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Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROIC/UNICENTRO- Programa Institucional de Iniciação Científica da UNICENTRO PROIC http://www.unicentro.br/pesquisa/iniciacao/ RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- VOLUNTÁRIA NOME DO ALUNO: Nery de Oliveira Júnior ORIENTADORA: Professora Dra. Luci Nychai REFERENTE AO PERÍODO: agosto/2017 até Julho/2018 TÍTULO: ECONOMIA DA INFORMAÇÃO: Economia da Informação: Internet e desenvolvimento RESUMO: O presente relatório visa apresentar os resultados finais da pesquisa de iniciação científica realizada no período de agosto de 2017 a julho/2018 cujo objetivo foi compor um diagnóstico sobre o hiato digital no Brasil focado na Internet e desenvolver o layout do ambiente digital-informacional para o curso de Ciências Econômicas na forma de um website. Trata-se de uma de uma pesquisa exploratório-descritiva com escopo teórico sobre a Economia da Informação e da utilização de ferramentas da tecnologia da informação para elaboração do layout do ambiente digital-informacional para o Curso de Ciências Econômicas na forma de um website. Os resultados evidenciaram que as estratégias de desenvolvimento digital precisam acompanhar a evolução das estratégias de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). A disponibilidade da conectividade digital é uma meta importante e um enorme desafio. Neste contexto, o Brasil precisa criar condições favoráveis para a tecnologia digital ser eficiente e efetiva. Quando o Brasil criar fundamentos e estruturas sólidas em CT&I principalmente em termos de TICs e Internet colherá dividendos digitais amplos em termos de promoção da inovação, crescimento econômico mais rápido, mais empregos, melhores serviços e geração de renda refletindo na melhoria do desenvolvimento social. PALAVRAS-CHAVE: Internet. Hiato digital. Website. Economia da informação. INTRODUÇÃO A rede mundial de computadores conhecida como Internet, surgiu na Guerra Fria com objetivos militares de comunicação das forças armadas norte-americanas para serem utilizado em caso de ataques inimigos e destruição dos meios de telecomunicações convencionais. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico, por meio do quais estudantes e professores universitários, principalmente, nos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial. Foi nos anos 1990s que a Internet começou a se tornar uma ferramenta de massa utilizada pela população em geral. Isso foi possível devido ao desenvolvimento pelo engenheiro inglês Tim Bernes-Lee da World Wide Web (WWW) possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir de então a Internet passou a ser o meio de comunicação, informação e trabalho mais utilizado pela população, considerada uma das maiores inovações tecnológicas da era moderna. Atualmente a internet já se tornou algo simples e cotidiano na vida das pessoas. Entretanto, a Internet Comercial só se desenvolveu a partir de 1995s considerado o marco-zero da Internet Comercial no Brasil e no Mundo. Foi a partir de então que surgiram os alguns dos mais importantes nomes da internet como Yahoo e Amazon que logo seriam protagonistas na Web brasileira (VIEIRA, 2003). A partir de 1995 também surgiram novas extensões e browsers que garantiram maior funcionalidade e facilidade de seu uso. O que antes era por códigos ganha botões, figuras e animações, com objetivo de ampliar e conquistar mais públicos, de forma mais amigável. Hoje a internet é uma ferramenta econômica, social e institucional importantíssima para sociedade. Segundo por meio da Internet se consegue analisar o perfil do usuário através de seus gostos e apresentar

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RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- VOLUNTÁRIA

NOME DO ALUNO: Nery de Oliveira Júnior

ORIENTADORA: Professora Dra. Luci Nychai

REFERENTE AO PERÍODO: agosto/2017 até Julho/2018

TÍTULO: ECONOMIA DA INFORMAÇÃO: Economia da Informação: Internet e desenvolvimento

RESUMO: O presente relatório visa apresentar os resultados finais da pesquisa de iniciação científica realizada no período de agosto de 2017 a julho/2018 cujo objetivo foi compor um diagnóstico sobre o hiato digital no Brasil focado na Internet e desenvolver o layout do ambiente digital-informacional para o curso de Ciências Econômicas na forma de um website. Trata-se de uma de uma pesquisa exploratório-descritiva com escopo teórico sobre a Economia da Informação e da utilização de ferramentas da tecnologia da informação para elaboração do layout do ambiente digital-informacional para o Curso de Ciências Econômicas na forma de um website. Os resultados evidenciaram que as estratégias de desenvolvimento digital precisam acompanhar a evolução das estratégias de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). A disponibilidade da conectividade digital é uma meta importante e um enorme desafio. Neste contexto, o Brasil precisa criar condições favoráveis para a tecnologia digital ser eficiente e efetiva. Quando o Brasil criar fundamentos e estruturas sólidas em CT&I principalmente em termos de TICs e Internet colherá dividendos digitais amplos em termos de promoção da inovação, crescimento econômico mais rápido, mais empregos, melhores serviços e geração de renda refletindo na melhoria do desenvolvimento social.

PALAVRAS-CHAVE: Internet. Hiato digital. Website. Economia da informação.

INTRODUÇÃO

A rede mundial de computadores conhecida como Internet, surgiu na Guerra Fria com objetivos militares de comunicação das forças armadas norte-americanas para serem utilizado em caso de ataques inimigos e destruição dos meios de telecomunicações convencionais. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico, por meio do quais estudantes e professores universitários, principalmente, nos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial. Foi nos anos 1990s que a Internet começou a se tornar uma ferramenta de massa utilizada pela população em geral. Isso foi possível devido ao desenvolvimento pelo engenheiro inglês Tim Bernes-Lee da World Wide Web (WWW) possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir de então a Internet passou a ser o meio de comunicação, informação e trabalho mais utilizado pela população, considerada uma das maiores inovações tecnológicas da era moderna.

Atualmente a internet já se tornou algo simples e cotidiano na vida das pessoas. Entretanto, a Internet Comercial só se desenvolveu a partir de 1995s considerado o marco-zero da Internet Comercial no Brasil e no Mundo. Foi a partir de então que surgiram os alguns dos mais importantes nomes da internet como Yahoo e Amazon que logo seriam protagonistas na Web brasileira (VIEIRA, 2003).

