094.302 308.171 Integração global

SIBS MB Lisboa 100% 100% 895.540 2.991.087 220.093 825.447 1.495.046 193.224 Integração global

Empresas Associadas

MULTICERT Lisboa 40% 40% 1.382.750 3.572.349 (82.017) 1.464.767 3.945.335 251.014 Equivalência patrimonial

VIA VERDE PORTUGAL Cascais 20% 20% 6.322.591 33.110.013 5.140.599 8.318.000 32.352.200 6.853.000 Equivalência patrimonial

Método de

consolidação/ RegistoDenominação social Sede

Participação 2019 2018

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 48

2. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2019, foram

aprovadas e autorizadas para emissão pelo Conselho de Administração.

As demonstrações financeiras consolidadas, apresentadas em Euros por esta ser a

moeda funcional do Grupo, foram preparadas com base no pressuposto da

continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das

empresas incluídas na consolidação, ajustados para dar cumprimento às disposições

das Normas Internacionais de Relato Financeiro ou International Accounting

Standards / International Financial Reporting Standards (IAS/IFRS), e respetivas

interpretações “IFRIC” emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretation Committee e Standing Interpretation Committee (SIC), de ora em

diante o conjunto daquelas normas será designado genericamente por “IFRS” tal

como adotadas pela União Europeia, conforme estabelecido pelo Regulamento (CE)

n.º 1606 / 2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho.

No cumprimento da IAS 1, o Conselho de Administração da SIBS declara que estas

demonstrações financeiras consolidadas e respetivo anexo cumprem as disposições

das IAS/IFRS tal como adotadas pela União Europeia.

O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade do Grupo operar

em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e

circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra, incluindo

acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras,

disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, e decorrente das

incertezas causadas pela Pandemia do novo coronavírus (COVID-19), declarada pela

Organização Mundial de Saúde (OMS) e que conduziu ao decreto de estado de

emergência pelo Presidente da República, e ao impacto da mesma na envolvente

económica e na atividade do Grupo, o Conselho de Administração entende que, o

Grupo tem as condições reunidas para continuar a sua atividade operacional,

cumprindo com os seus compromissos com terceiros, nomeadamente com os seus

clientes e fornecedores, pelo que o pressuposto da continuidade das operações,

utilizado na preparação das demonstrações financeiras do Grupo, em 31 de

dezembro de 2019, mantém-se apropriado, não havendo intenção de cessar as

atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da

continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.

Concentração de atividades empresariais

Em 19 de junho de 2018, a SIBS formalizou a compra da PayTel Spółka Akcyjna, uma

empresa polaca especializada em serviços de aceitação de cartão, reforçando assim

a presença num mercado importante para a sua estratégia de crescimento

internacional.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 49

A aquisição da PayTel vem permitir à SIBS acelerar a sua atividade na Polónia,

através de uma empresa com um footprint comercial relevante e grande potencial

de crescimento.

Criada em 2003, a PayTel, sediada em Varsóvia, é uma empresa de acquiring que

disponibiliza a aceitação de pagamentos de forma integrada, incluindo serviços de

processamento, fornecimento de TPA, gestão de redes e centros de atendimento ao

cliente. Com esta aquisição, a SIBS reforça a sua oferta e a sua presença no mercado

internacional, prosseguindo a sua estratégia de crescimento, e ladeando com os

principais processadores Europeus de pagamentos.

De acordo com o contrato de aquisição, a primeira parte ocorreu a 19 de junho de

2018, correspondendo a 55% do capital, pelo montante de 34.000.000 PLN

(7.774.627 Euros). Os restantes 45% adquiridos em 3 anos, sendo que o valor a pagar

depende da evolução de indicadores financeiros da participada. No exercício findo

em 31 de dezembro de 2019, foram adquiridos os 15% previstos no contrato.

Na sequência do processo de aquisição da PayTel, os valores das diferentes rubricas

de ativo e passivo, rendimentos e gastos, foram incluídos na demonstração da

posição financeira consolidada e na demonstração dos resultados consolidados, após

eliminação dos saldos e transações entre as mesmas.

À data de aquisição, a demonstração da posição financeira da PayTel era a seguinte:

Paytel à data

aquisiçãoAjustamentos Justo valor

Ativos fixos tangíveis (Nota 3) 6.037.763 - 6.037.763

Ativos intangíveis (Nota 5) 253.513 - 253.513

Ativos financeiros disponíveis para venda 15.751 - 15.751

Goodwill 44.168 - 44.168

Ativos por impostos diferidos (Nota 10) 1.061.012 (1.061.012) -

Outros ativos 220.889 - 220.889

Total ativo não corrente 7.633.096 (1.061.012) 6.572.084

Existências (Nota 12) 62.064 - 62.064

Clientes 2.484.286 - 2.484.286

Estado e outros entes públicos 69.974 - 69.974

Outros ativos 603.741 - 603.741

Caixa e seus equivalentes 129.930 - 129.930

Total ativo corrente 3.349.995 - 3.349.995

Total do ativo 10.983.091 (1.061.012) 9.922.079

Capital 9.556.611 - 9.556.611

Outras reservas (5.947) - (5.947)

Resultados transitados (8.656.502) - (8.656.502)

Resultado líquido consolidado do exercício 196.291 (1.061.012) (864.721)

Total do capital próprio atribuível aos acionistas da SIBS International 1.090.453 (1.061.012) 29.441

Total do Capital Próprio 1.090.453 (1.061.012) 29.441

Provisões (Nota 18) 87.680 - 87.680

Passivos por impostos diferidos (Nota 10) 706.454 - 706.454

Fornecedores 661.930 - 661.930

Total de passivos não correntes 1.456.063 - 1.456.063

Empréstimos e descobertos bancários 1.819.889 - 1.819.889

Fornecedores 6.538.423 - 6.538.423

Estado e outros entes públicos 48.669 - 48.669

Outros passivos 29.593 - 29.593

Total de passivos correntes 8.436.574 - 8.436.574

Total do Capital Próprio e do Passivo 10.983.091 (1.061.012) 9.922.079

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 50

A rubrica “Ativos fixos tangíveis” refere-se, essencialmente, a terminais de

pagamento.

A estimativa do valor a pagar para a aquisição dos restantes 45%, foi de 22.386.288

Euros. A fórmula de cálculo deste montante resulta de um conjunto de condições de

performance da PayTel, que ficaram definidas contratualmente entre as partes.

É convicção do Conselho de Administração que este montante não sofrerá alterações

significativas, sendo a melhor estimativa à data. Para aquisição da primeira parcela

de 15%, o Grupo tinha estimado não ter que pagar qualquer montante, o qual se

verificou pelo que o passivo não teve qualquer variação.

Decorrente desta aquisição, a diferença de compra apurada foi alocada na sua

totalidade a goodwill, em virtude de o Conselho de Administração do Grupo não ter

identificado até esta data diferenças significativas de justo valor face aos ativos

líquidos adquiridos, com exceção do registo dos impostos diferidos ativos relativos

a prejuízos fiscais registados à data da aquisição. Estes foram, na sua totalidade,

provisionados, dado haver dúvidas quanto à sua recuperação no período legalmente

aceite no mercado polaco. Desta forma, o cálculo do goodwill é conforme segue:

A demonstração dos resultados do período entre a data de aquisição e a data de

fecho (em Euros), era a seguinte:

Os impactos no rédito e no resultado líquido negativo consolidado do exercício do

Grupo, caso a compra tivesse sido realizada em 1 de janeiro de 2018, seriam de

14.826.379 Euros e 1.080.766 Euros, respetivamente.

O impacto decorrente da aquisição incluído na demonstração dos fluxos de caixa

consolidados foi o seguinte:

Valor pago pela aquisição dos 55% 7.774.627

Valor estimado para aquisição dos restantes 45% 22.386.288

30.160.915

Justo valor dos ativos líquidos adquiridos 29.441

Goodwill registado 30.131.474

Saldo em bancos 300.912

Valor pago na aquisição 7.774.627

Saldo líquido incluido nas atividades de investimento 7.473.715

Jun-Dez

Vendas 2.516.432

Prestações de serviços 4.332.869

Outros rendimentos 508.201

Total de rendimentos operacionais 7.357.501

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (2.531.005)

Fornecimentos e serviços externos (3.470.192)

Gastos com o pessoal (1.225.205)

Depreciação e amortizações de activos fixos (Gastos/reversões) (974.665)

Imparidade de activos não depreciáveis (perdas/reversões) 11.364

Provisões (aumentos/reversões) (17.181)

Outros gastos e perdas operacionais (410.631)

Total de gastos operacionais (8.617.516)

Resultado operacional (1.260.014)

Juros e rendimentos similares obtidos 20.349

Juros e gastos similares suportados (232.897)

Resultado antes de impostos (1.472.562)

Impostos sobre o rendimento do exercício 206.741

Resultado líquido do exerc íc io (1.265.821)

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 51

No exercício de 2019, o Grupo já consolidou 100% dos rendimentos e custos da

PayTel. Os principais valores relativos ao exercício de 2019 são conforme segue:

Principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras consolidadas do Grupo foram as seguintes:

a. Princípios de consolidação

O Grupo detém, direta e indiretamente, participações financeiras em empresas

filiais e associadas. São consideradas empresas filiais aquelas em que a Sociedade

detém o controlo ou o poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da

empresa. Empresas associadas são aquelas em que a Sociedade exerce, direta ou

indiretamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política

financeira, mas não detém o controlo da empresa. Como regra geral, presume-se

que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20%.

As demonstrações financeiras das empresas filiais são consolidadas pelo método de

integração global. As transações e os saldos entre as empresas cujas demonstrações

financeiras são objeto de integração global são eliminados no processo de

consolidação e o valor do capital, das reservas e dos resultados correspondente à

participação de terceiros nestas empresas é apresentado na rubrica “Interesses não

controlados”.

Sempre que aplicável, as demonstrações financeiras das empresas consolidadas são

ajustadas de forma a refletir a aplicação das políticas contabilísticas adotadas pela

Sociedade.

As diferenças de consolidação positivas – goodwill – correspondentes à diferença

positiva entre o custo de aquisição (incluindo despesas) e o justo valor líquido dos

ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis das empresas filiais na data

da primeira consolidação, são registadas como ativo e sujeitas a testes de

imparidade. No momento da venda de uma empresa filial, o saldo líquido do goodwill

é incluído na determinação da mais ou menos-valia gerada na venda.

As empresas associadas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial.

Segundo este método, o valor do investimento inicialmente reconhecido pelo custo

é ajustado pela alteração do valor dos capitais próprios da empresa associada, na

proporção detida pelo Grupo. O goodwill das empresas associadas é incluído no valor

da demonstração da posição financeira da participação. O valor da demonstração da

posição financeira das empresas associadas (incluindo goodwill) é sujeito a teste de

imparidade nos termos da IAS 36. Os dividendos recebidos destas empresas são

registados como uma diminuição do valor da demonstração da posição financeira do

investimento.

Ativo corrente 6.159.336

Ativo não corrente 10.559.225

Passivo corrente 9.148.028

Passivo não corrente 5.365.463

Rendimentos operacionais 20.514.813

Custos operacionais (19.999.757)

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 52

As diferenças de consolidação negativas – badwill – correspondentes à diferença

entre o custo de aquisição (incluindo despesas) e o justo valor líquido dos ativos,

passivos e passivos contingentes identificáveis das empresas filiais e associadas na

data da primeira consolidação são imediatamente reconhecidos em resultados.

O resultado consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos individuais da

SIBS e das empresas filiais e associadas, estes na proporção da participação efetiva

e do período de detenção respetivos após se efetuarem os ajustamentos de

consolidação, designadamente a eliminação de rendimentos e gastos gerados em

transações realizadas entre as empresas incluídas no perímetro de consolidação.

b. Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis são registados ao custo de aquisição (incluindo os custos

diretamente imputáveis à compra), deduzido das depreciações e perdas por

imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas

associadas ao seu uso são reconhecidos em gastos do exercício.

A depreciação destes ativos é calculada pelo método das quotas constantes, a partir

do mês em que se encontram disponíveis para utilização, sendo registada numa base

sistemática ao longo da vida útil do bem, estimada em função da sua utilidade

esperada.

As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas

úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 5 a 50 Equipamento básico 4 a 8 Equipamento de transporte 4 a 6 Ferramentas e utensílios 4 a 8 Equipamento administrativo 4 a 8 Outros ativos fixos tangíveis 4 a 8

c. Propriedade de investimento

As propriedades de investimento correspondem a imóveis detidos com o objetivo de

obtenção de rendimento através do arrendamento e/ou valorização, e não para

utilização no decurso da atividade corrente do Grupo SIBS.

As propriedades de investimento são registadas de acordo com o modelo do custo

previsto no IAS 40 – “Propriedades de investimento”, que corresponde ao custo de

aquisição acrescido das despesas de compra e registo de propriedade, deduzido das

depreciações e perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas

com base no método das quotas constantes e registadas em gastos do exercício numa

base sistemática ao longo do período de vida útil estimado (10 a 50 anos).

As rendas recebidas são reconhecidas como rendimentos no exercício a que dizem

respeito na rubrica “Outros rendimentos” da demonstração dos resultados

consolidados.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 53

d. Ativos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento

ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento da atividade do

Grupo. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de

amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como gastos do exercício numa base sistemática ao

longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período entre 3 e

10 anos.

As despesas com manutenção de software são contabilizadas como gasto do

exercício em que são incorridas.

As despesas internas incorridas pelo Grupo na formação dos ativos intangíveis, as

quais respeitam essencialmente a mão-de-obra e materiais, são objeto de

capitalização pelo respetivo gasto por contrapartida, essencialmente, da rubrica

“Gastos com o pessoal”, apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

(a) os ativos intangíveis desenvolvidos são identificáveis; (b) existe forte

probabilidade de que os ativos intangíveis venham a gerar benefícios económicos

futuros; e (c) os gastos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável. O

Grupo apresenta estes rendimentos na rubrica “Outros rendimentos”.

O Grupo apenas reconhece ativos gerados internamente quando os mesmos são

enquadrados na fase de desenvolvimento e fica evidenciado que geram benefícios

económicos futuros. O custo atribuído ao ativo intangível gerado internamente

compreende todos os custos diretamente atribuíveis necessários para criar, produzir

e preparar o ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pelo Grupo.

Para a formação deste custo não são consideradas as seguintes despesas:

a) os dispêndios com vendas, gastos administrativos e outros gastos gerais a menos que estes dispêndios possam ser diretamente atribuídos à preparação do ativo para uso;

b) ineficiências identificadas e perdas operacionais iniciais incorridas antes de o ativo atingir o desempenho planeado; e

c) dispêndios com a formação do pessoal para operar o ativo.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 54

e. Locações

No exercício findo em 31 de dezembro de 2019, o Grupo aplicou a IFRS 16 – Locações

e as emendas relacionadas que se encontram efetivas para exercícios iniciados em

ou após 1 de janeiro de 2019.

