Renascer45

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DESTAQUES Julho Agosto Setembro 2014 RENASCER boletim informativo Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 45 Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org Estrunfes viajam até Madrid Estrunfes viajam até Madrid pág. 8 pág. 8 À Conversa com… Fernanda Dias À Conversa com… Fernanda Dias pág. 10 pág. 10 O DESAFIO DE ENVELHECER 2 anos de Loja Social 2 anos de Loja Social pág. 6 pág. 6 No âmbito da comemoração do Dia do Idoso, que se assinala mundialmente a 1 de Outubro, destacamos nesta edição, como tema de capa, a Terceira Idade. Nas últimas décadas Portugal temse caracterizado por ser um país envelhecido fruto de uma baixa natalidade e de um claro aumento da esperança média de vida. Existem inclusivamente estudos que indicam que o envelhecimento da população se vai acentuar e que, por volta de 2030, 1 em cada 4 portugueses terão 65 ou mais anos de idade. Assim, é importante repensar a sociedade, apostar nos mais velhos e aproveitar o que estes têm para dar. Não é fácil definir o conceito de Terceira Idade. Esta não se situa numa idade pre(Continua na página 4)

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Boletim Informativo Nº45. Edição de Julho a Setembro de 2014.

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DESTAQUES

Julho 

Agosto 

Setembro 

2014 

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 45 

Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org 

Estrunfes viajam até MadridEstrunfes viajam até Madrid pág. 8pág. 8 À Conversa com… Fernanda DiasÀ Conversa com… Fernanda Dias pág. 10pág. 10

O DESAFIO DE ENVELHECER

2 anos de Loja Social2 anos de Loja Social pág. 6pág. 6

No âmbito da  comemoração do Dia do 

Idoso, que  se assinala mundialmente a 

1 de Outubro, destacamos nesta edição, 

como tema de capa, a Terceira Idade.   

Nas  últimas  décadas  Portugal  tem‐se 

caracterizado por ser um país envelheci‐

do  fruto  de  uma  baixa  natalidade  e  de 

um  claro  aumento  da  esperança média 

de vida. Existem  inclusivamente estudos 

que  indicam  que  o  envelhecimento  da 

população se vai acentuar e que, por vol‐

ta  de  2030,  1  em  cada  4  portugueses 

terão 65 ou mais anos de idade. Assim, é 

importante  repensar  a  sociedade,  apos‐

tar  nos mais  velhos  e  aproveitar  o  que 

estes têm para dar. 

Não é fácil definir o conceito de Terceira 

Idade. Esta não se situa numa idade pre‐ 

(Continua na página 4) 

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Em  geral,  a  ambição  está 

associada  à  vontade  de  se 

alcançar  objectivos  e  obter 

resultados,  no  domínio  das 

ideias,  poder  e,  em  grande 

parte  das  vezes,  materiais. 

Centro‐me  no  valor  mais 

nobre  e  positivo  desta  pala‐

vra,  ligado  à  ética,  à  vontade 

de  levar mais além as realiza‐

ções  que  ajudam,  dentro  do 

possível, a  tornar o a vida do 

próximo melhor. 

Num dos momentos de  refle‐

xão,  dei  comigo  a  meditar 

sobre até que ponto a pessoa 

ao ter como missão o cumpri‐

mento  de  obrigações  sociais, 

necessitando  para  isso  de 

desenvolver  acções,  quer  de 

edificação  de  instalações, 

quer de melhorias na presta‐

ção dos colaboradores e servi‐

ços,  quer  em  proporcionar 

mais  bem‐estar  às  pessoas 

mais fragilizadas, o pode reali‐

zar  se  não  houver  alguma 

ambição? 

Creio que na evolução natural 

da  minha  vida,  talvez  pela 

minha  forma  de  estar,  pois 

nunca  tive  como  objectivos 

conquistar  lugares  ou  posi‐

ções  de  poder, mas  simples‐

mente  porque  a  vida me  foi 

proporcionando  oportunida‐

des,  fez  com  que  as  pessoas 

me  fossem  encaminhando 

para posições de algum desta‐

que,  nunca  conflituando  com 

ambições  pessoais,  porque, 

na  realidade,  sempre  defini 

como primeira prioridade rea‐

lizar  as  minhas  tarefas  com 

sucesso, em prol da sustenta‐

bilidade das empresas e  insti‐

tuições  e  bem‐estar  das  pes‐

soas. 

Atualmente,  com  a  missão 

que  tenho,  os  desafios 

aumentaram  substancialmen‐

te. Porquê? Porque estamos a 

falar  de  pessoas  que  abran‐

gem  todas  as  faixas  etárias, 

diferentes  personalidades, 

muitas  fragilidades, com mais 

ou menos afectos e capacida‐

des.  Então  aqui,  entra,  de 

uma forma silenciosa e disfar‐

çada,  a  ambição  de  fazer  o 

melhor  pelo  bem‐estar  das 

pessoas e sustentabilidade da 

instituição.  Questiono‐me: 

como  é  que  poderei  atingir 

esses objetivos sem ambição? 

Para uma instituição tão com‐

plexa são muitos os desafios a 

enfrentar e uma grande diver‐

sidade  de  intervenientes  a 

enquadrar  e motivar:  funcio‐

nários,  para  que  adquiram 

mais  competências  e  desen‐

volvam comportamentos mais 

eficientes  e  afectivos,  de 

modo  a  proporcionarem  o 

bem‐estar  aos  seus  utentes; 

melhoria  das  relações  de 

camaradagem  com  os  cole‐

gas; serem exemplares e con‐

tribuírem  para  a  boa  reputa‐

ção da instituição. 

Para  as  instalações,  e  através 

de  um  árduo  trabalho,  tam‐

bém temos tido a ambição de 

aproveitar  todas  as  oportuni‐

dades  de  candidaturas  e 

financiamentos, de maneira a 

respeitarmos  as  leis  vigentes, 

e proporcionar mais  conforto 

e segurança aos utentes, agili‐

zar e melhorar procedimentos 

e  funcionalidades  na  presta‐

ção de serviços. 

Não será uma ambição positi‐

va  tentarmos  aliviar  o  sofri‐

mento  dos  idosos  e  retardar, 

quanto possível, a sua depen‐

dência de terceiros, quer atra‐

vés  de  atividades  físicas  e 

mentais,  quer  através  de 

incentivos e assistência  técni‐

ca,  de  modo  a  que  as  suas 

vidas  sejam  mais  longas  e 

com qualidade? 

Não será uma ambição salutar 

querer um futuro melhor para 

todas crianças,  jovens e adul‐

tos  que  passam  pela  institui‐

ção? 

Da reflexão sobre algumas das 

formas  e  consequências  do 

ser‐se  ambicioso,  posso  con‐

cluir que se não deformarmos 

ou desvirtuarmos este concei‐

to,  então  devo  convidá‐los  a 

todos a sermos mais ambicio‐

sos e  fazermos da nossa mis‐

são uma grande obra, em prol 

de  todos aqueles que de nós 

necessitem  e  de  uma Miseri‐

córdia melhor.  

