RESISTÊNCIA DA ARTÉRIA CARÓTIDA E AUTONOMIA … · positiva entre o índice de resistividade da...

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Centro de Ciências da Saúde Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCSa RESISTÊNCIA DA ARTÉRIA CARÓTIDA E AUTONOMIA FUNCIONAL EM MULHERES IDOSAS. Yúla Pires da Silveira Fontenele de Meneses NATAL/RN 2008

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Centro de Ciências da Saúde

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCSa

RESISTÊNCIA DA ARTÉRIA CARÓTIDA E AUTONOMIA FUNCIONAL EM MULHERES IDOSAS.

Yúla Pires da Silveira Fontenele de Meneses

NATAL/RN2008

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Yúla Pires da Silveira Fontenele de Meneses

RESISTÊNCIA DA ARTÉRIA CARÓTIDA E AUTONOMIA FUNCIONAL EM MULHERES IDOSAS.

Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.

Orientadora: Profª. Dra. Armele de Fátima Dornelas de Andrade

NATAL/RN2008

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CATALOGAÇÃO NA FONTE

M543r

Meneses, Yúla Pires da Silveira Fontenele de. Resistência da artéria carótida e autônima funcional em mulheres idosas / Yúla Pires da Silveira Fontenele de Meneses. __ Natal. __ RN, 2008.

34 p. : il. Orientadora: Profª Dra. Armele de Fátima Dornelas de Andrade. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 1.Saúde do Idoso - Dissertação. 2. Artéria Carótida - Dissertação 3. Idoso- Dissertação. 4. AVDs - Dissertação. I. Andrade, Armele de Fátima Dornelas de. II. Título.

RN-UF/BS-CCS CDU: 614-053.1(043.3)

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Centro de Ciências da Saúde

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCSa

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde:

Profo. Dr. Aldo da Cunha Medeiros

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Centro de Ciências da Saúde

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCSa

Presidente da Banca: Profª. Dra. Armèle de Fátima Dornelas de Andrade

Banca examinadora

Profª. Drª. Armèle de Fátima Dornelas de Andrade - UFPE

Profo. Dro. Guilherme Augusto de Freitas Fregonezi - UFRN

Profa. Dra. Selma de Sousa Bruno - UFRN

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Dedicatória

Ao meu pai, minha inspiração profissional e à minha mãe, grande amiga e companheira.

Ao meu marido ao grande amor dispensado a mim e em momento algum me deixou

fraquejar.

A Meus filhos Alana e Henrique, pela resistência às minhas ausências, mantendo-se bons

filhos e excelentes estudantes.

Aos meus bebês Yuri e ítalo, que ainda em meu ventre foram penalizados em ficar

sentados estudando, e tão pequenos, por tantas vezes, podados da minha presença.

À Dona Evanilda Meneses, à tia Eronice Fontenele e demais familiares, pelo apoio junto

a aos meus filhos.

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Agradecimentos

Aos professores que trabalham comigo na UESPI, na Faculdade NOVAFAPI e na

AQUADEMIA pelo incentivo e troca de favores durante minhas tantas ausências.

Aos amigos Rodrigo Vale, Patrícia Uchôa, Maria Aurinice Monte e Solange Lages, que

mais de perto foram amigos de todas as horas.

Às Senhoras, participantes da minha amostra, pelo empenho em cooperar com a evolução

deste estudo.

À Dra. Armèle Dornelas, Dra. Tânia Campos e Dr. Ricardo Guerra, por terem me

recebido, carinhosamente, como orientanda, acreditando em meu potencial; muito obrigada.

Ao Dr. José Brandão Neto, Dra. Áurea Nogueira de Melo, Dr. Aldo Medeiros e toda a

equipe da secretaria do programa pelo apoio durante estes anos e a seriedade na condução dos

trabalhos, o meu obrigado.

À professora Dra Maria Irany Knaikfuss e a seus familiares, por aceitar os transtornos de

estudo em sua residência dia e noite. Obrigada por sua atenção e carinho.

À Clínica Méd Imagem, na pessoa do Sr. Diretor Dr. José Cerqueira Dantas e à Dra.

