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ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA Ciências da Natureza Edição 2007

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Revista da disciplina ACH0011 Ciências da Natureza, que reúne textos escritos por alunos ingressantes da EACH/USP Leste em 2007.

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ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA

Ciências da Natureza

Edição

2007

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Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil

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V O L U M E E S P E C I A L D A R E V I S T A C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A 2 0 0 7

Mudanças climáticas

E D I T O R R E S P O N S Á V E L : P A U L O R O G É R I O M I R A N D A C O R R E I A

A publicação desta revista é uma atividade do Programa "O Ano Internacional do Planeta Terra na EACH-USP".

Editores: Profs Drs Maria Elena Infante-Malachias ([email protected]), Paulo Rogério Miranda Correia ([email protected]), Rita Yuri Ynoue ([email protected]), Rosely Aparecida Liguori Imbernon ([email protected]) e Victor Velázquez Fernandes

([email protected]) Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo

Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa apareça nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados é de responsabilidade, única e exclusiva,

dos respectivos autores envolvidos.

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ÍndiceApresentação 1

Editorial 3

D E S T A Q U E S IPCC relata: coca-cola terá que procurar novo mascote Camila Vaccari e Mariane M. Gonçalves 4 Mudanças climáticas: ameaça alarmante Maíra P. da Cruz e Patrícia F. Innocencio 5 Parar custa pouco, não parar custará nossas vidas Isis P. Carrasco e Nicolly F. Lima 7 Mudanças climáticas e conseqüências ambientais Débora L. da S. Camargo e Paula Z. Yunes 8

S E Ç Ã O I Mudanças climáticas e conseqüências ambientais Conscientização é a chave para o nosso planeta Nayara R. Cintra e Catarina F. dos Santos 10 Alterações climáticas: conseqüências ambientais Larissa C. Fernandes e Renata B. de Sordi 11 Conseqüências ambientais: natureza versus economia Ana Clara da C. S. Almeida e Raira C. de Souza 12 Mudanças climáticas em um mundo vulnerável Mariana A. Perez 14 Ação e reação: homem e natureza Natália M. Schöwe e Ranyélle A. Rodrigues 15 Aquecimento global: conseqüências são drásticas Alexandre L. S. Antonini e Bruno C. Carossi 16 Conseqüências ambientais – uma difícil escolha: egocentrismo ou respeito ao próximo? Caroline T. Yoshikawa e Nataly C. R. Uzelin 18 O homem mudou o mundo? Larissa Chaves e Tatiana Y. Mino 20 Aquecimento global: o planeta em perigo Aline J. Martinho e Rodrigo C. Passos 21 Influências do Homem nas mudanças climáticas Henrique A. Cuboiama e Jefferson L. Cescon 22 O ambiente sufocado Andrei G. Pavão e Márcio A. da Rocha 24

Perspectivas para os próximos anos Thomaz F. Daddio e Gustavo Katz 25 Os efeitos de uma realidade inconsciente: mudanças climáticas Bruna L. Segatto e Rafael V. Garcia 26 Impacto ambiental: o que a humanidade tem feito para mudar isso Márcio da S. Almeida e Daiane de Sousa 28 Panorama mundial sobre mudanças climáticas com ênfase no Brasil Aina F. Dezem e João V. Neto 30 As catástrofes como conseqüência do seu ato Carolina S. de Oliveira e Maria A. O. de França 32 O quanto poderíamos perder por causa das mudanças climáticas? Lourdes R. Leal e Felipe S. Rocha 33 A Terra em perigo! Karina Fernandes e Mônica da S. Perez 35 A ação do homem na destruição da Terra Denise de A. Carpinteiro e Bruno A. B. de Oliveira 36 Cicatrizes Maiary O. Rosa e Lorena S. de Santos 37 Previsões catastróficas Rodolpho P. de Andrade e Ricardo E. Yoshida 38 O que o futuro nos reserva Carolina A. de Barros e Laís G. do C. Rocha 39 Efeito estufa: origem da vida ou início do caos? Flávia P. Silva e Liandra Weizmann 40 Responsabilidade Beatriz L. Reis e Thais P. Espildora 41 A Terra no limite Daiana M. Ribeiro e Tatiana P. da Silva 43 Febre em Gaia Rafael C. da Silva e Vinícius A. Stoco 44 Os impactos do aquecimento global na vida humana Guilherme O. Fragnito e Luiz A. A. de Freitas 45 Descaracterização da Terra Fabíola M. Navarra e Luciana Siqueiros 47 Suor e calafrios Amanda M. Ferreira e Luiz F. C. Souza 48

S E Ç Ã O I I Histórico das mudanças climáticas A autonomia geológica perante a ação humana Edna E. da C. Silveira e Patrícia da S. V. de Santana 50 Mudanças climáticas: antes naturais, agora, agravadas pelo homem! Fernanda P. A. Soares e Laís A. Morimoto 51

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Uma história com um final nada agradável Anna C. Coutinho 53 Respostas da Natureza Felipe de L. Soares e Sabrina T. e Castro 54 Evolução através do clima Patrícia C. Godo e David O. de Assis 56 Controvérsia sobre o aquecimento global Bruno F. Scalon e Paulo R. F. de Sena Jr 57

S E Ç Ã O I I I Mudanças climáticas e o desenvolvimento científico-tecnológico Aquecimento global: o mundo em alerta! Mariana M. Martins e Amanda R. La Porta 59 Energia renovável e Protocolo de Kyoto: qual a melhor opção? Marina Parisi e Natália M. Florêncio 60 Catástrofes ambientais causadas pelo abuso do homem Amanda Iwasaki e Dayane A. dos Santos 62 É cedo ou tarde demais? Soluções para a crise climática Davi M. de S. P. Fontes e Fernando R. Prata 63 A solução é brasileira! Gabriel F. M. do Rosário e Daniel S. de Matos 64 Energias alternativas: uma solução para o aquecimento global Fábio L. E. Pagoti e Paulo V. E. Lisboa 65

S E Ç Ã O I V Mudanças climáticas e ações políticas no mundo globalizado A integração de países para o controle do aquecimento global Glauce C. F. Soares e Mariana S. Raya 67 A globalização em prol do meio ambiente Evany B. de Almeida e Karem T. Masuda 68

S E Ç Ã O V Mudanças climáticas e possíveis soluções Mudanças climáticas e o perigoso aquecimento global Álvaro de J. Macedo Jr e Éderson J. Lopes 70 Métodos alternativos e criativos para o aquecimento global Ana C. C. Leite e Andrea M. Alba 71 Soluções para mudanças climáticas: continuidade da vida ou neutralização da culpa? Graziela R. Silva e Moniky A. Souza 73 Aquecimento global: uma solução é pouco, duas é pouco, três... Também! Waldyr L. de Freitas Jr 74 Tentativas para desacelerar o aquecimento global Patrícia T. Takahashi e Paula M. Sekiguchi 76 Mudanças climáticas e possíveis soluções Nayara de A. Vieira e Eduardo M. Ribeiro 78 Da degradação à mobilização mundial Maicon B. Oliveira e Thays P. Dias 80

Eficiência energética: combate ao aquecimento global Danielle C. Cavalari e Lucas M. S. Lima 81 Soluções para o calor Victor K. Lancuba e Thiago Barbosa 83 Aquecimento global: entramos numa fria Gabriela B. de M. Castellano e Artur N. Soares 84 Soluções para uma barbárie humana Jean F. da S. Santos e Stephanie P. Baudon 86 Aquecimento global e alternativas Gergor A. de Oliveira e Maria L. de S. Auricchio 88 Planeta Terra: será que existe solução? Felipe P. Bueno e Jennifer M. de Assis 89 O planeta Terra ainda pode ser salvo? Aline A. Godoy e Maria R. R. de S. Camboim 91 A interferência humana e o meio ambiente Gabriela Cristianini e Mariana A. Siqueira 93 Como reverter a ação humana sobre o efeito estufa? Fernando M. Shingaki e Jacqueline H. H. Tanaka 94 Ainda há tempo? Joyce S. Marcon e Lorayne C. do Vale 95

S E Ç Ã O V I Mudanças climáticas e impactos econômicos Economia adaptada: as mudanças climáticas influenciando a realidade Rafaella S. de Oliveira e Tássia M. Chiarelli 97 Mercado de carbono: impactos e disputa Adil Guedes Jr e Gabriela dos S. Fumo 98 Mudanças climáticas e impactos econômicos Vinícius de S. Almeida e Débora A. Riba 100 Graves prejuízos sócio-ambientais Fabrício B. Gomes e Jéssika F. da Rosa 101 Mudanças climáticas: um tema bilateral Daniel Nicolini e André R. L. Balestin 102 O modelo de créditos de carbono Flávio D. L. Dias e Tiago M. Machado 103 Controvérsias do século XXI Guilherme Melo e Michel P. Melo 104

S E Ç Ã O V I I Mudanças climáticas e reflexos na sociedade Adiando o passo para o fim do mundo Beatriz M. F. Dutra e Zheng Xuee 106 Efeito colateral Gisele dos S. Souza e Thaís P. Cursino 107 As conseqüências das mudanças climáticas na saúde Maria dos R. da S. Alves e Natália M. M. Galeazzi 108 Salvando o planeta: pequenas atitudes, grandes resultados Flávia O. Aramaki e Marília T. A. Morais 110 Vítima de suas próprias criações Camila de S. Ribeiro e Vitor B. H. Santos 111 O século do caos Caio R. V. Forcinitti e Marina L. Pedo 112 O futuro... depende de nós Andrea E. C. Pontes e Karen E. L. Borges 114 A situação é de emergência global Gabriel P. Pinheiro e Túlio G. Leamari 115

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Terra x aquecimento global: um jogo onde o homem está em xeque Bruno F. Fermino e Luís F. Takahashi 116 Qual é a melhor herança? Lucas G. Amâncio e Misael da S. Santos 118 Impacto nas mudanças climáticas Ana M.S. Antônio e Vânia M. Lima 119

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Apresentação ACH 0011 Ciências da Natureza

disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os mil e vinte alunos que ingressam na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras cinco disciplinas gerais e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos passam nos dois primeiros semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande

desafio para os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de sessenta alunos é planejada para misturar doze alunos de cinco cursos diferentes. Como contemplar interesses tão diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no contexto das disciplinas gerais.

Ciências da Natureza: uma revista para os alunos ingressantes

ma das atividades propostas em 2007 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a urgência em discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de

qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista Ciências da Natureza é proposta com a missão de registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu volume desse ano, a temática selecionada foi “Mudanças climáticas”.

O corpo editorial do volume 2007 da revista Ciências da Natureza é composto pelos cinco docentes que ministraram a disciplina CN. Cada docente foi responsável por organizar o trabalho de suas turmas, compilando os textos produzidos pelos alunos.

Os textos produzidos pelos alunos foram organizados em seções, de acordo com o enfoque da discussão proposta pelos autores. Sete seções diferentes foram sugeridas para que a diversidade de interesses dos alunos pudesse ser contemplada da melhor maneira possível.

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Seção 1. Mudanças climáticas e conseqüências ambientais Seção 2. Histórico das mudanças climáticas Seção 3. Mudanças climáticas e o desenvolvimento científico-tecnológico Seção 4. Mudanças climáticas e ações políticas no mundo globalizado Seção 5. Mudanças climáticas e possíveis soluções Seção 6. Mudanças climáticas e impactos econômicos Seção 7. Mudanças climáticas e reflexos na sociedade

Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina

s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares no sistema duplo cego, recebendo dois pareceres independentes. Nesse processo, os alunos “autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer

circunstanciado sobre o texto produzido por outros alunos. Além de convidá-los a participar mais diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos de funcionamento da ciência.

O Ano Internacional do Planeta Terra

Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT) foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006, com o apoio de 191 países, para ser comemorado no triênio 2007 a 2009. O AIPT tem por objetivos gerais demonstrar o grande potencial das Ciências da Terra na construção de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada, e encorajar essa mesma sociedade a

aplicar esse potencial mais eficientemente em seu próprio benefício. As ações do AIPT, conforme o programa originalmente divulgado pela UNESCO, concentram-se em dois focos principais, Ciência e Divulgação, e as atividades relacionadas devem, além de atingir os principais objetivos propostos, levar a sociedade à reflexão sobre várias questões envolvendo riscos e recursos naturais, saúde em relação com o ambiente, além de vários outros aspectos que relacionam as Ciências da Terra e a Sociedade. Na EACH, o programa “AIPT na EACH” desenvolve e apóia várias atividades em 2008, inclusive a publicação desta revista.

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Editorial As mudanças climáticas e a importância da disciplina CN

impacto da ação humana sobre os recursos naturais do planeta atingiu uma condição limite. Uma missão que está reservada aos cidadãos do século XXI é encontrar uma nova maneira de se relacionar com a natureza. O desenvolvimento sustentável é o conceito que sinaliza a preocupação com as futuras gerações e, por esse motivo, o desenvolvimento econômico deve

considerar os possíveis desdobramentos ambientais.

O documentário “Uma verdade inconveniente” foi lançado no Brasil durante a disciplina CN. Ele mostra o esforço de Al Gore, ex-presidente dos EUA, para mostrar a real dimensão das mudanças climáticas causadas pelo acúmulo de gás carbônico na atmosfera. As informações divulgadas por Al Gore colocaram em evidência esse grave problema ambiental e, juntamente com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ele foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz desse ano.

É dever de todos refletir sobre os impactos da ciência e da tecnologia sobre a sociedade e o ambiente. A revista Ciências da Natureza é o resultado dessa reflexão: os alunos das turmas 33, 34, 43 e 44 produziram os 82 textos que compõem esse fascículo. O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de formá-los com conhecimentos específicos. Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro d as concepções atuais dos alunos ingressantes de 2007 sobre o tema “Mudanças climáticas”.

Boa leitura,

Paulo R. M. Correia

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IPCC relata: Coca-Cola terá que procurar novo mascote

Camila Vaccari a e Mariane Marcheti Gonçalves b

aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, impactos ambientais, aquecimento global.

uem nunca simpatizou com o urso polar apresentado nas propagandas da Coca-Cola? A Organização Metereológica Mundial divulgou em fevereiro, o total desaparecimento do gelo no Ártico já a partir dos meses de verão em 2040. Já era previsto há 25 anos

sobre essa drástica diminuição, o que não se imaginava é que seria tão dramática. Devido ao aumento da temperatura global a cobertura gelada do Ártico perdeu uma área equivalente a dois estados de Alagoas, em 2006. Como previsto, se houver a continuidade do degelo novas rotas marinhas nos mares do Norte surgirão, porém ameaçaria a existência dos ursos polares, sendo eles seres que dependem do gelo para viver.

Nesses últimos tempos tem se alertado sobre os problemas ambientais causados pelas mudanças climáticas que são decorrentes do excesso de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera. Este excesso impede que a radiação solar, que já atingiu a superfície da Terra e se transformou em calor, seja refletida novamente para o espaço havendo um aprisionamento deste calor na própria atmosfera elevando assim a sua temperatura. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), as mudanças climáticas podem ser decorrentes de um processo interno natural ou por forças externas, ou por persistentes interferências antropogênicas na composição da atmosfera ou uso da terra. Tais interferências como, o aumento progressivo do uso de combustíveis fósseis, mudanças no uso do solo e outras atividades, geram a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para o aumento de impactos ambientais. Muitos cientistas haviam alarmado aos órgãos governamentais que essas mudanças não eram fenômenos naturais e sim conseqüências de uma sociedade de consumo perdulário, que exauri os recursos naturais, representando assim um risco real ao colapso do meio ambiente.

Segundo dados do Greenpeace, um aquecimento fora do normal nas águas do Atlântico Norte turbinou furacões em 2005 e causou a pior seca em décadas na Amazônia deixando comunidades sem água e sem comida. Houve um aumento de 300% nas queimadas no mês de setembro e as chuvas só retornaram em outubro. Meses depois, a Amazônia foi exposta ao outro extremo, chuvas muito intensas no começo de 2006 provocaram uma forte

Destaques Os melhores textos

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enchente que invadiu a casa de milhares de ribeirinhos. Se o avanço da fronteira agrícola e da indústria madeireira for mantido nos níveis atuais, a cobertura florestal vai diminuir dos atuais 5,3 milhões de quilômetros quadrados (85% da área original) para 3,2 milhões de quilômetros quadrados (53% da cobertura vegetal) em 2050. Com o aumento das temperaturas na região o clima ficará mais seco, provocando a savanização da floresta.

De acordo com o Quarto Relatório de Avaliação do Grupo de Trabalho II do IPCC, divulgado no dia 6 de abril de 2007, na Ásia projeta-se que o derretimento das geleiras no Himalaia aumente as inundações. A isso se seguirá a redução dos fluxos dos rios à medida que as geleiras diminuam. No sul da Europa, uma região já vulnerável à variabilidade climática, projeta-se que a mudança do clima piore as condições reduzindo a disponibilidade de água, o potencial de geração hidrelétrica, turismo no verão e a produtividade agrícola.

Os alertas citados nos chamam a atenção para uma natureza eternamente insatisfeita com o descaso humano. O assunto é complexo e os desafios são enormes, mas vale a pena a mobilização para a mudança de hábitos e postura de todos, desde cidadãos até os órgãos intergovernamentais frente os problemas apresentados, com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida para essa e as futuras gerações. Para Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação de Programas Temáticos do WWF Brasil: “Vai sair muito mais caro reparar as conseqüências de tempestades, cheias e secas e os impactos econômicos das mudanças na agricultura que implementar medidas agora para estabilizar as mudanças climáticas”.

Numa tentativa de sensibilização o Greenpeace iniciou a exibição de um anúncio de televisão que mostra como uma ursa e seus filhotes se afogam no mar, quando o gelo em que se apoiavam quebra e se desfaz.

Será que a solução é procurar um novo mascote ou lutar pela perpetuação da espécie?

Mudanças climáticas: ameaça alarmante

Maíra Pereira da Cruz a e Patrícia Furlan Innocencio b aAluna do curso de Gerontologia E- [email protected] bAluna do curso de Gerontologia E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, mudanças climáticas, conseqüências na saúde.

O crescente aumento populacional e o avanço da tecnologia trouxeram ao homem benefícios que mais tarde seriam vistos como verdadeiros venenos ao mundo e quase indispensáveis aos nossos novos modos de vida; isto porque passado algum tempo do uso dessa tecnologia estamos sofrendo e ainda

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sofreremos muito devido às conseqüências ambientais causadas por diversos motivos decorrentes do grande aumento populacional.

Por exemplo, a enorme quantidade de lixo jogada muitas vezes no meio ambiente por nós, o enorme consumo de combustíveis e outros poluentes emitidos na atmosfera pela indústria, tudo isso está fazendo o planeta em que vivemos se transformar, sendo influenciado por esses diversos fatores de poluição ambiental.

Um dos assuntos mais discutidos pela sua gravidade é o “aquecimento global”.

Dentre as diversas conseqüências estão: derretimento de geleiras, aumento crescente da temperatura no planeta, queimadas, tempestades tropicais, entre outros fatores que afetam diretamente os seres vivos que se encontram no planeta Terra.

Dia 06 de abril de 2007 foi advertido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que entre as conseqüências do aquecimento global estaria um aumento da má-nutrição e das doenças infecciosas e respiratórias que afetarão principalmente crianças. Além disso, a OMS prevê um aumento das mortes, doenças e feridos por conseqüência de fenômenos meteorológicos extremos, como inundações, tempestades e ondas de calor. A organização cita como “primeiro exemplo alarmante” a morte de 35 mil pessoas na Europa em decorrência da onda de calor de 2003.Também foram previstos doenças diarréicas e outras relacionadas à alimentação,além de cardiorespitatórias, decorrentes das crescentes concentrações do ozônio na atmosfera.

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), além dos prejuízos causados ao homem, um terço das espécies animais estaria ameaçado de extinção caso a temperatura média global subir 1,5 graus Celsius acima dos níveis de 1990.

Os problemas de saúde que o Brasil poderá enfrentar em conseqüência do aquecimento global não foram discutidos na segunda parte do relatório do IPCC, que diz não ser fruto de negligência, mas sim da falta de dados para serem analisados e falta de estudos brasileiros sobre esse tema.

É importante que países do primeiro mundo tenham consciência do problema e diminuam sua grande emissão de gases poluentes e, além disso, se alerte diante das necessidades de países como o Brasil, que estão mais sujeitos e menos preparados para as conseqüências das mudanças climáticas.

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Parar custa pouco, não parar custará nossas vidas

Isis Pereira Carrasco e Nicolly Ferreira Lima aAluna do curso de Lazer e Turismo E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo E- [email protected]

Palavras-Chave: política, crise climática, Protocolo de Kyoto

mundo tem a tecnologia e o dinheiro necessário para frear as mudanças climáticas, mas precisa do compromisso político entre os governos para evitar catástrofe. Esta é uma das principais mensagens do próximo relatório do Painel Intergovernamental de

mudanças climáticas (IPCC).

Dentre os tipos de mudanças climáticas existem as naturais e as causadas pelo ser humano. Essas podem acarretar grandes impactos em todo o ecossistema terrestre e precisam ser amenizadas com urgência.

Para isso é necessário a contribuição de toda a sociedade e governos mundiais, já que este problema é de todos. Porém o principal fator que impede a implantação de medidas para mudanças é a política, a mesma que controla investimentos, quantidade de poluentes emitidos pelas indústrias e decisões como participar ou não de acordos por melhorias.

Dados comprovam que para implementar uma estratégia que reduziria as causas das alterações climáticas custaria menos de 2% do PIB mundial nas próximas duas décadas, ou seja, US$ 892 bilhões. Mas infelizmente os chefes de estado não estão dispostos a ceder parte de seu Produto Interno Bruto, e os países mais pobres não teriam condições de fazer isso. Mesmo levando-se em conta que as mudanças climáticas são um dos maiores problemas mundiais e que causarão sérios danos em todos os países.

Diminuir a emissão de gases poluentes é essencial para a diminuição dos efeitos das alterações climáticas. A utilização de recursos renováveis como o etanol, também é necessária e esta depende das políticas internas que visem iniciativas e medidas com o objetivo de diminuir a emissão de gases poluentes e desenvolver novas tecnologias de recursos renováveis.

O primeiro tratado global sobre meio ambiente foi o Protocolo de Kyoto. Este é um acordo internacional que estabelece metas de redução de gases poluentes para os países industrializados. Até 2012 esses países terão que diminuir sua emissão de dióxido de carbono em pelo menos 5%.

O protocolo está em vigor desde 2005 e foi ratificado por 161 países. Mas infelizmente um dos principais emissores de gases poluentes, Estados Unidos da América, não aderiu ao acordo, além disso, outros países como Canadá e Austrália também não aderiram, o que compromete significativamente sua

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eficácia. O EUA (Estados Unidos da América) que está em primeiro lugar nos índices de poluição global, sendo responsável por cerca de 25% das descargas de substâncias tóxicas.

Porém todas essas medidas não estão sendo suficientes e o Protocolo de Kyoto é apenas o primeiro passo para a diminuição da emissão de poluentes, pois cientistas consideram que a redução dos gases teria que ser de 50% até 2050.

Todos, principalmente os governantes, precisam se conscientizar que este é um problema muito sério e global, que irá afetar drasticamente todos os países. Só assim, por meio de políticas de conscientização ou mesmo punindo as grandes fabricas que ultrapassarem uma quantidade de poluentes pré-determinada.

É preciso parar de pensar apenas no lucro imediato e começar a pensar nas conseqüências que isso causará no futuro.

Mudanças climáticas e conseqüências ambientais

Débora Louise da Silveira Camargo a e Paula Zimbers Yunesb aAluna do curso de Marketing. E- [email protected] bAluna do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, conseqüências ambientais, evolução tecnológica.

esde os primórdios o homem usufrui da natureza , sempre utilizando seus recursos para sua própria sobrevivência , mais essa exploração não é inócua. Depois da revolução industrial, ocorrida em meados do século XVIII, a emissão de gases efeito estufa (os

GEE, dióxido de carbono, gás metano, e oxido nitroso) associado ao vapor d’água intensificou o efeito estufa.

O fenômeno do efeito estufa é responsável por regular a temperatura da Terra. Sem ele seria inviável o desenvolvimento de organismos complexos em nosso planeta. O problema é que, ao lançar muitos GEE na atmosfera, a biosfera se torna cada vez mais quente, podendo levar a extinção da vida terrestre.

O ser humano e seu afã de sempre querer mais e mais, tem a comum atitude de se colocar acima de qualquer possível dano ao ambiente. Ao ignorar as necessidades de seu habitat, o homem põe em risco a própria existência. Atualmente as ameaças estão vindo á tona, como uma manifestação do planeta em relação á humanidade. O pesquisador britânico James E. Lovelock sustenta a hipótese de que a terra seja um ser vivo, o qual ele denominou Gaya. Segundo ele, por ser um organismo, apresenta patologias que devem ser cuidadosamente tratadas, e enfatiza que é o homem o agente causador da

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maioria de suas doenças. Como exemplo, cabe salientar as seguintes: aumento da temperatura da terra; derretimento das geleiras e calotas polares; elevação do nível dos oceanos; perda da biodiversidade; aumento da incidência de doenças transmitidas por mosquitos e outros vetores; intensificação de fenômenos extremos (secas, enchentes, furacões...); desertificação; aumento de fluxos migratórios.

Hoje já podemos notar algumas dessas conseqüências. No ártico a temperatura elevou-se em 5ºC apenas no ultimo século. Mais recentemente, as geleiras perderam cerca de 3% de seu volume a cada década. E há previsões que daqui á 80 anos não mais haja gelo no verão ártico, o que resultara na extinção dos ursos polares, conforme disseram cientistas Enéas Salati, Ângela A. dos Santos, Carlos Nobre.

Outro possível desastre ecológico é o desaparecimento de parte da maior reserva biológica virgem do mundo, a floresta amazônica. Além de as queimadas da floresta aumentar a liberação dos GEE na atmosfera, ainda perde-se área de absorção de carbono que é feita pela fotossíntese, e o terreno queimado fica pobre em nutrientes essenciais, tornando-se um solo infértil, dando margem assim a desertificação da Amazônia.

No mês de abril, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, afirmou que é preciso uma ação conjunta entre todos os países do mundo para amenizar os danos causados pelas mudanças climáticas. “Se reduzirmos 100% de nossas emissões de gás carbônico e os países ricos não reduzirem 80% dos deles, seremos afetados igualmente e a Amazônia virara savana do mesmo jeito” disse ela numa palestra na fundação Osvaldo Cruz.

Portanto, depois de tantos anos explorando a natureza de forma incalculável, nos deparamos com uma situação critica, diante da qual o mínimo a fazer é frear a emissão dos GEE, tão intensificados após a revolução industrial. Muitas medidas vêm sendo estudadas por cientistas, como o aumento da participação do uso de energias renováveis, através de programas de incentivo como o Proálcool do governo brasileiro; a descarbonalização da matriz energética mundial; a adesão mundial as medidas propostas pelo protocolo de Kyoto.

O protocolo de Kyoto é o mais ambicioso dos projetos governamentais que tratam do meio ambiente. Nele há um programa de metas que propõe aos países desenvolvidos uma redução de 5,2% na emissão de GEE em relação à emissão em 1990. Medidas que parecem simples, mas são de difícil adesão por parte desses países desenvolvidos, uma vez que demandam de burocracia e fortes impactos socioeconômicos.

Com tudo isso, percebemos que será muito mais caro e trabalhoso reparar as conseqüências das mudanças climáticas do que implementar medidas que a estabilizem, conforme disse Carlos Alberto M. Sacaramizza. Agora que os danos já foram causados é preciso que haja uma cooperação entre política, economia e sociedade de uma maneira global, só assim conquistaremos resultados concretos e satisfatórios.

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Conscientização é a chave para o nosso planeta

Nayara Ruiz Cintra a e Catarina Fonseca dos Santos b aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] bAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, meio ambiente.

esde a Revolução Industrial podemos perceber que nosso planeta vem passando por grandes mudanças climáticas. Essas mudanças deixaram de ser apenas conseqüências naturais e agora são cada vez mais resultado da interferência do homem.

A constante utilização de combustíveis fósseis faz com que o efeito estufa seja potencializado. O efeito estufa nada mais é do que a forma que a Terra encontrou de se manter aquecida e propícia à vida. Com a proteção de uma barreira de gases, como o dióxido de carbono, metano e ozônio. Porém somada com os gases poluentes (metano e clorofluorcarbonetos) essa concentração provoca um aquecimento exagerado, o aquecimento global.

A evolução científico-tecnológica mudou o perfil da sociedade. Tivemos um grande crescimento econômico, demográfico, urbano e também avanços na agricultura. Exigiu-se assim um consumo elevado das energias não-renováveis, mas não houve junto com essas transformações a conscientização sobre possíveis conseqüências no futuro.

Com o efeito estufa impedindo a irradiação da energia, da Terra para o espaço, ocasionam-se também, drásticas mudanças climáticas que mostram suas conseqüências no meio ambiente, como as chuvas torrenciais, alteração nas estações do ano, aquecimento dos oceanos e o comprometimento do ecossistema marinho, epidemias de doenças tropicais e até mesmo desaparecimento de países insulares.

Para reduzir este impacto negativo ao meio ambiente, iniciativas devem ser tomadas a fim de mudar o comportamento do homem para com a natureza, deixando claro que a situação com o ambiente, de maneira consciente, é imprescindível para a existência da humanidade.

Seção I Mudanças climáticas e conseqüências

ambientais

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Alterações Climáticas: Conseqüências Ambientais

Larissa Corat Fernandes a e Renata Biscuola de Sordi b aAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] bAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, desequilíbrio ambiental, efeito estufa.

tema Mudanças Climáticas tem sido muito discutido na mídia atualmente, pois a população mundial nunca havia sofrido tanto devido às alterações climáticas. Diversos fatores fizeram com que a temperatura do planeta sofresse tamanha alteração.

É na atmosfera do planeta que ocorrem as mudanças climáticas que são influenciadas pelo efeito estufa, sendo essencial para a vida na terra. Pois, é com o efeito estufa que uma parcela dos raios infravermelhos refletidos pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como conseqüência disso, a temperatura da Terra fica contida e não é solta no espaço permanecendo maior do que seria na ausência desses gases. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância, pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir.

Houve um aumento na poluição do ar, causado pela explosão demográfica ocorrida nas ultimas décadas, houve também a degradação do meio ambiente, afetando assim a qualidade de vida da população, o equilíbrio ecológico e a diversidade biológica.

Essa poluição do ar é causada pela queima de combustíveis para a produção de energia, e acarreta na liberação de dióxido de carbono na atmosfera, alterando a composição atmosférica de forma prejudicial. O excesso dessa emissão de gases poluentes gera diversas alterações climáticas globais e intensifica o efeito estufa.

A intensificação do efeito estufa causa o aquecimento global que é um dos maiores responsáveis pelo desgelo das calotas polares, afeta a saúde humana, aumentando assim os casos de doenças e mortes devido a problemas respiratórios e as catástrofes causadas pelas mudanças climáticas. Talvez a população não se de conta das conseqüências desse fato, o desgelo faz com que ocorra um aumento no nível do oceano que, por sua vez, pode acarretar numa futura submersão de cidades litorâneas.

A chuva ácida também é uma conseqüência da poluição atmosférica que possui grande relevância. Com a acidificação do ar pelo efeito estufa, ocorre uma modificação na composição da chuva, que se torna ácida, diminuindo a produtividade das florestas, da pesca e do cultivo em geral.

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As mudanças climáticas sempre ocorreram, porém com o aumento do uso de tecnologias e combustíveis fósseis, essas mudanças têm se intensificado de maneira assustadora.

Se as alterações climáticas continuarem se intensificando existirá um desequilíbrio ambiental que afetará seriamente a biodiversidade do planeta, é possível que a Terra se torne um planeta sem as condições necessárias para a vida.

Esse tema tem importância fundamental na vida de todos.Por esse motivo deve ser a cada dia mais abordado seriamente não apenas pela mídia, mas sim por toda a população. Afinal é a vida do nosso planeta que está em risco.

Conseqüências ambientais: natureza versus economia

Ana Clara da Conceição Soares Almeida a e Raira Cordeiro de Souza b aAluna do Curso Bacharelado em Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluna do Curso Bacharelado em Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: variação climática, IPCC, conseqüências globais.

clima da Terra esteve variando entre o aquecimento e resfriamento no decorrer dos tempos. No entanto esta variação tem se acelerado e uma possível causa para tais mudanças climáticas ocorrerem é o aquecimento global seguido de inúmeras conseqüências ambientais.

Segundo Richard B. Alley, professor de Geociências da Universidade do Estado da Pensilvânia dos Estados Unidos: “É possível que os cientistas nunca tivessem verificado para valer a capacidade de variação do clima terrestre senão fosse por algumas amostras de gelo, extraídas no começo da década de 1990 das calotas glaciais da Groenlândia . Esses cilindros colossais preservam um conjunto claro de registros climáticos que engloba 110 mil anos. A composição do gelo, por si só, revela a temperatura em que ele se formou.”

O citado aquecimento global é resultado do excesso de lançamentos de gases estufas na atmosfera como dióxido de carbono (CO2) e gás metano (CH4) sendo o efeito estufa dentro de uma determinada faixa de vital importância, já que ele é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. Todavia o agravamento do efeito estufa tem tornado a Terra cada vez mais quente.