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

Propriedade, Edição e Impressão SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES  

Periodicidade  Trimestral  

Número  45  

Edição Julho | Agosto | Setembro  2014  

Director Luís Maria Venturinha de Vilhena  

Redacção  Rita Camacho  

Revisão de Texto  José Mouro, Rita Camacho  

Fotografia Rita Camacho  

Grafismo | Montagem | Paginação  Ricardo Batista, Rita Camacho  

Tiragem  300 exemplares  

Depósito legal  325965/11  

Distribuição  Gratuita 

Ficha Técnica

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

ED

ITO

RIA

L

Luís Maria Venturinha de Vilhena Provedor da Misericórdia de Sines

A AMBIÇÃO AO SERVIÇO DO BEM-COMUM

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bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

SCMS PROMOVE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A  Santa Casa da Misericórdia de  Sines 

aderiu  recentemente  à  campanha  de 

sensibilização  e  educação  para  a  efi‐

ciência  energética,  uma  iniciativa  que 

envolverá utentes e técnicos da Institui‐

ção.  

Esta iniciativa está a ser promovida pela 

Iberdrola  Portugal  e  pelo  Centro  de 

Reabilitação  Profissional  de  Gaia,  que 

integra o Plano de Promoção de Eficiên‐

cia  no  Consumo  2013‐2014  da  ERSE  ‐ 

Entidade Reguladora dos Serviços Ener‐

géticos e decorre num conjunto alarga‐

do  de  organizações  de  norte  a  sul  de 

Portugal.  

Dirigida  às  pessoas  com  deficiências  e 

incapacidades e à população idosa, esta 

campanha consiste na promoção de um 

conjunto  de  actividades  de  sensibiliza‐

ção  e  de  educação,  versando  sobre  a 

importância  da  adopção  de  comporta‐

mentos  orientados  por  preocupações 

de  eficiência  energética.  O  principal 

objectivo é sensibilizar as pessoas para 

a  adopção  de  comportamentos  racio‐

nais e eficientes como consumidores de 

energia. 

A  campanha  decorre  entre  Maio  de 

2014  e  Julho  de  2015,  integrando  um 

conjunto  de  acções  de  informação, 

aprendizagem e envolvimento dos des‐

tinatários, culminando com a organiza‐

ção de uma acção de sensibilização que 

decorrerá nas instalações da instituição, 

envolvendo  utentes  e  técnicos.  Para 

aferir  a mudança de  comportamentos, 

será  aplicado,  antes  e  após  a  campa‐

nha, um questionário de avaliação.   

PUB 

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

cisa,  mas  está  associada  ao 

final da actividade laboral que 

conduz a uma diminuição das 

actividades  intelectuais, men‐

tais e físicas. Por sua vez, esta 

diminuição de actividade  tem 

um  impacto negativo na pes‐

soa idosa, obrigando‐a a reor‐

ganizar a sua vida, e em mui‐

tas ocasiões a procurar auxilio 

em Instituições como a SCMS. 

Apesar do grande aumento de 

Instituições  Particulares  de 

Solidariedade  Social que  aco‐

lhem  idosos, em Portugal, de 

acordo  com  os  Censos  de 

2011, cerca de 400 mil  idosos 

vivem  sozinhos.  Ainda  que 

estes  possam  ter  apoio  das 

famílias, de conhecidos ou de 

Instituições,  não  é  saudável 

que  envelheçam  sozinhos.  E 

num  lar  de  idosos,  essa  soli‐

dão  é minimizada,  pois  além 

de  receberem  cuidados  de 

higiene, alimentação e saúde, 

os  idosos usufruem de activi‐

dades socioculturais e despor‐

tivas que favorecem um enve‐

lhecimento  activo e de quali‐

dade. 

OPINIÃO Vera Alves, socióloga, trabalha 

na SCMS há 13 anos e desde 

então  acompanha  a  entrada 

de  idosos  em  lar.  Por  isso, 

recolhemos  a  sua  opinião 

sobre  a  caracterização  dos 

idosos  que  actualmente  pro‐

curam os  lares,  em  compara‐

ção com os que o faziam uma 

década atrás. 

Renascer  –  De  um  modo 

geral  caracterize  os  idosos 

que  actualmente  vêm  residir 

para a Santa Casa. 

Vera Alves – Cada vez mais os 

idosos  chegam  ao  lar  muito 

dependentes,  com  pouca 

mobilidade  e,  grande  parte 

deles,  com  diagnóstico  de 

demência.  Recordo‐me  que 

quando vim trabalhar para cá 

muitos  utentes  vinham  pelo 

próprio  pé  solicitar  o  seu 

internamento.  E  tínhamos 

muitos  utentes  autónomos 

que  participavam  nas  activi‐

dades.  Os  bailes  estavam 

sempre cheios, quando  íamos 

à  praia  conseguíamos  encher 

o  autocarro duas  vezes  e  era 

raro o utente que se desloca‐

va em cadeira de  rodas. Hoje 

é a família que faz a  inscrição 

do utente, procurando a nos‐

sa ajuda numa fase em que o 

grau de  dependência  é  enor‐

me. 

R. – Nota alguma diferença ao 

nível  da  escolaridade  e  hábi‐

tos de vida dos  idosos actual‐

mente  inseridos em  lar,  com‐

parativamente  com os que  já 

cá  residiam  quando  entrou 

em funções na Santa Casa? 

V.A. – Não se verificam altera‐

ções  nestes  aspectos.  Conti‐

nuamos  a  receber  muitos 

utentes  iletrados,  com profis‐

sões  ligadas ao meio rural e à 

pesca. Esporadicamente surge 

alguém  com  mais  estudos, 

mas  isso desde sempre acon‐

teceu. Penso que esta diferen‐

ça  se  vai  notar mais  daqui  a 

uns anos. 

R. – Ao nível do suporte fami‐

liar, acha que as  famílias hoje 

estão mais presentes? 

V.A. – Não, penso que as coi‐

sas  neste  campo  não  evoluí‐

ram.  Notamos  que  devido  à 

dependência  dos  utentes  as 

saídas com os familiares dimi‐

nuíram  e  as  visitas  são  feitas 

presencialmente no lar. 

R. – E relativamente aos casos 

sociais,  ao  nível  de  pobreza 

extrema  ou  abandono  fami‐

liar,  têm muitos  internamen‐

tos solicitados pela Segurança 

Social? 

V.A. – Anteriormente a Segu‐

rança Social fazia‐nos pedidos 

de internamento mensais mas 

agora,  criaram‐se  as  vagas 

cativas, reservadas à Seguran‐

ça  Social,  e  desde  então  os 

internamentos acontecem em 

função  dessas  vagas.  Actual‐

mente  temos  menos  casos 

encaminhados pela Segurança 

Social,  mas  ainda  surgem 

alguns  sinalizados  pelo 

Núcleo  Local  de  Inserção. 

