Resenha de logítica

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Page 1: Resenha de logítica

[2012]

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Professor José Beker

Adriana Martins dos Santo Moraes de Carvalho

e

Daniele Cristina P. da Silva Lopes

RESENH

ALOGÍSTICA EMPRESARIAL HOSPITALAR

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Sumário

RESUMO...................................................................................3

1 INTRODUÇÃO....................................................................4

1.2 JUSTIFICATIVA.........................................................5

1.4 ESCOPO DO TRABALHO.............................................7

1.5 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES............................7

1.6 ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS............................8

1.7 DEFINIÇÃO DA METODOLOGIA............................8

2 REVISÃO DE LITERATURA........................................9

2.2 - PLANEJAMENTO LOGÍSTICO..........................10

2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE

SUPRIMENTOS...................................................................12

2.6 PROCESSO DE COMPRAS.....................................16

2.7 Pretensão e realidade ..................................19

2.9 INDICADORES DE DESEMPENHO....................20

3.0 CONCEITOS LEAN....................................................23

3. 1 GESTÃO DE FORNECEDORES.............................26

3.2 METAS DO DEPARTAMENTO..............................27

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3.3 NOVAS FERRAMENTAS DE MELHORIAS NO

PROCESSO DE COMPRAS...............................................28

4.0 Custos logísticos hospitalares..............37

4.1 Contabilidade de custos ..............................38

5 .0 CONCLUSÕES............................................................47

REFERÊNCIAS....................................................................50

RESUMO

A presente resenha busca apresentar uma visão macro da Logística Empresarial. Nas últimas

Quatro décadas, a logística avançou do transporte/depósito/armazenagem para o nível

Estratégico da empresa.

Na base do moderno conceito de Logística integrada está o entendimento de que a Logística

Deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de

Agregar valor por meio dos serviços prestados, além de constituir-se em oportunidade de

Redução de custos. No cenário atual, preocupar-se com a logística tornou-se fundamental nas

empresas. O ambiente em que as empresas operam atualmente é muito complexo e fortemente

competitivo. Portanto, elas estão buscando a diferenciação e o estabelecimento de vantagens

competitivas em relação aos seus concorrentes.

Para alcançar esses objetivos, cada um tenta encontrar o seu próprio caminho; porém, um

ponto comum pode ser observado: a opção pela aplicação da logística, que deve ser entendida

como o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das informações correlatas para

levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de uma origem a um destino.

A globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo de vida

dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações adquiram e

desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes. Ampliam-se as dimensões

da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser global. A concorrência passa a

acontecer entre cadeias produtivas e não mais entre empresas isoladas. Nesse contexto, as

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vantagens e diferenciais competitivos são cada vez mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade

deixam de ser apenas um discurso e tornam-se obrigatória.

A logística empresarial inclui todas as atividades de movimentação de produtos e a

transferência de informações, porém para a que seja gerenciada de forma integrada, a logística

deve ser trabalhada como um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados,

trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivo comum. A tentativa

de otimização de cada um dos componentes, isoladamente, não leva a otimização de todo o

sistema. Ao contrário, leva a sub-otimização. Tal princípio é normalmente conhecido como

trade-off, ou seja, o princípio das compensações, ou perdas e ganhos.

Desta forma, pretendem-se apresentar as principais implicações da logística, citações das

práticas logísticas existentes, bem como a descrição de formas e meios de aplicar princípios

logísticos, proporcionando uma base conceitual para integração da logística como

competência central na estratégia empresarial.

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Diante do ambiente competitivo das empresas, surge a preocupação com a melhoria

contínua da qualidade dos produtos e processos oferecidos por uma organização. Uma forma

eficaz de se obter vantagem nesta competição é através do gerenciamento da cadeia de

suprimentos, a qual aborda o projeto, o planejamento, a gestão e a coordenação do fluxo de

materiais e informações desde o fornecedor até o consumidor final, buscando a integração de

recursos humanos e físicos que possibilite o alcance do objetivo final de satisfação do cliente,

com entregas no prazo e com qualidade.

A análise da Cadeia de Suprimentos permite identificar potenciais oportunidades de

melhorias na gestão e na tomada de decisão dos diversos elos das cadeias, através da

coordenação do fluxo de produtos e informações na cadeia. Como forma de facilitar essa

coordenação, sistemas de informação estão sendo utilizados para o gerenciamento da cadeia

de suprimentos. Para Chopra e Meindl (2003), a tecnologia da informação proporciona o

conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões, utilizando-se de

ferramentas para reunir essas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores

decisões sobre a cadeia de suprimentos.

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Para análise dos resultados obtidos com o gerenciamento da cadeia de suprimentos, é

de fundamental importância que sejam criados indicadores de desempenho como forma de

avaliação dos resultados obtidos, monitorando e guiando a empresa em direção aos seus

objetivos estratégicos. Os indicadores permitem que o gestor compreenda o funcionamento

organizacional, gerando informações relevantes para a tomada de decisão.

O processo da cadeia de suprimentos, que é abordado neste trabalho, refere-se ao

processo de Compras, o qual consiste em garantir que os materiais necessários em uma

organização estejam disponíveis no tempo, quantidade e especificações corretos. É

apresentada a evolução do processo de compras que vem de uma atividade extremamente

operacional para uma função de análise e participação nas estratégias da organização. As

melhorias do processo de Compras possibilitam a otimização da operação de compras,

buscando vantagens na negociação de preços, melhor eficiência, controle mais rigoroso dos

gastos e melhores níveis de serviços. Outra função fundamental do processo de Compras está

na avaliação e seleção de fornecedores, buscando uma relação de longo prazo para aquisição

de materiais que atendam as necessidades da organização.