Este agravamento vem do passado devido às interferências antropogênicas, principalmente do século XVIII na chamada Revolução Industrial. Já que a

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energia utilizada nas indústrias era adquirida através da queima do carvão e posteriormente do petróleo, liberando gases estufas para atmosfera.

O primeiro cientista a indicar que gases na atmosfera poderiam contribuir para o aumento da temperatura superficial terrestre foi o físico matemático Jean Baptiste Fourier, em ensaio publicado em 1827. Depois no século XX representantes de quase todos os países do mundo preocupados com as conseqüências das mudanças climáticas organizaram encontros como, por exemplo, a ECO-92 no Rio de Janeiro na qual foram elaboradas três convenções (Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas), uma declaração de princípios e a Agenda 21 (base para que cada país elabore seu plano de preservação do meio ambiente) e mais tarde um encontro em Kyoto, no Japão, formulando o Protocolo de Kyoto, que visa a redução de gases poluentes.

As conseqüências ambientais causadas pelo aquecimento global anunciadas pelos relatórios divulgados pelo IPCC ( Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) - órgão ligado às Nações Unidas- prevêem o derretimento das calotas polares e da geleiras, conseqüentemente aumentando o nível dos oceanos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a desertificação nas áreas tropicais e subtropicais; proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal; destruição de habitats naturais provocando o desaparecimento de espécies vegetais e animais; multiplicam-se as secas, inundações, furacões, ondas de calor, tempestades tropicais e nevascas.

Para o Brasil as previsões são que na região Amazônica, por exemplo, as pessoas podem ser afetadas por temperatura mais altas no verão em algumas regiões, por aumento na freqüência de secas severas como a de 2005 e pela transformação da floresta em uma vegetação muita mais aberta parecida com o cerrado, especialmente na região leste. No Nordeste brasileiro, as temperaturas vão subir ainda mais, passando de uma região semi-árida para árida e comprometendo a recarga dos lençóis freáticos. No Sudeste, a precipitação vai aumentar com o impacto direto na agricultura nas inundações e deslizamentos de terra.

Cenários projetados há duas décadas pelos relatórios do IPCC alertam para os riscos do aquecimento global e sugerem que é decisiva a contribuição humana nas alterações do sistema climático do planeta. Mesmo diante das conseqüências ambientais já em ocorrência no planeta, países como: os Estados Unidos, a China e a Rússia que são os maiores poluidores resistem em aceitar metas definidas de redução nas emissões dos gases que provocam o efeito estufa, sob a alegação de que prejudicaria suas economias. Para solucionar o problema das emissões pode ser utilizado medidas simples,ou seja, não é preciso uma nova tecnologia, basta utilizar as energias alternativas (solar, eólica, biomassa, entre outras).

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Mudanças climáticas em um mundo vulnerável

Mariana Almeida Perez Aluna do curso de Ciências da atividade física. E- [email protected]

Palavras-Chave: planeta terra, conseqüências trágicas, efeito estufa.

s mudanças climáticas, resultantes da ação do homem, são comentadas com grande freqüência na mídia, por conta de suas drásticas conseqüências, como por exemplo o Ciclone Catarina que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004 e a seca da Amazônia

em 2005.

Antes de qualquer coisa, é preciso demonstrar as causas dessas mudanças climáticas como, por exemplo, definir o efeito estufa – fenômeno natural que mantém a Terra aquecida possibilitando a vida terrestre, porém o lançamento excessivo dos gases causadores do efeito estufa, dentre eles o dióxido de carbono e o metano, formam uma espessa camada na atmosfera, tornando assim o planeta cada vez mais quente e não permitindo a saída de radiação solar. Esses gases são lançados por diversas maneiras, das quais se destacam: a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

As conseqüências dessas mudanças climáticas são várias e algumas delas já podem ser observadas como, por exemplo: furacões, tempestades tropicais, ondas de calor e de frio, inundações, seca, deslizamento de terra, aumento do nível do mar por causa do derretimento das calotas polares e o aumento da temperatura média do planeta.

No Brasil, segundo dados do Greenpeace, 75% das emissões são provenientes do desmatamento de florestas, tornando assim o país o quarto maior emissor de gases estufa do planeta. A Amazônia é uma das regiões brasileiras que mais sofrem com essas mudanças, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), um aumento na temperatura média global de 3º C pode representar um aumento de 8º C na região amazônica.

Devido ao fato de os gases causadores do efeito estufa permanecerem na atmosfera por muitas décadas depois que são emitidos, não é possível acabar com as mudanças climáticas em curto prazo, por isso as medidas a serem tomadas agora são no sentido de diminuir os impactos dessas mudanças, como por exemplo, a diminuição do desmatamento, o incentivo do uso de energias renováveis, reciclagem de materiais e prioridade para o uso de transporte coletivo.

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Ação e Reação: Homem e Natureza

Natalia Mendes Schöwe.a e Ranyélle Alves Rodrigues.b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, impactos ambientais.

esde sua formação, a Terra sempre passou por constantes variações de temperatura, tanto aquecimento como glaciação, causadas naturalmente. Porém, com a Revolução Industrial e os avanços tecnológicos, a situação passou a ser diferente: com o acúmulo de

gases poluentes na atmosfera, as mudanças na temperatura passaram a ocorrer mais rapidamente. Isso acontece devido à intensificação do efeito estufa.

Tal fenômeno ocorre por causa da presença natural de alguns gases, como o CO2 (Dióxido de Carbono), CH4 (Metano) e vapor de água (H2O), na atmosfera que retêm parte do calor do Sol. Devido à larga utilização de combustíveis fósseis, queimadas, entre outros, a quantidade de calor aprisionado na atmosfera tem aumentado muito, intensificando o fenômeno. Essa intensificação é uma das principais causas das mudanças climáticas pela qual o planeta está passando, que é caracterizado pelo aquecimento global e suas conseqüências.

Entre essas conseqüências estão os impactos ambientais que serão sentidos antes do final do século, se nenhuma providência for tomada.

Um desses impactos é o aumento da temperatura dos oceanos e o derretimento das geleiras polares, que causarão a elevação do nível do mar e conseqüente invasão da água salina em áreas mais baixas. Com isso, a sociedade sentirá “mais de perto” as conseqüências da mudança climática, uma vez que o saneamento e a agricultura serão afetados.

Além disso, o aquecimento global pode influenciar no regime das chuvas, que poderá ficar ainda mais irregular: as precipitações serão mais abundantes nas regiões temperadas e frias, enquanto que nas regiões tropicais e subtropicais, a incidência de chuvas poderá ser reduzida, fazendo com que haja grandes enchentes em algumas áreas e secas prolongadas em outras.

Essa diferença o Brasil já pôde sentir. Em 2005, a Amazônia passou por uma seca jamais vista, sem falar no furacão Catarina que atingiu a costa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul em 2004, um evento natural que em outras épocas jamais seria cogitado.

Não podemos deixar de citar o estrago na biodiversidade do planeta que o aquecimento global pode causar. Muitos animais podem ser extintos, entre eles os anfíbios, que estão entre os vertebrados de melhor adaptação do planeta. Entretanto, a adaptação, hoje em dia, é mais difícil para esses animais: eles

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estão perdendo o habitat, a água – que é o meio no qual eles se reproduzem – está poluída e eles estão mais expostos a luz ultravioleta, que provoca mutações e altera o sistema imunológico das espécies.

Não só os anfíbios, mais qualquer outra espécie, são importantes porque fazem parte de uma cadeia alimentar que, se for alterada, desregulará o processo de equilíbrio ecológico.

Esses foram poucos exemplos que mostram o perigo que uma mudança climática representa. Existem outros pontos que podem ter grandes conseqüências, e não apenas o meio ambiente. Portanto, é muito importante que as mudanças climáticas sejam um assunto amplamente divulgado e refletido, uma vez que a estabilização desse quadro é ainda possível e necessário para a manutenção e prevenção da vida na Terra. Esse quadro pode ser revertido através de ações políticas mundiais e com a participação de toda a sociedade através de mudanças de hábitos e práticas simples, como a economia de energia e água, preservação de áreas verdes, não poluição de rios e ruas.

Aquecimento Global: Conseqüências são Drásticas

Alexandre Luiz Senra Antonini. .a e Bruno Cantelli Carossi.b aAluno do curso de Ciências da Atividade Física E- [email protected]. bAluno do curso de Ciências da Atividade Física E- [email protected]

Palavras-Chave: conseqüências ambientais, aquecimento global, mudanças climáticas.

onforme relatório produzido pelo Grupo de Estudos e Mudanças Climáticas da ONU, afirma que o Aquecimento Global deve durar centenas de anos e que a mais de 90% de chance de que o aumento da temperatura do planeta tenha sido causado pelo homem, devido

ao modelo de desenvolvimento baseado na queima progressiva de combustíveis fósseis, e na conseqüente emissão de gases que agravam o efeito estufa.

O documento projeta que até o ano de 2100 a temperatura média do planeta deve aumentar até cinco graus, e que estas mudanças devem causar ondas de calor, inundações, secas e tempestades tropicais cada vez mais freqüentes e intensas, o relatório reforça a noção de que o Aquecimento Global é muito prejudicial ao planeta.

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Evitar este super aquecimento, será provavelmente o desafio científico e técnico mais formidável que a humanidade já enfrentou. Sendo os principais males do Aquecimento Global os combustíveis fósseis, além da atividade agropecuária, que derruba florestas e emite o gás metano e óxido nitroso, contribuindo para a destruição do planeta como nós o conhecemos, e a criação de outro, em transformação para pior.

Um dos efeitos desse aquecimento pode ser a extinção do urso polar até o fim do século, porque o seu habitat, a camada de gelo do Pólo Norte irá desaparecer nos verões, a Terra estará três graus mais quente em média, mas o aquecimento pode ser maior de cinco graus dependendo de como a humanidade tratará o problema. Esse degelo causará em todos os continentes um aumento do nível do mar que engolirá calçadões da orla, ameaçando casa e prédios a beira mar.

Se o ar poluído já faz parte da rotina nas cidades chinesas, o inverno com temperaturas bem acima de zero graus, chama a atenção. O país que em 2009 deve se tornar o maior poluidor do planeta, depende do carvão para gerar 85% da energia que toca seu crescimento econômico e acelera o degelo do Himalaia que agravará ainda mais a falta de água na China.

A falta de água pode atingir bilhões de pessoas, o mundo vai conhecer um novo tipo de refugiados, os refugiados do clima que não conseguem mais viver em suas terras de origem.

Enquanto isso, na Austrália, águas mais quentes já matam os corais de sua grande barreira de recifes, fonte de um ecossistema inteiro e de uma renda preciosa em turismo para o país; É o começo de uma mudança massiva no clima do planeta e de todas as transformações que isso trás.

Conter o aumento do calor, no entanto, dependerá de programas agressivos de eficiência energética instituídos pelos governos, além da mudança de comportamento de cidadãos do mundo todo.

O Aquecimento Global não é apenas um problema ambiental com reflexos na economia e na qualidade de vida, é também um problema ético se sabemos quais são as causas da elevação da temperatura no planeta, e se isso diz respeito às escolhas que fazemos no cotidiano, insistir no erro significa desprezar a vida e ignorar a chance que ainda temos de corrigir o rumo.

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Conseqüências Ambientais – Uma Difícil Escolha: Egocentrismo ou respeito ao próximo?

Caroline Taeko Yoshikawa a e Nataly Cristina Reis Uzelin b aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, conseqüências ambientais, efeitos globais.

m assunto muito discutido nos dias de hoje é o aquecimento global e as mudanças climáticas por ele geradas. Diante de dados científicos levantados no decorrer dos últimos anos, é de se esperar não apenas uma sensibilização, mas também alguma iniciativa e movimentação

por parte de todos, a fim de reverter essa situação que tanto assombra o futuro do planeta.

Cientistas do mundo inteiro se unem com o propósito de intensificar os estudos e mobilizar ao máximo as possíveis soluções para esse problema. Frente a essas circunstâncias, a intenção desse artigo é mostrar os efeitos e danos causados no ambiente por parte da sociedade e, dessa forma, estimular a uma reflexão.

O aquecimento global é um fenômeno reconhecido e incontestável, frente às inúmeras evidências que apontam a essa conclusão. Essas evidências podem ser identificadas pelas diversas alterações ambientais ocorridas no decorrer dos anos.

É visível que o aquecimento global tem influenciado as alterações do regime de chuvas e secas, afetando plantações e florestas. Devido a tais modificações, tem-se como conseqüência a escassez de alimento, que por sua vez elevam os índices de mortalidade relacionada à fome.

O índice de mortalidade é acentuado por ocasião de ondas de calor. Segundo dados levantados por Bueno (2005), o aquecimento global é responsável por 150 mil mortes em cada ano em todo o mundo. Só no ano de 2004, uma onda de calor que atingiu a Europa no verão, matou pelo menos 20 mil pessoas. Os paises tropicais e pobres são os mais vulneráveis a tal efeito. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que para o ano de 2030 as alterações climáticas poderão causar 300 mil mortes por ano.

Atualmente, pesquisas realizadas na Nasa mostram que a temperatura média do planeta já subiu 0,18ºC desde o início do século. Por ocasião dessa elevação de temperatura foi possível notar um agravamento no derretimento das geleiras, ação presente não apenas no Pólo Norte e Sul, sendo também

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verificada em vários continentes, nos Andes, nos Alpes e nos EUA. Este fato está intrinsecamente ligado ao aumento do nível das águas dos mares e oceanos, fato já observado e comprovado com a constatação de que as áreas litorâneas dos continentes estão sofrendo uma inundação gradativa. As pesquisas realizadas pela IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Chance) afirmam que ocorrerá um aumento de 10 a 20 cm no nível médio global dos oceanos no século XX.

É possível ainda associar as mudanças climáticas nas alterações da biodiversidade, considerando-se que elas são as principais responsáveis pela extinção de espécies da fauna e da flora. De acordo com os modelos climáticos, no ano de 2080 não haverá mais gelo durante toda a estação de verão, o que provocará a extinção dos ursos polares. Ainda sendo prevista uma significativa diminuição da quantidade de peixes devido ao aumento da temperatura das águas afetando, dessa forma, o equilíbrio da cadeia alimentar. Hoje já se pode conferir o declínio de anfíbios por todo o mundo e o branqueamento dos recifes de corais, indicando a sua morte.

Outro indício de mudanças climáticas pode ser exemplificado com os desastres naturais decorrentes do aumento da freqüência e/ou da intensidade dos eventos meteorológicos extremos (rigorosas tempestades, ondas de calor, secas prolongadas, inundações, enxurradas, vendavais).

O Brasil também sofre a amplitude de tais conseqüências. Dentre elas é possível citar o resultado de um estudo publicado em Paris, cuja verificação foi ameaça da transformação de 30% a 60% da floresta Amazônica em savanas.

Diante desse contexto abordado, conclui-se que existe uma questão de justiça e ética envolvidas na discussão sobre o aquecimento global, pois muita das pessoas que vão sofrer as conseqüências mais graves das Mudanças Climáticas e Ambientais são aquelas que menos contribuirão para o problema.

Contudo, se aderirmos a um movimento de conscientização trabalhando com a restauração ambiental, conservação da biodiversidade, aplicação de uma educação ambiental, utilização de fontes de energia renováveis, entre outras ações, poderemos minimizar as dramáticas conseqüências para as gerações futuras.

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O Homem mudou o mundo?

Larissa Chaves a e Tatiana Yumi Mino b aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: gases poluentes, efeito estufa, aquecimento global.

processo de revolução industrial foi o marco do surgimento de diversas mudanças na configuração do clima global. Altos índices de emissão de gases tóxicos e poluentes e o consumo de combustíveis fósseis marcaram o início de um período em que a

máquina surge para substituir a mão-de-obra humana.

Os combustíveis fósseis, encontrados em abundância e baixo custo, eram tidos como principal fonte de energia utilizada pelo homem. Estes causaram fortes transformações sociais, econômicas, tecnológicas e infelizmente ambientais.

Com o aumento gradativo da concentração de poluentes na atmosfera surgem problemas como o agravamento do efeito estufa, fenômeno no quais os gases GEE (Gases de Efeito Estufa) absorvem uma parcela de raios infravermelhos refletidos na superfície da Terra, desencadeando o aumento da temperatura terrestre conhecido com aquecimento global, que pode trazer várias conseqüências para o planeta, pondo em risco a sobrevivência de seus habitantes.

É necessário levar em consideração como fator que agrava o efeito estufa e o aquecimento global, a derrubada e a queima de florestas, o qual compromete o regulamento da temperatura, o movimento dos ventos e o nível de chuvas.

Uma das conseqüências ocasionadas pelo aquecimento global é o derretimento de gelo das calotas polares e o aumento do nível das águas dos oceanos, o que coloca em risco muitas cidades localizadas ao nível do mar, sujeitas assim, ao alagamento e seu completo desaparecimento. Cientistas prevêem que vários ecossistemas poderão ser atingidos e animais poderão ser extintos.

Além disso, outra conseqüência que pode surgir a partir do derretimento das geleiras é a diminuição de água doce do planeta, uma vez que esta é misturada com a água salgada dos mares.

As alterações climáticas é outra grave questão, as quais são intensificadas por outros problemas ambientais, tanto locais como regionais, e o seu combate é algo extremamente complexo, envolvendo questões políticas e econômicas, além de os problemas gerados continuarem atuando por muito tempo, mesmo

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depois de eliminados. Com as alterações, os tufões, furacões e maremotos agem com maior intensidade, podendo prejudicar a produtividade agrícola de vários países, o que coloca em risco a quantidade de alimentos da população.

Uma saída alternativa para amenizar tantos impactos, apresentada pelos EUA no Protocolo de Kyoto, foi optar por fontes renováveis de energia. Isto é condição necessária, ainda que não suficiente, para atenuar este grave problema e para que o bem-estar das gerações futuras não seja seriamente comprometido. Pois caso devidas providências não forem tomadas e os problemas causados pelas mudanças climáticas continuarem progredindo da mesma forma, o planeta estará sujeito a conseqüências catastróficas, como por exemplo: a escassez de água doce, o desaparecimento de grandes florestas, o fluxo migratório intenso e até mesmo a extinção da espécie humana.

Aquecimento Global: o planeta em perigo

Aline Jardim Martinho a e Rodrigo Conde Passos b aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: conscientização, respeito à natureza, impactos ambientais.

relação do homem com a natureza foi diretamente afetada com a Revolução Industrial, pois foi a partir deste momento que o homem começou a utilizar materiais fósseis, como o carvão e o petróleo para a geração de energia, aumentando o índice de Gás Carbônico na

atmosfera, o qual é responsável em parte pelo efeito estufa.

O efeito estufa faz com que ocorra o aumento da temperatura no nosso planeta, pois o calor fica retido na atmosfera, o que causa impactos ambientais irreparáveis, como o derretimento das geleiras e conseqüentes elevações do nível do mar, aparecimento de chuva ácida, furacões mais fortes e secas cada vez mais intensos.

Um outro colaborador para o aquecimento global seria o desmatamento das florestas (Amazônica, Mata Atlântica, Florestas Africanas, etc.), elas são destruídas para obter-se carvão ou papel, por exemplo, causando então um desequilíbrio em todo o ecossistema daquela determinada região, aumentando o surgimento de desertos e contribuindo para a erosão do solo.

Todos os exemplos relatados são processos que já estão ocorrendo em nosso planeta e demonstram como o mesmo está em perigo iminente de vida. Provavelmente daqui a cinqüenta anos, se continuarmos neste ritmo de destruição, o nível de Gás Carbônico irá subir drasticamente e ainda maiores danos poderão ser causados no planeta.

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A deterioração que nós mesmos estamos causando em nosso Planeta, pode ser alterada ou reduzida desenvolvendo, por exemplo, projetos para a preservação ambiental, através de ONG´s, escolas, Universidades e da mídia A idéia seria conscientizar todas as pessoas da importância e dos benefícios que o nosso planeta nos proporciona e incentivá-las a modificar os seus hábitos, como: utilizar o transporte público ao invés do carro; controlar o uso da água, não utilizando-a de forma desnecessária e usar a energia consumida hoje, de uma forma consciente, especialmente em veículos, prédios, indústrias e utilização elétrica. A energia utilizada pode ser substituída por matérias menos nocivas, como as energias eólica, solar, hidrelétrica, biomassa e geotérmica.

As alterações climáticas são reflexos dos impactos ambientais gerados pelo homem. Agora o planeta está apenas mandando “mensagens” de alerta à humanidade, se nós não conseguirmos entender tais avisos, as conseqüências poderão ser catastróficas. Quem sabe poderá até mesmo ocorrer à extinção da espécie humana, surgindo assim uma nova espécie dominante?

Influências do Homem nas mudanças climáticas

Henrique Akira Cuboiama a e Jefferson Luiz Cescon a aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] bAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, IPCC, efeito estufa.

primeiro dia da preocupação ambiental começou com o Earth Day em 1970, que foi um movimento que iniciou nos Estados Unidos, com a mobilização de professores e alunos. Essa preocupação ambiental teve como primeiros sociólogos Max Weber, Karl Marx e

Emile Durkheim, porém nunca foi abordada ou realçada, devido a tradutores e intérpretes americanos.

É importante ressaltar que o efeito estufa não é o vilão da história, ele é necessário para a existência de vida na Terra, pois cria a cobertura da atmosfera ao redor da Terra que permite que os raios solares penetrem nela mantendo o calor recebido da radiação do sol. A atmosfera existe devido aos gases, como vapor de água, dióxido de carbono, ozônio, CFC's, etc.

Só depois de muitos anos, a preocupação com o meio ambiente se tornou mundial, justamente por tratar da existência da própria humanidade. Uma das conseqüências do aquecimento global é um protocolo firmando uma redução da emissão de dióxido de carbono entre os países desenvolvidos, o Protocolo de Quioto. Este fenômeno climático divide a opinião de cientistas do mundo inteiro, porém as mudanças climáticas são bem evidentes.

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A utilização do carvão como fonte de energia na Revolução Industrial, e mais pra frente, o uso dos combustíveis derivados do petróleo, elevou a quantidade de metano, dióxido de carbono e óxido nitroso na atmosfera. A emissão destes gases provenientes de chaminés de fábricas, escapamentos de carros e queima de carvão mineral nas termoelétricas provocaram essa acentuada elevação dos níveis de gases que colaboram com o aumento do efeito estufa.

Segundo cientistas do IPCC(Intergovernamental Panel on Climate Change, ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão ligado às Nações Unidas, disseram que o Homem é o responsável pelo aquecimento global. E seu efeito colateral é a subida irreversível da temperatura média. Segundo o relatório do IPCC, as populações mais pobres serão os maiores prejudicados, o aquecimento global provocará escassez de água para 1 bilhão de pessoas no planeta, a produção de alimentos nas latitudes mais baixas sofrerá com as variações de temperatura, levando insegurança a centenas de milhares de pessoas por falta de alimentos, que dependem do cultivo de subsistência. Existe a possibilidade de savanização do leste da Amazônia, além de abalos econômicos que o aquecimento global causará na economia mundial, como a perda de 1% a 5% do produto interno bruto global com o aquecimento de 4ºC na temperatura.

No documentário, Uma verdade Inconveniente, Al Gore relaciona o aquecimento mundial com a quantidade de gases do efeito estufa durante os três séculos que passaram. Através de gráficos e animações ele mostra que existe realmente relação entre estes fatores. As cenas das geleiras na Antártida e Groenlândia rachando e fotos de satélites comparando o tamanho de 30 anos atrás com fotos atuais destes mesmos lugares é muito chocante. Outro fator preocupante mostrado no filme é o aumento do nível dos mares e oceanos decorrente do derretimento das geleiras, e conseqüentemente, a inundação das áreas litorâneas.

Após tantos fatos ocorridos, quase todos os países do mundo assinando o protocolo de Kyoto, as conseqüências terríveis do aquecimento global, o relatório preocupante do IPCC e as comprovações visuais do documentário, nos sensibilizam para este acontecimento de preocupação mundial. Estas alterações no clima podem trazer conseqüências desastrosas para a humanidade, piorando as condições das populações menos favorecidas, a desaceleração da economia mundial e o pior são as mudanças na configuração do meio ambiente no planeta.

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O Ambiente Sufocado

Andrei Guimarães Pavão a e Marcio Antunes da Rocha b aAluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluno do curso de Gestão Ambiental.

Palavras-Chave: mudanças climáticas, gases estufa, IPCC.

om as mudanças climáticas e suas respectivas conseqüências ambientais, das quais o planeta está e estará sofrendo nas próximas décadas e, de acordo com as previsões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU composto pelos

melhores cientistas do mundo, a Terra passará por grandes transformações em um futuro próximo.

Em um dos relatórios do IPCC, ficou claro que a emissão de gases estufa aumentaram cerca de 70% desde 1970 e poderão aumentar muito mais até 2030 caso não seja tomada nenhuma providência.

Algumas previsões do relatório são: “mais de 30% das espécies sob risco crescente de extinção, corais ameaçados ou mesmo uma mortandade generalizada, aumento da disponibilidade de água em áreas tropicais úmidas e altas latitudes, diminuição da disponibilidade de água em médias latitudes e nas regiões semi-áridas de baixas latitudes”, isso tudo em âmbito geral acabará gerando secas, enchentes, furacões e perda de biodiversidade.

Essas transformações seriam, talvez, o “preço” que pagaríamos pelo avanço industrial e tecnológico conquistado pela humanidade até o presente momento, esse progresso emitiu grandes massas de gases do efeito estufa proveniente da queima de hidrocarbonetos contidos na Terra.

Para aqueles que acham as previsões de mudanças climáticas um tanto exageradas, Martin Parry co presidente do grupo 2 do IPCC alerta: “não acho que as previsões sejam aterrorizantes, elas são sérias. Acima de tudo não acho que estejamos exagerando, pelo contrário, o IPCC tende a reduzir o impacto das informações, porque elas são revisadas.”

Um fato interessante é o que esta acontecendo na Baía de Bengala, localizada no delta do sudeste de Bangladesh, a população situada nessa região já sofre o efeito real do aquecimento global. O aumento no nível do mar contaminou a água potável do lençol freático a quilômetros adentro do continente, e o sal, já percebido na água dos poços, prejudica a produção agrícola provocando fome e êxodo rural na região.

A ironia dessa realidade é que comparando um indivíduo dessa população com um americano que emite 25 toneladas de CO2 por ano, ele gera irrisória concentração de CO2 per capita e, portanto, estão sofrendo injustamente os efeitos do aquecimento global. Bom seria se cada país sofresse as conseqüências das mudanças climáticas de acordo com o seu grau de

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responsabilidade por tal acontecimento, como por exemplo, a Austrália e os Estados Unidos que não ratificaram o Protocolo de Kyoto, símbolo da redução dos gases de efeito estufa, mas como isso é impossível se faz necessária uma ação séria e conjunta de todos os países do globo para tentar solucionar esses problemas.

Mas como fazer isso se o avanço tecnológico e industrial mudaram a maneira do indivíduo relacionar - se com o meio ambiente, cedendo as pressões da modernidade e não se responsabilizando pelas conseqüências de suas ações. É preciso uma ação contundente dos respectivos governantes, Estados de cada nação e também uma mudança individual de hábitos para salvar a vida e a própria Terra.

Perspectiva para os próximos anos

Thomaz Ferrari Daddio a e Gustavo Katz b aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] bAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, conseqüências, oceanos.

futuro com certeza é algo incerto para nós, ninguém realmente saberá o que acontecerá no futuro próximo ou distante, mas as previsões e as conseqüências que já ocorrem atualmente não são nada amigáveis para com nosso planeta e com nós, os seres vivos.

“[...] Eles também me contaram que até onde eles conseguiam lembrar a baía permanecera congelada por vários meses cada inverno. Durante os últimos anos, no entanto, têm tido “água-aberta” na Deisko Bay (Groenlândia) durante todo ano. Os pescadores estavam alarmados pelas mudanças, assim como nós deveríamos.” Boursellier.

Esses fatos ocorridos não apenas no pólo norte e antártica podem acarretar conseqüências irreversíveis e nos levando a um futuro nefasto às próximas gerações; provas serão apresentadas sobre o que ocorre atualmente e quais as possíveis conseqüências.

No século XX o aumento do nível do mar está por volta de 10cm a 20cm, estima-se que no futuro com o aquecimento dos mares, esse número fique quatro vezes maior; o pior cenário projetado é de “um completo colapso da capa de gelo da antártica ocidental que elevaria nível do mar em cinco metros, entre as vítimas estariam as cidades litorâneas, estima-se que um terço da população mundial perca sua residência.

Estudo recente realizado por Josefino C. Comiso da NASA determinou a temperatura da superfície marítima, com base nos dados obtidos inferiu-se que, nos últimos vinte (20) anos o aquecimento dos oceanos no Ártico foi oito vezes maior que a média dos últimos séculos. Uma das razões desse acontecimento, de acordo com a cientista Jacqueline M. Grebmeier é que a

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água, por ser mais escura do que o gelo, absorve mais energia solar, causando assim, um maior aquecimento do oceano e o maior derretimento do gelo. Mark Serreze da universidade do Colorado afirma que a capa de gelo do mar Ártico diminuiu em 9% a cada década nos últimos 30 anos.

“Como nós vivemos nossa vida diária - o que comemos, como vamos ao trabalho, onde construímos nossas casas - tem um efeito não apenas nos nossos arredores, mas também em lugares tão longínquos como o pólo norte e a antártica. Passando o dia movimentando-se de uma casa com ar condicionado à um escritório hermeticamente fechado e vice-versa, via um estacionamento subterrâneo é muito fácil omitir esse fato – mas isso é o grande porque deveríamos tomar consciência disso.” Boursellier.

As influências que causamos ao meio ambiente costumam em sua maioria serem malignas ao mesmo, enquanto existe uma força pequena em busca da salvação do planeta, as grandes potências do planeta, tentando encobrir esse fato, pois só assim poderiam a continuar crescendo e poluindo o mundo, o estados unidos, o país com maior prosperidade econômica do mundo é também o que mais o degrada, tentando colocar a culpa nos outros pelos próprios erros, lembrando que nem sequer assinaram o tratado de Kyoto. Dizem que para mudar o mundo, você deve, primeiro, mudar sua própria cabeça. Muitos desejam mudar o mundo, mas quando jogam um papel de bala no chão estão se comparando com as pessoas que confronta.

Os efeitos de uma realidade inconsciente: mudanças climáticas

Bruna Leonor Segatto a e Rafael Vizzaccaro Garcia b aAluna do curso de Marketing. E- [email protected] bAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: meio ambiente, impactos, clima.

preocupação com a questão ecológica faz parte de um debate em âmbito internacional. Nos últimos anos, ocorreram mudanças repentinas, com resultados terríveis para a humanidade e há indícios de que estes acontecimentos estejam relacionados ao fenômeno do

“efeito estufa”, que ocorre devido à queima de combustíveis fósseis e desmatamentos, já que estes liberam grande quantidade dos gases poluentes – dióxido de carbono, entre outros. Além disso tem como uma das principais conseqüências as mudanças climáticas.

Para conter a emissão de tais gases, houve um encontro internacional denominado “Conferência de Kyoto”, que tem como meta estabelecer medidas para conter tal emissão que acarreta no aquecimento da atmosfera

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terrestre. Ao final desse encontro, as cento e sessenta nações estabeleceram metas quantitativas para a redução da emissão de poluentes até 2012.

O termo efeito estufa está relacionado a uma estufa de jardim, pois há semelhança quanto ao comportamento de certos gases, afinal ambos permitem a penetração da luz e não permitem que o calor saia. Portanto, para quem pensa que o efeito estufa é maléfico para o bem estar mundial, está enganado, pois ele é o principal agente responsável pela vida no planeta e, sem sua presença, a temperatura da Terra estaria em torno de -17º. O problema é que o efeito estufa, atualmente, se encontra muito acentuado, já que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera está altíssima se comparado as décadas anteriores.

Uma análise interessante foi feita pela revista Época nº 463 de 02/04/2007 e nela constava que, em 1905, quando a atividade industrial era menor, a temperatura média no planeta era de 13,78ºC. Atualmente está em torno de 14,5ºC e, até o fim do século, poderá estar entre 16,5ºC e 19ºC. Dessa forma o clima da Terra poderá entrar em colapso.

De acordo com os dados apresentados anteriormente, as conseqüências das ações do homem serão inevitáveis, fatos como o crescimento e surgimento de desertos, o derretimento das calotas polares, ondas de calor, perda da biodiversidade, o aumento de furacões e maior freqüência dos ciclones tropicais poderão fazer parte do cotidiano do planeta. E, infelizmente, já é possível citar acontecimentos que se relacionam com estas conseqüências como, por exemplo, as ondas de calor que afetaram a Europa, o furacão Katrina, a ilha de Tayulu que, por causa da elevação do nível do mar, teve de ser abandonada pelos seus onze mil habitantes, o aumento do nível do mar na Holanda, que pode prejudicar os diques que fazem parte território da costa do país, entre tantos outros que são freqüentemente divulgados pela mídia.

Outro impacto possível é o aumento do número de casos de várias doenças, inclusive no Brasil, como exemplificado pelo site da BBC do Brasil: “um dos maiores problemas causados pela mudança ambiental (...) será a diarréia. O número de casos poderá subir (...) em decorrência do aumento da seca e falta de água, principalmente no Nordeste do país”.