Temos  cerca  de  2  a  3  casos 

sociais  por  ano,  que  normal‐

mente  resultam  da  ausência 

de  familiares  e  de  condições 

socioeconómicas. 

R.  –  De  acordo  com  a  sua 

experiência, o Lar recebe mais 

homens ou mulheres? 

V.A.  –  Recebemos  mais 

mulheres  do  que  homens,  e 

desde  que  cá  estou  sempre 

foi  assim.  As  mulheres  são 

menos  resistentes  à  entrada 

no  lar  e  os  homens  quando 

procuram o  lar para  residir  já 

estão mais debilitados. O  fac‐

to  de  no  Serviço  de  Apoio 

Domiciliário  existirem  mais 

homens  do  que  mulheres 

também explica esta resistên‐

cia dos homens à entrada no 

lar.  As  mulheres  vêm  mais 

cedo para o Lar e muitas delas 

tomam  essa  decisão  a  partir 

do  momento  que  enviúvam.  

 

O DESAFIO DE ENVELHECER

Na Terceira Idade sorrir é muitas vezes o melhor remédio 

Dançar é uma actividade muito apre‐

ciada pelos idosos 

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bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

MEMÓRIAS A PRETO E BRANCO

Constantino Pereira (ao centro), na Festa da N. Sra. Da Graça (Anos 40)Constantino Pereira (ao centro), na Festa da N. Sra. Da Graça (Anos 40)  

António Francisco com a sua irmã António Francisco com a sua irmã   

DelmiraDelmira  Maria Balbina aos 3 anos de Maria Balbina aos 3 anos de   

idadeidade  

Lucília Rita em criançaLucília Rita em criança  

Domingos Casa Branca aos 22 Domingos Casa Branca aos 22 

anosanos  

Lucília Rita em  Itália (anos 60)Lucília Rita em  Itália (anos 60)  

Lucília Rita com cerca de 38 Lucília Rita com cerca de 38 

anosanos  

Constantino Pereira (em cima), aos 20 anos, na companhia da família de uma Constantino Pereira (em cima), aos 20 anos, na companhia da família de uma 

namoradanamorada   Isabel Valente (à esquerda) com cerca de 20 anos, na MadeiraIsabel Valente (à esquerda) com cerca de 20 anos, na Madeira  

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

LOJA SOCIAL EXISTE HÁ 2 ANOS A Loja Social “Sinergia Solidá‐

ria”,  da  responsabilidade  da 

Santa  Casa  da  Misericórdia 

de Sines, completou no dia 5 

de  Julho  dois  anos  desde  a 

sua  abertura  ao  público.  Ao 

longo  deste  tempo,  a  Loja 

Social  tem‐se  consolidado 

enquanto  projecto  de  apoio 

às  famílias  carenciadas  do 

concelho  de  Sines,  existindo 

uma grande procura por par‐

te de quem necessita de aju‐

da,  mas  também  por  parte 

de  quem  doa  artigos  dos 

quais já não necessita. 

No total, nestes dois anos de 

existência,  116  processos 

foram abertos na Loja Social, 

sendo que 83% dizem respei‐

to  a  famílias  efectivamente 

apoiadas.  Algumas  há  que 

apesar  de  inscritas  ou  enca‐

minhadas  para  a  Loja  Social 

da Santa Casa, nunca solicita‐

ram  o  apoio  deste  serviço. 

Todas  as  famílias  apoiadas 

receberam donativos de rou‐

pas  e  calçado,  mas  é  de 

salientar o apoio dado a cer‐

ca de 20% destas famílias, ao 

nível  de  mobiliário,  electro‐

domésticos  e  outros  artigos 

para o lar. 

Os  agregados  familiares  ins‐

critos na Loja Social caracte‐

rizam‐se  de  um modo  geral 

por terem 1 ou mais elemen‐

tos  desempregados,  por 

serem  famílias  com mais  do 

que  1  filho,  por  possuírem 

baixos  níveis  de  escolarida‐

de, tendo os adultos inscritos 

uma média  de  idades  entre 

os 25 e os 45 anos. 19% dos 

beneficiários  da  Loja  Social 

são  imigrantes,  oriundos 

sobretudo  de  países  africa‐

nos  e de países do  Leste da 

Europa.  

A  maioria  dos  agregados 

familiares apoiados pela Loja 

Social  inscreveram‐se  direc‐

tamente  neste  serviço,  no 

entanto,  alguns  deles  foram 

encaminhados pela Seguran‐

ça  Social,  Comissão  de  Pro‐

tecção  de  Crianças  e  Jovens 

de Sines e pela Caritas. 

A  Loja  Social  funciona  às 

segundas‐feiras, entre as 14h 

e  as  16h30  e  às  quintas‐

feiras,  entre  as  09h  e  as 

12H30, sendo o atendimento 

efectuado por voluntários da 

Instituição. Além do  apoio  a 

famílias  carenciadas  a  Loja 

Social  disponibiliza  também 

ajudas técnicas a quem delas 

necessita. 

Raquel Cruz e Sandra Costa, as voluntárias que actualmente garantem o atendimento na Loja Social 

As instalações da Loja Social “Sinergia Solidária” 

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bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

PUB 

O NOSSO EQUIPAMENTO DE RECOLHA Instalado  junto  à  Loja 

Social,  este  equipamento 

destina‐se  a  que  qualquer 

pessoa  lá  coloque  roupas, 

calçado  e  brinquedos 

novos e usados. A abertura 

do  depósito,  recolha  do 

seu  conteúdo  e  posterior 

triagem dos artigos é  feita 

pela Santa Casa da Miseri‐

córdia de Sines. Os artigos 

em bom estado  são distri‐

buídos  pelas  diferentes 

respostas  sociais  da  Insti‐

tuição,  incluindo  obvia‐

mente  a  Loja  Social.  O 

excedente  dos  artigos 

recebidos, bem como tudo 

o  que  não  está  em  bom 

estado,  são  encaminhados 

para  a  empresa  H  Sarah 

Trading,  Lda.,  entidade 

parceira da Misericórdia de 

Sines. Esta empresa dedica

‐se  à  gestão  e  reciclagem 

de  resíduos  tendo  como 

objectivos a reutilização de 

materiais  evitando  a 

extracção  de matérias  pri‐

mas  da  natureza,  a  dimi‐

nuição  da  quantidade  de 

resíduos  destinados  aos 

aterros  sanitários e o  con‐

tributo para a formação de 

uma  consciência  cívica  e 

ecológica do cidadão.  

Equipamento cedido pela H Sarah Trading, Lda. 

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

ESTRUNFES VIAJAM ATÉ MADRID  No final do mês de Junho os meninos da Sala dos Estrunfes 

do  Infantário  “Capuchinho  Vermelho”,  acompanhados  de 

pais e educadores,  viajaram  até Madrid, naquela que  foi  a 

sua Viagem de Finalistas.  Inicialmente o plano era viajar até 

à  EuroDisney  em  Paris,  no  entanto,  e  depois  de  feita  uma 

recolha de donativos, concretizou‐se a viagem até ao Parque 

da Warner em Madrid, um dos maiores parques de diversões 

da  Europa,  com  áreas  temáticas,  espectáculos  e  muitas 

atracções  relacionadas com o mundo  imaginário dos bone‐

cos animados infantis.  