Sâmia Carvalho por terem contribuído grandemente com este estudo, acreditando na pesquisa

científica como parceira na melhoria da saúde do idoso.

Ao Senhor Deus por me manter lúcida e com saúde para vencer este desafio.

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Sumário

Dedicatória v

Agradecimentos vi

Resumo viii

INTRODUÇÃO 1

REVISÃO DA LITERATURA 3

ANEXAÇÃO DO ARTIGO PUBLICADO 7

COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES 13

REFERÊNCIAS 18

ANEXOS

1. Aprovação do Comitê de Ética

2. Questionário de anamnese - PAR-Q

3. Normas da Revista Brasileira de Enfermagem

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24

APÊNDICES

1. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

2. Gráfico de dispersão do IG x IRCID

3. Ilustrações do exame deDoopler

4. Ilustrações dos testes de GDLAM

Abstract

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Resumo

Altos índices de resistividade na carótida em pessoas idosas, surgem em conseqüência,

principalmente, dos maus hábitos de vida relacionados às atividades desempenhadas no dia-a-dia

e à alimentação. Este estudo multidisciplinar teve por objetivo avaliar e correlacionar a

resistência da artéria carótida e a autonomia funcional em mulheres idosas. Foi realizado um

estudo descritivo exploratório de corte transversal sendo a amostra composta por 27 senhoras,

advindas de projetos sociais de pastorais de igreja da cidade de Teresina – Pi. Foi aplicado o

questionário de liberação para a atividade física (PAR-Q). A resistência das artérias carótidas foi

avaliada por aparelho de ultra-som de alta resolução com Doppler e a autonomia funcional

através de cinco testes do protocolo do Grupo de Desenvolvimento Latino-americano da

Maturidade (GDLAM), simulando atividades da vida diária. Os dados foram analisados pelo

teste Shapiro-Wilk e a correlação pelo teste de Spearman, considerando-se um valor de p<0,05.

Caracterizando a amostra, encontraram-se mulheres com faixa etária de média e desvio-padrão,

respectivamente (68,67±4,52) e índice de resistividade da carótida (0,71±0,07). O valor do índice

geral de autonomia funcional classificou as idosas do grupo estudado como fracas no

desempenho das atividades da vida diária (30,40±6,31), admitindo p<0,01. Houve correlação

positiva entre o índice de resistividade da carótida interna direita e todos os testes de autonomia

funcional realizados. O coeficiente de correlação entre o índice de resistividade da carótida e o

índice geral do protocolo GDLAM foi de r=0,998 e p=0,000, demonstrando correlação

significativa. As idosas avaliadas possuem um alto índice de resistividade da artéria carótida e

uma baixa autonomia funcional, constatando-se correlação positiva entre as variáveis

dependentes estudadas. Para a realização desta pesquisa, foi necessária uma equipe formada por

uma enfermeira, que auxiliou na organização da amostra e realização dos exames; uma médica

radiologista, que realizou os exames de Doopler; um angiologista como colaborador na

interpretação dos dados do exame; dois educadores físicos e dois fisioterapeutas para a viii

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realização dos testes de autonomia funcional e a orientação da pesquisa na linha de Saúde do

Idoso, contribuindo assim, para o caráter multidisciplinar fundamental na realização de estudos

científicos.

Palavras-chave: Artéria carótida, AVDs, Idoso

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1. INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento é natural e a melhoria na expectativa de vida é uma

realidade mundial há três décadas. A comunidade científica tem se preocupado com as

conseqüências deste evento e procurado entender e agir a favor da redução dos aspectos

negativos que surgem com a longevidade1. É mais fácil evitar mortes do que evitar problemas

crônicos com desenvolvimento de incapacidades relacionadas ao envelhecimento2.

Nesta fase da vida, a chegada da menopausa deixa as mulheres mais propensas ao

aumento de peso corporal e aparecimento de doenças cardiovasculares, bem como ao aumento

nos índices de resistividade das artérias carótidas, resultando em risco para doenças arterio-

coronarianas associadas à morbidade e à mortalidade3,4.