Os dados coletados permitem afirmar que, caso não sejam tomadas atitudes drásticas por parte dos governos federais, das organizações que defendem o meio-ambiente e das empresas privadas, os impactos poderão ser muito graves. De fato, é uma ambição utópica impedir a evolução da tecnologia, mas são necessárias a elaboração e implementação de mais propostas e alternativas consideradas menos agressoras ao meio-ambiente, como forma de garantir o bem estar mundial.

Apesar do que foi citado ser indispensável para que a amenização dos impactos ocorra, deve haver conscientização por parte da própria sociedade, para que, conjuntamente, o mundo inicie uma luta por um planeta livre de poluição exagerada e sofrimento, afinal, as mudanças climáticas poderão alterar radicalmente o modo de viver da sociedade. E então, após tantas previsões, já não é hora de todos começarem a agir de modo que sejam tomadas algumas atitudes que visem o bem estar das futuras gerações?

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Impacto Ambiental: o que a Humanidade tem feito para mudar isso

Márcio da Silva Almeida e Daiane de Sousa Palavras-Chave: mudanças climáticas, aquecimento global, impacto ambiental.

os últimos meses muito tem se ouvido falar, sobre os problemas de questão ambiental. Este problema já preocupa a comunidade cientifica há algum tempo, porém somente agora é que seus efeitos passam a ser sentidos de uma maneira nunca antes percebida.

As catástrofes naturais se tornaram freqüentes nesses últimos anos, entre algumas podemos citar o Katrina, o furacão que praticamente dizimou diversas cidades do sul dos EUA, as ondas de calor na Europa que tem provocado diversos problemas como o excesso de calor e a modificação do arranjo biológico, ou ainda as enchentes que assolaram o sudeste asiático atingindo principalmente a China.

Mas o pôr que isto vem ocorrendo? Esta pergunta é até simples de responder e qualquer indivíduo pôr mais leigo que seja sabe que estes impactos sobre a humanidade estão diretamente ligados ao processo de mudanças climáticas .

Este tipo de mudança sempre ocorreu no planeta água. A Terra sempre alternou entre períodos de maior aquecimento e esfriamento no entanto, nunca os mesmos foram tão prejudiciais quanto os vislumbrados nas últimas décadas, o motivo é que tais processos se tornaram mais acentuados devido ao impacto causado pelo desenvolvimento das sociedades modernas, e isso vem causando uma grande preocupação em cientistas, governos, grupos ambientalistas e inclusive a população.

Dados recentes do relatório AR4 fornecido pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas) um órgão pertencente às Nações Unidas, cuja função é analisar e acompanhar este tema, o principal motivo para o aquecimento global é o aumento exorbitante de emissão de gases derivados de hidrocarbonetos entre os quais podemos citar o Dioxido de Carbono, o Metano, CFC entre outros. Esses e também a pecuária extensiva são responsáveis por cerca de 90 % do aquecimento que vem ocorrendo nas últimas décadas.

A conseqüência direta da emissão descontrolada deste tipo de poluente e o aumento no Efeito Estufa um velho conhecido que só tem provocado estragos ultimamente.

O efeito estufa é natural os gases que sobem para a terra formam uma camada como um cobertor evitando que a radiação solar se disperse facilmente, até certo é positivo para atmosfera pois mantém a temperatura estável, no entanto devido ao aumento excessivo destes gases essa camada tem aumentado

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excessivamente, e o que era apenas um filtro hoje funciona como uma barreira impedindo que a radiação emitida pelo Sol se dissipe, aumentando assim o aquecimento da terra.

Tal efeito vem promovendo alguns eventos que não são nada interessantes entre esses temos:

O aumento do nível dos oceanos. Alguns estudos e dados indicam que no século passado o XX, o nível subiu 17 cm e neste século, o aumento do nível poderá chegar a 60 cm, com isso diversas importantes cidades não só no Brasil, mas como em todo o mundo teriam parte de sua área litorânea encoberta pela água.

O nível aumenta devido ao derretimento das calotas polares tanto no Ártico quanto na Antártida. A água dos oceanos aquece e faz com que camadas de gele descomunais virem água, com isso os ecossistemas passam a ser alterados como por exemplo é o caso dos ursos polares do Ártico tem que caminhar por diversas quilômetros para se manterem vivos devido a quebra das placas de gelo, no entanto os problemas não se restringem apenas ao Ártico. O aumento no processo de vaporização provoca chuvas intensas em regiões provocando grandes estragos para população e para governos locais, além disso, o aumento no número de furacões, e alterações na fauna e flora provocando a quebra de ecossistemas e assim modificando o habitat de diversas espécies vem se tornando cada vez mais freqüentes com isso temos a redução do número de espécies já que muitas delas entram em extinção.

A tendência é que se nada for feito os impactos no ambiente irão se intensificar e acabar se tornando cada vez mais prejudiciais para humanidade. Em função disso o Mundo começou a se preocupar com essas causas e tem feito uma série de iniciativas para amenizar e tentar reverter estas conseqüências.

O Protocolo de Kyoto, que foi organizado por um grande número de países membros da ONU, estabeleceu metas para a redução Mundial da emissão dos gases derivados de hidrocarbonetos como o CO2 (Dioxido de Carbono), entretanto algumas das maiores nações industriais e maiores emissora s de gases a base de carbono como é o caso do EUA, China, e Austrália não assinaram o acordo pois não querem diminuir o seu nível de crescimento industrial.

Com isso novas maneiras para compensar este tipo de falta vem sendo criadas, entre elas temos:

- a compra de cotas de carbono de países menos poluentes como forma de compensar a emissão dos países mais desenvolvidos,

- a redução da dependência do petróleo e o aumento de consumo de fontes de energia renováveis como é o caso do uso de biomassa, Energia Eólica solar, Hidroelétrica, etc., e

- o aumento na reciclagem que evita o desperdício de energia assim como o aumento no número de áreas verdes são alternativas viáveis e baratas.

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Para concluir o mundo acordou e percebeu que o crescimento sem sustentabilidade é passageiro e que somente quando o ser humano entender que ele faz parte também da natureza e que como ela tem que saber se renovar e que talvez possamos construir um Mundo para as futuras gerações.

Panorama mundial sobre mudanças climáticas com ênfase no Brasil.

Aina Fiori Dezem a e João Valentini Netos b a Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] b Aluno do curso de Gerontologia. E- [email protected]

Palavras-Chave: encontros globais, mudanças climáticas, conseqüências ambientais.

população da Terra deverá passar dos poucos mais de 6 bilhões de habitantes para mais de 8,5 bilhões de habitantes em dois mil e cinqüenta e com isso aumentará alguns dos GEE (gases do efeito estufa), que a aumentarão por ações humanas, que são: vapor d’água,

ozônio, dióxido de carbono, hexafluorcarbonos, perfluorcarbonos, hexafluoreto de enxofre.

O efeito estufa e algo natural que proporciona a vida na Terra- limitando as variações de temperatura no planeta -mas que em excesso é uma das causas das mudanças climáticas, um processo interno natural ou por persistentes interferências antropogênicas na composição da Terra.

As mudanças climáticas são um problema para o meio ambiente, pensando nisso em julho de mil novecentos e setenta e dois, deu-se, na Suécia a Conferencia de Estolcomo que veio acrescentar as questões prioritárias discutidas na ONU (Organização das Nações Unidas) o tema segurança ecológica. Nesta conferencia, deu-se origem ao documento Agenda 21 (um dos principais resultados da conferencia Eco-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para problemas sócio-ambientais) aprovado e assinado por cento e setenta e cinco nações.

Ao mesmo tempo, e paralelamente, ocorreu promovido por entidade da sociedade civil, o Fórum Global 92, do qual participaram cerca de 10 mil organizações não-governamentais, que por sua vez deu origem a Carta da Terra (consiste em um conjunto de princípios e valores fundamentais, que nortearão pessoais e Estados no que se refere ao desenvolvimento sustentável).

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Houve alguns encontros em prol do meio ambiente, como: Rio92, no Brasil; o Rio +5; o Rio +10, em Joanesburgo.

O protocolo de Kyoto (tratado internacional com compromissos os mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações cientificas, como causa do aquecimento global.) tem o propósito de que as partes listadas no Anexo um deveriam adotar políticas e medidas capazes de reduzir os níveis de emissão antrópica de GEES aos níveis novecentos e noventa, no máximo ate dois mil, porem ele só entrou em rigor em fevereiro de dois mil e cinco.

Segundo os cientistas do IPCC (painel intergovernamental sobre mudanças climáticas), houve o crescimento de 0,6 graus nos últimos anos, o maior dos últimos mil anos. Os cientistas prevêem que a temperatura continuara crescendo nos próximos cem anos. No cenário mais otimista, estima-seque esse aumento seja de 1,5 graus superiores dão aumento da temperatura media da Terra desde a ultima Era Glacial ate os dias de hoje.

Com isso há de modo crescente, conseqüências no meio ambiente como: elevação dos níveis dos oceanos; derretimento das geleiras, glaciais e de calotas polares; mudança nos regimes de chuvas e ventos; intensificação do processo de desertificação e perda de áreas agricultáveis, e torna mais intensos fenômenos como: furacões, tufões, ciclones, tempestades tropicais, inundações, e poderá haver também: extinção em massa, colapso dos ecossistemas, falta de alimento, escassez de água e grandes prejuízos econômicos.

O furacão Catarina, que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004, e a seca na Amazônia, que surpreendeu o mundo em 2005, já mostraram que o Brasil e muito vulnerável e ainda não esta preparado para enfrentar o Aquecimento Global e as suas conseqüências.

As mudanças climáticas serão sentidas por todos e como outros países o Brasil já esta sentindo; deve se pensar sobre o que fazer futuramente e o que estamos fazendo para tentar diminuir ao máximo as conseqüências das Mudanças Climáticas.

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As catástrofes como conseqüência do seu ato

Carolina Souza de Oliveira a e Maria Aldmere Oliveira de França a aAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] bAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, emissões de gases, catástrofes.

esde a época da Revolução Industrial houve um aumento da emissão de gases como o dióxido de carbono, o metano e o vapor d’água na atmosfera, esse conjunto de gases despejados na atmosfera tornam a camada, que retém o calor, mais espessa.

Embora essa camada que aprisiona o calor seja necessária para a diversidade e a manutenção da temperatura da Terra, esse aumento na espessura causou o fenômeno chamado Efeito Estufa.

O efeito estufa vem aumentando a temperatura da Terra constantemente. No ultimo século a temperatura da Terra aumentou 0,7°C, aumento que é capaz de acarretar mudanças climáticas em todo o planeta.

O derretimento de calotas polares pode trazer como conseqüência a elevação do nível do mar, a inundação de boa parte das cidades costeiras, países densamente povoados como Bangladesh seriam alagados, e ilhas como as Malvinas desapareceriam. Além disso, com o derretimento das geleiras, já se constatou como conseqüência uma nova ilha na costa da Groenlândia.

O desmatamento de florestas, principalmente de países tropicais como o Brasil, é um dos fatores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa, o que provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Regiões desérticas vêm aumentando nos países tropicais, devido à soma do desmatamento e do aumento da temperatura do planeta.

Outras conseqüências do aquecimento global e suas mudanças climáticas são as ondas de calor, que provocaram mortes de crianças e idosos no verão da Europa, mudanças na potencialidade agrícola dos solos e a distribuição mundial de pragas e vetores de doenças.

O aumento da intensidade de eventos de extremos climáticos como os furacões, tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, secas e deslizamentos de terra, são fenômenos freqüentes sofridos nas mais diversas partes do mundo. Mas em contraponto a esses fenômenos, há estudos científicos projetando como conseqüência das mudanças climáticas a conexão dos Oceanos Pacífico e Atlântico, por canais marítimos do Ártico canadense, surgindo então uma nova rota ártica, que reduziria em sete quilômetros o trajeto entre a Europa e a Ásia.

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Mediante a apresentação das conseqüências climáticas, cabe a cada um (economizando energia, trocando lâmpadas incandescentes por fluorescentes, evitando o uso excessivo e desnecessário de carros, dando preferência ao biocombustível e ao álcool, dentre outros) a responsabilidades de amenizar tais catástrofes, mesmo que existam cientistas “otimistas”, os quais encontram conseqüências plausíveis, como a diminuição do trajeto da Europa até a Ásia, diante de tamanha desgraça.

O quanto poderíamos perder por causa das mudanças climáticas?

Lourdes Rodrigues Leal a e Felipe Silva Rocha b aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, economia, prejuízos.

tualmente o aquecimento global tem sido um dos principais focos da atenção da humanidade. Devido a altas quantidades de gases (principalmente o dióxido de carbono), despejados diariamente em nossa atmosfera, o chamado efeito estufa se agrava, elevando assim a

temperatura da Terra e acarretando em várias mudanças climáticas.

As autoridades do assunto criaram o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) entre outros projetos, como o Protocolo de Kyoto, com a finalidade de alertar os chefes de Estado a respeito das mudanças climáticas que vem acontecendo e, assim, fazer com que eles reduzam as emissões desses gases em seus países.

Porém, alguns países já se mostraram contra essas medidas, como Estados Unidos que não aderiram, e alguns países em crescente desenvolvimento como a China e a Índia que pensam em nem aderir, pois isso implicaria em tomar atitudes que poderiam comprometer o crescimento financeiro dos mesmos.

Entretanto os efeitos do aquecimento global já refletem na economia mundial, sendo impossível ignorá-los e ignorar suas conseqüências. Pesquisas cientificas prevêem que devido a mudanças no clima mundial, todos os países terão suas economias afetadas, seja de forma direta ou indireta, pois várias atividades seriam comprometidas. Aqui poderíamos dar três exemplos de como isso pode acontecer:

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1º A agricultura. Cientistas nos alertam que, se nós continuarmos a poluir a atmosfera, como viemos fazendo até os dias atuais, a Terra começará a passar por mudanças climáticas muito mais rápido do que em outros tempos, sem que tenhamos tempo de nos precaver. Essas mudanças seriam estiagem, tempestades, desertificação de áreas que são férteis, entre outras, e diante de tais circunstâncias, muitas plantações podem não resistir, causando vários prejuízos, principalmente para países que têm bases agrônomas.

2º O turismo. Devido a tantas alterações climáticas, certamente teremos alterações em diversos destinos turísticos, com modificações consideráveis em suas paisagens naturais e isso pode levar a uma queda no fluxo de visitantes de alguns lugares. Exemplificando isso, podemos citar as Ilhas Cayman, que já sofreu perda de pelo menos 50% dos seus corais, desde que essa área começou a ser procurada para a prática de mergulho. Também podemos falar dos Alpes Franceses que já tiveram significativa redução na quantidade de neve, e até mesmo registrando invernos com temperaturas acima do normal.

3º A saúde. Os países terão elevados gastos na área médica. Os verões tem sido cada vez mais quentes, tanto na Europa quanto na América do Norte e na Ásia, vários foram os casos de óbito por causa das altas temperaturas. Além disso, a poluição do ar em algumas cidades acaba levando centenas de pessoas aos centros de saúde, sendo mais freqüentes os problemas respiratórios em crianças e idosos.

Isso não é tudo, ainda poderíamos citar o problema que cidades enfrentaram e enfrentarão por conta de tsunamis, enchentes e tempestades para se reconstruírem e cuidar de suas populações, que de uma hora para a outra, acabaram perdendo tudo o que possuíam.

Essas foram apenas algumas das áreas onde os impactos causados pelas mudanças climáticas seriam mais aparentes, tendo grande repercussão. Cientistas e pesquisadores do mundo inteiro vêm trabalhando em possíveis soluções para tentar reverter esse quadro, ou pelo menos, minimizar os danos já causados. Não podemos simplesmente ignorar o problema e agirmos como se nada estivesse acontecendo. Temos parar e pensar nas conseqüências que tantas agressões ao nosso planeta podem gerar, e assim garantirmos a nossa sobrevivência e a das futuras gerações.

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A Terra em perigo!

Karina Fernandes a e Mônica da Silva Perez b

aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, impactos ambientais, impactos sociais.

ada vez mais pessoas notam como o clima está louco: no meio do inverno faz um dia ensolarado e no meio do verão uma geada. Quais seriam os motivos prováveis dessa irregularidade?

Esses fenômenos são conseqüências das mudanças climáticas (também conhecido como aquecimento global). Isto se deve ao crescente desenvolvimento da humanidade sem um planejamento adequado que causou e ainda causa grandes impactos ambientais. Por exemplo, os gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), que são lançados na atmosfera, principalmente através da queima de combustíveis fósseis, entre eles o petróleo, o carvão e o gás natural e também do desmatamento, são maiores que o volume que pode ser reabsorvido por oceanos e florestas. A alta emissão de gases poluentes aumenta a espessura da atmosfera (camada mais vulnerável da Terra), impedindo a saída da radiação solar, o que ocasiona o aumento da temperatura média global.

Os efeitos das mudanças climáticas são os mais variados e muitas vezes causam tragédias. O principal deles é o derretimento das calotas polares, que aumenta a quantidade de água doce que é despejada no mar, diminuindo assim sua salinidade, o que pode causar o enfraquecimento das correntes marítimas, que funcionam como um sistema de refrigeração do planeta.

Outros fatores observados são o aumento do nível do mar, que pode diminuir os limites continentais em que as cidades litorâneas serão engolidas, havendo uma migração intensa para regiões interioranas, e o aumento da temperatura – os cientistas prevêem que a elevação em um grau na linha do Equador desencadearia doze nos pólos.

Um desequilíbrio causado por essas mudanças de rotas pode ser sentido em diferentes partes do planeta através do aumento da intensidade de fenômenos como ondas de calor, seca, inundações, deslizamentos de terra, tempestades tropicais e furacões, sendo um dos mais conhecidos o furacão Katrina.

O relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) da ONU, divulgado este ano, traz ao público uma quantidade enorme de informações impactantes. Este alerta mostra que se a humanidade não diminuir o ritmo em que vem explorando a natureza, o resultado será um cenário apocalíptico do planeta, com grandes cidades debaixo d'água, inúmeras pessoas afetadas pela seca, fome e doenças, perda da biodiversidade e a mudança do ecossistema.

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Sendo assim, deve-se promover uma maior conscientização, principalmente, através dos órgãos públicos a fim de disseminar a idéia do desenvolvimento sustentável e aplicar as políticas de preservação e recuperação ambiental, como a reciclagem, a coleta seletiva e o reflorestamento, que são medidas que podem ser aplicadas em curto prazo e que não demandam de grandes investimentos, ou seja, são simples e fazem diferença.

A ação do Homem na destruição da Terra

Denise de Abreu Carpinteiro a e Bruno Avancini Brunialti de Oliveira b aAluna do curso de Tecnologia da Industria Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: desequilíbrio do ecossistema, aquecimento global, efeito estufa.

tualmente, cada vez mais, o foco de cientistas e meteorologistas estão se voltando para a discussão da intervenção do homem no meio ambiente, provocando mudanças, que na maioria das vezes são catastróficas, e que vem acarretando em problemas que afeta o

mundo todo.

Essas mudanças climáticas vêm ocorrendo de forma descontrolada ao longo dos anos porque o homem acabou provocando um desequilíbrio no meio ambiente.

Antigamente, o homem não tinha consciência do problema que ele estava causando, e não sabia que iria sofres drásticas conseqüências nos anos subseqüentes.

Após o início da Revolução Industrial, iniciou-se a emissão de gases poluentes em excesso na atmosfera, e com o passar dos anos, essa emissão tomou grandes proporções e ocorre de forma descontrolada, principalmente nas regiões industrializadas, causando o efeito estufa.

Porém, não é só esse o único fator para a causa deste problema. Os desmatamentos das florestas contribuem fortemente, pois as árvores recapturam os gases e fixam o carbono da atmosfera. As queimadas contribuem para a emissão de gases causadores do efeito estufa.

O efeito estufa acarreta o aquecimento global. Os raios de sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera, e como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global.

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E já é possível perceber as conseqüências dessas temperaturas elevadas, pois está ocorrendo o derretimento das calotas polares, que conseqüentemente, aumenta o nível dos mares e oceanos, ocorrendo a destruição do habitat de várias espécies.

Maiores temperaturas provocam maior evaporação das águas dos oceanos, e assim, constantes precipitações.

Ocorre também o aumento do índice de furacões e terremotos.

Outra conseqüência é o crescimento e surgimento de desertos, provocando morte de várias espécies de animais e vegetais, ocorrendo o desequilíbrio do ecossistema e causando extinções.

O homem, um dos principais causadores desses problemas, já sofre comsuas atitudes e sofrerá cada vez mais conforme o passar dos anos. Com a acidificação dos solos faltarão alimentos, e a briga por água potável irá gerar vários conflitos sérios. E também será afetado por ondas de calor e doenças transmissíveis.

Várias políticas são sugeridas e criadas, porém deve haver uma consciência da parte de todos, evitando pensar nos interesses próprios e assumindo responsabilidades que visam medidas positivas para o meio ambiente e diretamente para o homem e suas futuras gerações.

Cicatrizes

Maiary Okamoto Rosa a e Lorena Souza de Santos b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, efeito estufa, derretimento das geleiras.

m dos assuntos mais discutidos atualmente são as mudanças climáticas e suas decorrentes consequências prejudiciais ao meio ambiente e ao homem.Essas mudanças se devem ao acelerado processo de evolução imdustrial que ocorre desde o século XVIII .

No século XVIII, a fim de melhorar a produção e suas relações com a demanda comercial, ocorreu a Revolução Industrial que mudou a relação do homem com a natureza.A velocidade das mudanças nos processos de produção ao longo dos anos intensificou o uso de combustíveis fósseis derivados do petróleo.A queima desses combustíveis libera gás carbônico em grandes quantidades, alterando assim a composição gasosa da atmosfera e mudando também a quantidade e composição das chuvas.

A fim de diminuir a emissão de gases poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta, os países desenvolvidos criaram um acordo chamado Protocolo de Kyoto.O único país que não aceitou o acordo foi os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, alegando que o Protocolo iria afetar o

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desenvolvimento industrial do país.

Outro fator causado pelo aquecimento global é o derretimento das geleiraa oceânicas e terrestres que podem elevar o nível dos mares, inundando áreas costeiras, esfriando certos pontos de circulação de correntes de ar e intensificando fenômenos externos com furacões, ciclones e tufões que ocasionam inúmeros problemas econômicos e ambientais intensos para a populaçõa.A longo praso esses fenômenos podem causar desertificação de áreas agriculturáveis, desorganizando a produção de alimentos.

Ainda é possível reverter tal situação.Com avanço da tecnologia os cientistas trabalham hoje para desenvolver meios para diminuir a participação humana no aquecimento global. Entre as idéias já em uso, como motores híbridos e combustíveis não poluentes.

Previsões Catastróficas

Rodolpho Pinto de Andrade a e Ricardo Eidi Yoshida b aAluno do curso de Ciências da Atividade Física E- [email protected] bAluno do curso de Gerontologia. E- [email protected]

Palavras-chave: aquecimento global, mudanças climáticas, problemas ambientais.

partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição. Vários são os fatores que provocam essas mudanças climáticas, tais como o efeito estufa, buraco na camada de

ozônio, poluição atmosférica e aumento na produção e conseqüente emissão de gás carbônico.

As conseqüências que podemos atribuir a essas mudanças climáticas ,ou melhor dizendo,aquecimento global são entre outras: derretimento das calotas polares; elevação do nível do mar e alagamento de áreas costeiras e ilhas; ondas de calor e enchentes; furacões mais intensos; ameaça aos ecossistemas das geleiras, recifes de corais mangues, florestas tropicais e boreais, pradarias e savanas; incluindo a extinção de espécies animais e vegetais e a perda de safras agrícolas.

Com o aquecimento global, o nível do mar está subindo, e em alguns lugares os efeitos já estão sendo sentidos. A ilha Tuvalu, que fica ao sul do oceano Pacífico, enfrenta o aumento da ocorrência de ciclones tropicais na última década, causados pelo aumento da temperatura das águas superficiais do oceano, o que interfere na ocorrência das tempestades. Mas o problema maior é a elevação do nível do mar, inundando as áreas mais baixas, com a água salgada contaminando a água potável e a agricultura. No Brasil, já foi confirmado o aumento do nível do oceano Atlântico na costa Brasileira.

O fenômeno do derretimento das geleiras ocorre no Pólo Norte e no Pólo Sul. O fator que mais preocupa com relação ao aumento do nível global dos

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oceanos é o derretimento das camadas de gelo na Antártida, no Pólo Sul, porque as geleiras estão sobre um continente enquanto o gelo do Pólo Norte está sobre a água. É de grande preocupação também o derretimento das geleiras montanhosas, pois a água que desce das montanhas contribui para aumentar o nível do mar.

Mudanças na temperatura causadas pelo efeito estufa que concentram mais energia na atmosfera, como um “cobertor” sobre o planeta resultam em previsões catastróficas, levando em conta os níveis atuais de emissão de gás carbônico na atmosfera, resultando por exemplo na desertificação. Segundo previsões, no ano de 2050, o super aquecimento da terra causado pela emissão de gases, irá provocar um grave desequilíbrio ecológico.

Somente ao se depararem de frente com alguns desses problemas ambientais, é que o homem começou a direcionar sua atenção à redução na emissão de gases poluentes. É preciso que o homem se conscientize de que é mais benéfico reduzir as emissões de gases poluentes do que enfrentar suas graves conseqüências.

O que o futuro nos reserva

Carolina Andrade de Barros a e Laís Guimarães do Couto Rocha b aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: devastações, derretimento das geleiras, conscientização.

Efeito Estufa sempre foi muito importante para o nosso planeta, pois ele faz com que alguns dos raios de Sol que aqui cheguem não sejam refletidos pela atmosfera. Isto faz com que a temperatura se mantenha num nível ideal para que haja vida no planeta. Mas, com

o extremo intervencionismo humano nas mais diversas áreas e o conseqüente avanço da tecnologia, essa quantidade de calor retido está aumentando, aquecendo-a cada vez mais. Podendo desencadear problemas como as mudanças climáticas.

Esta ocorrência está se tornando cada dia mais preocupante, pois é cada vez maior o número de gases poluentes eliminados para a atmosfera, colaborando com o aumento do aquecimento global. Os gases por sua vez, são emitidos não apenas por indústrias e automóveis, por meio de energias não renováveis, como também pelas queimadas florestais, que correspondem a quase 30% do CO2 lançado (segundo o filme “Uma verdade inconveniente”).

Se nada for feito, daqui alguns anos a temperatura global aumentará ainda mais e isso, não só trará, como já traz conseqüências catastróficas para o mundo. Um dos exemplos mais concretos atualmente são os furacões que já devastaram muitas cidades. Este tipo de desastre ecológico acontece devido à elevação da temperatura dos oceanos, por meio do qual fazem a velocidade

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dos ventos aumentarem proporcionalmente; da mesma maneira que podemos observar com maior freqüência as inundações em áreas litorâneas, ocorrendo devido as precipitações terem se tornado mais constantes nos últimos anos. Nos interiores, percebemos uma forte oposição, onde a água é escassa e os longos períodos de seca denunciam as mortes tanto de seres humanos quanto de outros animais.

A extinção de algumas espécies, como por exemplo os ursos-polares, tornam-se inevitáveis dentro deste contesto, afetando obviamente toda a cadeia alimentar e o nicho ecológico a qual esse animal pertence.

Como conseqüências futuras, temos que ressaltar o possível derretimento das geleiras, como a do Oeste da Antártica ou a da Groenlândia (como visto no filme: “Uma verdade inconveniente”), valendo frisar o fato de que se apenas uma dessas geleiras chegasse a derreter por completo, teríamos um aumento de 6 metros no nível do mar, causando intensas migrações no sentido litoral interior.

O aumento de apenas 3 graus na temperatura do planeta já seria suficiente para provocar mudanças no transcorrer das correntes marítimas e dos ventos.

Devido a tantos problemas ocasionados pelas mudanças de temperatura, deixamos claro a necessidade de se alterar o comportamento humano para com a natureza, utilizando fontes de energia renováveis, dentre outros meios, para que todos possamos ainda desfrutar de uma convivência harmoniosa entre o Homo sapiens e todas as outras espécies que constituem a “bela azul”.

Efeito estufa: origem da vida ou início do caos?

Flávia Pedroso Silva a e Liandra Weizmann b aAluna do curso de Tecnologia têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluna do curso de Tecnologia têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, biodiversidade, degradação ambiental.

uitos não sabem, mas os gases do efeito estufa são os grandes responsáveis pela incrível biodiversidade que conhecemos. São estes gases que formam uma camada em torno da Terra(a atmosfera) que absorve parte dos raios solares, mantendo a

temperatura terrestre em torno de 15 ºC e possibilitando desta maneira, a vida em nosso planeta.

Porém, após a Revolução Industrial, com todos os avanços da humanidade, passamos a ter o chamado “efeito estufa antrópico”, ou seja, o homem está produzindo e emitindo exacerbadamente os gases do efeito estufa.

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As principais causas do aumento da emissão destes gases são: atividades industriais com a queima de combustíveis fósseis; o desmatamento, que faz o Brasil ocupar o lugar de quarto maior emissor de gás carbônico do mundo através das queimadas; a urbanização, que ocasiona o fenômeno chamado “ilhas de calor” e reduz a capacidade de absorção dos raios solares e da água pelo solo, ocasionando um aumento de enchentes; e por fim, o aumento da população, que implica num aumento da demanda de alimentos. Nada mais, nada menos que um bilhão de hectares de florestas e bosques já foram desmatados no mundo desde o início da prática da agricultura, há dez mil anos atrás.

O desmatamento não libera apenas CO2 na atmosfera através das queimadas, como também acarreta a destruição do habitat de diversos seres vivos, levando muitas espécies à extinção por falta de adaptação em novos ambientes. Nos trópicos do globo, o número de espécies que desaparecem a cada dia é de 50 a 150.

Segundo um dos últimos relatórios do IPCC (Painel Governamental de Mudanças Climáticas), se a temperatura média do planeta aumentar 2 ºC a mais que a média de 1980 – 1990, 30% das espécies podem ser extintas. Talvez nossos bisnetos apenas conheçam peixes através de aquários...O mesmo relatório prevê um aumento entre 1,8 ºC e 4 ºC em cem anos, sendo que no último século a temperatura aumentou 0,7 ºC e já pudermos observar suas conseqüências, como a manifestação de grandes catástrofes naturais, tais quais: furacões em lugares inimagináveis; ciclones e tufões mais intensos e destrutivos; enxurradas e secas mais intensas e localizadas; escassez de água, que pode aumentar os índices de doenças infecciosas decorrentes da falta de higiene nos grandes centros urbanos; derretimento das geleiras e calotas polares, ocasionando o aumento do nível dos oceanos e ameaçando ilhas e zonas costeiras, dentre outros.

O homem começa a preocupar-se de fato e a ter consciência de seus próprios atos. Será que há tempo para mudanças? Ou conseguiremos nos adaptar? O resultado já foi proferido...Estamos no início do caos. O homem aprendeu a manipular a natureza a seu favor, e agora, ela pede socorro... Ou seremos nós?

Responsabilidade

Beatriz Lourenço Reisa e Thais Pacheco Espildora b aAluna do Curso de Gestão Ambiental E- [email protected] bAluna do Curso de Gestão Ambiental E- [email protected]

Palavras-Chave: avanço científico, efeito estufa, desastres físicos.

m meados do século XVII, com o início da Revolução Industrial, começamos a utilizar em abundância os combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o petróleo e o gás natura, para a obtenção de energia para as indústrias e os veículos. Com a queima desses

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combustíveis e das florestas, quantidades exorbitantes de dióxido de carbono, metano e outros gases passaram a ser depositados na atmosfera, fazendo com que a Terra passasse a reter mais calor. Esse fato intensificou um fenômeno que vem trazendo sérios danos ao nosso planeta, o Efeito Estufa.

Com o avanço científico provou-se que o aquecimento global tem como causa principal as atividades humanas, esse evento pode ter conseqüências irreversíveis e desastrosas para a existência da visa. No último século a temperatura mundial aumentou cerca de 0,7°C e por mais que pareça insignificante, esta pequena variação está modificando o clima em toda a Terra. As temperaturas mínimas aumentaram e continuarão aumentando, fenômenos naturais como furacões e tufões se tornarão cada vez mais constantes e mais destrutivos, desertificação de florestas e campos será cada vez mais comum, assim como a extinção de espécies de animais e vegetais, ocorrência do derretimento das calotas polares ( o que acarreta no aumento do nível dos oceanos, causando inundações em cidade litorâneas ), entre muitas outras conseqüências catastróficas.

Nas regiões polares o ecossistema é absurdamente sensível e tem pouca adaptação às mudanças climáticas, estas, são maiores e mais rápidas nessa região do que em qualquer outro lugar do planeta. Os impactos podem ser percebidos com a redução das espessuras dos gelos no ártico, degelo e na distribuição alterada das espécies em regiões polares.

No Brasil as conseqüências do Efeito Estufa já podem ser notadas. Em 2005 houve a pior seca em décadas na Amazônia, ocasionando a falta de água e alimento, interrupção da navegação em algumas áreas e aumento de 300% das queimadas no mês de setembro. Já em 2006 a Amazônia sofreu conseqüências antagônicas a essa, com fortes chuvas, provocando grandes enchentes. Se o aquecimento global continuar em tal velocidade poderá haver a savanização da floresta além de muitos outros desastres físicos.

No âmbito da saúde os casos de doenças infecciosas transmissíveis irão aumentar, também ocorrerá o aumento dos vetores de dengue e malária fazendo com que essas doenças tendam a se alastrar em todo país principalmente em áreas urbanas. No setor energético a falta de chuvas e a escassez de água afetará a geração de energia hidrelétrica que ficará seriamente comprometida. As grandes cidades ficarão cada vez mais quentes propiciando mais chuvas, enchentes e desmoronamento de áreas de riscos.