Foto de grupo no Parque da Warner 

«A viagem correu lindamente, estavam todos muito animados, e até o motorista do autocarro se divertiu bastante. Não conseguimos andar 

sempre  juntos, mas desfrutámos bastante de  todos os divertimentos do parque. Acho  importante que aconteçam este  tipo de  iniciativas, 

porque há crianças que se não for desta forma não têm possibilidade de usufruir destas experiências. As crianças só têm 5 anos, mas como 

vão acompanhados pelos pais e vão em grupo é uma experiência diferente. Até para os pais é enriquecedor e é uma oportunidade única des‐

tes interagirem. Esta viagem significou o final de uma etapa para a minha filha. Eu sou suspeita porque além de mãe de uma aluna, sou fun‐

cionária da casa, mas a minha filha esteve sempre bem aqui no Capuchinho, sempre bem  integrada e acho que foi muito bem preparada 

para a escola primária.», Amélia Oliveira, mãe da Matilde   

«Correu tudo muito bem. Os pais colaboraram bastante e os meninos adoraram. Foram muitas horas de autocarro, mas ninguém deu pelo 

tempo passar, com a paródia que foi. O parque tem divertimentos para crianças e para adultos, por isso todos se puderam divertir. Visitámos 

a casa dos super heróis, andámos de carrocel, assistimos a filmes 3D e a espectáculos com personagens em tamanho real. Foi diversão o dia 

inteiro, sem interrupções. Envolver os pais dos meninos foi uma tarefa fácil, acho até que eles aderiram mais prontamente do que as crian‐

ças e ajudaram‐nos em tudo. Sem o contributo deles não teria sido possível realizar esta viagem. Tivemos também o contributo da Associa‐

ção de Moradores do Casoto, do Duo M & M e de vários comerciantes e particulares de Sines. Agradecemos a todos os que tiveram envolvi‐

dos neste projecto, pois só assim foi possível  levar a actividade até ao fim. E a alegria das crianças vale tudo.», Laura Soares, auxiliar de 

educação     

«Eles portaram‐se lindamente, apesar da excitação e da viagem ter sido cansativa. Correu tudo muito bem no parque, os meninos estavam 

super contentes e conseguiram aproveitar ao máximo. Não houve uma única birra, os meninos fizeram sempre aquilo que nós mandámos. 

Não sou muito a favor das viagens de finalistas, porque acho que finalistas só mesmo a partir do 12º ano, mas foi uma iniciativa engraçada 

que correu muito bem. Apesar de não terem ido todos, foi muito giro e é sempre positivo o companheirismo entre todos! Foi 5 estrelas, mes‐

mo com as educadoras, houve sempre consenso entre todos. A passagem do meu filho pelo “Capuchinho Vermelho” correu bem, apesar de 

actualmente as condições físicas não serem as melhores. E eu estou à espera que mudem porque tenho cá outra filha e quero que ela cá con‐

tinue porque conheço as pessoas, gosto delas e além das condições físicas as condições humanas também são muito importantes.», Teresa 

Cavalinhos, mãe do Santiago  

Page 9: Renascer45

“A ÂNCORA”: NOVO ANO ESCOLAR

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

Setembro marca  o  arranque 

de mais um ano escolar para 

os rapazes do Lar “A Âncora”, 

existindo sempre a expectati‐

va de que este possa decor‐

rer sem contratempos. Neste 

Ano  Lectivo  2014/2015,  2 

rapazes  frequentam  o  1º 

Ciclo do Ensino Básico, 5 fre‐

quentam o 2º Ciclo e 6 o 3º 

Ciclo. No que diz respeito ao 

Ensino Secundário, 2 rapazes 

do  Lar  frequentam  o  curso 

de  Logística  do  Instituto  de 

Soldadura e Qualidade, 1 fre‐

quenta o curso de Electróni‐

ca, Automação  e  Instrumen‐

tação,  na  Escola  Tecnológica 

do  Litoral  Alentejano  e  um 

outro  frequenta  o  curso  de 

Instalações  Eléctricas  na 

Escola  Secundária  Poeta  Al 

Berto.  Todos  eles  frequen‐

tam  estabelecimentos  de 

ensino no concelho de Sines. 

De  acordo  com  a  Direcção 

Técnica  do  Lar,  o  balanço 

positivo do Ano  Lectivo pas‐

sado, encoraja todos os rapa‐

zes e dá‐lhes motivação para 

que o sucesso seja um objec‐

tivo  a  alcançar.  No  último 

Ano Lectivo apenas 2 rapazes 

não transitaram de ano, sen‐

do  este  resultado  fruto  do 

esforço  deles  e  de  todos  os 

colaboradores afectos ao Lar 

em conjunto com as escolas. 

O  arranque  do  Ano  Lectivo 

representa  igualmente  o 

final das  férias. Este ano, na 

memória dos  rapazes do  Lar 

fica a  ida ao Festival Sudoes‐

te na Zambujeira do Mar. Por 

ter sido a primeira participa‐

ção  num  Festival  de  Verão 

ficará  na memória  de  todos 

eles  como  o  acontecimento 

mais  marcante  do  último 

Verão.  O Festival Sudoeste 2014 vai ficar na memória dos utentes do Lar 

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES 

Avenida 25 de Abril, n.º 2 

Apartado 333 

7520‐107 SINES 

Site: www.scmsines.org 

Email: [email protected]  

Provedoria 

Tel. 269630462 | Fax. 269630469  

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Secretaria 

Tel. 269630460 | Fax. 269630469  

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Infantário “Capuchinho Vermelho” 

Tel. 269630460 | Telem. 967825287  

Email: [email protected]  

Horário de Funcionamento: 07h45‐19h45 

 

 

Acção Social (Lares, Centro de Dia, Apoio Domiciliário) 

Tel. 269630460 | Fax. 269630469 

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: Quartas e Sextas‐feiras  

09h00‐13h00 | 14h00‐17h00  

Serviço de Fisioterapia 

Tel. 269 630460 (Geral Scmsines) | 269 870326 | 961276477 

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: Segunda a Sextas‐feira 

09h00‐13h00 | 14h00‐20h00 (sob marcação)  

Outros Contactos:  

Animação: 

[email protected]   

Gabinete de Informação: 

gab‐[email protected]   

Gabinete de Psicologia: 

gab‐[email protected]   

Recursos Humanos: 

[email protected]  

Informações Úteis

Page 10: Renascer45

Fernanda  Maria  Marques 

Dias, nasceu no distrito de 

Viseu em Sanjoaninho, San‐

ta Comba Dão, no dia 26 de 

Agosto de 1931, tendo sido 

registada  um  dia mais  tar‐

de  com  o  nome  escolhido 

pela  sua  madrinha,  tam‐

bém  ela  Fernanda.  A  sua 

família  era  constituída  por 

seu  pai, mãe  e  irmã mais 

nova,  sendo  que  por  volta 

dos  5  anos  um  duro  revés 

marcou  o  seu  percurso  de 

vida.  O  pai  de  Fernanda, 

pedreiro  de  cantaria,  fale‐

ceu  ficando  o  sustento  da 

família a cargo da mãe que 

trabalhava  como  emprega‐

da  doméstica  em  casas 

muito  ricas.  «As  recorda‐

ções do meu pai  são como 

um  filme  que,  por  vezes, 

passa  na  minha  cabeça. 