Alterações na resistividade carotídea são assintomáticas e correspondem à redução na luz do

vaso sanguíneo representadas por estenoses, causadas por placas ateromatosas que se formam em

conseqüência de estresses, altas de pressão arterial, aumento de colesterol LDL (Lipoprotína de

alta densidade), sedentarismo, queda nos níveis de progesterona, dentre outros fatores. Valores

até 70% de obstrução da carótida, são suportados sem conseqüências impossibilitantes para as

atividades da vida diária (AVDs)4,5.

A redução da capacidade de desempenho físico durante a vida é mais uma conseqüência

das condições de trabalho e dos hábitos de vida do que de incapacidade biológica e isso poderá

vir a comprometer a autonomia funcional na velhice6. O grau de autonomia funcional em idosos

para um envelhecimento saudável depende do estado funcional e dos indicativos de dependência

e insegurança a serem avaliados7.

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A avaliação da resistência das artérias carótidas e da autonomia funcional, com

periodicidade em idosos, e a análise da correlação existente entre estas variáveis, servirá como

preditor para doenças arterio-coronarianas, tornando a população susceptível a mudanças de

hábito de vida, auxiliando na manutenção da cognição, da memória e do fluxo cerebral,

contribuindo para o desempenho satisfatório nas atividades da vida diária mantendo níveis

normais de independência, através do planejamento de abordagens multidisciplinares em prol de

um envelhecimento saudável.

Este estudo foi concebido a partir da hipótese de que, avaliando-se a resistividade

carotídea e a autonomia funcional de mulheres idosas e comprovando a correlação entre estas

variáveis, poderia-se influenciar tomadas de decisões sobre a importância de mudanças de

hábitos de vida diários para a independência e saúde do idoso.

Objetivo geral

Para tanto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a resistência das artérias carótidas

internas e o índice de autonomia funcional de mulheres idosas sedentárias e correlacionar o

índice de resistividade carotídeo com o índice geral de autonomia funcional.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

Envelhecimento

O declínio da capacidade física e as modificações fisiológicas como consequência do

envelhecimento são assuntos de pesquisas, intensificadas na década de 80 até os dias atuais,

devido ao aumento na expectativa de vida e a possibilidade de que a prevenção possa vir a

melhorar a qualidade dos anos vividos a mais, otimizando as funções orgânicas, garantindo

maior independência pessoal por mais tempo8-10.

É ainda na maturidade que se inicia o processo de envelhecimento se caracterizando por

crescentes desvios do estado funcional ideal seguido de modificações estruturais, principalmente,

nos músculos esqueléticos e nas grandes artérias9,11.

Existem claras evidências, comprovando o aumento no índice de doenças

cardiovasculares em idosos devido à redução na atividade física habitual 12-15.

O envelhecimento saudável é definido a partir de uma visão de manutenção de satisfação

em viver e disposição espiritual, vividas com atitudes objetivas com alta atividade mental e física

e participação ativa nas atividades da vida diária, mantendo baixas as possibilidades de doenças

sistêmicas e limitações músculo-esquléticas16.

Resistência da artéria carótida

Processos patológicos de aumento da resistência da carótida poderão ser

desencadeados durante o envelhecimento humano, podendo estar relacionados a vários fatores

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como alimentação e demais hábitos de vida, provocadores de estenose ou aterosclerose do

sistema arterial cerebral, aumentando o risco para doenças isquêmicas cerebrais frequentemente

associadas à morbidade e a mortalidade devida à redução no diâmetro dos vasos saguíneos,

significando altos riscos para patologias como acidente vascular encefálico (AVE), estenoses

progressivas e doenças cardíacas4,5.

Métodos não-invasivos como o ultra-som Doopler têm permitido quantificar os índices

de resistividade carotídeos (IRC) com menor grau de dificuldade e em diferentes territórios

arteriais, com maior frequência nas carótidas, fornecendo informações importantes sobre a

morfologia e outras características nas artérias, incluindo ulceração, rigidez, calcificação, riscos

para AVE, pois é através das artérias carótidas que o coração irriga o cérebro; esta via estando

congestionada, reduz-se o aporte de oxigênio cerebral4,17.