A partir de 1995 também surgiram novas extensões e browsers que garantiram maior funcionalidade e facilidade de seu uso. O que antes era por códigos ganha botões, figuras e animações, com objetivo de ampliar e conquistar mais públicos, de forma mais amigável. Hoje a internet é uma ferramenta econômica, social e institucional importantíssima para sociedade. Segundo por meio da Internet se consegue analisar o perfil do usuário através de seus gostos e apresentar

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conteúdo com base nesse estudo continuo. Ela também está em dispositivos moveis, nos sistemas de segurança, nos sistemas automatizados dos carros, nos aplicativos que traçam rotas, nas agendas automáticas que controlam os afazeres e compromissos com base na rotina diária do usuário. Enfim, ela já se tornou comum em quase todos os afazeres diário. Se, por um lado, o serviço ampliou-se, diversificou-se e mudou a forma como as pessoas estudam, trabalham, organizam-se, relacionam-se e movimentam a economia (VIEIRA, 2003), por outro, ele ainda não está disponível para muitas pessoas caracterizando um hiato digital, além da falta de qualidade dos serviços e velocidade de Internet no Brasil. Além do que, contexto da Economia da Informação a Internet se insere como um vetor de desenvolvimento. Para Duarte (2013), historicamente, o desenvolvimento humano e social tem sido associado à indicadores de educação, saúde e economia. No entanto, em anos recentes, o acesso às tecnologias digitais e a sua adoção nos ambientes de trabalho, estudo e lazer também vêm sendo apontados como indicadores relevantes de desenvolvimento sustentável. As tecnologias de informação (TICs) tendem a facilitar a vida e o trabalho e tornar as tarefas das pessoas mais produtivas e recompensadoras. Também podem contribuir de modo decisivo para elevar países em desenvolvimento a um novo patamar socioeconômico, impactando processos de produção e modelos de negócios.

Diante, do exposto a presente pesquisa visou analisar a internet como um vetor de desenvolvimento focando principalmente no hiato digital do Brasil, além de desenvolver o layout do ambiente digital-informacional para o curso de Ciências Econômicas na forma de um website. Assim, este projeto de pesquisa focou nas questões da Economia da Informação concernentes à disponibilidade da informação via websites que possibilitam a sua disseminação de forma extensiva, pressupondo que a forma da apresentação da informação é importante para a compreensão e construção de novos conhecimentos por parte do infosumidor, principalmente quando o mesmo se vale de recursos digitais. Esta proposta de pesquisa busca também discutir as questões do hiato digital e de como a Internet promove o desenvolvimento. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Compor um diagnóstico sobre o hiato digital no Brasil focado na Internet e desenvolver o layout do ambiente digital-informacional para o curso de Ciências Econômicas na forma de um website. 2.2. Objetivo(s) específico(s)

1) Construir uma visão geral sobre as condições de acesso digital com foco na Internet no Brasil;

2) 2. Discutir como a Internet promove o desenvolvimento.

3) 3. Desenvolver o layout do ambiente digital-informacional para o Curso de Ciências Econômicas na forma de um website.

1. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva com escopo teórico sobre a Economia da Informação com foco no ambiente digital da Internet. O período de estudo para a análise foi selecionado de acordo com a disponibilidade de dados nas bases oficiais compreendendo, principalmente a série de 2004 a 2016. A pesquisa foi desenvolvida utilizando-se dos seguintes procedimentos:

a) Levantamento e análise estatística de dados sobre a Internet no Brasil em bases do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTC,), IBGE e outros. Nesta fase serão aplicadas as funções da Estatística Descritiva.

b) Análise discursiva sobre a relação entre desenvolvimento e Internet. Está fase pautou-se pelo Relatório de Desenvolvimento do Banco Mundial de 2016.

c) Desenvolvimento do layout do ambiente digital-informacional para o Curso de Ciências Econômicas na forma de um website. Nesta fase foi utilizado o instrumental da área de webdsigner. Nesta fase, foi realizada pesquisa de forma a coletar subsídios para adequação do ambiente digital aos infosumidor, na área de educação, quanto ao design do site, à usubilidade, a arquitetura da informação de forma a adequar o website às necessidades e as competências informacionais da sua clientela de forma responsiva.

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2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 2.1. Visão geral sobre as condições de acesso digital com foco na Internet no Brasil 2.1.1. Uma breve trajetória histórica

O lançamento do Sputnik, em 1957s é considerada o marco inicial para a criação da Internet nos laboratórios militares e acadêmicos dos Estados Unidos entre o final da década de 1950 e início dos anos 1960. Portanto a Internet se originou a partir de um projeto de pesquisa militar (Advanced Research Projects Agency ou Agência de Projetos de Pesquisa Avançados - ARPA), no período da guerra fria. Foi no interior da Arpa que surgiu a Arpanet, "embrião" da rede mundial de computadores. De acordo com Madureira (2007), a ideia era criar uma rede distribuída, independente de comandos centralizados, que pudesse sobreviver a um ataque nuclear que atingisse os nós centrais de telecomunicações norte-americanos. A rede era baseada em uma tecnologia chamada "packet-switching", ou “troca de pacotes” (MERKLE E RICHARDSON, 2000), que divide as mensagens em pequenos fragmentos no momento do envio dos dados. Esses fragmentos são capazes de encontrar seu próprio caminho até o destino, onde são novamente reagrupados para formar a mensagem original.

Assim, de acordo com MADUREIRA, (2007), este projeto surgiu como resposta do governo americano ao lançamento do Sputnik pela ex-União Soviética. Primeiramente, a ideia era conectar os mais importantes centros universitários de pesquisa americanos com o Pentágono para permitir não só a troca de informações rápidas e protegidas, mas também para instrumentalizar o país como uma tecnologia que possibilitasse a sobrevivência de canais de informação no caso de uma guerra nuclear, sem prever o que a Internet se tornaria nos anos vindouros.

A tecnologia utilizada na época para transmissão de dados foi criada com o nome de WAN (Wide Area Networks), mas a linguagem utilizada nos computadores ligados em rede era muito complicada, por isso, na época, o potencial de alastramento da Internet não podia ser imaginado. Durante a década de 1970s, com a revisão das limitações dos programas utilizados nos computadores em rede, o e-mail (eletronic mail) tornou-se o primeiro uso da Internet entre os pesquisadores, porque possibilitava que a comunicação entre eles fosse facilmente acessível, e também para trocar informações dentro das universidades. As aplicações comerciais da Internet começaram a acontecer nos anos oitenta com os primeiros provedores de serviço da Internet (International Service Providers - ISP) possibilitando ao usuário comum a conexão com a Rede Mundial de Computadores, de dentro de sua casa (MERKLE E RICHARDSON, 2000). O que distingue a Internet de outros meios de telecomunicação é que ela faz uso de uma linguagem ou protocolo específico, chamado TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol), que lê a informação transmitida e a envia para o destino estabelecido pelo usuário. No fim de 1989 o sistema contava com mais de cem mil servidores envolvidos no projeto. Em 1992 a World Wide Web (WWW) foi lançado, aumentando consideravelmente o número de servidores conectados ao sistema (mais de um milhão). Com tal expansão, a Internet ganhou milhares de usuários ao redor do mundo, que podiam a partir de então, buscar - sem sair de suas casas - novas informações antes inacessíveis, através de pesquisas online e conhecer novas pessoas neste novo lugar chamado ciberespaço (MERKLE E RICHARDSON, 2000).