Tenho  pequenas memórias 

dele,  sei  que  era  muito 

brincalhão  e  lembro‐me 

igualmente de  ter assistido 

ao seu funeral. Depois dele 

falecer a minha mãe traba‐

lhou muito para nos criar e 

posso  dizer  que,  nunca, 

nada nos faltou.» 

Sempre  que  a  mãe  saía 

para  trabalhar,  Fernanda  e 

a  irmã  ficavam  na  compa‐

nhia  da  avó  e  de  uma  tia, 

com  quem  foram  pratica‐

mente  criadas.  «A  minha 

avó  era  costureira,  mas 

não aprendi esse ofício com 

ela, porque queria era brin‐

car.»  Os  brinquedos,  ape‐

sar de poucos, são recorda‐

dos  com  apreço:  «tinha 

bonecas  de  trapos,  feitas 

pela  minha  avó,  e  tinha 

também  uma  de  papelão, 

comprada  numa  feira.  Era 

raro alguém ter uma bone‐

ca destas. Um dia, um vizi‐

nho meu  arrancou  os  bra‐

ços  da  minha  boneca  de 

papelão  e,  ah,  o  que  eu 

chorei  com  pena  daquela 

boneca  de  papelão.» Além 

desta  singela  recordação 

dos  seus  tempos de meni‐

na,  Fernanda  recorda  tam‐

bém  que,  por  volta  dos 

seus  7  anos,  a  escola  era 

uma obrigação, mas sobre‐

tudo um prazer, afirmando 

sem hesitar que foi um gos‐

to  frequentar  o  ensino. 

«Antes  de  morrer  o  meu 

pai pediu à minha mãe que 

me mandasse,  a mim  e  à 

minha  irmã,  à  escola,  e 

assim  aconteceu.  Eu  dedi‐

cava‐me  mais  do  que  a 

minha  irmã.  Ela  só  queria 

10 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

Á CONVERSA Á CONVERSA COMCOM... ... Fernanda DiasFernanda Dias

Page 11: Renascer45

brincar, mas eu não, levava 

a escola a  sério. Completei 

a 4ª Classe e chorei bastan‐

te quando tive de deixar de 

estudar.»  Desses  tempos 

Fernanda  Dias  recorda 

também  que  era  muito 

mimada pela madrinha que 

lhe  oferecia  vários  presen‐

tes, entre eles bonitos ves‐

tidos.  «Eu  andava  sempre 

muito bem vestida e arran‐

jada, e a par disso era mui‐

to boa aluna. A professora 

que  tive  também  me  dei‐

xou  boas  recordações.  Era 

uma  boa  professora,  ensi‐

nava  bem  e  impunha  res‐

peito. Ninguém  fazia baru‐

lho, e até quando  fecháva‐

mos  a  porta  fazíamo‐lo 

muito  devagarinho.  E  no 

recreio não era como hoje, 

era raparigas para um lado 

e rapazes para outro. Eram 

outros tempos.» 

Aos 11 anos Fernanda Dias 

deixou a escola e começou 

a  ajudar  a  avó  a  guardar 

ovelhas.  «A  minha  avó  já 

não  tinha a mesma genica 

e  necessitava  de  alguém 

que a ajudasse. E  lá fui eu, 

mas  por  pouco  tempo.» 

Aos 15 anos, a vontade de 

singrar  na  vida  falou mais 

alto.  Fernanda Dias  deixou 

a família e aceitou  ir traba‐

lhar para a zona do Ribate‐

jo. «A minha mãe não gos‐

tou da  ideia, mas  lá  fui eu. 

Na  minha  terra  natal,  em 

Sanjoaninho, não havia tra‐

balho,  nem  forma  de 

ganharmos  dinheiro  e 

então  nessa  altura  fomos 

umas  20  raparigas  traba‐

lhar  para  as  grandes  pro‐

priedades do Ribatejo e do 

Alentejo.  Fomos  para  tra‐

balhar  no  campo,  mas  eu 

acabei  por  ter melhor  sor‐

te.» Fernanda  foi  trabalhar 

para  casa  dos  patrões  e 

esta  revelou‐se  uma  expe‐

riência muito enriquecedo‐

ra.  «Esta  foi  uma  grande 

mudança  na  minha  vida, 

mas  não  senti  receio,  até 

porque  fui  com  outras 

raparigas  que  já  conhecia. 

Trabalhava  na  zona  de 

Samora  Correia.  O  meu 

patrão  era  o  Dom  José 

Pereira Palha Blanco, dono 

de  uma  ganadaria.  E 

depois  de  trabalhar  uns 

tempos no campo,  fui para 

uma  grande  casa  que  ele 

tinha  em  Santo  Isidro.  Eu 

fazia  limpezas,  tratava dos 

jardins e aprendi também a 

servir  à mesa.  Trabalhei  lá 

muitos  anos  e  foi  lá  que 

conheci o meu marido.» 

Recordar  o  marido,  bem 

como todo o seu casamen‐

to,  que  durou mais  de  30 

anos, é das coisas que mais 

emocionam Fernanda Dias. 

«Assim que o vi pensei logo 

que  era  um  homem  assim 

que  desejava  para  meu 

marido.  Ele  tinha  namora‐

da, mas  depois  deixou‐a  e 

as coisas entre nós aconte‐

ceram. Namorámos 6 anos, 

sempre  com  muito  respei‐

to. Grande parte das vezes 

namorávamos  ao  portão. 

Apesar  de  estar  longe  da 

minha  família  todos  se 

preocupavam  comigo.  Eu 

era mais  um  elemento  da 

família.  A  cozinheira  era 

como uma mãe para mim e 

o  meu  patrão  um  pai. 

Quando  o  namoro  se  tor‐

nou  sério,  falei  com  todos 

eles para ter o seu consen‐

timento.» 

Quando  casou,  primeiro 

pelo  civil  e  depois  pela 

Igreja,  Fernanda  passou  a 

viver com a sogra na Casta‐

nheira  do  Ribatejo,  e  des‐

ses  tempos,  salienta, 

«podia  ter melhores  recor‐

dações. Foi um erro ter  ido 

viver  com  a  minha  sogra, 

mas  teve  de  ser.  Também 

deixei de trabalhar e passa‐

va muito tempo sem o meu 

marido  que  na  altura  tra‐

balhava  em  Lisboa  como 

11 

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

Fernanda Dias na companhia do seu amigo Jaime Gonçalves 

Page 12: Renascer45

12 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

mecânico.  Foram  tempos 

difíceis  para  mim,  porque 

tive muita pena de deixar o 

trabalho.»  Uns  anos  mais 

tarde  vieram  os  filhos.  Ao 

todo,  Fernanda  teve  4 

filhos,  dois  dos  quais  já 

faleceram,  um  deles  em 

circunstâncias  que  ainda 

hoje lhe causam uma enor‐

me mágoa. «Perdi um filho 

quando  ele  tinha  17  anos. 