Politica aplicável desde 1 de janeiro de 2019

O Grupo avalia se um contrato contém ou não um ativo por direito de uso no início

do contrato. O Grupo reconhece um ativo por direito de uso e o correspondente

passivo por direito de uso em relação a todos os contratos de locação em que é

locatário, exceto locações de curto prazo (prazo de 12 meses ou inferior) e locações

de baixo valor (como computadores pessoais ou mobiliário de escritório). Para esses

contratos, o Grupo reconhece os gastos de locação numa base linear como um gasto

operacional.

O passivo por direito de uso é inicialmente mensurado pelo valor presente dos

pagamentos futuros de cada locação, descontados com base na taxa de juro

implícita da locação. Se essa taxa de juro implícita não for imediatamente

determinável, o Grupo utiliza sua taxa de juro incremental.

Os pagamentos da locação incluídos na mensuração do passivo por direito de uso

incluem:

Pagamentos fixos em substância da locação, líquidos de quaisquer incentivos associados à locação;

Pagamentos variáveis com base em índices ou taxas;

Expectativa de pagamentos relativos a garantias de valor residual; e

Penalidades de cláusulas de término ou renovações unilateralmente exercíveis

se for razoavelmente certo que o Grupo venha a exercer a opção de terminar ou renovar o prazo da locação.

O passivo por direito de uso é mensurado subsequentemente, aumentando por conta

do juro especializado (reconhecido na demonstração dos resultados), reduzindo

pelos pagamentos de locação efetuados. O seu valor contabilístico é remensurado

para refletir um eventual reassessment, quando exista uma modificação ou revisão

dos pagamentos fixos em substância.

O passivo por direito de uso é remensurado, sendo efetuado o correspondente ajuste

no ativo por direito de uso, relacionado, sempre que:

Ocorram eventos ou alterações significativas que estejam sob o controlo do locatário, no prazo da locação ou no direito de exercício da opção de compra em resultado de um evento significativo ou uma mudança nas circunstâncias. Nesse caso, o passivo por direito de uso é remensurado tendo por base os pagamentos atuais da locação, utilizando uma nova taxa de desconto;

Os pagamentos da locação sejam modificados devido a alterações num índice ou taxa ou uma alteração no pagamento esperado sob um valor residual garantido, caso em que a responsabilidade do locatário é remensurada, descontando o novo passivo de locação utilizando uma taxa de desconto inalterada (a menos que a alteração dos pagamentos da locação seja devida a uma alteração com base numa taxa de juro flutuante, caso em que é usada uma nova taxa de desconto);

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 55

Um contrato de locação seja modificado e a modificação da locação não seja contabilizada como uma locação separada. Nesse caso, o passivo por direito de uso é remensurado com base no prazo modificado da locação, descontando os novos pagamentos utilizando uma taxa de desconto apurada na data efetiva da modificação.

Os ativos por direito de uso correspondem à mensuração inicial do passivo de locação

correspondente, acrescida de pagamentos de locação antes ou na data de início da

locação e acrescida dos gastos diretos iniciais eventuais e deduzidos de eventuais

montantes recebidos. Os ativos por direito de uso são mensurados

subsequentemente ao custo deduzido de depreciações e imparidades acumuladas.

Sempre que o Grupo espere vir a incorrer em custos de desmantelamento do ativo

por direito de uso, ou em gastos com a reparação do local onde o mesmo se encontra

instalado ou do ativo subjacente à locação por via de condição exigida pelos termos

e condições do contrato de locação, é reconhecida uma provisão e mensurada de

acordo com a IAS 37. Os referidos gastos são incluídos no ativo por direito de uso

relacionado, na medida em que os gastos estejam relacionados com o mesmo.

Os ativos de direito de uso são depreciados pelo menor período de entre o prazo da

locação e a vida útil do ativo subjacente.

Nos casos em que um arrendamento transferir a propriedade do ativo subjacente ou

o preço do direito de uso refletir que o Grupo espera exercer uma opção de compra,

o ativo de direito de uso relacionado é depreciado durante a vida útil do ativo

subjacente. A depreciação inicia-se na data de início do contrato de locação.

Os ativos por direito de uso são apresentados como uma linha separada na

demonstração da posição financeira. O Grupo aplica a IAS 36 na determinação do

valor recuperável do ativo subjacente, sempre que necessário.

As parcelas de renda variável que não dependam de um índice ou de uma taxa não

são incluídas na mensuração do passivo e do ativo por direito de uso. Os respetivos

pagamentos são reconhecidos como um gasto operacional, na demonstração dos

resultados consolidados, no exercício a que dizem respeito.

A IFRS 16, através de um expediente prático, permite que, por classe de ativo, o

locatário não separe os componentes de locação dos que não são de locação que

possam estar previstos no mesmo contrato e, alternativamente, considere os

mesmos como um componente único do contrato. O Grupo utiliza o referido

expediente prático nos contratos de locação de viaturas. Para contratos que contêm

um componente de locação e um ou mais componentes que não sejam de locação,

o Grupo aloca a contraprestação no contrato a cada componente de locação com

base no preço independente de cada componente e no preço independente agregado

dos componentes da não locação.

A IFRS 16 estabelece um modelo global para a identificação de contratos de locação

e para o seu tratamento nas demonstrações financeiras de locadores e locatários. A

IFRS 16 substitui a IAS 17 - Locações e respetivas Interpretações, para os exercícios

que se iniciarem em ou após 1 de janeiro de 2019.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 56

O Grupo optou pelo modelo de transição retrospetivo modificado do IFRS 16, previsto

nos seus parágrafos IFRS 16:C3(b), C7 e C8. Consequentemente, o Grupo não irá

reexpressar a informação financeira comparativa, registando na data de transição o

passivo relativo às rendas futuras, e um ativo de igual montante.

Em contraste com a contabilização de locações para locatários, a IFRS 16 mantém

substancialmente os princípios de registo de locações para locadores anteriormente

previstos na IAS 17.

Impactos da nova definição de locação

O Grupo avaliou o expediente prático disponível na transição para IFRS 16 de não

reavaliar se um contrato é ou contém uma locação, tendo efetuado uma avaliação

global da nova definição e avaliado a totalidade de contratos por si celebrados ou

modificados antes de 1 de janeiro de 2019.

A alteração da definição de locação respeita essencialmente ao conceito de

controlo. A IFRS 16 distingue serviços de locações com base na existência ou não de

controlo na utilização de um ativo identificável por parte do cliente. Considera-se

existir controlo se o cliente tiver, cumulativamente:

O direito a obter substancialmente todos os benefícios económicos do uso de um ativo identificado específico; e

O direito a dirigir o uso desse ativo específico.

O Grupo aplicou a definição de locação estabelecida na IFRS 16 e respetivos guias

de aplicação a todos os contratos de locação por si celebrados, como locador ou

como locatário, incluindo em ou após 1 de janeiro de 2019.

O Grupo desenvolveu uma análise de implementação na preparação para a primeira

aplicação da IFRS 16. A análise demonstrou que a nova definição de locação prevista

na IFRS 16 não alterou significativamente o âmbito de contratos que cumprem a

definição de locação para o Grupo.

Impactos na contabilização como locatário

Locações operacionais

A IFRS 16 alterou a forma como o Grupo contabiliza as locações anteriormente

classificadas como operacionais à luz da IAS 17, as quais não eram registadas na

demonstração da posição financeira, sendo divulgadas no anexo como compromissos

assumidos não incluídos na demonstração da posição financeira.

Na aplicação inicial da IFRS 16, para todas as locações (exceto as abaixo referidas),

o Grupo:

a) reconheceu ativos de direitos de uso e passivos por direitos de uso na

demonstração da posição financeira, inicialmente mensurados ao valor presente

dos pagamentos futuros de cada locação;

b) reconheceu depreciações de ativos de direitos de uso e gastos financeiros sobre

passivos da locação na demonstração dos resultados por naturezas; e

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 57

c) separou o montante total pago entre capital e juros (apresentados como

atividades de financiamento) na demonstração dos fluxos de caixa.

De acordo com a IFRS 16, os ativos de direitos de uso serão testados por imparidade

de acordo com a IAS 36 - Imparidade de ativos. Este tratamento irá substituir o

anterior requisito de reconhecimento de uma provisão para contratos de locação

onerosos.

Para locações de curto prazo (prazo de 12 meses ou inferior) e locações de baixo

valor (como computadores pessoais ou mobiliário de escritório), o Grupo optou por

reconhecer um gasto de locação numa base linear como um gasto operacional,

conforme permitido pela IFRS 16.

Em 1 de janeiro de 2019, decorrente do modelo de transição adotado pelo Grupo e

referente aos contratos anteriormente classificados como locações operacionais de

viaturas, o Grupo reconheceu um ativo na rubrica “Ativos por direitos de uso” de,

aproximadamente, 1.726.000 Euros e um passivo por direito de uso na rubrica

“Passivos por direitos de uso” correspondente de igual montante (Nota 6), relativo

a contratos anteriormente classificados como locações operacionais.

Adicionalmente, o Grupo, no exercício findo em 31 de dezembro de 2019,

reconheceu um montante de depreciações sobre ativos de direito de uso de,

aproximadamente 874.400 Euros e gastos financeiros de, aproximadamente 94.000

Euros (Nota 6).

O Grupo apresentou os referidos montantes de forma autónoma na demonstração da

posição financeira na rubrica “Ativos por direito de uso” e o respetivo passivo na

rubrica “Passivos por direito de uso”.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2019, não foram reconhecidos gastos com

rendas variáveis relativas àqueles contratos.

Impactos na contabilização como locador

O Grupo não detém posições contratuais relevantes como locador, pelo que não

foram originados impactos significativos da adoção da IFRS 16 decorrentes de

contratos em que seja locador.

Outras divulgações relativas à adoção da IFRS 16

A taxa de financiamento incremental média aplicada pelo Grupo SIBS na

determinação dos passivos por direito de uso reconhecidos na demonstração da

posição financeira em 1 de janeiro de 2019 foi de 2,5%.

Politica aplicável antes de 1 de janeiro de 2019

Os contratos de locação são classificados como locações financeiras se

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos forem

transferidos para o locatário. Os restantes contratos de locação são classificados

como locações operacionais. A classificação das locações depende da substância do

contrato, independentemente da sua forma.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 58

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as

correspondentes responsabilidades para com o locador, são contabilizados pelo

método financeiro, de acordo com o plano financeiro contratual. Os juros incluídos

no valor das rendas e as depreciações do ativo fixo tangível são reconhecidos na

demonstração dos resultados e outro rendimento integral do exercício a que

respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas

como gasto na demonstração dos resultados, numa base linear durante o período do

contrato de locação.

f. Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros classificados como disponíveis para venda são avaliados ao

justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo

e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado ou estimado, os quais

permanecem registados ao custo.

Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor de ativos financeiros

disponíveis para venda são reconhecidos diretamente nos capitais próprios na

rubrica “Outras reservas”, líquidos de eventuais impostos diferidos, exceto no caso

de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de ativos monetários, que

são registados em resultados quando ocorrem. Quando o ativo é vendido, o ganho

ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é registado em resultados.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso das ações) são

registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo

com este critério, os dividendos antecipados são registados como rendimentos no

exercício em que é deliberada a sua distribuição.

g. Especialização de exercícios

O Grupo regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da

especialização de exercícios, pelo qual os rendimentos e gastos são reconhecidos à

medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou

pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes

receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de “Outros ativos” e “Outros

passivos”.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 59

h. Imposto sobre o rendimento

O Grupo encontra-se sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre

o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), no Estatuto dos Benefícios Fiscais e

demais legislação complementar.

Os impostos correntes são calculados com base nas taxas de imposto legalmente em

vigor em Portugal, correspondendo a uma taxa de 21% acrescida de derrama de 1,5%.

A derrama estadual é aplicável de acordo com os seguintes escalões de lucro

tributável: (i) entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros aplica-se a taxa de 3%, (ii)

entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros aplica-se a taxa de 5% e (iii) à parte do

lucro tributável superior a 35.000.000 Euros aplica-se a taxa de 9%.

A SIBS SGPS e as suas subsidiárias são tributadas em sede de IRC ao abrigo do Regime

Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), previsto no artigo 69º

do Código do IRC. No âmbito deste regime de tributação, é a SIBS SGPS, enquanto

sociedade dominante, que apresenta a declaração do grupo, na qual são agrupados

os resultados individuais das seguintes empresas subsidiárias: SIBS FPS, SIBS

Processos, SIBS Gest, SIBS Cartões, SIBS International, SIBS Pagamentos, Processos

CB e SIBS MB. O imposto correspondente à atividade do Grupo é refletido na

demonstração consolidada dos resultados.

O total dos impostos sobre o rendimento registados em resultados engloba os

impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual

difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos para determinação do lucro

tributável resultantes de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais,

ou que apenas serão considerados noutros exercícios.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar ou a pagar

em exercícios futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis

entre o valor da demonstração da posição financeira consolidada dos ativos e

passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as

diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos ativos só são

registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis

futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias

dedutíveis ou de prejuízos fiscais. Na data de cada demonstração da posição

financeira consolidada, é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias

subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por

impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as

condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos impostos diferidos

registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem

às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data da demonstração da

posição financeira consolidada.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 60

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados

consolidados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram

tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio. Nestes casos, o

correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio,

não afetando o resultado consolidado do exercício.

i. Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se

valorizadas ao menor do custo de aquisição ou valor realizável líquido.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos

estimados necessários para efetuar a venda. Nos casos em que o valor de custo é

superior ao valor líquido de realização, é registada uma imparidade (perda por

imparidade) pela respetiva diferença.

O método de custeio das saídas adotado é o custo médio ponderado.

j. Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos

valores em caixa e depósitos bancários, geralmente vencíveis a menos de três meses,

ou que possam ser imediatamente realizáveis com risco insignificante de alteração

de valor.

Na elaboração da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, são incluídos no

saldo de “Caixa e seus equivalentes” a totalidade das rubricas “Depósitos bancários”

e “Caixa”.

Os dividendos pagos são classificados como fluxos de caixa de financiamento dado

tratarem-se de um custo de obtenção de recursos financeiros.

k. Ações próprias

As ações próprias são registadas como uma dedução ao capital próprio pelo valor de

aquisição, não sendo sujeitas a reavaliação. O valor nominal das ações próprias

adquiridas é registado no âmbito da rubrica “Ações próprias - valor nominal” e a

rubrica “Ações próprias - descontos e prémios” é movimentada pela diferença entre

o custo de aquisição e o valor nominal. As mais e menos valias realizadas na venda

de ações próprias, bem como os respetivos impostos, são registadas diretamente em

capitais próprios, não afetando o resultado consolidado do exercício. O Grupo

mantem uma reserva indisponível no montante das ações próprias.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 61

l. Rédito

A IFRS 15 aplica-se a todo o rédito que resulta de contratos com clientes, exceto

para os contratos abrangidos por outras normas. A norma vem estabelecer um

modelo de cinco passos para o reconhecimento de rédito resultante de contratos

celebrados com clientes. O rédito é reconhecido na demonstração dos resultados

consolidados quando ocorre a transferência de controlo do bem ou serviço prestado

para o comprador e o montante dos rendimentos é razoavelmente quantificado e é

reconhecido pelo valor que o Grupo espera receber do cliente em troca dos bens ou

serviços prestados. As devoluções dos produtos vendidos são registadas como uma

redução das vendas, no exercício a que dizem respeito.