Sabemos que o homem é o principal responsável por estes problemas que vem ocorrendo no mundo e somente nós podemos mudar essa situação em que nos colocamos porque só assim asseguraremos o futuro de nossos descendentes e das demais espécies que habitam o Planeta Terra.

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A Terra no Limite

Daiana May Ribeiro a e Tatiana Pereira da Silva b aAluna do curso de Sistema de Informação. E- [email protected]

bAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

Palavras-Chave: biodiversidade, desequilíbrio ambiental, mudanças climáticas.

um contexto histórico, o planeta passou por diversas mudanças climáticas que conseqüentemente modificaram as organizações e a funcionalidade de organismos entre si e o meio ambiente. Todavia, a relação de mudanças climáticas com o elevado aquecimento

atmosférico atual revelaram relevantes alterações nos ecossistemas levando a preeminentes iguais na constituição da biodiversidade.

Alterações drásticas no sistema ambiental de nosso planeta, tem levado conselhos e projetos a auxiliarem autoridades na proveniente mudança desta situação. Assim, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), reúne cientistas para discutir resultados existentes, elaborando relatórios que atuem de forma gradativa e influente sobre os gabinetes governamentais, que há alguns anos firmaram compromissos através do Protocolo de Kyoto para atenuar as causas desse aumento de temperatura constante em nosso planeta.

Diversos fatores influenciaram para essa constatação, como por exemplo, o efeito estufa. Apesar dele ser indicado com uma conotação negativa, não se refere exatamente à algo de errado que esteja acontecendo com a atmosfera, mesmo porque a vida na Terra só é possível por causa dele.

No entanto, quando se menciona o lado ruim do efeito estufa, quer-se dizer que o aumento artificial e desproporcionalmente rápido na concentração de certos gases que o provocam, ocasionam acréscimo de temperatura e conseqüentemente geram mudanças climáticas significativas, que dificultam a manutenção da vida.

As alterações de temperatura que para nós são relativamente pequenas - por exemplo, 1 ou 2 graus a mais na média mundial - estão produzindo resultados drásticos, devido principalmente ao descongelamento de parte da água no planeta.

A presença de maior proporção de água líquida não somente faz com que os regimes de chuvas de várias regiões e as massas de ar se modifiquem, mas também eleva o nível aquático dos oceanos.

Com isso a biodiversidade será afetada, na medida em que as espécies necessitarão de adaptação aos novos regimes climáticos, e usarão da migração para procurarem locais mais adequados ou mesmo se extinguirão, pois nem todas, resistirão às mudanças súbitas de temperatura. Afloração prematura dos vegetais também é uma razão que leva a problemas de adaptação de animais e

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conseqüentemente acarretarão em vulnerabilidades no homem e em outros predadores, pois estes utilizarão outras espécies para se alimentarem.

Paralelamente, parasitas como fungos e bactérias tendem a se reproduzir com maior facilidade quando há maior umidade e calor, o que pode originar mortes massivas de variados tipos de vida.

Existem degradações que já são irreversíveis, acumulando assim perdas da biodiversidade, que além das conseqüências graves para o equilíbrio natural e biológico, trazem também a possibilidade da extinção dos patrimônios genéticos e de conhecimentos medicinais, pois preciosidades farmacêuticas poderão sumir definitivamente sem ao menos terem se tornado conhecidas.

Portanto, deve se ter consciência de que todo esse árduo segmento, não é simplesmente algo natural, mas reflexo da ação humana. E este contínuo processo de devastação do nosso planeta é um perigo real e imediato para a sobrevivência, sobretudo, de nós mesmos, que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco a biodiversidade do planeta.

Febre em Gaia

Rafael Chies da Silva a e Vinicius Auricchio Stoco b aAluno do curso de Sistema de Informação. E- [email protected] bAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, impactos ambientais, Gaia.

o longo dos anos encontramos indícios e estudamos fatores que sempre comprovam a evolução da Terra e de seus habitantes. Verificamos que os animais têm por instinto a sobrevivência, precisam alimentar-se, proteger seu espaço e sua espécie mesmo que

isso cause a predação de outros.

Com o homem não poderia ser diferente, porém ao tentar garantir esses itens ele acaba causando grandes alterações ao seu redor, pois de fato é a única espécie dominante e a única que consegue controlar recursos tecnológicos a seu favor. Recursos adquiridos por uma busca de sobrevivência e conforto, que foi responsável pelo aperfeiçoamento de obtenção de energia e com eles o aumento do efeito estufa. Atualmente tão discutido e debatido por ser um dos fatores que ocasiona um maior aquecimento na temperatura, desregulando todo o organismo da Terra. Podemos verificar hoje em dia diversos eventos que podem ser reflexos do aquecimento e como se não bastasse para que parássemos para pensar estamos sentindo na pele o avulto de temperatura e ainda assim não fazemos nada, ou fazemos muito pouco para mudar a situação. Algumas das conseqüências pouco observadas e discutidas quando se fala sobre o assunto são relatadas a seguir.

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Como no Efeito Borboleta, efeito explicado pela matemática na Teoria do Caos, onde uma ação de um lado do mundo pode acarretar em uma conseqüência de proporções muito maiores do outro. Presenciamos recentemente eventos inacreditáveis como em outubro de 2005, uma tempestade no Alasca (imensa península com cerca de um terço de sua área localizada no círculo polar Ártico), provocou ondas de 4,5 metros de altura que percorreram 13 mil quilômetros do oceano Pacífico em seis dias, até atingir e destruir um iceberg de 96 quilômetros de comprimento, literalmente do outro lado do mundo, na Antártida. Animais estão migrando para lugares mais altos das montanhas por causa da diminuição da umidade. A maioria das espécies arbóreas hoje em dia encontra-se circunscritas em reservas e parques, cercados de estradas, cidades, agropecuária e indústria. Isso impede sua lenta marcha, que dependem de sucessivas gerações para migrar lançando sementes onde o micro clima é mais favorável. No Brasil recentemente presenciamos um furacão ou ciclone extratropical Catarina, o que espantou muitas pessoas e até mesmo os meteorologistas, pois nunca viram ocorrências de tal fenômeno na região. Acreditávamos que estávamos seguros e que eventos como esse não nos atingiria, mas é hora de revermos nossos conceitos. Atualmente presenciamos cenas e catástrofes que nos chocam e por isso devemos refletir, e se o aquecimento global estiver causando mesmo tudo isso? Está mais que na hora de tomarmos ações para reduzir esses impactos, ações como cobrar uma posição do nosso governo até preferir andar de bicicleta ou a pé quando possível, só assim teremos uma esperança para futuras gerações.

Os impactos do aquecimento global na vida humana

Guilherme Oliveira Fragnitoa e Luiz Arthur Almeida de Freitasb aAluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, impactos ambientais, conscientização.

os últimos anos um assunto tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade, principalmente no meio científico e na mídia, mostrando uma realidade perigosa e um futuro desastroso: o Aquecimento Global, um fenômeno climático de escala mundial que tem

provocado um aumento das temperaturas na superfície terrestre nos últimos

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150 anos. Suas causas e conseqüências ainda não são um consenso entre os cientistas, embora o IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas) aponte em seus relatórios o aumento do efeito estufa nos últimos 50 anos como causa mais provável para o fenômeno.

As previsões dos cientistas para o futuro do planeta, caso as temperaturas continuem a aumentar, têm se tornado uma preocupação de todo o mundo, embora sejam poucas as pessoas que realmente tenham consciência da real situação deste fenômeno climático e de suas conseqüências.

Alguns efeitos das mudanças climáticas já podem ser evidenciados, como as alterações nos padrões climáticos de algumas regiões, o aumento do nível dos mares, o derretimento da cobertura de gelo de montanhas, o aumento na freqüência dos desastres naturais, o processo acelerado de desertificação de regiões secas e a mudança no habitat de algumas espécies de animais.

Recentemente o surgimento de uma ilha na Groenlândia, após o derretimento de uma camada de gelo, foi apontado como evidência do aquecimento global e aumentou a preocupação com o derretimento das calotas polares, pois se estima que isso possa causar uma grande elevação no nível dos mares, forçando a retirada da população das cidades costeiras. Entretanto, o relatório do IPCC prevê que não haverá um derretimento significativo e o nível do mar nos próximos 100 anos crescerá entre 9 e 88 centímetros.

A mudança nos ecossistemas é outra grande preocupação, pois estudos recentes comprovam um movimento de migração em massa de espécies de animais, devido ao aumento das temperaturas e destruição da flora em seu habitat natural, o que pode levar à extinção uma enorme quantidade de espécies de animais e plantas, prejudicando de forma considerável a biodiversidade. Além disso, essa migração causará impactos diretos na humanidade, como o exemplo que ocorreu nos Andes colombianos, onde o mosquito transmissor da febre amarela e dengue, Aedes Aegypti, que vivia antes em altitudes máximas de 1000 metros, passou a habitar lugares com até 2.200 metros e espalhar essas doenças.

No Brasil, de acordo com um estudo do Ministério do Meio Ambiente, estimam-se impactos em todo o território, como o desaparecimento de grande parte da Amazônia e sua transformação em uma savana, a desertificação do semi-árido nordestino, o remanejamento da população das cidades costeiras, além do aumento da seca e a redução dos recursos hídricos e conseqüentemente energéticos.

As previsões para curto e longo prazo são diversas e embora não sejam precisas são preocupantes, necessitando que desde agora sejam tomadas providências para desacelerar o processo de aquecimento. O terceiro relatório do IPCC aponta diversas opções para conter o avanço das temperaturas, mas grande parte delas depende de políticas públicas efetivas que ainda não foram colocadas em prática. Enquanto isso cabe a nós fazer a nossa parte, reduzindo a queima de combustíveis fósseis, contribuindo para a coleta seletiva de lixo, não comprando produtos que afetam o meio ambiente, entre outras coisas.

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Descaracterização da Terra

Fabíola Medalho Navarraa e Luciana Siqueirosb aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, mudanças climáticas, combustíveis fósseis.

modernidade proporciona conforto e grandes facilidades, induzindo, assim, a uma certa dependência. Entretanto, origina uma série de fatores problemáticos que nem sempre percebemos.

Os recursos naturais, boa parte de fontes fósseis, são utilizados como fonte de energia, sendo responsáveis por atender toda a demanda de produtos e serviços, representando cerca de 80% da energia primária consumida no mundo. Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do progressivo consumo de combustíveis fósseis, destacam-se o desmatamento e a emissão de gases estufa como o dióxido de carbono e o metano.Estes gases, criam na Terra condições similares a uma “estufa”, evitando que o calor seja refletido.Cabe lembrar que o efeito estufa é um fenômeno natural, estando o problema na sua intensificação.

Estudos realizados por especialistas revelam que a temperatura global deve elevar cerca de 1,4ºC a 5,8ºC até o ano de 2.100, já sendo possível perceber algumas mudanças.Desde 1870 a temperatura média da terra aumentou cerca de 0,6ºC, a década de 90 foi a mais quente do século. A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40º centigrados e no Ártico , a temperatura subiu 5ºC nos últimos 100 anos e desde 1978 suas geleiras diminuem a uma taxa de 3% a cada década.Segundo Lahan Kdairi , vice Chefe da convenção de espécies migratórias, essas mudanças climáticas trazem diversas conseqüências, como o exemplo de muitos animais estão migrando na hora errada, ou então estão deixando de migrar, pois as estações estão com características semelhantes.

O derretimento de geleiras e das calotas polares é outro fator preocupante. Estima-se que a média do nível do mar tenha elevado entre 0,1m e 0,2m durante o século XX e apresenta contínua tendência de aumento, comprometendo o ecossistema e a vida das populações das zonas costeiras. Possivelmente, ocorrerá grandes precipitações e secas intensas, que provocarão prejuízos na agricultura . Fenômenos como o El Niño serão intensificados, haverá perda da biodiversidade, crescente proliferação de vetores de doenças e problemas relacionados ao abastecimento de água doce.

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Felizmente, a sociedade e os governos do mundo todo, estão percebendo a gravidade do problema em torno das alterações climáticas, muitas ações e acordos estão surgindo nos últimos anos, com o objetivo principal de criar soluções satisfatórias. Um exemplo é o Protocolo de Kyoto, lançado pela ONU em 1997, onde obriga todas as nações industrializadas a reduzirem a emissão de gases poluentes.

Dessa forma, vale ressaltar que existem iniciativas em defesa dessa causa, mas ainda são poucas para provocar um a grande mudança. Falta a consciência de que o aquecimento global afetará a todos, sem exceção, sendo necessárias ações imediatas para reverter esse quadro, garantindo assim um ambiente mais saudável para as gerações futuras.

Suor e calafrios

Amanda Martins Ferreira a e Luiz Felipe Castori Souza b aAluna do curso de Marketing. E- [email protected] bAluna do curso de Sistema de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, degelo, extinção.

efeito estufa é um fenômeno natural que garante temperaturas amenas e permite vida no planeta. Contudo, a alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem provocado a elevação das temperaturas médias comprometendo o equilíbrio do meio ambiente. O

aquecimento global ameaça a biodiversidade, a criosfera ( área congelada do planeta), os continentes, nossos descendentes.

O Ártico e a Antártica são o termômetro das atuais alterações ocorridas no clima. Isso porque nessas regiões o ritmo das alterações é mais intenso e mais rápido. O aquecimento é o dobro da média global no Ártico promovendo degelo em ritmo acelerado. O Ártico é responsável pelo resfriamento das massas de ar, além de alimentar as correntes marítimas e devolver ao espaço a maior parte da energia solar que recebe. Sem o Ártico as alterações climáticas se agravarão muito.

As estimativas chamam a atenção das autoridades globais: a calota gelada do Oceano Ártico deve desaparecer totalmente a partir do verão de 2060. Mesmo assim muitos países ainda resistem aos apelos de consciência ambiental. O degelo culmina na extinção do ecossistema polar e no aumento do nível do mar.

O nível do mar está aumentando 3 mm por ano. A Groenlândia e a Antártica (99 % da criosfera do planeta) promovem 30% desse aumento. A elevação desordenada da emissão de CO2 nos últimos 100 anos provocou um aumento de 8 % da pluviosidade no Ártico. Esse aumento das chuvas é outro fator que agrava o degelo na região.

As alterações climáticas antrópicas desequilibram, além das geleiras, o solo permafrost, típico das regiões polares. Esse solo é caracterizado por ser

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permanentemente congelado. A elevação da temperatura o descongela e afeta arbitrariamente na alteração de seu pH.

Com a concentração de CO2 em 397ppm, com o aumento das temperaturas médias, o derretimento acelerado das calotas polares, as mudanças são drásticas e os desastres, quando não iminentes, aparentes. Em duas décadas a população de ursos polares diminuiu 20% na região de gelo permanente do Ártico. Na Antártica, a população de pingüins diminuiu 33% em 25 anos. Existem áreas verdes aparecendo em plena Antártica; mesmo assim, o continente não tem previsões tão desastrosas quanto o Ártico. No Ártico habitam 4 milhões de pessoas além de caribus, renas, lobos, raposas, baleias, morsas e uma grande diversidade de focas.

O planeta grita silencioso. A cada piscar de olhos, uma alerta. Na fusão da água devemos condensar esforços, tentativas, atenção, alternativas para socorres nossas próprias vidas. O aquecimento global promove: suor e calafrios. No que permite a cada um conscientizar, reciclar, economizar, não devem ser poupadas atitudes.

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A autonomia geológica perante a ação humana

Edna Evelin da Costa Silveira a e Patricia da Silva Vieira de Santana b aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: eventos naturais, ações humanas e história geológica.

urante a história de 4,5 bilhões de anos de nosso planeta ocorreram várias mudanças climáticas radicais.Longos períodos de clima estável foram sucedidos por glaciações e estes, por sua vez, por efeitos estufas.Nos períodos quentes ocorreram desde pequenas

variações na temperatura até desertificações de grandes áreas continentais. Dos períodos frios sabemos que a glaciação mais antiga que se tem notícia ocorreu a 2 bilhões de anos e parece ter congelado, inclusive regiões equatoriais. Fatos revelados pelos estudos nas camadas sedimentares que denunciam que a Terra já sofreu várias glaciações. Esses acontecimentos têm também conseqüências biológicas, que extinguem muitas espécies e favorecem outras.

No decorrer desses bilhões de anos a presença na atmosfera de vapor d’ água, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), entre outros gases, que deram origem ao efeito estufa, um efeito natural que criou as condições necessárias de temperatura para o surgimento da vida na Terra. Esses gases do efeito estufa absorvem parte da energia do Sol, refletida pela superfície do planeta e a redistribuem em forma de calor através das circulações atmosféricas e oceânicas. Parte da energia é irradiada novamente ao espaço. Se não existisse esse fenômeno, a Terra seria um ambiente gelado, com temperatura média de -17º C. As mudanças climáticas ocorrem no decorrer da história devido a causas naturais, mas ultimamente o homem tem exercido grande influência neste fenômeno.

A nossa evolução também foi influenciada pelas alterações climáticas. Esta ocorreu durante a alternância de períodos glaciais e interglaciais. Enquanto aguardávamos por uma nova glaciação, chegou ao homem o tempo de tentar usar sua inteligência gerada e moldada pelos processos biológicos e geológicos, tentando atuar de modo a reduzir os efeitos de suas próprias ações.

Desde a Revolução industrial, os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis maciçamente para abastecer veículos, aquecer casas, produzir e vender produtos e gerar energia, além da derrubada de árvores. Esses processos lançam na atmosfera gases de efeito estufa, resultando num

Seção I I Histórico das mudanças climáticas

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acúmulo de gases acima do normal, que ocasionam o aquecimento global por ações humanas.

Quando o aquecimento global foi detectado, alguns cientistas ainda acreditavam que este fenômeno poderia ser causado apenas por eventos naturais, como as erupções de vulcões, aumento ou diminuição da atividade solar e movimento dos continentes, porém com o avanço da ciência, hoje se sabe que as atividades humanas são as principais responsáveis pelas mudanças climáticas, que vem afetando todo o planeta, pois tem profundas implicações ambientais, econômicas, políticas e sociais.

Esse problema tem preocupado toda a humanidade que vem pensando em maneiras de diminuir seus efeitos. De qualquer forma, a história geológica vai continuar o seu rumo sem se importar com o homem que apareceu na Terra há apenas 4 milhões de anos. Quando os combustíveis fósseis tiverem sido totalmente consumidos o efeito estufa e as conseqüências duraram por cerca de um milênio, ou seja, será um evento passageiro e imperceptível na escala do tempo geológico. Após isto, o clima da Terra novamente esfriara, ao vir uma nova glaciação.

Mudanças climáticas: antes naturais, agora, agravadas pelo homem!

Fernanda Paula Alves Soares a e Laís Akemi Morimoto b aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: ações humanas, mudanças climáticas, revolução industrial.

s problemas relacionados às mudanças climáticas são antigas, mas, somente nas últimas décadas, começou a se formar uma consciência mundial devido aos impactos ambientais causados pelas alterações climáticas.

As alterações climáticas já eram evidentes há 2,7 bilhões de anos, época em que a Terra passou a sofrer diversas glaciações decorrentes de suas Eras Geológicas e, portanto, nota-se que as mudanças do clima eram fenômenos naturais.

Desde que o homem deixou de ser nômade (migrante em busca de alimentos para garantir sua sobrevivência) para se tornar sedentário, tendo moradia fixa, o que o possibilitou desenvolver a agricultura e a criação de animais, esse passou a ser protagonista das alterações climáticas. Conseqüentemente, o homem passou a ser o principal agente causador dos impactos ambientais, pois moldavam o ambiente de acordo com seus interesses e necessidades.

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De acordo com o geólogo e docente (Ciências Ambientais) da Universidade de Virgínia, há mais ou menos 10 mil anos, a agricultura, praticada pelos povos primitivos da Mesopotâmia e da China, deu início à elevação do índice de dióxido de carbono na atmosfera; dois mil anos depois, os europeus da Idade da Pedra começaram a eliminar florestas para o cultivo de trigo, cevada, ervilhas, dentre outros; há 5 mil anos, a China pôs-se a inundar terras baixas para o cultivo de arroz. Posteriormente, os países europeus e asiáticos ainda eliminavam florestas para cultivar trigo. Analisando as glaciações, a tendência esperada era de diminuição da concentração dos gases CO2 e CH4 na atmosfera. Entretanto, todas essas atividades alteraram e inverteram tal tendência antes mesmo da Era Industrial: as concentrações desses gases aumentaram paulatinamente desde então.

A partir da Revolução Industrial, o crescente consumo de energia proveniente dos combustíveis fósseis, o desmatamento e o acúmulo de resíduos químicos e orgânicos aumentaram significativamente a emissão dos principais gases do tipo estufa (CO2 e CH4), que, segundo Arrhenius, têm a propriedade de reter radiação térmica, impedindo o fluxo natural de calor trocado entre a Terra e a Atmosfera.

Nestes últimos 70 anos, a temperatura do planeta subiu em média 0,7 grau, o que, hoje, se denomina Aquecimento Global. Os padrões de produção e consumo, assim como o aumento da população decorrente da Revolução Industrial, provocou impactos ambientais (devastação do meio, redução dos recursos naturais, extinção de espécies, etc), os quais alertaram a população para se conscientizar quanto a finitude dos recursos naturais e quanto ao reflexo no ambiente de suas ações. Essa consciência é essencial para a manutenção de um clima estável, favorecendo o controle sobre o Aquecimento Global.

É uma pena que o homem só tenha notado recentemente que seus atos vêm agravando os problemas relacionados ao meio ambiente, já que tais problemas têm recrudescido em grandes proporções. Temos que nos conscientizar de que somos uma família e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável (exploração da natureza sem comprometimento das gerações futuras).

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Uma história com um final nada agradável

Anna Carolina Coutinho a aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: catástrofes, Brasil, conscientização.

tema a ser abordado em nosso artigo será as mudanças climáticas sofridas por nosso planeta ao longo do tempo. Em nosso país, a região amazônica é a região objeto de estudo por exercer um papel importante na manutenção do clima de toda a América do Sul e

ainda ter grande influência no clima global.

O Brasil lidera e executa ao longo dos últimos 10 anos um amplo projeto científico internacional, o Experimento de Grande Escala da Biosfera e Atmosfera da Amazônia (LBA, na sigla em inglês), que já elucidou diversos mecanismos importantes, reunindo informações cruciais para que o país possa um dia implantar o chamado “desenvolvimento sustentável” na região amazônica.

Com os estudos realizados, nota-se que nosso planeta está sendo negligenciado por nós mesmos e, cada vez mais, devemos nos conscientizar e conscientizar os outros de que, caso essa situação não mude, nosso futuro estará comprometido.

Com base nas projeções atuais, as emissões globais do gás carbônico (CO2) estão previstas para aumentar em aproximadamente 40%, no mínimo, entre 2000 e 2030. Grande parte desse aumento deve vir dos países em desenvolvimento.

Há algum tempo, fenômenos climáticos com grande poder destrutivo vêm ocorrendo em diversas partes do mundo, causando enormes danos materiais e alto número de mortes. No passado, tempestades muito fortes já atingiram grandes cidades, porém não havia tantas mortes ou estragos por culpa delas. O que fez diferença, de lá para cá, foi a explosão demográfica nos litorais e nas zonas de provável passagem de furacões e grandes chuvas. Alguns estudos indicam que o aumento da temperatura das águas oceânicas estaria tornando mais intensos esses fenômenos.

Nem nosso país ficou livre disso: o Catarina, primeiro furacão do Atlântico Sul, pegou de surpresa moradores da região Sul. Foi em 27 de março de 2004 e foi classificado como um ciclone extra tropical. A velocidade de seus ventos e chuvas fortes foi estimada em 150 km/h, causaram 11 mortes e destruíram muitos municípios.

Com o constante aumento do uso de carros e aviões, o setor de transporte é a nossa grande preocupação por elevar as emissões de gases do efeito estufa. Em

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2004, tal setor foi responsável por 26% do consumo mundial de energia. O setor agropecuário também nos preocupa por ser previsto um grande aumento no consumo de produtos animais, o que resultaria numa maior emissão de metano e dióxido de nitrogênio.

Estudos feitos nos últimos 10 anos revelam que, as interações naturais da floresta com a atmosfera, são importantes para a regulação de chuvas na América do Sul, refletindo em outras partes do mundo e que esses e outros processos são alterados por emissões de gases e partículas decorrentes da derrubada sistemática das árvores ou do uso constante do fogo para a limpeza de terrenos, prática comum na região. Estudos recentes dizem que a década de 1990 foi a mais quente do milênio e, o ano de 2005, o mais quente do último século. É provável que, até o fim do século XXI, as temperaturas do Brasil subam de 2 a 6ºC, que haja escassez de recursos hídricos e que o nível oceânico aumente de 28 a 59cm, causando a destruição da costa e êxodo urbano. O aquecimento global e outras mudanças climáticas decorrentes das emissões dos chamados gases de “efeito estufa” estão fadados a ser as questões mais difíceis que, ao longo do século, teremos de enfrentar. O quanto mais rápido as emissões forem reduzidas, menos custoso será para as economias mundiais. As pessoas têm que tomar consciência de que nosso planeta só tem salvação se o ajudarmos e, por mais difícil que possa parecer, devemos mudar nossos hábitos que, caso não o sejam mudados, irão ocasionar um final nada agradável para a história da humanidade.

Respostas da Natureza

Felipe de Lima Soares a e Sabrina Thomé e Castro b aAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: homem, desenvolvimento, impactos.

urante toda sua história , o homem utilizou a natureza como seu meio de sobrevivência. No entanto, esse uso veio se alterando conforme a necessidade do desenvolvimento tecnológico para atender as exigências da crescente população.

Mesmo no período denominado Paleolítico, onde surgiram as primeiras civilizações poderia se dizer que o homem já causava impactos ambientais, apesar de minúsculos,devido a pratica do nomadismo,onde ele habitava as cavernas mudando de lugar cada vez que cessava a oferta de caça e pesca. Nessa época a temperatura média do planeta girava em torno de (-4 graus Celsius).

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Posteriormente já antiguidade, a vida em comunidades denominadas gentílicas, teve seu fim devido ao crescimento populacional que entrou em contraste com a falta de terras férteis. Não só a pratica agrícola como também a comercial, inclusive a marítima, causaram danos ao ambiente por falta de técnicas e até pela falta de ações preventivas. Outro acontecimento que trouxe danos à natureza foi o fim das invasões bárbaras, a qual possibilitou um aumento demográfico e conseqüentemente a ampliação de áreas agrícolas e para tanto os Europeus começaram a desmatar bosques, florestas e desviar o curso dos rios.

Mas foi após a Revolução Industrial que o homem começou a prejudicar cada vez mais o meio em que vive, principalmente com a queima de combustíveis fósseis. Em suma, o mundo mudara, e com o sistema capitalista em vigor, o homem passou a se comportar meramente como um produto para não ficar excluído da ordem vigente.

Hoje em dia a preocupação de ambientalistas antes vista como alarmante passou a ser questão prioritária, pois já não existem dúvidas de que o planeta está esquentando, fato declarado por ambientalistas conclamados pelas Nações Unidas. Já se pode adiantar uma lista de catástrofes como fome, seca, miséria, furacões e enchentes. O nível do mar está subindo cada vez mais onde uma proporção atual é de 3,3 milímetros por ano, ou seja, duas vezes mais que no século passado.

A temperatura da Terra também vem aumentando, onde cinco dos anos mais quentes na história, foram a seqüência de 2001 a 2005. A média da Terra era 13,7graus Celsius em 1905, fato destacado que nessa época a atividade industrial não influenciava tanto ao meio ambiente.Hoje está em torno de 14,5 graus Celsius, provando que o aquecimento global é eminente. A concentração de gás carbônico está 30% mais alta que a média dos últimos 650 anos.

O resultado de toda essa catástrofe que vem acontecendo, já será visto por nossa geração nos próximos anos. Mesmo que a emissão de poluentes seja estabilizada, a expectativa é de que a média da temperatura terrestre chegue a 16,5 graus Celsius até o ano de 2100, e o aquecimento global será tão intenso, que poderá ser comparado com o último que o planeta teve há cerca de 120 mil anos.

Portanto, diante de todos os impactos que o homem trouxe ao planeta sem se preocupar com a preservação, é natural que ele queira nos responder com tamanha gravidade, caso contrário, para não sermos completamente submersos, será preciso que cada um haja em prol da natureza, pois ela é o alicerce da existência humana.

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Evolução através do clima

Patrícia Cantamessa Godo a e David Oliveira de Assis b aAluna de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] bAluno de Ciências da Atividade Física E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, mudanças climáticas, políticas ambientais.

ensando tanto no “tempo comum” quanto no “tempo Geológico” as condições ambientais e o clima se alteram. No caso do geológico é um tempo que não percebemos , porém deixa marcas nos fósseis, nas rochas, etc. As mudanças climáticas além de afetarem a distribuição da

vida, também desenvolvem um importante papel na evolução, até como agente de seleção natural. Portanto não são só as ações humanas capazes de afetar as condições climáticas, as ações naturais também, através da derivação continental, elevação de cordilheiras e seu desgaste pela erosão assim como outros fatores.

As mudanças climáticas não são só graduais, algumas ocorrem com rapidez vindo em grandes saltos, segundo cientistas. O clima da Terra é um sistema não linear, onde clima e vida associam-se em intrincados mecanismos de feedback, que não são totalmente compreendidos. Em um artigo publicado na revista Nature, o geólogo James White afirmou: “Se a Terra tivesse manual de instrução no capítulo referente ao clima e a temperatura viria escrito: não toquem nesses botões.”

Através da amostra de gelo de diferentes idades pode-se encontrar indícios dos paleoclimas, além de evidências de temperaturas ao longo da história experimentada pela Terra. Iniciando essa trajetória no tempo, volta-se há 570 milhões de anos, na era da explosão cambriana, onde ocorreu o florescimento da vida, associadas às mudanças climáticas. Ocorrendo intenso resfriamento e depois aquecimento, surgindo assim os primeiros organismos unicelulares e fotossintetizantes, elevando a concentração de oxigênio na atmosfera, que por sua vez permitiu que desenvolvessem organismos maiores e mais sofisticados.

Há 50 mil anos, o homo sapiens sofreu com algumas oscilações climáticas, sendo uma delas uma rigorosa glaciação, congelando oceanos e ocorrendo regressões marinhas, criando “pontes” entre continentes, onde foi possível que povos asiáticos atravessassem o estreito de Behring (um corredor seco de 1600 km), chegando à América do Norte. Há 20 mil anos, ocorreu o fim dessa glaciação, iniciando a transgressão marinha e aumentando o nível do mar em mais de 100 metros em todo o planeta, formando assim as primeiras concentrações urbanas próxima ao litoral.

Passando um pouco à frente, em 800 d.C., foi um período de acentuado aquecimento, proporcionando uma redução gradual do congelamento do oceano boreal permitindo a navegação no Hemisfério Norte. Outra data importante foi em 1957, onde o professor Roger Revelle, dos E.U.A., iniciou a

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medição de gás carbônico na atmosfera e traçou as maiores mudanças da civilização, projetando um futuro caso nada fosse feito.

Na década de 70, a política ambiental ganhou um novo impulso. Sob a “Crise do petróleo” nasce na Europa os Partidos Verdes e em 1975 é elaborada pelos cientistas a tese atual sobre o efeito estufa, prevendo o aumento de 3ºC na temperatura média global em 2050. Já na década de 80, os registros mostravam cinco anos muito quentes, reativando a discussão sobre o aquecimento global. Na década de 90, estudos mais específicos mostram que a Terra teve seu aquecimento médio entre 0,5ºC e 1ºC, ao longo do período. Foi nessa época que ocorreu a ECO-92, que foi uma convenção de mudanças climáticas realizada no Rio de Janeiro, onde foram discutidos o problema das mudanças de temperatura e o aquecimento global, e ali seria o ponto de partida para a criação do Protocolo de Kyoto que visava fazer com que os países desenvolvidos diminuíssem a taxa de emissão de gases poluentes. As divergências científicas na Convenção foram usadas como argumentos de rejeição do protocolo pelos Estados Unidos.

O tema é complexo e ultrapassa barreiras científicas e religiosas. Para os céticos tudo isso faz parte de um ciclo natural, já para os cientistas a causa das mudanças climáticas são as ações humana. A partir dessas visões constatamos que há um ciclo natural, porém é um ciclo longo que nós seres humanos estamos antecipando através das nossas intervenções destrutivas no meio ambiente, construindo uma situação agravante em um futuro próximo.

Controvérsias sobre o aquecimento global

Bruno Freitas Scalon a e Paulo Roberto Ferreira de Sena Júnior b aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, estudos contrários, períodos históricos.

maior parte da mídia enfatiza a hipótese de que os seres humanos são responsáveis pela elevação da temperatura média da Terra. Mas será que as pessoas estão cientes de que outros fatores podem estar causando isso?

Diversos estudos afirmam que o CO2 não é o principal responsável pelo aquecimento do planeta. Um dos fatos que contrariam o senso comum é que a temperatura média do nosso planeta historicamente sempre oscilou. Estudos do Departamento de Biogeografia da Universidade de Londres demonstram que períodos como a Era Glacial, o “Medieval Warm Period” (período de

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aquecimento global logo após a era glacial) e o “Halocene Period” (que registrou médias de temperatura maiores que as atuais) são prova disso.