A internet também influenciou as comunicações a qual um elemento essencial e sempre foi imprescindível para sobrevivência humana e sua expansão. O ser humano começou a se comunicar por meios de emissões de sons e sinais, avançando ao longo do tempo para formas mais complexas como fogo/fumaça, tinta (pinturas rupestres) e com a evolução destes métodos o ser humano chegou a escrita usada por populações egípcias, gregas, romanas e também do oriente. Contudo, foi somente no século XV que o Alemão Johannes Gensfleisch Gutenberg desenvolveria o primeiro meio de comunicação em massa, e foi graças a esse meio que a base para moderna economia, revolução cientifica, renascença e disseminação em massa do aprendizado foi possível, era ele o responsável pelas prensas moveis que permitiu a produção em massa de livros impressos (COUTINHO, 2015).

De acordo com Lemos (2013), no século XIX diversas inovações mediáticas apareceram, a começar em 1837 com o telégrafo elétrico, o telefone em 1875, o telégrafo por ondas hertzianas em 1900 e um ano antes, o cinema. Em 1964, o primeiro satélite de comunicação, o Telstar, revolucionou a visão de mundo e instaurou um espaço de informação cobrindo todas as áreas do planeta, fazendo com a grande novidade do final do século XX foram as novas tecnologias digitais e as redes telemáticas.

A Segunda Guerra Mundial juntamente com Guerra Fria com a corrida armamentista e especial contribuiu muito, em termos tecnológicos, foi nessa época que se inicia a revolução digital. O que se

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denomina de novas Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) surgem a partir de 1975, com a fusão das telecomunicações analógicas com a informática, possibilitando a veiculação, sob um mesmo suporte – o computador -, de diversas formatações de mensagens. Essa revolução digital implica, progressivamente, na disseminação individualizada de produção, difusão e estoque de informação (LEMOS; 2013)

Atualmente, a tecnologia vive em constante crescimento, seu avanço pode ser visto quase que diariamente, avanços tecnológicos em hardwares, softwares, aplicativos, social (modo de se comunicar), educação e infinitos ramos que pode se ampliar gerando ramificações com infinitas possibilidades. Sem dúvida que a tecnologia facilitou e facilita nossas vidas deixando o cotidiano cada vez mais prático e rápido, assim como nosso trabalho mais ágil, profissional e com resultados mais precisos. Trabalhos que antes demoravam meses, atualmente são feito em questão de segundos, pesquisas que demorariam horas estão disponíveis com um simples clique, tudo isso só foi possível graças à internet, cada vez mais pessoas tem acesso a essa rede que vem se ampliando em todo o mundo.

É perceptível que cada vez mais a internet se torna uma fonte de informação útil, uma verdadeira biblioteca com atualizações em tempo real e imediato fazendo seus usuários ganharem tempo. Porém a qualidade desta informação é algo que deve ser bem avaliada, essa qualidade da informação é um dos principais desafios da atualidade. Lopes (2004) deixa claro que a qualidade da informação é um dos mais importantes aspectos a serem considerados, devido ao volume crescente de informações vinculadas na web se faz necessário utilizar filtros para determinar a credibilidade das mesmas, pois caso contrário que era uma fonte de informação pode se tornar em fonte de desinformação.

2.1.2. A Economia da Informação e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) O final do século XX foi caracterizado por grandes avanços na tecnologia de informação e comunicação (TICs) ratificando a informação como um ativo econômico e social importante para a sociedade. Neste novo cenário, a Economia da Informação, até então preocupada, basicamente, como a sua produção e seus custos de obtenção, geração e reprodução, ganhou uma nova dimensão: a informação digital e sua valorização econômica. Assim, a Economia da Informação ampliou sua área de atuação para o ambiente informacional digital, principalmente os da World Wide Web.

Na era da Economia da Informação Digital (EID) o conceito de informação é amplo. Em essência, é qualquer informação que possa ser digitalizada por meio de uma codificação de fluxos de bits. Desta forma, bancos de dados, jornais, revistas, filmes, periódicos, variáveis econômicas, páginas de Web são considerados bens de informação.

Para Shapiro e Varian (1999) o valor da informação digital varia de acordo com diferentes consumidores. Algumas informações tem valor de entretenimento, empresarial e outras têm valor acadêmico, mas independentemente da fonte particular de valor, as pessoas estão dispostas a acessar e até pagar pela informação digital. Entretanto, a produção da informação tem um alto custo, contudo sua reprodução é barata. Assim, a produção de um bem da informação envolve altos custos fixos, mas baixos custos marginais, principalmente com o advento da Internet.

A Internet possibilitou a disseminação da informação de maneira rápida e barata, acarretando, por consequência uma sobrecarga. Nesse sentido, Simon (1997), ressaltou que a riqueza da informação cria a pobreza da atenção. Portanto, já no final da segunda década do século XXI, o problema não é o acesso á informação, mas a sua sobrecarga.

Desta forma, uma das soluções para esse problema, é produzir informação de valor substancial para os consumidores de acordo com suas necessidades. A relevância da atuação de um fornecedor de informação reside em localizar, filtrar e comunicar o que é útil (SIMON, 1997) para o infosumidor, ou seja, àquele consume a informação. No mundo da Internet os websites mais populares são àqueles que possibilitam a busca permitindo às pessoas encontrar a informação que valorizam, evitando desperdício de tempo e informações inoportunas e os websites amigáveis que possibilitam de maneira fácil e ágil acesso à informação que o infosumidor procura.

Para que isso ocorra a tecnologia da informação é fundamental, a qual caracteriza-se pela infraestrutura que permite armazenar, buscar, recuperar, copiar, filtrar, editar, visualizar, transmitir e receber informações. A tecnologia é a embalagem que permite entregar a informação ao infosumidor final. Considerando o dinamismo das mudanças e a emergência da Economia da Informação é

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pautada pelos avanços na tecnologia da informação e da sua infraestrutura somada à utilidade da informação de acordo com a necessidade de cada infosumidor (SHAPIRO; VARIAN, 1999).

De acordo com Ribeiro (2010) website é uma palavra que resulta da justaposição das palavras inglesas web que configura a rede e site que se refere a sítio, lugar, repositório. No contexto das comunicações eletrônicas, website ou site possuem o mesmo significado e são utilizadas para fazer referência a uma página ou a um agrupamento de páginas (home page) relacionadas entre si, acessíveis na Internet através de um determinado endereço. Também, é comum utilizar o termo sítio da Internet ou sítio eletrônico.