O Grupo adotou esta nova norma a partir de 1 de janeiro de 2018, usando o método

retrospetivo modificado, sendo o efeito cumulativo da adoção desta norma

reconhecido nos resultados transitados do Grupo a essa data. Da adoção, não

resultou qualquer efeito nos resultados transitados do Grupo.

De acordo com o método retrospetivo modificado, a IFRS 15 foi aplicada apenas para

os contratos que não se encontravam completados na data de adoção, não tendo

sido utilizado o expediente prático relativo a modificações contratuais.

Na preparação da adoção e aplicação da IFRS 15, o Grupo considerou os seguintes

aspetos relevantes:

Na maioria das vendas de bens e prestações de serviços efetuadas pelo Grupo,

existe apenas uma obrigação de desempenho (“performance obligation”), pelo

que o rédito é reconhecido de imediato, com a entrega dos bens ao cliente ou no

momento da realização do serviço;

Uma obrigação de desempenho corresponde a uma promessa de entregar bens ou

serviços aos clientes e que sejam distintas entre si;

Quando existem campanhas promocionais que oferecem aos clientes obrigações

de desempenho que se vencem em momento futuro, o Grupo difere a parte do

rédito relativa a essa obrigação futura, sendo o rédito reconhecido em resultados

apenas quando a obrigação futura é satisfeita ou expira; e

O rédito diferido relativo às obrigações de desempenho que se vencem em

momento futuro é apresentado na demonstração da posição financeira na rubrica

“Outros passivos”, sendo depois detalhado numa linha autónoma no anexo às

demonstrações financeiras consolidadas.

Juros

O rédito proveniente do uso de ativos do Grupo que produzam juros é reconhecido

quando: (i) seja provável que os benefícios económicos associados com a transação

fluam para o Grupo; (ii) a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. O

rédito proveniente do uso desses ativos é reconhecido utilizando o método do juro

efetivo.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 62

m. Provisões, passivos e ativos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou

construtiva) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o

futuro dispêndio de recursos e este possa ser determinado com fiabilidade. O

montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para

liquidar a responsabilidade na data da demonstração da posição financeira

consolidada.

Esta rubrica inclui, essencialmente, as provisões constituídas para fazer face às

seguintes situações:

. Responsabilidades com cuidados de saúde – SAMS de empregados na reforma e

pensionistas;

. Responsabilidades com subsídio por morte na reforma de empregados e

pensionistas;

. Gastos a pagar com prémios de antiguidade/carreira; e

. Riscos decorrentes da atividade.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo

contingente, procedendo-se à respetiva divulgação em conformidade com os

requisitos da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras

consolidadas, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo

económico de recursos.

n. Encargos com pensões, cuidados de saúde e subsídio por morte

Com a publicação do Decreto-Lei nº 1-A/2011, de 3 de janeiro, todos os

trabalhadores bancários que se encontravam no ativo, inscritos no CAFEB – Caixa de

Abono de Família dos Empregados Bancários e admitidos no sector antes de 3 de

março de 2009 passaram a estar abrangidos pelo Regime de Segurança Social.

Ficou, nessa data, estipulado que transitavam para a esfera do Estado a proteção

das eventualidades de parentalidade e a velhice, bem como a proteção de doença

profissional e desemprego, continuando todas as restantes eventualidades (doença,

invalidez e morte) a serem da responsabilidade dos empregadores. Desta forma, o

pagamento da pensão de reforma por velhice passou a ser repartido entre as

empresas e o Centro Nacional de Pensões, o que origina alterações na forma de

cálculo das responsabilidades financiadas pelos Fundos de Pensões.

Em termos de cálculo de responsabilidades, considerou-se o proporcional das

pensões em cada período, ou seja, até à data da transição mantém-se a pensão do

Fundo de Pensões e após esta data considera-se a pensão complementar

determinada pela diferença entre a pensão do Fundo de Pensões e a pensão da

Segurança Social.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 63

O Grupo determina anualmente o valor das responsabilidades com serviços passados

através de cálculos atuariais efetuados pelo método de “Project Unit Credit” para

as responsabilidades com serviços passados por velhice e pelo método de “Prémios

Únicos Sucessivos” para o cálculo dos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os

pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data

da demonstração da posição financeira consolidada para o crescimento dos salários

e das pensões e baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do

Grupo. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de

obrigações de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das

responsabilidades. A conjuntura económica e a crise de dívida soberana do Sul da

Europa que se têm verificado implicaram volatilidade e disrupção no mercado de

dívida da Zona Euro, com a consequente redução abrupta das yields de mercado

relativas à dívida das empresas com melhores ratings e também uma redução do

cabaz disponível dessas obrigações.

O Grupo reconhece através de rendimentos e gastos o efeito de cortes

(“curtailments”) ocorridos no plano de benefícios definidos. O ganho ou perda de

um curtailment compreende a (i) qualquer alteração resultante no valor presente

da obrigação de benefícios definidos; (ii) qualquer alteração resultante no justo

valor dos ativos do plano; (iii) quaisquer ganhos e perdas atuariais e custo do serviço

passado relacionados que não tivessem sido previamente reconhecidos em

resultados.

Quando um corte se relacione apenas com alguns dos empregados cobertos por um

plano, o ganho ou perda corresponde a uma fração proporcional do custo do serviço

passado e dos ganhos e perdas atuariais que ainda não tenham sido reconhecidas nos

resultados do Grupo. A fração proporcional é determinada considerando a base do

valor presente das obrigações antes e após o corte ou liquidação.

O Grupo considera a existência de um curtailment sempre que (i) esteja

demonstravelmente comprometida a fazer uma redução material no número de

empregados cobertos por um plano; ou (ii) altere os termos de um plano de

benefícios definidos de forma tal que um elemento material do serviço futuro dos

empregados correntes deixará de se qualificar para benefícios, ou se qualificará

apenas para benefícios reduzidos.

A cobertura das responsabilidades com serviços passados com pensões de reforma e

invalidez é assegurada por um fundo de pensões. O valor do Fundo de Pensões

corresponde ao justo valor dos seus ativos à data da demonstração da posição

financeira consolidada.

O Grupo detém ainda um Fundo de Pensões, denominado “Plano de Pensões Aberto

Multireforma”, para fazer face às responsabilidades com pensões de reforma de dois

ex-colaboradores do Grupo.

Na Nota 21 é apresentado o nível de cobertura das responsabilidades com pensões

de reforma.

Nas demonstrações financeiras consolidadas, o valor das responsabilidades com

serviços passados por benefícios pós-emprego líquido do valor do fundo de pensões

está registado na rubrica “Outros ativos” (excesso de cobertura) ou “Outros

passivos” (insuficiência de cobertura).

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 64

Os resultados consolidados do Grupo incluem os seguintes gastos e rendimentos

relativos a benefícios pós-emprego:

. Custo do serviço corrente (custo do ano);

. Custo dos juros da totalidade das responsabilidades;

. Rendimento esperado do fundo de pensões;

. Custos com acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas;

. Custos (ou amortização) resultantes da alteração das condições do plano de

pensões;

. Rendimentos (ou gastos) resultantes de cortes (“curtailment”) no plano de

benefícios definidos relacionados com reduções materiais no número de

empregados cobertos pelo plano.

Os componentes acima indicados são reconhecidos em gastos com o pessoal (Nota

27).

Cuidados de saúde

O Grupo mantém a responsabilidade pelo pagamento da contribuição sobre as

pensões de reforma e sobrevivência assegurados pelos Serviços de Assistência

Médico-Social (“SAMS”). Estas responsabilidades, avaliadas anualmente por atuários

independentes, encontram-se cobertas por uma provisão para outros riscos e

encargos (Nota 18). Esta provisão não é temporariamente aceite como gasto para

efeitos fiscais.

Subsídio por morte

O Grupo solicita anualmente a atuários independentes a determinação da estimativa

do valor atual das responsabilidades por serviços passados com subsídio por morte

na reforma dos seus colaboradores, equivalente a uma prestação de atribuição

única, igual a seis vezes o valor da retribuição mensal efetiva ou da pensão mensal

ilíquida, com limite máximo de seis vezes o indexante dos apoios sociais. Estas

responsabilidades encontram-se cobertas por uma provisão para outros riscos e

encargos (Nota 18). Esta provisão não é temporariamente aceite como gasto para

efeitos fiscais.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 65

o. Imparidade de ativos

Ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos por

direito de uso

O Grupo efetua análises de imparidade dos seus ativos sempre que ocorra algum

evento ou alteração que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra

registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de tais indícios, o Grupo

procede ao cálculo do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão

da perda por imparidade.

O valor recuperável é estimado para cada ativo individualmente ou, no caso de tal

não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.

O valor recuperável corresponde ao maior entre o preço de venda líquido e o valor

de uso do ativo (no caso das propriedades de investimentos apenas se aplica o preço

de venda líquido). O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a

alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras,

deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso corresponde

aos fluxos de caixa futuros do ativo, atualizados com base em taxas de desconto

antes de imposto que reflitam o valor atual do capital e o risco específico do ativo.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua

quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração dos

resultados consolidados do exercício.

Quando uma perda por imparidade é subsequentemente revertida, o valor

contabilístico do ativo é atualizado para o seu valor estimado. Contudo, a reversão

da perda por imparidade só pode ser efetuada até ao limite da quantia que estaria

reconhecida (líquida de depreciação ou amortização), caso a perda por imparidade

não tivesse sido registada em exercícios anteriores. A reversão das perdas por

imparidade é reconhecida de imediato na demonstração dos resultados

consolidados.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Conforme referido na Nota 2.f), os ativos financeiros disponíveis para venda são

registados ao justo valor, sendo as variações no justo valor refletidas diretamente

em capital próprio, na rubrica “Outras reservas”.

Em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de diminuição significativa

ou prolongada do justo valor do título ou de dificuldade financeira do emitente, a

perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital

próprio e reconhecida nos resultados.

As perdas por imparidade registadas em instrumentos de dívida podem ser revertidas

através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título

resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por

imparidades relativas a instrumentos de capital não podem ser revertidas. No caso

de títulos de rendimento variável para os quais tenha sido reconhecida imparidade,

posteriores variações negativas de justo valor são sempre reconhecidas em

resultados.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 66

Investimentos em associadas

O Grupo regista as participações detidas em empresas associadas pela equivalência

patrimonial (Nota 2.a)). Para as empresas em que são identificados indícios de

imparidade, são efetuadas análises de imparidade periódicas, que consistem

essencialmente em estimativas de fluxos de caixa futuros, descontados a uma taxa

que reflita de forma adequada o risco associado à atividade de cada uma das

empresas.

Goodwill

Anualmente, ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor, os valores

de goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer perda é registada de

imediato como gasto na demonstração dos resultados consolidados do exercício e

não pode ser suscetível de reversão posterior.

Existências

O Grupo efetua periodicamente análises as suas existências de modo a identificar

bens cujo valor contabilístico seja superior ao valor realizável líquido, quer por os

bens se encontrarem obsoletos, danificados ou por estarem valorizados acima do

valor estimado de venda.

O valor realizável líquido corresponde à estimativa do seu preço de venda deduzido

dos custos necessários para efetuar a venda.

As diferenças positivas entre o valor contabilístico e o respetivo valor realizável

líquido dos inventários são registadas como custo das mercadorias vendidas e

matérias consumidas.

p. Eventos subsequentes

Os acontecimentos após a data da demonstração da posição financeira consolidada

que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da

demonstração da posição financeira consolidada são refletidos nas demonstrações

financeiras consolidadas do Grupo.

Os acontecimentos após a data da demonstração da posição financeira consolidada

que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da

demonstração da posição financeira consolidada são divulgados no anexo às

demonstrações financeiras consolidadas, se significativos.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 67

q. Estimativas contabilísticas críticas e aspetos julgamentais mais relevantes na

aplicação das políticas contabilísticas

Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização

de estimativas que afetam os montantes de ativos e passivos registados, bem como

os rendimentos e gastos reconhecidos no decurso de cada exercício. As estimativas

com maior impacto demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são:

Estimativa de imposto do exercício;

Imparidade de contas a receber;

Determinação do justo valor dos ativos financeiros detidos para venda (ações da

Visa Inc.);

Registo de responsabilidades com pensões, cuidados de saúde e subsídio por

morte; e

Registo de provisões para outros riscos e encargos.

r. Classificação da demonstração da posição financeira

São classificados, respetivamente, no ativo e no passivo correntes, os ativos

realizáveis e os passivos exigíveis a menos de um ano da data da demonstração da

posição financeira consolidada.

s. Alterações de políticas contabilísticas e estimativas

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, não existiram

alterações de políticas contabilísticas ou alterações significativas de estimativas.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 68

t. Operações em moeda estrangeira

As transações em moedas diferentes do Euro são convertidas na moeda funcional

utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais

resultantes dos pagamentos/recebimentos das transações bem como da conversão

pela taxa de câmbio à data da demonstração da posição financeira consolidada, dos

ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são

reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados, na rubrica de

rendimentos e gastos de financiamento, se relacionadas com empréstimos ou em

outros rendimentos ou outros gastos, para todos os outros saldos/transações.

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em

moeda estrangeira à data de 31 de dezembro de 2019 e 2018, foram os que se

seguem:

u. Entidades relacionadas

Na identificação de entidades relacionadas, o Grupo considera como parte

relacionada os detentores do seu capital que controlam, tem influência significativa,

bem como entidades que detenham mais de 10% do capital. Adicionalmente,

considera como parte relacionada as entidades definidas na IAS 24.

2019 2018

USD Estados Unidos 1,1234 1,1450

PLN Polónia 4,2568 4,3014

DZD Argélia 133,5330 135,3020

KWZ Angola 540,8170 353,0150

NGN Nigéria 344,2608 350,7586

Taxa de câmbioPaísMoeda

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 69

v. Adoção de novas Normas (IAS/IFRS) ou revisão de Normas já emitidas,

conforme adotadas pela União Europeia

Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram aprovadas

(“endorsed”) pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas,

interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória ao exercício iniciado

em 1 de janeiro de 2019:

Norma / Interpretação

IFRS 16 – Locações

Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo

a IAS 17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que

resulta no reconhecimento pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação,

exceto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre

ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou

financeiras, sendo que a IFRS 16 não implica alterações substanciais para tais entidades face ao

definido na IAS 17.