Apesar de  ter perdido uma 

filha  antes,  com  poucos 

meses  de  vida,  foi  muito 

doloroso  ter  perdido  este 

filho  com  17  anos.  Foi  um 

desgosto  tal  que  o  meu 

marido  se  foi  bastante 

abaixo. Acho mesmo que o 

desgosto  o  fez  deixar  de 

viver.»  O  marido  de  Fer‐

nanda  faleceu aos 53 anos 

de  idade,  tinha  ela  a mes‐

ma  idade.  Nessa  época  já 

os  seus  dois  filhos,  um 

casal, e as respectivas famí‐

lias viviam em Sines,  longe 

de  Fernanda,  e  por  isso 

mesmo,  os  tempos  que  se 

seguiram  foram muito difí‐

ceis  para  ela.  «De  repente 

vi‐me  completamente  sozi‐

nha, pois morava num sítio 

isolado  e  quando  numa 

ocasião caí e fiquei 3 dias a 

necessitar de auxilio perce‐

bi que não dava mais para 

estar  sozinha.  Aí  vim  para 

Sines, para perto dos meus 

2  filhos  e  dos  meus  10 

netos e bisnetos.» 

A  vinda  de  Fernanda  Dias 

para  Sines  significou  igual‐

mente  a  entrada  no  Lar 

Anexo II da Misericórdia de 

Sines,  onde  reside  há  já  5 

anos.  «Achei  que  era 

melhor  vir  para  cá  em  vez 

de  ir  para  casa  dos  meus 

filhos.  Ao  início  custou‐me 

muito,  chorei  bastante  e 

tive  muitas  saudades  de 

casa e das minhas amigas. 

Mas  agora  reconheço  que 

não podia estar sozinha em 

minha  casa  e  que  aqui 

estou melhor.  Já me  habi‐

tuei, não  tenho do que me 

queixar.  Tenho  comida  a 

horas, roupa  lavada e tudo 

sempre  limpinho.  O  que  é 

que  hei‐de  querer  mais? 

Tenho  companhia,  tenho 

com  quem  conversar  e 

também dou as minhas vol‐

tinhas por aí, principalmen‐

te  para  beber  um  cafézi‐

nho. Há quem diga mal do 

lar, mas quem diz é porque 

não o conhece.» 

Para quem como Fernanda 

Dias  já  passou  a  barreira 

dos  80  anos,  esta  utente 

deixa  um  concelho:  «as 

pessoas  mais  velhas  não 

devem  andar  sacrificadas. 

Por mais que gostemos da 

nossa  casa, quando  já não 

podemos, o  lar é uma boa 

opção.  Aqui  temos  confor‐

to,    bem‐estar  e  uma  vida 

mais  descansada.  E  além 

disso,  vejo  algumas  pes‐

soas que  já não estão  lúci‐

das… Como é que as  famí‐

lias  as  podem  ter  em  suas 

casas? Não é fácil.» 

E  é  no  Lar  que  Fernanda 

encontra mais  tempo  livre 

para  reflectir  sobre  uma 

vida  inteira  marcada  por 

momentos  bons  e  menos 

bons.  Entre  o  melhor  da 

sua  vida  Fernanda  Dias 

destaca,  sem  dúvidas,  os 

tempos  em  que  ainda  sol‐

teira trabalhava na zona do 

Ribatejo: «nessa época tra‐

balhava  muito,  mas  tam‐

bém  me  divertia  e  tinha 

muitos amigos. Tenho mui‐

tas  saudades desses dias e 

de todas essas pessoas com 

quem me  cruzei.  Era  tudo 

boa gente.» Por outro lado, 

o pior na vida de Fernanda 

Dias  também  não  deixa 

qualquer  margem  para 

dúvidas: «foram as mortes 

dos meus  filhos  e  do meu 

marido.  É  a  tal  dor  que 

nunca passa.» Para o  futu‐

ro  esta  utente  deseja  ter 

«juízo até à hora da morte» 

e que Deus  lhe dê sabedo‐

ria  e  o  prazer  de  conviver 

com  os  amigos  que  já  fez 

no Lar Anexo II. Entre esses 

amigos  está  Jaime Gonçal‐

ves,  que  nas  palavras  de 

Fernanda  Dias,  é  o  irmão 

que nunca teve.  

Espaço Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Sines na Rádio Sines 

TERÇAS-FEIRAS 11:15 | SEXTAS-FEIRAS 15:40 | DOMINGOS depois das 09:00

Fernanda Dias reside na Santa 

Casa há 5 anos 

Page 13: Renascer45

13 

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

UM VERÃO ANIMADO O Serviço de Animação Sociocultural garante habitualmen‐

te  um  conjunto  de  actividades  lúdicas  que  têm  como 

objectivo ocupar o tempo livre dos idosos, proporcionando

‐lhes  um  envelhecimento  activo.  Estas  actividades  têm 

uma  periodicidade  semanal  e  acontecem  nas  instalações 

da Santa Casa. No entanto, durante os meses de Verão, o 

bom tempo permite a realização de alguns passeios e visi‐

tas, entre os quais se destaca este ano uma visita ao Jardim 

Zoológico em Lisboa, ao Museu do Café em Campomaior e 

ao Largar de Azeite Oliveira da Serra em Ferreira do Alente‐

jo.  Além  disso,  os  idosos  participaram  no  Banho  29,  na 

Praia Vasco da Gama em Sines, visitaram o ATL “A Gaivota”, 

assistiram  em  directo  ao  programa  de  televisão  da  RTP1 

“Verão  Total”  e  almoçaram  nas  Tasquinhas,  junto  à  Praia 

Vasco da Gama.  