Com o advento da Internet a informação ampliou seu protagonismo como insumo para viabilização das atividades nos processos econômicos, sociais, culturais, políticos e institucionais, nos processos de ensino e aprendizagem, nos processos de aquisição e construção do conhecimento para a produção científica e tecnológica. A forma da apresentação da informação é extremamente importante para a compreensão e construção de novos conhecimentos, principalmente dos meios digitais (GONÇALEZ, JORENTE, 2014). Cabe ressaltar que a relação mais evidente entre a Economia da Informação e a apresentação da informação, por meio de um website está na proposta voltada para as tarefas e necessidades do infosumidor, aquelas que são desempenhas por ele quando está buscando ou fazendo uso da informação por meio de website como instrumento de representação da informação em ambientes informacionais (MARCONDES, 2001).

Para tanto, os sites se valem do design (arquitetura da informação) com o objetivo de facilitar o acesso e o uso da informação. Neste sentido, Ribeiro (2010) destaca que por meio dos Websites se ampliou os procedimentos da sociedade para geração, guarda, transferência e acesso ao patrimônio informacional da humanidade. Por meio dos Websites, as entidades e organizações promovem a socialização e compartilhamento de suas informações gerando novas possibilidades de difusão de conteúdo e interação com o infosumidor.

2.2. O cenário e o hiato da Internet no Brasil

Em 2016 o Brasil totalizou 116 milhões de pessoas conectadas à internet, o equivalente a

64,7% da população com idade acima de 10 anos e 63,3% dos domicílios brasileiros possuíam acesso.

Em 2015 esse número era de 102,1 milhões, ou 57,8% da população. Em 2016, a proporção de

mulheres conectadas foi maior que a de homens, ou seja, 65,5% do sexo feminina e 63,8% do sexo

masculino. Considerando a faixa etária, os indivíduos com idade entre 18 e 24 anos apresentavam a

maior taxa de conexão, ou seja, 85% deles estavam online. Já os brasileiros com mais de 60

conectados à Internet representavam o menor índice, na ordem de 25% (IBGE/PNADC, 2018). O

Gráfico 1 apresenta a evolução dos domicílios com acesso a internet e com computadores.

Gráfico 1: Evolução dos domicílios com acesso a internet e com computadores de 2004 a 2016.

Fonte: Elaboração própria conforme dados do IBGE/PNADC (2018).

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No período de 2004 a 2016 houve um crescimento de 52,6 pontos percentuais nos domicílios com acesso à Internet e de 47 pontos percentuais nos domicílios com computador. Em 2014 e 2015, o número de residências com computador no país caiu A proporção de domicílios com PCs passou de 48,9% em 2013 para 48,5% em 2014, quando totalizou 32,5 milhões de residências e caiu ainda mais em 2015 para 46,2%. Mas pela primeira vez a proporção de pessoas que acessaram a internet por meio de um microcomputador passou da metade da população com idade a partir de dez. Uma das razões consideradas para a queda no número de residências com PCs com acesso à web é o crescimento dos outros meios de acesso, como smartphones e tablets. De 2013 para 2014, por exemplo, a proporção de pessoas que possuíam apenas celular em casa passou de 54% para 56,3% (37,8 milhões de domicílios), um aumento de 2,3 pontos percentuais, mais do que a proporção de domicílios com algum tipo de telefone, que aumentou 0,9 ponto percentual, para 62,7 milhões de residências. A posse de celular para uso pessoal também aumentou 4,9% em 2014 (6,4 milhões de pessoas a mais), 136,6 milhões de pessoas com dez anos ou mais de idade tinham o aparelho. A proporção dessas pessoas, que em 2013 era de 75,2%, passou a 77,9% do total. (IBGE/PNADC, 2018)

A porcentagem brasileira dos internautas que usaram mensagens instantâneas no celular pelo menos uma vez por semana em 2015 foi de 83%, enquanto a média global foi de 59%. Em 2014, a parcela foi de 72%. Em relação às redes sociais, o consumo semanal do brasileiro atingiu 83%, enquanto a média global ficou em 65%. 51% dos entrevistados brasileiros consideraram que expor nas redes sociais organizações com comportamentos inadequados tinha impacto maior do que ir à polícia e as autoridades responsáveis. Embora os internautas pensassem que a internet dava mais voz ao consumidor, 61% dos paulistanos entrevistados gostariam de ter acesso a uma ferramenta que checasse a autenticidade de uma reportagem ou de uma postagem. Mais da metade do tráfego de dados de aplicativos em redes móveis estavam concentrados em cinco plataformas: o Facebook encabeçou a lista, sendo responsável por 28% do tráfego móvel no Brasil. Em sequência, estavam a versão móvel do navegador Chrome, com 16%, e o aplicativo do Youtube, que concentrava 15%. O WhatsApp e o Instagram vieram logo atrás com 13% e 6%, respectivamente. (CONSUMERLAB, 2016)

De acordo com a TIInsideOnline. (2016), mais de 70% dos consumidores compraram produtos

na Internet em 2015. O número de compradores online de eletrônicos e de linha branca (geladeira,

fogão e ar condicionado) aumentou de 65,6% em 2014 para 71,9% em 2015. As lojas que mais se

destacaram foram Americanas, Casas Bahia, Submarino, Extra, Magazine Luiza e Walmart.

O “showrooming” foi uma das principais tendências dos consumidores: 75,2% deles afirmaram que

conferiam as informações nas lojas físicas e compravam com preço melhor online. O uso do e-mail

marketing contribuiu para o crescimento do e-commerce, 62% disseram que recebiam os e-mails, 81%

confirmaram terem recebido as mensagens promocionais dentro das lojas e 65% compraram por meio

dessas promoções. A líder em “Força de Marca” (com menos rejeição) foi as Lojas Americanas com

12,9%, seguida de Casas Bahia (8,4%), Magazine Luiza (5,7%) e Extra (4,1%) e Walmart (3%. Lojas

de expressão menor destacaram-se no índice “Valor Percebido” (custo-benefício percebido): a Lojas

Cem liderou, com nota 1,053, seguida por Lojas Havan (1,050), Eletro Shopping (1,034), Walmart

(1,025) e Bemol (1,024). Os consumidores consideraram que Lojas Americanas, Walmart, Lojas Cem e

Ricardo Eletro apresentaram os melhores preços – todas receberam nota 8,1.

Assim, o e-commerce brasileiro faturou 41,3 bilhões de reais em 2015, crescimento nominal de

15,3% na comparação com 2014. Foram registrados 106,5 milhões de pedidos no ano, com gasto

médio de R$ 388 (12% maior que o registrado em 2014), em parte devido à inflação, que também

elevou os preços dos produtos vendidos no decorrer do ano (COMPUTERWORLD, 2016).