Data efetiva: 01-janeiro 2019

Emenda à IFRS 9: características de pagamentos antecipados com compensação

negativa

Esta emenda vem permitir que ativos financeiros com condições contratuais que preveem, na sua

amortização antecipada, o pagamento de um montante considerável por parte do credor, possam

ser mensurados ao custo amortizado ou a justo valor por reservas (consoante o modelo de negócio),

desde que: (i) na data do reconhecimento inicial do ativo, o justo valor da componente da

amortização antecipada seja insignificante; e (ii) a possibilidade de compensação negativa na

amortização antecipada seja única razão para o ativo em causa não ser considerado um instrumento

que contempla apenas pagamentos de capital e juros.

Data efetiva: 01-janeiro 2019

IFRIC 23 - Incertezas no tratamento de imposto sobre o rendimento

Esta interpretação vem dar orientações sobre a determinação do lucro tributável, das bases fiscais,

dos prejuízos fiscais a reportar, dos créditos fiscais a usar e das taxas de imposto em cenários de

incerteza quanto ao tratamento em sede de imposto sobre o rendimento.

Data efetiva: 01-janeiro 2019

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2015-2017)

Estes melhoramentos envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com: IFRS 3 –

Concentração de atividades empresariais: requer remensuração de interesses anteriormente detidos

quando uma entidade obtém controlo sobre uma participada sobre a qual anteriormente tinha controlo

conjunto; IFRS 11 – Empreendimentos conjuntos: clarifica que não deve haver remensuração de

interesses anteriormente detidos quando uma entidade obtém controlo conjunto sobre uma operação

conjunta; IAS 12 – Impostos sobre o rendimento: clarifica que todas as consequências fiscais de

dividendos devem ser registadas em resultados, independentemente de como surge o imposto; IAS 23

- Custos de empréstimos obtidos: clarifica que a parte do empréstimo diretamente relacionado com a

aquisição/construção de um ativo, em dívida após o correspondente ativo ter ficado pronto para o uso

pretendido, é, para efeitos de determinação da taxa de capitalização, considerada parte integrante

dos financiamentos genéricos do Grupo.

Data efetiva: 01-janeiro 2019

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 70

Norma / Interpretação

Emendas à IAS 19: Alteração do Plano, Restrição ou Liquidação

Se uma emenda, corte ou liquidação do plano ocorrer, agora é obrigatório que o custo do serviço

corrente e os juros líquidos do período após a remensuração sejam determinados usando os

pressupostos usados para a remensuração. Além disso, foram incluídas alterações para esclarecer o

efeito de uma alteração, redução ou liquidação do plano sobre os requisitos relativos ao limite máximo

do ativo.

Data efetiva: 01-janeiro 2019

Emenda à IAS 28: Investimentos de longo prazo em associadas e acordos conjuntos

Esta emenda vem clarificar que a IFRS 9 deve ser aplicada (incluindo os respetivos requisitos

relacionados com imparidade) a investimentos em associadas e acordos conjuntos quando o método

da equivalência patrimonial não é aplicado na mensuração dos mesmos.

Data efetiva: 01-janeiro 2019

Não foram produzidos efeitos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo

no exercício findo em 31 de dezembro de 2019, decorrente da adoção das normas,

interpretações, emendas e revisões acima referidas, à exceção dos impactos da IFRS

16 referidos na Nota 2 e).

As seguintes normas contabilísticas e interpretações, com aplicação obrigatória em

exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas

demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma / Interpretação

Emendas a referências à Estrutura Conceptual nas Normas IFRS

Corresponde a emendas em diversas normas (IFRS 2, IFRS 3, IFRS 6, IFRS 14, IAS 1, IAS 8, IAS 34, IAS

37, IAS 38, IFRIC 12, IFRIC 19, IFRIC 20, IFRIC 22 e SIC 32) em relação a referências à Estrutura

Conceptual revista em março de 2018. A Estrutura Conceptual revista inclui definições revistas de um

ativo e de um passivo e novas orientações sobre mensuração, desreconhecimento, apresentação e

divulgação.

Data efetiva: 01-janeiro 2020

Emenda à IAS 1 e IAS 8 – Definição de material

Corresponde a emendas para clarificar a definição de material na IAS 1. A definição de material na

IAS 8 passa a remeter para a IAS 1. A emenda altera a definição de material em outras normas para

garantir consistência. A informação é material se pela sua omissão, distorção ou ocultação seja

razoavelmente esperado que influencie as decisões dos utilizadores primários das demonstrações

financeiras tendo por base as demonstrações financeiras.

Data efetiva: 01-janeiro 2020

Estas emendas apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram

adotadas pelo Grupo em 2019, em virtude de a sua aplicação não ser ainda

obrigatória. Não se estima que da futura adoção das referidas emendas decorram

impactos significativos para as demonstrações financeiras consolidadas.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 71

As seguintes normas contabilísticas e interpretações foram emitidas pelo IASB e não

se encontram ainda aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma / Interpretação

IFRS 17 - Contratos de Seguros

Esta norma estabelece, para os contratos de seguros dentro do seu âmbito de aplicação, os princípios

para o seu reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação. Esta norma substitui a norma

IFRS 4 - Contratos de Seguros.

Data efetiva: 01-janeiro 2021

Emenda à IFRS 3 – Definição de negócio

Corresponde a emendas à definição de negócio, pretendendo clarificar a identificação de aquisição

de negócio ou de aquisição de um grupo de ativos. A definição revista clarifica ainda a definição de

output de um negócio como fornecimento de bens ou serviços a clientes. As alterações incluem

exemplos para identificação de aquisição de um negócio.

Data efetiva: 01-janeiro 2020

Emendas às normas IFRS 9, IAS 39 e IFRS 7 – reforma das taxas de juro benchmark (IBOR

Reform)

Corresponde a emendas às normas IFRS 9, IAS 39 e IFRS 7 relacionadas com o projeto de reforma das

taxas de juro de benchmark (conhecido como “IBOR reform”), no sentido de diminuir o impacto

potencial da alteração de taxas de juro de referência no relato financeiro, nomeadamente na

contabilidade de cobertura.

Data efetiva: 01-janeiro 2020

Estas normas não foram ainda adotadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como

tal, não foram aplicadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de dezembro de 2019.

Relativamente a estas normas e interpretações, emitidas pelo IASB mas ainda não

aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não se estima que da futura adoção

das mesmas decorram impactos significativos para as demonstrações financeiras

consolidadas anexas.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 72

3. Ativos fixos tangíveis

O movimento ocorrido nos ativos fixos tangíveis, durante os exercícios findos em 31

de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as rubricas “Edifícios e outras construções” e

“Equipamento administrativo” incluem essencialmente imóveis (e respetivas obras

de adaptação) e material administrativo adquirido no âmbito da atividade que as

empresas do Grupo desenvolvem em Alfragide.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rúbrica “Equipamento básico” inclui,

essencialmente, equipamento informático associado aos sistemas informáticos do

Grupo e utilizado no âmbito da Programa ARCTIC – fase I e fase II, que iniciou a sua

depreciação em outubro de 2014 e fevereiro de 2016, respetivamente. Nesta

rubrica, as adições do exercício incluem essencialmente equipamento informático

utilizado no âmbito da atividade do Grupo.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as adições do exercício da rubrica “Equipamento

básico” incluem, essencialmente, equipamento informático utilizado no âmbito da

atividade do Grupo.

Ativos fixos tangíveis

em 2019

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios

e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

transporte

Ferramentas

e utensílios

Equipamento

administrativo

Outros

ativos fixos

tangíveis

Ativos fixos

tangíveis

em curso

Total

Valores brutos

Saldo inicial 5.569.343 32.035.776 60.261.469 276.498 746.599 2.093.945 438.762 1.074.766 102.497.158

Aquisições - 1.662.861 3.565.957 220.507 1.740.019 93.006 97.099 1.778.018 9.157.467

Transferências - 154.405 810.121 - 77.202 - - (989.538) 52.190

Regularizações - 757 - 956 118.989 - 720 (1.373.518) (1.252.096)

Alienações e abates - (42.795) (1.897.047) - (123.769) (28.770) (13.416) (26.660) (2.132.457)

Saldo final 5.569.343 33.811.004 62.740.500 497.961 2.559.040 2.158.181 523.165 463.068 108.322.262

Depreciações acumuladas

Saldo inicial - 20.434.008 44.549.755 198.779 369.507 1.898.696 76.534 20.891 67.548.170

Depreciações do exercício - 1.353.863 4.543.757 38.601 1.821.063 81.117 26.312 - 7.864.713

Regularizações - 26.292 (25.092) 471 72.253 - 616 (1.376.392) (1.301.852)

Alienações e abates - (38.627) (1.897.047) - (114.836) (28.770) (11.682) - (2.090.962)

Saldo final - 21.775.536 47.171.373 237.851 2.147.987 1.951.043 91.780 (1.355.501) 72.020.069

Ativos fixos tangíveis líquidos 5.569.343 12.035.468 15.569.127 260.110 411.053 207.138 431.385 1.818.569 36.302.193

Ativos fixos tangíveis

em 2018

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios

e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

transporte

Ferramentas

e utensílios

Equipamento

administrativo

Outros

ativos fixos

tangíveis

Ativos fixos

tangíveis

em curso

Total

Valores brutos

Saldo inicial 5.569.343 32.245.106 45.495.166 185.276 147.029 2.021.238 393.573 579.655 86.636.386

Aquisições - 48.849 5.037.383 70.204 427.088 117.489 13.108 926.052 6.640.173

Transferências - 20.813 438.565 - - - - (459.378) -

Regularizações - 1.186 - 345 179.466 - 2.291 (40.777) 142.511

Alteração do perímetro de consolidação (Nota 2) 71.065 10.751.492 20.673 - - 66.735 69.214 10.979.179

Alienações e abates - (351.243) (1.461.137) - (6.984) (44.782) (36.945) - (1.901.091)

Saldo final 5.569.343 32.035.776 60.261.469 276.498 746.599 2.093.945 438.762 1.074.766 102.497.158

Depreciações acumuladas

Saldo inicial - 19.193.247 36.784.124 175.196 44.949 1.864.684 258.506 (5.128) 58.315.578

Depreciações do exercício - 1.559.626 4.379.380 2.568 911.032 78.794 17.821 - 6.949.221

Transferências - - - - (647.927) - (208.386) - (856.313)

Regularizações - 497 - 342 68.437 - 1.901 26.019 97.196

Alteração do perímetro de consolidação (Nota 2) 30.194 4.846.910 20.673 - - 43.639 - 4.941.416

Alienações e abates - (349.556) (1.460.659) - (6.984) (44.782) (36.947) - (1.898.928)

Saldo final - 20.434.008 44.549.755 198.779 369.507 1.898.696 76.534 20.891 67.548.170

Ativos fixos tangíveis líquidos 5.569.343 11.601.768 15.711.714 77.719 377.092 195.249 362.228 1.053.875 34.948.988

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 73

4. Propriedades de investimento

O movimento ocorrido nas propriedades de investimento, durante os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o justo valor das propriedades de investimento

registadas na rubrica “Terrenos e recursos naturais” é nulo por força da imparidade

registada no exercício de 2013. O mesmo corresponde a um terreno, o qual

apresenta fortes restrições de uso e constrangimentos na sua localização.

Propriedades de investimento

em 2019

Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construçõesTotal

Valores brutos

Saldo inicial 1.609.046 199.472 1.808.518

Saldo final 1.609.046 199.472 1.808.518

Imparidades acumuladas

Saldo inicial 1.609.046 55.266 1.664.312

Depreciações acumuladas

Saldo inicial - 144.206 144.206

Saldo final 1.609.046 199.472 1.808.518

Propriedades de investimento líquidos - - -

Propriedades de investimento

em 2018

Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construçõesTotal

Valores brutos

Saldo inicial 1.609.046 199.472 1.808.518

Saldo final 1.609.046 199.472 1.808.518

Imparidades acumuladas

Saldo inicial 1.609.046 55.266 1.664.312

Depreciações acumuladas

Saldo inicial - 144.206 144.206

Saldo final 1.609.046 199.472 1.808.518

Propriedades de investimento líquidos - - -

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 74

5. Ativos intangíveis

O movimento ocorrido nos ativos intangíveis, durante os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Despesas de desenvolvimento” inclui,

essencialmente, o desenvolvimento do programa ARCTIC (fase I e fase II), que iniciou

a sua amortização em outubro de 2014 e fevereiro de 2016, respetivamente. Inclui

também o desenvolvimento de outros projetos como: Pagamentos NFC com MB WAY,

Nova Fraude Safer Payments; Digital Payment Gateway II e Instant Payment

Solution. O Grupo tem uma forte componente de desenvolvimento interno de novas

soluções tecnológicas para as prestações dos seus serviços.

A rubrica “Propriedade industrial e outros direitos” inclui essencialmente software

necessário para o desenvolvimento da atividade do Grupo.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os ativos intangíveis em curso referem-se ao

desenvolvimento de várias soluções tecnológicas essencialmente associadas à fase

III do programa ARCTIC, e estima-se serem transferidos para firme a partir do

exercício de 2020. Estes desenvolvimentos foram quase na sua totalidade

desenvolvidos por mão-de-obra interna do Grupo.

Ativos intangíveis

em 2019

Despesas de

desenvolvimento

Propriedade

industrial e

outros direitos

Ativos

intangíveis

em curso

Total

Valores brutos

Saldo inicial 57.760.964 28.036.915 25.757.592 111.555.471

Aquisições 6.189.543 1.841.475 6.051.676 14.082.694

Transferências (Nota 3) 529.817 836.840 (1.418.847) (52.190)

Regularizações (2.376) 23.716 (5.465) 15.875

Alienações e abates (51.880) - - (51.880)

Saldo final 64.426.068 30.738.946 30.384.956 125.549.970

Amortizações acumuladas

Saldo inicial 30.345.467 20.727.657 - 51.073.124

Amortizações do exercício 6.647.501 2.615.255 - 9.262.756

Regularizações - 22.708 (5.683) 17.025

Alienações e abates (51.880) - - (51.880)

Saldo final 36.941.088 23.365.620 (5.683) 60.301.025

Ativos intangíveis líquidos 27.484.980 7.373.326 30.390.639 65.248.945

Ativos intangíveis

em 2018

Despesas de

desenvolvimento

Propriedade

industrial e

outros direitos

Ativos

intangíveis

em curso

Total

Valores brutos

Saldo inicial 54.622.695 22.554.890 14.827.379 92.004.964

Aquisições 2.590.172 2.685.115 12.179.753 17.455.040

Transferências 548.097 559.326 (1.107.423) -

Regularizações - 36.737 (166.140) (129.403)

Alteração do perímetro de consolidação (Nota 2) - 2.200.847 24.023 2.224.870

Saldo final 57.760.964 28.036.915 25.757.592 111.555.471

Amortizações acumuladas

Saldo inicial 24.509.548 16.489.178 - 40.998.726

Amortizações do exercício 5.835.919 2.234.234 - 8.070.153

Regularizações - 32.888 - 32.888

Alteração do perímetro de consolidação (Nota 2) - 1.971.357 - 1.971.357

Saldo final 30.345.467 20.727.657 - 51.073.124

Ativos intangíveis líquidos 27.415.497 7.309.258 25.757.592 60.482.347

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 75

6. Ativos e passivos por direito de uso

Esta rubrica respeita, na sua totalidade, aos impactos da adoção da IFRS 16. Estes

ativos correspondem a locações com viaturas que se encontram ao serviço dos

colaboradores do Grupo.