Visita ao Jardim Zoológico 

Visita ao Museu do Café em Campo Maior 

Visita ao Largar de Azeite Oliveira da Serra 

Visita ao ATL “A Gaivota” 

Almoço nas Tasquinhas 

Page 14: Renascer45

POESIA

14 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

Senhor Luís lhe agradeço 

O seu modo de agradar 

Mostra que é inteligente 

Quem assim sabe trabalhar 

Conheço que o Senhor Luís 

Que é digno e merecedor 

Todos lhe dão valor 

A tudo quanto nos diz 

Uma comparação fiz 

Por minha vez lhe ofereço 

Deixar de lhe dar apreço 

Não posso antes que queira 

Mas a sua boa maneira 

Senhor Luís lhe agradeço 

 

Eu já sei da sua vida 

Para mim muito agradável 

Tem um jeito formidável 

Tem muito que se lhe diga 

O que a seu moral obriga 

O seu valor aumentar 

Ninguém pode reprovar 

A sua especialidade 

E anima a sociedade 

O seu modo de agradar 

 

Se eu fosse alguém educado 

Como sou analfabeto 

Punha o seu nome completo 

Em letra de ouro gravado 

Para quando fosse faltado 

Deixar o letreiro luzente 

Dizendo a quem fosse vivente 

O seu valor de algum dia 

Quem lesse o letreiro dizia 

Mostra que é inteligente 

 

Devia ser eterno 

Quem assim sabe viver 

Nunca devia morrer 

Ser sempre um homem moderno 

Ter muito dinheiro e muito género 

Saúde para gozar 

E bom fato para trajar 

Quando fosse a qualquer lado 

Devia ser elogiado 

Quem assim sabe falar 

Constantino Pereira   

Constantino Pereira, utente do Lar Prats de 91 anos, tem um gosto especial por poesia que o leva a escrever sobre diferentes 

situações da sua vida, assim como sobre pessoas que se cruzam no seu caminho. Nesta edição do “Renascer”,  a seu pedido 

aqui fica um poema dedicado ao actual Provedor da Santa Casa, Luís Venturinha. 

Page 15: Renascer45

Desde Agosto que o Serviço de Animação Sociocultural cele‐

bra mensalmente o Aniversário dos  idosos da  Instituição de 

forma  especial. No  Salão  Social,  durante  a  tarde  da  última 

quinta‐feira de cada mês, realiza‐se um baile popular, haven‐

do no final bolo de aniversário para todos os utentes. Os ani‐

versariantes do mês são desta forma homenageados, sendo‐

lhes proporcionado uma  tarde de alegria e de convívio com 

outros utentes, funcionários, voluntários e amigos da Miseri‐

córdia.  

 

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COMEMORAÇÃO DE ANIVERSÁRIOS BREVES

DIA INTERNACIONAL DO IDOSO Dia 1 de Outubro  celebrou‐se o Dia  Internacional do  Idoso, 

dia em que os mais velhos são mais do que nunca lembrados 

por todos em diferentes circunstâncias. Este ano, além de um 

baile  popular  realizado  na  tarde  do  dia  1  de  Outubro,  os 

utentes dos Lares e Centro de Dia tiveram a visita de elemen‐

tos do Teatro do Mar que, num gesto de carinho e partilha 

mimaram  os  idosos  com  pequenas  ofertas,  entre  elas  a 

maquilhagem das senhoras.  

APS OFERECE VEÍCULO A Administração do Porto de Sines, uma das empresas 

que mais apoia a Misericórdia de Sines, teve para com a 

nossa Instituição mais um gesto de enorme solidarieda‐

de  através  da  doacção  de  uma  carrinha  de  9  lugares 

para o  Lar de Rapazes  “A Âncora”. Tratando‐se de um 

veículo do qual a empresa já não necessitava, esta deci‐

diu  contribuir para o bem‐estar  social da  comunidade 

doando‐o à Misericórdia de Sines.  

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

A psicologia é a  ciência que estuda o 

comportamento humano e os proces‐

sos mentais  a  ele  associados.  É  uma 

disciplina autónoma, mas que se sub‐

divide em diversas áreas ou especiali‐

dades,  tais  como:  trabalho,  social  e 

das organizações,  educacional,  clinica 

e da saúde.  

O exercício da psicologia deve ser  fei‐

to  exclusivamente  por  profissionais 

credenciados  e  estes  podem  ser 

encontrados  em  locais  como  hospi‐

tais, escolas, clínicas privadas, institui‐

ções de solidariedade social e empre‐

sas.  

As abordagens ou correntes utilizadas 

podem  variar  entre  os  profissionais 

mas, independentemente disso, visam 

sobretudo o bem‐estar do indivíduo, a 

sua  evolução  positiva  e  desenvolvi‐

mento humano.   

PSICOLOGIA — AFINAL O QUE É? POR JOANA SANTINHOS E SORAIA QUEIJO (PSICÓLOGAS ESTAGIÁRIAS)

GABINETE DE PSICOLOGIA — O NOSSO CONTRIBUTO O Gabinete de Psicologia da 

SCMS, “Diálogos”, presta os 

seus serviços a várias valências, 

actuando com populações‐alvo 

distintas, consoante as suas 

necessidades.  

Neste âmbito os estágios de psi‐

cologia desenvolvem os seguin‐

tes projectos: 

Oficina de  capacitação  ‐  Surgiu 

da  necessidade  de  acompanhar 

directamente  e  numa  aborda‐

gem  de  maior  proximidade  as 

equipas de auxiliares das diferen‐

tes  valências.  A  elevada  exigên‐

cia  física  e  emocional  das  fun‐

ções,  o  consequente  desgaste 

psíquico  e  físico  justificam  a 

necessidade  de  se  facultar  for‐

mação  adequada,  capacitando 

estas profissionais para  lidar efi‐

cazmente  com as  situações  com 

que  se  deparam  diariamente  e 

sensibiliza‐las  para  temáticas 

importantes para o desempenho 

das  suas  funções.  O  intuito  da 

oficina  de  capacitação  é  formar, 

informar,  sensibilizar  e  gerir 

emocionalmente  as  equipas  de 

trabalho.   

Acompanhamento  às  utentes 

do  Porto  d’Abrigo  ‐ O  acompa‐

nhamento às vítimas de violência 

doméstica  tem  como  objectivos 

incrementar  a  autoestima  e 

consciencializar para a importân‐

cia da mesma, explorar e recons‐

truir  a  auto‐imagem,  descons‐

truir  crenças  legitimadoras  da 

violência  e  promover  a  auto‐

ajuda e a motivação. Neste pro‐

cesso,  as  utentes  adquirem 

novas  competências,  através  de 

orientação  para  a  mudança  e 

melhoria,  aumentando  a  sua 

qualidade de vida.  

Avaliações  e  Acompanhamen‐

tos  ‐  A  avaliação  individual  dos 

jovens  passa  pela  observação 

individual  e  grupal,  entrevistas 

aos respectivos jovens, educado‐

res  e  responsáveis  escolares  e 

avaliação através de provas  cog‐

nitivas, comportamentais e emo‐

cionais,  consoante  as necessida‐

des  verificadas.  Além  disso,  são 

elaborados  relatórios  de  avalia‐

ção  psicológica  para  a  escola,  e 

parecer em CIF’s, tendo por base 

uma  metodologia  assente  no 

sujeito, meio envolvente e esco‐

lar. Ao nível dos acompanhamen‐

tos, estes podem ser pontuais ou 

continuados.  Podem  ser  traba‐

lhadas diversas áreas, nomeada‐

mente,  cognitivas,  emocionais, 

do  desenvolvimento  humano  e 

comportamentais.  

