RESILIÊNCIA, A ARTE DE SE LEVANTAR PARTE...

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CIRCUITOMATOGROSSO CUIABÁ, 5 A 11 DE JUNHO DE 2014 CULTURA EM CIRCUITO PG 5 www.circuitomt.com.br Rosemar Coenga é doutor em Teoria Literária e apaixonado pela literatura de Monteiro Lobato [email protected] ALA JOVEM Por Rosemar Coenga OS CONTOS DE FADAS DE MARINA COLASANTI COACHING Por Iracema Borges Iracema Irigaray N. Borges, mãe de 3 anjos, ama comer tudo com banana, coach pelo ICI- SP, sonha em dar cursos na África, Índia, EUA, onde o destino a levar. [email protected] [email protected] RESILIÊNCIA, A ARTE DE SE LEVANTAR... PARTE I Resiliência no coaching é a nossa capacidade de lidar com adversidades, problemas. Paul Stoltz descobriu que 75% dos grandes líderes vieram de famílias desestruturadas, abusivas, violentas, sem dinheiro e sem estrutura emocional. Por quê? Porque eles aprenderam a lidar com as adversidades, eles encararam os problemas. Mas essas pessoas não são a maioria, porque a maioria permanece no caos, de acordo com Stoltz nós escolhemos carreiras e locais para trabalhar baseados na nossa resiliência, sabemos até que ponto conseguimos lidar com certas adversidades, ou seja, a minha capacidade de gerenciar e resolver conflitos. Um bom profissional passa em média por 23 adversidades ao longo do dia, se tenho uma resiliência baixa eu vou viver em stress constante. Dois profissionais com alta resiliência: cirurgiões e empresários. A minha resiliência afeta o meu QI, ela é o meu portal, quanto maior ela for, mais eu acesso o meu QI, pessoas de sucesso são aquelas que desenvolvem uma maior capacidade de resolução de problemas. Existem pessoas com diploma universitário trabalhando com pessoas que têm apenas o 2º grau, na hora da adversidade elas travam e as outras acessam sua capacidade máxima e entregam, ou seja, potencial não ganha o jogo, ganha o jogo quem entrega. Sucesso sustentável é aquele que quanto mais a vida me dá problemas mais eu aumento a capacidade de resolvê-los. Como desenvolver a resiliência? De acordo a Universidade de Harvard, existem pilares que precisam ser fortalecidos, o primeiro que vou trazer neste artigo é: 1) Gerenciamento do stress - cada pessoa manifesta o stress de forma diferente, quais são os SEUS sintomas? Alguns sintomas físicos já pesquisados são: dores de cabeça, distúrbios do sono, dores estomacais, falta de apetite sexual, dores musculares, doenças de pele (eczemas), fadiga, suor excessivo etc. O primeiro passo para gerenciar o stress é detectá-lo, depois é buscar atividades que nos causem emoções positivas, dê preferência à atividade física, ela é um dos antídotos no gerenciamento do stress. Marina Colasanti é jornalista, escritora e ilustradora, autora de mais de 30 livros entre infantis, contos, crônicas e poesia. A vida dedicada à escrita foi formada com leitura desde a infância vivida na Etiópia e na Itália, até chegar ao Brasil, quando tinha 11 anos. Lembra- se de que na chegada ao novo país ganhou do pai a “coleção completa de Júlio Verne e os 12 volumes do Tesouro da Juventude”. Marina Colasanti começou a escrever contos de fadas quando teve de substituir uma colega de trabalho que escrevia para a coluna infantil do jornal em que trabalhava. O seu primeiro conto foi Sete anos e mais sete, baseado na história da Bela Adormecida, sendo publicado posteriormente em seu primeiro livro de contos de fadas intitulado Uma idéia toda azul (1979). Essa obra figura sempre no rol de indicações de leitura escolar para o leitor juvenil. Composto por treze contos, Doze reis e a moça do labirinto do vento (1982) também é portador do selo Altamente Recomendável para o Jovem. A obra aborda o desejo de encontro com o outro, através do envolvimento amoroso e da necessidade de descoberta interior. Vindo a público em 1992, Entre a espada e a rosa possui dez contos e retoma motivos dos contos clássicos. Os prêmios conquistados pelo livro são O Melhor para o Jovem, da FNLIJ, e o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, ambos em 1993. O olhar com que a autora brasileira aborda os contos de fadas nos permite estudar o seu ponto de vista dentro de uma ética ligada à importância de narrar e ouvir relatos e à relevância das histórias maravilhosas com ou sem final feliz. Para Marina, as mulheres muitas vezes desempenham um papel fundamental no relato e sempre o fazem ao narrar; e como historicamente muitas mães e avós contam histórias, o relato transcende com voz de mulher acreditando no benefício e na potência dos contos maravilhosos.