O movimento ocorrido nos ativos por direito de uso, durante o exercício findo em 31

de dezembro de 2019, foi o seguinte:

O movimento ocorrido nos passivos por direito de uso do Grupo, durante o exercício

findo em 31 de dezembro de 2019, foi o seguinte:

Em 31 de dezembro de 2019, a maturidade das amortizações vincendas de contratos

de locação era a seguinte:

Ativos por direito de uso 2019

Valores brutos

Adopção da IFRS 16 1.725.532

Aquisições 632.134

Saldo final 2.357.666

Depreciações acumuladas

Depreciações do exercício 874.431

Saldo final 874.431

Ativos por direito de uso líquidos 1.483.235

2020 2021 2022 2023

Maturidade das amortizações vincendas 821.619 472.045 229.085 2.482

2018Adoção da

IFRS16

Fluxos de

caixa de

financiamento

Novos

contratos de

locação

(não relativas

a caixa)

Outros 2019Passivo

corrente

Passivo

não

corrente

Passivos por direito de uso - 1.725.532 (926.478) 632.134 94.043 1.525.231 821.619 703.612

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 76

7. Ativos financeiros disponíveis para venda

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 21 de junho de 2016, concretizou-se a oferta pública de aquisição de 100% do

capital social da Visa Europe Limited pela VISA Inc.. Como resultado desta

transação, a SIBS SGPS reconheceu uma mais-valia num montante de 42.442.100

Euros proveniente da transferência da titularidade da participação que detinha na

Visa Europe e cujo valor nominal ascendia a 10 Euros.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o valor na demonstração da posição financeira

consolidada das 11.359 ações preferenciais ascendia a 22.638.561 Euros e

14.712.398 Euros, respetivamente, os quais incluem a reavaliação das ações

preferenciais a estas datas por contrapartida da reserva de justo valor positiva no

montante de 14.344.843 Euros e 6.418.680 Euros, respetivamente.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o valor das restantes 1.539 ações da VISA Inc,

ascendia a 1.029.653 Euros e 709.364 Euros, respetivamente.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a variação da totalidade

das ações da Visa Inc. ascendeu a 8.246.452 Euros e 2.908.647 Euros,

respetivamente, cujo efeito fiscal é de 1.855.452 Euros e 654.446 Euros,

respetivamente (Nota 10).

Valor bruto Imparidade Total Valor bruto Imparidade Total

Instrumentos de capital

Visa Inc. 12.898 23.668.214 - 23.668.214 15.421.762 - 15.421.762

Taguspark, S.A. 213.000 1.062.439 - 1.062.439 1.062.439 - 1.062.439

Fundos de compensação do trabalho - 171.101 - 171.101 118.320 - 118.320

Fundo de Capital de Risco F-HITEC - - - - 50.000 - 50.000

Mastercard 1 38.039 38.039 - 38.039 38.039 -

Outros 5 5 5 5

Total 24.939.798 38.039 24.901.759 16.690.565 38.039 16.652.526

Ativos financeiros disponíveis

para vendaQuantidade

20182019

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 77

8. Investimentos em associadas

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Investimentos em associadas” tem a

seguinte composição:

As informações relativas às empresas associadas foram extraídas das respetivas

demonstrações financeiras não auditadas, nas datas indicadas. As últimas

demonstrações financeiras aprovadas correspondem ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2018.

À data de elaboração deste relatório, o Grupo não dispunha de informação financeira

aprovada em Assembleia Geral das empresas associadas referente a 31 de dezembro

de 2019. No entanto, é convicção do Conselho de Administração que as mesmas

serão aprovadas sem alterações significativas, e sem impacto nas demonstrações

financeiras consolidadas.

MULTICERT VIA VERDE Total MULTICERT VIA VERDE Total

Sede Social Lisboa Cascais Lisboa Cascais

% Participação 40% 20% 40% 20%

Capital Próprio 1.382.750 6.322.591 1.464.767 8.318.000

Ativo líquido 3.572.349 32.352.200 3.945.335 32.352.200

Resultado líquido do exercício (82.017) 5.140.599 251.014 6.853.000

Valor do investimento (Nota 33) 553.100 1.264.518 1.817.618 585.907 1.663.600 2.249.507

Saldo inicial 2.249.507 2.129.170

Resultado do exercício (32.807) 1.028.120 995.313 100.406 1.370.600 1.471.006

Distribuição de dividendos - (1.370.597) (1.370.597) - (1.355.070) (1.355.070)

Outras variações no capital próprio - (56.605) (56.605) - 4.401 4.401

Saldo final 1.817.618 2.249.507

Investimentos em associadas

20182019

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 78

9. Goodwill

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, desta tem a seguinte composição:

(a) Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica inclui o goodwill gerado na aquisição da SIBS GEST,

correspondendo ao valor que na data de transição para IAS/IFRS (1 de janeiro de 2007) ainda se

encontrava por amortizar.

Em 31 de dezembro de 2019, o Grupo procedeu a análises de imparidade do goodwill

gerado na aquisição da PayTel com base nas projeções financeiras da unidade

geradora de caixa. Esta corresponde à participação financeira/negócio prosseguido

por aquela empresa.

A taxa de crescimento da perpetuidade foi estimada com base na análise do

potencial de mercado de cada unidade geradora de caixa. A taxa de desconto

utilizada reflete o nível de endividamento e custo de capital alheio da unidade

geradora de caixa, bem como o nível de risco e rentabilidade esperados pelo

acionista.

As projeções financeiras foram preparadas com base em pressupostos de mercado e

de atividade das unidades geradoras de caixa consistentes e que o Conselho de

Administração entende serem razoáveis e prudentes e que refletem a sua visão

quanto ao comportamento das principais variáveis de mercado e desempenho da

PayTel face aos planos estratégicos definidos. Face à análise efetuada, não foi

identificada perdas por imparidade.

Nos testes realizados, o valor recuperável da unidade geradora de caixa é comparado

com o respetivo valor contabilístico, sendo reconhecida uma perda por imparidade

caso o valor contabilístico exceda o maior valor entre o valor de uso e o valor

realizável líquido. No valor de uso, os fluxos de caixa, são descontados com base no

custo médio ponderado do capital (“WACC”), ajustado pelos riscos específicos de

cada mercado.

O valor recuperável da unidade geradora de caixa foi determinado com base no seu

valor de uso, calculado com base em projeções de fluxos de caixa assentes em

orçamentos aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo SIBS suportada em

planos de negócio atualizados e preparados com base em pressupostos financeiros e

de mercado prudentes e consistentes.

Os principais pressupostos considerados na projeção financeira na unidade geradora

de caixa, para um período de cinco anos foram:

Taxa de desconto de 9,3%;

Taxa de crescimento em perpetuidade 3%.

2019 2018

Aquisição da Paytel (Nota 2) 30.131.474 30.131.474

Aquisição da SIBS Gest 608.274 608.274

Outros - 39.504

30.739.748 30.779.252

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 79

10. Ativos e passivos por impostos diferidos

Os ativos e passivos por impostos diferidos correspondem ao valor do imposto a

recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças entre o valor de

um ativo ou passivo na demonstração da posição financeira e a sua base de

tributação. Os impostos diferidos foram calculados com base nas taxas fiscais

decretadas para o exercício em que se prevê que seja realizado o respectivo ativo

ou liquidado o passivo.

O movimento nos impostos diferidos registados, nos exercícios findos em 31 de

dezembro de 2019 e 2018, apresenta a seguinte composição:

2017Gasto do

exercício

Outras

reservas

Alteração do

perímetro de

consolidação

2018Gasto do

exercício

Outras

reservas2019

(Nota 31) (Nota 31)

Ativos por impostos diferidos

Imparidades não aceites fiscalmente para:

Propriedade de investimento (Nota 4) 369.462 - - - 369.462 - - 369.462

Ativos financeiros disponiveis para venda 4.279 - - - 4.279 - - 4.279

Clientes 17.826 372.843 - - 390.669 231.595 7.404 629.668

Inventários 20.367 - - - 20.367 - - 20.367

Fundo de pensões 1.054.603 158.400 1.252.575 - 2.465.578 (1.180.151) 82.124 1.367.551

Fundo de pensões Multireforma - - - - - - 92.925 92.925

Provisões não aceites fiscalmente para:

Prémio de antiguidade/carreira 106.835 (8.747) - - 98.088 9.814 - 107.902

Subsídio por morte 53.775 1.938 455 - 56.168 2.925 (3.108) 55.985

Cuidados médicos 723.954 47.088 (23.556) - 747.486 45.399 109.886 902.771

Outros riscos e encargos 630.000 26.276 - - 656.276 212.654 31.388 900.318

2.981.101 597.798 1.229.474 - 4.808.373 (677.764) 320.619 4.451.228

Passivos por impostos diferidos

Reservas de ações da VISA (Nota 7) (949.364) - (654.446) - (1.603.810) - (1.855.452) (3.459.262)

Valores de ativos não aceites fiscalmente - 198.797 - (706.454) (507.657) (566.025) (11.301) (1.084.983)

Fundo de pensões (287.325) - 287.325 - - - - -

Outros - (74.182) (17.100) - (91.282) (97.499) 15.583 (173.198)

(1.236.689) 124.615 (384.221) (706.454) (2.202.749) (663.524) (1.851.170) (4.717.443)

1.744.412 722.413 845.253 (706.454) 2.605.624 (1.341.288) (1.530.551) (266.215)

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 80

11. Outros ativos

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de outros ativos tem a seguinte

composição:

(a) Este montante foi totalmente recebido no exercício de 2019, conforme previsto na operação

ocorrida em 2016.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Aluguer de equipamento informático”

corresponde, essencialmente, a pagamentos antecipados de contratos de licenças

de hardware respeitantes ao exercício de 2020 e 2019, respetivamente.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Contratos de assistência técnica” é

referente a pagamentos antecipados de contratos de manutenção de equipamento

informático, referentes a prestações de serviços a receber nos próximos exercícios.

12. Existências

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de existências tem a seguinte

composição:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, não ocorreu qualquer

movimento nas imparidades de existências do Grupo.

2019 2018

Mercadorias

Cartões 893.779 1.072.543

Caixas automáticos e componentes ATM's 620.020 1.010.641

Outros 586.463 316.842

2.100.262 2.400.026

Adiantamentos por conta de compra 20.890 426.660

2.121.152 2.826.686

Imparidades acumuladas (90.520) (90.520)

2.030.632 2.736.166

2019 2018

Outros ativos - não corrente

Custo de aquisição de contrato 140.461 -

Outros - 167.699

140.461 167.699

Outros ativos - corrente

Valor a receber de alienação de ações da VISA (a) - 2.868.668

Devedores por acréscimos de rendimentos:

Serviços a faturar 372.957 519.846

Outros 241.173 95.736

614.130 3.484.250

Gastos a reconhecer

Aluguer de equipamento informático 1.035.370 1.042.855

Contratos de assistência técnica 2.609.395 1.748.574

Projetos plurianuais em curso 1.043.016 1.101.048

Seguros pagos antecipadamente 88.005 73.751

4.775.786 3.966.228

5.389.916 7.450.478

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 81

O movimento ocorrido no custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas,

durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

13. Clientes

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de clientes tem a seguinte composição:

O movimento ocorrido nas imparidades de clientes do Grupo, durante os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

em 2019

Caixas

automáticosCartões Outras Total

Existências iniciais 1.559.741 1.196.809 70.136 2.826.686

Compras 6.990.724 10.238.860 1.867.724 19.097.308

Regularizações - (5.163) - (5.163)

Existências finais 539.010 1.297.606 284.536 2.121.152

8.011.455 10.132.900 1.653.324 19.797.679

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

em 2018

Caixas

automáticosCartões Outras Total

Existências iniciais 484.594 1.523.573 95.511 2.103.678

Compras 6.925.758 6.875.405 1.645.141 15.446.304

Regularizações - (43.208) (99.237) (142.445)

Alteração do perímetro de consolidação (Nota 2) - - 62.064 62.064

Existências finais 1.559.741 1.196.809 70.136 2.826.686

5.850.611 7.158.961 1.571.279 14.642.915

2019 2018

Valor bruto Imparidade Valor líquido Valor bruto Imparidade Valor líquido

Clientes c/c 45.589.170 (7.515.633) 38.073.537 37.717.253 (5.970.199) 31.747.054

Clientes de cobrança duvidosa 169.235 (169.235) - 169.235 (169.235) -

45.758.405 (7.684.868) 38.073.537 37.886.488 (6.139.434) 31.747.054

2019 2018

Clientes c/c

Clientes

cobrança

duvidosa

Total Clientes c/c

Clientes

cobrança

duvidosa

Total

Saldo inicial 6.080.230 59.204 6.139.434 5.114.389 59.204 5.173.593

Reforços 1.864.193 - 1.864.193 525.099 - 525.099

Reversões (22.000) - (22.000) (129.468) - (129.468)

Alteração do perímetro de consolidação - - - 570.210 - 570.210

Utilizações (296.759) - (296.759) - - -

Saldo final 7.625.664 59.204 7.684.868 6.080.230 59.204 6.139.434

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 82

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a antiguidade de clientes, excluindo os saldos

com empresas do grupo, pode ser apresentada como se segue:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica inclui saldos com

entidades relacionadas nos montantes de 15.217.580 Euros e 13.120.139 Euros,

respetivamente (Nota 33).

14. Outras contas a receber

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica “Saldos de compensação” inclui montantes a receber dos schemes

internacionais no curso normal das atividades do Grupo, decorrentes da prestação

de serviços de acquiring, nomeadamente o montante dos levantamentos em CA MB

de detentores de cartões internacionais, cujo valor ainda não foi ressarcido pelos

respetivos schemes internacionais, no curso normal das atividades do Grupo,

decorrentes da prestação de serviços de acquiring. Estes valores foram recebidos

subsequentemente a 31 de dezembro de 2019.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica inclui saldos com

entidades relacionadas nos montantes de 250.000 Euros e 2.775.954 Euros (Nota 33).