Plano  de  Vida  e  Autonomia  ‐ 

Este é um programa de aquisição 

de competências, que através de 

dinâmicas não formais, feitas em 

grupo, visam a aquisição de com‐

petências,  com o objectivo dire‐

cionado  para  uma  mais  fácil 

autonomização  dos  jovens  que 

residem  no  Lar  “A  Âncora”.  Os 

temas trabalhados relacionam‐se 

com  o  Saber  Ser,  Saber  Saber  e 

Saber Fazer, ou seja, este progra‐

ma actua ao nível do autoconcei‐

to  e  necessidades  de  relaciona‐

mento  pessoais  e  interpessoais, 

no  tomar  conhecimento  sobre a 

importância  da  continuação  dos 

estudos,  dos  serviços  existentes 

na comunidade, da aquisição de 

conceitos  e  das  consequências 

sobre  comportamentos  de  risco 

da  vida  activa  fora  do  conceito 

de  institucionalização.  Além  de 

tudo  isto  este  programa  auxilia 

os  jovens  na  parte  prática  da 

vida  adulta  com  vista  à  efectiva 

autonomização, nomeadamente, 

gestão doméstica, visitas a servi‐

ços  da  comunidade,  elaboração 

de  refeições,  elaboração  de  um 

currículo  e  procura  activa  de 

emprego. 

Plano de Resolução de Conflitos 

‐ A maternidade na adolescência 

implica  uma  série  de  alterações 

físicas  e  emocionais,  que  repre‐

sentam  mudanças  radicais  na 

vida das  jovens. Estas alterações 

aliadas ao contexto  institucional, 

podem  ter  consequências  ao 

nível  comportamental  entre 

colegas e também com funcioná‐

rias. Neste  âmbito  é  importante 

uma  intervenção  ao  nível  das 

suas vivências, emoções e toma‐

da  de  consciência  por  forma  a 

delinear estratégias de aquisição 

de  competências  para  minorar 

situações de conflitos. Estão deli‐

neados temas gerais por forma a 

conduzir  o  objectivo  do  progra‐

ma,  a  par  de  uma  análise  de 

necessidades  das  jovens  no  que 

diz  respeito à perceção do auto‐

conceito,  heteroconhecimento  e 

ferramentas para a  resolução de 

conflitos.  

Componente prática do Plano de Vida e Autonomia 

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RENASCER 

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No dia 8 de Outubro foram 

anunciados  os  vencedores 

do  Prémio  BPI  Seniores 

2014 – Viver Melhor na 3ª 

Idade, tendo a Misericórdia 

de Sines sido uma das enti‐

dades  vencedoras.  Através 

de  um  montante  total  de 

10  000€,  a  Santa  Casa  vai 

complementar o Serviço de 

Apoio  Domiciliário,  acres‐

centando  um  serviço  de 

teleassistência 24h por dia, 

e  além  disso  irá  adquirir 

equipamento  Snoezelen 

destinado  a  proporcionar 

momentos  de  estimulação 

sensorial aos idosos da Ins‐

tituição e também à comu‐

nidade  exterior.  Este  pré‐

mio  representa  um  impor‐

tante  apoio  para  a Miseri‐

córdia que assim consegue 

expandir os serviços já exis‐

tentes  e  simultaneamente 

combater  o  isolamento,  a 

inércia e a solidão dos  ido‐

sos em Sines. 

O Prémio BPI Seniores inse‐

re‐se no âmbito da Respon‐

sabilidade  Social  desta 

entidade  bancária,  e  este 

ano  atingiu  um  montante 

total de 500 mil euros que 

foram  distribuídos  por  27 

entidades. Esta foi a 2ª edi‐

ção  deste  prémio  que  se 

destina  a  apoiar  projectos 

que  visem  a  integração 

social  e  promovam  a 

melhoria  da  qualidade  de 

vida  e  o  envelhecimento 

activo de pessoas com  ida‐

de superior a 65 anos.  

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ÚLTIMAS NOVA NOTA DE 10€ - SESSÃO DE ESCLARECIMENTO

Decorreu  dia  9  de  Outubro, 

durante  a  tarde,  no  Salão 

Social  da  Santa  Casa,  uma 

Sessão  de  Esclarecimento 

organizada  pela  GNR  com  o 

objectivo de  informar os  ido‐

sos  acerca  da  introdução  em 

circulação  de  uma  nova  nota 

de  10€.  A  nova  nota  de  10€ 

entrou  em  circulação  no  dia 

23  de  Setembro  e  durante 

esta Sessão de Esclarecimento 

foram  referidas  as  diversas 

possibilidades de burla a que 

a  população mais  idosa  está 

exposta,  bem  como  as  carac‐

terísticas da nova nota que a 

tornam mais segura, resisten‐

te  à  contrafacção  e  fácil  de 

verificar do que a que existia 

anteriormente.  

Cerca de 40 idosos dos Lares e 

Centro  de  Dia  da  Santa  Casa 

assistiram à apresentação  fei‐

ta  pela  Agente Dina  Pires  do 

Destacamento  Territorial  de 

Santiago  do  Cacém  e  pude‐

ram  esclarecer  as  suas  dúvi‐

das  acerca  da  nova  nota  de 

10€,  bem  como  sobre outros 

aspectos  relacionados  com  a 

segurança  dos  idosos.  Além 

disso,  foi  referido  bastantes 

vezes  ao  longo da  apresenta‐

ção  que  não  haverá  necessi‐

dade de  trocar as notas anti‐

gas,  sendo  que  passam  as 

duas  a  circular  em  simultâ‐

neo.  Além  desta  sessão, 

outras  estão  previstas,  numa 

clara  aproximação  entre  a 

população e a GNR.  

PRÉMIO BPI SÉNIORES

Papel firme e ligeiramente sonoro 

Impressão  em  relevo  nas  margens  esquerda  e  direita  da 

nota 

Tinta mais espessa no motivo principal, nas inscrições e nos 

algarismos de grande dimensão, representativos do valor da 

nota 

Marca de água com retrato na zona mais clara da nota 

O filete de segurança apresenta‐se como uma linha escura 

Número verde‐esmeralda, dependendo do ângulo de obser‐

vação, muda de cor passando a azul‐escuro 

Inclinando a nota, na zona prateada, vê‐se um retrato, uma 

janela e os algarismos representativos do valor da nota  

CARACTERÍSTICAS DA NOVA NOTA

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

AGRADECIMENTO  

O “Renascer” agradece a todos os patrocinadores e amigos que contribuíram para que este meio de comunicação da nossa Instituição se tornasse uma realidade. 

Uma vez que é nosso objectivo melhorar gradualmente a forma e os conteúdos deste boletim informativo, assim como aumentar a sua tira‐gem e, consequentemente, divulgá‐lo junto de um público cada vez mais vasto, revela‐se de grande importância o apoio destes e de outros 

patrocinadores. 

Obrigada por nos ajudarem a sermos melhores!  

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 CEMETRA

Centro de Medicina do Trabalho da Área de Sines 

Rua Júlio Gomes da Silva, n.º 15   7520‐219 SINES Tel.: 269633014    Fax: 269633015 

E‐mail: [email protected] Site: www.cemetra.pt