Estudando gráficos da média de temperatura global é possível observar que o atual aquecimento começou antes das invenções de carros e aviões, considerados os grandes vilões responsáveis por grande parte da emissão de CO2.

Para rebater ainda mais a hipótese do CO2 como responsável pelo aquecimento global, estudos do Centro Internacional de Pesquisas Árticas demonstram que no “boom” econômico do pós-guerra (período que durou de 1940-75) a média de temperatura caiu. Analisando gráficos divulgados por astrofísicos da Universidade de Harvard em 2005, verifica-se que o aumento da temperatura não tem ligação com as emissões de CO2 na atmosfera, mas sim com a variação da atividade solar. Declarações do diretor do Serviço Nacional Climático dos Estados Unidos mostram que o aumento do CO2 atmosférico não é o causador do aumento da temperatura, mas sim o contrário: o aumento da temperatura causa aumento no nível de CO2 atmosférico.

Através de pesquisas do Departamento de Oceanografia do MIT podemos verificar que a maior quantidade de CO2 encontra-se nos oceanos, e quanto maior a temperatura deles, menor é a solubilidade desse gás, que acaba sendo liberado para a atmosfera. Curiosamente, vulcões emitem mais CO2 que a queima de combustíveis fósseis pelos humanos.

Portanto, é muito provável que o aquecimento global não esteja relacionado com a emissão de CO2. Isso não quer dizer que podemos continuar poluindo o planeta. Preservar é imprescindível para nossa sobrevivência. Mas talvez seja melhor também focar pesquisas para amenizar os efeitos do aquecimento na humanidade, já que de acordo com esses estudos o aquecimento é inevitável e não pode ser amenizado.

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Aquecimento global: o mundo em alerta!

Mariana Melisce Martins a e Amanda Rodrigues La Porta b aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E [email protected] bAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: degelo, efeito estufa, impactos ambientais.

efeito estufa consiste em um fenômeno natural, no qual gases como metano, vapor d’água e dióxido de carbono preservam parte do calor do sol na atmosfera, impedindo que ele se propague no espaço. Esse fenômeno mantém a temperatura da Terra em torno

de 15°C, o que garante a existência de vida e biodiversidade no planeta.

A atmosfera sofre constantes oscilações de concentração de dióxido de carbono com o passar do tempo. Através do estudo das bolhas de ar que ficam presas nas camadas de gelo pode-se perceber que apesar de essas oscilações serem constantes ao longo dos séculos, os níveis da concentração de dióxido de carbono na atmosfera nunca foram tão altos como atualmente.

Alguns cientistas acreditavam que o crescimento da concentração de CO2 na atmosfera, gerando o aumento da temperatura do planeta, fosse devido a fenômenos naturais como o movimento dos continentes, erupções vulcânicas e a diminuição ou aumento da atividade solar. Porém, esses fenômenos aliados às emissões de gases pelas atividades humanas, foi o que gerou essa elevação da temperatura do planeta nunca antes atingida.

No último século, a temperatura da terra aumentou em 0,7°C, o que modificou o clima em todo o planeta. As conseqüências dessa mudança no clima podem ser constatadas nos pólos com o derretimento das geleiras.

As perspectivas em relação ao Ártico são que, a partir do verão de 2060, as calotas desaparecerão por completo, já que, comparada à elevação da temperatura da atmosfera no mundo, a elevação no Ártico chega a ser duas vezes maior.

O derretimento das geleiras, já trouxe como conseqüência o aumento do nível do mar de 2 para 3 milímetros ao ano, e pode duplicar no próximo século. Segundo um relatório da ONU, é provável que o mar suba 59 cm até 2100,

Seção I I I Mudanças climáticas e o desenvolvimento

científico-tecnológico

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caso isso ocorra, as planícies costeiras serão alagadas deixando milhões de pessoas desabrigadas.

Em contraste com os possíveis alagamentos, o aquecimento dos pólos pode acarretar seca em algumas regiões do mundo. As massas de ar são movidas pelas diferentes temperaturas entre os pólos e os trópicos; as massas de ar dos trópicos vão para os pólos para se resfriarem, e retornam, formando um ciclo. Com o aumento da temperatura nos pólos, a massa de ar quente dos trópicos não se resfria, gerando uma onda de calor e seca.

A seca acarretou o aumento de incêndios florestais em regiões como Portugal, Espanha, e EUA, ameaçando a biodiversidade. Além dessa ameaça, as florestas, quando queimadas, liberam CO2 em abundância agravando ainda mais o aquecimento global.

Assim como as massas de ar, as águas dos trópicos também se resfriam nos pólos, contribuindo para a circulação das águas nos oceanos e formando as correntes marítimas. Com o degelo, haverá o aumento da concentração de água doce no mar, diminuindo sua salinidade, enfraquecendo as correntes e alterando as condições climáticas ao redor do mundo. Além disso, o excesso de CO2 na atmosfera faz com que a água absorva mais desse gás, aumentando a acidez do oceano e ameaçando a vida marinha.

O aquecimento global é uma situação que tende a se agravar com o passar do tempo, caso não sejam tomadas devidas providências. A biodiversidade está ameaçada assim como a vida humana. Os avanços tecnológicos que contribuíram para o aumento da temperatura do planeta podem contribuir para solucionar o problema com a criação de novos meios de obter energia.

Energia renovável e Protocolo de Kyoto: qual a melhor opção?

Marina Parisi a e Natália Macedo Florêncio b aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: energia renovável, mudanças climáticas, Protocolo de Kyoto.

temperatura global vem aumentando consistentemente nos últimos 140 anos e o nível do mar vem se elevando nos últimos 200 anos. Estas são algumas evidências da alteração gradual do clima nos últimos séculos. Segundo o Painel Intergovernamental de mudanças

Climáticas (IPCC), as mudanças climáticas referem-se a significativas variações estatísticas no estado do clima, tidas a partir das médias de temperatura, ou, em sua variância. As mudanças climáticas podem ser decorrentes de um processo

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interno natural; por forças externas; ou por persistentes interferências antropogênicas na composição da atmosfera ou uso da terra.

O aquecimento global, muito divulgado na mídia atual, é um grande fator de influência nas mudanças climáticas. É causado devido ao grande aumento na emissão dos gases estufa (CO2, CH4, N2O e CFCs). Esse aumento foi resultado de, principalmente, 150 anos de industrialização. O uso de fontes de energia não-renováveis, como os combustíveis fósseis, é um dos principais responsáveis pelo aumento da temperatura global.

Uma alternativa para mitigar o avanço desenfreado do problema seria a substituição das fontes poluidoras por fontes de energias renováveis (aquelas que poluem menos ou não poluem o ambiente).

As energias renováveis correspondem a apenas 2% da geração global de energia, sendo as principais fontes: solar, eólica, hidrelétrica e biomassa.

A energia solar é inesgotável e possui longa duração, podendo ser obtida através de células fotovoltaicas ou de sistemas termo-solares.

Por meio de gigantes ventiladores, obtém-se a energia eólica que, assim como a solar, é inesgotável. Mas, por outro lado, polui visualmente a paisagem e o custo dos geradores é alto, além do fato de que a energia gerada não pode ser armazenada.

Uma grande causadora de impactos ambientais, já que na sua implantação há a destruição de habitats ao alagar grandes áreas, é a energia gerada por hidrelétricas. Apesar dessa imensa desvantagem, um ponto positivo é que esse tipo de energia possui tecnologia consolidada e é a fonte renovável mais estabelecida, sendo responsável por 20% de toda eletricidade gerada no mundo.

A biomassa compreende os biocombustíveis como, por exemplo, o etanol e o biodiesel, que estão sendo consideradas fontes promissoras na substituição do petróleo. Porém, sua cultura intensiva pode causar destruição de habitats e esgotamento dos solos, além de problemas socioeconômicos como o aumento no preço dos alimentos.

Quanto à emissão de gases estufa, o Protocolo de Kyoto, estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 1997, tem como objetivo principal reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases. Essa medida, inicialmente, afetaria apenas os países mais desenvolvidos, que deveriam reduzir até 8% da emissão entre 2008 e 2012.

As energias renováveis, assim como o Protocolo de Kyoto, possuem algumas desvantagens ambientais, sociais e econômicas. Mas, no momento, são as melhores alternativas disponíveis para conter o agravamento das mudanças climáticas e suas dramáticas conseqüências.

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Catástrofes ambientais causadas pelo abuso do homem

Amanda Iwasaki a e Dayane Alves dos Santos b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]

Palavras-Chave: temperatura, catástrofe, conscientização.

preocupação com o meio ambiente entre a população, vem se alarmando em decorrência de grandes catástrofes ambientais, conseqüentes do aquecimento global, que é resultado principalmente pela emissão de gases poluentes na atmosfera.

Após o avanço do aquecimento global, mudanças climáticas tornaram-se perceptíveis em todo o mundo, principalmente devido a graves influências sofridas pela população, como por exemplo, a ocorrência de furacões, deslizamentos e tempestades tropicais.

Dentre os motivos que levam a formação de tempestades tropicais, conhecidas também como ciclones ou tufões, está o aquecimento elevado da temperatura dos mares, já que sua formação exige que a água esteja acima de 26° C. Outro motivo, é a mudança nas precipitações, correntes e na salinidade do oceano. Segundo um relatório publicado pelo greenpeace do Brasil, só no ano de 2005 ocorreram 14 furacões e 26 tempestades tropicais.

As alterações do clima também podem agravar deslizamentos de terra que são causados pelo enfraquecimento de rochas e solos, provenientes de degelos e grandes chuvas. Este fenômeno já causou vários danos, deixando muitos desabrigados por conta da destruição de suas casas, que neste caso, geralmente são construídas em barrancos, morros e colinas e que também são mais freqüentes em regiões carentes.

Diante desses acontecimentos, autoridades e cientistas buscam soluções para o atual problema. Em 1997, foi criado o protocolo de Kyoto, visando um compromisso mais rígido na diminuição da emissão de gases poluentes entre os países de todo o mundo.

Tais fenômenos sempre aconteceram, porém, foram agravados pela ação humana. Apenas iniciativas de autoridades e cientistas não serão suficientes para amenizar as conseqüências, seria preciso uma enorme conscientização e mobilização da população através de atitudes que modificassem os quadro que ainda é reversível, mas que futuramente pode não ter solução.

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É cedo ou tarde demais? Soluções para a crise climática

Davi Marcel de Souza Pereira Fontes a e Fernando Rodrigo Prata b aAluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] bAluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

Palavras-Chave: soluções, aquecimento global, IPCC.

irônico imaginarmos o ser humano, único ser vivo dotado de racionalidade não compreendendo o que vem acontecendo com o Meio Ambiente de forma geral. É até aceitável que uma das desculpas para que tenhamos chegado ao limite da Crise Climática seja o fato de nunca imaginarmos que poderíamos esgotar com os

recursos naturais disponíveis e saturar nossa atmosfera a ponto de causar tantos problemas. Bem, o ser humano nunca, em sua história, foi muito bom em prever o futuro, porém torna-se irracional demais estarmos cientes dos problemas e não fazermos nada para solucionar, ou então, minimizar um problema que, afinal, é conseqüência dos atos humanos.

O problema da Crise Climática já era conhecido, mas tomou proporções muito grandes após a primeira convenção do IPCC (Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática) onde apresentaram uma primeira parte de um relatório onde constava as conclusões tiradas de estudos científicos, que o fenômeno do Aquecimento Global, considerado o maior articulador da Crise Climática, é conseqüência direta das ações insustentáveis realizadas pelo homem na manipulação dos recursos naturais e do auto índice de industrialização desses recursos em bens de consumo, revertidos em crescimento econômico para os países de primeiro mundo. Já na segunda parte do relatório do IPCC, fica evidente os impactos causados por essas mudanças climáticas à economia mundial, ao meio ambiente e à vida. A partir da análise das duas partes do relatório do IPCC, evidencia-se um quadro de causas e efeitos da Crise Climática e com isso foi possível elaborar medidas de mitigação para essas mudanças climáticas, direcionadas aos formuladores de Políticas Públicas. Essa terceira parte e última do relatório lista as principais soluções para se reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa.

Apresentadas essas informações, nos deparamos com um consenso internacional da necessidade de ações emergenciais em relação ao controle da emissão desses gases, atitudes essas que, se retardadas, poderá tornar inalcançável o objetivo de redução em 2% do Aquecimento Global sugerido pelas normas do protocolo de Kyoto.

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Como meio de alcançar todas essas metas, as atividades do homem que poderiam contribuir para o controle dessas variações climáticas são: 1. o uso de energias alternativas como a solar, eólica, nuclear e biocombustível; 2. melhoria da eficiência do uso da energia e; 3. seqüestro de carbono nas atividades de manejo florestal e no reflorestamento.

A atual política para o clima é cheia de entraves, pois poucos governos querem enfrentar o problema em suas verdadeiras raízes. Ao se fazer previsões e levantamentos de dados o processo de decisão levanta a questão do que pode e o que não pode ser feito contra o Aquecimento Global, pois todas as ações recaem diretamente em cima das estruturas industriais e econômicas de cada nação. Isso nos leva a outra discussão relacionada com paises Industrializados de primeiro mundo, ou seja, como deve-se objetivar a relação entre as transformações tecnológicas visando o equilíbrio do sistema ecológico global.

Resta saber se ainda é cedo ou já é tarde demais para se reverter o que já foi feito. Temos os dados e a tecnologia, só falta a atitude.

A solução é brasileira!

Gabriel Feloni Martins do Rosário e Daniel Santos de Matos aAluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

bAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, degradação ambiental, fontes alternativas.

erá verdade que a Terra, nosso lar, possui recursos inesgotáveis ? A maioria das as alterações climáticas e ambientais está diretamente ligada as ações humanas, que insistem em arrancar as “vísceras do planeta”.Nosso lar está pedindo ajuda à cerca de 40 anos e este pedido

não pode ser ignorado, devemos ajudar a grande esfera de vida.

Fatos, tais como o furacão Katrina nos Estados Unidos,o Tsunami na Ásia, secas devastadoras no nordeste brasileiro e os recentes aumentos de temperatura na Índia e na Europa, entre outros fatores globais, comprovam o desequilíbrio ambiental do planeta, resultante do aumento gradativo em sua temperatura, graças ao chamado efeito estufa.

Estudos científicos realizados recentemente nos mostram uma realidade preocupante, no sentido de que o chamado efeito estufa – fenômeno natural que consiste na retenção de calor na camada atmosférica – vem aumentando gradativamente devido a elevadas emissões de gases poluentes por parte dos seres humanos, sendo os Estado Unidos líder na taxa de emissão desses.

O Brasil vem desenvolvendo, nesses últimos anos fontes alternativas de energia, tais como combustíveis biodegradáveis alternativos, como, por exemplo, a queima do bagaço da cana e métodos inovadores de reciclagem como algumas usinas que utilizam técnicas de reaproveitamento total do lixo

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produzido, sem agressão ao meio ambiente, emitindo apenas vapor d'água de suas chaminés. Atitudes como essas mostram que o Brasil está procurando se conscientizar com relação ao meio ambiente. Porém , é preciso um esforço em escala global de maneira que a grande maioria dos países desenvolvam métodos que se assemelhem ao modelo brasileiro.

É de nosso próprio interesse que lutemos pela salvação do planeta,caso a luta cesse estaremos decretando o nosso fim. Nunca paramos para pensar no amanhã de nosso plante, pois somos induzidos a deixar os problemas atuais para as gerações futuras, todavia não nos esqueçamos de que se não tentarmos não existira geração futura.

Energias alternativas: uma solução para o aquecimento global

Fabio Luiz Esperati Pagoti a e Paulo Victor Esteves Lisboa b

aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

bAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: energias alternativas, aquecimento global, efeito estufa.

iferente do homem contemporâneo, os nossos ancestrais mais distantes utilizavam somente a energia necessária para manter sua sobrevivência (energia dos alimentos). Porém com o decorrer do tempo, o homem passou a consumir energia não só para suprir suas

necessidades, mas também para atender seus desejos, como o uso de animais de tração substituindo a força de vários homens.

Para tal finalidade, as civilizações desenvolveram diversos meios de obtenção de energia desde períodos mais remotos, entre eles: a queima da lenha para geração de calor (usada na época greco-romana), a força das águas e dos ventos para moer trigo (Idade Moderna), a combustão do carvão utilizado nas máquinas a vapor (na Revolução Industrial) etc.

Com o desenvolvimento tecnológico foi necessário o aprimoramento da máquina a vapor e por conseqüência, das fontes de energia. A gasolina e o diesel, derivados do petróleo, foram desenvolvidos a partir do aparecimento dos motores de combustão externa. Mais tarde surgiram outras fontes de energia como a energia nuclear e os motores elétricos. Mesmo com a grande variedade de fontes de energia, os derivados do petróleo sempre foram os mais utilizados, principalmente pelos países mais desenvolvidos, isso se deve ao fato de terem um baixo custo e serem facilmente transportados e armazenados.

Todavia o uso constante do petróleo e seus derivados geram grandes impactos ambientais, alterando a fisiologia terrestre. Os mais conhecidos desses

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impactos são o efeito estufa, a chuva ácida e o derretimento das geleiras. Esse último fenômeno foi comprovado após constatar-se por exemplo, o aparecimento de uma ilha na Groenlândia. O derretimento das geleiras faz com que o nível dos oceanos aumente, afetando todas as regiões litorâneas do planeta.

O efeito estufa, principal agente das mudanças climáticas, se deve ao acúmulo de dióxido de carbono, metano e outras substâncias de origem fóssil na atmosfera; esses retêm parte dos raios solares, aumentando a temperatura terrestre.

As energias renováveis aparecem como uma possível solução para esses problemas ambientais, pois não agridem o meio ambiente (já que emitem pouco carbono na atmosfera) e porque podem ser repostos pela natureza ou pelo próprio homem. Apesar de ser apontada como a principal solução, há uma série de divergências entre o modo politicamente correto de agir e o interesse dos países desenvolvidos, fazendo da Terra uma bomba relógio.

Hoje há conhecimento desse e de muitos outros métodos alternativos que se utilizados devidamente (principalmente pelos países que mais poluem, como os Estados Unidos) poderão reverter os estragos causados pelo homem e manter a estabilidade climática da Terra.

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A integração de países para o controle do aquecimento global

Glauce Cristine Ferreira Soares a e Mariana Sallun Raya b aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: poluentes, Protocolo de Kyoto, aquecimento global.

s mudanças climáticas são o maior desafio ambiental do século XXI. A atual queima de combustíveis fósseis visando o desenvolvimento econômico libera na atmosfera enormes quantidades de gases causadores do efeito estufa, aumentando o aquecimento global. Nos

últimos cem anos, a temperatura média mundial já aumentou 0,7ºC.

O aquecimento global pode significar para a biodiversidade e para o meio ambiente mudanças trágicas como a perda de espécies, derretimento de geleiras, desertificação, elevação do nível dos oceanos e intensificação das catástrofes ambientais como furacões, secas, enchentes, ondas de calor e de frio; além de grandes prejuízos no aspecto econômico.

Recentemente estudos climáticos registram um aumento da freqüência dessas ocorrências extremas em todo planeta. Essas mudanças climáticas têm direcionado as atenções dos principais cientistas do clima e de representantes de países de todo o mundo para uma regulamentação da emissão de gases poluentes.

Essa preocupação levou a criação, em 1988, do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) e em 1992 a ONU aprovou, no Rio de Janeiro, a convenção sobre mudanças climáticas que levou ao Protocolo de Kyoto, o mais ambicioso tratado ambiental. A primeira meta do protocolo é uma redução média de 5,2% em relação às emissões de 1990 para o período de 2008 a 2012. Mas de acordo com os cientistas essa redução não será suficiente considerando que as emissões globais têm que ser 50% menores até 2050 para que o aumento da temperatura da Terra não ultrapasse o limite de 2°C, considerado o ponto de colapso do clima.

O Brasil juntamente com a Índia México e China está reunido em um esforço diplomático a fim de pressionar os países desenvolvidos a reconhecer que, historicamente, eles poluíram muito mais que as nações emergentes e incluir, em um grande levantamento que estima a extensão do aquecimento global e

Seção I V Mudanças climáticas e ações políticas no

mundo globalizado

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propõe soluções, uma referência atribuindo aos países ricos a responsabilidade pelo crescente aquecimento global. Contudo, os países que mais poluíram não estão se mobilizando para reduzir efetivamente suas emissões, pois isso afetaria diretamente sua economia e seu desenvolvimento.

Para diminuir as concentrações de poluentes e obter resultados positivos com relação ao aquecimento global é necessário que os grandes líderes mundiais parem de pensar exclusivamente em seu desenvolvimento econômico e se integrem a países que estão discutindo sobre novas formas de crescimento baseadas em energias renováveis modernas, pois, se nada for feito, em um futuro próximo não haverá homem nem economia que resistam às conseqüências.

A globalização em prol do meio ambiente

Evany Bettine de Almeida e Karem Tami Masuda aAluna do curso de Gerontologia E- [email protected] bAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, desastres ambientais, sustentabilidade.

epois de décadas, o alerta dos cientistas sobre o impacto ambiental provocado pelo homem está sendo considerado pelos governos. Programas de sustentabilidade estão sendo desenvolvidos com responsabilidade, para tentar recuperar o tempo perdido, desde a

época da Revolução Industrial.

A Revolução Industrial e a falta de oportunidades na área rural causaram uma urbanização desordenada. Estas áreas urbano-industriais alteraram profundamente o relevo, o uso da terra, a vegetação, a fauna, a hidrografia e o clima.

Estudos acerca de mudanças climáticas vêm ganhando cada vez mais importância no mundo atual, devido às questões ligadas ao efeito estufa, buraco na camada de ozônio, desertificação, derretimento das calotas polares, entre outros.

Segundo o cientista australiano Tim Flanmery, a atmosfera é um bem comum global e as mudanças climáticas afetam a todos os seres humanos e, se medidas imediatas não forem tomadas, teremos que limitar a liberdade dos indivíduos e soberanias nacionais, podendo até ser necessário o monitoramento via satélite das atividades que afetem o meio ambiente.

Os avisos dos grandes cientistas sobre desastres ambientais devem ser levados em consideração, pois eles nos trazem dados que comprovam as agressões à natureza, como a queima de combustíveis fósseis, que produz enormes quantidades de dióxido de carbono (CO2), sendo uma das maiores fontes de

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emissão de gases do efeito estufa, pois são liberados diretamente na atmosfera devido ao desmatamento desordenado.

Por estes motivos, a ONU e a Organização Mundial de Meteorologia criaram em 1988 o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima), com o objetivo de pesquisar o aquecimento global e seus impactos. Isto originou a criação do Protocolo de Kyoto, em 1997, que sugeriu um mecanismo cooperativo para a redução das emissões de CO2.

Neste ano de 2007, foi elaborado o 4º Relatório do IPCC, na Tailândia, no qual, a China defendeu a fixação de metas que considerem a poluição per capita, o que imporia aos EUA a maior responsabilidade pela poluição mundial. Já o Brasil, lutou pela inclusão de cotas pela redução do desflorestamento da região amazônica. Além disso, foi promovido o uso dos biocombustíveis como uma alternativa ambiental, social e econômica viável para diversos países.

Vale ressaltar que alguns países como EUA e a Austrália não admitem as mudanças climáticas e se negam a participar das propostas do Relatório. Por outro lado, muitos outros países inclusive os de economias frágeis, estão em busca de ações políticas, exercendo pressão sobre os países desenvolvidos e ricos. Porém, estes cegos pela cobiça são incapazes de perceber que, se lutarem em prol do meio ambiente, também serão beneficiados por promoverem o desenvolvimento sustentável para todo o planeta.

Ademais, de que serve o dinheiro se não tivermos um planeta?

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Mudanças climáticas e o perigoso aquecimento global

Álvaro de Jesus Macedo Junior a e Éderson José Lopes b aAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

bAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, impactos ambientais, combustíveis.

s transformações ocorridas no mundo após a Revolução Industrial acarretaram danos profundos no equilíbrio ambiental do planeta. A utilização de combustíveis fósseis como carvão e o petróleo para movimentar a estrutura de produção capitalista, bem como o

crescimento demográfico e o consumismo são fatores decisivos nesse desequilíbrio.

A intensificação da queima de combustíveis fósseis contribui para o aquecimento global, pois ela emite gases, entre os quais o carbônico, principal responsável pela retenção de calor na atmosfera. Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 25% entre 1830 e 2000. Dessa forma, o homem se tornou o maior responsável pelo processo de mudanças climáticas segundo a comunidade científica.

As principais conseqüências das mudanças climáticas são: a desertificação de biomas, a perda de coberturas vegetais, o e a extinção de espécies animais e vegetais.

Com a elevação da temperatura média na superfície terrestre, que, neste início do século XX já é quase 2º C mais alta do que nos anos de 1960, o gelo existente nas zonas polares poderá derreter-se total ou parcialmente. Em caso de derretimento total, o nível do mar subirá cerca de 60cm, inundando a maioria das cidades litorâneas de todo o mundo.

No Brasil, algumas conseqüências já podem se sentidas. A seca que outrora era problema apenas do Nordeste, já pode ser notada na Amazônia e no rio Grande do Sul. Por outro lado, a região sul tem sofrido com tempestades violentas como nunca se viu. O Brasil é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa no planeta. Mais de 70% das emissões brasileiras de CO2 vem do desmatamento da Amazônia, uma vez que quase a metade do consumo de energia do país é baseado em fontes renováveis. Essas fontes podem ser ampliadas se o país investir na

Seção V Mudanças climáticas e possíveis soluções

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exploração dos potenciais eólico e solar, assim como em combustíveis menos poluentes como o biodiesel e o álcool.

O futuro do planeta Terra depende da rápida adoção de políticas efetivas para que se evite maiores impactos nas mudanças climáticas. As principais opções para a redução da emissão de carbono são: investimentos em energia renovável, adoção de programas de eficiência energética e principalmente mudanças nos hábitos de consumo das pessoas.

Portanto, se nada for feito pela comunidade internacional, incluindo o Brasil, as conseqüências das mudanças climáticas podem ser catastróficas, o que comprometera profundamente as gerações futuras.

Métodos alternativos e criativos para o aquecimento global

Ana Carolina Cortez Leite a e Andrea Miyasaka Alba b aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: “aquecimenturismo”, soluções criativas, célula de energia.

aumento do aquecimento global vem resultando impactos ambientais e sociais de forte expressão nestes últimos anos e, com isso surge a necessidade de apontar possíveis soluções para o problema. Cientistas atualmente estão empenhados em diversos

estudos que auxiliariam a diminuir o aquecimento, principalmente agora em que foi publicamente declarada a ameaça à existência humana.

Tais estudos vão desde novas fontes alternativas de produção de energia, até o uso do ecoturismo como fator de conscientização da população. Alguns desses lançamentos científicos serão descritos abaixo.

De acordo com a Associated Press tem-se a informação de uma nova fonte produtora de energia através de uma cervejaria australiana, a Foster’s, juntamente com um grupo de pesquisadores da Universidade de Queensland (Austrália).

Trata-se da instalação de uma célula combustível microbial na cervejaria. Tal célula é basicamente uma bateria em que bactérias consomem resíduos da fabricação de cerveja solúveis em água, como açúcar, amido e álcool.

O experimento já foi garantido em um protótipo instalado no laboratório da universidade e, segundo Jurg Keller, cientista da mesma, “[a célula] não produzirá grandes quantidades de energia - é primeiramente um tratamento de água que tem a vantagem de gerar eletricidade” o que seria uma possível solução para se combater o

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efeito estufa, já que eficiências energéticas como essas colaboram para o não lançamento de gases causadores do aquecimento na atmosfera.

Outra estratégia inovadora desenvolvida (e divulgada pela BBC Brasil) é a de uma empresa americana, a Betchart Expeditions, que criou uma nova modalidade de ecoturismo, o “aquecimenturismo”, especializada em mostrar os efeitos do aquecimento global.

Tal expedição mostra aos turistas as diferenças nas paisagens causadas pelo efeito estufa. Apesar do alto custo, serve como forma impactante de conscientização a respeito do tema.

Há ainda um estudo feito pela ONG britânica Optimum Population Trust (OPT) que lançou recentemente sua “estratégia para o clima baseada na população”.

De acordo com a ONG, através de diversos cálculos e análises, se o mundo todo reduzisse 60% da emissão de CO2 até 2050 (em relação aos níveis de 1990), o avanço seria quase nulo devido ao crescimento populacional no período. Os cálculos são feitos com base em um cidadão britânico médio que gera 750 toneladas de CO2 durante a vida. Assim, para a OPT, o simples fato de reduzir a taxa de natalidade mundial resultaria numa redução da emissão de gases CO2.

Desta forma, alternativas como esta não exclui a possibilidade de a população colaborar no processo de solução para o aquecimento, a partir de pequenas atitudes que fazem diferença na questão da emissão de gases. São as formas mais comuns aos quais se pode recorrer, como: reciclagem de materiais, economizar no consumo de energia elétrica, optar por transporte público, não incentivar o desmatamento, entre outros.

Uma vez que os efeitos graduais do aquecimento põem em risco o planeta, tanto num âmbito ambiental quanto social, alternativas criativas e inovadoras podem ser uma opção estratégica frente à lenta conscientização ou a não preocupação de muitos com o futuro deste. Porém, visto que algumas dessas novas alternativas têm caráter em longo prazo ou necessitam um alto valor aquisitivo da pessoa praticante, as simples práticas do dia-a-dia e principalmente, antes de tudo, a conscientização da população dos riscos que as mudanças climáticas vêm a causar, proporcionam a maior relevância para que o planeta e nós nos salvemos.

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Soluções para mudanças climáticas: continuidade da vida ou neutralização da culpa?

Graziela Rodrigues Silva a e Moniky Almeida Souza b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, metas, soluções.

e acordo com o último relatório do IPCC (International Panel on Climate Change),divulgado em fevereiro de dois mil e sete as mudanças climáticas decorrentes de atividades humanas já estão ocorrendo em uma escala global e as previsões para o século XXI

são preocupantes.

O assunto é complexo e os desafios são enormes.Porém, deve haver reflexões e discussões não somente referindo-se aos problemas, mas também deve-se enfatizar suas possíveis soluções.As causas dessas alterações do equilíbrio dinâmico milenar do planeta estão ligadas principalmente a duas atividades humanas: o uso de combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo) e o desmatamento.

As condições climáticas futuras dependerão do comportamento da humanidade frente ao uso desses recursos.Uma preocupação internacional pode ser percebida, por exemplo, através do Protocolo de Quioto que,em mil novecentos e noventa e sete, foi adotado com vinculação legal que países industrializados deverão reduzir suas emissões de gases de efeito estufa,através da utilização de recurso de mercado.

Para enfrentar o problema das mudanças climáticas globais, a comunidade internacional estabeleceu metas de produção de emissões de gases de efeito estufa (GHG) para os países desenvolvidos.

As metas de redução podem ser alcançadas das seguintes formas: redução direta por meio de investimentos, principalmente nos processos produtivos e na geração de energia, e utilização de mecanismos de flexibilização previstos pela Convenção do Clima e regulamentados pelo Tratado de Quioto.

Dentre as atividades humanas que podem contribuir para o controle dessas variações climáticas estão: uso de energias alternativas (como: solar, eólica, nuclear e biocombustíveis); a melhoria na eficiência do uso de energia; e o seqüestro de carbono nas atividades de manejo florestal e no reflorestamento.

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Visando particularmente ao Brasil, conforme o Greenpeace Brasil, nós estamos em quarto lugar na emissão de gases do efeito estufa no mundo, porém, há uma visão positiva que acredita que a eficiência energética é uma das melhores formas para a diminuição de dessas emissões.

É interessante observar que, até janeiro desse ano, o Brasil ocupa o segundo lugar em números de projetos registrados no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), são oitenta e oito num total de quatrocentos e noventa e um projetos, sendo superado apenas pela Índia.Esse Mecanismo certifica projetos reducionistas de gases causadores do efeito estufa nos países em desenvolvimento, possibilitando sua posterior venda dos certificados para países desenvolvidos que não alcançam suas metas.

Tais projetos já entraram em vigor e novas pesquisas são realizadas em diversos países com o intuito de reverter esta situação.

Para que esse problema mundial comece a ser solucionado, é necessário que haja um engajamento da sociedade como um todo. Ações simples como investir na eficiência energética ao desligar a luz desnecessária e diminuir a potência do ar condicionado possibilita a obtenção de resultados positivos para toda a população.

Contudo, ainda temos barreiras importantes para vencer e essa luta é de todos. É uma luta diária e global, na qual devemos nos unir, independente das disparidades econômica, sociais e políticas, visto que as conseqüências sérias e, em sua maioria, irreversíveis, são mundiais. Portanto, é de interesse de todos buscar soluções e tecnologias que sustentem nosso desenvolvimento, nossa luta frente à essas alterações climáticas, chegou a hora de neutralizar nossas culpas e lutar pelas nossas vidas.

Aquecimento global: uma solução é pouco, duas é pouco, três...Também!

Waldyr Lourenço de Freitas Junior Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, fenômenos naturais, aquecimento global.

mundo geralmente associa os fenômenos naturais ocorridos nos séculos XX e XXI como sendo o cumprimento das profecias apocalípticas. Independente de sua origem, tais fenômenos têm preocupado muitos cientistas e ambientalistas. O aquecimento do

globo terrestre tem sido a fonte de outros fenômenos desastrosos como furacões, tufões, maremotos, derretimento das geleiras, aumento do nível dos oceanos, etc...