No estado do Paraná 67,2% da população tinham acesso à internet em 2016, sendo que 93,5%

acessava a rede mundial de computadores por telefone móvel. Cerca de 80% dos paranaenses

possuem um celular para uso pessoal, e 78,7% têm acesso à web por meio dele. Para 27,1% dos

paranaenses, inclusive, o acesso à internet se dá exclusivamente pelo celular. Para 92,3% dos

paranaenses o uso da internet é para envio e recebimento de mensagens de texto, voz ou imagens por

diferentes aplicativos. Em seguida vêm assistir a vídeos, como programas, séries e filmes (76,6%),

conversar por chamadas de voz ou vídeo (74%) e, por último, 737% dos paranaenses usar a internet

para enviar ou receber e-mail (IBGE/PNADC (2018). A Figura 1 mostra o cenário da inclusão digital no

Paraná.

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Figura 1: Síntese da inclusão digital no Paraná

Fonte: IBGE/PNADC (2018).

2.2.1. O hiato da Internet no Brasil

Apesar de 64,7% da população brasileira tinha acesso à internet em 2016, há 63,3 milhões de pessoas que se mantêm off-line, isto é, 35,3% da população não tem acesso. Segundo IBGE/PNADC (2018), os fatores associados ao fato deste contingente de brasileiros não ter acesso a Internet, caracterizando um hiato digital são: i) o preço alto do serviço, ii) não saber usar a ferramenta e ii) não ter interesse nisso.

Segundo o Banco Mundial (2016), 98 milhões de pessoas não tinham acesso à internet no Brasil, colocando o país em quinto lugar em número de usuários de internet, atrás da China, dos Estados Unidos, da Índia e do Japão. Contudo, o Ministério das Comunicações, contestou esse número, para o qual são 96,4 milhões de usuários e 78,9 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade offline. Este último número é consideravelmente inferior à estimativa apresentada no estudo do Banco Mundial, mas, ainda assim, representa um grande contingente de pessoas sem acesso à de Internet, caracterizando o hiato da inclusão digital. Para amenizar o problema da insuficiente inclusão digital, o governo federal brasileiro lançou em 2010 o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), fazendo com o número de usuários de internet no Brasil passasse de 65,9 milhões para 96,4 milhões entre 2010 e 2014.

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Já de acordo com o relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) o Brasil ocupa a quarta colocação no ranking mundial de usuários de internet com 120 milhões de pessoas conectadas, ficando atrás apenas da China com 705 milhões, Índia com 333 milhões e Estados Unidos com 242 milhões (UNCTAD, 2018).

O fato, é que quando analisamos mais a fundo e comparamos o total de usuários em relação à população, o desempenho do Brasil é bem inferior. Segundo dados disponibilizados pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), em 2016, 54% dos domicílios brasileiros, nas áreas urbanas e rurais, possuíam acesso à internet. Também é possível acompanhar uma evolução significativa, entre 2008 e 2016, o percentual de domicílios com conexão saiu de 18% para 54%. Entretanto, proporção ainda é baixa quando comparado a outros países (CETIC, 2017).

Segundo Graham e Foster (2014), a desigualdade também está na geração e reprodução de informação. Por exemplo, há mais contribuições para a Wikipedia provenientes da de Hong Kong, China, do que de todas as regiões da África combinadas, embora a África tenha 50 vezes mais usuários da Internet. O volume de informações publicado na Web e sua origem correspondem com frequência ao que se vê também no mundo off-line. Por exemplo, 85% do conteúdo gerado pelos usuários indexados pelo Google provêm dos Estados Unidos, Canadá e Europa, semelhante à parcela das publicações científicas globais oriundas desses países.

Apesar dos hiatos digitais, fazendo com a Internet se torne indisponível, inacessível e fora do alcance econômico para parcela da população mundial, não se pode negar o valor da Web. O seu valor reside em sua capacidade de proporcionar acesso imediato à informação. Por meio da Web os fornecedores de informações distribuem de maneira dinâmica elementos informacionais. Este fator somado ao aperfeiçoamento na infraestrutura da informação e dos websites fez aumentar o valor básico da informação (SHAPIRO; VARIAN, 1999).

Todo esse aumento do acesso à internet no Brasil se deve, em grande parte, à ampliação da conexão por meio de celulares e outros dispositivos móveis. De 2008 para 2016, a conexão por celulares aumentou 21 pontos percentuais, saindo de 72% para 93%. Mas, no mesmo período, houve diminuição de 7 ponto percentual no uso da internet por telefone fixo (de 36% dos domicílios para 29%, respectivamente).

Gráfico 2: Proporção de domicílios com equipamentos TICs no período de 2008-2016

Fonte: CETIC (2017).

Esse cenário é ainda mais evidente no Norte e Nordeste, onde há mais locais com dificuldade

de acesso à banda larga fixa. Desta forma, o Nordeste e Norte são as regiões a apresentar taxas de indivíduos conectados inferiores à média brasileira, de 52,3% e 54,3%, respectivamente. O Sudeste possuía o maior índice, na ordem de 72,3% dos moradores tinham acesso, enquanto no Centro-Oeste

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a taxa é de 71,8% e no Sul, é de 67,9% (IBGE/PNADC, 2018). A Figura 2 mostra a proporção de domicílios que possuem telefone celular de forma comparativa por Grande Região do Brasil. Figura 2: Proporção de domicílios que possuem telefone celular de forma comparativa por Grande

Região do Brasil

Fonte: CETIC-BR (2017).

Mas o que falta para conectar o restante da população? O Governo tem apresentado proposta

como o projeto Internet para Todos que busca levar internet Banda Larga gratuita para municípios brasileiros através de antenas que serão instaladas nas localidades por empresas prestadoras de serviço de internet. Segundo a Portaria nº 7.437/2017, a companhia deve indicar uma localidade, demonstrar capacidade para atendê-la e apresentar proposta de velocidades, cronograma, estimativa de preço, tecnologia e serviço a ser ofertado, além de comprovar que possui os requisitos previstos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a prestação do Serviço de Comunicação Multimídia (ASCOM, 2018).

Dos motivos para domicílios sem acesso à internet, o que mais se destaca é o Custo Elevado, correspondendo à uma realidade de 57% dos domicílios em 2016, seguido pela falta de interesse (49%), Preocupações com segurança e privacidade (40%), Falta de habilidade (39%) conforme Gráfico 3 e Tabela 1:

Gráfico 3: Proporção de domicílios sem internet de acordo com os motivos justificatórios.

Fonte: IBGE/PNADC (2018).

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Tabela 1: Proporção de domicílios sem internet por motivo justificatório para o período de 2008 a 2016.