O ateroma aumenta a resistência da artéria em torno de 15% em homens e 10% em

mulheres a cada dez anos de vida17.

Vários fatores podem atuar na redução da resistividade da carótida decorrente do

envelhecimento, dentre eles, a prática de exercício físico apresentou resultados satisfatórios

quando conjugada à terapia hormonal5,17,18.

Autonomia funcional

A manutenção de autonomia funcional entre idosos, é tida como sendo a capacidade de

desempenhar atividades básicas da vida diária como, comer, tomar banho, vestir-se e

movimentar-se dentro e fora de caso de acordo com as suas necessidades básicas no dia-a-dia19.

Quanto melhor for o índice de autonomia funcional do idoso, menores serão os riscos de

morbidade e as taxas de mortalidade, sendo fator protetor para doenças cardiorrespiratórias,

dependências físicas e relacionais3,15,19,20.

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No processo de envelhecimento, a resistência cardiorrespiratória é geralmente mais bem

preservada do que a força muscular, embora haja também redução na resistência e anaeróbica. A

perda de força está ligada diretamente à atrofia muscular que ocorre devido ao decréscimo tanto

no tamanho das fibras musculares quanto no número. A esta perda de força e atrofia muscular

também é associada à denervação seletiva de fibras musculares, sendo as maiores perdas

funcionais entre as unidades motoras maiores e mais rápidas21,22.

A proteção familiar ao idoso, muitas vezes, tem favorecido ao decréscimo de

independência física e em conseqüência, estimulado o sedentarismo e surgimento de patologias,

prejudicando o desempenho para as AVDs15,23,24.

A manutenção das AVDs e de planejamento para atividades adequadas às horas de lazer

com frequência e intensidade adequadas, estão sendo relacionadas a redução nos fatores de risco

cardiovasculares e ao melhoramento da função imunológica em mulheres anciãs25.

Relação entre resistência da carótida e autonomia funcional

O aumento da resistividade carotídea tem preocupado a comunidade científica, não pelos

seus sintomas diretos, mas devido à formação das placas ateromatosas de forma silenciosa e

progressiva e suas conseqüências, advindas, principalmente dos maus hábitos de vida

relacionados à inatividade física promovida, muitas vezes, por acomodação dos indivíduos mais

velhos1,3.

Estes fatos têm transformado o aumento da idade cronológica em longevidade passiva,

com diminuição do nível de satisfação em viver, redução na independência para as AVDs e

consequentemente, passa-se a observar uma dependência do idoso, desde as atividades mais

simples do cotidiano como a higiene pessoal e deslocamento para convívios sociais6,26.

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O IRC aumentado e déficits na autonomia funcional, contribuem para a ocorrência de

doenças crônicas, como: diabetes, osteoporose, câncer de cólon, de pulmão e de próstata e

principalmente problemas cardiovasculares.

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3. ANEXAÇÃO DO ARTIGO PUBLICADO

Revista Brasileira de Enfermagem*

Qualis C Internacional

* REBEN (ISSN: 0034-7167 – Versão impressa, Qualis Internacional C – Medicina II da

Capes

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4. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES

O estudo que aqui se apresenta tem caráter multidisciplinar, estando inserido nas áreas de

Educação física, angiologia, fisioterapia e enfermagem tendo visado em primeiro plano a saúde

do idoso.

O tema proposto no projeto inicial foi “modificações causadas pelo exercício

neuromuscular na resistência da carótida, autonomia funcional e qualidade de vida de mulheres

idosas”, contudo, analisando o pré-teste, viu-se a relevância do assunto e dos valores obtidos,

sentindo-se necessidade de aprofundar os estudos antes de uma intervenção.