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Já está comprovado que o ser humano é o principal causador deste aquecimento, e o que tem sido feito para a reversão deste quadro? Ong´s têm manifestado idéias de combate às mudanças que estão ocorrendo, por exemplo, o Greenpeace argumenta que a “eficiência energética é uma das formas mais limpas, baratas e rápidas de diminuir as emissões de gases de efeito estufa”, como a exploração do potencial eólico, que pode suprir até 12% da demanda mundial; outra sugestão é que deveria haver um incentivo maior para o uso do biodiesel, principalmente no Brasil. No último dia 04 do mês de maio foi divulgado na Tailândia o III Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas ( IPCC ) que enfatiza a idéia de que ainda há tempo para reverter as conseqüências do aquecimento global. Medidas estão sendo tomadas, mas ainda estamos muito longe de uma solução.

O departamento de energia e algumas empresas dos Estados Unidos da América projetaram uma usina termelétrica à base de carvão que não emite poluentes na atmosfera, segundo esse departamento ela começará da operar em seis anos. Isso contribuiria com uma possível redução de até 55% de gás carbônico ( CO2 ) na atmosfera – gás responsável por 75% do efeito estufa, conforme dados do IPCC. O governo norte americano também sugere aos cientistas que desenvolvam um projeto para colocar na órbita terrestre espelhos, com o fito de refletir os raios solares.

Agora, como chamar a atenção das nações de que o derretimento das geleiras está aumentando o nível dos mares, e cidades inteiras podem submergir? Como chamar a atenção de que a temperatura mundial em menos de um século estará até 2º C maior que o normal? E que estas conseqüências afetam diretamente o bem estar humano? Não basta somente olharmos tais acontecimentos como profecias bíblicas, mas também, como o futuro de nossos filhos e filhas, netos e netas.

Enfim, há possíveis soluções para começarmos a reverter tal situação, como enfatizou o IPCC em seu terceiro relatório, mas tudo dependerá da conscientização mundial. O MOMENTO PARA AGIR É AGORA!

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Tentativas para desacelerar o aquecimento global

Patrícia Tiemi Takahashi a e Paula Mayumi Sekiguchi b aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: GEE, energia, tecnologias.

aquecimento global tem sido o principal enfoque mundial. Até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) já realizou diversas reuniões para tratar do assunto com a presença da cúpula de cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas

(IPCC). Em 1992, a ONU aprovou no Rio de Janeiro a Convenção sobre Mudanças Climáticas e a partir dela criou-se o Protocolo de Kyoto, que tem como meta a redução da emissão de gás carbônico até 2012.

O IPCC afirmou que o homem é o principal responsável pelo aquecimento do planeta, detalhou as conseqüências do aumento de temperatura como secas, desaparecimento de espécies animais e vegetais devido à perda de habitat, inundações, aumento do nível do mar, queda no rendimento da agricultura no mundo todo. Esse aquecimento se deve ao aumento de gases de efeito estufa na atmosfera causados, por exemplo, pela derrubada e queimada de florestas e principalmente pela combustão de derivados do petróleo e carvão. Esse último é o mais barato, o que está melhor distribuído porém um dos mais poluentes. O progresso econômico demanda energia acarretando em um aumento da queima de carvão. Pos isso, necessitamos tornar o uso deste menos agressivo para o ambiente porque ele será inevitavelmente usado em países com industrialização em expansão, como afirma Stephan Singer, chefe da unidade européia de política energética da Organização Ambiental World Wild Life Foundation (WWF).

Uma tecnologia que permite queimar menos carvão e gerar a mesma quantidade de energia de uma maneira barata para impedir que o gás carbônico gerado chegue à atmosfera é a chamada gaseificação do carvão. De acordo com João Marcelo Ketzer, coordenador do Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono para a Indústria do Petróleo, com a técnica é mais fácil separar o gás carbônico e o carvão rende mais, além de produzir hidrogênio, combustível altamente eficiente que não gera gases de efeito estufa (GEE).

Outros métodos propostos são o uso do biodiesel, feito à base de grãos e dos biocombustíveis, que atraem grande atenção pelo fato de poder substituir a gasolina, fonte energética emissora de GEE. O Brasil destaca-se com o

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programa Proálcool, implantado após o choque do petróleo (1973) e tinha como objetivo substituir o consumo brasileiro de gasolina por etanol.

Armazenar o carbono capturado, como têm feito os europeus com testes para um método de sepultamento do dióxido de carbono, é uma outra opção Em Ketzin, cidade situada a 40 km de Berlim, uma equipe internacional de cientistas espera injetar 60 mil toneladas de dióxido de carbono puro durante dois anos, num lençol de água salgada subterrânea sem contato com lençóis freáticos, que serão transportados para o local em caminhões tanques. Guenter Born, professor do Centro de Pesquisas da Terra de Potsdam, explica que o local será equipado com uma série de sensores que ajudarão a verificar a perenidade deste armazenamento. Porém, a técnica ainda gera controvérsias, pois ele ainda opera com pequenas quantidades de dióxido de carbono, pondo em dúvida se ela é eficiente em larga escala, além de faltarem provas de que o gás carbônico armazenado não irá voltar para a atmosfera.

O uso de fontes de energia limpa também têm sido significativos para amenizar o aumento da temperatura na Terra. A energia eólica tem crescido rapidamente principalmente na Europa, onde há investimento em tecnologia e turbinas cada vez maiores e mais eficientes são fabricadas. Em muitos locais, a energia eólica é a mais barata dentre as novas fontes de eletricidade, viabilizando um maior número de implantação desta. A energia solar também possui sua importância nessa luta, mas seu papel ainda é reduzido devido ao alto custo de implantação das placas com células fotovoltaicas, que capturam os raios solares para gerar energia.

Combater a mudança climática não é apenas assunto para o governo, mas para cada indivíduo também. Podemos ter um estilo de vida que emita pouco GEE, sem deixar de aproveitar uma boa situação econômica (Ogunlade Davidson-IPCC), como ir de trem para o trabalho ao invés de carro, comer menos carne, regular a temperatura de casa ou do escritório para mantê-los climatizados.

Mesmo que diversas medidas sejam adotadas, estudos afirmam que a temperatura irá aumentar. Por isso, estimular o desenvolvimento e implantação de técnicas que reduzam a emissão de GEE é tão importante quanto desenvolver fontes de energias renováveis. Se cada um fizer a sua parte, poderemos reduzir um pouco ou estabilizar esse aumento de temperatura no planeta, além de trazer benefícios como a diminuição nos custos com setores de saúde (melhora da qualidade do ar), segurança do fornecimento energético e empregos.

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Mudanças climáticas e possíveis soluções

Nayara de Almeida Vieira a e Eduardo Maia Ribeiro b aAluna do curso de Sistemas de Informações. E- [email protected] bAluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, energia limpa.

omo conceito, o efeito estufa nada mais é do que uma concentração de gazes (dióxido de carbono, metano e vapor d’água) na nossa atmosfera, que retêm parte do calor emitido pelo sol, mantendo assim uma temperatura média na terra de 15ºC, que é fundamental para

manter a diversidade biológica que habita nosso planeta, se não fosse o efeito estufa, a temperatura na terra cairia para aproximadamente – 17ºc, o que impossibilitaria a sobrevivência de várias espécies de seres vivos.

Mas a emissão descontrolada de gases poluentes como o dióxido de carbono (CO2), torna a concentração de gases cada vez mais espessa, aumentando a quantidade de calor retido do sol e gradativamente a temperatura do planeta, causando o aquecimento global.

Os maiores responsáveis pela emissão de CO2, são o Petróleo e o carvão, que respondem a 80% do consumo mundial de energia.

Para desacelerar o aquecimento global, em Kyoto no Japão (1997), foi discutido um tratado Internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa; esse tratado propôs aos países signatários cooperarem entre si, através de algumas ações básicas: reformar os setores de energia e transportes, promover o uso de fontes de energia renovável, eliminar mecanismos de mercado inapropriados aos fins do tratado, limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos dos sistemas energéticos, proteger as florestas e outros sumidouros de carbono. Esse tratado ficou conhecido como o Protocolo de Kyoto, em vigor desde fevereiro de 2205.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), combater as mudanças climáticas é possível e segue abaixo o portifólio de alguns programas de desenvolvimento de fontes alternativas de energia:

- Investir em meios de transporte que consumam menos energia e que usem melhor a energia solar.

- Implementar técnicas de reflorestamento e combate ao desmatamento, que detêm o poder de controlar 50% das emissões de CO2 no planeta.

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- Encontrar alternativas ao Petróleo e outros combustíveis fósseis como: Energia solar: utilização de células solares (fotovoltaicas) com o intuito de gerar energia elétrica. São instaladas em telhados e paredes de casas, áreas abertas ou até roupas para alimentar equipamentos portáteis.

- Energia eólica: utilizar a força dos ventos para produzir energia elétrica, existe, porém, resistência na sua adoção por questões estéticas, pois altera a paisagem e por resistências das empresas.

- Biocombustível: Etanol (a partir de cana de açúcar), quando se considera todos os subprodutos produzidos por ele, obtém-se saldo energético de 4 a 9 megajoules por litro. Quando a partir do milho o impacto ambiental ao substituir gasolina por etanol, reduz 18% a emissão de gases de efeito estufa. Se de fontes de celulose, que é o aquecimento dos açúcares pela queima de lognina, não gera nenhum gás no final do processo, e chega a 90% a redução dos gases. O Brasil é o maior produtor de Biocombustível no mundo hoje.

- Investigar a possibilidade da produção de etanol através da gaseificação da biomassa, isto é, queima de matéria orgânica até ocorrer a liberação de hidrogênio, monóxido de carbono e posterior conversão pelo processo de Fischer-Tropsch.

Concluimos que, se a queima de combustíveis fósseis e emissão de gases de efeito estufa alteram a atmosfera, o clima global, alteram os níveis dos oceanos, promovem o decréscimo das geleiras; e esses dados são confirmados pela maioria dos cientistas e instituições de medição climática, o conjunto de soluções mais simples e imediatas é: a reversão no uso de combustíveis fósseis para biocombustíveis e a adoção de energias renováveis.

Podemos então perceber que reduzir a emissão de CO2 é possível desde que os governantes comecem a agir e investir em pesquisas para produção de energias limpas (provenientes de fontes renováveis), combater o desmatamento, implementar programas de reflorestamento associados a conscientização para economia do consumo de energia elétrica.

E que o Brasil pode se tornar peça fundamental para essa reversão, pois como dito anteriormente, é o maior produtor de biocombustível (de alta qualidade), tem uma floresta amazônica com enorme potencial de absorção de CO2, além de outros produtos que podem ser desenvolvidos em terras férteis e fartas.

O futuro está apenas no desejo de nossa sociedade e na força para colocar em prática todas essas alternativas, que por serem simples só necessitam de nosso empenho político e globalizado.

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Da degradação à mobilização mundial

Maicon Barrem Oliveira a e Thays Pelegrin Dias b aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] bAluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, Protocolo de Kyoto, recursos renováveis.

ecentemente a mídia vem dando uma grande ênfase aos problemas ambientais de nosso planeta, em especial ao aquecimento global. Capas de revista vêm tratando deste assunto. Programas televisivos criam séries especiais para alertar sobre os problemas gerados pela

elevação na temperatura. Documentários como Uma Verdade Inconveniente do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, tratam de maneira clara e direta sobre dados relativos às mudanças climáticas.

Análises permitem verificar que os últimos 10 anos foram os mais quentes da história e que em apenas 50 anos a produção de CO2 tende a crescer de forma exponencial, esperando-se um aumento de 50C na temperatura. Somos nós os grandes responsáveis por nosso próprio futuro e das gerações subseqüentes.

Já se sabe que o nível dos oceanos está aumentando 3 milímetros por ano devido o derretimento do gelo de pólos e montanhas. Tim Flannery, autor do livro Os Senhores do Clima, em entrevista à revista Veja disse: “Algumas projeções indicam que a superfície do Oceano Ártico vai ficar 12 graus mais quente quando todo o gelo derreter, alterando dramaticamente o clima do Hemisfério Norte”.

Uma das principais iniciativas para o controle do aquecimento global é a implantação do Protocolo de Kyoto que visa à redução da emissão de gases poluentes em 5,2% até 2012, comparado aos níveis de 1990. O Protocolo, negociado em 1997 e ratificado em 1999, propõe ações básicas como: reformar os setores de energia e transportes, promover o uso de fontes energéticas renováveis e proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

Porém, o maior poluidor mundial, os Estados Unidos, não ratificaram o protocolo com o intuito de proteger sua economia, apesar de hoje investir em fontes de energia renovável.

Tais ações ainda não são suficientes para combater o aquecimento global; é necessário desde ações locais a um consenso humanitário como: economizar energia à fim de obter maior eficiência energética, evitar o desperdício de água, utilizar transporte coletivo ou dar preferência pelo uso de combustíveis como o álcool e o biodiesel para redução na emissão de poluentes.

Há quem acredite que será necessário medidas mais radicais em casos urgentes. Cientistas têm conceituado mega-projetos tais como a inserção de um guarda-sol no espaço para desviar os raios solares, enterro de gases tóxicos sob o solo,

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etc. Tais medidas também podem acarretar aspectos negativos, além de terem um alto custo e demorado tempo de implantação.

Antes que seja tarde, a sociedade deverá unir-se em um consenso de desenvolvimento sustentável, através de práticas não-predatórias, redução da poluição ao meio ambiente, utilização de recursos renováveis e outras formas já citadas. A Ciência e a Tecnologia, juntas, podem ser benéficas de acordo com a maneira com a qual se utilizam seus recursos, sendo necessário um equilíbrio entre desenvolvimento e necessidade, de modo que não só colabore com o mundo hoje, mas que ainda haja esperanças para as gerações futuras.

Eficiência energética: combate ao aquecimento global

Danielle Cristine Cavalari a e Lucas Maia Souza Lima b aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: eficiência energética, investimentos, aquecimento global.

ão muitas as pesquisas em torno do aquecimento global e muitas mostram que a quantidade de CO2 na atmosfera aumentou exponencialmente nos últimos anos proveniente de atividades humanas.A concentração atmosférica dos gases de efeito estufa dióxido

de carbono (CO2), metano(CH4) e óxido nitroso(N2O), associados ao vapor d´agua condicionam o balanço de energia planetária. Este efeito estufa natural atua como um cobertor térmico impedindo o esfriamento da terra. O aumento das concentrações desses gases tem sido provocado por vários fatores, todos relacionados ao homem, mas principalmente porque a maior parte da matriz energética mundial hoje (79,5%) é formada por combustíveis fósseis e essas fontes energéticas trazem o carbono que estava armazenado no subsolo para a atmosfera.

Por isso a esse efeito estufa adicional damos o nome de efeito estufa antrópico, objeto de preocupações ambientais mundiais. A necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, assim, mitigar os impactos do aquecimento global é uma necessidade urgente e confirmada com a apresentação dos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU. Sendo assim, a ciência se encontra diante de um grande desafio e espera-se que o mesmo instrumento que nos colocou nessa situação possa nos tirar dela e este é a tecnologia. Neste contexto os investimentos em pesquisas tecnológicas devem ser maciços, essas devem buscar eficiência energética em todos os setores possíveis, ou seja, “fazer mais com menos energia”. Segundo a organização não governamental

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WWF a aposta na viabilidade das tecnologias e das fontes de energia sustentáveis pode reverter o quadro até 2050. Para isso, os países desenvolvidos devem “repotencializar” os seus estoques deficientes ou arcaicos, enquanto os em desenvolvimento devem investir, desde o início, em sistemas melhores. A eficiência energética deve atingir os setores industrial e de construção, a redução do uso de veículos e as melhorias de motores são estratégias que devem ser levadas em conta também. A troca do uso de rodovias, sistema bastante utilizado no Brasil, por ferrovias, além do incentivo e melhoramento do transporte público são fatores que influenciam na emissão de gases do efeito estufa.

Um outro vilão causador das emissões de gases do efeito estufa são os desmatamentos. Nesse cenário, os países tropicais são agentes que devem se responsabilizar por controlar as taxas de queimadas e de degradação ambiental de florestas. Segundo o IPCC, a preservação florestal pode reduzir as emissões em até 50%.

A redução da utilização de combustíveis fósseis é uma meta óbvia e a WWF propõe o uso do gás natural como substituição do carvão, pois o gás natural emite relativamente menos carbono na atmosfera . Outra alternativa importante seria a utilização do sistema de captura e armazenamento de carbono, principalmente das indústrias, que colaboraria para estabilizar os níveis de emissões a médio prazo. Paralelamente a utilização de biocombustíveis como o álcool e o biodiesel são importantes, a produção de álcool é uma excelente alternativa para o nosso país , desde que seja feita de maneira ordenada, sem desmatar e respeitando direitos sociais e o meio ambiente.

É fundamental a reestruturação da matriz energética, a utilização de energia de biomassa, solar e eólica, que pode dispensar a construção de novas usinas nucleares, que além do alto custo de implementação, as emissões de lixos radioativos e os riscos de segurança são pontos negativos desse tipo de matriz.É importante ressaltar que as metas aqui citadas não são impossíveis de serem alcançadas, uma vez que as fontes alternativas de energia estão sendo barateadas e se tornando cada vez mais importantes e competitivas. Segundo a WWF, o investimento em eficiência energética deve ser a ação mais imediata, enquanto energias alternativas são desenvolvidas. Entre 2020 e 2050, as demandas crescentes dos serviços energéticos podem ser contempladas apenas com esse esforço. Nossa tecnologia já mostra como obter eficiência energética nos mais variados setores, que dado o primeiro passo, são só uma questão de tempo para sentirmos as diferenças. No entanto, o que devemos lamentar são os prejuízos biológicos que já sofremos e que inevitavelmente iremos sofrer até que a situação se estabilize.

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Soluções para o calor

Victor Khaznadar Lancuba a e Thiago Barbosa b aAluno do curso de marketing. E- [email protected] bAluno do curso de marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: sustentabilidade, Protocolo de Kyoto, soluções.

ecas, ondas de calor, furacões. A questão ambiental tem alarmado diferentes segmentos e muitas discussões têm ocorrido acerca das conseqüências para a vida dos cidadãos e das possíveis soluções para este problema, e principalmente sobre o aquecimento global.

Recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou um estudo que apontou que o combate ao aquecimento é economicamente viável, custando apenas 0,12% do Produto Interno Bruto anual do mundo. A solução estaria baseada na redução da emissão dos gases agravadores do efeito estufa, em especial o dióxido de carbono (CO2), que deve ser reduzido entre 50 e 85% até 2050 para manter uma margem de dois graus de aquecimento, considerada segura.

Para atingir essa meta, é necessário haver uma substituição das fontes de energia que utilizam a queima de combustíveis fósseis por métodos menos poluentes como obtenção solar e eólica. Para contribuir com esse procedimento, há empresas visionárias que buscam soluções ecologicamente corretas, como reciclagem, papel eletrônico e carros com emissão zero de poluentes, devido a escassez prevista para a obtenção de recursos naturais não renováveis.

Externamente às discussões governamentais e da iniciativa privada, nós cidadãos podemos levar uma briga pessoal com questão do aquecimento. Como? Vejamos o exemplo do gado: o gado emite grande quantidade de gás metano; a pecuária e seu conseqüente desmatamento são responsáveis por 70% dos gases do efeito estufa. Parar de consumir carne bovina pode ser uma maneira de protesto. Outras práticas como caminhadas em percursos curtos, e maior uso dos coletivos podem auxiliar individualmente e atingir aos poucos a coletividade. Afinal, no mundo democrático podemos criar pressões para que iniciativas sejam tomadas e mudanças ocorram.

O protocolo do Kyoto foi a tentativa da política internacional para solucionar a questão, mas a não adesão dos Estados Unidos, e a criação do mercado dos créditos de carbono minimizaram seu efeito. Os Estados Unidos são responsáveis por 35% da emissão de poluentes do mundo. Isto reforça a idéia de que a iniciativa para um mundo sustentável deve partir das pressões geradas pelo povo nas lideranças políticas.

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Aquecimento global: entramos numa fria

Gabriela Bicego de Moraes Castellano a e Artur Nino Soares b aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

bAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: alterações climáticas, efeito estufa, soluções.

omos parte do equilíbrio natural” (CARSON, Rachel – Silent Spring – 1962). O entendimento deste fato pode nos ser útil para encararmos que as ações humanas, intensificadas a partir da revolução industrial, têm alterado negativamente tal equilíbrio.

Pesquisas científicas atuais comprovam que o aumento repentino da temperatura planetária se deve à ação humana, principalmente, através da emissão de gases produzidos pela queima de combustíveis fósseis utilizados nas indústrias, em termoelétricas, veículos automotores e, também, nas queimadas de florestas e matas. O acúmulo excessivo destes gases intensifica o processo natural de retenção de calor – o efeito estufa – aumentando a temperatura média da Terra e tendo como conseqüência, mudanças nos padrões climáticos mundiais. Tais mudanças já afetam o cotidiano de milhões de pessoas. Não há inocentes, somos todos agressores e vítimas.

Uma prévia do relatório anual da Organização Meteorológica Mundial, órgão da ONU, que avalia o clima na Terra, mostra que 2006 foi marcado por uma série de acontecimentos extremos das alterações climáticas e catástrofes naturais. Pela primeira vez na história, o termômetro chegou a 40º C em regiões temperadas da Europa e Estados Unidos. A calota gelada do Ártico ficou 6.400 km2 menor, ou seja, uma área equivalente a duas vezes o estado do Alagoas virou água e ajudou a elevar o nível dos oceanos. Na China, segundo o relatório, a pior temporada de ciclones em uma década resultou em 1.000 mortes e US$ 10 bilhões em prejuízos.

Estudos constatam que mesmo que todos os países interrompessem imediatamente a liberação de gases do efeito estufa, a atmosfera já está de tal forma impregnada, que a temperatura média do globo ainda subiria por mais mil anos e o nível do mar continuaria a elevar-se por mais dois mil anos.

Esses acontecimentos despertaram uma consciência mundial de que a crise ambiental é real, seus efeitos são imediatos e o problema é global. Muitos cientistas defendem que esses problemas exigem soluções também globais. Intervir nos processos que causam o aquecimento do planeta envolve um esforço mundial.

Nos últimos anos vários mega projetos para amenizar o efeito estufa sairam de universidades e centros de pesquisas. Selecionamos dois projetos considerados de maior viabilidade técnica e que tiveram melhor repercussão na comunidade

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acadêmica. São abordagens radicais, mas que podem ser soluções para situações de emergência. São eles:

Projeto 1: Enterrar os gases tóxicos

A proposta é armazenar sob o solo todo o CO2 produzido por indústrias e usinas termoelétricas. O CO2 é separado de outros gases por filtros, é então comprimido e levado por canalizações até um local de estocagem. O gás é injetado a 2 km de profundidade em formações geológicas, poços de petróleo ou gás natural já esgotados. Atualmente está em fase de testes nos Estados Unidos e na Noruega. Resultado Final: a capacidade da crosta terrestre de armazenar CO2 é de 10 trilhões de toneladas, o equivalente a 400 anos de emissões nos níveis atuais.

Projeto 2: Multiplicar o fitoplâncton

A estratégia idealizada pelo Centro Americano de Pesquisas Marinhas – e já testada com sucesso em pequena escala – é adicionar ferro aos oceanos para “fertilizá-los” e estimular o crescimento do fitoplâncton, conjunto de algas microscópicas que vivem na água. Essas algas absorvem parte do CO2 da atmosfera. Centenas de embarcações espalhariam ferro, em forma granulada, por vastas áreas dos oceanos. O fitoplâncton, assim como as plantas, usa a luz solar, o CO2 e a água para processar a fotossíntese e se desenvolver. Ao morrer, afunda até o solo do oceano levando junto parte desse CO2, que permanece submerso por séculos. Resultado Final: nos testes realizados pelo centro em 2002 o ferro foi espalhado em duas áreas de 15 km de extensão, próximo ao polo sul e depois se dispersou com as correntes marítimas. Estudos posteriores mostravam que o fitoplâncton resultante da experiência proliferou por milhares de quilômetros e consumiu 30 mil toneladas de CO2 – o equivalente à emissão de 6.000 automóveis em um ano. Para realizar o procedimento em escala global, bastaria espalhar o ferro por mais pontos nos oceanos.

As emissões de gases não afetam apenas o equilíbrio natural, mas seus efeitos reduzem a própria capacidade de recuperação do planeta. Retirar a agressão talvez não seja suficiente para que a natureza retorne ao seu estado anterior; é necessário que sejam tomadas ações que fortaleçam a resiliência do planeta e reforcem sua capacidade de recuperação. Tais ações devem, não somente recuperar o equilíbrio dos sistemas, mas minimizar os efeitos já acumulados sobre o planeta.

As soluções globais foram projetadas para entrar em cena caso atinja-se um ponto em que se torne impossível reverter a dinâmica interna da natureza alterada pela ação humana. A natureza encurralada só encontra saída no ataque e o homem, agora, luta para conter as reações de um planeta enfurecido.

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Soluções para uma barbárie humana

Jean Flávio da Silva Santos a e Stephanie Pisani Baudon b

aAluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, fertilização da biosfera marinha, soluções alternativas.

uitas são as dúvidas e muitos são os mitos que envolvem a questão do aquecimento global. Durante a história de 4,5 bilhões de anos do nosso planeta ocorreram várias mudanças climáticas radicais. Longos períodos de clima estável foram sucedidos por glaciações e

estes, por sua vez, por efeitos estufas. A influência humana surge como forma de agravação das mudanças climáticas que, ocorridas de forma não natural, são extremamente prejudiciais ao planeta.

O Efeito Estufa é necessário à manutenção na vida no planeta. Sem esse fenômeno, o planeta seria tão frio que a vida seria impossibilitada. Gases como o vapor d'água e o dióxido de carbono, exalados na respiração são ao mesmo tempo responsáveis pelo Efeito Estufa e pela vida. A problemática surge no momento em que esses gases, juntamente com o Metano, CFCs e HCFCs e Oxido Nitroso são emitidos em quantidade maior do que a natureza é capaz de absorver. Com a conseqüente concentração desses gases que absorvem parte do calor do Sol e evitam que estes saiam da Terra, o Efeito Estufa é potencializado e há um aumento na temperatura média da Terra. Fato, este, muito preocupante, visto que causa problemas como: maior evaporação da água, que tem como conseqüência períodos de seca ou enchentes maiores, mais graves e que duram maiores períodos de tempo, abalando o equilíbrio ecológico; alteração das estações do ano, afetando os ecossistemas regulados por estas, e disseminando pragas locais; aumento do nível oceânico, que poderá causar o alagamento de ilhas e cidades costeiras e que poderá contaminar a água doce, que abastece a população, com água salgada; e o aumento da temperatura dos oceanos, causando a extinção de sistemas sensíveis à variação térmica, como é o caso dos corais, base da alimentação de grande parte do ambiente marinho.

Um relatório emitido pela ONU no mês de fevereiro atribuiu aos seres humanos 90% da culpa pelo aquecimento. O problema não pode mais ser ignorado, pois está ocorrendo com força e com muita rapidez.

Das soluções propostas, dá-se destaque à projetos de baixo custo, como a redução da emissão de gases causadores do Efeito Estufa por parte de todos os países industriais, isolamento térmico dos edifícios, substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes, aumento da eficiência dos combustíveis dos veículos para muitos quilômetros por litro e maior utilização de gás natural que emite menos dióxido de carbono que a queima d carvão. 40

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países se comprometeram a limitar suas emissões de gases de efeito estufa, contudo, os Estados Unidos da América não concordaram assinar o Protocolo de Kyoto, alegando que tais medidas não seriam economicamente viáveis.

Outras propostas de solução, estas mais distantes, são as levantadas por Raymond Siever, Frank Press, John Grotzinger e Thomas H. Jordan no livro “Para Entender a Terra”. Nelas destacam primeiramente que o desmatamento (queimadas) fornece CO2 para a atmosfera enquanto o reflorestamento o retira do ambiente em quantidade elevada. As políticas de uso do solo encorajam o reflorestamento e as outras produções de biomassa que suprimem o fogo reduzindo a perda de carbono dos solos, podendo ajudar a diminuir o problema do aquecimento global.

Em um segundo momento, atentam para outra possibilidade, essa mais controvertida, que abrange o tema da fertilização da biosfera marinha. Sabe-se que os organismos marinhos bombeiam CO2 da atmosfera por meio da fixação do carbono em seu tecido orgânico e em suas conchas de carbonato de cálcio. Experimentos preliminares sugerem que o crescimento de plâncton pode ser estimulado pela modesta descarga de ferro nos oceanos. O florescimento do plâncton é uma fonte de comida para os animais marinhos que fixam o carbono, de modo que a fertilização dos oceanos, poderia, dessa forma, aumentar o poder de sua bomba biológica.

Outro fato que foi reconhecido é a necessidade, entre outras coisas, da transferência de tecnologias limpas de países desenvolvidos para países em desenvolvimento. Com isso, espera-se que o custo para se reduzir as emissões mundiais de e gases de Efeito Estufa seja menor e que, ao mesmo tempo, países em desenvolvimento possam se desenvolver de forma mais ambientalmente correta e responsável.

Prevê-se que a temperatura do planeta vai ter um aumento entre 1,4 e 5,8 C entre o ano de 1990 e 2100. Os oceanos e vegetação na terra absorvem somente cerca de metade de CO2 emitido por fontes humanas. Estes dois argumentos evidenciam a necessidade imediata da adoção de atitudes que diminuam esse fenômeno.

Não há debate científico quanto à ocorrência das mudanças climáticas induzido pelas ações da humanidade. O debate é puramente político e econômico. A maior parte do mundo está agindo de acordo com as regras do Protocolo de Kyoto. Os EUA estão fora, pelo menos por enquanto, mas não podem mais ignorar a existência do problema.

Diante disso, é importante que os setores governamentais se conscientizem da necessidade de maiores investimentos na área de pesquisas climáticas pois chegamos a um patamar de barbárie de uma evolução que agora se tornou involução. O homem alterou a maioria dos processos da vida em toda parte, e o mundo ao ar livre, a natureza em si mesma, tem se tornado, segundo Bill McKibben (The End of Nature), o equivalente a uma enorme sala aquecida.

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Aquecimento global e alternativas

Gregor Alvarenga de Oliveira a e Maria Luiza de Siqueira Auricchio b aAluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo.

Palavras-Chave: IPCC, soluções, desenvolvimento sustentável.

erretimento das calotas polares, extinção de espécies, aumento da freqüência de furacões, agravamento das secas enquanto outras regiões são alagadas pela elevação dos níveis dos mares e intensificação das chuvas, são as conseqüências mais citadas pela

mídia sobre as mudanças extremas no clima, em detrimento do aquecimento global. Há vários anos, relatórios científicos são realizados, a fim de alertar o mundo sobre as conseqüências da emissão (excessiva) dos chamados gases estufa, sendo o CO2 o principal. Os mais recentes são os dois últimos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Neles consta o inventário sobre causas e conseqüências do aquecimento global, e mais especificamente no último, divulgado no dia quatro de maio deste ano, constam as medidas necessárias para minimizar tais impactos.

De acordo com estes relatórios, a geração de energia é o mais poluente, contribuindo com cerca de 24,9% das emissões de CO2 atuais. Sendo assim necessário investir na mudança de matriz energética, diminuindo, se possível eliminando, a participação dos combustíveis fósseis como, carvão e petróleo em usinas termoelétricas, substituindo-os por energias renováveis como a nuclear, solar, eólica e biocombustíveis. Redução de subsídios à combustíveis fósseis e a criação de impostos a sua manutenção, captura e armazenagem do carbono e aproveitamento do calor, são também outras soluções possíveis.

Ainda neste relatório foi constatado que a indústria é o segundo maior responsável pela emissão de CO2 na atmosfera, contribuindo com 19,4%. Algumas das principais medidas possíveis para aliviar esse processo são, estabelecer subsídios ou créditos para aplicação de práticas sustentáveis, uso de equipamentos elétricos mais eficientes, reciclagem de materiais, controle de emissões de gases, além do CO2 e a introdução de tecnologias eficientes, em termo de consumo de energia para cada etapa do processo industrial.

O setor de transporte é o responsável por 13,1% das emissões totais de carbono. Algumas das principais soluções são a preferência por veículos mais eficientes ou híbridos, a ampliação do uso de biocombustíveis, que já foi amplamente adotado no Brasil, com a produção do etanol, planejamento urbano para transportes públicos que priorizam a utilização de energias alternativas aos combustíveis fósseis e o desenvolvimento de novas tecnologias

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que visam otimizar o desempenho do carro, relacionado a quantidade para o seu funcionamento.

No Brasil, a maior fonte poluidora é a queima de florestas, que além de emitir uma quantidade excessiva de CO2, ela inviabiliza a captura desse gás pela vegetação. Investimentos em reflorestamento, incentivos financeiros para aumentar áreas florestadas, preservação e criação de reservas ecológicas são métodos eficientes para aumentar a produtividade de biomassa e o seqüestro de carbono.