Custo elevado

/ não tenho

como pagar

Tenho acesso

à internet em

outro lugar

Não tenho

necessidade/

interesse

Falta de

disponibilidade

na área

Custo

benefício

não vale a

pena

Falta de

habilidade/

não sei usar

internet

Outros

motivos

Preocupações

com segurança

e/ou privacidade

Não

sabe/Não

respondeu

54 21 18 17 12 9 8 5 1

48 22 13 22 5 8 7 4 1

16 16 23 10 12 6 5 1

46 16 15 25 7 10 3 5

41 23 15 22 8 10 7 6

38 12 49 12 10 28 8

49 15 40 18 45 30 12 0

60 29 51 30 41 1 42

57 30 49 27 39 1 40

A10 - PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS SEM INTERNET, POR MOTIVOS PARA A FALTA DE INTERNET

Percentual sobre o total de domicílios sem acesso à Internet

2010

2011

2015

2012

2013

2014

2016

2008

2009

Fonte: IBGE/PNADC (2018)

No caso do aumento da incidência da preocupação com segurança e/ou preocupação com a

privacidade de 12% em 2014 para 42% em 2015 foi devido aos ciberataques que atingiram o Brasil em 2014. Neste ano nosso país ficou no topo dos países latinos com maior volume de ciberameças, sites mal-intencionados e trojans bancários focados no roubo de dados financeiros. Houve mais de 550 mil tentativas de infecções contra seus usuários brasileiros em 2014, sendo uma média de 3,8 ataques por usuário de seus sistemas (KASPERSKY, 2014).

Outro hiato contatado está relacionado à renda e a escolaridade. Segundo IBGE/PNAD (2018),

o uso da internet tem relação direta com os anos de estudo e com a renda. Além do que, 68% dos

alunos que utilizaram a internet é do sistema de escolas públicas municipais, estaduais e federais

contra 98,3% dos colégios particulares. Da mesma forma, que quem está conectado com a Internet é

de classe de rendimento mensal domiciliar per capita mais alta, ou seja, 89,9% de quem está

conectado com a Internet ganham mais de 10 salários mínimos, enquanto apenas 23,9% dos que

ganham até um quarto do salário mínimo usaram a grande rede.

A baixa qualidade da velocidade média da Internet no Brasil que é de 3,6 Mbps, também é um

fator negativo. Mesmo que a velocidade média da internet no Brasil tenha crescido no segundo

trimestre de 2015 passando de 3,4 Mbps para 3,6 Mbps, 25% a mais que em 2014, e com a

implantação da velocidade 4G, isso não foi suficiente para impactar positivamente sobre a qualidade

da internet no Brasil. A avaliação dentre 144 países, o Brasil passou de 89ª para 90º. Em relação à

média de picos de conexão, o Brasil registrou 27 Mbps, aumento trimestral de 12% e de 32% em

relação a 2014. Nesse caso, o país subiu da 82ª para 80ª posição no ranking global de picos de

conexão. O levantamento indica que no Brasil, uma página da web é carregada em 6416

milissegundos com o uso de banda larga fixa. A velocidade é um pouco mais baixa nas conexões

móveis, com tempo médio de abertura de um site em 7324 ms. No panorama geral, no segundo

trimestre de 2015 a média global de velocidade de conexão manteve-se superior à considerada banda

larga (4 Mbps), com 5,1 Mbps, e apresentou crescimento de 3,5% em relação aos três meses

anteriores. A Coréia do Sul continua líder, com média de 23,1 Mbps (CONSUMERLAB, 2016).

2.3. Como a internet promove o desenvolvimento

As tecnologias digitais ampliaram a base da informação, reduziram os custos da informação e

criaram bens relacionados com a informação. Isso facilitou a busca, correspondência e compartilhamento da informação e contribuiu para uma maior organização e colaboração entre os agentes econômicos – influenciando o modo como as empresas operam, como as pessoas procuram oportunidades e como os cidadãos interagem com os respectivos governos. As mudanças não se limitam a transações econômicas – influenciam também a participação das mulheres na força de trabalho, na facilitação da comunicação para deficientes e a forma como as pessoas usufruem o seu lazer. Ao superarem as barreiras da informação, aumentarem os fatores e transformarem produtos, as tecnologias digitais podem tornar o desenvolvimento mais inclusivo, eficiente e inovador (BANCO

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MUNDIAL, 2016). Figura 3 apresenta mecanismos promotores do desenvolvimento por meio das tecnologias digitais. Figura 3: Mecanismos promotores do desenvolvimento por meio da Internet.

Fonte: BANCO MUNDIAL (2016).

A caracterização dos mecanismos é baseado no entendimento do Banco Mundial (2016). O

primeiro mecanismo é que a internet promove a inclusão econômica por meio da informação. Antes do surgimento da internet, certas transações eram tão caras que não havia mercado para elas. Dois tipos de transações enquadram-se nesta categoria. O primeiro é quando duas partes de uma transação potencialmente benéfica simplesmente não se conheciam e enfrentavam custos exorbitantemente altos de pesquisa e informação. O segundo é quando uma parte dispunha de muito mais informação do que a outra. Nas publicações sobre economia, essas situações são conhecidas como assimetrias da informação entre compradores e vendedores e, na ausência de confiança e transparência, muitas transações não se realizam. Desta forma, Ao tornarem o mercado mais eficiente, o maior benefício parece ser seus efeitos de criação de mercado: expansão do comércio, criação de empregos e aumento do acesso a serviços públicos – e, portanto, promoção da inclusão. Superar problemas de informação também aumenta a eficiência do mercado e pode até mesmo levar a uma maior inovação. Por motivo de simplicidade da exposição, o arcabouço do Relatório é simplificado e concentra-se no resultado mais importante do desenvolvimento associado a cada mecanismo capacitado pela internet.

Quanto a eficiência promovida pela Internet, o maior impacto aconteceu nas transações existentes antes da chegada da Internet, cuja realização é agora mais rápida, mais barata ou mais conveniente. Esse mecanismo opera de duas formas. Primeiro, a redução drástica do preço das tecnologias digitais levou as empresas e os governos a substituírem fatores existentes – mão de obra e capital não relacionado com a TIC – por capital das TICs e automação de algumas de suas atividades. As companhias aéreas utilizam sistemas de reservas on-line para lotar os aviões. Os supermercados substituem as caixas por balcões de pagamento automatizado. Os fabricantes usam inventário em tempo real e sistemas de gestão da cadeia de suprimentos. E os governos investem em sistemas de gestão da informação e oferecem serviços on-line em uma ampla série de tarefas – desde a emissão de carteiras de motorista à declaração de impostos.

Segundo, as tecnologias digitais aumentam os fatores não substituídos e os tornam mais produtivos. Ajudam os gerentes a supervisionar melhor seus trabalhadores, os políticos a monitorar os prestadores de serviços e os trabalhadores a ser mais produtivos, aumentando assim os retornos de

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seu capital humano. Ao agilizar tarefas e aumentar a produtividade de fatores existentes, a internet pode aumentar enormemente a eficiência econômica das empresas, dos trabalhadores e dos governos.