O conceito lean também é abordado neste trabalho, através de uma nova concepção,

apresentada por Womack e Jones (2005), em que a logística lean leva a filosofia fundamental

do sistema Toyota de produção e estende esse conceito sem interrupções por toda a cadeia

de suprimento, desde a extração da matéria prima até o consumidor final. Dentro da logística

Lean, a idéia de um consumo lean também é abordada, mostrando a necessidade das

organizações de buscarem por processos que ofereçam a seus clientes uma compra mais

eficiente e com menos sacrifício.

1.2 JUSTIFICATIVA

A crescente competição por redução de custos e prazos de entrega, o lançamento de

produtos com ciclos de vida cada vez mais curtos, a desregulamentação de barreiras

comerciais e alfandegárias e a crescente expectativa dos clientes por maiores níveis de

serviço têm levado as empresas a direcionar suas atenções para suas cadeias de suprimento.

Dessa forma, o tema escolhido visa apresentar conceitos e práticas de gerenciamento da

cadeia de suprimentos que busquem melhorar os processos de uma organização,

preocupando-se em analisar indicadores de desempenho que sejam capazes de avaliar se os

resultados obtidos estão de acordo com os objetivos estratégicos da organização. Além disso,

o tema do trabalho está diretamente relacionado às atividades de estágio na empresa, a qual

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será tomada como exemplo em muitos conceitos, visando analisar oportunidades de

melhorias com base nas práticas da empresa e no estudo de novas ferramentas que possam

ser aplicadas para otimização de processos.

1.3 POR QUE SE PREOCUPAR COM A LOGÍSTICA?

A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma

escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências?

Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os aspectos seguintes:

a) a evolução de seu conceito: ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade,

finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim,

aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de

manter a

atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo, voltar os seus olhos aos

desejos dos clientes;

b) o aumento de seu escopo: com o tempo, a logística passou a se preocupar com um número

cada vez maior de atividades e deixou de ser vista como operacional para tornar-se estratégica.

Assim, deve ser considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais

altos escalões da empresa;

c) a ampliação de sua abrangência: inicialmente tratada de forma funcional, passou a integrar

as diversas funções internas da empresa e, hoje, funciona como elo entre clientes e

fornecedores;

d) enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão global da empresa e da

cadeia produtiva como um todo. Desse modo, de forma integradora, propicia que todos os

interesses e pontos relevantes sejam analisados na tomada de decisão;

e) preocupação com a gestão de fluxos. O primeiro fluxo é o dos materiais, o qual se inicia no

fornecedor e termina na entrega ao consumidor final. O segundo é o das informações, o qual

tem um sentido inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes

fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são consumidores de

recursos, e o aumento da disponibilidade dos produtos. Essa sinergia favorece, também, o

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fluxo financeiro da empresa.

1.4 ESCOPO DO TRABALHO

A logística teve sua interpretação inicial ligada à estratégia militar, quase equivalente a

filosofia de guerra, quando estava relacionada a movimentação e coordenação de tropas,

armamentos e munições para os locais necessários.

Desta forma, o sistema logístico foi desenvolvido com o intuito de abastecer, transportar e

alojar tropas – propiciando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa.

Este sistema operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas e contribuía

para a vitória das tropas nos combates.Atualmente temos o conceito expandido, aplicado a

gestão empresarial, conforme autores abaixo:

Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode prover

melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,

através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de

movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

Para Pires (1998), a logística engloba o processo de planejamento, implementação e controle

da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque circulante,

mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo

com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.

Novaes (2003) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os elementos do

processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com

fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores

finais.

1.5 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

A Logística empresarial nasceu da importância da redução de custos nas empresas e na maior

importância que se dá hoje em atendimento das necessidades dos clientes. Quando todos os

produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva será aquela que conseguir ser mais

eficiente e eficaz, se antecipando a prováveis problemas que possa vir a enfrentar.

Some-se a isso, que o mundo está se tornando cada vez mais um mercado global, as fronteiras

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será tomada como exemplo em muitos conceitos, visando analisar oportunidades de

melhorias com base nas práticas da empresa e no estudo de novas ferramentas que possam

ser aplicadas para otimização de processos.

1.3 POR QUE SE PREOCUPAR COM A LOGÍSTICA?

A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma

escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências?

Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os aspectos seguintes:

a) a evolução de seu conceito: ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade,

finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim,

aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de

manter a

atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo, voltar os seus olhos aos

desejos dos clientes;

b) o aumento de seu escopo: com o tempo, a logística passou a se preocupar com um número

cada vez maior de atividades e deixou de ser vista como operacional para tornar-se estratégica.

Assim, deve ser considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais

altos escalões da empresa;

c) a ampliação de sua abrangência: inicialmente tratada de forma funcional, passou a integrar

as diversas funções internas da empresa e, hoje, funciona como elo entre clientes e

fornecedores;

d) enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão global da empresa e da

cadeia produtiva como um todo. Desse modo, de forma integradora, propicia que todos os

interesses e pontos relevantes sejam analisados na tomada de decisão;

e) preocupação com a gestão de fluxos. O primeiro fluxo é o dos materiais, o qual se inicia no

fornecedor e termina na entrega ao consumidor final. O segundo é o das informações, o qual

tem um sentido inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes

fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são consumidores de

recursos, e o aumento da disponibilidade dos produtos. Essa sinergia favorece, também, o

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