2019 2018

Até 6 meses 37.505.511 31.077.154

Mais 6 meses 8.252.894 6.809.334

45.758.405 37.886.488

2019 2018

Valor bruto Imparidade Valor líquido Valor bruto Imparidade Valor líquido

Outros devedores

Saldos de compensação 31.870.207 - 31.870.207 16.301.788 - 16.301.788

Projetos Internacionais 209.264 - 209.264 187.853 - 187.853

Valor a receber da MULTICERT (Nota 33) 250.000 - 250.000 - - -

Outros 532.177 (145.916) 386.261 273.105 (145.916) 127.189

32.861.648 (145.916) 32.715.732 16.762.746 (145.916) 16.616.830

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 83

15. Estado e outros entes públicos

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os saldos destas rubricas tinham a seguinte

composição:

A diferença entre a estimativa de IRC e o montante de imposto a pagar, relativa aos

exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, pode ser resumida como segue:

O registo pelo Grupo da estimativa de IRC e das retenções na fonte do mesmo

imposto, referentes às empresas filiais resulta da aplicação do Regime Especial de

Tributação de Grupo de Sociedades, conforme referido na Nota 2.h).

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os montantes da rubrica “Estimativa de imposto

do exercício – resultado do exercício” incluem impostos a pagar nas filiais na Nigéria

e Polónia, e sucursais da Argélia e Angola. Estes montantes estão registados no

passivo no âmbito da rubrica “Estado e outros entes públicos”, não estando desta

forma refletidos no saldo da rubrica “IRC a recuperar”, no âmbito da aplicação do

RETGS.

A análise do imposto sobre o rendimento é apresentada na Nota 31.

2019 2018

Estado e outros entes públicos - ativo

IVA a recuperar 334.996 853.297

Impostos em filiais e sucursais 744.284 277.988

1.079.280 1.131.285

Estado e outros entes públicos - passivo

IRC a pagar 3.225.858 908.139

IVA a liquidar 968.456 859.574

Impostos em filiais e sucursais 1.185.169 1.170.061

Contribuições para a Segurança Social 655.252 613.054

Retenções na fonte 523.930 484.738

Contribuições para o SAMS 43.382 43.296

Outros 5.543 4.501

6.607.590 4.083.363

2019 2018

Estimativa de imposto do exercicio

Resultado do exercício 10.622.799 8.535.572

Pagamentos por conta (6.717.509) (6.525.987)

Pagamento adicional por conta (671.488) (1.020.258)

Pagamento especial por conta - (73.726)

Retenções na fonte (7.944) (7.462)

IRC a pagar / (recuperar) 3.225.858 908.139

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 84

16. Caixa e seus equivalentes

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os saldos desta rubrica tinham a seguinte

composição:

Todos os depósitos a prazo podem ser mobilizados imediatamente e sem perda

relevante de valor, razão pela qual foram considerados como “Caixa e seus

equivalentes” na demonstração consolidada dos fluxos de caixa.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os depósitos a prazo detalham-se da seguinte

forma:

O montante registado na rubrica “Descobertos bancários” deriva da incorporação da

PayTel, e foi contratado a taxas de mercado.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica inclui depósitos bancários nos

montantes de 8.049.899 Euros e 6.325.165 Euros, respetivamente, os quais estão

depositados em instituições bancárias de acionistas com participação superior a 10%

(Nota 33).

2019 2018

Banco BIC 8.300.000 4.989.000

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo 7.600.000 6.000.000

Novo Banco 4.200.000 4.700.000

Banco de Investimento Global 4.000.000 5.000.000

Guaranty Trust Bank PLC 2.737.545 2.412.233

Montepio Geral 2.500.000 3.061.000

Banco de Fomento Angola 203.396 770.069

Millennium BCP - 4.000.000

29.540.941 30.932.302

2019 2018

Numerário 14.885 13.956

Depósitos à ordem 10.948.596 3.166.488

Depósitos a prazo 29.540.941 30.932.302

40.504.422 34.112.746

Descobertos bancários (1.797.387) (1.379.881)

38.707.035 32.732.865

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 85

17. Capital Próprio

Capital

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o capital social encontra-se totalmente

subscrito e realizado, sendo composto por 4.928.460 ações escriturais com o valor

nominal unitário de cinco Euros.

A estrutura acionista do Grupo, em 31 de dezembro de 2019 e 2018, tem a seguinte

composição:

Ações próprias

As ações próprias são registadas ao custo de aquisição. De acordo com o disposto no

artigo nº 324, nº 1, alínea b) do Código das Sociedades Comerciais, é indisponível

um montante de reservas livres (registado na rubrica “Outras reservas”) igual ao

valor da demonstração consolidada da posição financeira das ações próprias. Em 31

de dezembro de 2019 e 2018, existiam 293.472 ações próprias em carteira.

Prémios de emissão de ações

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de junho, publicada no Diário da República

– I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição

de dividendos nem para a aquisição de ações próprias.

2019 2018

(%) (%)

Percentagem Montante Percentagem Montante

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS 21,60% 5.322.440 21,60% 5.322.440

MILLENIUM BCP 21,54% 5.307.055 21,54% 5.307.055

BANCO SANTANDER TOTTA 15,56% 3.834.605 15,56% 3.834.605

BANCO BPI 14,98% 3.692.275 14,98% 3.692.275

NOVO BANCO 7,97% 1.963.740 7,97% 1.963.740

BANCO BILBAO VIZCAYA (PORTUGAL) 5,83% 1.436.535 5,83% 1.436.535

CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL 1,74% 427.790 1,74% 427.790

BANCO DO BRASIL 0,63% 155.395 0,63% 155.395

CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO 0,52% 128.400 0,52% 128.400

BNP - PARIBAS 0,43% 106.705 0,43% 106.705

BANCO ACTIVOBANK (PORTUGAL) 0,41% 100.000 0,41% 100.000

BANCO BIC PORTUGUÊS 0,41% 100.000 0,41% 100.000

ABANCA 0,41% 100.000 0,41% 100.000

BANCO BEST 0,41% 100.000 0,41% 100.000

BES AÇORES 0,41% 100.000 0,41% 100.000

CCAM LEIRIA 0,20% 50.000 0,20% 50.000

CCAM CHAMUSCA 0,20% 50.000 0,20% 50.000

CCAM TORRES VEDRAS 0,20% 50.000 0,20% 50.000

CCAM MAFRA 0,20% 50.000 0,20% 50.000

CX. EC. DA MISERICÓRDIA DE ANGRA DO HEROÍSMO 0,20% 50.000 0,20% 50.000

CCAM AÇORES 0,20% 50.000 0,20% 50.000

94,05% 23.174.940 94,05% 23.174.940

SIBS (Ações próprias) 5,95% 1.467.360 5,95% 1.467.360

100% 24.642.300 100% 24.642.300

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 86

Reserva legal

A legislação comercial estabelece que, no mínimo, 5% do lucro líquido anual é

destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do

capital. Esta reserva não é distribuível, exceto em caso de liquidação da Sociedade,

mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras

reservas, ou incorporada no capital.

Outras reservas

Esta rubrica inclui as diferenças entre os lucros imputáveis às participações do Grupo

e os lucros que lhe foram distribuídos (dividendos), que foram registadas por

contrapartida da rubrica “Resultados transitados”, e das variações ocorridas e

registadas diretamente nos capitais próprios das participadas, variações cambiais de

operações em moeda estrangeira, bem como desvios atuariais acumulados, líquidos

de efeito fiscal, conforme segue:

Resultados transitados

Esta rubrica inclui os resultados líquidos dos exercícios anteriores, conforme

deliberações efetuadas nas Assembleias Gerais, deduzidos dos dividendos entretanto

distribuídos aos seus acionistas.

Aplicação dos resultados

De acordo com a deliberação em Assembleia Geral de 9 de maio de 2019, o resultado

liquido do exercício de 2018 foi aplicado da seguinte forma: 9.872.524 Euros para

distribuição de dividendos e o montante remanescente transferido para resultados

transitados.

De acordo com a deliberação em Assembleia Geral de 4 de maio de 2018, o resultado

liquido do exercício de 2017 foi aplicado da seguinte forma: 7.003.467 Euros para

distribuição de dividendos e o montante remanescente transferido para resultados

transitados.

Resultado líquido por ação

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o resultado líquido por ação é como segue:

2019 2018

Reservas livres 8.962.081 8.962.081

Reservas indisponíveis de ações próprias 9.916.738 9.916.738

Reservas indisponíveis de ativos financeiros disponíves para venda (Notas 7 e 10) 11.915.236 5.524.236

Ajustamentos de conversão cambial de operações em moeda estrangeira (1.744.809) (1.802.098)

Desvios atuariais, líquidos de efeito fiscal (Nota 21) (3.649.980) (3.057.343)

Outros (721.982) (721.982)

24.677.284 18.821.632

2019 2018

Resultado líquido do exercício 31.082.300 24.782.109

Nº médio de ações em circulação 4.634.988 4.634.988

Resultado líquido por ação 6,71 5,35

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 87

18. Provisões

O movimento ocorrido nas provisões, durante os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

A provisão para outros riscos e encargos do Grupo, em 31 de dezembro de 2019 e

2018, respeita a riscos decorrentes da atividade que, com base na opinião dos seus

consultores legais, foram graduados como prováveis. Inclui, essencialmente,

situações para reestruturação de atividades e eventuais contingências decorrentes

da atividade. Assim, é entendimento do Conselho de Administração que as provisões

constituídas são adequadas e suficientes para fazer face aos dispêndios a incorrer.

As reversões ocorridas no exercício findo em 31 de dezembro de 2019, respeitam ao

facto de já ter sido atingido o prazo legal definido para ser reclamado aquele

montante e à conclusão de processo com fornecedor.

19. Fornecedores

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe desta rubrica é como se segue:

Provisões Gastos com

exercício o pessoal

(Nota 27)

Provisões para outros riscos e encargos:

Cuidados médicos (Nota 21) 3.322.141 - 257.000 - 488.382 (55.222) 4.012.301

Subsidio por morte (Nota 21) 249.633 - 13.000 - (13.815) - 248.818

Prémio antiguidade/carreira 435.951 - 50.063 - - (6.440) 479.574

Outros riscos e encargos 9.495.069 1.333.819 - (2.675.686) - (85.645) 8.067.557

13.502.794 1.333.819 320.063 (2.675.686) 474.567 (147.307) 12.808.250

2018

Dotações

ReduçõesCapital

PróprioUtilizações 2019

Provisões Gastos com

exercício o pessoal

(Nota 27) (Nota 2)

Provisões para outros riscos e encargos:

Cuidados médicos (Nota 21) 3.217.552 - 259.000 - (104.694) - (49.717) 3.322.141

Subsidio por morte (Nota 21) 239.000 - 13.000 - 2.020 - (4.387) 249.633

Prémio antiguidade/carreira 474.824 - (36.444) - - - (2.429) 435.951

Outros riscos e encargos 8.592.324 2.344.748 - (1.461.126) - 87.680 (68.557) 9.495.069

12.523.700 2.344.748 235.556 (1.461.126) (102.674) 87.680 (125.090) 13.502.794

2017

Dotações

ReduçõesCapital

PróprioUtilizações 2018

Alteração do

perímetro de

consolidação

2019 2018

Não corrente

Fornecedores de imobilizado 3.717.637 254.309

3.717.637 254.309

Corrente

Fornecedores - conta corrente 30.840.550 34.269.813

Fornecedores - faturas em receção e conferência 590.020 205.279

31.430.570 34.475.092

35.148.207 34.729.401

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 88

20. Outros passivos (não corrente)

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Estimativa do montante a pagar para

aquisição da PayTel” corresponde à estimativa efetuada pelo Grupo, relativamente

ao justo valor dos 45% dos ativos líquidos da PayTel a pagar em três anos. Para

aquisição da primeira parcela de 15%, no exercício de 2019, o Grupo tinha estimado

não ter que pagar qualquer montante, o que se verificou, pelo que o passivo não

teve qualquer variação.

Conforme mencionado na Nota 2 do anexo às demonstrações financeiras, este

montante resulta de um conjunto de condições de performance da PayTel, que

ficaram definidas contratualmente entre as partes.

2019 2018

Credores por acréscimo de gastos

Estimativa do montante a pagar para aquisição da Paytel (Nota 2) 20.893.303 22.386.288

Fundo de pensões SIBS (Nota 21)

Insuficiência de cobertura de responsabilidades 6.078.000 11.139.000

Plano de pensões multireforma (Nota 21)

Insuficiência de cobertura de responsabilidades 413.000 353.000

27.384.303 33.878.288

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 89

21. Responsabilidades por benefícios a empregados

a) Plano de Pensões SIBS

Para a determinação das responsabilidades por serviços passados do Grupo relativas

a empregados no ativo e aos já reformados, foram efetuados estudos atuariais por

um atuário independente.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as hipóteses e bases técnicas utilizadas na

determinação das responsabilidades com pensões de reforma e apresentados no

estudo atuarial e o que efetivamente se verificou nestes exercícios, apresenta o

seguinte detalhe:

Os Fundos de Pensões do Grupo são geridos por prestigiadas sociedades gestoras

nacionais.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os Fundos tinham os seguintes participantes:

São considerados "Ex-colaboradores", os empregados do Grupo aos quais, em virtude

da cessação do contrato de trabalho, foi reconhecido o direito ao recebimento de

pensão de reforma ao abrigo do Plano de Pensões.

2019 2018

Empregados no ativo 180 187

Pensionistas 10 10

Ex-colaboradores 173 172

Reformados 48 42

411 411

2019 2018 2019 2018

Pressupostos demográficos: 

Método atuarial Projected Unit Credit Projected Unit Credit

Tábua de mortalidade  TV 99/01 TV 99/01

Tábua de invalidez 25% EKV 80 25% EKV 80

Pressupostos financeiros: 

Taxa de desconto  1,60% 2,25%

Taxa de rendimento dos ativos do fundo de pensões  1,60% 2,25% 9,60% -3,60%

Taxa de inflação 1,00% 1,00%

Taxa de crescimento dos salários pensionáveis 0,50% 1,25% para 2019 e 2020 0,70% 1,92%

1,5% após 2021

Taxa de crescimento das pensões 0,50% 0,50% 0,00% 0,00%

Idade da reforma 66 anos e 5 meses em 2019, nos

anos seguintes consideram-se

as projecções do Eurostat para

a população portuguesa

66 anos e 4 meses em 2018, nos

anos seguintes consideram-se

as projecções do Eurostat para

a população portuguesa

Pressupostos  Realizado 

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 90

As responsabilidades com pensões de reforma, em 31 de dezembro de 2019 e 2018,

assim como a respetiva cobertura e o nível de financiamento das responsabilidades

por serviços passados, apresentam o seguinte detalhe:

O movimento nas responsabilidades com o plano de pensões, durante os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

(a) Refere-se essencialmente ao efeito decorrente da redução da taxa de desconto das responsabilidades.

O movimento no fundo de pensões, durante os exercícios findos em 31 de dezembro

de 2019 e 2018, foi o seguinte:

A política de investimentos foi definida tendo em conta uma estratégia de longo

prazo, com uma alocação de ativos que inclui ações, obrigações, e aplicações de

curto prazo. Esta estratégia assegura uma adequação ao tipo de responsabilidades

e contribui também para a devida diversificação dos investimentos, mediante a

expectativa de longo prazo de diferentes retornos e volatilidades para as diferentes

classes de ativos.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2019, foi efetuada uma contribuição em

dinheiro, no montante de 6.400.000 Euros. No exercício findo em 31 de dezembro

de 2018, não foi feita qualquer contribuição.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Fundo de pensões não inclui ativos que

estejam a ser utilizados pela SIBS ou representativos de títulos emitidos pelo Grupo.