Foi um estudo do tipo descritivo exploratório, onde idosas foram avaliadas clinicamente

por médico especialista em um exame de Doopler das carótidas internas, observando-se todas as

variáveis envolvidas para a determinação do índice de resistividade carotídeo (IRC). Foi

avaliada, também, a autonomia funcional, onde foram aplicados cinco testes do protocolo do

Grupo de Desenvolvimento Latino Americano da Maturidade (GDLAM), orientados por

educadores físicos tendo como resultado o índice geral de autonomia funcional (IG).

Através de um estudo transversal tentou-se conhecer a situação pontual da população

estudada, em uma amostra que foi selecionada de forma aleatória buscando locais que reunissem

grupos de idosas com características de AVDs similares.

Este estudo foi submetido à aprovação no Comitê de Ética em pesquisa (CEP) da

Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Piauí (Registro 095/06) e após

aprovação foi iniciado o estudo.

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A população se constituiu de 52 mulheres participantes de grupos sociais da igreja

Católica de dois bairros de Teresina-PI, sendo a amostra formada por 27 idosas atuantes nos

grupos de assistência social de dois bairros da periferia da cidade. Foram excluídas aquelas

idosas que não se propuseram a realizar os testes de autonomia funcional e ir para a clínica fazer

o exame da carótida, além daquelas que se encaixaram nos critérios de exclusão do estudo. A

determinação da amostra se deu em busca de um bairro onde se tivesse piscina disponível e

número satisfatório de idosas sedentárias que se dispusesse a participar voluntariamente deste

estudo, e futuramente participar de uma intervenção com exercício físico aquático.

Buscou-se um outro grupo de idosas em bairro diferente, com características sócio-

econômicas similares, convidando-as a participar do grupo controle. Ao contrário, seria injusto

sugerir em um mesmo grupo que parte das idosas praticasse atividade física e a outra parte, pedir

que continuasse sedentária. Possivelmente o CEP não aprovaria.

O processo de avaliação aconteceu em 23 dias, obedecendo o princípio dos estudos

transversais (até 3 meses de coleta de dados); houve um atraso, de acordo com o cronograma

previsto no projeto, devido a problemas no CEP.

Para a coleta de dados utilizou-se três instrumentos: O questionário PAR-Q (Liberação

para atividade física)24, o exame de ultra-som Doopler e o Protocolo GDLAM.

O Questionário PAR-Q é um instrumento que oferece dados gerais de saúde, composto

de sete perguntas objetivas.

O ultra-som Doopler coletou dados sobre as velocidades sistólica e diastólica, necessárias

para o cálculo do índice de resistividade e a espessura da camada médio-intimal das artérias

carótidas internas direita e esquerda. Os índices de resistividade (IR) medidos em centímetros

por segundo25, foram calculados a partir do cálculo:

IR = índice de resistividade (IR) = Velocidade de pico sistólico (Vsist) – Velocidade diastólico final (Vdiast)

/ Velocidade de pico sistólico (Vsist)

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O valor do IR assim como das Vsist. e Vdiast. foram registrados no ponto médio das artérias

carótidas ou no local onde fosse encontrada uma estenose.

Os testes do Protocolo GDLAM estão especificados no artigo publicado, contudo a forma

de classificação das idosas, segundo IG, fez-se pelos cálculos e tabela abaixo especificados:

IG = [(C10m+LPS+LPDV+VTC ) x 2] + LCLC /

4

PADRÃO DE AVALIAÇÃO DA AUTONOMIA FUNCIONAL DO PROTOCOLO GDLAM TESTES

CLASSIF. C10M(SEG)

LPS(SEG)

LPDV(SEG)

VTC(SEG)

LCLC(SEG)

IG(ESCORES)

Fraco +7,09 +11,19 +4,40 +13,14 +43,00 +27,42Regular 7,09–6,34 11,19–9,55 4,40–3,30 13,14–11,62 43,00–38,69 27,42–24,98Bom 6,33–5,71 9,54–7,89 3,29–2,63 11,61–10,14 38,68–34,78 24,97–22,66MuitoBom -5,71 -7,89 -2,63 -10,14 -34,78 -22,66C10m = caminhar 10 metros; LPS = levantar da posição sentada; LPDV = levantar da posição de decúbito ventral; VTC = vestir e tirar uma camiseta e LCLC = levantar da cadeira e locomover-se pela casa; SEG = valores em segundos. IG = índice de GDLAM. Fonte: Dantas, 200422