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CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, 5 A 11 DE JUNHO DE 2014

CULTURA EM CIRCUITO PG 5www.circuitomt.com.br

Rosemar Coenga édoutor em Teoria Literária e

apaixonado pela literatura deMonteiro Lobato

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OS CONTOS DE FADAS DE MARINA COLASANTI

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Iracema Irigaray N. Borges,mãe de 3 anjos, ama comer tudo com

banana, coach pelo ICI- SP, sonhaem dar cursos na África, Índia,EUA, onde o destino a levar.

[email protected]@hotmail.com

RESILIÊNCIA, A ARTE DE SE LEVANTAR... PARTE IResiliência no coaching é a nossa

capacidade de lidar com adversidades,problemas. Paul Stoltz descobriu que75% dos grandes líderes vieram defamílias desestruturadas, abusivas,violentas, sem dinheiro e sem estruturaemocional. Por quê? Porque eles

aprenderam a lidar com as adversidades,eles encararam os problemas. Mas essaspessoas não são a maioria, porque amaioria permanece no caos, de acordocom Stoltz nós escolhemos carreiras elocais para trabalhar baseados na nossaresiliência, sabemos até que ponto

conseguimos lidar comcertas adversidades, ouseja, a minha capacidadede gerenciar e resolverconflitos. Um bomprofissional passa emmédia por 23adversidades ao longo dodia, se tenho umaresiliência baixa eu vouviver em stressconstante. Doisprofissionais com altaresiliência: cirurgiões eempresários. A minharesiliência afeta o meuQI, ela é o meu portal,quanto maior ela for,mais eu acesso o meu

QI, pessoas de sucesso são aquelas quedesenvolvem uma maior capacidade deresolução de problemas. Existem pessoascom diploma universitário trabalhandocom pessoas que têm apenas o 2º grau,na hora da adversidade elas travam e asoutras acessam sua capacidade máxima eentregam, ou seja, potencial não ganha ojogo, ganha o jogo quem entrega.Sucesso sustentável é aquele que quantomais a vida me dá problemas mais euaumento a capacidade de resolvê-los.Como desenvolver a resiliência? Deacordo a Universidade de Harvard,existem pilares que precisam serfortalecidos, o primeiro que vou trazerneste artigo é: 1) Gerenciamento dostress - cada pessoa manifesta o stressde forma diferente, quais são os SEUSsintomas? Alguns sintomas físicos jápesquisados são: dores de cabeça,distúrbios do sono, dores estomacais,falta de apetite sexual, dores musculares,doenças de pele (eczemas), fadiga, suorexcessivo etc. O primeiro passo paragerenciar o stress é detectá-lo, depois é

buscar atividades que nos causememoções positivas, dê preferência àatividade física, ela é um dos antídotosno gerenciamento do stress.

Marina Colasanti é jornalista,escritora e ilustradora, autora de mais de30 livros entre infantis, contos, crônicase poesia. A vida dedicada à escrita foiformada com leitura desde a infânciavivida na Etiópia e na Itália, até chegarao Brasil, quando tinha 11 anos. Lembra-se de que na chegada ao novo paísganhou do pai a “coleção completa deJúlio Verne e os 12 volumes do Tesouroda Juventude”.

Marina Colasanti começou a escrevercontos de fadas quando teve desubstituir uma colega de trabalho queescrevia para a coluna infantil do jornalem que trabalhava. O seu primeiro contofoi Sete anos e mais sete, baseado nahistória da Bela Adormecida, sendopublicado posteriormente em seuprimeiro livro de contos de fadasintitulado Uma idéia toda azul (1979).

Essa obra figura sempre no rol deindicações de leitura escolar para o leitorjuvenil. Composto por treze contos, Dozereis e a moça do labirinto do vento(1982) também é portador do seloAltamente Recomendável para o Jovem.A obraaborda odesejo deencontrocom ooutro,através doenvolvimentoamoroso edanecessidadededescobertainterior.

Vindo a

público em 1992, Entre a espada e a rosapossui dez contos e retoma motivos doscontos clássicos. Os prêmiosconquistados pelo livro são O Melhorpara o Jovem, da FNLIJ, e o Jabuti, daCâmara Brasileira do Livro, ambos em1993.

O olhar com que a autora brasileiraaborda os contos de fadas nos permiteestudar o seu ponto de vista dentro deuma ética ligada à importância de narrare ouvir relatos e à relevância dashistórias maravilhosas com ou sem finalfeliz. Para Marina, as mulheres muitasvezes desempenham um papelfundamental no relato e sempre o fazemao narrar; e como historicamente muitasmães e avós contam histórias, o relatotranscende com voz de mulheracreditando no benefício e na potênciados contos maravilhosos.