O terceiro mecanismo diz respeito ao fato de que internet promove inovação por meio das novas plataformas econômicas. O caso extremo da eficiência é quando as transações são executadas automaticamente, sem participação humana, e os custos das transações caem essencialmente a zero. Este é o mundo da “nova economia”, como plataformas de busca ou de comércio eletrônico, sistemas de pagamento digital, livros eletrônicos, transmissão de músicas e mídia social. O custo fixo da construção de uma plataforma pode ser grande, mas o custo marginal de fazer outra transação ou acrescentar outro usuário é mínimo. Isso faz surgir crescentes retornos à escala, o que incentiva novos modelos de negócios e oferece uma vantagem importante a empresas on-line que concorrem com suas contrapartes off-line. O custo marginal zero atrai novos vendedores e compradores à plataforma da empresa criando efeitos virtuosos de rede na qual o benefício a um comprador aumenta à medida que mais vendedores participem e vice-versa. Em síntese, internet promove inclusão, eficiência e inovação. Na economia da internet os três mecanismos frequentemente agem em conjunto.

De forma geral, o hiato no acesso às tecnologias digitais impacta negativamente no desenvolvimento via vetor digital, visto que os dividendos digitais não se espalham rapidamente. A Figura 04 mostra essa relação.

Figura 04: A relação entre o hiato no acesso à internet e o desenvolvimento.

Fonte: Banco Mundial (2016).

A relação entre a internet e o desenvolvimento se estabelece a partir do aumento dos dividendos proporcionados pela redução dos riscos devido ao maior controle, diminuição das desigualdades e da concentração econômica principalmente em termos de renda e produção levando a inclusão, eficiência e inovação social e econômica. Desta forma, as estratégias de desenvolvimento digital proporcionam os complementos relacionados a redução de riscos e disseminação de benefícios por meio da conectividade tornando a internet acessível, viável, aberta e segura. Não esse ciclo virtuoso não acontece tem-se um hiato digital. 2.3. Layout do ambiente digital-informacional para o Curso de Ciências Econômicas na forma de

um website.

De acordo com a ABNT - NBR ISO/IEC 9126-1 (2001), um produto online do tipo

website devem apresentar: i) Funcionalidade; ii) Fiabilidade; iii) Usabilidade; iv) Eficiência, v) Manutenção; e vi) Portabilidade.

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Carvalho (2006) ressalta que um website de qualidade é aquele que é fácil de se encontrar o seu domínio e os seus critérios de inclusão temática, se é fácil de ser identificado a autoridade dos autores e a atualização e se um site apresenta a estabilidade da informação e a facilidade de uso em termos de formatos e de velocidade na conexão.

Neste sentido, Grassian (2000) propõe quatro dimensões para pensar criticamente sobre as fontes na Web: i) Conteúdo e avaliação; ii) Fonte e data; iii) Estrutura; e iv) Outros. Já Smith (2005), considera seis critérios a saber: i) Abordagem temática; ii) Conteúdo; iii) Design gráfico e multimídia; iv) Propósito do site; v) Críticas sobre o site e vi) Viabilidade de acesso e Custos.

De forma mais ampla, Carvalho (2006) ressalta que um website de qualidade deve ter: Identidade: integra o nome do site, o seu propósito ou finalidade, a autoridade, a data de criação e da última atualização. a) Usabilidade: no fato de ser fácil de usar e fácil de aprender a usar, bem como no grau de

satisfação sentido pelo usuário. b) A rapidez de acesso ao site: a rapidez de acesso de um site depende das hiperligações

(hiperlinks) estarem ou não ativas. c) Níveis de interatividade: a interatividade motiva o utilizador a explorar um site. d) Informação: a informação pode estar apresentada em qualquer formato. Identificam-se seis

indicadores de qualidade de informação: (a) Temática e adequação às orientações curriculares, (b) Abordagem feita ao assunto, (c) Correção do texto, (d) Referências bibliográficas, (e) Data e atualidade, (f) Autor.

e) Atividades: têm por objetivo levar os alunos a conhecerem a informação disponível no site. f) Edição colaborativa online: as ferramentas colaborativas permitem que vários sujeitos

colaborem para um mesmo objetivo. g) Espaço de partilhamento: Espaço onde podem ser disponibilizados os trabalhos realizados

pelos alunos ou pelos professores h) Comunicação: um site deve disponibilizar o contato do responsável e proporcionar fóruns

de discussão, em que os alunos, professores e pais possam intervir. O site deve facilitar a comunicação entre os que o usam, disponibilizando correio electrónico, fórum e chat.

Um website no ambiente da educação deve ir além dos princípios básicos estruturais, de navegação, de orientação, de design e de comunicação de qualquer site, para além disso, um site educativo tem que motivar os utilizadores a quererem aprender, a quererem consultar e a quererem explorar a informação disponível. Além do que ele deve ser responsivo. Segundo Diehl (2018), o site ou layout responsivo, também conhecido como site flexível, é o site automaticamente compatível com o qualquer dispositivo digital do usuário, seja, desktop, notebook, celular, tablet, etc. Um site responsivo muda a sua aparência e disposição com base no tamanho da tela em que o site é exibido. Então, se o usuário tem uma tela pequena, os elementos se reorganizam para lhe mostrar as coisas principais em primeiro lugar. Em smartphones a navegação e a experiência do usuário ficam difíceis e limitadas tendo que usar recursos de zoom in e out para ler a página na integra. Outros detalhes como botões e menus ficam desformatados pois não foram feitos para esse dispositivo ou resolução. A Figura 05 apresenta o layout do website responsivo proposto para o Departamento de Economia.

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Figura 5: Proposta de layout do website do Departamento de Economia.

Fonte: Elaboração própria (2018).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao termino desta pesquisa conclui-se que o hiato no acesso à internet no Brasil se deve ao elevado custo dos serviços e dos equipamentos. Apesar de 64,7% da população brasileira acessar a internet em 2016, há 63,3 milhões de pessoas que se mantêm offline, isto é, sem acesso, causados principalmente devido a: i) o preço alto do serviço, ii) não saber usar a ferramenta digital e ii) não ter interesse na Internet.

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No caso da relação entre internet e desenvolvimento constatou-se que influência se dá por meio da inclusão via acesso facilitado e ágil da informação, da eficiência dos processos econômicos via automação e coordenação e da inovação como vetor de escala e novas plataformas. Quanto a inclusão as tecnologias digitais ampliaram a base da informação, reduziram os seus custos e criando os bens relacionados com a informação. Quanto a eficiência promovida pela Internet, o maior impacto aconteceu nas transações existentes antes da chegada da Internet, cuja realização é agora mais rápida, mais barata ou mais conveniente. No caso da inovação por meio das novas plataformas econômicas, o impacto se deve ao fato de que as transações são executadas automaticamente, sem participação humana, e os custos das transações caem essencialmente a zero. Neste sentido, destacam-se as plataformas de busca ou de comércio eletrônico, sistemas de pagamento digital, livros eletrônicos, transmissão de músicas e mídia social.