Analisando as soluções apresentadas, é notório que a sociedade já possui os instrumentos necessários para evitar as piores catástrofes. A vontade política desempenha o papel principal na introdução dessas medidas. Para reduzir os piores efeitos basta investir por ano 0,1 a 0,2% do PIB do planeta, estimativa apresentada pela ONU. Uma parceria entre governos e empresas seria uma das principais medidas para a divulgação e implantação das soluções mencionadas. É possível combater as mudanças climáticas desde que haja uma ação global em prol do desenvolvimento sustentável.

Planeta Terra: será que existe solução?

Felipe Pires Bueno a e Jennifer Michele de Assis b

a Aluno do curso de Ciência da Atividade Física E- [email protected]

b Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária E- [email protected]

Palavras-Chave: poluentes, alternativas, soluções.

s mudanças climáticas que vem ocorrendo no planeta são reflexos da má administração dos recursos naturais. Devido a superpopulação e ao crescimento econômico, a demanda de energia vem aumentando e conseqüentemente houve aumento o aumento de emissão dos gases

de efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2), com isso torna-se necessário o desenvolvimento de possíveis soluções para o problema.

Algumas soluções já existentes são o uso de energias renováveis como energia solar, energia eólica, energia nuclear, a substituição de combustíveis fosseis por combustíveis de biomassa como o álcool e o biodiesel e parar com o desmatamento.

Outras alternativas são o melhoramento do sistema de transporte publico e passar a estimular o uso desse meio de transporte pela população. Há também o desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas para absorver mais carbono da atmosfera e a utilização de captadores de dióxido de carbono.

Das energias renováveis gostaríamos de destacar a energia solar, em um país tropical como o Brasil essa forma de energia poderia ser mais utilizada, embora

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o material utilizado seja muito caro, há caso de pequenas cidades na Amazônia e em postos policiais no pantanal que utilizam a energia solar.

Outra discussão em pauta é a energia nuclear, onde no processo de obtenção de energia não é produzido gases do efeito estufa, por isso ela é considerada energia limpa por alguns cientistas. Porem nesse processo é obtido lixo radioativo, além dos perigos que essas usinas podem trazer para a população, tendo o risco do vazamento da radioatividade. No Brasil a energia nuclear é utilizada para complementar o abastecimento de energia produzidas pelas hidrelétricas.

As hidrelétricas ao contrário do que muitos pensam, poluem e emitem gases do efeito estufa, principalmente pela decomposição da cobertura vegetal da área alagada, mas se comparadas a outros tipos de energia como as termoelétricas percebemos que é irrelevante essa emissão.

O Brasil é o primeiro no ranking mundial em recursos hídricos mas utiliza apenas 25% de seu potencial enquanto outros países como os EUA utilizam 80% de seus recursos, é claro que não podemos esquecer que para construir mais hidrelétricas pode ser necessário desmatar uma vasta área. No Brasil o que esta acontecendo, é o abandono de pequenas usinas que poderiam estar produzindo energia elétrica.

O desmatamento, depois da queima de combustíveis fósseis, vem sendo o maior emissor de CO2. Ele é responsável por 15% da emissão total de carbono, o Brasil ocupa o quinto lugar o ranking dos países que mais emitem gases do efeito estufa, isto ocorre principalmente por não ter um controle sobre o desmatamento, este torna-se um grande problema quando falamos na produção de biocombustível, pois é necessário uma grande área para de plantio da matéria prima, podendo ocorrer desmatamento para a produção desse combustível.

Com isso as alternativas energéticas se fazem necessárias para que as mudanças climáticas sejam amenizadas antes que ocorra um agravamento do quadro climático.

As possíveis soluções apresentadas, ainda que distantes das reais possibilidades de muitos países em desenvolvimento como o Brasil, devem ser amplamente divulgados e estudados entre a comunidade cientifica, o desenvolvimento de políticas públicas deve estimular as empresas a emitir menos poluição, o governo deve adotar os meios limpos para os sistemas energéticos e de transportes, por fim temos que colaborar e auxiliar para que as medidas executadas funcionem e as mudanças climáticas não acabem com a vida no planeta.

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O planeta Terra ainda pode ser salvo?

Aline Aparecida Godoy a e Maria Regina Ribeiro de Sousa Camboim b aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: consciência ecológica, solução global, mudanças de hábitos.

s resultados das mudanças climáticas, ainda em estudo, têm sendo devastadores e aterrorizantes.A ameaça ao nosso planeta acaba por prejudicar nossas vidas, visto que somos parte do sistema complexo que a constitui.Atualmente, presenciamos a problemática do

aquecimento global, bem como suas conseqüências alarmantes.A resolução desses problemas parece estar bem além de nossas capacidades, mas, está mesmo?E já que as mudanças climáticas são da responsabilidade do homem, deduz-se que a solução também seja de sua responsabilidade.Mas, será que ainda há solução?E o mais importante, o planeta Terra ainda pode ser salvo?

Existem várias sugestões, algumas delas citadas abaixo, e que, de forma conjunta, podem salvar nosso planeta, se de fato forem aplicadas.Vale ressaltar que a prática de tais sugestões tem de ocorrer de forma global e imediata, abrangendo os setores: político, social, industrial e empresarial.

1. Meios políticos:

Boa vontade política, o que é essencial;

Investimentos em: bioindústrias, energias renováveis, pesquisas tecnológicas em busca de soluções;

Melhoras no transporte público;

Adoção de tecnologias limpas e sustentáveis;

Respeito ao Protocolo de Kyoto, a fim de reduzir drasticamente as emissões de CO2.

2. Sociedade e individualmente:

Adotar ações que não poluem: caminhar e andar de bicicleta, ou que poluam menos, como o uso do transporte coletivo, e andar menos de carro;

Optar pela compra de carros movidos a biodiesel, ou álcool, pois todo o carbono que o carro emite quando o motorista roda é compensado na plantação de matéria prima, bem como realizar revisões periódicas, a fim de

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que, funcionando corretamente, o automóvel consuma menos combustível e lance menos gases poluentes;

Em casa, trocar lâmpadas incandescentes comuns por fluorescentes compactas, que consomem 75% menos energia.Usar o varal, em vez de secadoras de roupa.Desligar aparelhos eletrônicos enquanto não estão sendo usados (o consumo desnecessário libera 18 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por ano);

Troca de energia por eólica e solar;

Participar de ações contra a destruição de florestas, incentivar o consumo de papel reciclado, evitar o desperdício de água.

3. Nível industrial e empresarial:

Abolir queimadas (representam 30% das emissões de CO2 )e o uso de

combustíveis fosseis, como o petróleo, buscando alternativas a estes(como o uso da energia solar, eólica, maréomotriz, geotérmica etc...)

Banir a energia nuclear, pois ela é cara, suja, perigosa e ultrapassada;

Investir em processos fabris mais limpos, que diminuam ao máximo a quantidades de CO2 emitido na atmosfera;

Prática da recaptura de carbono, através do reflorestamento (cada hectare de floresta nativa replantada absorve até 5 toneladas de carbono por ano).

Segundo os especialistas em meio ambiente, mesmo que houvesse uma mobilização mundial e as emissões de carbono fossem reduzidas a zero, os problemas ocasionados pelas mudanças climáticas ainda levariam décadas para serem normalizados.

Conclui-se, portanto, que quanto mais ações forem feitas em favor do meio ambiente, tanto melhores serão as condições para as futuras gerações.Se somarmos todos os esforços, até mesmo pequenas mudanças de hábitos, poderemos tanto salvar nosso planeta como torná-lo mais habitável.

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A interferência humana e o meio ambiente

Gabriela Cristianini a e Mariana Antunes Siqueira b aAluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] bAluna do curso de Sistemas de Informação.

Palavras-Chave: efeito estufa, desenvolvimento sustentável, interferência humana.

interferência humana no meio ambiente, de forma negativa, está cada vez mais acentuada; reflexo disso são as variações climáticas que, por sua vez, têm preocupado não só os estudiosos como também a população de modo geral. Apesar das conseqüências eminentes dessa

interferência, percebemos que efetivamente pouco está sendo feito.

Os estudos realizados sobre o efeito estufa ( processo que consiste na retenção de parcelas de raios infravermelhos refletidos pela superfície terrestre) pelo órgão IPCC ( Painel Intergovernamental sobre Mudança de Clima) apontaram que a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera está crescendo. Isso causa um aumento na temperatura média da Terra, o que acarreta em diversos impactos ambientais que ainda não estão bem definidos.

Mesmo que a interferência do homem possa ser irreversível se não controlada, a postura de alguns governantes diante do meio ambiente é passiva e muitas vezes visa apenas o interesse próprio. O aumento do uso de combustíveis fósseis (petróleo, GNV e carvão) que provoca o acréscimo de gases poluentes do efeito estufa, é um exemplo de interesse já que é altamente lucrativo.

O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que tem como proposta reduzir em pelo menos 5,2%, até o ano de 2012, a emissão de gases causadores do efeito estufa feita por cada país. Ocorreu em 1997, no Japão, e entrou em vigor oficialmente no começo de 2005. Foi uma ótima iniciativa, mas o que causou mais espanto foi a ausência da assinatura do país responsável por, simplesmente, a maior emissão de gases poluentes: Estados Unidos da América (EUA). O que explicitamente demonstra a falta de consciência para com o meio ambiente, com o nosso futuro e com o das próximas gerações.

No Protocolo a idéia de desenvolvimento sustentável é prevista: manter o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. O biodiesel é uma forma de implementação de tal idéia: é biodegradável, renovável e obtido facilmente – muito mais vantajoso que o petróleo. Da mesma forma, o aumento do uso do álcool é uma alternativa, por ser de fácil obtenção e menos poluente.

Está evidente que o meio ambiente está sendo transformado. Se não houver ação por parte dos governantes haverá uma piora e as conseqüências podem ser catastróficas tanto para o meio ambiente quanto para nós mesmos. É preciso

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consciência para lidar com a natureza e o desenvolvimento sustentável deve ser posto em prática por todos. Assim, o homem poderá aproveitar os recursos do meio sem destruí-lo e sem se autodestruir.

Como reverter a ação humana sobre o efeito estufa?

Fernando Mitio Shingaki a e Jacqueline Harumie Hora Tanakab aAluno do curso de Sistemas de informação. E- [email protected] bAluna do curso de Sistemas de informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, fontes renováveis, carbono e metano.

ara propor soluções a um problema é necessário destacar, primeiramente, qual é esse problema. Dentro do tema mudanças climáticas, o efeito estufa vem recebendo maior atenção da população mundial e seus líderes governamentais.

A maioria das pessoas desconhece o real problema acerca do efeito estufa, tendem a acreditar que esse é um efeito ruim para nós e nosso planeta, um julgamento errado devido à falta de informações claras. Essa dúvida pode ser solucionada de maneira simples.

O efeito estufa é o responsável por regular a temperatura no nosso planeta. Existe uma camada de gases como nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, metano, entre outros, aonde parte do calor dos raios solares que refletem na Terra é retido, mantendo nosso planeta aquecido. Eis que surge o responsável pelos problemas de aquecimento global: o homem emissor descontrolado de gases estufa, principalmente o dióxido de carbono e o metano (Presentes na queima de combustíveis fósseis, e na matéria orgânica em decomposição, respectivamente). A camada de gases começa a se desequilibrar, e a quantidade de calor absorvida passa a ser maior, aumentando a temperatura do planeta.

Pronto, o problema foi destacado, autoridades do mundo todo se mobilizaram para propor soluções viáveis para frear essa intensificação do efeito estufa. Durante o Protocolo de Kyoto foi estabelecida uma meta, reduzir em aproximadamente 5% a emissão de gases estufa emitidos por todo o mundo.

Outras soluções foram surgindo desde então. No setor de transportes, por exemplo, uma solução para amenizar a emissão de CO2 seria a substituição do transporte individual ineficiente pelo transporte coletivo utilizando combustíveis alternativos como o biodiesel e o álcool, pois ambos são de origem vegetal, colaborando de certa forma na reabsorção do carbono da atmosfera.

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No setor agrícola, a implantação de técnicas agrícolas sustentáveis, adaptação de zoneamento agrícola e a recuperação de áreas desmatadas para cultivo, contribuiriam para a redução do efeito estufo, também colaborando com a reabsorção de carbono da atmosfera. Devemos lembrar também da alta emissão de metano na criação de gado, infelizmente ainda não há uma solução efetiva para essa parte do problema, pois o consumo de carne continua alto.

Existem alternativas mais radicais como a proposta por cientistas franceses de estocar CO2 no subsolo, porém ainda não foram analisados os possíveis danos a lençóis freáticos e ao solo.

As soluções, portanto, existem. Mas cabe ao governante de cada país de nosso planeta, analisá-las e adaptá-las à realidade de cada nação, considerando fatores econômicos e sociais, e principalmente ambientais. A intensificação do efeito estufa é resultado de um processo de anos e anos de alta emissão de gases estufa, então não será do dia para a noite que tudo será solucionado.

Ainda há tempo?

Joyce Santana Marcon a e Lorayne Cristina do Vale b aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

Palavras-Chave: biodiversidade, políticas energéticas, aquecimento global.

explosão demográfica que vem ocorrendo ao longo dos séculos é uma das maiores e porque não dizer a maior responsável pelas alterações na atual composição da biodiversidade.

O aumento da produção de lixo, maiores emissões de gases poluentes na atmosfera e a má utilização das fontes energéticas contribuem imensamente para as mudanças climáticas, causando assim o amento da temperatura média global, o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar, entre outras conseqüências.

Tais transformações podem ser desastrosas se o homem não adotar medidas que revertam ou estagnem este processo de destruição.

O terceiro relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas) divulgado pela ONU conclui que embora a situação ameace fugir do controle ainda há meios para evitar que isso aconteça e calcula que tal medida custará pouco mais de 0,12% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial até 2030.

Para manter o equilíbrio do planeta são necessárias mudanças drásticas nas políticas energéticas, promover a economia e a eficiência no uso de energia, investindo no desenvolvimento e na utilização de fontes renováveis (energia

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solar e eólica), aumentar o consumo de biocombustível e reduzir o transporte rodoviário, incentivando o desenvolvimento do setor ferroviário; minimizar a produção de lixo, promovendo a reciclagem e a reutilização de materiais.

Algumas das mais importantes entidades que atuam na conservação do meio ambiente dão algumas sugestões a respeito do que podemos e devemos fazer para melhorar a saúde de nosso planeta, confira algumas orientações:

- Ao comprar madeira e produtos florestais, exija certificado de origem legal;

- Use os dois lados de uma folha de papel. Se metade do papel utilizado passasse a ser usado dos dois lados (frente e verso) o consumo de papel cairia 25%.

- Dê preferência aos meios coletivos de transporte.

Relatórios divulgados, observações e estudos científicos mostram que nós somos os maiores responsáveis pela atual situação do planeta. O assunto mais comentado hoje é o aquecimento global, já sabemos suas causas, suas conseqüências e principalmente, já sabemos o que podemos fazer para evitar uma grande tragédia em nosso planeta. Agora está nas mãos de cada um de nós o futuro de toda a humanidade. É você, e somente você que decide o que fazer: agir imediatamente com pequenas e simples mudanças no cotidiano, ou esperar pacientemente (e contribuir) para a destruição em massa que pode implicar no fim de nossa espécie.

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Economia adaptada: as mudanças climáticas influenciando a realidade

Rafaella Simões de Oliveira a e Tássia Monique Chiarelli b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]

Palavras-Chave: emissões de CO2, alterações climáticas, economia.

lançamento excessivo de gases de efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2), tem acarretado o aquecimento global. Após a Revolução Industrial a concentração de CO2 começou a aumentar na atmosfera devido à queima de combustíveis fósseis,

produção de cimento e mudanças nos usos da terra. Isto indica que são as atividades do homem que estão influenciando as mudanças climáticas, como é confirmado no documento divulgado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) em dois de Fevereiro de 2007 que comprova, com 90% de certeza, que os homens são responsáveis pelo aquecimento global. Se os homens são os responsáveis por este fenômeno, cabe a eles o dever de planejar e desenvolver medidas que diminuam as causas desse processo, tendo o governo o papel de conscientizar a população e propor alterações no comportamento da sociedade. Uma das medidas que já foi implantada e recebe grande destaque é o Protocolo de Kyoto. Alguns países não o aderiram por estarem preocupados com os efeitos que este tratado provocariam em sua economia, um deles é os Estados Unidos que enfatiza as incertezas dos modelos climáticos, pois ainda não se sabe o que realmente acontecerá se nada for feito. Entretanto o quadro atual do mundo contrapõe este argumento, várias catástrofes estão sendo noticiadas em diferentes partes do planeta. Em primeiro momento pode ser economicamente inviável investir nas possíveis soluções para o problema, mas se analisarmos os gastos provenientes de catástrofes, a situação se reverte. Sairá muito mais caro reparar as conseqüências de tempestades, cheias e secas e os impactos econômicos das mudanças na agricultura do que desenvolver medidas agora para estabilizar as mudanças climáticas. Do ponto de vista econômico, o dinheiro gasto para reparar as catástrofes poderia estar sendo utilizado no investimento de novas tecnologias para diminuir a emissão de gases. Um exemplo é a W.W.F. – Brasil que publicou

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um estudo, Agenda Elétrica Sustentável 2020, em Setembro de 2006, no qual um país ao adotar certas medidas poderá evitar a emissão de 413 milhões de toneladas de CO2 até 2020, sendo que toda essa economia seria feita sem a necessidade da construção de grandes hidrelétricas, garantido a segurança energética do país, poupando 33 bilhões para os brasileiros e gerando oito milhões de empregos. Outro estudo realizado por Nicholas Stern, economista do Banco Mundial, divulgado em Outubro de 2006, faz previsões catastróficas: se não investir 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial na redução de emissões, o aquecimento global devastará a economia mundial numa escala comparável à das duas Guerras Mundiais e da grande depressão de 1929. Nas contas de Stern, o custo final de uma mudança climática descontrolada ficará entre 5% e 20% do PIB Mundial nos próximos 50 anos. Os países desenvolvidos conseguiram se industrializar através da queima de combustíveis fósseis, mais não é por este motivo que os países em desenvolvimento devam seguir o mesmo modelo de crescimento, suas necessidades de desenvolvimento devem ser atendidas utilizando energias renováveis modernas. Um exemplo atual que incentiva o desenvolvimento desses países é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite que os países desenvolvidos, comprometidos com o protocolo de Kyoto, compensem os déficits por meio da aquisição de créditos de carbono gerados em projetos de tecnologia limpa realizados por países em desenvolvimento. Em 2005 o MDL movimentou cerca de 11 bilhões de dólares. Pode parecer difícil conciliar as idéias de redução e estabilização das emissões de CO2 com o crescimento econômico, entretanto é possível através do planejamento e da tecnologia que disponibilizamos. Precisamos parar de agir como se nada estivesse acontecendo, tendo consciência que a economia tem que ser adaptada a realidade ambiental que criamos.

Mercado de Carbono: impactos e disputa

Adil Guedes Junior a e Gabriela dos Santos Fumo b aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] bAluna do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: efeito estufa, emissão de gases, prejuízo econômico.

aquecimetno global, um assunto pungente na atualidade, tem como causa a emissão de gases do efeito estufa, o que tem preocupado governos e organizações com o temor de que pequenas variações na temperatura do planeta da ordem de 2ºC poderia acarretar

prejuízos anuais de mais de US$47 bilhões segundo a UNCTAD (United

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Nations Conference on Trade Development) Embora alguns membros da comunidade científica questionem a influência das atividades humanas sobre esse fenômeno, é tido como certo que o comércio impacta negativamente ao contribuir com altas emissões de CO2, seja pelo funcionamento de fábricas ou até pelo deslocamento das atividades e de bens de consumo. Assim, tem-se alertado sobre o perigo de gigantescos impactos, causados por tais ações, sobre os ecossistemas, a agricultura, as estruturas urbanas, regiões costeiras e saúde humana.

Evitar tais ameaças, entretanto, não está isento de custos, pois ocasionará quedas significativas no padrão de vida dos habitantes dos Estados Unidos, Japão, EU, Rússia, China, Índia e Brasil, ou seja, em mais de 3,5 bilhões de pessoas, acarretando um trade-off (colocar como referência abaixo do texto: abrir mão de um serviço em trocar de outro) entre políticas de promoção do livre comércio e as de preservação do meio ambiente.

Nesse contexto, o Brasil, ao adotar políticas de redução de emissões de CO2, teria prejudicada sua matriz energética e setor agropecuário. Os setores mais atingidos seriam os de carvão (-16,3%), gás natural (-5,1%), petróleo bruto (-4,9%) e derivados de petróleo (-1,6%) além da produção de grãos, segundo uma pesquisa realizada pela UNB (Universidade de Brasília).

A competitividade brasileira, além disso, também sofreria externalidades negativas em decorrência de países que adotassem um comportamento free-rider, ou seja, totalmente autônomo não participando do comprometimento de redução de emissões. Isso ocorreria porque tais nações ganhariam uma vantagem competitiva tendo em vista que manteriam seus custos de produção e, podendo assim, manter preços de mercado, ao passo que os adotantes teriam grande aumento de custos de produção devido a necessidade de investir em novas tecnologias e know-how que lhes permitissem cumprir as metas de redução impostas por acordos internacionais, como Protocolo de Kyoto e o Protocolo na VIII Conferência das Partes (COP), EM Marrakesh, em 2001.

Uma alternativa para esse cenário é o comercio de emissões de cotas de carbono que flexibilizaria os impactos negativos sobre a economia, proporcionando rendas anuais da ordem de U$1,7 bilhão, além do acesso a novos mercados, contribuindo com mais US$4,7 bilhão.

Assim, comparando os dados supra citados, observa-se que os prejuízos advindos da redução da emissão de CO2 não seriam compensados pelas atuais propostas de comercio de carbono, que beneficiariam os países compradores dessas cotas, os free-riders, como EUA E UE . Claro que uma redução mundial na emissão de gases faz-se necessária, tendo em vista os prejuízos econômicos de U$ 47 bilhões que poderiam ser causados anualmente, mas esse esforço deve ser global, não permitindo que algumas nações façam menos esforços do que outras, ou comercializem a vida através de commodities mal pagas aos países que menos poluem.

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Mudanças climáticas e impactos econômicos

Vinicius de Souza Almeida a e Debora Alves Riba b aAluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] bAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, reestruturação da economia, Protocolo de Kyoto.

m 1997 no Japão foi elaborado um acordo entre diversas nações do planeta sobre uma questão que emergiu nas últimas décadas: as mudanças climáticas. O protocolo de Kyoto (nome da cidade onde ocorreu a conferência) tem como meta reduzir as emissões dos

principais gases responsáveis pelo efeito estufa nas nações industrializadas (5,2% até 2012).

Porém os Estados, alegando possíveis impactos profundos em sua economia se caso fossem colocadas em prática as mudanças necessárias, negaram a ratificação do acordo. A polêmica que essa atitude levantou nos leva à seguinte reflexão: quais são os custos envolvidos na reestruturação econômica para um desenvolvimento sustentável?

A resposta pode ser representada através da análise das medidas propostas para a diminuição dos gases estufas, em especial, a emissão do gás carbônico (CO2) e metano (CH4), considerados cientificamente como os principais agentes do aquecimento global. Indústrias automobilísticas, petrolíferas, setor agropecuário, são de plena importância para a economia mundial e grandes fontes de gases estufas.

Devemos levar em conta que a ameaça do aquecimento global é real, e o ultimo relatório do da Organização das Nações Unidas (ONU) prevê desastres ambientais terríveis. Aumento da temperatura mundial, derretimento das calotas polares, aumento do nível dos mares, desertificação, maior incidência de catástrofes e impactos na biodiversidade.

Atualmente, as matrizes energéticas mais utilizadas no mundo são emissoras potenciais de CO2, CH4 e outros poluentes. Termoelétricas, por exemplo, utilizam principalmente recursos naturais esgotáveis, os combustíveis fósseis como carvão mineral e petróleo. Energia é uma das bases para o desenvolvimento de um país, e as fontes alternativas menos impactantes ainda possuem uma relação custo-benefício muito menor.

Recursos como o petróleo e o carvão mineral são bens extremamente valiosos em termos de geração e movimentação de capital. Em 1973, por exemplo, bastou uma pequena interrupção no fornecimento de petróleo para gerar uma crise mundial (Crise do Petróleo).

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Há uma forte indústria petrolífera e um vasto mercado se beneficiando dessas fontes poluidoras. O poder político de quem lucra em cima delas também são imensos.

Uma empresa ou um país que deseja ter uma produção mais ecologicamente correta, precisa investir muito dinheiro e, além disso, importar recursos e tecnologias novas. Como conseqüência há um aumento no preço dos produtos, essa situação torna mais agravante a questão do desenvolvimento sustentável, pois dependemos das condições financeiras das empresas, nações e consumidores.

O mercado mundial cada vez mais tenta valorizar os conceitos de “eco-eficiência”, preservação e compensação ambiental. Um exemplo é o comercio de créditos de carbono. Está cada vez mais evidente que os danos causados na sociedade humana e nos ecossistemas, superam o grande investimento de capital, essencial para combater o aquecimento global entre outros problemas ambientais. Devemos saber que essa revolução a favor do meio ambiente não deve significar apenas “dinheiro”, mas também bem estar, equilíbrio e vida.

Graves prejuízos sócio-ambientais Fabrício Borreiro Gomes a e Jéssika Freitas da Rosa b aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] bAluna do curso de Marketing. E- [email protected]

Palavras-Chave: prejuízos, mudanças climáticas e créditos de carbono.

ojas comercializando roupas de verão em pleno inverno, agricultores altamente endividados sem ter o que colher em plena safra e hospitais lotados de pacientes com problemas respiratórios. Esses, e vários outros problemas podem derivar de uma mesma causa e ter

conseqüências ainda mais alarmantes: mudanças climáticas.

Estudos apresentados em um relatório encomendado pelo governo britânico indicam que “os efeitos do aquecimento global poderão custar ao planeta entre 5% e 20% do PIB anual mundial”, ou seja, um quinto de toda a produção do planeta poderá ser gasta com os prejuízos advindos de mudanças climáticas. Em contrapartida, se apenas 1% do PIB anula mundial fosse gasto para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE), esses custos não existiriam.

Citando o setor agrícola, por exemplo, o período de estiagem está ficando cada vez mais extenso devido às mudanças no clima, causadas pelo aquecimento global. Dessa forma, a produção cai e conseqüentemente o preço aumenta, gerando inflação e interferindo na economia como um todo. Países em desenvolvimento gastam somas gigantescas na criação de infra-estrutura e adaptações aos impactos do aumento do aquecimento global.

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Um outro bom exemplo mais comum dos impactos ambientais na economia é o comércio de vestuário. Muitas lojas estão com estoques abarrotados de mercadorias sem rotatividade e todas as vendas programadas para o início do outono foram retardadas pelo verão fora de época, e dessa forma causa prejuízos tanto para o lojista quanto para o fabricante.

Nas grandes cidades e nos grandes centros urbanos, o volume de GEE produzido é tamanho que a qualidade do ar nessas áreas apresenta-se numa situação crítica devido à poluição e acaba por causar sintomas bem claros na população: olhos irritados, coriza, dores de garganta, além de doenças como bronquite, rinite e faringite. Isso leva a um maior número de pacientes em pronto-socorros e causando muitas vezes superlotação em hospitais.

Uma boa opção para amenizar esses problemas seria os principais países emissores de GEE adotarem uma postura mais enérgica e produtiva, e estimular a comercialização de Créditos de Carbono, que são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de GEE.

Seja qual for o problema, atitudes devem ser tomadas com urgência, pois como disse o ex-ministro inglês Nicholas Stern “(...) o desastre não irá acontecer em um futuro fictício, dentro de muitos e muitos anos, mas a tempo de atingir essa geração”.

Mudanças climáticas: um tema bilateral Daniel Nicolini a e André Ricardo Lima Balestin b aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: economia, Protocolo de Kyoto, cana-de-açúcar.

s problemas ocorridos pelas mudanças climáticas têm ligação direta com a economia. Isto pode ser observado em algumas ações, tais como: o protocolo de Kyoto e a produção de cana, que afetam as mudanças climáticas e causam impacto na economia. Com estes

dois exemplos mostraremos como as mudanças climáticas e os impactos econômicos são importantes, além disso, devemos considerá-los como assuntos interligados.

O protocolo de Kyoto foi implantando com o objetivo de minimizar as conseqüências do efeito estufa. A imposição veio através da lei de cotas de emissão de CO2. A aceitação não teve tanto sucesso em vários países, mas os países que aderiram, gastaram com a instalação de filtros em carros e, principalmente, indústrias com o ponto positivo de incentivo a produção de novas tecnologias, o maior exemplo é o bio-diesel.

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Direcionaremos o problema para o Brasil, onde as mudanças climáticas são afetadas através das queimadas causadas pelo plantio de cana. Este vem crescendo rapidamente com a criação dos biocombustíveis, que está sendo bastante difundido no país. A conseqüência desta nova geração de tecnologia é o aumento das queimadas para a colheita e preparação da terra para a produção de cana, e com isso um acarretamento nas mudanças climáticas.

A economia está bastante ligada com os problemas que são causados pelo homem em relação a natureza. As alterações ocorridas fazem com que organizações comecem a pensar em uma forma de escape criando novas tecnologias e impondo alguns limites, mas às vezes não se mede as novas “invenções”. Como por exemplo, quando se criou um novo combustível menos poluente não se pensou que a plantação de cana poderia prejudicar as mudanças climáticas da mesma forma. Precisamos olhar com mais detalhe e achar uma solução razoável para que possamos viver junto com nosso ambiente sem prejudicar nenhum dos dois lados.

O modelo de créditos de carbono

Flávio Douglas Lopes Dias a e Tiago Marques Machado b

aAluno do curso de Sistemas de informação. bAluno do curso de Sistemas de informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: créditos de carbono, Protocolo de Kyoto, aquecimento global.

uando os primeiros estudos científicos levantaram a hipótese de que a temperatura do planeta estava aumentando, isso em meados da década de 80, surgiram o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização Metereológica Mundial que

criaram o IPCC (Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas). A partir dos estudos do IPCC surgiram as conclusões sobre as mudanças climáticas que foram base para a Framework Convention and Climate Changes (FCCC) com adesão de cerca de 175 países. Então ocorreram reuniões periódicas com a finalidade de debater ou procurar soluções para o aquecimento global.

Quando concluíram que o principal agente para o aquecimento do planeta era a emissão excessiva de gases geradores do efeito estufa, a FCCC propôs o Protocolo de Kyoto. Esse protocolo visa o desenvolvimento de projetos para a sustentabilidade ambiental e social, basicamente o protocolo define que os países que mais emitiram gases nocivos devem pagar pelos danos causados por esses gases.

Nesse contexto, os países podem adotar políticas econômicas com aplicações práticas do conceito de desenvolvimento sustentável, a partir das CERs (Reduções Certificadas de Emissões) e do MDL (Mecanismo de

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Desenvolvimento Limpo). As CERs são basicamente créditos de carbono. Partindo de critérios ainda discutidos, os países que, obrigatoriamente devem reduzir as emissões de dióxido de carbono, compram créditos de carbono daqueles que ainda tem uma margem para a emissão desse gás. O MDL tem como objetivo encontrar opções tecnológicas não poluidoras. Existem também projetos baseados no “seqüestro de carbono” que consiste na diminuição do CO2 atmosférico através da absorção realizada pela vegetação no processo de fotossíntese.

No processo em que nos encontramos, existem ainda muitas questões a serem respondidas como: a quem pertencem e quem são os auditores e os avalistas dos créditos de carbono? Quem será beneficiado pelo modelo de créditos?

Controvérsias do século XXI

Guilherme Melo a e Michel Perassi Melo b aAluno do curso de Sistemas da Informação. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas da Informação. E- [email protected]

Palavras-Chave: Protocolo de Kyoto, aquecimento global, capitalismo.

ualmente diversos fatores contribuem e atuam direta e significativamente para o avanço tecnológico, trazendo, muitas vezes, efeitos colaterais difíceis de serem revertidos, como, por exemplo, as mudanças climáticas.

É notório que, em última análise, o que sustenta nossa civilização e sua avidez energética é a queima de combustíveis fósseis. Quando os queimamos jogamos uma grande quantidade e diversidade de óxidos nocivos na atmosfera, que são influentes diretos no aquecimento global.

Hoje, tendo maior consciência da importância de cuidarmos do nosso planeta, procuramos maneiras de amenizar os impactos gerados pela humanidade. Há alguns anos foi criado por um comitê de países desenvolvidos o protocolo de Kyoto, que tem como finalidade reduzir os altos índices dede emissão dos “gases estufa”. Essa redução implica diretamente na diminuição da produção em diversos setores. Alguns países não ratificaram o protocolo com medo de recessos em sua economia, tendo como maior exemplo os EUA, que implicam em grande parte da emissão desses gases.

De fato, as mudanças climáticas é um assunto que vem a tona quando envolvemos as várias conseqüências por ela gerada.

Com o advento do aquecimento global, temperaturas se tornam mais ou menos amenas dependendo da época do ano causando um grande desequilíbrio no setor agrícola de inúmeras nações. Países que tem seu PIB “apoiado” na agricultura são afetados por tais mudanças. È espantoso observar

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que países desenvolvidos que deviam aderir imediatamente ao protocolo apenas pensam em seu poder econômico, afetando a toda humanidade.

Indiretamente outros ramos e atividades também são afetados e desfavorecidos com as mudanças climáticas. Podemos perceber isto no setor turístico, comercial, e até mesmo alimentício.