2019 2018

Estimativa das responsabilidades por serviços passados:

- Empregados no ativo 60.080.659 60.866.727

- Reformados e ex-colaboradores 60.352.517 50.427.869

120.433.176 111.294.596

Cobertura das responsabilidades:

- Valor patrimonial do fundo, fornecido pela entidade gestora 114.355.176 100.155.596

- Conta a pagar/(receber) ao fundo (Nota 20) 6.078.000 11.139.000

120.433.176 111.294.596

Estimativa das responsabilidades por serviços futuros 7.599.831 10.547.094

Nível de Financiamento 95% 90%

2019 2018

Saldo inicial do fundo de pensões 100.155.596 105.307.527

Contribuições dos colaboradores 133.000 134.000

Contribuições da SIBS 6.400.000 -

Rendimento esperado do Fundo de Pensões, líquido 2.251.000 2.370.000

Pensões pagas (2.000.420) (1.727.931)

Desvios de rendimento 7.416.000 (5.928.000)

Saldo final do fundo de pensões 114.355.176 100.155.596

2019 2018

Saldo inicial das responsabilidades com pensões 111.294.596 108.781.527

Custo do serviço corrente 724.000 743.000

Custo dos juros 2.502.000 2.449.000

(Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades (a) 7.677.000 825.000

Contribuições dos colaboradores 133.000 134.000

Pagamento de pensões (1.897.420) (1.637.931)

Saldo final das responsabilidades com pensões 120.433.176 111.294.596

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 91

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os elementos que compõem o valor do ativo do

Fundo de Pensões apresentam a seguinte tipologia:

(a) Estes instrumentos encontram-se na sua maioria cotados em mercado ativo.

O movimento nos desvios atuariais, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019

e 2018, foi o seguinte:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as demonstrações

financeiras consolidadas incluem os seguintes gastos com o plano de pensões SIBS:

No cálculo das responsabilidades foi considerado o método “Projected Unit Credit

(PUC)”. Segundo este método, é efetuada uma projeção acumulada do benefício,

considerando o tempo de serviço à data da avaliação. Nos casos em que a atribuição

do benefício tem por base salários futuros e benefícios a atribuir pela Segurança

Social, são considerados pressupostos relacionados com o crescimento desses valores

para efeitos de projeção para a idade em que se assume que o colaborador deixará

de estar no ativo. Em circunstâncias normais, o valor das responsabilidades por

serviços passados é calculado com base na fórmula de cálculo dos benefícios do

Plano.

No entanto, se o serviço em anos posteriores conduzir a um nível materialmente

mais elevado de benefícios, o valor das responsabilidades por serviços passados é

calculado mediante a atribuição de benefícios numa base linear durante o período

relevante.

As contribuições estimadas de colaboradores para o fundo de pensões, no exercício

de 2020, ascendem a 133.000 Euros.

2019 2018

Ações (a) 28.072.497 23.937.187

Obrigações Tx. Indexada (a) 658.001 500.778

Obrigações Tx. Fixa (a) 66.378.577 58.190.401

Liquidez 7.634.317 4.707.313

Retorno Absoluto (a) 11.611.784 12.819.917

114.355.176 100.155.596

2019 2018

Gastos com o pessoal (Nota 27)

Custo do serviço corrente 724.000 743.000

Custo dos juros 2.502.000 2.449.000

Rendimento esperado do Fundo de Pensões, líquido (2.251.000) (2.370.000)

975.000 822.000

2019 2018

Saldo inicial dos desvios atuariais 2.980.123 (3.863.877)

Alteração de pressupostos 7.677.000 825.000

Desvios de rendimento dos fundos de pensões (7.416.000) 5.928.000

Outros desvios 103.000 91.000

Saldo final dos desvios atuariais 3.344.123 2.980.123

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 92

b) Plano de pensões aberto Multireforma

Para fazer face aos encargos com pensões de reforma de dois ex-colaboradores, a

SIBS aderiu ao Plano de Pensões Aberto Multireforma. A estimativa de

responsabilidades foi determinada por um atuário independente, tendo sido

utilizadas hipóteses e bases técnicas consistentes com as do “Plano de Pensões

SIBS”.

As responsabilidades com pensões de reforma, em 31 de dezembro de 2019 e 2018,

assim como a respetiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

O movimento nas responsabilidades com Pensões Multireforma, durante os

exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

O movimento no Fundo de Pensões Aberto Multireforma, durante os exercícios findos

em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

O movimento nos desvios atuariais, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019

e 2018, foi o seguinte:

2019 2018

Responsabilidades por serviços passados 1.316.000 1.332.000

Valor patrimonial do fundo, fornecido pela entidade gestora 903.000 979.000

Conta a pagar/(receber)ao fundo (Nota 20) 413.000 353.000

1.316.000 1.332.000

2019 2018

Saldo inicial das responsabilidades 1.332.000 1.391.000

Custo dos juros 29.000 30.000

(Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 85.000 39.000

Pagamento de pensões (130.000) (128.000)

Saldo final das responsabilidades 1.316.000 1.332.000

2019 2018

Saldo inicial do fundo de pensões multireforma 979.000 1.120.000

Rendimento esperado do Fundo de Pensões, líquido 21.000 24.000

Pensões pagas (130.000) (128.000)

Desvios de rendimento 33.000 (37.000)

Saldo final do fundo de pensões multireforma 903.000 979.000

2019 2018

Saldo inicial dos desvios atuariais 459.000 383.000

Alteração de pressupostos 85.000 39.000

Outros desvios (33.000) 37.000

Saldo final dos desvios atuariais 511.000 459.000

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 93

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as demonstrações

financeiras incluem os seguintes gastos com o plano de pensões aberto Multireforma:

c) Cuidados de Saúde – Serviços de Assistência Médico Social

O Grupo solicita anualmente a um atuário independente a determinação da

estimativa das responsabilidades com os encargos com cuidados de saúde na reforma

dos seus empregados e pensionistas. Para fazer face a esta responsabilidade, o

Grupo tem constituída uma provisão para outros riscos e encargos.

Os pressupostos são iguais ao referenciado na Nota a).

O movimento nas responsabilidades com cuidados de saúde, durante os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

O movimento nos desvios atuariais, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019

e 2018, foi o seguinte:

(a) Essencialmente relativo à redução da redução da taxa de desconto.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as demonstrações

financeiras incluem os seguintes custos com os encargos com cuidados de saúde:

2019 2018

Gastos com pessoal (Nota 27)

Custo dos juros 29.000 30.000

Rendimento esperado do Fundo de Pensões, líquido (21.000) (24.000)

8.000 6.000

2019 2018

Saldo inicial das responsabilidades (Nota 18) 3.322.141 3.217.552

Custo do serviço corrente 179.000 183.000

Custo dos juros 78.000 76.000

(Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 488.382 (104.694)

Pagamento de encargos (55.222) (49.717)

Saldo final das responsabilidades (Nota 18) 4.012.301 3.322.141

2019 2018

Gastos com o pessoal (Nota 27)

Custo do serviço corrente 179.000 183.000

Custo dos juros 78.000 76.000

257.000 259.000

2019 2018

Saldo inicial dos desvios atuariais 437.687 542.379

Alteração de pressupostos (a) 488.327 (106.000)

Outros desvios 55 1.308

Saldo final dos desvios atuariais 926.069 437.687

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 94

d) Subsídios por morte

O Grupo solicita anualmente a um atuário independente a determinação da

estimativa das responsabilidades com os encargos com subsídios por morte dos seus

empregados e pensionistas. Para fazer face a esta responsabilidade o Grupo tem

constituída uma provisão para outros riscos e encargos pelo valor total da

responsabilidade.

O movimento nas responsabilidades com subsídio por morte, durante os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

O movimento nos desvios atuariais, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019

e 2018, foi o seguinte:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as demonstrações

financeiras consolidadas incluem os seguintes gastos com os encargos com subsídio

por morte:

e) Análise de sensibilidade das responsabilidades

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a análise de sensibilidade das responsabilidades

a variações de pressupostos, pode ser resumida como segue:

2019 2018

Gastos com o pessoal (Nota 27)

Custo do serviço corrente 7.000 6.000

Custo dos juros 6.000 7.000

13.000 13.000

Impacto nas responsabilidades

Taxa de

desconto

Aumento da taxa

de desconto

Redução da taxa

de desconto

Taxa de

desconto

Aumento da taxa

de desconto

Redução da taxa

de desconto

Fundo de Pensões 0,50% 1,60% (10.874.000) 12.362.000 2,25% (10.288.000) 11.722.000

Cuidados Médicos 0,50% 1,60% (381.000) 436.000 2,25% (314.000) 360.000

Subsídio por Morte 0,50% 1,60% (29.000) 35.000 2,25% (29.000) 33.000

Fundo de Pensões Multireforma 0,50% 1,60% (43.000) 46.000 2,25% (45.000) 47.000

Análise de sensibilidade 20182019

2019 2018

Saldo inicial das responsabilidades (Nota 18) 249.633 239.000

Custo do serviço corrente 7.000 6.000

Custo dos juros 6.000 7.000

(Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades (13.815) (2.367)

Saldo final das responsabilidades (Nota 18) 248.818 249.633

2019 2018

Saldo inicial dos desvios atuariais 24.020 26.387

Alteração de pressupostos (13.815) (2.367)

Saldo final dos desvios atuariais 10.205 24.020

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 95

f) Estimativa de pagamentos futuros

A estimativa de pagamentos futuros apresenta o seguinte detalhe:

22. Outras contas a pagar

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Outras contas a pagar” tinha a

seguinte composição:

23. Outros passivos (corrente)

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de outros passivos tem a seguinte

composição:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Rendimentos a reconhecer” refere-

se, essencialmente, aos proveitos diferidos associados com os clientes de

determinados mercados internacionais para os quais o Grupo reconhece o rédito

tendo por base os recebimentos dos clientes. O aumento destes rendimentos refere-

se, essencialmente, a faturação antecipada de serviços a clientes do Grupo.

Em 31 de dezembro 2019 e 2018, a rúbrica “Faturação antecipada” refere-se a

faturação emitida a clientes, cujo serviço ainda não foi disponibilizado,

nomeadamente faturação a clientes de mercados internacionais, faturação

referente ao projeto Open Banking, Compliance PCI upgrade e projeto Union Pay.

Pagamento esperado de benefíc ios 2020 2021 2022 2023 2024 2025 a 2030

Fundo de Pensões 1.780.000 1.875.000 2.138.000 2.271.000 2.398.000 18.626.000

Cuidados Médicos 59.000 62.000 70.000 80.000 90.000 704.000

Subsídio por Morte 2.000 2.000 2.000 3.000 3.000 25.000

Fundo de Pensões Multireforma 123.000 118.000 112.000 105.000 98.000 431.000

2019 2018

Outros credores

Valor a pagar do negócio de acquiring 1.158.786 1.043.856

Benefício a reconhecer 1.097.646 1.572.720

Adiantamentos de clientes 714.176 684.149

Outros 242.431 107.454

3.213.039 3.408.179

2019 2018

Credores de acréscimos de gastos

Remunerações a liquidar 9.295.547 8.622.058

Trabalhos especializados 5.495.360 2.856.067

Estimativa do montante a pagar para aquisição da Paytel (Nota 2) 1.492.985 -

Comissões interbancárias 703.169 170.025

Despesas de comunicação 123.162 165.307

Contratos de assistência técnica 139.165 519.387

Rendimentos a reconhecer 13.110.642 4.057.351

30.360.030 16.390.195

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 96

24. Vendas e serviços prestados

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as vendas e serviços

prestados têm a seguinte composição:

A rubrica “Pagamentos, segurança e soluções software, inclui entre outros, serviços

de emissão, serviços digitais, serviços SEPA, débito direto, Swift, serviços

internacionais, fraude e regularizações.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as transações com

entidades relacionadas ascenderam a 83.429.708 Euros e 68.384.690 Euros,

respetivamente (Nota 33).

25. Outros rendimentos

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os outros rendimentos

operacionais têm a seguinte composição:

A rubrica “Trabalhos para a própria empresa” resulta do facto de o Grupo ter

assumido integralmente o desenvolvimento do principal sistema associado à sua

atividade de processamento, anteriormente a cargo de fornecedores externos. O

Grupo detém um controlo efetivo das horas e outros custos incorridos pelos

colaboradores para cada um dos projetos considerados, amortizando por um período

entre três e dez anos.

2019 2018

Vendas

Caixas Automáticos 9.168.314 6.467.489

Cartões 6.463.228 6.140.610

E-vouchers 5.186.269 2.516.432

Outros 2.298.008 2.030.230

23.115.819 17.154.761

Prestação de serviços

Pagamentos, segurança e soluções software 66.122.861 62.503.615

Gestão de rede 65.960.708 55.153.076

Outros serviços de pagamentos 42.588.441 32.865.065

Personalização de cartões 5.977.997 5.990.024

Outsourcing de processos de negócio 16.465.153 15.728.611

197.115.160 172.240.391

Descontos e abatimentos (6.842.096) (6.711.355)

190.273.064 165.529.036

2019 2018

Rendimentos suplementares

Estudos e projectos 1.373.733 1.657.574

Publicidade em CA 1.875.000 1.750.000

Logística e recuperação de custos com CA 1.508.187 1.300.004

Outros rendimentos suplementares 1.823.092 1.975.003

Trabalhos para a própria empresa 4.664.453 3.846.313

Outros 283.380 159.521

11.527.845 10.688.415

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 97

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as transações com

entidades relacionadas ascenderam a 2.726.317 Euros e 2.076.371 Euros,

respetivamente (Nota 33).

26. Fornecimentos e serviços externos

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte

composição:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Comissões

interbancárias” corresponde essencialmente às comissões pagas, aos bancos

nacionais e aos sistemas de pagamentos internacionais, decorrentes da atividade de

acquiring MB e não MB.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as transações com

entidades relacionadas ascenderam a 9.203 Euros e 21.594 Euros, respetivamente

(Nota 33).