A relação entre a internet e o desenvolvimento se estabelece a partir do aumento dos dividendos proporcionados pela redução dos riscos devido ao maior controle, diminuição das desigualdades e da concentração econômica principalmente em termos de renda e produção levando a inclusão, eficiência e inovação social e econômica. Desta forma, as estratégias de desenvolvimento digital proporcionam os complementos relacionados a redução de riscos e disseminação de benefícios por meio da conectividade tornando a internet acessível, viável, aberta e segura. Não esse ciclo virtuoso não acontece tem-se um hiato digital.

Assim as estratégias de desenvolvimento digital precisam acompanhar a evolução das estratégias de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). A disponibilidade da conectividade digital é uma meta importante e um enorme desafio. Neste contexto, o Brasil precisa criar condições favoráveis para a tecnologia digital ser eficiente e efetiva. Quando o Brasil criar fundamentos e estruturas sólidas em CT&I principalmente em termos de TICs e Internet colherá dividendos digitais amplos em termos de promoção da inovação, crescimento econômico mais rápido, mais empregos, melhores serviços e geração de renda refletindo na melhoria do desenvolvimento social.

Quanto ao website voltada para a área de educação, deve-se atentar para os seguintes princípios básicos estruturais, de navegação, de orientação, de design e de comunicação de qualquer site mas, para além disso, um site educativo tem que motivar os utilizadores a quererem aprender, a quererem consultar e a quererem explorar a informação disponível. Desta forma, um site educativo, além de responsivo, deve apresentar cinco componentes principais: a informação, as atividades, a comunicação, a edição colaborativa online e a partilha, que devem estar relacionadas entre si.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - NBR ISO/IEC 9126-1. Engenharia de software: Qualidade de produto. Parte 1: Modelo de qualidade. São Paulo: Associação Brasileira de Normas e Técnicas – ABNT, 2001.

AVELAR, R; DUARTE, C. Internet no Brasil 2015 (estatísticas). Disponível no endereço http://www.avellareduarte.com.br/fases-projetos/conceituacao/demandas-do-publico/pesquisas-de-usuarios-atividades-2/internet-no-brasil-2015-dados-e-fontes/. Acesso 02/03/2017

BANCO MUNDIAL. Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2016: Dividendos Digitais. Agência Brasil. Washington DC: International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank, 2016. Disponível no endereço: , http://documents.worldbank.org/curated/pt/788831468179643665/pdf/102724-WDR-WDR2016Overview-PORTUGUESE-WebResBox-394840B-OUO-9.pdf. Acesso em 18/9/2017.

CARVALHO, Ana Amélia A. Indicadores de Qualidade de Sites Educativos. Cadernos SACAUSEF - Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e a Formação, Número 2, Ministério da Educação, 2006, 55-78.

CETIC-BR - Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação. Base de Dados sobre Internet. Disponível no endereço: http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_DOM. Acesso em 25/9/2017.

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COELHO, Pedro Miguel Nogueira. Rumo à indústria 4.0. 2016. Dissertação de Mestrado.

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CONSUMERLAB. Convergência digital - 2016. Ericsson. Disponível no endereço: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=42318&sid=17#.VzNOYPkrK9J. Acesso em 2/11/2017.

COUTINHO, Gustavo Leuzinger. A Era dos Smartphones: Um estudo Exploratório sobre o uso dos Smartphones no Brasil. 2015.

DIEHL, D. O que é site responsivo e porque é importante para o e-commerce. In.: Pagamentos on-line, empreendedorismo e e-commerce. Disponível no endereço: https://gerencianet.com.br. Acesso em 25/4/2018. DOMINGUES, Elisabete Júlio. Os Ciberataques como um novo desafio para a segurança: o Hacktivismo. 2015. Tese de Doutorado.

DUARTE, Virgínia. Economia da Informação e desenvolvimento humano e social. In.: Economia da Informação e Internet. Campinas: Associação para Promoção da Excelência do Sofware Brasileiro – SOFTEX, 2013. 148 pg.

GONÇALEZ, P. R. V. A.; JORENTE, M.J. V. Disseminação da informação nos websites dos arquivos permanentes e as novas tecnologias de informação e comunicação. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação. v.7, n.1, jan./jun. 2014

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Page 17: RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- VOLUNTÁRIA · Internet Comercial só se desenvolveu a partir de 1995s considerado o marco-zero da Internet Comercial no Brasil e no Mundo.

Universidade Estadual do Centro-Oeste

Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PROIC/UNICENTRO-

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Programa Institucional de Iniciação Científica da UNICENTRO – PROIC http://www.unicentro.br/pesquisa/iniciacao/

SALTIÉL, Renan Mathias Ferreira; NUNES, F. A indústria 4.0 e o sistema Hyundai de produção: suas interações e diferenças. V SIMEP-Simpósio de Engenharia de Produção. Anais... Joinville, 2017.

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VIEIRA, Eduardo. Os bastidores da Internet no Brasil. São Paulo: Editora Manole, 2003.

Guarapuava, 15 de agosto de 2018.

Luci Nychai

Nery de Oliveira Júnior

Orientadora Orientado

Page 18: RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- VOLUNTÁRIA · Internet Comercial só se desenvolveu a partir de 1995s considerado o marco-zero da Internet Comercial no Brasil e no Mundo.

Universidade Estadual do Centro-Oeste

Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PROIC/UNICENTRO-

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Programa Institucional de Iniciação Científica da UNICENTRO – PROIC http://www.unicentro.br/pesquisa/iniciacao/

7. AVALIAÇÃO DO ORIENTADOR SOBRE O DESEMPENHO DO ORIENTADO

O orientado Nery de Oliveira Júnior cumpriu muito bem todas as atividades

programadas no Projeto e no Plano de Atividades de Iniciação Científica – Voluntária, no

período de agosto/2017 a julho/20187, mostrando grande interesse pela pesquisa.

Ressalta-se que o referido orientado, conseguiu avançar nos seus objetivos, indo além

de simples elaboração do o layout do ambiente digital-informacional para o Curso de Ciências

Econômicas. Mesmo depois de cumprido seu plano de trabalho e se propôs a desenvolver o

novo website responsivo do Departamento de Economia, mesmo sem exigência de seu

objetivo original.

É o parecer.

Guarapuava, 19 de agosto de 2018.

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Professora Dra. Luci Nychai