Após a revolução técnico-científica, o mundo criou um forte alicerce capitalista, onde o poder e o lucro são características marcantes e tão visadas que a própria qualidade de vida, muitas vezes fica em segundo plano.

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Adiando o passo para o fim do mundo

Beatriz Mangussi Franchi a Dutra e Zheng Xuee b aAluna do curso Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, sociedade moderna, impacto ambiental.

e acordo com o catastrófico cientista James Lovelock (2006) “O aquecimento global foi provocado pelo homem e por isso, corremos o risco de sermos extintos”. A forma de vida da sociedade moderna baseada no consumo agrava os efeitos das mudanças climáticas, que também se

reflete em nossas vidas.Essas mudanças do clima resultam de qualquer processo que altere este equilíbrio global. Os principais componentes desse complexo sistema: incluem a atmosfera, os oceanos, as superfícies geladas e a biosfera do planeta, que interagem no processo de liberação e absorção de energia e de carbono, matéria prima da vida.

As alterações climáticas são uma ameaça para o mundo em desenvolvimento. Não basta só tomar conhecimento sobre o assunto, os hábitos da sociedade moderna tem de ser mudados. Você usa copo descartável? Tem geladeira em sua casa? Já esteve no conforto de um ar condicionado? Sai de casa de automóvel ou montado em um cavalo? Possui carro próprio ou quer ter um? Nesse estágio em que a sociedade moderna se encontra, ela consome e age através do princípio do poder acumulativo assim os prejuízos se tornam incalculáveis.

É evidente que deixar de usar o automóvel, a geladeira, o ar condicionado no mundo moderno não convém.O resultado negativo para o meio ambiente é inevitável conforme o desenvolvimento da sociedade industrial. Foi a partir da Revolução Industrial que concentração de gases de efeito estufa aumentou na atmosfera de tal forma que passou a interferir no processo de manutenção do sistema climático da Terra. Se as emissões continuarem aumentando no ritmo atual, é quase certo que no final do século 21 os níveis de concentração de CO2 na atmosfera duplicarão em relação aos níveis pré-industriais. Hoje há praticamente consenso entre os cientistas de que este "efeito estufa intensificado" poderá colocar em risco a vida no planeta. O essencial hoje é através da ciência inventar tecnologias capazes de alterar minimamente o meio ambiente e assim adiar o passo para o fim do mundo.

O desenvolvimento possibilita alterações tanto positivas quanto negativas que geram um duplo efeito: quanto mais rápido a sociedade se desenvolve, mais grave é o impacto no meio ambiente. Frente a essa questão , a hipocrisia da

Seção V I I Mudanças climáticas e reflexos na sociedade

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sociedade fica exposta porque ao mesmo tempo em que ansiosos comentamos o efeito estufa, continuamos a usufruir o conforto e a facilidade da sociedade moderna, contribuindo e agravando a destruição do meio ambiente.

De acordo com Washington Novaes, importante jornalista ambiental brasileiro cabe a população se educar ambientalmente e se instruir através de pesquisas sobre o meio ambiente. Para assim termos alguma chance e mudar a visão de Lovelock sobre o atual clima na Terra, “a situação é muito grave e está se acelerando, podemos comparar a alguém que colocou fogo na casa com um palito de fósforo e, agora, os móveis começam a queimar se não fizermos logo algo, para controlar o fogo, toda a casa vai queimar”.

Efeito Colateral

Gisele dos Santos Souza a e Thaís Peloggia Cursino b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, impacto social, novos hábitos.

que era um ciclo natural, tido da glaciação ao degelo, atualmente ultrapassa os limites de nossa própria natureza, causando uma intensificação exacerbada do Efeito Estufa, ocasionando um “super” aquecimento global.

Os causadores? Nós. Os prejudicados? Todos que habitam o planeta Terra.

Geleiras derretendo, espécies se extinguindo em decorrência de altas temperaturas, recursos naturais desaparecendo... Efeitos colaterais dessa grande evolução tecnológica que vem acontecendo desde a Revolução Industrial, com o uso intensificado de combustíveis fósseis e, também, posteriormente, com o grande avanço tido das guerras mundiais, resultando em meios de comunicação e transporte excepcionalmente evoluídos.

Tais hábitos, em seu excesso, aumentaram as emissões de gases na atmosfera, dentre eles o dióxido de carbono, o que resultou em mudanças climáticas na Terra. Estas mudanças se dão ao acúmulo de gases estufa na atmosfera, “espessando” essa fina camada, impedindo que os raios solares que aqui penetram possam sair. Assim, esses raios ficam retidos, causando um aumento da temperatura que desencadeia mudanças pelo clima do planeta todo.

Em face de dadas mudanças climáticas, quais os reais impactos sobre a nossa sociedade?

No âmbito econômico há muitas controvérsias. Os EUA, por exemplo, não assinaram o Protocolo de Kyoto, alegando que tal fato prejudicaria a economia do país. Já outros países, como a China, “abriram mão” disso (teoricamente).

Na questão ambiental, além das conseqüências mais evidentes, segundo o relatório publicado em sete de abril de 2007 pelo IPCC (Intergovernamental

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Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a escassez de água decorrente do aquecimento global, acarretará uma redução na produção de alimentos, resultando numa maior desnutrição e doenças. Já o derretimento de geleiras, como no Himalaia, causará enchentes e inundações provocando mortes.

Outro ponto importante, obviamente, são as conseqüências das mudanças climáticas na saúde do ser humano como a disseminação de doenças transmitidas por vetores, como a dengue, a malária, a leishmaniose, a cólera (que, num futuro não muito distante, podem surpreender-nos em formas de pandemias memoráveis); doenças respiratórias, decorrentes dos altos níveis de poluição, principal causadora do aquecimento; etc.

E, por fim, o aspecto mais importante: a incansável busca por pequenas ações que possam amenizar o impacto que causamos no planeta. Sensibilizados e conscientes, alguns de nós aderimos a singelas atitudes como o uso do álcool ou do biodiesel como combustível, a utilização de transporte público e economia de água; atitudes essas que se incorporam no nosso dia-a-dia e contribuem, mesmo que em pequena escala, para a diminuição do impacto.

Quando se intervém demais na natureza essa não tarda na resposta. Por não medirmos nossos atos, acabamos por extrapolar os limites do que nos mantém vivos e, desesperados, buscamos alguma forma de reverter ou amenizar a revolta que provocamos.

Lamentável foi esperar que mudanças drásticas acontecessem para que alguma atitude fosse tomada.

As conseqüências das mudanças climáticas na saúde

Maria dos Remedios da Silva Alves a e Natália Maria Matteoni Galeazzi b aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] bAluna do curso de Tecnologia Têxtil e Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: saúde, mudanças climáticas, doenças.

egundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o conceito de saúde é caracterizado pelo estado de completo conforto e bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças. A saúde é, portanto vista como um processo para a vida diária, não o objetivo dela; abrange

os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas.

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Shaw (1961) em sua obra Fundamentals of Geography afirma que o clima atua sobre os homens de três formas: 1) constrói obstáculos que limitam seus movimentos; 2) é o principal fator físico influenciando a natureza e a quantidade da maioria dos materiais necessários à alimentação, vestuário e abrigos; e 3) tem influência direta e importante sobre a saúde e energia humana.

De acordo com os especialistas do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), as estimativas para o aumento da temperatura no planeta até o final do século é de 1,1ºC a 6,4ºC. Alguns de seus efeitos no meio ambiente seriam: variações bruscas na temperatura, secas mais severas, expansão do processo de desertificação, ciclones tropicais intensos, inundações pelo aumento descontrolado das chuvas e inversões térmicas.

Sabe-se que existem doenças sazonais e aquelas que são influenciadas pelo clima, como alergias ao pólen, câncer de pele, doenças parasitárias e insolação que são mais comuns em determinadas estações do ano. Com o aumento previsto pelo IPCC, certamente essas doenças serão muito mais recorrentes na população, atingindo pessoas que não serão acometidas por elas sem o aumento da temperatura.

Segundo Critchfield, citado por Ayoade (1086, p. 289), "A saúde humana, a energia e o conforto são mais afetados pelo clima do que por qualquer outro elemento do meio ambiente". Pode-se confirmar essa citação tomando como exemplo a onda de calor que ocorreu em 2003 na Europa. As temperaturas alcançaram mais de 40ºC em várias cidades, chegando a 47ºC em Sevilha (Espanha). Ocorreram no mínimo 35.000 mortes, em sua maioria, idosos, devido à desidratação.

Os idosos são um dos grupos mais susceptíveis às variações bruscas de temperatura devido a senescência do organismo. Outros grupos altamente vulneráveis às variações extremas de temperaturas são as crianças, devido ao fato de que seus organismos ainda se encontram em crescimento e desenvolvimento; e os portadores de doenças crônicas, como: as cardiovasculares e cérebros-vasculares, pois seu organismo encontra-se em debilidade fisiológica.

As doenças mais recorrentes no clima tropical são: malária, tripanossomíase, leishmaniose, filariose, amebíase, esquistossomose e outras verminoses, que podem ter sua ocorrência aumentada nessas regiões e se estenderem a outros lugares onde elas não aconteciam.

A sustentável manutenção da saúde está intrinsecamente interligada com as alterações climáticas previstas pelo IPCC. Não é possível prever com exatidão os efeitos dessas alterações na saúde humana, mas o que podemos afirmar é que eles serão um agravante das doenças correlacionadas ao clima. Essas alterações climáticas são imprevisíveis, não dando chance ao governo para preparar a população a tempo de se proteger de grandes catástrofes.

Essas alterações climáticas têm ocorrido de maneira muito rápida e a velocidade só tende a aumentar, o que dificulta o trabalho do governo em

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preparar a população contra grandes catástrofes, o que mais uma vez nos leva a crer que a prevenção ainda é o melhor remédio para qualquer doença.

Salvando o planeta: pequenas atitudes, grandes resultados. Flávia Ogava Aramaki a e Marília Teresa Alves Morais b aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Palavras-Chave: aquecimento global, conscientização da sociedade, ações humanas.

os últimos tempos ouvimos e discutimos muito a respeito das mudanças climáticas. Esta é uma conseqüência do Aquecimento Global, no qual o agravamento do efeito estufa é a principal causa. Vale lembrar que o efeito estufa é um fenômeno natural, porém, ele

foi intensificado pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, que emitem dióxido de carbono (CO2). Em vista disso, a sociedade sofre diretamente com esses impactos ambientais.

Digo isso, porque segundo os cientistas do IPPC (Painel Inter-Governamental sobre mudanças climáticas), ainda na primeira metade deste século, poderá haver escassez de água e de alimentos, devido às variações do clima. Além disso, fenômenos assustadores como a dengue, que está acontecendo na Europa, aparecerão com mais freqüência. Essa “epidemia” poderá ocorrer devido ao aumento da temperatura média da Terra. Outras doenças, como a leishimaniose e a malária, que podem vir da África, também poderão se alastrar com maior facilidade e rapidez, pois os vetores dessas doenças podem começar a subir para a Europa, devido à alta temperatura. Quanto mais quente, maior é a zona de distribuição e reprodução dos insetos.

O conselho de segurança da ONU já discute a mudança climática como uma ameaça à paz e à segurança. À medida que os impactos do clima forem mais drásticos, o número de desabrigados, devido às secas, inundações, furacões e tempestades, deve crescer consideravelmente, chegando, possivelmente, a 50 milhões de pessoas em 2010.

O IPPC projeta, para a primeira metade deste século, uma redução na produção de alimentos nos trópicos, por causa da diminuição das chuvas. Na África, por exemplo, terras áridas e semi-áridas terão aumento de até 8% em 2080. Em alguns países, a produtividade das lavouras, sem irrigação artificial, pode cair em até 50% em 2020.

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Segundo alguns cientistas, como o vice-presidente do IPPC, a sociedade não deve se desesperar diante de todas essas más notícias, tendo uma visão apocalíptica sobre o futuro do planeta. Ela deve, porém, se conscientizar de seus atos, para melhorar ou reverter o quadro das agressões ambientais. Existem evidências científicas e sugestões de iniciativas políticas (como os relatórios elaborados pelo IPPC) para reduzir a vulnerabilidade e para melhorar a habilidade da sociedade de se adaptar ás mudanças. A reciclagem, a escolha de eletrodomésticos e meios de transportes mais eficientes e sempre que possível, o uso de transportes coletivos e banhos menos demorados. São essas e outras simples atitudes que contribuem para a diminuição da emissão de CO2 na atmosfera.

Portanto, os riscos à sociedade são muitos, mas como já foi citado, há soluções básicas e possíveis que dependem não somente do apoio das ações políticas, mas também da colaboração de cada membro da sociedade mundial. Desse modo, seria possível amenizar os danos ambientais, conseqüências das próprias ações humanas.

Vítima de suas próprias criações

Camila de Sobral Ribeiro a e Vitor Bugelli Hermano Santos b aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]

Palavras-Chave: sociedade, aquecimento global, mudanças.

mundo está em constante mudança desde sempre, e isso é inegável. Uma boa pergunta para se iniciar qualquer discussão sobre as mudanças climáticas é o porquê de nos últimos tempos essas mudanças estarem mais intensas e rápidas?

É notável que não apenas essas mudanças aconteceram dessa. A própria sociedade se altera de forma mais acelerada. O fato de a tecnologia avançar de maneira mais veloz no mundo moderno e exigir mais das pessoas causou o abuso do meio ambiente colocando a vida do planeta em risco.

As mudanças climáticas, principalmente o aquecimento global, possuem uma complexa ligação com a sociedade. Ao mesmo tempo em que se sabe que esta própria e seus membros são os grandes responsáveis pela atual situação do planeta, também se sabe que é essa sociedade a mais prejudicada pelos impactos causados.

A enorme taxa de emissão de CO2 é a principal responsável pelo desconforto do planeta. Grandes impactos já podem ser percebidos e previstos. Na agricultura, a extensão do verão prejudica as safras e causa queimadas (devido às altas temperaturas) abalando a produção e distribuição dos produtos, afetando, além da

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sociedade a própria economia. Com o derretimento das geleiras o aumento do nível dos oceanos tornou-se uma preocupação mundial. Uma grave conseqüência do desastre será a inundação de muitas ilhas e áreas litorâneas, mais uma vez afetando diversos povos e suas fontes de alimentação, moradia, trabalho, entre outros.

Este fator, junto ao efeito estufa está fortemente ligado às mudanças de temperaturas, colaborando para o resfriamento do hemisfério norte e aquecimento do hemisfério sul. Segundo pesquisadores essas mudanças, principalmente no que diz respeito à Europa, serão causadas devido a variações na Corrente do Golfo, que perderá sua força e capacidade de aquecimento devido ao derretimento das geleiras.

As rápidas evoluções geraram para a sociedade um problema que deve ser diminuído com medidas como a diminuição da emissão de gases poluentes por seus maiores emissores, mudanças para fontes energéticas renováveis, reciclagem, entre outros. Isso para que a destruição não seja ainda maior.

Ter consciência desses fados e dos resultados que a destruição traz já é um grande passo. Mas agora o planeta precisa de mais que isso. Necessita sim de ações reversivas, ações que reparem os danos causados e que previnam e ajudem a mitigar a destruição causada na sociedade e no planeta Terra até hoje.

O século do caos

Caio Raphael Vanoni Forcinitti a e Marina Lorencini Pedo b aAluno do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] bAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

Palavras-Chave: doenças, produção agrícola, derretimento das geleiras.

o histórico da evolução terrestre houve diversas fases em que a Terra passou por períodos de secas e glaciações intensas, com drásticas mudanças de vida das comunidades existentes. O interessante foi que essas passagens ocorreram por motivos

naturais, sem grande contribuição humana pelo menos no princípio. Até hoje o homem descobre-se e reinventa-se através da ciência e da tecnologia, muitas vezes mal utilizadas em conseqüência da ganância humana.

São através dessas novas descobertas que o homem deu um grande passo na corrida espacial, no combate às doenças consideradas incuráveis, aumento na produção de alimentos e também na sua facilidade de locomoção.

Devido às novas tecnologias a população tem se multiplicado exponencialmente, sendo que a maioria vive nas cidades e desfrutam de um estilo de vida que depende, cada vez, de recursos naturais e sintéticos poluentes. Um bom exemplo disso é a grande frota de veículos existentes em São Paulo que é de 5.686.231 milhões, além de indústrias espalhadas pelo Brasil que não seguem as regras de colocação de filtros nas chaminés e de controle de gases poluentes, como o dióxido de carbono e gases sulfurosos.

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A atmosfera terrestre comporta-se como uma estufa. No período diurno a radiação solar aquece a superfície da Terra e essa volta ao espaço como radiação infravermelha. Esse fenômeno ocorre desde os primórdios e é necessária para a manutenção da vida no planeta, porém alguns gases como o dióxido de carbono, o óxido nitroso, o metano, o ozônio e os clorofluorcarbonetos em grande concentração absorvem a radiação infravermelha e a impedem de retornar ao espaço, mantendo, assim, a temperatura elevada. Grande parte da população mundial ainda não se deparou com todos os problemas causados pelo aquecimento global e suas mudanças climáticas, entretanto os mais graves ainda estão por vir.

Nos últimos dez anos, cientistas começaram a verificar um aumento significativo de geleiras derretidas tanto no Pólo Norte quanto na Antártida. O derretimento das camadas de gelo da Antártida e Groenlândia juntas irão contribuir para a elevação dos oceanos em 67 metros. Considerando que mais de um quinto da população mundial vive nas faixas litorâneas, há previsões de 1,4 bilhão de pessoas que terão que emigrar para regiões mais altas, causando uma maior densidade demográfica, problemas estruturais e sociais, como desemprego e grande número de desabrigados.

Na Groenlândia, Alasca e Sibéria está acontecendo o derretimento do permafrost ( terras permanentemente congeladas ). Quando o gelo torna-se líquido o solo cede, o que causa danos à estruturas como edifícios, estradas e encanamentos, impossibilitando o transporte de água e de mantimentos para a população afetada. Grandes quantidades de carbono são liberadas em conseqüência do descongelamento do permafrost, intensificando o efeito estufa.

O aquecimento global tende a agravar ocorrências de ondas de calor, responsáveis pelo mal estar em pessoas mais vulneráveis como crianças e idosos. Além disso, a disponibilidade de água deve cair em latitudes médias e zonas tropicais áridas, aumentando o fenômeno da seca. Em altas temperaturas e com a falta de água potável, ocorrerão doenças em grande escala mundial. A produção agrícola tende a diminuir e ocasionar grandes ondas de fome ( em especial nos países subdesenvolvidos ).

Pode-se esperar extinções de inúmeras espécies vegetais e animais, fato que atingirá a sociedade diretamente, porque o homem depende da biodiversidade, pois dela provêm alimentos, matérias-primas e medicamentos essenciais para a vida humana.

Existem projetos para reverter essa triste projeção como o Protocolo de Kyoto, porém esse ainda não está sendo totalmente seguido. O país que mais emite gases poluentes são os Estados Unidos e este não ratificou o protocolo, pois segundo o governo americano isso iria prejudicar sua economia. Capacidade tecnológica para diminuir a emissão desses gases está disponível, porém há a necessidade de políticas públicas eficientes.

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O futuro... depende de nós

Andrea Elise Castillo Pontes a e Karen Ellen Lima Borges b aAluna do curso Lazer e Turismo. E- [email protected] bAluna do curso tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

Palavras-Chave: planejamento, mudanças climáticas, futuro.

esde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de glaciação e aquecimento causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova

realidade: a mudança de temperatura causada pelo o Homem através de danos à natureza.

A crescente ocorrência de fenômenos naturais em grandes proporções chamou a atenção da comunidade cientifica, recentemente, para o que pode acontecer no futuro.

Estudos afirmam que as mudanças climáticas terão reflexos diretos na sociedade. Cientistas alegam que os impactos serão mais severos para países mais pobres, porém se quer os países desenvolvidos estão preparados para tal. Um bom exemplo aconteceu em 2005 quando os Estados Unidos foram atingidos pelo furacão Katrina e que mesmo sendo um país desenvolvido seu despreparo ficou evidente mediante a magnitude dos problemas causados.

Analisando a América Latina, por sua grande concentração de países pobres e pela proximidade com nossa realidade, no futuro irá enfrentar: a seca, a provável falta de água potável pelo mau uso e gerenciamento associados a pobreza e as políticas publicas mal direcionada. Além disso, precipitações pluviométricas e derretimentos de geleiras afetarão significativamente a disponibilidade hídrica para o consumo humano, agricultura e geração de energia. Como resultado, tais impactos trarão um crescimento de enfermidades e mortes entre populações mais vulneráveis.

Se a temperatura do planeta continuar subindo, muitos biomas serão atingidos. Com isso doenças infecciosas endêmicas sensíveis ao clima como dengue, malária e doenças de veiculação hídrica, como cólera, hepatite A e leptospirose, poderão se alastrar com mais facilidade, além de doenças cardio-respiratórias causadas pela poluição.

Na metade deste século, os aumentos de temperatura associados a diminuição da água no solo levarão a uma savanização de florestas tropicais, segundo dados do IEA. A vegetação semi-árida tenderá a ser substituída por vegetações do clima árido e em áreas mais secas existe o risco de desertificação em terras antes destinadas a agricultura. Essas mudanças acarretarão perda de produtividade e declínio da pecuária, além do risco da perda da biodiversidade local. No nordeste brasileiro onde a população é sensível as mudanças do clima, a desertificação acarretará um maior deslocamento populacional, uma

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vez que as questões ambientais se tornarão mais graves. Historicamente, os nordestinos migraram para as grandes cidades em busca de melhores condições, e no futuro não será diferente. O grande problema será a superlotação das mesmas, que já sofrem problemas com as chuvas de verão que serão mais intensas trazendo mais enchentes, além de traumas e doenças.

A sociedade mundial irá sofrer ainda mais mudanças, principalmente as pessoas que não tem acesso aos serviços básicos e saúde. Resta saber o que as autoridades farão para amenizar esses terríveis impactos à população. Mas também não se pode deixar tudo nas mãos de nossos governantes, pois cada pessoa tem que fazer a sua parte para tentar reverter essa situação se reeducando. O planeta é de todos, é a nossa casa que deve ser cuidada e respeitada dia após dia.

Os Homens se autodominam seres evoluídos e racionais. O nosso planeta está apto à destruição. Este é o momento de provar que somos seres pensantes e podemos mudar o rumo do planeta que nós mesmos tentamos, diariamente, com as nossas atitudes, destruir, pois o futuro é, atualmente, quase incerto.

A situação é de emergência global

Gabriel Pitsch Pinheiro a e Túlio Garbin Leamari b aAluno do curso de Gestão ambiental. E- [email protected] bAluno do curso de Gestão ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças ambientais, atividade humana, impactos na sociedade.

m dos processos mais naturais da terra são as mudanças climáticas, que ocorrem desde a sua formação. São essas mudanças que estipulam desde as eras glaciais até os aquecimentos terrestres, e assim definem os ecossistemas de diversas épocas. Atualmente,

devido às atividades humanas, essas mudanças climáticas têm sido arbitrariamente alteradas, isso reflete em algumas conseqüências, como o Aquecimento Global e o Efeito Estufa.

Apesar de esses processos serem naturais, a sua intensificação tem reflexão direta e imediata na sociedade. Um bom exemplo seria o derretimento das calotas polares, que faz com que o nível dos mares aumente. Estudos recentes apontam para um aumento de 18 a 59 cm até 2100, condenando assim a vida de diversas comunidades que vivem em cidades litorâneas, fazendo com que essas comunidades migrem para o interior do continente, essa migração pode levar a muitas outras conseqüências como a superpopulação, o aumento das favelas, o aumento da poluição local e etc. E em caso de ilhas de baixa altitude, a migração pode ser para outro país, podendo levar a conflitos de raças, etnias e etc.

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Em 2005, o mundo pensou que a terra estava enlouquecendo, pois nunca se tinha visto tantas tempestades, tufões e furacões em tão pouco tempo e em diversos lugares no globo, o mais famoso e polemico foi o furacão Katrina, que dizimou Nova Orleans nos EUA. E no mesmo ano aconteceu algo inédito até então, foi notificado o primeiro tufão em águas brasileiras.

A sociedade global responde a 90% de culpa pelo aquecimento intensificado. Os efeitos desse aquecimento vão tão além, que estão interferindo na biodiversidade levando e extinção de cerca de 30% de espécies de vegetais e animais, isso limita a exploração de certos recursos naturais. Porem o efeito mais direto e fatal à vida do ser humano, é a redução da produção de alimentos e o aumento da proliferação de doenças endêmicas, como a Dengue.

Apesar de que em alguns poucos lugares o efeito desse aquecimento podem ser benéficos, como exemplo lugares que não possuem agricultura devido ao frio podem começar a se dedicar a essa atividade, mas na enorme maioria os efeitos do aquecimento são catastróficos, e ainda que tarde, a população está se mobilizando, criando alguns planos contra esse aquecimento, o mais conhecido é o Protocolo de Quioto, único tratado internacional que estipula a redução da emissão de CO2, também existe a Convenção do Clima, quadro das nações unidas sobre mudanças climáticas (UNFCC), que é uma reunião anual feita pela ONU para discutir essas mudanças.

Mesmo com essas mobilizações, ainda que poucas em comparação com a importância desse assunto, os impactos que o homem causa no meio ambiente estão tão avançados e danosos, que estão condenando a vida humana, e a prevenção da extinção humana não será resolvida apenas por planos políticos dos governos de paises desenvolvidos e sim quando o ser humano refletir e mudar suas ações em relação ao meio ambiente, pois não é apenas um fato importante, a situação é de emergência global e se essas mudanças na humanidade não acontecerem o mais rápido possível, pode se tarde demais.

Terra x aquecimento global: um jogo que o homem está em xeque

Bruno Fernandes Fermino a e Luís Fernando Takahashi b aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] bAluno do curso de Sistemas de Informação do curso. E- [email protected]

Palavras-Chave: sociedade, fenômenos perigosos, problemas globais.

aquecimento global é um assunto que vêm ganhando cada vez mais notoriedade na mídia e no espaço acadêmico, devido a estudos publicados mostrando os perigos que este fenômeno trás para o O

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planeta Terra, em um futuro próximo.

Líderes e chefes de estado discutem medidas para amenizar as conseqüências das mudanças climáticas na sociedade.

Estudos comprovam que as calotas polares estão derretendo com maior intensidade do que previam os estudos, elevando o nível dos oceanos que podem provocar o desaparecimento de cidades litorâneas e ilhas, colocando em risco inúmeras culturas e pessoas. Além disso,há o derretimento dos Alpes e Cordilheiras. Os derretimentos destas estruturas afetam localmente o turismo, como por exemplo, estações de esqui na Suíça, comprometendo os rendimentos que a indústria do turismo trás para esses povos.

As alterações climáticas estão afetando o ciclo da água na atmosfera terrestre. Provocando secas em regiões com quantidades de água diminutas e enchentes onde já havia uma boa precipitação. As secas e as enchentes comprometem a pecuária e agricultura, onde haverá regiões que pessoas passarão fome, provocando a migração das pessoas para outras regiões, e o desaparecimento de culturas tradicionais em criação de gado, por exemplo.

Há a possibilidade de aumentarem as doenças transmitidas por vetores, tais como a malária e a dengue.

A concentração atual de CO2 na atmosfera ultrapassa o nível de 300 p.p.m, o aumento desse índice pode provocar uma diminuição no pH da água, tornando-a ácida, que afetará os ecossistemas marinhos, levando a morte e até a extinção de milhares de espécies marinhas. Como conseqüência direta alterará a cultura alimentar de povos que têm como base de alimentação os recursos providos dos mares, como por exemplo, o povo japonês. Uma outra influência dessa concentração de CO2 é que em latitudes elevadas, as mortes relacionadas ao frio irão diminuir.

No documentário “Uma verdade Inconveniente”, de Al Gore, mostra que se a emissão de gases poluentes continuarem nesse ritmo de hoje, não demorará nem 50 anos pra chegar a uma elevação de 2 a 3 ºC. Este aquecimento todo será o agravante, posto em questão anteriormente, à tona em maior escala. Líderes, chefes de estado e organizações procuraram firmar um acordo para amenizar o problema. Um exemplo, o Protocolo de Kyoto. Com todas as tendências observadas, conclui-se que as sociedades serão afetadas diretamente, como conseqüência de suas próprias ações. É um fenômeno escalar e de dimensão global, onde todos são responsáveis e que todos deveriam estar engajados para uma melhoria. O homem põe em xeque os recursos naturais do planeta, e está colocando em xeque também a sua própria existência.

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Qual é a melhor herança?

Lucas Guimarães Amâncio a e Misael da Silva Santos b aAluno do curso de Marketing. E- [email protected]

bAluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, problemas ambientais, herança.

esde o início das civilizações o ser humano sempre procurou melhorar seu modo de vida no planeta Terra, criando, portanto, mecanismos que facilitassem sua sobrevivência. Dentro desse contexto, surgiram filósofos, pensadores e cientistas que

formularam teorias e realizaram descobertas as quais, com grandes conhecimentos científicos, puderam ser aproveitadas por seus contemporâneos e servir de base para a construção do mundo atual.

Seria loucura, hoje em dia, viver e negligenciar o fato de escala mundial e mais comentado pela mídia: mudanças climáticas. Essas transformações que ocorrem no meio que nos cerca vêm agravando a todo momento, basta ligar a TV, acessar a internet ou abrir o jornal para saber qual a última descoberta dos cientistas e como isso vai nos afetar direta ou indiretamente. O ser humanos, verdadeiro culpado por todo esse caos, deve se ver como responsável por reverter tal situação, pois essas mudanças não irão acabar apenas coma vida humana – que para o planeta seria um maravilhoso acontecimento – mas com toda a biodiversidade. Esse “terrorismo” cometido pelo homem, trouxe conseqüências complexas para todos ecossistemas. Essa agressão ao nosso planeta é bastante clara, por exemplo, quem nunca ouviu dizer que antigamente o clima era muito mais frio? Ou então, comparar fotos de paisagens geladas de 30 a 50 anos atrás.

Segundo dados científicos de climatologistas, a Terra teve sua temperatura média elevada (0,6 graus celsius nos últimos 30 anos), e se esse modo de vida atual, embasado por políticas capitalistas, não for alterado, as conseqüências se agravarão, chegando ao ponto do planeta não ter condições favoráveis à sobrevivência. Como exemplos desses desastres naturais, temos o derretimento das calotas polares; aumento no nível dos oceanos; aquecimento das águas (agravando o fenômeno do El Niño); aumento do número de furacões e mudança de curso/função de correntes marinhas – como a do Atlântico Norte; a saída de espécies de seu habitat natural; erosão nos solos; estiagens; tempestades, enfim, uma grandíssima quantidade de alarmantes catástrofes.

Contudo, já sabemos as causas e as conseqüências desse grave problema ambiental, porém o mundo, que nós mesmos criamos, dotado de tecnologia e burocracias capitalistas, impede a conscientização, bem como as ações preventivas. Desse modo, há uma pergunta a se relevar: o que é preferível herdar, um mundo no ápice do desenvolvimento tecnológico, mas que está prestes a sucumbir devido ao

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habitat inóspito que lhe foi deixado, ou um mundo mais racional, onde as mudanças ocorrem de acordo com os limites que propiciem um bem comum?

Impacto das mudanças climáticas

Ana Marta SnajderAntônio a e Vânia Maria Lima b aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

bAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]

Palavras-Chave: mudanças climáticas, impactos sociais, aquecimento global.

udança climática é a alteração no clima atribuída à atividade humana que é capaz de modificar a composição da atmosfera global, pode-se com isso trazer uma série de conseqüências ao decorrer do tempo para o homem; como aquecimento global,

degelo dos pólos, enchentes entre outros.

Recentemente, as mudanças climáticas, em relação às políticas ambientais referem-se às mudanças do clima moderno, incluindo o aumento da temperatura média global na superfície da terra, que é chamado de aquecimento global.

O aquecimento global pode aumentar o efeito estufa, e com isso levar a uma alteração brusca na temperatura. Segundo a Britishcouncil (2007), o efeito estufa no mundo inteiro poderá aquecer mais que o oceano e as altas atitudes ao norte aquecerão ainda mais, e as precipitações globais poderão subir 2% no grau de aquecimento, e isso será capaz de provocar secas em algumas áreas enquanto, em outras enchentes.

Na Antártica, os icebergs cada vez maiores estão se desprendendo das geleiras. Segundo, a revista Veja (2007), nove em cada 10 geleiras diminuíram de tamanho desde 1940 na Antártica, o que pode ter provocado várias enchentes no mundo.

De acordo, com o estudo de Pachauri (2007), presidente do painel intergovernamental das Nações Unidas sobre o clima, relata que essas mudanças podem provocar carência de água e migração para regiões litorâneas aumentando a fome e o desaparecimento de 30% de alguns tipos de plantas. O estado de saúde das pessoas também poderá ser afetado com as mudanças climáticas, levando os indivíduos a ficarem mais expostas a problemas respiratórios.

As vulnerabilidades dessas mudanças chegam a ser mais agravantes segundo alguns estudos, em população mais desprovida de recursos financeiros que apresentam maior dificuldades para se adaptarem as alterações. Portanto, todas as pessoas, deveriam se conscientizar do seu papel perante a sociedade e preservar o meio em

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que vive; exigindo maior participação do estado e de empresas que façam mesmo para que no decorrer do tempo o meio ambiente fique capaz de continuar a garantir a perpetuação da espécie humana.

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