27. Gastos com o pessoal

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte

composição:

2019 2018

Remunerações dos orgãos sociais 1.366.818 1.083.760

Remunerações do pessoal 32.466.486 29.703.832

Encargos com pensões:

Fundo de Pensões SIBS (Nota 21) 975.000 822.000

Fundo de Pensões Aberto Multi reforma (Nota 21) 8.000 6.000

Cuidados médicos (Notas 18 e 21) 257.000 259.000

Custos com Fundos de Pensões Abertos -

Encargos sobre as remunerações 6.586.582 6.307.457

Prémio de antiguidade/carreira (Nota 18) 50.063 (36.444)

Subsidio por morte (Notas 18 e 21) 13.000 13.000

Outros gastos com o pessoal 2.419.075 2.231.247

44.142.024 40.389.852

2019 2018

Comissões interbancárias 36.846.595 32.594.941

Manutenção da rede e infraestrutura 25.280.064 23.866.244

Trabalhos especializados 16.646.800 14.147.081

Subcontratos 6.788.496 5.271.533

Publicidade 2.175.400 1.831.465

Aluguer de Software e Hardware 1.822.740 1.744.685

Alugueres de instalações e outros alugueres 1.869.030 2.270.914

Aluguer de circuitos 1.660.993 1.875.763

Comunicações 1.205.454 1.167.794

Outros 4.898.954 4.981.386

99.194.526 89.751.806

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 98

A rubrica “Outras gastos com o pessoal” refere-se a despesas com formação, seguros

de acidentes de trabalho e de vida, subsídio de habitação e indemnizações por

cessação contratual.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o número médio de

colaboradores foi de 992 e 821, respetivamente. Em dezembro de 2019, o número

total de colaboradores foi de 991.

28. Outros gastos

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte

composição:

29. Resultados financeiros

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte

composição:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as transações com

entidades relacionadas, na rubrica “Juros e rendimentos similares obtidos”

ascenderam a 1.390 Euros e 1.616 Euros, respetivamente (Nota 33).

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as transações com

entidades relacionadas, na rubrica “Juros e gastos similares suportados” ascenderam

a 2.111 Euros e 1.719 Euros, respetivamente (Nota 33).

2019 2018

Impostos 618.255 313.245

Perdas, alienações e abates em ativos financeiros disponíveis para venda 250.659 -

Quotizações 65.365 65.221

Débitos de baixo valor TPA 23.891 36.675

Outros gastos 556.518 520.912

1.514.688 936.053

2019 2018

Juros e rendimentos similares obtidos

Juros obtidos 408.033 246.486

Diferenças de câmbio favoráveis 523.020 428.200

Outros 5.693 16.036

936.746 690.722

Juros e gastos similares suportados

Juros suportados 520.943 118.520

Diferenças de câmbio desfavoráveis 1.023.144 1.087.215

Outros 142.741 155.857

1.686.828 1.361.592

(750.082) (670.870)

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 99

30. Rendimentos de instrumentos de capital

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica tem a seguinte

composição:

31. Impostos sobre o rendimento

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o gasto com impostos

sobre o rendimento reconhecidos em resultados, podem ser resumidos como se

segue:

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto, para os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, pode ser detalhada como se segue:

As autoridades fiscais têm a faculdade de rever a situação fiscal do Grupo durante

um período de quatro anos, excepto em caso de ter sido efetuado reporte de

prejuízos, bem como de qualquer outra dedução ou crédito de imposto, em que o

prazo de caducidade é o do exercício desse direito.

É entendimento do Conselho de Administração que não é previsível qualquer

liquidação adicional significativa relativamente aos exercícios de 2016 a 2019.

2019 2018

Ativos financeiros disponíveis para venda

Dividendos recebidos da VISA 103.375 84.446

103.375 84.446

2019 2018

Impostos correntes do exercício 11.201.756 9.109.243

Impostos diferidos (Nota 10) 1.341.288 (722.413)

Insuficiência de estimativa de imposto (1.511.127) (931.373)

Imposto sobre o rendimento do exercício 11.031.917 7.455.457

Reconciliação da taxa de imposto 2019 2018

Resultado antes de impostos 41.905.017 32.237.566

Imposto apurado com base na taxa nominal 9.293.329 7.119.834

Derrama estadual 1.555.574 1.143.092

Provisões para outros riscos e encargos 487.001 (177.485)

Gastos com pensões acima dos limites legais (86.541) (237.484)

Tributação autónoma 393.486 372.584

Insuficiência de estimativa de imposto (1.511.127) (931.373)

Beneficios fiscais (110.023) (129.090)

Amortizações não aceites como gasto 45.314 40.753

Outros 964.904 254.810

Imposto sobre o rendimento do exercício 11.031.917 7.455.457

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 100

32. Divulgações relativas a gestão de riscos financeiros

Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à atividade do Grupo

No decorrer da sua atividade, o Grupo encontra-se exposto a um conjunto de riscos

financeiros, sendo os principais o risco de crédito e o risco de liquidez.

Risco de crédito

O risco de crédito é a possibilidade de perda de valor do ativo do Grupo em

consequência do incumprimento de obrigações contratuais, por motivos de

insolvência ou incapacidade de pessoas singulares ou colectivas em honrar os seus

compromissos para com o Grupo.

O risco de crédito é acompanhado numa base regular pelo Grupo, permitindo uma

identificação atempada das situações mais relevantes, que exigem uma avaliação e

um acompanhamento mais cuidado. Quando são identificadas situações de

incumprimento, os clientes são contatados diretamente e são realizadas diligências

para que seja recuperado o valor em causa.

O risco de crédito no Grupo está mitigado pelo facto de grande parte da sua

atividade ser efectuada com entidades que são também acionistas e que não

apresentam históricos de incumprimento.

Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz-se na possibilidade das fontes de financiamento, como

sejam os fluxos de caixa operacionais e os fluxos de caixa obtidos de operações de

desinvestimento, de linhas de crédito e de financiamento, não satisfazerem as

necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais

e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso

de dívida.

O Grupo procura fazer face a este risco mantendo uma gestão adequada dos fluxos

de tesouraria, que advêm quase na totalidade das suas actividades operacionais.

Como procedimento habitual o Grupo mantém um saldo de tesouraria elevado, o

que lhe permite fazer face à necessidade de recursos.

O Grupo SIBS implementou um sistema centralizado de gestão de tesouraria, sob

responsabilidade da SIBS SGPS, o que levou à concentração, nesta última, dos saldos

de tesouraria de cada empresa.

Adicionalmente, o Grupo não tem por norma efectuar investimentos que possam ser

impeditivos de obtenção imediata de liquidez. Também apresenta um bom

relacionamento com os bancos com quem trabalha.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 101

Risco de taxa de juro

O Grupo considera que, face à sua atividade, a exposição ao risco de taxa de juro

não tem expressão. De referir que o Grupo aplica os seus excedentes de tesouraria

em depósitos à ordem ou em aplicações financeiras de curto prazo.

Risco cambial

O Grupo encontra-se exposto ao risco cambial decorrente das transações que efetua

com alguns dos seus clientes internacionais.

Justo valor

No apuramento do justo valor de ativos e passivos financeiros mantidos ao custo

amortizado com referência a 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo considera

que dada a sua natureza de curto prazo, o valor da demonstração da posição

financeira constituía uma boa aproximação do justo valor.

33. Entidades relacionadas

a) Identificação das entidades relacionadas

De acordo com a IAS 24, são consideradas entidades relacionadas aquelas em que a

SIBS exerce, directa ou indirectamente, influência significativa sobre a sua gestão e

política financeira e operacional - Empresas do Grupo, Associadas e Fundo de

Pensões - e as entidades que exercem influência significativa sob a gestão da

Sociedade - Acionistas e Membros do Conselho de Administração da SIBS.

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 102

b) Detalhe dos saldos e transações com entidades relacionadas

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os saldos com entidades relacionadas podem

ser resumidos da seguinte forma:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as transações com

entidades relacionadas podem ser resumidas da seguinte forma:

Saldos com entidades relacionadas em 2019

Investimentos

em filiais e

associadas

Clientes

Outras

contas a

receber

Caixa e

depósitos

bancários

(Nota 8) (Nota 13) (Nota 14) (Nota 16)

Empresas associadas

MULTICERT 553.100 - 250.000 -

VIA VERDE 1.264.518 - - -

1.817.618 - 250.000 -

Acionistas participação > 10%

Millennium BCP - 2.806.999 4.077.969 7.468.131

Caixa Geral Depósitos - 5.426.592 6.729.499 213.122

Banco Santander Totta - 4.423.020 - 310.211

Banco BPI - 2.560.969 - 58.436

- 15.217.580 10.807.468 8.049.899

Saldos com entidades relacionadas em 2018

Investimentos

em filiais e

associadas

Clientes

Outras

contas a

receber

Caixa e

depósitos

bancários

(Nota 8) (Nota 13) (Nota 14) (Nota 16)

Empresas associadas

MULTICERT 585.907 - - -

VIA VERDE 1.663.600 - - -

2.249.507 - - -

Acionistas participação > 10%

Millennium BCP - 1.921.191 2.628.878 5.956.397

Caixa Geral Depósitos - 4.020.446 147.076 264.919

Banco Santander Totta - 3.297.420 - 100.018

Banco BPI - 3.881.082 - 3.831

- 13.120.139 2.775.954 6.325.165

Transações com entidades relacionadas

em 2019

Fornecimentos

e serviços

externos

Juros e

gastos

similares

suportados

VendasPrestações

de serviços

Outros

rendimentos

Juros e

rendimentos

similares

obtidos

(Nota 26) (Nota 29) (Nota 24) (Nota 24) (Nota 25) (Nota 29)

Empresas associadas

VIA VERDE - - - 4.530.922 50.000 -

MULTICERT 8.593 - - - - -

8.593 - - 4.530.922 50.000 -

Acionistas participação > 10%

Millennium BCP - 1.438 3.444.105 16.955.306 719.805 1.390

Caixa Geral Depósitos - 673 1.681.149 28.096.763 828.756 -

Banco Santander Totta 610 - 1.821.623 13.851.683 681.055 -

Banco BPI - - 2.199.815 10.848.341 446.701 -

610 2.111 9.146.692 69.752.094 2.676.317 1.390

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 103

c) Detalhe dos saldos e transações com Membros dos Órgão Sociais da SIBS

Apenas o Presidente do Conselho de Administração, a Vice-Presidente do Conselho

de Administração e um vogal do Conselho de Administração com funções executivas

auferem remunerações da Sociedade.

A remuneração anual paga a estes administradores, nos exercícios findos em 31 de

dezembro de 2019 e 2018, ascendeu a 802.963 Euros e 843.650 Euros,

respetivamente

A remuneração global agregada paga, nos exercícios findos em 31 de dezembro de

2019 e 2018, aos vogais do Conselho Fiscal cifrou-se em 12.883 Euros e 12.000 Euros,

respetivamente (Nota 27).

Transações com entidades relacionadas

em 2018

Fornecimentos

e serviços

externos

Juros e

gastos

similares

suportados

VendasPrestações

de serviços

Outros

rendimentos

Juros e

rendimentos

similares

obtidos

(Nota 26) (Nota 29) (Nota 24) (Nota 24) (Nota 25) (Nota 29)

Empresas associadas

VIA VERDE - - - 5.989.842 48.950 -

MULTICERT 18.831 - - - - -

18.831 - - 5.989.842 48.950 -

Acionistas participação > 10%

Millennium BCP - 1.569 2.011.094 15.634.197 516.231 1.616

Caixa Geral Depósitos - 148 869.691 15.345.551 570.301 -

Banco Santander Totta 2.763 - 1.972.625 13.846.434 701.838 -

Banco BPI - 3 2.677.419 10.037.837 239.051 -

2.763 1.719 7.530.829 54.864.019 2.027.421 1.616

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 104

34. Ativos e responsabilidades contingentes

Garantias prestadas

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo tinha assumido responsabilidades por

garantias prestadas, como segue:

(a) Esta garantia bancária tem como objeto cobrir as garantias bancárias que a COMP SPÓŁKA AKCYJNA (anterior

acionista da PayTel) emitiu em nome da PayTel, até as mesmas serem transferidas para nome da SIBS. Esta garantia

expirou em abril de 2019 e não foi renovada.

Responsabilidades assumidas

Em 31 de dezembro de 2019, o Grupo estabeleceu contratos com fornecedores em

que foram assumidas responsabilidades futuras, no montante de 14.139.000 Euros,

que não estão refletidas nas demonstrações financeiras do Grupo por apenas serem

reconhecidas à medida que os serviços subjacentes a esses contratos vão sendo

prestados.

Tipo de

Garantia

COMP Spolka Akcyjna (a) Bancárias - 12.433.969

CP - Comboios de Portugal Bancárias 500.000 -

Valor Prime Bancárias 141.369 -

Autoridade Tributária e Aduaneira Bancárias 136.426 136.426

Mercados internacionais Bancárias 87.000 87.000

Outras Bancárias 101.955 75.377

966.750 12.732.772

Benefic iários 20182019

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SIBS: Relatório e Contas Consolidado 2019 105

35. Eventos subsequentes

Em virtude da Pandemia, declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que

conduziu ao decreto de estado de emergência pelo Presidente da República, causada

pelo novo coronavírus (Covid-19), o Conselho de Administração efetuou uma

avaliação do impacto que esta situação vai ter na envolvente económica e nas

demonstrações financeiras do Grupo, tendo concluído que o mesmo terá uma

redução moderada na atividade do Grupo.

Para mitigar o impacto do abrandamento económico, o Grupo pôs em prática um

conjunto de ações para controlo e redução dos seus custos operacionais, de forma

acomodar o efeito de redução no volume de negócios, nomeadamente no que se

refere a:

Renegociação de contratos com fornecedores;

Congelamento de contratações de colaboradores previstas para 2020;

Diferimento no inicio de projetos programados para o primeiro semestre; e

Adiamento da contratação de serviços previstos para o primeiro semestre.

Adicionalmente, e numa ótica de responsabilidade social, e contributo para a

mitigação do risco de propagação da pandemia, o Grupo tomou medidas atempadas,

que resultaram em:

Criação duma equipa de crise para acompanhamento do desenvolvimento deste tema, e para apoio aos colaboradores do Grupo;

Colocação em teletrabalho do maior número possível de recursos, com todo o

desafio tecnológico necessário para criar condições de trabalho à distância;

Reforço dos níveis de higienização das instalações do Grupo;

Aquisição de máscaras, luvas, produtos desinfetantes, e outros consumíveis similares, de modo a diminuir a exposição dos colaboradores ao risco existente.

Tendo em consideração o atual cenário, não é possível antecipar a totalidade dos

impactos operacionais e financeiros que poderão vir a decorrer para o Grupo. No

entanto, tendo por base o plano operacional implementado, a previsão da redução

da atividade e os recursos financeiros atualmente existentes, o Grupo reviu as suas

projeções financeiras e de tesouraria para o ano de 2020, não perspetivando

qualquer deterioração patrimonial, quer através de imparidades de ativos ou na

materialização de responsabilidades inerentes à sua atividade. Deste modo, o

Conselho de Administração entende que o Grupo tem as condições reunidas para

continuar a sua atividade operacional, cumprindo com os seus compromissos com

terceiros, nomeadamente com os seus clientes e fornecedores, pelo que o

pressuposto da continuidade das operações, utilizado na preparação das

demonstrações financeiras do Grupo em 31 de dezembro de 2019, mantém-se

apropriado.

O Contabilista Certificado O Conselho de Administração

Sandra Bernardo

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Audit Committee ReportRapport et Opinion du Conseilde Surveillance

03Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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Statutory Audit ReportCerti�cation Légale des Comptes

04CertificaçãoLegal de Contas

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