Para a análise estatística, inicialmente foi utilizado o teste de Shapiro-Wilks (SW) para

avaliar a distribuição dos valores encontrados do índice de resistividade da carótida interna

direita (IRCID) e do índice geral do protocolo GDLAM (IG). Empregou-se uma abordagem

paramétrica, através do teste “t” de student. Posteriormente utilizou-se o teste de correlação de

Spearman, para analisar as possíveis correlações existentes entre o IRCID e o IG. O nível de

significância adotado foi de 5% e os dados foram analisados através do programa estatístico

SPSS 14.0.

A publicação do artigo teve um caráter científico importante, pois não só foi

caracterizado um preditor para doenças arterio-coronarianas, através do índice de resistividade

da carótida (IR.CID) e avaliada a autonomia funcional de idosas (AF), como também foi feita a

correlação entre estas duas variáveis, mostrando o quanto o desempenho na AF poderia

influenciar no IRCID e vice-versa. Estes resultados poderão ser úteis na prevenção de patologias

comuns no processo de envelhecimento, vindo a promover melhoria na qualidade de vida dos

idosos e reduzir internações e gastos públicos no sistema único de saúde.

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As dificuldades metodológicas se deram com relação ao exame de ultra-som Doopler,

pois, tem um custo alto e para pessoas aparentemente saudáveis, não é aceito por nenhum plano

de saúde. No entanto, um plano de saúde, avaliou o projeto e concluiu que os resultados desta

pesquisa poderia ser favorável a tomada de decisões que viessem a reduzir os gastos com

consultas e internações de idosos, na promoção de programas que influenciassem mudanças de

hábitos de vida, vindo assim, a financiar os Dooplers desta pesquisa.

O grupo de idosas avaliadas não apresentou situação de risco quando questionadas sobre a

presença de fatores indicadores de patologias crônicas incapacitantes, através do questionário

PAR-Q.

O IRCID aumentado foi detectado na maioria das idosas avaliadas, apresentando-se em

diferentes graus de obstrução de forma assintomática. Achados de altos IRCID, em mulheres

aparentemente saudáveis, podem ser preditores para várias doenças, dentre elas, as

cardiovasculares, não tornando-as impossibilitadas para AVDs17.

Os ateromas registrados no exame Doopler estavam calcificados não apresentando risco de

deslocamento de coágulos, o que teria por conseqüência os ataques isquêmicos transitórios. O

nível de obstrução não ultrapassou 38%, sendo aceito sem intervenção cirúrgica, até 70% de

comprometimento da luz do vaso.

A autonomia funcional detectada nas idosas deste estudo foi baixa quando comparada a

estudos prévios7,18,25 e o IG indicou classificação “fraca”, sugerindo níveis elevados de

sedentarismo no grupo.

A alta correlação encontrada entre o IRCID e a AF das idosas estudadas, sugere que,

mudanças no estilo de vida que venham a alterar uma destas variáveis, influenciará

positivamente na outra, ou seja, diminuição nos IRCID, representará melhoria na autonomia

funcional, assim como a quebra do sedentarismo poderá promover reduções no IRCID ou pelo

menos evitar o aumento da resistividade. O estudo das carótidas e da autonomia funcional,

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referentes ao processo de envelhecimento, poderá prevenir riscos para doenças

cardiorespiratórias e estimular mudanças de hábitos de vida, para a melhoria na qualidade dos

anos a mais com níveis normais de independência física.

O desenho transversal do estudo impôs algumas limitações por não estabelecer relações de

causa e efeito nos achados. Sugere-se estudos futuros com desenho longitudinal e utilização de

grupo controle com realização de intervenção através de exercício físico, incluindo questionário

de aptidão física, além de aprofundamento e aprimoramento na área estatística e metodológica.

Será enriquecedor também a aplicação de questionário, às idosas, que possa caracterizar a

condição sócio-econômica e as taxas hormonais.

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5. REFERÊNCIAS

1. Carmelli D, Hayes KM, Wolf PA, Swan G E, Jack LM, Reed T, Guralnick JM. The

contribution of genetic influences to measures of lower-extremity function in older male

twins. Journal of Gerontology 2000; 55A(1):49-53.

2. Rosa TEC, Benício MHD’A, Latorre MRDO, Ramos LR. Fatores determinantes da

capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003;37(1):40-8.

3. Jassen I, Jolliffe CJ. Influence of physical activity on mortality in elderly with coronary

artery disease. Med Sci Sports Exerc, 2006;38(3):418-23.

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ANEXO 1 – Aprovação do Comitê de Ética

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ANEXO 2 - Questionário PAR-Q (Liberação para atividade física)

QUESTIONÁRIO PAR-Q

1 – Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema do coração e recomendou

que você só fizesse atividade física com supervisão médica?

( ) SIM ( )NÃO

1. Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física?

( ) SIM ( )NÃO

2. Você sentiu dor no peito no último mês?

( ) SIM ( )NÃO

3. Você tende a perder a consciência e cair, como resultado de tonteira?

( ) SIM ( )NÃO

4. Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de

atividade física?

( ) SIM ( )NÃO

5. Algum médico já recomendou o uso de medicamentos para a sua pressão arterial ou

condição cardiovascular?

( ) SIM ( )NÃO

6. Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento médico, de

alguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física sem supervisão médica?

( ) SIM ( )NÃO

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ANEXO 3 – Normas da Revista REBEn

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APÊNDICE 2

Gráfico de dispersão do Índice Geral de Autonomia Funcional versos Índice de

Resistividade da Carótida Interna Direita.

GDLAM

IRCID

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APÊNDICES 3

Exame de ultra-som Doopler de carótida

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APÊNDICES 4

Testes de avaliação da autonomia funcional do protocolo GDLAM

1. Levantar da posição de decúbito ventral (LPDV)

2. Levantar da cadeira e locomover-se pela casa (LCLC)

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3. Caminhar 10 metros (C10m)

4. Levantar da posição sentada (LPS)

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5. Vestir e tirar a camisa (VTC)

Posição inicial e final Posição intermediária

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Abstract

High carotid artery resistance indices in the elderly arise mainly as a result of harmful

daily lifestyle behavior and poor eating habits. The aim of this multidisciplinary study was to

assess and correlate carotid artery resistance and functional autonomy in elderly women. A

descriptive, exploratory cross-sectional study was conducted with a sample comprising 27

women, enrolled in pastoral programs in the city of Teresina, Brazil. Carotid artery resistance

was assessed by a high-resolution Doppler ultrasound device and functional autonomy was

evaluated through five protocol tests of the Latin American Development Group for the Elderly

(GDLAM), simulating activities of daily life. The data were analyzed by the Shapiro-Wilk test

and the correlation by Spearman’s test, considering a p-value of <0.05. The sample consisted of

women with mean age and standard deviation of (68.67 ± 4.52) years, respectively and carotid

resistance index of (0.71 ± 0.07). The general index value of functional autonomy classified the

elderly of the study group as weak in the performance of activities of daily living (30.46 ± 6.31).

The general index of functional autonomy showed a high level of sedentary behavior in the

group studied (p < 0.01). The sample was classified as weak in the performance of activities of

daily life. The correlation coefficient between the carotid resistance index and the general

GDLAM index was r = 0.998 and p = 0.000, showing a significant correlation. The elderly

women assessed had a high carotid artery resistance index and low functional autonomy; a

positive correlation was found between the dependent variables studied. To perform this study

we formed a team composed of a nurse, who helped in organizing the sample and performing the

examinations; a radiologist, who conducted the Doppler examinations; an angiologist, who

collaborated in interpreting examination data; in addition to two physical education professors

and two physical therapists, who applied the functional autonomy tests and conducted the

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research along elderly health lines, contributing thus to the multidisciplinary character,

fundamental for carrying out the study.

Keywords: Carotid artery, ADLs, Elderly